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Indicadores e Metas Gerais - Ministério da Cultura

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território brasileiro. Nesse contexto, dimensões como visibili<strong>da</strong>de, circulação, comercialização,<br />

parcerias e itinerâncias revelam-se fun<strong>da</strong>mentais na análise <strong>da</strong> produção artística<br />

contemporânea e de seu impacto econômico. Num contexto onde as instituições não são o<br />

pilar mais forte e estável do sistema, como o caso brasileiro, a instância que vem assumindo<br />

um papel ca<strong>da</strong> vez mais importante como propulsora desses processos é o mercado. Em<br />

contraponto, a atuação de espaços independentes e residências artísticas se multiplicam e<br />

contribuem para a construção de redes dinâmicas que escapam <strong>da</strong> lógica comercial e <strong>da</strong><br />

morosi<strong>da</strong>de institucional. Importante, portanto, estabelecer indicadores para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s<br />

instâncias, pois embora interdependentes, ca<strong>da</strong> qual possui dinâmicas próprias e interferem<br />

diferentemente no funcionamento do sistema.<br />

3.2 O sistema de arte contemporânea e o cenário internacional<br />

Para melhor compreender a inserção <strong>da</strong> arte contemporânea brasileira no cenário<br />

internacional, e assim melhor direcionar as políticas públicas nessa área, é necessário<br />

considerar as determinantes de uma mu<strong>da</strong>nça do mapa mundial <strong>da</strong>s artes, observa<strong>da</strong> a partir<br />

dos anos 80.<br />

Segundo Ana Letícia Fialho,<br />

podemos identificar pelo menos duas fases bastante distintas no processo de expansão<br />

do mapa <strong>da</strong> arte contemporânea em escala global: a primeira se situa entre o final dos<br />

anos 1980 e o começo dos anos 1990, quando ocorre uma renovação controla<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

oferta (MOULIN, 2000), com a expansão de fronteiras do mapa <strong>da</strong>s artes a partir do<br />

“centro” e com um foco na produção artística; a segun<strong>da</strong> começa no final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong><br />

de 1990 e ain<strong>da</strong> se encontra em curso, na qual observamos o início de uma<br />

descentralização e <strong>da</strong> multiplicação dos circuitos de legitimação 17 .<br />

A pesquisadora observa que, no final dos anos 1980, agentes <strong>da</strong> cena artística<br />

internacional, centraliza<strong>da</strong> no eixo Europa Ocidental-Estados Unidos, começam a integrar ca<strong>da</strong><br />

vez mais artistas de regiões “periféricas” em seus discursos e práticas.<br />

Fora do eixo central, Bienais e outros eventos, assim como instituições de arte<br />

contemporânea começam a se multiplicar, e agentes que atuavam em escala regional<br />

passam a buscar visibili<strong>da</strong>de e inserção internacional, pressionando as fronteiras até<br />

então bem delimita<strong>da</strong>s do mainstream internacional. Num contexto histórico mais<br />

17 FIALHO, Ana Letícia. O Brasil está no mapa? Reflexões sobre a inserção e a visibili<strong>da</strong>de do Brasil no mapa<br />

internacional <strong>da</strong>s artes. Texto publicado em: FUNDAJ (org.), Depois do Muro, Fun<strong>da</strong>ção Joaquim Nabuco/Editora<br />

Massagana, 2010.

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