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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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A SITUAÇÃO ATUAL E AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS 167Nessa or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> idéi<strong>as</strong>, os PALOPs e Portugal <strong>as</strong>sinaram,durante a II Reunião dos Ministros <strong>da</strong> Defesa, realiza<strong>da</strong> em Praia, em24 e 25/5/99, acordo pelo qual <strong>as</strong>sumem o compromisso <strong>de</strong> aperfeiçoara moldura institucional no campo militar. Entre outr<strong>as</strong> providênci<strong>as</strong>, osMinistros propuseram-se a estabelecer um Secretariado Permanentepara <strong>as</strong>suntos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa com se<strong>de</strong> em Lisboa e a estreitar orelacionamento entre seus setores militares com b<strong>as</strong>e no documentointitulado “Globalização <strong>da</strong> Cooperação Técnico-Militar”. No mesmoevento, que contou com a presença do <strong>Br<strong>as</strong>il</strong> como observador, osintegrantes <strong>da</strong> <strong>de</strong>legação portuguesa manifestaram a importância <strong>de</strong> o<strong>Br<strong>as</strong>il</strong> ser incorporado ao exercício. A Declaração Final, após registrar avonta<strong>de</strong> dos Ministros em ver a cooperação no domínio <strong>da</strong> <strong>de</strong>fesa evoluirpara o seio <strong>da</strong> CPLP, remete para <strong>de</strong>cisão futura, no âmbito <strong>da</strong> CPLP, acriação <strong>de</strong> uma Comissão Interestatal <strong>de</strong> Defesa. Essa postura pareceindicar a preocupação portuguesa em evitar questionamentos sobre suapolítica africana nessa área, sobretudo <strong>de</strong>pois d<strong>as</strong> crític<strong>as</strong> formulad<strong>as</strong> contraa atuação <strong>de</strong> Portugal na crise institucional guiné-bissauense em 1998.De fato, nessa crise vári<strong>as</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s african<strong>as</strong>, nota<strong>da</strong>mente<strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Econômica <strong>da</strong> África Oci<strong>de</strong>ntal (CEDEAO),manifestaram <strong>de</strong>sagrado com o comportamento <strong>de</strong> Portugal nos meios<strong>de</strong> comunicação, chegando a afirmar que o Governo <strong>de</strong> Lisboa estavausando a CPLP como instrumento <strong>de</strong> política externa portuguesa naÁfrica. A CPLP tinha <strong>as</strong>sumido, juntamente com a CEDEAO, papel<strong>de</strong> mediadora entre <strong>as</strong> partes em conflito em Guiné-Bissau. Essaorganização sub-regional acabou enviando, ao amparo <strong>da</strong> Resoluçãonº 1216(1998), <strong>de</strong> 21/12/98, força militar para aju<strong>da</strong>r a promover apacificação política <strong>da</strong>quele país.Tudo indica que foi af<strong>as</strong>ta<strong>da</strong>, pelo menos por enquanto, a idéia<strong>de</strong> se criar uma Força Lusófona <strong>de</strong> <strong>Paz</strong>. No entanto, ficou em aberto apossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se introduzir uma dimensão militar na CPLP, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quetal <strong>de</strong>senvolvimento — algo talvez não <strong>de</strong>sejável — venha a reunir oconsenso <strong>de</strong> todos seus membros, pois, conforme <strong>as</strong>sinalado, <strong>as</strong> <strong>de</strong>cisões

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