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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NAS OPERAÇÕES 227para apoiar a tropa que serviu na UNAVEM III em Angola. Aexperiência d<strong>as</strong> Forç<strong>as</strong> Armad<strong>as</strong> na gestão dos contingentesbr<strong>as</strong>ileiros ness<strong>as</strong> operações foi muito útil para i<strong>de</strong>ntificar entravesadministrativos e operacionais, levando, entre outros exemplos, àadoção <strong>da</strong> Portaria nº 3.796-SC/3 do EMFA, em 1996, para oenquadramento disciplinar dos integrantes <strong>da</strong> UNAVEM III, e àelaboração <strong>de</strong> medid<strong>as</strong> preventiv<strong>as</strong>, como a diretriz relativa ao plano<strong>de</strong> repatriamento do contingente br<strong>as</strong>ileiro <strong>da</strong> UNAVEM III em c<strong>as</strong>o<strong>de</strong> emergência.Embora não integr<strong>as</strong>se formalmente os dois GRAPEMFA, oItamaraty p<strong>as</strong>sou a ser convi<strong>da</strong>do a participar <strong>de</strong> su<strong>as</strong> reuniões. Essainteração permitiu consoli<strong>da</strong>r canais <strong>de</strong> diálogo com <strong>as</strong> Forç<strong>as</strong> Armad<strong>as</strong>e estabelecer um clima <strong>de</strong> confiança mútua, elementos indispensáveisem ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s envolvendo situações <strong>de</strong> risco.No que concerne à parte financeira, vale salientar que, emborao custo <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> observadores militares seja absorvido pelopróprio orçamento d<strong>as</strong> Forç<strong>as</strong> Armad<strong>as</strong>, o envio <strong>de</strong> trop<strong>as</strong> é oneroso,exigindo a aprovação pelo Congresso Nacional <strong>de</strong> créditossuplementares. Isso <strong>de</strong>corre <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> materiale <strong>da</strong> ausência <strong>de</strong> uma legislação específica sobre a remuneração <strong>de</strong>militares que servem em operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz. Com efeito,não apen<strong>as</strong> a redução do orçamento militar nos últimos anos temresultado em uma crescente obsolescência dos equipamentos d<strong>as</strong>Forç<strong>as</strong> Armad<strong>as</strong>, por falta <strong>de</strong> reposição ou manutenção 165 , m<strong>as</strong> tambéma inexistência <strong>de</strong> uma legislação salarial apropria<strong>da</strong> faz com que osvoluntários selecionados ganhem os respectivos soldos e aju<strong>da</strong> <strong>de</strong> custo,nos termos <strong>da</strong> Lei nº 5.809, <strong>de</strong> 10/10/72, que “dispõe sobre a165Skidmore, (1998). O professor Thom<strong>as</strong> Skidmore comenta no seu livro “Uma Históriado <strong>Br<strong>as</strong>il</strong>” que, entre outros fatores, a crise financeira vivi<strong>da</strong> pel<strong>as</strong> Forç<strong>as</strong> Armad<strong>as</strong> servepara ilustrar o <strong>de</strong>clínio <strong>da</strong> influência dos militares na vi<strong>da</strong> pública br<strong>as</strong>ileira após 1985.Por exemplo, na página 302, o autor observa que “com exceção <strong>de</strong> um ano (1990), osmilitares <strong>as</strong>sistiram entre 1985 e 1993 a uma diminuição <strong>de</strong> ¼ <strong>de</strong> sua cota. Claramente, o<strong>Br<strong>as</strong>il</strong> havia entrado numa nova era.”

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