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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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RETROSPECTIVA HISTÓRICA 51As missões <strong>da</strong> Liga ou <strong>as</strong> trop<strong>as</strong> convocad<strong>as</strong> pela Conferênciados Embaixadores estavam atuando em sintonia com os princípios <strong>de</strong>imparciali<strong>da</strong><strong>de</strong> e uso limitado <strong>da</strong> força que viriam a orientar <strong>as</strong> operações<strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz <strong>da</strong> ONU, sempre com o consentimento d<strong>as</strong>partes envolvid<strong>as</strong>. É ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que os Tratados <strong>de</strong> <strong>Paz</strong> po<strong>de</strong>m ser vistoscomo resultantes <strong>de</strong> negociações entre <strong>de</strong>siguais, m<strong>as</strong> a ratificação dosatos internacionais correspon<strong>de</strong>, pelo menos formalmente, à expressão<strong>de</strong> consentimento. O êxito <strong>de</strong>ss<strong>as</strong> missões precursor<strong>as</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>u donível <strong>de</strong> cooperação granjeado no terreno e do engajamento dos paísesmais po<strong>de</strong>rosos no equacionamento <strong>da</strong> controvérsia, visto que taispaíses <strong>de</strong>tinham a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização militar e <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>naçãopara a imposição <strong>de</strong> sanções. Os custos <strong>de</strong> mobilização, manutençãoe repatriação <strong>de</strong> trop<strong>as</strong> eram arcados pelos participantes ou pel<strong>as</strong> partesem conflito no terreno, fazendo com que, se, por um lado, a Liga nãoenfrent<strong>as</strong>se crises financeir<strong>as</strong> em função d<strong>as</strong> operações militares, poroutro, estava inteiramente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos Estados membros paraimplementá-l<strong>as</strong>.Tais iniciativ<strong>as</strong> não estavam previst<strong>as</strong> no Pacto e surgiram <strong>da</strong>necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se encontrarem meios para atuar num ambiente em quea guerra não tinha sido proscrita e os cursos <strong>de</strong> ação imaginados pelosistema <strong>de</strong> segurança coletiva eram <strong>de</strong> difícil implementação – sanções eações militares. O professor Alan James, em sua obra Peacekeeping inInternational Politics, realça a importância <strong>de</strong>sses prece<strong>de</strong>ntes aoafirmar que “they provi<strong>de</strong> a very useful remin<strong>de</strong>r that the employmentof multinational military teams to engage in impartial and nonthreateningactivity is not an i<strong>de</strong>a which w<strong>as</strong> stumbled on only afterthe Second World War” 20 . Em suma, a primeira experiência mo<strong>de</strong>rna<strong>de</strong> criar uma organização universal <strong>de</strong> Estados <strong>de</strong>dicados à paz e àsegurança internacionais não prosperou nos mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sejados 21 , m<strong>as</strong>, a20James, (1990), p. 19.21Atribui-se o frac<strong>as</strong>so <strong>da</strong> Liga à sua não-universali<strong>da</strong><strong>de</strong> e às lacun<strong>as</strong> <strong>de</strong> seu sistema <strong>de</strong>segurança coletiva. Ess<strong>as</strong> <strong>de</strong>ficiênci<strong>as</strong> levaram ao ressurgimento d<strong>as</strong> prátic<strong>as</strong> <strong>de</strong> política

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