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Universidade Federal de Minas Gerais - ICB - Universidade Federal ...

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Eugênia Kelly Luciano Batista______________________________________________________________________no solo. A irrigação e a drenagem levam a alterações nos regimes hidrológicos, po<strong>de</strong>ndocausar danos irreversíveis, tais como a siltização e salinização (Jacobsen & Adams1958). Os solos po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritos como resilientes ou resistentes à perturbaçãoagrícola. Os solos resilientes mudam em resposta à agricultura, mas retornamrapidamente às suas condições iniciais. Por outro lado, os solos resistentes precisam <strong>de</strong>uma perturbação severa para sofrer mudanças, po<strong>de</strong>ndo não retornar às suas condiçõesiniciais (McLauchlan 2006).Conhecer os processos sucessionais e as barreiras bióticas e abióticas para oestabelecimento e crescimento <strong>de</strong> indivíduos em campos abandonados permite criarmetodologias <strong>de</strong> restauração e prever se há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acelerar a taxa <strong>de</strong>recuperação natural quando uma área está em processo arrastado <strong>de</strong> sucessão (Zahawi &Augspurger 1999).No Parque Nacional da Serra do Cipó, inserido na porção sul da Ca<strong>de</strong>ia doEspinhaço, um mosaico vegetacional po<strong>de</strong> ser observado no vale do Rio Cipó. Umamata ciliar <strong>de</strong> largura variável e às vezes <strong>de</strong>scontínua cobre as margens <strong>de</strong>ste rio. Estamata é margeada por uma área <strong>de</strong> campo, cujo solo permanece encharcado boa parte doperíodo chuvoso. O campo, por sua vez, é <strong>de</strong>limitado por uma área <strong>de</strong> cerrado situadoem cotas altimétricas um pouco mais elevadas que contribuem para maior drenagem dosolo. Durante décadas a área on<strong>de</strong> hoje se encontram os campos foi repetidamentequeimada e usada para agricultura e criação <strong>de</strong> gado, ativida<strong>de</strong>s que perduraram semcontrole até recentemente. Após a retirada do gado e a implementação <strong>de</strong> um programa<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> incêndios pelo PREVFOGO/IBAMA, notam-se mudanças na fisionomiada vegetação campestre. Algumas espécies <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> porte herbáceo a arbóreo estãocolonizando o campo, sugerindo o início <strong>de</strong> um processo sucessional.2. Um breve histórico da Ca<strong>de</strong>ia do EspinhaçoA Ca<strong>de</strong>ia do Espinhaço constitui uma gran<strong>de</strong> cordilheira, que se esten<strong>de</strong> porcerca <strong>de</strong> 1.200Km na direção N-S, entre os Estados <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong> e Bahia, po<strong>de</strong>ndoser compartimentada em dois setores: o Planalto Meridional e o Planalto Setentrional(Saadi 1995). O Estado <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong> está inserido no setor Meridional doEspinhaço, on<strong>de</strong> a ca<strong>de</strong>ia se divi<strong>de</strong> em quatro regiões: Norte, Sul, Planalto daDiamantina e Serra do Cipó (Fig. 4).16

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