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TEP 2011 - Sociedade Brasileira de Pediatria

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<strong>2011</strong>QuestõesComentadas<strong>TEP</strong>Título <strong>de</strong> Especialistaem <strong>Pediatria</strong>


<strong>2011</strong>QuestõesComentadas<strong>TEP</strong>Título <strong>de</strong> Especialistaem <strong>Pediatria</strong>


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>2<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Caros colegas,Oconcurso do <strong>TEP</strong> vem se firmando há mais <strong>de</strong> 40 anos comoum dos mais conceituados concedidos por Associações Médicas.Os pediatras recém-formados procuram-no como uma forma<strong>de</strong> qualificar seu conhecimento na especialida<strong>de</strong> e, os mais experientescomo um reconhecimento <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>dicação a esta área da medicina,fundamental nos países com gran<strong>de</strong> população infantil como o nosso.De há muito a <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> tem lutado para manter acredibilida<strong>de</strong> do nosso Título como um elemento que legitime o exercícioda pediatria, mas que também pese efetivamente nos concursos eprocessos seletivos da especialida<strong>de</strong>.O <strong>TEP</strong> COMENTADO busca aten<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atualização dospediatras na atual versão tomando por base a prova aplicada em <strong>2011</strong>.CordialmenteDr. Hélcio Villaça SimõesCoor<strong>de</strong>nador da CEX<strong>TEP</strong><strong>TEP</strong> - Comentado 3


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIAFILIADA À ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRACOMISSÃO EXECUTIVA DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIACoor<strong>de</strong>naçãoDiretoria ExecutivaHélcio Villaça SimõesEdson Ferreira LiberalHélio Fernan<strong>de</strong>s RochaLuciano Abreu <strong>de</strong> Miranda PintoRicardo do Rêgo BarrosSidnei FerreiraMarcio Moacyr <strong>de</strong> VasconcelosCOMISSÃO EXECUTIVA DO CERTIFICADO DE ÁREA DE ATUAÇÃO EM PEDIATRIA - <strong>2011</strong> - SBP/AMBPresi<strong>de</strong>nteEduardo da Silva Vaz1º Vice-Presi<strong>de</strong>nte Fábio Ancona Lopez2º Vice-Presi<strong>de</strong>nte Joel Alves LamounierSecretário GeralDiretoria <strong>de</strong> Qualificaçãoe CertificaçãoMarilene Augusta Crispino SantosMaria Marluce VilelaAGRADECIMENTOSA CEX<strong>TEP</strong> agra<strong>de</strong>ce a colaboração dos representantes dos27 Departamentos Científicos da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>,bem como, a Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro através do CEPUERJ,na pessoa <strong>de</strong> Marcia Caoduro (Coor<strong>de</strong>nadora <strong>de</strong> Processos Seletivos).4<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>1rado, no quinto dia <strong>de</strong> vida, por“íleo meconial”. Havia obstrução <strong>de</strong>íleo com retirada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> mecônio muito <strong>de</strong>nso, escuro,viscoso e elástico, lembrando piche. Opós-operatório foi sem anormalida<strong>de</strong>se a alimentação ao seio materno foimantida na alta. Na consulta <strong>de</strong> ummês, o peso era <strong>de</strong> 3.700g e o abdomemostrava-se distendido, com queixa materna<strong>de</strong> que o recém-nascido apresentavafezes explosivas e muita eliminação <strong>de</strong>gases. A etiologia mais provável para oquadro e com pior prognóstico quantoà evolução é:(A) formação <strong>de</strong> brida intestinal pós-operatória,com risco <strong>de</strong> novas obstruções(B) aganglionose neuronal intestinalcongênita, provocando futuras obstruções(C) torção mecânica <strong>de</strong> íleo pelo pesodo mecônio espesso, sem risco <strong>de</strong>recidivas(D) alergia não mediada por IgE peloleite <strong>de</strong> vaca ingerido pela nutriz compossíveis enterorragias futuras(E) espessamento do muco intestinalpor falha <strong>de</strong> transporte do cloro noenterócito e suas possíveis alteraçõesem outros sítios2Adolescente <strong>de</strong> 14 anos, sexo masculino,é levado à emergência porsua mãe, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> “vômitos edor na virilha” há duas horas. Relataque estava jogando futebol e, ao chegarem casa, vomitou duas vezes e começoua sentir dores na região pélvica. Examefísico: afebril, discreta pali<strong>de</strong>z, fácies <strong>de</strong>dor, FC: 80bpm, dor hemiescrotal esquerdacom irradiação para a região inguinale baixo ventre, com reflexo cremastéricoausente. A hipótese diagnóstica é:(A) epididimite(B) torção testicular(C) orquite traumática(D) hérnia inguinal encarcerada(E) torção do apêndice testicular3Pré-escolar <strong>de</strong> quatro anos apresentaquadro <strong>de</strong> tosse, febre, vômitos edispneia há quatro dias. Exame físico:taquipneia, tiragem subcostal ecianose. Radiografia <strong>de</strong> tórax: pneumoniaextensa. A gasometria arterial, colhidaantes da administração <strong>de</strong> oxigênio,revela: pH: 7,26; pO 2 : 67mmHg; pCO 2 :38mmHg, bicarbonato: 14mEq/l. Diante<strong>de</strong>ste quadro, po<strong>de</strong>-se afirmar que opaciente apresenta:(A) acidose mista(B) alcalose mista(C) apenas acidose metabólica(D) apenas alcalose respiratória(E) acidose metabólica e alcalose respiratóriaLactente <strong>de</strong> 45 dias <strong>de</strong> vida apresentaquadro <strong>de</strong> tosse há duas se-4 manas. A mãe informa que a tossevem piorando progressivamente eque, nos últimos dias, tem atrapalhadoas mamadas. Exame físico: bom estadogeral, afebril, FR: 65irpm, estertoresdifusos à ausculta pulmonar, ausência<strong>de</strong> tiragem, restante sem alterações.<strong>TEP</strong> - Comentado 5


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Hemograma: aumento do número <strong>de</strong>eosinófilos. A principal hipótese diagnósticanesse caso é:(A) coqueluche(B) bronquiolite viral(C) síndrome <strong>de</strong> Loeffler(D) bronquite eosinofílica(E) pneumonia por clamídiaNum alojamento para vítimas <strong>de</strong> enchentes,várias crianças começaram5 a apresentar diarreia com vômitos,febre e fezes líquidas em gran<strong>de</strong>volume e frequência, sendo tratadas comsoro oral. O médico responsável pelo localsolicitou exame da água e dos alimentosque eram servidos, em dias alternados eem amostras aleatórias, <strong>de</strong> alguns dospratos e conteúdos <strong>de</strong> copos, bem comoanálise das evacuações <strong>de</strong> alguns pacientes.Enquanto aguarda os resultados, aação a ser tomada será:(A) clorar a água do alojamento(B) recomendar a remoção <strong>de</strong> todos dolocal(C) dar ciprofloxacina oral para todasas crianças(D) vacinar as crianças e idosos contrarotavirose(E) dar metronidazol para todas ascrianças e idosos6Lactente <strong>de</strong> oito meses apresentapápulas eritematosas, vesículas epústulas disseminadas, e acometimento<strong>de</strong> palmas e plantas, semsintomas sistêmicos. A mãe tem lesõessemelhantes na região inframamária e6antebraços, com prurido principalmentenoturno. O tratamento indicado é:(A) ivermectina sistêmica na dose <strong>de</strong> 100a 200mcg/kg em dose única(B) hexaclorogamabenzeno (lindano)topicamente em uma única aplicação(C) corticoi<strong>de</strong> tópico e anti-histamínicosistêmico, e tratamento dos contatos(D) benzoato <strong>de</strong> benzila 25% diluído aomeio em água e aplicado durantetrês noites consecutivas(E) enxofre a 5-10% em creme, loçãocremosa ou vaselina, aplicado durantetrês noites e repetido apósuma semana, ou permetrina a 5%em única aplicaçãoRecém-nascido <strong>de</strong> termo, Apgar 97e 10, com peso <strong>de</strong> nascimento <strong>de</strong>3.600g, em aleitamento maternoexclusivo, apresentou icterícia, necessitandofototerapia no terceiro dia <strong>de</strong>vida, quando apresentava peso <strong>de</strong> 3.100g.Os exames laboratoriais afastaram ahipótese <strong>de</strong> infecção, incompatibilida<strong>de</strong>sanguínea e <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> G6PD. A condutaindicada é:(A) introduzir fórmula láctea(B) iniciar hidratação venosa(C) estimular o aleitamento materno(D) suspen<strong>de</strong>r o aleitamento materno(E) oferecer solução glicosada a 5% porvia oralCom base nas III Diretrizes para Tuberculoseda <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong>Pneumologia e Tisiologia, responda àsquestões <strong>de</strong> nºs 8 e 9.<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>8Questão anulada.9Escolar <strong>de</strong> nove anos, em acompanhamentoem unida<strong>de</strong> do PSF,apresenta tosse produtiva há mais<strong>de</strong> três semanas, imagem radiológicapulmonar mantida após tratamentoa<strong>de</strong>quado para pneumonia comunitária eteste tuberculínico <strong>de</strong> 5mm. A mãe refereestar em tratamento para tuberculosepulmonar há quatro meses. A condutaa<strong>de</strong>quada ao caso é:(A) iniciar tratamento com esquemabásico para tuberculose com trêsdrogas (2RHZ/4RH)(B) iniciar tratamento com esquemabásico para tuberculose com quatrodrogas (2RHZE/4RH)(C) avaliar início <strong>de</strong> tratamento paratuberculose após tratamento commacrolí<strong>de</strong>o e reavaliação após trêssemanas(D) iniciar tratamento para tuberculoselatente com H caso o teste tuberculínicose mantenha em 5mm apósreavaliação <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> oito semanas(E) iniciar tratamento com esquemabásico para tuberculose com três ouquatro drogas, na <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>viragem tuberculínica ou não, a serpesquisada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> oito semanas10Adolescente <strong>de</strong> 14 anos, sexomasculino, apresenta queixa <strong>de</strong>dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado ehiperativida<strong>de</strong>. A mãe afirma queele é “muito agitado e repetiu <strong>de</strong> anovárias vezes”. A história familiar revelaque um irmão da mãe abandonou aescola muito cedo. Exame físico: sinaisvitais normais, peso: 50kg (p50), estatura:159cm (p25), PC: 57,5cm (p95), orelhase mandíbula proeminentes e testículosaumentados. O diagnóstico mais provávelé síndrome <strong>de</strong>:(A) X frágil(B) Angelman(C) Di George(D) Pra<strong>de</strong>r-Willi(E) Smith-Lemli-OpitzRecém-nascido a termo <strong>de</strong> partocesáreo, filho <strong>de</strong> mãe HIV+,11 apresenta boas condições <strong>de</strong>vitalida<strong>de</strong> e, após receber aprimeira dose <strong>de</strong> zidovudina ainda nasala <strong>de</strong> parto, é encaminhado ao alojamentoconjunto. A conduta a<strong>de</strong>quadaem relação a este recém-nascido consisteem:(A) manter aleitamento materno <strong>de</strong>s<strong>de</strong>que a carga viral da mãe seja in<strong>de</strong>tectável(B) suspen<strong>de</strong>r a profilaxia com zidovudinaapós o 15º dia <strong>de</strong> vida dorecém-nascido(C) postergar a aplicação da BCG atéque a infecção do recém-nascidotenha sido <strong>de</strong>scartada(D) iniciar a profilaxia com sulfametoxazol-trimetoprimcontra pneumocistosea partir <strong>de</strong> seis semanas <strong>de</strong>vida, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da contagem <strong>de</strong>linfócitos T-CD4+<strong>TEP</strong> - Comentado 7


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>(E) solicitar <strong>de</strong> imediato a quantificaçãodo RNA viral plasmático dorecém-nascido a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>scartar apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infecção ainda noprimeiro mês <strong>de</strong> vidaEscolar <strong>de</strong> oito anos, sexo masculino,é levado por sua mãe12 ao ambulatório por causa <strong>de</strong>febre. Relata que, há quatrodias, surgiu febre (tax: 38,5°C), dor <strong>de</strong>cabeça refratária aos analgésicos, vômitos,inapetência e cansaço intenso. Examefísico: tax: 37,9°C, ictérico +/4+, pali<strong>de</strong>zcutâneomucosa, <strong>de</strong>sconforto abdominalà palpação em hipocôndrio direito, fígadoa 3cm do RCD. Exames complementares:BT: 4,5mg/dl, BI: 0,5mg/dl, BD: 4mg/dl,ALT(TGP): 800 UI/l, AST(TGO): 500UI/l.Marcadores virais: anti-HAV total +,anti-HAV IgM +, HBsAg -, anti-HBsAg +,anti-HBc IgM -, Hbe Ag – e anti–HCV -. Ahipótese diagnóstica é hepatite por vírus:(A) A(B) B(C) C(D) D(E) E13Lactente <strong>de</strong> dois meses, nascido<strong>de</strong> parto domiciliar e nunca vacinado,com quadro provável <strong>de</strong>imuno<strong>de</strong>ficiência congênita, emboas condições clínicas, é levado ao posto<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para receber orientação quantoà vacinação. A conduta a<strong>de</strong>quada é:(A) não aplicar nenhuma vacina(B) aplicar todas as vacinas, exceto BCG8(C) aplicar todas as vacinas indicadaspara a ida<strong>de</strong>(D) aplicar somente vacinas <strong>de</strong> agentesinativados(E) aplicar somente vacinas com agentesatenuados14Durante a avaliação <strong>de</strong> dois irmãos,o pediatra não encontranenhuma anormalida<strong>de</strong>, e, noexame das características sexuaissecundárias, <strong>de</strong>screve que o menino (M)<strong>de</strong> 12 anos apresenta pênis com característicasinfantis, ausência <strong>de</strong> pelos naregião genital e testículos com 3cm <strong>de</strong>comprimento no maior eixo bilateralmente(5 cm 3 ), enquanto a menina (F) <strong>de</strong> 10anos apresenta tecido glandular mamário<strong>de</strong> 1,5cm <strong>de</strong> diâmetro subareolar à direitae ausência <strong>de</strong> tecido glandular à esquerda(segundo a mãe, a mama do lado direitoapareceu há dois meses), ausência <strong>de</strong>pelos na região genital. De acordo comos critérios <strong>de</strong> Tanner, o estadiamentopuberal <strong>de</strong> M e F, respectivamente, são:(A) M: G1 P1/ F: M1 P0(B) M: G2 P1/ F: M2 P1(C) M: G1 P0 / F: M1 P1(D) M: G2 P0 / F: M2 P0(E) M: G0 P0 / F: M0 P0Lactente <strong>de</strong> três meses sobrevive15em nutrição parenteral total apósressecção ampla <strong>de</strong> intestino<strong>de</strong>lgado, pós-enterocolite necrosante.Está muito ictérico, com bilirrubinatotal <strong>de</strong> 9mg/dl e direta <strong>de</strong> 5,4 mg/dl.A causa mais provável para o quadro é:<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>(A) uso crônico da nutrição parenteraltotal(B) falta <strong>de</strong> micronutrientes injetáveis nomercado(C) excesso <strong>de</strong> alumínio nos aminoácidosinjetáveis(D) excesso <strong>de</strong> lipídios <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia longanas formulações(E) hepatite viral por contaminação dassoluções injetáveisAdolescente <strong>de</strong> 17 anos, grávida16<strong>de</strong> 39 semanas, dá entrada namaternida<strong>de</strong> em franco trabalho<strong>de</strong> parto. Anamnese: G:1, P:0,realizou oito consultas <strong>de</strong> pré-natal, semintercorrências durante a gestação. Sorologiaspara sífilis, HIV, toxoplasmose e rubéola:não reatoras. Exame físico: máculaseritematosas, pápulas, vesículas e algumaspústulas na face, tronco e abdome. Segundoa paciente, essas lesões surgiramhá dois dias e são muito pruriginosas. Emfunção da doença materna, a conduta emrelação ao recém-nascido é isolamento<strong>de</strong> contato dos <strong>de</strong>mais recém-nascidos:(A) aleitamento artificial e administraraciclovir IV(B) manter aleitamento materno e administraraciclovir IV(C) manter leite materno e administrarimunoglobulina para varicela-zosteraté 96h <strong>de</strong> vida(D) isolar da mãe, administrar leite artificiale imunoglobulina para varicelazosteraté 96h <strong>de</strong> vida(E) manter aleitamento materno, administraraciclovir IV e imunoglobulinapara varicela-zoster até 96h <strong>de</strong> vidaRecém-nascido <strong>de</strong> cinco dias <strong>de</strong>17vida apresenta quadro <strong>de</strong> pali<strong>de</strong>zcutâneo-mucosa, exantema petequial,hepatoesplenomegalia,icterícia <strong>de</strong> 2+/4 até zona III <strong>de</strong> Kramere microcefalia. A ultrassonografia transfontanelarevela dilatação ventricular ecalcificações intracranianas periventriculares.A principal hipótese diagnósticae o tratamento indicado são, respectivamente:(A) citomegalovirose congênita – aciclovir(B) toxoplasmose congênita – espiramicina(C) citomegalovirose congênita – ganciclovir(D) parvovirose congênita – concentrado<strong>de</strong> hemácias e plaquetas(E) toxoplasmose congênita – sulfadiazinae pirimetamina associadas aácido folínicoDois irmãos adolescentes procuramo pediatra para saber por18que a altura <strong>de</strong>les é tão diferente.A adolescente(F) <strong>de</strong> 18 anos,menarca há cinco anos, já parou <strong>de</strong> crescerhá dois anos, está com 162cm, e oadolescente(M), com 20 anos, também jáparou <strong>de</strong> crescer há dois anos, está com175cm. A mãe <strong>de</strong>les tem 157cm e o pai,180cm. Neste caso, po<strong>de</strong>-se afirmar que:(A) a altura <strong>de</strong> F foi acima da esperadapara a altura dos pais(B) a altura <strong>de</strong> M foi abaixo da esperadapara a altura dos pais(C) não se po<strong>de</strong> afirmar nada, pois ospais têm alturas muito diferentes(D) as alturas <strong>de</strong> M e F foram as esperadas<strong>de</strong> acordo com a altura dospais<strong>TEP</strong> - Comentado 9


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>192010gran<strong>de</strong> entre as alturas finais <strong>de</strong> doisirmãosEscolar <strong>de</strong> oito anos é levado aopronto-socorro em crise <strong>de</strong> asmainiciada na noite anterior. A mãerelata tosse, chiado, dispneia evômitos. Exame físico: lúcido, orientado,acianótico, t.ax: 36,7°C, FR: 38 irpm, FC:118 bpm, SaO 2 : 91%, dispneia mo<strong>de</strong>radacom retrações intercostais e sibilos expiratórios.O tratamento indicado nestemomento é:(A) corticosteroi<strong>de</strong> via oral(B) aminofilina intravenosa(C) corticosteroi<strong>de</strong> intravenoso(D) anticolinérgico por via inalatória(E) β 2 -agonistas <strong>de</strong> ação curta por viainalatóriaA fortificação <strong>de</strong> farinhas nãotem conseguido resolver o problemada anemia ferroprivaem lactentes e pré-escolaresem nosso país. Para solucionar estaquestão, a ação mais efetiva a ser adotadaserá:(A) conscientizar as mães para o problema(B) garantir fortificação concomitantecom vitamina C(C) treinar os pediatras para a prescrição<strong>de</strong> ferro profilático(D) aplicar dose preventiva <strong>de</strong> ferro nosdias nacionais <strong>de</strong> vacinação(E) contraindicar a alimentação com leite<strong>de</strong> vaca para todas as crianças21Lactente <strong>de</strong> nove meses apresentaeritema extenso na regiãodas fraldas durante episódio <strong>de</strong>diarreia aguda. A causa maisprovável da lesão é:(A) monilíase aguda(B) <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> zinco(C) alergia ao leite <strong>de</strong> vaca(D) intolerância transitória à lactose(E) redução da oleosida<strong>de</strong> cutânea poruso <strong>de</strong> lenços ume<strong>de</strong>cidosPré-escolar <strong>de</strong> três anos é atendidoem ambulatório pediátrico22 <strong>de</strong>vido a história <strong>de</strong> pneumonia<strong>de</strong> repetição. As radiografiasdos três episódios, todos nos últimos12 meses, mostram infiltrados na mesmatopografia pulmonar. A hipótese diagnósticaprincipal é:(A) fibrose cística(B) discinesia ciliar(C) asma brônquica(D) imuno<strong>de</strong>ficiência primária(E) corpo estranho endobrônquicoAdolescente <strong>de</strong> 16 anos, sexo23masculino, procura atendimentopor apresentar, há cincodias, dor ao urinar. Relata vidasexual ativa com parceira fixa, sem uso<strong>de</strong> preservativo. Exame físico: afebril,ausência <strong>de</strong> a<strong>de</strong>nomegalias e discretahiperemia da glan<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>rando ahipótese diagnóstica mais provável, oagente etiológico é:(A) herpes vírus(B) Candida albicans<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>(C) Treponema pallidum(D) Chlamydia tracomatis(E) Haemophilus ducreyiLactente <strong>de</strong> sete meses, sexo24masculino, teve início súbito<strong>de</strong> febre (tax: 38,9°C),acompanhada <strong>de</strong> convulsãotônico-clônica generalizada, que durou10 minutos. No hospital, o examefísico mostra tax: 38,5°C, sinais vitaisestáveis, sonolência alternada com irritabilida<strong>de</strong>e ausência <strong>de</strong> sinais neurológicosfocais. Cerca <strong>de</strong> 40 minutos apóssua chegada ao hospital, o pacienteevoluiu para inconsciência. A condutaimediata é:(A) realizar punção lombar(B) iniciar antibioticoterapia(C) investigar laboratorialmente sepse(D) tranquilizar os pais sobre a crise febril(E) aplicar dose <strong>de</strong> ataque <strong>de</strong> fenobarbitalIVRecém-nascido <strong>de</strong> quatro horas<strong>de</strong> vida apresenta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>25o nascimento, quadro <strong>de</strong> taquipneiae cianose. Históriaperinatal: GIG, 38 semanas <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>gestacional <strong>de</strong> acordo com a data daúltima menstruação materna, nascidoatravés <strong>de</strong> operação cesariana na ausência<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> parto prévio.Radiografia <strong>de</strong> tórax: discreta hiperinsuflaçãocom aumento da tramavascular peri-hilar bilateral e pequenalâmina <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrame pleural à direita.Gasometria: hipoxemia e hipocapnia.A principal hipótese diagnóstica e a condutaindicada neste momento incluem,respectivamente:(A) lesão <strong>de</strong> ducto torácico – drenagemtorácica em selo d’água(B) taquipneia transitória – administração<strong>de</strong> oxigênio por capacete(C) taquipneia transitória – administração<strong>de</strong> óxido nítrico por via inalatória(D) pneumonia neonatal – administração<strong>de</strong> ampicilina e gentamicina venosase surfactante traqueal(E) lesão <strong>de</strong> ducto torácico – dieta comtriglicerí<strong>de</strong>os <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia média eacompanhamento com radiografiasseriadasLactente <strong>de</strong> seis meses, portador<strong>de</strong> tetralogia <strong>de</strong> Fallot,26 apresenta, pela manhã, logoapós <strong>de</strong>spertar, quadro <strong>de</strong> agitação,choro inconsolável, hiperpneia ecianose intensa e progressiva, evoluindopara síncope. Durante estas “crises”, aconduta terapêutica tem como principalobjetivo:(A) aumentar a resistência vascular pulmonar(B) reduzir a resistência vascular sistêmicae pulmonar(C) aumentar a resistência vascular sistêmicae pulmonar(D) reduzir a resistência vascular sistêmicae aumentar a resistência vascularpulmonar(E) aumentar a resistência vascular sistêmicae reduzir a resistência vascularpulmonar<strong>TEP</strong> - Comentado 11


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Adolescente <strong>de</strong> 15 anos, sexo27feminino, é levada ao ambulatóriopor seus pais, preocupadoscom sua magreza. Relatamque a filha apresenta medo intenso <strong>de</strong>ganhar peso, analisa todas as caloriasdos alimentos que vai ingerir, está sempreprocurando sites <strong>de</strong> alimentaçãona internet com objetivo <strong>de</strong> se manterabaixo <strong>de</strong> 40 kg. Exame físico: emagrecida,pali<strong>de</strong>z cutâneo-mucosa, P: 39,5kg(abaixo <strong>de</strong> p3), altura:1,58m (p50),IMC: 15,8, FC: 48bpm, t ax: 36°C,PA: 100 x 65mmHg. Estadiamento <strong>de</strong>Tanner: M4P4 . A hipótese diagnósticamais provável é:(A) bulimia(B) neofobia(C) ortorexia(D) anorexia nervosa(E) adolescência normalPré-escolar <strong>de</strong> quatro anos apresentador <strong>de</strong> ouvido unilateral ao28tirar a camiseta para se prepararpara o banho noturno. A mãe,aflita, não sabe se coloca gotas parador <strong>de</strong> ouvido ou se dá analgésicos. Opré-escolar não apresenta elevação <strong>de</strong>temperatura (tax 36,8°C), alimentousebem e brincou muito durante o dia,tendo ficado na piscina por três horas.A principal hipótese diagnóstica é:(A) mastoidite(B) otite externa(C) otite média aguda(D) nevralgia do trigêmio(E) efusão do ouvido médio1229Questão anulada.30Escolar <strong>de</strong> nove anos apresentaquadro <strong>de</strong> febre alta(tax: 40°C), amigdalite pultácea,petéquias em palato,exantema micropapular difuso comintensificação nas dobras flexurais e pali<strong>de</strong>zperibucal, que se iniciou há cincodias. A principal hipótese diagnóstica ea conduta indicada neste caso incluem,respectivamente:(A) mononucleose infecciosa – prescrição<strong>de</strong> sintomáticos(B) mononucleose infecciosa – prescrição<strong>de</strong> prednisona oral(C) escarlatina – administração <strong>de</strong> penicilinapor via parenteral(D) doença <strong>de</strong> Kawasaki – administraçãovenosa <strong>de</strong> imunoglobulina(E) escarlatina – prescrição <strong>de</strong> sulfametoxazol– trimetoprim por via oral31Recém-nascido <strong>de</strong> quatro dias<strong>de</strong> vida, em aleitamento maternoexclusivo, apresenta quadro <strong>de</strong>apatia, dificulda<strong>de</strong> para mamar, algunsepisódios <strong>de</strong> vômitos e taquipneia. Deuentrada na emergência com quadro <strong>de</strong>acidose metabólica, sendo transferido,em algumas horas em coma, para oCTI. A mãe informa que, por sugestão<strong>de</strong> uma amiga, fez dieta vegetariana,pois não queria seu filho contaminado<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>com “carne <strong>de</strong> bichos mortos <strong>de</strong> formacruel”. O quadro <strong>de</strong>scrito é secundárioà carência <strong>de</strong>:(A) biotina(B) sarcosina(C) L-carnitina(D) cobalamina(E) hidroxifolato(A) esporotricose veiculada por gatos(B) psitacose veiculada por calopsitas(C) tuberculose cutânea veiculada porhamsters(D) leishmaniose tegumentar veiculadapor cachorros(E) impetigo bolhoso veiculado porarranhaduras diversas32Adolescente, fazendo curso <strong>de</strong>técnica em veterinária, estagiava,há dois meses, numa clínica<strong>de</strong> pequenos animais. Há cincosemanas, notou um ferimento poucodoloroso abaixo do punho da mãoesquerda, com bordos elevados e umnódulo subcutâneo 3cm acima da lesão,levemente doloroso à compressão. Trêssemanas após, o local acima tambémhavia ulcerado e dois outros nóduloshaviam aparecido, quase numa linha retaacima no seu braço, com as mesmascaracterísticas, seguidos <strong>de</strong> outros nódulosacima. Não houve febre, prurido oudor espontânea (apenas à compressão).O diagnóstico mais provável é:32 33Escolar <strong>de</strong> oito anos, sexo masculino,é levado ao ambulatório33 por seus pais com queixas <strong>de</strong> sermuito alto e magro. Relatam quese alimenta muito bem, mas que per<strong>de</strong>usapatos no último semestre e que surgiramalguns pelos pubianos. O pediatraque o acompanhava solicitou ida<strong>de</strong> óssea,que foi compatível com nove anose meio. Exame físico: peso 26kg (p50),altura: 140cm (acima do p95), testículoscom volume <strong>de</strong> 4cm 3 , presença <strong>de</strong> peloslongos, ligeiramente pigmentados na basedo pênis. Consi<strong>de</strong>rando a hipótese diagnósticamais provável, <strong>de</strong>ve-se solicitar:(A) LH, FSH, estradiol e testosterona(B) cariótipo e ultrassonografia abdominal(C) retorno em seis meses, tranquilizandoos pais(D) cariótipo e ressonância magnética<strong>de</strong> sela túrcica(E) tomografia computadorizada <strong>de</strong>crânio e ultrassonografia <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong>34A mãe <strong>de</strong> um pré-escolar <strong>de</strong>dois anos e seis meses procuraa unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, poisobservou, há três meses, aumen-<strong>TEP</strong> - Comentado 13


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>to peniano e pelos na região genital <strong>de</strong>seu filho. Nega outras queixas. Examefísico: pelos grossos, encaracolados empúbis e bolsa escrotal, pênis com cerca<strong>de</strong> 7,5cm <strong>de</strong> comprimento com aumentodo diâmetro e testículos <strong>de</strong> 2cm 3 bilateralmente.Em relação à possível etiologiado quadro, a hipótese mais provável é:(A) tumor <strong>de</strong> testículo(B) tumor <strong>de</strong> suprarrenal(C) hamartoma hipotalâmico produtor<strong>de</strong> GnRH(D) a<strong>de</strong>noma hipofi sário produtor <strong>de</strong>gonadotrofinas(E) puberda<strong>de</strong> precoce idiopática isossexualverda<strong>de</strong>ira35Pré-escolar <strong>de</strong> três anos foi levadoa consulta por não comerverduras. A mãe se esforçavamuito com prêmios, brinca<strong>de</strong>iras,distração (TV na hora das refeições)e já o havia castigado, mas a criançanão aceitava nenhum “verdinho”. Esteproblema é conhecido como:(A) neofobia, comum na ida<strong>de</strong>(B) megaloblastose, carência <strong>de</strong> folatos(C) birra, <strong>de</strong>feito <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> grave(D) escorbuto, <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> ascorbatos(E) mimo, excesso <strong>de</strong> cuidados maternosSegundo o Código <strong>de</strong> Ética Médica (CEM),responda às questões <strong>de</strong> n os 36 e 37.3614Médico, professor <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong><strong>de</strong> medicina, duranteaula prática na enfermaria <strong>de</strong>pediatria, é procurado por doisalunos do nono período com a seguintereclamação: a mãe do paciente pré-escolarque teriam <strong>de</strong> examinar, não permitiu queo examinassem, alegando que o mesmo jáfora examinado por dois médicos naquelemesmo dia. A orientação a<strong>de</strong>quada a serdada aos alunos pelo professor é conversarcom o responsável e explicar-lhe que:(A) trata-se <strong>de</strong> um hospital <strong>de</strong> ensino e,portanto, não po<strong>de</strong>ria haver aqueletipo <strong>de</strong> negativa(B) durante a internação, o responsávelpelo paciente é o médico assistente,não po<strong>de</strong>ndo ser negado o examepara treinamento, exceto nos casosgraves(C) é seu direito não consentir o examedo seu filho pelos alunos já que osmesmos não seguiram os preceitoséticos <strong>de</strong> abordagem do paciente,que é somente um aluno por vez(D) é seu direito não consentir o examedo seu filho pelos alunos, mas esseprocedimento po<strong>de</strong>rá acarretar atransferência <strong>de</strong> seu filho para outrohospital que não seja <strong>de</strong> ensino(E) é seu direito não consentir o examedo seu filho pelos alunos, mas talpermissão contribuiria para a a<strong>de</strong>quadaformação do futuro médicoe consequente melhoria do atendimentoà populaçãoOs pais <strong>de</strong> um adolescente37portador <strong>de</strong> doença crônicaincurável, em estado terminal,procuram o médico assistente elhe pe<strong>de</strong>m que não prescreva mais examesou mesmo medicamentos que não<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>sejam para aliviar a dor e o sofrimento.Solicitam ainda que não use manobras<strong>de</strong> ressuscitação caso aconteça umaparada cardiorrespiratória (PCR), poisesse era o <strong>de</strong>sejo do paciente: “morrercom dignida<strong>de</strong>”. O médico concordacom a família e diz que assim proce<strong>de</strong>rá,pois assim também enten<strong>de</strong> e que, seestiver presente, não tentará reverter aPCR. Neste caso, é correto afirmar queo médico:(A) só <strong>de</strong>verá aprovar a solicitação sehouver aquiescência da justiça e <strong>de</strong>junta médica(B) só <strong>de</strong>verá respeitar o pleito se houverconcordância da justiça ao pedidopor escrito da família(C) fez bem em acatar o <strong>de</strong>sejo da famíliae do paciente, estando respaldadopelo contido no CEM atual(D) só <strong>de</strong>verá concordar com a súplicaapós avaliação e anuência <strong>de</strong> juntamédica convocada por ele ou pelafamília(E) não po<strong>de</strong>rá aten<strong>de</strong>r ao pedido dafamília e do paciente, pois <strong>de</strong>ssamaneira estará transgredindo o quediz o CEM atualPré-escolar <strong>de</strong> dois anos, sexo38feminino, apresenta episódiosnoturnos frequentes <strong>de</strong>agitação e gritos. A mãe relataque os episódios ocorrem duas a trêshoras após o início do sono e durampoucos minutos. Durante o quadro, acriança não aten<strong>de</strong> chamados e parececonfusa. Ao final do episódio, ela voltaa dormir tranquilamente. Na manhãseguinte, a paciente não se recorda dosepisódios. O diagnóstico mais provável é:(A) terror noturno(B) cólicas noturnas(C) epilepsia rolândica(D) apneia obstrutiva do sono(E) epilepsia parcial complexaRecém-nascido apresenta, no39primeiro minuto <strong>de</strong> vida, quadro<strong>de</strong> apneia e bradicardia, <strong>de</strong>sviodo ictus para a direita, abdomeescavado e presença <strong>de</strong> ruídos hidroaéreosà ausculta do hemitórax esquerdo.A conduta formalmente contraindicadano <strong>de</strong>correr do atendimento <strong>de</strong>ste recémnascido,ainda na sala <strong>de</strong> parto, é:(A) intubação traqueal(B) cateterismo umbilical(C) massagem cardíaca externa(D) administração intratraqueal <strong>de</strong> adrenalina(E) ventilação com balão autoinflável emáscaraAdolescente <strong>de</strong> 15 anos vai a40consulta <strong>de</strong> emergência, acompanhadados pais. A mãe insisteem conversar pessoalmente como médico e saber do que a adolescente sequeixou especialmente para ele. O sigilomédico tem <strong>de</strong> ser preservado, mas po<strong>de</strong>ser rompido na seguinte situação:(A) i<strong>de</strong>ias suicidas(B) comportamento agressivo(C) experimentação <strong>de</strong> drogas(D) prescrição <strong>de</strong> anticoncepcional(E) ativida<strong>de</strong> sexual da adolescente<strong>TEP</strong> - Comentado 15


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>4116Questão anulada.Pré-escolar <strong>de</strong> quatro anos42está internado há três mesespor complicações secundáriasa doença inflamatóriacrônica intestinal e queixa-se <strong>de</strong> muitafome. Como tem fortes dores abdominaise evacua sangue frequentemente,sua nutrição tem sido à base <strong>de</strong> fórmula<strong>de</strong> aminoácidos sintéticos e nutriçãoparenteral parcial. Exame físico: peso:8.500g, estatura: 108cm, ausência <strong>de</strong>panículo adiposo, abdome distendidocom alças visíveis sob a pare<strong>de</strong>abdominal, ausculta pulmonar commurmúrio ru<strong>de</strong> em todos os campos,FC: 96bpm, sem sopros; pali<strong>de</strong>zleve com ulcerações sangrantes namucosa oral, alopecia generalizada eunhas ressecadas, que se esfarelamao serem cortadas. Não senta semapoio. Exames laboratoriais: cálcio:7mg/dl, fosfato: 2,9mg/dl, fosfatasealcalina: 130U/l, hb: 8,5g/dl, leucócitos:4500/mm 3 (0-4-0-4-7-28-53-8);gamaglutamiltransferase: 18mg/dl,AST(TGO): 46UI/l, ALT(TGP): 38UI/l.A carência nutricional especifica <strong>de</strong>tectávelpelo exame clínico e laboratorialé <strong>de</strong>:(A) zinco(B) cálcio(C) ômega 3(D) vitamina C(E) ácido fólicoRecém-nascido <strong>de</strong> parto vaginal43a termo apresenta, ao examefísico, sexo in<strong>de</strong>finido, comcaracterísticas <strong>de</strong> genitália ambígua.O exame indicado neste momento é:(A) dosagem <strong>de</strong> LH/FSH(B) dosagem <strong>de</strong> DHEA-S(C) ultrassonografia pélvica(D) ultrassonografia transfontanela(E) pesquisa <strong>de</strong> corpúsculos <strong>de</strong> BarrAdolescente <strong>de</strong> 14 anos, goleiro44do time <strong>de</strong> sua escola, queixase<strong>de</strong> dor na região anterior dojoelho esquerdo, que piora coma digitopressão e na subida e <strong>de</strong>scida <strong>de</strong>rampas. Exame físico: aumento do volumelocal com tumefação do tubérculo tibialanterior. Radiografia simples <strong>de</strong> perfil:irregularida<strong>de</strong> e presença <strong>de</strong> ossículojunto à tuberosida<strong>de</strong> anterior da tíbia.A principal hipótese diagnóstica é:(A) lesão meniscal(B) doença <strong>de</strong> Sever(C) doença Leg-Perthes-Calvé(D) doença <strong>de</strong> Osgood-Schlatter(E) fratura tipo II <strong>de</strong> Salter e HarrisPré-escolar <strong>de</strong> três anos, sexo45feminino, começou a queixar-se<strong>de</strong> “dor nas costas” há quatrosemanas. Há 10 dias, manifestoualteração do comportamento edificulda<strong>de</strong> crescente para <strong>de</strong>ambular. Amãe nega febre, convulsões, ou sintomasgastrintestinais. Exame físico: irritabilida<strong>de</strong>acentuada, movimentos ocularescaóticos, dificulda<strong>de</strong> para manter-se em<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>pé <strong>de</strong>vido a contrações musculares rápidase frequentes, envolvendo diferentesgrupos musculares sucessivamente. Dosexames abaixo, o mais importante parao esclarecimento do diagnóstico é:(A) biópsia <strong>de</strong> medula óssea(B) nível sérico <strong>de</strong> alfafetoproteína(C) tomografia computadorizada <strong>de</strong>crânio(D) excreção urinária dos ácidos homovanilícoe vanililmandélico(E) hemograma completo com análiseda lâmina <strong>de</strong> sangue periféricoLactente <strong>de</strong> um ano é levado a46atendimento em unida<strong>de</strong> básica<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido a quadro <strong>de</strong> infecção<strong>de</strong> vias aéreas superiores.Durante o atendimento, a mãe informaque o lactente foi recentemente adotadopor ela, pois per<strong>de</strong>u seus pais duranteuma enchente na cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> morava. Amãe adotiva informa estar apreensiva, poisnão sabe quais as vacinas que o meninorecebeu até aquela data, já que todos osdocumentos do lactente foram perdidos,inclusive o cartão vacinal. Exame físico:presença <strong>de</strong> cicatriz vacinal em braçodireito e FR: 38irpm. O médico <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>,corretamente, atualizar a situação vacinaldo menino. Todas as vacinas indicadaspara o primeiro ano <strong>de</strong> vida serão aplicadasneste momento, com exceção <strong>de</strong>:(A) tríplice viral(B) BCG e tríplice viral(C) BCG e vacina contra rotavírus(D) tríplice viral e vacina contra rotavirus(E) BCG, tríplice viral e vacina contrarotavírusRecém-nascido a termo, <strong>de</strong>47parto normal, sexo masculino,choro forte ao nascer, pesando3.400g, apresenta boas condições<strong>de</strong> vitalida<strong>de</strong>. Com 10 horas <strong>de</strong>vida, foi apontado pela auxiliar ao médico<strong>de</strong> plantão do alojamento conjuntocomo tendo mamado muito pouco emduas ocasiões. Segundo anotação daauxiliar, ele dormia muito. O teste <strong>de</strong>glicemia à beira do leito resultou em45mg/dl. A conduta a<strong>de</strong>quada nestecaso consiste em:(A) dar leite or<strong>de</strong>nhado da própria mãe,em copinho, <strong>de</strong> 3/3h(B) realizar glicemia <strong>de</strong> 3/3h e dar 10ml<strong>de</strong> fórmula láctea SOS(C) fazer complemento <strong>de</strong> fórmula lácteaapós as mamadas ao seio(D) não realizar glicemia <strong>de</strong> 3/3h e <strong>de</strong>ixálomamar no seio materno quandoacordado(E) realizar “flush” <strong>de</strong> 10mg/kg <strong>de</strong>glicose venosa e manter hidrataçãovenosa com taxa <strong>de</strong> infusão <strong>de</strong>5mg/kg/min <strong>de</strong> glicoseAdolescente <strong>de</strong> 13 anos vem à48consulta com queixa <strong>de</strong> ginecomastiahá seis meses e pênispequeno. Exame físico: ginecomastia,obesida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada, pênisembutido, restante sem anormalida<strong>de</strong>s.Estadiamento <strong>de</strong> Tanner: P2G3. A condutaa<strong>de</strong>quada é:(A) encaminhar para endocrinologia(B) pedir exame <strong>de</strong> cromatina sexual(C) solicitar tomografia computadorizada<strong>de</strong> crânio<strong>TEP</strong> - Comentado 17


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>(D) indicar cirurgia para a correção <strong>de</strong>ginecomastia(E) observar a evolução da ginecomastiapor mais um anoAdolescente <strong>de</strong> 16 anos, afebril,é visto em estado <strong>de</strong> estu-49por <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma convulsãogeneralizada, que durou 10minutos. Sabe-se que ele é usuárioocasional <strong>de</strong> maconha. Como parteda avaliação, você solicita uma triagempara drogas. A droga que tem amaior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter causado aconvulsão é:(A) teofilina(B) cocaína(C) barbitúrico(D) prometazina(E) difenidraminaPré-escolar <strong>de</strong> cinco anos é levadaa atendimento <strong>de</strong>vido ao50 aparecimento, há duas semanas,<strong>de</strong> pápula eritematosa <strong>de</strong> crescimentocentrífugo no tronco. Exame físico:lesão circular, bem <strong>de</strong>limitada, <strong>de</strong> 3cm<strong>de</strong> diâmetro no tórax, mais <strong>de</strong>scamativana periferia, centro claro e prurido local.Restante do exame físico sem anormalida<strong>de</strong>s.A principal hipótese diagnóstica é:(A) psoríase(B) estrófulo(C) tinea corporis(D) eczema atópico(E) impetigo bolhosoQuestão 1Adolescente, 14 anos, sexo masculino,vem à consulta porque é o mais baixo daturma. Anamnese pregressa: sem agravosà saú<strong>de</strong>, menarca materna: 13 anos.A altura do pai: 166cm, altura da mãe:158cm. Exame físico: peso: 48kg, altura151cm. Estadiamento puberal: G2P2.Alturas anteriores: 11 anos: 131cm, 12anos: 136cm, 13 anos: 143cm. Consi<strong>de</strong>randoo caso acima, responda:ITEM A – Plote os dados antropométricosnos gráficos apresentados a seguir(altura e IMC)ITEM B – Cite a principal hipótesediagnósticaITEM C – Consi<strong>de</strong>rando as dificulda<strong>de</strong>sregionais <strong>de</strong> acesso à exames complementares,cite o exame fundamental paraconfirmar a sua hipótese18<strong>TEP</strong> - Comentado


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NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Questão 2 Questão 3Você esta realizando uma consulta <strong>de</strong>rotina com uma adolescente <strong>de</strong> 11 anosacompanhada <strong>de</strong> sua mãe. O exame físicorevelou ausência <strong>de</strong> caracteres sexuaissecundários e a mãe solicita que <strong>de</strong>screvaos estágios do <strong>de</strong>senvolvimento sexuale do crescimento <strong>de</strong> sua filha além <strong>de</strong>frisar que sua própria menarca foi muitoprecose aos 10 anos e meio <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.Sendo assim, responda:ITEM A – Qual será o primeiro sinal <strong>de</strong>puberda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa paciente?ITEM B – Quando ocorrerá a menarca?ITEM C – Quando ela vai apresentar seuestirão <strong>de</strong> crescimento?Recém- nascido <strong>de</strong> parto cesáreo, a termo,Apgar 9 e 10, em boas condições clinicase sugando avidamente o seio materno,apresenta, com 12 horas <strong>de</strong> vida, quadro<strong>de</strong> icterícia em face e tronco. Exame físico:ativo, reativo, fontanela, normotensa,hipocorado +/4+, iciterício 2+/4+ até zonaII <strong>de</strong> Kramer, ponta <strong>de</strong> baço palpável, restantesem alterações. Em relação ao caso:ITEM A – Indique a principal hipótesediagnósticaITEM B – Cite quatro exames complementaresfundamentais para a investigaçãoITEM C – Indique a conduta terapêuticaa ser tomada nesse momentoITEM D – Consi<strong>de</strong>rando a conduta terapêuticaindicada no item C, <strong>de</strong>screvasucintamente seu mecanismo <strong>de</strong> ação20<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Respostas dasQuestões 1 a 5001. Resposta correta: EA = 10,55%B = 33,97%C = 0,84%D = 8,12%E = 46,41%Comentário: A fibrose cística écausada por um <strong>de</strong>feito congênito naprodução <strong>de</strong> uma proteína <strong>de</strong> 1.480aminoácidos chamada <strong>de</strong> “reguladorada condutância transmembrana”, oucanal <strong>de</strong> cloro (CFTR), resultante <strong>de</strong>diferentes mutações, e que atua notransporte <strong>de</strong> iontes e água atravésda membrana celular. O mecanismobásico alterado na doença <strong>de</strong>terminauma baixa excreção <strong>de</strong> cloro comretenção <strong>de</strong> sódio e água na célulalevando a diminuição da quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> água excreta em glândulas acinarese no muco <strong>de</strong> intestino e pulmões.Tal ocorrência na luz dos epitélioscanaliculares ou <strong>de</strong> cobertura em diversosórgãos, com gran<strong>de</strong> expressãoem pâncreas, intestino, pulmões e pele,causa o espessamento das secreções,com formação <strong>de</strong> rolhas <strong>de</strong> muco e é abase fisiopatológica da doença. No caso<strong>de</strong>scrito <strong>de</strong> íleo meconial, tal fenômenojustifica todo o quadro <strong>de</strong>corrido, sendouma das formas clássicas e precoces<strong>de</strong> apresentação da Fibrose Cística doPâncreas também chamada, com gran<strong>de</strong>coerência com a fisiopatologia, <strong>de</strong>Mucoviscidose.02. Resposta correta: BA = 1,16%B = 75,11%C = 5,06%D = 7,07%E = 11,60%Comentário: : A síndrome escrotalaguda é caracterizada por dor súbitaseguida <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> volume e hiperemiana região escrotal. Geralmenteé unilateral e em alguns casos cursacom febre, náuseas e vômitos além <strong>de</strong>dor abdominal. Po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adapor processos inflamatórios, afecçõesisquêmicas, traumas e encarceramentoherniário. A torção do apêndice testicularapresenta um nódulo hipersensível nopólo superior do testículo com <strong>de</strong>scoloraçãoazulada e náuseas e vômitossão incomuns. O reflexo cremastéricoausente é característico da torção testicularaguda.03. Resposta correta: AA = 54,43%B = 1,16%C = 26,58%D = 1,48%E = 16,35%Comentário: : A questão apresentao caso <strong>de</strong> um pré-escolar portador <strong>de</strong>pneumonia extensa e solicita a interpretaçãodos achados gasométricos.A gasometria arterial revela um pH<strong>de</strong> 7,26 o que indica a presença <strong>de</strong>acidose (pH


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>processo <strong>de</strong> acidose metabólica. Restasaber se o distúrbio apontado é umaacidose metabólica isolada ou se háum componente respiratório associado.Para isso, <strong>de</strong>ve-se calcular qual a pCO 2esperada para o valor encontrado <strong>de</strong> bicarbonato(14mEq/l). O valor esperadopo<strong>de</strong> ser calculado através da fórmula:pCO 2 esperado=(1,5XHCO 3– )+8, com um<strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong> ± 2. Assim sendo, apCO 2 esperada é <strong>de</strong> (1,5X14)+8, que éigual a 29mmHg (27-31mmHg). Sendoa pCO 2 encontrada, 38mmHg, maior doque a esperada, há um componente <strong>de</strong>acidose respiratória compondo o quadroe, portanto, o paciente tem um processo<strong>de</strong> acidose mista.04. Resposta correta: EA = 14,24%B = 7,07%C = 10,44%D = 8,65%E = 59,60%Comentário: : A questão <strong>de</strong>screveum quadro <strong>de</strong> pneumonia, caracterizadapela presença <strong>de</strong> tosse, taquipneia eestertoração crepitante difusa, em umlactente <strong>de</strong> 45 dias <strong>de</strong> vida. Chamamatenção a evolução subaguda do quadro(duas semanas), a ausência <strong>de</strong> febre ea eosinofilia. Trata-se provavelmente<strong>de</strong> um caso <strong>de</strong> pneumonia afebril dolactente que tem como agente etiológicomais comum a Chlamydia trachomatis.Nesta doença a criança é infectada nomomento do nascimento, durante apassagem pelo canal do parto, e, após22um período <strong>de</strong> incubação relativamenteprolongado, apresenta, em algummomento durante os primeiros trêsmeses <strong>de</strong> vida, o quadro <strong>de</strong> pneumoniaatípica <strong>de</strong>scrito no enunciado. Em 50%dos casos há conjuntivite associadaque costuma ocorrer ainda no períodoneonatal. A coqueluche, importantediagnóstico diferencial nestes casos,po<strong>de</strong> ser afastada principalmente peloquadro hematológico que, nesta doença,apresenta caracteristicamente umareação leucemoi<strong>de</strong> do tipo linfoi<strong>de</strong>.05. Resposta correta: AA = 70,36%B = 10,97%C = 2,22%D = 4,85%E = 11,60%Comentário: : Nas situações <strong>de</strong> catástrofesé muito comum que a água noslocais <strong>de</strong> alojamentos não seja segura.Nestas condições a contaminação comresíduos e esgotos da região atingidae o armazenamento da água sem umacondição a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> tratamento po<strong>de</strong>trazer epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> diarreia infecciosa eoutras exposições tais como hepatites eparasitoses. Esta questão veio para o <strong>TEP</strong>como medida <strong>de</strong> alerta aos pediatras,uma vez que mesmo não tendo obrigatoriamenteno currículo da <strong>Pediatria</strong>medidas <strong>de</strong> controle epi<strong>de</strong>miológico eatuação em <strong>de</strong>sastres naturais, é <strong>de</strong>ver<strong>de</strong> todo médico ter educação sanitáriamínima a fim <strong>de</strong> proteger as populaçõesem suas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação. Nesta<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>oportunida<strong>de</strong> a justificativa vai com arecomendação da Vigilância Sanitária daSecretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Estado se SantaCatarina, on<strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntegerou gran<strong>de</strong> experiência:ATENÇÃO: DESINFECÇÃO DA ÁGUAPARA CONSUMO HUMANOSe a residência for abastecida com águado sistema público <strong>de</strong> abastecimento eno ponto <strong>de</strong> entrada (cavalete) ou <strong>de</strong>consumo (torneira, jarra, pote, etc.) nãofor verificada a presença <strong>de</strong> cloro, ouse a água utilizada for proveniente <strong>de</strong>poço, fonte, rio, riacho, açu<strong>de</strong>, barreira,etc., <strong>de</strong>verá ser procedida a cloraçãono local utilizado para armazenamento(reservatório, tanque, tonel, jarra, etc.)utilizando-se o hipoclorito <strong>de</strong> sódio a2,5%, nas seguintes dosagens:Volume<strong>de</strong>água1.000 litros 100 ml150 litros 15 mlHipoclorito <strong>de</strong> sódioa 2,5%MedidaDosagemprática2 copinhos<strong>de</strong> café(<strong>de</strong>scartáveis)1 colher<strong>de</strong> sopa20 litros 2 ml 40 gotas1 litro 0,1 ml 2 gotasTempo<strong>de</strong>contato30minutosOBS 1 : Em casos <strong>de</strong> água turva: ferva a águapor 15 minutos, aguar<strong>de</strong> esfriar e coloque hipocloritono dobro da quantida<strong>de</strong> das medidasda tabela acima.OBS 2 : Recomenda-se não fazer a <strong>de</strong>sinfecção daágua para consumo humano com água sanitária,pois esses produtos po<strong>de</strong>m conter outras substânciasprejudiciais a saú<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> não havergarantia sobre o real teor <strong>de</strong> cloro na solução.Água sanitária somente na total ausência dohipoclorito.06. Resposta correta: EA = 5,27%B = 1,58%C = 2,85%D = 47,89%E = 42,41%Comentário: O tratamento <strong>de</strong>escolha da escabiose em lactentes éo enxofre ou a permetrina pelo altoíndice <strong>de</strong> <strong>de</strong>rmatite irritativa causadapelos <strong>de</strong>mais escabicidas. O benzoato<strong>de</strong>ve ser repetido após uma semana;A ivermectina está contra-indicadaabaixo <strong>de</strong> 15Kg. Os corticói<strong>de</strong>s tópicosnão <strong>de</strong>vem ser utilizados no tratamentoda escabiose. O lindano está proscritopelo seu potencial neurotóxico.07. Resposta correta: CA = 4,96%B = 2,22%C = 87,24%D = 5,38%E = 0,11%Comentário: : Trata-se <strong>de</strong> caso clássico<strong>de</strong> icterícia do aleitamento maternoque tem entre seus mecanismosfísiopatológicos o aumento na circulaçãoenterohepática <strong>de</strong> bilirrubina.Nesses casos, a conduta indicada éo estímulo ao aleitamento materno.08. Questão anulada09. Resposta correta: AA = 60,13%B = 16,77%<strong>TEP</strong> - Comentado 23


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>24C = 10,97%D = 3,80%E = 8,33%Comentário: : Neste caso, o quadroclínico e epi<strong>de</strong>miológico, além daimagem radiológica pulmonar mantidaapós tratamento a<strong>de</strong>quado para pneumoniaadquirida na comunida<strong>de</strong>, autorizainiciar tratamento para tuberculosepulmonar.Para crianças, menores <strong>de</strong> 10 anos <strong>de</strong>ida<strong>de</strong>, continua o tratamento atualcom três medicamentos: R (10 mg/kg),H (10 mg/kg) e Z (35 mg/kg). Novasformulações em comprimidos dispersíveisestão sendo elaboradas. Umadas justificativas para a não utilizaçãodo esquema com quatro drogas emcrianças é a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificarprecocemente a neurite ótica(reação adversa ao uso do E) nessafaixa etária.10. Resposta correta: AA = 53,27%B = 12,87%C = 14,35%D = 14,66%E = 4,85%Comentário: : A combinação <strong>de</strong>dificulda<strong>de</strong>s escolares, orelhas e mandíbulaproeminentes e macro-orquidiaem um rapaz agitado cujo tio maternotambém enfrentou dificulda<strong>de</strong>s cognitivas,apontando para uma provávelherança recessiva ligada ao X, éaltamente sugestiva da síndrome doX frágil.11. Resposta correta: DA = 1,48%B = 4,01%C = 17,83%D = 69,73%E = 6,96%Comentário: : De acordo com as normasdo Ministério da Saú<strong>de</strong>, a seguinteconduta está indicada nos casos <strong>de</strong>exposição vertical ao HIV:1) Contraindicar o aleitamento maternoe prescrever fórmula láctea<strong>de</strong> partida para a alimentação dorecém-nascido;2) Prescrever profilaxia com zidovudinadurante as primeiras seis semanas<strong>de</strong> vida (42 dias), sendo a primeiradose administrada preferencialmenteainda na sala <strong>de</strong> parto;3) Aplicar, o mais precocemente possível,a BCG intradérmica;4) Iniciar profilaxia contra o Pneumocystisjiroveci com sulfametoxazol-trimetoprima partir <strong>de</strong> seis semanas <strong>de</strong>ida<strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da contagem<strong>de</strong> linfócitos TCD4+, pois noprimeiro ano <strong>de</strong> vida a contagem <strong>de</strong>linfócitos TCD4+ não é marcadora<strong>de</strong> risco <strong>de</strong> pneumocistose.O primeiro teste <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> RNAviral no plasma (carga viral) <strong>de</strong>ve serrealizado a partir <strong>de</strong> um mês <strong>de</strong> vidae a criança menor <strong>de</strong> 18 meses sópo<strong>de</strong>rá ser consi<strong>de</strong>rada não infectadase apresentar duas amostras <strong>de</strong> cargaviral abaixo do limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção eteste <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> anticorpos anti-HIV não reagente após os 12 meses<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>12. Resposta correta: AA = 98,73%B = 0,63%C = 0,63%D = 0,00%E = 0,00%Comentário: : A hepatite A temperíodo <strong>de</strong> incubação <strong>de</strong> 15 a 50 dias,com transmissão oral-fecal, sendo acontaminação da água e alimentos omeio mais importante <strong>de</strong> propagaçãoda doença. A infecção pelo vírus A éautolimitada, aguda e <strong>de</strong>monstra boaresolução clínica na maioria dos casos.O diagnóstico é confirmado pela <strong>de</strong>tecçãodo Ac anti-VHA tipo IGM queestá presente no início da doença epermanece positivo por 4 a 16 semanas.13. Resposta correta: DA = 1,48%B = 7,59%C = 22,47%D = 66,98%E = 1,37%Comentário: : Por se tratar <strong>de</strong> umasuspeita <strong>de</strong> imuno<strong>de</strong>ficiência congênita,todas as vacinas atenuadas estãocontra-indicadas pelo elevado risco <strong>de</strong>adquirir doença pelo antígeno vacinal.Porém, as vacinas inativadas, ou seja,aqueles produzidas com microorganismosou agentes que per<strong>de</strong>ram a suapatogenicida<strong>de</strong> (capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> causardoença), são seguras e <strong>de</strong>vem ser administradas,embora sua imunogenicida<strong>de</strong>seja duvidosa.14. Resposta correta: BA = 8,86%B = 57,81%C = 4,64%D = 15,61%E = 13,08%Comentário: : Uma questão fácil<strong>de</strong> estadiamento puberal <strong>de</strong> Tanner. Osimples conhecimento da não existência<strong>de</strong> um estádio 0 (zero) <strong>de</strong> Tannerpermitia chegar à resposta correta.Para o estadiamento puberal são avaliados,nos meninos, a genitália (G) eos pelos pubianos (P) e, nas meninas,as mamas (M) e os pelos pubianos(P). O achado <strong>de</strong> volume testicular≥ 4cm³ índica que os testículos jáestão sob estímulo <strong>de</strong> hormônio gonadotróficoe caracteriza o início dapuberda<strong>de</strong> no sexo masculino (estádioG2). A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> tecido glandularmamário subareolar, mesmo queunilateral, caracteriza a telarca, quehabitualmente é o primeiro sinal <strong>de</strong>puberda<strong>de</strong> no sexo feminino (estádioM2). A ausência <strong>de</strong> pelos pubianostanto no menino quanto na meninaé típica do pré-pubere e é estadiadacomo P1. Assim sendo, os pacientes<strong>de</strong>scritos no enunciado apresentam-senos estádios G2P1 e M2P1.15. Resposta correta: AA = 54,01%B = 0,74%C = 2,85%D = 40,19%E = 2,22%<strong>TEP</strong> - Comentado 25


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Comentário: : A nutrição parenteral(NP) prolongada, após duas semanas<strong>de</strong> NP total (NPT), tem altíssima incidência<strong>de</strong> colestase. A gênese <strong>de</strong> talagressão pela nutrição parenteral éatribuída a diversos fatores associadostais como falta <strong>de</strong> nutrientes na luzintestinal com aumento da reabsorção<strong>de</strong> sais biliares, espessamento <strong>de</strong> bileintracanalicular hepática, infecções,vasculites, falta <strong>de</strong> nutrientes essenciaisnão atendidos pela NPT, redução daprodução <strong>de</strong> colecistoquina, e <strong>de</strong> diversosoutros fatores físicos tais comoperoxidação <strong>de</strong> lipídios da NPT e reduçãoou alteração <strong>de</strong> compostos pelamulti-mistura que é a NPT. De fato, seo uso for por pouco tempo, menos <strong>de</strong>duas semanas, a incidência da colestasese reduz e contrasta com a incidênciaquando se passa <strong>de</strong> duas semanas emNPT, atestando que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dacompreensão da fisiopatologia o tempolongo, e portanto, o uso crônicoda NPT é o fator mais importante nagênese da nosologia.16. Resposta correta: C26A = 0,63%B = 1,05%C = 57,38%D = 25,95%E = 14,98%Comentário: : O vírus VZ não passaatravés do leite humano e portanto oleite po<strong>de</strong> ser or<strong>de</strong>nhado e oferecidoao recém-nato ao longo da vigênciada doença materna. Indica-se aimunoglobulina humana anti vírusVZ (VZIG) para recém-nato cuja mãetenha tido varicela <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 5 diasantes do parto ou até 48 horas apóso parto.17. Resposta correta: CA = 4,11%B = 2,64%C = 67,62%D = 0,32%E = 25,32%Comentário: : Trata-se <strong>de</strong> um caso<strong>de</strong> infecção congênita, as opções não<strong>de</strong>ixam dúvida. Na maioria dos casos,as infecções congênitas são totalmenteassintomáticas no período neonatal eo diagnóstico baseia-se ou na históriada gestação ou em testes sorológicosda mãe e do recém-nascido. Quandosintomáticas, as infecções congênitascostumam cursar com um quadroinespecífico, comum a várias <strong>de</strong>las, eque inclui alguns dos achados <strong>de</strong>scritosno enunciado tais como anemia,trombocitopenia, visceromegalias, icteríciae microcefalia. Entretanto, oachado <strong>de</strong> calcificações intracranianasperiventriculares é altamente sugestivoda infecção por citomegalovírus. Ocitomegalovírus é um β-herpesvírus e,portanto, não é sensível ao aciclovir.Neste caso, a opção terapêutica <strong>de</strong>escolha é o ganciclovir que, apesar dasua mielotoxicida<strong>de</strong>, comprovadamentereduz a incidência <strong>de</strong> sur<strong>de</strong>z nestespacientes e po<strong>de</strong>, inclusive, reverter amicrocefalia.<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>18. Resposta correta: DA = 3,16%B = 2,74%C = 1,58%D = 91,56%E = 0,95%Comentário: : Para cálculo das alturas<strong>de</strong>vemos utilizar as fórmulas:M: (157 + 13) + 180/2 = 175cm + ou-8 (variando <strong>de</strong> 167 cm a 183 cm)F: (180 – 13) + 157/2 = 162 cm + ou-8 (variando <strong>de</strong> 154cm a 170 cm)Os dois irmãos atingiram o percentil 50esperado conforme a altura dos pais.19. Resposta correta: EA = 0,21%B = 0,00%C = 0,74%D = 0,21%E = 98,84%Comentário: : Segundo as IV Diretrizespara o Manejo da Asma, o pacienteem questão apresenta achados <strong>de</strong>crise <strong>de</strong> asma mo<strong>de</strong>rada/leve: lúcido,orientado, acianótico, retrações intercostais,frequência respiratória normalou aumentada e sibilos expiratórios(sem referencia quanto a localizadosou difusos) e achados <strong>de</strong> crise grave:SaO 2 91%, FC maior do que 110 bpme frequência respiratória normal ouaumentada.Ainda segundo as IV Diretrizes para oManejo da Asma, o tratamento paracasos como este é O 2 para SaO 2


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Comentário: : A <strong>de</strong>rmatite <strong>de</strong> fraldasé causada pelo contato <strong>de</strong> sujida<strong>de</strong>stais como fezes, urina e seus produtos<strong>de</strong> <strong>de</strong>composição quando <strong>de</strong>ixadosem contato com a pele. A umida<strong>de</strong> etemperatura do corpo funcionam comoelementos adicionais <strong>de</strong>terminandocondições que favorecem a que bactériasfermentadoras aumentem a suaatuação. Na intolerância secundária àlactose causada pela diarreia aguda,maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste açúcar seráexcretado pelas fezes e a fermentaçãobacteriana intestinal e externa irão aumentara quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ácido lácticonaquelas sujida<strong>de</strong>s. Portanto a intolerânciatransitória à lactose é o fatorgerador da diarreia e perpetuador <strong>de</strong> umdos elementos agressores na <strong>de</strong>rmatite<strong>de</strong> fraldas nestas ocasiões.22. Resposta correta: EA = 6,01%B = 6,65%C = 0,32%D = 2,32%E = 84,70%Comentário: : As principais causas<strong>de</strong> pneumonia <strong>de</strong> repetição ou crônicana faixa pediátrica po<strong>de</strong>m ser classificadas<strong>de</strong> várias formas. Po<strong>de</strong>m serdividas em quatro grupos: malformaçõescongênitas do trato respiratório(superior ou inferior) e do aparelhocardio-vascular; aspirações recorrentes;<strong>de</strong>feito dos mecanismos <strong>de</strong> clareamentomucociliar, especialmente pela fibrosecística e anormalida<strong>de</strong>s ciliares e; por28conta <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> imunida<strong>de</strong> locaisou sistêmicas.Para que se classifique em pneumonia<strong>de</strong> repetição é necessário que se comproveperíodos assintomáticos e comradiografia normal entre os episódios.Exacerbações <strong>de</strong> pneumopatias crônicassão muitas vezes classificadas comopneumonia <strong>de</strong> repetição.Anamnese e exame físico criteriosos sãoa melhor ferramenta para que se estabeleçamas hipóteses diagnósticas a sereminvestigadas e para que se pon<strong>de</strong>remos exames complementares necessários.Pré-escolar com história recente <strong>de</strong>pneumonia <strong>de</strong> repetição localizada, namesma topografia, tem como principalhipótese diagnóstica das cinco apresentadas,corpo estranho endobrônquico.Pneumoniasrepetidas nomesmo local23. Resposta correta: DA = 3,48%B = 34,07%C = 3,27%D = 55,27%E = 3,90%- Afecções brônquicas oubronquiolares localizadas- Corpo estranhoendobrônquico- Rolha <strong>de</strong> secreçãoorganizada- Tuberculose endobrônquica- Compressão brônquicaextrínseca – gânglio, cisto- Malformações da árvorerespiratória- Sequela <strong>de</strong> infecçãolocalizada – bronquiectasia,bronquioloectasia- Tumores endobrônquicos<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Comentário: : A Chlamydia Tracomatisé a causa mais comum <strong>de</strong> uretriteassintomática nos adolescentes, sendoque as uretrites tanto gonocócicaquanto não gonocócica são a DST maiscomum em meninos com vida sexualativa. A candidíase cursa com eritemae e<strong>de</strong>ma difusos da glan<strong>de</strong>, além <strong>de</strong>pápulovesículas e placas esbranquiçadasa<strong>de</strong>rentes.24. Resposta correta: AA = 31,12%B = 55,70%C = 3,38%D = 3,16%E = 6,65%Comentário: : De acordo com areferência bibliográfica do concurso, apunção lombar é o exame <strong>de</strong> escolhana suspeita diagnóstica <strong>de</strong> meningite. Asúnicas situações em que esse procedimentoé contraindicado são: 1) aumentoda pressão intracraniana por suspeita <strong>de</strong>massa cerebral ou do neuro eixo (o pacientenão apresenta sinais neurológicosfocais). 2) sinais <strong>de</strong> herniação cerebraliminente (bradicardia, bradipnéia, hipertensãoarterial - paciente com sinaisvitais estáveis).25. Resposta correta: BA = 8,54%B = 70,68%C = 2,11%D = 7,70%E = 10,97%Comentário: : Trata-se <strong>de</strong> um casotípico <strong>de</strong> taquipneia transitória ou síndromedo pulmão úmido. Em geral ospacientes portadores <strong>de</strong>sta condição sãorecém-nascidos a termo por operaçãocesariana na ausência <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>parto. A ausência <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> partoretarda a absorção do líquido pulmonare esta circunstância justifica a fisiopatologia<strong>de</strong>sta doença que consiste naredução da complacência pulmonar.A doença se expressa clinicamente porum quadro <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto respiratórioquase sempre leve e <strong>de</strong> rápida resolução.A radiografia sela o diagnóstico (muitoembora seja pouco frequente na vida realencontrar uma radiografia típica nestescasos). O padrão encontrado é o <strong>de</strong>hiperinsuflação pulmonar consequenteao e<strong>de</strong>ma bronquiolar e aprisionamento<strong>de</strong> ar, congestão vascular pelo líquidoem processo <strong>de</strong> reabsorção e, por vezes,um discreto <strong>de</strong>rrame pleural ou intercisuralpor transudação <strong>de</strong> líquido parao interior do espaço pleural. Não hánecessida<strong>de</strong> da administração <strong>de</strong> óxidonítrico na taquipneia transitória, pois,na gran<strong>de</strong> maioria dos casos, a doençaé leve, autolimitada e não cursa comhipertensão pulmonar significativa. Aconduta terapêutica indicada, e por vezesa única necessária, é a administração <strong>de</strong>oxigênio por capacete enquanto se aguardaa resolução espontânea da doença.26. Resposta correta: EA = 1,16%B = 21,14%C = 1,79%<strong>TEP</strong> - Comentado 29


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>30D = 9,60%E = 66,03%Comentário: : Atetralogia <strong>de</strong> Falloté uma cardiopatia congênita cianóticacom hipofluxo pulmonar que tem comoelementos constitutivos: <strong>de</strong>xtroposiçãoda aorta, comunicação interventricularr(CIV), hipertrofia ventricular direita eestenose do trato <strong>de</strong> saída da pulmonar.Estes doentes estão sujeitos a apresentar rcrises hipercianóticas secundárias aoaumento da resistência no territóriovascular pulmonar com consequenteredução do fluxo pulmonar e aumentodo shunt direita-esquerda através da CIV.O aumento do shunt através da CIV aca-ba por levar mais sangue <strong>de</strong>soxigenadopara a circulação sistêmica e piora ahipoxemia arterial levando a um círculovicioso, pois a hipoxemia aumenta aindamais a resistência ao fluxo <strong>de</strong> sanguepara o território pulmonar (por induzirvasoconstricção pulmonar) o que levaa maior <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> sangue da direitapara a esquerda no nível ventricularrperpetuando e agravando o episódio.Nesse cenário o objetivo da terapêuticaé aumentar o fluxo através do territóriopulmonar e reduzir o fluxo através daCIV. Assim, qualquer medida que reduzaa resistência vascular pulmonar (comoa simples administração <strong>de</strong> oxigênio)ou aumente a resistência sistêmica(como quando os pacientes assumem,espontaneamente, a posição <strong>de</strong> cócoras)po<strong>de</strong>rá quebrar o círculo vicioso <strong>de</strong>hipoxemia-aumento do shunt-hipoxemiae controlar a “crise”.27. Resposta correta: DA = 6,54%B = 1,48%C = 3,38%D = 86,60%E = 2,00%Comentário: : O transtorno alimentarmais comum em adolescentes é aanorexia nervosa (AN), condição psiquiátricaséria e com conseqüênciaspotencialmente fatais. Na AN há umaenorme preocupação com o peso, formafísica e principalmente com a perda <strong>de</strong>peso. O peso dos pacientes encontra-sediminuído em 15% ou mais em relaçãoao limite inferior esperado para a ida<strong>de</strong>e altura. Assim os critérios para odiagnóstico são:1. Recusa em manter o peso corporal(menos que 85% do peso esperadopara estatura ou IMC < 17,5).2. Medo intenso <strong>de</strong> ganhar peso.3. Distúrbio da percepção corporal.4. Negação da gravida<strong>de</strong> do baixo pesocorporal.28. Resposta correta: BA = 0,42%B = 84,92%C = 2,43%D = 4,11%E = 8,12%Comentário: : Otoque ou a retraçãoda orelha externa, como no caso pelapassagem da camiseta sobre a orelhaé um dos sintomas mais frequentes<strong>de</strong> otite externa. A dor, ou sensibilida<strong>de</strong>,po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sproporcional aos<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>achados ao exame do conduto. Emcertas ocasiões po<strong>de</strong>rá haver gran<strong>de</strong>manifestação com e<strong>de</strong>ma e até secreçõespurulentas. A permanência pormuito tempo <strong>de</strong>ntro d´água reduz aquantida<strong>de</strong> e a qualida<strong>de</strong> do cerúmenprotetor, sendo que em piscinas comprodutos <strong>de</strong> manutenção da qualida<strong>de</strong>da água, tais como cloração, esteefeito po<strong>de</strong> ser ampliado. É gran<strong>de</strong> evariável o número <strong>de</strong> patógenos quepo<strong>de</strong>rão então se instalar na pele docanal auditivo externo provocando inflamação<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> e gravida<strong>de</strong>sproporcionais aos seus potenciais <strong>de</strong>invasivida<strong>de</strong>.29. Questão anulada30. Resposta correta: CA = 8,97%B = 1,27%C = 79,75%D = 4,32%E = 5,70%Comentário: : Trata-se <strong>de</strong> um casotípico <strong>de</strong> escarlatina estando presentesalguns sinais clássicos <strong>de</strong>sta condiçãocomo o sinal <strong>de</strong> Pastia (intensificaçãodo exantema nas dobras fl exurais) e<strong>de</strong> Filatov (pali<strong>de</strong>z peribucal), alémdo exantema micropapular, tambémchamado <strong>de</strong> escarlatiniforme por sercaracterístico, muito embora não-patognomônico,<strong>de</strong>sta doença. Ressalteseque nem na mononucleose nem nadoença <strong>de</strong> Kawasaki são encontrados ossinais <strong>de</strong> Pastia e Filatov. Além disso,a presença <strong>de</strong> exsudato pultáceo emloja amigdaliana é consi<strong>de</strong>rado critério<strong>de</strong> exclusão <strong>de</strong> doença <strong>de</strong> Kawasaki. Aescarlatina é uma doença causada porestreptococos produtores <strong>de</strong> exotoxinapirogênica (anteriormente conhecidacomo toxina eritrogênica) e, <strong>de</strong>sta forma,a melhor opção para o tratamentoé a administração <strong>de</strong> penicilina. É importante<strong>de</strong>stacar que muito embora aassociação sulfametoxazol-trimetoprimpossa ser usada para a profilaxia dafebre reumática, esta droga é ineficazno tratamento <strong>de</strong> doença estreptocócicajá estabelecida.31. Resposta correta: DA = 17,72%B = 0,84%C = 17,41%D = 57,28%E = 6,75%Comentário: : A base teórica fundamentadada situação <strong>de</strong> carênciacausada pelo vegetarianismo nãoconduzido por profissional, como éo caso proposto na questão. A fonteexclusiva da vitamina B12 (cobalamina)é animal e dietas vegetarianas nãoacompanhadas causam consequênciassérias, inclusive com baixa excreção noleite materno, po<strong>de</strong>ndo por isto, não serincomum lactentes serem gravementeafetados por esta carência alimentarmaterna.Por outro lado a vitamina B12, comoa<strong>de</strong>nosil-cobalamina, é cofator específico<strong>de</strong> duas mutases (enzimas) no<strong>TEP</strong> - Comentado 31


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>35. Resposta correta: AA = 59,92%B = 3,38%C = 2,11%D = 0,21%E = 34,39%Comentário: : Aneofobia é uma manifestaçãotransitória comum e normal empré-escolares. Entre estas manifestaçõesa rejeição ao novo passa por dificulda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> aceitação <strong>de</strong> cuidados, frequentarcreches e escolas e a alimentos novos,em especial a alimentos folhosos e ver<strong>de</strong>s.A insistência por parte dos pais,sem que seja dada oportunida<strong>de</strong>s paraque a criança seja reapresentada <strong>de</strong>forma gradual, casual, sem insistênciae <strong>de</strong> forma amorosa aos alimentos rejeitadoscostuma reforçar o sintoma eretardar a aceitação do alimento novo.Em alguns casos este comportamentopo<strong>de</strong>rá se perpetuar levando a criançasque escolhem apenas alguns alimentospara ser alimentadas.36. Resposta correta: EA = 0,84%B = 1,27%C = 1,90%D = 5,70%E = 90,30%Comentário: : No CEM em vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong>abril <strong>de</strong> 2010, foi incluído no seuCapítulo XII – ENSINO E PESQUISAMÉDICA a preocupação dos médicoscom o respeito ao paciente participante<strong>de</strong> ensino e pesquisa. O Art. 110 <strong>de</strong>finecomo vedado ao médico “praticara Medicina, no exercício da docência,sem o consentimento do paciente ou<strong>de</strong> seu representante legal, sem zelarpor sua dignida<strong>de</strong> e privacida<strong>de</strong> oudiscriminando aqueles que negarem oconsentimento solicitado.”37. Resposta correta: CA = 6,75%B = 5,70%C = 62,66%D = 13,71%E = 11,18%Comentário: : Se o médico, aten<strong>de</strong>ndoaos ditames <strong>de</strong> sua consciência e a pedidodo paciente ou <strong>de</strong> seu representantelegal em caso <strong>de</strong> incapaz, po<strong>de</strong>rá nãousar terapêuticas ou exames inúteis, massim cuidados paliativos para oferecerconforto e dignida<strong>de</strong> ao paciente nessasituação. Não se estará praticando aeutanásia ou distanásia, mas sim a ortotanásia.Não se estará tirando a vidado paciente ou sua chance <strong>de</strong> sobreviver,mas sim agindo com humanida<strong>de</strong> aoaliviar o sofrimento. O Capítulo V – Relaçãocom Pacientes e Familiares tratado tema no Art. 41. Abreviar a vida dopaciente, ainda que a pedido <strong>de</strong>ste ou<strong>de</strong> seu representante legal.Parágrafo único. Nos casos <strong>de</strong> doençaincurável e terminal, <strong>de</strong>ve o médicooferecer todos os cuidados paliativosdisponíveis sem empreen<strong>de</strong>r açõesdiagnósticas ou terapêuticas inúteis ouobstinadas, levando sempre em consi<strong>de</strong>raçãoa vonta<strong>de</strong> expressa do paciente<strong>TEP</strong> - Comentado 33


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>ou, na sua impossibilida<strong>de</strong>, a <strong>de</strong> seurepresentante legal.38. Resposta correta: AA = 77,00%B = 0,11%C = 18,99%D = 0,53%E = 3,27%Comentário: : Os episódios ocorremnas primeiras horas após o início dosono e envolvem gritos e agitação,características sugestivas <strong>de</strong> terror noturno,uma forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar parcialdo sono NREM. Por outro lado, ascrises epilépticas ten<strong>de</strong>m a ocorrer natransição vigília-sono e não costumamser acompanhadas <strong>de</strong> gritos. A epilepsiarolândica ocorre mais frequentementena faixa etária <strong>de</strong> 3 a 13 anos.39. Resposta correta: EA = 9,49%B = 4,54%C = 3,16%D = 0,74%E = 82,07%Comentário: : Aquestão <strong>de</strong>screve umcaso muito sugestivo <strong>de</strong> hérnia diafragmáticacaracterizado por <strong>de</strong>svio doictus para a direita, abdome escavadoe ruídos hidroaéreos no hemitórax esquerdo.As hérnias diafragmáticas dorecém-nascido, na gran<strong>de</strong> maioria doscasos, ocorrem através do forame <strong>de</strong>Bochdalek e, portanto, localizam-se nohemitórax esquerdo. Um dado muito34sugestivo para o diagnóstico é a piorado quadro com a ventilação por balãoautoinflável através <strong>de</strong> máscara facial,pois tal procedimento produz distensãogasosa do estômago e das alças intestinaisanormalmente localizadas no tóraxpiorando as condições cardiopulmonaresdo paciente. Portanto, nos casos em quese suspeita <strong>de</strong> hérnia diafragmática, aventilação com pressão positiva através<strong>de</strong> máscara facial está formalmentecontraindicada e, caso haja necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> ventilar estes pacientes, indica-se aintubação traqueal imediata.40. Resposta correta: AA = 93,57%B = 0,11%C = 6,12%D = 0,21%E = 0,00%Comentário: : É preciso diferenciarentre experimentação e abuso <strong>de</strong> drogas.O uso abusivo <strong>de</strong> drogas não é umfenômeno isolado, envolvendo questõesfamiliares, individuais e sociais, sendocaracterizado por uso frequente <strong>de</strong>drogas com risco <strong>de</strong> agravos à saú<strong>de</strong>.Nesse caso a comunicação dos paiscomo parceiros do trabalho terapêuticoé necessário. Já a experimentação é o usoocasional ou em <strong>de</strong>terminadas situações<strong>de</strong> certas substâncias nocivas, mas sem ocaráter repetitivo/patológico que envolvariscos potenciais ao indivíduo.A i<strong>de</strong>ação suicida é situação gravíssima<strong>de</strong> risco à vida do paciente, <strong>de</strong>vendoser sempre compartilhada com os pais.<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>41. Questão anulada42. Resposta correta: AA = 24,26%B = 27,64%C = 2,00%D = 27,11%E = 18,99%Comentário: : As doenças epiteliaiscrônicas e as doenças inflamatórias intestinaisproduzem muita <strong>de</strong>scamação.O zinco por ser elemento importantena constituição dos epitélios ten<strong>de</strong> aser excretado <strong>de</strong> forma anormal. Nasdoenças do tubo digestório, com o casoem questão, ocorre <strong>de</strong>snutrição secundáriasendo comum várias <strong>de</strong>ficiênciasalém da <strong>de</strong>snutrição energético proteica.As manifestações clínicas <strong>de</strong> alopecia,alteração nas estrutura das unhas, bemcomo manifestações <strong>de</strong> diminuição <strong>de</strong>imunida<strong>de</strong> como pneumonias e infecçõesrecorrentes são sugestivas <strong>de</strong> carência<strong>de</strong> zinco. Dentre as <strong>de</strong>ficiências secundárias,a carência <strong>de</strong> zinco é uma dasmais frequentes e po<strong>de</strong>rá ser tambémum fator perpetuador do quadro intestinale da <strong>de</strong>snutrição fechando umciclo negativo. Dada a importância <strong>de</strong>stemetal em diversas enzimas chaves dometabolismo, e a sua participação nocimento intercelular ele é um dos metaismais importantes na nutrição a<strong>de</strong>quadae na recuperação nutricional. Na suaescassez há menor capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cicatrizaçãoe maior invasivida<strong>de</strong> sistêmica.Um dado laboratorial <strong>de</strong> relevo para ai<strong>de</strong>ntificação da carência secundária <strong>de</strong>zinco é a dosagem da enzima fosfatasealcalina. Por esta enzima conter zinco,na carência <strong>de</strong>ste, aquela fica tambémreduzida mesmo diante do estímulocausado pela presença diminuída <strong>de</strong>cálcio e fosfato.43. Resposta correta: CA = 2,95%B = 25,63%C = 58,65%D = 0,32%E = 12,45%Comentário: : A ultrassonografia pélvicaé útil na i<strong>de</strong>ntificação das estruturasinternas, em particular do útero eovários. A ausência uterina sugere queos testículos estiveram presentes noinício da gestação e produziram o fatorinibidor mulleriano, causando regressãodos ductos mullerianos e portanto doútero.44. Resposta correta: DA = 7,59%B = 3,48%C = 7,28%D = 68,78%E = 12,87%Comentário: : Adoença <strong>de</strong> Osgood-Schlatter tem várias <strong>de</strong>finições: osteocondrose,apofisite e atualmente fratura <strong>de</strong>stress. Acomete a tuberosida<strong>de</strong> anteriorda tíbia (TAT) que é o local <strong>de</strong> inserçãodos tendões patelares e do quadríceps,sendo mais comum no sexo masculinoe associado à prática <strong>de</strong> esportes.<strong>TEP</strong> - Comentado 35


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>45. Resposta correta: D36A = 3,90%B = 6,54%C = 49,58%D = 36,81%E = 3,16%Comentário: : Os movimentos ocularescaóticos <strong>de</strong>nominam-se opsoclono,e as contrações musculares rápidas efrequentes são causadas por mioclonias.Assim, a paciente apresenta a chamadasíndrome <strong>de</strong> opsoclono/mioclono, queestá associada ao neuroblastoma. Portanto,o exame mais importante paraconfirmar a suspeita clínica é a mediçãoda excreção urinária dos ácidos homovanílicoe vanililmandélico.46. Resposta correta: CA = 1,16%B = 3,06%C = 87,87%D = 1,48%E = 6,43%Comentário: : Nos casos <strong>de</strong> extraviodo cartão vacinal, não havendo registroda aplicação <strong>de</strong> vacinas em um<strong>de</strong>terminado paciente, a conduta aser tomada é (re)administrar todas asvacinas indicadas até aquele momentoexceto se houver alguma contraindicaçãoformal à aplicação <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>las.Há uma única exceção a esta regra:como a BCG é, obrigatoriamente, administradano braço direito na inserçãoinferior do músculo <strong>de</strong>ltoi<strong>de</strong> e comoesta vacina <strong>de</strong>ixa uma cicatriz após aaplicação, é possível <strong>de</strong>terminar, mesmoque não haja registro, pela simplesinspeção do braço do paciente, seesta vacina já foi aplicada ou não e,caso já tenha sido administrada, nãohá indicação <strong>de</strong> repetir a dose. Nopaciente <strong>de</strong>scrito na questão, a BCGnão <strong>de</strong>verá ser aplicada, pois o pacienteapresenta cicatriz vacinal. Resta saberse existe contraindicação à aplicação<strong>de</strong> alguma outra vacina do calendário.A presença <strong>de</strong> infecção <strong>de</strong> vias aéreassuperiores não contraindica a aplicação<strong>de</strong> nenhuma vacina, entretanto, comoo paciente tem um ano <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, a vacinacontra rotavírus está formalmentecontraindicada. Não há estudos <strong>de</strong>segurança que autorizem a aplicação<strong>de</strong>sta vacina em maiores <strong>de</strong> seis meses,período em que aumenta a incidênciada invaginação intestinal. Portanto, arecomendação do Ministério da Saú<strong>de</strong>é <strong>de</strong> que a primeira dose da vacinacontra o rotavírus seja aplicada, nomáximo, até a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3 1/2 meses(14 semanas) e que a segunda doseseja aplicada até 5 1/2 meses (24 semanas).47. Resposta correta: DA = 46,52%B = 11,18%C = 7,91%D = 25,63%E = 8,76%Comentário: : O recém-nascido <strong>de</strong>scritonão apresenta hipoglicemia nem<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>fator <strong>de</strong> risco para tal. Neste, com 10horas <strong>de</strong> vida, encontra-se em fase <strong>de</strong>adaptação cetogenica, protetora do seusistema nervoso. Neste momento o lactanteainda não lacta, produzindo apenascolostro, sendo impossível extrairleite em quantida<strong>de</strong> significativas <strong>de</strong>suas mamas. Esta é a evolução normal<strong>de</strong> todos ou recém-nascidos e lactantesnormais. Práticas <strong>de</strong> suplementaçãointempestivas aumentam os riscos aesta adaptação, além <strong>de</strong> concorrerempara o <strong>de</strong>smame.48. Resposta correta: EA = 17,51%B = 5,70%C = 2,53%D = 2,95%E = 71,31%Comentário: : Aginecomastia é condiçãocaracterística do adolescente,sendo fisiológica nos estágios G3 e G4,<strong>de</strong>vendo ser acompanhada e caso nãoregrida ou esteja causando prejuízos àimagem corporal e à auto-estima dojovem, <strong>de</strong>vemos consi<strong>de</strong>rar a cirurgiaplástica aos 18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.49. Resposta correta: BA = 1,37%B = 70,36%C = 12,55%D = 5,70%E = 10,02%Comentário: : A primeira hipótesediagnóstica em um paciente usuário <strong>de</strong>maconha e em progressão do vício queapresenta o quadro <strong>de</strong>scrito na questãoé o uso da cocaína.50. Resposta correta: CA = 3,80%B = 4,43%C = 83,97%D = 7,59%E = 0,21%Comentário: : A tinha do corpo(tinea corporis) é freqüente na infância,sendo o agente causal no Brasil em quase90% dos casos o Microsporum canis. Acaracterística clínica é o aparecimento<strong>de</strong> lesão <strong>de</strong> crescimento centrífugo, maisinfl amatória na periferia e <strong>de</strong> centroclaro. A presença <strong>de</strong> lesão circular únicacomo no caso em questão, afasta asoutras alternativas.<strong>TEP</strong> - Comentado 37


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Questão 1ITEM A – Ver imagens anexasITEM B – Baixa estatura familiar-constitucional.Estatura a<strong>de</strong>quada para aida<strong>de</strong> e baixa estatura dos pais.Baixa estatura é <strong>de</strong>finida como “estaturamenor que -2DP ou menor queo percentil 3 para a ida<strong>de</strong> e sexo ouestatura menor que -2DP para o canal<strong>de</strong> crescimento da estatura alvo”.O paciente está acima do percentil3 e calculando seu Z escore não tem-2DP. Alguns adolescentes iniciam apuberda<strong>de</strong> mais tardiamente, mas comprevisão <strong>de</strong> estatura final <strong>de</strong>ntro do alvogenético, fato que ocorre no pacienteem questão pois está em G2P2,e seuestirão <strong>de</strong> crescimento ocorrerá emG3/G4.ITEM C – Ida<strong>de</strong> óssea/ radiografia <strong>de</strong>punho e mão esquerdos38<strong>TEP</strong> - Comentado


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>Questão22ITEM A – Aparecimento do broto mamário/telarcaITEM B – Em média após 2 anos datelarca (com variações individuais)ITEM C – O pico da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>crescimento coinci<strong>de</strong> com os estágios2-3 <strong>de</strong> Tanner.Questão33ITEM A – A principal hipótese diagnósticaé <strong>de</strong> icterícia por anemia hemolítica isoimune(incompatibilida<strong>de</strong> materno-fetal).ITEM B – Os exames complementaresfundamentais para a investigação daicterícia neonatal precoce incluem:– Dosagem <strong>de</strong> bilirrubina total e fraçõespara a caracterização do aumento<strong>de</strong> bilirrubina indireta (esperado noscasos <strong>de</strong> anemia hemolítica).– Tipagem sanguínea da mãe e do recémnascidoe teste <strong>de</strong> Coombs direto dorecém-nascido para a caracterização<strong>de</strong> uma situação <strong>de</strong> incompatibilida<strong>de</strong>(tipagem) e da presença <strong>de</strong> anticorposligados à superfície das hemácias dorecém-nascido (Coombs) caracterizandouma doença imunomediada.– Avaliação <strong>de</strong> um índice hematimétrico(hematócrito ou hemoglobina), hematoscopiae contagem <strong>de</strong> reticulócitosdo recém-nascido para caracterizar apresença <strong>de</strong> anemia hemolítica.ITEM C – A conduta terapêuticaindicada para um recém-nascido<strong>TEP</strong> - Comentado 39


NestléNutritiont Institutetute<strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>ictérico com 12 horas <strong>de</strong> vida e portador<strong>de</strong> provável anemia hemolítica isoimuneé o início imediato <strong>de</strong> fototerapiaenquanto se aguarda a confirmaçãodiagnóstica e a dosagem <strong>de</strong> bilirrubina.ITEM D – A fototerapia age principalmenteatravés da fotoisomerização estruturalda bilirrubina transformando-aem lumirrubina. Como a lumirrubina éum pigmento hidrossolúvel, ela po<strong>de</strong> serexcretada sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> captaçãoou conjugação hepáticas, processossabidamente limitados nos primeirosdias <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> um recém-nascido.BIBLIOGRAFIA SUGERIDA01. Berhman, Janson, Kliegman. Nelson – Tratado<strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> - 18 ª ed - Editora Elsevier -2009.02. Cloherty J., Eichenwald, E., Stark A. Manual<strong>de</strong> Neonatologia - 6a. ed.- Editora GuanabaraKoogan – 2009.03. Lopes FA, Campos Jr. D. Tratado <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>.<strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> – 2ª Ed –Editora Manole – 2009.04. IV Diretrizes <strong>Brasileira</strong>s do Manejo da Asma.J. Bras. Pneumol 32, Supl 7, 2006.05. III Diretrizes para Tuberculose da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong><strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Pneumologia e Tisiologia –J. Bras. Pneumol.2009;35(10):1018-104806. Brasil. Ministério da Saú<strong>de</strong>.Calendário Básico<strong>de</strong> Vacinação da Criança, Calendário doAdolescente e Calendário do Adulto e Idoso.PORTARIA Nº 3.318, DE 28 DE OUTUBRODE 2010.07. Brasil. Ministério da Saú<strong>de</strong>. <strong>Pediatria</strong>:prevenção e controle <strong>de</strong> infecção hospitalar.ANVISA. MS, Brasília, 2005.08. Brasil. Ministério da Saú<strong>de</strong>. Diretrizes para ocontrole da sífilis congênita. Brasília, DF. 2005.09. Brasil. Ministério da Saú<strong>de</strong>. Imunobiológicosespeciais e suas indicações, Brasília, DF. 2006.10. Brasil. Ministério da Saú<strong>de</strong>. Recomendaçõespara Terapia Antirretroviral em Crianças eAdolescentes Infectados pelo HIV. Brasília,DF, 1ª ed – 2009/2010.11. Brasil. Ministério da Saú<strong>de</strong> Manual <strong>de</strong>Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica <strong>de</strong> efeitos adversospós-vacinação. Brasília, MS 2007.12. <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> - CalendárioVacinal 2009 - Educação médica continuada.Documentos Científicos. disponível em www.sbp.com.br.13. Código <strong>de</strong> Ética Médica - Resolução CFM no.1.931/2009. disponível em: http://www.cfm.org.br14. Estatuto da criança e do adolescente.D isponível em: h ttp://www.estatutodacriancaedoadolescente.com/eca.htmGLOSSÁRIOFC – frequência cardíacaFR – frequência respiratóriaSaO2 – saturação <strong>de</strong> oxigênioBT – bilirrubina totalBI – bilirrubina indiretaBD – bilirrubina diretaG6PD – glicose -6- fosfato <strong>de</strong>sidrogenaseLH – hormônio luteinizanteFSH – hormônio foliculoestimulante40DHEAS – <strong>de</strong>idroepiandrosteronaGIG – gran<strong>de</strong> para a ida<strong>de</strong> gestacionalRCD – rebordo costal direitoPSF – Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da FamíliaAST – aspartato aminotransferaseALT – alanino aminotransferaseAIG – a<strong>de</strong>quado para a ida<strong>de</strong> gestacionalGNRH – fator liberador <strong>de</strong> gonadotrofina<strong>TEP</strong> - Comentado


Não fique só. Fique sócio.Vamos crescer juntos.Venha para a <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>.Rua Santa Clara, 292Copacabana - Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJCEP 22041-012Tel.: (21) 2548-1999Fax.: (21) 2547-3567E-mail: sbp@sbp.com.brwww.sbp.com.br


NOTA IMPORTANTE:AS GESTANTES E NUTRIZES PRECISAM SER INFORMADAS QUE O LEITE MATERNO É O IDEAL PARA O LACTENTE, CONSTITUINDO-SE A MELHOR NUTRIÇÃOE PROTEÇÃO PARA ESTAS CRIANÇAS. A MÃE DEVE SER ORIENTADA QUANTO À IMPORTÂNCIA DE UMA DIETA EQUILIBRADA NESTE PERÍODO E QUANTOÀ MANEIRA DE SE PREPARAR PARA O ALEITAMENTO AO SEIO ATÉ OS DOIS ANOS DE IDADE DA CRIANÇA OU MAIS. O USO DE MAMADEIRAS, BICOSE CHUPETAS DEVE SER DESENCORAJADO, POIS PODE TRAZER EFEITOS NEGATIVOS SOBRE O ALEITAMENTO NATURAL. A MÃE DEVE SER PREVENIDAQUANTO À DIFICULDADE DE VOLTAR A AMAMENTAR SEU FILHO UMA VEZ ABANDONADO O ALEITAMENTO AO SEIO. ANTES DE SER RECOMENDADO O USODE UM SUBSTITUTO DO LEITE MATERNO, DEVEM SER CONSIDERADAS AS CIRCUNSTÂNCIAS FAMILIARES E O CUSTO ENVOLVIDO. A MÃE DEVE ESTARCIENTE DAS IMPLICAÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS DO NÃO ALEITAMENTO AO SEIO – PARA UM RECÉM-NASCIDO ALIMENTADO EXCLUSIVAMENTE COMMAMADEIRA SERÁ NECESSÁRIA MAIS DE UMA LATA POR SEMANA. DEVE-SE LEMBRAR À MÃE QUE O LEITE MATERNO NÃO É SOMENTE O MELHOR,MAS TAMBÉM O MAIS ECONÔMICO ALIMENTO PARA O LACTENTE. CASO VENHA A SER TOMADA A DECISÃO DE INTRODUZIR A ALIMENTAÇÃO PORMAMADEIRA É IMPORTANTE QUE SEJAM FORNECIDAS INSTRUÇÕES SOBRE OS MÉTODOS CORRETOS DE PREPARO COM HIGIENE RESSALTANDO-SE QUE O USO DE MAMADEIRA E ÁGUA NÃO FERVIDAS E DILUIÇÃO INCORRETA PODEM CAUSAR DOENÇAS. OMS – CÓDIGO INTERNACIONAL DECOMERCIALIZAÇÃO DE SUBSTITUTOS DO LEITE MATERNO. WHA 34:22, MAIO DE 1981. PORTARIA Nº 2.051 – MS DE 08 DE NOVEMBRO DE 2001,RESOLUÇÃO Nº 222 – ANVISA – MS DE 05 DE AGOSTO DE 2002 E LEI 11.265/06 DE 04.01.2006 – PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – REGULAMENTAM ACOMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA E TAMBÉM A DE PRODUTOS DE PUERICULTURA CORRELATOS.PUBLICAÇÃO DESTINADA EXCLUSIVAMENTE AO PROFISSIONAL DE SAÚDE. IMPRESSO NO BRASIL.

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