Produção de Carne de sol e perfil sócio econômico dos ... - SOVERGS

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Produção de Carne de sol e perfil sócio econômico dos produtores de Salinas/ MG.“Carne de sol” production and social economic profile of producers from Salinas/ MG.Alice Ferreira Drummond 1 , Thiago Moreira dos Santos 2, Wagner Luiz Moreira do Santos 3 ,Fernanda do Carmo Magalhães 11 Mestranda de Ciência Animal da Universidade Federal de Minas Gerais2 Prof. Msc. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais. IFN- SALINAS3 Prof. Dr. da Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais-UFMGPalavras-chave: carne de sol, produção, perfil sócio econômico, Salinas.IntroduçãoO produto obtido pela salga de carnes fatiadas em camadas, acompanhada da dessecaçãocom a exposição à ventilação amena da noite, denominado de carne de vento ou de sereno,é de origem Platina (Nóbrega e Schneider, 1983). A Carne de Sol é preparada pela adição dequantidades variadas de sal, seguida ou não da ação do sol e de ligeira desidratação pelaexposição ao ar, seja durante as horas diurnas ou noturnas, possui vida de prateleira curta,com validade máxima de três a quatro dias. Os objetivos deste trabalho foram: a) descrever oprocessamento; b) conhecer o perfil do produtor e c) relatar as condições Higiênico-Sanitáriase Tecnológicas/HST da elaboração e comercialização de Carne de Sol na cidade deSalinas/MG.Material e MétodosAplicou-se um questionário sócio econômico em 23 produtores da cidade de Salinas/ MG,sendo que nove forneceram amostras para as análises laboratoriais. Esse questionáriocontinha 79 perguntas divididas em subitens como: perfil do produtor, econômico,caracterização do estabelecimento e do produto. Além da aplicação do questionário oprocessamento do produto foi acompanhado e descrito. Utilizou-se o método de distribuiçãode freqüência para a análise dos dados.Processamento da Carne de SolA carne é desossada, cortada em peças menores e dividida em camadas conhecidas como“mantas”. As mantas são submetidas à etapa de salga seca, na superfície de cada mantasão realizados cortes com objetivo de melhorar a penetração do sal. Após a salga a manta édobrada com a porção gordurosa para cima e depositada em uma bandeja com sal. Asmantas permanecem nos balcões/ câmaras frigorificas (10° C) por um período entre 6 e 12horas, para maturação. A operação de tombo é realizada por 34,78 % dos produtores. Apósa maturação a carne é suspensa para que possa escoar todo líquido resultante da “purga”.A etapa de dessecação é feita por 39,13 % dos produtores de Carne de Sol e dura de 30minutos a 2 h. Após esse processamento a Carne de Sol é exposta no comércio em estufasprotegidas por telas, mas sem refrigeração.Perfil sócio econômicoOs estabelecimentos são bem construídos e possuem instalações, equipamentos eutensílios adequados. A maioria tem água tratada e esgoto, parede azulejada, sanitáriosseparados do local de elaboração e setor de venda bem definido. Observou-se que muitos

<strong>Produção</strong> <strong>de</strong> <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> <strong>sol</strong> e <strong>perfil</strong> <strong>sócio</strong> <strong>econômico</strong> <strong>dos</strong> produtores <strong>de</strong> Salinas/ MG.“<strong>Carne</strong> <strong>de</strong> <strong>sol</strong>” production and social economic profile of producers from Salinas/ MG.Alice Ferreira Drummond 1 , Thiago Moreira <strong>dos</strong> Santos 2, Wagner Luiz Moreira do Santos 3 ,Fernanda do Carmo Magalhães 11 Mestranda <strong>de</strong> Ciência Animal da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais2 Prof. Msc. Instituto Fe<strong>de</strong>ral do Norte <strong>de</strong> Minas Gerais. IFN- SALINAS3 Prof. Dr. da Escola <strong>de</strong> Veterinária, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais-UFMGPalavras-chave: carne <strong>de</strong> <strong>sol</strong>, produção, <strong>perfil</strong> <strong>sócio</strong> <strong>econômico</strong>, Salinas.IntroduçãoO produto obtido pela salga <strong>de</strong> carnes fatiadas em camadas, acompanhada da <strong>de</strong>ssecaçãocom a exposição à ventilação amena da noite, <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> vento ou <strong>de</strong> sereno,é <strong>de</strong> origem Platina (Nóbrega e Schnei<strong>de</strong>r, 1983). A <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> Sol é preparada pela adição <strong>de</strong>quantida<strong>de</strong>s variadas <strong>de</strong> sal, seguida ou não da ação do <strong>sol</strong> e <strong>de</strong> ligeira <strong>de</strong>sidratação pelaexposição ao ar, seja durante as horas diurnas ou noturnas, possui vida <strong>de</strong> prateleira curta,com valida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> três a quatro dias. Os objetivos <strong>de</strong>ste trabalho foram: a) <strong>de</strong>screver oprocessamento; b) conhecer o <strong>perfil</strong> do produtor e c) relatar as condições Higiênico-Sanitáriase Tecnológicas/HST da elaboração e comercialização <strong>de</strong> <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> Sol na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Salinas/MG.Material e Méto<strong>dos</strong>Aplicou-se um questionário <strong>sócio</strong> <strong>econômico</strong> em 23 produtores da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salinas/ MG,sendo que nove forneceram amostras para as análises laboratoriais. Esse questionáriocontinha 79 perguntas divididas em subitens como: <strong>perfil</strong> do produtor, <strong>econômico</strong>,caracterização do estabelecimento e do produto. Além da aplicação do questionário oprocessamento do produto foi acompanhado e <strong>de</strong>scrito. Utilizou-se o método <strong>de</strong> distribuição<strong>de</strong> freqüência para a análise <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>.Processamento da <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> SolA carne é <strong>de</strong>sossada, cortada em peças menores e dividida em camadas conhecidas como“mantas”. As mantas são submetidas à etapa <strong>de</strong> salga seca, na superfície <strong>de</strong> cada mantasão realiza<strong>dos</strong> cortes com objetivo <strong>de</strong> melhorar a penetração do sal. Após a salga a manta édobrada com a porção gordurosa para cima e <strong>de</strong>positada em uma ban<strong>de</strong>ja com sal. Asmantas permanecem nos balcões/ câmaras frigorificas (10° C) por um período entre 6 e 12horas, para maturação. A operação <strong>de</strong> tombo é realizada por 34,78 % <strong>dos</strong> produtores. Apósa maturação a carne é suspensa para que possa escoar todo líquido resultante da “purga”.A etapa <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssecação é feita por 39,13 % <strong>dos</strong> produtores <strong>de</strong> <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> Sol e dura <strong>de</strong> 30minutos a 2 h. Após esse processamento a <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> Sol é exposta no comércio em estufasprotegidas por telas, mas sem refrigeração.Perfil <strong>sócio</strong> <strong>econômico</strong>Os estabelecimentos são bem construí<strong>dos</strong> e possuem instalações, equipamentos eutensílios a<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong>. A maioria tem água tratada e esgoto, pare<strong>de</strong> azulejada, sanitáriossepara<strong>dos</strong> do local <strong>de</strong> elaboração e setor <strong>de</strong> venda bem <strong>de</strong>finido. Observou-se que muitos


estabelecimentos permitem que o consumidor manuseie a <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> Sol para a suaavaliação <strong>de</strong> textura, maciez e etc. Este é um costume ou cultura da região, pois o cliente sóadquire o produto se tocá-lo. Essa prática não é <strong>de</strong>sejavel, pois po<strong>de</strong> ser um <strong>dos</strong> pontosresponsáveis pela contaminação do produto, seja por agentes físicos, químicos oubiologicos (ovos <strong>de</strong> parasitos, portadores <strong>de</strong> salmoneloses, estafilococoses <strong>de</strong>ntre outros).Verificou-se a ausência <strong>de</strong> telas nas janelas em alguns estabelecimentos e a pouca ounenhuma preocupação com o combate <strong>de</strong> pragas. Assim, nenhum comerciante possuemum programa neste sentido. Outro item que chamou a atenção foi a pouca preocupaçãocom a higinepessoal. No Quadro 1 estão registra<strong>dos</strong> o <strong>perfil</strong> <strong>dos</strong> produtores <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> <strong>sol</strong>e as condições HST relatadas tanto para o produtor/comerciante como para osestabelecimentos.Quadro 1. Perfil <strong>dos</strong> produtores e caracterização <strong>dos</strong> estabelecimentos <strong>de</strong> <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> <strong>sol</strong> dacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salinas/MG.ConclusãoAs condições <strong>de</strong> produção e comercialização da <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> Sol <strong>de</strong> Salinas apresentamfavoráveis, mas po<strong>de</strong>m ser melhoradas com cursos <strong>de</strong> treinamento <strong>de</strong> Boas Práticas <strong>de</strong>Fabricação para produtores e comerciantes. As perspectivas são favoráveis, pois osprodutores apresentaram muito interesse em aperfeiçoar sua ativida<strong>de</strong>.Referências BibliográficasBRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria 368, <strong>de</strong> 08/09/97,Regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e <strong>de</strong> boas praticas <strong>de</strong>elaboração para estabelecimentos elaboradores/ industrializadores <strong>de</strong> alimentos.NÓBREGA, D, M; SCHNEIDER, I, S. Contribuição da <strong>Carne</strong> <strong>de</strong> Sol visando melhorar suaconservação. Higiene Alimentar, v.2, n.3, p. 150-154, 1983.Autor a ser contactado: Alice Ferreira Drummond. Mestranda Ciência Animal, Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais.E-mail: aliceferdrummond@yahoo.com.brAgra<strong>de</strong>cimentos: Fundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>de</strong> Minas Gerais / FAPEMIG eFEPMVZ / Tecnologia e Inspeção <strong>de</strong> Produtos <strong>de</strong> origem Animal

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