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ATS Avaliação de Tecnologias em Saúde - Unimed do Brasil

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<strong>ATS</strong>Avaliação <strong>de</strong> <strong>Tecnologias</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>Dr Carlos Augusto Cardim <strong>de</strong> OliveiraCoor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Técnico da CTNMBE


Conteú<strong>do</strong>• Cenários• Conceitos básicos• Como fazer• Qu<strong>em</strong> faz• Como faz<strong>em</strong>os


Cenário IIIReflexos <strong>do</strong> cenário anteriorQUIMIOTERAPIACusto Médio Mensal por paciente (R$)(um contrato <strong>de</strong> SC )10.000,009.000,008.000,007.000,006.000,005.000,004.000,003.000,002.000,001.000,00-7.378,53 7.658,228.938,82 9.197,232007 2008 2009 jan/10 amai/10


Cenário IVEvolução tecnológica133 novasmoléculasDe 1998 a2003415 novosregistros noFDA58 (14%)combenefíciosuperiorO que <strong>de</strong>ve ser incorpora<strong>do</strong>Rev Saú<strong>de</strong>Pública2010;44(3):421-9


Cenário IVJudicialização da Medicina


Alguns resulta<strong>do</strong>s• Em 2006, foram gastos 65 milhões <strong>de</strong> reais pelo esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> SP com<strong>de</strong>cisões judiciais para aten<strong>de</strong>r 3.600 pessoas(R$18.056,00/pessoa)• Gasto total <strong>em</strong> medicamentos: 1,2 bilhão <strong>de</strong> reais(ações judiciais = 5,4%)• Foram analisadas 2.927 ações ajuizadas por 565 agentes, <strong>do</strong>s quais549 eram advoga<strong>do</strong>s particulares (97,2% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> agentes)• 35% das ações foram apresentadas por 1% <strong>do</strong>s advoga<strong>do</strong>s• Mais <strong>de</strong> 70% das ações ajuizadas para certos medicamentos são<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um advoga<strong>do</strong>.


Ainda sobre judicialização• O sanitarista Mário Scheffer, da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Medicina da USP (FMUSP), apresentourecent<strong>em</strong>ente t<strong>em</strong>a <strong>de</strong> dissertação <strong>de</strong>mestra<strong>do</strong> sob o t<strong>em</strong>a: “Os planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>nos tribunais: uma análise das ações judiciaismovidas por clientes <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,relacionadas à negação <strong>de</strong> coberturasassistenciais no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo”.


Alguns resulta<strong>do</strong>sNão estão sen<strong>do</strong>questionadas• De um total <strong>de</strong> 478 menções, prevalec<strong>em</strong> as neoplasias (20,3%),<strong>do</strong>enças <strong>do</strong> aparelho circulatório (16,3%) evidências e <strong>do</strong>enças infecciosas <strong>de</strong>(11,1%).efetivida<strong>de</strong>?• Argumentos usa<strong>do</strong>s pelas opera<strong>do</strong>ras para sua <strong>de</strong>fesa <strong>em</strong> juízo:– existência <strong>de</strong> cláusula exclu<strong>de</strong>nte no contrato;– <strong>do</strong>ença preexistente;– o médico/hospital não cre<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>;– a garantia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> irrestrita é <strong>de</strong>ver <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e não <strong>do</strong> plano <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>;– o procedimento não está incluí<strong>do</strong> na tabela AMB vigente;– a finalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> procedimento é estética;– o usuário está inadimplente no pagamento da mensalida<strong>de</strong>;– o procedimento não está incluí<strong>do</strong> no Rol <strong>de</strong> Alta Complexida<strong>de</strong> daANS.http://extranet.ffm.br/<strong>de</strong>fault.aspx?pagid=JRICTNTI


Ações Judiciais <strong>em</strong> SC na área <strong>de</strong> autorizações (2006 - 2010)6873752020062007200820092010


<strong>ATS</strong>Avaliação <strong>de</strong> <strong>Tecnologias</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>• Evoluiu a partir <strong>do</strong> final <strong>do</strong>s anos 70 com o propósito <strong>de</strong> unir amelhor evidência científica disponível para ajudar<strong>de</strong>cisores, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e pacientes a enten<strong>de</strong>r ovalor relativo das tecnologias. (Gabbay 2006)• <strong>ATS</strong> avalia a segurança, a efetivida<strong>de</strong>, os custos dastecnologias e, i<strong>de</strong>almente, <strong>de</strong>ve realizar uma avaliação maisampla <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista ético e social.


• O conceito <strong>de</strong> tecnologia <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma amplae engloba todas as intervenções que possam ser utilizadaspara promover a saú<strong>de</strong>, prevenir, diagnosticar ou tratarenfermida<strong>de</strong>s e reabilitar ou cuidar <strong>em</strong> longo prazo <strong>de</strong>pacientes. (INAHTA, glosario <strong>de</strong> términos <strong>de</strong> ETS realiza<strong>do</strong> en conjunto con HTAi- http://www.inahta.org/HTA/Glossary/).MedicamentosSist<strong>em</strong>as <strong>de</strong>organização e suporteProcedimentosDispositivos


• Por esta razão, <strong>ATS</strong> é consi<strong>de</strong>rada uma ponte entre o mun<strong>do</strong>da evidência e o mun<strong>do</strong> da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>.(Battista 1999)• A MBE foi <strong>de</strong>finida por Sackett como o uso da melhorevidência disponível na toma <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões sobre o cuida<strong>do</strong> <strong>de</strong>pacientes individuais (Sackett 1996)• Ao ser <strong>em</strong>pregada para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobreintervenções ou dispositivos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a procedimentos <strong>em</strong>saú<strong>de</strong>, a utilida<strong>de</strong> da MBE esten<strong>de</strong>-se a grupos e populações


• <strong>ATS</strong> envolve um conceito amplo, ao consi<strong>de</strong>rar comoa intervenção se integrará ao processo <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>clínico:– estrutura <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,– preços,– fabricantes relaciona<strong>do</strong>s e– fatores sociais como as preferências <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> umapopulação


Perguntas <strong>em</strong> <strong>ATS</strong>Na <strong>ATS</strong>, a pergunta fundamentala ser respondida é“esta tecnologia vale a pena?”• A tecnologia é efetiva? A resposta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> MBE• Quais são os custos para a instituição paga<strong>do</strong>ra?• Como se comporta esta tecnologia quan<strong>do</strong> comparada com asexistentes?• Quais são os requisitos organizacionais para que ela tenhabom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho?• Po<strong>de</strong> estar disponível para to<strong>do</strong>s?


O processo da incorporação tecnológicaPo<strong>de</strong>funcionar?Funciona?Vale a pena?Desenvolvimentoda evidênciaMBE<strong>ATS</strong>Adapta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Drummond 2008DiretrizesDecisãosobrecobertura


Qu<strong>em</strong> faz <strong>ATS</strong>International Network ofAgencies for HealthTechnology Assessment• Organização s<strong>em</strong> fins lucrativos criada <strong>em</strong> 1993 e hojecom 50 agências <strong>em</strong> 26 países. To<strong>do</strong>s os m<strong>em</strong>bros sãoorganizações s<strong>em</strong> fins lucrativos ligadas a instituições governamentais


A Re<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> <strong>Tecnologias</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (Rebrats) éuma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> instituições que atuam com o objetivo <strong>de</strong> promover edifundir a Avaliação <strong>de</strong> <strong>Tecnologias</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (<strong>ATS</strong>) no <strong>Brasil</strong>. Sãoprincípios nortea<strong>do</strong>res a qualida<strong>de</strong> e excelência na conexão entrepesquisa, política e gestão nas diversas fases <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>tecnologias (incorporação, difusão, aban<strong>do</strong>no), no t<strong>em</strong>po oportuno eno contexto para o qual a atenção é prestada.


Como nós faz<strong>em</strong>os


Claudia Regina <strong>de</strong> O. CantanhedaValfre<strong>do</strong> da Mota MenezesCTNMBE<strong>Unimed</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>Silvana Márcia Bruschi KellesIzabel Cristina A Men<strong>do</strong>nçaMaria Elisa Gonzáles MansoLuiz Henrique P. FurlanAlexandre PagnoncelliJurimar AlonsoGiovanni Cesar Xavier GrossiFrancisco José <strong>de</strong> Freitas LimaCarlos Augusto Cardim <strong>de</strong> Oliveira


ColégioNacionalAuditoresCoopera<strong>do</strong>sAss MédicaUd <strong>Brasil</strong>CâmaraOncologiaCTNMBEFe<strong>de</strong>raçõesPacientesSingularesAss Jurídica


CTNMBE: processo <strong>de</strong> construção<strong>de</strong> recomendação


Solicitação <strong>de</strong> parecer sobre tecnologia vinda <strong>de</strong>auditoresDivulgação para toda a CTNMBE procuran<strong>do</strong>saber se alguém já está estudan<strong>do</strong> o t<strong>em</strong>aT<strong>em</strong>a já estuda<strong>do</strong> é divulga<strong>do</strong> ao<strong>de</strong>mandante, ou inicia-se um novo estu<strong>do</strong>Recomendação estadual é publicada para oesta<strong>do</strong> e divulgadaTexto estadual é revisa<strong>do</strong> por outros m<strong>em</strong>brosda CTNMBE e leva<strong>do</strong> para discussão na reuniãopresencial e publicação nacional e divulgação


Câmara Técnica <strong>de</strong> Medicina Baseada <strong>em</strong> EvidênciasSist<strong>em</strong>a <strong>Unimed</strong> (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> nov/05)Recomendações publicadas no Portal <strong>Unimed</strong>• 376 recomendações publicadas•Abertas: 57•Estaduais: 319


Contatos por e.mail ediscussões <strong>em</strong> forum


Dois casos concretos


CASO CLÍNICOSolicitação <strong>de</strong> tratamento.ID: pact XX, 71 anos, masculino.HDA: Apresenta insuficiência arterial crônica <strong>do</strong>s MsIs.Evoluiu com <strong>do</strong>r <strong>em</strong> repouso no m<strong>em</strong>bro inferior direito.Apresenta lesões multi-segmentares nesta árvore arterial.Lesões na AFS, poplítea, tibial anterior, posterior e fibular.Co-morbida<strong>de</strong>s: O paciente é porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> diabetes, cardiopatia isquêmica comIAM prévio e FE = 40%. Apresenta também varizes <strong>de</strong> MsIs e já foisafenectomiza<strong>do</strong> bilateralmente.Realizou Angiotomografia (encaminho o lau<strong>do</strong>).Solicito tto. En<strong>do</strong>vascular com implante <strong>de</strong> stents no MID conforme a guia TISS jáencaminhada.Att.Dr. XXXXXXXXX.


Solicitação <strong>de</strong> tratamento.Solicitação para o M<strong>em</strong>bro Inferior Direito.1) Angioplastia <strong>de</strong> f<strong>em</strong>. superficial (AFS) e implante <strong>de</strong> stent.2) Angioplastia <strong>de</strong> poplítea e implante <strong>de</strong> stent.3) Angioplastia <strong>de</strong> tibial anterior e implante <strong>de</strong> stent.4) Angioplastia <strong>de</strong> tibial posterior e implante <strong>de</strong> stent.5) Angioplastia <strong>de</strong> peroneira e implante <strong>de</strong> stent.


A investigação <strong>de</strong> auxílio diagnóstico (Angiotomografia) i<strong>de</strong>ntificou:a) AFS (angioplastia <strong>de</strong> art f<strong>em</strong>) à direita: estenose mo<strong>de</strong>rada e focal.b) A. profunda à direita não está <strong>de</strong>scrita no lau<strong>do</strong>.c)A. poplítea direita NÃO APRESENTA ESTENOSE SIGNIFICATIVA.d) A. tibial anterior à direita ocluída.e) Estenose significativa <strong>do</strong> tronco tibio-fibular, por CURTO SEGMENTO.f) As artérias tibial posterior e fibular são pérvias distalmente.


Expliquei a colega que, as suas explicações/justificativas nãosuportam a absorção <strong>de</strong>sta tecnologia para este paciente faceàs evidências disponíveis......O colega confirmou que tal estu<strong>do</strong> ainda não foi produzi<strong>do</strong> eaceitou b<strong>em</strong> a argumentação...Esclareci que não houve negativa <strong>do</strong> procedimento <strong>em</strong> si, massim um parecer favorável para o tratamento en<strong>do</strong>vascularcom angioplastia "pura" das lesões e que os stents somenteseriam autoriza<strong>do</strong>s após o envio <strong>de</strong> imagens quecomprovass<strong>em</strong> complicações <strong>de</strong>correntes da angioplastiapassíveis <strong>de</strong> tratamento com stents seletivos.Isto posto, encerramos o contato telefônico <strong>de</strong> maneiraeducada e ética.


Um caso oncológico• MF, atualmente com 40 anos• A<strong>de</strong>nocarcinoma <strong>de</strong> mama, T3 N1 M0, estadio III, diagnostica<strong>do</strong><strong>em</strong> 2006. Após cirurgia recebeu QT adjuvante...• Solicita<strong>do</strong> trastuzumab (Herceptin®) adjuvante <strong>em</strong> ago/06• Anátomo patológico T3 (7cm) N1. RE+ Cerb+++ (marca<strong>do</strong>respecífico para uso <strong>de</strong> trastuzumab). Ecocardiograma normal.Recebeu Herceptin® adjuvante...• Em jul/08 solicita<strong>do</strong> carboplatina, <strong>do</strong>cetaxel e herceptin. Biópsiaaspirativa <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> <strong>do</strong>ença metastática <strong>em</strong> linfono<strong>do</strong>subclavicular.• O uso <strong>de</strong> carboplatina foi <strong>de</strong>sencoraja<strong>do</strong> pela ausência <strong>de</strong>evidências para <strong>do</strong>ença metastática


Incorporações <strong>de</strong> tecnologias à cobertura da<strong>Unimed</strong>-BH <strong>em</strong> cinco anosTecnologia incorporada22%Tecnologia incorporadamediante critériosTecnologia não-incorporada37%41%


Análise comparativa da utilização <strong>de</strong><strong>Unimed</strong> A<strong>Unimed</strong> B41%27%59%73%<strong>Unimed</strong> C?Canadá26%30%74%70%


Câmara Técnica Nacional <strong>de</strong>Medicina Baseada <strong>em</strong>EvidênciaPasso a passo para visualização daspublicações no Portal <strong>Unimed</strong>


RecomendaçõesNacionais1° PassoAbra o navega<strong>do</strong>r e digite o en<strong>de</strong>reçowww.unimed.com.br/profissionaisdasau<strong>de</strong>


2° PassoCom a página aberta, clique naseção Conteú<strong>do</strong> Científico, nomenu lateral


3° PassoA seção Conteú<strong>do</strong> Científico conta com 3subítens <strong>de</strong> menu. Clique <strong>em</strong> CâmaraNacional <strong>de</strong> MBE para chegar até asrecomendações nacionais


4° PassoNeste espaço estão publicadas todasas recomendações aprovadas pelaCâmara Nacional <strong>de</strong> MBE. Cliquesobre elas para saber mais


RecomendaçõesEstaduais1° PassoNo navega<strong>do</strong>r digite o en<strong>de</strong>reçowww.unimed.com.br e entre como seu login e sua senha


2° PassoCom a página aberta, clique naseção Áreas e <strong>de</strong>pois <strong>em</strong>Câmara Técnica <strong>de</strong> MedicinaBaseada <strong>em</strong> Evidência


2° PassoA busca pelaspublicaçõesestaduais po<strong>de</strong> serfeita através <strong>de</strong>palavras-chave oupela seleção <strong>do</strong>esta<strong>do</strong>


cardim@portalunimed.com.brcardim@unimedsc.com.brObriga<strong>do</strong>!

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