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Amigos, I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BRPRESIDENTE:Luis Carlos Barbosa Lima1º VICE-PRESIDENTE:Ralph Luiz Perrupato2º VICE-PRESIDENTE:(to<strong>do</strong>s os presidentes deenti<strong>da</strong>des mantene<strong>do</strong>ras)1º TESOUREIRO:Juadir de Oliveira Souza2º TESOUREIRO:Manuel Ventin Ventin1º SECRETÁRIO:Fernan<strong>do</strong> Ibiapina Cunha2º SECRETÀRIO:Benedito Bezerra MendesDIRETOR DA ÁREA INDUSTRIAL:Antonio Carlos Cerqueira FortesDIRETOR DA ÁREAECONÔMICA E FISCAL:Francisco BelfortDIRETOR DE RELAÇÕESINSTITUCIONAIS:César Vergílio Oliveira GonçalvesDIRETOR DA ÁREA AMBIENTAL:José Jo<strong>aqui</strong>m Gomes <strong>da</strong> CostaDIRETOR DA ÁREA MINERAL:Henrique Antonio Norade Oliveira LimaDIRETOR DE MARKETING:Constantino Frollini NetoDIRETOR DA ÁREA DE BLOCOSE TIJOLOS CERÂMICOS:Juan Roberto GermanoDIRETOR DA ÁREADE TELHAS CERÂMICAS:Cláudio Luis KurthDIRETOR DA ÁREADE TUBOS CERÂMICOS:Paula Regina Marchi de SouzaDIRETOR DA ÁREADE PISOS CERÂMICOS:Luis Cláudio Sabe<strong>do</strong>tti FornariDIRETOR DA QUALIDADE:Carlos André Fois LannaCONSELHOFISCAL EFETIVOS:Cláudia Pine<strong>do</strong> Zottos VolpiniEdézio Gonzalez MenonLaerte SimãoSUPLENTES:Jorge Macha<strong>do</strong> MendesTelêmaco SantiagoOsval<strong>do</strong> Duarte RosalinoCONSELHO CONSULTIVOSylvio Alves de Barros Filho; JoséAbílio G. Primo; Walter Gimenes Félix;Mauro Raso Assumpção; Nelson ElyFilho; Wanderley PecciniChegamos a mais um Encontro Nacional cheios deotimismo e ávi<strong>do</strong>s por conhecimento e tenho certezaque nossas expectativas serão atendi<strong>da</strong>s.Preparamos um Fórum diferente esse ano. Noprimeiro dia, teremos as apresentações de técnicosestrangeiros, para discutir com eles o merca<strong>do</strong> e ospeca<strong>do</strong>s cometi<strong>do</strong>s em seus países, e nos informar arespeito <strong>da</strong>s ações que estão toman<strong>do</strong> para recuperar oque foi perdi<strong>do</strong>.No segun<strong>do</strong> dia, formaremos duas discussõesentre nós, uma para o merca<strong>do</strong> de coberturas e outropara o de alvenarias, onde analisaremos a situação atual. Considero de extrema importânciao comparecimento nestas discussões, principalmente pelo momento de forte deman<strong>da</strong> emque nos encontramos, que pode ser mais perigoso para nossa posição de merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> quemomentos de baixa deman<strong>da</strong>.Temos de considerar que nossos concorrentes estão investin<strong>do</strong> pesa<strong>da</strong>mente em novosprodutos e sistemas construtivos. Principalmente os de origem cimentícia, que vem ganhan<strong>do</strong>merca<strong>do</strong> com base em um discurso de alerta sobre uma eventual falta de mão de obraqualifica<strong>da</strong> e pela suposta baixa quali<strong>da</strong>de e produtivi<strong>da</strong>de de nossos produtos.Por isso, considero este momento crucial para nossas empresas, o que torna estas duasmesas uma oportuni<strong>da</strong>de para discutirmos ações contundentes para reverter este quadro.Na outra ponta teremos as Clínicas, que foram amplia<strong>da</strong>s conforme sugestão <strong>do</strong>sparticipantes <strong>da</strong>s edições anteriores. Elas trazem temas que ain<strong>da</strong> não haviam si<strong>do</strong> abor<strong>da</strong><strong>do</strong>s,mas de suma importância para esse momento de transformação que vivemos.Também teremos a edição <strong>da</strong> Expoanicer com grande participação de nossos fornece<strong>do</strong>resmais tradicionais, que trazem grandes novi<strong>da</strong>des, além de trinta e três empresas europeias.Essa participação recorde de estrangeiros reflete a importância <strong>do</strong> nosso merca<strong>do</strong>. Elespercebem que podemos expandir e modernizar nossas indústrias, e observam a forte expansão<strong>do</strong> nosso merca<strong>do</strong> de construção.É com esse olhar otimista que montamos o encontro. Tenho certeza que ele atenderá àsexpectativas de to<strong>do</strong>s sem, no entanto, pensar que sairemos dele com soluções prontas.O meu desejo é o de que poderemos discutir e traçar metas com atitudes pró ativas,deixan<strong>do</strong> a postura reativa que nos tem leva<strong>do</strong> a perder merca<strong>do</strong>. Temos de observar ademan<strong>da</strong> crescente e entender que não estamos acompanhan<strong>do</strong> esse crescimento o quesignifica, necessariamente, que alguém está toman<strong>do</strong> este espaço.Podemos estar venden<strong>do</strong> bem hoje, mas nossos concorrentes estão ten<strong>do</strong> crescimentomuito maior que o nosso. Não podemos deixar que ganhem esse espaço.Em nossa confraternização preparamos uma festa de alto nível, que nós merecemos pelagrandeza e importância que temos. Também quero lembrar aos amigos que fizemos umaprogramação especial em parceria com o Senai para as acompanhantes, com visitas ao polode mo<strong>da</strong> catarinense e a pontos turísticos e escolas <strong>do</strong> Senai, o esta<strong>do</strong>. Tragam suas esposase mari<strong>do</strong>s, esse é o momento de termos “Orgulho de ser Ceramista”.Por isso amigos, fico feliz em observar o número de participantes crescer a ca<strong>da</strong> ano eque, nesta edição, já temos o <strong>do</strong>bro de pré-inscritos em relação à edição anterior.Sejam bem vin<strong>do</strong>s e aproveitem o nosso Encontro.Um abraço a to<strong>do</strong>s,Luis Carlos Barbosa LimaPresidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>


Chegou a hora!CARTASEdição e Textos:Ricar<strong>do</strong> Kelschprojetos@anicer.com.brAdriano Françacomunica@anicer.com.brJeferson Silvarevista@anicer.com.brEdição de Arte:Tatiana Batalhaarte@anicer.com.brGabriel Medeiroscriacao@anicer.com.brColaboração Administrativa:Dayana Admiral, Elaine Araújo,Erika <strong>da</strong> Costa, Fernan<strong>da</strong> Duarte,Silvia Oliveira, Regina Junqueira,Sandra de Carvalho,anicer@anicer.com.brColaboração Técnica:Emerson Marcos Diastecnica@anicer.com.brEdval<strong>do</strong> Costa Maiaquali<strong>da</strong>de@anicer.com.brAntônio Carlos Pimenta Araújoatecnica@anicer.com.brOsíris Júniordesenvolvimento@anicer.com.brPublici<strong>da</strong>de:Márcia Salespublici<strong>da</strong>de@anicer.com.brFotolito e impressão: ViagrafTiragem: 7.000 exemplaresVeiculação: AgostoAssociação Nacional<strong>da</strong> Indústria CerâmicaFone/fax: (21) 2524-0128,Rua Santa Luzia, <strong>65</strong>1-12º an<strong>da</strong>rRio de Janeiro - RJ - CEP: 20030-041As opiniões <strong>aqui</strong> expressas não refletemnecessariamente a opinião <strong>da</strong> <strong>Revista</strong>. Com aparticipação de enti<strong>da</strong>des de to<strong>do</strong> o País.A ci<strong>da</strong>de de Florianópolis, tambémconheci<strong>da</strong> como a Ilha <strong>da</strong> Magia, recebeempresários vin<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong> o continentepara os quatro dias <strong>do</strong> 39º Encontro Nacional<strong>da</strong> Indústria de Cerâmica Vermelha, o maior<strong>da</strong> América Latina!Nesta edição, adiantamos detalhes <strong>da</strong>programação, como os temas <strong>do</strong> FórumMerca<strong>do</strong> internacional e brasileiro, ondeespecialistas europeus falam <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>,e as novi<strong>da</strong>des que serão apresenta<strong>da</strong>s na13ª Expoanicer. Por falar nisso, além <strong>do</strong>sgrandes nomes <strong>da</strong> cadeia de fornece<strong>do</strong>res<strong>do</strong> setor, a feira reúne um número recordede marcas internacionais.SUMÁRIO08.12.16.20.22.26.34.O talento de Vitor LotufoArquiteto faz uso surpreendentede tijolos em seus projetosForno Ce<strong>da</strong>nAcessível, modelo ganhaespaçoCobogóElemento vaza<strong>do</strong> ganhadestaque no merca<strong>do</strong>CréditoCaixa cria novas linhas definanciamento para o segmentoCapaDe 24 a 27 de agosto, Florianópolisé a capital <strong>da</strong> cerâmicavermelha no continenteCursos em ItúSenai transfere cursostécnicos para regiãoCerâmica HervyPrédio pode ser tomba<strong>do</strong>e se converter em museu46.SEÇÕES03.05.06.14.30.32.36.42.48.44. Cerâmica artística50.Arte em argila <strong>do</strong> Sul para o Brasil 53.A matéria ain<strong>da</strong> traz alguns detalhes– que fazem a diferença – sobre a soleni<strong>da</strong>dede encerramento com show de ElbaRamalho sobre as empresas que integramos roteiros <strong>da</strong>s visitas técnicas.A <strong>Revista</strong> também destaca a parceriainédita entre <strong>Anicer</strong> e Caixa, que resultouem um novo programa de crédito destina<strong>do</strong>especificamente às empresas cerâmicas. NoMaromban<strong>do</strong>, o engenheiro Carlos Borgesfala sobre a nova Norma de Desempenho.Nas outras páginas você encontrarátendências, notícias e muita informação paravocê e sua empresa.Bem vin<strong>do</strong>s à Florianópolis, boa leituraEspaço Sindical:Sindicer/SEGestão com foco noassociativismo e na quali<strong>da</strong>deArtigo <strong>do</strong> PresidenteCartasIntegra<strong>da</strong>sPerfil:Cerâmica RohrTendência de Merca<strong>do</strong>:Facha<strong>da</strong>s ventila<strong>da</strong>s chegamao BrasilCerâmica VerdeBolsas de resíduos chamamatenção <strong>do</strong> setorColuna <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>deMaromban<strong>do</strong>:Carlos BorgesPonto de Vista:Carlos Alberto <strong>do</strong>s SantosÁrea SocialNotícias <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>Gostaria de saber onde encontro tijolos de 12 cm por 20 cm?Jairo Azambuja, MSAssessoria Técnica e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de responde: Esclarecemosque os blocos cerâmicos que atendem a Norma <strong>da</strong> ABNT (NBR15270) partes 1, 2 e 3, nas especificações que o senhor solicita temsuas dimensões especifica<strong>da</strong>s em: 11,5 x 19 x 24; 11,5 x 19 x 29;11,5 x 19 x 29; 11,5 x 19 x 39 e tem, de acor<strong>do</strong> com alguns critérios,função estrutural ou de ve<strong>da</strong>ção.No site <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> www.anicer.com.br, existe uma lista de empresasqualifica<strong>da</strong>s e que fornecem estes produtos mais especificamenteem sua região ou em alguma locali<strong>da</strong>de próxima.Sou assinante <strong>da</strong> <strong>Revista</strong> <strong>Anicer</strong>. Gostaria que alguém meindicasse algum livro que fale <strong>do</strong>s tipos de fornos. Precisocomprar. Muito obriga<strong>do</strong>!Alexandre João Ferreira, SCAssessoria Técnica e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de responde: Indicamos olivro Manual Empresarial – Eficiência <strong>do</strong>s Processos – Reduçãode Custos, que pode ser obti<strong>do</strong> através <strong>do</strong> nosso site (www.anicer.com.br). Ressaltamos ain<strong>da</strong> que a <strong>Anicer</strong>, conta com um programade treinamento, desenvolvi<strong>do</strong> pela Assessoria Técnica que envolveentre outros temas <strong>do</strong> processo de fabricação <strong>da</strong> indústria cerâmica,o processo de queima.Olá, bom dia, tenho uma patente quentinha de um tipo debloco cerâmico estrutural com sistema de travamento sem uso<strong>da</strong> massa de assentamento, sustentável, social, econômico,com passagem hidráulica e elétrica, sem quebras, cortes,racionaliza<strong>do</strong>, funcional, rápi<strong>do</strong> em sua montagem, barato,09x19x36, 14x19x42. Trata-se de um projeto fantástico paraprojetos de casas populares <strong>do</strong> governo.Danilo Monteiro, MGAssessoria de Comunicação responde: De fato é uma grandeiniciativa! Parabéns!Em breve entraremos em contato com você, para realizarmos umamatéria para a nossa próxima edição. Até lá!“Les escribo desde Santa Cruz, Bolívia. Tengo mucho interésde participar de vuestra Feria, conmigo tienen previsto viajar8 de las más grandes cerámicas de Bolivia, tengo una relacióncomercial con ellos de muchos años y es por eso que solicitome envíen to<strong>da</strong> la información posible para que este viaje sealo más provechoso posible.Seguro de obtener una pronta respuesta me despi<strong>do</strong> deustedes de manera muy cordial”Escrevo de Santa Cruz na Bolívia. Tenho muito interesse em participar <strong>da</strong>sua Feira, estão programa<strong>do</strong>s para viajar comigo oito <strong>do</strong>s maiores empresáriosde cerâmica <strong>da</strong> Bolívia, eu tenho um relacionamento de negócio com eles hámuitos anos e é por isso que eu peço para que me enviem to<strong>da</strong>s as informaçõespossíveis fazer esta viagem o mais proveitosa quanto possível.Com a certeza de obter uma pronta resposta, deixo-vos de forma cordial.Roger Osinaga, BolíviaAtendimento <strong>do</strong> Encontro responde: A <strong>Anicer</strong> – AssociaçãoNacional <strong>da</strong> Indústria Cerâmica realizará o seu evento anual naci<strong>da</strong>de de Florianópolis/SC, de 24 a 27 de agosto próximo, noCentrosul, reunin<strong>do</strong> no 39º Encontro Nacional <strong>da</strong> Indústria deCerâmica Vermelha, Fórum, Clínicas Tecnológicas, 13ª Expoanicer– Exposição de Máquinas, Equipamentos, Produtos, Serviços eInsumos para a Indústria Cerâmica, Visitas Técnicas, Prêmio Joãode Barro – melhores <strong>do</strong> ano, eventos sociais, entre outras ativi<strong>da</strong>des.As inscrições podem ser feitas através <strong>do</strong> nosso site www.anicer.com.br – aguar<strong>da</strong>mos vocês em nosso Encontro.We are looking for an Engineer or Technical Sales Managerfor Ceramics. Please see the attached job description. Shouldyou know anybody who could be interested in a career inGermany, please let him know about this vacancy. Thanksand best regards,Estamos à procura de um Engenheiro de Ven<strong>da</strong>s ou Gerente Técnico deCerâmica. Por favor, veja a descrição <strong>do</strong> trabalho em anexo. Se vocês conheceremalguém que possa estar interessa<strong>do</strong> em uma carreira na Alemanha, por favor,deixe-o saber sobre esta vaga. Obriga<strong>do</strong> e melhores cumprimentos,Hasso Schwaenke, Germany - hasso.schwaenke@alroko.dePublici<strong>da</strong>de responde: Sr. Hasso, estamos ca<strong>da</strong>stran<strong>do</strong> a suasolicitação no banco de talentos no site <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>.Advertising Assistant responds: Mr. Hasso, we are registeringyour request on the bench of talent on the <strong>Anicer</strong>’s site.Para entrar em contato com amande e-mail pararevista@anicer.com.brou ligue para+55 (21) 2524-0128WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I


Integra<strong>da</strong>sWorkshop sobre a Norma deDesempenho em São PauloA CBIC e <strong>da</strong> Caixa, promoveram, no último dia 13 de julho o workshop“Análise compartilha<strong>da</strong> <strong>da</strong> Norma de Desempenho”, na sede <strong>do</strong> Sinduscon-SP, noqual participou o presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Luis Lima. O objetivo <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des empromover este evento foi o de fomentar um debate amplo na direção de se obter umposicionamento integra<strong>do</strong> <strong>da</strong> cadeia <strong>da</strong> construção civil acerca <strong>da</strong>s interpretações<strong>do</strong>s avanços e desafios que a Norma de desempenho trará ao merca<strong>do</strong>. O Presidente<strong>da</strong> Associação apresentou um posicionamento crítico-analítico sob a perspectiva<strong>do</strong> setor de cerâmica vermelha quanto à aplicação <strong>da</strong> NBR 15575 – EdifíciosHabitacionais de até 5 pavimentos.A CNI divulgou, em 30 dejulho, os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> últimaSon<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> Construção Civil,referente ao mês de junho.Segun<strong>do</strong> a pesquisa, o setor<strong>da</strong> construção civil apresentoucrescimento contínuo duranteos seis primeiros meses <strong>do</strong>ano, ocasiona<strong>da</strong>s pelas medi<strong>da</strong>sgovernamentais de incentivo.Sindicer/ALtem nova diretoriaO Sindicer/AL elegeu e empossou sua nova diretoria,em julho. O novo presidente <strong>do</strong> Sindicato é FredericoGondim Carneiro de Albuquerque. Ain<strong>da</strong> compõe adiretoria, como Secretário, José Djalma Rocha e, comotesoureiro, Gustavo Henrique Oliveira Amorim.CNI divulga nova Son<strong>da</strong>gem<strong>da</strong> Construção CivilO ambiente positivo é comprova<strong>do</strong> pelos indica<strong>do</strong>res de ativi<strong>da</strong>de, mostran<strong>do</strong>que a expansão está alia<strong>da</strong> também à contratação de novos funcionários. Emjunho, assim como observa<strong>do</strong> nos quatro meses anteriores, o nível de ativi<strong>da</strong>de écrescente. Essa expansão não está pauta<strong>da</strong> apenas na recuperação <strong>da</strong> crise, uma vezque os níveis de ativi<strong>da</strong>de durante esse perío<strong>do</strong> situaram-se acima <strong>do</strong> usual. O bomdesempenho traduz-se também na situação financeira <strong>da</strong>s empresas, sobretu<strong>do</strong> naspequenas e médias. Acesse os resulta<strong>do</strong> em: http://migre.me/118nH .Fonte CNI4ª Semana Tecnológicade CerâmicaDe 14 a 17 de setembro,a Escola Senai Mario Amatopromove a 4ª SemanaTecnológica de cerâmica.Entre os tópicos, destacamsesustentabili<strong>da</strong>de, meio ambiente e design, com focosem revestimentos cerâmicos, cerâmica artística e cerâmicavermelha. Os detalhes <strong>da</strong> programação e link para <strong><strong>do</strong>wnload</strong> deficha de inscrição, no site: www.sp.senai.br/meioambiente3º Simpósio Brasileiro deConstrução SustentávelO CBCS - Conselho Brasileiro de Construção Sustentávelpromove o 3º Simpósio Brasileiro, nos dias 8 e 9 de novembro,em São Paulo, com o tema “Sustentabili<strong>da</strong>de nos negócios einstrumentos de mu<strong>da</strong>nças”. Serão des<strong>do</strong>bra<strong>do</strong>s os tópicos:projeto de construção e design avança<strong>do</strong>; habitação econômicasocial e assentamentos; renovação sustentável e manutenção;modelos urbanos e infra estrutura sustentável; política elegislação para sustentabili<strong>da</strong>de em empreendimentos; entrega<strong>do</strong> projeto integra<strong>do</strong> de gestão e modelos de contrataçãoatualiza<strong>da</strong>. Os interessa<strong>do</strong>s devem fazer suas inscrições peloe-mail: secretaria@cbcs.org.br ou no site www.cbcs.org.brMOMENTO INSPIRAÇÃOSetor recebebenefícios emAlagoasO presidente <strong>do</strong> Sindicato <strong>da</strong>s Indústriasde Cerâmica, Frederico Gondin, comentou oapoio concedi<strong>do</strong> pelo governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> aosetor, em benefício <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> gás natural e <strong>da</strong>energia, insumos importantes para o setor, além<strong>do</strong>s incentivos específicos para empresas <strong>do</strong>setor obti<strong>do</strong>s pela Cerâmica Elizabeth. “Temospotencial, já que Alagoas é o 3º esta<strong>do</strong> nordestinoem relação as jazi<strong>da</strong>s de argila vermelha”,informou Gondin.Indústrias levamdesenvolvimento ao MTOs municípios <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> São Lourençojá vivem as mu<strong>da</strong>nças na economia local e nodesenvolvimento social com a chega<strong>da</strong> de seisnovas grandes indústrias na região, to<strong>da</strong>s com ofuncionamento previsto para o ano de 2011.No setor de construção civil, a CerâmicaMaristela começará a operar no ano que vem, emJuscimeira, além <strong>da</strong> indústria de cimento LCB, queanunciou investimentos em Rosário Oeste, quetotalizarão R$400 milhões.Sombra ren<strong>da</strong><strong>da</strong>Dois <strong>do</strong>s maiores designers brasileiros, osirmãos Fernan<strong>do</strong> e Humberto Campana, criaram,no início de 2010, a Mesa Cobogó. Comumenteusa<strong>do</strong> nas construções brasileiras <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>modernista, o Cobogó desempenha um papelde parede, mas permite a circulação de ar e deentra<strong>da</strong> de luz solar nas casas, é uma soluçãotérmica (veja matéria na página 16). O elementofoi utiliza<strong>do</strong> de maneira irregular, diferente de seuuso comum, para estar em um novo ambiente,de um novo jeito. O resulta<strong>do</strong> horizontal é umadelica<strong>da</strong> mesa de jantarque, quan<strong>do</strong>ilumina<strong>da</strong> decima, projetauma sombracom efeitoren<strong>da</strong><strong>do</strong>. I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BRWWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I


DestaqueO talento inquietode Vitor LotufoFoto: DivulgaçãoFuller foi um estudioso <strong>da</strong> trigonometriaesférica e autor <strong>do</strong> famoso <strong>do</strong>mo geodésicode Montreal, construí<strong>do</strong> para a ExposiçãoInternacional de 1968. A partir <strong>do</strong>s seustrabalhos, Lotufo desenvolveu formasgeodésicas em várias de suas obras ecom Gaudí, se identificou na valorização<strong>da</strong> arquitetura como gesto de obra,incorporan<strong>do</strong> no canteiro os “defeitos” <strong>do</strong>fazer artesanal.“No meu tempo de escola, Gaudí só eracita<strong>do</strong> em textos sobre a Belle Époque, coma qual ele não teve nenhum vínculo, pois, naver<strong>da</strong>de, ele mostrava uma outra possibili<strong>da</strong>dede envolvimento global, a decoração, oartesão, a reciclagem <strong>do</strong> caco cerâmico eprincipalmente uma nova maneira de enxergara estrutura, tornan<strong>do</strong>-se uma célula estrutural.Ao conhecer as idéias de Gaudí, percebi, quequalquer trabalho que exija a participação <strong>do</strong>homem, onde ele não atue somente comomáquina, mas como um ser pensante quetoma decisões e assume responsabili<strong>da</strong>des, éartesanato”, relembra o arquiteto.Além disso, Lotufo, publicou o livroGeodésicas & Cia., em parceria com oarquiteto João Lopes, abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> as relaçõesgeométrico-estruturais, a partir de Fullere de outros matemáticos, defenden<strong>do</strong> aviabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> estrutura geodésica tantopor modelos laboratoriais, desenvolvi<strong>do</strong>sno meio acadêmico, quanto como soluçãopara habitações alternativas, exemplifica<strong>da</strong>sna comuni<strong>da</strong>de semiagrária de Drop City,Arizona, nos EUA, na déca<strong>da</strong> de 1960.Também está presente em “O trabalho emtijolo”, de Eládio Dieste e em A<strong>do</strong>be, deHassan Fathy.Por ser um profun<strong>do</strong> estudioso sobre aarquitetura, e grande conhece<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s avançosnas técnicas construtiva, em geral, Lotufoconquistou reconhecimento e admiração.“Acho importante definir Vitor Lotufo comoum grande arquiteto-construtor, que fazuma síntese extremamente criativa e rica <strong>da</strong>shabili<strong>da</strong>des e possibili<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s materiais eprocessos construtivos, a isso se associa umarelação geométrica muito forte, de expressãoartística, com curvas, rotações, man<strong>da</strong>las epor aí afora”, diz Sylvio Sawaya, professor<strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de Arquitetura e Urbanismo <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de de São Paulo (FAUUSP).Um olhar sobrea habitação socialLotufo desenvolveu os projetos de habitaçãosocial inseri<strong>do</strong>s no Plano de Mutirões deSão Paulo, trabalhan<strong>do</strong> com os materiais <strong>do</strong>sistema construtivo convencional: laje mistade blocos cerâmicos e vigotas de concreto,na forma de parabolóides parabólicos.OA comunhão entre tradição e inovação nos projetosde cerâmica <strong>do</strong> arquitetoarquiteto Vitor Lotufo imprimiumarcas de sua personali<strong>da</strong>deinquieta e inova<strong>do</strong>ra nos projetos assina<strong>do</strong>spor ele. Estres traços podem ser percebi<strong>do</strong>spor meio de intrinca<strong>da</strong>s cúpulas e arcosem tijolos aparentes e outros detalhesfinaliza<strong>do</strong>s com cerâmicas de varia<strong>da</strong>stexturas e cores.Forma<strong>do</strong> em arquitetura em 1967, pelaFacul<strong>da</strong>de de Arquiteura e Urbanismo <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Mackenzie, por influênciade seu pai, o engenheiro-arquiteto ZenonLotufo, um modernista típico que chegoua trabalhar com Oscar Niemeyer noprojeto <strong>do</strong> Ibirapuera. Vitor recor<strong>da</strong> queo espírito modernista <strong>do</strong> pai se expressavaatravés <strong>do</strong> desprezo pelas coisas velhase ultrapassa<strong>da</strong>s: “quan<strong>do</strong> construiu paraa família uma casa nova no bairro <strong>do</strong>Morumbi não levou uma única lembrança<strong>da</strong> casa anterior, tu<strong>do</strong> novo, até seu amorpelos livros velhos era pequeno, apesar deser um grande leitor”.Desde sua formação, ocorri<strong>da</strong> em ummomento histórico conturba<strong>do</strong> – <strong>do</strong>otimismo simboliza<strong>do</strong> pela fun<strong>da</strong>ção deBrasília ao golpe militar de 1964 – atuouem projetos, como a ampliação <strong>da</strong> IgrejaPresbiteriana de São Paulo, em 1987, ondeutilizou abóba<strong>da</strong>s de tijolo à vista na suaconcavi<strong>da</strong>de, sustenta<strong>da</strong>s por colunashelicoi<strong>da</strong>is em tijolos.Dois pontos de parti<strong>da</strong> <strong>do</strong> processocriativo <strong>do</strong> arquiteto foram as influências deRichard Buckminster Fuller e <strong>do</strong> arquitetocatalão Gaudí.| Facha<strong>da</strong> idealiza<strong>da</strong> por Lotufo: influências de Fuller e GaudíFoto: Divulgação I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BRWWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I


DestaqueNa residência de campo, em Botucatu (SP- 2007), utilizou o tijolomaciço, como solução de ve<strong>da</strong>ções. Já elementos, como arcos ea cobertura pirami<strong>da</strong>l, foram devi<strong>do</strong> ao seu desempenho termoacústico, com exceção <strong>da</strong> caixa d’água, um icosaedro em argamassaarma<strong>da</strong>. Neste projeto, a planta tem a distribuição <strong>do</strong>s <strong>do</strong>rmitórios,sala de estar e serviços ao re<strong>do</strong>r <strong>da</strong> sala de jantar que fica no centro<strong>do</strong> octógono, forma básica a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong> para o projeto.Quan<strong>do</strong> desenvolveu o projeto <strong>da</strong> Oficina <strong>da</strong>s Pizzas, as a<strong>da</strong>ptaçõesdependeram muito <strong>do</strong>s pedreiros: “um homem, quan<strong>do</strong> assentatijolos, faz isso à sua maneira, ele não é uma máquina que executasomente o que o arquiteto criou na prancheta. Quan<strong>do</strong> pedi asfaixas de cacos de cerâmica nas paredes, sugeri que o assenta<strong>do</strong>rprocurasse um desenho, e não simplesmente tentasse fazê-las retas.Assim, até as paredes curvas também resultaram <strong>da</strong> intervençãopessoal <strong>do</strong>s pedreiros”.Levan<strong>do</strong> essa concepção às últimas conseqüências e reconhecen<strong>do</strong>os limites <strong>da</strong> bi dimensionali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> desenho, Lotufo transformouem parceiros os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> projeto Oficina de Pizzas. “Naver<strong>da</strong>de, acho que o que eu sempre quiz fazer foi uma arquiteturaextremamente abrangente, que possa estar envolvi<strong>da</strong> em to<strong>do</strong>saspectos <strong>do</strong> ser humano sejam eles sociais, relaciona<strong>do</strong>s com anatureza, ou puramente de paixão,” finaliza o arquiteto| Vitor contou com a intervenção <strong>do</strong>s pedreiros na criação <strong>da</strong>Oficina <strong>da</strong>s Pizzas10 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR


InovaçãoONOVA OPÇÃO EM FORNOINTERMITENTESegun<strong>do</strong> inventor <strong>do</strong> Forno Ce<strong>da</strong>n, com baixo custo, forno podereduzir emissões de gases em até 90%pontapé inicial, para o desenvolvimento <strong>do</strong> projeto<strong>do</strong> Forno Ce<strong>da</strong>n, foi <strong>da</strong><strong>do</strong> com a intenção de suprira necessi<strong>da</strong>de de muitas cerâmicas em instalar novos fornospara aumentarem a produtivi<strong>da</strong>de. No entanto, as indústriasdemonstraram que tinham grandes dificul<strong>da</strong>des, devi<strong>do</strong> aoalto custo na construção de um forno eficiente.Em 2002, foi construí<strong>do</strong> o primeiro protótipo <strong>do</strong> fornoCe<strong>da</strong>n. Com o passar <strong>do</strong> tempo, a técnica de sua construçãofoi se aperfeiçoan<strong>do</strong> e minimizan<strong>do</strong> os custos.Segun<strong>do</strong> o empresário Paulo Sérgio Ramalho Dantas, <strong>da</strong>Cerâmica Dantas, idealiza<strong>do</strong>r <strong>do</strong> projeto (Forno Ce<strong>da</strong>n), osprincipais problemas na produção <strong>da</strong> cerâmica vermelha,verifica<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong> o território brasileiro, seriam: a queima<strong>do</strong>s materiais industrializa<strong>do</strong>s, a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s peças - já quemais de 95% <strong>da</strong>s indústrias utiliza combustível a base debiomassas, renováveis ou não, e pelo fato <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>resrecebem muito calor dissipa<strong>do</strong> pelas fornalhas.“É indiscutível a importância <strong>da</strong> produção <strong>do</strong> setorcerâmico vermelho para osetor imobiliário, pois parao conforto e bem estar <strong>da</strong>smoradias, a cerâmica vermelhacontribui com mais de 90%<strong>do</strong>s materiais de paredes ecobertas e não existe na<strong>da</strong>capaz de substituir a cerâmicavermelha nos quesitos, custoe beneficio”, afirmouNa opinião dele, a indústriacerâmica ain<strong>da</strong> opera com umsistema de linha de produçãocarente de tecnologia,devi<strong>do</strong> aos seguintes fatores:capacitação empresarial,mão de obra desqualifica<strong>da</strong>e recursos financeiros dedifícil acesso.Através <strong>da</strong> troca de idéias entreo empresário, a Universi<strong>da</strong>deFederal <strong>do</strong> Ceará, a Finep- Financia<strong>do</strong>ra de estu<strong>do</strong>s e projetos, o Sebrae e o governofederal, foi possível colocar em prática, o desenvolvimento<strong>do</strong> projeto Forno Ce<strong>da</strong>n.Uma idéia reconheci<strong>da</strong> e premia<strong>da</strong>| Com o Forno Ce<strong>da</strong>n, a redução nas emissões de poluentes pesa<strong>do</strong>sna atmosfera chega a 90%Com a utilização <strong>do</strong> forno, volta<strong>do</strong> para a questão <strong>da</strong>preservação ambiental, é obti<strong>do</strong> um aproveitamento calóricobem mais equaliza<strong>do</strong>, em relação aos fornos existentes nomerca<strong>do</strong>. A partir dessa concepção, desde 2006, o projetovem sen<strong>do</strong> reconheci<strong>do</strong> com diversos prêmios e mençõeshonrosas.Em 2006, o forno foi premia<strong>do</strong> pela Finep, com o 2º lugarna região Nordeste, na categoria Processo.Em 2007, a Finep reconheceu o Forno Ce<strong>da</strong>n, como omelhor projeto <strong>do</strong> ano na região Nordeste, conceden<strong>do</strong>-lheo 1º lugar. No mesmo ano, recebeu a menção honrosa noPalácio <strong>do</strong> Governo, em Brasília, <strong>da</strong>s mãos <strong>do</strong> vice-presidente<strong>da</strong> República, José de Alencar, pelo 2º lugar na categoriaProcesso.Foto: DivulgaçãoA Pe t r o b r á s t a m b é mreconheceu a importância<strong>do</strong> projeto, certificou commenção honrosa e premiou oprojeto com visita à uni<strong>da</strong>dede negócios <strong>da</strong> Bacia deSolimões, em 2007.E m 2 0 0 8 , a C N I -Confederação Nacional <strong>da</strong>Indústria premiou como o2º melhor projeto nacional,na categoria processo. Nomesmo ano, a EmpresaTava r e s ( P r o p r i e d a d eIntelectual), concedeuao projeto a patente emreconhecimento à premiação<strong>da</strong> Finep.Uma <strong>da</strong>s vantagens quediferencia o forno Ce<strong>da</strong>n<strong>do</strong>s demais, é com relaçãoa emissão de poluentes pesa<strong>do</strong>s na atmosfera. E caso hajanecessi<strong>da</strong>de, pode ser feito um lava<strong>do</strong>r de gases bastantesimples, para que ocorra a sua total eliminação, pois comoo oxigênio que chega até a chaminé, permanece com atemperatura de aproxima<strong>da</strong>mente 50°.LOCALOS NÚMEROS DOS FORNOS CEDAN*QUANTIDADECeará 12 uni<strong>da</strong>desRio Grande <strong>do</strong> Norte 5 uni<strong>da</strong>desParaíba 4 uni<strong>da</strong>desMaranhão 3 uni<strong>da</strong>desBahia 7 uni<strong>da</strong>desSanta Catarina 2 uni<strong>da</strong>des*Da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s por Cerâmica Dantas Lt<strong>da</strong> – Russas CEOs números <strong>do</strong> Ce<strong>da</strong>n, também impressionam: a empresacontabilizou mais de trinta fornos funcionan<strong>do</strong> e onze emconstrução (veja detalhes no quadro abaixo). Pensar nestaquestão é imprescindível nos dias de hoje, pois trata-se <strong>da</strong>própria sobrevivência <strong>da</strong>s empresas12 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 13


PerfilDCerâmica RohrInvestin<strong>do</strong> na capacitação <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>resesde o início de suas operações, em 1994, uma <strong>da</strong>s maioresdificul<strong>da</strong>des <strong>do</strong> proprietário <strong>da</strong> Cerâmica Rohr, José Plínio,foi encontrar mão de obra qualifica<strong>da</strong>. Quan<strong>do</strong> percebeu essanecessi<strong>da</strong>de, Plínio não pensou duas vezes e passou a apostar emseus colabora<strong>do</strong>res: “capacitar pessoal e ter máquinas com tecnologiainova<strong>do</strong>ra. To<strong>do</strong> o sucesso veio através desses investimentos”.A Cerâmica Rohr, localiza<strong>da</strong> em Bom Princípio (RS), desenvolveuma produção mensal média de 7.300 tonela<strong>da</strong>s. Para isto, a Rohrutiliza fornos <strong>do</strong> tipo Túnel de teto plano e seca<strong>do</strong>res automáticos,equipamentos que possibilitam a fabricação de produtos com altonível de quali<strong>da</strong>de.Especializa<strong>da</strong> em blocos cerâmicos e tavelas – elementos deenchimento para laje possui um quadro de 120 colabora<strong>do</strong>res. Aempresa conta ain<strong>da</strong> com o apoio logístico de uma frota com 12caminhões, quatro deles com braço munck, o que garante cui<strong>da</strong><strong>do</strong>e agili<strong>da</strong>de na entrega <strong>do</strong>s produtos.Com a orientação de técnicos, Plínio colocou em prática um controle| Facha<strong>da</strong> <strong>da</strong> cerâmica Rohr, em Bom Principio RSde matéria prima e <strong>do</strong>s processos produtivos para obteruma análise <strong>do</strong>s números de quebra, na saí<strong>da</strong> <strong>do</strong> seca<strong>do</strong>re <strong>do</strong> forno. Com isso, diminuiu o desperdício e garantiua quali<strong>da</strong>de na finalização <strong>da</strong> produção.Estas iniciativas fizeram com que a Cerâmica Rohralcançasse a qualificação de seus produtos no PSQ-BCem tempo recorde.Fone: (51) 3635-8085Fotos: Divulgação Cerâmica Rohr14 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 15


ArquiteturaFoto: Frank CarvalhoElemento vaza<strong>do</strong>e modernoCaracterístico <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> modernista no Brasil,o cobogó está em alta.Ocobogó é um elemento estrutural vaza<strong>do</strong> que segueo mesmo princípio <strong>do</strong>s modernos brises de aço ouantigos elementos de madeira <strong>da</strong> arquitetura moura: protegero espaço permitin<strong>do</strong> a passagem de luz e ventilação naturais.Utiliza<strong>do</strong>s no Brasil desde os anos 30, os cobogós tiveram o seuauge nos anos 50 e 60, e agora voltam com tu<strong>do</strong>, celebra<strong>do</strong>spor arquitetos e designers, como os irmãos Campana, quecriaram uma mesa a partir destes elementos. Se antes eramapenas produzi<strong>do</strong>s em cerâmica e concreto, hoje eles tambémsão produzi<strong>do</strong>s gesso e vidro e em formatos estéticos ca<strong>da</strong> vezmais arroja<strong>do</strong>s, oferecen<strong>do</strong> aos clientes uma diversi<strong>da</strong>de ca<strong>da</strong>vez maior de cores, formas e tamanhos. Desta forma, se tornouum elemento estético de alto valor agrega<strong>do</strong>.O nome Cobogó deriva <strong>da</strong>s iniciais <strong>do</strong>s sobrenomes <strong>do</strong>sengenheiros Amadeu Oliveira Coimbra, Antônio de Góis eErnest August Boeckmann, cria<strong>do</strong>res deste elemento. Estesengenheiros, que atuavam em Recife e Olin<strong>da</strong> na primeirametade <strong>do</strong> século XX, registraram a patente e o nome em 1929.Um <strong>do</strong>s primeiros projetos em que o cobogó foi emprega<strong>do</strong>foi o prédio <strong>da</strong> Caixa D’Água <strong>do</strong> Alto <strong>da</strong> Sé, construí<strong>do</strong> em1934, em Olin<strong>da</strong>. Devi<strong>do</strong> a isto, a origem destes elementos éassocia<strong>da</strong>, historicamente, à Pernambuco.O mesmo recurso, de facha<strong>da</strong>s vaza<strong>da</strong>s com cobogós, foiposteriormente usa<strong>do</strong> por Oscar Niemeyer em diversosedifícios de Brasília, ten<strong>do</strong> como exemplo a Biblioteca Nacional,em 2006. A presença <strong>do</strong> cobogó é tão marcante na ci<strong>da</strong>deque a artista Mariana Dap, inspirou-se no material e criou o16 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 17


ArquiteturaFotos: Divulgação| De diversas cores, formas e tamanhos, os cobogós, estão em alta e funcionam como elementos estéticos, além de permitirem a passagem deluz e ventilação naturaisEspaço Merca<strong>do</strong> Cobogó, como forma de homenagear a tradiçãoarquitetônica de sua ci<strong>da</strong>de:“Quem mora em Brasília, mais especificamente nos prédios quefazem parte <strong>do</strong> projeto original <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, já conviveu com asparedes de cobogó. Para mim, essa estrutura é a cara <strong>da</strong> capital”.Através <strong>do</strong> desenvolvimento de projetos que utilizavam os cobogós,foi estabeleci<strong>do</strong> um novo padrão na criação de facha<strong>da</strong>s, painéisdivisórios ou outros elementos, propon<strong>do</strong> maiores possibili<strong>da</strong>desde composição.A versatili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> cobogó, apresenta<strong>do</strong> ora em versões sofistica<strong>da</strong>s,ora rústicas, abriu um novo leque de possibili<strong>da</strong>des não só paraengenheiros, como também para arquitetos e designers deinteriores. É essa multiplici<strong>da</strong>de de possibili<strong>da</strong>des o maior trunfo<strong>do</strong> cobogó e motivo pelo qual ele tem se valoriza<strong>do</strong> constantementeno merca<strong>do</strong>.Se para os profisionais cita<strong>do</strong>s acima o cobogó é um “Ás namanga” , para os ceramistas ele é uma boa opção de negócio. Uminvestimento em uma boquilha com formato inova<strong>do</strong>r para aprodução deste elemento pode significar uma remuneração - porquilo de cerâmica extrusa<strong>da</strong> - até 200% maior em comparaçãoaos blocos de ve<strong>da</strong>ção, por exemplo18 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 19


ParceriaCaixa terá programapara o setorOEm parceria inédita, Caixa e <strong>Anicer</strong> desenvolvem programaespecífico para atender às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s indústriaspresidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, LuisLima, o diretor de RelaçõesInstitucionais César Vergílio e odiretor Executivo de Comunicação eProjetos Especiais, Ricar<strong>do</strong> Kelsch,se reuniram no dia 24 de maio, nasede <strong>da</strong> Caixa Econômica Federal,em Brasília, com o vice-presidentede Pessoa Jurídica, Carlos Antônio deBrito, com o objetivo de desenvolvernovas linhas de crédito destina<strong>da</strong>s aosempresários <strong>do</strong> setor cerâmico.Foto: Jeferson SilvaO encontro contou ain<strong>da</strong> com aparticipação <strong>do</strong> superintendenteNacional de Micro e Pequena Empresa<strong>da</strong> Caixa, Zaqueu Soares Ribeiro, osuperintendente Nacional de Médiase Grandes Empresas <strong>da</strong> Caixa, DárioCastro de Araújo e a coordena<strong>do</strong>ra<strong>da</strong> carteira de cerâmica vermelha <strong>do</strong>Sebrae, Helena Greco.Com a criação deste programa decrédito, as empresas <strong>da</strong> indústriade cerâmica estrutural terão acessofacilita<strong>do</strong>, com limites e prazos decarência adequa<strong>do</strong>s a sua reali<strong>da</strong>de,permitin<strong>do</strong> investimento em inovação,sustentabili<strong>da</strong>de, modernização emelhorias.O objetivo estratégico é permitir àsempresas aumentarem sua produçãopara atender à crescente deman<strong>da</strong> <strong>do</strong>merca<strong>do</strong> que se encontra aqueci<strong>do</strong>devi<strong>do</strong> às políticas governamentaisque ocasionaram o aumento nopoder de compra <strong>da</strong> população.Além disso, as medi<strong>da</strong>s destina<strong>da</strong>sao macro setor <strong>da</strong> construção civil,| Em senti<strong>do</strong> horário: Luis Lima, Ricar<strong>do</strong> Kelsch, Fernan<strong>da</strong> Duarte, Osíris Jr, Anekarine Scherer,(secretaria executiva <strong>da</strong> SUMP) e Zaqueu Soares Ribeiro, superintendente Nacional de Micro ePequena Empresa (SUMP)como os programas Minha Casa, MinhaVi<strong>da</strong> e o PAC, além <strong>do</strong>s eventos esportivosmundiais, como a Campeonato Mundial deFutebol de 2014 e as Olimpía<strong>da</strong>s de 2016.O Vice presidente de pessoa jurídica <strong>da</strong>Caixa, Carlos Antônio de Brito, apostanesta oportuni<strong>da</strong>de: “A cerâmica é um<strong>do</strong>s mais importantes insumos para aindústria <strong>da</strong> construção civil. O apoio<strong>da</strong> Caixa às empresas <strong>do</strong> setor, contribuipara o crescimento sustenta<strong>do</strong>, de um<strong>do</strong>s principais gera<strong>do</strong>res de emprego eren<strong>da</strong> no Brasil. Buscaremos identificar assoluções mais adequa<strong>da</strong>s de crédito, comofertas de produtos e serviços visan<strong>do</strong>atender um elo importante <strong>da</strong> cadeiaprodutiva <strong>da</strong> construção civil.”Em uma segun<strong>da</strong> reunião, manti<strong>da</strong> nasede <strong>da</strong> Associação, em 28 de julho,na qual estiveram presentes Luis Lima,Ricar<strong>do</strong> Kelsch e Zaqueu Ribeiro foramdiscuti<strong>do</strong>s pontos específicos <strong>do</strong> programa.Procurou-se estabelecer critérios objetivosque beneficiarão – com financiamentoe carência maiores – as empresas quetiverem projetos de inovação tecnológicaplaneja<strong>do</strong>s, metas de sustentabili<strong>da</strong>dedefini<strong>da</strong>s ou estiverem investin<strong>do</strong> naqualificação no PSQ. Estes parâmetrospoderão beneficiar os associa<strong>do</strong>s <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>que já avançam nestes temas.“A parceria com a Caixa é intrínseca aonosso trabalho, pois construímos maisde 90% <strong>da</strong>s alvenarias <strong>do</strong> País e o bancoé o número 1 <strong>da</strong> habitação. As indústriascerâmicas estão se modernizan<strong>do</strong> paraaumentar a produtivi<strong>da</strong>de e atender àdeman<strong>da</strong> altamente aqueci<strong>da</strong> <strong>da</strong> construçãocivil, que não pode parar”20 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 21


CapaCExpoanicerem 2010Com presença recorde de marcas estrangeiras, o desafio <strong>da</strong> feiraé superar a marca de negócios fecha<strong>do</strong>sonsidera<strong>da</strong> a maior feira <strong>do</strong> gênerona América <strong>do</strong> Sul e uma <strong>da</strong>s maiores<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, a 13ª EXPOANICER terá maisde 7.000 m2 de área com novi<strong>da</strong>des emtecnologia e opções completas para asindústrias cerâmicas. A exposição estáaberta à visitação nos dias 24, 25 e 26 deagosto, de 12h às 20h.Com um papel ca<strong>da</strong> vez mais expressivo nocenário mundial, a feira recebe, além <strong>do</strong>sA Alutal lançará,oficialmente, suabomba de vácuoduplo estágio. Este equipamento oferece, como principaisvantagens, o exclusivo eixo em Aço Cromo Molibdênio, quediminui o desgaste e aumenta a vi<strong>da</strong> útil <strong>da</strong> bomba, além debase de fixação para o motor inclusa e alto poder de vácuo.“Além deste equipamento, vamos expor to<strong>da</strong> nossa linha deprodutos, como torre de resfriamento, detector de metais,indica<strong>do</strong>res de temperatura Informatiza<strong>do</strong>s, entre outros”,afirma Pedro Helpa, gerente de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Alutal.A Autec lançará sua linhade Bombas de vácuo aóleo, com destaque parao modelo RVS 400. Os produtos têm, como vantagemprincipal a não-utilização de água ou torre de resfriamento,além de terem vácuo constante e vazão de 380 a 450m³/h,sen<strong>do</strong> a maior bomba produzi<strong>da</strong> no merca<strong>do</strong> brasileiro.Segun<strong>do</strong> a empresa, este modelo de bomba é ideal parafabricantes de telhas e de elementos vaza<strong>do</strong>s com produçãoacima de 60 ton./h. A empresa também vai apresentar seusistema de automotismo de telhas “giratório” que, segun<strong>do</strong>a Rinal<strong>do</strong> Sorba, <strong>da</strong> Autec, é único no Brasil, colocan<strong>do</strong> atelha diretamente no plano <strong>da</strong> vagoneta. Ou seja, as telhasvão <strong>da</strong> prensa ao seca<strong>do</strong>r sem nenhum contato manual.maiores fornece<strong>do</strong>res nacionais, empresasinternacionais que têm percebi<strong>do</strong> o eventocomo o melhor canal para negócios juntoaos empresários brasileiros e latinoamericanos.Cerca de sessenta marcas participam<strong>da</strong> feira, com destaque para a grandeparticipação de marcas internacionais,sobretu<strong>do</strong> europeias, que prometemmovimentar o setor. O desafio desta edição<strong>do</strong> evento é superar a marca de R$ 32milhões em negócios fecha<strong>do</strong>s na últimaedição, em Belém (PA), segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s 50milhões <strong>do</strong> semestre.A <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> procurou osexpositores para adiantar, em primeiramão, as novi<strong>da</strong>des desta edição 2010. Atéo fechamento desta edição recebemos essasnovi<strong>da</strong>des. Confira:A Beel vai apresentar um sistema de paletizaçãode tijolos e blocos cerâmicos, tanto para cargade vagão assim como descarga e paletização.Serão apresenta<strong>da</strong>s soluções que utilizammanipula<strong>do</strong>r de três eixos e também robôs. A empresaain<strong>da</strong> apresenta carros de transferência, sistemas decarga e descarga de vagonetas, puxa<strong>do</strong>res de vagões eportas de forno.Segun<strong>do</strong> Paulo Roberto Bauer, diretor <strong>da</strong> Beel, a vantagemestá nos projetos destes equipamentos, que são de últimageração, utilizan<strong>do</strong> a mais atualiza<strong>da</strong> tecnologia mundial.Tu<strong>do</strong> isto com fabricação e assistência técnica nacional.Os equipamentos são automáticos diminuin<strong>do</strong> a mão deobra dentro <strong>da</strong> fábrica.Já a Direxa vai apresentar fotos e<strong>do</strong>cumentos sobre o forno Premium<strong>do</strong> Brasil com estrutura de aço econcreto. Segun<strong>do</strong> a empresa, as características <strong>do</strong>forno Túnel com estrutura de aço é que ele tem 4m delargura e 107m de comprimento e teto plano. Segun<strong>do</strong>o engenheiro <strong>da</strong> empresa, Clement Cadier, as vantagensem relação aos fornos clássicos estão na rapidez deconstrução, maior homogenei<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de de queimadevi<strong>do</strong> à eleva<strong>da</strong> pressão, de até 30 mm de coluna deágua, menor consumo devi<strong>do</strong> à perfeita ve<strong>da</strong>ção sol<strong>da</strong><strong>da</strong>e regulagem automática.A Bongioanni Macchinevolta à Expoanicer depoisd e a l g u n s a n o s d eausência, com a sua gama de máquinas para preparação eprodução de matérias de argila.Os destaques serão as marombas <strong>da</strong> série Tecno, particularmentea<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s ao merca<strong>do</strong> brasileiro pela suas característicasde simplici<strong>da</strong>de de utilização e manutenção. Também seráapresenta<strong>da</strong> a prensa 11PV que tem carga bastões automáticae manual. As principais vantagens <strong>da</strong> série estão na suafacili<strong>da</strong>de de manutenção, bem como nos cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s especiaisno estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> geometria <strong>da</strong>s hélices. Detalhes que, segun<strong>do</strong> ogerente de ven<strong>da</strong>s, Franco Maccagno, colocou as marombasBongioanni entre as de melhor desempenho em termos deconsumo de energia alia<strong>da</strong> à alta eficiência por tonela<strong>da</strong> dematerial produzi<strong>do</strong>.A empresa traz para aExpoanicer, sua linha completade desmol<strong>da</strong>ntes para telhascerâmicas, aditivos paracorreção, e produtos complementares, apropria<strong>do</strong>s para ca<strong>da</strong>tipo de situação. Com o resulta<strong>do</strong>, proporciona um excelenteacabamento <strong>da</strong>s peças e fácil desmolde.Além <strong>da</strong>s tradicionaisBoquilhas DuraCercom cerâmica de altaresistência ao desgaste conten<strong>do</strong> melhorias de projeto queaumentam ain<strong>da</strong> mais sua já superior durabili<strong>da</strong>de, a DNCerestará laçan<strong>do</strong> no Expoanicer 2010, as facas CerâmicasDuraCer, fabrica<strong>da</strong>s em Zircônia com Ítria, compósitocerâmico de alta tenaci<strong>da</strong>de, também conheci<strong>do</strong> como o açocerâmico. Estas facas cerâmicas são fabrica<strong>da</strong>s por processosemelhante ao utiliza<strong>do</strong> na confecção <strong>da</strong> Alumina-Zircôniaaplica<strong>da</strong> nas Boquilhas DuraCer, utilizan<strong>do</strong> na afiaçãoferramental especial diamanta<strong>do</strong>.Nesta edição, a Kromaq vaiexpor seus equipamentos pelaprimeira vez. A empresa vailançar, oficialmente, a tijoleiraAG 1018. Entre as vantagens <strong>do</strong> equipamento estão suagrande produtivi<strong>da</strong>de, economia de matéria-prima equali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> produto final. Outro diferencial, que atendeaos pedi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s clientes é que o mistura<strong>do</strong>r vem acopla<strong>do</strong>.Isso permite economias com motor, esteiras e manutenção.Segun<strong>do</strong> Thiago <strong>do</strong>s Santos, diretor <strong>da</strong> empresa, a Kromaqtambém vai apresentar to<strong>da</strong> sua linha de equipamentoscomo tijoleira, mistura<strong>do</strong>r, lamina<strong>do</strong>r, desintegra<strong>do</strong>r ecaixão alimenta<strong>do</strong>r.A Flyever vai expor uma linhade monitoramento completapara praticamente to<strong>do</strong>s osfornos contínuos: Túnel, Hoffmann, Ce<strong>da</strong>n, Câmara,entre outros. Para Anderson Vendemiatti, <strong>da</strong> Flyever,estes produtos permitirão monitoramento 24h e sabercom precisão o que ocorre durante a queima.Estreante na Expoanicer,a L a p a r o l a p r e s e n t a r áRolamentos especiais paratemperaturas entre 150 C° a 350C° e Rolamentos paraalta rotação em fibra de vidro, de Aço Premier com 18%mais de capaci<strong>da</strong>de de carga e 75% mais de vi<strong>da</strong> útile um equipamento de manutenção para montagem edesmontagem de rolamentos.A redução na manutenção e o aumento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> útil <strong>do</strong>srolamentos e redução <strong>do</strong> tempo de máquina para<strong>da</strong> sãoas principais vantagens destes produtos, segun<strong>do</strong> RenatoDohani, <strong>da</strong> Laparol.Com um estande de 230m,o maior desta 13ª edição<strong>da</strong> Expoanicer, a Verdéspromete surpreender ato<strong>do</strong>s com seus lançamentos. Mas, a empresa já adiantaque os seus produtos estarão lá para que os ceramistaspossam examinar in loco.A Máquinas Man apresentaráquatro novi<strong>da</strong>des. A primeira éo protótipo de robô paletiza<strong>do</strong>r,equipamento que pode trabalhar24 horas, executan<strong>do</strong> o serviço de até quatro homens,segun<strong>do</strong> Marcos, gerente de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> empresa. Oprotótipo estará instala<strong>do</strong> funcionan<strong>do</strong> no estandeempilhan<strong>do</strong> tijolos e fazen<strong>do</strong> outros movimentos parasua divulgação. A segun<strong>da</strong> é o carrega<strong>do</strong>r de telha emvagoneta, que também descarrega as telhas, trabalharáem conjunto com a prensa múltipla PM-1300, emconjunto, podem produzir automaticamente até 50.000telhas ca<strong>da</strong> 24 horas, utilizan<strong>do</strong> apenas <strong>do</strong>is funcionáriospor turno. A terceira é o lamina<strong>do</strong>r de grande largura,para laminar com 0,5mm, que poderá substituir umainstalação de via a seco, e que tem potencial paraeliminar os micro “caroços” que apareceram em certastelhas. Esse equipamento foi desenvolvi<strong>do</strong> para funcionar,necessariamente, em conjunto com o espalha<strong>do</strong>r deargila, a quarta novi<strong>da</strong>de.22 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 23


CapaCapaA empresa apresentaráinovações no seu Corta<strong>do</strong>rMultifuncional de TelhasExtru<strong>da</strong><strong>da</strong>s WD. Trata-se desistema que permite a confecção <strong>da</strong>s travas de apoio e fixação<strong>da</strong>s telhas sen<strong>do</strong> que este processo é executa<strong>do</strong> durante ocorte <strong>da</strong>s mesmas, não influencian<strong>do</strong> no rendimento <strong>do</strong>equipamento. Outra novi<strong>da</strong>de será a apresentação de novosmodelos já em fabricação com o corta<strong>do</strong>r, como os as telhasextru<strong>da</strong><strong>da</strong>s tipo Romana e tipo Portuguesa.A MS Souza fará surpresa e adiantaque apresentará novi<strong>da</strong>des cheiasde tecnologia, com “atendimento deprimeira categoria”, adianta Arnóbiode Souza, diretor <strong>da</strong> empresa.Na Expoanicer 2010, aSaur Equipamentos S.A.,líder na comercializaçãode equipamentos para empilhadeiras no Brasil, estaráexpon<strong>do</strong> o Gancho Magnético. O equipamento, produzi<strong>do</strong>pela empresa espanhola Elebia, gera um campo magnéticoque atrai e orienta anilhas para o acionamento por controleremoto de um gancho que prende a carga. Ao final <strong>da</strong>operação o gancho é libera<strong>do</strong> também por controle remoto.A grande vantagem é que permite movimentar cargas àdistância, sem necessi<strong>da</strong>de de esforço físico. Elimina riscosde acidentes, redução de lesões por movimentos repetitivos,como subir e descer <strong>do</strong> caminhão.A Bertan fará o lançamento <strong>da</strong>Extrusora Monobloco EBM450que, segun<strong>do</strong> a empresa, temcomo vantagens uma altaprodutivi<strong>da</strong>de, baixo consumo de energia, manutençãofácil e estrutura reforça<strong>da</strong>.A Servitech apresenta,como grande novi<strong>da</strong>de,a Bomba de Alta Pressãopara aplicação de Esmalte em Telhas. Para Denilson, <strong>da</strong>Servitech, a aplicação de esmaltes agrega grande valor àstelhas cerâmicas, pois a telha normal permite um acúmulode fungos e de água devi<strong>do</strong> aos poros, o que ocasiona umaspecto envelheci<strong>do</strong> dentro de uns <strong>do</strong>is anos. Portanto, asolução para esta questão é aplicação de esmalte, cujoprocesso de produção dá a ela uma aspecto de louça.A Cris<strong>da</strong> vai mostrar as boquilhasfabrica<strong>da</strong>s com tecnologia deponta. A principal vantagem <strong>do</strong>sprodutos <strong>da</strong> empresa é que asboquilhas seguem um projeto com medi<strong>da</strong>s otimiza<strong>da</strong>scorretamente e com acabamento superior que proporcionaao cliente um produto final para a cerâmica.A Teckmix vai apresentar seu últimolançamento, o Sigol – Sistema Gestão paraOlarias e Cerâmicas que, após <strong>do</strong>is anosde pesquisa e desenvolvimento, já estápresente em vários esta<strong>do</strong>s, como Bahia, Minas Gerais, Riode Janeiro, Maranhão, entre outros.Segun<strong>do</strong> a empresa, é o único sistema disponível nomerca<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> especificamente para atender to<strong>da</strong>sas necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s olarias, cerâmicas e empresas similares.Desenvolvi<strong>do</strong> em módulos integra<strong>do</strong>s, possui mo<strong>do</strong> deven<strong>da</strong>s, módulo financeiro, transferências de valores (entrecontas banco e caixa), compra de equipamentos (patrimônio)e receitas à vista/prazo, módulo de produtivi<strong>da</strong>de pessoal emódulo de produção.A Natreb vai apresentarduas máquinas que visammelhorar a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>sprodutos <strong>da</strong>s pequenase médias cerâmicas. Sãoo homogeneiza<strong>do</strong>r NTB-600 e Monobloco NTB-400,versões um pouco menores <strong>do</strong>s modelos que já vinhasen<strong>do</strong> fabrica<strong>do</strong>s para as grandes cerâmicas. Issopossibilitará aos pequenos e médios empresários imprimira mesma quali<strong>da</strong>de que as grandes indústrias. A empresaestá organizan<strong>do</strong> uma visita a uma cerâmica que fezinvestimentos recentes em modernização de processos comm<strong>aqui</strong>nário Natreb.A empresa apresentaráaos visitantes sua linha deequipamentos para moagema seco, tanto para telhascomo para blocos. Segun<strong>do</strong> o fabricante, com o processoé possível obter boa quali<strong>da</strong>de com valor agrega<strong>do</strong> emaior facili<strong>da</strong>de para extrusão ou prensagem. Entre osdiferenciais <strong>do</strong> processo, destacam-se: processamentode to<strong>do</strong> tipo de matéria-prima; baixo custo no processo;reutilização <strong>do</strong>s descartes secos e queima<strong>do</strong>s e obtençãode granulometrias varia<strong>da</strong>s, entre outros.Também participam <strong>da</strong> Expoanicer, as empresas: Agência Açoriana, Agência Polvani – Tecnargilla, Automação Souza, Bernini, Betiol,Bonfanti, Boqcer, C.M.A, CEF, Cermack, Convention ES, Convention Florianópolis, Duarte, ECTS, Equipceramic, FCR Moldes,Felini, Filiere, Gomes Painéis Elétricos, Handle, IFC Fornos, Indústria JT, JC Steele, JET Metalúrgica, Jr Gomes, Keller, Lingl, Lippel,Metal Trescastro, Metalúrgica Santa Apolônia, Souza, Pneucorte, Raça Máquinas, Rogesesi, Sandrana, Scami Imola, SEBRAE, SindicerVales Tijucas e Itajaí, Sindicer Morro <strong>da</strong> Fumaça, SNR Rolamentos, Texfiber, Thermo, Wuschek, ZuccoÚLTIMAS DO ENCONTROOFórum Merca<strong>do</strong> Cerâmico: vários idiomas, o mesmo objetivoprimeiro a se apresentar será oespanhol Roberto Díaz Rubio,<strong>do</strong> Departamento de Materiais <strong>do</strong>Centro Tecnológico (Aitemin), falan<strong>do</strong><strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre sustentabili<strong>da</strong>de naconstrução, fazen<strong>do</strong> uma breve análise <strong>do</strong>conceito de construção sustentável, alémde ver<strong>da</strong>des e equívocos sobre o tema. Apartir <strong>da</strong>í, destacará o papel <strong>da</strong> cerâmicaestrutural na construção sustentável,expon<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s com o intuitode melhorar suas quali<strong>da</strong>des de isolamentotérmico e acústico e o uso deste materialem edifícios de baixo impacto ambiental.Ain<strong>da</strong> discutirá a inovação na cerâmicana Espanha, citan<strong>do</strong> oportuni<strong>da</strong>des,ameaças, forças e fraquezas.Visitas técnicas saemmais ce<strong>do</strong>Além <strong>da</strong>s atrações que Florianópolis normalmenteoferece aos seus visitantes, os participantes <strong>da</strong>svisitas técnicas têm um roteiro a mais. No dia 27, elesterão a chance de conhecer fábricas modernas que sãoreferências no merca<strong>do</strong>, com tecnologia de ponta, volta<strong>da</strong>spara a produção com alto nível de quali<strong>da</strong>de.No roteiro Sul serão visita<strong>da</strong>s: a cerâmica Felisbino,especializa<strong>da</strong> em blocos cerâmicos de ve<strong>da</strong>ção, e a cerâmicaOuro Blanco, produtora de telhas cerâmicas, nos estilosamericana e portuguesa. No roteiro Vales Itajaí/Tijucasserão visita<strong>da</strong>s: a cerâmica Princesa, produtora de blocosestruturais e a cerâmica Rainha, especializa<strong>da</strong> em telhasesmalta<strong>da</strong>s portuguesas e brasileiras.Um detalhe importante é que os hotéis vão servir ocafé <strong>da</strong> manhã, à partir <strong>da</strong>s 5h, especialmente para osparticipantes <strong>do</strong> Encontro, já que a saí<strong>da</strong> com destinoàs cerâmicas está programa<strong>da</strong> para às 6h. Escolha oroteiro mais interessante para o seu negócio e aproveiteao máximo esse momento de integração, para aprimoraros conhecimentos sobre os processos produtivos de pontaem quatro grandes cerâmicas.Em segui<strong>da</strong>, o holandês Erik deGeus, representante <strong>da</strong> Associaçãode Arquitetos <strong>da</strong> Holan<strong>da</strong> (BNA) eAssociação Holandesa de Cerâmica(KNB), comentará as peculiari<strong>da</strong>des <strong>do</strong>merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Países Baixos, destacan<strong>do</strong>o fato <strong>da</strong> cerâmica vermelha ser usa<strong>da</strong>ca<strong>da</strong> vez menos em estruturas e mais emfacha<strong>da</strong>s de cama<strong>da</strong> dupla. Ele explicarácomo este fator impeliu a indústria locala apostar em produtos inova<strong>do</strong>res, comotijolos com maior varie<strong>da</strong>de de tamanhose cores, com foco no uso arquitetônico.A apresentação incluirá o estu<strong>do</strong> decaso <strong>da</strong> fábrica Daas, que inventou oClickbrick, tijolos para construção seca,sem uso de cimento. Além disso, a Daasutilizará os terrenos de onde extraíaargila para a construção de moinhos devento para produzir energia.Para finalizar, o diretor Comercial <strong>da</strong>Cerâmica Coelho <strong>da</strong> Silva, uma <strong>da</strong>smais importantes de Portugal, CarlosAlmei<strong>da</strong>, destacará momentos-chave<strong>da</strong> história <strong>da</strong> Coelho <strong>da</strong> Silva, cerâmicafun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1927, que investiu nosprocessos tecnologicamente maisavança<strong>do</strong>s disponíveis no merca<strong>do</strong>mundial, e assumiu a quali<strong>da</strong>de, ainovação e excelência <strong>do</strong>s produtos,como pilares fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> suaestratégia para atingir a liderança demerca<strong>do</strong>.Soleni<strong>da</strong>de emEsporte Fino - DicasUm evento que reúne to<strong>do</strong>s os grandesnomes <strong>da</strong> indústria cerâmica numaconfraternização especial ten<strong>do</strong> como destaquesa entrega <strong>do</strong> Prêmio João de Barro 2010 eshow <strong>da</strong> cantora Elba Ramalho reúne to<strong>do</strong>s osingredientes para uma noite elegante. O eventopede aos convi<strong>da</strong><strong>do</strong>s o traje esporte fino, queé o que faz estilo mais intermediário, clássico,mas com ar um pouco descontraí<strong>do</strong>. Deve-setomar mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong>, pois existe certa formali<strong>da</strong>depresente. Para os homens, os consultores demo<strong>da</strong> recomen<strong>da</strong>m o uso de calças sociais ou debrim em conjunto com uma camisa de teci<strong>do</strong> e umblazer. Se estiver frio, uma camisa de malha compulôver cai bem. Para os pés, mocassins ou <strong>do</strong>ckside. Para elas, como é noite, o recomendável é otão famoso “pretinho básico”, além de terninhose tailleurs. Os vesti<strong>do</strong>s só vão até os joelhos(longuete), com teci<strong>do</strong>s mais nobres. Brilhosdevem ser usa<strong>do</strong>s com moderação. Bolsas esapatos devem ser médios.24 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 25


FormaçãoMãos à obraCom o curso técnico em Itu, Senai vai atenderum <strong>do</strong>s maiores pólos cerâmicos <strong>do</strong> PaísOparque de cerâmica vermelhabrasileiro é um <strong>do</strong>s maisimportantes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong>responsável por uma deman<strong>da</strong> anualde matéria-prima na ordem de 70milhões de tonela<strong>da</strong>s. O Esta<strong>do</strong> deSão Paulo abriga hoje, o maior póloindustrial <strong>do</strong> setor no Brasil, sen<strong>do</strong> aregião de Itu a responsável por 40%<strong>da</strong> produção cerâmica.Em função <strong>da</strong> proximi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s jazi<strong>da</strong>sde matérias-primas e <strong>da</strong> excelentelogística para a movimentação <strong>do</strong>sprodutos, as empresas de cerâmicase o Senai-SP, concluíram que haviaa necessi<strong>da</strong>de de transferir o CursoTécnico em Cerâmica para Itu. Oscursos funcionan<strong>do</strong> em Itu atenderãoa crescente deman<strong>da</strong> produtiva <strong>do</strong>setor, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> continui<strong>da</strong>de ao trabalhoque já vinha sen<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> pelaEscola Senai de Rio Claro.O idealiza<strong>do</strong>r <strong>da</strong> proposta é WalterGimenes Félix, membro <strong>do</strong> conselhoconsultivo <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, diretor <strong>da</strong>Fiesp e presidente <strong>do</strong> Sindicercon/SP. O empresário, que também atuacomo responsável pelos assuntos <strong>da</strong>indústria dentro <strong>da</strong>s escolas Senai/SP, aposta nos investimentos ematendimento, nas condições físicas,e nos novos equipamentos. “Vin<strong>do</strong>para Itu, o complexo será totalmentereestrutura<strong>do</strong>, com a criação de umcentro de design e laboratório decerâmica dentro <strong>da</strong> própria escola. Ocurso tem duração de <strong>do</strong>is anos, coma formação estrutural na confecçãode blocos e telhas, refratários,cerâmica, cerâmica artística, piso,revestimento e vidros”.O Núcleo de Tecnologia Cerâmicaatua em sete Arranjos Produtivos| Walter Gimenes Félix, presidente <strong>do</strong> Sindicercon/SPno Esta<strong>do</strong> de São Paulo, prestan<strong>do</strong> serviçostécnicos e tecnológicos, como assessoria mensalno processo produtivo, ensaios e certificação deprodutos, além de desenvolver programas decapacitação.Atualmente, o Senai desenvolve quatro turmas <strong>do</strong>Curso Técnico em Cerâmica, com 30 alunos ca<strong>da</strong>.O número de turmas irá aumentar para atender oPólo Cerâmico de Itu e região, compreenden<strong>do</strong>ain<strong>da</strong> os municípios de Cabreúva, Campinas,Elias Fausto, Itapira, Jundiaí, Louveira, MonteMor e Salto.Consideran<strong>do</strong> o cenário atual, o capitalhumano especializa<strong>do</strong> é um grande diferencialde competitivi<strong>da</strong>de.Walter Vicioni, diretorsuperintendente<strong>do</strong> Sesi e Senai de São Paulo,comenta a importância <strong>do</strong> projeto: “Estamos nafase de desenvolvimento <strong>do</strong> projeto, ressaltan<strong>do</strong>que não será feita apenas a transferência <strong>do</strong> cursotécnico de cerâmica de São Bernar<strong>do</strong> <strong>do</strong> Campopara Itu. Estamos aproveitan<strong>do</strong> o momento, parapromover inovação tecnológica e melhorias nosprodutos e processos, modernizan<strong>do</strong> a estruturapara adequá-la aos padrões atuais <strong>da</strong> ABNT”.Com o início <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des, previstas para o primeirosemestre de 2012, e já com esse novo formato, serámontan<strong>do</strong> um programa setorial de quali<strong>da</strong>de,mapean<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> de São Paulo26 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 27


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Tendências de Merca<strong>do</strong>Facha<strong>da</strong> extru<strong>da</strong><strong>da</strong>chega ao BrasilEdifício recém lança<strong>do</strong> é o primeiro a utilizar facha<strong>da</strong>ventila<strong>da</strong> com placas cerâmicas no PaísFoto: Fran ParenteAcaba de ser construí<strong>do</strong> em São Bernar<strong>do</strong><strong>do</strong> Campo (SP), o primeiro prédioa utilizar o sistema de facha<strong>da</strong>s ventila<strong>da</strong>sde cerâmica vermelha no Brasil, o EdifícioJurubatuba, que impressiona pelo resulta<strong>do</strong>estético sofistica<strong>do</strong>.O sistema em questão é o KeraGail, de origemalemã, e inventa<strong>do</strong> nos anos 70, quan<strong>do</strong>possibilitou um novo tipo de uso para acerâmica vermelha. Ele consiste na utilizaçãode revestimentos não aderi<strong>do</strong>s ao corpo <strong>da</strong>sedificações, fazen<strong>do</strong> uso de subestruturade fixação. No caso <strong>do</strong> sistema utiliza<strong>do</strong>, orevestimento é composto por placas cerâmicasextru<strong>da</strong><strong>da</strong>s em grandes formatos (veja odetalhe).As placas são afixa<strong>da</strong>s junto à edificação pormeio <strong>do</strong> encaixe entre ranhuras presentes naface posterior <strong>do</strong>s painéis cerâmicos e perfisde alumínio pré-perfura<strong>do</strong>s, que permitemque a subestrutura de fixação fique oculta,sem comprometer a quali<strong>da</strong>de estética <strong>da</strong>sfacha<strong>da</strong>s.valor nos sistemas de certificação verde, comoLEED.“Além disso, as placas cerâmicas que compõemo sistema KeraGail utilizam de 15 a 20% dematerial recicla<strong>do</strong>, em sintonia com as tendênciasde consumo sustentável”, explica o arquitetoresponsável João Paulo Alencastro.A extensa durabili<strong>da</strong>de (60 anos) e suasproprie<strong>da</strong>des auto-limpantes e antibacterianaspossibilita<strong>da</strong>s pelo tratamento Hydrotect, sãooutras características relevantes.Segun<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> Gail, fabricante <strong>do</strong> sistema,é que o processo de foto catálise produzi<strong>do</strong>por este tratamento, que utiliza dióxi<strong>do</strong> detitânio, ativa as moléculas de O2 que passam aaderir aos agentes poluentes e microorganismosem suspensão na atmosfera, oxi<strong>da</strong>n<strong>do</strong>-os edegra<strong>da</strong>n<strong>do</strong>-os. Segun<strong>do</strong> os mesmo <strong>da</strong><strong>do</strong>s,estu<strong>do</strong>s comprovaram que ca<strong>da</strong> 1000m² defacha<strong>da</strong>s trata<strong>da</strong>s com Hydrotect, equivalem aoefeito despolui<strong>do</strong>r <strong>do</strong> plantio de 70 árvores demédio porte.Devi<strong>do</strong> às proprie<strong>da</strong>des intrínsecas à cerâmica epor criar uma sobre cama<strong>da</strong> ventila<strong>da</strong>, o sistemamelhora o desempenho térmico e o confortoambiental interno, possibilitan<strong>do</strong> redução real<strong>do</strong> consumo de energia elétrica, principalmenteem zonas de clima tropical, tempera<strong>do</strong> ou debaixa temperatura.Esta importante característica vem aoencontro <strong>do</strong>s conceitos de sustentabili<strong>da</strong>de eresponsabili<strong>da</strong>de ambiental, e tem reconheci<strong>do</strong>Outro ponto que reduz desperdício, segun<strong>do</strong>Alencastro é que o sistema viabiliza renovação defacha<strong>da</strong> e retrofit, sem necessi<strong>da</strong>de de remoçãode revestimento deteriora<strong>do</strong>, e a possibili<strong>da</strong>de detroca simples, não destrutiva, peça a peça.O resulta<strong>do</strong> estético final <strong>do</strong> Edifício Jurubatubademonstra, mais uma vez, a versatili<strong>da</strong>de<strong>da</strong> cerâmica, e indica novas possibili<strong>da</strong>desde desenvolvimento de merca<strong>do</strong>, unin<strong>do</strong> aexcelência estética à ambientalFoto: Divulgação Keragail| Detalhe de projeto europeu valoriza sistema30 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 31


Cerâmica VerdeFPolítica Nacional deresíduos é aprova<strong>da</strong>Medi<strong>da</strong>s como as bolsas de resíduos podem beneficiar o setor ain<strong>da</strong> maisoi aprova<strong>do</strong> no início de julho, apósmais de 20 anos no Congresso, oProjeto de Lei 203-B/1991, que regulamentaa reciclagem e disciplina no manejo <strong>do</strong>sresíduos por meio <strong>da</strong> Política Nacionalde Resíduos Sóli<strong>do</strong>s. Ain<strong>da</strong> aguar<strong>da</strong>n<strong>do</strong> asanção <strong>do</strong> presidente Luiz Inácio Lula <strong>da</strong>Silva, o projeto foi apresenta<strong>do</strong> em 1989,analisa<strong>do</strong> somente em 1991, retornan<strong>do</strong>à pauta em 2001, pelo então deputa<strong>do</strong>Emerson Kapaz.Este projeto autoriza o Distrito Federal, eos municípios, a instituírem e cobrarem ataxa de limpeza urbana, de acor<strong>do</strong> com osrequisitos fixa<strong>do</strong>s em lei, em contraparti<strong>da</strong>aos serviços de gerenciamento de resíduospresta<strong>do</strong>s.Na opinião <strong>do</strong> presidente <strong>do</strong> Conselhode Estu<strong>do</strong>s Ambientais Federação <strong>do</strong>Comércio de Bens, Serviços e Turismo <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> de São Paulo (Fecomércio), JoséGoldemberg, se a lei for sanciona<strong>da</strong> pelopresidente Lula, os governos, juntamentecom os setores <strong>da</strong> indústria, <strong>do</strong> comércioe de serviços terão até quatro anos parase a<strong>da</strong>ptar. “É difícil de acreditar que umpaís grande e urbaniza<strong>do</strong> como o Brasilnão tivesse até agora, uma lei de resíduossóli<strong>do</strong>s. São Paulo levou dez anos paraacabar com os lixões! A lei de PolíticaNacional de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s é o marcode uma batalha que reforça o movimentoambientalista”, acrescenta Goldemberg.Experiência em SergipeEm parceria estabeleci<strong>da</strong> entre Federação<strong>da</strong>s Indústrias <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Sergipe (Fies),Sesi, Senai, IEL, foi cria<strong>da</strong> a Bolsa deResíduos <strong>da</strong> Fies. A proposta <strong>da</strong> bolsa éidentificar e apoiar, iniciativas de gestãoambiental, que permitam a redução e areciclagem de resíduos industriais, gera<strong>do</strong>s,a partir de processos de produção, dentrode uma visão socioeconômica.A Fies criou um canal de relacionamentodireto, com os participantes <strong>da</strong> Bolsa deResíduos, através de um espaço virtual,onde é permiti<strong>do</strong> anunciar, comprar,vender, trocar e realizar <strong>do</strong>ações deresíduos industriais, que sejam aproveita<strong>do</strong>scomo matéria-prima, em novos processosprodutivos.Com o veículo, será realiza<strong>da</strong> uma grandedisseminação de tecnologias, volta<strong>da</strong>para: utilização <strong>do</strong>s resíduos, melhoraproveitamento econômico, criação deprojetos com geração de emprego e ren<strong>da</strong>,e novos investimentos.Para Roberta Car<strong>do</strong>so, <strong>do</strong>utora emadministração e coordena<strong>do</strong>ra técnica <strong>do</strong>Programa de Responsabili<strong>da</strong>de Social, noVarejo, <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Getúlio Vargas, atendência é ocorrer uma conscientização<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res, que estarão em busca deprodutos e serviços que não agri<strong>da</strong>m o meioambiente: “muito em breve, ao invés de to<strong>da</strong>sas casas terem máquina de lavar e seca<strong>do</strong>ra,serão instala<strong>da</strong>s nos prédios, lavanderiascomunitárias. O usuário pagará pelo serviço.O empresário precisa estar atento paraencontrar novas oportuni<strong>da</strong>des de negóciosque certamente vão surgir. Fecham-sealgumas portas, mas abrem-se outras. Asmu<strong>da</strong>nças vão acontecer gradualmente e osempreende<strong>do</strong>res precisam estar prepara<strong>do</strong>spara elas”, afirmou.No site <strong>do</strong> Sistema Integra<strong>do</strong> de Bolsas deResíduos, a empresa Oca Brasil, fabricantede revestimentos de paredes feitos comresíduos de madeira refloresta<strong>da</strong>, queiriam para o lixo, acredita que o aumento<strong>da</strong> deman<strong>da</strong> por seus produtos se deveao apelo ecológico ocasiona<strong>do</strong> pelo fatode utilizarem estes resíduos. Este fatorgarantiu o sucesso <strong>da</strong> empresa que, commenos de três anos de fun<strong>da</strong>ção, aumentoude cinco para oitenta e cinco funcionários,ampliou a capaci<strong>da</strong>de de produção mensalde 100m2 para 3.500 m2, e começou aexportar para a Europa.Um bom exemplo é o setor de cerâmicavermelha, cujas fábricas, estão ca<strong>da</strong> vezmais a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> como combustível para osfornos, diversas biomassas renováveis quevem sen<strong>do</strong> descarta<strong>da</strong>s pela agroindústria,como bagaço de cana, cascas de coco ede Castanha <strong>do</strong> Pará, sementes de açaí,palhas de café, milho e arroz, além <strong>do</strong> pó deserragem <strong>da</strong> indústria moveleira e grandesvolumes de po<strong>da</strong>s de árvores de parques ejardins, entre outros.A Olaria Brasil, localiza<strong>da</strong> em Porto Alegre,que, em parceria com a GKN, já se destaca,entre as indústrias locais, ao implantar acriação <strong>do</strong> tijolo ecológico que incorporaresíduos <strong>da</strong> fabricante <strong>da</strong> autopeças, oque permite uma prolongar a vi<strong>da</strong> útil<strong>da</strong>s suas jazi<strong>da</strong>s em até 10%. Para CristineAnversa, secretária executiva <strong>do</strong> Sindicer/RS, já existe boa vontade e o despertar <strong>da</strong>consciência, mas as instituições que geramos processos de licença, como a Fepam, porexemplo, são muito rigorosas:“Aqui, buscamos o diálogo com váriasempresas. É um processo que vemacontecen<strong>do</strong> aos poucos, pois ambos estãoprocuran<strong>do</strong> se informar sobre as questões<strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de. O Sindicato tem si<strong>do</strong>um media<strong>do</strong>r, entre as empresas interessa<strong>da</strong>sem adquirir conhecimento sobre o assuntoe praticar as políticas de resíduos”.Essa mu<strong>da</strong>nça em direção à sustentabili<strong>da</strong>detem possibilita<strong>do</strong> a um grande número decerâmicas, obterem certifica<strong>do</strong>s de reduçãode emissões de carbono, contribuin<strong>do</strong> parao meio ambiente e desenvolven<strong>do</strong> o bemestar social. O despertar <strong>da</strong> consciênciapara a preservação <strong>do</strong> meio ambiente, vemaumentan<strong>do</strong> gra<strong>da</strong>tivamente. A prática e autilização <strong>do</strong>s resíduos, é a prova de queestamos no caminho certo32 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 33


DivulgaçãoO34 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BRverea<strong>do</strong>r de OsascoJair Assaf apresentouo projeto de Lei nº 102/2003,com o objetivo de tombaro prédio onde funcionava aCerâmica Hervy ou CerâmicaIndustrial de Osasco, por seuvalor arquitetônico, culturale histórico. A proposta <strong>do</strong>verea<strong>do</strong>r é instalar no localum memorial para contar ahistória <strong>da</strong> indústria cerâmicana ci<strong>da</strong>de.Prédio <strong>da</strong>cerâmica Hervypode ser tomba<strong>do</strong>No lugar <strong>da</strong> antiga fábrica, um memorial irácontar a história <strong>da</strong> indústria cerâmica de OsascoHistoricamente, foi no final<strong>do</strong> século XIX, que umimigrante italiano, adquiriualgumas glebas de terra nessa região.Empreende<strong>do</strong>r, logo deu início à produçãode tijolos, em uma pequena olaria. Depois,chegaram ao Brasil, as primeiras famíliasde trabalha<strong>do</strong>res, vin<strong>da</strong>s de outros países.Era um <strong>do</strong>s primeiros passos em direçãoao progresso de Osasco.A proposta <strong>do</strong> projeto já havia si<strong>do</strong> tramita<strong>da</strong>e foi arquiva<strong>da</strong> há alguns anos. Agora está nasequência para ser rediscuti<strong>da</strong> e vota<strong>da</strong> emplenário. “Osasco não está preservan<strong>do</strong> oseu patrimônio histórico. É necessário que opovo tome ciência de como a ci<strong>da</strong>de foi nopassa<strong>do</strong> e como ela é hoje, pois muita coisamu<strong>do</strong>u”, afirmou o verea<strong>do</strong>r.Diferente <strong>do</strong> único museu que conta atrajetória de seu povo, instala<strong>do</strong> na Aveni<strong>da</strong><strong>do</strong>s Autonomistas, o memorial que seráconstruí<strong>do</strong> irá focar o contexto históricono setor <strong>da</strong> indústria, <strong>do</strong> comércio e <strong>do</strong>crescimento econômico que to<strong>do</strong> esse| Espaço <strong>da</strong> antiga cerâmica Hervy, poderá ser transforma<strong>do</strong>num monumento histórico de Osasco, SPinvestimento trouxe para Osasco.Como fonte, o memorial proposto peloverea<strong>do</strong>r, terá registros de máquinas queeram usa<strong>da</strong>s nas fábricas, objetos comocadeiras e mesas, fotos <strong>da</strong> época e tu<strong>do</strong> quepossa acrescentar ao acervo, remeten<strong>do</strong> aopúblico conhecimento sobre a fábrica Hervy,bem como a forma com que contribuiu parao progresso <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de.Este tombamento e posterior conversão emcentro cultural podem servir de inspiraçãopara sindicatos e associações de ceramistasem outras regiões <strong>do</strong> País no senti<strong>do</strong> decultivar historicamente o papel destasindústrias, como marco inicial <strong>do</strong> processode industrialização brasileiro.O tombamento <strong>da</strong> cerâmica Hervy pode sermotivo de orgulho para a ci<strong>da</strong>de de Osasco,pois trata-se de uma peça fun<strong>da</strong>mentalna construção <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de econômica ecultural <strong>do</strong> municípioFoto: Divulgação


Coluna <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>deCerâmica Melhor noRio Grande <strong>do</strong> NorteO Sindicer/RN promoveu o evento Cerâmica Melhor, na CerâmicaTavares, em Parelhas. No encontro, foram abor<strong>da</strong><strong>do</strong>s os temas, comoprodução sustentável, os PSQs e a importância <strong>do</strong> associativismo. Sãotemas que dizem respeito à quali<strong>da</strong>de, <strong>do</strong> processo produtivo ao produtofinal e às novas alternativas energéticas para a indústria cerâmica.Cerâmica Paraísorecebe qualificaçãoNo dia 15 de julho, foi entregue o certifica<strong>do</strong> de qualificação <strong>da</strong> cerâmicaParaíso (GO) pelo PSQ em Nível 2, devi<strong>do</strong> ao comprometimento,com a quali<strong>da</strong>de de seus produtos. Esse reconhecimento prova quea cerâmica Paraíso vem buscan<strong>do</strong> quali<strong>da</strong>de e inovação nos seusprocessos de produção.Mais cerâmicasconquistam o PSQAs cerâmicas Bela Vista, Monte Azul e Telhas Rainha,ingressaram no PSQ, <strong>do</strong> PBQP-H, <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong>sCi<strong>da</strong>des, comprovan<strong>do</strong> o alto nível de quali<strong>da</strong>de naprodução dessas empresas.PSQ é temade encontroO assessor Técnico e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de, Antonio Pimenta,participou de reunião no Sindicer Vales Itajaí e Tijucas,em Santa Catarina, para discutir assuntos relativos aosPSQs de Blocos e Telhas, nos dias 01 e 02 de julho.Durante a reunião, a Unicerâmica, assinou o termode adesão ao PSQ, junto com o Sindicer, que tambémpassem a fazer parte <strong>do</strong> Programa.CSP + ANSEEm uma iniciativa conjunta com o Sindicer (PE) e a <strong>Anicer</strong>, o assessor Técnico e <strong>da</strong>Quali<strong>da</strong>de Emerson Dias participou de reunião no Sindicer/PE para a apresentação<strong>do</strong>s projetos Conheça o seu Produto pela Avaliação <strong>da</strong> Conformi<strong>da</strong>de e <strong>Anicer</strong> nasua Empresa aos empresários <strong>da</strong> região. Ficou estabeleci<strong>do</strong> o início <strong>da</strong>s consultorias,no âmbito destes programas, em 12 cerâmicas <strong>do</strong>s Pólos Caruaru e Pau D’Alho, queserão finaliza<strong>da</strong>s até novembro deste ano.| Emerson Dias leva o programa Conheça o seu Produto pela Avaliação <strong>da</strong> Conformi<strong>da</strong>de aosrepresentantes ao Sindicer/PE<strong>Anicer</strong> Na Sua Empresaem Mato GrossoAtravés <strong>da</strong> iniciativa <strong>do</strong> consultor Edval<strong>do</strong> Maia, o programa <strong>Anicer</strong> Na Sua Empresa,enviou a <strong>do</strong>cumentação necessária para o credenciamento de instrutores e consultores,junto ao Sebrae de Mato Grosso. A meta <strong>da</strong> equipe é atender dez cerâmicas <strong>do</strong>município de Pontes e Lacer<strong>da</strong>.Reforço na equipeJeferson Lemke é o novoconsultor <strong>do</strong> programa Conheçao Seu Produto pela Avaliação<strong>da</strong> Conformi<strong>da</strong>de. Forma<strong>do</strong>pela Escola Senai Mario Amato,atuou como coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong>Laboratório <strong>do</strong> Cetec Senai, emRio Verde (MS) e, agora, passaa integrar o time de consultorescom o projeto Sebrae Nacional.36 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 37


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Maromban<strong>do</strong>CARLOS BORGESEngenheiro Civil forma<strong>do</strong> pela Facul<strong>da</strong>de de Engenharia <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Arman<strong>do</strong> Álvares Pentea<strong>do</strong>, Pós gradua<strong>do</strong> em Administraçãopela Fun<strong>da</strong>ção Getúlio Vargas e Mestre em Engenharia pela Escola Politécnica <strong>da</strong> USP, Carlos Alberto de Moraes Borges atuacomo Diretor Técnico <strong>da</strong> Construtora Tarjab desde 1983.Além disso, ele como membro <strong>do</strong> Conselho Consultivo <strong>do</strong> Sinduscon/SP, é Vice Presidente de Tecnologia e Quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Secovi/SP eSuperintendente <strong>do</strong> Comitê Brasileiro <strong>da</strong> Construção Civil <strong>da</strong> ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.Como a NBR 15575 pode mu<strong>da</strong>r a forma deconstruir edificações no Brasil?A NBR 15575 aplica pela primeira vez, de maneira explícita, oconceito de desempenho na construção civil brasileira e obrigao setor, como um to<strong>do</strong>, a conceber as edificações para que estastenham um bom comportamento em uso ao longo <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>útil. Enten<strong>da</strong>-se <strong>aqui</strong> bom comportamento, como o atendimentoàs expectativas <strong>do</strong>s usuários, sempre dentro de determina<strong>da</strong>scondições de exposição e ao longo de uma vi<strong>da</strong> útil. A únicaforma de se atender à Norma é trabalhar na fase de concepção<strong>do</strong> produto e no projeto e como alguns requisitos não estãotradicionalmente na agen<strong>da</strong> <strong>do</strong>s projetistas e agora passarão aestar em função <strong>da</strong> norma, espera-se realmente que haja um saltode quali<strong>da</strong>de na construção civil brasileira.A NBR 15575 tem gera<strong>do</strong> muitas expectativaspor parte <strong>do</strong>s profissionais <strong>do</strong> setor, uma vez queela incide sobre o desempenho <strong>da</strong>s edificações, enão é, como a maioria, uma prescrição. O senhorpoderia explicar como isto vai funcionar?A NBR 15575 complementa o acervo normativo existente que ébasicamente prescritivo. A norma de desempenho cobra resulta<strong>do</strong>sindependente <strong>da</strong> forma como as construções são executa<strong>da</strong>s e sobo ponto de vista <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r. As normas prescritivas definemsoluções, “receitas de bolo” e tem dentro <strong>da</strong>s soluções que apresentam,um desempenho implícito. Muitas normas prescritivas, inclusive, já temum desempenho adequa<strong>do</strong> “embuti<strong>do</strong>” nas suas soluções e em muitoscasos basta atendê-las para que a norma de desempenho tambémseja atendi<strong>da</strong>. A Norma de desempenho e as normas prescritivasdevem ser atendi<strong>da</strong>s simultaneamente, não competem entre si, mas secomplementam. Se eu desejar construir uma estrutura em aço, devoseguir as normas prescritivas já existentes para construções em aço eao mesmo tempo atender aos requisitos de desempenho de estruturascomo estanquei<strong>da</strong>de, vi<strong>da</strong> útil etc.O senhor acredita que, por ter a satisfação <strong>do</strong>consumi<strong>do</strong>r como objetivo final – o que envolvediversas áreas <strong>do</strong> conhecimento como sociologia,antropologia, ergonomia entre outras – isto tornamais difícil a sua aplicação prática? Por quê?Sem dúvi<strong>da</strong>, o conceito de desempenho é de fácil entendimento, masde difícil aplicação e justamente porque envolve o ser humano. Somosdiferentes, temos necessi<strong>da</strong>des variáveis, crescentes e que dependem<strong>da</strong> nossa expectativa em relação à empresa <strong>da</strong> qual adquirimos umimóvel. Definir as exigências <strong>do</strong>s usuários é um grande desafio eenvolve diversas áreas <strong>do</strong> conhecimento como cita<strong>do</strong> na pergunta,mas é a melhor maneira de evoluirmos na construção civil. Existe umconsenso consoli<strong>da</strong><strong>do</strong> desta visão no mun<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> e muitapesquisa continuará a ser feita para obtenção deste conhecimento.Como serão aferi<strong>do</strong>s aspectos tais, como segurançaestrutural, desempenho térmico e acústico?A norma define os requisitos de desempenho em 3 níveis, primeiro numnível qualitativo (por exemplo a necessi<strong>da</strong>de humana de conforto acústico),depois define critérios quantitativos (por exemplo, níveis necessários deisolamento de uma parede de ve<strong>da</strong>ção em dB) e, por fim, um méto<strong>do</strong>de avaliação que permita verificar se o critério exigi<strong>do</strong> foi atendi<strong>do</strong>. Osméto<strong>do</strong>s de avaliação podem ser análises de projeto (basicamente paraverificação de segurança estrutural), simulações por computa<strong>do</strong>r, ensaiosem laboratório, ensaios em protótipos, méto<strong>do</strong>s analíticos e ensaios in loco.Mas, para to<strong>do</strong> requisito existe sempre uma forma de aferição. É claroque uma análise de projeto permite apenas avaliarmos o desempenhopotencial de um projeto, porque o desempenho pode ou não ser atingi<strong>do</strong>em função de uma execução adequa<strong>da</strong> durante a construção e uma corretamanutenção preventiva e corretiva no pós-obra.No caso <strong>do</strong> desempenho térmico de materiaispara alvenaria, o coeficiente de condutibili<strong>da</strong>detérmica é a característica mais importante? Emcomparação, qual é o melhor material?Existem características que são intrínsecas aos elementos e componentescomo a transmitância térmica, a condutivi<strong>da</strong>de térmica, o calorespecífico, dentre outras, mas a norma cobra um desempenho térmico<strong>do</strong>s sistemas e não <strong>do</strong>s componentes ou elementos isola<strong>da</strong>mente. Assim,como os sistemas são compostos por elementos e componentes, a suainterface faz com que o to<strong>do</strong> integra<strong>do</strong> seja mais importante <strong>do</strong> queas partes. Existem materiais que tem características mais favoráveis oudesfavorávies para o desempenho térmico, mas não dá para dizer qualo melhor material, porque isto depende <strong>do</strong> desempenho deseja<strong>do</strong> e <strong>do</strong>clima no entorno <strong>do</strong> edifício. As exigências <strong>da</strong> Norma de Desempenhoestão atrela<strong>da</strong>s às condições climáticas deca<strong>da</strong> região brasileira e variam bastante,pois quem mora num local de clima muitoquente tem uma tolerância maior a altastemperaturas.E para coberturas? Quaisfatores determinam melhorconforto térmico?A Norma exige que as coberturas apresentemtransmitância térmica e absorvência àradiação solar que proporcionem umdesempenho térmico apropria<strong>do</strong> paraca<strong>da</strong> zona bioclimática. Neste caso, acaracterística <strong>do</strong>s componentes que estão emcontato direto com o tempo é importante,mas <strong>da</strong> mesma forma que nos outros casos,a exigência é para o sistema como umto<strong>do</strong> e fatores como a ventilação de umtelha<strong>do</strong>, por exemplo, afetam bastante odesempenho térmico <strong>da</strong> cobertura.A utilização de moringas paramanter a água fresca por maistempo, habito muito popularno Brasil, é um exemplo <strong>da</strong>sproprie<strong>da</strong>des de isolamentotérmico <strong>da</strong> cerâmica. Pode-seafirmar que o coeficiente decondutibili<strong>da</strong>de térmica <strong>da</strong>cerâmica vermelha a torna amelhor opção para alvenariasexternas?As cerâmicas vermelhas são tradicionais na nossa cultura construtiva eatendem em condições normais aos requisitos de desempenho térmico,mas não dá para afirmar que é a melhor opção, até porque mais umavez lembro que o desempenho térmico de uma parede depende deoutros fatores além <strong>do</strong> material <strong>da</strong> própria alvenaria. O sombreamentoexterno, a espessura e o tipo <strong>do</strong> revestimento, o tipo de esquadriautiliza<strong>da</strong>s num edifício são fatores importantes para uma avaliação <strong>do</strong>desempenho térmico de uma facha<strong>da</strong>.Quanto ao conforto acústico, quais seriam osmelhores materiais?Temos muitos materiais no merca<strong>do</strong> que absorvem ou dissipam“Temos que pensarsempre no edifícioem uso, como umto<strong>do</strong> integra<strong>do</strong>, umgrande sistema.”destaca Carlos Borgeso som, mas de na<strong>da</strong> adianta utilizá-los se houver pontos de fugaacústica nos sistemas. Por exemplo, uma porta que tenha umave<strong>da</strong>ção acústica de 25 dba (já considera<strong>da</strong> acústica) pode não servirmuito se houver uma fresta muito grande entre a porta e o piso nolocal onde foi instala<strong>da</strong>. Os materiais têm uma papel fun<strong>da</strong>mentalpara que o desempenho <strong>do</strong>s sistemas sejaatingi<strong>do</strong>, mas a visão <strong>do</strong> projeto tem queser volta<strong>da</strong> ao sistema. Temos que pensarsempre no edifício em uso, como um to<strong>do</strong>integra<strong>do</strong>, um grande sistema. Desempenhoé comportamento em uso.Algumas pesquisas apontamexcelentes proprie<strong>da</strong>desacústicas <strong>do</strong>s blocos cerâmicos.O isolamento deste material émelhor?O isolamento <strong>do</strong>s blocos cerâmicos éadequa<strong>do</strong> às necessi<strong>da</strong>des humanas. Numsistema de ve<strong>da</strong>ção que inclui alvenariade blocos cerâmicos, esquadrias e portas,estes últimos é que são o ponto fracopara um desempenho acústico adequa<strong>do</strong>,dificilmente são as paredes de alvenaria.No contexto desta novaNorma, como os consumi<strong>do</strong>res– construtoras, arquitetos entreoutros – podem se informarpara escolher os materiais deconstrução com as melhorescaracterísticas termoacústicas?Existem fabricantes de materiais queconhecem o desempenho <strong>do</strong>s produtosque fabricam e o divulgam de maneiraadequa<strong>da</strong> para o merca<strong>do</strong>, mas ain<strong>da</strong> são exceções. Este é um desafiosetorial e espera-se que haja um movimento <strong>do</strong>s prórprios fabricantespara que estas informações sejam divulga<strong>da</strong>s de forma adequa<strong>da</strong> paraos profissionais <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.Sem dúvi<strong>da</strong>, o conceito de desempenho é de fácil entendimento,mas de difícil aplicação e justamente porque envolve o ser humano.Somos diferentes, temos necessi<strong>da</strong>des variáveis, crescentes e quedependem <strong>da</strong> nossa expectativa em relação à empresa <strong>da</strong> qualadquirimos um imóvel. Definir as exigências <strong>do</strong>s usuários é umgrande desafio e envolve diversas áreas <strong>do</strong> conhecimento comocita<strong>do</strong> na pergunta, mas é a melhor maneira de evoluirmos naconstrução civil. Existe um consenso consoli<strong>da</strong><strong>do</strong> desta visãono mun<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong> e muita pesquisa continuará a ser feitapara obtenção deste conhecimento42 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 43


Arte CerâmicaDessa forma, criou o Ateliê Anelise Bre<strong>do</strong>w, um espaço para produçãoe exposição <strong>do</strong>s trabalhos, instala<strong>do</strong> em Morro Reuter, uma pequenaci<strong>da</strong>de no caminho de quem sobe a serra gaúcha pela BR 116.No ateliê de Anelise, são desenvolvi<strong>da</strong>s peças e painéis de cerâmicaartística, além de um projeto de reaproveitamento de madeiras dedemolição, originárias de casas e galpões deixa<strong>do</strong>s pelos coloniza<strong>do</strong>resalemães na região, a partir <strong>do</strong>s quais são cria<strong>do</strong>s móveis, molduras,objetos e até painéis com a inserção de cerâmicas.Fotos: Edson BelineCerâmica artística<strong>do</strong> Sul ganha o PaísDevi<strong>do</strong> à abundância de argilas deprimeira quali<strong>da</strong>de, a Região Sulabriga grandes pólos industriais de cerâmicaestrutural e de revestimentos, e tambémuma rica cultura de cerâmica artesanal.Esta ativi<strong>da</strong>de chega a ser incentiva<strong>da</strong>por iniciativas, como a <strong>do</strong> Sindicer Morro<strong>da</strong> Fumaça (SC), que criou a escola deartesanato “O Oleiro”, volta<strong>da</strong> para aformação de artesãos. “A região possuimatéria-prima e talentos em abundância.Não seria possível admitir que a nossacerâmica ficasse restrita apenas a produtosliga<strong>do</strong>s ao setor <strong>da</strong> construção civil”, contao presidente <strong>do</strong> Sindicato Sérgio Pagnan.Também por iniciativa <strong>do</strong> Sindicatofoi cria<strong>do</strong> o Núcleo de Artesanato emCerâmica, que conta com a participaçãode oito artesãos que produzem peçasutilitárias para uso culinário, decorativo epara floricultura. O Núcleo estará presente,no estande <strong>do</strong> Sindicer, na 13ª Expoanicer,durante o 39º Encontro Nacional.Vocação natural <strong>da</strong> região é demonstra<strong>da</strong> poriniciativas e artistas locais44 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BROutro exemplo <strong>da</strong> vocação <strong>da</strong> região éa arte cerâmica produzi<strong>da</strong> pelas artistasCarolina Haveroth e Anelise Bedrow.A relação de Carolina Haveroth coma cerâmica começou quan<strong>do</strong> teve uminsight e lembrou-se que a cerâmicaera uma superfície, em que poderiautilizar praticamente tu<strong>do</strong> o que já tinhaaprendi<strong>do</strong> em artes.Depois de visitar a Gift Fair (uma <strong>da</strong>s maisimportantes feiras de decoração <strong>do</strong> país),com sua mãe, que era <strong>do</strong>na de uma loja deutili<strong>da</strong>des em Blumenau, Carolina decidiuvoltar na edição <strong>do</strong> ano seguinte comoexpositora. Fez um empréstimo com oirmão, juntou com as suas economias efoi para o evento, dividin<strong>do</strong> o estande comoutro expositor. A aceitação <strong>do</strong>s produtosna feira, rendeu a ela, os primeiros clientese a convicção de que estaria no caminhocerto. Nesta época, a casa <strong>do</strong>s paisfuncionou como o seu primeiro ateliê.Geralmente, o trabalho de Carolinafunciona dessa forma: depois <strong>da</strong> concepção<strong>do</strong>s produtos, ela man<strong>da</strong> o desenho <strong>do</strong>formato para olarias terceiriza<strong>da</strong>s. Aspeças vêm queima<strong>da</strong>s, em esta<strong>do</strong> brutoe no ateliê, recebem a pintura e to<strong>do</strong> oacabamento feito pelas mãos de umaequipe de <strong>do</strong>ze colabora<strong>do</strong>res.É bem provável, que você já tenha vistopelo menos uma peça dela, pois os objetosde decoração em cerâmica produzi<strong>do</strong>spor esta artista catarinense compuseramos cenários de diversas produções globais,como nas telenovelas Viver a Vi<strong>da</strong> eCaminho <strong>da</strong>s Índias e <strong>do</strong> programa MaisVocê, de Ana Maria.Anelise Bedrow é artista plástica forma<strong>da</strong>com ênfase em cerâmica artística pelaUniversi<strong>da</strong>de Federal de Santa Maria(UFSM), localiza<strong>da</strong> na respectiva ci<strong>da</strong>degaúcha. Atuou como designer de produtopor cinco anos e sempre gostou dedesenhar, até encontrar nas artes plásticasum suporte desafia<strong>do</strong>r para o seu talento.Ela tem como principal objetivo a valorização <strong>da</strong>s característicaspróprias <strong>da</strong> cerâmica, exploran<strong>do</strong> a autentici<strong>da</strong>de <strong>do</strong> material, com o usode grafismos e abusan<strong>do</strong> <strong>da</strong>s cores, obti<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong>s argilas naturaisou pigmenta<strong>da</strong>s. Suas obras em cerâmica recebem um tratamentoespecial: são pinta<strong>da</strong>s com a técnica engobe, utilizan<strong>do</strong> argila, no lugarde resíduos químicos, crian<strong>do</strong> peças modulares que podem ocupar umpequeno espaço ou uma parede inteira.Com a técnica emprega<strong>da</strong>, podem surgir potes decorativos com frasespersonaliza<strong>da</strong>s ou painéis em que a cerâmica artesanal é incrusta<strong>da</strong> namadeira de demolição. Anelise dessa forma vivencia os conceitos dearte e de ecologia e com tanto trabalho, conseguiu espaço para quealgumas de suas obras fossem exibi<strong>da</strong>s na novela Passione.Para conhecer um pouco mais os trabalhos dessas artistas acesse ossites: www.carolinahaveroth.com.br e www.anelisebedrow.com.br.| Fotos <strong>da</strong> arte cerâmica de Caroline HaverothWWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 45


Ponto de VistaAções promovem concorrênciacomercial e respeito AO consumi<strong>do</strong>rOBrasil está crescen<strong>do</strong>, comocomprovam os indica<strong>do</strong>resreferentes a consumo, crédito, e aogerenciamento de estoques no varejoe ataca<strong>do</strong>, assim como a evolução <strong>da</strong>staxas de emprego verifica<strong>do</strong>s nos maisvaria<strong>do</strong>s setores produtivos e de prestaçãode serviços. O importante é que se tratade crescimento com horizonte, atesta<strong>do</strong>por estu<strong>do</strong>s e pesquisas de analistas econsultorias nacionais e estrangeiras.Este crescimento, que se concretiza nopresente e se projeta para os próximosanos, é fun<strong>da</strong>mental ao planejamentoempresarial e à implementação de açãode instituições como o Sebrae. Nossoconvênio com a <strong>Anicer</strong> é um marcoporque se dá neste contexto e inclui aimplementação de políticas públicaspor: Carlos Alberto <strong>do</strong>s Santos, Diretor-Técnico <strong>do</strong> Sebrae Nacionalque levam em conta a competitivi<strong>da</strong>de<strong>da</strong>s empresas e a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong><strong>da</strong> população.A participação <strong>do</strong> Sebrae na execução<strong>do</strong> projeto Conheça seu Produto pelaAvaliação <strong>da</strong> Conformi<strong>da</strong>de se justifica,principalmente, pela necessi<strong>da</strong>de de seestimular ações estaduais e regionaisespecíficas que fomentem o fortalecimento<strong>da</strong> inovação; pelas peculiari<strong>da</strong>des <strong>da</strong>indústria de cerâmica vermelha quecongrega expressivo número de empresascom forte administração e gerenciamentofamiliar, equipamentos obsoletos,localização em áreas rurais e mão-de-obradesqualifica<strong>da</strong>; pelo benefício que seráproporciona<strong>do</strong> ao setor integra<strong>do</strong> por7500 fabricantes de blocos, tijolos, telhase demais materiais cerâmicos, distribuí<strong>do</strong>sde forma heterogênea de norte a sul <strong>do</strong> País, 90% deles microe pequenas empresas.Leva em conta ain<strong>da</strong> que a indústria <strong>da</strong> construção civilse profissionaliza sen<strong>do</strong> de grande interesse <strong>do</strong> setor aimplantação de ações de certificação, bem como <strong>da</strong> melhoria<strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s produtos ofereci<strong>do</strong>s ao merca<strong>do</strong>. Destaco<strong>aqui</strong> as oportuni<strong>da</strong>des gera<strong>da</strong>s para micro e pequenas empresaspor programas como ‘Minha Casa Minha Vi<strong>da</strong>’ e também porobras foca<strong>da</strong>s na Copa, em 2014, e Olimpía<strong>da</strong>, em 2016, quecontarão com recursos governamentais.Para que micro e pequenas empresas aproveitem essasoportuni<strong>da</strong>des, como contrata<strong>da</strong>s diretas, fornece<strong>do</strong>ras deempresas de maior porte ou vence<strong>do</strong>ras em licitações, precisamestar prepara<strong>da</strong>s e isso envolve grande aposta em capacitação,em inovação e a<strong>do</strong>ção de boas práticas.O projeto, resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> parceria <strong>Anicer</strong>/Sebrae, tem duraçãode três anos e prevê o atendimento de 400 micro e pequenasempresas, organiza<strong>da</strong>s em grupos, por meio de ações coletivas,como a realização de ensaios laboratoriais. Contempla ofomento de ações volta<strong>da</strong>s a novos merca<strong>do</strong>s com produtoscompetitivos produzi<strong>do</strong>s por 20 Arranjos Produtivos Locais.Estamos, desde março de 2010, trabalhan<strong>do</strong> com a rede delaboratórios para implantação de um sistema de avaliaçãode conformi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s produtos deste segmento, reconheci<strong>do</strong>pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, pré-requisitoao enquadramento nos Programas Setoriais <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de. Oestímulo financeiro para que as empresas participem <strong>do</strong> projeto ébastante significativo. Pagarão apenas 30% <strong>do</strong>s custos <strong>do</strong> processolaboratorial; 70% serão arca<strong>do</strong>s pelo Sebrae e <strong>Anicer</strong>.Quali<strong>da</strong>de e rentabili<strong>da</strong>de precisam an<strong>da</strong>r juntas. A aposta naquali<strong>da</strong>de tem a ver com conquista de merca<strong>do</strong>s, fidelizaçãode clientes, produção com maior consciência ambiental,aprimoramento de processos via modernização de equipamentose procedimentos. A parceria <strong>Anicer</strong>/Sebrae tem ain<strong>da</strong> comometas divulgar junto ao merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r as vantagens <strong>do</strong>produto cerâmico; aumentar o fluxo de ensaios desses produtosnos laboratórios credencia<strong>do</strong>s; expor novas tecnologias efortalecimento <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des representativas <strong>do</strong> setor.As atuais políticas <strong>do</strong> governo federal têm contribuí<strong>do</strong>substancialmente para o desenvolvimento <strong>do</strong> setor <strong>da</strong> construçãocivil, com evidentes reflexos nas demais cadeias produtivas afins.O investimento na conformi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> produto, assim comona melhoria de sua quali<strong>da</strong>de vem oportunamente contribuirpara o fortalecimento <strong>da</strong>s empresas <strong>do</strong> ramo, ensejan<strong>do</strong> umaconcorrência comercial mais justa, com maior atenção e respeitoao merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r48 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BRWWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 49


SocialCésar Vergílio, <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Miguel Nery, Diretor Geral<strong>do</strong> DNPM (centro)e Fernan<strong>do</strong> Valverde (direita)Emerson Dias na sede <strong>da</strong> Fies, napalestra: Quali<strong>da</strong>de como Ferramenta naSustentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Indústria Cerâmica,ten<strong>do</strong> como público alvo: ceramistas epresidentes <strong>do</strong>s sindicatos locaisOsíris Jr, assessor de Desenvolvimento Setorial, Anekarine Scherer, assessora executiva <strong>da</strong> SUMP,Zaqueu Soares Ribeiro, superintendente Nacional de Micro e Pequena Empresa (SUMP), Luis Lima,presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Ricar<strong>do</strong> Kelsch, diretor de Comunicação e Projetos Especiais e Fernan<strong>da</strong> Duarte,secretária executiva <strong>da</strong> AssociaçãoLuis Lima, presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Ricar<strong>do</strong> Kelsch,Diretor Executivo de Comunicação e Projetos Especiais<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, João Felício Scárdua, Secretário de Esta<strong>do</strong>de Turismo <strong>do</strong> ES e Maely Coelho, presidente <strong>do</strong>Convention BureauEvandro Simonassi, vice-presidente <strong>do</strong> SindicerCentro Norte, Luis Lima, presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>,Betina Sartório <strong>do</strong> Sindicer Sul/ES e PauloCoradini, presidente <strong>do</strong> Sindicer Centro Norte/ES, na reunião sobre o 40º Encontro NacionalEliar Negri (de camisa clara, ao centro), proprietário<strong>da</strong> Cerâmica Santo Augusto com comitê <strong>da</strong>Quali<strong>da</strong>de cria<strong>do</strong> nas consultorias <strong>da</strong> ANICERJosé Abílio, José Américo Lima <strong>da</strong> Codevasf eos ceramistas Paulo Amorim e Carlos AlbertoOsval<strong>do</strong> Rosalino presidente <strong>do</strong> Sindicer/RO, e representantes <strong>da</strong> indústria cerâmica <strong>da</strong> região, no 3ºENICER - Encontro <strong>da</strong>s Indústrias Cerâmicas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Rondônia. O segun<strong>do</strong> <strong>da</strong> esq. para dir.Osíris Jr (<strong>Anicer</strong>), Suzana Barbeitas e Fabiana Kawasse <strong>do</strong> Inmetro, Cláudio Kurth, presidente <strong>do</strong>Sindicer Vales Itajaí e Tijucas, Antônio Pimenta, Luis Lima, Cesar Vergílio e Hugo Armelin, diretor <strong>da</strong>Associação <strong>do</strong>s Fabricantes de Telhas Certifica<strong>da</strong>s de Concreto50 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 51


Notícias <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>Reuniões na <strong>Anicer</strong> analisam Portarias <strong>do</strong> INMETROA fim de discutir a Portaria 37/2010,que afeta os tijolos cerâmicos,estiveram reuni<strong>do</strong>s na sede <strong>da</strong><strong>Anicer</strong> as representantes <strong>do</strong> Inmetro,Suzana Barbeitas e Fabiana Kawasse,<strong>da</strong> Ascoc (Associação Comercial <strong>da</strong>sOlarias e Cerâmicas de Cabreúvae Região), Elzo Vitor Car<strong>do</strong>so eCatia Sacchi. Participaram ain<strong>da</strong>, odiretor de Relações Institucionais <strong>da</strong><strong>Anicer</strong>, César Vergílio, os AssessoresTécnicos e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de, AntônioPimenta, Emerson Dias e OsírisJúnior. Em segui<strong>da</strong>, em outra reunião,os representantes <strong>do</strong> Inmetro e <strong>da</strong><strong>Anicer</strong> trataram <strong>da</strong> Portaria deTelhas Cerâmicas e Concreto com apresença <strong>do</strong> presidente <strong>da</strong> Anfatecco(Associação <strong>do</strong>s Fabricantes deTelhas Certifica<strong>da</strong>s de Concreto),Hugo Armnelin, e <strong>do</strong> diretor deTelhas Cerâmicas <strong>da</strong> Associação epresidente <strong>do</strong> Sindicer Vales Itajaíe Tijucas, Cláudio Kurth.Luis Lima, presidente <strong>da</strong> Associação,comentou sobre a importância <strong>da</strong>portaria: “a portaria regulamenta e afiscalização é oficial. É imprescindíveluma portaria que seja prática parao consumi<strong>do</strong>r, o fiscal e para osoperários. Pensar a quanti<strong>da</strong>de,as especificações e como você vaitrabalhar com a cerâmica. A proteçãoexiste, a partir <strong>do</strong> momento em quehá um controle”.Governo <strong>do</strong> ES assinala apoio ao 40º Encontro NacionalRepresentantes <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> e <strong>do</strong>sSindicatos anfitriões <strong>do</strong> 40ºEncontro Nacional, que aconteceem agosto de 2011, em Vitória,estiveram reuni<strong>do</strong>s, no dia 15de julho, com o Secretário deEsta<strong>do</strong> de Turismo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Espírito Santo, João FelícioScárdua e Maely Coelho, presidente<strong>do</strong> Convention Bureau local.Na ocasião, ficou estabaleci<strong>da</strong> aparceria com o governo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>para a realização <strong>do</strong> evento.Como primeira ação no âmbitodesta parceria, o ES Convention& Visitors Bureau vai marcarpresença no 39º Encontro comalguns quitutes capixabas.54 I REVISTA DA ANICER I Nº <strong>65</strong> I WWW.ANICER.COM.BR WWW.ANICER.COM.BR I Nº <strong>65</strong> I REVISTA DA ANICER I 55


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