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Ed. 111 - NewsLab

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ÍNDICE04 <strong>Ed</strong>itorial06 Índice10 Notícias48 Nossa Capa – Abbott, líder global da triagem sanguínea de soro e plasma54 Informe de Mercado88 Analogias em Medicina – Chocalho da Morte,por José de Souza Andrade Filho90 A Influência do estresse nos níveis de cortisolLuciane Triches Machado, Manoela Blumm, Nanaschara Reis Leonhardt,Paola Rezzadori, Renata Machado Ferreira, Gustavo Müller Lara96 Doença de Wilson. Relato de CasoClaricy Barbosa Leal, Juliana Tajra Tobias Mourão, Paulo Sobral Júnior102 ImunossenescênciaRoger Bordin da Luz, Michele Vetter, Bianca Bergamaschi,Pâmela Landevoigt, Daniel Nuncio, Gustavo Müller Lara110 Avaliação do Teste VeraCode ADME ® e Frequência das Variantes do CYP2D6, CYP2C9 eVKORC1 em Amostras BrasileirasFátima Souza Gandufe, Patrícia Yoshie Nishimura, Fátima Regina Marques Abreu, Andréa Alfieri,Nelson Gaburo JuniorA sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos vários canais decomunicação para o nosso leitor.Escolha o que for melhor para você.Mande sua carta para nossa redação, no seguinte endereço:Av. Paulista, 2073. <strong>Ed</strong>ifício Horsa I. Conjunto 2.315 - Cep: 01311-300. São Paulo. SPFones: (11) 3171-2190 / 3171-2191 / 3171-2192Envie sua mensagem pelo e-mail: redacao@newslab.com.br.Navegue também em nossa home page: www.newslab.com.brSiga-nos no twitter: @revista_newslab


Dissertação analisa impacto de erros laboratoriais na assistência ao pacienteTese de Wilson Shcolnik foi defendida na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz)Os laboratórios clínicos desempenham papel fundamentalno suporte às decisões médicas. Apesar de seruma das pioneiras no campo da qualidade e segurança,a medicina laboratorial, assim como outros segmentosda cadeia de assistência à saúde, está sujeita a falhas nodiagnóstico que podem comprometer a saúde do paciente.Embora pesquisas demonstrem que os erros diagnósticossão ocorrências comuns, são poucos os estudos nacionaisque dimensionam o impacto de falhas laboratoriais sobre aassistência à saúde. Estudos realizados no exterior sobre oserros laboratoriais e seus efeitos na segurança do pacientee a aplicabilidade, na realidade brasileira, das metodologiasutilizadas nessas pesquisas para o monitoramento dos incidentesocorridos em laboratórios clínicos foram tema dadissertação de mestrado Erros laboratoriais e segurança dopaciente, de Wilson Shcolnik, defendida na Escola Nacionalde Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).Para o estudo, foram analisados nove artigos que descrevemeventos adversos – incidentes que resultam emdano ao paciente – decorrentes de erros laboratoriais nosEstados Unidos, Itália e Reino Unido. A análise dos artigosmostra que a fase pré-analítica é a que apresenta maioresproporções de erros, variando entre 54,5% e 88,9% do totalde incidentes. Conforme mostra o estudo, a ocorrência deerros laboratoriais se deve, entre outros fatores, à pressãoeconômica, que ocasiona redução de equipes, aumento dofluxo de trabalho e exigência de produtividade, e à centralizaçãoda realização de exames, dificultando o controlesobre a fase pré-analítica do processo laboratorial.As consequências dos erros laboratoriais analisados nosartigos variaram. Elas ocorrem com baixa frequência, porconta de numerosas barreiras existentes no sistema, quecontribuem para a detecção e correção dos erros antes queocasionem um evento adverso. Alguns erros não influenciaramna assistência, outros provocaram danos decorrentesde flebotomia e levaram à recoleta de amostras, repetiçõesde exames, atrasos na liberação de resultados, tratamentosimpróprios e/ou desnecessários, além de influenciarem diagnósticos. Em alguns casos, os erros laboratoriaisresultaram na realização de investigação adicional dispensável,internação em unidade de terapia intensiva e óbitos.Os resultados mostram que grande parte dos incidenteslaboratoriais que causaram danos aos pacientes poderiamter sido evitados.Metodologias para a identificação e monitoramentodos eventos adversos - Segundo Shcolnik, os artigosselecionados para o estudo fornecem uma gama de métodosque podem ser empregados no Brasil, a fim de identificar emonitorar os eventos adversos em laboratórios nacionais.Um deles é o estudo prospectivo de resultados de examesde laboratório com suspeita de erros, seguido de discussãocom o clínico e revisão por patologista clinico para avaliar afrequência e os tipos de erros e identificar etapas críticas.“Essa metodologia exige cooperação de equipes médicase de enfermagem para avaliação de resultados de examessuspeitos”, ressalta Shcolnik.Outras medidas que poderiam ser adotadas em laboratóriosclínicos nacionais, segundo ele, seriam as análisesde questionários sobre falhas na qualidade da assistência,respondidos por profissionais de laboratório, seguidas deinvestigação sobre o impacto provocado na assistência aopaciente. Shcolnik também sugere a adoção de notificaçãovoluntária para identificação de eventos adversos e a aplicaçãode estudos retrospectivos de relatórios de incidentespara avaliação do sistema de classificação de relatórios deerros laboratoriais. “Essa metodologia exige uma culturade notificação e elaboração de relatórios de incidentes, quepermitirá a classificação de eventos adversos”, explica. Eo Brasil já dispõe de uma ferramenta que auxiliaria nessatecnovigilância: as Notificações em Vigilância Sanitária(Notivisa), um sistema de informação online criado parareceber notificações de eventos adversos e queixas técnicasde produtos sob regime de vigilância sanitária. “É precisoinserir no país a cultura de notificação, os profissionais desaúde precisam conhecer a Notivisa”, alerta.Para saber mais:www.fiocruz.brHospital Sírio-Libanês e Hospital Santa Paula firmam parceria técnicaO Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês e o Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula estabeleceram,em 1º de fevereiro, um acordo de gestão técnica, sob direção do Prof. Dr. Paulo Marcelo G. Hoff, diretor geral do Centrode Oncologia do HSL.Com esta parceria, os pacientes do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula passam a contar com o atendimentopor médicos do HSL, compartilhando as diretrizes assistenciais do Centro de Oncologia Sírio-Libanês.10<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


São Paulo ganha centro de referência em Oncologia Clínica e ExperimentalEscola Paulista de Medicina, em conjunto com a Universidade Federal de São Pauloe o Hospital São Paulo, entregaram as novas instalações em fevereiroOs cidadãos de São Paulo passam a contar, a partir de7 de fevereiro, com mais um serviço de referência para otratamento em câncer, formação de médicos e pesquisa.Trata-se do Centro de Oncologia Clínica e Experimental(COCE) da Escola Paulista de Medicina.Totalmente estruturado e organizado, seguindo quesitosde qualidade, acessibilidade, resolubilidade, conforto esegurança de pacientes e profissionais de saúde, o COCEtem como princípios a equidade da assistência, a excelênciado ensino e a valorização da pesquisa na área da OncologiaClínica e Experimental.Segundo o diretor da Escola Paulista de Medicina e presidenteda Sociedade Brasileira de Clínica Médica, AntonioCarlos Lopes, a expectativa é de que a unidade cresça como decorrer do tempo, tornando-se valorosa e imprescindívelpara a rede de saúde do Estado:“Começamos em uma casa pequena, mas com enormecomprometimento com os cidadãos de São Paulo. Além docompromisso social de garantir atendimento de alto nívelaos pacientes, o Centro possui uma área de pesquisa muitoforte, que permitirá a construção do conhecimento e aaplicação imediata na comunidade. Também formaremosmédicos para todo o País, uma contribuição relevante paraa luta contra o câncer”.O COCE nasce vinculado à Escola Paulista de Medicinada Unifesp e ao Hospital São Paulo e, em breve, deveconsolidar parceria com o Hospital do Câncer de Barretos.“Também já estamos alinhados com três laboratóriosque desenvolverão marcadores tumorais para estadiamentode câncer no Brasil”, complementa Antonio Carlos Lopes.“É uma iniciativa importante e promissora”.José Roberto Ferraro, superintendente do Hospital São Paulo/Unifesp, ministro da Saúde Alexandre Padilha, Antonio CarlosLopes, diretor da EPM e Walter Manna Albertoni, reitor daEPM/UnifespSaúde aumenta em cinco vezes investimentos em laboratórios públicosO Ministério da Saúde está lançando um pacote demedidas para o fortalecimento da indústria nacional demedicamentos, insumos e equipamentos. O Programade Investimento no Complexo Industrial da Saúde (Procis),instituído por meio da Portaria 506, vai alcançarR$ 2 bilhões até 2014, sendo R$ 1 bilhão do governofederal e R$ 1 bilhão em contrapartidas de governoestaduais. Só este ano, o Ministério da Saúdeinvestirá cerca de R$ 250 milhões eminfraestrutura e qualificação de mão-de--obra de 18 laboratórios públicos, o valoré cinco vezes maior do que a médiade investimentos (R$ 42 milhões)nos últimos 12 anos. Entre 2000e 2011, o investimento total dogoverno foi de R$ 512 milhões.“Desde 1985, quando foi lançado oprograma de autossuficiência em imunobiológicos, não haviaum programa de estímulo e investimento na produção pública.Desta vez, o foco é o desenvolvimento tecnológico e aparceria com o setor privado”, lembra o secretário de CiênciaTecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde,Carlos Gadelha. “O fortalecimento dos laboratórios públicosé essencial para a capacitação tecnológica e competitividadedo País. Daí a importância de se investir em infraestrutura,capacitação da gestão e especialização da mão de obrados laboratórios oficiais para que eles adotem as melhorespráticas do mercado e ganhem um nível dequalidade internacional”, explica. Comestas medidas, a expectativa dogoverno é reduzir as desigualdadesregionais a partir do estímulo aofortalecimento dos laboratórios emdiversas regiões do país.12<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Emílio Ribas confirma cinco casos de sífilis por dia entre adultosSexo oral sem uso do preservativo é uma das principais formas detransmissão, aponta David Uip, diretor do hospital estadualA cada dia, cinco casos novos de sífilis entre adultos,em média, são confirmados pelo Instituto de InfectologiaEmílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúdereferência nacional em doenças infectocontagiosas, nacapital paulista.Segundo o médico infectologista David Uip, diretordo hospital, o sexo oral sem o uso do preservativo temsido uma das principais formas de transmissão da doença.Entre novembro e dezembro de 2011 o Emílio Ribasdiagnosticou 369 casos de sífilis, dos quais 347 em pessoasdo sexo masculino.A maioria dos infectados tem entre 40 e 43 anos deidade. Segundo o relato dos médicos, é comum os pacientesnarrarem que mesmo utilizando o preservativono momento do sexo vaginal ou anal, consequentementedispensam o uso da camisinha durante o sexo oral.“Não temos dados estatísticos deste comportamento,porém podemos afirmar que nas consultas ambulatoriaise de emergência, quase a totalidade dos pacientes comsífilis relata não usar o preservativo no momento do sexooral”, afirma David Uip.A sífilis é uma doença sexualmente transmissível. Silenciosa,pode ser confundida muitas vezes com uma simplesalergia ou irritação. Os agravos da sífilis são apresentadosem três estágios: primário, secundário e terciário. Apóso contato sexual, os sintomas da sífilis primária podemaparecer entre duas e três semanas. A doença se manifestacom pequenas lesões, que são chamadas de “cancro duro”,não dolorosas, na vagina, no pênis e na boca.Nesta fase secundaria da sífilis, os sintomas voltamdepois de meses, em alguns casos, semanas. Durantetodo esse período, o indivíduo contaminado pode continuartransmitindo a bactéria. As consequências podem levar adanos neurológicos graves como demência, meningite edificuldade para andar, além das cardiopatias.Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento dasífilis, preferencialmente na fase primária, menor o riscode complicações permanentes. No Instituto Emílio Ribasos pacientes que apresentam os sintomas da sífilis podemrealizar o teste gratuitamente.O tratamento é à base de penicilina benzatina e opaciente deve permanecer em acompanhamento durantemeses. O desaparecimento dos sintomas não é garantiade cura, que só pode ser avaliada pelo médico por meiode monitoramento clínico e laboratorial até que seja constatadaa cura da doença.Engebio patrocina curso na área de engenharia clínicaSérie acontecerá em diversas regiões do Brasil.Primeira edição de 2012 será em Ribeirão Preto (SP)Com a perspectiva de crescimento na área de EngenhariaClínica, a Engebio, empresa especializada no segmento,patrocina uma série de cursos em diversas regiões do Brasilpara difundir o tema. Com a participação de especialistasda área, a primeira edição de 2012 aconteceu em RibeirãoPreto (SP), em fevereiro.Com o título “Gerenciamento de Equipamentos em Serviçode Saúde (GESS), a ABNT NBR 15943 e a RDC Anvisa02 de 2010”, o curso é realizado pela FBAH – FederaçãoBrasileira de Administradores Hospitalares e conta como apoio da ABDEH (Associação Brasileira para o Desenvolvimentodo <strong>Ed</strong>ifício Hospitalar), ABECLIN (AssociaçãoBrasileira de Engenharia Clínica), ABIMO (Associação Brasileirada Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos,Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) e HospitalarFeiras e Congressos.O objetivo da iniciativa é capacitar os participantes emgerenciamento de equipamentos de infraestrutura para osserviços de saúde, assim como os equipamentos para asaúde, baseados na Normalização e na Regulação Sanitáriavigentes.Rodolfo More, diretor da Engebio explica: “É fundamentalpreparar os profissionais para compatibilizar todas asdiversas demandas do segmento e encontrar soluções paraa gestão. Ou seja, desde a concepção do projeto, a comprados equipamentos e a manutenção devem estar previstase ter o correto acompanhamento”.Após a publicação pela Anvisa da RDC nº 63, de 25 denovembro, que estabelece os requisitos de boas práticaspara funcionamento de serviços de saúde, a obrigatoriedadeda adoção de programas de gerenciamento de tecnologiasde saúde ganhou destaque.14<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


SUS paulista tem o primeiro hospital 100% digital do BrasilIcesp é o primeiro da rede pública de saúde nacional a implantar comsucesso a assinatura digitalizada em prontuário eletrônicoO Instituto do Câncer do Estado de São Paulo OctavioFrias de Oliveira, unidade do governo paulista, é o primeirohospital do Sistema Único de Saúde (SUS) do País a ser100% digital.A unidade acaba de implantar o processo de Certificaçãode Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, comreconhecimento do Conselho Federal de Medicina (CFM) eda Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).A tecnologia permite eliminar a necessidade da guardade prontuários em papel. Isso significa reduzir drasticamenteo volume de impressões, resultando em otimização doespaço físico – já que permite ampliar o espaço hospitalarpara assistência –, agilidade no atendimento (não há maisperda de tempo devido ao trânsito do prontuário papel deum setor a outro), além de possibilitar uma atuação maissustentável da instituição.Mas a conquista mais importante é do paciente. O nívelde segurança obtido com o prontuário eletrônico e certificaçãodigital de toda a equipe de assistência garantemque, em todos os processos, haja uma conduta uniforme,padrão das melhores práticas de medicina, além de serpossível identificar em todos os passos, quem, quando,onde, e como foi executado um procedimento.Os benefícios conquistados com a certificação tambémeliminam o retrabalho, comum nos processos de prontuárioeletrônico sem assinatura, e otimizam as rotinas hospitalares.Agora, ao prescrever uma medicação, o médico nãoprecisa mais esperar o prazo da enfermagem para assinara prescrição em papel. O pedido eletrônico é válido e deacesso simultâneo a todas as áreas envolvidas.O sistema implantado no Instituto também elimina completamentea possibilidade de falsificação de assinaturas.“Diferente de um carimbo médico, que pode ser facilmentereplicado, cada assinatura digital é única”, garante o diretorde Tecnologia da Informação do Icesp, Kaio Bin.Grupo Fleury reconhece excelência de parceiros estratégicosCinco das 41 empresas participantes da 2ª edição do Programa de Excelência em Relacionamentocom a Cadeia de Fornecedores (Perc) receberam o reconhecimento da companhiaO Grupo Fleury anunciou a relação de empresas vencedorasda segunda edição do Programa de Excelência emRelacionamento com a Cadeia de Fornecedores (Perc), quecontou com a participação de 41 empresas em 2011. JúlioSimões, Siemens, Philips, Leograf e Nexus Engenhariaobtiveram a melhor pontuação geral no período.A avaliação do Perc inclui critérios como qualidade,pontualidade, sustentabilidade, criatividade e inovação.Além de atender às exigências do Grupo Fleury, as empresassão incentivadas a apresentar propostas de melhoriade processos. Ao todo, as empresas participantes do Percencaminharam ao Grupo Fleury 195 ideias, das quais 133foram implantadas em 2011. Em 2010, as 24 empresasparticipantes da primeira edição apresentaram 46 sugestõesde melhoria de processos, das quais 27 foram implantadasno mesmo ano. Em 2012, o Perc deve contar com a adesãode 55 fornecedores.“A iniciativa visa a estimular o desenvolvimento e oamadurecimento das relações de forma sustentável comos fornecedores estratégicos do Grupo Fleury”, afirma odiretor executivo de Suprimentos, Engenharia e Tecnologia,Paulo Pedote. “O Perc também tem sido uma importanteferramenta para a nossa evolução positiva no ranking dosindicadores de responsabilidade social empresarial do InstitutoEthos”, acrescenta.Perc – Ganhadores da 2ª edição (2011)● Fornecedor em destaque: Julio Simões Transportes eServiços Ltda.● Melhor fornecedor de insumo: Siemens Healthcare DiagnósticosLtda.● Melhor fornecedor de expansão: Nexus Engenharia eConstruções Ltda.● Melhor fornecedor de serviços: Leograf Gráfica e <strong>Ed</strong>itora Ltda.● Melhor fornecedor de tecnologia: Philips Medical Systems Ltda.16<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Autorizado novo tratamento para leucemia pediátricaPortarias do Ministério da Saúde estabelecem diretrizes diagnósticas e terapêuticas para uso domedicamento Glivec no tratamento de leucemia em crianças e adolescentesCrianças e adolescentes portadores de LeucemiaMieloide Crônica (LMC) e Leucemia Linfoblástica Aguda(LLA) passam a contar com mais uma opção de tratamentopara estas duas doenças. Publicadas no DiárioOficial da União, as portarias 114 e 115 estabelecem asdiretrizes diagnósticas e terapêuticas para o uso do medicamentoGlivec em casos diagnósticos de LMC e LLA.“As portarias representam um importante avançoporque permitem uma opção de tratamento medicamentosoeficaz, menos doloroso e de mais fácil administraçãoem crianças e adolescentes”, observa o secretáriode Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, HelvécioMagalhães. O medicamento Glivec (cujo princípio ativoé o Mesilato de Imatinibe) é utilizado na forma decomprimido e, desde abril do ano passado, é adquiridode forma centralizada pelo Ministério da Saúde paradistribuição, por meio das secretarias de saúde, aoshospitais oncológicos públicos ou conveniados ao SistemaÚnico de Saúde.As diretrizes estabelecidas nas portarias 114 e 115são resultado de duas consultas públicas abertas, peloMinistério da Saúde, no último mês de novembro. Além deterem sido submetidas a contribuições da sociedade e deespecialistas em onco-hematologia de renomados centrosmédicos nacionais, elas passaram por rigorosa análise daComissão Nacional de Incorporação de Tecnologias doSUS (Conitec) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa). Ou seja, os protocolos estão respaldadospor estudos clínicos aprofundados e passam a integraras Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas em Oncologia.Incidência – Este ano, estima-se que surjam, no país,cerca de 11,5 mil novos casos de câncer pediátrico de todosos tipos, incluindo as leucemias Mieloide Crônica (LMC)e Linfoblástica Aguda (LLA). Só em 2011, o Ministério daSaúde destinou cerca de R$ 112 milhões para o tratamentode neoplasias malignas em crianças e adolescentes. Estesrecursos representaram cerca de 7% do investimento federalem toda a assistência oncológica pelo SUS.Teste facilita diagnóstico de diarreias agudasA amostra é colocada em um caldo de cultivo e as bactérias se multiplicam de um dia para outro.A fita então é colocada nesse caldoUm kit semelhante ao dos testes de gravidez vendidos emfarmácia foi desenvolvido no Instituto Butantan para ajudara diagnosticar a causa da diarreia aguda, doença que mataanualmente 1,5 milhão de crianças menores de cinco anosno mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).O exame é capaz de detectar três categorias da bactériaEscherichia coli, responsável por 30% a 40% dos casosnos países em desenvolvimento. Basta colocar uma tira depapel em uma amostra de fezes previamente preparada e,em 15 minutos, linhas vermelhas indicam se um dos trêstipos do bacilo está presente.“Existem seis categorias de E. coli capazes de causar diarreia,cada uma com diferentes características de virulênciae epidemiológicas”, explicou a pesquisadora Roxane MariaFontes Piazza, que coordenou o projeto “Imunodiagnósticode Escherichia coli diarreiogênica”, financiado pela FAPESP.O teste abrange duas categorias consideradas endêmicasno Brasil: a enteropatogênica (EPEC) e a enterotoxigênica(ETEC). Detecta também a E. coli produtora da toxinade Shiga (STEC), que, embora seja rara no país, preocupaos órgãos de saúde por causar formas graves da doença,podendo levar à colite hemorrágica e à falência renal.“Há outra categoria bastante comum no Brasil que ficoude fora, a enteroagregativa (EAEC). Isso porque ela nãoproduz uma proteína-alvo que permita sua identificaçãoem testes desse tipo”, explicou Piazza.Piazza coordena há 13 anos projetos de pesquisa apoiadospela FAPESP para melhorar o diagnóstico das infecçõespor E. coli. Os primeiros trabalhos obtiveram os anticorposcontra as proteínas ou toxinas produzidas por essas trêscategorias da bactéria. Em seguida, os anticorpos foramtestados em outros métodos de diagnóstico para avaliarsua sensibilidade.“Quando estávamos com todos os anticorpos em mãos,decidimos padronizar esse kit para realização do exameimunocromatográfico. Esse método é mais rápido, mais fácilde ser executado e tem custo acessível, podendo ser usadoem qualquer laboratório clínico”, disse Piazza.O trabalho resultou no doutorado de Letícia BarbozaRocha, realizado com Bolsa da FAPESP.Para saber mais:www.fapesp.br18<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


A importância da coleta e armazenamento de células-tronco do cordão umbilicalCélulas-tronco retiradas do cordão umbilical e da placenta trazemesperança para o tratamento de muitas doenças gravesCom o progresso nos estudos sobre terapia celular,constatou-se que as células-tronco do sangue do cordãoumbilical e placentário (SCUP) são eficazes no tratamentode mais de 80 tipos de enfermidades, como: anemias, linfomas,leucemias, etc. O grande diferencial das células-troncoé o fato de não sofrerem nenhum tipo de interferência defatores externos (estresse, tempo, medicamentos, entreoutros), sendo totalmente “virgens” e compatíveis comseu doador.Além de ter uma vida mais longa, as células-troncoSCUP são fáceis de coletar sem nenhum risco ou dor paraa mamãe e para o bebê. A coleta pode ser feita tanto empartos normais como em cesáreas. Há as opções de poderarmazenar em um banco privado ou doar para um bancopúblico, sendo a diferença de que no primeiro você receberáa sua célula-tronco assim que necessário e, no segundo,poderá enfrentar uma fila de espera até que haja umacompatibilidade para o seu uso.Para a Dra. Adriana Homem, médica responsável técnicado Banco de Cordão Umbilical (BCU Brasil), é muitoimportante a conscientização dos pais sobre a coleta decélulas-tronco do cordão umbilical. “O sangue do cordãoumbilical é muito importante para o tratamento e pesquisasde muitas enfermidades, por isso não deve ser jogado fora.Mesmo que a pessoa não tenha condições financeiras dearmazenar num banco privado ela tem a chance de doarpara o banco público”, afirma a Dra. Adriana.O Banco de Cordão Umbilical (BCU) é um dos maioresbancos de coleta e armazenamento do mundo. Possuimais de 35 mil amostras de células-tronco armazenadas,oferecendo 100% de segurança, tanto na coleta como noarmazenamento.Hospital São José firma parceria com Steven Narod Laboratorypara aconselhamento genético oncológicoPacientes oncológicos passam a contar com orientação para diagnóstico de fatoreshereditários que favorecem o desenvolvimento de tumoresO Hospital São José acaba de firmar parceria com o StevenNarod Laboratory, um dos mais importantes centros demedicina genética de Toronto, no Canadá, para a realizaçãode teste genético. O serviço faz parte do aconselhamentooferecido pelo Hospital para pacientes do Centro Avançadode Oncologia.O aconselhamento genético oncológico é um instrumentoque permite orientar o paciente sobre as possibilidadesde riscos hereditários para o desenvolvimento do câncer.O procedimento permite que as equipes médicas atuemna prevenção e no tratamento precoce da doença quandoexistem fatores hereditários que predispõem ao surgimentodo câncer no indivíduo e na sua família.De acordo com Simone Noronha, oncologista do HospitalSão José, o estudo genético que mapeia a possibilidade dorisco aumentado de desenvolvimento de um câncer e é inicialmenteindicado para quem tem histórico da doença na família,para indivíduos jovens que já apresentam diagnóstico oncológicoe em casos de pacientes que apresentam tumores raros.“O aconselhamento genético é uma importante ferramentada medicina molecular que auxilia na prevenção eno diagnóstico precoce principalmente para membros defamílias que têm históricos de câncer. Com os testes genéticosé possível conhecermos as possibilidades do desenvolvimentode tumores em indivíduos saudáveis, em algunscasos adotar medidas que diminuam o risco da doença e detratá-los mais precocemente”, afirma a oncologistaO processo que envolve o aconselhamento genético édividido em duas etapas. Na primeira o paciente passa porconsultas clínicas onde o oncologista faz toda a investigaçãofamiliar e identifica a predisposição hereditária para odesenvolvimento do câncer. Caso haja a confirmação dapredisposição genética, uma pequena quantidade de sanguedo paciente é colhida e enviada para análise laboratorial.De acordo com a especialista, em cerca de 30 dias após acoleta de sangue já é possível obter o resultado das análisese, a partir de então, dar início a um seguimento e tratamentomais individualizado para cada paciente e sua família.O Hospital São José - Inaugurado em 2007, o HospitalSão José é referência em oncologia, cardiologia,ortopedia e neurologia. Projetado para o atendimentode pacientes particulares e de planos de saúde A/B, oSão José oferece alguns diferenciais como gastronomia,hotelaria hospitalar e tecnologia de ponta para exames ediagnósticos. O hospital, acreditado com o selo da JCI -Joint Commission International, pertence à BeneficênciaPortuguesa de São Paulo, um dos maiores complexoshospitalares privados da América Latina.20<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Brasil cresce 100% no segmento de pesquisas clínicas em cinco anosO País é o maior da América Latina em volume de estudos realizados, mas ainda tem quevencer desafios para se destacar entre os grandes do setorA discussão de regras claras para a realização de estudosno Brasil, o engajamento de profissionais e instituições e aconstituição de leis e princípios éticos rígidos têm impulsionadoo setor de pesquisas clínicas no Brasil. Segundo o site americanoClinical Trials, o mais importante mapeamento de estudosrealizados ao redor do mundo, 470 pesquisas foram registradasno Brasil em 2011. O número engloba os estudos em fase depré-recrutamento, recrutamento de pacientes, em andamentoe completos. Há cinco anos, o Brasil tinha apenas 223 estudosregistrados no site, prova de que o setor dobrou desde 2006.A qualidade dos estudos submetidos à aprovação daAnvisa também melhorou: hoje 80% do material analisadopela agência é aprovado. Entre 2003 e 2010, foram cerca de1.800 estudos aprovados, sendo 63% deles de fase III (etapaem que há a participação de um maior número de voluntários– de 700 a 15 mil – e em que são avaliados os efeitosdo novo medicamento, gerando informações científicas queservem de subsídio para registro no Ministério da Saúde).Até outubro de 2011, o Brasil era o primeiro país da AméricaLatina em volume de estudos registrados no site ClinicalTrials, com 2.481 pesquisas, seguido pelo México (1.475) epela Argentina (1.214). Em comparação com os países doBRICS, o Brasil também lidera, na frente da China (2.479estudos), da Rússia (1.754 registros), da Índia (1.715) e daÁfrica do Sul (1.332 estudos). No ranking mundial, o Brasilestava em 14º lugar em outubro passado. Ainda há um longocaminho a ser percorrido para que o Brasil chegue pertodos Estados Unidos, o maior país em volume de estudos eque registrou ano passado 7.000 pesquisas, segundo o siteClinical Trials. Mas as perspectivas são boas.Em setembro, o ministro Alexandre Padilha lançou aPlataforma Brasil, ferramenta online de registros de pesquisasenvolvendo seres humanos. Um dos objetivos éauxiliar os trabalhos do sistema de aprovações, compostopor Comitês de Ética locais, CONEP e Anvisa. Este sistemasofre severas críticas do setor por conta da morosidadenos processos. “O site ainda está em aperfeiçoamento enão tem tido credibilidade por parte de profissionais depesquisas, que acreditam que ele não vai solucionar porcompleto o problema. Mas é um primeiro passo”, analisaVítor Harada, presidente da ABRACRO – AssociaçãoBrasileira de Organizações Representativas de PesquisaClínica. De acordo com Padilha, o lançamento do novosistema é parte de uma agenda prioritária, voltada paraa inovação tecnológica do País, em especial a área depesquisa em saúde.“O setor de pesquisas clínicas no Brasil cresceu consideravelmente,mas vale ressaltar que é uma área queprecisa de constante investimento e aprimoramento. Paraconseguir chegar ao topo, precisamos, por exemplo, superaralguns entraves burocráticos como a morosidadena aprovação de estudos por órgãos reguladores como aAnvisa e a CONEP. Mas já há alguns passos nesse sentido.Em recente consulta pública realizada pela CONEP parareformular a Resolução 196, principal diretriz para a realizaçãode estudos no País, cerca de 1.900 contribuições foramfeitas e 55% delas questionaram o papel e os processosda CONEP. As contribuições provam que profissionais einstituições que compõem a área estão engajados para queos processos sejam melhores no Brasil”, completa Harada.BD é nomeada como uma das empresasmais éticas do mundo pela sexta vez consecutivaA BD recebeu a nomeação pela revista Ethispere –responsável pela publicação do reconhecido Ranking dasEmpresas Mais Éticas do Mundo com publicação trimestral– como uma das empresas mais éticas do mundo no anode 2012.Já é o sexto ano consecutivo que a empresa é nomeada.A companhia alia o reconhecimento ao compromissoexcepcional com a liderança ética, práticas de conformidadee esforços de responsabilidade corporativa social.A inclusão da empresa nessa qualificação reafirma seucompromisso com os valores fundamentais, como a preocupaçãoem compartilhar a responsabilidade de sustentara reputação da BD como companhia dedicada à qualidade,integridade e boas práticas.A Becton Dickinson & Company (BD), fundada em 1897e sediada em New Jersey (EUA), é uma empresa globalde tecnologia médica, baseada em três segmentos (BDMedical, BD Diagnostics e BD Biosciences), que produz ecomercializa suprimentos médicos, anticorpos, reagentes,equipamentos e dispositivos para laboratórios, entre outros.Há 55 anos no Brasil, a companhia possui um escritórioem São Paulo e duas fábricas no país - Juiz de Fora (MG) eCuritiba (PR). Pautada em qualidade, inovação e segurança,a BD expandiu-se rapidamente e foi a primeira a fabricar noterritório brasileiro seringas descartáveis, tubos para coletade sangue a vácuo e seringas para insulina, contribuindosignificativamente para melhorar a qualidade de vida dospacientes.22<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Diagnósticos de câncer continuarão a ser feitos por médicosAto Médico aprovado na CCJ do Senado Federal modifica artigo que concedia a outros profissionais apermissão para fazer o diagnóstico e emissão de laudos de exames de biopsiaNo dia 8 de fevereiro foi aprovado naComissão de Constituição e Justiça do SenadoFederal, o Projeto de Lei Suplementar268/02, o Ato Médico, que estabelecequais procedimentos são exclusivos domédico e quais são específicos de especialidadesmultidisciplinares.Apoiado por quase unanimidade, comapenas dois votos contrários, o texto sofreualgumas modificações, dentre elas, aretirada da emenda contrária ao art. 4º,inciso 8, que define como atividade privativada Medicina a emissão dos diagnósticosanatomopatológicos e citopatológicos.Esta era uma das principais reivindicaçõesda Sociedade Brasileira de Patologia (SBP),para que fosse aprovado o PLS.A emenda concedia a outros profissionais de saúde,por exemplo, a função de emitir laudos de diagnósticos debiópsias. Agora, com a alteração, fica restrito aos anatomopatologistaso diagnóstico e emissão do laudo, o quegarante ao paciente a segurança do resultado.Para o vice-presidente para assuntos profissionais daSBP, Carlos Alberto Fernandes Ramos, aceitar esta emendasignificaria ferir os direitos dos pacientes a um parecer médicoseguro. “O diagnóstico pode definir avida de um paciente e não pode ser retiradodas mãos dos médicos. Esse trabalhogera laudos que orientam tratamentos,estabelecem prognósticos e também sãoindispensáveis às campanhas de saúdepública e ações preventivas”, explica opatologista. O argumento do especialistatem respaldo no PL 7703/2006, emque “apenas a Medicina oferece aos seusprofissionais a base clínica e científicapara formulação de diagnósticos (câncere outras doenças)”.De acordo com Ramos, a regulamentaçãoda Medicina “é absolutamente necessária,como um instrumento que protegeo cidadão brasileiro do exercício ilegal daprofissão por pessoas despreparadas ou inescrupulosas”. Eleafirma ainda que o ato médico não ameaça as prerrogativaslegalmente instituídas das outras treze profissões da saúde.O projeto que já tramita há dez anos ainda será submetidoa outras duas comissões - a de <strong>Ed</strong>ucação, Cultura eEsporte (CE) e a de Assuntos Sociais (CAS), depois seguepara votação em plenário para então ser sancionado ou nãopela presidente Dilma Rousseff.CBDL é admitida como amicus curiae em ADINsSegmento de diagnóstico in vitro está sendo penalizado pela aplicação do Protocolo 21A Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial(CBDL), entidade que reúne 40 empresas dosetor de diagnóstico in vitro foi admitida comoamicus curiae nas Ações Diretas de Inconstitucionalidades(ADINs) nºs 4596 e 4599 de autoriada OAB, que tramitam no STF. A primeiradelas discute o adicional sobre ICMS do estadodo Ceará, e a segunda, discute pagamento deparcela do ICMS em operação interestadual porconta de vendas não presenciais pelo estado doMato Grosso.De acordo com Carlos <strong>Ed</strong>uardo Gouvêa, secretário--executivo da CBDL, o segmento de diagnóstico in vitroestá sendo penalizado pela aplicação do Protocolo 21 desdequando este entrou em vigor, em abril do ano passado.“Isso, apesar de a situação das empresas associadas nãocorresponder a nenhuma das exigências como o pagamentode parcela do ICMS devido na operaçãointerestadual em que o consumidor finaladquire produtos de forma não presencial,ou seja, por meio de internet, telemarketingou showroom”, destaca.Ele observa que as empresas associadasà CBDL também vêm enfrentandoproblemas com relação ao pagamento doICMS sobre carga líquida. “Alguns estadosexigiam ou exigirão o pagamento do ICMSquando da entrada da mercadoria provenientede outros estados em seus territórios, inclusive coma apreensão destas”.Sobre este assunto, em especial, a CBDL também jápeticionou o seu pedido como amicus curiae na ADIN nº4628. “Estamos aguardando o resultado do peticionamento”,conclui Carlos <strong>Ed</strong>uardo Gouvêa.24<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Abbott colabora com centro de pesquisa forense dos EUA em testes de identificação humanaO ensaio PLEX-ID mtDNA caracteriza o DNA mitocondrial de espécies biológicas degradadas e antigasA Abbott acaba de estabelecer acordo com o Centro deCiências da Universidade do Norte do Texas, uma das maisimportantes instituições de pesquisa forense dos EstadosUnidos; o acordo tem por objetivo avaliar o sistema PLEX--ID em análise de restos mortais, ferramenta importantena investigação sobre pessoas desaparecidas. O CentroUNT Health Science trabalha em parceria com agênciasfederais e estaduais dos Estados Unidos, na identificaçãode uma grande porcentagem de restos mortais encontradosnos estados a cada ano.Pelo acordo de cooperação, a Abbott instalou um sistemade análise PLEX-ID no UNT Health Science Center e forneceo ensaio PLEX-ID mtDNA para caracterizar o DNA mitocondrialde espécies biológicas degradadas e antigas, taiscomo fios de cabelo, pele, ossos, dentes e fluídos corporais.O DNA mitocondrial é diretamente herdado da mãe eestá presente em centenas de milhares de cópias por células.Na pesquisa forense, o teste do mtDNA geralmenteé o único método para análise de amostras bastante degradadas.Para casos sem solução por anos, o teste mtNNAcompara diferentes perfis de restos não identificados comperfis de mtDNA de familiares, pelo lado materno, de pessoasdesaparecidas ou de vítimas de homicídios ou vítimasde desastres naturais.O sistema de análise PLEX-ID é capaz de executar tantoensaios com mtDNA quanto com amostras de DNA nuclear,numa única operação totalmente automatizada. O PEEX-IDcombina duas tecnologias moleculares (reação de cadeia depolimerase e espectrometria de massa por ionização de altaprecisão) para estabelecer e comparar o perfil mtDNA debase com amostras biológicas. O ensaio PLEX-ID mtDNAfoi lançado em 2011 e está sendo usado por um númerocada vez maior de laboratórios forenses ao redor do mundo.A capacidade do PLEX-ID em rapidamente analisar omtDNA de amostras bastante degradadas capacita os cientistasforenses a executar agilmente, de forma confiável,testes de mtDNA em amostras que de outra forma não seriapossível. O ensaio PLEX-ID mtDNA é mais seletivo do quemétodos convencionais e pode ser usado para caracterizaramostras com DNA de mais de uma pessoa. O PLEX-Idetecta diferenças sutis em marcadores de DNA que nãosão detectados por ensaios forenses convencionais, o quepermite uma comparação de alta resolução entre as amostrasde referência e as amostras tentativas.Workshop orienta laboratórios a obter o selo de acreditação PALCAtividade será realizada em várias cidades ao longo do anoO Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos(PALC) realiza, ao longo deste ano, em diversas cidades,o workshop “Lições práticas para acreditação PALC”. O objetivoé oferecer informações importantes e práticas parao laboratório se preparar para obter o selo do Programada SBPC/ML.Além de informações teóricas e exercícios práticos, osparticipantes receberão material didático (apostilas, aulase publicações), ferramentas para gestão da qualidade, pen--drive com 85 documentos formatados, acesso a cursosgravados que aprofundam temas abordados no workshope dicas sobre produtos e serviços existentes.Também estará disponível para o laboratório um orientadorqualificado, com experiência no PALC, que ofereceráorientação por e-mail, durante três meses, para esclarecerdúvidas sobre processos e documentos para acreditação.As inscrições devem ser feitas pelos laboratórios, quepoderão enviar até dois colaboradores, pelo valor de umainscrição. Há limite de vagas.A série de workshops começou em março, no Rio deJaneiro, depois segue para as cidades de São Paulo eRibeirão Preto (abril), Brasília e Manaus (maio), Recife eCampinas (junho), Juiz de Fora e Joinville (julho), Vitória(agosto), Belém e Cuiabá (outubro) e termina em Curitibae Salvador (novembro).Para saber mais:www.sbpc.org.br28<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Hospital São José inaugura serviço inédito de segunda opinião em oncologiaO serviço estará disponível também para pacientes da rede públicaO Centro Avançado de Oncologia do Hospital São Joséinicia, em janeiro, um projeto pioneiro no Brasil paraoferecer atendimento de excelência ao paciente comcâncer. Trata-se do Serviço de Segunda Opinião (SSO),recentemente bastante difundido em instituições norte--americanas e que agora chega a São Paulo.O Serviço de Segunda Opinião brasileiro é um programa,de médico para médico, importante na determinação de umdiagnóstico preciso, na discussão de opções de tratamentoe na segurança maior da decisão terapêutica. “A oncologiaestá em constante mudança, com novas técnicas cirúrgicase de radioterapia, e medicações inovadoras. A ‘cesta’ deopções tem sido cada dia maior e a decisão por escolheruma técnica ou outra é uma atitude, na maioria das vezes,solitária do especialista. O SSO trará a possibilidade dediscussão e escolha coletiva para o que de fato poderá sermelhor ao paciente”, esclarece o diretor do Centro Avançadode Oncologia do Hospital São José, Fernando Maluf.“Além disso, estas consultas permitem não só participardo processo decisório, como forma de consulta inicial,mas também de acompanhar a evolução dos pacientes emconsultas de seguimento com seus médicos locais”. O SSO,dependendo da complexidade do caso, pode ser feita entreo médico local do paciente e uma junta médica no CentroAvançado de Oncologia do Hospital São José, composta poroncologista clínico, cirurgião e radioterapeuta.“Nos Estados Unidos, solicitar segunda opinião emoncologia é uma atitude já incorporada do dia-a-dia dasclínicas e os SSOs estão presentes nos principais centrosde tratamento do câncer”, conta o coordenador do SSO,Marcelo Rocha Cruz.O oncologista Fernando Maluf explica que, muitas vezes,as dificuldades de locomoção de pacientes impedemuma segunda avaliação, pelo próprio estado de saúde oupelo fato do caso estar distante de grandes centros. Oprograma trará conforto nesse sentido com menos custosoperacionais, como viagem, hospedagem e outras despesas.“Já recebi pacientes que vieram de Manaus e outrospaíses da América Latina para obter uma segunda opinião,que poderia ter sido feita a distância com o SSO”, diz FernandoMaluf. Além disso, com o avanço da medicina e asconstantes novidades na área de oncologia, o programaterá também o benefício de difundir o conhecimento pararegiões mais carentes do país.Biofast anuncia novo diretor de operaçõesMaurício Viécili foi escolhido para assumira diretoria de operações do Grupo Biofast,uma das principais redes de laboratórios deanálises clínicas do País. O executivo trabalhouem empresas renomadas da área desaúde, em cargos estratégicos, e participoude vários projetos de expansão e operações.“Tenho como função ampliar o relacionamentoda companhia com o mercado e desenvolverestratégias que contribuam para aexpansão das operações do Grupo Biofast emdiferentes regiões do País”, afirma o diretor.O Grupo Biofast foi fundado em 2002 com o objetivode oferecer serviços em medicina diagnóstica de altaqualidade com segurança e agilidade. Com o foco deatuação na área de apoio a laboratórios e atendimentoao setor público, o Biofast desenvolveu um sistema delogística moderna e integrada que atende todo o país comfrotas próprias e adaptadas de acordo com os padrõesinternacionais de segurança para o transportede amostras.Em 2005, a sede da empresa, em umaárea de 1.000m² na Chácara Santo Antônio,em São Paulo, trouxe o que há de mais modernono mercado em equipamentos, sistemainformatizado, profissionais diferenciados econquistou a certificação do PALC.Em 2008 a Central do laboratório recebeua certificação da ONA no nível 2 e o Grupo,agora com unidades de coleta para atendimentoao público, passou a ser responsávelpela gestão do Vapt Vupt Saúde e do Laboratório do Povo.Nesta mesma época, o Grupo desenvolveu diferentesserviços customizados para empresas, medicina ocupacional,hospitais e laboratórios. A capacidade de produçãodeste grande empreendimento tornou possível o atendimentomoderno, seguro, ágil e altamente qualificadoque hoje é característica do Grupo Biofast.30<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Empresa apresenta abordagem inovadora para entender o autismo e identificar novosbiomarcadores para o diagnósticoMais famílias serão analisadas para validar esses marcadores e desenvolverum kit de teste para detecção nos estágios iniciaisA Berg Biosystems e a Berg Diagnostics, membros dogrupo Berg Pharma de empresas sediadas em Boston,EUA, apresentaram o estudo chamado “Descoberta deNovo Biomarcardor do Transtorno do Espectro do Autismousando a Plataforma de Descoberta Berg InterrogativeBiology”.O estudo foi realizado examinando-se tecidos dasfamílias que têm filhos com autismo e, em alguns casos,famílias em que mais de uma criança sofria do transtorno.As apresentações são de Min Du, diretora da divisão deestudos de “oma” (Omics) na Berg Diagnostics, e Paula P.Perez, líder do programa de doenças do sistema nervosocentral da Berg Biosystems, que comentou: “O transtornoé atualmente diagnosticado por meio da observação docomportamento e até agora nenhum marcador associadofoi identificado nem clinicamente validado”.O autismo é um transtorno de desenvolvimento pervasivocom subgrupos de transtornos neurocomportamentaisgraves e enigmáticos. O autismo é agora consideradouma epidemia e afeta uma em cada 110 crianças nosEstados Unidos atualmente, com uma taxa de incidênciade 4:1 na relação meninos-meninas. “Considerando-se anatureza deste espectro da doença, é importante compreenderas redes biológicas fundamentais e específicas aosfenótipos do autismo antes que quaisquer biomarcadoresou tratamentos reais possam ser feitos”, disse Niven R.Narain, presidente e diretor técnico da Berg Pharma.“Essas abordagens altamente inovadoras para aexploração de anormalidades biológicas subjacentes doautismo estão revelando novos caminhos bioquímicose genéticos possivelmente associados ao transtorno”,disse Eric Nestler, da Faculdade de Medicina Mount Sinaide Nova York.A equipe da Berg usou uma abordagem ousada epuramente agnóstica em que a produção de dados pormodelagem biológica passou por um módulo de bioinformáticabaseado em inteligência artificial para avaliar asdiferenças entre as amostras normais e com a doença.Houve maior concentração nos dados proteômicos, metabolômicose lipidômicos em vez de nos dados genômicos.Os três principais biomarcadores identificados comohubs fundamentais nos nós da rede biológica resultanteforam SPTAN1, CORO1A e GLUD1. Stephanie Peabody,neuropsicóloga da Universidade de Harvard, afirmouque “A identificação de biomarcadores para o autismoe doenças semelhantes seria a base para uma mudançade paradigma na forma como diagnosticamos e tratamosesses transtornos. O grupo Berg deu o primeiro passodesta jornada e o passo mais impressionante”.Além disso, os marcadores de proteína associadosque promovem a biologia dessas três principais proteínaspoderão também ser alvo de um eventual kit de diagnósticoque poderá ser decisivo no diagnóstico. A Berg estádeterminada a dar os próximos passos para analisar maisfamílias, validar esses marcadores e desenvolver um kitde teste para detecção nos estágios iniciais.Novo teste detecta diabetes na gravidezUma equipe de pesquisadoresisraelenses desenvolveu um testesanguíneo simples para detectara diabete gestacional. Lideradospelo professor Moshe Hod, da PetahTikva’s Rabin Medical Center, os pesquisadorespropuseram alternativassimples para o teste oral padrão detolerância à glicose, que normalmenteé feito entre a 24ª e a 28ªsemana de gravidez e que implica naingestão de doses de glicose para, em seguida, testaros níveis de açúcar no sangue.Eles dizem que, por meio deum teste simples de glicose nosangue, sem a ingestão préviade glicose por via oral, ou pelamedição do peso e do tamanhodo feto, é possível aumentarem 50% o número de casos dediabete gestacional diagnosticadosno curso da gravidez. Adiabetes gestacional provocacomplicações como hipertensãoou a geração de um feto excepcionalmente grande, oque aumenta as chances de obesidade infantil.32<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Rede vai realizar diagnóstico precoce de diabetesO objetivo é produzir um dispositivo que monitore a adiponectina e relacionar essaquantidade com a obesidade e aparecimento de resistência à insulina e diabetes tipo 2No Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP,pesquisadores do Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicologiado grupo de Biofísica elaboraram uma “Rede deDiabetes” para fazer a identificação precoce de diabetes tipo2. A detecção será feita por meio de cálculos da quantidadeno organismo de adiponectina, substância que pode indicara ocorrência futura da doença. Os cientistas desenvolvemum sistema de diagnóstico baseado em nanotecnologiapara realizar as medições.A ideia da Rede surgiu a partir de uma chamada doMinistério da Saúde, por intermédio do Conselho Nacionalde Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), paragrupos de pesquisa interessados em estudar diagnóstico,prevenção ou tratamento da diabetes, em nível nacional,realizada em 2010. De acordo com o professor do IFSC,Valtencir Zucolotto, coordenador da Rede, estudos anterioresjá indicavam a relação entre variação dos níveis deadiponectinas com a incidência de resistência à insulina,ou de diabetes tipo 2. “Antes de contrair a diabetes tipo 2,o paciente pode já ter apresentado níveis de adiponectinaalterados”, conta.Esse dado levou os pesquisadores a pensar que osnúmeros referentes a essa produção podem estar diretamenteligados à incidência da diabetes tipo 2. Partindodesse princípio, ter conhecimento sobre a quantidade deadiponectina produzida no corpo humano pode ser ummétodo de prevenir a doença.Através de nanotecnologia, a Rede produzirá em umfuturo próximo sistemas integrados de diagnóstico (chipsparecidos com as fitinhas vendidas em farmácias, quemedem a quantidade de insulina no corpo) para monitorara quantidade de adiponectina produzida no organismo.“O objetivo da Rede é produzir, pela primeira vez, umdispositivo que monitore a adiponectina e relacionar essaquantidade com a obesidade e aparecimento de resistênciaà insulina e diabetes tipo 2″, explica o professor Zucolotto.Amostras - A pesquisa coletará amostras de gruposde pacientes obesos, hipertensos e normais e medirá aquantidade de adiponectina em cada um deles. O próximopasso é encontrar a possibilidade do uso dos chips paramonitorar o hormônio em questão. “No momento dos testes,verificando-se a variação dos níveis de adiponectina,será possível fazer associações dessa quantidade com aincidência de diabetes tipo 2”, explica o professor. “Umpaciente com níveis baixos do hormônio pode ter tendênciaem desenvolver a diabetes tipo 2, no futuro. Aí entra aparte de prevenção”.Zucolotto conta que essa é a primeira vez em que umaparelho é desenvolvido para fazer tal medição. Os testes,que se iniciam até o meio do ano, serão feitos diretamenteem humanos. A parceria é feita com pesquisadores daFaculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto(FCFRP) da USP, que coletarão as amostras de pacientes,enviando-as posteriormente ao IFSC, para análise.A “Rede de Diabetes”, que, em princípio deve vigorar portrês anos, acaba de ser aprovada pelo CNPq. “Para fazer achamada de pacientes, coletar amostras e analisá-las, esseé o tempo mínimo que uma “Rede” deve valer para trazerresultados mais concretos”, conta Zucolotto.De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, acada oito segundos, a diabetes mata uma pessoa no mundo.No Brasil, a situação não é menos grave. A SociedadeBrasileira de Diabetes chegou ao número de sete milhõesde brasileiros infectados pela doença no ano passado, sendoque 90% sofre de diabetes tipo 2, causada, principalmente,pela obesidade e sedentarismo.Executivo do setor entra para o mercado de consultoria financeiraCom mais de 20 anos de atuação em empresas multinacionaiscomo Philips, Zambon, DPC Medlab e SiemensHealthcare, o administrador de empresas Moises Lopes dosSantos decidiu que já era hora de tentar “carreira solo” epassou a atuar como consultor financeiro e patrimonial.Sua larga experiência com os profissionais envolvidos nosegmento da medicina laboratorial propiciou que o profissionalse especializasse em consultoria financeira para essetipo de pessoa física. “Em uma primeira visita buscamosentender o cliente e seu perfil de investidor. Com basenesse perfil, apresentamos soluções e alternativas para asestratégias de médio e longo prazo e sempre oferecendoalgo desenhado sob medida e que venha ao encontro desuas condições”, explica.Moises Lopes dos Santos é graduado em Administraçãode Empresas com ênfase em Comércio Exterior e possuiEspecialização em Controladoria pela Faculdade Trevisan eMBA - Controller pela USP.Para saber mais:moises.lopes@fs-adv.comwww.fs-advisors.com.br34<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Crescem as exportações da indústria brasileira da saúdeSegundo a ABIMO, o segmento de equipamentos médico ehospitalar apresenta a maior taxa de crescimentoEstudo compilado pela Associação Brasileira da Indústriade Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalarese de Laboratórios (ABIMO) com base em dadosda Secretaria do Comércio Exterior (SECEX) revela que asexportações do setor cresceram 13% em 2011. Apesar dodéficit da balança comercial, o ponto positivo é que neste anoas exportações cresceram mais que as importações – 13%contra 11%, respectivamente. Um dos fatores que impulsionouessa evolução encontra-se na parceria que a ABIMO temcom a Apex-Brasil, há dez anos, para apoio às exportações.O segmento de equipamentos médico-hospitalares foio que apresentou maior crescimento nas exportações, secomparados com os números dos últimos anos. O aumentofoi de 51% enquanto que o índice geral do setor da indústriabrasileira da saúde evoluiu 13%. Entre os produtos maiscomercializados no mercado internacional estão: instrumentose aparelhos para: medicina, cirurgia, osmose inversa,de eletrodiagnóstico e incubadora para bebês. Em 2011,esse setor composto por mais de 60 itens, exportou US$71.578.307,00.Apesar dos dados serem favoráveis e revelarem a evoluçãodos negócios das indústrias brasileiras no mercadointernacional, o setor ainda apresenta déficit na balançacomercial que chega a mais de US$ 3bilhões. Em 2010,as exportações da indústria somaram US$ 707 milhõesenquanto que as importações foram de US$ 4.066 milhões.O setor de equipamentos para laboratório apresentouum crescimento de 13%. Em 2010 foram exportadosUS$ 55.836.250,00 e, em 2011, esse montante foi deUS$ 63.248.961,00.Países do Mercosul criam rede de investigação em biomedicinaA rede contará com um financiamento de dez milhões de dólares,dos quais sete milhões serão aportados pelo FocemO ano de 2012 será marcado pela concretização do projetoda primeira rede de investigação em biomedicina do Mercosul,com a participação de institutos dos quatro países dobloco sul-americano. A iniciativa é parte do projeto regionalInvestigação, <strong>Ed</strong>ucação e Biotecnologia Aplicadas à Saúde,e é financiada em grande parte pelo Fundo para a ConvergênciaEstrutural do Mercosul (Focem), órgão para a reduçãodas assimetrias regionais do território. O Brasil entrará coma experiência da Fiocruz, enquanto a Argentina será representadapelo Instituto de Investigação em Biomedicina deBuenos Aires (Conicet-Max Planck), vinculado ao Ministério deCiência, Tecnologia e Inovação Produtiva. O Instituto Pasteurde Montevidéu, o Laboratório Central de Saúde Pública doMinistério da Saúde do Paraguai (LCSP) e centros associados(Instituto de Investigações em Ciências da Saúde/UniversidadeNacional de Assunção e o Centro para o Desenvolvimentoda Investigação Científica completam o grupo).A rede, que durará inicialmente três anos, pretende abordarde forma coordenada o estudo de aspectos biológicos,epidemiológicos e sociológicos de doenças degenerativas daregião. Estudará males como Alzheimer e Parkinson; doençasmetabólicas como a diabete, a obesidade e disfunçõescardiovasculares; patologias neurológicas como a demênciae psiquiátricas como a depressão; imunológicas, com ênfasenas parasitárias, como a doença de Chagas; e genéticas eoncológicas como a distrofia muscular e o câncer de mama.Ações e exemplos - Agueda Menvielle, diretora deRelações Internacionais do ministério de CT&I argentino,lembra que a rede vai ajudar a preencher lacunas e que abiomedicina é uma área fundamental “pois está relacionadacom todas as doenças que afetam a região neste momento”.“Os quatro países apresentam capacidades diferentes”,ressalta, destacando a excelência dos estudos brasileirose argentinos em doenças como diabete e obesidade; otrabalho do Uruguai em patologias neurológicas e o estudodas doenças genéticas e oncológicas no Brasil, Paraguai eUruguai. No campo da imunologia, ela afirma que os quatropaíses têm grandes contribuições.Wilson Savino, pesquisador titular da Fiocruz, membro daAcademia Brasileira de Ciências e responsável pelo projetona instituição, conta que a Fundação, por meio da possívelcriação de um consórcio entre os países, vai capitanear amaior parte da formação de recursos humanos e que faráuma pequena coleção de células de uso no âmbito do projeto.Em um primeiro momento, estima-se que entre 15 e20 pesquisadores da Fiocruz participarão do projeto. “Juntocom a Argentina e com o Uruguai, teremos a disponibilizaçãode plataformas tecnológicas. Será comprado umsequenciador de alto desempenho chamado Ion Torrentno âmbito do projeto”, detalha Savino, que conta tambémque está previsto um livro de neuroimunomodulação, comautores brasileiros e latino-americanos, provavelmentepublicado pela editora da Fiocruz.Para saber mais:www.fiocruz.br36<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Alta Excelência Diagnóstica é a nova opção para atenderao público AAA em diagnósticoCom investimento inicial de R$ 35 milhões, a expectativa é que a marcaconquiste 10% de participação no segmento até 2015O Alta Excelência Diagnóstica inicia suas atividadesem São Paulo com a primeira unidade nos Jardins. Atéo momento foram investidos R$ 35 milhões e a expectativaé que a marca conquiste 10% de participação nosegmento em quatro anos.Ainda em 2012, duas novas unidades serão inauguradas,sendo uma no Parque Ibirapuera e outra emAlphaville. A expectativa é ter oito unidades em funcionamentoaté 2015. “Sem o lançamento oficial, já tínhamosuma demanda de 500 exames de imagem por mês”, dizMarcelo Noll Barboza, presidente da DASA.Para as primeiras três unidades foram investidos R$ 23milhões em novos equipamentos como PET-CT, Ultrassome Ressonância Magnética 3 Tesla e 1.5 Tesla, encontradosem centros de referência mundial.O Alta Excelência Diagnóstica possui equipe médicade renome internacional e qualificada nas principais especialidades.Além de diagnóstico por imagem, são maisde três mil tipos de exames de análises clínicas que contamcom a precisão de equipamentos de última geração,como também medicina personalizada, genética, biologiamolecular, entre outros.O compromisso da marca é aliar a excelência emmedicina diagnóstica com o conceito de hotelaria focadaem humanização e acolhimento. “Queremos tornar omomento da realização dos exames, em que o clienteestá frequentemente mais frágil, em uma experiênciadiferenciada. Elegância, conforto, espaço compartilhadoe conectividade foram os pontos de partida para oprojeto, tornando o serviço uma experiência nova, secomparado com o modelo já praticado pelo segmento. Asunidades dispõem de atendimento com hostess bilíngue,acompanhamento constante no atendimento e check-inindividualizado”, explica Claudia Cohn, diretora do AltaExcelência Diagnóstica.Além disso, a marca oferece conveniência e privacidade,por meio de atendimento móvel. Na coleta deanálises clínicas, é a primeira a oferecer o Accuvein ® ,único dispositivo portátil do mercado, de alta tecnologia,cuja finalidade é facilitar a localização do acesso venoso,inovando o procedimento de coleta de sangue. O equipamentoé útil na punção de pacientes idosos, pediátricos,com acesso venoso difícil, ou para os pacientes commedo da punção.Curso da PUC-SP trata dos fundamentosmorfofuncionais aplicados aos produtos biomédicosObjetivo é propiciar conhecimentos a profissionais envolvidos em hospitais eindústrias de equipamentos médicos e em pesquisa na área da saúdeA criação de cursos de Engenharia Biomédica é algorecente. No estado de São Paulo, atualmente, só existemdois cursos na área. Porém, existe um grande númerode profissionais com formação em ciências exatas etecnológicas que não tiveram disciplinas das áreas médicae biológica em sua graduação, mas que necessitamdestes conhecimentos em seus ambientes profissionaistais como hospitais, clínicas, laboratórios e indústrias deequipamentos médico-hospitalares.São objetivos do curso oferecido pela PUC-SP, porintermédio de sua Coordenadoria Geral de Especialização,Aperfeiçoamento e Extensão (COGEAE): propiciarconhecimentos morfofuncionais de anatomia, de histologia,de fisiologia, de biofísica a profissionais de ciênciasexatas que estejam envolvidos em hospitais e indústriasde equipamentos médicos, hospitalares e em pesquisana área da saúde, correlacionar esses conhecimentoscom dados morfofisiológicos e com quadros clínicos depacientes, introduzindo o aluno em conhecimentos deImunologia e Imunopatologia.O curso é dirigido a profissionais graduados nasáreas de exatas e de tecnologia (Engenheiros, Físicos,Tecnólogos etc.) que necessitem adquirir conhecimentosmorfofuncionais humanos para subsidiar seu trabalhoprofissional em ambientes que desenvolvam ou utilizemtecnologia biomédica.Para saber mais:www.pucsp.br/cogeae38<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Mercado de Medicina Diagnóstica deve crescer 8,3% em 2012,diz relatório da Formato ClínicoO segmento de Medicina Diagnóstica deve crescer8,3%, atingindo receita de R$ 20,2 bilhões e totalizando7,98 exames por habitante em 2012. A estimativa é doprimeiro relatório divulgado pela consultoria Formato Clínico,em levantamento feito com base em dados públicosde governo e de mercado.No ano passado, foram realizados 1,4 bilhão de examesdiagnósticos ou 7,43 exames por habitante. Considerandopreços médios praticados, distribuição habitual de examesno mercado privado e os gastos realizados pelo governo, aMedicina Diagnóstica gerou aproximadamente R$ 18, 6 bilhõesde receitas, sendo 74,5% destas no setor privado. O preçomédio por exame foi de R$ 13,12 para o mercado em geral,R$ 19,44 para o setor privado e R$ 6,71 para o público.“O setor privado deve crescer próximo a 12% em 2012,enquanto que o público deverá manter a taxa de 5,6%, ambospróximos aos dados do ano anterior. O maior crescimentoprivado deve-se, principalmente, à tendência de utilizaçãodos serviços privados pelo sistema público e crescimentoprevisto do número de beneficiários de planos de saúde, commaior número de exames por beneficiário ao ano quandocomparado ao setor público”, diz Gustavo Campana, sócio daFormato Clínico.De acordo com o relatório, o ano de 2011 foi marcado pordois principais fatores. Primeiro a continuidade do processode consolidação, com 10 transações realizadas e divulgadas(duas pela DASA; duas pelo Fleury; uma pelo Grupo Infinita,quatro pela Alliar; além de 30% de Hermes Pardini pelo fundode investimentos Gávea) e, segundo, pela divulgação de novaresolução da ANS, exigindo das instituições um instrumentode avaliação de indicadores de desempenho.O mercado de diagnósticos é composto por 19.294 unidadesde serviços diagnósticos, com estimativa de cerca de 10mil empresas no setor.Índice Privado PúblicoReceitas (R$ milhões) 13.864 4.728Preço Médio (R$) 19,44 (c) 6,71Análises Clínicas 8,23 (c) 4,06Anatomia Patológica 23,57 (c) 10,99Radiologia e outros 75,17 (c) 19,46c.calculado por estimativa de preço médio de mercado e distribuição habitual de examesNova tecnologia combate infecção hospitalarCientista de 91 anos da Universidade de Jerusalémdesenvolve o que pode ser a arma mais potente contra infecção hospitalarO médico Nathan Citri desenvolveu um dispositivocapaz de identificar várias bactérias num tempo rápido osuficiente para evitar que elas se alastrem pelo corpo dopaciente. Atualmente, os pacientes podem esperar atécinco dias para obter um tratamento baseado em evidências,tempo durante o qual a infecção costuma se espalharrapidamente.O kit desenvolvido pelo Dr. Citri tem todo material necessáriopara identificar superbactérias em uma amostra desangue ou de urina, fornecendo quase que imediatamentea terapêutica para tratar a infecção.A Universidade Hebraica de Jerusalém, por meio deseu braço comercial, Yissum Development Research, fezum acordo com a empresa britânica BioConnections paracomercializar o produto.40<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Laboratório Sabin lança aplicativo para iPhoneO programa disponibilizará resultados de exames, notícias de saúde,calendários de vacinas, entre outras informaçõesDesde sua fundação, o Laboratório Sabinprioriza inovação e tecnologia para melhoratender seus consumidores. O maior laboratóriode análises clínicas do Centro-Oeste foiprecursor ao disponibilizar exames e históricospela internet e incorporar equipamentosde última geração aos seus Núcleos TécnicosOperacionais. Agora, para atender um públicocrescente de usuários do mais popular modelode smartphone - o iPhone, o Laboratório Sabinacaba de disponibilizar um aplicativo quepermite o acesso a informações sobre exames,endereços das unidades, notícias e muito mais.O objetivo da empresa é proporcionar mais praticidade emobilidade para médicos e pacientes, que poderão acessaro conteúdo dos exames, sem precisar ocupar otempo das suas atividades diárias.O programa já está disponível para downloadgratuito na App Store. O aplicativo foi desenvolvidopara dois públicos: clientes e médicos.Mas, cada perfil terá funcionalidades especificas.“O cliente terá acesso aos laudos e históricos deseus resultados, informações sobre os exames,localizador de unidades integrado com o GoogleMaps, notícias de saúde e calendários de vacinase de datas sazonais. Já o médico, além dasinformações gerais, terá acesso a pesquisa daClassificação Internacional de Doenças (CID) eestudos científicos”, explica a superintendente técnica,Lídia Abdalla.FMUSP inaugura Blocoteca e Projeto Autópsia VirtualAcervo é composto por 160 mil laudosA Faculdade de Medicina da USPinaugurou o Acervo de Laudos e Blocoteca- maior e mais antigo acervo dePatologia do País - composto de 160mil laudos e 200 mil blocos contendotecidos humanos de autópsias realizadasdesde 1924.O material foi higienizado, catalogadoe informatizado para constituiruma fonte de dados históricos e epidemiológicos,oferecendo material deestudo para diversas áreas médicas,além de tornar possível traçar sérieshistóricas e aplicar técnicas histológicasmodernas, como a imunohistoquímicae extração de DNA.O espaço para abrigar este acervopassou por obras de modernização,com o armazenamento do materialem embalagens específicas acomodadasem armários deslizantes. Asinformações ficarão disponíveis para acomunidade científica.Quando completo, o local contarácom tomografia computadorizada, ressonânciamagnética, ultrassom e raio--X, para que se desenvolva um métodoalternativo e menos invasivo do que averificação de óbito realizada nos diasde hoje, utilizando a técnica do diagnósticopor imagem. No momento já estáinstalado o equipamento de tomografiacomputadorizada e ultrassom.O projeto irá aprimorar o ensino médicoa alunos de graduação, residência,ligas acadêmicas, além de colaborarcom o desenvolvimento de pesquisas,oferecendo uma amostragem significativaem relação às doenças. Atendeainda uma tendência mundial de buscarnovas técnicas para autópsia. Hoje, oServiço de Verificação de Óbitos da Capitalda USP realiza aproximadamente13 mil autópsias por ano.Os novos espaços fazem parte doProjeto de Comemoração do Centenárioda Faculdade de Medicina da USP.Primeira faculdade de medicina doEstado de São Paulo, é o principal centroformador de recursos humanos noBrasil, oferece graduação em Medicina,Fisioterapia, Fonoaudiologia e TerapiaOcupacional, além de cursos de especialização,aperfeiçoamento e extensão.42<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Salvar vidas com o fornecimentode sangue seguro atravésde investimento contínuo emprodutos e tecnologias, quepermitem deixar a triagemsanguínea o mais eficientepossível. Este é o compromissoque norteia a Abbott DiagnósticosLíder mundial no diagnóstico de hepatitese retrovírus, a Abbott investe muito nainovação tecnológica em produtos, equipamentose pesquisas científicas de vanguarda.Segundo Airton Caldeira Silva, Gerente de Produtosem Banco de Sangue, o objetivo principalé criar alternativas de diagnóstico cada vezmais seguras, precisas e eficazes, garantindoum hemocomponente/hemoderivado seguro àpopulação. O propósito é colocar à disposiçãoa classe médica e da população, produtos comaltíssima sensibilidade, aumentando a segurançatransfusional, bem como garantindo umdiagnóstico precoce.48<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Um pouco de históriaHá cerca de 40 anos, com olançamento do primeiro ensaiocomercial para HBsAg por radioimunoensaio,a Abbott tem sededicado à pesquisa de maneira adesenvolver sistemas e reagentespara melhorar a detecção virale aumentar a segurança transfusional.Em 1979 foi lançada afamosa plataforma EIA em pérola,recurso que contemplava um menucompleto para o perfil banco desangue. Ao mesmo tempo, foramdesenvolvidos e aperfeiçoados ostestes para hepatites A e C.A Abbott Diagnósticos orgulha-sede ter sido a primeiraempresa do ramo diagnósticoa lançar um ensaio anti-HIV nomercado mundial em 1985. Em1993, lançou platafor ma Axsyme, em 1995, a plataforma Prism,específica para Bancos de Sanguede alto volume, que utiliza oprincípio da quimioluminescênciae monitoramento total de todo oprocesso de execução dos testes.Em decorrência das exigênciasdo mercado transfusional mundial,em 2007 a Abbott implantou aplataforma Architect em Banco deSangue. O gerente Airton Caldeiraacrescenta que “apesar da altasensibilidade e especificidade dosprodutos em microplaca, verificamosque existia um gap muitoalto na performance operacionaldos equipamentos. Além disso, anecessidade de plataformas maisrobustas, com acesso contínuo deamostras e reagentes, a entrada deamostras de urgência e a diminuiçãonos custos operacionais, levarama Abbott a tomar esta decisão”.Airton Caldeira Silva, Gerente de Produtosem Banco de SangueContribuindo para a CiênciaCom 40 anos de tradição emi4000SRpesquisa e desenvolvimento detestes sorológicos para detecçãode infecções de Hepatite e HIV, aAbbott Diagnósticos tem dado umacontribuição inestimável à saúde.Um exemplo disso é o Programade Vigilância Global para o HIV eHBsAg. Nas últimas décadas, emdecorrência da globalização da economiamundial, tem sido observadoum aumento significativo do fluxomigratório em todos os países. Estefenômeno contribui para uma maiordisseminação das doenças causadaspor vírus, em particular do HIV-1,HIV-2 e HBV.Comprometida com a pesquisae desenvolvimento do diagnóstico,tratamento e monitoramento dadisseminação do vírus HIV e HBV,a Abbott possui o Programa deVigilância Global contra o HIV eHBsAg. Seu objetivo é investigarvariantes do vírus HIV, e mutaçõesdo HBsAg, que devido à diversidadegenética pode afetar o diagnósticoe a evolução destas infecções. Comeste programa, a Abbott monitoraconstantemente a eficácia de seustestes diagnósticos.Atualmente a Abbott conta comtrês plataformas Banco de Sangue:Axsym, Architect e Prism, o que lhepermite atender clientes de pequeno,médio e grande porte.Na plataforma Architect, acompanhia já possui em torno de1.200 equipamentos instalados em815 bancos de sangue, espalhadospor 68 diferentes países. No<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 201249


Brasil, conta com as plataformasArchitect, Prism e Axsym instaladasem Serviços de Hemoterapiade referência.Airton Caldeira lembra aindaque as plataformas Architect,Prism e Axsym possuem um menucompleto de ensaios, incluindoensaios para HTLV, Sífilis, Doençade Chagas e Citomegalovírus –trata-se da única empresa do ramodiagnóstico que possui um menucompleto em quimioluminescência,oferecendo aos Bancos de Sangueos seguintes benefícios:• Acesso contínuo de amostras• Redução do descarte sorológico• Redução da repetição de testes eensaios confirmatórios• Agilidade na liberação dos resultadosno mesmo dia• Realização de testes complementaresno mesmo dia• Agilidade na liberação dos resultadosde amostras de transplantede órgãos e aféresesA Abbott Diagnósticos tambémcoloca à disposição para os ServiçosCell-Dyn Rubyde Hemoterapia sua linha de contadoreshematológicos, que podemser utilizados no diagnóstico deMalária e no controle de qualidadedos hemocomponentes produzidos.Todos esses fatores consolidarama liderança mundial da Abbott Diagnósticosna testagem de doençasinfecciosas e banco de sangue. Afinal,ela oferece o que há de melhore mais atual neste segmento, o quegarante sua posição de líder de mercadona triagem de sangue e plasmasanguíneo.A experiência do HemoscAcompanhe a seguir a entrevistaconcedida pelo Hemocentro de SantaCatarina, o Hemosc, usuário da plataformaPrism e Architect.Conte-nos um pouco sobre ahistória do Hemosc.O Hemosc é uma hemorredeque atua desde a década de 1990,abrangendo todo o estado de SantaCatarina. Em Florianópolis, dispõedo Hemocentro Coordenador emais seis hemocentros regionais,localizados nos municípios polosde Santa Catarina (Lages, Joaçaba,Chapecó, Criciúma, Joinvillee Blumenau). Além de três Unidadesde Coleta, em Jaraguá doSul, Canoinhas e Tubarão, e noveagências transfusionais instaladasem hospitais públicos do estado.Na hemoterapia, realizamos anualmenteem torno 115 mil coletasde sangue, produzindo 275 milhemocomponentes e cobrindo amaioria dos municípios do estadocatarinense (99%) – hospitais públicose privados –, na distribuiçãode sangue e hemocomponentes.Após 10 anos de certificação NBRISO 9001:2000 do HemocentroCoordenador e parte dos hemocentrosregionais, em 2011 todaa hemorrede foi certificada, o quecomprova a qualidade dos processosda instituição.Qual é a Visão do Hemosc?A nossa Visão é: “Ser a hemorredepública de excelênciatécnico-científica, mantendo asatisfação da sociedade, governoe colaboradores, com elevadopadrão ético”. Com isso estamosnos propondo a ter um trabalhovoltado não só para a excelênciatécnica de ponta no Brasil, mastambém atender da melhor maneiraa população que faz uso dosnossos serviços e produtos.Como vocês analisam oatual momento dahemoterapia brasileira?A nosso ver, a hemoterapia doBrasil vive um de seus melhores50<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


momentos, incorporando avançostecnológicos e ferramentas de garantiada qualidade em todo seuprocesso, com uma CoordenaçãoNacional bem focada e afinadacom os avanços tecnológicos,através do Ministério da Saúde.De forma geral, o sangue brasileiroestá cada dia mais seguroe com qualidade para atender apopulação brasileira.Dra. Andrea Petry (Gerente Sorologia Hemosc), Rodolfo Ramos (Gerente Técnico Hemosc),Deivis Sardá (Gerente Negócios), Humberto Chemello (Engenheiro de Campo), Airton Caldeirae Luiz Luz (Representante de Vendas)O que levou o Hemocentro deSanta Catarina a centralizar osexames sorológicos em 2007?A centralização dos testes sorológicosno Hemocentro Coordenadorfoi planejada com os objetivosde atender ao nosso planejamentoestratégico, da padronização detodos os testes, bem como prevendoa implantação dos testes deamplificação de ácidos nucleicos(NAT) para HIV/HCV, que obrigatoriamentedeveriam ser realizadosem unidades centralizadas.Os hemocentros devem serrigorosos na seleção de seusfornecedores. Quais foram osprincipais critérios utilizadosna seleção dos fornecedoresde kits sorológicos durante oprocesso de centralização?Sim, é muito importante selecionaros fornecedores, pois aqualificação do fornecedor é oprimeiro passo para se ter kitscom qualidade. Os critérios sebasearam na robustez e qualidadedos equipamentos, dos testesdiagnósticos a serem executados,no número de testes realizados/hora, na automação total dos procedimentosde testagem, na assistênciatécnica de equipamentose kits e em dados publicados naliteratura científica internacional.Atualmente a Abbott fornecetodos os parâmetros para atriagem sorológica, por meiodas plataformas Prism eArchitect. Qual foi o critériopara a escolha da Abbottcomo parceira no processo decentralização?Em 2007, no início do processode centralização, realizamos umabusca entre os fornecedores detestes sorológicos disponíveis nomercado e optamos pela plataformaPrism para a realização dosmarcadores anti-HCV, anti-HIV,anti-HTLV, Anti-HBc e HBsAg. Nossaescolha foi baseada nos estudospublicados em revistas científicas,na relação custo-benefício e naassistência técnica oferecida pelaAbbott. A plataforma Architect foiinstalada em 2011, a partir da liberaçãopela Anvisa do registro do kitpara detecção de anticorpos contraT. Cruzi (Chagas). Hoje realizamosna plataforma Architect os ensaiospara marcadores sorológicos paraanti-HIV Combo, Chagas e Sífilis.Como os equipamentos Prisme Architect contribuíram parao processo de centralização?Quantas bolsas de sanguesão analisadas diariamenteno Hemocentro e em quantotempo os resultados sãoliberados desde a chegadadas amostras?Além da qualidade, reprodutibilidade,sensibilidade e especificidadecomprovada dos kits, aautomação total do processo detriagem nos possibilita realizar atestagem de todos os marcadoressorológicos obrigatórios de 750amostras/dia em 4,5 a 5 horas,com liberação randômica de resultados.Outro fator importantetambém é o número reduzido depessoas – são apenas oito profis-<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 201251


ilidade e na elevada redução deresultados falsamente reativos,quando comparado a outras metodologias.Equipe responsável pela Sorologia / Hemoscsionais –, na equipe de trabalho,incluindo aqui a realização dostestes NAT e testes confirmatórios,diariamente.Quais os benefícios que acentralização trouxe para apopulação catarinense?A padronização nas técnicasde testagem, a possibilidade deutilização de métodos de testagemcom grande sensibilidade (quimioluminescência)e a inclusão dostestes NAT na triagem do sanguedoado aumentaram a segurançatransfusional no estado. Outrofator importante para a populaçãofoi a redução dos custos, sobretudonos controles de qualidadeinternos e externos e nos procedimentosde inspeção lote a lote evalidação, realizados em um únicocentro de testagem.Qual a expectativa do Hemoscem relação à indústria para quecontinue fornecendo insumosque garantam uma melhora daqualidade transfusional?A nossa expectativa é termoscada vez mais testes com sensibilidadee especificidade aumentados,diminuição da janela imunológica,automatização total, rapidez naliberação dos resultados e um custo--benefício compatível.O ensaio Architect HIVAg/Ab é tido no mercadomundial como um dosensaios sorológicos maissensíveis. Recentemente vocêscomeçaram a utilizá-lo emsua rotina. Como está sendo aperformance deste ensaio?Este ensaio está superando asexpectativas em relação à sensi-Quais são suas expectativase planos para o futuro doHemocentro e qual é acontribuição esperada de seusfornecedores para a execuçãodeste plano?Pensamos em manter a tecnologiaquimioluminescente nanossa triagem de doadores e emimplantar novos testes, não obrigatórios,mas que aumentam asegurança, sobretudo em gruposespecíficos como recém-nascidos,pacientes imunocomprometidosque recebem sangue e os transplantados.Esperamos que nossosfornecedores continuem parceirose consigam entender e atendernossos anseios de melhorias.Na visão do Hemosc, comotem sido a relação entreAbbott e Hemosc ao longodestes cinco anos?Desde a década de 1990 a Abbottfoi parceira do Hemosc, masnos últimos cinco anos tivemos oestreitamento dos nossos laços deparceria. Atualmente 100% dosnossos testes de sorologia em doadoresde sangue, tecidos e órgãossão provenientes da Abbott. Esperamoscontinuar contando com estaparceria tanto no fornecimento,quanto mantendo a mesma relaçãocusto-benefício e na atualizaçãocientífica de nossos colaboradores,uma vez que a Abbott tem tambémesta preocupação com a qualificaçãodo profissional.52<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Linha Safety Vacuette ® : evolução em segurança contraacidentes com materiais perfurocortantesA Greiner Bio-One, preocupada com a saúde do profissionalque atua na área de coleta de sangue, assim como a dospacientes, apresenta uma gama de produtos inovadores queatendem a NR-32. A linha Safety Vacuette ® foi criada paraprevenir acidentes durante o manuseio de agulhas e materiaisperfurocortantes, que muitas vezes resultam na transmissão dedoenças infectocontagiosas.No setor da saúde, acidentes provocados por materiaisperfurocortantes são a maior causa da transmissão de doençasinfecciosas, sendo os de maior risco aqueles ocasionados poragulhas. Isto representa, de forma significativa, um grandeperigo para muitos colaboradores que atuam nesta área. Maisde 50% de todos os casos registrados são relativos à equipe deenfermagem, seguidos pelas equipes de laboratório de análisesclínicas e médicos.Atualmente existem aproximadamente 30 patógenos quesão transmitidos pelo sangue, sendo os mais perigosos: HBV(Hepatite B), HCV (Hepatite C) e HIV (Vírus da ImunodeficiênciaHumana). Recentes estudos mostram que as infecçõesocorrem dez vezes mais em hospitais e laboratórios do que emambientes externos.Por esse motivo, a Greiner Bio-One continua investindo nodesenvolvimento de produtos seguros e funcionais, que respeitamas medidas de segurança, atendendo a NR-32 e protegendotanto a saúde do paciente quanto a do profissional que atuana área de coleta de sangue, disponibilizando atualmente osseguintes produtos no mercado brasileiro:- Escalpe com Trava de Segurança Vacuette ® estéril, defácil manuseio e a ativação do mecanismo é realizada com umúnico movimento.- Recipientes para descarte de materiais perfurocortantes,produzidos com material plástico impermeável, são mais resistentese seguros, possuem alças para transporte e tampa comsistema de fechamento que dificulta sua violação e estão deacordo com a norma ABNT NBR 13853.- Adaptador de Segurança QuickShield Vacuette ® de plásticopolipropileno, é descartável e de uso único, projetado com umdispositivo de segurança lateralizado (escudo protetor integrado),o qual é ativado para cobrir a agulha imediatamente após apunção venosa auxiliando na proteção de um possível encontroacidental com a agulha, possui a rosca e o bico centralizadospossibilitando a escolha da posição do escudo, facilitando o procedimentode coleta. Disponível também nas versões QuickShieldComplete que possui agulha para coleta a vácuo Vacuette ® pré--encaixada, em uma única embalagem, e QuickShield CompletePlus que possui agulha para coleta a vácuo Visio Plus Vacuette ® ,com antecâmara que permite a visualização do fluxo sanguíneoapós a punção, pré-encaixada, em uma única embalagem.- Torniquete Descartável Vacuette ® que reduz o risco decontaminação cruzada, possui um revestimento especial nolado interno que garante maior aderência à pele, é isento delátex, o que previne alergias e irritações na pele, e é indicadopara uso único.: www.gbo.comRoche firma parceria com Technoclone para expandirportfólio em diagnóstico de coagulaçãoA Roche acaba de estabelecer uma parceria estratégicacom a Technoclone, empresa austríaca especializada emreagentes para diagnósticos cardiovasculares e de trombose.Com a aliança, a Roche trará ao mercado um novo portfóliopara análise de hemostasia (processo fisiológico encarregadode evitar a perda sanguínea em caso de lesões vasculares).De acordo com o diretor global da Roche ProfessionalDiagnostics, Colin Brown, a iniciativa do grupo é mais umreforço para os investimentos no mercado de coagulação. “Aexperiência da Technoclone e sua proximidade com a comunidadecientífica está alinhada ao objetivo da Roche de levarprogressos em saúde para os pacientes. Isso inclui compromissosconjuntos em pesquisa clínica e desenvolvimento defuturos reagentes como novas técnicas de diagnóstico quese tornarão fatores integrantes nas opções de tratamentoespecíficos no futuro”, afirma Brown.A companhia com sede em Viena foi fundada em 1987 epossui mais de dez patentes internacionais em diagnósticoe terapia de doenças vasculares, além de cooperar firmementecom universidades e centros de pesquisa. A aliançareforça a posição única do Grupo Roche na busca de alcançare entregar soluções personalizadas para atender as maisdiversas necessidades clínicas e laboratoriais presenteshoje e no futuro.54<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Roche Diagnóstica lança novo analisador hematológicoA Roche Diagnóstica do Brasil acaba de lançar mais umanovidade no mercado brasileiro. O analisador hematológicoSysmex XS-800i utiliza a tecnologia de citometria de fluxofluorescente para contagem diferencial de leucócitos de cincopartes (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos),o que oferece aos laboratórios agilidade e maior padronizaçãoentre operadores e sistemas.Com capacidade para processar 60 amostras por hora, olançamento visa atender as necessidades dos laboratórios quebuscam por diferenciação, rapidez na liberação dos resultadose melhoria na qualidade do serviço de hematologia.O usuário do XS-800i poderá fazer parte do programade Controle de Qualidade Interlaboratorial Sysmex Insight,como também a conexão remota do equipamento à central deAtendimento da Roche, via SNCS (Sysmex Network CommunicationsSystem).Detecção rápida e precocedo câncer de bexigaLaboratórios certificados dependemde tecnologia de pontaObservado commais frequência emhomens do que emmulheres, em umaproporção de 3:1,existem aproximadamente356.600 novoscasos de câncerde bexiga relatados anualmente no mundo inteiro 1 .Novos testes não invasivos agora são disponibilizadospara o auxílio na detecção do câncer de bexigacom o uso do marcador NMP22 urinário. NMP (NuclearMatrix Protein) é uma proteína abundante encontradana urina de pessoas com fatores de risco ou sintomasde câncer de bexiga ou histórico da doença. As célulastumorais da bexiga liberam o NMP22 na urina ondeele pode ser detectado usando um ensaio imunológicomonoclonal específico de NMP22.A maioria das pessoas saudáveis apresenta poucaquantidade de NMP22 na urina, mas esse nível é geralmenteelevado em pessoas com câncer de bexigade células transicionais. Os níveis elevados de NMP22são detectáveis até mesmo nos estágios iniciais dadoença, tornando-se o marcador ideal para diagnósticosantecipados.O teste NMP22 BladderChek fornece aos profissionaisda saúde as ferramentas para um programaeficiente de triagem e monitoramento de grupos derisco em combinação com a cistoscopia. Usa uma tiraimunocromatográfica de fluxo lateral para detectarNMP22 em amostras de urina.Com a necessidade de apenas quatro gotas deurina, o teste é de fácil realização e não invasivo,com resultados liberados em apenas 30 minutos,possibilitando uma forma rápida, precisa e econômicade auxiliar na detecção do câncer de bexiga empacientes de risco.1. IARC. GLOBOCAN 2002. Cancer Incidence, Mortalityand Prevalence Worldwide (2002 estimates). http://www--dep.iarc.fr/: (11) 2131-5100: contato.br@alere.com: www.alerebrasil.com.brLaboratórios de todo o País disputam uma certificação de qualidadeque lhes diferencie dos demais. E os que já figuram como laboratóriosacreditados, esforçam-se para não perder o título. É certo que ogrande mérito dos laboratórios de qualidade certificada está em suagestão. Mas é inegável que, sem ferramentas adequadas, a excelênciafica seriamente comprometida e a busca pela certificação limita-se aoplano das boas intenções.“Atualmente, uma ferramenta tecnológica de qualidade é vitalpara os laboratórios”, comenta Marcelo Lorencin, diretor da Shift,uma das mais renomadas marcas de softwares para laboratórios clínicos.“Até pouco tempo atrás, os laboratórios procuravam empresasde tecnologia para automatizar seus processos. Qualquer softwareespecializado faz isso. Hoje, isso é muito pouco. A demanda está naexcelência da automação”.A Shift está nesse mercado há 20 anos. Lorencin conta que a filosofiade trabalho da empresa sempre foi sustentada pela “qualidade datecnologia em prol da qualidade do cliente”. Mas foi nos últimos cincoanos que esse escopo encontrou sustentação científica. Em 2007, aempresa adotou o modelo MPS.Br – Melhoria de Processo do SoftwareBrasileiro, um programa da Softex – Associação para Promoção daExcelência do Software Brasileiro para o aprimoramento da indústriade software. O modelo brasileiro segue a linha do CMMI - CapabilityMaturity Model Integration, referência mundial nas práticas de disciplinasespecíficas, como o desenvolvimento de softwares, e está emconformidade com as Normas Internacionais ISO/IEC 12207 e ISO/IEC 15504. As empresas candidatas a entrar no programa devemconquistar Níveis de Maturidade que vão do G ao A, num processoque dura, em média, dois anos para cada nível. A Shift já está noNível C, estágio conquistado num tempo surpreendente.Todo o investimento da empresa em certificar sua qualidade, alémdos programas de desenvolvimento humano, levou a Shift a carimbarsua marca em 21% dos laboratórios acreditados pelo PALC - Programade Acreditação de Laboratórios Clínicos, da SBPC/ML – SociedadeBrasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial. “Saber que umem cada cinco laboratórios acreditados é nosso cliente é motivo deorgulho”, comenta Lorencin. “Mas, mais do que isso, mostra que oslaboratórios determinados a conquistar ou manter um diferencial dequalidade dependem de tecnologia de qualidade”.É por isso que, assim como os laboratórios de destaque precisamsustentar sua posição, a Shift continua seus investimentos na melhoriacontínua. “Somos positivamente insatisfeitos”, diz o diretor. “Nossaequipe mantém-se determinada a fazer sempre o melhor. Talvez sejaessa a mola propulsora da Shift”, conclui Lorencin.: www.shift.com.br: www.twitter.com/shift20anos56<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Os mecanismos da CoagulaçãoA formação do coágulo no sítio delesão do endotélio é o principal processopara a manutenção da integridade dosvasos sanguíneos. Os mecanismos envolvidosnesse processo devem ser de talforma ativados para impedir uma perdaexagerada de sangue e, ao mesmo tempo,não permitir a formação de trombosintravasculares.Testes de CoagulaçãoProtrombina (TP)O resultado do TP deve ser reportadoem comparação a um plasma de referêncianormal.O plasma de referência (Pool ou ControleInterno) deve ser preparado a partirda homogeneização de plasmas citratadosobtidos de 20 amostras de indivíduossabidamente saudáveis, que não estejamem uso de medicamentos.Os resultados do TP podem ser expressosdas seguintes formas:1) Em segundos: resultado liberadono tempo em segundos obtido até a formaçãodo Coágulo.2) Em atividade de Protrombina – (%)de Atividade: na aferição da atividade olaboratório pode utilizar a tabela de atividadeou quando o laboratório possuirprocedimentos automatizados pode-serealizar a curva de atividade.3) Em Razão Normalizada Internacional(RNI): a RNI foi instituída pela OMSpara padronizar as diferenças entre asTromboplastinas de diversos fabricantes.Assim, os fabricantes determinam o ISI(Índice de Sensibilidade Internacional)mediante a padronização de sua tromboplastinafrente a uma tromboplastinade referência internacional, que define asensibilidade do reagente.C á l c u l o d o R N ITempo de tromboplastina parcialativada – TTPAO resultado do TP é expresso pelotempo em segundos gasto até a formaçãodo coágulo.Situações em que o TP e TTPa podemser solicitados pelo clínico● Antes de intervenções cirúrgicas● Paciente com hemorragias frequentes● Acompanhamento de terapias com anticoagulantesorais e outros medicamentos● Deficiências hepáticas (antes e depoisda terapêutica com vitamina K)Recomendações, cuidados e precauções● Evitar o garroteamento prolongado demodo a evitar a possibilidade de hemólisee aspiração de líquido tissular durante acoleta● Amostras provenientes de coletas traumáticas,ou aquelas em que se observa apresença de coágulos são inviáveis parautilização e devem ser desprezadas● A amostra coletada deve ser levada àcentrifugação no menor tempo possível,não devendo exceder o tempo de 1 hora● A amostra deve ser centrifugada a 3.000rpm por 10 minutos● Após centrifugação a amostra deve serutilizada no máximo até 4 horas, desdeque mantida sob refrigeraçãoA Biotécnica disponibiliza em sualinha de produtos reagentes para TP eTTPa líquidos, pronto para uso e tambémcontroles de coagulação em níveis normale patológico.Referência: Manual de Diagnóstico Laboratorialdas Coagulopatias Hereditárias e Plaquetopatias;Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados,Ministério da Saúde.: (35) 3214-4646: sac@biotecnicaltda.com.brGenese traz para os pesquisadores brasileiros um analisador de expressão de citocinasAcaba de chegar ao mercado brasileiro um kit de expressão de citocinas, voltado para pesquisadores. Trata-se do Raybio® Array de Citocinas, fabricado pela empresa norte-americana RayBiotech, pioneira em Array de proteínas. No Brasil, oproduto será distribuído pela Genese, empresa pioneira em diagnóstico in vitro.O Raybio ® , seja Array de membrana ou de lâmina, analisa mais de 174 citocinas, fatores de crescimento, proteases,receptores solúveis e outras proteínas, além de mecanismos de ação de drogas, biomarcadores de doenças e monitoramentode citocinas em ensaios clínicos.As citocinas são moléculas responsáveis pela resposta imune, isto é, a proteção do organismo, e possuem papel fundamentalna compreensão de patologias como alergias, infecções, síndrome metabólica e câncer. São microproteínas quepodem ser divididas em categorias como interferons, interleucinas, fatores estimuladores de colônias, fatores estimuladoresde necrose tumoral e fatores de transformação de crescimento.58<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Portfólio Asstefil de equipamentos para filtraçãoAtuando no mercado de filtraçãodesde 1989, a Asstefil se especializou nacomercialização de sistemas para tratamentode água e filtragem de produtospara processos produtivos, conquistandoassim sua reconhecida credibilidade nomercado nacional.Dispondo de profissionais qualificadospara projetar, desenvolver efornecer as mais diferentes soluções emtratamento de água, os equipamentosfornecidos podem atender aos requisitosde uma água boa para uso em bioquímicaou farmácia de manipulação.Dispõe em seu portfólio de equipamentosde: osmose reversa para atendera vazões entre 8 L/H a 1,0 m³/H, equipamentospara desinfecção por raios ultravioleta,filtros bacteriológicos de 0.22micra ou 0.01 micra configurados emnylon, PTFE, polietersulfona ou borosilicato,além de carcaças metálicas em açoinox 304 ou 316 com eletropolimento.: (11) 4426-1075: www.asstefil.com.brbioMérieux realiza alterações noensaio VIDAS ® D-Dimer ExclusionA nova versão, VIDAS ® D-Dimer ExclusionII, tem um desempenho clínico idêntico, comum tempo de resposta mais rápido: apenas 20minutos.Mesmas Características● Padrão-ouro utilizado mundialmente e comoteste comparativo em grandes estudos de gestãode pacientes● Primeiro kit no mercado e o primeiro a obter aaprovação da FDA para exclusão de TEVReconhecido globalmente por excluir com segurançao TEV (TVP e EP) em pacientes ambulatoriaisdo grupo PTP (Probabilidade ClínicaPré-Teste) baixo e intermediário quando utilizadoem conjunto com avaliação PTP● Desempenho clínico e analítico idêntico: > 99%VPN e > 99% SensibilidadeNovas vantagens● Resultados mais rápidos = 20 minutos (ajuda amanter o TAT dentro de 1 hora para o tratamentodo paciente no Departamento de Emergência)● Fluxo de trabalho simplificado = melhora noprocedimento de calibração (uma vez a cada28 dias). Otimização do processo: os reagentespodem ser utilizados na temperatura de armazenamento(não é necessário que os reagentesatinjam a temperatura ambiente). Facilidade nareconstituição dos calibradores e controles utilizandoágua destilada● Maior controle de consumo. Apenas uma calibraçãomensal: menos calibrações e controlesdisponibilizando maior quantidade de testesdestinados ao diagnóstico.: 0800 0264848: contato@biomerieux.com: www.biomerieux.com.brAbbott Architect c4000 – uma históriaem química clínicaCom uma longa tradiçãoem química clínica, a Abbottmantém a política de pesquisare desenvolver equipamentose reagentes que ajudema aumentar a expectativa devida do paciente, bem comodiagnosticar de maneira maisrápida e eficaz patologiasque afetam a saúde de todaa população.Com esse intuito, veminvestindo em uma novageração de analisadoresbioquímicos, que possuem altíssima eficiência operacional e robustez.Para laboratórios hospitalares, laboratórios satélites e laboratóriosprivados e públicos de pequeno e médio porte, a Abbott está disponibilizandoao mercado o equipamento Architect c4000, que possui asseguintes características:● Produtividade de até 800 testes/hora● Capacidade para 55 posições de reagentes● Tecnologia de Chip integrado (ICT) proporcionando 60.000 determinaçõeseletrolíticas● Controle de arraste com SmartWash (≤ 0,1 ppm de arraste amostraa amostra)● FlexRate fornecendo limites lineares estendidos● Homogeneização piezoelétrico● Medição de índices de interferência (hemólise, icterícia e lipemia)● Detecção de amostras normais, ar/bolhas, espumas, fibrina, coáguloO Architect c4000 pode integrar-se ao Architect i1000SR, combinandoo processamento de testes de química clínica e imunoensaios em umaplataforma única, oferecendo a mesma eficiência empregada em laboratóriosde grande volume, onde um operador pode efetivamente lidarcom a carga de trabalho em uma plataforma única e com redução noscustos operacionais.Para rotinas de grande porte, a Abbott Laboratórios disponibiliza osequipamentos c8000 (produtividade de 1.200 testes/hora) e o c16000(produtividade de 1.800 testes/hora).: brazil_add_marketing@abbott.com / RMS 100553<strong>111</strong>3460<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Formato Clínico divulga a agenda do primeiro semestre de 2012Sempre preocupada com a educação continuada dos profissionaisna área da saúde e atenta às tendências do mercado,a Formato Clínico disponibiliza sua agenda de Cursos deAtualização 2012.Para o primeiro semestre do ano já estão programados cercade 20 cursos nas mais diversas áreas da medicina diagnóstica,visando à atualização e aperfeiçoamento dos profissionais dosetor. Os cursos vão desde gestão de pessoas e atendimento aocliente até exames laboratoriais que suscitam dúvidas diagnósticas,como o exame de líquor e coleta de materiais biológicos.Nome do CursoDataAtendimento ao cliente na área da saúde 10/04Controle de Qualidade em Microbiologia 19/04Exame de Líquor de Rotina e Recursos Adicionais 24/04Gestão de Risco em Saúde 25/04Metodologia de Custeio Aplicado à Medicina Diagnóstica 27/04Treinamento em Gerenciamento de Projeto – Módulo Nível I 05/05Marcadores Laboratoriais para o Diagnóstico e Acompanhamento das Hepatites Crônicas 08/05Como Desenhar, Implementar e Monitorar Indicadores de Processos no Laboratório de Microbiologia 11/05Introdução ao Laboratório Central em Pesquisa Clínica 15/05Curso de Aperfeiçoamento em Microbiologia Clínica (Curso com duração de 10 meses) 18 e 19/05Coleta de Materiais Biológicos para Exames Laboratoriais 22/05MaldiTOF. Princípios e seu uso no Laboratório Clínico 24/05Exame de Urina de Rotina e Calculose Urinária. Novas Metodologias e Interpretação. 25/05Curso de Micologia. Da coleta ao resultado final. 06/06Método de Análise e Solução de Problemas em Medicina Diagnóstica 12/06Marcadores Tumorais 13/06Testes Laboratoriais Remotos – Impacto dos Resultados na Segurança do Paciente, Visão do Laboratório e do Médico 20/06Formação do Auditor Interno ISSO 9001:2008 21/06Gestão de Pessoas no Laboratório Clínico 25/06Diagnóstico Laboratorial do Diabetes Mellitus 27/06: (11) 3512-6910 / : cursos@formatoclinico.com.br / : www.formatoclinico.com.brO Vírus Papiloma Humano e as diferentes metodologias de diagnóstico laboratorialO HPV (vírus papiloma humano) é umvírus que infecta queratinócitos da peleou mucosa e já foram identificados maisde 120 tipos diferentes. São divididosem dois grupos, o de alto risco que estápresente nas lesões cancerosas comoo câncer do colo do útero, e o de baixorisco, geralmente relacionado à presençade verrugas e lesões benignas.Sua transmissão acontece principalmentepor via sexual. Estima-se que9-13% da população feminina mundialsexualmente ativa esteja infectada. Namaioria dos casos a infecção é contidapelo sistema imune, porém, em algunscasos, a infecção se torna persistente,evoluindo para o câncer de colo do útero,segundo tipo de câncer mais comumentre mulheres, responsável por 235.000mortes/ano em todo o mundo.Com o surgimento em 1945 do examede Papanicolaou houve uma reduçãomuito grande no número de óbitos porcâncer ginecológico, o que proporcionouenormes benefícios à mulher.Outras propostas diagnósticas vêmse apresentando, entre elas, o métodode Citologia em Meio Líquido. Este métodoapresenta vantagens em relação aosmétodos convencionais, além de permitiro tratamento computadorizado das amostrase suas análises. Este método permiteuma melhor visualização das células coletadaspor apresentar um número mínimode sobreposições entre elas. A automaçãode todo o processo permite maiorpadronização e reduz sensivelmente apresença de interferentes como sanguee muco. Assim, o uso da Citologia emMeio Líquido melhorou o diagnóstico daslesões celulares relacionadas ao câncerde colo do útero.A mesma coleta feita para Citologiaem Meio Líquido também permite quesejam feitos exames biomoleculares,acompanhando dessa forma o tratamentodo HPV e o seu prognóstico.Quando há presença de sinais deinfecção pelo HPV na Citologia Líquidapoderá ser indicada a necessidade denovos exames, entre eles a colposcopia,complementada pelos seguintes exames:● Real Time - PCR para HPV de altorisco: Teste qualitativo que amplificao DNA do HPV de alto risco nas célulascervicais coletadas podendo detectar 14genótipos HPV de alto risco entre eles o16 e 18.● Captura híbrida para HPV de alto ebaixo risco: Detecta a presença do DNAdo HPV de 18 genótipos, classificando-osem grupos: baixo risco (5 genótipos) oualto risco (13 genótipos).● Genotipagem: Identifica através do sequenciamentosubgenômico qual é o tipode vírus (genótipo) presente na infecçãono momento da coleta.A grande vantagem do estudo do HPVpor métodos de biologia molecular é adetecção precoce do vírus. Isto permiteo diagnóstico da infecção viral antes doaparecimento das alterações celularesque possam estar relacionadas com aevolução para o câncer. A aplicação desteconjunto de estratégias possui impactona redução do número de mulheres quemorrem em decorrência das infecçõespelo HPV.Martha Lima Cozzo, phDGestora de Biologia Molecular do DB: (41) 3299-3400: db@dbdiagnosticos.com.br: www.diagnosticosdobrasil.com.br62<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


AFIP Medicina Diagnóstica: tecnologia, inovação e profissionaiscapacitados asseguram a confiabilidade dos resultadosA AFIP Medicina Diagnóstica mantémum alto padrão de qualidade na realizaçãode todos os exames, utilizandoequipamentos próprios de alta performancee metodologias reconhecidasinternacionalmente. O sistema de informação,empregado em todas as etapasdo processo, garante a rastreabilidade ea transmissão segura de dados de umainterface para outra.Os controles internos de qualidadeanalítica são monitorados diariamentepor profissionais treinados, que fazema análise crítica dos dados, detectandopossíveis tendências e, quando necessário,promovendo ação corretiva, para quenão haja desvio nos resultados.A liberação técnica dos examesobedece a critérios estabelecidos pelacoordenação médica, levando em contavários parâmetros como: correlaçãoentre os exames, faixas de referênciapara idade e sexo e exames anteriores.Aqueles considerados incompatíveis sãosubmetidos a uma segunda análise comoutra metodologia.O programa de controle de qualidadeexterno, ou ensaio de proficiência,permite que o indicador de desempenhoe as metas a serem alcançadas sejamacompanhados e, com a análise crítica,mantém-se a excelência na qualidadeanalítica.Todos esses fatores garantem aconfiabilidade do processo analítico dosexames realizados pela AFIP MedicinaDiagnóstica.: (11) 5908-7070: administracao@afip.com.br: www.afip.com.br/medicinadiagnosticaSimplificar a comunicação de arquivos entre laboratóriosApesar dos avanços obtidos coma internet, ainda nos deparamos comproblemas gerados no simples envio erecebimento de arquivos entre diferentespontos, demandados pela integraçãoentre sistemas de informação (SI),principalmente quando necessitamoster a certeza de que tudo que foi enviadofoi recebido.Você já teve problemas ao se comunicarcom diferentes pontos?Os problemas mais comuns são:● Gestão de Destinatários: Como separaro que vai ser enviado para qual local e o que chegou destes locais● Garantia de Entrega/Recebimento: Como garantir que o quefoi enviado realmente foi recebido na outra ponta● Confiabilidade: Como garantir que o que foi enviado foi recebimentosem danos, que o conteúdo chegou completo● Segurança: Como garantir que seus arquivos não vão se perder,ser danificados ou mesmo violadosO e-mail e o FTP são as ferramentas mais utilizadas paraesta comunicação, porém não eliminam os problemas relatados.Há diversos fatores do ambiente de negócios que justificama crescente demanda das organizações por soluções para integraçãoentre sistemas de informação (SI):● Aumento da diversidade e quantidade dos SI nas organizações● Busca de vantagens competitivas que requerem melhor gestãoda informação● Exigências de órgãos reguladores por maior agilidade no trâmitede informações e a tendência por trabalhos organizadosde forma colaborativaExistem artigos que apresentam comograndes corporações estão lidando comeste tema e sobre as atitudes e posicionamentogerencial, evitando os problemastípicos da não integração:● Perda de competitividade em função delimitações das integrações empregadas● Eleva custos e aumenta o risco de exposiçãoa erros em função do trabalhohumano e falta de automatização● Lentidão e dificuldade de identificarpossíveis falhas na integração.Com o aumento significativo decompra de serviços entre laboratórios o mercado laboratorialvive uma constante necessidade de interação entre sistemas.Pensando em atender a esta dificuldade de comunicaçãoentre os diferentes sistemas informatizados utilizados noslaboratórios, a S_Line desenvolveu a solução Comunicaçãode Arquivos que garante:● Comunicação entre clientes e usuários e vice-versa, ondeambos podem enviar e receber arquivos● Rastreabilidade, que permite ao Cliente S_Line acesso àsinformações como: o que, quando e para quem o arquivo foienviado/recebido● Segurança garantida através de processos codificação (Criptografia)do conteúdo dos arquivos, o que minimiza os riscosde interceptações criminosas ou casuais.: (27) 3207-6733: sline@sline.com.br: www.sline.com.br66<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Eclipse Ni-E - Sistema de microscópio motorizadoApós anos de inovação e refinamento ótico, a nova EclipseNi-E, microscópio de pesquisa vertical, incorpora um designrevolucionário modular que facilita e permite fácil expansão ecustomização do sistema de precisão.As novas objetivas Lambda apocromáticas de plano CFI, comtecnologia Nano Crystal Coat, permitem rendimentos mais brilhantes,imagens de alta resolução com transmissões mais elevadas.Adicionando recursos de iluminação a laser pontual e de campoamplo, fica disponível um microscópio de pesquisa realmenteevoluído que pode assumir aplicações ilimitadas.A série Ni emprega um design moderno e orgânico naasa do microscópio que agrega uma beleza suave enquantoreduz o estresse durante observações longas.Ao conceber a série Ni, a Nikon obteve a colaboração da AkioShindate, anteriormente envolvida no projeto das câmeras NikonSLR desde os primeiros passos da criação do conceito. Atravésdesta colaboração com Shindate, Nikon produziu novos microscópiosinovadores que combinam funcionalidade com beleza.Suas principais características são:● Mecanização avançada● Ajuste automático com troca de objetiva● Mudança do modo de observação● Foco mecanizado de alta precisão● Sequência de lente “Fly-Eye”● Eliminador de ruído● Revestimento de nano cristal● As novíssimas objetivas da série λ apocromáticas de plano CFI● Botão de captura de imagens● Câmeras Digital Sight● Unidade de controle autônoma DS-L3● Software de geração de imagens NIS-Elements: instruments.br@nikon.com.br / : www.nikoninstruments.comGrupo Interteck Katal: pioneirismo, qualidade e sintonia com o mercadoCom a característica de quem é pioneirono mercado de diagnóstico do Brasil,o Grupo Interteck Katal se preocupacom o constante desenvolvimento do seuportfólio nas diversas linhas de atuação.Dentro dessa filosofia, expande sualinha de bioquímica clínica através daintegração de novos produtos como alipase, a proteína urinária e uma linhade turbidimetria (ASLO, PCR, PCR ultra,FR, microalbuminúria e α-1 glicoproteínaácida), entre outros.Na área de processamento das amostrasbioquímicas, possui uma gama deequipamentos que visa atender desde opequeno laboratório (com duas opçõesde equipamentos semiautomatizados), aautomações completas para 100, 200 e300 testes por hora:● Prietest Touch: analisador bioquímicocom tela touch screen, programável comcontrole de temperatura, duplo modo deleitura, incubadora térmica acoplada com12 posições, bateria de back-up para 250Prietest TouchInterbiotestes e armazenamento de no mínimo2.500 resultados● Katal 9600: inovadora leitora semiautomáticade bioquímica com telatouch screen, sem filtros (sem manutenção)com espectro de leitura quevai de 330 a 800 nm (aumento de 1em 1 nm) graças ao sistema de gradede difração, mostrando curva de reaçãoem tempo real e potente programa decontrole de qualidade● ChemWell T: sistema completamenteautomatizado para 100 testes/hora,com bandeja refrigerada de reativos,filtro de leitura com 8 comprimentos deonda, 18 posições de reagentes e 16 deamostras, tendo ainda outras opções deconfigurações● Chemwell Bioquímica: sistema completamenteautomático para bioquímica para200 testes/hora, com bandeja refrigeradade reativos, com baixo consumo de reagentes,27 ou 40 posições de reagentes (outrasconfigurações possíveis) e 96 de amostras● Interbio: sistema completamente automáticopara bioquímica para 300 testes/hora, com baixo consumo de reagentes,com bandeja refrigerada de reativos,baixo consumo de água, 120 posições dereação, 64 posições de reagentes e 45de amostras● Chemwell Bioquímica e Elisa: sistemaautomático para bioquímica e Elisa namesma plataforma para 200 testes/hora ,com bandeja refrigerada de reativos, combaixo consumo de reagentes, 27 ou 40 posiçõesde reagentes (outras configuraçõespossíveis) e 96 de amostras.ChemWell T: (11) 3429-2555: (11) 3429-2566: comercial@interteck.com.br: www.interteck.com.br68<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Horiba Medical participa de SimpósioInternacional de Hemostasia e TromboseA Horiba, multinacional especializada em instrumentos demedição e análise e líder no segmento de Hematologia no Brasil,participou do workshop sobre sangramento no intraoperatório.A palestra aconteceu no dia 19 de abril, durante o I SimpósioInternacional de Hemostasia e Trombose, no Hospital IsraelitaAlbert Einstein. O evento é promovido anualmente em paísesda América Latina pelo Comitê Internacional da SociedadeInternacional de Hemostasia e Trombose (ISHT) e a organizaçãoé feita pelo Grupo Latino Americano de Hemostasia eTrombose (CLAHT).No workshop “Sangramento no Intraoperatório – EstaçãoPIG1 e Estação PIG2” foi apresentada pela Dra. Marjorie ParisColombini uma experiência pioneira para tentar diminuir osangramento durante os procedimentos cirúrgicos com a avaliaçãodo impacto da hipotermia na hemostasia, investigaçãoe tratamento da coagulopatia dilucional e interpretação dosexames laboratoriais coagulograma e tromboelastometria, nosquais foram usados equipamentos Micros 60 e Star 4, fornecidospela Horiba Medical, além de treinamento com a especialistade produtos, Alessandra Pereira.“É muito importante para a Horiba Medical participar de umevento como este, porque conseguimos mostrar à classe médicanovos procedimentos dentro do centro cirúrgico que podemdiminuir o sangramento e minimizar os riscos durante as cirurgias”,explica o gerente de marketing da Horiba, Rafael Abdel.No ano passado, a empresa já participou de outro workshopsemelhante, também no Hospital Israelita Albert Einstein, paramostrar aos médicos a importância de ter um instrumento dediagnóstico dentro do centro cirúrgico. A Horiba Medical forneceu,para a realização das simulações, os equipamentos Start 4e Micros 60, que tem comocaracterísticas principaisa realização de exameshematológicos e de coagulaçãopara pequenas demandas,ou seja, são ideaispara análises mais urgentese em menor escala.USA Diagnóstica: quimioluminescênciapara todosA USA Diagnóstica tem uma linha completa de kits coma metodologia Quimioluninescência (CLIA) e é a única empresano mercado nacional com a exclusividade da marcaMonobind.A quimioluminescência é uma metodologia de alta sensibilidadee especificidade. Ideal para rotinas de pequeno emédio porte, pois permite testes manuais, de curto tempode incubação.Além dos kits, a USA Diagnóstica possui um equipamentoespecífico para CLIA, com a marca Monobind, que além daexcelente qualidade, possui baixo custo.Para maior confiabilidade nos resultados, a USA Diagnósticaoferece o Multi-Ligand, um soro controle específico paraas metodologias de quimioluminescência e Elisa.Anti-TPOAnti-TGTGT3 LivreT3 TotalT4 LivreT4 TotalPSA LivrePSA TotalTSH: (31) 3226-3330: usadiag@usadiagnostica.com.br: www.usadiagnostica.com.brCEAAFPFSHLHPRLHCGCKMBTroponina IFerritinaIgE TotalEquipar recebe prêmio durante a PittconA Equipar, representada pelo Sr. AdemarAlmeida, participou no mês de marçoda Conferência e Exposição InternacionalPittcon 2012, que ocorreu na cidade deOrlando, EUA.Durante o evento, a empresa recebeude seu fornecedor Axygen o prêmio“Sales Achievement Award 2011” pelosresultados alcançados na comercializaçãodos produtos da marca no ano de 2011.A Conferência, de caráter técnico--científico e com foco na área laboratorial, éconhecida internacionalmente por apresentaros lançamentos e tendências na área, naqual a Equipar vem se destacando e sendoreconhecida.: www.equiparlab.com.br70<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Lançamento: Íons para Automação BioclinOs íons, também chamados de eletrólitos,possuem múltiplas funções noorganismo. Praticamente não existemprocessos metabólicos que não dependamou sejam afetados por eles. Entre outrasfunções, os íons atuam na manutenção dapressão osmótica, distribuição de água noorganismo, manutenção do pH, regulação dafunção do coração e outros músculos, nasreações de oxirredução, e como cofatoresdas atividades enzimáticas. A dosagem deíons é, portanto, uma das mais importantesanálises da clínica laboratorial.A Bioclin está lançando reagentes paraas dosagens de íons Sódio, Potássio, Cloroe Lítio para automação. Os kits de Íons paraAutomação Bioclin foram desenvolvidos parafacilitar a rotina do laboratório, simplificandoas análises ao possibilitar a sua aplicaçãoem equipamentos bioquímicos automáticossem a necessidade de uso do módulo ISE.São reagentes enzimáticos colorimétricosbaseados na atividade de enzimasdepende de íons. Cada kit é composto pordois reagentes prontos para uso e dois níveisde padrões já inclusos.Possuem excelente correlação com ométodo ISE, com a vantagem de ser aplicávelem qualquer equipamento bioquímicoautomático.O Kit Íons Sódio Automação baseia-sena atividade da enzima b-galactosidasedependente de sódio. A b-galactosidase, napresença de íons sódio, catalisa a conversãodo substrato ONPG em o-nitrofenol e galactose.O produto formado, o-nitrofenol, possuielevada absorbância em filtro de 405 nm.O aumento desta é, portanto, proporcional àformação do composto e, consequentemente,proporcional à concentração de sódio.Já o Kit íons Potássio Automação estárelacionado à atividade da enzima piruvatoquinasedependente de potássio. A enzima,na presença de íons potássio, catalisa a conversãodo substrato fosfoenolpiruvato empiruvato, que reage com NADH, na presençada enzima LDH, para formar Lactato e NAD.O decréscimo de absorbância, decorrente daconversão de NADH em NAD, é proporcionalà concentração de potássio.No ensaio de íons Cloretos, a -amilasepresente no reagente é desativada pela presençade EDTA que atua na remoção de íonsde cálcio. A -amilase é reativada atravésda adição de íons cloretos da amostra, quepermite que o íon cálcio se reassocie à enzima.A reativação da atividade -amilase éproporcional à concentração de íons cloretos.O lítio é determinado através da análiseenzimática envolvendo a fosfatase, cujaatividade é sensível ao lítio. O substratoda fosfatase é convertido por uma série dereações enzimáticas para gerar um coranteque tem absorbância máxima em 550 nm. Ataxa de formação do corante é inversamenteproporcional à concentração de lítio.: (31) 3439-5454: www.bioclin.com.brSoluções para Gerenciamento de Dados de Controle de Qualidade Bio-Rad LaboratoriesUsar uma linha de produto abrangente de controlesde terceira opinião é um passo importanterumo à melhora da confiabilidade dos resultados detestes laboratoriais. A capacidade de gerenciar comsucesso e interpretar resultados de controle de qualidadetambém é essencial para produzir resultadoslaboratoriais sólidos e de confiança.A Bio-Rad Laboratories oferece uma visão e umcompromisso com o controle de qualidade que éinsuperável na indústria de laboratório clínico. Hoje,o laboratório pode estar conectado ao ProgramaInterlaboratorial Unity, a maior comunidade mundialde usuários de controle de qualidade. Melhoraro cuidado com o paciente e o custo-benefício com produtos decontrole de qualidade, soluções de gerenciamento de dados decontrole de qualidade, comparações intralaboratoriais liderandoa indústria e Programa Interlaboratório Unity.A participação em um programa interlaboratório é extremamenteimportante para os laboratórios para ajudar a garantir aconfiabilidade e precisão dos sistemas de teste. Nenhum programano mundo é mais poderoso e eficaz em fornecer informaçõese ajudar a melhorar o desempenho analítico laboratorial do queo Programa Interlaboratorial Unity.Sem um programa interlaboratório de altaqualidade, o laboratório pode não estar ciente dasalterações graduais ou repentinas no seu sistemade teste que podem ser causadas por eventos comoreformulações de reagentes ou calibradores, alteraçõesde padronização ou alterações do softwarede instrumento. Um programa interlaboratorialpode oferecer ciência prematura de mudanças etendências para ajudar a evitar repetições de testede alto custo e troubleshooting desnecessário.Um programa interlaboratório também podeaumentar sua confiança nas pesquisas de proficiência.Se o laboratório se compara bem com outros laboratóriosem um programa interlaboratórios, ele provavelmente se comparabem com outros laboratórios participando do programa deteste de proficiência.: (21) 3237-9400: (11) 5044-5699: atendimento@bio-rad.com: www.bio-rad.com72<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


J. Moraes alcança o maior faturamento da sua históriaA fim de otimizar os processos deimportação, exportação e desembaraçoaduaneiro, a J. Moraes adquiriu o i-BrokerImport, i-Broker Export e o i-Tracking, dalinha i- junto a Bysoft, empresa especialistaem soluções para gerenciamento deprocessos de comércio exterior. Esse sistemaé capaz de prover aos seus clientesa informação sobre o andamento de seusprocessos em tempo real.O desenvolvimento da área de TI possibilitougrandes reestruturações nas empresas,além de tornar possível a integraçãode sistemas que atendam aos processos denegócio e suportem o fluxo de informação. Pensando nisso, a J.Moraes acaba de firmar uma parceria com a VisionNet Brasil, empresafundada por Carlos Olla (ex Diretor Comercial da Bysoft)especializada em consultoria na implementação de sistemas,gestão de processos e de projetos personalizados.Neste ano, a J. Moraes irá automatizarem 100% todos os serviços relacionadosa importação e exportação, e todos osprocessos serão realizados de formaautomatizada e integrada com o intuitode garantir a qualidade total na realizaçãodas atividades, o cumprimento dosprocedimentos da ISO e maior assertividadena gestão de processos através dosindicadores de performance.A união da tecnologia e de processosbem estruturados promovem o desenvolvimentode uma empresa e a J. Moraesacredita e pratica essa conduta garantindobons frutos para 2012. Uma prova disso está no faturamentoalcançado no mês de março deste ano, 46% maior comparadoa março de 2011, e o maior da história da J. Moraes.: www.jmoraes.com.brMicropipetas Peguepet: Qualidade,precisão e baixo custoCaracterísticas das micropipetas Peguepet:● Visor com numeração digital● Leve, feita em plástico ABS resistente● Já calibrada pelo fabricante● Formato anatômico● Acompanha certificado de calibração e modo de usoindividualA Cral disponibiliza ainda o rack para micropipeta monocanale o controlador de pipetas, manual e eletrônico.Tubos criogênicos parabiologia molecular BionakyOs tubos criogênicossão feitosem polipropilenode altíssima qualidade,autoclaváveis,suportamtemperaturasentre -196°C e+121°C, são graduadoscom tampa de rosca externa,além de serem autossustentáveis,com código de barras impresso emcada tubo e com local para anotações.Os tubos criogênicos para biologiamolecular Bionaky são livres deDNAse, RNAse, de toxinas, apirogênicose esterilizados por raios gama.A vedação é perfeita, dispensando ouso de anel de vedação.Discos para tubos criogénicos - Os discos possuem encaixeperfeito nos tubos criogênicos para biologia molecular Bionakye podem ser utilizados em diversas combinações de cores./: (11) 2712-7000 / (11) 3454-7000: vendas@cralplast.com.br: www.cralplast.com.br/: (11) 2712-7000 / (11) 3454-7000: vendas@cralplast.com.br: www.cralplast.com.br74<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Doenças respiratórias: Medivax oferece menu completo para detecção rápida e precisaAs infecções respiratórias são doenças causadas por agentes infecciosos que atingemo sistema respiratório e podem gerar quadros agudos ou crônicos de doença. Gripe, resfriado,amigdalite, bronquite, entre outras, são infecções respiratórias que frequentementeacometem crianças, adultos e idosos e, se não tratadas de forma adequada, podem se prolongarpor muito tempo e tornarem-se casos crônicos ou causar complicações mais sérias.O diagnóstico preciso do agente causal - se viral ou bacteriano - é de extrema importânciapara o tratamento adequado e eficaz dos pacientes.A Medivax trabalha com linhas de produtos que buscam atender e se adequar aosdiferentes perfis laboratoriais. A lista de produtos da linha clássica é composta por umagama de kits de diferentes metodologias: Elisa, imunofluorescência e testes rápidos.Já a linha de biologia molecular inclui os produtos da Linha Simplexa - DoençasRespiratórias, com menu de produtos para testes por PCR em Tempo Real, e da LinhaSpeed-Oligo ® , com produtos para testes por PCR com detecção rápida por oligocromatografia.Linha Biologia MolecularDoenças Respiratórias – Linha SimplexaSimplexa Influenza A H1N1 (2009) KitSimplexa Bordetella KitSimplexa Flu A/B & RSV KitSimplexa FluA/B/RSV Direct (DAD)Bordetella pertussis (primer)Bordetella parapertussis (primer)C. pneumoniae (primer)*Group A Strep (primer)*Influenza A (primer)*Influenza B (primer)*RSV (Respiratory Syncytial Virus) (primer)*Mycoplasma pneumoniae (primer)*hMPV (human Metapneumovirus) (primer)*Parainfluenza 1 (primer)*Parainfluenza 2 (primer) *Parainfluenza 3 (primer)** Produtos em processo de registroDoenças Respiratórias – Linha Speed-OligoSpeed-Oligo Mycoplasma pneumoniaeSpeed-Oligo Legionella pneumophilaSpeed-Oligo Chlamydophila pneumoniaeSpeed-Oligo Direct Mycobacterium tuberculosis: (21) 2622-4646 / : medivax@medivax.com.br / :www.medivax.com.brKit PneumoslideLinha ClássicaImunofluorescênciaChlamidophila pneumoniae IgGChlamidophila pneumoniae IgMPainel de Bactérias IgG e IgMPainel de Vírus e Bactérias IgGPainel de Vírus e Bactérias IgMPainel de Vírus RespiratórioImunocromatografiaLegionella pneumophilaLegionella pneumophilaStreptococcus pneumoniaeVírus Respiratório Sincicial (RSV)LegionellaInfluenza A & BElisaAnti-Micoplasma pneumoniae IgGAnti-Micoplasma pneumoniae IgMPainel de Bactérias IgGPainel de Bactérias IgMPrimeiro teste NAT completo para bancos de sangue chega à região Sul do BrasilA triagem em bolsas de bancos de sangue e a garantia deum sangue seguro nas transfusões já é uma realidade na regiãosul do Brasil com a chegada de uma tecnologia inovadora capazde detectar a presença de agentes infecciosos, como os vírus daAids e da hepatite: o teste de amplificação de ácidos nucleicos, oNAT. O laboratório Qualitá, em parceria com o Banco de SangueHemovida do Hospital Regina em Novo Hamburgo (RS), acabade implantar a tecnologia da Roche Diagnóstica, que possui amelhor sensibilidade do mercado para a detecção dos tipos viraisHIV-1 Grupo O e M, o HCV, o HBV e o HIV-2, responsáveis pelatransmissão do vírus da Aids e das hepatites B e C. Trata-se doprimeiro teste NAT completo no Estado e na região Sul.Com essa tecnologia, serão feitos testes de biologia molecularpara triagem destes vírus nas bolsas de sangue da região, com oobjetivo de aumentar a segurança nas transfusões de sangue, jáque o teste permite diminuir a janela imunológica. Isso porque oteste é capaz de detectar fragmentos dos vírus ao invés de procurarpelos anticorpos criados pelo organismo humano, como seria feitopor um exame de sorologia. Para os bancos de sangue, a sensibilidadede um sistema como esse é fundamental, pois os riscos deinfecções são reduzidos a praticamente zero. No Brasil, por exemplo,o número de infecções em transfusões sanguíneas seria reduzidoem vinte vezes caso o teste fosse aplicado nos bancos de sangue.De acordo com Dr. Cláudio Baungarten, médico hematologistado laboratório Qualitá, o NAT que chega ao Rio Grandedo Sul é um dos exames mais seguros do Brasil. “Com o teste,há uma considerável redução no risco de transmissão de víruspor transfusão. A operação dos equipamentos é totalmente automatizada,sem interferência humana até mesmo na misturados reagentes utilizados para detectar a presença dos vírus nosangue. Cabe ao profissional do laboratório apenas colocar eretirar as amostras de sangue. A região Sul agora dispõe damesma tecnologia de ponta de hospitais de referência comoSírio-Libanês e Albert Einsten, em São Paulo”, afirma.76<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Lançamento: coagulômetro de 1, 2 canais e kits de TTPA e TPA Medmax está lançando a família de coagulômetrosMax Clot com 1 e 2 canais disponíveispara venda e comodato, com sistemade pipetagem incorporado ao equipamentoque, ao dispensar a amostra, o contador automáticoinicia a contagem sem necessidadede outras ações. Com design moderno, menude fácil utilização, impressora incorporada,baixo custo e volume reduzido de reagentes,os analisadores Max Clot possuem uma excelenterelação custo-benefício.O equipamento conta ainda com software com curva decalibração interna e armazenagem e impressão de resultados.A Medmax é importadora direta e exclusiva da linha de coagulômetrosMax Clot e possui ainda linha de kits para coagulaçãopara TTPA e TP com excelente custoe desempenho.Com a importação direta dos equipamentos,todos com registro na Anvisa e adquiridosde fabricantes com ISO 13485, padrão dequalidade reconhecido internacionalmente,com preços competitivos, baixo custo porexames no comodato ou na aquisição dosequipamentos que tem possibilidade definanciamento.: (11) 4191-0170 / : (21) 3010-4887: medmax@medmaxnet.com.br / : www.medmaxnet.com.brMSN: vendas3@medmaxnet.com.brSkype: medmax_comercialLabtest lança linha VeterináriaNos últimos anos o mercado de produtos exclusivos para animaisde estimação vem crescendo. De acordo com Marcos Gouvêade Souza, diretor geral da GS&MD – Gouvêa de Souza, em 2011o mercado de varejo PET movimentou cerca de R$11,3 bilhões, oque representa um crescimento real de 4,5%. Em 2010, o crescimentofoi de 8,5% em relação ao ano anterior. A estimativa,segundo Gouvêa, é que nos próximos anos o mercado continuaráa se expandir acima do PIB. Atualmente, no País existem cerca de25 mil pet shops.A cada ano, os animais têm recebido mais atenção e cuidadosespeciais de seus donos. Muito diferente de anos atrás, os animaisde estimação hoje são considerados em muitos casos como integrantesdas famílias. O crescimento acelerado é acompanhado pelaexigência de novas tecnologias e produtos específicos no diagnósticoda saúde animal.Com 40 anos de experiência no diagnóstico laboratorial humano,a Labtest, após quatro anos de pesquisa e investimentos, finalmenteapresenta seus primeiros produtos da Linha Veterinária. O UriquestPlus VET é uma tira para análise da urina animal. Projetado paraaplicação manual, a tira determina semiquantativamente sete parâmetrose seu uso é indicado para pequenos e grandes animais.A tira também possui a proteção contra a influência do ácidoascórbico. As áreas reagentes para avaliação de glicose e sanguesofrem grande interferência dessa substância, por isso, foram protegidascontra sua ação antioxidante. A vantagem da tecnologia éa redução na frequência de resultados falsos-negativos e a necessidadede se obter nova amostra. Outra característica importanteé que a escala de cor no frasco corresponde exatamente às corespresentes na reação, o que facilita a interpretaçãoe avaliação dos resultados assegurandoum diagnóstico confiável.Para a médica veterinária da Labtest,Rebeca Quintão, o Uriquest Plus VET ofereceaos especialistas um diagnóstico fiável naanálise animal e possui uma boa relação decusto-benefício. Isso porque a maioria dasfitas com 10 ou 11 parâmetros usadas paraanimais são desenvolvidas para amostrashumanas, o que pode, muitas vezes, causarerros de interpretação dos resultados.Por exemplo, a densidade encontradana fita em análises veterinárias não serelaciona bem com a refratometria edeve simplesmente ser desconsiderada.O mesmo ocorre com outros analitos,que podem apresentar imprecisão,devido à diferença de interpretaçõesdos resultados das análises humanase animais. “Buscando solução maiseficaz, ao contrário do que é comumser encontrado no mercado, optamospor um produto com menos parâmetros,mas específico para o diagnósticoanimal. É importante destacar que oprocedimento laboratorial é simples ede baixo custo, mas fornece informações valiosas sobre a saúde doanimal para o diagnóstico clínico”, afirma Rebeca.Outra novidade é o lançamento do analisador hematológicoSDH-3 VET. Indicado para clínicas e laboratórios veterinários, oequipamento realiza a contagem diferencial de 3 partes para os leucócitosem diferentes tipos de animais e processa até 30 amostras/hora. Também libera hemograma com 18 parâmetros e histogramas,além de um sistema eficiente de prevenção de coágulos. Um dosprincipais diferenciais do SDH-3 VET é a maior exatidão nas análisesdas amostras felinas. “O equipamento utiliza o reagente de RINSEpara aumentar o tamanho das hemácias e podermos distingui-lasdas plaquetas, diminuindo o erro analítico comum na contagem dascélulas de gatos”, ressalta Rebeca.Muito em breve, a Labtest apresentará outras novidades dedicadasao mercado veterinário. “Há muitos anos estamos pesquisandoo mercado VET e ainda há muito para desenvolver, contudo, nossaexpectativa é construir uma relação de confiança com empresáriose profissionais desse mercado para ofertar cada vez mais produtosadequados e em alguns anos ter uma marca forte e de referênciatambém neste segmento”, conclui Fúlvio Facco, Gerente de Inovaçãoe Tecnologia.: 0800-0313411 / : sac@labtest.com.br / : www.labtest.com.br78<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Monitoramento do paciente HIV positivoCom as campanhas informativasespecialmente com foco em prevenção,pode-se dizer que é de conhecimentocomum que o contágio pelo vírus HIVpode levar o indivíduo infectado a óbito.Isso ocorre pois a infecção viral podeevoluir para o desenvolvimento de umasíndrome, que como outras, possui característicasbiológicas e sintomatologiaconhecidas. Trata-se da Síndrome daImunodeficiência Adquirida, a AIDS.O agente responsável pela infecção éo Vírus da Imunodeficiência Humana, oHIV. Trata-se de um vírus da família dosretrovírus, caracterizados por possuíremseu genoma constituído por ácido ribonucleico(RNA) de fita simples. O HIV é umvírus intracelular obrigatório, o que significaque a sua única forma de sobrevivênciaé infectar células do hospedeiro parase beneficiar de sua “maquinaria” para semultiplicar. Existem atualmente dois tiposde HIV identificados. O HIV-1 representao tipo mais prevalente no Brasil. Ele temum potencial de replicação maior e é,portanto, o tipo que possui também maiorpoder de infecção e de maior velocidadede progressão quando não tratado emonitorado adequadamente. O HIV-1possui subtipos já identificados e queforam classificados da letra A a H, sendoos subtipos B, C e F os mais frequentesna população brasileira. O HIV-2 é muitomenos prevalente no Brasil que o HIV-1e é conhecido também pelo seu menorpotencial de produção de novas partículasvirais, reduzindo também seu poderde infecção.A porta de acesso do HIV ao interiordas células se dá via três tipos de receptores:CCR5, CXCR4 e, principalmente,CD4. Essas moléculas estão presentesem importantes células do sistema imunecomo os monócitos, os macrófagos e,especialmente, os linfócitos T auxiliares.Ao infectarem tais células e se apossaremde suas funções biológicas atéresultarem na sua destruição, libertandoas partículas virais produzidas no interiorde cada célula infectada, o HIV promoveuma diminuição no número total dessascélulas. Estando elas envolvidas com oprocesso de reconhecimento e destruiçãode agentes infecciosos e/ou nocivos, umaredução no número dessas células implicatambém, diretamente, na redução da capacidadedo organismo de desempenharadequadamente tais funções, tornando-oimunodeficiente e, portanto, expondo-osignificativamente a danos causados porinfecções secundárias e oportunistas.Tão importante quanto identificar apresença e quantidade de partículas viraisno organismo é identificar o grau decomprometimento da imunidade. A formamais eficiente de se avaliar a capacidadeimunológica dos infectados é por meio daenumeração linfocitária, especialmente ade linfócitos T auxiliares, principais alvoscelulares do HIV, correlacionando-a com ade outros linfócitos como os T citotóxicose, de maneira menos frequente, com oslinfócitos B e NK. Principal método analíticopara avaliações celulares, a citometriade fluxo é a metodologia padrão ouro paraa identificação e enumeração linfocitária.Por meio de seus produtos e serviços eem linha com as recomendações dos Centrospara Controle e Prevenção de Doençasdos EUA, a BD Biosciences, principalfabricante de equipamentos, reagentese insumos em geral para citometria defluxo, dispõe de soluções completas paraa enumeração linfocitária de maneirarápida e confiável. Dispondo de instrumentoscomo o BD FACS Sample PrepAssistant III (SPA III), um preparadorautomatizado de amostras; equipamentosanalisadores como o BD FACS Calibur e oBD FACSCanto II; coquetéis de anticorposmonoclonais das linhas BD TriTEST e BDMultiTEST combinados para a identificaçãode cada um dos tipos linfocitários comuma única pipetagem; além de soluçõespara a lise eritrocitária (BD FACS LysingSolution) e tubos com partículas dereferência para a contagem das células(BD TruCOUNT), BD Biosciences tem amaior diversidade de produtos para essaidentificação celular. Todos esses produtossão suportados pela equipe de serviçosde BD Biosciences composta por umtime de engenharia regionalizado e umgrupo de assessores científicos mestrese/ou doutores altamente capacitados emtécnicas celulares.: 0800 771 71 57: biosciences.brasil@bd.com: www.bdbiosciences.comAtestados médicos serão emitidos com certificado digital em São PauloEm fevereiro, médicos de todo o estado de São Paulo terão àdisposição um serviço digital que inviabilizará fraudes ou roubosde talões de atestado médico. Batizado como “E-atestado”, atecnologia criada pela empresa Veus Technology permitirá comque os médicos possam assinar digitalmente seus atestadosmédicos através de um sistema de identificação digital, liberadopor login e senha.O trabalho foi feito em parceria com a mais representativaassociação brasileira de medicina do Brasil, a Associação Paulistade Medicina (APM), que conta 30 mil médicos afiliados no estadode São Paulo e a Certisign, uma das maiores empresas nacionaisem certificação digital. Responsável pela infraestrutura criadapela Veus, o diretor Marcelo Botelho afirma que o sistema étotalmente seguro e atende às exigências da Agência Nacionalde Vigilância Sanitária, a Anvisa.“A tecnologia utilizada nessa operação é idêntica à que éutilizada pela Receita Federal. Nela, mantemos um alto nível decriptografia e segurança da informação, o que traz mais segurança,inviabilizando as famosas trapaças para conseguir folgas oubenefícios indevidos com os atestados médicos”, explica Botelho.80<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


ArtigoA Influência do estresse nos níveis de cortisolLuciane Triches Machado 1 , Manoela Blumm 1 , Nanaschara Reis Leonhardt 1 ,Paola Rezzadori 1 , Renata Machado Ferreira 1 , Gustavo Müller Lara 21 - Acadêmicas do Curso de Biomedicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Feevale2 - Professor do Curso de Biomedicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade FeevaleResumoSummaryA influência do estresse nos níveis de cortisolA homeostasia do organismo pode ser afetada por algunsagentes de ordem física, química ou psicológica, podendo desencadeartranstornos ao mesmo. Um desses transtornos é o estresse,que provoca a liberação de hormônios, a fim de estabilizar oorganismo para que ele volte ao seu estado de equilíbrio normal.Agentes estressores são os causadores de mudanças fisiológicas noorganismo e provocam nele um comprometimento do sistema imunológico.Situações de estresse ativam o sistema nervoso autônomoe o sistema endócrino, através do hipotálamo, ocorrendo, assim,liberação de determinados hormônios, como o cortisol. Por este sero “hormônio do estresse”, regulador do sistema imunológico e dahomeostasia, quando em níveis elevados, reduz a resposta imune.Os níveis de cortisol não são constantes e sua secreção é atravésde feedback negativo, ativado pela ação do cortisol circulante.Um desequilíbrio deste feedback causa situações de ansiedade edepressão, ocasionando um estado de estresse.Palavras-chave: Estresse, cortisol, glicocorticoides, eixohipotálamo-pituitária-adrenalThe influence of stress on cortisol levelsThe homeostasis of the body can be affected by some agentsof physical, chemical or psychological, which can trigger thesame disorders. One such disorder is stress that causes therelease of hormones in order to stabilize the body so that it willreturn to its normal equilibrium. Stressing agents are causingphysiological changes in the body and causing immune systemcompromise. Stressful situations activate the autonomic nervoussystem and endocrine system through the hypothalamus, causingthe release of certain hormones such as cortisol. Because thisis the “stress hormone”, the regulator of the immune systemand homeostasis, when on high levels, reduces the immuneresponse. Cortisol levels are not constant and its secretion isthrough negative feedback, enabled by the action of cortisol.An imbalance of this feedback situations causes anxiety anddepression, causing a state of stress.Keywords: Stress, cortisol, glucocorticoids, hypothalamicpituitary-adrenalaxisIntroduçãoApesar da grande evolução damedicina, do intenso estresseimposto pela sociedade atual,das mudanças climáticas e alteraçõesdo meio ambiente, parece haver umaprecariedade da capacidade adaptativanatural (1). A homeostasia doorganismo é levada a um estado dedesequilíbrio, quando em contato comalgum agente estressor, seja físico,químico ou psicológico (2).O hormônio do estresse, o cortisol,tem importante papel na regulação docomportamento social (2), pois umavez liberado em situações de estresse,realiza a manutenção de defesa doorganismo (3).Assim, o estresse, quando presente,pode desencadear uma sériede complicações. Se nada for feitopara aliviar a tensão, a pessoa sofrecada vez mais com isso, se tornandouma pessoa exaurida, sem energiase depressiva. A partir disso, sem tratamentoadequado e de acordo comas características pessoais de cadaindivíduo, existe o risco de ocorrerproblemas graves para a saúde (4),além de agravar problemas já existentes(3).Baseado nisso, o presente artigotem como objetivo demonstrar os riscosque o estresse pode trazer à saúdee bem-estar de um indivíduo, assimcomo a reação do hormônio cortisolnessas complicações.O estresseBaseado em dados da OrganizaçãoMundial de Saúde, mais de 90%da população mundial sofre com omal do estresse (3), assim podendoser visto como uma epidemia glo-90<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


al. Não se pode classificá-lo comodoença, mas sim, como uma formade adaptação e proteção do corpocontra agentes internos e externos(5). Sendo assim, o estresse é umtermo que está sendo muito utilizadoatualmente (4), porém é um temaque apresenta muitas controvérsias,desde sua definição até suas consequênciasà saúde e bem-estar dosindivíduos (1).Hans Selye, médico endocrinologista,foi o primeiro cientista a utilizaro termo “estresse” na área da saúde(4), designando como a resposta gerale inespecífica do organismo a um estressorou a uma situação estressante(6). Ainda, estudos demonstram queo estresse perturba a homeostasia doorganismo (6), sendo um quadro dealterações emocionais e físicas provocadaspor diferentes fatores. Issoleva a um desequilíbrio interno do organismo,que pode tornar as pessoassuscetíveis a doenças (3).Quando uma pessoa é submetidaa situações estressantes, seu corpoapresenta mudanças fisiológicas,mostrando a interação do organismo.Essa situação ativa o sistema nervososimpático (SNS), preparando oindivíduo para situações de “luta oufuga”. Porém, o aumento contínuoda atividade simpática traz efeitosdeletérios ao organismo (5). De umponto de vista geral, o organismohumano está preparado para lidarcom o estresse agudo, se este não forfrequente, porém quando a situaçãose torna repetitiva ou crônica, osefeitos se multiplicam, desgastandoa capacidade do organismo de semanter estável (3).Agentes estressoresOs fatores estressores têm sidoclassificados como dependentes ouindependentes. São definidos comodependentes aqueles em que o indivíduopossui participação, ou seja,a maneira como ele se coloca frenteao fator. Já os independentes sãoaqueles em que a pessoa não conseguemanter o controle, sendo umfato inevitável, como, por exemplo,a morte de alguém querido (6).Um estresse pode ser físico,como cirurgias, mudanças drásticasde temperatura, traumatismos,hemorragias, entre outros; psíquicoou emocional, resultado de acontecimentoscomo mudança de emprego,moradia, casamento, divórcio, viuvez,etc.; ou ainda uma conjugaçãodos dois, sendo o mais comum, jáque um fator físico geralmente vemacompanhado de uma série de fatoresemocionais, como a dor (1).Além disso, os acontecimentosdiários também são de grandeimportância, como perder coisas,esperar em filas, barulhos, entre outros.Esses acontecimentos, quandorepetitivos, podem ser mais significativosquando comparados comoutros fatores já relatados, levandoalguns indivíduos a um desconfortopsíquico (1).Segundo Lazarus e Folkman(1984), a sensibilidade de cada indivíduodeve ser levada em contaquando se classifica os agentes comoestressores, pois o mesmo eventopode ser estressante para uma pessoae não surtir efeito significativo na vidade outra (5).Deve-se, ainda, levar em contaque os fatores estressantes podem serde curto (agudo) ou longo prazo (crônico),mas ambos podem ter efeitossobre o corpo. Assim, o estresse, emqualquer situação, dispara mudançasno organismo, aumentando a probabilidadedo aparecimento de doençasou o agravando problemas de saúdejá existentes (5).O estresse e sua ação noorganismoA homeostasia do organismo élevada a um estado de desequilíbrio,quando ameaçada por algum agenteestressor. Consequentemente, oestresse produz efeitos negativosao metabolismo, crescimento, regeneraçãotecidual, resposta imune ecomportamento reprodutivo (2).Lipp relata que os sintomas a nívelfísico que mais ocorrem são aumentoda sudorese, tensão muscular,taquicardia, hipertensão, ranger dosdentes, náuseas, mãos e pés frios.No âmbito sociológico, os sintomasmais comuns são ansiedade, tensão,angústia, insônia, alienação, dificuldadesinterpessoais, dúvidas quantoa si próprio, preocupação excessiva,hipersensibilidade emotiva, entreoutros (4).Não se pode deixar de citar airregularidade do sono, um sintomaimportante encontrado em quase todosos distúrbios psiquiátricos e o usocompulsivo de drogas (álcool, nicotinae psicoativos) (1), fatos importantesencontrados nos dias atuais, que podemser muitas vezes consequênciade um estresse.Estudos apontam que o estressepode suprir o sistema imunológico, oque pode tornar o corpo suscetível amuitas doenças, desde resfriados egripes a câncer e doenças cardíacas(5), podendo também estar relacionadocom a progressão da Aids(2). Ainda, em outras pesquisas,verificou-se que os níveis de cortisolapresentavam-se elevados, em comparaçãoa pessoas não estressadas,o que confirmou o papel de glicocorticoidesna regulação das defesas doorganismo (3).Enfim, muitas outras patologiase complicações podem ser relacionadasao estresse. Devido a sua<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 201291


controla, porém sabe-se que este éestabelecido ainda na infância, masde maneira gradual (10).A técnica mais utilizada na rotinalaboratorial para determinar níveis decortisol sérico é a técnica de radioimunoensaio(RIE). Porém, em alguns casos,como a determinação de cortisolna urina na forma livre, vem sendosubstituída por cromatografia líquidade alta eficiência (HPLC), para finsde melhor diagnóstico da síndromede Cushing. A substituição da técnicade RIE por HPLC visa minimizar aliberação de resíduos radioativos, resultandoem uma redução no tempode análise quando comparado coma técnica empregada rotineiramenteno laboratório de análises clínicas, oRIE (12).Integração estresse-cortisolComo já mencionado anteriormente,a exposição a inúmeros fatores deaspectos químicos, físicos e psicológicospode desencadear transtornosao organismo, comprometendo suahomeostasia (7, 10). O estresse éum desses transtornos, que leva àliberação de hormônios para o restabelecimentodo equilíbrio interno, independentede mudanças no ambienteexterno (10).A interação entre alguns hormôniose seus receptores específicos emnúcleos paraventriculares hipotalâmicosleva à ativação do eixo HPA, queresulta na liberação de glicocorticoides(GC) (13). Estes servem para prepararo organismo para desafios fisiológicosou ambientais e são importantespara a consolidação da resposta aoestresse (7).O HPA é modulado por estruturaslímbicas, como a amígdala e o hipocampo,que são responsáveis porelaborar as emoções (14).Quando a homeostasia é ameainfluênciano sistema imunológico,pode ser um dos principais fatoresambientais que predispõem umindivíduo à depressão (7), tambémpodendo influenciar na função tireoidiana,causando patologia (1). Alémdisso, alguns estudos demonstramque a vivência com estressores noinício da vida pode levar a um maiorrisco de transtornos de humor, ansiedadee de personalidade na formaadulta (8).Cortisol e seu diagnósticoAs células dos núcleos paraventricularesdo hipotálamo, ao serem estimuladas,secretam o fator liberadorde corticotrofina (CRF), que promovea produção do hormônio adrenocorticotrófico(ACTH). Este estimula o eixohipotálamo-pituitária-adrenal (HPA)que, por sua vez, libera o cortisolproveniente das glândulas adrenais(2, 6, 9, 10), sintetizado a partir decolesterol, assim como os demaisesteroides (10).Conhecido como o “hormônio doestresse” (2, 5), tem um papel indispensávelna homeostasia basal e éum importante regulador do sistemaimunológico, estimulando e inibindocitocinas com ação anti-inflamatória(5) ,atuando na resposta alérgica emodulando o sistema cardiovascular(1). Outro papel importante está naregulação do comportamento, o queleva a uma redução nas atividadessociais (2).O hormônio é encontrado nacirculação em uma pequena parcelana sua fração biologicamente ativa,e em maior parte ligado a proteínascarreadoras, sendo a transcortina amais importante proteína transportadorade corticoides (CBG) (11).Apresenta funções centrais e periféricasmediadas por dois tipos dereceptores específicos, os de tipo 1,mineralocorticoide (MR), e os de tipo2, glicocorticoide (GR) (9).Um dos seus efeitos mais conhecidosestá relacionado com o jejumprolongado, onde há aumento dastaxas de glicose circulante. Issopromove um efeito protetor à hipoglicemia,sendo, desta maneira,ativada a gliconeogênese hepática,proporcionando a imediata utilizaçãoda reserva celular de aminoácidose ácidos graxos (1, 10). O teor deaçúcar no sangue é elevado com afinalidade de abastecer o organismoem situações de “luta ou fuga” (10).O cortisol atua no sistema nervosoinfluenciando funções de cognição,memória, padrões de humor e motivação,onde tem papel na alteraçãodos sistemas de neurotransmissão(1, 6). Porém, no aparelho cardiovascular,promove a atenuação do tônusmuscular e da força de contraçãomiocárdica (1).O hormônio, quando secretadoem níveis elevados, pode reduzir aeficiência da resposta imunológica,o que por sua vez pode aumentar aschances de desenvolver patologias(10). Também pode reduzir ou inibira secreção de hormônios como ACTHe CRF (10), estando associado com oMal de Alzheimer, devido a sua atividadetóxica, que danifica ou eliminabilhões de neurônios (10).O cortisol livre é encontrado nasaliva, plasma sanguíneo e urina.Porém, a fins de diagnóstico, a salivaé mais indicada por ser de mais fácilcoleta, não invasiva, podendo ser feitaem qualquer local, não necessitandoser no laboratório, sendo mais acessíveltambém em termos de custo. Noentanto, os níveis de cortisol não sãoconstantes, acompanhando o ritmocircadiano, tendo picos durante osperíodos da manhã e da noite. Aindaé desconhecido o mecanismo que o92<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


çada, em situações referidas comoestressantes, há a ativação do eixoHPA. Essa ativação ocorre em duasetapas: no sistema endócrino e nosistema nervoso autônomo.A ativação do SNA se dá algunssegundos após a recepção do estímuloestressor, através de um sinal enviadopelo hipotálamo, via sistema nervoso,para a medula adrenal. Isso é possívelatravés de um aumento na secreçãodas catecolaminas como a norepinefrinae a epinefrina, neurotransmissoresresponsáveis pelo controle dasrespostas vegetativas de alerta doorganismo (9, 15).Já no sistema endócrino, a ativaçãoocorre mais lentamente (minutosa horas), com a liberação do CRF, oqual vai ativar a hipófise a secretar oACTH. Este ativa o córtex das suprarrenaisa secretar cortisol (2, 3, 5, 6,10, 16-18). Os glicocorticoides, alémde participarem do controle de toda ahomeostase corporal e a resposta doorganismo ao estresse (10, 18), sãoos efetores finais do eixo HPA, e suapresença é detectada por receptores,que podem ser danificados com oestresse prolongado.Embora altos níveis de glicocorticoidessejam essenciais numareação aguda ao estresse, níveiscronicamente elevados podem levara consequências deletérias ao organismo(9), tais como alteraçõescardiovasculares (hipertensão arterial),alterações da resposta imunológica,distúrbios do sono, perda dememória, queixas de dores no corpoe alterações metabólicas, podendodesencadear, também, algumas doençasautoimunes (3, 6, 15, 17, 19).A ativação prolongada do eixo HHAestimula a liberação do hormônio LH,de modo que o estresse agudo nafase folicular do ciclo menstrual podeprovocar liberação precoce do mesmo,interferindo na maturação do folículoe na ovulação (1).A secreção de cortisol é controladapor um processo de feedback negativo,que é ativado pela ação do cortisolcirculante, sendo que este atua napituitária e no hipotálamo, inibindo asecreção de CRF e ACTH, no eixo HPA(1, 17). Quando ocorre um desequilíbriona regulação desse feedbackpodem haver transtornos depressivose de ansiedade (8), que podem elevaro nível de estresse, influenciando noestado imunológico da pessoa, pordiminuir a produção de algumas citocinase células linfocíticas (2).A atividade cerebral aumentacom a liberação do cortisol durante oestado de estresse emocional, principalmenteno sistema límbico, quandocomparado com o período rotineiro.Há uma ampliação da acuidade sensorial,para a obtenção do maior númeropossível de informações sobre a novasituação de estresse (1).O cortisol é sintetizado e secretadopelo córtex da glândula adrenal emuma taxa de 10 mg/dia, aproximadamente.Durante uma experiênciaestressante, esses níveis podem aumentarem até 10 vezes, assim tendopouca afinidade com os receptoresde GC. Após a eliminação dos fatoresestressores, os níveis de cortisol livretendem a aumentar ainda durante 15 a20 minutos antes de diminuírem (18).Considerações finaisO organismo, quando está dentrode suas condições fisiológicas normais,possui a capacidade de mantera homeostasia diante de situaçõesestressantes. Quando exposto amecanismos cumulativos, porém,pode acarretar problemas físicos epsicológicos. Nestes casos, o cortisolé liberado em excesso, causando umaimunossupressão, agravando os efeitosrelacionados ao estresse, deixandoo indivíduo suscetível a outras doenças,ou, ainda, agravando patologiasjá existentes.Diante do exposto, faz-se necessárioum diagnóstico adequadopara o controle da resposta aosagentes estressores, bem como umtratamento apropriado, a fim de erradicaras consequências causadaspor esta patologia.Correspondências para:Manoela Blummmanu_blumm@hotmail.comReferências Bibliográficas1. Cortez CM, Silva D. Implicações do estresse sobre a saúde e a doença mental. Arquivos Catarinenses de Medicina. 36(4): 96-108, 2007.2. Venker CA et al. Associação entre Estresse, Cortisol e HIV/AIDS. <strong>NewsLab</strong>. 101: 120-127, 2010.3. Bauer ME. Estresse: Como ele abala as defesas do corpo? Ciência Hoje. 30(179): 20-25, 2002.4. Queiroz LP. Cefaléias e obesidade. Einstein. 2 (Supl 1), 64-66, 2004.5. Góis CWL, Ribeiro KG. Biodança, saúde e qualidade de vida: uma perspectiva integral do organismo. Revista Pensamento Biocêntrico,Pelotas, 10:43-65, 2008.6. Margis R et al. Relação entre estressores, estresse e ansiedade. Revista de Psiquiatria, Rio Grande do Sul. 25 (supl I): 65-74, 2003.7. Joca SRL, Padovan CM, Guimarães, FS. Estresse, depressão e hipocampo. Revista Brasileira de Psiquiatria. 25 (supl II): 46-51, 2003.94<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


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ArtigoDoença de WilsonRelato de CasoClaricy Barbosa Leal 1 , Juliana Tajra Tobias Mourão 1 , Paulo Sobral Júnior 21 - Biomédicas formadas pela faculdade Novafapi2 - Bioquímico/FarmacêuticoFaculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí - NovafapiResumoSummaryDoença de Wilson - Relato de casoA degeneração hepatolenticular, mais conhecida como Doençade Wilson, é causada por uma mutação no gene responsável pelacodificação do metabolismo do metal cobre; a mutação ocasionaum aumento gradativo do cobre no organismo. O estudo tem porfinalidade relatar um caso da doença e enfatizar seus principais aspectos,delimitando as manifestações clínicas. O metal em condiçõeselevadas provoca degeneração nos órgãos e consequente prejuízoao organismo. Quando não tratado corretamente, leva à morte dentrode pouco tempo. Apresenta determinadas lacunas por resolver, pelofato de ser ainda confundida com outras patologias, principalmentedo fígado. Contudo, são necessários estudos mais aprofundados.Wilson’s Disease – Case ReportHepatolenticular degeneration, better known as Wilson’sdisease, is caused by a mutation in the gene responsible forencoding the metabolism of copper. The mutation causes agradual increase of copper in body tissue. This is a case studyreport of the disease and emphasizes its main aspects whilelimiting the clinical manifestations. The metal in elevated levelscauses organ degeneration and harm to the body if not treatedproperly, and leads to death within a short time. There arecertain shortcomings to be resolved because it is still mistakenfor other diseases especially liver disease. However, morestudies are necessary.Palavras-chave: Degeneração hepatolenticular, cobre,Doença de WilsonKeywords: Hepatolenticular degeneration, copper, Wilson’sDiseaseIntroduçãoAdegeneração hepatolenticular,mais conhecida comoDoença de Wilson, é umadoença genética de origem recessivae caracteriza-se por uma mutação nogene ATP7B, situado no braço longo docromossomo 13, que codifica a proteínaresponsável pelo metabolismo docobre; foi descrita pela primeira vezpor Kinnear Wilson em 1912 e desdeentão vem sendo estudada na medicina.A prevalência da doença variade 1:30.000 a 1:200.000. Apesar desua raridade, é comum acontecer emregiões onde a consanguinidade éfrequente (8, 12, 13).Com a mutação, a proteína responsávelpelo metabolismo do cobrenão exerce normalmente sua função,ocasionando o acúmulo e aumentodo cobre em diversos tecidos doorganismo, principalmente no fígadoe cérebro, órgãos mais afetados nadoença. O cobre é essencial para oorganismo, mas em quantidades necessáriaspara que possa ser absorvidoe excretado de forma correta; suaquantidade elevada causa degeneraçãodos tecidos e a evolução ocorrerapidamente até mesmo antes doinício do tratamento (1, 4, 5).O diagnóstico da doença é obtidoatravés da união de manifestaçõesclínicas e exames laboratoriais como:dosagem de cobre sérico no sangue,dosagem da ceruloplasmina nosangue, cobre na urina de 24 horas,pesquisa do anel de Kayser-Fleisher,hepatopatia e distúrbios neurológicos(1, 3, 6, 8, 10, 12, 16).O tratamento é feito pela diminuiçãodo cobre através da dieta eadministração de medicamentos queserão escolhidos pelo médico, deacordo com o quadro clínico de cadapaciente; são mais utilizados agentesquelantes que aceleram a excreção dometal (4, 15, 16).Tendo em vista as diferentes variaçõesclínicas da Doença de Wilson,principalmente quando apresentadaem sua forma clínica, hepatopatias,96<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


seu diagnóstico pode se confundir comhepatites virais ou outras patologiasdo fígado. Deste modo vê-se a necessidadede mais estudos, aprofundando-sena história da doença e em suasmanifestações clínicas, enfatizando-sediagnósticos diferenciais, pois a doençapossui uma evolução rápida, se nãotratada de forma correta e precisa.O objetivo do presente estudo éanalisar um caso de Doença de Wilsone através dele verificar os principaisaspectos da mesma, priorizando odiagnóstico diferencial, já que possuium quadro clínico de evolução rápida.Relato do CasoPaciente K.A.C., 33 anos, gênerofeminino, parda, residente em Teresina-PI,procurou o serviço de saúde.Apresentava cansaço prolongado,icterícia, confusão mental, dispneia etremores por todo o corpo. Na admissãorelatou hepatite quando criança,sem cirurgia prévia e negou qualqueruso de medicações; não foram encontradosdados na história da pacienteou da família que pudessem identificarcaso de moléstia.Durante sua internação foram realizadosexames de imagem, como deultrassonografia abdome total, ondeapresentou fígado com dimensõesdiscretamente aumentadas, demaisórgãos sem observações consideráveis,caracterizando hepatomegaliahomogênea e pequena ascite.Já o RX de tórax apresentou umaimpressão diagnóstica de obliteraçãodos seios costo-frênicos, espondilosedorsal incipiente, opacidades mal delimitadasnas regiões peri-hilares e aortaalongada e ateromatosa calcificada.No decorrer da internação a pacienteapresentou: hepatopatia semespecificações, comprovadas por manifestaçõesclínicas (quadro ictérico)e dosagens de transaminases (AST/ALT), gama-glutamiltransferase efosfatase alcalina, as quais se apresentaramalteradas. Foi feita pesquisade HBsAg, HVC, Anti HVA, Anti HVAIgM e IgG (ambos pelo método deMEIA-Microparticle Enzyme Imunoassay),sorologia para HIV I e II - todasapresentaram-se não reagentes, excetoAnti HVA IgG (Tabela 1).Após oito dias de internação, semqualquer melhora no quadro clínicofoi transferida para UTI apresentandoinsuficiência hepática crônica, tremoresmusculares, sonolência, confusão mental,icterícia, encefalopatia hepática.Esse quadro clínico levou à suspeitade Doença de Wilson, que só foi confirmadaapós os resultados dos examesde cobre e ceruloplasmina (Tabela 2),que chegaram após óbito da pacientedevido à insuficiência hepática.DiscussãoAs manifestações clínicas relacionam-secom o depósito progressivo egradual de cobre nos tecidos. As primeirasmanifestações que aparecemna doença são hepáticas, em 42%dos casos. As manifestações hepáticasenglobam um espectro amplode doenças agudas e crônicas. Maiscomumente têm curso crônico com característicasde cirrose pós-necrótica,insuficiência hepática progressiva,hipertensão porta, hepatomegalia esplenomegalia,varizes gastresofágicase ascite. Por outro lado, a Doença deWilson pode se apresentar como umepisódio de hepatite aguda, que podeequivocadamente ser atribuída a umainfecção viral (4, 12, 13).Geralmente os pacientes irão apresentarmanifestações neurológicas nasegunda ou terceira década de vida.Estas manifestações são invariavelmenteacompanhadas por anéis deKayser-Fleischer encontrados atravésde um exame oftalmológico específicocom lâmpada de fenda (não é específicoda Doença de Wilson), podendoestar presente em outras patologiascomo cirrose biliar primária, hepatitecrônica, mieloma múltiplo e infestaçãocom Schistosoma japonicum.Há relatos de pacientes com manifestaçõesneuropsiquiátricas sema presença dos anéis. Alguns dossintomas neurológicos que podemse apresentar são: ataxia, disartria,tremores, prejuízos de coordenaçãomotora fina, distonias, anormalidadesde marcha e postura; podem ocorrermanifestações psiquiátricas comodemência, depressão, esquizofreniae irritabilidade (8, 14).Quando há cirrose hepática, algumasmanifestações neurológicas podemparecer encefalopatia hepática,na qual tem por sintomas alteraçõesna consciência, de comportamentoe personalidade. Tais manifestaçõessão por muitas vezes encontradas naDoença de Wilson e foram encontradasno caso descrito, o que pode explicar odiagnóstico de encefalopatia hepáticaatribuída à paciente (4).A porção livre do cobre está aumentadano paciente com Doença deWilson, ao mesmo tempo em que aquantidade ligada à proteína está bemdiminuída, em razão dos próprios níveisbaixos da mesma. A própria insuficiênciahepática pode contribuir paraos baixos níveis de ceruloplasmina,não havendo portanto um teste-ouropara o diagnóstico da doença. Suaconfirmação depende da combinaçãode testes bioquímicos e evidenciasclínicas. Um doente de Wilson semtratamento apresenta, classicamente,níveis séricos de ceruloplasminainferiores ao normal e abaixo de 20mg/dL (4, 7).<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 201297


Tabela 1. Exames laboratoriaisExame Resultado ReferênciaHmHctHgLeucócitosPlaquetas4.07 x 10 6 mm 34,0 a 5,2 x 10 6 /mm 333%35 a 46 %11.1 g%12 a 16 g%6.7 x 10 3 /mm 36,0 a 10 x 10 3 /mm 3131 x 10 3 /mm 3 150 a 400 x 10 3 /mm 3TAP incoagulável 70%TGOTGPAmilaseFosfatase alcalinaBilirrubina diretaBilirrubina indiretaGama-glutamiltransferase412 U/L324 U/L500 U/dL100 U/dL6.5 mg/dL1.3 mg/dL139 U/L12 a 46 U/L03 a 50U/L20 a 104 U/dL50 a 250 U/L0,4 mg/dL0,8 mg/dL07 a 32 U/LHVA IgGHVA IgMFonte: Dados contidos no prontuário da pacienteReagenteNão reagenteNão reagenteNão reagenteTabela 2. Exames laboratoriaisExame Resultado ReferênciasCobre 51,6 mcg/dL 80 a 155 mcg/dLCeruloplasmina 15,5 mg/dL 22 a 58 mg/dLFonte: Dados contidos no prontuário da pacienteQuadro 1. Avaliação de score para o diagnóstico da doença de WilsonSistema de score para o diagnóstico da Doença de WilsonScoreSintomas e sinaisAnel de Kayser-FleischerSintomas neuropsiquiátricos sugestivos de doença de WilsonAnemia hemolítica Coombs negativaP221A000Testes laboratoriaisCeruloplasmina séricaAnálise de mutaçõesMutações causadoras da doença nos dois cromossomasMutações causadoras da doença em um cromossomaNão detectadas mutações causadoras da doençaN 10 - 20


Em pacientes que incluem insuficiênciahepática, os exames laboratoriaispodem apresentar taxas detransaminases e bilirrubina bastanteelevadas, principalmente da transaminasepirúvica. O cobre sérico baixoé encontrado na Doença de Wilson,desnutrição, doença de Menkes e usode altas doses de vitaminas contendozinco, mas juntamente com a ceruloplasminasérica baixa são fortesindícios de Doença de Wilson, podendoser confirmada com manifestaçõesclínicas sugestivas (11, 13).Os métodos de imagem comoultrassom, tomografia computadorizadae ressonância magnética podemrevelar a presença de hepatopatia ede hipertensão porta. O diagnósticoda Doença de Wilson depende, portanto,de uma combinação de manifestaçõesclínicas e testes bioquímicos.Para facilitar esse diagnósticoexiste um sistema de score para adoença (4, 8) (Quadro 1).Considerações FinaisO estudo da Doença de Wilson aindaapresenta determinadas lacunas emistérios por resolver. Isso se deve,em parte, por ser uma doença raracuja investigação e pesquisa seriamde elevados custos financeiros semgrande resposta por parte dos pacientes,já que é uma doença que atingeapenas uma em cada 30.000 pessoas.E por conta da raridade o diagnósticodessa patologia às vezes é confundidocom outras enfermidades, impedindoum tratamento precoce, que poderiaevitar sequelas mais graves ou atémesmo a morte. Devido a todos essesproblemas, são necessários estudosmais aprofundados e maiores divulgaçõesda doença, na intenção de queessa seja mais conhecida e que sejafeito um diagnóstico diferencial, queinclui os exames laboratoriais como:cobre sérico, ceruloplasmina, cobreurinário, avaliação de manifestaçõesclínicas e anel de Kayser-Flescher.Correspondências para:Claricy Barbosa Lealclaricybarbosafdj@hotmail.comReferências Bibliográficas1. Barbosa ER et al. Doença de Wilson: relato de caso e revisão histórica. Arquivo NeuroPsiquiatria. São Paulo, 67(2b), 2009.2. Brito JC et al. Doença de Wilson: diagnóstico e sinais das “faces de panda” à ressonancia magnética. Relato de caso. Arquivos deNeuro-Psiquiatria, São Paulo, 63(3a), 2005.3. Ferenci P. Pathophysiology and Clinical Features of Wilson Disease. Metabol Disease, 2004.4. Galizzi J Filho. Doenças hepáticas metabólicas: doença de Wilson. Prática Hospitalar, Belo Horinzonte, IX(53), 2007.5. Freitas EB, Franco GM. Doença de Wilson – relato de caso e revisão da literatura. Neuro on line, Juiz de Fora-MG, num. 5, 2002.6. Hortêncio APB et al. Doença de Wilson e gravidez. Relato de caso. Revista Brasileira Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, 23(5), 2001.7. Kumar V, Cotran RS. Robbins: patologia estrutural e funcional. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.8. Machado AAC. Manifestações neurológicas na doença de Wilson: estudo clínico e correlações genotípicas. São Paulo, Tese (doutorado),Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Departamento de Neurologia, 2008.9. Martins MM. Doença de Wilson. Instituto Superior de Ciências da Saúde - Norte, Portugal, jan, 2008.10. Moreira DM et al. Anéis de Kayser-Fleischer. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, São Paulo, 64(6), 2001.11. Pardini H. Manual de exames e serviços 2006-2007, 2007.12. Peres LAB et al. Doença de Wilson: Relato de caso. Jornal Brasileiro de Nefrologia, São Paulo, 24(1), 2002.13. Prado ALC et al, Uma Revisão sobre a Doença de Wilson relato de caso. Saúde, 30 (1-2): 69-75, 2004.14. Rodrigues ACT, Dalgalarrondo P. Alterações neuropsiquiátricas na doença de Wilson e uso da eletroconvulsoterapia: relato de caso.Arquivo Neuro-Psiquiatria.São Paulo, 61(3B), 2003.15. Teixeira JA. Doença de Wilson: Diagnóstico e Tratamento. Revista Médica Ana Costa, Santos-SP, 9(3), 2004.16. Tommaso AMA. Doença de Wilson. Hep Centro. 2003. Disponível em: http://www.hepcentro.com.br/wilson.htm. Acesso em: 10 de Abrilde 2009.100<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


ArtigoImunossenescênciaRoger Bordin da Luz 1 , Michele Vetter 1 , Bianca Bergamaschi , Pâmela Landevoigt 1 , Daniel Nuncio 1 , Gustavo Müller Lara 21 - Acadêmicos do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Feevale2 - Professor Titular da Disciplina de Imunologia Clínica do Centro Universitário FeevaleResumoSummaryImunossenescênciaA Organização Mundial de Saúde (OMS) considera idoso oindivíduo com idade superior a 65 anos. Quando se consideraa divisão da população por idade, alguns dados têm chamadoatenção para o surgimento de um novo segmento dentro das sociedades:os indivíduos com idade superior a 85 anos. As mudançasno sistema imune do indivíduo idoso ocorrem acentuadamente naimunidade mediada por células, caracterizada pelo aumento donúmero de linfócitos T imaturos (CD2+CD3-), decréscimo do númerode linfócitos T virgens (CD45RA), aumento dos linfócitos de memória(CD45RO) e aumento das células helper T2, com decréscimodas helper T1. Embora as mudanças na resposta humoral sejammenores no envelhecimento, a menor especificidade e afinidadedos anticorpos nos indivíduos idosos constitui uma diferenciação daresposta imune. Estudos clínicos recentes sugerem que as disfunçõesdo sistema imune durante a senescência estariam associadas a umadiferenciação da resposta imune e não ao seu decréscimo irrestrito.ImmunosenescenceThe World Health Organization (WHO) considers elderlythe individual aged over 65 years. Considering the populationdivision by age, some data warn us to the emergence of a newsegment within the societies: people over 85 years. The changesin the immune system of elderly people occur with emphasis inthe immunity mediated by cells, characterized by the increasednumber of immature T lymphocyte cells (CD2+CD3-), decreasednumber of T virgin lymphocyte cells (CD45RA), increase ofmemory lymphocytes (CD45RO) and increase of T2 helper cells,with decrease of T1 helper cells. Although changes in humoralresponse are minor during people aging, the less specificityand affinity of the antibodies in old people are a differentiationin immune response. Clinical studies suggest that immunesystem dysfunctions during senescence may be associated toa differentiation of immune response and not to its unrestricteddecrease.Palavras-chave: Envelhecimento, sistema imune, senescência,imunidade, linfócitos TKeywords: Aging, immune system, senescence, immunity,T lymphocyteIntroduçãoDurante toda a vida do serhumano, seu sistema imunológicosofre continuamentemudanças morfológicas e funcionaisque atingem o pico da sua funçãoimunológica na puberdade e umdeclínio gradual no envelhecimento.Em seres humanos, a função imuneparece estar alterada, de modo geral,em indivíduos após os 60 anos deidade, sendo que a OMS consideraindivíduos idosos, aqueles acima dos65 anos (1, 2).Sabe-se que há uma grande interaçãoentre o sistema imune e osistema nervoso e essa interaçãodesempenha papel na exacerbaçãode afecções de cunho imunológico ena depressão das funções normais dosistema imune. (3).Quando sinais de degeneraçãomuito intensos aparecem, ocorre oenvelhecimento patológico, chamadosenilidade (4). Os processos biológicosinerentes ao envelhecimentosão multifatoriais e determinam umlimite na duração da vida, com níveisva riáveis de indivíduo para indivíduo.Quando a homeostase é perdida,reduz-se a capacidade de adaptaçãodo indivíduo às agressões inter nase externas, acarretando, assim, suamaior suscetibilidade a doenças (5).Denomina-se imunossenescência oenvelhecimento imunológico que estáassociado ao progressivo declínio dafunção imune, aumentando, assim,a suscetibilidade dos indivíduos parainfecções por micro-organismos intrae/ou extracelulares.A senescência vem acompanhadade inúmeras alterações na hematopoiese.Ocorre uma diminuição102<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


gradativa na quantidade de células--tronco disponíveis para a realizaçãode autorrenovação, acarretando emuma baixa dos valores de leucócitosdecorrentes da linfopoiese. Atualmentenão há respostas que elucidem essaquestão, mas sabe-se que há influênciada redução na produção de fatoresestimuladores de colônia e citocinaspró-inflamatórias (interleucina 6 namedula) (6, 7).Alterações nas defesas contramicro-organismos mediados porreações iniciais da imunidade inatae pelas respostas mais tardias daimunidade adquirida podem ser observadascom o passar dos anos. Estasalterações podem ocorrer em qualqueretapa do desenvolvimento de umaresposta imune, pois se trata de umcomplexo multifatorial que envolvevárias reorganizações e mudançasno desenvolvimento regulatório, alémde mudanças nas funções efetoras dosistema imune.A prevalência de indivíduos idososem detrimento de indivíduos jovenscompreende um quadro comum napopulação mundial. As estimativasindicam que, em 2050, cerca de 22%da população mundial será constituídapor indivíduos idosos. No Brasil, asprojeções demográficas estimam queno período entre 2000 e 2050 a proporçãode idosos na população devesubir de 5,1% para 14,2%. (8). Destaforma, o Brasil, em 2025, passaráde 16º país em número de idosos nomundo, para 6º lugar, com mais de30 milhões de indivíduos acima dos60 anos.O Estado do Rio Grande do Sul(RS) apresenta um dos melhoresÍndices de Desenvolvimento Humano(IDH) do país, com a melhor média emrelação à longevidade (expectativa devida ao nascer), educação e padrãode vida (9).Timo e maturação de linfócitos nasenescênciaO transcorrer da idade vem acompanhadoa uma redução geral dereprodução celular e renovação desubstância tecidual. O envelhecimentoé caracterizado pela perda da capacidadede adaptação do organismo frentea fatores genéticos e ambientais.A senescência vem acompanhadade inúmeras alterações na hematopoiese.Ocorre uma diminuição gradativana quantidade de células-troncodisponíveis para a realização de autorrenovação,acarretando numa baixados valores de leucócitos decorrentesda linfopoiese. Atualmente não há respostasque elucidem essa questão, massabe-se que há influência da reduçãoda produção de fatores estimuladoresde colônia e citocinas pró-inflamatórias(IL-6 na medula) (6, 7).Para que os linfócitos tenham suatotal eficiência no reconhecimento deantígenos, após sua produção na medulase faz necessário o processo dematuração. Diferente dos linfócitos B,os precursores dos linfócitos T migrampara o timo afim de ativar diferentesgenes e expressar distintos receptores.Primeiramente, ao entrar no timo,as células pré-T, são duplo negativas,não expressando receptores CD4 eCD8 em sua superfície. Os timócitoscom o processo de maturação deixamde ser duplo negativos e se tornamduplo positivos (expressam CD4 e C8).De acordo com a afinidade e especificidadedas T cell receptor (TCR),ocorre a seleção para a continuidadedo processo de amadurecimento celular.Caso haja reconhecimento decélulas que expressem CD3+ CD4+ou CD3+ e CD8+ a peptídeos própriosde MHC, estas células são eliminadase sofrem seleção negativa. As célulasao sair do timo maduras são denominadasT virgens.No processo de senescência, o timose altera afetando a capacidade dedesenvolvimento imunológico. O timosofre involução, sendo que a produçãode células T no timo é alta até a puberdade.Após esse estágio da vida,o timo diminui sua atividade, vistoque ocorre a diminuição deste órgãoe a substituição de tecido ativo tímicopor deposição de gordura. Apesardeste fato, mesmo com a diminuiçãode células liberadas pelo timo paraa corrente sanguínea, o número decélulas T periféricas permanece quaseconstante em indivíduos idosos saudáveis(10, 11).A quantidade de células T não éalterada, porém as células presentestêm sua função diminuída (12). Receptoresde superfície mudam com aidade, sendo que, em ratos, a quantidadede receptores theta na superfíciedo linfócito T diminui (13). Alteraçõesintracelulares com o avanço da idadetambém foram detectadas, caracterizadaspor mudanças morfológicas efuncionais (14, 15).Resposta imune inataA resposta imune inata é caracterizadapor ser uma resposta rápida,inespecífica, sem memória imunológicae ligada a inflamações. Ela inicia-secom a fagocitose de algum agenteexterno, por um macrófago (ou outrosagentes fagocíticos), que passa entãoa liberar interleucina 1 (IL-1), interleucina6 (IL-6), interleucina 8 (IL-8) efator de necrose tumoral (TNF).A TNF, IL-1 e IL-6 são responsáveispor aumentar a diapedese, aativação e passagem de neutrófilose ativar a angiogênese. A IL-8, porsua vez, realiza uma quimiotaxia deleucócitos, a partir dos vasos sanguíneos,aumentando a quantidadede células disponíveis para combateros agentes externos. Os micróbios<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012103


ingeridos sofrem ação de espéciesreativas de oxigênio e enzimas lisossômicas,responsáveis por destruí--los. No caso do agente externo serum vírus, ocorre ação das célulasnatural killer (células NK), induzindocélulas infectadas e/ou estressadasà apoptose (16).As células-tronco pluripotentes,na medula óssea, têm a capacidadede diferenciar-se em timócitos duplonegativos (CD4-CD8-), linfócitos B oumacrófagos, portanto alterações nessascélulas-tronco afetam diretamenteas linhagens citadas. Com o avançoda idade, em ratos, a habilidade deexpansão clonal e taxa de divisão dascélulas-tronco diminui (17, 18), bemcomo a habilidade de reparar danosinduzidos por raios-x (19) e taxa deformação de linfócitos B (20, 21). Comuma expansão clonal e taxa de divisãodiminuída, entende-se por que idosostêm dificuldade em produzir célulassuficientes para compensar a destruiçãocelular e manter a homeostasia,em relação à linhagem leucocitária.Apesar da diminuição do númerode células-tronco precursoras de fagócitosmononucleares, em ratos, o númerode macrófagos no peritônio nãodiminui (22) e a eficiência fagocíticae atividade lisossomal aumentam coma idade (23-25). É possível que esteaumento na capacidade fagocítica dosmacrófagos contribua para o decréscimoda eficiência de processamentode antígenos.A diminuição das células supracitadasocasiona não somente uma quedana eficiência da resposta imune inatae uma facilitação à ocorrência e disseminaçãode infecções, mas tambémuma redução na eficácia da respostaimune adaptativa, uma vez que estaé dependente da apresentação depeptídeos do antígeno a linfócitos, nosórgãos linfoides.Resposta imune adaptativaA resposta imune adaptativa apresentauma resposta mais lenta, de 5 a10 dias após a infecção, apresentando,no entanto, uma maior especificidadepara macromoléculas distintas, bemcomo uma capacidade de gerar memóriae responder mais rapidamentea repetidas exposições ao mesmoorganismo. Os componentes da imunidadeadquirida são os linfócitos e seusprodutos. As substâncias estranhasque induzem respostas específicasou são alvos dessas respostas, são oschamados antígenos (16).A involução do timo ocorre universalmenteacompanhando o envelhecimento.No homem inicia-se aos 30anos de idade e continua até a idadede 50 anos, no momento em queapenas 5 a 10% da massa máximado timo é retida (26).Como consequência da atrofia tímica,em células senescentes ocorreredução da população e da diferenciaçãode linfócitos T virgens e de suacapacidade de resposta ao antígenoquando comparadas a células jovens.Além disso, estudos sobre trans duçãode sinais mostram que a mobilizaçãode cálcio, a fosforilação de proteínas,a ativação de quinases e a ativação dociclo celular estão modificados nos linfócitosT virgens de indivíduos idosos (5).A seleção clonal (é a base daativação de linfócitos, através daqual o antígeno estimula somenteas células que expressam receptorespara este) descreve o princípiobásico da resposta imune adaptativa,mas não como ela defende oorganismo contra uma infecção. Diferentespatógenos possuem estilosde vida distintos, os quais requeremdiferentes mecanismos de resposta,não apenas para assegurar suadestruição, mas também para suadetecção e reconhecimento.Existem dois tipos diferentes dereceptores de antígenos: a imunoglobulinade superfície de células Be o receptor de antígeno das célulasT. Esses receptores de superfície sãoadaptados para reconhecer o antígenode duas maneiras distintas: as célulasB reconhecem o antígeno que se encontrafora das células do organismo,onde, por exemplo, se encontra amaioria das bactérias. Por outro lado,as células T podem detectar antígenosgerados dentro das células, como, porexemplo, os vírus.A principal função do sistema imuneé proteger o organismo humanodos agentes infecciosos. E na populaçãoidosa, isso se torna mais complicado,pois ocorre o encurtamentodos telômeros e a predominância delinfócitos/células T.Costumamos acreditar na habilidadede nosso sistema imune em livrar nossoorganismo de infecções e prevenir asua recorrência. Em algumas pessoas,principalmente nos idosos, partes dosistema imune apresentam falhas.Em idosos portadores de hipertensãoarterial, precisam estar em acompanhamentoterapêutico, pois apesarde todas as perdas sentidas e referidas,os idosos buscam ativar mecanismosque propiciem respostas adaptativas àsituação de saúde-doença.Resposta imune humoralA resposta imune humoral (RIH)é mediada pelos linfócitos e pelosprodutos por eles secretados, osanticorpos, e sua função fisiológicaé a defesa contra micro-organismosextracelulares e toxinas microbianas.A imunidade humoral contra toxinasmicrobianas foi descoberta no início dadécada de 1900, por Charles Bordet,como uma forma de imunidade quepodia ser transferida pela infusãodo soro de indivíduos imunizados104<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


para os não imunizados. Os tipos demicro-organismos que são combatidospela RIH são bactérias extracelulares,fungos e micro-organismos intracelularesobrigatórios, como por exemplo,os vírus. As falhas na produção deanticorpos resultam em aumento dasuscetibilidade às infecções por micro--organismos extracelulares (16).No envelhecimento humano ocorreum decréscimo na resposta de anticorposa antígenos específicos, comoobservado nos casos de vacinas contraa toxina do tétano, anti-influenza eoutras. (27).A causa primária das alterações naimunidade humoral é a função prejudicadado linfócito T. As alteraçõesnas funções do linfócito B parecem sersecundárias ao declínio na função decélulas T que ocorre com a idade. Noprocesso de senescência, observam--se mudanças na imunidade humoralcom relação à concentração de imunoglobulinatotal no soro que se alterapouco, as concentrações de IgA e IgGestão aumentadas, enquanto que asconcentrações de IgM estão reduzidas.Ainda um aspecto acerca da respostahumoral que vale ressaltar é anecessidade de interação entre linfócitosB e T para a produção de diferentesclasses de anticorpos. Em indivíduosidosos, essas interações podem serdefeituosas, já que linfócitos T CD4+senescentes apresentam expressãoreduzida do ligante de CD40, umamolécula de importância crucial paraa ativação de linfócitos B por célulasT. De uma forma mais geral, pode-seafirmar que o avanço da idade é caracterizadopela diminuição de respostasde linfócitos B clonotípicos contranovos antígenos extracelulares. (5).DiscussãoTendo em vista que a expectativade vida encontra-se cada vez maiselevada, a busca por um envelhecimentosaudável está cada vez maior.A expectativa de vida em 1940 era de40,5 anos; em 2007 é de 70,4 anos eem 2050 será de 81,3 anos, segundodados do Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE 2007).Sendo assim torna-se de suma importânciaconhecer a fundo as alteraçõesprovocadas no sistema imune duranteo envelhecimento, visto que este é oprincipal responsável por combater asinfecções por micro-organismos sendoeles intra ou extracelulares, para queassim sejam desenvolvidas ações quepossam proporcionar uma melhor qualidadede vida numa fase da existência emque os indivíduos estão mais debilitados.O sistema imune é constituídode diferentes etapas, cada qual comsua importância, a resposta inata éresponsável pelas reações iniciais,sendo mais rápida, no entanto menosespecífica, apresentando como componentesbarreiras físicas e químicascomo o epitélio e suas substânciasmicrobianas produzidas nas superfíciesepiteliais, células fagocíticascomo neutrófilos e as NK, proteínasdo sangue e citocinas.A resposta adaptativa, no entanto, émais lenta e mais específica. Embora asmudanças na resposta humoral sejammenores no envelhecimento, a menorespecificidade e afinidade dos anticorposnos indivíduos idosos constituiuma diferenciação da resposta imune.Estudos recentes demonstram que noenvelhecimento a suplementação de micronutrientesespecíficos exerce efeitosbenéficos sobre o sistema imune (27).Estudos clínicos recentes sugeremque as disfunções do sistema imunedurante a senescência estariamassociadas a uma diferenciação daresposta imune e não ao seu decréscimoirrestrito (28).Correspondências para:Roger Bordin da Luzrojeru_87@yahoo.com.brReferências Bibliográficas1. Tinker A. The social implications of an aging population. Mech Aging Dev. 2002; 123(7): 729-35.2. Duthie Jr EH, Katz PR. História e exame físico. 3. ed. In: Duthie Jr EH. Geriatria prática. Rio de Janeiro: Revinter; 2002.3. Mcewen BS. Physiology and neurobiology of stress and adaptation: central role of the brain. Physiol Rev. 2007; 87(3):873-904.4. Peres A, Nardi NB, Chies JAB. Imunossenescência – O Envelhecimento das células T no envelhecimento. Biociências, Porto Alegre, 11(2):187-194, 2003.5. Esquenazi DA. Imunosenescência: as Alterações do Sistema Imunológico Provocadas pelo Envelhecimento. Revista do Hospital UniversitárioPedro Ernesto, UERJ. Ano 7, Janeiro/Junho de 2008106<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


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ArtigoAvaliação do Teste VeraCode ADME ® e Frequência das Variantesdo CYP2D6, CYP2C9 e VKORC1 em Amostras BrasileirasFátima Souza Gandufe, Patrícia Yoshie Nishimura, Fátima Regina Marques Abreu, Andréa Alfieri, Nelson Gaburo JuniorDiagnóstico Molecular - Diagnósticos da América S/A (DASA)ResumoSummaryAvaliação do teste VeraCode ADME ® e frequência dasvariantes do CYP2D6, CYP2C9 e VKORC1 em amostrasbrasileirasFarmacogenômica é a ciência que estuda a base genética dasvariações de resposta a drogas. Recentemente um kit de microarray(VeraCode ® ADME) foi desenvolvido pela Illumina; o kit detecta ogenótipo para 33 genes associados ao metabolismo de drogas(total de 188 SNP).O objetivo deste estudo foi validar o kit e descrever a frequênciados genótipos entre 32 indivíduos brasileiros para os seguintes genes:VKORC1 (metabolismo da varfarina), CYP2C19 (metabolismodo clopidogrel) e CYP2D6 (metabolismo do tamoxifeno).O teste foi validado com 12 painéis Paragon. Um total de 32amostras de indivíduos que solicitaram o teste foi utilizado paradescrever a frequência dos genótipos.A acurácia do teste foi 99,3%, a reprodutibilidade intra einteroperador foi 99,16 e 99,3, respectivamente. Foi possíveldetectar que 6% dos indivíduos precisariam de doses menores devarfarina para evitar hemorragias. Em relação ao clopidogrel, 3%teriam um maior risco de sangramento. Apenas 74% dos indivíduosresponderiam ao tamoxifeno.O kit VeraCode ® ADME da Illumina mostrou um ótimo desempenho.Nossos resultados ressaltam como os testes farmacogenéticossão importantes antes da implementação desses tratamentos.Evaluarion of VeraCode ADME® test and frequencyof variants of CYP2D6, CYP2C9 and VKORC1 inbrazilian samplesPharmacogenomics is the science that studies the geneticbasis for variation in drug response. Recently a microarray kit(VeraCode ® ADME) based on beads was developed by Illuminato access genotype for 33 genes(total of 188SNPs) associatedwith drug response.The objective of this study was to validate this kit and describethe frequency of the genotypes among 32 brazilian individuals forthe following genes: VKORC1 (warfarin metabolism), CYP2C19(clopidogrel metabolism) and CYP2D6 (tamoxifen metabolism).The test was validated with 12 Paragon panels. A total of32 samples from individuals who asked for the test was used todescribe the frequency of the genotypes.The accuracy of the test was 99.3%, the reproducibilityintra e inter operator was 99.16 and 99.3 respectively. Wecould detect that approximately 6% would need lower dosesof warfarin to avoid bleeding. In relation do clopidogrel 3%had higher risk of bleeding. Only 74% of the individuals wouldrespond to tamoxifen.VeraCode ® ADME kit from Illumina showed a very goodperformance. Our results highlight how pharmacogenetic testsare needed before the implementation of these key treatments.Palavras-chave: Farmacogenômica, drogas, validaçãoKeywords: Pharmacogenomics, drugs, validationIntroduçãoQuando um medicamento éadministrado a um paciente,seu efeito farmacológicoserá dependente de diversos fatores,como absorção, distribuição, interaçãocom seus receptores, enzimas metabolizadoras,transportadores e vias deeliminação. Com o desenvolvimentode técnicas moleculares que identificarama presença de polimorfismos(SNPs), foi possível mapear os genesrelacionados às diversas etapas dometabolismo das drogas e associarvariantes genéticas a efeitos farmacológicoscomo nível de ação terapêuticae toxicidade.Farmacogenômica é a ciência queestuda a base genética da respostaindividual aos medicamentos, ou seja,como as variações genéticas no DNApodem influenciar a resposta à determinadasubstância.Muitos medicamentos prescritospodem funcionar em menos de 50%dos pacientes e, por outro lado, even-110<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


tos adversos causados por tratamentosestão entre as maiores causas demorbidade e mortalidade, com um altonúmero de internações hospitalaresem todo o mundo.A farmacogenômica pode fornecerferramentas para que os médicosavaliem os riscos e os benefícios associadosao uso de medicamentos paracada paciente individualmente, selecionandoa melhor opção terapêutica.Assim, as possibilidades de decisõesmédicas baseadas em informaçõesparticulares a cada paciente podemaumentar a probabilidade de resultadosdesejados com menores probabilidadesde efeitos colaterais (1).A partir do conhecimento sobrevariações genéticas que influenciamtodas as etapas do processamento deuma substância no organismo, desdetransportadores de membrana, metabolismoenzimático, prováveis alvos,receptores e sinalizadores molecularesque possam afetar a dose, efetividadeou tolerabilidade a uma certa droga,foi possível desenvolver testes genéticosque podem ajudar o médico natomada de decisões terapêuticas (2).Atualmente existem vários polimorfismosconhecidos, cuja utilidadeclínica já está sedimentada, inclusivepara a elaboracão de algoritmos paradose inicial do medicamento. Para diversasdrogas a informação de comoos genótipos influenciam a respostaao tratamento já foi incorporada emsuas bulas.Como exemplo podemos citar ogene VKORC1, que codifica a vitaminaK peróxido redutase, enzima queconverte a vitamina K em sua formaativa, auxiliando a coagulação atravésdos fatores K-dependentes. A varfarinainibe a ação da VKROC e mutações nogene VKORC1 estão relacionadas à baixaatividade da enzima; indivíduos queapresentam o alelo A na posição1639são mais sensíveis à ação da varfarina,com necessidade de doses menores emaior risco de sangramento.A varfarina-S (fração que exerceuma inibição mais potente daVKORC1) é metabolizada no fígadopela enzima citocromo p450 2C9(CYP2C9). Mutações no gene quecodifica a enzima CYP2C9 estão relacionadasa respostas distintas àdosagem de varfarina. A presença dosalelos *2, *3, *5 *6 e *8, (mutaçõesmais frequentes) está relacionada àação deficiente da enzima e maiorsensibilidade à varfarina.Varfarina é o anticoagulante maisutilizado mundialmente, com umajanela terapêutica que varia de 1 a 10mg/dia, onde até o estabelecimentoda dose adequada existe risco desangramento ou de tromboembolismo.O estabelecimento da dose inicialtorna-se muito mais seguro com oconhecimento prévio do genótipo dopaciente (3,4). Neste sentido o FDAelaborou uma tabela para auxiliar naprescrição da dose de varfarina (5).O clopidogrel é uma medicaçãoamplamente utilizada como antiagreganteplaquetário em pacientes sobrisco cardiovascular e sua ativaçãopara forma ativa depende da enzimacitocromo p450 2C19 (CYP2C19).A presença de mutações no geneCYP2C19 pode determinar a respostaterapêutica ao clopidogrel. A presençados alelos *2,*3,*4,*5 está relacionadaà baixa atividade enzimática, comresposta baixa ou nula ao clopidogrel.A presença do alelo 17 indica hiperatividadeenzimática, com maior efeitode inibição plaquetária e maior riscode sangramento. Desses resultadosdepende a decisão de utilizar outroantiagregante que não precise sermetabolizado, como o prasugel, ou nocaso de alta tividade enzimática, utilizardoses reduzidas de clopidogrel (4).As estatinas também estão presentesem todos os tratamentos indicadospara pacientes sob risco cardiovascular,por contribuírem no controle dahipercolesterolemia.O gene SLCO1B1 codifica o transportadorOATP1B1, que regula o aportehepático de diversas substâncias,incluindo estatinas. A presença doalelo *5 está relacionada à produçãode proteínas com capacidade reduzidade ligação de estatinas ao fígado,com diminuição de seu clearance.O aumento de estatinas circulantespode levar a efeitos colaterais comomiopatia e rabdomiólise. A chance dedesenvolvimento de miopatia é decerca de 15% em homozigotos parao alelo *5 (5, 6).O gene ABCB1 (também conhecidocomo MDR1) está relacionado àhomeostase celular e efluxo de membranas.O polimorfismo C3435C>Tmostra uma significativa correlaçãocom os níveis de expressão daglicoproteína-P, que é uma proteínade membrana celular e tem a funçãode bomba de efluxo, transportandoos fármacos para fora da célula ebaixando o nível intracelular a níveissubletais. Esse baixo nível de drogasno meio intracelular confere à célularesistência ao tratamento. A presençado alelo T confere uma pior respostaao clopidogrel e a atorvastatina, comaumento do risco cardiovascular. Opolimorfismo 2677G>A/T tambémestá envolvido na resistência à açãodo clopidogrel, atorvastatina e antiepiléticos(7, 8, 9).Outro exemplo é o conhecimentodo genótipo das pacientes para ometabolismo do tamoxifeno, utilizadocomo tratamento de tumores demama receptores de estrógeno positivos.A enzima CYP2D6 é responsávelpela metabolização de tamoxifeno emendoxifeno, seu metabólito mais ativo,112<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


cuja concentração plasmática é 5 a 10vezes maior que a do 4-hidroxitamixifeno,igualmente potente. A presençade mutações no gene que codifica aenzima CYP2D6 pode alterar a funçãoenzimática, com ausência de respostaao tratamento (atividade reduzida ounula). Dessa forma, as pacientes nãorespondedoras estão sob risco de recorrênciado câncer.(10)Tiopurinas são substâncias largamenteutilizadas no tratamentode leucemias, doenças reumáticas,doenças inflamatórias do intestino etransplantes de órgãos sólidos. Exemplos:6-mercaptopurina, 6-tioguanina,azatioprina. A enzima tiopurina metil--transferase (TPMT) inibe a conversãodas tiopurinas em nucleotídeos de tioguaninas.Essa conversão é necessáriapara que ocorra o efeito citotóxico.Cerca de 90% dos indivíduos possuematividade enzimática normal, 10%possuem atividade intermediária e0.3% possui atividade baixa. Quandoa atividade da enzima está diminuídaocorre um acúmulo de nucleotídeosde tioguanina, levando à mielossupressão(11).Existem inúmeros polimorfismosjá descritos para o metabolismo demedicações e muitos estudos emandamento corroboram a tendênciaà medicina personalizada, onde o pacienteterá mais segurança e menoschance de eventos indesejáveis relacionadosao seu tratamento.Dessa forma, testes genéticos quedetectem polimorfismos relacionadosà absorção, distribuição, metabolismoe excreção de medicamentos podemser de grande ajuda na prática clínica,melhorando a eficácia e a segurançaterapêuticas.Uma das maiores dificuldades nodesenvolvimento de testes de farmacogenômicaé o grande número de variantesque podem alterar a respostaa drogas. Recentemente foi lançadauma plataforma de microarray quepermite a avaliação de um númerointermediário de SNPs cujo custo eformato permitem a sua introduçãona rotina do laboratório clinico.O objetivo deste estudo foi avaliaro teste VeraCode ® ADME (Illumina,San Diego, CA) em 32 amostras nointuito de validar o teste e conhecer asvariações mais frequentes em nossapopulação.MétodosO teste VeraCode ® ADME avalia34 genes e 188 SNPs (Figura 1). Areação é realizada em três etapas eexecutada em 48 horas.Para “extrair” uma região em particulardo genoma, primeiramente sãorealizadas três reações PCR Multiplexpara cada amostra, deste modo evitandoque na próxima etapa existauma contaminação cruzada devido àamplificação de regiões similares nogenoma, além de aumentar a quantidadede regiões pesquisadas. Parauma maior especificidade essa reaçãoé seguida de uma extensão/ligaçãocom primers alelo-específico, obtendoum resultado com alta qualidade.Essa metodologia permite a genotipagemde várias regiões complexasdo genoma, como SNPs tri-alelos,SNPs próximos, deleções, regiõeshomólogas e variação do número decópias. A análise é feita através desoftware próprio que indica o genótipopara cada gene avaliado.Para a validação foram testados 12paineis da Paragon. Para a definiçãode reprodutibilidade do método seisamostras foram testadas em duplicatapor dois técnicos diferentes e quatroamostras foram testadas em triplicatapelo mesmo operador.Para verificar a frequência dosgenótipos foram estudadas amostrasde 32 voluntários brasileiros que solicitaramo teste de farmacogenômicapara validação do método.Figura 1. Os 34 genes analisados noVeraCode ® ADME Core PanelFigura 2. Os três diferentes pools pesquisadosResultadosAs 12 amostras do painel da Paragonforam testadas para 188 SNPS(total de 2.256 determinações).Foram detectadas 15 discrepâncias,resultando em uma acurácia de99,3%. A reprodutibilidade entredois operadores e em diferentesensaios com o mesmo operadorfoi 99,63% (oito discrepâncias em2.162 determinações) e 99,16% (17discrepâncias em 2.022 determinações),respectivamente.A Tabela 1 mostra a frequência114<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Tabela 1. Perfil do CYP2C9 e dosagem indicada da Varfarina em 32 amostrasPerfil CYP2C9 VKORK -1639G>A Dose indicada N = 32*1/*1 GG 5-7 mg 11*1/*1 GA 5-7 mg 5*1/*2 GG 5-7 mg 3*1/*1 AA 3-4 mg 3*2/*2 GA 3-4 mg 1*1/*2 GA 3-4 mg 5*1/*3 GA 3-4 mg 1*1/*6 GG 3-4 mg 1*3/*3 GG 0,5-2 mg 1*3/*8 GA 0,5-2 mg 1Tabela 2. Frequência dos perfis associados ao metabolismo do clopidogrel pela CYP2C19CYP2C19 Interpretação N = 31*1A/*1A Normal 14*1A/*17 Normal 4*1A/*2 Intermediário 9*1A/*3 Intermediário 1*1A/*6 Intermediário 1*2/*2 Nulo 1*17/*17 Aumentado 1Tabela 3. Frequência dos perfis associados ao metabolismo do tamoxifeno pela CYP2D6CYP2D6 Interpretação N= 31*1A/*1A Normal 8*1A/*2 Normal 4*1A/*9 Normal 1*1A/*10 Normal 1*1A/*17 Normal 11A/*41 Normal 3*10/*10 Intermediário 1*1A/*4 Intermediário 4*2/*4 Nula 3*4/*4 Nula 4*4/ *21 Nula 1dos perfis genéticos e as doses recomendadasda droga de acordo com aindicação do FDA. Das 32 amostrasanalisadas, 19 (59,4%) receberiama dosagem de 5 a 7 mg/dia, 11(34,4%) receberiam 3 a 4 mg/dia e2 (6,2%) receberiam a dose de 0.5a 2 mg/dia.É importante notar que duasamostras (6,2%) tiveram alelos poucocomuns *6 e *8 que não seriamdetectados pelos testes mais comunsde PCR.A Tabela 2 descreve a frequênciados perfis associados ao metabolismodo clopidogrel pela CYP2C19.Das 31 amostras analisadas, 18(58,1%) apresentavam atividadeenzimática normal, 11 (35,5%) atividadeintermediária, uma (3,2%)hiperatividade e em um (3,2%) indivíduofoi detectada atividade nula.A Tabela 3 mostra o resultadoobtido na análise do metabolismo dotamoxifeno (CYP2D6). Dos 31 pacientesanalisados, 18 (58,1%) foramconsiderados normais, cinco (16,1%)apresentavam atividade enzimáticaintermediária e oito (25,8%) atividadeenzimática nula.DiscussãoOs resultados da validação mostraramum excelente desempenho doteste VeraCode ® ADME da Illumina.Embora o número de amostrasseja reduzido, nossos dados mostramo impacto que estes testespodem ter na indicação terapêuticadestas três drogas.No caso da varfarina, 6% dos indivíduosapresentavam uma chance maiorde sangramento sob as doses usuais.Em relação ao clopidogrel, encontramos3% onde existe hiperatividadeenzimática, com risco de sangramentoe 3% onde existe atividade enzimáticanula, com risco cardiovascular aumentadoe indicação de outro antiagreganteplaquetário.No perfil relacionado ao tamoxifeno,aproximadamente 26% possuematividade enzimática nula, ou seja,se hipoteticamente fossem mulherescandidatas ao tratamento com tamoxifeno,não apresentariam nenhumaresposta terapêutica.Os resultados apresentados confirmama importância do conhecimentoprévio do genótipo do paciente parauma melhor indicação terapêutica.Correspondências para:Fátima Souza Gandufefatima.gandufe@dasa.com.br<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012115


Referências Bibliográficas1. Ginsburg SG. A Primer on Genomic and Personalized medicine: How Will It Affect Your Practice? Medscape <strong>Ed</strong>ucation 29/02/2008.2. Carlquist JF, Anderson JL. Pharmacogenetic Mechanisms Underlying Unanticipated Drug Responses. Discovery Medicine 24/05/2011.3. Johnson SW, Henderson S. Genetics of Warfarin Sensitivity in an Emergency Department Population with Thromboembolic. West Jemerg Med 2011; 12(1):11-16.4. Seip LS, Duconge J, Ruaño G. Implementing Genotype-guided antothrombotic Therapy. Future Cardiol. 2010; 6 (3): 409-424.5. Shah SH, Voora D. Chief <strong>Ed</strong>itor: Buehler B. Warfarin dosing and VKORC1/ CYP2C9. Medscape Reference updated 16 dec 2011.6. Chiba K, Morimoto K. Genetic Marker of Statin-Induced Rhabdomyolisis. Yakugaku Zasshi 2011; 131(2): 247-53.7. Voora D, Shah SH, Spasojevic I, Ali S, Reed CR, Salisbury BA, Ginsburg GS. The SLCO1B1 *5 Genetic Variant Is Associated With Statin-Induced Side Effects. J Am Coll Cardiol 2009 20; 54(17): 1609-16.8. Wallentin L, James S, Storey FS, Armstrong M, Barratt BJ, Horrow J, Husted S, Katus H, Steg PG, Shah SH, Becker RC, for the PLATOinvestigators.Effect of CYP2C19 and ABCB1 Single Nucleotide Polymorphisms on Oucomes of treatment with Ticagrelor versus Clopidogrelfor Acute Coronary Syndromes: a Genetic Substudy of the PLATO Trial. The Lancet, 2010 Oct 16; Volume 376, issue 9749:1320-1328.9. Mega JL, Morrow DA, Brown A, Cannon CP, Sabatine MS. Identification of Genetic Variants Associated With Response to Statin Therapy.Arterioscler Thromb Vasc Biol 2009; 29(9): 1310-1315.10. Kajinami K, Brousseau ME, Ordovas JM, Schaefer EJ. Polymorphisms in the Multidrug Resistance-1 (MDR1) Gene Influence the Responseto Atorvastatin Treatment in a Gender- Specific Manner.Am J Cardiol 2004 Apr 15; 93(8): 1046-1050.11. Dezentje VO, Guchelaar H-J, Nortier JWR, van de Velde CJH, Gelderblom H. Clinical Implications of CYP2D6 Genotyping in TamoxifenTreatment for Breast Cancer.clincancerres.aacrjournals.org 22/06/2011.12. Kolorz M, Bartosova L, Hosek J, Dvorackova D, Chylkova A, Zboril V, Batovsky M, Bartos M. Importance of Thiopurine S-MethyltransferaseGene Polymorphisms for Prediction of Azathioprine Toxicity. Neuro Endocrinol Lett 2009; 30 Suppl 1:137-142.Confie a especialistas a elaboração do seu plano de gestão de resíduossob a égide das normas da ANVISA e da lei 12305/2010.Contate-nosRSS - Resíduos Sólidos da SaúdeEmail: rss@newslab.com.brTel/fax: (11) 3171-219<strong>111</strong>6<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


ArtigoO Estudo dos Interferentes da Fase Pré-Analítica em Relação aoPreparo de Pacientes nos Exames Clínicos LaboratoriaisAna Paula Oliveira Sobral 1 , Pablo Fidelis Pereira 21 – Acadêmica do curso de Biomedicina da Faculdade de Saúde Ibituruna, Montes Claros, MG2 – Professor da Faculdade de Saúde Ibituruna, Montes Claros, MGResumoSummaryO estudo dos interferentes da fase pré-analítica emrelação ao preparo de pacientes nos exames clínicoslaboratoriaisO laboratório clínico desempenha papel importantena medicina moderna e dispõe de admirável quantidade demétodos laboratoriais. O processo de trabalho de um laboratórioclínico envolve três etapas: a fase pré-analítica, faseanalítica e a fase pós-analítica. Durante a fase pré-analíticaexistem variáveis que podem se tornar desprezíveis, desde quese estabeleça uma boa orientação aos pacientes em relaçãoao jejum adequado, a não realização de exercícios físicos, ainformações relativas ao hábito de fumar, ao período do ciclomenstrual em que a cliente se encontra, a dieta, o consumo deálcool, a postura durante a coleta e a obtenção de informaçõessobre a utilização de medicamentos e/ou drogas terapêuticasque eventualmente estejam em uso. O objetivo deste estudofoi descrever, mediante revisão de literatura, maiores conhecimentossobre a avaliação do potencial dos interferentes dafase pré-analítica e o preparo dos pacientes. Trata-se de umarevisão literária, realizada entre julho e dezembro de 2008.Muitos fatores estão envolvidos para a obtenção de um trabalhoseguro quanto ao diagnóstico laboratorial e, principalmente, acomunicação se destaca neste processo. É necessário que osprofissionais de saúde, principalmente os médicos, entendam ofuncionamento de um laboratório clínico e informem aos seuspacientes as recomendações necessárias para a coleta de ummaterial biológico. Enfim, esse trabalho pretende demonstraro potencial dos interferentes na fase pré-analítica e o preparodo paciente, para que novas medidas de gestão de qualidadedos laboratórios sejam criadas, melhorando principalmente arelação entre o atendimento e o paciente.The study of the interfering in pre analyticalphase concerning the preparation of patients inclinical laboratory testsThe clinical laboratory plays an important role in modernmedicine and has a wonderful amount of laboratory methods.The process of a clinical laboratory involves three stages, thepre-analytical, analytical phase and the post-analytical. Duringthe pre-analytical there are variables that can become negligible,provided that there is good guidance to patients regarding theappropriate fasting, the non-completion of physical exercise,the information relating to smoking, the period of the menstrualcycle in that the customer is, the diet, alcohol consumption, theposture during the collection and information about the use ofdrugs and/or therapeutic drugs that may be in use. This studyaimed to describe, through literature review, greater knowledgeabout the assessment of the potential of interfering in the preanalyticaland preparation of patients. This is a literary review,conducted between July and December 2008. Many factors areinvolved in achieving a safe working on the laboratory diagnosis,and especially the communication stands out in this process. Itis necessary for the health professionals, mainly doctors, understandingthe functioning of a laboratory report and inform theirpatients appropriate recommendations for the collection of abiological material. Finally, this paper aims to demonstrate thepotential of interfering in the pre-analytical and preparation ofthe patient, so that new management measures of quality of thelaboratories are set up, especially improving the relationshipbetween patient and care.Keywords: Pre-analytical, interfering, clinical laboratoryPalavras-chave: Fase pré-analítica, interferentes, laboratórioclínico118<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


IntroduçãoOlaboratório clínico é umestabelecimento no qual serealizam exames em amostrasprovenientes de seres humanospara fins preventivos, diagnósticos,prognósticos e de monitorizarão emsaúde humana, compreendendo asfases pré-analítica, analítica e pós--analítica (1, 2).O laboratório clínico desempenhapapel importante na medicinamoderna e dispõe de admirávelquantidade de métodos laboratoriais,apresentando cada um deles suautilidade específica e dificuldades intrínsecas,bem como suas vantagense desvantagens (3).O exame laboratorial é definidocomo: dosagens, determinações oupesquisas de material ou amostra dopaciente para fins de fornecer informaçõespara o diagnóstico, prevençãoou tratamento de doenças ou incapacidades,ou avaliação de saúde dosseres humanos (4).O processo de trabalho de umlaboratório clínico envolve três etapas,que são as fases pré-analítica,analítica e pós-analítica. Durante afase pré-analítica existem variáveisque podem se tornar desprezíveis,desde que se estabeleça uma boaorientação aos pacientes em relaçãoao jejum adequado, a não realizaçãode exercícios físicos exaustivos noperíodo que antecede a coleta domaterial biológico, a informações relativasao hábito de fumar e relativasao período do ciclo menstrual em quea cliente se encontra, à dieta, ao consumode álcool, e a postura durantea coleta. Também é necessário obterinformações sobre a utilização de medicamentose/ou drogas terapêuticasque eventualmente estejam em uso,assim como o treinamento adequadodos profissionais da área da saúde querealizam a coleta de materiais biológicosde forma invasiva (sangue arterial,venoso e/ou capilar) no que se refereà postura do cliente na hora da coleta,ao tempo de garroteamento, àconstrição do músculo do antebraçoe à ordem correta dos tubos para arealização do exame laboratorial (5).O objetivo deste estudo foi descrever,mediante revisão de literatura,maiores conhecimentos sobre a avaliaçãodo potencial dos interferentesda fase pré-analítica e o preparo dospacientes nos exames clínicos laboratoriaisque comprometerão a integridadee funcionalidade das amostras esua influência nos resultados.Trata-se de uma revisão literária,realizada entre julho e dezembro de2008, sobre os interferentes da fasepré-analítica em relação ao preparodos pacientes na realização de examesclínicos laboratoriais.Foi realizado um levantamentobibliográfico sobre o tema, com compilaçãodas informações relevantes. Emseguida as informações obtidas foramanalisadas, discutidas e, posteriormente,redigidas. Foram utilizadas comoindexadores as palavras fase pré-analítica,interferentes e laboratório clínico.Revisão de LiteraturaHistórico do Laboratório ClínicoSomente com os primeiros passosda patologia clínica, na segunda metadedo século 19, é que a ciência médicafoi impulsionada nos laboratóriosdas universidades alemãs. As grandesdescobertas da época – como o inícioda microbiologia, a descoberta doscomponentes do sangue, o surgimentoda citologia como auxiliar de diagnóstico,entre outras – transformaramnão só a medicina moderna, comotambém reconfiguraram a função dolaboratório de análises clínicas (6).Fase Pré-AnalíticaA fase pré-analítica consiste napreparação do paciente, coleta, manipulaçãoe armazenamento da amostraantes da determinação analítica, ouseja, compreende tudo que precedeo ensaio laboratorial, dentro ou forado laboratório de análises clínicas. Éa fase que se inicia com a solicitaçãoda análise, passando pela obtenção daamostra e finda ao se iniciar a análisepropriamente dita (2, 7).Apesar de limitações, observamosconcordância considerável naatribuição de erros ao processo detrabalho em laboratório: a maiorparte ocorrendo nas fases pré ou pós--analítica, enquanto uma minoria (13-32% segundo os estudos) ocorreu nafase analítica. É necessário controlaresta fase pré-analítica, pois é nelaque a composição, a integridade e afuncionalidade das amostras serãomantidas, apesar de não existiremmeios físicos para medir e estabelecerseus efeitos, como é possível fazer nafase analítica que é instrumentada.Sendo assim é necessário melhoramentopor parte humana, através detreinamento e aperfeiçoamento paraque estes erros sejam minimizados.A literatura sobre erros laboratoriaisé escassa, mas foi possível verificarque uma grande parcela destes errosocorre nas fases pré ou pós-analíticas,evidenciando assim a importância daetapa pré-analítica na incidência doserros laboratoriais (8).LegislaçãoDevemos inspecionar as interferênciasda fase pré-analítica, envolvendodesde a orientação do clientepara a realização do exame, até a fasepré-analítica do material já no espaço<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012119


do laboratório. O laboratório clínico eo posto de coleta laboratorial devemdisponibilizar ao paciente ou responsável,instruções escritas ou verbais,em linguagem acessível, orientandosobre o preparo e coleta de amostrastendo como objetivo o entendimentodo paciente. E ainda, devem solicitarao paciente documento que comprovea sua identificação para o cadastro.O cadastro do paciente deve incluiras seguintes informações: número deregistro de identificação do pacientegerado pelo laboratório, nome do paciente,idade, sexo e procedência dopaciente, telefone e/ou endereço dopaciente, quando for aplicável, nomee contato do responsável em casode menor de idade ou incapacitado,nome do solicitante, data e hora doatendimento, horário da coleta quandoaplicável, exames solicitados e tipo deamostra, quando necessário; informaçõesadicionais, em conformidadecom o exame (medicamento em uso,dados do ciclo menstrual, indicação/observação clínica, dentre outras derelevância), data prevista para entregado laudo e indicação de urgência,quando aplicável (2, 9).Ao preparar o paciente para aflebotomia devem ser tomados cuidadosque minimizem os fatores relacionadoscom atividades capazes deinfluenciar nos exames laboratoriais.Esses fatores incluem variação diurna,atividade física, jejum, dieta, consumode álcool, tabagismo, ingestão demedicamentos e postura (7).O Papel da Comunicação nesteProcessoA origem da palavra comunicarestá no latim comunicare, que tempor significado “por em comum”. Elapressupõe o entendimento das partesenvolvidas e nós sabemos que nãoexiste entendimento se não houver,anteriormente, a compreensão. Nãoexiste discurso de qualidade ou dehumanização que se sustente senão colocarmos a atenção na nossacomunicação verbal e não verbal; senão tivermos a intenção de sermosmais inteiros quando estamos com aspessoas (10).O fluxo de informações em umlaboratório de análises clínicas é,em vista disso, considerado o núcleocentral das atividades, em torno dasquais as demais convergem. Inicia-secom a coleta de dados – tanto dadospessoais acerca do paciente, quantoa colheita da amostra biológica – esó termina com a entrega do laudodo exame (a informação final) aosusuários (11).Os Interferentes Pré-Analíticos eo Preparo do PacienteO efeito do medicamento constituium grande problema, visto que opaciente pode estar tomando váriosmedicamentos ou pode ter se automedicadonão notificando ao médico.Os efeitos dos medicamentos podemmanifestar-se de diversas maneiras:lesão de tecidos ou de órgãos induzidapor medicamentos (por exemplo,hepatite induzida por isoniazida),alterações na função de órgãos induzidaspor medicamentos (por exemplo,aumento da gama-glutamiltransferaseproduzido por indução microssomaldas células hepáticas pela fenitoína),efeito de competição de medicamentos(por exemplo, deslocamento datiroxina das proteínas de ligação pelafenitoína); e interferência de um medicamentono método de análise de outro(por exemplo, redução da glicosesérica no método da glicose-oxidasequando o indivíduo ingere grandesdoses de vitamina C) (3).Fármacos e xenobióticos podemafetar resultados de exames laborato-riais por interferir com seus sistemasanalíticos, ou por influenciar seusconstituintes endógenos. Estes efeitosde fármacos sobre os testes laboratoriaispodem ser classificados como:puramente analíticos, quando o fármacoe/ou seus metabólitos poderiaminfluenciar a análise de um componenteem algum estágio do processo analítico;ou biológico,quando o fármacoe/ou seus metabólitos poderiam serresponsáveis pela modificação de umcomponente biológico, por meio de ummecanismo fisiológico, farmacológicoou toxicológico. Assim, tanto o médico,quanto o bioquímico devem estarcientes da potencial influência dosfármacos nos resultados de exameslaboratoriais (12, 13).O uso de medicações hormonaistraz, evidentemente, profundas alteraçõesnas dosagens dos hormônios relacionados.As condições mais comunsse relacionam à interpretação de TSHe de hormônios tiroideanos na vigênciade uso de tiroxina e/ou triiodotironina.É fundamental o conhecimento sobre ouso ou não dos hormônios tiroideanos,bem como o horário de tomada daúltima dose (14).Dentre vários interferentes da fasepré-analítica o uso de medicamentosinfluencia os resultados laboratoriais.É comum a falta de informaçãofornecida para o paciente e se estefaz uso de algum medicamento, nãorelata durante a realização da coleta.Dentre estes, o ácido ascórbico é umconhecido interferente nas reaçõesbioquímicas que envolvem os sistemasindicadores com oxidases e peroxidases,como a reação de Trinder.Esta reação é utilizada na quantificaçãode componentes séricos comoglicose, colesterol, triglicerídeos eácido úrico. Além de inibir a reaçãode Trinder, o ácido ascórbico pode,também, interferir nas reações para120<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


a determinação de bilirrubina, creatinina,fósforo, uréia e enzimas aminotransferases,lactato desidrogenase efosfatase alcalina. Para evitar resultadosfalso-negativos para ácido úrico ebilirrubina sugerimos a suspensão daingestão de vitamina C 48 horas antesda coleta de sangue (15).Devido à grande preocupação emcompilar informações sobre o assunto,periodicamente vêm sendo publicadosrelatos de avaliações de interferênciaanalítica ou fisiológica de fármacosnos diversos exames laboratoriais.Sendo assim faz-se extremamentenecessário a informação correta sobreo medicamento que está sendo usadopelo paciente no momento da coleta.Cabe ao laboratório tomar medidasadequadas que possam diminuir aincidência desse interferente da fasepré-analítica (16).O jejum é outro interferente defundamental importância para o controleda fase pré-analítica. Seja eleinsuficiente quando o paciente nãoseguiu o tempo mínimo recomendadopara realização de tal exame ou se ofez prolongado, ultrapassando o temporecomendado. Durante um jejumprolongado ou quando o metabolismoglicídico está gravemente prejudicado,como no Diabetes mellitus descontrolado,a mobilização excessiva deácidos graxos e o excesso de suadegradação por β-oxidação no fígadoprovocam um excesso de acetil-CoA,desviada para uma via alternativa,formando os ácidos acetoacéticoe β-hidroxibutírico e acetona, trêscompostos conhecidos coletivamentecomo corpos cetônicos. A produçãoexcessiva de corpos cetônicos resultaem uma condição fisiológica denominadacetose (17).Os níveis séricos de triglicéridessão sujeitos a flutuações entre os diasda semana, já que dependem do teoralimentar. A dosagem de triglicerídeosna segunda-feira se torna deficitáriaporque leva a interpretação errônea,além de causar erros, também, nadosagem de colesterol, já que níveisaltos de triglicerídeos causam diminuiçãodeste e, consequentemente, umaumento dos níveis de LDL-colesterol(lipoproteína de baixa densidade)(18).A condição de jejum antes dacoleta de uma dosagem hormonalé considerada básica sem que, namaioria das vezes, existam razõestécnicas para tal. Alguns hormôniosapresentam variações significativascom a ingesta alimentar, sendo osmais marcantes a insulina e o hormôniodo crescimento. O cortisol tambémapresenta elevação significativa apósuma refeição, bem como o paratormônioapós a ingestão de quantidadessignificativas de cálcio, mas a maioriadas dosagens hormonais é pouco ounada afetada pelo jejum. Uma refeiçãocopiosa pode, no entanto, induzira um estado de hipertrigliceridemia,que potencialmente pode interferir nasdosagens, em especial de esteroides.Jejum muito prolongado pode alteraras condições fisiológicas, levando auma condição de estresse que podeelevar alguns hormônios como cortisole dehidroepiandrosterona, mas podelevar a valores mais baixos em algunshormônios hipofisários, como TSH, LHe FSH (14).Diversos estudos demonstraram aexistência de uma variação diurna nahemoglobina (Hb) e no hematócrito(Htc), com pico em torno de 9h00 evalores mínimos em torno de 20h00.A diferença média na Hb é cerca de1,0g/100mL (SI: 10g/L; diferença médiade 0,34-1,5 g/mL, de acordo com aliteratura; SI: 3,4-15g/L). A mudançadiurna, assim como o seu grau, nemsempre é constante ou uniformementepresente no mesmo indivíduo diariamentee a regularidade com a qual éobservada varia de modo considerávelentre indivíduos (3).Quanto às variações circadianas,a mais conhecida e nítida é aquelado sistema ACTH/cortisol, que exigeavaliação cuidadosa do horário decoleta antes da avaliação do resultado.A informação do horário da coletadeve ser parte integrante do resultadodas dosagens de ACTH e de cortisol.Outros hormônios adrenais como adehidroepiandrosteroa (mas não seusulfato) também apresentam ritmocircadiano, assim como alguns hormônioshipofisários, como o TSH egonadais, como a testosterona. Estesdados reforçam a informação de quea coleta em horário pré-definido podeser crítica para alguns hormônios. Dequalquer maneira, como regra básicapara o acompanhamento de umpaciente, é muito interessante quequalquer dosagem hormonal seja feitasempre aproximadamente no mesmohorário (14).O ciclo menstrual é outro interferenteque deve ser levado em consideração.Essa informação é relevanteprincipalmente para o exame derotina de urina, no qual a presençade hemácias levaria a um resultadofalso-positivo para um processo infecciosoou inflamatório e outros exameshematológicos também podem sercomprometidos.Autores avaliaram se há uma diminuiçãodo número de plaquetas circulantesdurante o período menstrual.Foram avaliadas amostras de sangueobtidas de 15 mulheres no primeiro diada menstruação (grupo I) e no dia médiodo mesmo ciclo menstrual (grupoII). A análise revelou que houve umadiminuição significativa do número deplaquetas circulantes no primeiro diada menstruação, comparando-se ao122<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


dia médio do ciclo menstrual. Diantedo exposto e considerando-se os resultadosobtidos no presente estudo,torna-se imprescindível a investigaçãoda fase do ciclo menstrual na qual seencontra a mulher no momento dacoleta do sangue, a fim de se eliminaresta variável pré-analítica (19).O uso de bebidas alcoólicas é outrointerferente importante que deve serevidenciado na realização da coleta,pois diversas dosagens podem terseus valores comprometidos. O consumoesporádico de etanol provocaalterações significativas e quase imediatasna concentração plasmática deglicose e ácido láctico e mais tardias ede retorno à normalidade mais demoradode triglicerídeos. O uso prolongadocausa elevação da atividade dagamaglutamiltransferase (20).A ocorrência de uma pronunciadahipertrigliceridemia após ingestãode álcool é devida à combinação deformação aumentada de triglicerídeosno fígado e remoção prejudicada dequilomícrons e VLDL (lipoproteína demuito baixa densidade) da circulação.O efeito é mais pronunciado quandoo álcool é ingerido em uma refeiçãogordurosa e pode persistir por mais de12 horas. A determinação dos lipídeosséricos está sujeita a vários fatorespré-analíticos. Estes aspectos refletirãoem valores numéricos diferentesem dosagens sucessivas do mesmoanalito lipídico no indivíduo. Para minimizaro impacto destas variaçõesentre duas determinações, deve-secaracterizar o exame através de manuaisde coleta com especificaçõesvisando padronizar ao máximo asvariáveis pré-analíticas (21).Outro fator importante é a postura,pois a mudança rápida corpórea podecausar variações na concentração dealguns componentes séricos. Quandoo indivíduo move-se da posição supinapara a ereta, por exemplo, ocorreafluxo de água e substâncias filtráveisdo espaço intravascular para o intersticial.Substâncias não filtráveis, comoas proteínas de alto peso moleculare os elementos celulares, terão suaconcentração relativa elevada atéque o equilíbrio hídrico se estabeleça.Por essa razão, níveis de albumina,colesterol, triglicerídeo, hematócrito,hemoglobina, de drogas que se ligamàs proteínas e o número de leucócitospodem ser superestimados em 8a 10% da concentração inicial (20).O hábito de fumar causa elevaçãoda concentração de hemoglobina, donúmero de leucócitos, hemácias e dovolume corpuscular médio. Reduz aconcentração de HDL-colesterol (lipoproteínade alta densidade) e elevauma série de outras substâncias, comoa adrenalina, aldosterona e cortisol.Há algumas evidências de que osfumantes veteranos apresentamconcentrações aumentadas de hemoglobinaem comparação com os nãofumantes; os aumentos registradosvariam de 0,5 a 2,2 g/100mL (3, 20).A atividade física possui efeitotransitório sobre alguns componentessanguíneos em decorrência da mobilizaçãode água e outras substâncias,além das variações nas necessidadesenergéticas do metabolismo. O trabalhomuscular pode causar aumento daatividade sérica de algumas enzimas,como a creatina quinase, aldolase easpartato aminotransferase. Esse aumentopode persistir por 12 a 24 horasapós o esforço físico. Por essa razão,prefere-se a coleta com pacientes emcondições basais (20).DiscussãoMuitos fatores estão envolvidospara a obtenção de um trabalho seguroquanto ao diagnóstico laboratoriale, principalmente, a comunicaçãose destaca neste processo, pois faz--se necessário que se estabeleçamvínculos entre todos os profissionaisde saúde para que de fato a saúdefísica, moral e ética do paciente sejapriorizada.Os clientes de um laboratórioclínico fazem parte de um universocomplexo, cada um com sua realidadesocial, econômica, política e demográfica.São inúmeras variáveis que estãoinseridas no processo de uma análiselaboratorial, sendo a informação umfator decisivo para o sucesso de cadadiagnóstico.É necessário que os profissionaisde saúde, principalmente os médicos,entendam o funcionamento deum laboratório clínico e informemaos seus pacientes as recomendaçõesnecessárias para a coleta deum material biológico, assegurandomelhores resultados. Mas na práticaisso não acontece. Cabe ao laboratórioao qual o paciente se dirige ou éencaminhado fornecer as informaçõesnecessárias. Portanto, entra a questãoda humanização do atendimento, quenão basta apenas passar a informação,sem estar de fato preocupado sehouve entendimento ou não. Muitasvezes o paciente é prejudicado pelanegligência do profissional de saúde.Considerações FinaisA partir das informações obtidas nolevantamento bibliográfico, percebe--se que a ocorrência dos interferentesna fase pré-analítica afeta diretamentetodo o processo laboratorial,desde o recebimento da amostra atéa emissão do laudo final.Os interferentes da fase pré-analíticae o preparo do paciente estão124<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


intimamente ligados, pois a deficiênciada informação durante a coleta requercuidados ainda maiores para que oentendimento seja estabelecido eas recomendações sejam atendidas,garantido o bem-estar social, físico emental do paciente.Enfim, esse trabalho pretende demonstraro potencial dos interferentesna fase pré-analítica e o preparo dopaciente, para que novas medidas degestão de qualidade dos laboratóriossejam criadas, melhorando principalmentea relação entre o atendimento eo paciente. Ainda enfatiza as diversasalterações nos exames laboratoriaisresultantes dos interferentes, quena maioria das vezes podem passardespercebidas sem serem tomadasmedidas corretivas e principalmentepreventivas para a garantia da qualidadedos resultados laboratoriais.Correspondências para:Ana Paula Oliveira Sobralsobral.anapaula@yahoo.com.brReferências Bibliográficas1. Inmetro, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, Critérios Gerais para Competência de LaboratóriosClínicos, NIT-DICLA-083, pág.3; 2001. Disponível em http: www.anvisa.gov.br. Acessado em 23 de agosto de 2008.2. RDC, Resolução da Diretoria Colegiada RDC n° 302, de 13 de Outubro de 2005. Disponível em www.anvisa.gov.br. Acessado em 10de Outubro de 2008.3. Ravel R. Laboratório Clínico; Aplicações Clínicas dos Dados Laboratoriais. 6ª. ed. Rio de Janeiro: <strong>Ed</strong>itora Guanabara; 1997, pág. 6.4. NBR 14501, Glossário de termos para uso no laboratório clínico e no diagnóstico in vitro. ABNT – Associação Brasileira de NormasTécnicas – 03/2001.5. CRF, Conselho Regional de Farmácia de São Paulo. Análises clínicas e Toxicológicas. Rettec Artes Gráficas. 2007.6. Sannazzaro CAC. Administração de Laboratórios de Análises Clínicas. São Paulo: Soc. Bras. Anál. Clín., 1998.7. Henry BJ. Diagnósticos Clínicos e Tratamentos por Métodos Laboratoriais. 20ª. ed . São Paulo: Manole; 2008. pág. 14-18.8. Bonini P, Plebani M, Ceriott F, Rubboli F. Erros em laboratório clínico, Clinical Chemistry, 48(5): 691-698, 2002.9. Barbosa I. Diálogo entre o médico e o laboratório, Médico patologista clínico, gerente técnico do Programa de Acreditação de LaboratóriosClínicos (PALC) da SBPC/ML Disponível em www.sbpc.org.br. Acessado em 22 de julho de 2008.10. Silva MJP. O papel da comunicação na humanização da atenção à saúde, Revista Bioética, 10(2): 83, 2002.11. Becker AA. A gestão do laboratório de análises clínicas por meio de indicadores através da utilização do balanced scorecard. PortoAlegre: Programa de Pós graduação em engenharia/ UFRGS, 2004 (Dissertação de Mestrado). Disponível em www.producao.ufrgs.br.Acessado em 10 de Agosto de 2008.12. Siest G, Dawkins SJ, Galteau MM. Drug effects on clinical laboratory tests. Journal of Pharmaceutical & Biomedical Analysis. 1(3):247-257, 1983.13. Sher PP. Drug interferences with clinical laboratory tests. Drugs. 24:24-63, 1982.14. Vieira JGH. Avaliação dos Potenciais Problemas Pré-analíticos e Metodológicos em Dosagens Hormonais, Arq. Bras. End. e Metab. 46(1),2002.15. Martinello F, Silva EL. Interferência do ácido ascórbico nas determinações de parâmetros bioquímicos séricos: estudos in vivo e in vitro.Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, 39(4): 323-334, 2003.16. Young DS. Effects of drugs on clinical laboratory tests. Volume one: Listing by test. 5th ed. Washington: AACC, 2000.17. Sacks DB. Glicídeos. In: Burtis CA, Ashwood ER. Tietz. Fundamentos de Química Clínica. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A.,1998. Cap. 21. p.345-354.18. Schiavo M, Lunardelli A, Oliveira JA. Influência da dieta na concentração sérica de triglicerídeos, Jornal Brasileiro de Patologia e MedicinaLaboratorial, 39(4): 283-288, 2003.19. Dusse LMS et al. Influência da Menstruação no Número de Plaquetas Circulantes, Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial,Rio de Janeiro, 38(4): 297-299, 2002.20. Andriolo A. Guias de Medicina Ambulatorial Hospitalar UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. 2ª <strong>Ed</strong>ição,São Paulo; <strong>Ed</strong>itora Manole;pág.8-9, 2004.21. Zimath T et al. Variabilidade Biológica na Concentração de Lipídeos Séricos, Acta Bioquím. Clín. Latinoam. 42(1). 2008.126<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


ArtigoIncidência de Candida sp na Cavidade Oralde Crianças Portadoras de Síndrome de Downno Município de São Luiz Gonzaga, RsMirian M. Silva, Letícia Silveira Goulart1 - Graduanda do Curso de Ciências Biológicas, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI2 - Professora Mestre da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Das Missões – URITrabalho de Conclusão de Curso Apresentado sob a Forma de Artigo da Universidade Regional Integrada doAlto Uruguai e das Missões – Campus de Santo Ângelo/RSResumoSummaryIncidência de Candida sp na cavidade oral de criançasportadoras de Síndrome de Down no município deSão Luiz Gonzaga, RsA candidíase oral é uma doença oportunista que acomete principalmenteindivíduos imunocomprometidos. O objetivo deste estudofoi isolar Candida sp da mucosa oral de indivíduos com Síndromede Down que frequentam a APAE Ananias Tadeu do município deSão Luiz Gonzaga, RS, e comparar sua frequência com um grupocontrole. Foram coletadas amostras da mucosa bucal de 20 indivíduos,sendo 10 com Síndrome de Down e 10 do grupo controlecompreendido por indivíduos que não apresentavam a síndrome. Osparticipantes tinham de um a 19 anos de idade, eram de ambos ossexos e frequentavam a referida instituição. Os swabs orais foramsemeados em ágar Sabouraud dextrose e o material foi incubadopor 72 horas, a 37 °C, para posterior identificação microbiológica.Das 20 amostras coletadas da mucosa oral detectou-se a ocorrênciada levedura do gênero Candida em 60% dos indivíduos com síndromede Down e em 40% do grupo controle. Dentre os isolados, 70%foram identificados como Candida albicans e 30% como Candidanão albicans. Nossos resultados são significantes, pois as criançascom Síndrome de Down estão predispostas a candidíase bucal,provavelmente devido às alterações anatômicas e fisiológicas daboca presente neste grupo de indivíduos, fato este que acarreta emprotusão lingual, pH salivar diferenciado e alteração na quantidadeda secreção salivar.Incidence of Candida sp in oral cavity fromchildren with Down Syndrome from são luiz gonzaga,rsThe oral candidiasis is an opportunistic disease that affectsmainly immunocompromised people. The aim of this paper wasto isolate Candida sp from oral mucous of people with DownSyndrome at APAE - Ananias Tadeu in São Luiz Gonzaga,RS and compare their frequency with a control group. Oralswabs were collected from 20 people, and 10 were had DownSyndrome and 10 of the control group, the voluntaries werefrom 1 to 19 years old, of both sexes and attended the institution.The oral swabs were sown on agar Sabouraud and thematerial was incubated for 72 hours at 37 ºC for subsequentmicrobiological identification. From the 20 samples collectedfrom oral mucous, it was detect the occurrence of the genusCandida yeast in 60% of the population with Down Syndromewho participated in the survey and 40% to the control group.As for the species, Candida albicans is the most prevalentspecies (70%) and non-albicans accounted for 30% of isolatesin our work. Our results are significant because children withDown Syndrome are predisposed to oral candidacy, probablybecause to the anatomic and physiological changes ofthe mouth in this group of people, a fact that brings tongueprotrusion, salivary pH differential and change in the quantityof salivary secretion.Palavras-chave: Candida sp, síndrome de Down, flora oralKeywords: Candida sp, Down Syndrome, oral flora128<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


IntroduçãoDesde o nascimento, a cavidadeoral é colonizadapor leveduras do gêneroCandida. Geralmente esses fungoshabitam a mucosa bucal como levedurassaprófitas, constituindo parteda microbiota normal, mas em determinadosindivíduos e em situaçõesespecíficas, podem se transformar naforma parasitária, produzindo candidíasesbucais.A presença de Candida na cavidadeoral é frequente e oscila entre20 e 70% segundo diversos estudos.A relação entre o comensalismo e apatogenicidade é complexa, baseadaexclusivamente em fatores locais esistêmicos (7, 8, 10, 15, 20, 21).A Candida albicans é a espécieisolada com maior frequência, sendoconsiderada o patógeno oportunistamais comum na espécie humana. Adistribuição desta levedura é muitoampla, podendo ser encontradatanto no meio ambiente como fazendoparte da microbiota normaldo homem, estando presente nasmucosas bucal e vaginal e no tratogastrintestinal.Aproximadamente 25% a 30% dosindivíduos saudáveis são portadoresde Candida albicans na cavidade oral;50% no trato gastrintestinal; e cercade 30% das mulheres têm colonizaçãovaginal em algum momento de suasvidas (10).A candidíase oral manifesta-seclinicamente como placas amareloesbranquiçadassobre a língua, céuda-bocae na parte interna das bochechas.Esta forma clínica é dividida em:pseudomembranosa, atrófica aguda,hiperplásica crônica, queilite angulare língua negra pilosa (10, 16, 19, 21).As manifestações bucais podem seragudas ou crônicas, com diferentesgraus de gravidade. Nos indivíduosque apresentam alguma deficiênciaimunológica, a infecção pode se disseminarpara a orofaringe e o esôfago,causando uma maior debilidade aohospedeiro (18).Apesar de ser um micro-organismosapróbio, Candida sp podeassumir uma forma patogênicafrente a determinadas condições quecomprometem o sistema imunológico.Dentre os fatores predisponentespara candidíase, destacam-se:diabetes mellitus, uso prolongadode antibióticos e corticoides, SIDA(Síndrome da Imunodeficiência Adquirida),leucemia, queimaduras,transplantados e tratamento quimioterápico(5, 6, 20).Entretanto, os fatores mais relacionadoscom a candidíase oral sãoalterações da integridade da mucosa,troca do epitélio oral, alterações nasaliva, xerostomia, hipertrofia papilar,língua geográfica, palato duropequeno e ogival, língua protusa,hipotonicidade muscular, mordidaanterior aberta e mordida cruzada,anomalias dentais, má oclusão dental,pH oral alto e fissuras na bordados lábios (16, 17, 21, 22).A síndrome de Down é decorrenteda trissomia do cromossomo 21do cariótipo humano, a qual podeser provocada por não disjunção,translocação ou ainda mosaicismo,acometendo 1:700 nascidos vivos(1, 18). Os indivíduos com síndromede Down costumam apresentar estaturabaixa e desenvolvimento físicoe mental mais lento que as pessoassem a síndrome.A maior parte dessas pessoas temretardo mental de leve a moderado;outras ainda podem ter retardo mentalsevero, os bebês são hipotônicos,isto é, apresentam flacidez muscularcom dificuldade de firmar a cabeça,de engolir ou sugar. As criançascom esta síndrome têm inteligênciainferior, mas muitas chegam aaprender a ler e escrever; costumamser afetivas e carinhosas. Existeuma grande variação na capacidademental das crianças com síndromede Down (14).Nas crianças com síndrome deDown, a macroglossia, estagnaçãosalivar decorrente de incompetênciamuscular bucal, constantes doençasrespiratórias, dificuldade motora edeficiência imunológica predispõemo indivíduo à candidíase oral. O comprometimentoimunológico representaum elemento adicional ao acometimentodesta enfermidade fúngica,sendo a candidíase, o quadro clínicofúngico mais detectável em criançascom esta cromossomopatia (16, 22).O objetivo do presente trabalhofoi isolar Candida sp da mucosa oralde indivíduos com Síndrome de Downe comparar sua frequência com umgrupo controle.Material e MétodosPacientesParticiparam da pesquisa 20 indivíduos,com idade entre um a 19anos, de ambos os sexos, sendo 10portadores de Síndrome de Down,pertencentes ao grupo teste e 10indivíduos não portadores desta síndromegenética, sendo consideradosgrupo controle. Para compor o grupocontrole foram selecionados indivíduoscom a mesma faixa etária e quenão apresentavam nenhum quadroinfeccioso no momento da investigação.Todos participantes da pesquisaapresentavam a mucosa bucalíntegra no momento da coleta, e frequentavama APAE Ananias Tadeu domunicípio de São Luiz Gonzaga, RS.130<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Os responsáveis pelos participantesda pesquisa assinaram um termode consentimento livre e esclarecidoe foram informados sobre a finalidadeda pesquisa, bem como tiveram garantidaa privacidade e confiabilidadedos dados. O presente estudo foi aprovadopelo Comitê de Ética em Pesquisada Universidade Regional Integradado Alto Uruguai e das Missões, sobprotocolo n° 119.0.282.000-07.ColetaForam coletados swabs da mucosaoral de 10 portadores de Síndrome deDown e de 10 de indivíduos do grupocontrole. Para realizar a coleta, osswabs foram friccionados por todamucosa oral e, após, armazenados emcaldo Saboraud sob refrigeração até omomento da cultura.Isolamento de Candida spOs swabs orais foram semeadosem placas de Petri contendo ágarSabouraud dextrose e incubados a37°C por 72 h. As colônias glabrosasde cor branca ou bege que cresceramsob o meio de cultura e, ao examemicroscópico, apresentaram-se comoblastoconídios, foram caracterizadascomo Candida sp.Determinação das espéciesAs amostras foram submetidas àdeterminação da espécie, pela provado tubo germinativo conforme descritopor Sidrim & Moreira (19). Nestatécnica, colônias de leveduras recentementerepicadas foram incubadasem 500 µL de soro humano a 37 ºCpor 3 horas, em banho d’água. Apósa incubação foi realizada a pesquisamicroscópica do tubo germinativonas amostras testadas. Foi incluídauma cepa de C. albicans ATCC 10231para controle positivo. As amostrasque produziram tubo germinativoforam classificadas como Candida apresentaram índices de colonizaçãopor Candida sp superior aosalbicans e as não produtoras de tubogerminativo, como não albicans. pacientes do grupo controle (p =0,005). Das 20 amostras coletadasda mucosa oral detectou-se aEstatísticaA análise estatística foi realizada ocorrência da levedura do gêneroaplicando-se o teste Exato de Fisher, Candida em 60% (6/10) dos indivíduoscom síndrome de Down e ema fim de se comparar os índices decarreamento de leveduras entre as cavidadesbucais de crianças com e sem po controle (a Figura 1 apresenta40% (4/10) dos indivíduos do gru-síndrome de Down e os valores obtidos estes resultados). Não foi possívelforam considerados estatisticamente identificar um predomínio de colonizaçãopor Candida sp em nenhumsignificantes quando p< 0,05.dos sexos ou faixa etária estudada.ResultadosOs pacientes pertencentes aogrupo teste (com Síndrome Down)Dentre os 10 isolados de Candidaobtidos do grupo controle e do teste,7 (70%) foram caracterizados comoCandida albicans e 3 (30%) comoCandida não albicans (Tabelas 1 e 2).Tabela 1. Isolamento de Candida sp da mucosa oral de indivíduos com Síndrome de DownPaciente Sexo Idade Isolamento Espécie1 Masculino 1 negativo -2 Masculino 18 negativo -3 Masculino 7 positivo C. albicans4 Feminino 1 negativo -5 Feminino 1 positivo C. albicans6 Masculino 4 positivo Não abicans7 Masculino 14 positivo C. albicans8 Masculino 7 positivo C. albicans9 Masculino 13 positivo C. albicans10 Feminino 10 negativo -Tabela 2. Isolamento de Candida sp da mucosa oral de indivíduos do grupo controlePaciente Sexo Idade Isolamento Espécie1 Masculino 14 positivo C. albicans2 Feminino 7 positivo C. albicans3 Masculino 4 positivo Não albicans4 Feminino 10 negativo -5 Masculino 1 negativo -6 Masculino 14 negativo -7 Masculino 1 negativo -8 Masculino 1 positivo Não albicans9 Feminino 19 negativo -10 Masculino 7 negativo -132<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Figura 1. Frequência de Candida sp na mucosa oral de indivíduos portadores de Síndromede Down em relação aos indivíduos pertencentes ao grupo controleDiscussãoA Síndrome de Down é a aneuploidiaautossômica mais comum. Écausada pela ocorrência de três cromossomos21, na sua totalidade ou deuma porção fundamental dele, sendo,portanto, chamada de trissomia 21.A síndrome de Down é a forma maisfrequente de retardo mental causadapor uma alteração cromossômicademonstrável via diagnóstico citogenéticopor cariotipagem (8).Os indivíduos com Síndrome deDown costumam apresentar alteraçõesbucais como protusão da língua,macroglossia caracterizada como umcrescimento excessivo da musculatura.Normalmente, os mecanismoscompensatórios conduzem à protusãoe consequente abertura bucal, levando-osa serem respiradores bucais.Apresentam ainda língua fissurada(malformação que se manifesta clinicamentepor numerosos pequenossulcos na superfície dorsal), palatoogival, má oclusão, irritação da mucosacom fissuras linguais e nos cantoslabiais, problemas respiratórios e higienebucal deficiente (3, 5,16).40%60%Grupo testeGrupo controleAlém disso, o sistema imune destesindivíduos é comprometido, pois oslinfócitos e células Killer têm suas atividadesafetadas. A associação destesvários fatores torna os indivíduos comSíndrome de Down mais suscetíveis acandidíase oral (15, 16, 17, 22).No presente estudo verificou-seuma elevada detecção de isolados deCandida sp, pois esta levedura estavapresente em 60% das amostras damucosa bucal de crianças portadorasdesta alteração cromossômica, o quemostra uma predisposição significativaque estas crianças apresentam a estapatologia bucal induzida por este fungoleveduriforme.Em estudos prévios realizadospor Vieira et al. (22), a ocorrência deleveduras do gênero Candida na bocade portadores de Síndrome de Downatendidas na Clínica de Odontopediatriada Faculdade de Odontologia daUniversidade Federal de Goiás (FO/UFG), foi descrita com uma incidênciade 51,4 % das 70 amostras analisadas.O que difere dos estudos de Ribeiroet al., (16) no qual identificaram83,3% de Candida em 30 amostrasde secreção salivar de portadores deSíndrome de Down. O carreamentode leveduras de Candida na boca dascrianças com síndrome de Down podeser assim apontado como um provávelfator indutor à candidíase bucal (18).Com relação ao grupo controle(crianças sem síndrome de Down),observamos um índice de 40% de colonizaçãopor Candida. O grupo controleapresentou uma ocorrência de Candidapresente na cavidade oral que não diferedos diversos estudos a este respeito,pois de acordo com a literatura, em aproximadamente20 a 55 % da populaçãoassindrômica pode-se encontrar isoladosde Candida como leveduras participantesda cavidade bucal do homem (15).Moreira et al. (10) em seus estudospara determinar os biotipos de Candidasp na cavidade oral de escolares dediferentes categorias socioeconômicasde Piracicaba, SP, verificaram aocorrência de Candida em 47,3% dasamostras. Jorge et al. (6), em pesquisasemelhante, observaram que no grupocontrole adulto (17-23 anos) a porcentagemde pacientes que apresentaramCandida sp. na saliva foi de 37%.Dentre as espécies isoladas nesteestudo, Candida albicans foi a espéciemais prevalente (70%). A frequênciada espécie Candida albicans na mucosaoral é bastante variada. De acordo comRodrigues et al. (18), a espécie albicansé frequentemente detectada, poisem seu trabalho avaliando a presençade Candida sp. na cavidade oral deindivíduos soropositivos e soronegativospara HIV -1, isolaram da mucosaorofaríngea 79% de Candida albicans.Em estudo realizado por Vieira, etal. (22), os autores verificaram que dos36 isolados de Candida, todos pertenciamà espécie albicans. Menezes et al.(9) encontraram índices mais baixos deisolamento desta espécie, sendo queCandida albicans correspondeu a 45%dos isolados estudados. Esta espécieé detentora de melhor capacidade<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012133


adaptativa, em decorrência do elevadoíndice de isolamento, quando comparadacom demais outras espécies destalevedura identificada na boca.Quanto às espécies não albicans,verificou-se o isolamento em 30%dos isolados em nosso trabalho, dadosestes que conferem com a literaturarevisada. De acordo com Rodrigueset al. (18), analisando as espéciesde Candida isoladas de pacientes HIVpositivos e controles, Candida não albicanscorrespondeu a 21% dos isolados.O indivíduo portador da Síndromede Down apresenta uma série dealterações que comprometem a suaqualidade de vida. Estes apresentamuma maior suscetibilidade a certasinfecções fúngicas e, em virtude darelevância, o controle e a manutençãoda saúde bucal nesses indivíduostornam-se uma prioridade.Existe uma grande preocupação eexpectativa com as pessoas que abordamdireta ou indiretamente com portadoresde síndrome de Down, acercada qualidade de vida e perspectivasfuturas dessas pessoas.Correspondências para:Letícia Silveira Goulartlgoulart@urisan.tche.brReferências Bibliográficas1. Alves RD, Silveira EJD, Uchoa RDA. Doença Periodontal x Síndrome de Down: uma revisão. Rev Bras Pat Oral, 3(3), 2004.2. Desai SS. Down syndrome: a review of the literature. Oral Surg Oral Med Pathol, 84(3): 279-285, 1997.3. Desai SS, Thomas J. Orthodontic Considerations in Individuals with Down Syndrome: A Case Report. The Angle Orthodontist. 69(1): 85-8, 1999.4. Fernandes AT, Olívia FM, Nelson RF, Uchikawa GK, Fernandes CNJ, Aparecida LR. Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde.São Paulo: Atheneu, 2000.5. 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Uma pesquisa em mulheres japonesascom câncer de mama o DNAdo HPV tipo 16 foi detectado em 21%dos carcinomas mamários. Contudo,a baixa carga viral encontrada sugereque é improvável que HPV 16 sejaagente etiológico no desenvolvimentode casos de câncer da mama (10).Villiers et al. (21) detectaram sequênciasde papilomavírus em 86%(25 de 29) das amostras de carcinomade mama e 69% (20 de 29) dasamostras de mamilo, sendo os tipos11, e 6 os mais frequentes em ambos.Estudos de Heng et al. (11) demonstrarama presença de HPV nostecidos tumorais, mas não nos tecidosnormais, em contradição aos relatosde Gumus et al. (9), que detectaramo DNA de HPV também em tecidos demama normais. Nesse estudo dentreas amostras de tecido mamário comtumor (74%) expressaram DNA doHPV e das amostras de tecido mamárionormal (32%) foram positivos.De Leon et al. (26) encontraramDNA-HPV em 29,5% dos carcinomasde mama, enquanto que em 70,5% adetecção foi negativa; nas amostraspositivas para DNA-HPV, 66,6% apresentarampositividade para ambos ostipos de alto risco 16 e 18. Já no grupode amostras com condições benignas,todas foram negativas para DNA-HPV.A ausência do DNA viral em lesõesmamárias não malignas sugere quea presença do HPV não é meramenteacidental em carcinomas da mama,mas pode ser um cofator potencialno desenvolvimento da doença (22).Entretanto, Cazzaniga et al. (16)descrevem uma presença muito limitadade HPV no líquido de lavagemductal, no colostro e no leite, concluindoque não há um papel relevantedo HPV na carcinogênese mamária.Relatos de Lindel et al. (1), em 81 mulherescom câncer de mama na Suíçanão mostraram nenhuma evidência deinfecção pelo HPV.A síntese dos dados publicadospoderia levar à conclusão de que fatoresepidemiológicos como país deorigem e a exposição ao HPV podemdesempenhar um papel importante nadistribuição deste vírus no câncer demama. É importante avaliar que algunspaíses têm uma maior incidênciade infecção por HPV. Característicasdemográficas, má nutrição, alta fertilidade,falta de acesso aos cuidados desaúde, podem contribuir para explicaras diferentes taxas de infecção peloHPV e câncer de mama (1, 22).Múltiplos fatores imunológicos ecelulares parecem influenciar e interagirno desenvolvimento do câncerapós a infecção pelo HPV. Ambas asclasses HLA e os linfócitos T parecemestar entre os fatores determinantespara o desenvolvimento de câncerdepois da infecção por HPV. A diferençanos estudos publicados podeser atribuída ao número de amostrastestadas, às diferenças metodológicas,bem como à sensibilidade dosmétodos utilizados (21, 27).Embora o papel do HPV na carcinogêneseda mama permaneça controversoe inconclusivo, talvez estaseja uma questão a ser abordadaem novas investigações e estratégiasdiagnósticas. Estudos mais aprofundadosdevem ser realizados para compreendero papel etiológico do HPV nodesenvolvimento do câncer.Correspondências para:Jucelene Marchi Blattjucemb@milnegocios.com.brGabriela Pelegrinigabrielapelegrini@yahoo.com.brReferências Bibliográficas1. Lindel Af, Altermatt Hj, Greinerb R, Gruberb G. Breast cancer and human papillomavirus (HPV) infection: No evidence of a viral etiologyin a group of Swiss women. The Breast 2007; 16: 172-177.2. Akil N, Yasmeen A, Kassab A, Ghabreau L, Darnel Ad, Moustafa A. High-risk human papillomavirus infections in breast cancer in Syrianwomen and their association with Id-1 expression: a tissue microarray study. British Journal of Cancer. 2008; 99, 404-407.3. Silva A, Sisenando H, Sisenando S, Ramos, E. Papilomavírus Humano e sua Associação com Lesões Cervicais em Mulheres atendidasnas Unidades de Saúde do Município de Serra Caiada, RN. Newslab. 2009; 94: 112-120.4. Queiroz Ama, Cano Mat, Zaia Je. O papilomavírus humano em mulheres atendidas pelos SUS, na cidade de Patos de Minas – MG.RBAC. 2007; 39(2): 151-157.5. Kadri A. Human papilloma virus and breast cancer. Journal of Clinical Virology. 2005; 33: 179.6. Reis A, Paula L, Saddi V. Infecção Viral e os estudos Moleculares dos Carcinomas Associados ao Papilomavírus Humano. Newslab. 2009;92: 100-108.140<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


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ArtigoEosinofilia em Pacientes com Infestação ParasitáriaLílian Carla Carneiro 1 , André Luiz Ribeiro 21 - Professora orientadora2 - Aluno de graduaçãoLaboratório de Biologia, Universidade Estadual de Goiás, UEG – Unidade de MorrinhosResumoSummaryEosinofilia em pacientes com infestação parasitáriaAs parasitoses são motivos comuns de procura ao médico.O assunto é de interesse dos profissionais da área de saúde,por existirem áreas endêmicas em nosso País. Estudamos asrelações entre eosinofilia e infestações parasitárias, considerandoa classificação em faixa etária. Foram realizados exames ecoletados dados de contagem de eosinófilos e parasitológicode fezes no período de janeiro a dezembro de 2006, os quaisderam entrada em um laboratório de análises clínicas da cidadede Morrinhos-GO. Nosso interesse é discutir a ocorrência de umaumento de eosinófilos de acordo com a presença de parasitasem diferentes faixas etária. Podemos verificar que a eosinofiliapositiva acometeu mais crianças, representando 46,3% das amostraspositivas, destas 61,1% apresentaram eosinofilia. O parasitamais encontrado é E. coli, com 42,8% do total, sendo que emcrianças o organismo mais frequente é G. lamblia com 44,6%.Palavras-chave: Eosinofilia, epidemiologia, infestaçõesparasitárias, saúde públicaEosinophilia in patients with parasitic infestationParasitism is a common reason for seeing the doctor; thissubject is of interest of professionals of the health area becausethere are endemic areas in our Country. We studied the relationbetween eosinophilia and parasitic infestations, considering theclassification in age group. Examinations were accomplished anddata of counting of eosinophil and parasitological of excrementswere collected in the period between January and December 2006.The population studied was the one that used a clinical laboratoryin the city of Morrinhos-GO. Our interest is to discuss the occurrenceof an increase number of eosinophil according to the presence ofparasites in different age groups. We can verify that the positiveeosinophilia was more frequent in children, representing 46.3% ofthe positive samples, of these 61.1% had presented eosinophilia.The most found parasite is E. coli, with 42,8% of the total, and inchildren the most frequent organism is G. lamblia with 44,6%.Keywords: eosinophilia, epidemiology, parasitic infestations,public health, case reportsIntroduçãoParasitas gastrintestinais têmum importante papel nasreações de hipersensibilidadee alérgicas. A prevalência de protozoáriose helmintos intestinais tem sidoavaliada em amostras de pacientescom sintomas alérgicos, testandouma possível ligação entre alergiase parasitas (1). As infecções por parasitasintestinais representam umproblema de saúde pública mundial,de difícil solução. Têm alta prevalênciaem nosso país, principalmente na populaçãopobre e em crianças, devidoàs precárias condições de saneamentobásico, habitação e educação. Estudorealizado no Brasil (1988) revelou prevalênciade 55,3% em crianças, sendoque a maior parte era poliparasitada.A sintomatologia é bastante variável.Os quadros graves são maiscomuns em pacientes desnutridos,imunodeprimidos, ou com neoplasias.Nos quadros leves as manifestaçõessão inespecíficas: anorexia, irritabilidade,distúrbios do sono, vômitosocasionais, náuseas, diarreia (2).Os eosinófilos aparecem em pequenaquantidade no sangue circulante,normalmente constituindo 2 a 6% detodos os leucócitos sanguíneos (3).Unstun et al. (4) comparam a presençade eosinófilos em dois grupos de estudos,sendo um grupo controle e um grupoteste. O grupo teste apresentou 7%de eosinofilia enquanto o grupo controleapresentou uma taxa de eosinófilos de6,5%. Nenhuma diferença estatísticasignificante foi encontrada devido aofato de no grupo controle também existirempacientes com doença alérgica.144<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Vários estudos têm mostrado apresença de eosinofilia em infecçõesparasitárias. Os eosinófilos no sangueestão associados com doençashelmínticas. A função primária doseosinófilos é proteger contra taisparasitas (5). A eosinofilia é causadapelo efeito de IL-5, sintetizadapor células Th2. IL-5 é uma citocinamuito importante na transformaçãoe desenvolvimento dos eosinófilos eage como um “ativador de eosinófilos”.Efeitos toxialérgicos de algunsparasitas no organismo hospedeiropromovem um aumento no númerode eosinófilos (6).A maioria dos eosinófilos é encontradanos tecidos, implicando um provávelpapel dessas células na defesacontra organismos invasores (2). Aeosinofilia é mais pronunciada se ostecidos são invadidos (triquinose) doque quando os parasitas são habitantesdo lúmen de vísceras (teníase). Aeosinofilia desaparece em algumasformas de infestações quando ocorreo encistamento (cisticercose). Outrainfestação parasitária com eosinofiliaé a erupção rastejante causada porlarvas de ancilostomídeos do cão oudo gato (7).Os eosinófilos são produzidos emnúmero muito elevado em pessoascom infestações parasitárias. Ao migrarempara os tecidos acometidos pelosparasitas, fixam-se neles e liberamsubstâncias que matam muitos deles.Há evidências de que os eosinófilosparticipam na defesa contra Schistosomamansoni (8).A maioria dos parasitos nãodetermina quadro clínico característico,mas a história pode auxiliaro médico na elaboração da impressãodiagnóstica. A identificação doparasita em fezes, sangue, tecidose em outros líquidos do organismodetermina, na maioria das vezes,o diagnóstico etiológico. O examecomplementar mais utilizado é oparasitológico de fezes (9).Essa pesquisa trata-se de um levantamentoquanto a existência deeosinofilia e sua correlação qualitativae quantitativa com a parasitose.Materiais e MétodosForam realizados exames parasitológicosde fezes e hemogramas em936 indivíduos, duas amostras porpaciente. O campo de pesquisa foium laboratório de análises clínicas dacidade de Morrinhos-GO. O critério deinclusão foram todos os exames dehemograma e EPF (exames parasitológicosde fezes) que deram entradano respectivo laboratório no ano de2006. As amostras foram separadasde acordo com a classificação da faixaetária de criança, adolescente, jovem,adulto e idoso.Análises parasitológicasO parasitológico foi realizado pelométodo de sedimentação espontânea(10) e examinado ao microscópio.Separação de células sanguínease soroCélula mononuclear do sangueperiférico e soro foi separada a partirde volume total de 5 mL de sanguecoletada de paciente e colocado emfrasco com anticoagulante heparina.Os hemogramas foram realizadospelo método de contagem diferencialautomatizada (Coulter: T-890), juntamentecom uma contagem diferencialem esfregaço de sangue.Contagem de eosinófilosValores absolutos em 1 mm3 desangue periférico foram calculadosdos pacientes testes.ResultadosForam analisadas 936 amostras defezes com seus respectivos hemogramas,sendo que 71,9% das amostrasderam positivas. Destas amostras positivas,em 39,4% ocorreu eosinofilia.Os parasitas encontrados foram: Entamoebacoli, Giardia lamblia, Ascarislumbricoides, Enterobius vermiculares,Strongyloides stercoralis, Necatoramericanus e Hymenolepis nana.Estudamos os parasitas mais frequentesno ano de 2006 e notamosque E. coli foi o mais encontrado nasamostras analisadas, com 42,8%. G.lambia apresentou 26,7% e A. lumbricoides20,3% (dados não mostrados).O Gráfico 1 demonstra que asamostras de crianças representam46,3% positivas para parasitas e, destas,61,1% apresentaram eosinofilia,explicado pela maioria estar infectadapor G. lambia, protozoários resistentesà cloração da água, seguida por adultos(18-60 anos para homens e 18-55anos para mulheres).No Gráfico 2 observamos que emcrianças os parasitas mais frequentessão G. lamblia com 44,6% e E. colicom 21,6%. As crianças podem contrairgiardíase através da ingestão deágua contaminada (11).No Gráfico 3 observamos que emadolescentes (12-18 anos) os parasitasmais frequentes são: E. coli com37% e A. lumbricoides com 14,8%.No Gráfico 4 percebemos que emadultos E. coli aparece em primeirocom 60,1% e A. lumbricoides com21,6%.No Gráfico 5 verificamos que emidosos (acima de 55 anos - mulherese acima de 60 anos - homens) E. coliaparece com 54,5% e A. lumbricoidescom 19,7%, mantendo assim um padrãoaceitável em relação às idades dosindivíduos durante todo o ano de 2006.146<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


% de eosinofilia e parasitoseEosinofilia %; 61,1Parasitas %; 46,3Eosinofilia %; 9,4Parasitas %; 8,5Eosinofilia %; 21,6Parasitas %; 37,3Eosinofilia %; 7,9Parasitas %; 7,9CriançaAdolescenteJovem / AdultoIdosoGráfico 1. Porcentagem de parasitose e eosinofilia de acordo com a faixa etária% de parasitas% de parasitasE. coli 21,6%G. lamblia 44,6%A. lumbricoides 15,6 %N. americanus 0,9%S. stercoralis 0,9%E. vermiculares 0,4%H. nana 0,2%ParasitasGráfico 2. Porcentagem de parasitas em crianças na cidade de Morrinhos-GO em 20064035302520151050E. coli 37%G. lamblia 5,6%A. lumbricoides 14,8%N. americanus 5,6%S. stercoralis 1,8%E. vermiculares 1,8%H. nana 0%ParasitasGráfico 3. Porcentagem de parasitas em adolescentes na cidade de Morrinhos-GO em 2006Foi realizado um estudo sobre oacometimento de parasitas e eosinofiliade acordo com as estações do ano;notamos que no verão e outono houveum maior índice de eosinofilia, ao compararcom parasitose pela faixa etária;83% das crianças tiveram algum tipode verme, destas 65% demonstrarameosinofilia (dados não mostrados).Justificado pelo fato de que no verão eoutono ocorre a maioria dos processosalérgicos, devido a altas temperaturasdas estações, ao contrário do que ocorreno inverno e primavera, onde há umíndice de eosinofilia menor com relaçãoà parasitose.Não se utilizou metodologia específicapara pesquisa de S. stercoralis,E. vermicularis, N. americanus eH. nana, sendo que os baixos índicesencontrados para estes helmintospodem ter ocorrido em função dametodologia empregada.DiscussãoEstudos prévios têm mostrado queas complicações alérgicas podem procederde infecções por protozoários.Reações alérgicas podem ser iniciadaspor gastrenterite intestinal. A relaçãoentre alergias e giardíase tem sidomostrada em várias publicações (1).Em nossa pesquisa, a prevalênciade G. lamblia em crianças chega a44,6%. Na maioria dos estados doBrasil sua prevalência supera os 20%entre pré-escolares e escolares. Podetornar-se um grave problema em instituiçõese creches pela transmissãopessoa-pessoa (11). Em Moscou, duranteestudos clínicos em crianças cominfecção por gastrenterite intestinal,foram detectadas reações alérgicasem 15,4% dos casos (12).Entamoeba coli é um parasitacomensal do intestino humano e sua148<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


% de parasitasE. coli 60,1%G. lamblia 2,6%A. lumbricoides 21,6%N. americanus 0%S. stercoralis 2,9%E. vermiculares 12,4%H. nana 0,33%ParasitasGráfico 4. Porcentagem de parasitas em jovens/adultos na cidade de Morrinhos-GO em 2006% de parasitasE. coli 54,5%G. lamblia 4,5%A. lumbricoides 19,7%N. americanus 1,5%S. stercoralis 6%E. vermiculares 13,6%H. nana 0 %ParasitasGráfico 5. Porcentagem de parasitas em idosos na cidade de Morrinhos-GO em 2006contaminação ocorre por meio de Ascaridíase acomete cerca de 30%água ou alimentos contaminados com da população mundial. A principalcistos (encontrados em material fecal) forma de transmissão é a ingestão de(2). Foi o parasita mais encontrado ovos através de água e alimentos contaminados,em nossa pesquisa (42,8%), comhábito de levar as mãosexceção da classificação em crianças, e objetos sujos à boca, ou a práticaonde a ocorrência de E. coli ficou em de geofagia. Os ovos podem ser inaladossegundo lugar com 21,6%. Ferreiraou deglutidos (11). Varga (14)(13) realizou um estudo de parasitas descreve pacientes infectados comcomensais intestinais em 72 amostras A. lumbricoides, os quais possuem severosde fezes de crianças, no estado desintomas alérgicos, encontradosMinas Gerais, encontrando E. coli em também em pacientes infectados com18% das amostras.gastrenterite intestinal.Com relação ao E. vermiculares,o homem é o único hospedeiro. Suatransmissão ocorre pessoa a pessoaou por fômites. A transmissão indiretaé possível com a inalação de ovospresentes na poeira e nos utensíliosdomésticos. Ocorre no mundo inteiroe é a helmintíase de maior prevalêncianos países desenvolvidos (2). Yazdanbakhsh(6) encontrou com muita frequênciaE. vermiculares em criançasque apresentaram doenças alérgicasdefinidas por sintomatologia.Estrongiloidíase é responsávelpor incidência elevada de infecçõesem regiões de clima tropical ou comsaneamento básico precário. As formasde transmissão descritas são:heteroinfecção, autoinfecção interna,autoinfecção externa (11).O ancilostomídeo penetra na peledo hospedeiro e por via linfática ouvenosa chega até os pulmões. Ocorreem 20% a 25% de toda a populaçãomundial. No Brasil a prevalência évariável, sendo mais comum na zonarural, acometendo mais adolescentese adultos. Na maioria das vezes ainfecção é assintomática (11). Sorci(15) sugeriu existir uma associaçãoentre vermes nematoda e a concentraçãode eosinófilos.Himenolepíase causada por parasitahabitual do homem e sem hospedeirointermediário, no Brasil predominanos estados do sul, com prevalênciaestimada de 3% a 10% (11). Geralmentea infecção é assintomática,mas nas crianças que sofrem grandecontaminação, ou que são desnutridasou imunodeficientes, pode ocorrerinfecção maciça, manifestando-secom cólicas abdominais e diarreiacrônica (2).Há necessidade de desenvolvimentode uma política sanitária nacionalpara o combate às parasitoses intestinais,uma vez que as infecções estão<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012149


vinculadas ao subdesenvolvimento.Diante dos resultados aqui apresentados,constatamos a importância deacompanhamento das condições desaúde das populações.As infecções pelos parasitas intestinaisocorrem por um desequilíbrioecológico entre parasita-hospedeiroambiente. A melhoria das condiçõesde vida através do saneamento adequado,combate à desnutrição e dodesmame precoce, educação paraa prevenção, acesso universal aosistema de saúde, são medidas queefetivamente diminuiriam a infecçãoparasitária. Um grande problema é areinfecção, a qual pode ser minimizadaatravés de medidas educativas paraa população (9).Correspondências para:Lílian Carla Carneirolilian.carneiro@ueg.brReferências Bibliográficas1. Giacometti A, Cirioni O, Antonicelli L, D’Amato G, Silvestri C, Del Prete MS, Scalise G. Prevalence of intestinal parasites among individualswith allergic skin diseases. Journal Parasitology, 89: 490-492 2003.2. Mota JAC, Penna FJ, Melo MCB. Parasitoses intestinais. In: Pediatria Ambulatorial. 4° ed., Belo Horizonte, Coopmed, 2004.3. Guyton AC, Hall JE. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 6° ed., Guanabara Koogan, São Paulo, 1998.4. Unstun S, Turgay N, Delibas SB, Ertablakar H. Interleukin (IL) 5 levels and eosinophilia in patients with intestinal parasitic diseases.World Journal Gastroenterology, 10: 3643-3646, 2004.5. Klion AD, Nutman TB. The role of eosinophils in host defense against helminth parasites. Journal Allergy Clinical Immunology, 113:30 - 37, 2004.6. Yazdanbakhsh M, van den Biggelaar A, Maizels RM. Th2 responses without atopy: immunoregulation in chronic helminth infections andreduced allergic disease. Trends Immunology, 22: 372-377, 2001.7. Henry JB. Diagnósticos clínicos e tratamento: por métodos laboratoriais. 10° ed., Manole, São Paulo, 1995.8. Janeway CA, Travers P, Walport M, Shlomchik M. O sistema imune na saúde e na doença. 5° ed., Artmed, Porto Alegre, 2002.9. Melo MCB, Klem VGQ, Mota JAC, Penna FJ. Parasitoses Intestinais. Revista Medicina Minas Gerais, 14: 3-12, 2004.10. Hoffman WA, Pons JA, Janer S. The sedimentation concentration method in Schistosomiasis mansoni. Puerto Rico Journal of PublicHealth, 9: 283-291 1934.11. Crua AS. Parasitoses intestinais. Gastroenterologia e Hepatologia em pediatria: diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: 7° ed., Medsi,2003.12. Zalipaeva TL. Clinical symptoms of giardia infection in children. Medice Parazitology 3: 29-32, 2002.13. Ferreira P, Lima MR, Oliveira FB, Pereira MLM, Ramos LBM, Marçal MG, Costa-Cruz JM. Ocorrência de parasitas e comensais intestinaisem crianças de escola localizada em assentamento de sem-terras em Campo Florido, Minas Gerais, Brasil. Revista da SociedadeBrasileira de Medicina Tropical, 36: 109-<strong>111</strong> 2003.14. Varga M, Dumitrascu D, Piloff L, Chioreanu E. Skin manifestations in parasite infection. Roum Arch Microbiology Immunology, 60: 359-369, 2001.15. Sorci G, Skarstein F, Morand S, Hugot JP. Correlated evolution between host immunity and parasite life histories in primates and oxyuridparasites. Socity Lond B Biology Science, 270: 2481-2484, 2003.150<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


ArtigoDoença Celíaca: uma Patologia do Sistema DigestivoLisandra Chiamenti 1 , Otto Henrique Nienov 1 , Pâmela Camini Constantin 1 ,Poliana Carolina Kehl 1 , Ramona Elisa Grohe 1 e Gustavo Müller Lara 21 - Acadêmicos do Curso de Biomedicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS2 - Professor titular da Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RSResumoSummaryDoença celíaca: uma patologia do sistema digestivoA doença celíaca (DC) é uma patologia autoimune caracterizadapela intolerância à ingestão de glúten, presente em cereais, comoo trigo, a cevada, o centeio e o malte, em indivíduos geneticamentepredispostos. É uma condição comum, afetando cerca de 0,5% a1% da população. Imunologicamente, a DC apresenta uma forteligação com o antígeno de histocompatibilidade (HLA) de classe II,principalmente ao HLA-DQ2 e ao HLA-DQ8, resultando num processoinflamatório crônico da mucosa intestinal. Além disso, existem fatoresgenéticos e ambientais envolvidos. As manifestações clínicas são muitovariáveis, desde pacientes assintomáticos até formas graves. A doençaapresenta a forma clássica, caracterizada por diarreia crônica, esteatorreia,dor e distensão abdominal, vômitos e flatulência; e a formaassintomática, reconhecida recentemente pelo surgimento de novosmarcadores sorológicos, tais como anticorpos antigliadina (AAG),anticorpos antirreticulina (AAR), anticorpos antiendomísio (AAE) eo anticorpo contra a transglutaminase tecidual (anti-tTG). Destes, oAAE apresenta melhor especificidade e sensibilidade. A deficiênciade IgA, que acomete cerca de 3% dos pacientes com DC, pode seruma das causas de falsos-negativos, já que a sorologia é baseadaprincipalmente em anticorpos IgA. O diagnóstico é realizado por umaassociação de dados clínicos, laboratoriais e histopatológicos. Parao tratamento de pacientes, é necessária a introdução de uma dietaisenta de glúten de forma permanente.Palavras-chave: Doença celíaca, glúten, anticorpos séricos,gliadina, reticulina, endomísio, transglutaminase tecidualCeliac disease: digestive system pathologyCeliac disease (CD) is an autoimmune disease characterizedby ingestion of gluten intolerance found in cereals such as wheat,barley, rye and malt, in genetically predisposed individuals.It’s a common condition, affecting about 0.5% to 1.0% of thepopulation. Immunologically, CD has a strong connection withhistocompatibility antigen (HLA) class II, particularly HLA-DQ2and HLA-DQ8, resulting in chronic inflammation of the intestinalmucosa. In addition, there are genetic and environmental factorsinvolved. The clinical manifestations vary widely, from asymptomaticto severe forms. The disease presents classical forms,characterized by chronic diarrhea, steatorrhea, abdominal painand distension, vomiting and flatulence; and asymptomatic,recently recognized by the appearance of new serum markerssuch as anti-gliadin antibodies (AGA), anti-reticulin (AAR),anti-endomysium (AEA) and tissue transglutaminase antibody(anti-tTG). Of these, the AEA presents a better specificity andsensitivity. IgA deficiency, which affects about 3% of patientswith CD, may be a cause of false negatives, since serology isbased mainly on IgA. The diagnosis is made by an associationof clinical, laboratory and histopathological. For the treatment ofpatients is necessary to introduce a gluten-free diet permanently.Keywords: Celiac disease, gluten, serum antibodies,gliadin, reticulin, endomysium, tissue transglutaminaseIntroduçãoAprimeira alusão à DC remontaao ano 200 da era cristã,mas foi em 1953 que Van deKamer e J. H. Weigers demonstraramque a fração proteica da farinha detrigo, o glúten, era o agente responsávelpelo dano à mucosa intestinal(1, 2, 3).A doença celíaca (DC) é umaintolerância permanente à ingestãode glúten, contido em cereais comocevada, centeio, trigo e malte, emindivíduos geneticamente suscetíveis.Caracteriza-se por um processoinflamatório crônico que envolve amucosa do intestino delgado, levandoà atrofia total ou subtotal das vilosidadesintestinais, com consequentemá absorção de alimentos e umavariedade de manifestações clínicas(1, 4, 5, 6). Representa uma fortecondição hereditária, constituindo--se numa enfermidade multifatorial,envolvendo componentes genéticos,ambientais e imunológicos na suaetiopatogenia (1, 7).Constituindo-se um modelo dedoença autoimune com disparador152<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


conhecido, o glúten, e uma respostahumoral específica, os anticorpos antitransglutaminasetissular (tTG) outransglutaminase 2 (TG2), a DC foiconsiderada, durante muitos anos,uma doença pediátrica. No entanto, oseu diagnóstico em adultos tem sidocada vez mais frequente (8, 9, 10).EpidemiologiaAcreditava-se que a DC fosse umacondição rara e que afetava unicamenteos caucasianos, principalmente apopulação europeia. A apresentaçãotípica da doença era de crianças comperda de peso e diarreia. Porém, atualmente,sabe-se que a doença é comum,afetando cerca de 0,5 a 1,0% dapopulação, o que sugere que a doençadeve estar sendo subdiagnosticada,conforme a ideia do “iceberg celíaco”publicada por Richard Logan, em 1991(1, 11, 12). A proporção entre o sexofeminino e o masculino é de 2:1, respectivamente(10).Estudos de segregação em famíliassugerem uma importante predisposiçãogenética à DC, caracterizada poruma prevalência de 8 a 18% entrefamiliares de primeiro grau, variandode 70 a 100% entre gêmeos monozigóticos,e de aproximadamente20% entre gêmeos dizigóticos. Estesdados demonstram a importância dorastreamento em todos os familiaresdos celíacos. Os riscos são maiores empessoas com diabetes melito (3 a 8%)e outras doenças autoimunes (comoas tireoidopatias), com síndrome deDown (5 a 12%) e em outras associações(como síndrome de Turner,síndrome de Williams e deficiênciaseletiva de Imunoglobulina A - IgA)(1). Um quadro clínico severo podese desenvolver durante a gravidez ematé 17% das mulheres com DC (12).A DC pode surgir em qualqueridade, manifestando-se geralmente apartir do segundo semestre de vida,mas cerca de 20% dos casos ocorremem indivíduos com mais de 60 anos(1). Sua prevalência varia de paíspara país, podendo divergir devido afatores como: tipo de fórmula láctea,amamentação, idade de introduçãodo glúten na dieta, quantidade equalidade dos cereais e quantidadede ingestão de cereais. Um estudodemonstrou que a introdução tardiado glúten na dieta retarda o inícioda sintomatologia, com redução dasformas típicas e proporcional aumentodas formas atípicas da DC, tanto nacriança, quanto no indivíduo adulto(2). Apesar de predominar em indivíduoscaucasianos, no Brasil, devido àmiscigenação racial, já foi descrita emnegroides (1).No continente europeu, um grandeestudo multicêntrico promovido pelaSociedade Europeia de Gastroenterologiae Nutrição (ESPGAN) envolvendo36 centros de 22 países, revelou que aincidência da DC é, em média, igual à1/1.000 nascidos vivos (2, 5). A comunidadecientífica americana consideraque a DC é rara nos EUA (2).No Brasil, um estudo recente realizadona cidade de Brasília, utilizandoos marcadores sorológicos antigliadinae antiendomísio, demonstrouuma prevalência de DC igual a 1/681entre doadores de sangue sadios (5).Outro estudo realizado em Curitiba,utilizando antiendomísio e antitransglutaminase,revelou uma prevalênciade 1/1.000. Em Ribeirão Pretoa prevalência foi de 1:375, com osmarcadores sorológicos antiendomísioe antitransglutaminase (13). Estesdados nos mostram que a DC nãodeve ser considerada uma doença raraentre a população brasileira.EtiopatogeniaA base da doença é o processoinflamatório causado pela respostaimune inadequada de células T dointestino, que reagem aos peptídeosde glúten (14). Por ser uma doençamultifatorial, aspectos genéticos, ambientaise imunológicos podem estarassociados (1, 7, 14). Cada fator derisco e/ou a combinação de algunsdesses provavelmente induzem àpatologia (7).Fatores ambientaisO fator indutor da doença é oglúten, uma proteína amorfa, albuminoide,insolúvel em água, encontradana semente de muitos cereais (1, 13).Pode ser fracionada em prolaminassolúveis do etanol e gluteninas insolúveisem etanol que podem sertóxicas quando resistentes à digestãopelas enzimas gástricas. As prolaminase gluteninas tóxicas encontram-seno trigo (gliadina), cevada (hordeina),centeio (secalina) e não-tóxicas naaveia (avenina) (13, 15).Fatores genéticosEstudos sugerem alta suscetibilidadegenética (1, 4). A maior parte daspessoas acometidas (90-95%) pelaenfermidade expressa moléculas docomplexo maior de histocompatibilidade(HLA) de classe II DQ2 (codificadopelo gene DQA1*05 e DQB1*02),enquanto os restantes expressamo haplótipo DQ8-DR4 (DQA1*03 eDQB1*0302) (1, 5, 7, 11, 13, 15).Logo, a ausência destes marcadorestem valor preditivo negativo próximode 100% (6). Nestes indivíduos, é provávelque a enzima transglutaminasetecidual (tTG) seja fundamental nafisiopatologia por deaminar a gliadina,causando maior resposta proliferativade células T gliadina-específicas assimevoluindo para a inflamação da mucosae ativação adicional de célulasB (1, 16).154<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


Fatores imunológicosComponentes humorais e celularesdo sistema imunológico participam doprocesso inflamatório da mucosa dointestino (5, 7, 11). Caracterizando-apor um aumento de células citotóxicaintraepiteliais CD8+ (Cluster ofDifferentiation) e células da lâminaprópria, causando mudanças na arquiteturada mucosa intestinal, atrofianas vilosidades e hiperplasia da criptae, consequentemente, alterações nometabolismo (17, 18).O glúten contém duas importantesproteínas, gliadina e gluteina, ambascom peptídeos capazes de desencadeara doença (19, 20). No tratogastrointestinal a gliadina é expostaatravés da ação de enzimas do lúmen,dos enterócitos da borda em escova epela ação de outras enzimas da mucosajejunal (17). Os peptídios derivadosdo glúten se ligam mais eficientementequando carregados negativamente.Desta forma age a enzima tTG, que ésecretada em pequenas quantidadesprincipalmente por células mononucleares,fibroblastos e células endoteliaisque residem na matriz subepitelialdo intestino, modificando especificamenteestes peptídios através dadesaminação de alguns resíduos deglutamina, convertendo-os em moléculasde ácido glutâmico. Estes sãocarregados negativamente e se ligamcom maior eficiência nas moléculasde HLA-DQ2 ou HLA-DQ8 das célulasapresentadoras de antígenos (APC)e induzem a resposta proliferativade clones de células T CD4 gliadina--específica (7, 11, 13, 21).As células T CD4 reconhecem,por meio de receptores de células T(TCR), o complexo peptídeo ligadoao HLA, e induz resposta imunológicado tipo TH1 (Helper T cells) eTH2 com secreção de citocinas, taiscomo interferon–γ, interleucinas-15,interleucina-12 e interleucina-18, quecausam lesão intestinal (7, 11, 20).As citocinas da resposta TH1, principalmentefator de necrose tumoral,promovem liberação de metaloproteínaspelos fibroblastos intestinaisque degradam o colágeno fibrilar,glicoproteínas na matriz extracelulare proteoglicanos. Desta forma, as metaloproteínasexercem papel centralna atrofia das vilosidades intestinaise hiperplasia das criptas (7, 11, 13).A resposta do tipo TH2 induz a expansãoe maturação dos plasmócitospara produzirem anticorpos da classeIgA contra gliadina, tTG, e contra ocomplexo tTG-gliadina (7, 11).Sintomatologia e Quadro ClínicoA forma clássica da DC, que seinicia nos primeiros anos de vida, logoapós o desmame e com a introduçãodo glúten na dieta, se caracteriza porsintomas digestivos como diarreiacrônica, (ocasionalmente pode haverprisão de ventre), esteatorreia, dor edistensão abdominal, vômitos, flatulênciae aftas na cavidade oral. Sintomasgerais mais frequentes incluemperda de peso, irritabilidade, falta deapetite, déficit de crescimento, anemiae astenia. Os sinais não digestivos aserem observados são atrofia da musculaturaglútea e diminuição do tecidocelular subcutâneo, puberdade tardiacom menarca tardia, infertilidade esintomas neurológicos como convulsão,ataxia, parestesia, depressão eenxaqueca. A maioria dos sintomasse relaciona com a má absorção denutrientes (1, 5, 9, 11).As formas atípicas manifestam--se mais tardiamente na infância eacometem crianças entre cinco e seteanos de idade. Apresentam quadromono ou paucissintomático. Os sintomasdigestivos estão ausentes ouquando presentes ocupam um segun-do plano e os pacientes deste grupopodem apresentar manifestações isoladascomo baixa estatura, anemia pordeficiência de ferro, hipoplasia do esmaltedentário, constipação intestinal,osteoporose, esterilidade, artralgia ouartrite e epilepsia associada à calcificaçãointracraniana. As manifestaçõesextraintestinais podem ser explicadasdevido ao déficit nutricional ou porreações imunológicas que acometemoutros órgãos (2, 4, 11).Os indivíduos com doença celíacalatente são aqueles aparentementeassintomáticos, com biópsia intestinalnormal frente ao consumo de glúten,mas já apresentaram, em algum período,alterações da mucosa, característicasda DC. Desenvolvem atrofiaparcial ou total das vilosidades, retornandonovamente ao normal apósa isenção do glúten da dieta (1, 11).A doença assintomática vem sendoreconhecida com maior frequência nasúltimas duas décadas após o desenvolvimentode marcadores sorológicosespecíficos (1, 5).O quadro clínico na DC tem umaampla variabilidade, dependendo dagravidade e extensão das lesões, bemcomo da idade do paciente. Podemser observados sintomas clássicoscaracterísticos de má absorção intestinale em outras ocasiões podemaparecer sintomas inespecíficos. Emalguns casos ocorre má absorção devários nutrientes, o que pode causarrepercussões graves à nutrição doindivíduo (1, 9, 13).Doenças AssociadasA persistência da lesão da mucosacom ou sem sintomas típicos podelevar a graves complicações e malignidadesgastrintestinais (principalmentelinfoma), que têm sido relatadas em10% a 15% dos pacientes adultoscom DC. No entanto, esta informação156<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


tem sido questionada, permanecendoainda incerta (22). Também, existemsuspeitas de que a doença celíaca nãotratada pode estar relacionada a longoprazo com outras neoplasias, como ocarcinoma de células escamosas doesôfago, o adenocarcinoma do intestinodelgado, e mesmo linfoma decélulas T enteropática (14).A doença celíaca corresponde aoscritérios de autoimune: predisposiçãogenética (HLA), gatilho exógeno(glúten) e autoantígeno (tTG) (22).Um aumento na prevalência da doençacelíaca está, muitas vezes, associadoa certos tipos de patologia, comodiabetes tipo 1 e doença tireoidianaautoimune. Há, também, a possibilidadede associação com outrasenfermidades autoimunes, tais comocirrose biliar primária, síndrome deSjögren e síndrome de Down (14, 15).A relação pode se dar pela existênciade mecanismos comuns da mediaçãoda doença imune, base genética comume/ou um determinado tipo deHLA (14).Pode haver relação de concomitânciaentre DC e hepatite e colangiteautoimunes, déficit seletivo de IgAou acúmulo deste formando lesões(dermatite herpetiforme), neuropatiaperiférica, mielopatia, ataxia e epilepsia(15).DiagnósticoO diagnóstico de DC nem sempreé fácil de ser realizado, em torno de10% dos casos, há discordância entreos achados nos exames (6). A anamnesedetalhada associada a examefísico cuidadoso permite estabelecero diagnóstico de suspeita naquelescasos que cursam com sintomatologiaclássica. Entretanto, o conhecimentoatual de diferentes formas de apresentaçãoda DC demonstra que somenteo quadro clínico não é efetivo no diagnósticoda patologia, que muitas vezespode ser assintomática. A adequadainvestigação diagnóstica deve ser divididanos seguintes estudos: clínica,função digestivo/absortiva, sorológicoe histopatológico do intestino delgado(2, 6).Dentre as funções digestivas/absortivas, testes como a prova deabsorção da D-xilose, dosagem degordura nas fezes e estudos hematológicoscomo determinação de folatoseritrocitários, têm valor somente nascrianças que apresentam quadroclínico característico de síndromede má absorção. Estes apresentamlimitações dependentes do tempo deesvaziamento gástrico e da funçãorenal. Portanto, são exames inespecíficos,que podem variar de acordocom o quadro fisiológico do pacientee têm caído em desuso (2, 5).Nos últimos anos, com o objetivode selecionar adequadamente quaisos pacientes que deverão se submeterà biopsia de intestino delgado, foramdesenvolvidos testes sorológicos querepresentam os marcadores imunológicosde atividade da doença. Éimportante ressaltar que nenhumdestes testes é patognomônico para odiagnóstico e que, portanto, o quadrogeral do paciente deve ser analisado(5, 11). Dosa-se, principalmente, anticorposda classe IgA, porém, aproximadamente3% dos pacientes comDC têm deficiência isolada de IgA, quepode causar falso-negativo. Nestes indivíduospode ser realizada a dosagemde IgG, reduzindo a possibilidade denão se detectar tais pacientes duranteo rastreamento sorológico (2, 23).Os anticorpos antigliadina (AAG)foram os primeiros marcadores sorológicosdescritos na DC e são dirigidos àproteína cereal absorvida pela mucosaintestinal (11). Estes foram dosadosrotineiramente nos laboratórios, paraauxílio no diagnóstico, nas décadas de70 e 80 com o advento dos métodospara a detecção de anticorpos, como:imunofluorescência, radioimunoensaioe os ensaios imunoenzimáticos (11,23).Os AAG são predominantementedas classes IgA e IgG, detectados nosoro da maioria dos celíacos assintomáticos.(2) O método Elisa (EnzymeLinked Immunosorbent Assay) é amplamenteutilizado na prática. Váriosestudos mostram que a sensibilidadedo Elisa na determinação do AAG-IgAvaria de 75% a 90% e a especificidadede 82% a 95%; em relação aoAAG-IgG a sensibilidade varia de 69%a 85% e a especificidade de 73% a90% (8, 23). Níveis elevados destesanticorpos podem ser encontradosem pacientes com outras patologiasgastrointestinais e também podemser detectados em indivíduos normais(11). Deste modo, a pesquisa de anticorposantigliadina (AAG) tem baixovalor preditivo positivo, e está emdesuso (6).Os anticorpos antirreticulina (AAR)começaram a ser investigados na doençacelíaca no início dos anos 70. Aatividade antirreticulina embora aindanão bem definida, provavelmenterepresenta a formação de anticorposcontra componentes do tecido conjuntivo.Estes anticorpos são detectadospor imunofluorescência indireta. (23) Osresultados de ensaios com os AAR daclasse IgA apresentam sensibilidadede 43% a 90% e especificidade de99% a 100%. (2) Os AAR-IgG apresentamum valor diagnóstico limitadopara a doença celíaca (23).Os anticorpos antiendomísio (AAE)reagem com elementos da camadamuscular lisa do intestino e foraminicialmente detectados por imunofluorescênciaindireta (2, 6, 23). O testeapresenta limites, pois o resultado158<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


depende do escore subjetivo do examinador,e pode ser influenciado pelapresença de anticorpos contra músculoliso. A determinação dos AAE é umdos testes mais específicos no auxíliodo diagnóstico da doença celíaca, útilpara a triagem da patologia entreos familiares de primeiro grau dospacientes celíacos. A sensibilidade doAAE-IgA em pacientes celíacos variade 85% a 100%, com valores menoresem crianças com idade inferior adois anos; e a especificidade de 97%a 100% (8, 23).O anti-tTG é o anticorpo contra atransglutaminase tecidual e foi descobertorecentemente. Sua detecção érealizada pelo método de Elisa, porémalgumas doenças podem interferir nosresultados, levando a falsos-positivos,como: doença hepática crônica, insuficiênciacardíaca, artrite, diabetesmelito e doença inflamatória intestinal(6). Isoladamente é o mais eficienteteste sorológico para detecção deDC e pode ser utilizado para triagempopulacional, por ser um ensaio quantitativoque independe do observador,além de ser de fácil execução (6, 8,11). Nos achados laboratoriais apresentamsensibilidade de 95% a 98%e especificidade de 94% a 95% paraa classe de anticorpos IgA (8).A tipagem HLA é muitas vezesrealizada, pois exclui um terço dosfamiliares de primeiro grau e identificaindivíduos para avaliação com biópsia.É o exame indicado se o paciente apresentasorologia negativa e recusa-se arealizar a biópsia. A tipagem tambémé útil para excluir a doença em pacientescom diagnóstico não sugestivo (6).Para o diagnóstico efetivo da DC éimprescindível a realização da biópsiade intestino delgado, teste de referênciapara verificar a integridade davilosidade intestinal, sendo a amostraobtida, preferencialmente, da junçãoduodeno-jejunal (2, 5, 8). As amostrasde intestino delgado podem serobtidas mediante cápsulas perorais,durante a duodenoscopia ou mediantea utilização de uma cápsula de biópsiade intestino delgado endoscopicamentedirigida. Este procedimento émais seguro que o método de biópsiapor cápsula e permite obter múltiplasamostras de tecidos reduzindo a margemde erro, já que há áreas alteradasem meio a outras com mucosa normal(2, 8, 11). Classicamente, o diagnósticohistológico é baseado no encontrode alteração estrutural da mucosaduodeno-jejunal com atrofia vilositáriae hiperplasia de criptas (11).TratamentoO tratamento da DC consiste naintrodução de uma dieta isenta deglúten de forma permanente, devendo-se,portanto, excluir da dietao glúten do trigo, centeio, cevada,malte e aveia (4, 13). Ao prescreveresta dieta devemos considerar a idadedo paciente, suas necessidades nutricionais,a situação fisiopatológica daDC, sua etapa evolutiva bem como seuacometimento sistêmico (1). É muitoimportante esclarecer as causas e asmanipulações dietéticas necessáriasno tratamento da DC, aos pacientescelíacos e seus familiares (4).A ampliação da dieta deve serprogressiva e individualizada, apesarda resposta clínica geralmente serrápida, pois há retrocessos. Após aretirada do glúten da dieta, há umdesaparecimento da sintomatologiadentro de dias ou semanas (2, 13).A recuperação da mucosa intestinalé normalmente completa dentro de12 a 24 meses após a instalação dadieta (1).Além de controlar a dieta, os celíacosdevem ser acompanhados poruma equipe médica, nutricional epsicológica, para uma melhor e maioraderência ao tratamento (1). A utilizaçãode medicamentos deve ser feitaconforme a necessidade do paciente,corrigindo carências nutricionais (vitaminas,sais minerais e proteínas),facilitando a digestão de gorduras(enzimas pancreáticas) e para tratamentode infecções concomitantes(antimicrobianos) (1, 13). Tratamentocirúrgico somente será realizado emcasos que apresentam complicações,como perfurações ou ressecções delinfomas ou carcinomas (1).DiscussãoCom os recentes avanços nos testessorológicos para o diagnóstico daDC e com o esclarecimento de aspectosgenéticos e imunológicos envolvidosna patogenia da doença, tem-seobtido um maior esclarecimento damesma quanto a sua prevalência,expressão, diagnóstico e tratamento.Apesar de ainda ser subdiagnosticada,atualmente foram descritosmarcadores sorológicos, como o AAE,que apresenta alta especificidade esensibilidade.A DC compreende um modelo idealde doença autoimune, associada afatores genéticos e ambientais. O quadroclínico do paciente com DC é imprescindívelpara que haja a suspeitade seu diagnóstico. O tratamento, atéhoje, continua sendo a dieta isenta deglúten, além de um acompanhamentomédico e familiar, com o propósito detornar a vida do paciente celíaco maisconfortável, minimizando e/ou evitandopossíveis complicações.Correspondências para:Pâmela Camini Constantinpamiconstantin@hotmail.com160<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


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AGENDAHospitalar 201219ª Feira Internacional de Produtos,Equipamentos, Serviços e Tecnologia paraHospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicase Consultórios.Data: 22 a 25 de maioLocal: Pavilhões do Expo Center Norte.São Paulo. SPInformações: www.hospitalar.com39º Congresso Brasileiro de análisesClínicasData: 01 a 04 de julhoLocal: Centro de Convenções Sulamérica.Rio de Janeiro. RJInformações: www.sbac.org.brAACC CLINICAL LAB EXPOData: 17 a 19 de julhoLocal: Los Angeles Convention Center. CA.EUAInformações: www.aacc.org46º Congresso Brasileiro dePatologia Clínica/MedicinaLaboratorialData: 04 a 07 de setembroLocal: Centro de Convenções da Bahia.Salvador. BAInformações: www.cbpcml.org.br18º Congresso Internacional deMedicina Tropical e MaláriaData: 23 a 27 de setembroRealização: Sociedade Brasileira de MedicinaTropicalLocal: Hotel Royal Tulip. Rio de Janeiro. RJInformações: (21) 2512-7640 /ictmm2012@mleventos.com.brVI Congresso Sul Mineiro deLaboratórios ClínicosData: 26 a 28 de outubroLocal: Centro de Convenções Hotel Guanabara.São Lourenço. MGInformações: (35) 3332-7149 / 8405-1621congressoafarbica@gmail.comXXI CONGRESSO LATINO-AMERICANO DEMICROBIOLOGIAData: 28 de outubro a 01 de novembroLocal: Mendes Convention Center. Santos. SPInformações: www.sbmicrobiologia.org.brHEMO 2012Congresso Brasileiro deHematologia e HemoterapiaData: 08 a 11 de novembroLocal: RioCentro. Rio de Janeiro. RJRealização: Associação Brasileira deHematologia e Hemoterapia (ABHH)Informações: (21) 3511-1101PALESTRAEndocrinologiaHemoglobina glicada – Onde estamos?Data: 29 de maioLocal: Sede da APM. São Paulo. SPRealização: Associação Paulista de Medicina (APM)Palestrantes: Simão Lottenberg e Nairo SumitaInformações: (11) 3188-4281 / inscricoes@apm.org.brApoio: SBPC/MLCURSOCurso de Inverno em Bioquímica eBiologia MolecularData: 9 a 20 de julhoRealização: Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto (FMRP) da USPInscrições: até 24 de maioInformações: (16) 3602-3213http://cinvernobioquimica.fmrp.usp.br164<strong>NewsLab</strong> - edição <strong>111</strong> - 2012


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Bonini-Domingos60 páginasPreço: R$ 30,00Hemograma – Comofazer e interpretarAutor: Raimundo AntônioGomes Oliveira544 páginasPreço: R$ 199,00Desejo pagar da seguinte forma:Cheque anexo nº _______________e nominal à <strong>Ed</strong>itora Eskalab Ltda.Por meio de depósito bancário, que será feito no Banco Itaú, Ag. 0262, conta corrente: 13061-0, a favor da <strong>Ed</strong>itora Eskalab Ltda., CNPJ 74.310.962/0001-83.TÍTULO PREÇO TÍTULO PREÇO TÍTULO PREÇORazão Social/Nome:_______________________________________________________________________________________________________________________________End.:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________Cidade:____________________________________________________ UF:___________ CEP:_____________________ CPF/CNPJ:______________________________________Tel.:_______________________________________Fax:_______________________________________E-mail:_______________________________________________________Cheque Anexo:______________________________________________ Banco:__________________________________________Valor Total R$:________________________Feito o depósito, favor enviar para o Fax número (11) 3171-2190 o comprovante juntamente com essa ficha preenchida. 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