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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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190 PAULO ROBERTO CAMPOS TARRISSE DA FONTOURAinternacionais. 147 . Em 1998, intensificaram-se <strong>as</strong> discussões sobre <strong>as</strong>mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperação existentes com representantes <strong>da</strong> OEAparticipando do “Seminário sobre Lições Aprendid<strong>as</strong> d<strong>as</strong> <strong>Operações</strong><strong>de</strong> <strong>Paz</strong>” e <strong>da</strong> reunião sobre “Cooperação para Prevenção <strong>de</strong> Conflitos”,ambos eventos promovidos pel<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>.Em que pese o fato <strong>de</strong> a OEA não po<strong>de</strong>r agir como braçoarmado <strong>da</strong> ONU no continente americano, a menos que sua Cartaconstitutiva seja novamente emen<strong>da</strong><strong>da</strong>, na<strong>da</strong> impe<strong>de</strong> que venha a criaroperações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz. Est<strong>as</strong> operações, pautad<strong>as</strong> pelaimparciali<strong>da</strong><strong>de</strong> e consentimento, não ferem o princípio <strong>da</strong> nãointervençãoe po<strong>de</strong>m ser enquadrad<strong>as</strong> no contexto <strong>da</strong> promoção d<strong>as</strong>olução pacífica <strong>de</strong> controvérsi<strong>as</strong>, visto que favorecem o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> entendimentos negociados para a solução <strong>de</strong>litígios 148 .O programa <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> min<strong>as</strong> na América Central e a missão<strong>de</strong> direitos humanos no Haiti, que a OEA atualmente <strong>de</strong>senvolve emcombinação com a ONU, não esgotam su<strong>as</strong> opções <strong>de</strong> atuação. Emp<strong>as</strong>sado recente, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> su<strong>as</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s materiais e financeir<strong>as</strong>,empreen<strong>de</strong>u outr<strong>as</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s na linha d<strong>as</strong> executad<strong>as</strong> pel<strong>as</strong> NaçõesUnid<strong>as</strong>: na Nicarágua, no período <strong>de</strong> 1989-91, e no Suriname, em1991-92, a Organização colaborou no monitoramento <strong>de</strong> cessar-fogos,na <strong>de</strong>smobilização <strong>de</strong> forç<strong>as</strong> em conflito e na implementação <strong>de</strong>program<strong>as</strong> <strong>de</strong> rea<strong>da</strong>ptação dos ex-combatentes à vi<strong>da</strong> civil; naGuatemala, em 1995-96, ajudou no equacionamento <strong>de</strong> conflitos em147O Protocolo cinge-se, grosso modo, a acrescentar ao elenco <strong>de</strong> propósitos essenciais<strong>da</strong> organização regional a erradicação <strong>da</strong> pobreza crítica e institui mecanismo adicional <strong>de</strong>promoção e <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> <strong>de</strong>mocracia ao prever a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suspensão <strong>de</strong> um Estadomembro na hipótese <strong>de</strong> que “um Governo <strong>de</strong>mocraticamente constituído seja <strong>de</strong>postopela força”. O Governo br<strong>as</strong>ileiro ratificou o “Protocolo <strong>de</strong> W<strong>as</strong>hington” em 21/4/95.Após sua entra<strong>da</strong> em vigor em 1997, o texto do Protocolo foi incorporado ao or<strong>de</strong>namentojurídico br<strong>as</strong>ileiro pelo Decreto nº 2760, <strong>de</strong> 27/8/98.148O princípio <strong>de</strong> “não-intervenção”, agora flexibilizado com a entra<strong>da</strong> em vigor doProtocolo <strong>de</strong> W<strong>as</strong>hington, está consagrado no texto <strong>da</strong> Carta nos artigo 1,§2 in fine, art.2(b) e art. 19. Por sua vez, a primazia absoluta na busca <strong>de</strong> meios pacíficos para a soluçãod<strong>as</strong> controvérsi<strong>as</strong> está registra<strong>da</strong> no texto pelo artigo 2(c) e pelo capítulo V.

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