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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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98 PAULO ROBERTO CAMPOS TARRISSE DA FONTOURACamboja, <strong>as</strong> eleições monitorad<strong>as</strong> pela ONU não pu<strong>de</strong>ram sequer serrealizad<strong>as</strong> nos territórios controlados pelo Khmer Vermelho ( cerca<strong>de</strong> 1/3 do país), à luz d<strong>as</strong> ameaç<strong>as</strong> <strong>de</strong> uso <strong>da</strong> força contra os integrantes<strong>da</strong> Força <strong>de</strong> <strong>Paz</strong> e eleitores.Esse tipo <strong>de</strong> conflito, que se <strong>de</strong>senvolve algum<strong>as</strong> vezes emambiente <strong>de</strong> contestação à própria presença d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>, com oenvolvimento <strong>de</strong> atores não-representativos, que não respeitam <strong>as</strong>diretrizes <strong>da</strong> ONU nem respon<strong>de</strong>m à pressão internacional, motivadiscussões sobre a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> real <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> uma operação<strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz em uma operação <strong>de</strong> imposição <strong>da</strong> paz. Ospróprios países que contribuem com trop<strong>as</strong> po<strong>de</strong>riam não concor<strong>da</strong>rem manter seus contingentes na operação em seu novo formato, inclusive<strong>de</strong>vido a problem<strong>as</strong> <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m constitucional. Adicionalmente, paraenfrentar situações <strong>de</strong> combate, o arsenal militar <strong>da</strong> operação precisariaincorporar, entre outros itens, armamento pesado.Para fazer frente a ess<strong>as</strong> situações, o Secretário-Geral <strong>da</strong> ONUsugeriu no seu documento “Uma Agen<strong>da</strong> para a <strong>Paz</strong>”, em 17/6/92, acriação <strong>de</strong> “uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> imposição <strong>da</strong> paz” (Peace EnforcementUnits) 61 , para c<strong>as</strong>os <strong>de</strong> violação a cessar-fogos, e no “Suplemento <strong>de</strong>Uma Agen<strong>da</strong> para a <strong>Paz</strong>”, em 3/1/95, o estabelecimento <strong>de</strong> uma “força<strong>de</strong> reação rápi<strong>da</strong>” (Rapid Reaction Force), que seria “... the SecurityCouncil’s strategic reserve for <strong>de</strong>ployment when there w<strong>as</strong> anemergency need for peace-keeping troops” 62 . Também foramexplorados novos conceitos <strong>de</strong> emprego <strong>da</strong> força <strong>as</strong>sociados ànecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> dotar <strong>as</strong> forç<strong>as</strong> <strong>de</strong> paz <strong>de</strong> alguma capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> açãoofensiva, tais como o d<strong>as</strong> “operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz robust<strong>as</strong>”,aventado pelo DPKO, o d<strong>as</strong> “operações <strong>de</strong> restauração <strong>da</strong> paz”, sugeridopelo Reino Unido, ou o d<strong>as</strong> “operações <strong>de</strong> apoio à paz”, proposto pelaOTAN, que po<strong>de</strong>m ser consensuais ou não. Ess<strong>as</strong> três últim<strong>as</strong>mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção serão mais bem elaborad<strong>as</strong> no capítulo III.61Nações Unid<strong>as</strong>, (1992), doc. A/47/277-S/24111, parágrafo 44.62Nações Unid<strong>as</strong>, (1995), doc. A/50/60-S/1995/1, parágrafo 44.

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