10.07.2015 Views

Editorial Participação de Todos - Crefito5

Editorial Participação de Todos - Crefito5

Editorial Participação de Todos - Crefito5

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

EVENTOI FÓRUM ESTADUAL DE FORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA EM SAÚDEUMA PROPOSTA DE INTERAÇÃO DO ENSINO SERVIÇOO I Fórum Estadual <strong>de</strong> Formação e Assistência em Saú<strong>de</strong>, realizado nos dias 23,24 e 25 <strong>de</strong>setembro, em Santa Maria, reuniu acadêmicos, docentes e profissionais para discutir temas ligadosa interação ensino-serviço no sentido <strong>de</strong> buscar condições para que o processo <strong>de</strong> formação sejapermeado por questões <strong>de</strong> contextualização do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e sua implantação.O encontro, promovido pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) e peloCREFITO-5, se <strong>de</strong>senvolveu na forma <strong>de</strong> palestras, relatos <strong>de</strong> experiências, mesas redondas,oficinas e apresentação <strong>de</strong> trabalhos. Na cerimônia <strong>de</strong> abertura do evento, no campus da UNIFRA,estiveram presentes, a Secretária Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Ilse Melo; o terapeuta ocupacional,Dr.Everton Luis Espíndola, representando o CREFITO-5; Aline Guerra, representante doMinistério da Saú<strong>de</strong>; a Dra. Carla Centurião, representado a direção da Universida<strong>de</strong>; o Dr.RinaldoHenrique Aguiar da Silva, representado a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília (SP); a Dra.VeraRocha (Comissão ENADE/MEC Fisioterapia) e as organizadoras do Fórum, Dra.Margariada Mayer( Fisioterapia) e Dra.Amara Lúcia Holanda Tavares Battistel (Terapia Ocupacional).A representante do Ministério da Saú<strong>de</strong>, Aline Guerra, disse que a proposta do atualgoverno é que o ensino e o serviço an<strong>de</strong>m juntos, com um conceito pedagógico na área da saú<strong>de</strong>.Para isso, está implementado programas dirigidos à educação <strong>de</strong> docentes e acadêmicos. Outraestratégia, criada pelo Ministério da Educação, será o reconhecimento <strong>de</strong> residência para os <strong>de</strong>maiscursos da área da saú<strong>de</strong>. As residências <strong>de</strong>verão ser realizadas na áreas da família, <strong>de</strong>ntal ecomunitária e os cursos interessados têm até o mês <strong>de</strong> novembro para o cre<strong>de</strong>nciamento.O Dr. Rinaldo Henrique Aguiar da Silva, professor da FAMEMA, divulgou o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ensinoaplicado na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Marília, on<strong>de</strong> o programa se <strong>de</strong>senvolve <strong>de</strong> acordo com asnecessida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong> local. “ O aluno <strong>de</strong>termina o seu próprio conhecimento”, disse ele.Também estiveram presentes ao evento e participaram dos <strong>de</strong>bates a diretoria doCREFITO-5, representante do COFFITO, ABENFISIO e Executiva dos estudantes.A interdisciplinarida<strong>de</strong> sensibilizou acadêmicos <strong>de</strong> outras áreas da saú<strong>de</strong>, tanto naparticipação dos <strong>de</strong>bates como também na apresentação <strong>de</strong> trabalhos, <strong>de</strong>stacou a Dra. MargaridaMayer, coor<strong>de</strong>nadora do evento. “Para o próximo ano, a idéia é que o encontro tenha a participação<strong>de</strong> acadê-micos e profissionais das <strong>de</strong>mais profissões da área da saú<strong>de</strong>”, completou ela.RelatórioA importância da relação ensino serviço se dá pelo fato <strong>de</strong> que a formação na área da saú<strong>de</strong>precisa ser feita no contexto da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços e consi<strong>de</strong>rando o processo <strong>de</strong> implantação do SUS.Temas comuns nos grupos <strong>de</strong> discussão: “ A Interação Ensino Serviço”- pensar tecnologias a<strong>de</strong>quadas para implementação do SUS- articulação, integração, parceria, entre instituições formadoras (ensino), gestão, atenção e controlesocial- trabalho em equipe como processo dinâmico, multi, inter e/ou transdisciplinar- inserção do acadêmico: necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reavaliar currículos – interdisciplinarida<strong>de</strong> econtinuida<strong>de</strong>- processo <strong>de</strong> formação – educação crítica, política e problematizadora


- participação social enquanto direito e <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> cidadania e autonomia da comunida<strong>de</strong> acadêmicae da socieda<strong>de</strong>- inserção do acadêmico: co-participação na atenção e não substituição profissional- linguagem conceitual própria da saú<strong>de</strong> coletiva, enquanto campo <strong>de</strong> saberEncaminhamentos1. Agregar à discussão da integração ensino-serviço, as discussões sobre integração profissional eintegração institucional- discutir a multi, inter e transdisciplinarida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do conceito <strong>de</strong> equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>- integrar as diversas instituições <strong>de</strong> ensino em saú<strong>de</strong>- quebrar preconceitos e rivalida<strong>de</strong>s profissionais e interinstitucionais- promover projetos e eventos em re<strong>de</strong> interprofissionais e interinstitcionais2.Discutir a atenção à saú<strong>de</strong> e a construção <strong>de</strong> currículos com base nos princípios e diretrizes doSUS3.Apoiar o Fórum Integrado do Movimento Estudantil Santamariense da Saú<strong>de</strong> (FIMESS), comoferramenta <strong>de</strong> construção interinstitucional4.Defen<strong>de</strong>r o conceito do quadrilátero da educação permanente: ensino, gestão, atenção e controlesocial como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> integração.5.Estimular a participação do controle social no Fórum Estadual <strong>de</strong> Formação e Assistência emSaú<strong>de</strong>6.Garantir a continuida<strong>de</strong> dos projetos que geram uma <strong>de</strong>manda e uma expectativa na população7.Construir uma relação <strong>de</strong> colaboração entre as instituições formadoras e a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local.COMEMORAÇÃOIntegração marca o Dia Nacional da Saú<strong>de</strong>O Dia Nacional da Saú<strong>de</strong> foi marcado pela informação e pela integração. Com o slogan“Estamos unidos para cuidar <strong>de</strong> você”, os Conselhos <strong>de</strong> Fisioterapia e Terapia Ocupacional, <strong>de</strong>Nutrição e <strong>de</strong> Psicologia anteciparam a comemoração e realizaram uma ativida<strong>de</strong> no ParqueFarroupilha, no dia 01 <strong>de</strong> agosto, para oferecer esclarecimentos à população.Com a distribuição <strong>de</strong> folhetos explicativos, acadêmicos e profissionais das áreas <strong>de</strong>fisioterapia, terapia ocupacional, nutrição e psicologia divulgaram as profissões e as ativida<strong>de</strong>s dascategorias representadas no evento. Também <strong>de</strong>stacaram a importância das relaçõesinterdisciplinares no atendimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> aos pacientes, bem como sobre os princípios básicosdo Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.A programação contou ainda com uma apresentação teatral baseada no texto “ A mulherque morreu <strong>de</strong> topada”, <strong>de</strong> Luís Fernando Veríssimo. A peça conta a história <strong>de</strong> uma mulher, quepor falta <strong>de</strong> conhecimento em relação aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, morre sem receber o atendimentoa<strong>de</strong>quado.O evento teve também a presença <strong>de</strong> palhaços e distribuição <strong>de</strong> balões.ESPECIALISTA INTERNACIONAL EM PORTO ALEGRE


O Dr.Toby Hall, fisioterapeuta britânico, estará em Porto Alegre, nos meses <strong>de</strong> outubro enovembro, para ministrar um curso <strong>de</strong> Mobilização Neural e sobre o Método Mulligan. Um dosprofissionais mais conceituados no mundo inteiro, o Dr.Hall trabalha na clínica <strong>de</strong> Bob Elvey,precursor sobre o assunto <strong>de</strong> Mobilização Neural e, a convite <strong>de</strong> Brian Mulligan, criador doConceito Mulligan, colabora na Fundação do Conceito Mulligan.O fisioterapeuta britânico é o fundador da Associação Internacional dos Professores doMétodo, sendo consi<strong>de</strong>rado o mais experiente, pois além <strong>de</strong> ser o primeiro instrutor a sercre<strong>de</strong>nciado, ministra cursos em vários países.ATO MÉDICOProtesto contra o Ato Médico mobiliza CategoriasCerca <strong>de</strong> cem mil pessoas, em vinte estados brasileiros, foram às ruas, no dia 15 <strong>de</strong>setembro, para protestar contra o Projeto <strong>de</strong> Lei do Ato Médico ( PL 025/2002), que tramita noSenado. De autoria do médico e ex-senador Geraldo Althoff (PFL-SC), a proposta foi apresentadahá dois anos e, caso seja aprovada, vai restringir as ativida<strong>de</strong>s das <strong>de</strong>mais categorias. Com isso,ações da fisioterapia, da terapia ocupacional e <strong>de</strong> outras profissões serão exercidas só comindicação médica.Em Porto Alegre, o protesto reuniu aproxi-madamente seiscentos manifestantes na Praça daMatriz. Acompanhados <strong>de</strong> carro <strong>de</strong> som, os coor<strong>de</strong>nadores do Movimento Gaúcho contra o Projeto<strong>de</strong> Lei do Ato Médico, se revezaram nos discursos e gritos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. Após a concentração,realizada em frente ao Palácio Piratini, profissionais e estudantes percorreram as principais ruas docentro da Capital, encerrando a mobilização na Praça da Alfân<strong>de</strong>ga. Alguns amarraram as mãos,simbolizando o impedi-mento do exercício <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s profissionais.Com a organização dos Conselhos Regionais <strong>de</strong> Fisioterapia e Terapia Ocupacional,Nutrição, Psicologia, Serviço Social, Fonoaudiologia e Farmácia, a mani-festação contou com aparticipação do Sindi-cato dos Enfermeiros e dos Psicólogos, da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Psicologia e daNutrição Clínica e das Associações <strong>de</strong> Farmácia e <strong>de</strong> Nutrição. Também teve o apoio e a presença<strong>de</strong> <strong>de</strong>putados, além da presença <strong>de</strong> representantes do Conselho Estadual e Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.AudiênciasEm reunião com a Comissão Nacional contra o Projeto <strong>de</strong> Lei do Ato Médico, a Secretária<strong>de</strong> Gestão do Trabalho e da Educação na Saú<strong>de</strong>, Maria Luíza Jaeger assegurou que o projeto <strong>de</strong>veser revisto num encontro que preten<strong>de</strong> realizar com representantes <strong>de</strong> todas as categoriasenvolvidas. A idéia é chegar a um consenso. Para ela, o projeto tem questões que contestam otrabalho em equipe proposto pelo Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.Após receber um grupo <strong>de</strong> manifestantes, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), presi<strong>de</strong>nteda Comissão <strong>de</strong> Assuntos Sociais do Senado(CAS), concordou em <strong>de</strong>bater o projeto <strong>de</strong> lei do atomédico em audiência após as eleições municipais. Segundo ela, o projeto aprovado pela Comissão<strong>de</strong> Constituição e Justiça (CCJ) não foi votado no mérito, mas avaliado pela sua constitucionalida<strong>de</strong>do projeto. A senadora também prometeu que o relator não será vinculado a nenhuma dasprofissões envolvidas.ENSINOAs Doenças Crônicas... é possível tratá-las?Das gran<strong>de</strong>s epi<strong>de</strong>mias do passado, avassaladoras e que dizimaram com milhões <strong>de</strong> pessoasno mundo, até o presente momento, foram várias as situações <strong>de</strong> doenças vivenciadas no panorama


da saú<strong>de</strong>, algumas tratadas com facilida<strong>de</strong>, outras, nem tanto, outras surgindo, e outras seextinguindo. Mas a verda<strong>de</strong> é que as doenças ainda existem e se concretizam em um problemasocial, político, econômico e também individual e familiar, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> significância.O que mudou, com o passar do tempo, foi a expectativa <strong>de</strong> vida, que no século XV era <strong>de</strong>28 anos, passou para 43 anos em 1872, 52 anos em 1920 e atualmente po<strong>de</strong> ultrapassar os 75 anos(Adam; Herzlch, 2001). Isso em função dos avanços na área da saú<strong>de</strong>, das novas tecnologias,exames e tratamentos e melhora das condições sanitárias, que possibilitaram uma intervenção maisa<strong>de</strong>quada nas condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população.Na prática, estes fatores estão favorecendo um processo <strong>de</strong> transição <strong>de</strong>mográfica, querdizer, a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil diminuiu, assim como da adulta e, como conseqüência, há umaumento da população, principalmente idosa. Este fato <strong>de</strong>termina conseqüências sobre apredominância das doenças em uma socieda<strong>de</strong>, pois as patologias próprias da maturida<strong>de</strong> e davelhice estão crescendo gradativamente.Portanto, o que se percebe, na atualida<strong>de</strong>, é um predomínio das doenças crônicas e<strong>de</strong>generativas (artrose <strong>de</strong> joelhos e coluna, hipertensão, diabetes) que representam, para Adam;Herzlch 2001, uma certa “individualização das doenças”. Quer dizer, cada indivíduo, na suaindividualida<strong>de</strong>, é o portador da doença e ele a vive sob as suas perspectivas. Enquanto umaartrose (<strong>de</strong>sgaste) <strong>de</strong> joelhos representa para um indivíduo uma situação “aceitável”, para outrotorna-se um “pesa<strong>de</strong>lo” em sua vida. É na individualida<strong>de</strong> do sujeito que ela é sentida e, por estar“sentindo” a doença, vive a condição <strong>de</strong> cronicida<strong>de</strong> dos seus sintomas, sem perspectiva <strong>de</strong> cura.Muitos são os pacientes que batem, <strong>de</strong> porta em porta, nos consultórios médicos, nas clínicas <strong>de</strong>fisioterapia, acupuntura e outros, à procura <strong>de</strong> “cura”.Então, faz-se urgente pensar em transformar a prática dos profissionais da saú<strong>de</strong>, no sentido<strong>de</strong> se conseguir dar um suporte mais a<strong>de</strong>quado a estes pacientes, pois possivelmente eles viverãoboa parte da vida nessa condição.Precisa-se atuar na dimensão <strong>de</strong> que a pessoa <strong>de</strong>verá transformar sua doença em um estilo <strong>de</strong> vida,quer dizer, ela precisa apren<strong>de</strong>r a conviver com as limitações impostas pela sua doença e conseguirse a<strong>de</strong>quar as exigências da vida pessoal, profissional e familiar.Para tanto, a relação entre os profissionais da saú<strong>de</strong> e este sujeito também <strong>de</strong>verão sofrera<strong>de</strong>quações. De um lado, o profissional da saú<strong>de</strong> necessita criar vínculo com o paciente,mostrando-lhe as diferentes possibilida<strong>de</strong>s e lhe dando condições <strong>de</strong> se readaptar e <strong>de</strong> outro, opaciente necessita incorporar as novas atitu<strong>de</strong>s necessárias para o enfrentamento <strong>de</strong> cuidar econviver com a doença crônica. Portanto, a relação terapeuta-paciente <strong>de</strong>ve ser intensa, harmoniosae realmente benéfica, adquirida quando se tem o <strong>de</strong>sejo (<strong>de</strong> ambas as partes) <strong>de</strong> que tudo dê certo.E esta relação não se dá “rapidamente” (em uma consulta, num dia <strong>de</strong> agenda lotada). É necessárioter/dar tempo para o paciente, escutá-lo, educá-lo e interagir com ele, nas mais diferentespossibilida<strong>de</strong>s que as relações humanas nos permitem.As características do doente crônico repercutem na relação paciente-terapeuta, em função<strong>de</strong> que ele necessita <strong>de</strong> cuidados permanentes, o que não necessariamente <strong>de</strong>va representar amedicalização e/ou procedimentos meramente passageiros. Portanto, <strong>de</strong>vemos refletir comoestamos dando atenção a estes pacientes. É só pensarmos sobre o que estão fazendo, on<strong>de</strong> estãoindo e se estão vinculados a nós e como. Não existe uma fórmula para que estes pacientes sejamtratados com maior eficácia, mas certamente o incremento nas relações entre o paciente eprofissional da saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>terminar vantagens significativas para o indivíduo em tratamento,seus familiares, a socieda<strong>de</strong>, o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e por que não, para o próprio profissional.*Fisioterapeuta,Mestre em Educação nas Ciências,Professora no Curso <strong>de</strong> Fisioterapia da UNIJUICrefito-5 nº 14.374


ARTIGOO USO DE MONOFILAMENTOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DECOMPROMETIMENTO SENSITIVO EM PÉS: UM ALIADO A PREVENÇÃO DO PÉDIABÉTICO*Dra.Denise Wilke Freitas**Dra.Themis Goretti Moreira Leal <strong>de</strong> CarvalhoIntroduçãoSegundo a Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Diabetes 1997, pé diabético é caracterizado por lesõesnos pés <strong>de</strong> pacientes diabéticos que ocorrem em conseqüência <strong>de</strong> neuropatia em 90% dos casos,doença vascular periférica e <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s.Para Donnelly 2002, neuropatia diabética é uma das complicações mais comuns do diabetee a forma mais comum é uma polineuropatia predominantemente sensória simétrica distalprogressiva e assintomática.Tendo em vista os melhores cuidados com o pé diabético a partir <strong>de</strong> um exame <strong>de</strong>sensibilida<strong>de</strong> com o monofilamento <strong>de</strong> Semmes Weinstein <strong>de</strong> 10g. Foram <strong>de</strong>termi-nados osseguintes objetivos:• Verificar o número <strong>de</strong> diabéticos que freqüentam o Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Central e o PSF do bairroToríbio Veríssimo <strong>de</strong> Cruz Alta que apresentam comprometimento sensitivo em pés, bem comoverificar qual o conhecimento <strong>de</strong>les a respeito dos cuidados básicos para a prevenção do pédiabético.• Relacionar o número <strong>de</strong> pontos insensíveis nos pés (três ou mais) com sexo, ida<strong>de</strong>, escolarida<strong>de</strong>,renda, IMC, tabagismo, tipo <strong>de</strong> diabete, duração da doença, presença <strong>de</strong> feridas, orientaçõesquanto aos cuidados com os pés e realização <strong>de</strong> fisioterapia. Três ou mais pontos insensíveisporque para Smid, Neumann e Brugnara 2003, o resultado <strong>de</strong> 3 ou mais pontos insensíveis em 10pontos testados é característico <strong>de</strong> pé em risco <strong>de</strong> ulceração neuropática e portanto, indicativo <strong>de</strong>neuropatia diabética.• I<strong>de</strong>ntificar as formas <strong>de</strong> tratamento preventivo ou reparador usados pelos diabéticos, bem comoas orientações por eles já recebidas, além <strong>de</strong> propor estratégias <strong>de</strong> prevenção orientando quantoaos cuidados com os pés bem como incentivando ativida<strong>de</strong>s terapêuticas.MetodologiaEsta pesquisa se caracteriza como um estudo <strong>de</strong>scritivo que busca levantar dados.A população foi formada for portadores <strong>de</strong> diabete melito que freqüentam o Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>Central e o PSF Toríbio Veríssimo <strong>de</strong> Cruz Alta.A amostra foi constituída <strong>de</strong> 43 diabéticos. Foram selecionados pacientes dispostos acontribuir com o estudo, diabéticos que freqüentam o Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Central ou PSF ToríbioVeríssimo, pacientes com DM tipo 1 ou tipo 2 com ou sem problemas nos pés.


Os dados foram coletados através da aplicação <strong>de</strong> um questionário, da observaçãoparticipante em todas as ativida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> um teste <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> através do uso do monofilamento.O monofilamento <strong>de</strong> Semmes-Weinstein <strong>de</strong> 10g foi escolhido pela simplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>aplicação, baixo custo e por permitir examinar a perda <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> protetora que geralmente seencontra reduzida ou ausente em pés <strong>de</strong> pacientes diabéticos.Consiste em um fio <strong>de</strong> náilon calibrado que permite exercer uma pressão <strong>de</strong> 10g, quandoaplicado perpendicularmente a pele, até se curvar. A incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar a pressão <strong>de</strong> 10g<strong>de</strong>nota perda <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> protetora e i<strong>de</strong>ntifica pé em risco <strong>de</strong> ulceração.Ativida<strong>de</strong>s realizadas no programa <strong>de</strong> educação:Questionamento: o questio-nário integrou dados <strong>de</strong> modo a fornecer informações referentessobretudo, ao conhecimento sobre os cuidados do pé diabético, além <strong>de</strong> dados pessoais como ida<strong>de</strong>,sexo, IMC, etc. Foi realizado individual-mente e após concluído foram fornecidas algumasorientações para cuidados com os pés. Como cortar as unhas <strong>de</strong> forma retas e não usar sapatosapertados.Oficina educativa: uma foi realizada no PSC e outra no PSF.Distribuição <strong>de</strong> fol<strong>de</strong>rs e explanação <strong>de</strong> seu conteúdo: neste fol<strong>de</strong>r havia informaçõesquanto aos cuidados, sintomas <strong>de</strong> pé diabético e figuras ilustraram para a prática <strong>de</strong> exercícios.Distribuição <strong>de</strong> elástico e <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> exercícios: a distribuição <strong>de</strong> elásticos feita coma finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estimular a prática <strong>de</strong> exercícios e após a <strong>de</strong>monstração os pacientes repetiram oque tinham aprendido. Sabemos que os exercícios são ferramentas que o fisioterapeuta usa pararecuperar e manter <strong>de</strong> forma preventiva o bem estar músculo – esquelético e cardiovascular dopaciente. Para os diabéticos não é diferente, os exercícios po<strong>de</strong>m ser usados com o objetivo <strong>de</strong>manter ou restaurar a circulação, trofismo, amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento articular, flexibilida<strong>de</strong> e sefeitos <strong>de</strong> forma aeróbica, sabe-se que estimulam a absorção <strong>de</strong> glicose pelo organismo, reduzindo oestado <strong>de</strong> hiperglicemia. Estes são mais alguns motivos para que profis-sionais <strong>de</strong> fisioterapiaestejam inseridos em programas <strong>de</strong> assistência aos diabéticos.Diferenciação <strong>de</strong> texturas: nesta ativida<strong>de</strong> os pacientes tinham seus olhos vendados episavam sobre o conteúdo das caixas. Havia uma caixa com feijão, outra com algodão, outra comgelo e outra com palha <strong>de</strong> aço. Foi uma ativida<strong>de</strong> importante no entendimento <strong>de</strong> que apesar <strong>de</strong>serem coisas aparentemente fáceis <strong>de</strong> serem reconhecidas, nem todos tinham essa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>percepção.Através <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s, que tiveram por objetivos promover o melhor conhecimento eenten-dimento sobre os principais cuidados podológicos e orientações <strong>de</strong> exercícios com os péscom ênfase na polineuropatia sensitiva simétrica distal, foi proporcionado um meio para que estaamostra consiga adquirir ou manter um bem estar músculo-esquelético e sensitivo. Acredita-se quecom ativida<strong>de</strong>s mais dinâmicas, como a diferenciação <strong>de</strong> texturas nas caixas e os exercícios aonível <strong>de</strong> tornozelo e pé, seja obtida uma atenção e compreensão mais intensa, já que tivemos aparticipação do “grupo” <strong>de</strong> diabéticos e com isso melhor aproveitamento.Análise e Discussão dos resultadosOs dados foram analisados quantitativamente através <strong>de</strong> estatística <strong>de</strong>scritiva empercentuais e qualitativamente através <strong>de</strong> análise crítica e observação participante. Foram avaliados86 pés <strong>de</strong> 43 indivíduos.Os principais resultados encontrados foram quanto às seguintes tabelas conforme oquestionário aplicado:N Diabéticos N NeuropatiaHomens 7 16,28% 5 71,43%Mulheres 36 83,72% 16 44,44%


Verificou-se que 83,72% dos indivíduos pertencem ao sexo feminino, <strong>de</strong>stes, 44,44%apresentam neuropatia; o que está <strong>de</strong> acordo com o Consenso Internacional sobre Pé Diabético2001, que relata que na maioria dos estudos com diabéticos tipo 2, o sexo masculino tem sidoassociado a um risco mais elevado <strong>de</strong> úlceras e amputações.N Faixa Etária N Neuropatia


Nota-se que 81,39% tinham como renda 1 a 2 salários mínimo e <strong>de</strong>stes, 48,57% sãoneuropatas. De acordo com o Consenso Internacional sobre Pé Diabético 2001, quanto as condiçõessocioeconômicas não há diferença entre as populações <strong>de</strong> baixa e alta renda no diagnóstico <strong>de</strong>diabete melito, mas há diferenças socioeconômicas quanto as lesões nos pés.N IMC N Neuropatia20 a 22,49 5 11,63% 3 60%22,5 a 24,99 3 6,98% 0 0%25 a 27,49 11 25,58% 3 27,27%27,5 a 29,99 7 16,28% 6 85,71%30 a 32,49 10 23,25% 5 50%32,5 a 34,99 5 11,63% 60%35 a 37,49 1 2,32% 0 0%37,5 a 40 1 2,32% 1 100%Quanto ao IMC a maior parte da amostra foi consi<strong>de</strong>rada como pesada já que se encontracom índice entre 25 e 27,49, e <strong>de</strong>stes 27,27% são neuropatas.N Tabagismo N NeuropatiaS 7 16,28% 6 85,71%N 36 83,72% 15 41,66%Segundo as orientações <strong>de</strong> Kubrusly (1993) <strong>de</strong>ve ser evitado fumar, <strong>de</strong>vido aos efeitosvaso-constritores que prejudicariam a cicatrização. Nesta amostra apenas 16,28% eram fumantes e<strong>de</strong>les, 85,71% eram neuropatas.N Tipo N NeuropatiaID 12 27,9% 4 33,33%NID 31 72,1% 17 54,83%Neste estudo dos 72,1% <strong>de</strong> diabéticos não insulino <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, 54,8% são neuropatas, oque está <strong>de</strong> acordo com o Consenso Internacioanl sobre Pé Diabético 2001, que diz que cerca <strong>de</strong>50% dos diabéticos tipo 2 têm neuropatia e pé em risco.N Tempo DM N Neuropatia0 a 5 18 41,86% 8 44,44%6 a 10 11 25,58% 6 54,54%11 a 15 7 16,28% 4 57,14%16 a 20 1 2,32% 1 100%21 a 25 1 2,32% 0 0%26 a 30 3 6,58% 1 33,33%31 a 35 1 2,32% 0 0%36 a 40 1 2,32% 1 100%


Quanto a duração <strong>de</strong> diabete melito, 41,86% dos indivíduos têm a doença entre 0 a 5 anos,sendo 44,44% neuropatas. Conforme Pirart (1978) a prevalência da neuropatia diabética aumentacom a duração da evolução da doença.N Orientação N NeuropatiaS 17 39,53% 6 35,30%N 26 60,46% 15 57,70%Nesta pesquisa po<strong>de</strong> se verificar que apenas 39,53% dos sujeitos afirmaram terem recebidoorientações para cuidados com os pés, <strong>de</strong>les, 35,30% são neuropatas e 60,46% afirmaram nuncaterem recebido orientações sendo que <strong>de</strong>les, 57,7% são neuropatas. Ao perguntar que orientaçõesreceberam, as respostas <strong>de</strong> maior freqüência foram: lavar e examinar os pés, não machucar, nãoandar <strong>de</strong>scalço, passar caroço <strong>de</strong> abacate, mastruz e álcool, passar banha com açúcar quando dói os<strong>de</strong>dos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cortar as unhas. Nestas respostas po<strong>de</strong> se perceber que algumas pessoas não têmnoção do agravo que estão se auto proporcionando po<strong>de</strong>ndo originar uma porta <strong>de</strong> entrada amicroorganismos e favorecendo o aparecimento <strong>de</strong> infecções em seus pés.N Fisioterapia N NeuropatiaS 24 55,81% 11 45,83%N 19 44,19% 10 52,63%Nesta tabela observa-se que 55,81% afirmaram terem realizado fisioterapia e 45,83% <strong>de</strong>leseram neuropatas. Os tratamentos mais freqüentes foram para coluna, joelho e tendinite. Algunsfalaram fazer ginástica como caminhadas a fim <strong>de</strong> diminuir a PA e a glicose. Através <strong>de</strong> observaçãono relato <strong>de</strong> alguns pacientes po<strong>de</strong>-se perceber a falta <strong>de</strong> conhecimento a respeito da atuação dofisioterapeuta, acreditando-se que a maioria <strong>de</strong>les entenda o trabalho <strong>de</strong> fisioterapia através <strong>de</strong>massagem na reabilitação e na diminuição da dor. Alguns pacientes relataram fazer caminhadascom a fisioterapeuta do Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Central, porém não entendiam essa ativida<strong>de</strong> como sendoparte <strong>de</strong> um tratamento preventivo na fisioterapia. Para Rebelato e Botomé 1999, o profissional <strong>de</strong>fisioterapia po<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> reabilitar, atuar <strong>de</strong> forma preventiva <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong>s que acometem umindivíduo ou uma população.N Ferida N NeuropatiaS 5 11,63% 2 40%N 38 88,37% 19 50%Apenas 11,63% apresenta-ram ferida nos pés em alguma etapa da vida, sendo 40% <strong>de</strong>lessão neuropatas. Para Douat et. al. 2002, a perda do mecanismo protetor faz com que problemasrelativamente simples possam progredir rapidamente para situações que chegam a ameaçar omembro. Neste estudo foi verificado que poucos sujeitos apresentaram feridas, porém 48,84%<strong>de</strong>les apresentaram comprometimento sensitivo indicativo <strong>de</strong> neuropatia diabética, o que justifica arealização <strong>de</strong> oficinas educativas.


Estes são os pés <strong>de</strong> um paciente que por seu estado chamoumais atenção. Tem úlcera plantar no hálux E e na I cabeçametatarsiana E, que começou quando pisou num espinho; tratacom curativo e iodo For, o profissional orientado por umtraumatologista. Há aproxima-damente 4 anos que tem essasúlceras e que amputou o III e o IV artelhos no pé E. É umhomem <strong>de</strong> 53 anos, diabético insulino <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte há 40 anos eseu diagnóstico <strong>de</strong> polineuropatia sensória simétrica distal éclaro. No pé direito tem nove pontos insensíveis e no péesquerdo todos os pontos são insensíveis.Po<strong>de</strong>-se refletir que se este pacientes tivesse sido orientado antes e tomado os <strong>de</strong>vidoscuidados, talvez esta amputação e estas úlceras pu<strong>de</strong>ssem ter sido evitadas.ConclusãoPô<strong>de</strong> se concluir que dos 43 indivíduos pesquisados quase 50% <strong>de</strong>les (48,84%) apresentacompro-metimento sensitivo em pés, ou seja, são classificados como tendo pé em risco e, noentanto, apenas 39,53% da amostra recebeu algum tipo <strong>de</strong> orientação.Detectar alterações sensitivas <strong>de</strong> forma precoce para intervenção fisioterapêuticapreventiva, levando-se em consi<strong>de</strong>ração que os pacientes em fases iniciais <strong>de</strong> perda <strong>de</strong>sensibilida<strong>de</strong> também são suscetíveis a lesões nos pés é um meio eficaz que dá a base necessáriapara que sejam submetidos a programas educacionais ou, se necessário, tratamentos mais efetivos<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma equipe multidisciplinar.Fica clara a necessida<strong>de</strong> da atuação fisioterapêutica em progra-mas <strong>de</strong> cuidados aosdiabéticos, já que a população diabética é uma porção bastante significativa <strong>de</strong>ssa socieda<strong>de</strong> e cadavez mais vem crescendo, em virtu<strong>de</strong> do excesso no consumo <strong>de</strong> alimentos, se<strong>de</strong>ntarismo, obesida<strong>de</strong>e aumento da sobrevida. Cabe aos fisioterapeutas darem sua contribuição para transformações nasaú<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses pacientes, disponibilizando com criativida<strong>de</strong> ações preventivas.Este trabalho promoveu uma pequena triagem dos pacientes diabéticos com o pé em risco eque freqüentam o Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Central e o PSF Toríbio Veríssimo <strong>de</strong> Cruz Alta, contribuindo,<strong>de</strong>sta forma, para projetos ambiciosos que estão em andamento no Brasil <strong>de</strong> acordo com oConsenso Internacional sobre Pé Diabético e que têm o suporte da Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong>Diabetes.Sugere-se novos trabalhos com outras formas <strong>de</strong> avaliação ao comprometimento do pédiabético, a fim <strong>de</strong> serem obtidos dados que venham a contemplar os resultados aqui encontrados eque possam dar estímulo e continuida<strong>de</strong> aos meios preventivos e educativos, evitando <strong>de</strong>sta formaamputações, má qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e maiores gastos públicos.*Autora, graduada em Fisioterapia, UNICRUZ**Orientadora, mestre Fisioterapeuta, docente da UNICRUZ e técnica científica do Centro <strong>de</strong> Atendimento aoEducando – CAE/TupanciretãPRORROGADO PRAZO PARA REQUERER TITULAÇÃO


O Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Fisioterapia e Terapia Ocupacional prorrogou até o dia 15 <strong>de</strong><strong>de</strong>zembro o prazo para os fisioterapeutas apresentarem documentação <strong>de</strong> reconhecimento naqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fisioterapeuta Especialista em Traumato-Ortopédica Funcional.A <strong>de</strong>cisão foi tomada através da Resolução nº279, <strong>de</strong> 15/09/2004 para aten<strong>de</strong>r a gran<strong>de</strong><strong>de</strong>manda dos profissionais.Receberá o título <strong>de</strong> especialista nesta tipicida<strong>de</strong> do conhecimento, o fisioterapeutaportador <strong>de</strong> título, outorgado nos termos do artigo 2º e incisos da Resolução COFFITO nº207, <strong>de</strong>17/08/2000.O profissional interessado <strong>de</strong>ve comprovar o efetivo exercício profissional no campo daespecialida<strong>de</strong>, por um período mínimo <strong>de</strong> cinco anos, trabalhos científicos publicados eparticipação em eventos científicos e culturais da espécie.PESQUISAAs possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção da Terapia Ocupacional nas equipes para<strong>de</strong>sportivas*Dra.Fabiana ScorsatoO para<strong>de</strong>sporto, também conhecido como esporte adaptado ou esporte para pessoasportadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, surgiu ao final da Segunda Guerra Mundial, quando a ativida<strong>de</strong> física eravista como um agente reeducador e reabilitador que possibilitava a retomada das ativida<strong>de</strong>s sociais.Atualmente o Comitê Paraolímpico Internacional apresenta vinte e quatro modalida<strong>de</strong>s queforam criadas, modificadas e/ou adaptadas para o portador <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência. No Brasil o esporteadaptado vem evoluindo, mas por falta <strong>de</strong> informação e, principalmente, <strong>de</strong> condições específicaspara a sua prática, muitos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência ainda não têm acesso a ele.Na Terapia Ocupacional alguns setores citam em seus textos a utilização do esporte comoativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazer, recreação, e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua modificação para a<strong>de</strong>quá-la às necessida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cada paciente, <strong>de</strong> forma terapêutica. Com isto sabemos que a Terapia Ocupacional se utiliza <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s esportivas adaptadas como recurso terapêutico, no entanto, o que propomos é apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção terapêutica ocupacional na equipe para<strong>de</strong>sportiva visando aprimoraras habilida<strong>de</strong>s para o jogo através da análise <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>.A subcomissão <strong>de</strong> estudo da Terapia Ocupacional no para<strong>de</strong>s-porto tem como principalobjetivo salientar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção terapêutica ocupacional nos grupospara<strong>de</strong>sportivos, bem como, propor a inclusão do Terapeuta Ocupacional na equipemultiprofissional que atua junto ao paratleta.O para<strong>de</strong>sporto possui valores benéficos tanto na esfera física, quanto na psíquica, e com oobjetivo <strong>de</strong> oferecer estes benefícios as pessoas portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, modalida<strong>de</strong>s esportivasforam sendo adaptadas <strong>de</strong> acordo com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada <strong>de</strong>ficiência. Entretanto observa-se queem muitas situações somente as modificações realizadas nos materiais e regras não suprem asnecessida<strong>de</strong>s das pessoas portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, excluindo-as do contexto esportivo e limitandoassim suas possibilida<strong>de</strong>s sociais.Na busca <strong>de</strong> minimizar estas barreiras, a terapia ocupacional visa, através da análise <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong> e do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> adaptações, facilitar o acesso das pessoas que <strong>de</strong>vido àgravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua lesão não se adaptam às modalida<strong>de</strong>s, assim como, àqueles que já participam <strong>de</strong>grupos para<strong>de</strong>sportivos.Como exemplo <strong>de</strong>sta prática po<strong>de</strong>mos citar o trabalho realizado na Associação dosDeficientes Físicos do Paraná, iniciado em 2002 com a equipe <strong>de</strong> Bocha adaptada, que após a


análise e intervenção da Terapia Ocupacional, obteve, entre outras conquistas, a melhora nacomuni-cação do atleta, no <strong>de</strong>sempenho para o jogo e maior autonomia.Através <strong>de</strong>ste estudo observou-se que o campo <strong>de</strong> atuação da terapia ocupacional po<strong>de</strong>seguramente ser ampliado a outras equipes e modalida<strong>de</strong>s para<strong>de</strong>s-portivas contribuindo para oacesso do indivíduo à modalida<strong>de</strong> e para a socialização da pessoa portadora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, poisalém <strong>de</strong> realizar a adaptação <strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong>senvolver dispositivos auxiliares, cabe ao profissional<strong>de</strong> terapia ocupacional treinar e avaliar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida diária, auxiliar a triagem damodalida<strong>de</strong> mais a<strong>de</strong>quada e acessível ao atleta e orientar para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>smotoras.*Terapeuta OcupacionalCrefito-8 5790Membro da Subcomissão <strong>de</strong>Estudo das Contribuições daTerapia Ocupacional no Para<strong>de</strong>sportoCOMUNICAÇÃO ELETRÔNICAEm breve estaremos disponibilizando um sistema <strong>de</strong> comunicação eletrônica, agilizando ainformação entre o Conselho e os profissionais. Para tanto, solicitamos o cadastramento do e-maildos interessados em receber o boletim, o que po<strong>de</strong> ser feito através do próprio site do Conselho:www.crefito5.com.brSEMINÁRIOGOVERNOS SE REÚNEM PARA DEBATER A SAÚDE NASREGIÕES DO MERCOSULRepresentantes dos Minis-térios da Saú<strong>de</strong> do Brasil, Paraguai e Uruguai se reuniram emPorto Alegre, nos dias 23, 24 e 25/08, para <strong>de</strong>bater a vigilância em saú<strong>de</strong> dos municípios <strong>de</strong>fronteiras do Mercosul. O seminário internacional para Integração das Ações <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> nasFronteiras Físicas do Mercosul discutiu ainda a construção <strong>de</strong> diag-nóstico <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> dapopulação <strong>de</strong>sses municípios; a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> ações prioritárias e os instrumentos <strong>de</strong> gestãosobre integração das ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Na abertura do encontro, o Ministro da Saú<strong>de</strong> do Brasil, Humberto Costa, salientou que aintenção do evento é elaborar um diagnóstico da realida<strong>de</strong> da população das fronteiras e, a partirdisso, propor iniciativas conjuntas, visando melhorar as condições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ssas comunida<strong>de</strong>s.


Os representantes dos <strong>de</strong>mais governos também avaliaram, durante o encontro, os avançosnas primeiras ações conjuntas e comprometeram-se a agilizar a consolidação dos serviçosintegrados da saú<strong>de</strong>.Representando o COFFITO, a Dra. Paula Andréa Fiori e o Dr. Alexandre Doval da Costapartici-param do seminário e reafirmaram a posição da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional nasequipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. Na avaliação da terapeuta ocupacional e diretora tesoureira doCREFITO-5, Dra. Paula Andréa Fiori, a presença da entida<strong>de</strong> no evento reafirmou o papel dosprofissionais na composição da equipe, além <strong>de</strong> oportunizar a inserção das categorias no mercado<strong>de</strong> trabalho.COFFITO REÚNE TERAPEUTAS OCUPACIONAISEM SÃO PAULOFoi classificada como “momento histórico” a primeira reunião <strong>de</strong> Terapeutas Ocupacionaisdo sistema COFFITO/CREFITOs, realizada no dia 09 <strong>de</strong> setembro, na se<strong>de</strong> do COFFITO, em SãoPaulo.Com a presença <strong>de</strong> 11 representantes dos 12 Conselhos Regionais, o encontro foi abertopelo presi<strong>de</strong>nte do Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Dr.José Eucli<strong>de</strong>sPoubel e Silva que falou da sua satisfação em receber os profissionais e do seu apoio às entida<strong>de</strong>sque atuam pela valorização da Terapia Ocupacional.Cumprindo uma extensa programação, os participantes <strong>de</strong>bateram as estratégias <strong>de</strong> açãopara a divulgação da profissão, a elaboração dos parâmetros <strong>de</strong> fiscalização e procedimentos doTerapeuta Ocupacional, a Resolução COFFITO 158 que trata da titulação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaçãoprofissional, a Resolução <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida Diária (AVD) é a <strong>de</strong>finição do termo “função” paraa prática profissional do terapeuta ocupacional.Representando o CREFITO-5, a Dra.Paula Andréa Fiori <strong>de</strong>finiu o encontro como “um momento<strong>de</strong> resgate em <strong>de</strong>fesa da Terapia Ocupacional, com voz e vez <strong>de</strong>ntro do Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>Fisioterapia e Terapia Ocupacional.”DESTAQUEGOVERNADOR GERMANO RIGOTTO PRESTIGIOU AUDIÊNCIAPÚBLICANuma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> articulação e mobilização, profissionais e acadêmicos aten<strong>de</strong>ram oapelo da diretoria do CREFITO-5 e lotaram o Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa, naAudiência Pública realizada, dia 11 <strong>de</strong> agosto, para discutir a inserção dos Fisioterapeutas e dosTerapeutas Ocupacionais na Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS).Encaminhada pelo <strong>de</strong>putado José Farret, coor<strong>de</strong>nador da Comissão <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e MeioAmbiente da Assembléia Legislativa, a audiência contou com a presença do presi<strong>de</strong>nte doConselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Dr.José Eucli<strong>de</strong>s Poubel e Silva; doDiretor-Tesoureiro, Dr. Ivan Pinto Varela; do presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Fisioterapia e


Terapia Ocupacional, Dr.Sérgio Vedovello; <strong>de</strong> representantes <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong>ensino superior.Além do apoio dos inúmeros <strong>de</strong>putados presentes, a categoria recebeu os cumprimentos doGovernador do Estado, Germano Rigotto. Com uma visita inesperada, o Governador fez questão <strong>de</strong>dar o seu apoio à categoria, saudou os participantes e manifestou o seu apreço ao <strong>de</strong>bate,agra<strong>de</strong>cendo aos profissionais o trabalho que eles vêm <strong>de</strong>sempenhando pela manutenção da saú<strong>de</strong>da população.Na abertura do evento, a presi<strong>de</strong>nte do CREFITO-5, Dra.Maria Teresa Dresch da Silveira,lembrou a criação do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) e os princípios básicos que o norteiam.Destacou que para haver a integralida<strong>de</strong> no atendimento aos usuários, é necessário quefisioterapeutas e terapeutas ocupacionais sejam incorporados no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. “Apesar<strong>de</strong> profissões regulamentadas, ainda encontramos pessoas e entida<strong>de</strong>s querendo boicotar a nossaatuação”, completou a presi<strong>de</strong>nte.Em sua manifestação, a coor<strong>de</strong>nadora do curso <strong>de</strong> Fisioterapia da UNIFRA, Dra.MargaridaMayer, apresentou o SUS como um sistema resolutivo, no qual o indivíduo <strong>de</strong>ve ser tratado <strong>de</strong>forma plena pelo po<strong>de</strong>r público e com a participação <strong>de</strong> todos os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. “Estamos àdisposição da socieda<strong>de</strong>, mas necessitamos do po<strong>de</strong>r público para dar a nossa contribuição”.A <strong>de</strong>putada estadual do PCdoB, Jussara Cony, disse não enten<strong>de</strong>r como as categorias aindanão estão inseridas no Sistema, uma vez que a interdisciplinarida<strong>de</strong> faz parte das estratégias doSUS. A <strong>de</strong>putada foi além, lembrando que a assistência oferecida pelos fisioterapeutas e pelosterapeutas ocupacionais se constituem numa economia para o governo, já que a prevenção é oprincípio principal <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s. “É mais barato promover, prevenir e educar para a saú<strong>de</strong> doque recuperar indivíduos adoecidos pelo mundo do trabalho”, <strong>de</strong>stacou a <strong>de</strong>putada. Como<strong>de</strong>batedores, o Dr. Leandro da Rocha Moreira e a Dra. Clori Araújo também reivindicaram apresença dos profissionais nos programas do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. “A inserção é necessária emtodos os níveis <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong>, estimulando a manutenção, a preservação e o tratamento dasaú<strong>de</strong> funcional e ocupacional da população”, <strong>de</strong>stacou Dr. Leandro. A Dra. Clori reafirmou opapel do terapeuta ocupacional no atendimento aos indivíduos acometidos pelas doenças dotrabalho e na promoção da saú<strong>de</strong>.Entusiasmado com a mobilização das categorias, o presi<strong>de</strong>nte do COFFITO, Dr.JoséEucli<strong>de</strong>s Poubel e Silva parabenizou a diretoria do CREFITO-5 pela iniciativa e pela visão <strong>de</strong>interação com a comunida<strong>de</strong>. “Precisamos ousar, ouvir, propor e participar com a socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssadiscussão. A saú<strong>de</strong> não é restrita a <strong>de</strong>terminadas áreas. A saú<strong>de</strong> é funcional, é ocupacional”,enfatizou ele.Em fase <strong>de</strong> conclusão, as li<strong>de</strong>ranças políticas e profissionais preparam um documento queserá encaminhado ao Ministério da Saú<strong>de</strong>. O documento apresenta um relato da audiência pública eas reivindicações das duas profissões.ENTREVISTAGOVERNO INVESTE EM EDUCAÇÃO PARA A SAÚDEOs Ministérios da Educação e da Saú<strong>de</strong> vêm <strong>de</strong>senvolvendo um projeto <strong>de</strong> mudança nagraduação dos cursos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, no sentido <strong>de</strong> contribuir com o aprendizado dos acadêmicos à


gestão, ao controle social e à organização do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> oportunizar um melhorentendimento do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>-SUS. Para conhecer um pouco mais sobre uma <strong>de</strong>stasiniciativas – o Apren<strong>de</strong>rSUS, conversamos com o Dr. Ricardo Burg Ceccim, diretor doDepartamento <strong>de</strong> Gestão da Educação na Saú<strong>de</strong>, do Ministério da Saú<strong>de</strong>. Mestre em Educação,Ceccim é sanitarista, doutor em saú<strong>de</strong> coletiva, professor do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação emEducação (Grupo Temático <strong>de</strong> Educação em Saú<strong>de</strong>) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> doSul. Foi diretor da Escola <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, <strong>de</strong> 1999 a 2002, e é autor <strong>de</strong>diversos artigos que relacionam formação, integralida<strong>de</strong>, humanização e saú<strong>de</strong>.CREFITO-5: Quais as propostas do Apren<strong>de</strong>r SUS?Dr. Ceccim: O Apren<strong>de</strong>rSUS é a política do Ministério da Saú<strong>de</strong> para incentivar a mudança nagraduação das profissões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Nos últimos anos tem havido um importante <strong>de</strong>scompassoentre as tentativas do SUS <strong>de</strong> transformar a lógica da atenção à saú<strong>de</strong> no País e a orientação daformação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aprovado pela Constituição Brasileirapropõe oferecer atenção integral à saú<strong>de</strong> das pessoas e coletivida<strong>de</strong>s, levando em conta todos osaspectos envolvidos no processo do viver e no adoecer, consi<strong>de</strong>rando o conjunto dasnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada pessoa ou população.Esse sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> propõe articular promoção,prevenção, assistência e reabilitação e, para isso, precisa articular ações, profissionais e serviços,<strong>de</strong> modo a ampliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta do sistema diante das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Aformação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, entretanto, não vinha adotando o mesmo tipo <strong>de</strong> orientação.Geralmente, os profissionais têm uma formação isolada, centrada no hospital e nos aspectosbiológicos do processo saú<strong>de</strong>-doença. Quando chega o momento da atuação profissional, opessoal formado tem dificulda<strong>de</strong> para atuar <strong>de</strong> maneira diferenciada. Esse tem sido um obstáculoimportante para o crescimento da perspectiva introduzida pela noção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família e parao fortalecimento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> reabilitação psicossocial no campo da saú<strong>de</strong> mental, para citarsomente dois exemplos.Para as transformações necessárias no sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, é necessárioromper com a lógica <strong>de</strong> re-formar os profissionais já inseridos no sistema. Os recém-formadosnão se mostram com apropriação do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> vigente no País, da integralida<strong>de</strong> da atençãoe do trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar. Para os gestores da atenção à saú<strong>de</strong>no País, a mudança na orientação da formação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> passa a ser umapriorida<strong>de</strong>. No campo da educação, a percepção do citado <strong>de</strong>scompasso também existe há algumtempo, tanto que as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais, propostas pelo Conselho Nacional<strong>de</strong> Educação e homologadas pelo Ministério da Educação, trazem proposições no mesmo sentido.Propõem o compromisso da formação <strong>de</strong> graduação com o SUS, propõem a integralida<strong>de</strong> daatenção como um elemento crítico das competências profissionais perseguidas na formação <strong>de</strong>graduação em saú<strong>de</strong> e propõem a aprendizagem sobre o trabalho em equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Apesar <strong>de</strong> as Diretrizes Curriculares Nacionais apontarem esta direção e até <strong>de</strong> ir além, já quediscutem também elementos críticos para a compreensão pedagógica envolvida na formação –não existem, no campo da educação, mecanismos indutores ou incentivadores das mudançasnecessárias para sua implementação, permanecendo, na prática, a mesma orientação tradicionaldos cursos. O Apren<strong>de</strong>rSUS é a política do setor da saú<strong>de</strong> no governo fe<strong>de</strong>ral para incentivar amudança na graduação, tendo em vista a mudança na orientação dos cursos e não a construçãodos perfis curriculares. Sabendo que essas <strong>de</strong>finições são fundamentais no campo da educaçãopara que as mudanças aconteçam efetivamente num âmbito ampliado, envol-vendo a gran<strong>de</strong>maioria dos cursos e escolas da área da saú<strong>de</strong>, o Ministério da Saú<strong>de</strong> buscou construir umapolítica abrangente, o diálogo com o Ministério da Educação e a articulação <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>sque favoreçam a transformação, aten<strong>de</strong>ndo às diretrizes curriculares e às diretrizes do SUS.CREFITO-5: Como será a participação do Ministério da Educação no projeto?Dr. Ceccim: Os dois Ministérios vêm <strong>de</strong>senvolvendo um intenso processo <strong>de</strong> aproximação com oobjetivo <strong>de</strong> realmente produzir uma política pública para a formação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>


no País, uma política que contemple os aspectos críticos da política educacional e, ao mesmotempo, leve em conta as especificida<strong>de</strong>s da saú<strong>de</strong>, particularmente tendo como referência aconsolidação e o fortalecimento do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. O Ministério da Saú<strong>de</strong> propõemobilizar recursos técnicos, políticos, financeiros e operacionais para apoiar a mudança nagraduação junto às escolas interessadas em aten<strong>de</strong>r ao convite <strong>de</strong> uma formação para aintegralida<strong>de</strong> e humanização para seus discentes. Reconhecendo que os compromissos dos cursosda área da saú<strong>de</strong> e a graduação são fundamentais para a qualida<strong>de</strong> da gestão e da atenção à saú<strong>de</strong>,não importando o lugar ou a especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuação dos futuros profissionais, o MEC se dispôstambém a promover essa aproximação entre saú<strong>de</strong> e educação. Um tratamento espe-cífico para aárea da saú<strong>de</strong> está sendo buscada no <strong>de</strong>bate sobre a Reforma Universitária, consi<strong>de</strong>-rando que ocompromisso com o SUS é parte da relevância social e pública que as universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vemperseguir. Um tratamento específico para a saú<strong>de</strong>, consi-<strong>de</strong>rando as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>transformação, também está sendo contemplado <strong>de</strong>ntro do Sinaes, este novo sistema <strong>de</strong> avaliaçãoinstitucional, entre outros.CREFITO-5: Como será a implantação do Apren<strong>de</strong>r SUS?Dr. Ceccim: O Apren<strong>de</strong>rSUS é um convite aos cursos <strong>de</strong> graduação, uma política com diversasestratégias orientadas a ampliar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transformação da formação na área da saú<strong>de</strong>.As principais linhas propostas até o momento são:a) sistematização das experiências <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> ou orientado pela integralida<strong>de</strong> na saú<strong>de</strong>, jáexistentes nas escolas (orientação dos cursos). Como esse é um campo <strong>de</strong> inovação, em que hámuitas perguntas e poucas certezas, a produção <strong>de</strong> conhecimento é fundamental. O Ministério daSaú<strong>de</strong>, então, patrocinou uma convocatória para apresentação <strong>de</strong> experiências. Vão ser realizadosseminários <strong>de</strong> sistematização e análise com o conjunto <strong>de</strong>ssas experiências com um sentido <strong>de</strong>mobilização e difusão e uma pesquisa em profundida<strong>de</strong> com 10 <strong>de</strong>las, coor<strong>de</strong>nada pelo Laboratório<strong>de</strong> Pesquisa sobre Práticas <strong>de</strong> Integralida<strong>de</strong> em Saú<strong>de</strong> (Lappis), vinculado à Universida<strong>de</strong>Estadual do Rio <strong>de</strong> Janeiro (Uerj), mas que congrega diversos outros grupos <strong>de</strong> pesquisa noâmbito da pós-graduação na área da saú<strong>de</strong>. Haverá a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontros, intercâmbiopresencial e à distância, publicações específicas etc..b) curso <strong>de</strong> especialização para a ativação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> mudança – Muitas experiências <strong>de</strong>mudança na formação já se <strong>de</strong>senvolveram em nosso País. A sistematização e a socialização<strong>de</strong>ssas experiências, consi<strong>de</strong>rando a complexida<strong>de</strong> dos temas envolvidos e dos processos <strong>de</strong>mudança institucional, po<strong>de</strong> ser um elemento importante na ampliação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>proposição e condução <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> mudança. Essa especialização (formação <strong>de</strong> ativadores)ocorrerá no formato <strong>de</strong> curso semi-presencial, com um ano <strong>de</strong> duração, dirigida a 1.100profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, docentes e trabalhadores do SUS, numa parceria entre o Ministério daSaú<strong>de</strong>, a Escola Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública e a Re<strong>de</strong> Unida. A idéia é que o processo <strong>de</strong>formação dos tutores se inicie no começo <strong>de</strong> 2005 e a especialização logo <strong>de</strong>pois. Nestemomento, o material pedagógico e o or<strong>de</strong>namento do curso já estão sendo construídos.c) apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento da orientação dos cursos para a integralida<strong>de</strong> e humanização nasaú<strong>de</strong> – a introdução do conceito ampliado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, da familia-rida<strong>de</strong> com as realida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e dos modos <strong>de</strong> pensar e viver da população, do reconhecimento dos processos subjetivos,culturais e familiares que acompanham a experiência do processo saú<strong>de</strong>-doença-cuidado. Essaorientação supõe a articulação entre as várias profissões da saú<strong>de</strong>, a diversi-ficação dos cenários<strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> aprendizagem e ampliação das práticas durante a formação. Supõe, também, umpapel ativo dos estudantes durante o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem e a construção <strong>de</strong>compromissos coletivos e institucionais com a saú<strong>de</strong> das pessoas. O Ministério da Saú<strong>de</strong> estádisposto a apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> experiências com essa orientação. Uma mudança naorientação dos cursos coloca em questão a preocupação com o perfil dos profissionais e <strong>de</strong>práticas das profissões. Não é preciso ter a idéia completa da mudança a ser empreendida, saber<strong>de</strong> antemão todos os passos e estratégias necessários à mudança <strong>de</strong> perfil dos profissionais, mas é


preciso ter disposição <strong>de</strong> mudar e <strong>de</strong> construir algumas iniciativas que aproximem os cursos<strong>de</strong>ssas questões. Como a integralida<strong>de</strong> necessariamente envolve novas práticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong>trabalho em equipe, é fundamental que as propostas sejam construídas em parceria, envolvendoas várias profissões da saú<strong>de</strong> (mais <strong>de</strong> uma, no mínimo) e o conjunto dos atores participantes dosPólos <strong>de</strong> Educação Permanente em Saú<strong>de</strong>. As propostas assim construídas e pactuadas nos Pólos<strong>de</strong> Educação Permanente em Saú<strong>de</strong> serão apoiadas pelo MS (também nos dispomos a oferecerapoio técnico para pensar caminhos para a mudança).CREFITO-5: Po<strong>de</strong>rá haver novas abordagens <strong>de</strong> ensino?Dr. Ceccim: Po<strong>de</strong> haver novas disciplinas, novos estágios (para ampliação dos tempos <strong>de</strong> prática econtato dos estudantes com a realida<strong>de</strong> ao longo <strong>de</strong> toda a formação). Po<strong>de</strong> haver novos enfoquese articulações entre disciplinas e estágios já existentes. Po<strong>de</strong> haver a construção <strong>de</strong> currículosintegrados, organizados por módulos, sem disciplinas. O importante é que existam novasabordagens, novos cenários, novas práticas, novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> articulação entre teoria eprática e entre as diferentes profissões e outros atores que são fundamentais na produção dasaú<strong>de</strong> porque propiciam conhecimento da realida<strong>de</strong>, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escuta e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação esatisfação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s etc., o mais importante não é a mudança no corpo <strong>de</strong> conteúdosformais <strong>de</strong> apresentação dos cursos, mas o processo proposto <strong>de</strong> construção das profissões. Omesmo currículo po<strong>de</strong> mudar seus cenários e agregar práticas intercursos ao longo <strong>de</strong> toda aformação, bem como estabelecer relações absolutamente inovadoras com a re<strong>de</strong> local <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,com os estudantes e com as instâncias <strong>de</strong> controle social do SUS.CREFITO-5:Como será feita a avaliação?Dr. Ceccim: Haverá um processo <strong>de</strong> acompanhamento e avaliação específica para os projetosapoiados pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>, mas o mais importante, em termos <strong>de</strong> avaliação, é que a buscapor esses efeitos e compromissos seja parte da avaliação institucional e da avaliação docenterealizadas pelo MEC. É importante que o Sinaes incorpore esses valores e preocupações. Comesse objetivo, já houve uma aproximação entre o Ministério da Saú<strong>de</strong> e o Inep durante o processo<strong>de</strong> capacitação dos avaliadores. Haverá uma formação específica para os avaliadores da área dasaú<strong>de</strong> e para o <strong>de</strong>senvolvimento dos instru-mentos <strong>de</strong> avaliação.CREFITO-5: O que vai mudar no perfil profissional?Dr. Ceccim: Nosso objetivo é que os profissionais trabalhem com um conceito ampliado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,saibam que não são apenas os aspectos biológicos os que necessitam a atenção dos profissionais eque <strong>de</strong>terminam seu processo saú<strong>de</strong>-doença ou as chances <strong>de</strong> sucesso terapêutico, que<strong>de</strong>senvolvam recursos para cuidar das pessoas levando em conta todas essas dimensões e fatores.Para tanto, é preciso que seja ampliada sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escuta, <strong>de</strong> acolhimento, <strong>de</strong> responsabilizaçãopelo cuidado e pela saú<strong>de</strong> das pessoas. É preciso que os processos <strong>de</strong> formação lhesofereçam oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e assegurar a continuida<strong>de</strong> da atenção e o trabalho emequipe multipro-fissional/interdisciplinar.Esperamos formar profissionais cuja competência técnica inclua outros atributos que não ostradicionais, que são também indispensáveis para oferecer atenção integral à saú<strong>de</strong>, humanizada e<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.CREFITO-5: Como está a mobilização dos cursos em torno do Apren<strong>de</strong>r SUS?Dr. Ceccim: Já há mobilização e articulação das escolas/dos cursos. Algumas propostas já foraminclusive apresentadas. Imagi-namos, no entanto, que parte importante das iniciativas sejamconstruídas este ano para serem colocadas em prática a partir <strong>de</strong> 2005. Estamos à disposição dasescolas para <strong>de</strong>bater e esclarecer, <strong>de</strong> preferência coletivamente e regio-nalmente, a proposta comoum todo. As equipes matriciais, que acompanham o <strong>de</strong>senvol-vimento dos Pólos <strong>de</strong> EducaçãoPermanente em Saú<strong>de</strong> em todo o país, também estão disponíveis para essa discussão.


CREFITO-5: Já existem projetos semelhantes em funcionamento?Dr.Ceccim: Há mudanças que adotam parcialmente essa orientação. Há coisas bem interes-santesacontecendo, que realmente merecem ser mais e melhor conhecidas em todo o país. Os projetosdo Promed também aten<strong>de</strong>ram em parte a esse convite, faltando a articulação multipro-fissional ea orientação explícita à integralida<strong>de</strong>. Uma iniciativa <strong>de</strong>sse porte, apresentada como políticanacional integrada entre saú<strong>de</strong> e educação e dirigida a todas as profissões da saú<strong>de</strong> é pioneira emtodo o mundo. E está sendo observada com interesse por muitos países e organizaçõesinternacionais – sobretudo pelo seu potencial <strong>de</strong> transformação e impacto.CREFITO-5: É possível aliar uma educação com perfil tecnicista e social ao mesmo tempo?Dr. Ceccim: A questão que se coloca para a área da saú<strong>de</strong> é que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a introdução do mo<strong>de</strong>loflexneriano da gestão dos processos <strong>de</strong> formação, apren-<strong>de</strong>mos que nossos corpos são comomáquinas e o trabalho dos profissionais, um trabalho <strong>de</strong> mecânicos. Ora, este mo<strong>de</strong>lo mecanicistaalimenta a compre-ensão tecnicista, mas a saú<strong>de</strong> das pessoas não é explicada <strong>de</strong>sta forma,tampouco a saú<strong>de</strong> se encaixa na compreensão <strong>de</strong> ciências naturais, como a biologia, a química e afísica. A saú<strong>de</strong>, como corpo científico, está entre as ciências naturais, ciências sociais e ashumanida<strong>de</strong>s; não realizar este reencontro é optar pelas ciências tecnológicas. Uma profissãopo<strong>de</strong> existir no território dos elevados estudos <strong>de</strong> educação superior, no território da educaçãotecnológica ou no território das especialida<strong>de</strong>s, mas a formação para o cuidado, para ainterdisciplinarida<strong>de</strong>, para a produção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> terá <strong>de</strong> aliar, no ensino e na profissionalização aefetiva compreensão do processo saú<strong>de</strong>-doença-cuidado-qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Um <strong>de</strong>sempenho euma leitura <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> vida apenas tecnicista <strong>de</strong>terminam ocupações <strong>de</strong> menos autonomia,cabendo esta aos profissionais capazes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r pelas reais necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> organização daatenção para cada pessoa ou coletivida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>la necessite.CREFITO-5: Caso o ato médico seja aprovado na concepção encaminhada pelos médicos, osprogramas do governo não serão prejudicados, uma vez que levam em consi<strong>de</strong>ração as equipesmultiprofissionais?Dr. Ceccim: Em primeiro lugar, é preciso dizer que não cabe aos governos proporem os mo<strong>de</strong>los<strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>, eles são resultantes <strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los. Os processos em disputa na socieda<strong>de</strong> nãodizem respeito apenas aos atos do governo, inclusive porque os governos constroem suagovernabilida<strong>de</strong> em pactos coletivos com as diversas instâncias da socieda<strong>de</strong>, então se esseprojeto existe e se oferece reação, estas são sinalizações <strong>de</strong> nosso mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> e ogoverno terá <strong>de</strong> construir caminhos <strong>de</strong> elevação das práticas <strong>de</strong> cidadania. Se dizemos quedoenças como a tuberculose, a hanseníase, a sífilis ou a Aids introduziram novas reflexões emnossa socieda<strong>de</strong>, elas não eliminaram preconceitos e nem tornaram nossos cursos <strong>de</strong> graduaçãototalmente orientados pela integralida<strong>de</strong> e humanização. Isto em todos os cursos da área da saú<strong>de</strong>.Com isto quero dizer que acusa-se a prática corporativa com práticas corporativas, esperando-sedo governo uma ato <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa das corporações. Fica difícil optar por atos políticos em <strong>de</strong>fesa davida e da socieda<strong>de</strong>, quando a compreensão generalizada é a <strong>de</strong> uma saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> caráter tecnicista eum <strong>de</strong>sempenho das profissões <strong>de</strong> caráter corporativo. Portanto, temos uma luta por saú<strong>de</strong> nasocieda<strong>de</strong> que é maior que este projeto <strong>de</strong> lei.O trabalho em equipe multiprofissional po<strong>de</strong> serdanoso com ou sem a presença <strong>de</strong>sta regulação proposta. Escutamos a todo o momento apergunta sobre quando o governo vai incluir na equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> este ou aquele profissional e nãocomo se <strong>de</strong>seja ofertar e consolidar práticas <strong>de</strong> apoio matricial. Sequer se ensina na graduação oque é e como se faz isto. Parece que o mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> um serviço básico é aquele em o usuáriopo<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve passar por quatorze portas, uma para cada profissão da saú<strong>de</strong>, e que a integralida<strong>de</strong> éaquela que se faz pela obra do próprio usuário. Enfim, quero dizer que o conjunto das profissões<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> vem construindo uma formação, uma socieda<strong>de</strong> e uma prática <strong>de</strong> cuidados muitocorporativa, esta sinalização é para todos e a construção <strong>de</strong> saídas pertence a todos. Caso este


projeto <strong>de</strong> lei termine por regular atos e práticas em prejuízo da integralida<strong>de</strong>, da humanização eda interdisci-plinarida<strong>de</strong>, todos nós que disputamos por outro perfil <strong>de</strong> profissões, <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> e<strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> cuidado seguiremos fazendo isto nos programas, nos serviços, nos bancosescolares, nos processos eleitorais, na produção científica e nas nossas práticas sociais.PESSOALCREFITO-5 COMPÕE QUADRO ADMINISTRATIVOO CREFITO-5 esteve em festa no dia 1º <strong>de</strong> agosto para receber os mais novos integrantesdo seu quadro funcional. Preocupação antiga da diretoria da entida<strong>de</strong> em a<strong>de</strong>quar-se com alegislação foi concluído o concurso público para selecionar fiscal fisioterapeuta e terapeutaocupacional que a partir <strong>de</strong> agora qualificam a<strong>de</strong>quadamente a fiscalização do exercícioprofissional, função primeira dos conselhos.O concurso também selecionou funcionários administrativos que vão atuar na secretaria,recepção e serviços gerais, completando, assim, atendimento às atuais necessida<strong>de</strong>s para amanutenção do Conselho.Aproveitamos a oportunida<strong>de</strong> para apresentar os <strong>de</strong>mais funcionários do Conselho, namaior parte, só conhecidos pelos profissionais, através <strong>de</strong> ligações telefônicas:Marcos Hairton Pereira da Silva; Betina Pfluger Amaro Fabio Marcelo Rodrigues dosSantos; Francele Pereira Pinheiro; Luciana Marques da Silva; Mauro Vinícius Rodrigues dosSantos; Paulo Fernando Ta<strong>de</strong>u Forrer Charlier; an<strong>de</strong>rson Morin Luzardo Correa; Fernanda SantosFantin; Silvana Ines Forster; Varinia Nunes Pires Albrecht; Sandra Gonçalves MiguezQUEM SOMOSDE RECIFE PARA VACARIA: “VIM PRONTA PARA ABRAÇAR OSUL”*Dra. Amara Lucia Holanda Tavares BattistelNatural <strong>de</strong> Pernambuco, a coor<strong>de</strong>nadora do curso <strong>de</strong> Terapia Ocupacional da UNIFRA,Dra. Amara Lucia Holanda Tavares Battistel, concluiu o curso em 1982, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>de</strong> Pernambuco, único curso existente no Estado, na época. “ Na ocasião, com disciplinas comunspara a Fisioterapia e para a Terapia Ocupacional até o 4º semestre, quando tínhamos que fazer aopção, o curso era <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> Reabilitação”, explicou ela.As primeiras experiências profissionais foram com atendimento em consultório e estágiosrealizados na Legião Brasileira <strong>de</strong> Assistência (LBA).<strong>Todos</strong> <strong>de</strong>vem se perguntar: como a Dra.Amara <strong>de</strong>ixou Recife e veio parar aqui no Rio Gran<strong>de</strong> doSul?


Em 1987 ela casou com um gaúcho e “ <strong>de</strong> Pernambuco, em pleno inverno, vim direto paraVacaria, pronta para abraçar o Sul”, respon<strong>de</strong>u a terapeuta ocupacional.No RS realizou um curso <strong>de</strong> mestrado em Educação na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria.A transferência temporária do marido para Minas Gerais fez com que a Dra.Amara ficasseafastada da profissão por um período <strong>de</strong> dois anos.De volta ao Estado em 1997, entrou na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cruz Alta para ministrar adisciplina <strong>de</strong> ludopedagogia, na área da saú<strong>de</strong> e em 2002 foi convidada pela diretoria da UNIFRApara realizar o planejamento do curso <strong>de</strong> Terapia Ocupacional.“Hoje me sinto na melhor fase da minha vida. O meu terceiro filho nasceu no dia dovestibular do curso <strong>de</strong> Terapia Ocupacional da UNIFRA e isto tem um significado especial paramim. Esta coor<strong>de</strong>nação é um <strong>de</strong>safio, mas eu tenho a consciência da responsabilida<strong>de</strong> em divulgara Terapia Ocupacional no interior do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul”, finalizou a Dra. Amara.Terapeuta OcupacionalCrefito 5 nº1717A BUSCA PELA REDEMOCRATIZAÇÃO DO SISTEMA*Dra. Maria Teresa Dresch da SilveiraO gosto pela área da saú<strong>de</strong> veio da infância, quando a mãe, Enfermeira, relatava os casos<strong>de</strong> pacientes reabilitados e da impor-tância em contribuir com a saú<strong>de</strong> da população. Perseguindoestes propósitos, optou pela Fisioterapia, concluindo o curso em 1985, no IPA. Este é o início davida profissional da Dra.Maria Teresa Dresch da Silveira, presi<strong>de</strong>nte do CREFITO-5.Com cursos <strong>de</strong> especiali-zação em Medicina Desportiva e Escolar e Metodologia do EnsinoSuperior, realizados na PUC, ministrou as disciplinas <strong>de</strong> Hidroterapia e Fototerapia, na FEEVALEe Fisioterapia Aplicada à Estética, no IPA. Paralelamente, exerceu a profissão com atendimento emcon-sultório nas áreas <strong>de</strong> geriatria e estética, ativida<strong>de</strong> que continua até hoje.Sempre envolvida com as questões políticas da vida acadêmica e reivindicações dacategoria profissional, a Dra. Maria Teresa foi convidada a compor uma chapa na eleição para oCREFITO-5, em 1990. “Nesse mesmo ano entrei para o Conselho e casei. Durante a minhapermanência no CREFITO-5 formei a minha família”, <strong>de</strong>staca a fisioterapeuta, esposa e mãe <strong>de</strong>dois filhos.A busca pela valorização das categorias, fez com que a Dra. Maria Teresa se candidatassepara a presidência do Conselho e se empenhasse para a re<strong>de</strong>mocratização do sistema. “Foram 18anos com a permanência do mesmo grupo, era necessária a mudança”, disse ela.O ônus em fazer oposição, se concretizou com o seu afastamento do cargo. “Apesar dosofrimento e da falta <strong>de</strong> compreensão dos compa-nheiros <strong>de</strong> gestão, continuei no meu propósitopelas mudanças. Hoje, tenho a felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber o apoio da maioria no colegiado e em seguirfirme com os nossos compromissos assumidos diante da categoria”, <strong>de</strong>stacou a Dra. Maria Teresa.Para conciliar todas estas funções, inclusive a <strong>de</strong> acadêmica do curso <strong>de</strong> Direito, apresi<strong>de</strong>nte dá a receita – “procuro manter a calma, respiro fundo e mentalizo que tudo vai darcerto”.*FisioterapeutaCrefito-5 nº 6226-FSOCIEDADE DE FISIOTERAPIA DO VALE DO SINOSCOMEMORA DOIS ANOS


A Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fisioterapia do Vale dos Sinos, fundada em 28 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2002, mêsem que se festeja o dia do Fisioterapeuta, se tornou realida<strong>de</strong> graças ao apoio dos Fisioterapeutas<strong>de</strong> Novo Hamburgo, São Leopoldo, Nova Hartz, Esteio e Porto Alegre, que não mediram esforçospessoais e profissionais para que a mesma socieda<strong>de</strong> se tornasse realida<strong>de</strong>.Para nós, comemorar dois anos é motivo <strong>de</strong> muita alegria, pois representam um esforçoconjunto <strong>de</strong> todos os colegas, com o objetivo principal <strong>de</strong> congregar, fortalecer os laços <strong>de</strong>amiza<strong>de</strong> entre os profissionais, zelar pelos interesses comuns, direitos e prestígio da profissão,além <strong>de</strong> promover cursos e palestras para o enriquecimento técnico-científico da classe.Em dois anos foram realizados 26 encontros científicos , com palestras e grupos <strong>de</strong> estudo.A realização da 1ª Festa da Fisioterapia uniu profissionais, acadêmicos e a comunida<strong>de</strong>.O 2º Jantar Baile da Fisioterapia, realizado em outubro para comemorar o Dia doFisioterapeuta e o aniversário da nossa Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fisioterapia, constituiu um evento com todo orequinte e beleza a que os colegas têm direito: jantar à francesa, luz <strong>de</strong> velas, piano ao fundo, showe conjunto musical para animar o baile, além <strong>de</strong> sorteio <strong>de</strong> viagens.Para o próximo ano está programada a I Jornada <strong>de</strong> Fisiote-rapia da SFVS e o lançamento <strong>de</strong>uma revista científica.FISCALIZAÇÃODr Gerson BirkReunião Define Novo Perfil para DelegadosEm reunião com os <strong>de</strong>legados, no dia 14 <strong>de</strong> agosto, a diretoria do CREFITO-5 apresentouos novos fiscais do Departamento <strong>de</strong> Fiscalização-DEFIS, a Dra.Silvana Forter, fisioterapeuta e aDra. Milene Cal<strong>de</strong>raro, terapeuta ocupacional. Apresentou também o novo assessor jurídico, Dr.Thiago Gue<strong>de</strong>s.Na abertura do encontro, realizado no Hotel Coral Tower, em Porto Alegre, a presi<strong>de</strong>nte doCREFITO-5, Dra.Maria Teresa Dresch da Silveira, fez um relato sobre o processo eleitoralocorrido no Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Fisioterapia e Terapia Ocupacional e reforçou o apoio da entida<strong>de</strong>à criação <strong>de</strong> novas associações e manifestações em <strong>de</strong>fesa das categorias, bem como a realização <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s junto à socieda<strong>de</strong>.Aten<strong>de</strong>ndo solicitação dos próprios <strong>de</strong>legados, a diretoria dividiu o Estado em quatroregiões <strong>de</strong> fiscalização, ficando distribuído na região noroeste, nor<strong>de</strong>ste, su<strong>de</strong>ste e sudoeste. Adivisão levou em consi<strong>de</strong>ração o número <strong>de</strong> profissionais, aproximação <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s e perfil do<strong>de</strong>legado.Ficou <strong>de</strong>finido que o processo <strong>de</strong> escolha para <strong>de</strong>legado será realizado através <strong>de</strong> umprocesso eleitoral entre os profissionais da região em questão.Também foram apresen-tados os novos coor<strong>de</strong>nadores do DEFIS, Dr. Everton Espíndola(DEFIS-Terapia Ocupacional) e a Dra. Perla Cristiane Teles (DEFIS-Fisioterapia).Os novos coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong>stacaram o novo perfil do Departamento, com uma ação maisfiscalizadora e educativa. Foi ressaltado o trabalho realizado em parceria com a VigilânciaSanitária do Estado.


ASSOCIAÇÃOCRIADA ASSOCIAÇÃO DOS FISIOTERAPEUTAS EM CAXIAS DOSULEm reunião realizada no dia 08/09, na Câmara <strong>de</strong> Vereadores, tomou posse a primeiradiretoria da Associação dos Fisioterapeutas <strong>de</strong> Caxias do Sul (AFISC).Criada com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> divulgar e promover a Fisioterapia no município, a diretoria daentida<strong>de</strong> divulgou um plane-jamento <strong>de</strong> metas para a gestão <strong>de</strong> 2002/2006. Entre as principaispriorida<strong>de</strong>s estão a intervenção junto aos planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, visando o acesso do profissional fisioterapeutaem hospitais, ambulatórios e atendi-mentos a domicílio; a melhoria do atendimento <strong>de</strong>fisioterapia na comu-nida<strong>de</strong>, mediante abertura <strong>de</strong> concurso público municipal; a conscien-tizaçãoe participação dos profissionais e a divulgação das ações nos meios <strong>de</strong> comunicação.O evento contou com a presença da presi<strong>de</strong>nte do CREFITO-5, Dra. Maria Teresa Dreschda Silveira, e da diretora-secretária Dra. Nair Paim.DIRETORIAPRESIDENTE:Dra.Rosemeri SuzinVICE-PRESIDENTE:Dr.Fabio SchalyDIRETORA-SECRETÁRIA:Dra.Nilza Leni Barths1ª SECRETÁRIA:Dra.Ingrid Schnei<strong>de</strong>r2ª SECRETÁRIA:Dra.Simone Rech Beltrame1º TESOUREIRO:Dr.Giovani Calcagnotto2ª TESOUREIRA:Dra.Alexandra RenostoCOMISSÃO CULTURAL, SOCIAL E MARKETING• Dra.Heloise LeichtweisCONSELHO FISCAL• Dra.Thais Ferrarini;• Dra.Sabrina Gazzi <strong>de</strong> Lima;• Dra.Patrícia Biffi;• Dra.Patrícia Silveira Zingano;• Dr.Norberto Luiz Souto Neto;• Dra. Jaqueline Paula Perini;• Dra. Leila <strong>de</strong> Oliveira Vargas;• Dra. Denise Sampaio dos Santos;• Dra.Tania Santos


Docentes se reúnem em Santa MariaReunidos na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria (UFSM), no dia 27 <strong>de</strong> agosto, osdocentes <strong>de</strong> Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado completaram o primeiro módulo docurso itinerante <strong>de</strong> Capacitação Docente, promovido pelo CREFITO-5.Com a participação <strong>de</strong> representantes <strong>de</strong> nove instituições <strong>de</strong> ensino superior, osprofessores homologaram a Comissão <strong>de</strong> Educação e aprovaram o regimento interno. Para compora Comissão foram indicados os professores Nara Ferraz, Jorge Trinda<strong>de</strong>, Luiz Henrique da Rosa,Amara Battistel e Giane Braida.Conscientes da responsa-bilida<strong>de</strong> em formar os futuros profissionais, os docentes<strong>de</strong>bateram temas voltados à ética profissional, ao perfil social e humanista, ao bacharelado e àlicenciatura, entre outras questões <strong>de</strong> interesse comum.Na oportunida<strong>de</strong>, a coor-<strong>de</strong>nadora do DEFIS, Dra. Perla Teles, apresentou osencaminhamentos sobre a Mobilização Nacional do Ato Médico, <strong>de</strong>stacando a importância <strong>de</strong>esclarecer os acadêmicos a respeito das ações que as entida<strong>de</strong>s vêm realizando em <strong>de</strong>fesa dosdireitos profissionais.O próximo encontro ficou programado para o dia 06 <strong>de</strong> novembro, em Santa Maria.SINDICATOFe<strong>de</strong>ração, Sindicato e Contribuição SindicalA FENAFITO - Fe<strong>de</strong>ração Nacional dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, é umaentida<strong>de</strong> sindical <strong>de</strong> grau superior, constituída para fins <strong>de</strong> estudo, <strong>de</strong>fesa, coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>interesses profissionais, econômicos, sociais, políticos e culturais dos Fisiotera-peutas e TerapeutasOcupacionais em todo o território nacional.A Fe<strong>de</strong>ração respeita a autonomia dos Sindicatos em sua base territorial e, sempre quesolicitada, colaborará no estudo dosproblemas que digam respeito aos interesses dos mesmos.O Sindicato está sempre associado à noção <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa com justiça da categoria profissionalque representa. Em seus mais <strong>de</strong> duzentos anos <strong>de</strong> história, o sindicalismo foi impactado pordiferentes concepções i<strong>de</strong>alísticas e teorias <strong>de</strong> ação, o que permitiu a construção <strong>de</strong> uma tipologiabastante ampla, assim como expressões políticas e históricas: anarquista, socialista, reformista,populista, etc. O importante, no entanto, é que, ao longo dos anos, o movimento sindical adquiriuum peso social e uma força <strong>de</strong>cisiva nos contextos nacionais.O que o Sindicato faz por você?O Sindicato representa a categoria junto às autorida<strong>de</strong>s administrativas e jurídicas, a fim <strong>de</strong>dar cobertura legal aos direitos profissionais, atua nas negociações coletivas, nas homologações <strong>de</strong>


contratos <strong>de</strong> trabalho, bem como nas suas <strong>de</strong>finições - piso salarial, jornada <strong>de</strong> trabalho, seguro dotrabalho, horas extras, etc...O Sindicato e a EmpresaO Sindicato é o agente mediador das relações trabalhistas, entre a empresa e o profissional,atuando como conciliador entre ambos, com o intuito <strong>de</strong> favorecer as relações <strong>de</strong> trabalho.Como ajudar o Sindicato?O Sindicato cuida da fiscalização e o cumprimento do contrato <strong>de</strong> trabalho. Para tantoqualquer irregularida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> sua diretoria. Isso só é possível se a categoriaparticipar, respeitando o código <strong>de</strong> ética e <strong>de</strong>nunciando qualquer irregularida<strong>de</strong>.Como ter um Sindicato forte e atuante?Nenhuma entida<strong>de</strong> vive sem recursos. Para ter um sindicato atuante, os profissionais <strong>de</strong>vemfiliar-se e pagar a Contribuição Sindical que é obrigatória conforme Art. 578 e 579 da C.L.T. Art.578 - “As contribuições <strong>de</strong>vidas aos sindicatos pelos que participem das categorias econômicas ouprofissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entida<strong>de</strong>s, serão sob a<strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Contribuição Sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida nesteCapítulo”.# A <strong>de</strong>nominação “Contribuição Sindical” foi dada pelo Decreto-Lei n° 27, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong>1966 (D.O. 14-11-1966).Art. 579 - A Contribuição Sindical é <strong>de</strong>vida por todo aqueles que participarem <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminadacategoria econômica ou profissional,ou <strong>de</strong> uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo damesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformida<strong>de</strong> do disposto no Art. 591.Art. 591 - Inexistindo sindicato, o percentual previsto será creditado à Fe<strong>de</strong>ração correspon<strong>de</strong>nte àmesma categoria econômica ou profissional.SERVIÇO:FENAFITOFe<strong>de</strong>ração Nacional dos Fisioterapeutas e Terapeutas OcupacionaisAv. Jabaquara, 299 - 2° Andar - CEP 04045-000 - Fone (11) 5078-7755 - S. Paulo - SP.fenafito@fenafito.com.brwww.fenafito.com.brCURSOSOutubro• A convite da Kínesis-Centro <strong>de</strong> Pesquisa e Atendimento em Fisioterapia, a Dra. SheenaCarruthers (África do Sul) estará em Porto Alegre ministrando o curso <strong>de</strong> Advanced Course-The Evaluation and Treatment of Children With Cerebral motor disturbance – The Bobathconcept. O curso será realizado <strong>de</strong> 15 a 19/10 e terá tradução paralela.Inscrições e maiores informações pelo telefone 51.33464336E-mail:kinesis@kinesisfisioterapia.com.brSite:


www.kinesisfisioterapia.com.br• A Physiovita irá realizar nos dias 16 e 17/10, no Hospital Mãe <strong>de</strong> Deus, em Porto Alegre, o curso<strong>de</strong> Radiologia da Coluna aplicada à Terapia Manual.Inscrições e maiores informações pelo telefone (51)3321.2577 ou 3333.4574.• Será realizada nos dias 20, 21, 22 e 23/10, em Joinville-SC, a 9ª Jornada Catarinense <strong>de</strong>Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica e o 1ºCongresso Sul-Brasileiro <strong>de</strong> FisioterapiaEstética e Dermato-Funcional.Inscrições e maiores informações pelo telefone 47.425.2359/425.8914.• Será realizado em Cruz Alta, <strong>de</strong> 22 a 24/10, o curso <strong>de</strong> Anatomia Palpatória & DiagnósticoFuncional.Informações e inscrições pelo telefone (54)313.8237 com Nívia ou pelo site:www.marciomoraesfisioterapia.com.br• O Dr. Márcio Ferreira <strong>de</strong> Moraes estará ministrando nos dias 22 e 23, em Cruz Alta, o curso <strong>de</strong>Anatomia Palpatória e Diagnóstico Funcional – Módulo I.Mais informações pelo telefone 54.313.8237.• No período <strong>de</strong> 24 a 26/10, em Caxias do Sul, o Dr. Márcio Ferreira <strong>de</strong> Morais estará ministrandoo curso <strong>de</strong> Fisioterapia nas Hérnias <strong>de</strong> Disco Lombares.Mais informações pelo telefone 54.313.8237 com Nívia.• Em Florianópolis, nos dias 30 e 31 <strong>de</strong> outubro será realizado o curso Hérnia Discal Lombar-Clínica e Tratamento Fisioterapêutico. Inscrições e informações pelo telefone 51.671.9921 oue-mail:marlenemuller@terra.com.br• A Valéria Figueiredo – Cursos <strong>de</strong> Fisioterapia realiza no mês <strong>de</strong> outubro, em São Paulo e noRio <strong>de</strong> Janeiro o curso internacional sobre o Método Bad Ragaz. Maiores informações pelostelefones (43) 3325-7656, 336-1107 ou 0800-437008.E-mail:vfcursos@vfcursos.com.brSite: www.vfcursos.com.br• O curso internacional sobre o Método Halliwick será realizado em São Paulo e no Rio <strong>de</strong>Janeiro, no mês <strong>de</strong> outubro. Maiores informações pelos telefones (43) 3325-7656, 336-1107 ou0800-437008. E-mail:vfcursos@vfcursos.com.brSite: www.vfcursos.com.br• O Dr. Toby Hall ministra o curso sobre o Método Mulligan em São Paulo e no Rio Gran<strong>de</strong> doSul, no mês <strong>de</strong> outubro. Maiores infor-mações pelos telefones (43) 3325-7656, 336-1107 ou0800-437008.E-mail:vfcursos@vfcursos.com.brSite: www.vfcursos.com.brNovembro• De 05 a 07/11, em Novo Ham-burgo, será realizado o curso <strong>de</strong> Anatomia Palpatória & DiagnósticoFuncional. Informações e inscrições pelo telefone (54) 313.8237 com Nívia ou pelo site:www.marciomoraesfisioterapia.com.br• Será realizado nos dias 05 e 06/11, em Chapecó-SC, o Simpósio Estadual <strong>de</strong> Dor Oro-facial&ATM – A Multidiscipli-narida<strong>de</strong> no Tratamento da Dor. O evento vai abordar temas nas


áreas da Fisioterapia, Fonoau-diologia, Odontologia, Neurolo-gia, Otorrinolaringologia, Farmáciae Psicologia. Maiores informa-ções pelo telefone (49) 329.2356 com Dra. Tatiana Sexto.• Nos dias 06 e 07/11, o Dr. Afonso S. Salgado, estará em Caxias do Sul, ministrando um curso <strong>de</strong>Eletro-terapia Clínico. O curso é dirigido a profissionais e acadê-micos <strong>de</strong> Fisioterapia.Inscrições e maiores informações pelo telefone (54) 91131804 com Karen.• Pela primeira vez, os dois únicos brasileiros autorizados pela MCTA (The Mulligan ConceptTeacher Association) estarão ministrando em Florianópolis o curso internacional “ConceitoMulli-gan”. O evento será realizado <strong>de</strong> 11 a 14 <strong>de</strong> novembro. Inscrições e informa-ções pelotelefone 51.671.9921 ou e-mail:marlenemuller@terra.com.br• O Dr. Toby Hall ministra o curso sobre o Mobilização Neural em São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro e noRio Gran<strong>de</strong> do Sul, no mês <strong>de</strong> novembro. Maiores informações pelos telefones (43) 3325-7656,336-1107 ou 0800-437008.E-mail: vfcursos@vfcursos.com.br Site:www.vfcursos.com.br• Em São Paulo e no Rio <strong>de</strong> Janeiro, no mês <strong>de</strong> novembro, o Dr.Toby Hall ministra o cursointernaconal <strong>de</strong> RPG-Sistema Australiano. Maiores informações pelos telefones (43) 3325-7656, 336-1107 ou 0800-437008.E-mail: vfcursos@vfcursos.com.brSite: www.vfcursos.com.br• A Valéria Figueiredo - Cursos <strong>de</strong> Fisioterapia realiza, em São Paulo, no mês <strong>de</strong> novembro, ocurso internacional sobre Movimento Combinado, com o Dr. Toby Hall. Maiores informaçõespelos telefones (43) 3325-7656, 336-1107 ou 0800-437008.E-mail: vfcursos@vfcursos.com.brSite: www.vfcursos.com.brDezembro• Nos dias 04 e 05 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro será realizado o curso essencial-mente prático “100 Exercícios <strong>de</strong>Escoliose”. Inscrições e informa-ções pelo telefone 51.671.9921 ou e-mail:marlenemuller@terra.com.br• Dirigido a profissionais e acadêmicos <strong>de</strong> fisioterapia a partir do 7º semestre, a Physiovitta irárealizar, nos dias 04 e 08/12, no Hotel Holliday Inn, em Porto Alegre, o Curso Básico <strong>de</strong> Cyriax.Inscrições e maiores informações pelo telefone (51)3321.2577 ou 3333.4574.• O curso internacional sobre o Método Maitland, ministrado com o Dr.Toby Hall, será realizadoem São Paulo e no Rio <strong>de</strong> Janeiro, no mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. Maiores informações pelos telefones(43) 3325-7656, 336-1107 ou 0800-437008.E-mail: vfcursos@vfcursos.com.brSite: www.vfcursos.com.brJaneiro/2005• A Clínica Angela Beatriz Varella realiza nos dias 15 e 16 um seminário sobre Fisiologia daEscoliose, Diagnóstico Precoce da Escoliose e Linhas Gerais <strong>de</strong> Tratamento Preventivo.Maiores informações pelos telefones:021.2268-6997/2288-8131.Maio a Setembro/2005


• Os Drs. Alexandre Victoni e Carlos Alberto Barreiros estarão ministrando o curso <strong>de</strong>RPG/RPM.O primeiro módulo será realizado <strong>de</strong> 25/05/2005 a 02/05/2005 e o segundo <strong>de</strong> 29/08/2005 a05/09/2005.Maiores informações pelo telefone (41) 243.4018.• O Complexo Hospitalar Pequeno Príncipe, em Curitiba – realiza <strong>de</strong> 27 a 30/08, o II CongressoInternacional <strong>de</strong> Especiali-da<strong>de</strong>s Pediátricas – Criança 2005.Maiores informações pelo telefone (41)310.1437 ou peloe-mail: <strong>de</strong>nise@hpp.org.brComissão quer conscientizar acadêmicosEm reunião realizada no dia 11 <strong>de</strong> setembro, na se<strong>de</strong> do CREFITO-5, a Comissão <strong>de</strong>Acadêmicos <strong>de</strong>bateu alternativas <strong>de</strong> inserção nas Universida<strong>de</strong>s e participação em eventos acadêmicos,como formas <strong>de</strong> conscien-tizar os estudantes sobre as questões ligadas ao exercícioprofissional.Os estudantes que com-põem a Comissão enten<strong>de</strong>m que é necessário um trabalho junto àsinstituições <strong>de</strong> ensino superior, no sentido <strong>de</strong> motivar e alertar os alunos sobre as questões éticas epolíticas das profissões <strong>de</strong> Fisioterapia e Terapia Ocupacional.O encontro teve a participação do vice-presi<strong>de</strong>nte do Conselho, Dr. Arnaldo SeixasValentim e da Conselheira Ana Clara Bonini Rocha.Lembramos que a participação na Comissão é aberta a todos estudantes interessados.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!