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O Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das ... - Funag

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100 PAULO ROBERTO CAMPOS TARRISSE DA FONTOURA<strong>de</strong> supervisionar a trégua entre os países árabes e Israel. Ralph J. Bunche,inicialmente <strong>as</strong>sistente do mediador <strong>da</strong> ONU para a questão <strong>da</strong> Palestinae, <strong>de</strong>pois do <strong>as</strong>s<strong>as</strong>sinato <strong>de</strong>ste, seu sucessor no cargo, recebeu instruçõespara operacionalizar a missão <strong>de</strong> observação. Previu-se que osobservadores militares agiriam <strong>de</strong>sarmados, sendo <strong>as</strong> partes em conflitoresponsáveis por sua segurança, já que, ao consentirem na presença <strong>da</strong>missão, <strong>de</strong>veriam também velar pela integri<strong>da</strong><strong>de</strong> física <strong>de</strong> seus integrantes.A regra vem sendo respeita<strong>da</strong> em operações <strong>de</strong>ssa natureza <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então,com uma única exceção: o coman<strong>da</strong>nte do componente militar do Grupo<strong>de</strong> Assistência d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> para a transição <strong>da</strong> Namíbia (UNTAG)autorizou em 1989-90 observadores servindo em postos isolados amunirem-se <strong>de</strong> arm<strong>as</strong> leves para se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem dos animais selvagens.Esse compromisso d<strong>as</strong> partes em garantir a segurança dosobservadores militares não tem impedido a ocorrência <strong>de</strong> baix<strong>as</strong> fatais,<strong>de</strong>vido a doenç<strong>as</strong>, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho ou outros fatores. Ainsegurança aumentou significativamente, entretanto, a partir do fim dosanos 80, nota<strong>da</strong>mente nos conflitos <strong>de</strong> caráter interno. Muitosobservadores têm sido molestados durante su<strong>as</strong> patrulh<strong>as</strong>, retidostemporariamente pelos mais diversos motivos, tomados como refénsou, mesmo, mortos: no Líbano, em julho <strong>de</strong> 1989, o chefe do grupo <strong>da</strong>UNTSO, servindo em Beirute, foi seqüestrado e, posteriormente,<strong>as</strong>s<strong>as</strong>sinado; na Bósnia-Herzegovina, em maio <strong>de</strong> 1995, os militantesbósnios-sérvios usaram observadores militares como escudos humanospara <strong>de</strong>terem ataques aéreos <strong>da</strong> OTAN/ONU; na Guatemala, em julho<strong>de</strong> 1995, oficiais <strong>de</strong> ligação e outros funcionários civis d<strong>as</strong> NaçõesUnid<strong>as</strong> foram mantidos como reféns por camponeses <strong>de</strong>scontentescom a política <strong>de</strong> re<strong>as</strong>sentamento <strong>de</strong> refugiados n<strong>as</strong> zon<strong>as</strong> rurais; noTadjiquistão, em fevereiro <strong>de</strong> 1997, cerca <strong>de</strong> 15 militares e civis foramseqüestrados por uma d<strong>as</strong> partes em luta; na Geórgia, em fevereiro <strong>de</strong>1998, quatro observadores foram retidos por uma d<strong>as</strong> facções rebel<strong>de</strong>se, em setembro <strong>de</strong> 1998, ônibus transportando observadores militaresfoi atacado por forç<strong>as</strong> não-i<strong>de</strong>ntificad<strong>as</strong>, ferindo quatro oficiais.

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