10.07.2015 Views

O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

RETROSPECTIVA HISTÓRICA 45<strong>as</strong> b<strong>as</strong>es <strong>da</strong> discussão, já no âmbito d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>, sobre autilização <strong>de</strong> forç<strong>as</strong> permanentes sob o controle <strong>da</strong> Organização(standing forces) ou <strong>de</strong> forç<strong>as</strong> <strong>de</strong> pronto emprego que permaneceriamem seus países <strong>de</strong> origem (stand-by forces). Essa discussão voltou ater gran<strong>de</strong> importância nos anos 90, por oc<strong>as</strong>ião do <strong>de</strong>bate sobre <strong>as</strong>operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz.As idéi<strong>as</strong> apresentad<strong>as</strong> pela França b<strong>as</strong>eavam-se em estudoencomen<strong>da</strong>do pelo Governo francês a uma comissão <strong>de</strong> peritos em1917, sob a presidência <strong>de</strong> Léon Bourgeois. Em junho <strong>de</strong> 1918, acomissão concluiu su<strong>as</strong> <strong>de</strong>liberações, recomen<strong>da</strong>ndo, entre outr<strong>as</strong>sugestões, que a Liga cont<strong>as</strong>se com meios coercitivos para obrigar osEstados a honrarem <strong>as</strong> obrigações contraíd<strong>as</strong> 12 . A Organização <strong>de</strong>veriadispor <strong>de</strong> uma força militar permanente ou estar capacita<strong>da</strong> a mobilizar,quando necessário, contingentes nacionais para compor uma força militarinternacional. O trabalho propunha a criação <strong>de</strong> um Estado-Maior queteria a tarefa <strong>de</strong> organizar e treinar <strong>as</strong> trop<strong>as</strong> <strong>de</strong> uma força permanenteou coor<strong>de</strong>nar o treinamento e a mobilização <strong>de</strong> contigentes nacionais.O Estado-Maior teria a incumbência <strong>de</strong> manter planos atualizados parao emprego <strong>de</strong>ssa força, <strong>as</strong>sim como <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r pela condução d<strong>as</strong>operações no terreno. Ca<strong>da</strong> Estado <strong>de</strong>signaria um ou maisrepresentantes para os seus quadros e, em c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> serem <strong>as</strong> forç<strong>as</strong>militares acionad<strong>as</strong>, o coman<strong>da</strong>nte no teatro operacional seria um oficial<strong>de</strong>signado pela Organização. Ess<strong>as</strong> sugestões foram recebid<strong>as</strong> comceticismo pelo próprio Governo francês, que, mesmo <strong>as</strong>sim, <strong>as</strong> enviouao Presi<strong>de</strong>nte Wilson antes <strong>da</strong> Conferência <strong>de</strong> <strong>Paz</strong>.Na Conferência <strong>de</strong> <strong>Paz</strong>, Wilson comentou que “the UnitedStates would never ratify any treaty which put the force of theUnites States at the disposal of such a group or body” 13 ,acrescentando que tal força substituiria o militarismo nacional pelo12O livro <strong>de</strong> Kissinger Diplomacy, (1994), pp. 235-237, oferece maiores informaçõessobre o <strong>as</strong>sunto.13Verrier, (1981), p. 26.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!