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O Homem - Unama

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www.nead.unama.brárvores, agora tranqüilas e confortadas; as mesmas paineiras sussurrantes, oinalterável regato de águas diamantinas em que se destacavam os nenúfares,formando pequenas ilhas cor de esmeralda e guarnecidas de grandes floresvermelhas e brancas. E, como para se certificar de que o seu amado ainda eratambém o mesmo, pôs-se a tatear-lhe a musculatura dos braços e do peito.— Era ele mesmo! Era! Nem outro possuía aquela rijeza de carnes juntoàquela maciez de pele.Apalpou-o todo. Depois, como se ainda não estivesse bem convencida,esfregou o rosto nas barbas dele, meteu os dedos por entre os anéis do seu cabelo,cheirou-lhe a boca.— Era! Era o mesmo! Cheirava a murta.E beijou-o.Olha, falou o moço. — Enquanto dormias tu, andei por aí colhendo estasfrutas. Deves sentir fome.— E' verdade, respondeu Magda. — Tenho uma fome enorme. Há muitotempo que não como.E ergueu-se a meio para o banquete.— Vê como são boas... Observou o outro, trincando um cajá e levando-lhe àboca o pedaço que tinha entre dentes.boca.Ela comeu e pediu outro bocado, mas queria assim mesmo — de boca para— Como é bom! Como é bom! Repetia batendo palmas.— Estes, que estão picados de passarinho, são os mais doces. Olha!experimenta.Ela afinal deitou-se no colo dele, para comer à moda das crianças. O rapazescolhia os melhores frutos, mordia-os primeiro e dividia o pedaço com ela, ambos arirem-se muito desta brincadeira.— Mais! Mais!Ele mostrou uma grande manga.— Oh! Que bela! Exclamou a filha do Conselheiro, tomando em cheio nasmãozinhas a imensa manga que o companheiro lhe apresentava. E, farta de admirála,lembrou com um repente— Vamos chupá-la os dois juntos?...— Como?— Deita-te aqui no chão, ao meu lado. Assim!54

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