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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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296 PAULO ROBERTO CAMPOS TARRISSE DA FONTOURAclaro que <strong>as</strong>sumirá su<strong>as</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s como Membro permanentedo CSNU c<strong>as</strong>o <strong>as</strong>sim o <strong>de</strong>seje a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> internacional. Nessesentido, também é natural que o <strong>Br<strong>as</strong>il</strong> <strong>de</strong>monstre interesse em participar<strong>de</strong> modo ativo na manutenção <strong>da</strong> paz e <strong>da</strong> segurança internacionais,competência precípua do Conselho.No que diz respeito à legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> interna, po<strong>de</strong>-se afirmar quea participação do <strong>Br<strong>as</strong>il</strong> ness<strong>as</strong> operações está <strong>de</strong> acordo com o espírito<strong>da</strong> Constituição <strong>de</strong> 1988. De fato, no artigo 4º <strong>da</strong> Carta magnaencontram-se os princípios que regem <strong>as</strong> relações internacionaisbr<strong>as</strong>ileir<strong>as</strong> e que são perfeitamente congruentes com o espírito queanima <strong>as</strong> operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz, tais como: a promoção <strong>da</strong>paz, a solução pacífica dos conflitos e a cooperação entre os povospara o progresso <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong>. Além disso, a participação do <strong>Br<strong>as</strong>il</strong>em tais operações é elemento importante <strong>da</strong> Política <strong>de</strong> Defesa Nacionaldo atual Governo, que arrola, entre outros objetivos, o <strong>de</strong> “contribuirpara a manutenção <strong>da</strong> paz e <strong>da</strong> segurança internacionais” e, como uma<strong>de</strong> su<strong>as</strong> diretrizes, “participar <strong>de</strong> operações internacionais <strong>de</strong>manutenção <strong>da</strong> paz, <strong>de</strong> acordo com os interesses nacionais” 196 . A LeiComplementar nº 97, <strong>de</strong> 9/6/99, que dispõe sobre <strong>as</strong> norm<strong>as</strong> geraispara a organização, o preparo e o emprego d<strong>as</strong> Forç<strong>as</strong> Armad<strong>as</strong>,salienta que “o emprego d<strong>as</strong> Forç<strong>as</strong> Armad<strong>as</strong> na <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> Pátria e nagarantia dos po<strong>de</strong>res constitucionais, <strong>da</strong> lei e <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m, e na participaçãoem operações <strong>de</strong> paz, é <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>República” 197 , fazendo com que a utilização <strong>de</strong> meios militares p<strong>as</strong>s<strong>as</strong>sea ser expressamente uma d<strong>as</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> emprego d<strong>as</strong> Forç<strong>as</strong>Armad<strong>as</strong> prevista em lei.A crítica <strong>de</strong> que a participação com trop<strong>as</strong> em forç<strong>as</strong> <strong>de</strong> paz éonerosa e <strong>de</strong> que os recursos para financiá-la po<strong>de</strong>m ser empregadosno campo social proce<strong>de</strong> apen<strong>as</strong> em parte, pois não leva em196A Política <strong>de</strong> Defesa Nacional foi lança<strong>da</strong> pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República em1996.197Artigo 15 <strong>da</strong> Lei Complementar nº 97, <strong>de</strong> 9/6/99.

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