83diretamente nisso, aí foi até porque tinha um conjunto de atores como o Inmetro, o próprio Ministério da Saúde com oprograma DST/AIDS e o IDEC que pontualmente na questão de preservativos se envolveu. Então são duas coisas quecorreram em paralelo. Mas o <strong>INT</strong> já tinha tido a experiência e a decisão estratégica do final da década de 80, 88/89 paraacreditar e implantar o sistema da qualidade em laboratórios de avaliação de produtos e metrologia. Então foi um passonatural. Aí, porque o LAPOL? Porque o processo de preservativos já tinha uma regulamentação técnica que foi geradapela FIOCRUZ/ INCQS que virou portaria e tal, no início da década de 90 para avaliar preservativos dentro do contextodo programa de combate à AIDS. Então foi o caminho natural, já tendo tido a experiência do LAMEC/LAFOR, e opreservativo de uma maneira acelerada pelos atores, na época não existia a ANVISA, seja a Secretaria de VigilânciaSanitária, o Ministério da Saúde, o Inmetro e o próprio IDEC lançaram uma campanha para o estabelecimento de umprocesso de certificação, já tinham o regulamento técnico – RTQ 09/95 que foi parido para gerar a planície.Aí entrou o processo de certificação, então a implantação (do sistema da qualidade) foi uma necessidade emfunção da entrada do LAPOL no processo dos preservativos, participando não só pela questão específica da avaliação,mas também do processo de discussão da própria norma, participação na ISO, do Comitê da ISO – ISO/TC 157(Mechanical Contraceptives) específico de preservativos e também participou do processo da política que vinha sendodesenvolvida de combate à AIDS, participando o <strong>INT</strong> diretamente por estes atoresPergunta nº 2: Porque o produto preservativo masculino foi selecionado pelo <strong>INT</strong> para fazer parte deseu escopo de acreditação?Dr. Attílio Travalloni: Foi selecionado porque, embora também não estivesse muito claro no início, mas tudoencaminhava para que o <strong>INT</strong> como um órgão federal atuasse em cima de produtos onde a ação do estado tinha que sefazer presente, o que desemboca na certificação compulsória. E aí, obviamente então para o <strong>INT</strong> poder continuar eparticipar de uma maneira ampla em todas as etapas do processo tinha que se acreditar para poder fazer certificaçãocompulsória de preservativos. Isso antes de ter seu Organismo de Certificação. O Organismo de Certificação veio bemdepois (em 2001). O Organismo de Certificação foi mais um desdobramento disso de maneira mais abrangente, jácomeçou através dos preservativos, depois começamos a pensar em implantes. Eu, particularmente, na VigilânciaSanitária, depois ANVISA e Ministério da Saúde na questão dos implantes na base normativa e, o pessoal do LAPOL,trabalhando em cima de preservativos, todo esse espectro. E ao mesmo tempo, o LAMEC/LAFOR ia sendo acionadopelo Inmetro para alguns outros produtos de certificação compulsória, como capacetes e outros que surgiram no iníciocomo garrafa de álcool.Pergunta nº 3: Houve influência de agentes externos para esta escolha? Quais e qual o grau deinfluência de cada um?Dr. Attílio Travalloni: Todos estes agentes externos, com certeza. O input veio deles. Na demanda demercado, quer dizer, mercado governamental, governo, o Inmetro, o Ministério da Saúde, a ANVISA – VigilânciaSanitária, o Ministério da Saúde tinha o programa DST/AIDS e por aí foi. Então diria que o grau de influência maior, nocaso específico do LAPOL foi dos atores da saúde, Ministério da Saúde e Vigilância Sanitária que hoje é a ANVISA, oPrograma DST/AIDS e o Inmetro entrou no circuito. O Inmetro começou ao mesmo tempo que a gente, junto aoMinistério da Saúde estabelecendo as bases para levar toda a parte de avaliação de produto para a saúde para dentrodo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, isso foi concomitante.O <strong>INT</strong> participou, eu participei sim, mas eu participei como facilitador, auxiliador deste processo mais amplo,deste acerto do Ministério da Saúde com mais especificamente o que eles chamavam de correlatos, que é tudo que éproduto para a saúde e não é fármaco, não é cosmético, não é saneante, não é equipo de diagnóstico, do algodão aoautomóvel. Então isso tudo. E outro ator que também teve alguma influência nisso foi a ABIMO, que também participou
84neste processo, mas em grau muito menor. O Ministério de Ciência e Tecnologia estava começando, era de 1986. Tinhadentro do MCT, não há dúvida alguma, toda a componente TIB, que foi transladada do MDIC para o MCT, mas isto erauma componente que vinha lá do MDIC, então isto por inércia também entrou.Pergunta nº 4: Como foi o desenvolvimento da infra-estrutura para a instalação deste laboratório?Houve recursos específicos para tal? (equipamentos, treinamento, recursos humanos, etc.)Dr. Attílio Travalloni: Agora sim, na hora do financiamento, da infra-estrutura, sim. Teve o Ministério daSaúde, teve o MCT, e o aporte de recursos do próprio <strong>INT</strong>, então teve recurso específico para isso, não só para infraestrutura,mas para participação nas comissões, participação na ISO. Recursos humanos era o que tinha dentro dolaboratório, um quantitativo pequeno, até porque o LAPOL estava dentro da Divisão de Polímeros e, bolsistasefetivamente. Bolsistas foram alocados para serem treinados para isso.Continuidade disso: na participação do avanço da regulamentação técnica, quando é necessário e, na questãoque a partir de, isso já é a partir da ANVISA sim, 2000, 2000 e pouco, as compras maciças do Ministério da Saúde,DST/AIDS, para a distribuição gratuita de preservativos. Então, eu particularmente participei diretamente destequestionamento junto a DST/AIDS da forma do que tinha que ser aplicado, para tentar preservar justamente oRegulamento Técnico nacional dentro do sistema de certificação, já que outros atores da área de saúde,particularmente o INCQS da FIOCRUZ, o próprio IDEC, desconheciam as bases, inclusive conceituais deste processo.A norma do MERCOSUL surgiu também no inicio dos anos 90, mas assim como no Brasil, eles pegaram anorma ISO, eu me lembro que até na época, eu discuti muito isso, não só por causa dos preservativos, mas por causados outros, olha, não me traduz, não me rebate a norma ISO para dentro da portaria, porque norma é algo dinâmico,evolui, em tese, segundo a teoria, base teórica e conceitual da normalização, uma norma tem validade de cinco anos,no máximo, depois ela tem que ser revista, senão ela perde a efetividade. Então, não me bota a norma, disse faz aportaria citando a norma e suas atualizações, porque aí automaticamente ela entra em vigor. Mas não adianta, noMERCOSUL não houve jeito, transcreveram a norma ISO e, ela logo depois evoluiu, mudou e, a questão da certificaçãono nível do MERCOSUL ficou até hoje meio capenga, continua. Você internalizou a norma MERCOSUL? Internalizou,mas na realidade ela não é aplicada como ela é. O Brasil segue o seu curso com uma evolução normativa. Então, é umproblema do MERCOSUL, onde o principal opositor deste processo foi a Argentina.Então a norma MERCOSUL foi internalizada? Foi. Era obrigação, então foi internalizada, mas emcompensação não se usa. Você usa versões novas e isto continua deste jeito. Assim como a norma de seringas eagulhas, saiu a norma de seringas. De seringas e agulhas, o MERCOSUL fez a norma de seringas. Simplesmente estáerrado. Porque na farmácia, e em qualquer lugar, você vende muitas vezes o conjunto, seringa e agulha. Então,certificaram em duas partes e, não tem porque certificar seringa e não certificar a agulha que vai para dentro do corpohumano. Isto a ISO tem a norma toda, foi feita e o Brasil nunca internalizou, e não tem como, daquele jeito.
- Page 1 and 2:
AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRES
- Page 3 and 4:
iiiFICHA CATALOGRÁFICAS513Ficha ca
- Page 5 and 6:
vAGRADECIMENTOSAo Instituto Naciona
- Page 7 and 8:
viiABSTRACTCONFORMITY ASSESSMENT OF
- Page 9 and 10:
ixV.3 3º Eixo Estruturante: A ques
- Page 11 and 12:
xiLISTA DE TABELASTabela II.1 Marco
- Page 13 and 14:
xiiiLISTA DE SIGLASABIMOANVISADSTFI
- Page 15 and 16:
2de forma gratuita ou a baixo custo
- Page 17 and 18:
4para que o INT passasse a desempen
- Page 19 and 20:
6Figura I.1 - Inter-relação das p
- Page 21 and 22:
8das mulheres e a atual epidemia da
- Page 23 and 24:
10sexo - Brasil (1998-2007) e a inc
- Page 25 and 26:
12A resposta brasileira à epidemia
- Page 27 and 28:
14O Relatório Nacional de Acompanh
- Page 29 and 30:
16sexual e fidelidade entre parceir
- Page 31 and 32:
18Figura II.2- Logo do Ministério
- Page 33 and 34:
20transmissão sexual. Em 2006, o M
- Page 35 and 36:
22estireno/butileno/etileno/estiren
- Page 37 and 38:
24com a implantação de um sistema
- Page 39 and 40:
26II.4 O Laboratório de Avaliaçã
- Page 41 and 42:
28CAPITULO III - CONTEXTO TEÓRICO-
- Page 43 and 44:
30Uso de princípios estatísticosA
- Page 45 and 46: 32Tabela III.1 - Características d
- Page 47 and 48: 34Por determinação do Conmetro, o
- Page 49 and 50: 36Organizações Certificadas Poss
- Page 51 and 52: 38Segundo Baum (2006), em seu capí
- Page 53 and 54: 405 - Ensaio de Tipo,Avaliação e
- Page 55 and 56: 42LegislaçãoMudançasTecnológica
- Page 57 and 58: 44governamentais, movimentos de cid
- Page 59 and 60: 46eram gestores, confundindo em sua
- Page 61 and 62: 48forma positiva ou negativa pelas
- Page 63 and 64: 50A questão do balanço de interes
- Page 65 and 66: 52processos de trabalho realizados.
- Page 67 and 68: 54exemplos que estimulem a compreen
- Page 69 and 70: 56Tabela IV.2 Síntese das referên
- Page 71 and 72: 58tecnologia, energia e infra-estru
- Page 73 and 74: 60expectativa de vida dos povos das
- Page 75 and 76: 62Tabela V.2 - Necessidades básica
- Page 77 and 78: 64programas governamentais. (APRESE
- Page 79 and 80: 66masculinos), como os requisitos d
- Page 81 and 82: 68Pode-se concluir que a Avaliaçã
- Page 83 and 84: 70Notas Positivas DST-AIDS (2008).
- Page 85 and 86: 72CAPÍTULO VI - AVALIAÇÃO DOS RE
- Page 87 and 88: 74uma marca com problemas. Em julho
- Page 89 and 90: 76na Tabela VI.1. O Regulamento Té
- Page 91 and 92: 78de vida dos produtos, em seu Arti
- Page 93 and 94: 80CONSIDERAÇOES FINAISO objetivo p
- Page 95: 82APÊNDICE ITranscrição da entre
- Page 99 and 100: 86GEROFI, J. Latex Condom Manufactu
- Page 101 and 102: 88IBGC - Instituto Brasileiro de Go
- Page 103 and 104: ANEXOS90
- Page 105 and 106: E Preservativo de Borracha - Verifi
- Page 107 and 108: A amostragem e o estabelecimento do
- Page 109 and 110: F-2 CAMPO DE APLICAÇÃOEste Anexo
- Page 111 and 112: ) número de preservativos ensaiado
- Page 113 and 114: ANEXO IIRESOLUÇÃO Nº 62, DE 3 DE
- Page 115 and 116: 5.2. LarguraQuando ensaiados confor
- Page 117 and 118: Relógio comparador montado em um s
- Page 119 and 120: G.3.8. Inspecionar o preservativo q
- Page 121: ANEXO JLAVAGEMJ-1. Colocar as amost