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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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186 PAULO ROBERTO CAMPOS TARRISSE DA FONTOURAcaracterizariam, em contr<strong>as</strong>te com os processos <strong>da</strong> diplomaciaparlamentar na ONU, em que interesses políticos conflitantes tornammorosos ou inibem, muit<strong>as</strong> vezes, uma toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> posição efetiva sobreconflitos que são veiculados diariamente pela mídia escrita e televisiva.No que tange à UEO, o conceito estratégico <strong>de</strong> emprego <strong>da</strong>força foi modificado com a Declaração <strong>de</strong> Petersberg, <strong>de</strong> 19/6/92,quando o Conselho <strong>de</strong> Ministros <strong>de</strong>finiu que a Organização apoiaria,c<strong>as</strong>o a c<strong>as</strong>o, <strong>as</strong> medid<strong>as</strong> <strong>de</strong> prevenção dos conflitos e <strong>de</strong> gestão d<strong>as</strong>crises, nota<strong>da</strong>mente <strong>as</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz no âmbito <strong>da</strong>OSCE e d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>. A UEO não dispõe <strong>de</strong> estrutur<strong>as</strong> fix<strong>as</strong><strong>de</strong> comando nem forç<strong>as</strong> permanentes, fazendo com que, para ca<strong>da</strong>operação, ess<strong>as</strong> estrutur<strong>as</strong> tenham <strong>de</strong> ser criad<strong>as</strong> <strong>de</strong> acordo com osrequisitos <strong>da</strong> missão e dos meios envolvidos. Des<strong>de</strong> 1994, entretanto,a OTAN e a UEO estão mantendo consult<strong>as</strong> para evitar duplicação <strong>de</strong>esforços e permitir que a UEO tenha acesso às estrutur<strong>as</strong> <strong>de</strong> comandoe planejamento existentes na OTAN.Na prática, o futuro <strong>da</strong> UEO <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> sua articulaçãocom a UE e a OTAN. Com o Tratado <strong>de</strong> Ma<strong>as</strong>tricht, <strong>de</strong> 1991, a UEOp<strong>as</strong>sou a ser vista como instrumento <strong>da</strong> UE na esfera <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, m<strong>as</strong> oTratado <strong>de</strong> Amsterdã <strong>de</strong> 1997 previu apen<strong>as</strong> no seu artigo 17 que a<strong>de</strong>finição progressiva <strong>de</strong> uma “política <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa comum” po<strong>de</strong>riaconduzir a uma “<strong>de</strong>fesa comum”, se o Conselho <strong>as</strong>sim o <strong>de</strong>cidir (ouseja, uma coisa é discutir a adoção <strong>de</strong> uma política geral a ser cumpri<strong>da</strong>pelos Estados membros e outra é dotar a UE <strong>de</strong> meios próprios <strong>de</strong><strong>de</strong>fesa).Embora a França e o Reino Unido tivessem frisado naDeclaração Conjunta <strong>de</strong> Saint Mallot, <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1998, anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a UE dispor <strong>de</strong> uma capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> militar autônoma, oComunicado dos 50 anos <strong>da</strong> OTAN, <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1999, dá margem adiferentes interpretações sobre a autonomia efetiva <strong>de</strong>ssa capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>militar ao precisar que a UE <strong>de</strong>ve dispor <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> açãoin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes “so that it can take <strong>de</strong>cisions and approve military

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