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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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68 PAULO ROBERTO CAMPOS TARRISSE DA FONTOURAEss<strong>as</strong> experiênci<strong>as</strong> contribuíram para que, em meados dosanos 70, <strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> som<strong>as</strong>sem rotin<strong>as</strong> e princípios suficientespara consoli<strong>da</strong>r um arcabouço doutrinário sobre <strong>as</strong> operações <strong>de</strong>manutenção <strong>da</strong> paz. Os mais importantes princípios estabelecidosforam: a importância <strong>da</strong> manutenção do comando e controle d<strong>as</strong>operações na Organização; a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> celebração <strong>de</strong> acordosou <strong>de</strong> memorandos <strong>de</strong> entendimento entre a ONU e os Estadosanfitriões, bem como entre a ONU e os países que contribuemcom recursos humanos e materiais, <strong>de</strong> modo a regular orelacionamento entre os interlocutores envolvidos; o requisitoindispensável do consentimento a ser outorgado por governoslegítimos para a presença <strong>da</strong> operação no terreno; o carátervoluntário <strong>da</strong> participação dos Estados membros ness<strong>as</strong> operações;a conveniência <strong>de</strong> se observar o conceito <strong>da</strong> universali<strong>da</strong><strong>de</strong> nacomposição d<strong>as</strong> operações, para reforçar o caráter multilateral <strong>da</strong>missão; a obediência ao princípio <strong>da</strong> imparciali<strong>da</strong><strong>de</strong> no cumprimentodo man<strong>da</strong>to, <strong>de</strong> modo a evitar o envolvimento <strong>da</strong> missão no conflito;o uso <strong>da</strong> força em última instância e apen<strong>as</strong> em c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> legítima<strong>de</strong>fesa; e a posse restrita <strong>de</strong> armamento, para <strong>as</strong> operações não seremvist<strong>as</strong> como ameaç<strong>as</strong> potenciais por alguma d<strong>as</strong> partes em conflito.O entendimento prevalecente era <strong>de</strong> que o respeito a essesfun<strong>da</strong>mentos faria com que os problem<strong>as</strong> que surgissem fossemsempre resolvidos a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente, com b<strong>as</strong>e na cooperação entreos integrantes d<strong>as</strong> operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz e <strong>as</strong> partes emconflito, ao mesmo tempo em que aten<strong>de</strong>ria às preocupações dosEstados que contribuíam com pessoal e que precisavam prestarcont<strong>as</strong> aos seus públicos internos sobre ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s extern<strong>as</strong> <strong>de</strong> altorisco e <strong>de</strong> elevados custos. N<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>, consolidou-se ummodus operandi que <strong>as</strong>segurou a prepon<strong>de</strong>rância do Conselho <strong>de</strong>Segurança na aprovação dos man<strong>da</strong>tos e do Secretariado <strong>da</strong>Organização na condução d<strong>as</strong> operações, com diminuição do po<strong>de</strong>rrelativo <strong>da</strong> Assembléia Geral.

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