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Esther Stiller - Lume Arquitetura

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Além disso, não é a marca oumodelo de uma luminária que garanteos resultados do projeto. O produto deum projeto de iluminação envolvequalidade estética e adequação àsnecessidades de conforto visual. E esteresultado - que depende de talentoartístico e conhecimento científico - écompletamente diferente de autor paraautor de projeto, diretamente proporcionalà consistência profissional desteautor. Não é qualquer um que deve searriscar a projetar.No que diz respeito ao resultadovisual - que é a arte -, deve-se contrataraquilo que atinge mais profundamente assuas expectativas estéticas, emocionais.Arquitetos de iluminação têm diferentesestilos - assim como uma tela de Portinarié diferente de uma de Di Cavalcanti ou deTarsila do Amaral.Acredito que qualificando-se oconsumidor rapidamente também sequalifica os projetos de iluminação.O consumidor esclarecido sabeselecionar melhor o resultado queespera do projeto que está contratando.Este processo de elevação da qualidadedo profissional e do mercadoconsumidor é o que pretendemosalcançar: na medida em que o mercadoenxerga melhor, torna-se mais exigente;e na medida em que se torna maisexigente, conduz à elevação qualitativados profissionais de projeto.<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Qual é o critérioque define quem tem ou não compe-tência para exercer a profissão?<strong>Esther</strong>: Bem, essa não é nossa missão.Como a arte é subjetiva, ao contrário daciência, que é objetiva, no quesito arteo julgamento é um só: o da pessoa quecontrata e deve avaliar a qualidade doprojeto que vai comprar. Não existe apostura "este pode, aquele não pode".Existe "deste eu gosto, daquele nãogosto". Na ciência, ao contrário, que éobjetiva e precisa, pode-se aferir com“Sugiro formação no exterior,busca de informação técnicana maioria dos livros do IES,ler revistas de qualidade,visitar feiras internacionaise estagiar em escritóriosde reconhecidanotoriedade”exatidão se um projetista conhece omínimo elementar que é exigido para aprática profissional.A arquitetura de iluminação temembasamento científico muito bemdefinido. Nesse aspecto é mais fácilidentificar quem tem ou não o ferramentalmínimo para o desenvolvimentode projetos.Um dos principais projetos daAsBAI é oferecer um curso de extensãoacadêmica de boa qualidade. Em umfuturo próximo todas as pessoas queestão hoje no mercado, e as que vierema se formar, poderão passar por umexame de certificação profissional. Nãoserá algo inatingível pelos projetistasbrasileiros e será um parâmetro deavaliação pelo mercado. Fará o examequem quiser. Como já disse, não somosdepartamento de polícia.Além disso, é preciso incentivar aosprojetistas a uma permanente atualizaçãoprofissional. Queremos alcançarum padrão mínimo de conhecimentocientífico e aplicação artística. Assim,poderemos dizer ao mercado: essa é aqualidade mínima para projetos deiluminação. Por favor, exija isso.<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Digamos, então,que eu seja um profissional brasileiro,de classe média, admita que não souqualificado, mas quero ser. . O quefazer? Por onde começar?<strong>Esther</strong>: Dentro da AsBAI, concordamosque não podemos exigir conhecimentose não há oferta de bons cursos. Sópodemos cobrar com uma mão, seestivermos a dar com a outra. Nestemomento, estamos em fase de planejamento.Queremos organizar o currículode um curso para arquitetos iniciantesque, em um ou dois anos, permitirá aoarquiteto bacharelado a consistêncianecessária ao desenvolvimento deprojetos na área da arte e da ciência dailuminação. Na teoria e na prática.<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: E enquanto estecurso não existe?<strong>Esther</strong>: No momento, o Brasil é deficientenesta formação. Sugiro formaçãono exterior, busca da informaçãotécnica na maioria dos livros do IES -Iluminating Engineering Society of NorthAmerica-, ler revistas de qualidadecomo a Professional Lighting Design,LD+A, Architectural Lighting Design e,principalmente, visitar feiras internacionais,quando possível, e estagiar emescritórios de reconhecida notoriedadeno mercado.<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Isto significa que<strong>Arquitetura</strong> de Iluminação é umaprofissão de elite?<strong>Esther</strong>: Sim, até certo ponto podemosdizer isso, embora haja pessoas derecursos mais limitados que se▼8L U M EA R Q U I T E T U R A


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formaram em <strong>Arquitetura</strong> e que estãodispostas a algum sacrifício paraalcançar informação técnica e qualidadena prática profissional. Temosuma colaboradora em nosso escritórioque bateu em nossa porta, há quatroanos, querendo trabalhar a qualquerpreço. Como diferencial ela tinha adeterminação de aprender e haviafeito uma boa faculdade no interior doParaná. Embora fosse formada,trabalhou durante um ano pelo valorde estagiária. Havia dito para ela:"Pessoas que não conhecem nada deiluminação geram mais transtornos doque benefícios. Por isso, o quepodemos fazer é pagar um valormínimo que, ao menos, auxilie suasdespesas em São Paulo; mas sua vidanão vai ser fácil". Ela foi imediata:"Quero mesmo assim". Isso foi definitivo.Hoje ela é nossa coordenadora,muito talentosa, promissora e tenhocerteza de que será um dos expoentesda nova geração.<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Vejomuitaspessoas irem a seminários embusca de respostas que não encon-tram. Você dá "respostas" em suaspalestras?<strong>Esther</strong>: Começo meus cursos epalestras alertando que não direi "queluminária, que lâmpada utilizei e a quedistância da parede", porque quero“Tenho o hábitode responder financeiramentepor nossos enganos.Todos deveríamos agir assim.Será que os clientesnão prefeririam este tipode profissional, ainda quepor maiores honorários?”que os alunos sintam a necessidadede aprender conceitos preliminarescomo as características do espectro daluz e da visão humana, os fachosluminosos e a metodologia de projeto.Isso é básico, fundamental. Sem issoeles terão apenas uma receita aparentementeinfalível, mas que não seráaplicável às suas necessidades e,portanto, com grande chance dereproduzir minhas soluções de formaequivocada. Primeiro é preciso aprenderos fundamentos; depois, suaaplicação. Nas fotos dos projetosprocuro transmitir essa dualidade.Quanto melhores profissionaisconseguirmos formar, melhores concorrentesteremos; quanto melhores foremnossos concorrentes, melhor será paranós e para o mercado, porque seremosprovocados a melhorar permanentementenosso trabalho. Queremos colegas domesmo nível profissional, porque queminveste na qualidade de seu projeto eatendimento não tem condição deoferecê-los por qualquer valor.<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Seu padrão deexcelência é um critério por altíssimaauto-cobrança ou é por necessidadede mercado?<strong>Esther</strong>: Não, o mercado não é tãoexigente assim. De fato, há umademanda por parte de determinadosclientes - que, normalmente, são fiéis aalguns poucos profissionais. Sãoclientes que já sabem diferenciartrabalhos de qualidade e fazemquestão deles.De outro lado, sou normalmentemuito exigente comigo, sou quasecompulsiva, e acredito que isso sejabom. Detesto perceber erros, mas nãofico chorando por eles. Identifico ascausas e analiso outras soluções quepoderia ter adotado. Acredito que estaatitude nos faz andar adiante e ficaratentos para as coisas que podemosmelhorar.Além disso, tenho o hábito deresponder financeiramente por nossosenganos; recentemente, em decorrênciade um erro na especificação da corde uma lâmpada - na presidência deuma empresa que é nosso clientetradicional - abdicamos dos honoráriosrelativos a modificações do projeto,para que compensássemos o prejuízocausado pelo nosso engano. O engenheiroresponsável pela obra noscumprimentou pela atitude.Penso que todos deveríamos agirdessa forma. Obrigaríamos nossasequipes a estar mais atentas aotrabalho e teríamos, por parte dosclientes, maior reconhecimento. Seráque os clientes não prefeririam este tipode profissional, ainda que por maioreshonorários?<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Você é um mito?<strong>Esther</strong>: Não. Hoje mesmo estavapensando nas ocasiões em quealgumas pessoas apertam minha mão,dizendo "muito prazer, faz tempo quegostaria de conhecê-la, é uma honra,etc". Sem dúvida essas pessoas seacercam em evidente demonstração deque sou uma pessoa diferenciada. Masnão sinto assim. Para mim, é estranhoser vista como alguém diferente, aindamais um mito. Sou a <strong>Esther</strong> de sempre,dos amigos, dos colegas, da família,dos meus funcionários de casa. Não▼10L U M E▼A R Q U I T E T U R A


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tenho nada de diferente ou de importante,a não ser, talvez, a condição deser vice-pioneira em iluminação noBrasil - o pioneiro foi o arq. Livio Levi - ede ter encarado um mercado inóspito,lá no início da profissão. Talvez isso - eo fato de ser uma pessoa naturalmenteexigente - tenha feito meu nome "subir"e se "diferenciar".<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Você teve umaindústria e ainda especifica freqüente-mente produtos desta empresa. Éfavorável a um profissional trabalharpredominantemente com um determi-nado fornecedor?<strong>Esther</strong>: Ah ah!! Como é que você, umajornalista, sabe quais produtos euespecifico?Sim, essa é uma preocupaçãoconstante do mercado e é por isso queaté jornalistas sabem o que faço oudeixo de fazer. Talvez esta seja uma dascausas do que você chama de "mito".Fui fabricante durante algum tempoporque, como profissional de projetosnão dispunha, no mercado nacional, deferramentas suficientemente apropriadaspara desenvolver projetos com aqualidade pretendida. Tínhamos umfabricante de excepcional qualidade,importantíssimo na história da iluminaçãono Brasil, que era a Peterco; masesta empresa se dedicava prioritariamentea luminárias para iluminaçãopública e comercial e não tinha nadaaplicável a arquitetura, interiores epaisagismo. Eu via catálogos internacionaisrepletos de informações técnicas,fotometrias, fachos padronizados emabertura e intensidade, etc. Naquelaépoca, não podíamos utilizar essesprodutos, porque nosso mercado eraabsolutamente fechado à importação.Mas era claro, para mim, que não haviaoutra maneira de realizar bons projetosa não ser com aqueles equipamentos,não disponíveis no mercado nacional.À medida que a limitação de importaçãonos anos 70 se configurou permanente,surgiu-me a idéia - acatada poralguns investidores - de produzir asluminárias que já compreendiam umrepertório de produtos especialmentedesenvolvidos por mim, a partir daexperiência iniciada com Livio Levi.A Lumini - que é a indústria a qual merefiro - nasceu de um escritório dearquitetura, especializado em ilumina-“Nunca teria me desassociadoda indústria que fundei.O que houve no processode desassociação foi umadiferença gerencial.Perdi uma batalha empresarial.Não saí porqueo mercado quisesse.”ção. É importante que se diga isso. Elanão nasceu de empreendedores quedecidiram fazer luminárias porque essaatividade era lucrativa.<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Sua desassociaçãose deu por pressão do mercado oupor opção?<strong>Esther</strong>: Eu nunca teria me desassociadoda Lumini. Continuaria trabalhandocomo sempre fiz durante 17 anos:admitida, reconhecida e aprovada pelamaioria dos meus clientes. Antes deinventar uma fábrica, pedi opinião aosclientes mais importantes que meresponderam de forma bastante positiva:"Não vejo problema; ao contrário, voucomprar com mais tranqüilidade da suaempresa porque sei que o produto teráqualidade" foram as palavras de umcliente fiel há trinta anos.É lógico que existem vozesdissonantes e pessoas que se aproveitaramdesta condição para sugeri-laespúria e alertar: “<strong>Esther</strong> <strong>Stiller</strong> nãopode ser contratada, porque temligação com uma indústria”. Esta é, semdúvida, uma argumentação bastantelógica da concorrência, faz muitosentido, porque o habitual em nossasociedade é encontrar pessoas quepensam isso, porque agem dessaforma. Entretanto, o que essas pessoasnão imaginam é que os clientes que meconhecem sabem que a históriaverdadeira é outra: projetos e clientessão atendidos pelas necessidades docliente e, não, pelos meus interessescomerciais.Portanto, o vínculo com a Lumininunca me incomodou nem, muitomenos, me prejudicou. O que houve noprocesso de desassociação foi umadiferença gerencial, especialmente nadireção da estratégia da empresa.Senti que a marca estava perdendo atradicional ligação com a <strong>Arquitetura</strong>.Houve um momento em que não eramais possível participar de umadiretoria que pensava e agia de formadiferente da que eu acreditava ser idealpara a empresa. Era, portanto, a horade sair. O fato é que perdi uma batalhaempresarial, gerencial. Não saí porqueo mercado quisesse, nem nunca cogiteisair por isso. Simplesmente: perdi. Nãoqueria. Foi difícil, dolorido. Sofri muitona época. Hoje, a nova geração dediretores e gerentes, na qual tenho umfilho, está mais próxima de realizar os▼12L U M E▼A R Q U I T E T U R A


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meus objetivos do que eu mesma seriacapaz de fazer. Sempre tive poucotempo para a indústria, porque minhaatividade prioritária era a de profissionalde projetos.Atualmente, este capítulo estáencerrado e bem resolvido. "Deusescreve certo por linhas tortas". Ficofeliz por ver uma empresa que idealizeie criei andar com as próprias pernas. Édifícil, mas é muito, muito gratificante.<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Você é a favor dasparcerias entre arquitetos de ilumina-ção e fornecedores? O que há dediferente entre sua relação com aLumini e a de outros profissionaiscom determinadas indústrias?<strong>Esther</strong>: Não gosto da palavra "parceria"para esses casos. Mesmo quando eradiretora técnica da Lumini semprerecomendei ao cliente que comprasseo que fosse adequado ao seuempreendimento.A única ligação que ocorre na vidaprofissional idônea é uma indiscutívelrelação de confiança técnica, não deparceria. A confiança decorre daqualidade luminotécnica - e deprodução - de alguns fabricantesnacionais: eles tem catálogos completos,com informações fotométricasconfiáveis, laboratórios de comprovadaidoneidade. São indústrias que, naminha opinião, estão à frente dasdemais - o que não diminui as demais.Pelo contrário, convida-as à evolução.Por isso tenho o hábito de atender -mesmo acreditando ser difícil acontecer- a todas as sugestões de marcaspropostas pelos clientes, construtorasou gerenciadoras. Meus cadernos deespecificação são muito completos nositens referentes à luminotécnica; quematender, concorre; quem precisar deajuda, recebe. Não deixo meus clientesdescobertos nas concorrências. Etenho uma lista muito grande declientes fiéis. É só perguntar. Concorrênciasidôneas - do ponto de vistatécnico e comercial - são absolutamentefáceis de realizar. Eu atuo dessaforma há 37 anos. Portanto...Ainda: as pessoas confundem arelação de credibilidade com a relaçãode parceria comercial. Não consigoacreditar que clientes, construtoras egerenciadoras não consigam identificaratitudes simplórias, cujo objetivo é avantagem comercial, ao invés doresultado do projeto.Utilizar produtos de alta qualidade,cujo preço é superior porque tambémproporciona economia na larga escala éuma atitude decorrente da busca debons resultados para um projeto. Eobriga o profissional de projeto a umlongo processo de atendimento dasnecessidades do cliente no momentodas concorrências comerciais. Aocontrário, a utilização de produtosbaratinhos que colocam em risco aqualidade dos resultados pode facilitare encobrir a inclusão de percentuaisescusos, que seriam impossíveis deincluir nos preços de produtos commaior valor unitário. Como disse, nãovejo meus clientes tão ingênuos assim.Pelo menos, não os meus. Eles sabemcom quem estão tratando e sabemmuito bem fazer as contas de seusempreendimentos.<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Os problemasnormalmente enfrentados pela maioriados profissionais são a substituiçãode produtos especificados porsimilares, orçamentos muito aperta-dos, pouco tempo para desenvolvi-mento do projeto… Você enfrentaproblemas deste tipo? Com queobstáculos você se depara?<strong>Esther</strong>: De fato, não posso me queixarmuito de algumas reclamações freqüentesdos colegas. Em geral, souchamada na hora certa de desenvolvero projeto, minhas especificações sãorespeitadas… O prazo é sempre uma“As pessoas confundemrelação de credibilidade comrelação de parceria comercial.A única ligação que ocorre na vidaprofissional idônea é umaindiscutível relaçãode confiança técnica,não de parceria.”loucura, mas somos obrigados a aceitaras novas regras do jogo. Com clientes egerenciadoras não costumo ter problemas.O processo é transparente e, porisso, costuma ser muito fácil para eles.Em áreas públicas, porém, sofro muitapressão por parte das instaladoras, quejamais têm intenção de realizar asespecificações de projeto. Essasbatalhas são longas e bastantedesgastantes, mas o resultado final émajoritariamente positivo.Queixo-me, de fato, da falta debom senso característica do mercadonas chamadas "tomadas de preços",em que são chamados para concorrerem preço vários profissionais comenorme diferença em termos deexperiência, competência, estilo ecapacidade de atendimento. Esse é otipo de processo que contribui para adesvalorização dos honorários. Esperamos,também, contribuir para esclarecero mercado e contribuir para arealização inteligente dos processos deconcorrência, que são tão benéficos àsociedade, de modo geral. Mas não naforma atualmente praticada. Realmente,esse é um dos maiores objetivos daAsBAI, porque é um problema para amaioria dos bons profissionais.Outro problema grave da nossaprofissão é a eliminação da etapa decompatibilização de projetos - quasenão se contrata mais a coordenação de▼14L U M E▼A R Q U I T E T U R A


projetos aos arquitetos - onde se podeplanejar, antecipadamente, a convivênciado espaço físico entre todos osequipamentos que fazem parte doedifício. O resultado dessa economia (oque é um conceito equivocado, porqueos custos decorrentes disso nãorepresentam economia e, sim, gastosadicionais) é a descoberta tardia - "asluminárias já estão na obra" - de que osdutos de ar condicionado ocuparam osespaços destinados às luminárias.Creio que os responsáveis por obrasdevem ter aquele adesivo na janela docarro: "Eu acredito em DUENDE". Casocontrário, o que fazer?<strong>Lume</strong> <strong>Arquitetura</strong>: Quando a AsBAIvira uma realidade para todos?<strong>Esther</strong>: Ela já é uma realidade para omercado. Para todos, ela vai acontecerno momento em que elegermos a novadiretoria - o que ocorrerá em breve - eanexarmos pessoas que efetivamenteparticipem dos trabalhos e contribuampara a implementar das ações práticasatravés de eventos como seminários emesas redondas, para divulgar osbenefícios dos bons projetos deiluminação, a incompatibilidade quesentimos com certas atitudes domercado, de alguns fabricantes ou decolegas de outras associações. Hámuito trabalho a fazer e esperamospoder contribuir para ele.3<strong>Esther</strong> <strong>Stiller</strong> - Arquiteta pela Faculdade de<strong>Arquitetura</strong> da Universidade Mackenzie, 1969. Inicioua vida profissional no escritório do arq. Lívio E. Levi.Em 1973, com o falecimento do arquiteto, ES iniciouseus trabalhos pessoais, criando o escritório que atéhoje leva seu nome. Tem mais de 180 projetosrealizados, incluindo aeroportos, hotéis, edifícios,museus, colégios, desenho urbano, condomínios,centros esportivos, culturais e comerciais, lojas emagazines, edifícios religiosos, entre outros.L U M EA R Q U I T E T U R A15▼

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