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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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158 PAULO ROBERTO CAMPOS TARRISSE DA FONTOURArefugiados ruan<strong>de</strong>nses situados no leste <strong>da</strong>quele país. Aventou apossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> criar uma nova mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> operação <strong>de</strong>manutenção <strong>da</strong> paz <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a garantir a segurança e a distribuição <strong>da</strong>aju<strong>da</strong> humanitária naqueles campos. Obti<strong>da</strong> a anuência do Governo<strong>de</strong> Kinsh<strong>as</strong>a, estimou-se que uma força <strong>de</strong> até 5.000 homens serianecessária, m<strong>as</strong> o Secretário-Geral no seu relatório divulgado emjaneiro <strong>de</strong> 1995 <strong>as</strong>sinalou: “... I have consulted with about 60potential troop-contributing countries to <strong>as</strong>certain their readinessto make available the troops necessary to un<strong>de</strong>rtake such anoperation. As of 23 January, only one country had formally offere<strong>da</strong> unit. Un<strong>de</strong>r these circumstances, it is clear that the option of<strong>de</strong>ploying a peace-keeping force to address the security issues inthe refugee camps in Zaire is not fe<strong>as</strong>ible” 119 .Esses exemplos ilustram <strong>as</strong> limitações do sistema <strong>de</strong> prontoemprego. Para os Estados membros, o sistema tem a vantagem <strong>de</strong>garantir a prerrogativa soberana e discricionária dos governos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidirsobre a cessão <strong>de</strong> trop<strong>as</strong> em ca<strong>da</strong> operação específica. Oaprimoramento do sistema <strong>de</strong> pronto emprego po<strong>de</strong> ser visto atémesmo como solução intermediária entre os governos que <strong>de</strong>sejammanter o status quo e os que lançaram idéi<strong>as</strong> sobre a constituição <strong>de</strong>um exército permanente ou semipermanente, sob controle operacionale político d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>. Esta parece ser, inclusive, a melhor opçãopara se evitar, tanto quanto possível, <strong>de</strong>legar a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>manutenção <strong>da</strong> paz e <strong>da</strong> segurança internacionais a forç<strong>as</strong>multinacionais. É importante ter presente, por fim, que o total <strong>de</strong>participantes do sistema <strong>de</strong> pronto emprego não <strong>de</strong>verá ultrap<strong>as</strong>sar onúmero médio dos países — 70 a 90 — que já vêm normalmentetomando parte n<strong>as</strong> operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz.Para a ONU, contudo, o sistema precisaria ser aperfeiçoado,visto que, em última instância, su<strong>as</strong> iniciativ<strong>as</strong> no campo <strong>da</strong> manutenção<strong>da</strong> paz ficam sujeit<strong>as</strong> às injunções polític<strong>as</strong> nacionais. Na medi<strong>da</strong> em119Nações Unid<strong>as</strong>, (1995), doc. S/1995/65, parágrafo 25; e Murphy, (1996), p. 60.

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