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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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CONCLUSÃO 285coalizões ad hoc <strong>de</strong> Estados membros, ou enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou arranjosregionais ou sub-regionais, para agir com b<strong>as</strong>e no capítulo VII <strong>da</strong> Cartad<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>.O recurso a essa prática <strong>de</strong>correu do <strong>de</strong>scrédito que se seguiuà exagera<strong>da</strong> expectativa quanto às operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz.A <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> man<strong>da</strong>tos a forç<strong>as</strong> multinacionais visava igualmente amitigar <strong>as</strong> crític<strong>as</strong> surgid<strong>as</strong> em torno <strong>da</strong> questão <strong>de</strong> “seletivi<strong>da</strong><strong>de</strong>” <strong>de</strong>conflitos regionais por parte do Conselho, segundo a qual algunsconflitos mereceriam tratamento multilateral, ao p<strong>as</strong>so que outros seriamesquecidos e <strong>de</strong>ixados à própria sorte. Tal posição po<strong>de</strong>rá, entretanto,comprometer a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ONU, c<strong>as</strong>o não seja respeita<strong>da</strong> <strong>as</strong>upremacia <strong>da</strong> Carta d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> diante dos outros acordosinternacionais, sobretudo no que diz respeito ao direito do recurso àforça, e não sejam criados mecanismos a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong>cont<strong>as</strong> para supervisionar <strong>as</strong> ações empreendid<strong>as</strong>, em seu nome, porcoalizões ad hoc ou outros organismos intergovernamentais. Conformevisto, a <strong>de</strong>claração presi<strong>de</strong>ncial do CSNU <strong>de</strong> 30/11/98 188 , ao mesmotempo em que indica procedimentos que po<strong>de</strong>riam ser adotados, par<strong>as</strong>uperar esse problema, evi<strong>de</strong>ncia também a relutância <strong>de</strong> certosMembros permanentes em institucionalizar regr<strong>as</strong> precis<strong>as</strong> sobre o<strong>as</strong>sunto por meio <strong>de</strong> uma resolução man<strong>da</strong>tória. O importante épreservar a ONU não apen<strong>as</strong> como o locus i<strong>de</strong>al para se discutir osmecanismos <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz e <strong>da</strong> segurança internacionais, emvista <strong>de</strong> sua universali<strong>da</strong><strong>de</strong>, legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> e experiência reunid<strong>as</strong> nosúltimos 50 anos, m<strong>as</strong> também como única fonte legitimadora doemprego <strong>da</strong> força fora <strong>da</strong> hipótese <strong>de</strong> legítima <strong>de</strong>fesa individual oucoletiva prevista no artigo 51 <strong>da</strong> Carta d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>.Os riscos <strong>de</strong> erosão <strong>da</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ONU vieram à tona <strong>de</strong>forma cristalina nos últimos anos, quando os EUA e seus aliados <strong>da</strong>Aliança Atlântica p<strong>as</strong>saram a atuar ca<strong>da</strong> vez mais resolutamente em188Nações Unid<strong>as</strong>, (1998), doc. S/PRST/1998/35.

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