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Organização:Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)Letícia CamposHenrique DinizVítor MamedeAutores/Colabora<strong>do</strong>res:Adenilde de Almeida (Rede GTA/ SBEP)Adriana Ramos (ISA)Ana Paula Souza (Rede GTA/FVPP)André Nahur (IPAM)Argeu Medeiros (Rede GTA/Assentamento Califórnia)Branca Americano (MMA)Edjales Benício (Rede GTA/Kanindé)Henrique Diniz (Rede GTA/OR)Izabella Teixeira (Ministra de Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Meio Ambiete)Joaquim Belo (CNS)Joci Aguiar (Rede GTA)Jorge Pinto (GTA)José Ferreira Lima (Rede GTA/Fórum Carajás)Karen Suassuna (WWF-Brasil)Letícia Campos (GTA)Lucas Mazzei (Rede GTA)Mariana Cristovam (IPAM)Natalie Unterstell (Ceclima/SDS)Oswal<strong>do</strong> Braga (ISA)Paula Moreira (IPAM)Rubens Gomes (Rede GTA)Vítor Mamede (Rede GTA/OR)Diretoria <strong>do</strong> GTA:Rubens Gomes - PresidenteAladim Alfaia - DiretorHenrique Vasconcelos - DiretorJoci Aguiar - DiretoraApoio:Esta publicação conta com o apoio da Fundação Ford.O Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> tem o apoio da Fundação Ford e Fundação Avina.Ficha catalográfica:Revista <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>/Letícia Campos, Henrique Diniz e Vítor Mamede - Brasília, DF:Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>, 2011. 20 p.1.Povos da Floresta. 2. Movimentos Sociais 3. <strong>REDD</strong> 4. Clima 5. FlorestaPara socializar a Revista <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> ainda mais o OR disponibilizou a publicação na páginaeletrônica www.<strong>observatorio</strong><strong>do</strong><strong>redd</strong>.org.br.Informações:Tel 61 3202-4452 I comunicacao@gta.org.br4


Movimentos sociaisparticipam de Consulta<strong>do</strong> Regime Nacionalde <strong>REDD</strong>+pág11Movimentos sociais eONG´s discutem entraves<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazôniapág12sumárioLinha <strong>do</strong> Tempo...............................................................................................................................6Sobre o Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>......................................................................................................8Movimentos Sociais, ONG’s e Governo discutem Estratégia Nacional de <strong>REDD</strong>+ ...................9Movimentos Sociais participam de Consulta <strong>do</strong> Regime Nacional de <strong>REDD</strong>+..........................11Movimentos Sociais e ONG´s discutem entraves <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia...................................12O Fun<strong>do</strong> Amazônia tem de atender comunidades e pequenas organizações........................13Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> realiza Oficina de Capacitação ..........................................................14Resulta<strong>do</strong>s de <strong>REDD</strong>+ da COP 16 e o Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> Brasileiro..................................15Biblioteca <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>........................................................................................17Glossário........................................................................................................................................20Organizações Integrantes <strong>do</strong> Comitê Multissetorial de Elaboração e Revisão <strong>do</strong>s Princípiose Critérios Socioambientais de <strong>REDD</strong>+..................................................................................21Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>realiza Oficina deCapacitaçãopág14


Linha <strong>do</strong>Tempo“15 de janeiro de 20112º Boletim <strong>do</strong> ORO Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> é um instrumentocria<strong>do</strong> para atender a demanda das organizaçõessociais e acompanhar o debate sobre o <strong>REDD</strong> .Joaquim BeloVice-Presidente <strong>do</strong> CNS”29 de novembro de 2010Lançamento <strong>do</strong> blogwww.<strong>observatorio</strong><strong>do</strong><strong>redd</strong>.org.br/blog1º de novembro de 2010Lançamento <strong>do</strong> Sitewww.<strong>observatorio</strong><strong>do</strong><strong>redd</strong>.org.br“15 de outubro de 2010Lançamento <strong>do</strong> Boletim <strong>do</strong> ORO <strong>REDD</strong> está cada vez mais presente nos debates eos povos da floresta devem ter uma participação efetivano processo de planejamento, tomada de decisão e emtodas as etapas relacionadas a essa ação .Rubens Gomes,Presidente <strong>do</strong> GTA”“1º de junho de 2010O Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> surge para suprira demanda de formação e capacitação <strong>do</strong>spovos da floresta e apoiar fortemente a geraçãode posicionamentos de <strong>REDD</strong> .”Vítor Mamede, Gestor Operacional<strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>6


“26 de novembro de 2010Oficina de Capacitação <strong>do</strong> OR“De 29 de novembro a10 de dezembro de 2010A participação <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong><strong>REDD</strong> na COP-16 foi muito importante, poiso tema <strong>REDD</strong> está no universo acadêmico e dasONG´s e a forma simples como o OR socializou asnotícias no Blog propiciou o acesso <strong>do</strong>s povos dafloresta .”Esse tipo de oficina é fundamental e é um instrumentode integração <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> comas comunidades, em que um <strong>do</strong>s principais exercícios élevar as informações sobre o <strong>REDD</strong> para a base .” Joci Aguiar,diretora <strong>do</strong> GTA“Ana Paula Souza(Paulinha) da FVPP“19 a 21 de outubro de 2010Consulta <strong>do</strong> Regime Nacional de <strong>REDD</strong>+ eReunião de Trabalho sobre o Fun<strong>do</strong> AmazôniaA Consulta me aju<strong>do</strong>u a entender um poucomais sobre o que é <strong>REDD</strong> e o nosso papel na implementaçãodesse mecanismo .”José Ferreira Lima(Zequinha) <strong>do</strong> Fórum Carajás.“24 de agosto de 2010Lançamento <strong>do</strong>s P&C e <strong>do</strong> ORDestaco a importância <strong>do</strong>s P&C de <strong>REDD</strong>+e <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> principalmenteneste momento de discussão <strong>do</strong> marco legal de<strong>REDD</strong> no Brasil .”Branca Americano, Secretária deMudanças Climáticas e QualidadeAmbiental <strong>do</strong> MMA7


Observatório<strong>do</strong> <strong>REDD</strong>8Os povos da floresta entendem que omecanismo de <strong>REDD</strong>, se adequadamentemonitora<strong>do</strong>, pode proporcionar novasoportunidades para a realização de ações decombate ao desmatamento edegradação florestal“”Quem somosO Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> é uma ação contínua equalificada de acompanhamento e monitoramentodas ações de Redução de Emissões por Desmatamentoe Degradação florestal (<strong>REDD</strong>), tanto em nívelfederal, quanto em nível subnacional com foconos programas estaduais e em âmbito de projetosdas iniciativas privada e pública de escala limitada.Essa central, chamada Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>,tem como finalidade a coleta e análise de da<strong>do</strong>s<strong>do</strong>s programas e projetos de <strong>REDD</strong> no Brasil, adisseminação de informações e a organização deações políticas necessária para dar transparência einfluenciar as atuações de <strong>REDD</strong>.A forma como o Fun<strong>do</strong> Amazônia vem sen<strong>do</strong>implementa<strong>do</strong>, a falta de transparência nos critériosde seleção de projetos, a falta de visão estratégicasobre o modelo de desenvolvimento e,mais ainda, sobre o entendimento <strong>do</strong> banco gestor<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia (BNDES) e o seu conceito desustentabilidade, mostra que o Fun<strong>do</strong> dificilmenteatenderá à sua missão sem uma forte mobilizaçãoda sociedade para influenciar e monitorar o seufuncionamento.Essas características levaram à construção <strong>do</strong>sPrincípios e Critérios Socioambientais de <strong>REDD</strong>+(P&C) e <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>, em uma tentativade transformar o Fun<strong>do</strong> e demais iniciativas de<strong>REDD</strong> em um instrumento útil para a proteção dafloresta e das populações que nela vivem e trabalham.HistóricoO Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> nasce da necessidadesentida pelas organizações e movimentos sociaisda Amazônia de conhecer, informar, acompanharSobre oObservatório<strong>do</strong> <strong>REDD</strong>e monitorar as políticas relacionadas às questõesde clima na Amazônia, em especial na AmazôniaBrasileira, principalmente nesse momento em queo mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamentoe Degradação florestal (<strong>REDD</strong>) conquistacada vez mais espaço no debate nacional e internacional.Os povos da floresta entendem que o mecanismode <strong>REDD</strong>, se adequadamente monitora<strong>do</strong>,pode proporcionar novas oportunidades para a realizaçãode ações de combate ao desmatamento edegradação florestal. Assim as lideranças da florestae as organizações da sociedade civil, representan<strong>do</strong>diferentes setores, perceberam a importânciada construção de um padrão nacional para osprogramas e projetos de <strong>REDD</strong> no Brasil.Para a construção e a implementação <strong>do</strong> marcoregulatório <strong>do</strong> mecanismo de <strong>REDD</strong> e para que assuas ações sejam traduzidas em reduções efetivasde desmatamento é essencial o desenvolvimentode instrumentos de acompanhamento. Evita-se, assim,que os programas e projetos de <strong>REDD</strong> geremimpactos indesejáveis, mas, ao contrário, produzamreais benefícios à conservação da biodiversidaderespeitan<strong>do</strong> e/ou resguardan<strong>do</strong> os direitos daspopulações tradicionais.A partir de um processo transparente e aberto àparticipação pública foram estabeleci<strong>do</strong>s os Princípiose Critérios Socioambientais de <strong>REDD</strong>+ (P&C),que são como padrões de referência para o desenvolvimento,a avaliação e validação de iniciativasde <strong>REDD</strong> no Brasil. Nesse senti<strong>do</strong>, o Observatório<strong>do</strong> <strong>REDD</strong> foi cria<strong>do</strong> com o intuito de complementare dar continuidade a essa proposta de integração<strong>do</strong>s povos da floresta no acompanhamento e monitoramentodas iniciativas de <strong>REDD</strong> nacionais.


Movimentos Sociais participam deConsulta <strong>do</strong> Regime Nacional de <strong>REDD</strong>+Lideranças <strong>do</strong>s povos da floresta, organizações ambientalistas e movimentossociais detalharam críticas e elaboraram propostas para políticas de redução deemissões <strong>do</strong> desmatamento e degradação.A consulta <strong>do</strong> Regime Nacional de <strong>REDD</strong>+, realizadano dia 19 de outubro de 2010, no Centro deConvenções Israel Pinheiro, em Brasília (DF), reuniulideranças indígenas e de comunidades tradicionais,organizações não governamentais e movimentos sociais,para discutir iniciativas em curso de Redução deEmissões por Desmatamento e Degradação florestal,conservação, manejo sustentável das florestas e aumento<strong>do</strong>s estoques florestais (<strong>REDD</strong>+).O evento surgiu com intuito de atender a necessidade<strong>do</strong>s povos da floresta de participar <strong>do</strong> processode construção <strong>do</strong> Regime Nacional de <strong>REDD</strong>+, protagoniza<strong>do</strong>pelo Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente (MMA),e de estimular a troca de informações e experiênciaspara elaborar um <strong>do</strong>cumento com o posicionamentosobre o tema.O <strong>do</strong>cumento elabora<strong>do</strong> durante a consulta consoli<strong>do</strong>uaspectos de repartição de benefícios, tema aborda<strong>do</strong>pelo GT2 no processo de construção <strong>do</strong> RegimeNacional de <strong>REDD</strong>+. Para isso, foram forma<strong>do</strong>s quatrogrupos, sen<strong>do</strong> eles: indígenas, comunidades extrativistas,agricultores familiares e técnicos.Um <strong>do</strong>s principais resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s foi que omecanismo de <strong>REDD</strong>+ deve ser estabeleci<strong>do</strong> de formatransparente e participativa, ou seja, por meio de umarelação de “baixo para cima”, com o entendimento everdadeiro envolvimento por parte das comunidades.A versão final <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento construí<strong>do</strong> a Consulta<strong>do</strong> Regime Nacional de <strong>REDD</strong>+ está disponível no site<strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>.Essa foi uma promoção <strong>do</strong> Grupo de TrabalhoAmazônico (GTA), Instituto Socioambiental (ISA) eWWF-Brasil, com apoio <strong>do</strong> Conselho Nacional dasPopulações Extrativistas (CNS), Confederação Nacional<strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res na Agricultura (CONTAG), Coordenaçãodas Organizações Indígenas da AmazôniaBrasileira (COIAB), Rede Povos da Floresta, Grupo deTrabalho de Manejo Florestal Comunitário e Institutode Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).“ ”O <strong>REDD</strong> é um mecanismo que está na discussão nacional e internacional sobre mudanças climáticas, contu<strong>do</strong> nós,lideranças, não éramos incluí<strong>do</strong>s nesse debate. A consulta realizada pelo Observatório propiciou a nossa participação .Argeu Medeiros, Membro <strong>do</strong> Conselho Deliberativo <strong>do</strong> GTA11


Movimentos sociais e ONG´sdiscutem entraves <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> AmazôniaPor: Adriana Ramos, Secretária Executiva <strong>do</strong> Instituto Socioambiental (ISA)Em outubro de 2010, quan<strong>do</strong> o Fun<strong>do</strong> Amazôniacompletava pouco mais de <strong>do</strong>is anos de funcionamento,realizamos a oficina sobre o Fun<strong>do</strong> Amazônia. O eventoconsoli<strong>do</strong>u entre as organizações da sociedade civil e movimentossociais a convicção de que a criação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> éuma vitória da sociedade brasileira e que devemos assegurarque ele cumpra sua finalidade de “captar <strong>do</strong>açõespara investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção,monitoramento e combate ao desmatamento, ede promoção da conservação e <strong>do</strong> uso sustentável dasflorestas no bioma amazônico”, ten<strong>do</strong> como público-alvoprioritário as comunidades tradicionais, povos indígenas,assentamentos e agricultores familiares.No entanto, é consenso entre as organizações que algumasadequações tornam-se necessárias para atender aessa prioridade. Para as lideranças presentes ao encontro,é fundamental que o acesso direto aos recursos por meiode suas próprias organizações seja assegura<strong>do</strong>. Participaram<strong>do</strong> evento, representantes <strong>do</strong> Grupo de TrabalhoAmazônico – GTA, Conselho Nacional das PopulaçõesExtrativistas – CNS, Coordenação das Organizações Indígenasda Amazônia Brasileira – COIAB e ConfederaçãoNacional <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res na Agricultura – CONTAG.Alguns <strong>do</strong>s aspectos críticos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> debati<strong>do</strong>s naoficina foram: os custos envolvi<strong>do</strong>s no processo de negociação<strong>do</strong>s projetos, que envolvem viagens e emissão de<strong>do</strong>cumentos, além <strong>do</strong>s recursos humanos, que a maiorparte das organizações não tem como justificar para suasfontes de recursos.As limitações apresentadas pelo BNDES para a inclusãonos projetos de custos relativos ao funcionamento dasorganizações (aluguel, salários e outros custos indiretos)também contribuem para que o Fun<strong>do</strong> acabe privilegian<strong>do</strong>organizações maiores, que contam com outras fontesde apoio, utilizadas como contrapartida ou que possuemcapital excedente para fazer esses investimentos.O relato das experiências de negociação também evidencioua inadequação <strong>do</strong> formulário de apresentaçãode projetos, uma vez que o volume de informações complementaressolicita<strong>do</strong> aos proponentes pode chegar amais de 50 pedi<strong>do</strong>s. Algumas pequenas adequações jáforam feitas, mas ainda assim não foram suficientes paragarantir que o preenchimento contemple a maior partedas informações necessárias à compreensão <strong>do</strong> projeto.Questões relativas a prazos, valores e custos administrativos<strong>do</strong>s projetos não têm parâmetros previamentedefini<strong>do</strong>s, fican<strong>do</strong> a cargo da equipe de negociação o estabelecimentodas regras aplicáveis a cada caso. Reduziressa assimetria e criar parâmetros mais claros é uma dasquestões fundamentais para dar ao Fun<strong>do</strong> maior transparência.Para muitas organizações, a análise <strong>do</strong>s projetos<strong>do</strong> BNDES dá prioridade aos aspectos administrativos eburocráticos, deixan<strong>do</strong> as questões relativas à qualidadee à eficácia das propostas em segun<strong>do</strong> plano. Monitoraras iniciativas já aprovadas para analisar de mo<strong>do</strong> consistentea eficiência das estratégias planejadas é uma dasformas de dar mais elementos à própria equipe <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>para a análise técnica de novas propostas.Os participantes da oficina discutiram ainda propostaspara o apoio a pequenos projetos de produção sustentável,tema em discussão no âmbito <strong>do</strong> Conselho Orienta<strong>do</strong>r(COFA), e os fun<strong>do</strong>s de pequenos projetos. Analisaramtambém a possibilidade de definição pelo COFAde apoio via demanda induzida que permita fomentarprojetos nas linhas temáticas e públicos-alvo considera<strong>do</strong>sprioritários.As recomendações ao Fun<strong>do</strong> Amazônia serão levadaspela representação da sociedade civil e movimentos sociaisao COFA, para que sejam consideradas pelos demaismembros <strong>do</strong> colegia<strong>do</strong> e pelo BNDES.O Fun<strong>do</strong> Amazônia tem hoje 13 projetos aprova<strong>do</strong>s,sen<strong>do</strong> sete iniciativas de órgãos de governo e seis de organizações<strong>do</strong> terceiro setor. O total de recursos aprova<strong>do</strong>schega a quase R$ 190 milhões.O desafio de garantir o acesso de organizações locaisaos recursos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> será a prioridade da sociedade civile movimentos sociais em 2011.12


O Fun<strong>do</strong> Amazônia tem de atendercomunidades e pequenas organizaçõesPor: Oswal<strong>do</strong> Braga de Souza, Jornalista <strong>do</strong> Instituto Socioambiental (ISA) e De Olho no Fun<strong>do</strong> AmazôniaFoi unânime o diagnóstico feito na oficina realizada emoutubro, em Brasília-DF, com representantes da sociedadecivil e movimentos sociais sobre o Fun<strong>do</strong> Amazônia: os procedimentos<strong>do</strong> Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) tornam impossível o acesso de pequenasorganizações e comunidades ao fun<strong>do</strong>, cria<strong>do</strong> em 2008pelo governo e geri<strong>do</strong> pelo banco para captar recursos de<strong>do</strong>ações e investi-los em prevenção, monitoramento e combateao desmatamento, conservação e uso sustentável dabiodiversidade.O evento apresentou análises e relatos de organizaçõesque monitoram as operações <strong>do</strong> BNDES ou negociaramprojetos com o fun<strong>do</strong>. De acor<strong>do</strong> com essas instituições, oprocesso de avaliação de propostas <strong>do</strong> banco é semelhanteàquele usa<strong>do</strong> para financiar grandes empresas. O resulta<strong>do</strong>é que até agora apenas grandes ONGs e órgãos públicos,com boa assessoria técnica, conseguiram aprovar projetos.O custo administrativo para elaborar e negociar projetos foiaponta<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s principais obstáculos para acessaros recursos.Ao final <strong>do</strong> evento, foram elaboradasrecomendações que serãoencaminhadas ao Conselho Orienta<strong>do</strong>r(COFA) <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> pela representaçãoda sociedade civil. Paraos participantes, o banco precisaser mais transparente e diminuir asexigências burocráticas para a assinaturade contratos. O grupo forma<strong>do</strong>durante a reunião para discutirformas de facilitar o acesso de pequenas organizaçõespropôs a diminuição <strong>do</strong> número de etapas na avaliação <strong>do</strong>sprojetos. Outra proposta foi criar fun<strong>do</strong>s de pequenas iniciativasque possam descentralizar a distribuição de recursos.Organizações e redes que participaram <strong>do</strong> evento pretendembuscar outros fóruns e interlocutores dentro <strong>do</strong> governopara discutir alterações nos procedimentos <strong>do</strong> fun<strong>do</strong>.Cerca de 70 pessoas estiveram na reunião, entre representantesde ONGs ambientalistas, <strong>do</strong> Grupo de TrabalhoAmazônico (GTA), Coordenação das Organizações Indígenasda Amazônia Brasileira (COIAB), Conselho Nacional dePopulações Extrativistas (CNS) e Confederação Nacional deTrabalha<strong>do</strong>res na Agricultura (CONTAG). O evento foi organiza<strong>do</strong>pelo ISA, GTA e WWF, com apoio dessas redes e <strong>do</strong>Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).ExclusãoA Oficina foi de fundamental importância, poisagregou conhecimento <strong>do</strong> que é <strong>REDD</strong> e decomo funciona to<strong>do</strong> o sistema <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia.Considero muito importante atender asbases, como está sen<strong>do</strong> feito pelo Observatório<strong>do</strong> <strong>REDD</strong>, embora essa seja também uma obrigação<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> desenvolver políticas públicas.Adenilde de Almeida, Membro <strong>do</strong> Conselho Fiscal <strong>do</strong> GTA“A discussão foi importante para esclarecer dúvidas eapontar alternativas para aprimorar o tratamento <strong>do</strong> BN-DES ao público que deve ser beneficia<strong>do</strong> pelo fun<strong>do</strong>”, disseAdriana Ramos, secretaria executiva adjunta <strong>do</strong> ISA e representanteda sociedade civil no COFA pelo Fórum Brasileirode ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambientee Desenvolvimento (FBOMS). Ela explicou que as recomendaçõesfeitas durante a reunião estão sen<strong>do</strong> encaminhadasao conselho com o objetivo de se definir uma agenda dedebates sobre esses temas.“A análise de propostas feita pelo fun<strong>do</strong> é muito maiscontábil e financeira <strong>do</strong> que conceitual. Em certo nível, osprojetos não estão sen<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong>s por seu mérito”, criticouOsval<strong>do</strong> Stela, coordena<strong>do</strong>r de projetos <strong>do</strong> IPAM. A organizaçãonegocia há quase <strong>do</strong>is anos financiamento parauma iniciativa e, segun<strong>do</strong> Stela, já gastou pelo menos R$ 15mil para elaborá-la e discuti-la com a equipe <strong>do</strong> fun<strong>do</strong>. “Setodas essas exigências feitas na avaliação estivessem conseguin<strong>do</strong>levar o dinheiro até as comunidades, eu concordaria.Mas têm servi<strong>do</strong> para beneficiar quem tem recursosexcedentes e excluir quem não tem financiamento externoe estrutura.”Os participantes destacaram anecessidade desses custos administrativosde elaboração e gestão <strong>do</strong>sprojetos serem cobertos pelo Fun<strong>do</strong>Amazônia. Outra proposta feita nareunião foi instituir uma linha de financiamentopara fortalecimento institucionaldas organizações, para treinarseus funcionários e capacitá-los.“Deveríamos avaliar a compatibilizaçãoda atuação <strong>do</strong> Poder Públicocom os objetivos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia. Isso é a referência paraanalisar sua eficácia. A política de desenvolvimento vigentehoje para a Amazônia está devastan<strong>do</strong> a região”, ponderouMateus Otterloo, representante <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Dema. De acor<strong>do</strong>com ele, o número e o tipo de qualificação <strong>do</strong>s funcionários<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia são claramente insuficientes.Repetidas falas durante a reunião lembraram que oBNDES é hoje o principal financia<strong>do</strong>r de grandes projetosde infraestrutura, mineração e agropecuária na Amazônia,considera<strong>do</strong>s promotores <strong>do</strong> desmatamento e concentra<strong>do</strong>resde renda. Para a maioria <strong>do</strong>s participantes, o bancoprecisa mudar sua estratégia para a região ou o Fun<strong>do</strong>Amazônia acabará servin<strong>do</strong> para tentar mitigar os impactosque os próprios investimentos <strong>do</strong> BNDES provocam. Umanova estratégia para a região deveria prever a avaliação<strong>do</strong>s impactos conjuntos, negativos e positivos, <strong>do</strong>s projetosfinancia<strong>do</strong>s pelo banco, incluin<strong>do</strong> aqueles custea<strong>do</strong>s peloFun<strong>do</strong> Amazônia, de mo<strong>do</strong> a aferir se ele de fato cumprecom seu objetivo: combater o desmatamento e estimular odesenvolvimento sustentável.13


“O <strong>REDD</strong> é um tema bastante relevante nas questões climáticas, de desmatamento e emissõesde CO². O Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> levou essa mensagem para um público diversifica<strong>do</strong>,”jovem e popular, durante um evento Pan-Amazônico, e isso é um grande diferencial .Jorge Pinto, Regional Marajó <strong>do</strong> GTAObservatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> realiza:Oficina de Capacitação em Satarém - PAO Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> realizou, no dia 26 de novembro de 2010, a Oficina de Capacitação <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong><strong>REDD</strong>, cujo objetivo era nivelar os conceitos, analisar as políticas relacionadas a mudanças climáticas consideradasprioritárias e definir posicionamentos e estratégias de influência sobre essas políticas.O evento, que ocorreu durante o Fórum Pan Amazônico em Santarém/PA reuniu cerca de 80 lideranças indígenase de comunidades tradicionais, universitários, representantes de organizações não governamentais e sociedade civil.De acor<strong>do</strong> com os participantes a diversidade <strong>do</strong> público possibilitou a troca de informações e experiências sobreas iniciativas relacionadas ao mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal, conservação,manejo sustentável das florestas, aumento <strong>do</strong>s estoques florestais (<strong>REDD</strong>+).“Esse tipo de oficina é fundamental, pois é um instrumento de participação e integração <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> com ascomunidades e movimento sociais, em que um <strong>do</strong>s principais exercícios é também levar as informações acerca <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> aospovos da floresta”. Joci, diretora <strong>do</strong> GTA,Um <strong>do</strong>s papéis <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> é acompanhar e monitorar as políticas de <strong>REDD</strong> de forma a resguardarque as ações de redução de emissões por desmatamento e degradação produzam reais benefícios à conservação dabiodiversidade e respeite os direitos das populações da floresta.14A Oficina de Capacitação <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> foi uma realização <strong>do</strong> Observatório em parceria com o ComitêMultissetorial de Elaboração e Revisão <strong>do</strong>s Princípios e Critérios Socioambientais de <strong>REDD</strong>+, Grupo de Trabalho Amazônico(GTA), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e Instituto Socioambiental (ISA).


Resulta<strong>do</strong>s de <strong>REDD</strong>+ da COP 16 e o Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> BrasileiroPor Mariana Christovam, Pesquisa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Programa de Mudanças Climaticas <strong>do</strong> IPAM ePaula Franco Moreira, Advogada e Pesquisa<strong>do</strong>ra Colabora<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> IPAMA 16ª Conferência das Partes (COP 16) no México superouas expectativas de grande parte da sociedade civil queacompanha as negociações sobre Mudança <strong>do</strong> Clima. Apesarde não se ter obti<strong>do</strong> um acor<strong>do</strong> com força legal para aredução de emissões, as Partes da Convenção (países) conseguirama<strong>do</strong>tar um pacote de medidas importantes, fortalecen<strong>do</strong>a credibilidade no processo de tomada de decisõesque havia se perdi<strong>do</strong> em Copenhague (COP15).Dentre as decisões a<strong>do</strong>tadas no âmbito da Conferência<strong>do</strong> Clima organizada pela ONU (UNFCCC), em Cancun,México, pode-se dizer que a mais completa foi adecisão sobre <strong>REDD</strong>+ (“Abordagens políticas e incentivospositivos sobre questões relacionadas com a redução dasemissões por desmatamento e degradação florestal, e opapel da conservação, manejo sustentável de florestas eaumento <strong>do</strong>s estoques de carbono das florestas nos paísesem desenvolvimento”) 1 .A decisão incluiu elementos chaves. Dentre estes,destacam-se:• Objetivo global para <strong>REDD</strong>+ 2 e definição das atividadesque poderão ser incluídas no mecanismo;• Desenvolvimento de: uma estratégia nacional de<strong>REDD</strong>+ ou plano de ação; um cenário de referêncianacional das emissões florestais; um sistematransparente de monitoramento e comunicaçãonacional e um sistema de informações sobre salvaguardassocioambientais;• Implementação das atividades em três fases: 1ªfase (preparação): elaboração de uma estratégiaou plano nacional, com políticas e medidas econstrução de capacidades; 2ª fase (implementação):implementação da estratégia nacional, comaprofundamento das capacitações com desenvolvimentoe transferência de tecnologia e atividadesde demonstração; 3ª fase (pagamentos porresulta<strong>do</strong>s): implementação de ações baseadasem resulta<strong>do</strong>s que serão medi<strong>do</strong>s, verifica<strong>do</strong>s ecomunica<strong>do</strong>s.Do mesmo mo<strong>do</strong>, o texto deixou claro o papel <strong>do</strong>spaíses desenvolvi<strong>do</strong>s no mecanismo: eles passarão a tera responsabilidade de fornecer apoio financeiro e lidarcom atividades gera<strong>do</strong>ras de desmatamento, que vemsen<strong>do</strong> estimuladas por eles como, por exemplo, comprade madeira ilegal e produtos agropecuários (como a sojae a carne bovina) cultiva<strong>do</strong>s em áreas desmatadas e/oudegradadas nos países em desenvolvimento.No texto da decisão é apresenta<strong>do</strong> ainda um guiade orientações e salvaguardas que devem ser respeitadasquan<strong>do</strong> da implementação das atividades de <strong>REDD</strong>+.Dessa forma, as atividades de <strong>REDD</strong>+ a serem implementadasdevem combater as mudanças climáticas, porémpromoven<strong>do</strong> a integridade ambiental e levan<strong>do</strong> em consideraçãoas múltiplas funções das florestas (co-benefícios)e outros ecossistemas, bem como o desenvolvimentosustentável e a redução da pobreza.Assim, a decisão de Cancun traz Orientações e Salvaguardaspara os países em desenvolvimento implementaremações de <strong>REDD</strong>+. As salvaguardas socioambientaisque os países em desenvolvimento devem respeitar,promover e apoiar, ao realizarem ações de <strong>REDD</strong>+ e serinclusive acompanhadas por um Sistema de Informações,são as seguintes:1. as ações devem complementar ou ser consistentescom os objetivos <strong>do</strong>s programas florestais nacionaise com os acor<strong>do</strong>s e convenções internacionaisrelevantes;2. as estruturas de governança florestal devem serefetivas e transparentes, levan<strong>do</strong> em consideraçãoa soberania e a legislação nacional;3. o conhecimento e os direitos <strong>do</strong>s povos indígenase comunidades tradicionais devem ser respeita<strong>do</strong>s,levan<strong>do</strong> em consideração as leis e circunstânciasnacionais de cada país, consideran<strong>do</strong> quea Assembléia Geral da ONU a<strong>do</strong>tou a Declaraçãoda ONU sobre os direitos <strong>do</strong> povos indígenas;4. a participação plena e efetiva das partes interessadas(stakeholders) relevantes, em particular ospovos indígenas e comunidades tradicionais e;5. as ações devem ser consistentes com a preservaçãodas florestas naturais e da diversidade biológica,garantin<strong>do</strong> que as ações de <strong>REDD</strong>+ nãosejam usadas para a conversão de florestas naturais,mas ao contrário, venham a incentivar a proteçãoe conservação das florestas naturais e <strong>do</strong>sserviços ambientais presta<strong>do</strong>s por ela, de forma apromover outros benefícios sociais e ambientais.O texto contém também uma parte específica sobreas “Consequências sociais e econômicas das Medidas deResposta à Mudança Climática”, que incluem ações de<strong>REDD</strong>+. Nessa sessão determina-se a criação de um Fórumsobre o Impacto da Implementação das Medi-[1] Link para as decisões <strong>do</strong> Grupo de trabalho Ad-Hoc de ações cooperativas à longo prazo (AWG-LCA): http://unfccc.int/files/meetings/cop_16/application/pdf/cop16_lca.pdf[2] O texto explicita que “(...) no contexto de provisão adequada e previsível de apoio (financeiro) as Partes representadas pelos países em desenvolvimento, deverão coletivamentebuscar diminuir, deter e reverter a perda de cobertura florestal e de carbono, de acor<strong>do</strong> com as circunstâncias nacionais, em consonância com o objetivo final daConvenção, como estabeleci<strong>do</strong> no artigo 2 º.”15


16das de Resposta, que deverá subsidiar órgãos técnicos(SBSTA) e de implementação da Convenção (SBI). Issoquer dizer que, na prática, este Fórum poderá ter umafunção de acompanhamento e relatoria sobre a implementaçãoe o cumprimento <strong>do</strong>s preceitos legais da Declaração<strong>do</strong>s Direitos <strong>do</strong>s Povos Indígenas da ONU, nodesenvolvimento da estratégia nacional de <strong>REDD</strong>+ nospaíses em desenvolvimento.E o que essa decisão representa em termos práticospara a luta <strong>do</strong>s povos da floresta por maior engajamentonas discussões de <strong>REDD</strong>+?Ao fazer referência explicita à necessidade de cumpriras salvaguardas socioambientais e se haver engajamentoda sociedade civil, povos indígenas e comunidadestradicionais no processo de desenvolvimentoe implementação das atividades de <strong>REDD</strong>+, a decisãoreforça a importância da necessidade de dar continuidadee fortalecer os grupos de trabalho que vêm discutin<strong>do</strong>os arranjos institucionais, a repartição de benefícios de<strong>REDD</strong>+, as salvaguardas socioambientais e os mecanismose fontes de financiamento para a construção de um regimenacional de <strong>REDD</strong>+ para o Brasil. Tais discussões secretariadaspelo Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente podem passar aobter apoio financeiro para garantir a efetiva participaçãode representantes de movimentos sociais nestes grupos,que até então não podiam estar presentes fisicamente nasreuniões que tiveram lugar somente em Brasília-DF.Em segun<strong>do</strong> lugar, a decisão condiciona financiamentoàs atividades de <strong>REDD</strong>+ ao apoio e promoçãodas salvaguardas socioambientais. Isso significaque os países vão precisar mostrar que estão protegen<strong>do</strong>suas florestas naturais e que estão envolven<strong>do</strong> associedades que delas dependem na elaboração de suasestratégias de <strong>REDD</strong>+ para receber financiamento. Dessaforma torna-se evidente a necessidade de se a<strong>do</strong>tar práticase ações que melhorem a governança florestal <strong>do</strong>spaíses, o que deve trazer resulta<strong>do</strong>s diretos a melhoria devida de pessoas que vivem na floresta e dela dependemcomo fonte de subsistência. Além <strong>do</strong> mais, essa é umaforma de dar maior controle aos povos das florestas, quedependem <strong>do</strong>s recursos naturais das florestas sobre osdiferentes financiamentos para ações de <strong>REDD</strong>+ no paíse a conseqüente direção de desenvolvimento que o paísdeve a<strong>do</strong>tar.Percebe-se que esse é um momento único de fazervaler a capacidade da sociedade civil de desenvolver eapresentar propostas tanto para a criação <strong>do</strong> Sistema deInformação, quanto para o Fórum sobre o Impacto daImplementação das Medidas de Mitigação. Para tanto, osexemplos forneci<strong>do</strong>s pela própria sociedade civil brasileiracom o fim de acompanhar e monitorar ações, projetos,programas e políticas de <strong>REDD</strong>+, como o os Princípiose Critérios socioambientais de <strong>REDD</strong> e o arranjo institucionalfruto desse mesmo processo, o Observatório <strong>do</strong><strong>REDD</strong>+, cria<strong>do</strong> para monitorar as políticas e iniciativas de<strong>REDD</strong>, podem e devem ser usa<strong>do</strong>s. Ao mesmo tempo,isso pode ainda significar recursos extras para que estemodelo de processo de consulta e elaboração de salvaguardassocioambientais seja exporta<strong>do</strong> a outros países/regiões que ainda não sabem exatamente como desenvolvê-lo,como já é o caso de diversos países africanosque vem demonstran<strong>do</strong> grande interesse em conhecermelhor esses processos.Após o Brasil ter si<strong>do</strong> o primeiro país em desenvolvimentoa ter regulamenta<strong>do</strong> sua meta de redução degases de efeito estufa, por meio de um decreto lança<strong>do</strong>durante a COP16, o país poderá novamente dar o seuexemplo, relatan<strong>do</strong> ao mun<strong>do</strong> sua experiência quanto aimplementação de salvaguardas socioambientais no processode construção de seu regime nacional de <strong>REDD</strong>+,utilizan<strong>do</strong>-se para isso de um arranjo institucional cria<strong>do</strong>pela própria sociedade civil, o Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>.


Biblioteca <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>Fun<strong>do</strong> Amazônia: esta<strong>do</strong> atual e perspectivasda sociedade civil e <strong>do</strong>s movimentos sociaisDentre as políticas nacionais brasileiras para a mitigação e adaptação às mudanças climáticasdestaca-se a criação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia. Originalmente idealiza<strong>do</strong> pelo Serviço Florestal Brasileiro i oFun<strong>do</strong>, hoje geri<strong>do</strong> pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tem comoobjetivo investir em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoçãoda conservação e <strong>do</strong> uso sustentável das florestas <strong>do</strong> bioma amazônico. Atualmente o Fun<strong>do</strong> contacom um aporte de 107 milhões de dólares originários <strong>do</strong> Governo Norueguês e 21 milhões de euros<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s pelo Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW).A criação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia é uma iniciativa importante <strong>do</strong> governo brasileiro. Seus objetivosvão ao encontro <strong>do</strong>s anseios da sociedade civil brasileira de combate ao desmatamento florestal, deconservação da biodiversidade amazônica e de redução das emissões de gases de efeito estufa. OFun<strong>do</strong> Amazônia atende, também, às expectativas da comunidade internacional quanto à manutençãoe uso sustentável das florestas tropicais no Brasil e em particular da Amazônia Brasileira.Embora o desmatamento da Amazônia contribua com 2,5 % das emissões globais (o uso decombustíveis fósseis representa 75% das emissões ii, iii, iv ) a criação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia é uma respostaclara <strong>do</strong> governo e da sociedade civil e movimentos sociais brasileiros de luta contra o desmatamentoe em defesa da conservação <strong>do</strong>s ecossistemas amazônicos. O GTA apoiou a sua criação e quer ocumprimento <strong>do</strong>s seus objetivos, os quais, uma vez atendi<strong>do</strong>s, gerarão ganho para a qualidade de vida<strong>do</strong>s povos da floresta. Entretanto, o fun<strong>do</strong> enseja aperfeiçoamentos.O Fun<strong>do</strong> foi cria<strong>do</strong> para ser acessa<strong>do</strong> não somente por Governos (federal, estadual, municipal),Empresas, ONGs, Instituições e Universidades por meio de projetos não reembolsáveis, mas tambémpor entidades representativas das comunidades locais. A sua estrutura de gestão, implementada peloBNDES, carece de mecanismos de controle social, tanto na destinação <strong>do</strong>s recursos, quanto no controlee monitoramento da execução <strong>do</strong>s projetos aprova<strong>do</strong>s e em execução. Em parte, isso se deve ao fatode que o BNDES tem tradição e experiência reconhecida na gestão de fun<strong>do</strong>s de desenvolvimento,porém pouca ou nenhuma experiência na gestão de fun<strong>do</strong>s socioambientais, ou na incorporação degarantias socioambientais nos seus projetos de desenvolvimento.Para a gestão <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia, o BNDES se esforçou crian<strong>do</strong> o Comitê Orienta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>Amazônia (COFA) e permitin<strong>do</strong> o assento à representantes de ONG’s socioambientais e movimentossociais entre os seus membros. Porém, em razão <strong>do</strong> caráter meramente consultivo <strong>do</strong> Comitê, aparticipação da sociedade civil no Fun<strong>do</strong> não influencia nas decisões tomadas pelo Banco. As orientaçõespropostas pelo Comitê podem ser atendidas ou não, pela gestão <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>. Como resulta<strong>do</strong>, osrecursos são aplica<strong>do</strong>s sem transparência e sem controle efetivo da sociedade.O Fun<strong>do</strong> Amazônia contratou nove projetos desde a sua criação, nesses quase três anos de criação.Os recursos não estão sen<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong>s na velocidade necessária à urgência <strong>do</strong> problema. A demora naaprovação <strong>do</strong>s projetos poderia significar um zelo <strong>do</strong> Banco na destinação <strong>do</strong>s recursos, o que parecenão ser a realidade. Segmentos da sociedade civil brasileira, e internacional criticam algumas escolhasfeitas pelo Banco.i Serviço Florestal Brasileiro: autarquia <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente.ii Le Quéré, C., M. R. Raupach, J. G. Canadell, G Marland, L. Bopp, P. Ciais, T. J. Conway, S. C. Doney, R. Feely, P. Foster, P. Friedlingstein, K. Gurney, R. A.Houghton, J. I. House, C. Huntingford, P.E. Levy, M. R. Lomas, J. Majkut, N. Metzl, J. P. Ometto, G. P. Peters, I. C. Prentice, J. T. Randerson, S. W. Running,J. L. Sarmiento, U. Schuster, S. Sitch, T. Takahashi, N. Viovy, G. R. van der Werf, F. I. Woodward. Trends in the sources and sinks of carbon dioxide. NatureGeosciences, November 17 2009.iii Aguiar, A.P., J.Ometto,C. Nobre, G. Câmara, K. Longo, R. Alvalá, R. Araújo, J.V. Soares, D. Valeriano, C. Almeida, I. Vieira, A. Almeida. Estimativa dasemissões de CO2 por desmatamento na Amazônia Brasileira. Relatório Técnico Sintético, INPE, Novembro 2009. Disponível em http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/Emissoes_CO2_2009.pdfiv incluin<strong>do</strong> a uso de combustíveis fosseis por cimenteiras.17


A falta de experiência <strong>do</strong> Banco na gestão de fun<strong>do</strong>s ambientais e sociais dificulta o acesso de organizaçõessociais aos recursos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia. São recorrentes as reclamações de organizações quanto às exigências feitasBNDES durante a avaliação <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s de financiamento, muitas vezes inadaptadas às características de projetossocioambientais, o que alonga o tempo de análise <strong>do</strong>s projetos e aumenta os custos de acompanhamento <strong>do</strong>spedi<strong>do</strong>s de financiamento.A “expressa” burocracia <strong>do</strong> BNDES inviabiliza uma participação efetiva <strong>do</strong>s povos da floresta, cujas organizaçõesnão têm a capacidade humana e os recursos financeiros para acompanhar a longa trajetória de avaliação <strong>do</strong>sprocessos de financiamento. Entre os nove projetos aprova<strong>do</strong>s pelo Banco, quatro são <strong>do</strong>s Governos Estaduais <strong>do</strong>Acre, Amazonas, Mato Grosso e Pará, e cinco pertencem a grandes ONG’s: Projetos apresenta<strong>do</strong>s pela TNC Brasil,Sementes <strong>do</strong> Portal <strong>do</strong> Instituto Ouro Verde (IOV), Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), Fun<strong>do</strong> Brasileiro para aBiodiversidade (Funbio), Instituto <strong>do</strong> Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e o Programa Bolsa Floresta daFundação Amazonas Sustentável – FAS.As exigências feitas pelo BNDES aos grandes grupos industriais toma<strong>do</strong>res de empréstimos são as mesmas feitasàs entidades representantes das comunidades da floresta. O Comitê já se pronunciou sobre essas dificuldades. Foisugerida ao BNDES a a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong> modelo das agências implementa<strong>do</strong>ras para facilitar o acesso das comunidades aosrecursos <strong>do</strong> fun<strong>do</strong>, a sociedade civil e os movimentos sociais já participaram de diversos encontros para discutir estemodelo, porém pouco se avançou.O Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong> participa ativamente das discussões sobre o Fun<strong>do</strong> Amazônia porque entende que,embora existam lacunas importantes na condução <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>, pensamos que “desconstruir” o processo não sejaa solução para o problema. Nós podemos ajudar na estruturação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> contribuin<strong>do</strong> com instrumentos demonitoramento e avaliação <strong>do</strong>s projetos. Os Princípios e Critérios Socioambientais de <strong>REDD</strong>+ e o Observatório <strong>do</strong><strong>REDD</strong> são exemplos desses instrumentos.A expectativa de lideranças de comunidades locais da Amazônia em relação ao Fun<strong>do</strong> Amazônia está voltada paraa viabilização de processos de inclusão social e econômica que garantam a sustentabilidade de suas comunidades ea proteção <strong>do</strong>s seus direitos. No país, to<strong>do</strong>s ganharemos caso o Fun<strong>do</strong> Amazônia atinja seus objetivos: o BNDES, oGoverno, a Sociedade Civil e principalmente a floresta amazônica.Autores:Lucas Mazzei – Engenheiro Florestal, Doutor em Ciências Florestais18Vítor Mamede Carvalho – Engenheiro Ambiental, Gestor Operacional <strong>do</strong> Observatório <strong>do</strong> <strong>REDD</strong>


Glossário20BNDES: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES), empresa pública federal, é hoje o principalinstrumento de financiamento de longo prazo paraa realização de investimentos em to<strong>do</strong>s os segmentos daeconomia, em uma política que inclui as dimensões social,regional e ambiental. (Fonte: http://www.bndes.gov.br/)Conferência das Partes Sobre a Convenção <strong>do</strong>Clima organizada pela ONU (UNFCCC): ConvençãoQuadro das Nações Unidas sobre Mudanças ClimáticasConselho Orienta<strong>do</strong>r (COFA): O Comitê Orienta<strong>do</strong>r<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Amazônia (COFA) é forma<strong>do</strong> por trêsblocos: (I) Governo Federal, (II) Governos Estaduais e (III)sociedade civil, e sua atribuição é determinar as diretrizes<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>, acompanhar os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s ezelar pela fidelidade das iniciativas apoiadas pelo Fun<strong>do</strong>Amazônia no que se refere à aplicação <strong>do</strong>s recursos, emconformidade com as metas, compromissos e políticas<strong>do</strong> Plano de Prevenção e Controle <strong>do</strong> Desmatamento naAmazônia Legal – PPCDAM e das diretrizes estratégicas<strong>do</strong> Plano Amazônia Sustentável – PAS. (http://www.fun<strong>do</strong>amazonia.gov.br)COP-15: 15ª Edição da Conferência das Partes da Convenção-Quadrodas Nações Unidas sobre Mudança <strong>do</strong>Clima, realizada em 2010, em Copenhague, Dinamarca.COP-16: 16ª Edição da Conferência das Partes da Convenção-Quadrodas Nações Unidas sobre Mudança <strong>do</strong>Clima, realizada em 2011, em Cancun, México.Estratégia Nacional de <strong>REDD</strong>+: Processo inicia<strong>do</strong>pelo Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente (MMA) , em julho de2010, para construção de um futuro projeto de lei sobreas ações de redução de emissões por desmatamentoe degradação florestal (<strong>REDD</strong>+), incluin<strong>do</strong> os esforçosde conservação florestal, aumento <strong>do</strong>s estoques de carbonoe manejo sustentável das florestas.de um RegimeNacional de <strong>REDD</strong>+.Fórum Social Pan Amazônico: O Fórum Social Pan--Amazônico é o resulta<strong>do</strong> de diversos processos desencadea<strong>do</strong>sno Fórum Social Mundial (FSM), articulan<strong>do</strong> atualmentemais de 50 organizações e movimentos sociais<strong>do</strong> Brasil, Peru, Equa<strong>do</strong>r, Bolívia, Colômbia, Venezuela,República Cooperativa da Guiana, Suriname e GuianaFrancesa (Fonte: www.forumsocialpanamazonico.org)Fun<strong>do</strong> Amazônia: O Fun<strong>do</strong> Amazônia tem por finalidadecaptar <strong>do</strong>ações para investimentos não-reembolsáveisem ações de prevenção, monitoramento e combateao desmatamento, e de promoção da conservaçãoe <strong>do</strong> uso sustentável das florestas no bioma amazônico(Fonte: www.fun<strong>do</strong>amazonia.gov.br)Fun<strong>do</strong> Dema: É uma iniciativa de proteção ambientalna Amazônia Brasileira. Trata-se de um fun<strong>do</strong> financeirodeposita<strong>do</strong> perpetuamente em um banco público,indisponível para saques. Os rendimentos periódicos<strong>do</strong> fun<strong>do</strong> são retira<strong>do</strong>s para aplicação em projetos dedesenvolvimento sustentável no oeste <strong>do</strong> Pará. (Fonte:www.fvpp.org.br)Pagamento por serviços ambientais: É o pagamentoou compensação por serviços ambientais que temcomo principal objetivo transferir recursos, monetáriosou não monetários, para aqueles que ajudam a conservaras florestas. (Fonte: Projeto de Lei N° 792 de 2007)PL 5586/2009: Projeto de Lei (PL) nº 5586/2009, deautoria <strong>do</strong> deputa<strong>do</strong> Lupércio Ramos (PMDB-AM), queinstitui regras para projetos e programas de Reduçãode Emissões por Desmatamento e Degradação (<strong>REDD</strong>).Princípios e Critérios Socioambientais de<strong>REDD</strong>+ (P&C): É a ferramenta utilizada como referênciapara o desenvolvimento e aplicação de projetosde carbono florestal, de programas governamentais de<strong>REDD</strong>+, para o uso e aplicação de recursos nacionaise internacionais volta<strong>do</strong>s para esta finalidade e paraa avaliação e validação independente de projetos de<strong>REDD</strong>+ no Brasil. (Fonte: www.gta.org.br)<strong>REDD</strong>: Redução de Emissões por Desmatamento eDegradação Florestal (<strong>REDD</strong>) é o mecanismo de compensaçãopor ações que visam manter a floresta em pée, conseqüentemente, reduz as emissões de gases deefeito estufa provenientes <strong>do</strong> desmatamento e queimadas florestas. A sigla <strong>REDD</strong> nasceu durante a Convençãodas Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 13), quan<strong>do</strong>pela primeira vez as florestas foram oficialmenteconsideradas essenciais para a mitigação <strong>do</strong>s efeitos dasmudanças climáticas. (Fonte: IPAM)<strong>REDD</strong>+: É a Redução de Emissões por Desmatamentoe Degradação Florestal e também os esforços direciona<strong>do</strong>spara as ações de conservação e manejo sustentáveldas florestas e atividades que propiciam o aumento <strong>do</strong>sestoques de carbono das florestas nativas. (Fonte: IPAM)SBI: Órgão Subsidiário de Implementação (Fonte: www.unfccc.int)SBSTA: Órgão Subsidiário de Assessoramento Científicoe Tecnológico (Fonte: www.unfccc.int)Stakeholders: Ferramenta de gestão nos relacionamentoscom os públicos de interesse, no conhecimentoe reconhecimento <strong>do</strong>s interesses destes públicos e noscompromissos sociais das organizações.


Organizações Integrantes <strong>do</strong> Comitê Multissetorial de Elaboraçãoe Revisão <strong>do</strong>s Princípios e Critérios Socioambientais de <strong>REDD</strong>+:• Biofílica: www.biofilica.com.br• Centro Mundial de Agrofloresta (ICRAF): www.worldagroforestrycentre.org• Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS): www.extrativismo.org.br• Confederação Nacional da Agricultura (CNA): www.cna.org.br• Confederação Nacional <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res da Agricultura (CONTAG): www.contag.org.br• Conservação Internacional (CI): www.conservation.org.br• Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB): www.coiab.com.br• Fundação Amazonas Sustentável (FAS): www.fas-amazonas.org• Fundação AVINA: www.avina.net• Fun<strong>do</strong> Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO): www.funbio.org.br• Greenpeace: www.greenpeace.org/brasil• Grupo de Produtores Florestais Certifica<strong>do</strong>s da Amazônia (PFCA): www.inteligentesite.com.br• Grupo de Trabalho Amazônico (GTA): www.gta.org.br• Imaflora: www.imaflora.org.br• Instituto Centro de Vida (ICV): www.icv.org.br• Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM): www.ipam.org.br• Instituto <strong>do</strong> Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON): www.imazon.org.br• Instituto Socioambiental (ISA): www.socioambiental.org• Rede Povos da Floresta: www.redepovosdafloresta.org.br• The Nature Conservancy (TNC): www.nature.org• WWF: www.wwf.org.br21

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