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Indicadores e Metas Gerais - Ministério da Cultura

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série de deficiências, e não logra acompanhar, e muito menos colecionar a produção<br />

contemporânea, conforme aponta a pesquisa “Economia <strong>da</strong>s exposições de arte<br />

contemporânea”.<br />

Nessa conjuntura, não causa espanto que a produção brasileira contemporânea<br />

encontre-se representa<strong>da</strong> em importantes museus do Hemisfério Norte e também <strong>da</strong> Ásia e<br />

do Oriente Médio, enquanto os acervos institucionais brasileiros não conseguem acompanhar<br />

tal internacionalização.<br />

Percebe-se uma defasagem entre o circuito institucional, o pólo <strong>da</strong> produção e o<br />

mercado de arte. Esse fenômeno apenas se anunciou na pesquisa supra-referi<strong>da</strong> e está sendo<br />

explorado em mais detalhe pela pesquisa sobre o mercado de arte contemporânea ABACT-<br />

APEX. Embora os resultados desse segundo estudo ain<strong>da</strong> estejam em fase de consoli<strong>da</strong>ção,<br />

não poderíamos deixar de mencionar que o mercado parece assumir, ca<strong>da</strong> vez mais, papel<br />

estruturante no sistema brasileiro de arte contemporânea (FIALHO, 2010). Galerias comerciais<br />

e colecionadores particulares fomentam ativamente a produção e a circulação <strong>da</strong>s obras,<br />

participam de sua vali<strong>da</strong>ção, realizam sua catalogação, organizam debates e publicações sobre<br />

elas e capitaneiam sua inserção internacional. Incorporam, portanto, algumas <strong>da</strong>s funções que,<br />

tradicionalmente, estavam concentra<strong>da</strong>s nas instituições do circuito expositivo institucional.<br />

3.4 Fragili<strong>da</strong>de institucional e inserção internacional<br />

As diversas instâncias do mundo <strong>da</strong>s artes no Brasil ambicionam uma inserção<br />

internacional, mas que o grau e a capaci<strong>da</strong>de de internacionalização de ca<strong>da</strong> uma delas difere<br />

significativamente. De um lado, o campo <strong>da</strong> produção artística e do mercado, com uma<br />

crescente internacionalização, e, no outro extremo, as instituições públicas que atuam, em sua<br />

maioria, num contexto local/regional e têm baixa inserção internacional.<br />

Um exemplo: a única instituição que coleciona e exibe, de forma permanente, um<br />

panorama <strong>da</strong> arte brasileira atual em diálogo com a produção internacional é o Instituto de<br />

Arte Contemporânea de Inhotim, fun<strong>da</strong>ção priva<strong>da</strong> que recebe recursos públicos por meio <strong>da</strong>s<br />

leis de incentivo fiscal e que abriga a coleção do industrial Bernardo Paz 24 .<br />

Já os museus públicos enfrentam uma grande dificul<strong>da</strong>de na formação de coleções que<br />

contemplem a produção contemporânea internacional. Na ver<strong>da</strong>de, nem mesmo a produção<br />

24 O instituto tem três curadores: o brasileiro Rodrigo Moura, Allan Schwartzman, um dos fun<strong>da</strong>dores do New<br />

Museum e consultor de coleções priva<strong>da</strong>s nos Estados Unidos, e Jochen Voltz, que trabalhou quatro anos na galeria<br />

Neugerriemschneider, uma <strong>da</strong>s mais importantes de Berlim. Essa galeria, aliás, representa alguns dos artistas que<br />

hoje fazem parte <strong>da</strong> coleção <strong>da</strong> instituição.

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