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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO DA PAZ MULTIDISCIPLINARES 101Embora não diga respeito propriamente à questão do não-uso<strong>da</strong> força, é oportuno <strong>as</strong>sinalar que a política d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> é <strong>de</strong>não ce<strong>de</strong>r a pedidos <strong>de</strong> seqüestradores <strong>de</strong> integrantes <strong>de</strong> missões <strong>de</strong>observação ou <strong>de</strong> forç<strong>as</strong> <strong>de</strong> paz (por exemplo, exigência <strong>de</strong> liberação<strong>de</strong> prisioneiros mantidos por uma d<strong>as</strong> partes em conflito ou pagamentoem espécie). Houve apen<strong>as</strong> uma exceção, em setembro <strong>de</strong> 1997,quando dois observadores militares <strong>da</strong> Missão <strong>de</strong> Observação d<strong>as</strong>Nações Unid<strong>as</strong> na Geórgia (UNOMIG) foram liberados mediante opagamento <strong>de</strong> resgate. O episódio comprometeu a imagem d<strong>as</strong> NaçõesUnid<strong>as</strong>, fazendo com que o Secretário-Geral <strong>da</strong> ONU tivesse <strong>de</strong>afirmar: “... the payment of ransom which w<strong>as</strong> required to ensurethe hostages’ safe return is contrary to established United Nationspolicy, which dictates that the Organization should neither payransom nor make substantial concession for the rele<strong>as</strong>e ofhostages.” 63 Comentou-se na época que, na eventuali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ocorrerem outros seqüestros, animados por esse exemplo, po<strong>de</strong>r-seiater <strong>de</strong> revisar a proibição <strong>de</strong> os observadores usarem arm<strong>as</strong> <strong>de</strong>pequeno porte para se proteger <strong>de</strong> criminosos comuns, uma vez que afalta <strong>de</strong> segurança tornava inaplicável o conceito do não-uso <strong>da</strong> força.É ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que os observadores militares estarão sempre expostosa riscos em cenários on<strong>de</strong> predomina o vazio <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>, sobretudoon<strong>de</strong> <strong>as</strong> ações d<strong>as</strong> missões <strong>de</strong> observação se conjugam com outr<strong>as</strong>iniciativ<strong>as</strong> <strong>de</strong> caráter coercitivo. To<strong>da</strong>via, os autores consultadoscoinci<strong>de</strong>m em que dificilmente a proteção dos observadores estará maisbem garanti<strong>da</strong> se portarem arm<strong>as</strong> leves, visto que costumam trabalharindividualmente ou em parceria, por vezes em áre<strong>as</strong> remot<strong>as</strong>, on<strong>de</strong> aarma <strong>de</strong> fogo po<strong>de</strong>rá ser vista pela população local como ameaça e nãoinstrumento <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>fesa. O Secretário-Geral d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>, diante<strong>da</strong> <strong>de</strong>terioração <strong>da</strong> situação no Tadjiquistão, chegou a propor, emsetembro <strong>de</strong> 1997, proteger observadores e <strong>de</strong>mais funcionários <strong>da</strong> ONUmediante o envio <strong>de</strong> um batalhão <strong>de</strong> infantaria, m<strong>as</strong> a iniciativa não63Nações Unid<strong>as</strong>, (1998), doc. SC/6440.

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