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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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A SITUAÇÃO ATUAL E AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS 165FORÇA LUSÓFONA DE PAZO Governo português, por meio do seu então Ministro <strong>da</strong>Defesa Nacional, Antônio Vitorino, chegou a aventar, em 1997, apossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> compor, com os países africanos <strong>de</strong> língua oficialportuguesa (PALOPs), uma “Força Lusófona <strong>de</strong> <strong>Paz</strong>”. A iniciativa,que não prosperou, teria por objetivo o oferecimento, sobcoor<strong>de</strong>nação portuguesa, <strong>de</strong> trop<strong>as</strong> dos países lusófonos paraparticipação conjunta em operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz d<strong>as</strong>Nações Unid<strong>as</strong>.O <strong>as</strong>sunto veio ao conhecimento do Itamaraty por intermédio<strong>de</strong> convite formulado ao <strong>Br<strong>as</strong>il</strong> pelo Governo moçambicano paraparticipar, em Maputo, em 16 e 17/9/97, do encontro preparatóriopara elaborar a agen<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma suposta I Reunião dos Ministros <strong>da</strong>Defesa <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> dos Países <strong>de</strong> Língua Portuguesa (CPLP) 124 .Durante o encontro, a <strong>de</strong>legação portuguesa manifestou certa surpresapela presença br<strong>as</strong>ileira, já que, no seu entendimento, se tratava <strong>de</strong>um encontro preparatório envolvendo apen<strong>as</strong> os Ministérios <strong>da</strong>Defesa <strong>de</strong> Portugal e dos PALOPs, e não iniciativa adota<strong>da</strong> no quadro<strong>da</strong> CPLP. O Chefe <strong>da</strong> Delegação <strong>de</strong> Moçambique <strong>de</strong>ixoutransparecer que seu Governo havia convi<strong>da</strong>do o <strong>Br<strong>as</strong>il</strong> justamenteno intuito <strong>de</strong> enquadrar essa iniciativa <strong>de</strong> cooperação na área <strong>de</strong><strong>de</strong>fesa, no contexto <strong>da</strong> CPLP, em que prevalece a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong>do consenso no processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Tal atitu<strong>de</strong> refletiaa preferência <strong>de</strong> Moçambique e <strong>de</strong>mais PALOPs por esquema <strong>de</strong>cooperação em que Portugal, antiga metrópole e maior provedora<strong>de</strong> recursos, não exercesse uma <strong>as</strong>cendência exclusiva nesseexercício. Ao final ficou acertado que o Governo português convi<strong>da</strong>riao Governo br<strong>as</strong>ileiro para participar, como observador, <strong>da</strong> I Reunião124A CPLP foi constituí<strong>da</strong> durante uma Reunião <strong>de</strong> Cúpula realiza<strong>da</strong> em Lisboa em 17/7/96. A Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> é composta pelos seguintes países: Angola, <strong>Br<strong>as</strong>il</strong>, Cabo Ver<strong>de</strong>, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Princípe. No futuro, Timor Leste po<strong>de</strong>rápleitear seu ingresso na Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> ao se tornar um país in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.

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