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Mudar de Vida – 2 - Culturgest

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Música30 e 31 Outubro ’08<strong>Mudar</strong><strong>de</strong> <strong>Vida</strong> – 2Um espectáculo <strong>de</strong> José Mário BrancoConvidados: Gaiteiros <strong>de</strong> Lisboa


© Isabel PintoJosé Mário BrancoJosé Mário Branco está mesmo aqui, acinco metros <strong>de</strong> distância, sozinho empalco, acompanhando-se a si mesmo eà guitarra. E durante uma hora e poucoque ali o vemos, sentado num banco e<strong>de</strong>sfiando as suas canções, no públicosuce<strong>de</strong>m-se arrepios, risos, lágrimas quenão chegam a <strong>de</strong>slizar cara abaixo porsaberem que esse seria o caminho óbvioda tristeza.(...) Gonçalo Frota, in BlitzJosé Mário Branco é um dos autores-‐compositores-intérpretes que, naesteira <strong>de</strong> José Afonso, renovaram acanção portuguesa nos anos 60 e 70.Nascido no Porto em 1942, filho <strong>de</strong>professores primários, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo seligou à música e, mais tar<strong>de</strong>, ao teatro,cinema e acção cultural (foi autor, compositore intérprete da música <strong>de</strong> peças<strong>de</strong> teatro e filmes, em França e emPortugal (Liberéz Angela Davis Tout <strong>de</strong>Suite, Fuenteovejuna, A Confe<strong>de</strong>ração,Gente do Norte, O Ladrão do Pão,Liberda<strong>de</strong>, Liberda<strong>de</strong>, etc.). O seu itinerárioartístico esteve, além disso, sempreligado à consciência revolucionáriaportuguesa e aos diversos movimentosque <strong>de</strong>la foram nascendo.Depois <strong>de</strong> exilado em França e <strong>de</strong> terregressado a Portugal, fundou o GAC(Grupo <strong>de</strong> Acção Cultural) que, entre1974 e 1977, realizou mais <strong>de</strong> 500 espectáculosem todo o país e no estrangeiro.Em 1977 integrou a companhia <strong>de</strong> teatroA Comuna, on<strong>de</strong> permaneceu, comomúsico e actor, até 1979 (co-criador <strong>de</strong>A Mãe e Homem Morto, Homem Posto,<strong>de</strong> Bertolt Brecht). Fundou em 1979 oTeatro do Mundo, on<strong>de</strong> exerceu umaactivida<strong>de</strong> prepon<strong>de</strong>rante.Alguns anos mais tar<strong>de</strong>, em 1994, comAmélia Muge e João Afonso realiza umespectáculo <strong>de</strong> canções <strong>de</strong> José Afonso,Maio Maduro Maio, que <strong>de</strong>u origem a umduplo CD ao vivo.No ano <strong>de</strong> 1996 foi finalmente editadaem CD toda a sua obra até àquelemomento, incluindo gravações que hámuito andavam dispersas ou fora domercado.No ano <strong>de</strong> 1997, José Mário Brancoestreou no Centro Cultural <strong>de</strong> Belém umnovo espectáculo que contou com a participação<strong>de</strong> vários músicos <strong>de</strong> renomee do grupo Tetvocal. Na sequência dasapresentações realizadas foi editado oduplo CD José Mário Branco – Ao Vivoem 1997.Em 2000, compôs a banda sonora dofilme A Raiz do Coração <strong>de</strong> Paulo Rocha.No final do ano foi lançada no mercadoa biografia – O Canto da Inquietação –,da autoria <strong>de</strong> Octávio Fonseca Silva eedição do Mundo da Canção, uma justahomenagem que reúne informaçãoacerca da vida e obra do artista.O final <strong>de</strong> 2003 e o início <strong>de</strong> 2004foram marcados pelas gravações <strong>de</strong> umnovo trabalho <strong>de</strong> originais, passadosque estavam 14 anos sobre a edição<strong>de</strong> Correspondências. Resistir é Vencerrevelou-nos uma vez mais um compositorímpar no panorama da músicaportuguesa.O disco, lançado no final <strong>de</strong> Abril, foiaclamado pela crítica especializada econsi<strong>de</strong>rado um dos melhores trabalhosdiscográficos do ano. No princípio <strong>de</strong>Maio, José Mário Branco juntou-se a umgrupo <strong>de</strong> 40 músicos para apresentarResistir é Vencer nos Coliseus do Portoe <strong>de</strong> Lisboa.Em 2005, Resistir é Vencer foinomeado para o Prémio José Afonso eno âmbito <strong>de</strong> algumas apresentações,concebeu e realizou o espectáculo <strong>de</strong>inauguração do Teatro Municipal daGuarda por altura das comemorações do25 <strong>de</strong> Abril.Em 2006, José Mário Branco apresentou,na Casa da Música no Porto (a convite<strong>de</strong> Pedro Burmester), o espectáculo<strong>Mudar</strong> <strong>de</strong> vida, inserido no ciclo Música eRevolução. Este espectáculo contou coma participação <strong>de</strong> 8 músicos, bem comodo grupo coral Canto Nono.Paralelamente à sua activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>autor, compositor e intérprete assinavárias produções discográficas nomeadamentepara os discos <strong>de</strong> Camané,Amélia Muge (Taco a Taco) e CantoNono (O Porto a Oito Vozes), assimcomo diversas bandas sonoras parapeças <strong>de</strong> teatro e cinema.DiscografiaSeis Cantigas <strong>de</strong> Amigo – EP, 1967Ronda do Soldadinho – Single, 1969Mudam-se os Tempos, Mudam-se asVonta<strong>de</strong>s – LP/CD, 1971*Margem <strong>de</strong> Certa Maneira – LP/CD, 1973*A Cantiga é uma Arma – LP, 1976(colaboração)Pois Canté! – LP, 1977 (colaboração)A Mãe – LP, 1978*Marchas Populares, EP, 1978Gente do Norte – EP, 1978O Ladrão do Pão – EP, 1978Ser Solidário – 2 LP, 1982*FMI – 12”, 1982*S. João do Porto – Single, 1982A Noite – LP, 1985*Correspondências – LP/CD, 1990*Ao Vivo em 1997 – Duplo CD, 1997Canções Escolhidas 71/97 – CD, 1999(compilação)Resistir é Vencer – CD, 2004* reeditado em formato CD em 1996, EMI


José Peixoto guitarraCom o Curso Geral <strong>de</strong> Guitarra Clássicada Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Amadores <strong>de</strong> Música <strong>de</strong>Lisboa, prosseguiu a sua formação comPiñeiro Nagy, Alberto Ponce, AlbertoLisy. José Peixoto é um músico com umextenso currículo como lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> bandas,instrumentista, arranjador e compositor.Formou grupos como SISH, quegravou o LP Espaços (1987), um outrocom Mário Laginha, Mário Barreiros,Carlos Bica, José Martins, MartinFre<strong>de</strong>beul que gravou o CD El Fad(1988), Cal Viva (1989), também comCarlos Bica, que editou o CD Cal Viva(1991) e que, juntamente com Maria Joãoe Mário Laginha fez longa digressãoeuropeia e gravou Sol (1991), Trio <strong>de</strong>Guitarras <strong>de</strong> Lisboa, com José MesquitaLopes e António Ferreirinha (1989), umtrio com Mário Delgado e José Salgueiroque gravou o CD Taifa, os Sal, comFernando Júdice e Ana Sofia Varela(2007) e vários outros. Des<strong>de</strong> 1993 queintegrou o grupo Madre<strong>de</strong>us.Trabalhou como músico, arranjador ecompositor com alguns dos nomes <strong>de</strong>prestígio da música portuguesa – paraalém dos já citados, outros como JanitaSalomé, José Mário Branco, Vitorino,Júlio Pereira, Pedro Cal<strong>de</strong>ira Cabral, RuiVeloso. Compôs músicas para bailados,canções para a cantora Filipa Pais, peçaspara guitarra solo. Com José Salgueiro,Cristina Sampaio, Paulo Corado, NunoArtur Silva e José Mário Branco <strong>de</strong>senvolveo projecto <strong>de</strong> música infantil BomDia Benjamim, CD / livro editado em1994 e cantado por Maria João. A suadiscografia inclui mais <strong>de</strong> uma vintena<strong>de</strong> títulos, dois <strong>de</strong>les a solo.Carlos Bica contrabaixoCarlos Bica é um dos poucos músicosportugueses que alcançou projecçãointernacional, tendo-se tornado umareferência no panorama do jazz europeu.Entre os vários projectos musicais queli<strong>de</strong>ra e para além das suas participaçõesem outras áreas como o teatro, ocinema e a dança, o seu trio Azul com oguitarrista Frank Möbus e o baterista JimBlack, tornou-se a imagem <strong>de</strong> marca docontrabaixista e compositor.Ao primeiro álbum, Azul, editado em1996, e que é consi<strong>de</strong>rado pela críticacomo um dos melhores álbuns nacionais<strong>de</strong> jazz <strong>de</strong> sempre, seguiram-se osálbuns Twist (1999), Look what they’vedone to my song (2003) e Believer(2006) que receberam igualmente enormeselogios da imprensa internacional.Quando se fala da música <strong>de</strong> CarlosBica, a crítica costuma salientar a formacomo nela se interpenetram referências<strong>de</strong> diferentes universos, da músicaerudita contemporânea à folk, ao rock,ao jazz e às músicas improvisadas.O que correspon<strong>de</strong>, como seria natural,à própria trajectória do intérprete compositor.Apren<strong>de</strong>u a tocar contrabaixona Aca<strong>de</strong>mia dos Amadores <strong>de</strong> Música,nos Cursos <strong>de</strong> Música do Estoril e naEscola Superior <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Würzburg,na Alemanha. Foi membro da Orquestra<strong>de</strong> Câmara <strong>de</strong> Lisboa, assim como <strong>de</strong>diversas orquestras <strong>de</strong> câmara alemãs,tais como a Bach Kammerorchester e aWernecker Kammerorchester. Fez muitamúsica improvisada, durante anos tocoucom Maria João, trabalhou e gravou naárea da música popular portuguesa comCarlos do Carmo, José Mário Branco,Janita Salomé, Camané e participouem inúmeros festivais <strong>de</strong> Jazz internacionaisem colaboração com músicoscomo Kenny Wheeler, Ray An<strong>de</strong>rson, AkiTakase, Alexan<strong>de</strong>r von Schlippenbach,Lee Konitz, Mário Laginha, AlbertMangelsdorf, Joäo Paulo, MatthiasSchubert, Paolo Fresu, António PinhoVargas, Steve Arguelles, John Ruocco,entre outros.A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projectar na músicaas vivências do seu percurso musicale o enorme fascínio pelo som da voze dos instrumentos <strong>de</strong> arco, levouCarlos Bica até ao projecto DIZ, queteve a sua estreia no Festival dos CemDias / Expo’98. Este projecto foi editadopela Enja Records em 2001 e recebeuo prémio <strong>de</strong> Melhor disco do ano daAntena 1 / Cinco minutos <strong>de</strong> Jazz.Tal como Paris nos anos cinquenta,Berlim é nos dias <strong>de</strong> hoje um felizrefúgio para os criadores <strong>de</strong> arte. TendoBerlim como uma das suas estações,Carlos Bica tem <strong>de</strong>sfrutado dos muitose felizes encontros entre músicosprovenientes <strong>de</strong> culturas e escolasmuito diversas. Azul, Diz, Tuomi, Bica-Klammer-Kalima, Essencia, Tango Toysão alguns dos projectos com músicosinternacionais que tiveram em Berlim asua origem.Em Outubro <strong>de</strong> 2005 Carlos Bicaedita o álbum Single (Bor Land), o seuprimeiro álbum <strong>de</strong> contrabaixo solo,on<strong>de</strong> músico e instrumento se encontrama sós e on<strong>de</strong> Bica revela o seu ladomusical mais íntimo. Single foi nomeadopela revista Blitz com um dos melhoresálbuns nacionais em 2005.Rui Júnior percussãoRui Júnior estudou percussão na Bélgicae iniciou a sua activida<strong>de</strong>, em 1981, comomúsico, autor e intérprete em diversosprojectos musicais.Participou em diversas obras discográficas<strong>de</strong> artistas portugueses comoJúlio Pereira, Fausto, José Afonso, José


Mário Branco, Sérgio Godinho, JanitaSalomé, Vitorino, Rão Kyao, Jorge Palma,António Pinho Vargas, Amélia Muge,João Afonso, Carlos Barretto, entremuitos outros. É também regularmenteconvidado, como músico instrumentista,a participar em diversos projectos musicaisem Portugal e no estrangeiro.Fundou diversos projectos, comoO Ó que som tem?, o CAIS – Centro <strong>de</strong>Artes e I<strong>de</strong>ias Sonoras, entida<strong>de</strong> responsávelpela produção e realização <strong>de</strong>gran<strong>de</strong>s eventos <strong>de</strong> referência artística,didáctica e pedagógica, no âmbito dasartes multidisclinares e da multiculturalida<strong>de</strong>e a ADAT – Associação dosAmigos do Tocá Rufar e da Escola <strong>de</strong>Percussão, que conta até à presentedata (2008) com um número superior a8000 inscritos, em Portugal e no estrangeiro(Malta e Reino Unido).Foi igualmente fundador da companhiaartística WOK – Ritmo Avassalador,que tem actuado em Portugal e noestrangeiro com crescente sucesso.Rui Júnior tem editados três trabalhosdiscográficos: Rui Júnior e o Ó Que SomTem?, Ó Tambor e O Mundo Não QuerAcabar.Excertos dos seus álbums são utilizadosem Canto Luso, pela CompanhiaNacional <strong>de</strong> Bailado e Mazurca Fogo, <strong>de</strong>Pina Bausch.Compôs música para os bailados SeeUn<strong>de</strong>r X, pelo Ballet Gulbenkian, comcoreografia <strong>de</strong> Itzig Galili e Joy Stick,pela Companhia <strong>de</strong> Dança <strong>de</strong> Almada.Como compositor para teatro,Rui Júnior é autor da música <strong>de</strong> OsMorcegos, da companhia <strong>de</strong> TeatroO Bando com encenação <strong>de</strong> João Brites,e <strong>de</strong> Fantasiosa Ópera Jardim, comencenação <strong>de</strong> Maria Ceia.Filipe Raposo piano, tecladosPianista e compositor nascido em Lisboaem 1979, estudou piano na Escola <strong>de</strong>Música do Conservatório Nacional comAnna Tomasik e José Bon <strong>de</strong> Sousa eEurico Carrapatoso (composição).Licenciado em composição pelaEscola Superior <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Lisboa,estudou com Luís Tinoco, JoãoMadureira, Sérgio Azevedo, CarlosCaires.Além da formação erudita estudoutambém música improvisada com JoãoPaulo Esteves da Silva, Jans Thomas,Stanley Jordan, George Cables.Privilegiando um percurso entreuniversos musicais diferentes, tem<strong>de</strong>senvolvido o seu trabalho em trio,Filipe Raposo Trio, com a participação<strong>de</strong> Carlos Bica (contrabaixo) e Vicky(bateria).Tem colaborado, entre outros, comJosé Mário Branco, Amélia Muge, Fausto,Janita Salomé.É membro <strong>de</strong> Tora Tora Big Band e <strong>de</strong>Yuri Daniel Quarteto.É pianista acompanhador daCinemateca Portuguesa e tem participadoem inúmeros festivais <strong>de</strong> cinema.Guto Lucenasaxofone soprano, alto, tenor, flautaNasceu no Brasil em 1973, tendo iniciadoos seus estudos <strong>de</strong> música em 1986.Toca saxofones (soprano, alto, tenor,barítono), flautas (em dó, em sol eflauta baixo) e clarinete baixo. Se a suaprincipal área <strong>de</strong> actuação é o jazz, játrabalhou, todavia, em projectos <strong>de</strong>música africana, brasileira, portuguesa,pop e diversas fusões com o jazz nassuas variadas vertentes.Em 1995, ingressou na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Música da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong>Campinas (UNICAMP), concluindo ocurso <strong>de</strong> música em 2000, ano em quepassa a residir em Portugal. Leccionousaxofone, teoria musical e improvisaçãoem diversas escolas do Brasil e <strong>de</strong>Portugal, e dirigiu diversos workshops<strong>de</strong> jazz em vários países.No seu percurso profissional tocou e,nalguns casos, gravou, com Ben Charest,José Mário Branco, Melissa Walker, RuiVeloso, Philip Hamilton, Dulce Pontes,Carlos do Carmo, Fernando Tordo,Kristin Korb, Rui Veloso, Mafalda Veiga,Chris Wells, Paulo <strong>de</strong> Carvalho, PedroAbrunhosa, Charlie Woods, Tora Tora BigBand, Ficções, Big Band do Hot Club,entre muitos outros, tendo tambémparticipado em diversos programastelevisivos, como músico resi<strong>de</strong>nte, nosúltimos cinco anos.Luís Morais violinoNasceu em Lisboa em 1977. Com seteanos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> recebeu as primeiraslições <strong>de</strong> violino <strong>de</strong> Helga-Marie Knava(Escola Superior <strong>de</strong> Música e ArteDramática <strong>de</strong> Viena), após o que foivárias vezes premiado nos Concursos daJuventu<strong>de</strong> Musical Portuguesa.Entre 1994 e 2004, na Escola Superior<strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Viena, na classe daProf.ª Isidora Romanoff-Schwarzberg,tirou o curso <strong>de</strong> concertista daqueleinstrumento e, em Novembro <strong>de</strong> 2004,concluiu os seus estudos com classificaçãomáxima, sendo-lhe então atribuído ograu académico <strong>de</strong> “Magister Artium”.Foi solista em inúmeros concertos,gravações e digressões e tocou comorquestras e agrupamentos interna-


Em 1995 ingressou na Aca<strong>de</strong>miaNacional Superior <strong>de</strong> Orquestra, tendoobtido os diplomas <strong>de</strong> Bacharelatoem 1999 e <strong>de</strong> Licenciatura em 2000enquanto aluno do Professor Paulo GaioLima. Complementou a sua formaçãocom violoncelistas como XavierGagnepain, Eugen Prochác, Clau<strong>de</strong>Maindive, Maria José Falcão e MiguelRocha, entre outros. Foi premiado emdiversas edições dos Concursos daJuventu<strong>de</strong> Musical Portuguesa. Fez parte<strong>de</strong> orquestras <strong>de</strong> jovens, <strong>de</strong>stacando-sea orquestra Juvenil <strong>de</strong> Instrumentos <strong>de</strong>Arco da Fundação Musical dos Amigosdas Crianças, a Orquestra Portuguesadas Escolas <strong>de</strong> Música e a Shell ExproMusic School Orchestra, tendo actuadocomo Violoncelo Solo com estasformações em concertos em Portugal,Espanha, França, Itália e Reino Unido.Entre 1995 e 2000 integrou aOrquestra Académica Metropolitana trabalhandoregularmente com o MaestroJean-Marc Burfin e ainda com osMaestros Jean-Sébastien Béreau, PascalRophé e Robert Delcroix. Tem colaboradofrequentemente quer em concertos,em Portugal e no estrangeiro, querna gravação <strong>de</strong> CD’s, com a OrquestraGulbenkian, Orquestra Metropolitana <strong>de</strong>Lisboa, Orquestra Sinfónica Portuguesa,Sinfonietta <strong>de</strong> Lisboa , Sinfonia B,Orquestra <strong>de</strong> Câmara Lusitânia, entreoutras.Integrou o corpo docente doConservatório Regional da Covilhã,da Escola Metropolitana <strong>de</strong> Música <strong>de</strong>Lisboa e da Aca<strong>de</strong>mia Metropolitana<strong>de</strong> Amadores <strong>de</strong> Música. Colaboroutambém como professor com aAca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Santa Cecília e com aFundação Musical dos Amigos dasCrianças. Actualmente ensina noConservatório Metropolitano <strong>de</strong> Música<strong>de</strong> Lisboa.Na área da música <strong>de</strong> câmara,foi membro fundador do QuartetoFernando Costa, com o qual foi laureadopor duas vezes no Prémio JovensMúsicos – RDP e também no concursoda Juventu<strong>de</strong> Musical Portuguesa. Comaquele agrupamento participou emmais <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> concertos emPortugal, Itália e ainda no Aber<strong>de</strong>enInternational Youth Festival na Escócia.São ainda <strong>de</strong> realçar as suas participaçõesem estágios <strong>de</strong> aperfeiçoamentona área da música <strong>de</strong> câmara nomeadamentecom o quarteto <strong>de</strong> Edimburgo.Integrou o Quarteto Lusíada, tendoparticipado em inúmeras apresentaçõespor todo o país e com o qual gravou oCD Syllabas.Enquanto violoncelista colaboratambém com músicos como José MárioBranco, Amélia Muge, Camané, RitaRedshoes, entre outros.Des<strong>de</strong> 2000, assumiu funçõesno Departamento <strong>de</strong> Produção daAssociação Música – Educação eCultura, entida<strong>de</strong> que tutela a OrquestraMetropolitana <strong>de</strong> Lisboa, a Aca<strong>de</strong>miaNacional Superior <strong>de</strong> Orquestra e oConservatório Metropolitano <strong>de</strong> Música<strong>de</strong> Lisboa, primeiro enquanto Assistentee, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002 até ao presente, enquantoDirector / Coor<strong>de</strong>nador do referido<strong>de</strong>partamento.Gaiteiros <strong>de</strong> LisboaFundado em 1991 por Paulo Marinho(Sétima Legião, Gaitafolia), é em 1993,com a entrada <strong>de</strong> Carlos Guerreiro, RuiVaz, José Manuel David e José MárioBranco, que se começa a <strong>de</strong>senhar oactual projecto Gaiteiros <strong>de</strong> Lisboa.Durante os dois primeiros meses <strong>de</strong>1994, o grupo faz um percurso laboratorial<strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong>s,repertório, harmonias e orquestrações,também fruto <strong>de</strong> instrumentos concebidospelo próprio grupo, resultando numasonorida<strong>de</strong> única. Nasce assim um dosmais emblemáticos grupos da históriada música tradicional portuguesa, paraquem nenhuma contaminação estéticaé proibida.Ainda em 1994 inicia a gravação doseu primeiro CD no palco do Teatro SãoLuiz. Durante as gravações entra parao grupo José Salgueiro que assumegran<strong>de</strong> parte das percussões. Em 1995sai este primeiro CD, Invasões Bárbaras,que é muito bem acolhido pelo públicoe pela crítica. A partir daí começam assolicitações para concertos em Portugale em Espanha (Galiza). Nesse ano saiJosé Mário Branco e entra Pedro Casaes.No mesmo ano, os Gaiteiros participamna rodagem do filme Pace etSalute, <strong>de</strong> Pierre Marie Goulet, sobreMichel Giacometti, on<strong>de</strong> conhecem ogrupo polifónico Corso A Cumpagnia,com quem virão a realizar projectos emPortugal e na Córsega.Ao longo <strong>de</strong> 1996 o grupo vai conquistandopúblico, tanto em Portugalcomo no estrangeiro, e em 1997 éconvidado a participar em dois gran<strong>de</strong>sfestivais: Les Tombées <strong>de</strong> la Nuit, emRennes e Festivoce, na Córsega.Ainda em 1997 grava o seu segundoCD, Bocas do Inferno, com o qual venceo prémio José Afonso, instituído pela


Câmara Municipal da Amadora, e que foiconsi<strong>de</strong>rado pelo jornal Blitz o melhordisco do ano.Em 1998 realiza vários concertos naExpo, tanto sozinho como em parceriascom Sérgio Godinho, projecto Adufe,etc.. Também para a Expo’98 realiza oprojecto Gaita <strong>de</strong> Foles, apresentadona Praça Sony, com a participação <strong>de</strong>vários grupos <strong>de</strong> Gaiteiros <strong>de</strong> Portugale Espanha. Participa no álbum Novasvos Trago com Amélia Muge, SérgioGodinho, Brigada Vítor Jara e JoãoAfonso.Em 2000 grava no CCB o duplo CDao vivo Dançachamas, com a participaçãodos Tocarrufar, Vozes da Rádio,Danças Ocultas e José Mário Branco.Em 2002 é editado o terceiro CD <strong>de</strong>originais, Macaréu, que tem comoconvidado Pac Man dos Da Weasel. Nomesmo ano, é <strong>de</strong>clarado pela Secretaria<strong>de</strong> Estado da Cultura como projecto <strong>de</strong>Manifesto Interesse Cultural. Até 2003 ogrupo estreita a sua relação com o mercadoespanhol e os concertos suce<strong>de</strong>m-‐se em festivais por toda a Península,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Galiza à Andaluzia passandopelas Canárias. Em 2004 regressa aMacau e representa Portugal na Festa daLusofonia.Em 2005 grava o CD Sátiro, um álbumque amplia e reinventa as costumadasviagens do grupo pelo reino da imaginação,da contradição e da audácia.Em 2006, após a apresentação <strong>de</strong>Sátiro no CCB, é convidado a abrir oFestival da WDR-Berlim, Prix-Europa,sendo em 2007 escolhido para a SecçãoOficial da Womex, cuja actuação foi consi<strong>de</strong>radapelo público uma das melhoresdo ano.Ao longo da sua história os Gaiteirostêm colaborado <strong>de</strong> forma regular comgrupos e artistas como Sérgio Godinho(O Irmão do Meio), Adiafa (Está o balhoarmado), Vozes da Rádio (Mapa do coração),bem como com os grupos corsos egalegos Leilia, Xouteira e Treixadura comquem partilha o projecto Ponte... nasOndas. Em 2003, a convite <strong>de</strong> HenriqueAmaro, homenageiam Carlos Pare<strong>de</strong>sno trabalho discográfico MovimentosPerpétuos.A marca distintiva dos Gaiteiroscontinua a ser a constante busca <strong>de</strong>novas sonorida<strong>de</strong>s, a inovação e acriativida<strong>de</strong> aplicadas à construção <strong>de</strong>instrumentos concebidos pelo própriogrupo (Túbaros <strong>de</strong> Orpheu, Orgaz,Cabeça<strong>de</strong>compressorofone, Clarineteacabaçado, Tubarões ou Serafina).Em 2008 regressam à estrada, <strong>de</strong>stafeita com José Martins nas percussões,celebrando 15 anos <strong>de</strong> emocionantesaventuras por territórios <strong>de</strong> música tradicionalportuguesa.Próximo espectáculoCristóbalRepettoMúsica Seg 3 <strong>de</strong> NovembroGran<strong>de</strong> Auditório · 21h30 · Dur. 1h30 · M12Voz Cristóbal RepettoGuitarra Ariel ArgañarazNascido em 1979 em Maipú, província <strong>de</strong>Buenos Aires, Cristóbal Repetto é dono<strong>de</strong> um canto longe do lugar comum,que vai muito para além da ida<strong>de</strong> e dosgéneros. Tem, simultaneamente, a vozmais velha e mais nova do tango. Velhapelo seu timbre e pelo seu estilo, quenos recordam <strong>de</strong> imediato Gar<strong>de</strong>l e osom das grafonolas, velha porque recuperacanções antigas esquecidas, novaporque quer a sua voz, quer a formacomo canta, são únicas.Síntese entre o crioulo e o urbano,apresenta-se neste concerto acompanhadoapenas por uma guitarra,recuperando canções que estavam <strong>de</strong>stinadasa permanecer no esquecimentoou na recordação <strong>de</strong> muito poucos.Foi assim construindo um repertório<strong>de</strong> tangos, valsas e canções crioulas.Descoberto por Daniel Melingo (um dosmais conhecidos inovadores do tango),com ele dividiu mais <strong>de</strong> vinte concertosem diferentes palcos <strong>de</strong> Buenos Aires eMontevi<strong>de</strong>o.Editou o seu primeiro disco em 2004,com produção artística <strong>de</strong> GustavoSantaolalla, que foi nomeado para osPrémios Garnel para Melhor ÁlbumMasculino <strong>de</strong> Tango. Com o lendáriocantor Juan Carlos Godoy gravou odisco Café <strong>de</strong> los Maestros, também produzidopor Santaolalla e nomeado paraos Grammy Latinos 2006.Cristóbal Repetto é um gran<strong>de</strong> intérprete,<strong>de</strong>sconhecido em Portugal, masque é urgente <strong>de</strong>scobrir.Os portadores <strong>de</strong> bilhete para o espectáculotêm acesso ao parque <strong>de</strong> estacionamento da Caixa Geral <strong>de</strong> Depósitos.


Conselho <strong>de</strong> AdministraçãoPresi<strong>de</strong>nteAntónio MaldonadoGonelhaAdministradoresMiguel Lobo AntunesMargarida FerrazAssessoresDançaGil MendoTeatroFrancisco FrazãoArte ContemporâneaMiguel Wandschnei<strong>de</strong>rServiço EducativoRaquel Ribeiro dos SantosAna Feteira MonteiroestagiáriaDirecção <strong>de</strong> ProduçãoMargarida MotaProdução e SecretariadoPatrícia BlázquezMariana Cardoso<strong>de</strong> LemosJorge EpifânioExposiçõesCoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> ProduçãoMário ValenteProdução e MontagemAntónio Sequeira LopesProduçãoPaula Tavares dos SantosMontagemFernando Teixeira<strong>Culturgest</strong> PortoSusana SameiroComunicaçãoFilipe Folha<strong>de</strong>la MoreiraAna Raquel AbelhaestagiáriaPublicaçõesMarta CardosoRosário Sousa MachadoMaria Ana FreitasActivida<strong>de</strong>s ComerciaisCatarina CarmonaServiços Administrativos e FinanceirosCristina RibeiroPaulo SilvaDirecção TécnicaEugénio SenaDirecção <strong>de</strong> Cena e LuzesHorácio Fernan<strong>de</strong>sAssistente <strong>de</strong> direcção cenotécnicaJosé Manuel RodriguesAudiovisuaisAmérico Firmino chefe<strong>de</strong> imagemPaulo Abrantes chefe<strong>de</strong> áudioTiago BernardoIluminação <strong>de</strong> CenaFernando Ricardo chefeNuno AlvesMaquinaria <strong>de</strong> CenaJosé Luís Pereira chefeAlcino FerreiraTécnico AuxiliarÁlvaro CoelhoFrente <strong>de</strong> CasaRute SousaBilheteiraManuela FialhoEdgar Andra<strong>de</strong>Paula Pires TavaresRecepçãoTeresa FigueiredoSofia Fernan<strong>de</strong>sAuxiliar AdministrativoNuno CunhaColecção <strong>de</strong> Arteda Caixa Geral <strong>de</strong> DepósitosIsabel Corte-RealValter ManhosoEdifício Se<strong>de</strong> da CGDRua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa, Piso 1Tel: 21 790 51 55 · Fax: 21 848 39 03culturgest@cgd.pt · www.culturgest.pt<strong>Culturgest</strong>, uma casa do mundo

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