10.07.2015 Views

O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

276 PAULO ROBERTO CAMPOS TARRISSE DA FONTOURAprontidão para ser envia<strong>da</strong> ao terreno no momento <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> umaoperação <strong>de</strong> paz.- A tendência atual <strong>de</strong> recorrer a organismos regionais esub-regionais para compor operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz trazalguns riscos, pois a missão po<strong>de</strong>rá ser mais facilmente <strong>de</strong>svirtua<strong>da</strong>em benefício dos interesses <strong>de</strong> alguma potência ou <strong>de</strong> paísesvizinhos. O <strong>Br<strong>as</strong>il</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que essa cooperação se b<strong>as</strong>eie no capítuloVIII <strong>da</strong> Carta d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>— cujo artigo 53 proíbe açõescoercitiv<strong>as</strong> por parte <strong>de</strong> organismos ou arranjos regionais semautorização do CSNU — e nos princípios norteadores d<strong>as</strong>operações <strong>de</strong> paz <strong>da</strong> ONU.- O <strong>Br<strong>as</strong>il</strong> reconhece que <strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> não dispõem dosrecursos humanos, materiais e logísticos, nem <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comandonecessários para intervir a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente em conflitos que exijam açãomilitar propriamente dita, ou seja, ação <strong>de</strong> imposição (peace enforcement).Dotar <strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> <strong>de</strong> tais recursos, criando uma capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>intervenção permanente, implicaria séri<strong>as</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, conformemencionado anteriormente. Portanto, nesses c<strong>as</strong>os, resulta praticamenteinevitável a intervenção <strong>de</strong> uma aliança militar ou coalizão ad hoc, sob ali<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> um país ou países, para impor a paz e restaurar a segurançacom b<strong>as</strong>e no Capítulo VII <strong>da</strong> Carta. O <strong>Br<strong>as</strong>il</strong> tem sustentado que ess<strong>as</strong>alianç<strong>as</strong> ou coalizões, sempre que autorizad<strong>as</strong> pelo CSNU, <strong>de</strong>vem atuarcom b<strong>as</strong>e em man<strong>da</strong>tos claros e realist<strong>as</strong> e observar estritamente o princípio<strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> (accountability) perante o CSNU;- A evolução no processo <strong>de</strong> consulta entre os países quecontribuem com trop<strong>as</strong> e o CSNU é sau<strong>da</strong><strong>da</strong> pelo <strong>Br<strong>as</strong>il</strong> como positiva.Pela sua natureza não-institucional, esse entendimento continua,entretanto, aquém do <strong>de</strong>sejado. Em 1994 e 1996, <strong>de</strong>vido às reserv<strong>as</strong>levantad<strong>as</strong> por alguns Membros permanentes, o Conselho limitou-se a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!