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10.07.2015 Views

Cirilo, PDRDISCUSSÃO201característica de células hematopoiéticas, enquanto que expressão reduzida deste gene foiassociada com leucemia HCL (do inglês hairy cell leukemia) e com leucemia mielóide aguda(Galiègue-Zouitina et al., 2008). O papel exato deste gene em tumores sólidos ainda nãoestá claro, contudo, nosso estudo indica que a diminuição da atividade deste geneassociada com perdas genômicas, pode estar associada com alterações no ciclo celular nascélulas dos Leiomiomas Uterinos.O gene BICD1 (12p11.21) codifica uma proteína envolvida com transportevacuolar do retículo endoplasmático para o complexo de Golgi. A atividade reduzida destegene foi associada com a variação do tamanho dos telômeros em humanos (Mangino et al.,2008). A disfunção dos telômeros está associada a um risco aumentado dedesenvolvimento de câncer e outras doenças relacionadas a idade (Rudolph et al., 1999).Contudo, este gene ainda não havia sido associado com tumores humanos.Neste estudo, também foi aplicada a análise funcional nos 75 genes moduladores.Como o CONEXIC e o GSEA consideram os valores de expressão gênica dos genesmoduladores para a realização dos testes, estes valores também foram considerados naanálise funcional. Em relação aos 75 genes, foram geradas cinco redes de interação gênica,nos quais os genes moduladores foram associados principalmente ao ciclo celular. Deacordo com o sistema IPA, os genes com correlação positiva AOC3, NOVA2 e DIP2C nãoforam elegíveis para a construção das redes gênicas, provavelmente, o sistema nãoidentificou interações destes genes com os genes do banco de dados. Os outros genes comcorrelação positiva ou negativa apresentaram as seguintes associações: FGFR1: ciclocelular, proliferação e crescimento celular, desenvolvimento e função do sistema musculare esquelético; NUPR1, MVP, MFAP5 e CENPF: expressão gênica, desenvolvimento doorganismo, desenvolvimento e função do sistema nervoso; DBN1 e COL3A1: montagem eorganização celular, duplicação do DNA, recombinação e reparo, metabolismo decarboidratos; IFITM1: ciclo celular, doenças e condições dermatológicas, doençaimunológica; CALCRL, RHOH e BICD1: sinalização celular, metabolismo de ácidos nucléicos,

Cirilo, PDRDISCUSSÃO202bioquímica de pequenas moléculas. Todas estas funções descritas na análise integradatambém foram previamente associadas com os grupos de genes obtidos nas análisesindependentes de CGH array e expressão gênica, confirmando que estes genesdesempenham funções biológicas cruciais para o desenvolvimento dos LeiomiomasUterinos.Outro achado interessante foi a associação dos genes moduladores com doençascomo câncer, doença gastrointestinal, doença do sistema reprodutivo, doença genética,doença muscular e esquelética, entre outras (Figura 37A). Este achado também foiobservado nas análises independentes de CGH array e expressão gênica. Dimitrova et al.(2009) descreveram a semelhança de perfis de expressão de genes identificados em subgruposde LU com outras doenças como câncer de mama, leucemia e câncer de pulmão.Outros estudos revelaram que doenças dermatológicas, como quelóides, apresentamperfis de expressão muito semelhantes aos LU, associados principalmente com o aumentoda deposição de matriz extracelular (Leppert et al., 2006; Luo et al., 2007). No presenteestudo foi possível verificar que novas doenças mostram semelhanças moleculares aos LU,como doenças hepáticas, cardiovasculares e hematológicas.As vias canônicas geradas revelaram associação dos genes moduladores com asvias de sinalização já associadas com câncer, como também, refletiram alguns dos achadosassociados com as doenças. A via com o valor mais alto (2.75) (Figura 38) associou osgenes BRCA1, CDC25C, FANCA e HRAS com a via de câncer de mama hereditário. Estesgenes apresentaram correlação inversa (ganho genômico/perda expressão), porém,podem desempenhar importantes funções associadas com ciclo celular em LeiomiomasUterinos e merecem ser melhor caracterizados nestes tumores. A via de sinalização docâncer de mama hereditário é desencadeada quando ocorrem danos ao DNA, onde BRCA1é fosforilado por sensores de resposta a danos (ATM e ATR). A proteína BRCA1 tambémpode ser fosforilada por CHK2. A BRCA1 fosforilada controla moléculas downstream docontrole G2/M do ciclo celular (CDC25C, FANCA e HRAS). BRCA1 também participa dos

Cirilo, PDRDISCUSSÃO202bioquímica <strong>de</strong> pequenas moléculas. Todas estas funções <strong>de</strong>scritas na análise integradatambém foram previamente associadas com os grupos <strong>de</strong> genes obtidos nas análisesin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> CGH array e expressão gênica, confirmando que estes genes<strong>de</strong>sempenham funções biológicas cruciais para o <strong>de</strong>senvolvimento dos LeiomiomasUterinos.Outro achado interessante foi a associação dos genes moduladores com doençascomo câncer, doença gastrointestinal, doença do sistema reprodutivo, doença genética,doença muscular e esquelética, entre outras (Figura 37A). Este achado também foiobservado nas análises in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> CGH array e expressão gênica. Dimitrova et al.(2009) <strong>de</strong>screveram a semelhança <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong> genes i<strong>de</strong>ntificados em subgrupos<strong>de</strong> LU com outras doenças como câncer <strong>de</strong> mama, leucemia e câncer <strong>de</strong> pulmão.Outros estudos revelaram que doenças <strong>de</strong>rmatológicas, como quelói<strong>de</strong>s, apresentamperfis <strong>de</strong> expressão muito semelhantes aos LU, associados principalmente com o aumentoda <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> matriz extracelular (Leppert et al., 2006; Luo et al., 2007). No presenteestudo foi possível verificar que novas doenças mostram semelhanças moleculares aos LU,como doenças hepáticas, cardiovasculares e hematológicas.As vias canônicas geradas revelaram associação dos genes moduladores com asvias <strong>de</strong> sinalização já associadas com câncer, como também, refletiram alguns dos achadosassociados com as doenças. A via com o valor mais alto (2.75) (Figura 38) associou osgenes BRCA1, CDC25C, FANCA e HRAS com a via <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> mama hereditário. Estesgenes apresentaram correlação inversa (ganho genômico/perda expressão), porém,po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sempenhar importantes funções associadas com ciclo celular em LeiomiomasUterinos e merecem ser melhor caracterizados nestes tumores. A via <strong>de</strong> sinalização docâncer <strong>de</strong> mama hereditário é <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada quando ocorrem danos ao DNA, on<strong>de</strong> BRCA1é fosforilado por sensores <strong>de</strong> resposta a danos (ATM e ATR). A proteína BRCA1 tambémpo<strong>de</strong> ser fosforilada por CHK2. A BRCA1 fosforilada controla moléculas downstream docontrole G2/M do ciclo celular (CDC25C, FANCA e HRAS). BRCA1 também participa dos

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