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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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A SITUAÇÃO ATUAL E AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS 145e sustenta que é possível preservar a imparciali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a credibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,no nível geral, junto às autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s que <strong>de</strong>têm o controle territorial,mesmo nos c<strong>as</strong>os <strong>de</strong> repressão aos elementos irregulares. Introduztambém a noção <strong>de</strong> que <strong>as</strong> forç<strong>as</strong> <strong>de</strong> paz po<strong>de</strong>rão dispor <strong>de</strong> armamentosofensivos.Em novembro <strong>de</strong> 1997, o então Representante Permanente do<strong>Br<strong>as</strong>il</strong> junto às Nações Unid<strong>as</strong>, Embaixador Celso Amorim, entrevistousecom o Chefe do DPKO, Bernard Miyet, oc<strong>as</strong>ião em que este últimoopinou já não ser mais tão relevante a distinção entre operações <strong>de</strong>paz do capítulo VI e <strong>as</strong> do capítulo VII <strong>da</strong> Carta d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>.Acrescentou que a ONU não po<strong>de</strong>ria participar <strong>de</strong> operações on<strong>de</strong>houvesse perspectiva <strong>de</strong> combates prolongados. Em outr<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong>,a situação atual po<strong>de</strong>ria comportar o aparecimento <strong>de</strong> novo tipo <strong>de</strong>operação em que, apesar <strong>de</strong> o uso <strong>da</strong> força ser autorizado, com b<strong>as</strong>epreferencialmente no capítulo VII <strong>da</strong> Carta, a força <strong>de</strong> paz continuariaa atuar <strong>de</strong> forma imparcial e, i<strong>de</strong>almente, m<strong>as</strong> não necessariamente,com o consentimento d<strong>as</strong> partes envolvid<strong>as</strong>, visto que <strong>as</strong> <strong>de</strong>cisõesadotad<strong>as</strong> sob aquele capítulo são man<strong>da</strong>tóri<strong>as</strong>. C<strong>as</strong>o aprovad<strong>as</strong> sob ocapítulo VI, ess<strong>as</strong> operações teriam <strong>de</strong> contar com “regr<strong>as</strong> <strong>de</strong>engajamento” (rules of engagement) robust<strong>as</strong>, que permitissem apresença <strong>de</strong> armamento pesado. Não se <strong>de</strong>ve confundir o conceitoproposto com algum<strong>as</strong> operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz, que, <strong>de</strong>vidoà situação no terreno (ONUC no Congo e UNPROFOR na antigaIugoslávia), foram-se transformando <strong>de</strong> uma missão do capítulo VI emuma intervenção com <strong>as</strong>pectos coercitivos próprios do capítulo VII.As operações <strong>de</strong> imposição <strong>da</strong> paz seriam reservad<strong>as</strong> apen<strong>as</strong> para osc<strong>as</strong>os em que <strong>as</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s empreendid<strong>as</strong> para restabelecer a paz nãocont<strong>as</strong>sem com o consentimento d<strong>as</strong> partes e que pu<strong>de</strong>ssem implicar ouso <strong>da</strong> força em gran<strong>de</strong> escala para “convencer” <strong>as</strong> partes a atuar <strong>de</strong>acordo com <strong>as</strong> <strong>de</strong>cisões do CSNU.O DPKO enten<strong>de</strong> que a UNTAES <strong>de</strong>veria servir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>loàs futur<strong>as</strong> operações <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> paz. Seu <strong>de</strong>sdobramento foi

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