Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp

Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp

10.07.2015 Views

Cirilo, PDRDISCUSSÃO193danos do DNA (para revisão Collins et al., 2009). Atualmente, deleções heterozigotas daregião promotora deste gene foram associadas com câncer de mama familial (Solyom etal., 2011). Este gene foi identificado com expressão reduzida por Crabtree et al. (2009) emLU, contudo não havia sido associado com regulação por miRNAs. Para nossoconhecimento, não encontramos estudos associando o gene TBC1D20 com doençashumanas. Portanto, é necessário validar os dados de expressão de miRNA e dos genes quesão por eles regulados em uma série independente de casos, os quais explicariam osmecanismos de regulação da expressão gênica em Leiomiomas Uterinos.Genes codificadores de miRNAs em regiões de ganhos e perdas genômicas podemlevar a perda ou aumento de expressão de seus genes alvos, respectivamente. Estahipótese é baseada no fato de que a maioria dos miRNAs relacionados ao câncer (~52,5%),estão mapeados principalmente em regiões de instabilidade cromossômica, como os sítiosfrágeis (Calin et al., 2004; Huppi et al., 2008; Caldas e Brenton, 2005; Laganà et al., 2010) eas alterações genômicas contribuem para essa instabilidade. Sendo assim, foi realizadauma busca dos miRNAs mapeados em regiões de ganhos e perdas genômicas descritasneste estudo. Essa busca totalizou 31 miRNAs, entre os quais, 22 foram elegíveis pararegulação gênica. A lista de genes preditos (6635) foi comparada aos 3325 genesidentificados por microarray de expressão, totalizando 780 genes sobrepostos, indicandoque os miRNAs mapeados em regiões de instabilidade podem regular pelo menos 24% dostranscritos identificados neste estudo.Para o nosso conhecimento existe apenas um estudo associando alterações nonúmero de cópias em genes de miRNAs e o perfil de expressão de seus genes preditos emLeiomiomas Uterinos. Zavadil et al. (2010) utilizaram uma estratégia semelhante autilizada no presente estudo. Os autores obtiveram o perfil de expressão de miRNAs eexpressão gênica em 55 amostras de LU. Com o objetivo de avaliar se os miRNAs queestavam com expressão alterada estavam mapeados em regiões de instabilidadegenômica, os autores realizaram CGH array em seis amostras de LU, nos quais

Cirilo, PDRDISCUSSÃO194identificaram perda genômica de hsa-miR-200a e hsa-miR-200b (1p36.33-p34.3), hsa-miR-206 (6p12.3-p11.1), hsa-miR-15a, hsa-miR-16-1, hsa-miR-17, hsa-miR-19a, hsa-miR-20a,hsa-miR-92a-1 (13q12.12-q33.2). Estes miRNAs envolvidos em perdas genômicas tambémapresentaram diminuição de expressão. Os autores confirmaram através da comparaçãoentre a lista de genes preditos com os dados de expressão e também por análises emmodelos funcionais, que os genes alvos dos hsa-miR-200a/b (TUBB, CYP1B1 e CTBP2)apresentavam expressão aumentada e foram associados com proliferação celular emLeiomiomas Uterinos. Os autores concluíram que a perda da função de miRNAs da família200, identificada por perfil de expressão e CGH array, foi associada com a atividadeaumentada de seus genes preditos, podendo contribuir para o crescimento tumoral. Emnosso estudo, não observamos as regiões genômicas identificada por estes autores econsequentemente, os miRNAs mapeados nelas também não foram identificados.Entretanto, nesta análise integrada, identificamos o gene TUBB3 (16q24.3) com correlaçãoinversa (ganho/diminuição expressão). Este gene também é regulado pelo hsa-miR-200b(Tabela 11) e pertence a mesma família do TUBB, identificado pelos autores. Foramdescritas outras regiões portadoras de miRNAs que podem regular importantes genesassociados aos Leiomiomas Uterinos. O hsa-miR-26b (2q35) envolvido em ganhos em seiscasos regula genes que apresentaram expressão diminuída, como o PCNA. O gene PCNA foiapresentado acima como um dos importantes genes com expressão diminuídaidentificados na comparação com os miométrios adjacentes. Em literatura, há relatos daexpressão aumentada do PCNA em LU (Gao et al., 2001; Zasławski et al., 2001). Nopresente estudo, a atividade aumentada do hsa-miR-26b explicaria a expressão reduzidadeste gene nestes casos.O hsa-mir-1236 (6p21.32) envolvido em ganhos em quatro casos, foi associado coma diminuição de expressão do gene CDKN2A. Este gene, também foi identificado nopresente estudo com expressão reduzida associado ao miométrio adjacente. Skubitz et al.

Cirilo, PDRDISCUSSÃO193danos do DNA (para revisão Collins et al., 2009). Atualmente, <strong>de</strong>leções heterozigotas daregião promotora <strong>de</strong>ste gene foram associadas com câncer <strong>de</strong> mama familial (Solyom etal., 2011). Este gene foi i<strong>de</strong>ntificado com expressão reduzida por Crabtree et al. (2009) emLU, contudo não havia sido associado com regulação por miRNAs. Para nossoconhecimento, não encontramos estudos associando o gene TBC1D20 com doençashumanas. Portanto, é necessário validar os dados <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong> miRNA e dos genes quesão por eles regulados em uma série in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> casos, os quais explicariam osmecanismos <strong>de</strong> regulação da expressão gênica em Leiomiomas Uterinos.Genes codificadores <strong>de</strong> miRNAs em regiões <strong>de</strong> ganhos e perdas genômicas po<strong>de</strong>mlevar a perda ou aumento <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong> seus genes alvos, respectivamente. Estahipótese é baseada no fato <strong>de</strong> que a maioria dos miRNAs relacionados ao câncer (~52,5%),estão mapeados principalmente em regiões <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> cromossômica, como os sítiosfrágeis (Calin et al., 2004; Huppi et al., 2008; Caldas e Brenton, 2005; Laganà et al., 2010) eas alterações genômicas contribuem para essa instabilida<strong>de</strong>. Sendo assim, foi realizadauma busca dos miRNAs mapeados em regiões <strong>de</strong> ganhos e perdas genômicas <strong>de</strong>scritasneste estudo. Essa busca totalizou 31 miRNAs, entre os quais, 22 foram elegíveis pararegulação gênica. A lista <strong>de</strong> genes preditos (6635) foi comparada aos 3325 genesi<strong>de</strong>ntificados por microarray <strong>de</strong> expressão, totalizando 780 genes sobrepostos, indicandoque os miRNAs mapeados em regiões <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m regular pelo menos 24% dostranscritos i<strong>de</strong>ntificados neste estudo.Para o nosso conhecimento existe apenas um estudo associando alterações nonúmero <strong>de</strong> cópias em genes <strong>de</strong> miRNAs e o perfil <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong> seus genes preditos emLeiomiomas Uterinos. Zavadil et al. (2010) utilizaram uma estratégia semelhante autilizada no presente estudo. Os autores obtiveram o perfil <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong> miRNAs eexpressão gênica em 55 amostras <strong>de</strong> LU. Com o objetivo <strong>de</strong> avaliar se os miRNAs queestavam com expressão alterada estavam mapeados em regiões <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>genômica, os autores realizaram CGH array em seis amostras <strong>de</strong> LU, nos quais

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!