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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO DA PAZ MULTIDISCIPLINARES 87the opportunity to live and breathe and work <strong>as</strong> never before (...)We are <strong>de</strong>termined that the United Nations shall succeed and servethe cause of peace for humankind” 51 . É ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que semelhanteabertura em relação às Nações Unid<strong>as</strong> não precluía a facul<strong>da</strong><strong>de</strong> dosEUA <strong>de</strong> continuarem a agir <strong>de</strong> forma unilateral, como ficou atestadocom a intervenção norte-americana no Panamá em 1989. Vind<strong>as</strong> dosEUA, que <strong>de</strong>têm gran<strong>de</strong> peso específico no CSNU e são os maiorescontribuintes <strong>da</strong> Organização, ess<strong>as</strong> <strong>de</strong>clarações sinalizaram uma novaperspectiva para o futuro d<strong>as</strong> operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz.O Presi<strong>de</strong>nte George Bush, que <strong>as</strong>sumiu a C<strong>as</strong>a Branca em1989, <strong>de</strong>monstrou igual disposição <strong>de</strong> prosseguir na distensão entre <strong>as</strong>superpotênci<strong>as</strong>. No seu discurso na 44 a AGNU, em setembro <strong>da</strong>queleano, realçou os progressos registrados no relacionamento com a URSS,anunciando a realização <strong>de</strong> uma nova reunião <strong>de</strong> cúpula entre os doispaíses, que viria a materializar-se inicialmente sob o formato <strong>de</strong> umareunião informal em Malta, nos di<strong>as</strong> 2 e 3/12/89. Ain<strong>da</strong> no discurso,salientou que <strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> po<strong>de</strong>riam <strong>de</strong>sempenhar o papel <strong>de</strong>mediador<strong>as</strong> em conflitos regionais e que a Organização <strong>de</strong>veria redobrarseu apoio aos esforços <strong>de</strong> paz em curso.Embora reconhecessem que na<strong>da</strong> era irreversível, <strong>as</strong>superpotênci<strong>as</strong> <strong>de</strong>ram a enten<strong>de</strong>r nessa oc<strong>as</strong>ião que a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>internacional <strong>de</strong>veria empenhar-se para <strong>as</strong>segurar que os avançoslogrados na distensão Leste-Oeste não fossem perdidos: a <strong>as</strong>sinaturados Acordos <strong>de</strong> Genebra <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1988 sobre o Afeganistão, cujaexecução iria permitir a retira<strong>da</strong> d<strong>as</strong> trop<strong>as</strong> soviétic<strong>as</strong> até 15/2/89; aconclusão <strong>de</strong> cessar-fogo entre o Irã e o Iraque; o início <strong>de</strong>entendimentos para resolver a questão do Camboja; a retoma<strong>da</strong> doscontatos para a solução <strong>de</strong> problem<strong>as</strong> na península <strong>da</strong> Coréia; <strong>as</strong> reaçõespositiv<strong>as</strong> à iniciativa do Secretário-Geral d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> sobre oSaara Oci<strong>de</strong>ntal; o renovado diálogo entre os lí<strong>de</strong>res d<strong>as</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>sgrega e turca em Chipre; e a <strong>as</strong>sinatura, em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1988, dos51Nações Unid<strong>as</strong>, (1988), doc. A/43/PV.4, pp. 22 e 26.

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