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Folder - Diagnóstico diferencial Doenças Exantemáticas

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tóraxexantema puntiformeProjeto de Vigilância de Doença Febril ExantemáticaCLASSIFICAÇÃODOS EXANTEMASlíngua em framboesaExantema maculopapular - manifestaçãocutânea mais comum nas doenças infecciosassistêmicas. Mais comumente associado a vírus,porém também observado em várias doençasde etiologia bacteriana, parasitária, riquetsioses,micoplasmose e intoxicaçõesmedicamentosas ou alimentares.Pode ser caracterizado em diversos tipo:Morbiliforme: pequenas maculo-pápulaseritematosas (3 a 10 mm), avermelhadas,lenticulares ou numulares, permeadas porpele sã, podendo confluir. É o exantematípico do sarampo, porém pode estarpresente na rubéola, exantema súbito, nasenteroviroses, riquetsioses, dengue,leptospirose, toxoplasmose, hepatite viral,mononucleose, síndrome de Kawazaki ereações medicamentosas.Escarlatiniforme: eritema difuso, puntiforme,vermelho vivo, sem solução decontinuidade, poupando a região periorale áspero (sensação de lixa). Pode serdenominado micropapular. É a erupçãotípica da escarlatina porém pode serobservada na rubéola, síndrome deKawazaki, reações medicamentosas,miliária e em queimaduras solares.Rubeoliforme: semelhante ao morbiliforme,porém de coloração rósea, compápulas um pouco menores. É o exantemapresente na rubéola, enteroviroses, virosesrespiratórias e micoplasma.Urticariforme: erupção papuloeritematosade contornos irregulares. É mais típico emalgumas reações medicamentosas, alergiasalimentares e em certas coxsackioses,mononucleose e malária.Exantema papulovesicular- presença depápulas e de lesões elementares de conteúdolíquido (vesicular). É comum a transformaçãosucessiva de maculo-pápulas em vesículas,vesico-pústulas, pústulas e crostras. Pode serlocalizado (ex. herpes simples e zoster) ougeneralizado (ex. varicela, varíola, impetigo,estrófulo, enteroviroses, dermatite herpetiforme,molusco contagioso, brucelose, tuberculose,fungos, candidíase sistêmica).Exantema petequial ou purpúrico - alteraçõesvasculares com ou sem distúrbios de plaquetase de coagulação. Pode estar associado ainfecções graves como meningococcemia,septicemias bacterianas, febre purpúricabrasileira e febre maculosa. Presente tambémem outras infecções como citomegalovirose,rubéola, enteroviroses, sífilis, dengue e emreações por drogas.Referência: “<strong>Diagnóstico</strong> Diferencial das <strong>Doenças</strong><strong>Exantemáticas</strong>”, Sílvia Regina Marques e Regina CéliaMenezes Succi. Infectologia Pediátrica 1999, Capítulo 19,pág. 169. 2ª edição, Calil K. Farhat et al. Ed. Atheneu.Transcrito com autorização dos autores.ObservaçõesColeta de material para diagnóstico laboratorial:Sangue fase aguda: até 7 dias desde o iníciodo exantemaSangue fase convalescente: 3-4 semanas apóso início do exantemaSe suspeita for rubéola: Sangue de fase agudacolhido a partir do 5º dia.Se suspeita for dengue: Sangue de fase agudacolhido a partir do 6º dia.Se suspeita for febre maculosa: Sangue de faseaguda colhido a partir do 7º dia.RubéolaEtiologia e forma de transmissão: Doença viralaguda causada pelo Rubivírus (família Togaviridae),é transmitida pelo contato comsecreções nasofaríngeas de pessoas infectadas.Na gestação pode ser transmitida ao feto,podendo causar a Síndrome da RubéolaCongênita.Grupo etário: Todos, principalmente crianças eadultos jovens.Quadro Clínico: Período de incubação de 14-23dias. Em crianças geralmente não há pródromos.Adultos podem apresentar sintomas leves,predominando febre baixa, cefaléia e mal-estargeralmente 5 dias antes do aparecimento doexantema. Linfadenopatia quase semprepresente, principalmente retroauricular eoccipital. Exantema máculo-papular róseo,difuso e discreto, distribuição crânio-caudal,máxima intensidade no 2º dia, desaparecendoaté o 6º dia, sem descamação. Transmissibilidadede 7 dias antes a 7 dias após o aparecimento doexantema.<strong>Diagnóstico</strong> Laboratorial: Sorologia com IgMreagente (por ELISA) na fase aguda, ou títuloscrescentes de IgG em amostras pareadas (fasesaguda e convalescente).Prevenção e tratamento: Não há tratamentoespecífico. A vacina é a única forma eficaz deprevenção. Uma dose confere imunidade de95%. Deve-se evitar exposição a outrosindivíduos até 7 dias após aparecimento doexantema.Eritema Infeccioso(Parvovirose B19)Etiologia e forma de transmissão: Doença viralcausada pelo parvovírus humano B19 (famíliaParvoviridae). Transmissão por contato comsecreções respiratórias, ou através da placentade mães infectadas.Grupo etário: Atinge principalmente criançasapós o 1º ano de vida (pré-escolar e escolar).Quadro Clínico: Período de incubação variável(4-20 dias). Geralmente sem pródromos,podendo ocorrer sintomas inespecíficos comocansaço, febre, mialgia e cefaléia de 7-10 antesdo aparecimento do exantema. O exantemaaparece na face, intenso, em forma de asa deborboleta ou lembrando o aspecto de faceesbofeteada, distribuindo-se em seguida nosmembros e tronco. Pode reaparecer ou intensificar-secom irritantes cutâneos, alteração detemperatura ou exposição ao sol por semanasou meses após a infecção. Não há descamação.Transmissibilidade máxima antes do aparecimentodo exantema.<strong>Diagnóstico</strong> Laboratorial: Sorologia com IgMreagente (ELISA) em amostras de sangue de faseaguda ou incremento de títulos de IgG emsorologias de amostras pareadas (fase aguda econvalescente).Prevenção e tratamento: Deve-se evitarexposição de indivíduos infectados a outrosindivíduos no período de prodrômico. Não hávacina nem tratamento específico.Exantema Súbito(Roséola infantum)Etiologia e forma de transmissão: Doença viral,causada pelos herpesvírus humanos 6 e 7 (famíliaHerpesviridae). Transmissão pelo contato comsecreções de um portador assintomático a umcontato próximo.Grupo etário: Atinge crianças menores de 4 anos,principalmente entre 6 meses e 2 anos de idade.Quadro Clínico: Doença aguda, período deincubação médio de 9-10 dias. O períodoprodrômico dura 3 ou 4 dias com febre alta(>39,5 0 C) e irritabilidade. O exantema inicia-seno tronco logo após o desaparecimento da febre.Desaparece rapidamente, sem descamação.<strong>Diagnóstico</strong> Laboratorial: São utilizados testesde imunofluorescência indireta (IFI) paradetecção de IgM e IgG em amostras de sanguecoletadas na fase aguda e convalescente.Prevenção e tratamento: Tratamento de suporte,não há vacina.SarampoSinal de KoplicEtiologia e forma de transmissão: Doença viralaguda, causada pelo Morbilivírus (famíliaParamixoviridae). Transmissão ocorre através deaerossóis respiratórios.Grupo etário: Todos, principalmente crianças eadultos jovens.Quadro Clínico: Período de incubação de 8-12dias desde a exposição até início dos sintomas.Período prodrômico característico, com 3-5 diasde febre alta, tosse e conjuntivite. Anorexia ediarréia podem estar presentes. O sinal de Koplic,caracterizado pela presença de manchasesbranquiçadas (enantemas) na mucosa oral,geralmente precede o exantema. O exantemamáculo-papular aparece entre o 3 0 e 7 0 dia, émorbiliforme, com início atrás das orelhas edistribuição centrífuga para todo o corpo porémsem acometer palmas e plantas. Intensidademáxima depois de 3 dias, dura de 4-7 dias edesaparece com descamação leve (furfurácea).Transmissibilidade de 7 dias antes a 5 dias apóso aparecimento do exantema.<strong>Diagnóstico</strong> Laboratorial: Sorologia com IgMreagente (ELISA) em amostras de sangue de faseaguda ou incremento de títulos de IgG emsorologias de amostras pareadas (fase aguda econvalescente).Prevenção e tratamento: Não há tratamentoespecífico. A vacina é a única forma eficaz deprevenção. Uma dose confere imunidade de 95%e uma segunda dose confere imunidade de 99%.EscarlatinaEtiologia e forma de transmissão: Causada peloStreptococcus pyogenes, uma bactéria b-hemolítica do Grupo A, produtora de toxinaeritrogênica. Transmissão ocorre através decontato com secreções respiratórias.Grupo etário: Acomete principalmente criançasde 2-10 anos de idade.Quadro Clínico: Período de incubação de 2-5dias. Concomitante ou após faringoamigdalitemembranosa, apresenta-se com febre alta emal-estar, exantema eritematoso puntiforme(pele áspera como uma lixa), palidez peribucal(Sinal de Filatov), linhas marcadas nas dobrasde flexão (Sinal de Pastia) e língua emframboesa. Descamação extensa em mãos e pés(em dedos de luva) inicia-se após uma semana.Transmissibilidade de 10-21 dias em pacientesnão tratados e sem complicações. Complicaçõespodem ocorrer dentro de 1-5 semanas e incluemglomerulonefrite aguda e febre reumáticaaguda. Complicações tardias incluem coréia deSydenham e cardiopatia reumática.<strong>Diagnóstico</strong> Laboratorial: O diagnósticolaboratorial pode ser realizado através de testerápido (aglutinação de Látex) em secreçãocolhida de orofaringe.Prevenção e tratamento: Tratamento específicocom antibióticos durante 10 dias (Penicilinabenzatina ou cristalina), que reduz o risco decomplicações. Não há vacina. Contactantesportadores devem ser tratados.MononucleoseInfecciosa(Epstein-Barr)abdômemEtiologia e forma de transmissão: Doença viralcausada pelo vírus Epstein-Barr, um herpesvírus.A transmissão ocorre principalmente de pessoaa pessoa por meio de contato com saliva depessoas infectadas. Crianças pequenas podeminfectar-se por contato com saliva em objetosou mãos. Em adultos jovens, o beijo facilita atransmissão.Grupo etário: Atinge crianças e adolescentes.Quadro Clínico: Em 50% dos casos a infecção ésub-clínica ou assintomática. Em pacientes coma forma clínica, o pródromo é muito discretoou ausente. O quadro clínico característico é defebre, linfoadenopatia, amigdalite membranosae esplenomegalia. Pode apresentar exantema,variável e inconstante que está associado aouso de antibióticos (penicilinas, cefalosporinase seus derivados). Período de incubação de 4-6semanas. Período de transmissibilidade éprolongado, podendo estender-se por um anoou mais.<strong>Diagnóstico</strong> Laboratorial: Sorologia paradetecção de IgM anti-cápside viral (anti-VCA)em sangue coletado em fase aguda e IgG antiantígenonuclear (anti-EBNA) em sangue da faseconvalescente.Prevenção e tratamento: Não há tratamentoespecífico. Não há vacina. Orientar aos contatospróximos minimizar o contato com saliva doindivíduo com mononucleose.Enteroviroses(não pólio)Etiologia e forma de transmissão: Geralmenteassociado aos vírus ECHO ou Coxsackie A e B.Transmissão fecal-oral ou respiratória.Grupo etário: Mais freqüente em crianças debaixa idade.Quadro Clínico: Período de incubação de 3-6dias. Apresentação mais comum como umadoença febril não-específica. Podem ocorrermanifestações respiratórias (refriado, estomatite,herpangina, pneumonia), neurológicas(meningite asséptica) e cutâneas (exantema). Oexantema, discreto, ocorre em 5-50% dasinfecções, podendo ser rubeoliforme, escarlatiniformeou morbiliforme. Excreção viral pelasfezes pode persistir por várias semanas apósinfecção.<strong>Diagnóstico</strong> Laboratorial: Isolamento viral àpartir de amostras de orofaringe colhidas nosprimeiros 5 dias após o aparecimento doexantema. Este material deve ser mantido a 4 0 Cpara garantir a viabilidade viral. Ainda, examede neutralização é realizado em sangue colhidoem fase aguda e convalescente.Prevenção e tratamento: Não há tratamentoespecífico nem vacina. Orientações paralavagem de mãos após manipulação deindivíduo infectado, sobretudo após troca defraldas.

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