09.07.2015 Views

É POSSÍVEL FORMAR PROFESSORES ... - Intranet.fia.edu.br

É POSSÍVEL FORMAR PROFESSORES ... - Intranet.fia.edu.br

É POSSÍVEL FORMAR PROFESSORES ... - Intranet.fia.edu.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Vol. II N. 2 Jul – Dez / 2006 pp. 69 -77ISSN 1809-3604<strong>É</strong> <strong>POSSÍVEL</strong> <strong>FORMAR</strong> <strong>PROFESSORES</strong> REFLEXIVOS QUE POSSAMSITUAR-SE EM NÍVEIS DA REALIDADE ESCOLAR?CONSIDERAÇÕES ACERCA DA FORMAÇÃO DE <strong>PROFESSORES</strong> NA CONSTRUÇÃO DEUMA ESCOLA REFLEXIVALuciana Miyuki Sado Utsumi *RESUMO: Este estudo tem como pressuposto que o papel do professor implicauma responsabilidade que resulta em exigência de aperfeiçoamento constante. Talprofessor corresponde ao profissional manifestando atitude de reflexão so<strong>br</strong>e suaprática, não apenas em sua preparação, mas durante o seu desenrolar e depoisdesta, procurando extrair da própria ação elementos que ajudem a melhorá-laconstantemente. Assim, ressalto a importância do progresso da escola emconsonância com a profissionalização do trabalho docente, através da consideraçãode cada contexto específico, num movimento de busca de sentido para o ensino epara a aprendizagem.PALAVRAS-CHAVE: Professor bem-sucedido - Prática reflexiva - Professorreflexivo - Formação de Professores.ABSTRACT: This study assumes the teacher’s role as one of much responsibilitydemanding constant improvement. The teacher herein mentioned is one engaged inthe teaching practice, reflecting upon the latter, not only prior to and during thepreparation but also during the progress and still after with the objective of extractingfrom the actions, elements which aid in a constant improvement of the process. Withthe above mentioned, it is important to note the development of the school alignedwith the professionalization of the teaching practice, through the consideration ofeach specific context following a search meaning movement for the teaching andlearning practices.KEY-WORDS: Well succeeded teacher - Reflexive Practice - Reflexive Teacher -Teacher Development.*Mestre em Educação pela Faculdade de Educação e Letras da Universidade Metodista de São Paulo –UMESP (Programa de Pós-graduação em Educação), atua na coordenação pedagógica do Colégio IntegradoAmericano. E-mail: lucianasado@integrado.<strong>br</strong>; lucianasado@<strong>fia</strong>.<strong>edu</strong>.<strong>br</strong>).


Considerações iniciaisO professor dissertaSo<strong>br</strong>e ponto difícil do programa.Um aluno dorme,Cansado das canseiras desta vida.O professor vai sacudi-lo?Vai repreendê-lo?Não.O professor baixa a vozCom medo de acordá-lo...(Carlos Drummond de Andrade)As teorias de cunho pragmático para a resolução imediata de problemas práticossurgiram como justificativa nos discursos do professor reflexivo e “pipocaram” nadécada de 90, especificamente nas políticas de formação de professores,descaracterizando seu papel formativo propriamente dito - em alguns casos - porsucumbirem ao modismo e à s<strong>edu</strong>ção de respostas e soluções ditas ‘inéditas’. Apartir daí, tornava-se inevitável que muitos professores quisessem se tornarreflexivos, muitos por sua própria conta e responsabilidade, sentindo-sepressionados por mais uma exigência profissional, não bastasse tantas outras.Assim, quando nos deparamos com algo que está em evidência (modismo),raramente nos damos conta de que o velho foi (re)vestido de novo. Isto decorre dofato de que, muitas vezes, esta percepção se dá quando nós – os professores -aplicamos tais propostas no cotidiano escolar e verificamos, com perplexidade, quejá conhecíamos tais propostas ditas inovadoras e – para nossa surpresa! – estas jávinham sendo aplicadas em muitas das nossas práticas docentes. Embora se saibaque a pesquisa <strong>edu</strong>cacional se empenha em encontrar caminhos alternativos para aformação dos professores, muitas vezes esses caminhos já foram trilhados pelospróprios professores, evidenciando a importância de se articular a construção deconhecimentos acadêmico-científicos com os professores, de modo que os objetivosda <strong>edu</strong>cação e do estudo da <strong>edu</strong>cação possam fundir-se na ação.Uma idéia da atualidade é a de que o professor não pode agir isoladamente nasua escola, mas deve construir a sua profissionalidade docente em interação comseus pares. Isto justamente porque o modelo de profissional reflexivo supôs umreconhecimento da análise das perspectivas e valores pessoais que sustentam aprática dos professores, valorizando a importância dos aspectos relacionados comos sentimentos e desejos que sustentam o compromisso pessoal com o trabalho


docente. Como se sabe, a prática reflexiva na e so<strong>br</strong>e a ação pedagógica é quepossibilita o desenvolvimento efetivo de competências profissionais, haja vista que oprofissional do ensino, em pleno século XXI, precisa, indubitavelmente,compreender que a competência profissional se constrói como qualidade a seradquirida em dimensões tais como a filosófica, social, subjetiva, humana ou técnica.<strong>É</strong> assim que a reflexão - que os professores e as professoras realizam -evidencia que o ato <strong>edu</strong>cativo ou a ação pedagógica se efetiva como ato intencional,com vistas a uma ação pedagógica eficaz. Libâneo (2002) expressa a necessidadede adotar-se uma concepção crítica de reflexividade, que se proponha a ajudar osprofessores no fazer-pensar de suas práticas de ensino, possibilitando-lhesultrapassar a concepção de reflexão associada somente aos conflitos e dificuldadesmais imediatos de suas práticas docentes.O professor reflexivo é aquele profissional capacitado a assumir um tipo decoerência mesmo em situações caóticas, uma vez que escuta e refaz suaconcepção do problema através de uma conversação reflexiva com os elementos deuma dada situação. Em outro aspecto, é o professor caracterizado por sua prontidãopara analisar seus erros, tentar na sua prática usar experimentos pensados eexaminar criticamente seus próprios raciocínios. <strong>É</strong> desa<strong>fia</strong>do continuamente paraaprender algo novo, parece sempre pronto a ver seus erros como fonte de enigmasa serem elucidados, a fim de melhorar sua prática cotidiana de ensino. Para oprofessor reflexivo, a competência e a consciência profissionais consistem nadisponibilidade para tentar tudo o que for possível para conjurar o fracasso.Como a dimensão afetiva e emocional está na base do desenvolvimento dasensibilidade moral, dá sentido humano ao trabalho do professor, na medida em queele e ela não podem esperar desenvolver uma prática autônoma, comprometida comdeterminados valores, sem prestar atenção aos seus sentimentos. Se a força quesustenta o compromisso profissional é o desejo, como diz Contreras (2002), odesenvolvimento emocional é indubitavelmente importante para uma autonomiaprofissional madura. O professor reflexivo precisa tomar conhecimento de que éinsustentável ser perfeito em tudo que lhe é exigido no seu trabalho. Quando admitee internaliza “uma certa imperfeição” – que, aliás, é uma condição humana – o(a)professor(a) consegue parar, refletir e reformular aquilo que faz. Porém, é precisoque tenha condições de assumir esta postura reflexiva com segurança e empenho,


em direção à compreensão e à superação daquilo que impede uma açãopedagógica eficaz de sua parte.Refletir criticamente significa colocar-se no contexto de uma ação, na história dasituação, participar em uma atividade social e assumir postura clara ante osproblemas. Significa, so<strong>br</strong>etudo, explorar a natureza social e histórica, tanto denossa relação como atores nas práticas institucionalizadas da <strong>edu</strong>cação, como arelação entre nosso pensamento e nossa ação <strong>edu</strong>cativa. A par dessasconsiderações, acredito que as Professoras têm dificuldade de explicitar que taiselementos (já citados) encontram-se articulados às suas ações e pensamentos<strong>edu</strong>cativos, bem como são subjacentes às suas práticas pedagógicas. Nestesentido, é fundamental que o professor possa vir a refletir criticamente, de modo quepossa ter consciência clara e explícita do porquê faz assim e não de outro modo.Nesta perspectiva, a escola tem de ser organizada de modo a criar condiçõespara a prática reflexiva individual e coletiva, posto que do mesmo modo como seusprofessores precisam ser reflexivos, esta também tem de se tornar uma escolareflexiva. Há, em âmbito escolar, necessidade de espaços de liberdade eresponsabilidade que favoreçam a capacidade reflexiva dos professores, em que aexpressão e o diálogo assumam um papel relevante para o aperfeiçoamentocontínuo dos professores. Assim, tanto para a escola quanto para os professores, apresença da atitude constante de reflexão manterá acesa a importante questãorelativa à função que os professores e a escola desempenham na sociedade eajudará a equacionar e a resolver dilemas e problemas do cotidiano escolar.Em face de tais evidências, é inevitável perguntar: é possível termos umprofessor reflexivo ideal nos termos efetivos da escola usual, isto é, que possasituar-se em nível real???Penso que é expressamente desejável a existência de professores reflexivos(como apontam Schön, Zeichner, Alarcão, dentre outros), bem como professoresque se afigurem como intelectuais críticos (como apontam Giroux, Contreras, Pérez-Gómez, dentre outros), que possam atuar em sala de aula e conduzir ou mediarações pedagógicas relevantes passíveis de existência em níveis da realidadeescolar. Nessa direção, concordo que não há como ignorar tal “competência” já quecarecemos de professores e professoras reflexivos(as), críticos(as), criativos(as),mas discordo que seja somente uma responsabilidade individual e voluntária, semque haja condições de formação profissional que viabilizem a formação efetiva do


professor para ser reflexivo, haja vista que passa por profissionais deste porte amelhoria da qualidade do ensino. Há de se valorizar o professor, todavia sem isentálode sua função <strong>edu</strong>cativa efetiva, que deve dizer respeito necessariamente aoconhecimento e à viabilização da prática reflexiva, sem aproximações excessivas,distorcidas ou ingênuas para não nos perdermos num emaranhado de definições.Desse modo, penso que possamos evitar, por um lado, a superestimação do que sepõe como perfil do professor reflexivo apontado na literatura e, por outro lado, abanalização da prática pedagógica dos professores atuantes no sistema de ensino.A pesquisa <strong>edu</strong>cacional e a Formação de Educadores enfrentam o grande desafiode minimizar tal descompasso e buscar cada vez mais aproximações entre oprofessor reflexivo ideal e o professor bem-sucedido real ao buscar situar oprofissional professor no seu contexto específico, na sua realidade.Posso afirmar que não há sentido em desconsiderar o componente da práticareflexiva na formação de professores. No entanto, daí decorre um questionamentoconstante: então, como formar professores reflexivos?Em decorrência das considerações presentes nesta reflexão, penso tercondições de apresentar encaminhamentos, que podem vir a constituir contribuiçõespara a Formação de Professores, nos termos a seguir:1) Pensando so<strong>br</strong>e a Educação como processo de humanização: Em temposde desumanização, creio que a consideração da dimensão ética é imprescindível aotempo em que se oportunizem espaços de aprendizagem e reflexão acerca dasquestões essencialmente humanas da Educação, a fim de fomentar relaçõesgenuinamente pedagógicas entre professores e alunos. Penso que a formação deprofessores deve considerar a dimensão humana e existencial dos futurosprofissionais do ensino, a fim de contemplar discussões que considerem o sentidode ensinar, de <strong>edu</strong>car, de formar, de construir, enfim, de viver.2) Pensando so<strong>br</strong>e a construção de um projeto <strong>edu</strong>cativo: Um aspectoessencial da <strong>edu</strong>cação consiste no projeto político-pedagógico da escola construídopara assegurar uma articulação permanente e consistente entre projetos pessoais eprojetos coletivos, de modo a possibilitar, ao mesmo tempo, a construção de umaescola reflexiva, com profissionais reflexivos, os quais possam favorecer aconstrução de uma prática <strong>edu</strong>cativa dotada de maior coerência entre o que se falae o que se faz.


3) Pensando so<strong>br</strong>e a valorização das práticas dos professores em exercício:Parece importante propugnar a valorização da prática reflexiva mobilizada porprofessores em exercício, de modo tal a estimular a pesquisa <strong>edu</strong>cacional naarticulação de teorias pedagógicas no contexto de ação docente.4) Pensando so<strong>br</strong>e a articulação entre pesquisadores <strong>edu</strong>cacionais eprofessores em exercício: Considerar as dificuldades didático-pedagógicas dosprofessores em sala de aula como sendo fontes valiosas de propostas parainvestigação científica. A pesquisa que se desenvolve efetivamente em parceria (ouco-autoria) com os professores tem, a meu ver, maiores possibilidades de oferecercontribuições para a formação de professores reflexivos, já que estabelece umdiálogo frutífero entre as expectativas de ambas as partes, igualmente envolvidas naEducação.5) Pensando so<strong>br</strong>e a consideração das competências profissionaismobilizadas por professores em sala de aula: Criar oportunidades para que osprofessores em exercício mobilizem saberes tácitos, intuitivos, subjetivos, enfim,saberes de experiência, proporcionando-lhes maior estabilidade e segurança para oexercício cotidiano de sua função docente.6) Pensando so<strong>br</strong>e a necessidade de interferência externa na e para aformação de professores: Sensibilizar os professores no sentido de que, para aefetivação de uma prática reflexiva, é preciso que a sua formação profissional sejacontínua e aberta à demanda do contexto <strong>edu</strong>cacional em que se insere. Nesteaspecto, penso que a formação de professores reflexivos necessita de interferênciaexterna – ajuda pedagógica de qualquer natureza – para que tanto a reflexão-naação,como a reflexão-so<strong>br</strong>e-a-ação possam ser viabilizadas quer pelos futurosprofessores, quer pelos professores em exercício, ambos em processo de formaçãopermanentemente considerado inacabado (Freire).7) Pensando so<strong>br</strong>e a necessidade de formação profissional integral: Pensoque uma metodologia pautada em manuais ou receitas de técnicas de ensinomostra-se insuficiente para a compreensão da realidade escolar, maisespecificamente, da complexidade da prática pedagógica propriamente dita.Concordo com a necessidade de políticas de incentivo e apoio à formação deprofessores, posto que, no meu entender, estas precisam estar aliadas a essescursos de capacitação técnica de forma a se proporcionar uma formação integralao professor, em aspectos considerados imprescindíveis - sociológicos, filosóficos,


antropológicos, epistemológicos e políticos. Propugno, pois, por uma formação deprofessores que contemple os diferentes aspectos do processo de formaçãohumana, através de uma visão articulada, que se evidencie em busca de elementospara uma compreensão global da Educação e, assim, apresentar-se apta a repensara teoria da <strong>edu</strong>cação, em prol de aprimoramento profissional permanente.8) Pensando so<strong>br</strong>e a articulação entre os saberes da experiência docente e ossaberes acadêmicos: A ‘chamada’ para o aperfeiçoamento profissional é uma viade acesso dos professores ao conhecimento cientificamente legitimado no meio<strong>edu</strong>cacional, mas resta verificar em que medida as teorias, concepções, abordagense métodos de ensino veiculados são apropriados e em que termos estes sãoconstruídos e utilizados com sentido pelos professores, no processo de ensino e deaprendizagem.9) Pensando so<strong>br</strong>e a dissociação e a distância entre a teoria e a prática: Àmedida que a formação se aproximar das necessidades reais dos professores,acredito que a tendência de dicotomização da teoria com a prática irá assumindocontornos diferenciados do que estamos habituados a ver.10) Pensando so<strong>br</strong>e o exercício da coerência para efetivação da práticareflexiva e conquista de autonomia profissional: A formação de professoresreflexivos precisa, necessariamente, perpassar por vários dos fios que tecem umaformação integral e articulada com as exigências e contingências da profissãodocente neste século XXI. Penso que a busca permanente por coerência entre odiscurso <strong>edu</strong>cacional e as práticas dos professores em sala de aula é crucial e esteexercício sistemático e rigoroso viabiliza, a meu ver, a prática reflexiva dosprofissionais do ensino, que se tornam necessariamente professores reflexivos.Considerações finaisImporta ressaltar que a formação de profissionais reflexivos pode – e deve –se dar em qualquer contexto que preze uma formação de professores eficiente eeficaz, de modo a possibilitar-lhes a conquista progressiva ou a manutenção de suaautonomia profissional. Cabe a todos os envolvidos com a Educação a mobilizaçãode esforços afetivos, cognitivos e profissionais na direção cada vez mais próxima da“utopia” – possível! - de escola reflexiva. A escola assim concebida é vista comoorganismo vivo, em desenvolvimento e em aprendizagem, norteada pela finalidade


de <strong>edu</strong>car, que se concretiza num grande plano de ação que é o projeto <strong>edu</strong>cativo.Reforço, a partir deste argumento, que uma escola precisa se alimentar do saber, daprodução e da reflexão dos seus profissionais, de forma tal que venha a tornar-seum espaço onde os professores se sintam úteis à sociedade e onde os alunosapreciem como é bom crescer em saber. Parafraseando Alarcão (2003), posso dizerque é uma escola que sabe onde está e para onde quer ir. Uma escola onde sepense e se tenha um projeto orientador de ação que se efetiva no trabalho emequipe. Esta escola se constitui como uma comunidade pensante. Ao pensar aescola nesta escola, os seus mem<strong>br</strong>os enriquecem-se e qualificam-se a si próprios.Utilizando outras palavras, explicito uma concepção de escola reflexiva comouma escola inteligente que decide o que deve fazer em cada situação específica, écapaz de agir com flexibilidade nos contextos complexos, diferenciados e instáveisque caracterizam no presente as situações das organizações escolares. Para mim,uma escola reflexiva (ideal!) corresponde ao espaço no qual tanto os interesses<strong>edu</strong>cativos da escola, quanto os interesses pedagógicos dos professores sejamcontemplados, ressalvando-se a idéia de complexidade da condição escolar deforma harmoniosa, articulada, im<strong>br</strong>icada, coerente. <strong>É</strong> importante afirmar que aconstrução desse projeto na escola só tem significado quando é resultante de umtrabalho interdisciplinar, transdisciplinar e coletivo, com base em relaçõesdemocráticas, em gestão participativa e colegiada e na produção do conhecimento,referenciada na pesquisa-ação.Ao final, parece válido pensar no que se torna possível empreender noespaço da escola para minimizar e até mesmo superar os problemas corriqueiros,por vezes, tidos como insuperáveis pelos profissionais <strong>edu</strong>cadores envolvidos nocotidiano escolar. Neste contexto, penso ser a sensibilidade do/por parte do<strong>edu</strong>cador – aspecto presente nas palavras de Drummond - um contornoimprescindível na e para a superação dos desafios, dos conflitos, das dificuldades,enfim, dos problemas do cotidiano escolar. Acredito que exercitar a sensibilidade -num esforço de compreensão do aluno-ser humano-sujeito em sua inteireza – nosaproxima de um passo qualitativo em direção a uma reflexão crítica por parte do<strong>edu</strong>cador. Assim, trata-se justamente de pensar o que nos compete enquantoprofissionais da Educação, em busca permanente de sentidos para uma açãopedagógica compreensiva que contemple, por sua vez, os desafios da profissãodocente, neste século XXI.


Referências BibliográficasALARCÃO, Isabel (org.). Formação reflexiva de professores – estratégias desupervisão. Portugal: Porto Editora, 1996.ALARCÃO, Isabel. Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed,2001.ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo:Cortez, 2003 - (Coleção Questões da Nossa <strong>É</strong>poca).ANDRADE, Carlos Drummond de. Professor. Revista Nova Escola: março de 2003.CONTRERAS, José. Autonomia dos professores. Trad. de Sandra TrabuccoValenzuela; revisão técnica, apresentação e notas à edição <strong>br</strong>asileira: Selma GarridoPimenta. São Paulo: Cortez, 2002.GHEDIN, Evandro Luiz. Professor-reflexivo: da alienação da técnica à autonomia dacrítica. pp.1-7. Disponível em: http://www.google.com.<strong>br</strong>/ Acesso em: 17 out. 2003.PIMENTA, Selma Garrido e GHEDIN, Evandro (orgs.). Professor reflexivo no Brasil:gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002.PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício do professor: profissionalizaçãoe razão pedagógica. Trad. Cláudia Schilling. – Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.PIMENTA, Selma Garrido (org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. Textosde Edson Nascimento Campos...(et.al.). 2ed. São Paulo: Cortez, 2000 – Saberes dadocência.SCHÖN, Donald A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensinoe a aprendizagem. Trad.Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,2000.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!