07.07.2015 Views

Biologia - Zé dias

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Biologia</strong><br />

1


BIOLOGIA<br />

3


Coordenação editorial: Estúdio Conejo, Zênite.<br />

Preparação de texto: Zênite, José Dias Filho.<br />

Coordenação de design e projetos visuais: Pedro Yañez.<br />

Impressão: Gráfica Brasil.<br />

Organizador: Estúdio Conejo<br />

Obra coletiva concebida, desenvolvida<br />

e produzida pelo estúdio Conejo, Zênite.<br />

Editor Executivo:<br />

Pedro Yañez.<br />

Livro do professor:<br />

JOSÉ DIAS FILHO<br />

4


Caro estudante, esse trabalho resulta do estudo e da análise das mais diversas<br />

provas dos Vesttibulares do Brasil e em particular das Estaduais<br />

e Federais da Bahia a partir de 1990.<br />

Não é objetivo ser uma obra acabada ou de abordagem completa dos<br />

conteúdos da <strong>Biologia</strong>.<br />

Elaboramos um material que contempla os conteúdos mais frequentes<br />

nas provas das referidas instituições. Não obstante, trata-se<br />

de um material de estudo extremamente abrangente e que atende às<br />

exigências dos principais vestibulares do Brasil.<br />

Do ponto de vista didático, este ensaio será empregado simultaneamente<br />

com as aulas ministradas. Elaboramos e listamos questões na ordem<br />

de abordagens dos conteúdos e com grau de dificuldades crescente.<br />

Muitas das questões são de nível de aprofundamento superior àqueles<br />

apresentados no ensaio – são essas questões que direcionarão o aprofundamento<br />

e discussões dos assuntos mais atualizados e descobertas<br />

recentes, bem como, das informações pertinentes às novas pesquisas e<br />

tecnologia.<br />

<strong>Zé</strong> Dias<br />

“Trabalha e cumpre teu dever sem te deixares inquietar<br />

pela possibilidade de um resultado favorável ou adverso, e não busques<br />

outro refúgio senão na sabedoria, porque o apego aos resultados provoca<br />

desgraças e traz pesadelos”.<br />

Ludwig Van Beethoven<br />

Bom estudo!<br />

;)<br />

5


SUMÁRIO<br />

BIOLOGIA...................................................................................<br />

CITOLOGIA................................................................................<br />

O NÚCLEO CELULAR...............................................................<br />

ESTUDO DOS ÁCIDOS NUCLÉICOS......................................<br />

METABOLISMO CELULAR.......................................................<br />

ECOLOGIA..................................................................................<br />

SUCESSÃO ECOLÓGICA..........................................................<br />

TAXONOMIA..............................................................................<br />

GENÉTICA..................................................................................<br />

DETERMINAÇÃO DOS GRUPOS SANGUÍNIOS...................<br />

ORIGEM DA VIDA....................................................................<br />

CORDADOS................................................................................<br />

SISTEMA RESPIRATÓRIO .......................................................<br />

SISTEMAS DE REGULÇÃO FUNCIONAL...............................<br />

SISTEMA NERVOSO..................................................................<br />

REPRODUÇÃO...........................................................................<br />

HISTOLOGIA ANIMAL.............................................................<br />

BOTÂNICA..................................................................................<br />

HISTOLOGIA VEGETAL...........................................................<br />

9<br />

10<br />

37<br />

57<br />

85<br />

113<br />

137<br />

157<br />

162<br />

180<br />

205<br />

269<br />

290<br />

305<br />

315<br />

330<br />

344<br />

367<br />

399<br />

7


BIOLOGIA<br />

É a ciência que estuda a vida em suas diversas formas de<br />

expressões.<br />

VIDA QUE FENÔMENO É ESSE?<br />

De difícil definição e distante de um consenso a esse<br />

respeito, consideraremos como vida, todo sistema que consegue<br />

manter o seu meio interno constante e diferente do meio externo,<br />

às custas das trocas de energia com o meio – em equilíbrio<br />

dinâmico ou homeostase – e que possua capacidade de se<br />

perpetuar. Sabemos que existem formas primitivas que não se<br />

enquadram nesta definição e que, portanto, a ela nos referiremos<br />

em momento oportuno.<br />

Não obstante optarmos por uma definição genérica,<br />

enumeramos algumas características peculiares dos sistemas<br />

vivos:<br />

1- Ciclo vital.<br />

2- Crescimento.<br />

3- Reprodução e transmissão de suas características.<br />

4- Capacidade de adaptação.<br />

5- Capacidade de passar por evolução darwiniana.<br />

6- Em sua maioria absoluta apresenta constituição celular.<br />

O limite entre o vivo e o não vivo<br />

Cientistas desenvolvem sistema similar à vida com substâncias comuns.<br />

Marcus Vinicius Marinho escreve para a "Folha de SP":<br />

O que era para ser um experimento simples, do tipo que poderia ser<br />

reproduzido na escola, pode acabar em pistas sobre a formação da vida.<br />

Ao misturarem simples sais que são encontrados em qualquer laboratório<br />

de colégio, cientistas europeus conseguiram desenvolver uma membrana<br />

que guarda diversas semelhanças com os organismos vivos.<br />

Os químicos Jerzy Maselko, pesquisador polonês da Universidade do<br />

Alaska em Anchorage, EUA, e Peter Strizhak, do Instituto de Físico-<br />

Química de Kiev, na Ucrânia, imergiram uma pílula de cloreto de cálcio em<br />

uma solução de carbonato de sódio. Depois de cerca de uma hora, viram<br />

que uma membrana semipermeável e transparente, de cerca de 1 cm de<br />

diâmetro, crescia da pílula, e formava uma espécie de 'criatura' -não viva,<br />

obviamente- com a estrutura similar à de um fungo.<br />

O que deixou os cientistas boquiabertos, no entanto, foi o fato de que a<br />

membrana permitia que uma reação química que acontecesse dentro dela<br />

se mantivesse longe do equilíbrio termodinâmico. A maior parte das<br />

misturas químicas rapidamente chega a um ponto de equilíbrio, onde a<br />

formação de produtos ocorre na mesma velocidade de decomposição - a<br />

quantidade de produtos e reagentes uma hora chega ao ponto em que fica<br />

constante.<br />

No caso do experimento dos cientistas, a 'célula' limitada pela membrana<br />

funciona como um reator químico onde as substâncias entram, reagem e<br />

saem, assim como um sistema biológico, que separa a célula das coisas<br />

existentes no seu entorno e não deixa o equilíbrio acontecer.<br />

A falta desse equilíbrio é uma condição necessária para a origem da vida.<br />

O fato de que nós conseguimos fazer isso em um sistema inorgânico tão<br />

simples como esse sugere que talvez a vida seja possível de produzir', diz<br />

Maselko, 59, à Folha.<br />

A 'célula' do pesquisador ainda pratica uma espécie de reprodução,<br />

produzindo pequenos 'filhos' que podem se separar da célula 'mãe' ou<br />

formar uma cadeia de membranas interconectadas.<br />

De fato, Maselko diz que seu próximo passo consiste em produzir 'seres'<br />

inorgânicos multicelulares. 'Isso pode elucidar uma das maneiras pelas<br />

quais a vida se organizou no começo de tudo', diz o pesquisador. Para<br />

ilustrar melhor as possibilidades da membrana, os cientistas fizeram um<br />

experimento onde mantiveram dois meios diferentes com a divisão da<br />

membrana.<br />

Ao colocarem no sistema uma mistura de cloreto de cobre, amido, água<br />

oxigenada e iodeto de sódio, os cientistas puderam ver que do lado de<br />

dentro da 'célula' íons de cobre resultantes da interação dos reagentes<br />

davam uma coloração verde ao meio, enquanto iodo era expulso e, com<br />

amido, resultava em uma cor arroxeada.<br />

A pesquisa foi publicada em abril na revista 'Journal of Physical Chemistry B'<br />

(pubs.acs.org/journals/jpcbfk/). (Folha de SP, 12/5)<br />

Discuta e responda as questões que seguem:<br />

01. Que características a estrutura produzida no experimento apresenta e<br />

que é comum aos sistemas vivos.<br />

02. Que passagem no texto refere-se ao que se poderia denominar de<br />

metabolismo?<br />

03. Que característica típica de qualquer ser vivo o texto não faz referência.<br />

04. Qual a característica que a estrutura criada apresenta, associada à uma<br />

suposta membrana celular, que caracteriza os seres vivos?<br />

05. Com base no texto: É possível afirmar que a referida estrutura respira?<br />

Justifique!<br />

06. Que característica biológica a estrutura sintética apresenta:<br />

07. Qual o sentido da expressão: “A falta desse equilíbrio é uma condição<br />

necessária para a origem da vida.”?<br />

a) Presente nos vírus?<br />

b) Ausente nos vírus<br />

Portanto, o que é vida? A vida é bacteriana, e os organismos que<br />

não são bactérias evoluíram a partir de outros que o eram. No fim<br />

do éon arqueano, todos os desertos tinham uma crosta de tapetes<br />

microbianos e espumas temporárias; todo lago de águas quentes,<br />

sulfurosas ou amoniacais, exibia hordas de colonizadores e<br />

imigrantes atrevidos. Nos grãos de sal e acumulações de ferrugem,<br />

as bactérias fabricavam colas e precipitavam magnetita. Agarrandose<br />

às rochas frias e áridas próximas,<br />

dos pólos e cobrindo de limo o lixo vulcânico dos rasos mares<br />

tropicais, esverdeando a Terra, os fotossintetizadores exsudavam<br />

seus produtos para<br />

oportunistas esfaimados.<br />

Os dejetos dos<br />

fermentadores<br />

transformavam-se em<br />

alimento para os<br />

9


nadadores sedentos de ácidos, enquanto o hálito fétido dos<br />

redutores de sulfato fornecia uma preciosa matéria-prima a seres<br />

clorofilados verdes ou a seres coloridos de vermelho. Todos os<br />

espaços habitáveis do planeta eram ocupados por produtores<br />

esclarecidos, transformadores atarefados ou exploradores árticos.<br />

Os descendentes preservados pela seleção natural sobreviviam,<br />

mas apenas quando um membro da comunidade lhes apresentava<br />

um gene transportado por um plasmídio. As trocas de genes eram<br />

indispensáveis para quem quisesse livrar-se das toxinas<br />

ambientais: uma proteína a ser degradada, uma espuma venenosa<br />

de manganês, ou o brilho cúpreo ameaçador a ser oxidado ou<br />

reduzido. Quando tomados de empréstimo e devolvidos por gênios<br />

metabólicos bacterianos, os plasmídios replicantes e<br />

transportadores de genes, que pertenciam à biosfera em geral,<br />

aliviaram a maioria dos perigos ambientais locais, desde que<br />

pudessem ser temporariamente incorporados nas células das<br />

bactérias ameaçadas. Os corpos minúsculos da pátina planetária<br />

espalhavam-se por toda parte e todos os micróbios reproduziamse<br />

com demasiada rapidez para que todos os seus descendentes<br />

sobrevivessem em qualquer universo finito. Camuflada e sem<br />

testemunhas, a vida, nessa época, era a prole prodigiosa das<br />

bactérias. E ainda o é.<br />

Margulis & Sagan – O que é vida? Pg 12-123<br />

CITOLOGIA<br />

É a parte da biologia que estuda a célula ao nível de sua<br />

constituição, estrutura e função e grau de especialização.<br />

Célula<br />

Unidade básica formadora dos seres vivos - possui forma e função<br />

definida. (É a unidade morfo-fisiológica dos seres vivo)<br />

Célula animal típica<br />

Célula vegetal típica<br />

c) Todas as reações metabólicas ocorrem no interior das células.<br />

d)<br />

* O vírus é a única “forma de<br />

vida” que não possui constituição<br />

celular e como tal, não tem<br />

metabolismo próprio. É<br />

considerado um parasita<br />

obrigatório. Essa designação se<br />

justifica pelo fato dos vírus só ter<br />

o seu material genético expresso<br />

nas células parasitadas.<br />

Portanto, o que seria o<br />

metabolismo viral e a sua<br />

reprodução<br />

ocorre,<br />

obrigatoriamente, na dependência<br />

de uma célula.<br />

Estruturalmente pode ser<br />

definido como sendo um<br />

“envelope” de proteína que guarda<br />

em seu interior moléculas de DNA<br />

ou RNA.<br />

Em geral, os vírus podem ser de dois tipos: vírus de DNA –<br />

adenovírus e vírus de RNA – retrovírus.<br />

Apesar da sua organização ser de caráter molecular, os vírus<br />

compartilham com os seres vivos fato de apresentarem material<br />

genético (DNA ou RNA), capacidade de reprodução e de sofrer<br />

mutação. Está última credencia esses “organismos” bizarros a<br />

evoluírem.<br />

Mais recentemente, em meados de 2000, o cientista Thomas<br />

Shenk relatou ter encontrado em um tipo de parasita humano, o<br />

citomegalovírus, os dois tipos de ácidos nucléicos: DNA e RNA.<br />

Acredita-se que o material genético desse tipo de vírus seja o<br />

DNA e que o RNA teria um papel de facilitador dos processos<br />

infecciosos do vírus – atuaria semelhantemente às diversas<br />

enzimas encontradas nos diversos tipos virais.<br />

Modo de ação do retrovírus HIV<br />

Teoria celular<br />

Teoria que unifica a biologia. São três os seus postulados:<br />

a) Todo ser vivo é constituído de células*.<br />

b) Uma célula só surge de outra preexistente.<br />

Após a penetração do HIV na célula hospedeira, a enzima<br />

transcriptase reversa coordena a produção de uma cadeia de DNA<br />

a partir do molde de RNA viral. Posteriormente, a cadeia de DNA<br />

recém produzida serve de molde para a cadeia complementar. O<br />

DNA (viral) incorpora-se ao material genético da célula e passa a<br />

controlar o metabolismo celular que passa a trabalhar,<br />

exclusivamente, para produzir novos vírus.<br />

É característica do HIV o fato de suas enzimas (transcriptase)<br />

catalisar a produção de DNA a partir de RNA.<br />

Contrariamente ao que ocorre nas células, em que o DNA serve<br />

de molde para a síntese de RNAs num fenômeno denominado de<br />

transcrição. O fenômeno de síntese de DNA a partir de RNA é<br />

denominado de transcrição reversa. Os vírus que promovem esse<br />

fenômeno são denominados de retrovírus.<br />

10


CICLO DE<br />

VIDA DO HIV<br />

que torna possível o estudo de sistemas afastados do equilíbrio, como é o<br />

caso dos seres vivos. Um biólogo norte-americano e um engenheiro de<br />

sistemas canadense argumentam que a luta pela vida consiste no esforço<br />

dos seres vivos para dissipar o gradiente de temperatura induzido na Terra<br />

pela radiação. Em resposta, esses sistemas desenvolveram mecanismos<br />

que lhes permitem promover maior degradação da energia, [...] em uma<br />

tentativa de dissipa r o gradiente de temperatura imposta pelo Sol. Ao<br />

desenvolver esses mecanismos, o sistema torna-se mais complexo, o que<br />

envolve um maior nível de organização. Assim, o objetivo da vida seria a<br />

produção de estruturas dissipativas. [...] As primeiras estruturas<br />

dissipativas teriam surgido por eventos aleatórios e se mantiveram pela<br />

transmissão da informação genética. (GARROTE; PENHA-SILVA. 2005, p.<br />

37-38).<br />

Considerando-se a concepção darwiniana para a evolução biológica na<br />

explicação do desenvolvimento de processos de dissipação de gradientes<br />

de energia pelos seres vivos, ao longo das gerações, a luta pela vida<br />

envolve:<br />

CICLOS<br />

VIRAIS<br />

Quando os vírus<br />

injetam o seu<br />

material genético<br />

em uma célula<br />

hospedeira, esse<br />

material ao se<br />

incorporar ao<br />

genoma celular<br />

pode,<br />

imediatamente,<br />

assumir o comando<br />

do metabolismo da<br />

célula que passa a<br />

produzir mais vírus<br />

ou manter-se, por<br />

certo tempo, inativo<br />

sem causar-lhe<br />

danos. No entanto,<br />

em ocasiões<br />

especiais, o DNA<br />

viral pode sai da<br />

inatividade e se<br />

expressar de forma prejudicial. No primeiro caso fala-se no ciclo<br />

lítico; no segundo é o ciclo lisogênico.<br />

Esses vírus por serem parasitas tipicamente bacterianos são<br />

denominados de bacteriófagos: comedores de bactérias.<br />

Exercícios – vírus x vida<br />

01. (UNEB-2007) Os seres vivos são estruturas altamente organizadas.<br />

Além disso, no decorrer da evolução, surgiram espécies cada vez mais<br />

complexas e, portanto, com maior grau de organização. Entretanto, isso vai<br />

contra o sentido apontado pela seta do tempo. Essa dissonância é<br />

solucionada pela reformulação do segundo princípio da termodinâmica,<br />

01) indução de mutações por alterações térmicas.<br />

02) surgimento de estruturas pela necessidade de sobrevivência.<br />

03) favorecimento de organismos com estruturas mais complexas.<br />

04) extinção das formas de vida menos organizadas.<br />

05) seleção de estruturas que dissipam menor quantidade de energia<br />

02. A vida - tanto no aspecto local, como corpos de animais, plantas e<br />

micróbios, quanto no plano global, como a biosfera - é um fenômeno<br />

material sumamente complexo. Ela exibe as propriedades químicas e<br />

físicas habituais da matéria, mas com um toque diferente. [...] A vida se<br />

distingue não por seus componentes químicos, mas pelo comportamento<br />

desses componentes. Assim, a pergunta "o que é vida?" é uma armadilha<br />

linguística. Para respondê-la de acordo com as regras gramaticais,<br />

devemos fornecer um substantivo, uma coisa. Mas a vida na Terra<br />

assemelha-se mais a um verbo. Ela conserta, sustenta, recria e supera a<br />

si mesma. (MARGULIS, 2002. p. 28).<br />

Em relação ao texto e aos conceitos autopoiéticos relacionados à vida, é<br />

possível afirmar:<br />

01) As redes metabólicas da célula envolvem dinâmicas emergentes que<br />

são equivalentes ao ambiente "sem vida" em que essas células se<br />

encontram.<br />

02) Os seres vivos produzem dejetos continuamente, e esse fluxo de<br />

matéria e energia estabelecem, de forma cíclica, o lugar que elas ocupam<br />

na teia alimentar.<br />

03) Os sistemas vivos são abertos em termos de fluxo de matéria e energia,<br />

mas são fechados no que diz respeito à sua organização, a partir da<br />

presença de um ambiente específico interno.<br />

04) As redes vivas estão sempre criando e recriando a si próprias através<br />

de transformações de autogeração, que podem ser explicadas unicamente<br />

pelas leis da Física e da química.<br />

05) As funções biológicas de um sistema vivo são determinadas por uma<br />

matriz genética, que, na maioria dos casos, independem de interações<br />

metabólicas com o ambiente físico.<br />

03. (UESF-2013/2) É extraordinário como a <strong>Biologia</strong> mudou nos últimos<br />

duzentos anos: primeiro, seu estabelecimento como ciência válida entre os<br />

anos 1828-66, depois a revolução darwiniana, em seguida a genética e a<br />

nova sistemática e, por fim, a revolução da biologia molecular.<br />

(MAYR, 2013).<br />

O estabelecimento da <strong>Biologia</strong> como uma ciência ocorreu em um período<br />

posterior se comparado à Física e à Química — suas irmãs das ciências<br />

Naturais — nos séculos XVII e XVIII, respectivamente.<br />

Um dos motivos apontados como responsável por esse atraso era a<br />

11


A) influência da igreja católica nesse período que não permitia o<br />

estabelecimento e a utilização de nenhum tipo de conhecimento científico.<br />

B) invenção do microscópio, que ocorreu no século XIX, e impulsionou os<br />

estudos na área biológica.<br />

C) dificuldade dos pesquisadores da época em reconhecer o conjunto de<br />

propriedades inerentes dos seres vivos que caracterizam a unidade da<br />

vida.<br />

D) força da hipótese da continuidade vital que pregava que a física e a<br />

química eram suficientes para explicar os diversos mecanismos biológicos<br />

que caracterizavam os seres vivos.<br />

E) ausência de reuniões científicas e de comunicação entre os<br />

pesquisadores da época, que dificultavam as trocas de informações<br />

essenciais no estabelecimento de uma nova ciência.<br />

04. Em 1838, o zoólogo Schwann e, em 1839, o botânico Schleiden, com<br />

base em observações e experimentações que investigavam a organização<br />

dos seres vivos e desenvolvidas por diferentes pesquisadores a partir da<br />

histórica descoberta de Hooke, formularam, independentemente, uma<br />

teoria, cujos princípios deveriam subsidiar todas as áreas do conhecimento<br />

que se relacionavam com o estudo da vida.<br />

A contribuição fundamental dessa teoria para evolução das ciências é<br />

sintetizada na afirmativa:<br />

1) A vida em qualquer de suas manifestações, é a expressão da<br />

organização e dinâmica da célula.<br />

2) Os organismos mais simples, como as bactérias e as leveduras, são<br />

desprovidos de organização celular.<br />

3) Em organismos unicelulares e pluricelulares, os planos básicos de<br />

organização são entre se profundamente diferenciados.<br />

4) A constituição química elementar da célula é qualitativamente<br />

diferenciada da composição elementar do ambiente não-vivo.<br />

5) O núcleo é a unidade morfológica e funcional das células.<br />

05.(UESB-2010/2) Com base na análise da figura que representa o modo<br />

de infecção de bacteriófagos, vírus que infectam bactérias, e nos<br />

2) O ciclo lítico dos vírus caracteriza-se pela introdução do genoma viral<br />

no cromossomo da célula bacteriana infectada, sem posterior lise<br />

dessa célula.<br />

3) O ciclo lisogênico caracteriza-s e pela multiplicação dos vírus no<br />

interior da célula bacteriana hospedeira com posterior lise da célula e<br />

liberação de novos fagos.<br />

4) A informação para produção de novos componentes virais ou<br />

biossíntese é determinada pelo material genético da célula<br />

hospedeira.<br />

5) Os vírus aderem às células hospedeiras de forma altamente<br />

específica, de modo que proteínas de superfície viral se acoplam a<br />

receptores presentes na membrana externa de células hospedeiras<br />

específicas.<br />

06. (CONSULTEC-96) “Muitos dos supervírus como o HIV e o Ebola,<br />

responsáveis pelas chamadas doenças emergentes, possivelmente viviam<br />

isolados das populações humanas, em ambientes naturais em que<br />

utilizavam organismos silvestres como hospedeiros”.<br />

A epidemia da AIDS e a mais recente do vírus Ebola do Zaire configuramse<br />

como grandes problemas médico-sociais atuais e o seu controle é um<br />

desafio a programas profiláticos e epidemiológicos."<br />

(ECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO, p. 4-9)<br />

Em relação a essa questão, pode-se dizer:<br />

(01) Os vírus são células muito simples e invisíveis ao microscópio óptico.<br />

(02) A dependência desses vírus por células eucarióticas relaciona-se à<br />

sua condição de célula procariótica.<br />

(04) A tradução da informação genética do vírus, na célula hospedeira,<br />

possibilita a sua replicação.<br />

(08) A reconstrução da partícula viral faz-se com precursores moleculares<br />

como aminoácidos e nucleotídeos da célula hospedeira.<br />

(16) O comportamento agressivo do vírus, no hospedeiro humano,<br />

evidencia uma evolução antiga do homem com o agente infeccioso.<br />

(32) A destruição das florestas tropicais expõe o homem a ambientes para<br />

os quais não dispõe ainda de proteção imunológica.<br />

QUESTÕES 07 e 08<br />

Resultados apresentados por pesquisadores de Israel trazem a esperança<br />

de que no futuro bastará um pouco de saliva para detectar o anticorpo que<br />

o sistema imune do paciente gera para combater o terrível vírus da hepatite<br />

C.<br />

12<br />

conhecimentos relacionados a esse processo, é correto afirmar:<br />

1) A reprodução dos vírus envolve a síntese de proteínas, carboidratos,<br />

lipídios e ácidos nucléicos necessários à remontagem desses<br />

organismos no interior da célula hospedeira.<br />

07 O vírus da hepatite C apresenta como uma de suas características<br />

1) exibir organização celular simples com o material genético difuso no<br />

citoplasma.<br />

2) trocar substâncias com o meio através de um envoltório organizado<br />

em um mosaico lipoprotéico.<br />

3) possuir informações próprias em seqüências de ribonucleotídeos.<br />

4) codificar os diversos tipos de RNA que integram as subunidades<br />

ribossomais.<br />

5) apresentar metabolismo energético equivalente à fermentação.<br />

08. Sobre a relação do vírus da hepatite C com o homem, é correto afirmar:<br />

a) A especificidade viral é definida por moléculas presentes na capa<br />

protéica.<br />

b) A ativação de hepatócitos pelos antígenos virais determina a<br />

produção de anticorpos por essas células.<br />

c) As glândulas salivares constituem reservatórios naturais dos vírus.<br />

d) O sistema imune humano confere a compatibilidade entre o vírus da<br />

hepatite C e as células hepáticas.<br />

e) A dependência do vírus decorre da falta de DNA em sua composição<br />

química.


09. A figura esquematiza o<br />

ciclo da vida de um<br />

bacteriófago.<br />

A partir da análise da<br />

ilustração, é correto afirmar:<br />

a) Vírus e bactéria<br />

possuem padrão<br />

organizacional similar.<br />

b) Os genes contidos no DNA bacteriano codificam, também, cadeias<br />

polipeptídicas virais.<br />

c) O bacteriófago utiliza nucleotídeos da célula hospedeira na<br />

duplicação do seu material genético.<br />

d) A síntese de proteínas no capsídeo é um evento extracelular.<br />

e) O ciclo completo de um bacteriófago envolve, necessariamente, a<br />

reprodução bacteriana.<br />

10. (Zênite-2014)<br />

A CURA DA AIDS<br />

A aparente cura de dois homens portadores de HIV graças a um<br />

fenômeno natural abre perspectivas interessantes nas buscas pela cura da Aids,<br />

revelou nesta terça-feira um estudo científico.<br />

Este fenômeno natural permite ao organismo infectado integrar o vírus<br />

no DNA, neutralizando-o.<br />

Os dois pacientes em questão estavam infectados com o HIV sem nunca terem<br />

estado doentes, nem terem uma quantidade detectável de vírus no sangue, segundo<br />

os autores do estudo, cujos resultados estão detalhados na revista especializada<br />

Clinical Microbiology and Infection. Nenhum deles foi submetido a tratamentos.<br />

"Esta observação é muito interessante e pode representar um caminho<br />

para a cura" da Aids, explicou à AFP Didier Raoult, professor da Faculdade de<br />

Medicina de Marselha (França), co-autor do estudo com outra equipe francesa<br />

liderada pelo professor Yves Levy.<br />

A análise realizada graças a tecnologias modernas permitiu reconstituir<br />

o vírus encontrado no genoma dos pacientes.<br />

Os pesquisadores conseguiram provar que o vírus foi inativado por um sistema de<br />

interrupção da informação fornecida pelos genes do vírus. O sistema, denominado<br />

"codon-stop" marca o fim da tradução de um gene em proteína. O vírus torna-se<br />

incapaz de se multiplicar, mas permanece presente no DNA dos pacientes.<br />

Estas interrupções se devem a uma enzima conhecida, o Apobec, que<br />

faz parte do arsenal disponível nos seres humanos para combater o vírus, mas que<br />

normalmente é desativada por uma proteína do vírus.<br />

Rever a definição de cura!<br />

O trabalho abre perspectivas de cura através da utilização ou da<br />

estimulação desta enzima, e também possibilidades de detecção nos pacientes<br />

recém-infectados, que têm uma chance de cursa espontânea, segundo os autores<br />

do estudo.<br />

Para Raoult, isto poderia conduzir a uma revisão da definição de cura, que<br />

atualmente se baseia unicamente na ideia de desaparecimento do vírus no<br />

organismo.<br />

A infecção pelo HIV de um dos pacientes ocorreu há mais de 30 anos.<br />

Aos 57 anos, ele foi diagnosticado com Aids em 1985 e aparentemente é imune ao<br />

vírus.<br />

A soropositividade do segundo paciente, de um chileno de 23 anos, foi<br />

identificada em 2011, mesmo que provavelmente tenha sido infectado três anos<br />

antes.<br />

Nenhum deles apresentava outros fatores de resistência ao HIV<br />

conhecidos (mutações na proteína CCR5, que permite ao HIV infectar as células).<br />

O estudo baseia-se na suposição de que o vírus da Aids - um retrovírus<br />

que se integra ao DNA humano - teria o mesmo destino que os centenas de<br />

retrovírus já integrados no DNA de mamíferos, incluindo os seres humanos.<br />

A hipótese também vem da observação de coalas, em que um vírus de<br />

macaco, causador de câncer e leucemia, já não os faz adoecer após a integração e<br />

neutralização do vírus em seu genoma, diz Raoult.<br />

"Nos coalas que se tornaram resistentes a este vírus do macaco através<br />

do mesmo fenômeno de integração ou de endogenização, a resistência é<br />

transmissível aos filhos", ressalta Raoult.<br />

Para os pesquisadores, trata-se de um mecanismo provavelmente<br />

comum em epidemias anteriores. Portanto, é lógico pensar que ocorre a um certo<br />

número de pessoas infectadas com o vírus da Aids.<br />

O estudo, segundo o professor francês Yves Levy, "é uma observação<br />

interessante e uma primeira demonstração, com o vírus HIV, de algo que a natureza<br />

foi capaz de fazer com outros vírus ao longo da evolução".<br />

YAHOO-05-11-2014<br />

Sobre os mecanismos que resultaria numa suposta cura da AIDS, no<br />

contexto apresentado, depreende-se que:<br />

1) a suposta imunidade se revela como uma estratégia até então nunca<br />

observada.<br />

2) o material viral atuaria como um antígeno indutor de produção de<br />

anticorpos específicos, configurando um tipo de imunidade passiva.<br />

3) o material genético viral é inativado como um mecanismo de<br />

transdução.<br />

4) a inibição do metabolismo genético viral é conseguido por<br />

mecanismos de inibição enzimática.<br />

5) o estabelecimento da imunidade está associado aos mecanismos de<br />

regulação gênica.<br />

11.(UEFS-2013/1)<br />

Remédios são uma<br />

adição relativamente<br />

recente ao arsenal<br />

antiviral dos seres<br />

humanos. Antes,<br />

mutações específicas<br />

no genoma humano<br />

eram selecionadas<br />

pelas proteções que<br />

elas ofereciam.<br />

Algumas pessoas têm<br />

resistência ao vírus<br />

HIV, por exemplo, embora pareça que isso seja mais por conta de<br />

mutações históricas que ajudaram a proteger contra outras doenças, como<br />

varíola ou disenteria.<br />

Nós vamos algum dia evoluir e vencer os vírus? A erradicação da varíola<br />

poderia nos dar esperanças.<br />

Ela, porém, era uma presa fácil. Se a varíola passasse por mutações na<br />

mesma velocidade que a gripe ou o vírus do HIV, seria improvável que<br />

cientistas fossem capazes de desenvolver uma vacina tão efetiva contra<br />

ela.<br />

Também tornamos muito mais fácil para os patógenos nos infectarem, pois<br />

vivemos em locais com alta densidade populacional e temos tendência a<br />

viajar. (ROBERTS, 2012. p. 28-32).<br />

Os conceitos biológicos expressos no texto podem ser corretamente<br />

explicados em<br />

1) O vírus da varíola é mais estável do que o HIV porque tem o RNA<br />

como material genético, enquanto o HIV é um adenovírus.<br />

2) O desenvolvimento de uma vacina implica a sensibilização do<br />

organismo por anticorpos de atuação pouco específica.<br />

3) A associação homem-vírus ao longo da história da humanidade<br />

configura a ocorrência de coevolução.<br />

4) As mutações constituem alterações no DNA dirigidas para proteger o<br />

ser humano contra patógenos.<br />

5) O genoma humano deve ser entendido como o conjunto de genes<br />

específicos na codificação de proteínas.<br />

13


12. Penso que a vida resulta da combinação de quatro processos -<br />

metabolismo, compartimentação memória e manipulação - e de uma lei de<br />

correspondência entre memória e manipulação. Se tomarmos isso como<br />

definição, os vírus não podem ser considerados seres vivos, pois não tem<br />

nem metabolismo nem lei de correspondência.<br />

(Atrtoine Danchin apud CIÉNCIA HOJE. p. 25)<br />

A confrontação do conceito de vida expresso acima com características<br />

exibidas pelos vírus permite afirmar:<br />

1) Os vírus e os seres vivos compartilham uma mesma linguagem na<br />

construção de seus genomas.<br />

2) Os vírus obtêm energia usando os mesmos processos bioenergéticos<br />

celulares.<br />

3) A organização molecular dos vírus expressa a exigência de proteção<br />

para o material genético e de reconhecimento pela célula hospedeira.<br />

4) A universalidade do DNA como material genético, entre os vírus, os<br />

aproxima da condição biológica.<br />

5) A condição vital está inevitavelmente associada à estrutura celular.<br />

6) A capacidade de evoluir é uma propriedade comum aos vírus e aos<br />

seres vivos.<br />

EXERCÍCIOS: Procariontes X Eucariontes<br />

01. A ilustração esquematiza a hierarquia orgânica em níveis biológicos e<br />

pré-biológicos. Cada nível emergente tem novas propriedades, mas se<br />

apóia em propriedades de níveis precedentes.<br />

Tipos de células quanto à evolução:<br />

Procarionte: Célula de organização simples e desprovida de<br />

carioteca (membrana nuclear). Teoricamente foi o primeiro tipo de<br />

célula a se formar durante a evolução. Possui externamente à<br />

membrana celular um reforço de carboidrato denominado de<br />

parede celular possui ainda, em comum com as células mais<br />

evoluídas, ribossomos e material genético. Ex.: Bactérias e<br />

cianobactérias (algas-azuis ou cianofíceas).<br />

Eucariontes: Células com padrão de organização complexa e com<br />

compartimentação. Difere da célula procarionte pelo fato de possuir<br />

carioteca e uma grande diversidade de estruturas internas. São<br />

encontradas na grande maioria dos seres vivos. Ex.: protistas,<br />

animais e vegetais.<br />

14


03.(UNEB-2010) Com base na análise da figura de uma célula bacteriana<br />

típica, é correto afirmar:<br />

01) A estrutura indicada em I corresponde aos plasmídeos bacterianos,<br />

elementos genéticos provenientes do núcleo, essenciais para<br />

sobrevivência de bactérias.<br />

02) A indicação em II corresponde aos inúmeros flagelos celulares<br />

presentes ao longo de toda a superfície celular, que possibilitam a<br />

locomoção de bactérias em meio aquoso.<br />

03) A indicação em III representa o nucleossomo bacteriano, formado a<br />

partir da união do material genético a proteínas compactadoras específicas.<br />

04) A estrutura indicada em IV consiste na parede celular, que protege as<br />

células bacterianas contra agressões do meio em que se encontram e<br />

determina a sua forma estrutural.<br />

05) A indicação em V representa os cílios bacterianos, que, ligados à<br />

membrana dupla bacteriana, realizam movimentos por meio de batimentos<br />

coordenados.<br />

Um princípio dessa lógica, que se aplica ao estabelecimento do sistema<br />

vivo, é:<br />

1) A vida da célula resulta da atividade integrada de seus componentes.<br />

2) Em um nível superior, ficam anuladas as propriedades dos níveis<br />

precedentes.<br />

3) As propriedades de um nível representam a somatória de<br />

propriedades do nível precedente.<br />

4) A atividade de um órgão pode explicar o funcionamento do<br />

organismo.<br />

5) O funcionamento de um órgão pode ser compreendido pelas<br />

características de um só tecido.<br />

02. Com base na comparação de moléculas moléculas de RNA<br />

ribossômico em diversos organismos, Carl Woese e seus colaboradores<br />

propuseram a divisão dos seres vivos em três domínios, a saber:<br />

Eubactéria, Archae e Eukharya, conforme apresentado na figura abaixo.<br />

A análise da ilustração, com base na organização celular e nas relações<br />

filogenéticas entre os organismos, permite concluir:<br />

(01) Dois dos Domínios propostos por Woese são constituídos de<br />

organismos com o mesmo nível de organização celular.<br />

(02) O critério utilizado na determinação dos Domínios reflete a<br />

universalidade dos ribossomos.<br />

(04) Em Eukarya, estão incluídos organismos cujas células apresentam<br />

compartimentação e mais eficiente divisão de trabalho metabólico.<br />

(08) O esquema de Woese reúne, em Domínio distinto, os organismos<br />

dotados de capacidade fotossintética.<br />

(16) A organização pluricelular se estabelece em grupos que integram<br />

Eukarya, como diferentes modalidades de obtenção de energia.<br />

(32) Eubactéria e Archae são etapas intermediárias na evolução de<br />

Eukaryia<br />

(64) A organização celular procariótica está associada a uma “linha de<br />

pobreza metabólica” que reduz o sucesso evolutivo.<br />

04.(UESB-2011)<br />

A presença de um<br />

núcleo é a<br />

principal<br />

característica que<br />

distingue as<br />

células<br />

eucarióticas das<br />

procarióticas. Por<br />

abrigar o genoma<br />

da célula, o<br />

núcleo serve<br />

como depósito da<br />

informação<br />

genética. (COOPER,<br />

2002, p. 339).<br />

Com referência ao envelope nuclear que delimita o núcleo celular, é correto<br />

afirmar:<br />

1) A regulação da expressão gênica depende da ação de proteínas<br />

presentes na sua superfície que transportam fatores de transcrição<br />

do núcleo ao citoplasma.<br />

2) O tráfego de moléculas através do envelope nuclear se dá de modo<br />

seletivo, exceto para as moléculas de RNA e proteínas que transitam<br />

indiscriminadamente.<br />

3) O envelope nuclear apresenta uma camada única de fosfolipídios<br />

alinhados paralelamente com proteínas que constituem o espaço<br />

perimembrana.<br />

4) Os complexos de poros nucleares que compõem a sua estrutura<br />

possibilitam a troca regulada de moléculas entre o núcleo e o<br />

citoplasma.<br />

5) Os envelopes nucleares agem como uma barreira impermeável ao<br />

trânsito de moléculas do núcleo ao citoplasma.<br />

05.(UNEB-2013/1) O mundo não se pode dar ao luxo de abrir mão da<br />

mineração, que é um dos motores da economia global e que está na base<br />

do sistema industrial.<br />

Mas talvez possa ser possível fazê-la de uma forma mais eficiente.<br />

É nessa direção que caminham os esforços de cientistas que pretendem<br />

substituir os métodos tradicionais da atividade mineradora por outros, que<br />

se aproveitam do trabalho silencioso e invisível dos micro-organismos,<br />

particularmente bactérias em um processo de biomineração.<br />

Bactérias naturalmente encontradas junto a grandes depósitos de minérios<br />

de cobre, de níquel, e de ouro vêm sendo estudadas por cientistas, que<br />

buscam uma forma economicamente viável de extrair esses minerais da<br />

15


16<br />

natureza, por meio de um processo conhecido como biolixiviação ou biohidrometalurgia.<br />

Considerando-se as características inerentes ao padrão de organização celular,<br />

presente nas bactérias utilizadas em biomineração, é correto afirmar:<br />

1) A presença de diversidade de endomembranas citoplasmáticas capacita as<br />

células na realização de uma variedade de funções celulares.<br />

2) A produção de cadeias polipeptídicas a partir do retículo endoplasmático<br />

favorece a função secretora realizada pelas bactérias utilizadas na<br />

biomineração.<br />

3) A utilização das enzimas lisossomais na degradação do material mineral<br />

englobado reforça a capacidade dessas bactérias na realização da função de<br />

biomineração.<br />

4) A ausência de compartimentos intracelulares favorece a realização simultânea<br />

do processo de transcrição associado ao processo de tradução da informação<br />

genética em uma mesma molécula de RNA.<br />

5) A alta capacidade mitótica presente nas bactérias incrementa o poder<br />

de crescimento e de realização da função de biomineração durante a<br />

retirada de metais dos resíduos das indústrias mineradoras<br />

06.(UNEB-2014/1) As bactérias superresistentes, que surgiram, em parte,<br />

devido ao uso indiscriminado de antibióticos.<br />

Considerando a capacidade cada vez mais ampla de as bactérias<br />

desenvolverem resistência aos medicamentos, é afirmar:<br />

1) A variabilidade genética presente no grupo de bactérias favorece o<br />

aumento do seu potencial adaptativo, permitindo que as cepas,<br />

naturalmente resistentes, possam sobreviver à utilização de<br />

medicamentos.<br />

2) Bactérias que naturalmente apresentam resistência ao ambiente são<br />

modificadas geneticamente pelos medicamentos, aumentando assim<br />

a sua capacidade de sobrevivência.<br />

3) As infecções causadas pelas bactérias se tornam cada vez mais<br />

agressivas devido às modificações genéticas causadas pelos tipos de<br />

medicamentos atualmente utilizados.<br />

4) Os medicamentos induzem alterações mutacionais em<br />

5) grupos de bactérias, que passam a ser progressivamente<br />

6) insensíveis ao tratamento médico.<br />

7) As superbactérias são resultado da ação da seleção natural sobre os<br />

tipos de medicamentos utilizados nas infecções hospitalares.<br />

07.(UNEB-2014/1) Bastante consumida no Brasil, a linguiça frescal está<br />

no barzinho da esquina e na mesa dos brasileiros. Mas a qualidade do<br />

produto varia de região para região, devido aos diferentes métodos de<br />

processamento empregados, principalmente se for preparado de modo<br />

artesanal, linguiça caseira. Nesta, os sais de cura, compostos adicionados<br />

a carnes com finalidade bactericida e também para dar-lhes cor e sabor<br />

atraentes, não conseguem controlar, mesmo refrigeração, a bactéria<br />

patogênica Staphylococcus aureus, comum em contaminações nesse<br />

tipo de alimento.<br />

Os níveis de sal de cura usados em linguiças, como o nitrito e o nitrato de<br />

sódio, são insuficientes para combater S. aureus. Mas, como ainda não se<br />

tem espécies químicas com ação bactericida igual ou superior à do nitrito,<br />

nesse tipo de produto para combater essa e outras bactérias, como a<br />

Salmonella, a espécie química ainda é empregada.<br />

A higiene passa a ser então, segundo o pesquisador, um item essencial<br />

para evitar que a linguiça caseira seja contaminada durante o processo de<br />

produção.<br />

A ‘cura de carnes’ é um procedimento cujo fim é conservar a carne por um<br />

tempo maior a partir da adição de sais, açúcar, condimentos e compostos<br />

que fixam a cor, conferem aroma agradável e evitam contaminação. Entre<br />

esses, estão os nitratos e nitritos, que dão cor avermelhada ao alimento e<br />

funcionam como agente bacteriostático.<br />

(PERIGO oculto, 2009, p. 60-61).<br />

08. A respeito da organização celular característica dos organismos citados<br />

no texto, é correto afirmar:<br />

1) Apresentam envoltório interno delimitando o material genético em um<br />

núcleo diferenciado.<br />

2) Realizam síntese proteica exclusivamente em polissomos livres<br />

espalhados no citoplasma celular.<br />

3) São seres anaeróbios obrigatórios devido à ausência de organelas do<br />

tipo mitocôndrias em seu ambiente citossólico celular.<br />

4) Possuem maior virulência por causa da sua resistência a baixas<br />

temperaturas devido à presença de intensa área com retículos<br />

endoplasmáticos.<br />

5) Os sais de cura são eficientes no controle bacteriano por interferir a<br />

síntese de esteroides nas cisternas do complexo golgiense<br />

bacteriano.<br />

09. Bactéria e cianobactérias representam os mais simples de todos os<br />

organismos vivos e, provavelmente, os mais semelhantes às primeiras<br />

formas de vida que surgiram sobre a Terra.<br />

Sobre a organização de bactérias e cianobactérias, é correto dizer que:<br />

1) As bactérias são unicelulares e as cianobactérias são pluricelulares.<br />

2) Pigmentos fotossintetizantes, ausentes na maioria das bactérias, são<br />

encontrados nas cianobactérias.<br />

3) As cianobactérias são fotossintetizantes, e as bactérias são<br />

quimiossintetizantes.<br />

4) As bactérias reproduzem-se assexuadamente, e as cianobactérias,<br />

sexuadamente.<br />

5) Tanto as bactérias como as cianobactérias possuem membrana<br />

celulósica.<br />

10. Células hepáticas, como integrantes de um organismo pluricelular, se<br />

distinguem das demais células por:<br />

1) exigir a atividade mitocondrial para a síntese de moléculas de ATP.<br />

2) produzir substâncias que são secretadas independentemente da<br />

presença de um sistema de Golgi.<br />

3) conter um citoesqueleto destituído de microtúbulos de tubulina.<br />

4) possuir proteínas resultantes da expressão de genes especificamente<br />

transcritos nessas células.<br />

5) apresentar compartimentação celular definida pelo sistema de<br />

endomembranas.<br />

11. "As bactérias aprendem a se defender pelo método de tentativa e erro.<br />

Seres extremamente prolíficos multiplicam-se a velocidades<br />

assustadoras(...) Com tantos indivíduos na parada, os micróbios podem<br />

dar-se ao luxo de testar aleatoriamente novas estratégias de sobrevivência.<br />

Haverá as que não darão certo, implicando a morte do indivíduo. Não<br />

importa. Milhares de outras bactérias estarão a postos, fazendo seus<br />

próprios ensaios. Se uma delas - uma que seja - conseguir resultados<br />

positivos, será o suficiente. Tendo aprendido o segredo da invencibilidade,<br />

ela se multiplicará e criará novas colônias de micróbios igualmente<br />

resistentes". (VEJA, p. 100)<br />

Em relação às estratégias de sobrevivência referidas no texto, indique as<br />

afirmativas verdadeiras.<br />

01. O potencial biótico das bactérias evidenciado pelo crescimento<br />

populacional anula a resistência ambiental.<br />

02. A condição de haploidia das bactérias requer apenas uma geração para<br />

a expressão de uma mutação nova.<br />

04. A aquisição de resistência a antibióticos é uma evidência a favor da<br />

herança de caracteres adquiridos.


08. A seleção de linhagens resistentes é direcionada por fatores<br />

ambientais, presentes em um dado momento.<br />

16. Alterações no DNA bacteriano resultam em maior adaptação ao meio,<br />

independente da nova característica.<br />

32. A ampla dispersão da resistência bacteriana é decorrente de aumento<br />

acentuado na taxa de mutação.<br />

12. Uma tecnologia que vem sendo utilizada na obtenção da insulina<br />

envolve a transferência de um segmento de DNA que contém a informação<br />

genética da sequência polipeptídica dessa proteína para uma bactéria,<br />

através de plasmídeos. Com essa informação, a bactéria é capaz de<br />

produzir insulina.<br />

Esse procedimento é viável, porque as bactérias:<br />

(01) reproduzem-se rapidamente por divisão binária, formando colônias.<br />

(02) dispõem de retículo endoplasmático rugoso que permite a ocorrência<br />

da síntese protéica.<br />

(04) podem ser manipuladas e facilmente cultivadas em meios não vivos.<br />

(08) utilizam o mesmo código genético das células eucarióticas.<br />

(16) possuem ribossomos funcionalmente semelhantes aos das células<br />

eucarióticas.<br />

(32) são capazes de utilizar aminoácidos diferentes dos que utilizam para<br />

sua própria síntese protéica.<br />

(64) apresentam material genético da mesma natureza do encontrado nas<br />

células eucarióticas.<br />

Questões 13 e 14<br />

O fluxo da informação genética, em células procarióticas e eucarióticas,<br />

está esquematizado a seguir.<br />

13. A síntese de RNA é uma condição fundamental para a formação de<br />

uma cadeia polipeptídica, porque<br />

01) a memória genética<br />

fica preservada na<br />

molécula de DNA.<br />

02) os aminoácidos<br />

dependem do RNA<br />

mensageiro para realizar<br />

ligações peptídicas.<br />

03) o RNA é mais<br />

estável do que o DNA.<br />

04) o DNA é<br />

especializado em auto-replicação.<br />

05) as ligações fosfodiéster são exclusivas de ribonucleotídeos.<br />

14. O Processo de síntese protéica, em células procarióticas, se caracteriza<br />

por<br />

1) simplicidade do genoma associada à lentidão do processo.<br />

2) transcrição e tradução simultâneas e no mesmo espaço.<br />

3) síntese protéica dependente de ribossomos isolados.<br />

4) ocorrência de modificação no RNA nascente.<br />

5) especificidade na composição molecular da informação genética.<br />

Questões 15 a 17 – UNIT -2013<br />

Klebsiella pneumoniae é uma bactéria que, em pacientes hospit alizados,<br />

constitui uma das causas mais frequentes da pneumonia e de infecções da<br />

corrente sanguínea. Trata-se de uma bactéria resistente a muitos<br />

antibióticos. Em pesquisas realizadas com K. pneumoniae, encontrou-se<br />

uma linhagem portadora de um gene nunca detectado anteriormente, que<br />

torna a bactéria insensível ao único grupo remanescente de antibióticos<br />

cujo uso era confiável e seguro. Em alguns poucos casos, esse gene havia<br />

se propagado para<br />

Escherichia coli – que se tornou igualmente resistente, conforme resumido<br />

esquematicamente na ilustração. (MCKENNA, 2011, p. 54-59).<br />

15. No exemplo apresentado na ilustração, a resistência se propaga para<br />

outras espécies bacterianas, por mecanismo de<br />

1) conjugação, que implica conexão entre bactéria doadora e receptora,<br />

por meio de um pelo sexual.<br />

2) transformação de uma linhagem bacteriana pela incorporação de<br />

plasmídeos de outra bactéria.<br />

3) transdução, decorrente da perda de fragmentos de DNA contendo<br />

informação para resistência a certo antibiótico.<br />

4) esporulação após replicação do DNA bacteriano, formando bactérias<br />

com dois genomas envoltos em uma mesma cápsula.<br />

5) recombinação, que ocorre entre segmentos distantes de um filamento<br />

de DNA linear durante a cissiparidade.<br />

16. As bactérias como células procarióticas apresentam características,<br />

entre as quais destaca-se<br />

a) a produção de enzimas armazenadas em pequenos lisossomos que,<br />

ao se romperem, realizam a digestão intracelular.<br />

b) síntese proteica realizada em ribossomos montados a partir de RNAr<br />

e proteínas.<br />

c) uma membrana porosa — a carioteca — que separa o material<br />

genético do citosol.<br />

d) a dependência obrigatória de uma célula eucariótica em virtude da<br />

ausência de metabolismo energético próprio.<br />

e) uma estrutura diferenciada de membrana plasmática destituída de<br />

fosfolipídios.<br />

17. Entre Klebsiella pneumoniae e o ser humano se estabelece uma<br />

relação<br />

a) predatória, em que a bactéria é destruída pelas defesas de seu<br />

hospedeiro.<br />

b) competitiva, pois bactérias competem com o organismo humano pelo<br />

alimento absorvido.<br />

c) parasitária, uma vez que a sobrevivência da bactéria causa danos ao<br />

organismo hospedeiro.<br />

d) comensalística, considerando que a bactéria é beneficiada com<br />

nutrientes não utilizados pelo metabolismo humano.<br />

e) mutualística, relação obrigatória entre a bactéria e as células<br />

pulmonares com trocas inócuas às espécies.<br />

18.(UESB-2010/2) As bactérias que provocam a maior parte dos casos de<br />

envenenamento alimentar nos Estados Unidos podem, algum dia, ser<br />

17


CARACTERÍSTICAS<br />

DOMÍNIOS<br />

BACTÉRIA ARCHAEA EUKARYA<br />

Envelope nuclear ausente ausente presente<br />

Organelas envolvidas<br />

por membrana ausente ausente presente<br />

Citoesqueleto ausente ausente presente<br />

RNA polimerase um só tipo vários tipos vários tipos<br />

Aminoácido iniciador formil-metionina<br />

na síntese protéica<br />

metionina metionina<br />

responsáveis por grande parte do combustível para transporte do país.<br />

Pesquisadores utilizaram ferramentas da biologia sintética para manipular<br />

Escherichia coli, bactéria intestinal comum, de forma que ela possa digerir<br />

vegetação para produzir biodiesel e outros hidrocarbonetos.<br />

(BIOCOMBUSTÍVEL, 2010. p.15 ).<br />

Com relação à produção de bactérias produtoras de biodiesel, pode-se<br />

afirmar que esse processo é possibilitado pela<br />

01) manipulação dos aminoácidos que compõem as proteínas produzidas<br />

naturalmente pelas bactérias.<br />

02) introdução de ácidos graxos em meio de cultura a fim de aumentar<br />

suprimento energético necessário às bactérias, para o desenvolvimento de<br />

funções mais especializadas.<br />

03) manipulação dos nucleotídeos que compõem o ácido<br />

desoxirribonucleico das bactérias para possibilitar que passem a produzir<br />

novas enzimas degradativas.<br />

04) alteração dos componentes fosfolipídicos de membrana celular para<br />

acentuar a absorção de celulose e consequente digestão efetuada por<br />

essas bactérias.<br />

05) redução da composição de carboidratos que formam a célula<br />

bacteriana visando alterar vias metabólicas essenciais à sua sobrevivência.<br />

19.(UESB-2010/2)A primeira bactéria a viver, exclusivamente, raças a m<br />

código genético sintetizado pelo homem começou a se multiplicar em um<br />

laboratório no Instituto J. Craig Venter conforme na unciado pelo<br />

pesquisador Craig Venter em maio de 2010. Venter e seus colegas usaram<br />

para isso um genoma sintético da bactéria Mycoplasma mycoides.<br />

Nos últimos 15 anos, os genomas de milhares de organismos já foram<br />

sequenciados e depositados em bancos de dados. (FABRICADA..., 2010).<br />

Com base no texto e de acordo com os conhecimentos relacionados a essa<br />

temática, pode-se inferir:<br />

I. A nova célula produzida foi denominada sintética por ser controlada por<br />

um genoma montado a partir de fragmentos de uma síntese química do<br />

DNA.<br />

II. A criação das células sintéticas não representa quaisquer riscos<br />

biológicos por essas células não possuírem DNA quimicamente<br />

semelhante ao de células normais, o que impossibilita a transferência<br />

genética.<br />

III. Essa tecnologia biológica poderá ser utilizada para produção de<br />

medicamentos, compostos industriais e síntese de vacinas antivirais de<br />

forma promissora.<br />

4) II apenas.<br />

5) I e III.<br />

20. (UFBA-2001) Muitos sistematas concordam com a organização do<br />

mundo vivo em três grandes grupos Domínios que representam um<br />

nível taxonômico superior a Reino.<br />

O quadro abaixo apresenta algumas características pertinentes a cada<br />

Domínio.<br />

Com base na análise das informações e nos conhecimentos sobre a<br />

organização celular, pode-se concluir:<br />

(01) Os Domínios Bacteria e Archaea abrigam seres vivos com<br />

organização celular procariótica.<br />

(02) A existência da membrana plasmática com arranjo molecular<br />

lipoprotéico específico é um atributo essencial à organização celular.<br />

(04) A presença de organelas membranosas caracteriza um grupo de<br />

pequena diversidade biológica.<br />

(08) Bacteria, Archaea e Eukarya exibem as mesmas estruturas protéicas<br />

envolvidas na sustentação, na forma e nos movimentos celulares.<br />

(16) Fotossíntese e respiração aeróbica são processos celulares restritos<br />

ao Domínio Eukarya.<br />

(32) A grande diversidade metabólica existente em Bacteria confere ao<br />

grupo expressiva importância ecológica.<br />

(64) Dados moleculares revelam proximidade filogenética entre Archaea e<br />

Eukarya.<br />

Tipos de células quanto ao grau de especialização:<br />

Células indiferenciadas: É o mesmo que células não<br />

especializadas. São denominadas também de células totipotentes<br />

pelo fato de poderem originar os diversos tipos celulares existentes<br />

em um indivíduo multicelular. Ex.: a célula ovo ou zigoto e as células<br />

embrionárias.<br />

Células diferenciadas ou especializadas: Diz-se dos tipos<br />

celulares, que por passar por um processo de especialização, estão<br />

aptas para desempenhar uma função específica.<br />

Ex.: células hepáticas, musculares, ósseas, nervosas etc.<br />

Células desdiferenciadas: São células que por algum motivo, ao<br />

perderem a sua especialização, reassumem o padrão de célula<br />

indiferenciada e passam a multiplicar de forma descontrolada. Ex.:<br />

células cancerosas e as células embrionárias vegetais.<br />

Diferenciação celular: Consiste em um processo de adaptação<br />

estrutural e funcional das células totipotentes que, a partir de um<br />

mesmo material genético, se capacitam a desempenhar uma<br />

determinada função. Essa adaptação de deve à expressão<br />

diferencial do genoma celular.<br />

Exercícios: Especialização celular<br />

18<br />

A alternativa que apresenta todas as alternativas corretas é a<br />

1) I apenas.<br />

2) I e II.<br />

3) II e III.


01. UESB-97 A versatilidade de um sistema biológico, revelada na<br />

situação, tem por base a<br />

1. origem de todos os seres vivos a partir de um único ancestral.<br />

2. capacidade reprodutiva das células durante toda a vida do organismo.<br />

3. presença de um núcleo individualizado pela carioteca.<br />

4. produção de células especializadas a partir de um genoma comum a<br />

um organismo.<br />

5. existência de informações genéticas exclusivas em cada tipo celular<br />

de um mesmo organismo.<br />

02. A ilustração abaixo esquematiza eventos característicos no<br />

processo de desenvolvimento humano.<br />

03. (UESB-93) A partir da análise do diagrama a seguir, pode-se concluir<br />

que:<br />

a) A expressão das<br />

informações genéticas<br />

está sob a ação única do<br />

núcleo.<br />

b) O conjunto das<br />

informações genéticas<br />

do indivíduo está<br />

expressa em todas as<br />

células.<br />

c) O núcleo de uma célula<br />

epitelial contém todas as<br />

informações genéticas<br />

para um novo indivíduo.<br />

d) O núcleo é responsável<br />

pelo armazenamento<br />

das proteínas estruturais<br />

do organismo.<br />

e) A célula epitelial do<br />

intestino do girino é<br />

indiferenciada.<br />

04. "Enquanto estou aqui escrevendo, meu sistema imune está fabricando<br />

anticorpos para combater um ligeiro resfriado que peguei, meu cabelo está<br />

crescendo, talvez imperceptivelmente... estou digerindo o meu almoço...<br />

Os glóbulos vermelhos de minha corrente sanguínea duram apenas 120<br />

<strong>dias</strong> de modo que o meu corpo está atarefado em reconstituir produzindo<br />

nesse processo abundantes quantidades de hemoglobina."<br />

(Wilkie. In: Projeto Genoma Humano, p. 29)<br />

Todas essas ações estão ocorrendo na dependência das instruções<br />

genéticas da célula, sobre o que se pode afirmar:<br />

1. Todas as células de um ser humano devem conter uma cópia<br />

completa e única do genoma da espécie, distribuída em quarenta e<br />

seis moléculas de DNA.<br />

2. O funcionamento de cada célula somática envolve,<br />

necessariamente, a tradução de todos os seus genes.<br />

3. A ativação diferenciada dos genes, no decorrer do<br />

desenvolvimento, é o fenômeno básico para a especialização, entre<br />

células, que mantêm a mesma identidade genética.<br />

4. As instruções genéticas são as informações do genoma que<br />

invariavelmente se expressam no contexto celular.<br />

5. A associação do DNA a proteínas confere ao material genético a sua<br />

originalidade e o seu caráter específico.<br />

A partir da análise da ilustração, pode-se concluir:<br />

(01) a especialização celular assegura uma organização funcional com divisão de<br />

trabalho.<br />

(02) Um conjunto de células morfologicamente diferenciadas compõe o embrião<br />

jovem.<br />

(04) As proteínas que especializam os três tipos celulares surgem de diferenças na<br />

atividade do mesmo conjunto de genes.<br />

(08) As características das células ilustradas são decorrentes de informações<br />

contidas no DNA da célula ovo.<br />

(16) A diversidade celular ao nível molecular precede o estabelecimento de<br />

modificações morfológicas.<br />

(32) A condição de células especializadas cria uma relação de dependência entre<br />

células em um sistema pluricelular.<br />

(64) Células musculares, epiteliais e nervosas executam funções específicas sem<br />

realizar processos celulares comuns.<br />

MEMBRANA PLASMÁTICA<br />

Membrana celular, membrana plasmática ou membrana<br />

celular.<br />

Constituição: É constituída de proteínas intercaladas em uma<br />

camada dupla de fosfolipídios, arranjo este denominado de<br />

mosaico fluído – constituição lipo-protéica.<br />

19


Propriedades: A membrana apresenta, devido à sua constituição,<br />

baixa tensão superficial, resistência elétrica, capacidade de<br />

regeneração, elasticidade e semipermeabilidade seletiva.<br />

- Baixa tensão superficial: decorre das fracas forças de coesão<br />

entre as moléculas de proteínas;<br />

- Resistência elétrica: apresenta dificuldade para a entrada e ou<br />

saída de certos íons;<br />

- Elasticidade: capacidade de distender-se e retrair<br />

- Regeneração: até certo limite, sendo lesada, pode se reestruturar;<br />

- Semipermeabilidade seletiva: capacidade de a membrana<br />

dificultar a entrada e ou saída de certas substâncias e possibilitar a<br />

de outras. Em geral, permite a entrada de substâncias líquidas e<br />

dificulta a entrada das substâncias sólidas.<br />

MODIFICAÇÕES E ADAPTAÇÕES DA MEMBRANA<br />

CELULAR<br />

As membranas de algumas células apresentam, em decorrência do<br />

tipo de atividade que desempenha, especializações funcionais.<br />

a) Microvilosidades: Projeções da<br />

membrana celular voltada para cavidades.<br />

Estão relacionadas com o aumento da<br />

superfície da membrana, fato que contribui<br />

com processos de absorção mais eficiente.<br />

São encontradas no revestimento do tubo<br />

digestório, nas tubas de falópio e nos túbulos<br />

renais.<br />

b) Desmossomos: Regiões de<br />

espessamento entre membranas que<br />

atuam como presilhas, aumentando a<br />

aderência entre células vizinhas – são<br />

comuns nos tecidos de revestimento.<br />

c) Interdigitações: São entrelaces de dobras<br />

das membranas de células vizinhas – atuam na<br />

coesão entre elas.<br />

d) Glicocálix: Camada de<br />

carboidratos ligada às proteínas<br />

e ou lipídios do folheto externo<br />

da membrana celular formando<br />

glicoproteínas ou lipoproteínas,<br />

respectivamente.<br />

Sua<br />

composição varia de uma célula para outra, fato que confere às<br />

células individualidades químicas. Formam os antígenos celulares,<br />

confere aderência e promove o reconhecimento de mensagens<br />

químicas.<br />

MEMBRANA CELULAR<br />

Funções: revestimento e proteção, manutenção do meio interno<br />

constante e diferente do meio externo.<br />

O papel da membrana celular está estreitamente relacionado com<br />

a sua semipermeabilidade seletiva e os mecanismos de transporte.<br />

TRANSPORTES ATRAVÉS DA MEMBRANA<br />

TIPOS:<br />

Passivo: Nesse tipo de transporte o deslocamento de substâncias<br />

das regiões de maior concentração em direção àquelas de menor<br />

concentração, portanto, obedecendo uma tendência natural, não<br />

há gasto de energia. Em função desse tio de transporte há uma<br />

tendência entre os dois meios de entrarem em isotonia, ou seja: de<br />

suas concentrações se igualarem.<br />

Ex.: Difusão simples, osmose e difusão facilitada.<br />

Difusão simples: deslocamento direto e natural de solutos em<br />

direção às regiões de baixa concentração. É por esse mecanismo<br />

que ocorrem os deslocamentos de sais e gases.<br />

Osmose: Caso particular de difusão em que os solventes, em<br />

particular a água, deslocam-se do meio menos concentrado<br />

em soluto (hipotônico), através de uma membrana semipermeável<br />

(m.s.p. ), em direção ao meio de maior<br />

concentração de<br />

soluto<br />

(hipertônico).<br />

Quando uma<br />

solução é<br />

hipertônica em<br />

relação a outra,<br />

dizemos que a sua<br />

pressão osmótica (P.O) também o é.<br />

Difusão facilitada: Na difusão facilitada, o deslocamento de soluto<br />

se dá obedecendo ao gradiente de concentração (do meio de maior<br />

concentração para o de menor), no entanto, participam desse<br />

mecanismo proteínas transportadoras que aceleram o<br />

deslocamento das partículas. É através desse mecanismo que boa<br />

parte dos açúcares entra nas células.<br />

20<br />

Ativo: Os íons se deslocam contrariando o gradiente de<br />

concentração (do meio de menor concentração para o de menor).<br />

Portanto, sua ocorrência implica em consumo de energia. Os


mecanismos de transporte ativo mantêm diferenças de<br />

concentração entre os meios.<br />

Semelhante à difusão facilitada, nesse tipo de transporte ocorre a<br />

participação de proteínas carreadoras (transportadoras) denominas<br />

de permeases.<br />

Ex.: bomba-de-íons (sódio-potássio, cálcio, magnésio etc.).<br />

OSMOSE EM CÉLULAS ANIMAIS<br />

Por não possuir uma<br />

parede celular, as<br />

células animais não<br />

suportam meios<br />

hipotônicos. Assim<br />

quando hemácias são<br />

mergulhadas nessas<br />

soluções, por<br />

exemplo em água<br />

destilada, o ganho de<br />

água por osmose é<br />

tão intenso que a célula se rompe. Dizemos que a célula sofreu<br />

hemólise.<br />

Contrariamente, mergulhada em solução hipertônica, a perda<br />

excessiva de água a leva a um estado denominado de crenação.<br />

ESTADOS DE TURGOR DAS CÉLULAS<br />

- células vegetais-<br />

Em função da existência de uma parede externa de<br />

natureza celulósica – a parede celular, as células vegetais, bem<br />

como os procariontes, suportam meios hipotônicos devido à<br />

resistência oferecida pela parede celular.<br />

De um modo bastante simples, podemos dizer que os<br />

estados de turgor dizem respeito aos níveis de concentração de<br />

soluto e solvente do meio celular ou do meio em que uma célula<br />

está submetida. Assim, as células podem ser encontradas nos<br />

seguintes estados:<br />

a) Flácida: Célula com nível de água<br />

adequado<br />

b) Plasmolisada: Célula que perdeu água<br />

para um meio hipertônico – desidratada<br />

por osmose<br />

c) Deplasmolisada: Célula reidratada<br />

por osmose, quando colocada em meio<br />

hipotônico.<br />

d) Túrgida: Célula inchada devido ao<br />

ganho de água de uma solução<br />

hipotônica por osmose.<br />

e) Murcha: Célula desidratada por perda<br />

de água por transpiração.<br />

TRANSPORTE EM BLOCO OU POR<br />

ENGLOBAMENTO<br />

Em alguns casos, as<br />

células englobam partículas líquidas<br />

e ou sólidas por mecanismos ativos<br />

que diferem daqueles através da<br />

membrana.<br />

Fagocitose: Processo de<br />

englobamento de partículas sólidas.<br />

Ocorre em células do sistema<br />

imunológico (macrófagos) e em<br />

amebas. Durante a fagocitose, a membrana celular projeta-se<br />

emitindo “tentáculos” que circundam e capturam as partículas.<br />

Esses tentáculos recebem a denominação de pseudópodos (falsos<br />

pés).<br />

Pinocitose: Processo de englobamento de partículas líquidas.<br />

Uma invaginação da membrana celular cria um canal para onde<br />

partículas líquidas se dirigem e são, posteriormente, englobadas.<br />

Exercícios – tipos de células, fisiologia da membrana e<br />

mecanismos de transportes<br />

01.(UEFS-2013/2) Quando substâncias passam de um sistema para outro,<br />

precisam viajar através da membrana da célula. Um fator importante no<br />

volume de transporte que pode ocorrer por unidade de tempo é a área da<br />

superfície total da membrana. O problema de colocar uma grande<br />

quantidade de superfície dentro de um espaço pequeno é resolvido no<br />

corpo pelo pregueamento das membranas. No intestino delgado, onde o<br />

alimento digerido precisa ser movido para a corrente sanguínea, há um<br />

pregueamento da membrana para baixo até o nível das células isoladas.<br />

(COHEN; WOOD, 2002, p. 354).<br />

A membrana plasmática pode apresentar, para determinado tipos de<br />

tecidos, especializações que aumentam a capacidade da célula de realizar<br />

a sua função.<br />

Considerando-se as características do tipo de especialização de<br />

membrana apresentada no texto, pode-se reconhecer essa especialização<br />

como<br />

21


a) invaginações de base.<br />

b) desmossomos.<br />

c) microvilosidades.<br />

d) interdigitações.<br />

e) junções “gap”.<br />

02. O modelo abaixo representa a<br />

configuração molecular da<br />

membrana celular, segundo<br />

Singer e Nicholson. Acerca do<br />

modelo proposto, assinale a<br />

alternativa correta.<br />

a) O algarismo 1 assinala a extremidade polar (hidrófoba) das moléculas<br />

lipídicas.<br />

b) O algarismo 2 assinala a extremidade apolar (hidrófila) das moléculas<br />

lipídicas.<br />

c) O algarismo 3 assinala uma molécula de lipídio.<br />

d) O algarismo 5 assinala uma proteína intrínseca à estrutura da<br />

membrana.<br />

e) O algarismo 4 assinala uma molécula de carboidrato que faz parte do<br />

glicocálix.<br />

c) Os íons passam, facilmente, pela membrana, atravessando as<br />

moléculas que formam a bicamada lipídica.<br />

d) O mecanismo II permite que moléculas, como a glicose e os<br />

aminoácidos, tenham acesso ao meio intracelular.<br />

e) O mecanismo III realiza o transporte de substância a favor do<br />

gradiente de concentração.<br />

05. A partir da análise da ilustração pode-se concluir:<br />

a) A concentração do meio, nos três estados, é igual à concentração do<br />

suco vacuolar.<br />

b) O meio que banha a célula exerce pouca influência sobre o<br />

comportamento da membrana celulósica.<br />

c) O poder de sucção da célula, em C, é maior do que em A.<br />

d) As mudanças observadas indicam a manutenção da célula em<br />

solução hipotônica.<br />

e) A permanência da célula no estado C conduz, inevitavelmente,<br />

à morte celular pela ruptura das membranas. inevitavelmente, à<br />

m~rte celular membranas<br />

03. (UEFS2010/2) A figura ilustra o transporte de um determinado tipo de<br />

soluto através da membrana plasmática em um ambiente celular.<br />

06. A experiência evidencia a atividade celular que se caracteriza como:<br />

01) transporte passivo. 02) transporte ativo primário.<br />

03) transporte ativo secundário. 04) endocitose simples.<br />

05) difusão facilitada.<br />

Em relação às características associadas a esse tipo de transporte, é<br />

correto afirmar que<br />

a) esse tipo transporte, por ocorrer a favor de um gradiente de<br />

concentração, exige um gasto energético com utilização de moléculas<br />

de ATP.<br />

b) as permeases que participam desse transporte deslocam soluto do<br />

ambiente hipotônico para um ambiente hipertônico.<br />

c) a bicamada lipídica garante o isolamento da célula em relação a<br />

qualquer tipo de soluto presente no ambiente extracelular.<br />

d) as proteínas transportadoras favorecem o transporte de soluto a favor<br />

de um gradiente promovendo a busca de um equilíbrio na concentração<br />

desse soluto entre os dois ambientes.<br />

e) o soluto, ao se deslocar do meio mais concentrado para o meio de menor<br />

concentração, deve inverter, ao longo do tempo, esse gradiente existente<br />

entre os dois ambientes.<br />

04. A ilustração se refere a<br />

mecanismos de transporte<br />

de substância, indicados por<br />

I, II e III, através da<br />

membrana plasmática.<br />

07. Dois grupos de células (I e II)<br />

foram colocadas em um meio rico em<br />

determinados íons minerais. Mediuse<br />

a quantidade de íons absorvidos<br />

por cada grupo e construiu-se o<br />

gráfico abaixo:<br />

Analise e julgue as frases abaixo:<br />

a. . As células I oferecem, inicialmente, uma certa resistência à absorção<br />

de íons.<br />

b. . As células II absorvem íons de acordo com as leis da difusão.<br />

c. . As células I absorvem íons contra o gradiente de concentração.<br />

d. As células I, a partir de certo ponto, consomem energia para realizar a<br />

absorção.<br />

e. As células I seguramente estão vivas, porém, não podemos afirmar o<br />

mesmo das células II<br />

08. Analise atentamente o gráfico abaixo:<br />

22<br />

A respeito desses<br />

mecanismos, é correto<br />

afirmar<br />

a) Em I, as moléculas se deslocam do meio extracelular, que é<br />

hipotônico, para o meio intracelular.<br />

b) O tamanho das moléculas é o único fator que influencia na seleção<br />

de substâncias que utilizam o mecanismo I.


Da sua interpretação pode-se concluir que:<br />

1) A célula realizou transporte ativo.<br />

2) A célula foi mergulhada numa solução hipertônica.<br />

3) A célula foi mergulhada numa solução isotônica.<br />

4) A célula foi mergulhada numa solução hipotônica.<br />

5) Nada se pode concluir sobre a célula em questão no que se refere<br />

às soluções interna e ou externa.<br />

09. A incapacidade de uma célula vegetal emitir pseudópodes está<br />

associada a (ao):<br />

1) Fato de o hialoplasma vegetal ter constituição química básica<br />

diferente da animal.<br />

2) Não ocorrer na célula vegetal os mecanismos de transporte ativo.<br />

3) Grande resistência da membrana a meios hipertônicos.<br />

4) A presença de uma parede celular rígida.<br />

5) A ausência de mitocôndrias nas células vegetais visto que elas<br />

realizam fotossíntese.<br />

10. Numa célula, a pressão osmótica do vacúolo vale 18 atmosferas,<br />

enquanto que a resistência da membrana vale 12 atmosferas. Com relação<br />

às trocas de água, o que ocorre se a célula for colocada:<br />

a) em água destilada.<br />

b) numa solução de pressão osmótica = a 4atm.<br />

c) numa solução de pressão osmótica = a 6atm.<br />

d) numa solução de pressão osmótica = 12atm.<br />

11 Se a célula acima for vizinha de outra com as seguintes características:<br />

Si = 22atm, M= 18 atm.<br />

12. (UESB-2000) A ilustração esquematiza as trocas de água entre células<br />

vegetais - A, B e C - e soluções extracelulares com diferentes<br />

concentrações.<br />

A análise da ilustração<br />

permite afirmar:<br />

4) o transporte de íons, contrariando um gradiente eletroquímico, sem<br />

uso de energia celular.<br />

5) a existência de poros fixos para o intercâmbio de água.<br />

14. De um pimentão, retiraram-se 4 fatias, as quais foram pesadas e<br />

mergulhadas em 4 soluções A, B, C e D, de diferentes concentrações de<br />

glicose. Assim, cada fatia permaneceu mergulhada em sua respectiva<br />

solução por cerca de 30 minutos. Após esse período, as fatias foram<br />

novamente pesadas. O gráfico representa as variações na massa das<br />

fatias do pimentão.<br />

Conclui-se, a partir dos resultados do experimento, que<br />

1) as soluções A e B são<br />

hipertônicas em relação ao<br />

meio interno das células do<br />

pimentão.<br />

2) as soluções A e C fazem com<br />

que as células do pimentão<br />

percam água.<br />

3) as soluções B e D são hipotônicas em relação ao meio interno das<br />

células do pimentão.<br />

4) a solução C é uma solução isotônica e faz com que o pimentão perca<br />

água.<br />

5) a solução C apresenta concentração igual à das células do pimentão.<br />

15.(FACCEBA-2001) A vida se estabeleceu na Terra com a organização<br />

celular, que tem como característica universal:<br />

1) metabolismo energético na dependência de cloroplastos e<br />

mitocôndrias.<br />

2) moléculas de celulose organizadas em fibras, que aumentam a<br />

seletividade das trocas com o meio.<br />

3) uma estrutura lipoprotéica com organização peculiar, definindo seus<br />

limites.<br />

4) biossintese de proteínas em todas os organelas citoplasmáticas.<br />

5) material genético envolto por uma carioteca.<br />

16.<br />

a) A situação da célula A poderia ter resultado da colocação da célula B<br />

em solução hipertônica.<br />

b) Os movimentos de entrada e de saída de moléculas de água não<br />

ocorrem na célula B.<br />

c) A permanência da situação em que se encontra a célula C leva à<br />

citólise.<br />

d) A célula B apresenta Sc - poder de sucção celular - maior do que a<br />

célula A.<br />

e) A parede celulósica tem pouca interferência na regulação das trocas<br />

hídricas nos vegetais.<br />

13. A apresentação, em 1972, por Singer e Nicholson, da concepção de<br />

membrana biológica, segundo o modelo que foi denominado de mosaico<br />

fluido, constituiu uma contribuição decisiva para o desenvolvimento da<br />

biologia celular e molecular. A apresentação desse modelo foi fundamental<br />

para o estudo da célula, entre outros aspectos, porque ele podia explicar<br />

1) o estabelecimento de gradientes iônicos entre compartimentos<br />

celulares.<br />

2) o transporte ativo através da bicamada lipídica.<br />

3) a presença dos radicais polissacarídicos na face citossólica da<br />

membrana.<br />

A partir da interpretação dos fenômenos representados podemos concluir:<br />

(01) A célula A colocada em meio hipertônico ficaria igual a B<br />

correspondente ao ponto 2 do gráfico.<br />

(02) A célula B esteve em uma solução hipotônica e corresponde ao ponto<br />

2 do gráfico.<br />

(04) A célula C em meio isotônico corresponderia ao ponto 4 do diagrama<br />

de Hofler.<br />

(08) Uma célula murcha colocado no meio I ganharia água por difusão.<br />

(16) Uma célula colocada no meio II pode expulsar íons por transporte<br />

ativo.<br />

23


(32) Os estados de turgor das células A e C podem ser representado pelos<br />

pontos 1 ou 3.<br />

(64) De acordo com a alternativa anterior, o valor Sc de A e C são iguais.<br />

17. O esquema a seguir representa uma célula vegetal em solução<br />

hipertônica.<br />

No esquema o número III:<br />

01- indica um espaço vazio.<br />

02- contém a solução I.<br />

03- contém a solução IV.<br />

04- contém a mistura de I e II.<br />

05- contém a solução II.<br />

18. (UFES) A figura abaixo<br />

demonstra o comportamento<br />

de uma hemácia quando<br />

colocada em soluções salinas<br />

de diferentes concentrações.<br />

Com base na ilustração é<br />

correto afirmar que a célula:<br />

a) Diminui de volume em solução hipotônica, pois há perda de água para<br />

o meio externo.<br />

b) Aumenta de volume até romper, pois o meio externo apresenta maior<br />

concentração de sais que o seu interior.<br />

c) Mantém seu volume em solução hipertônica pois a membrana não<br />

permite a saída de água para o meio externo.<br />

d) Aumenta de volume até seu rompimento, à medida que a solução se<br />

torna mais hipotônica.<br />

e) Aumenta de volume quando colocada em solução isotônica, devido<br />

ao transporte ativo de íons.<br />

19. Gargarejos com água salgada provocam o aumento da corrente<br />

osmótica nas células da garganta (faringe), do que resulta que os tecidos:<br />

01- absorvem água<br />

02- perdem água<br />

03- ficam inchados<br />

04- sofrem plasmoptise das suas células<br />

05- absorvem o excesso de sal por transporte ativo, visto que o tecido<br />

está vivo.<br />

20. (Consultec). As<br />

membranas celulares<br />

são cruciais para a<br />

vida da célula. A<br />

membrana<br />

plasmática envolve a<br />

célula, define seus<br />

limites, mantendo as<br />

diferenças essenciais<br />

entre o citossol e o<br />

ambiente<br />

extracelular."<br />

(Alberts, p. 477)<br />

A figura abaixo esquematiza o comportamento de uma célula animal e de<br />

uma célula vegetal, quando submetidas a soluções de diferentes<br />

concentrações.<br />

Considerando características da membrana plasmática e da parede<br />

celulósica, identifique as afirmativas verdadeiras.<br />

0.( ) As células animal e vegetal, na situação ilustrada em I, estão imersas<br />

em uma solução menos concentrada do que seu interior.<br />

1.( ) O trânsito da água através da membrana plasmática obedece aos<br />

mesmos mecanismos de transporte de íons e moléculas carregadas.<br />

2.( ) O processo de transporte do solvente orgânico através de uma<br />

membrana semipermeável, a osmose, é observado em ambas as células.<br />

3.( ) O comportamento da célula vegetal, em relação ao meio, reflete o<br />

funcionamento da membrana que envolve o vacúolo.<br />

4.( ) A organização molecular da membrana plasmática, em células<br />

animais, garante a manutenção da forma celular nos diferentes meios.<br />

5.( ) As consequências da situação III, para a célula vegetal, incluem a<br />

deformação da parede celular.<br />

CITOPLASMA E O SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS<br />

(organelas citoplasmáticas)<br />

O citoplasma é constituído de uma substância de aspecto<br />

geleificado (hialoplasma) na qual ficam mergulhadas as diversas<br />

estruturas celulares (as organelas). O hialoplasma é rico em<br />

diversas substâncias químicas essências para as atividades da<br />

célula, bem como os resíduos metabólicos que tendem a serem<br />

eliminados por processos denominados de exocitose.<br />

Proporcionando-lhe sustetabilidade, destaca-se, ao<br />

microscópio eletrônico, um emaranhado de fibrilas elásticas<br />

protéicas (actina e miosina) que formam uma espécie de<br />

citoequeleto.<br />

O hialoplasma é uma dispersão de água e proteína de<br />

consistência gelatinosa denominada de colóide. Esse colóide por<br />

sua vez é encontrado em dois estados físicos distintos: gel e sol. O<br />

primeiro é mais consistente e periférico enquanto que o segundo é<br />

menos consistente e circunda o núcleo celular. As regiões onde<br />

esses colóides são encontrados são, respectivamente<br />

denominadas de ectoplasma e endoplasma.<br />

No hialoplasma é possível observar dois movimentos: a<br />

ciclose e o tixotropismo.<br />

Ciclose: trata-se de um movimento circular que possibilita a mistura<br />

do conteúdo celular, e<br />

em se tratando de<br />

células vegetais,<br />

posiciona<br />

os<br />

cloroplastos em<br />

regiões de grande<br />

intensidade luminosa. Esse movimento pode ser estimulado e ou<br />

inibido em função da variação de luminosidade e de temperatura.<br />

Tixotropismo: diz-se das mudanças de estado físico do colóide de<br />

gel para sol e vice-versa. Como<br />

conseqüência dessas mudanças de estado<br />

físico, algumas células eucariontes podem<br />

emitir prolongamentos citoplasmáticos que<br />

possibilitam a locomoção e a captura de<br />

alimentos. Os prolongamentos são<br />

denominados de pseudópodos (falsos pés) e<br />

a captura de alimento de fagocitose.<br />

ESTRUTURAS CELULARES<br />

A grande maioria das estruturas celulares é delimitada por<br />

membrana de constituição semelhante à membrana celular. Estas<br />

24


estruturas são conjuntamente denominadas de sistema de<br />

endomembranas.<br />

Retículo endoplasmático liso (REL) ou agranuloso.<br />

É uma estrutura membranosa de aspecto reticular que ocupa<br />

grande parte do citoplasma celular. Estabelece um contato direto<br />

entre a membrana celular e a carioteca<br />

Funções:<br />

a) Transporte e empacotamento de substâncias<br />

b) Armazenamento<br />

c) Facilita as reações enzimáticas<br />

d) Formação de vacúolos<br />

e) Controle da pressão osmótica<br />

f) Formação da carioteca ao final da divisão celular<br />

g) Desintoxicação<br />

h) Síntese de lipídios e esteróides<br />

i) Formação do Complexo de Golgi<br />

Complexo de Golgi<br />

ou Golgiossomo<br />

Sistema de bolsas<br />

membranosas achatadas e<br />

empilhadas.<br />

É<br />

considerada, por muitos autores, como sendo uma porção<br />

hipertrofiada do retículo endoplasmático.<br />

Cada bolsa membranosa recebe a denominação de dictiossomo.<br />

Em vegetais essa sobreposição (pilhas de bolsas) parece não<br />

ocorrer ficando os dictiossomos espalhados no hialoplasma.<br />

Funções:<br />

a) Armazenamento e empacotamento<br />

b) Síntese de lipídios e esteróides<br />

c) Secreção da lamela média (parede celular)<br />

d) Formação do acrossomo.<br />

O acrossomo é uma estrutura que se localiza na cabeça do<br />

espermatozóide. Como é rico<br />

em enzimas digestivas, ao se<br />

chocar com o óvulo, ele se<br />

rompe e suas enzimas perfuram<br />

a parede do óvulo possibilitando a fecundação.<br />

e) Síntese de mucopolissacarídeos<br />

f) Glicosilação de proteínas<br />

g) Formação do lisossomo.<br />

Retículo endoplasmático rugoso (RER) ou<br />

granuloso.<br />

Organela de estrutura e constituição semelhante ao REL. O<br />

aspecto rugoso decorre do fato de existir sobre suas membranas<br />

um grande número de ribossomos – a presença de ribossomos<br />

determina sua função de sintetizar proteínas para exportação.<br />

Ribossomos<br />

Estrutura<br />

constituída de duas<br />

subunidades de um<br />

tipo especial de RNA<br />

denominado de RNA<br />

ribossômico (RNAr) e<br />

proteínas.<br />

Função:<br />

produção ou síntese de proteínas. Quando estão<br />

espalhados (livres) no citoplasma produzem proteínas para<br />

consumo interno da célula. Ao contrário, quando estão aderidos às<br />

membranas do RER sintetizam proteínas para exportação.<br />

O processo de síntese de proteínas é denominado de tradução<br />

e ocorre no citoplasma.<br />

De um modo geral, a atividade do complexo de Golgi pode ser<br />

definida como Secreção celular.<br />

Entende-se por secreção celular, o fato das células liberarem<br />

substâncias, úteis para o organismo, em cavidades corporais, fora<br />

do corpo ou na corrente sangüínea. É comum a expressão excreção<br />

para designar a liberação de substâncias desnecessárias –<br />

resíduos metabólicos.<br />

Lisossomo<br />

Vesícula delimitada por membrana e rica em enzimas digestivas.<br />

Funções:<br />

a) Digestão intracelular (fagocitose)<br />

b) Autofagia: Quando a célula digere estruturas velhas.<br />

c) Autólise / histólise: Processo de autodigestão das células –<br />

cadáveres, regressão da cauda dos girinos.<br />

d) Apoptose: processo natural que desencadeia a morte da célula<br />

por autólise. É desencadeada por estímulo hormonal da<br />

glândula tireóide e contribui para a manutenção de um número<br />

constante de células nos tecidos.<br />

e) Remodelagem plástica: Digestão de tecidos dispensáveis –<br />

regressão o útero pós- parto etc.<br />

f) Doenças: silicose, artrite, tay-sachs. Na silicose, partículas de<br />

silíca, inspiradas por trabalhadores de mineradoras, rompem<br />

as membranas lisossômicas das células dos pulmões e as<br />

enzimas passam a digerir as células, destruindo seus pulmões.<br />

Casos de artrite ocorrem como conseqüências da instabilidade<br />

25


das membranas lisossômica que ao se romperem, suas<br />

enzimas desencadeiam o processo infeccioso. A doença de<br />

tay-sach é uma disfunção das enzimas lisossômicas das<br />

células nervosas que podem levar à morte. Trata-se de uma<br />

condição hereditária.<br />

DIGESTÃO CELULAR<br />

De estrutura semelhante ao cloroplasto (dupla membrana) a<br />

mitocôndria é responsável por<br />

duas etapas da respiração<br />

celular. É o grande centro<br />

produtor de energia química -<br />

ATP.<br />

Estruturalmente, a<br />

mitocôndria se organiza delimitada por duas membranas. A interna<br />

invagina-se formando prolongamentos internos denominados de<br />

crista e responsáveis pelas reações químicas da cadeia<br />

respiratória. A região central é delimitada pela membrana interna<br />

sendo denominada de matriz mitocondrial. Na matriz ocorre o<br />

conjunto de reações químicas do processo respiratório denominado<br />

de ciclo de Krebs.<br />

HIPÓTESE ENDOSSIMBIÔNTICA<br />

Peroxissomos<br />

Pequeno corpúsculo ou vesícula rica num tipo especial de<br />

enzima – a catalase. O papel desta enzima é degradar a água<br />

oxigenada resultante do metabolismo lipídico, segundo a equação.<br />

Glioxissomos<br />

Organela delimitada por membrana e rica em enzimas que<br />

convertem lipídios em glicose<br />

Plastos<br />

São vesículas<br />

discóide delimitadas<br />

por membrana . Alguns<br />

atuam como reserva de<br />

proteínas, óleos, amido<br />

e pigmentos. No<br />

entanto, o maior<br />

destaque é dado ao cloroplasto. De cor verde que, devido à<br />

presença de clorofila, é especializado na realização da fotossíntese.<br />

O cloroplasto, ao contrário dos demais plastos, é formado por<br />

duas membranas uma externa e outra interna. Esta última sofre<br />

invaginarão formando prolongamentos denominados de lamelas<br />

onde encontramos pilhas de pequenos discos denominadas de<br />

granum. Cada disco recebe o nome de tilacóide. É nas lamelas que<br />

se encontra a clorofila. A região central do cloroplasto é<br />

denominada de estroma.<br />

Mitocôndria<br />

Cientistas acreditam que mitocôndrias e cloroplastos já foram,<br />

num passado distante, organismos independentes que teriam sido<br />

capturados por células eucariontes primitivas e que passaram a<br />

viver em associação realizando uma certa troca de favores<br />

obrigatória, denominada de simbiose mutualista.<br />

Evidências dessa hipótese residem na análise química dessas<br />

estruturas que revelaram: DNA, RNA e ribossomos semelhantes<br />

aos dos procariontes; capacidade de síntese de proteínas,<br />

autoduplicação e produção de ATP.<br />

Centríolos<br />

São duas estruturas cilíndricas constituídas de microtúbulos de<br />

proteínas. Lembram duas latinhas de refrigerante dispostas de<br />

forma perpendicular. Observamos os centríolos na região central da<br />

célula, próxima à carioteca.<br />

Cada “latinha” é constituída de nove trios de microtúbulos dispostos<br />

em círculos (9 X 3) – os microtúbulos são constituídos de proteína<br />

denominada de tubulina.<br />

Obs.: vegetais superiores não possuem centríolos. Não tendo,<br />

portanto gametas flagelados.<br />

Funções:<br />

a) Formação de cílios e flagelos; Cílios e flagelos são projeções<br />

dos centríolos e estão relacionados com locomoção, nutrição<br />

e defesa. O movimento ciliar, em certos protistas, promove o<br />

deslocamento de líquidos em torno de sua membrana, fato que<br />

possibilita a retirada de nutrientes do meio.<br />

b) Formação das fibras do fuso durante as divisões celulares.<br />

26


c) Distribuição equacional dos cromossomos durante as divisões<br />

celulares.<br />

d) Defesa, locomoção e fecundação: Defesa quando, juntamente<br />

com o muco que reveste as vias respiratórias, os batimentos<br />

ciliares impelem partículas de poeira para a faringe; o<br />

deslocamento do espermatozóide até o óvulo, se dá em função<br />

dos batimentos flagelares<br />

Estrutura de cílios e flagelos<br />

Cílios e flagelos apresentam a mesma<br />

ultra-estrutura básica. Organizam-se<br />

obedecendo a um padrão de disposição de<br />

microtúbulos 9+2. Ou seja, 9 duplas de<br />

microtúbulos distribuídos em círculos<br />

acrescidos de dois outros centrais,<br />

conforme esquema a seguir.<br />

Quadro comparativo entre cílios e flagelos<br />

Características CÍLIOS FLAGELOS<br />

Quantidade<br />

Pequeno<br />

Grande número<br />

por célula<br />

número<br />

Tamanho Pequenos Grandes<br />

Batimento Pendular Ondulatório<br />

Vacúolos<br />

São orgânulos delimitados por membrana e contém no seu<br />

interior as mais diversas substâncias: água, enzimas, excretas,<br />

pigmentos, açúcares,<br />

etc.<br />

Dois vacúolos<br />

merecem uma<br />

especial atenção: os<br />

grandes vacúolos<br />

vegetais e o vacúolo<br />

contrátil ou pulsátil dos protistas. Os primeiros são responsáveis<br />

pelo controle da temperatura e da transpiração. O segundo controla<br />

a entrada e saída de água na célula (a pressão osmótica).<br />

Exercícios – citologia geral<br />

01. A estruturação de um organismo pluricelular envolveu aquisições<br />

evolutivas relacionadas ao uso da informação genética que condicionam<br />

01) a preservação da mesma identidade protéica em todas as células.<br />

02) mudanças nos códigos do sistema de tradução em cada tecido.<br />

03) a especialização celular pela síntese diferenciada das proteínas.<br />

04) a perda da informação genética no decorrer das divisões mitóticas.<br />

05) a incorporação de novos genes ao genoma do zigoto.<br />

02.(UEFS–2006/1) Rickettsia rickettsii, como uma bactéria, se<br />

caracteriza por:<br />

1) sintetizar proteínas sem a participação de moléculas de RNAmensageiro.<br />

2) possuir organelas especializadas na obtenção de energia.<br />

3) apresentar material genético delimitado por uma membrana porosa.<br />

4) desenvolver um metabolismo independente de trocas com o meio.<br />

5) realizar processos de transcrição e tradução no único ambiente da<br />

célula.<br />

03.(UFBA) A figura abaixo representa a superfície celular em fungos.<br />

A partir de sua análise, pode-se concluir:<br />

(01) A presença da parede celular em fungos os aproxima mais das plantas<br />

do que dos animais.<br />

(02) Os constituintes da parede celular são produzidos na célula e<br />

transportados através da membrana plasmática.<br />

(04) O padrão de organização estrutural da membrana plasmática é comum<br />

a todas as células.<br />

(08) Em fungos, a presença da parede impossibilita o reconhecimento<br />

celular.<br />

(16) A membrana plasmática e a parede celular controlam, de modo<br />

idêntico, as trocas entre a célula e o meio.<br />

(32) A relação das plantas e dos fungos com o meio ambiente é<br />

condicionada pela presença da parede celular.<br />

04.(UESB-2011)<br />

A presença de um<br />

núcleo é a<br />

principal<br />

característica que<br />

distingue as<br />

células<br />

eucarióticas das<br />

procarióticas. Por<br />

abrigar o genoma da célula, o núcleo serve como depósito da informação<br />

genética. (COOPER, 2002, p. 339).<br />

Com referência ao envelope nuclear que delimita o núcleo celular, é correto<br />

afirmar:<br />

01) A regulação da expressão gênica depende da ação de proteínas<br />

presentes na sua superfície que transportam fatores de transcrição do<br />

núcleo ao citoplasma.<br />

02) O tráfego de moléculas através do envelope nuclear se dá de modo<br />

seletivo, exceto para as moléculas de RNA e proteínas que transitam<br />

indiscriminadamente.<br />

03) O envelope nuclear apresenta uma camada única de fosfolipídios<br />

alinhados paralelamente com proteínas que constituem o espaço<br />

perimembrana.<br />

04) Os complexos de poros nucleares que compõem a sua estrutura<br />

possibilitam a troca regulada de moléculas entre o núcleo e o citoplasma.<br />

05) Os envelopes nucleares agem como uma barreira impermeável ao<br />

trânsito de moléculas do núcleo ao citoplasma.<br />

13. A noção de que as células de animais e plantas tiveram origem por<br />

meio da simbiose não é mais controvérsia de controvérsia. A biologia<br />

molecular incluindo o sequenciamento gênico reivindicou esse aspecto de<br />

minha teoria da simbiose celular. Mas o verdadeiro impacto da visão<br />

simbiótica da evolução ainda está para ser sentido. E a ideia de que novas<br />

espécies surgem de fusões entre membros de espécies antigas ainda não<br />

é sequer debatida na sociedade científica respeitável.<br />

(MARGULIS,2001,P.14)<br />

27


15. Com relação aos compartimentos membranosos que compõem a célula<br />

e suas respectivas funções, é correto afirmar:<br />

28<br />

A respeito dos processos simbióticos propostos pela pesquisadora Lynn<br />

Margulis, que atualmente são amplamente aceitos pela ciência, é possível<br />

afirmar:<br />

a) Relações de fusões citoplasmáticas entre seres eucariontes ancestrais<br />

teriam aperfeiçoado a capacidade metabólica dos organismos atuais na<br />

realização de suas funções metabólicas.<br />

b) A capacidade fotoautótrofa presente em alguns eucariontes atuais é<br />

necessariamente dependente de uma relação simbiótica anterior, que<br />

englobou, a esse padrão de organização, determinadas cianobactérias<br />

ancestrais.<br />

c) A presença da mitocôndria no padrão eucarionte é considerada como<br />

resultado de uma relação endossimbiótica, por apresentar no seu interior,<br />

todas as informações genéticas presentes no DNA das atuais bactérias<br />

anaeróbicas.<br />

d) A formação dos cloroplastos precedeu a formação das mitocôndrias na<br />

história da vida, já que, para ocorrer a respiração celular é necessária a<br />

presença do O2 produzido pela fotossíntese.<br />

e) Englobamentos primitivos entre seres unicelulares distintos geraram<br />

relações parasitárias que interferiram de forma significativa na história da<br />

vida do planeta<br />

14. (UNEB 2013-1) Considerando-se as características inerentes ao padrão de<br />

organização celular, presente nas bactérias utilizadas em biomineração, é correto<br />

afirmar:<br />

01) A presença de diversidade de endomembranas citoplasmáticas capacita as<br />

células na realização de uma variedade de funções celulares.<br />

02) A produção de cadeias polipeptídicas a partir do retículo endoplasmático<br />

favorece a função secretora realizada pelas bactérias utilizadas na biomineração.<br />

03) A utilização das enzimas lisossomais na degradação do material mineral<br />

englobado reforça a capacidade dessas bactérias na realização da função de<br />

biomineração.<br />

04) A ausência de compartimentos intracelulares favorece a realização simultânea<br />

do processo de transcrição associado ao processo de tradução da informação<br />

genética em uma mesma molécula de RNA.<br />

05) A alta capacidade mitótica presente nas bactérias incrementa o poder de<br />

crescimento e de realização da função de biomineração durante a retirada de metais<br />

dos resíduos das<br />

indústrias mineradoras.<br />

QUESTÕES 15 A 17<br />

UESB 2010-2<br />

O<br />

grande<br />

desenvolvimento da<br />

pesquisa científicatem<br />

permitido investigar,<br />

cada vez mais a<br />

fundo,os segredos das<br />

células vivas. O<br />

citoplasma, que se imaginava ser apenas um líquido gelatinoso, revelou-se<br />

ao microscópio eletrônico um complexo labirinto repleto de tubos e bolsas<br />

membranosos, comparável a uma rede de distribuição de substâncias<br />

produzidas na célula. (AMABIS; MARTHO, 2008, p.144).<br />

01) Os peroxissomos caracterizam-se pela presença de inúmeras enzimas<br />

em seu interior, capazes de degradar substâncias oxigênio reativas que<br />

causam estresse oxidativo.<br />

02) O retículo endoplasmático liso, além de efetuar as mesmas funções do<br />

retículo endoplasmático rugoso, é também responsável pela síntese de<br />

fosfolipídios.<br />

03) Os lisossomos são organelas capazes de auxiliar a produção de<br />

substâncias de natureza protéica no meio intracelular.<br />

04) O complexo golgiense possui como função adicional a oxidação de<br />

ácidos graxos para síntese de colesterol.<br />

05) O retículo endoplasmático rugoso desempenha papel fundamental na<br />

produção dos espermatozóides, originando vesículas de enzimas<br />

digestivas, denominadas acrossomos.<br />

16. George Palade e colaboradores, nos anos de 1960, estudaram a<br />

secreção de enzimas digestivas pelas células acinares do pâncreas para<br />

atuação no intestino delgado, sendo capazes de elucidar, desse modo, os<br />

sítios celulares envolvidos nos eventos que levam à secreção de proteínas.<br />

De acordo com os conhecimentos acerca dos processos de produção e<br />

secreção de proteínas celulares, elucidados por Palade e colaboradores, é<br />

correto afirmar:<br />

01) As proteínas sintetizadas no complexo golgiense são transferidas ao<br />

retículo endoplasmático para serem secretada são meio extracelular<br />

através de vesículas secretoras.<br />

02) Proteínas secretadas pelo retículo endoplasmático rugoso são<br />

encaminhadas ao complexo golgiense e, então, direcionadas ao meio<br />

extracelular.<br />

03) As enzimas que atuarão em distintos compartimentos celulares serão<br />

sempre sintetizados em ribossomos ligados ao retículo endoplasmático<br />

rugoso, sendo, logo em seguida, encaminhadas ao seu destino intracelular.<br />

04) Bolsas que compõem a face cis do complexo golgiense desprendemse<br />

dessa organela e fundem-se à superfície da membrana plasmática para<br />

que haja liberação de substâncias para o meio extracelular.<br />

05) Enzimas a serem secretadas serão continuamente produzidas no<br />

retículo endoplasmático liso, direcionadas à face trans do aparelho de Golgi<br />

e, então, encaminhadas para o meio extracelular.<br />

17. Dentre os processos metabólicos de obtenção de energia pelas células<br />

eucarióticas, destaca-se a respiração, processo intracelular que ocorre em<br />

organelas que se caracterizam por<br />

01) sistema de membrana única, delimitando um espaço interno, onde se<br />

encontra armazenado o seu próprio genoma.<br />

02) ausência de genoma próprio e membrana externa altamente<br />

impermeável a pequenas moléculas.<br />

03) espaço intermembrana responsável pelo armazenamento das enzimas<br />

envolvidas na degradação oxidativa de carboidratos e ácidos graxos.<br />

04) matriz contendo as enzimas responsáveis pelas reações da etapa<br />

intermediária do metabolismo oxidativo, bem como o próprio genoma dessa<br />

organela.<br />

05) presença de cristas formadas pela membrana interna, em que ocorrem<br />

as reações do ciclo do ácido cítrico.<br />

Questões 18 e 19 – UFBA-98


18. A habilidade do macrófago em<br />

reconhecer, aprender e destruir<br />

bactérias está ilustrada na figura<br />

abaixo.<br />

A análise da situação apresentada,<br />

à luz dos conhecimentos sobre os<br />

níveis de organização da matéria<br />

viva, permite concluir:<br />

(01) Eventos moleculares condicionam as características exibidas pelo<br />

macrófago.<br />

(02) Macrófago e bactérias pertencem ao mesmo nível de organização da<br />

matéria viva.<br />

(04) As células ilustradas se associam para constituir o nível de nível<br />

imediatamente superior de organização biológica.<br />

(08) As propriedades presentes em um determinado nível de organização<br />

são fundamentais para o estabelecimento dos níveis hierárquicos<br />

superiores.<br />

(16) A função exibida pelo macrófago pode ser deduzida pela análise<br />

individual das biomoléculas constituintes.<br />

(32) A vida pode se definida como a soma das propriedades de seus<br />

elementos constituintes.<br />

19. As funções celulares dependem da cooperação das diversas estruturas<br />

presentes no interior da célula.<br />

Considerando-se o exemplo ilustrado, esta cooperação está expressa em:<br />

(01) Elementos do citoesqueleto subjacentes à membrana plasmática<br />

contribuem para a captura de bactérias.<br />

(02) a presença de enzimas hidrolíticas no lisossomo é programada por<br />

mensagens genéticas no DNA.<br />

(04) Proteínas específicas da membrana, construídas no retículo<br />

endoplasmático rugoso, possibilitam o reconhecimento das bactérias.<br />

(08) A destruição das bactérias pelo macrófago é determinada por eventos<br />

moleculares na membrana plasmática.<br />

(16) A energia requerida para a função de defesa do organismo resulta da<br />

atividade mitocondrial na síntese de ATP.<br />

(32) Ribossomos livres estão envolvidos na síntese de proteínas com<br />

função de digestão dôo material genético englobado pelo macrófago.<br />

(64) A habilidade do macrófago é uma atividade coordenada da célula<br />

como um todo.<br />

(Consultec-96) Questões 20 e 21.<br />

20. O diagrama a seguir<br />

ilustra os prováveis<br />

caminhos evolutivos do<br />

procarioto ancestral aos<br />

organismos atuais.<br />

Em relação às<br />

associações evidenciadas<br />

na ilustração, assinale a<br />

alternativa correta sobre a<br />

evolução celular.<br />

01) A respiração e a fotossíntese tiveram uma origem comum a partir do<br />

mesmo ancestral.<br />

02) Os cloroplastos apresentam distribuição universal entre os eucariotos.<br />

03) As associações evidenciam a origem dos eucariotos a partir da<br />

transformação dos procariotos.<br />

04) A fotossíntese, como processo liberador de oxigênio, se estabeleceu<br />

cedo, no curso da evolução.<br />

05) A evolução do cloroplasto foi essencial ao surgimento do eucarioto<br />

ancestral.<br />

21. Analisando o diagrama em função do sistema taxonômico de Whittaker,<br />

que organiza o mundo vivo em cinco reinos, é correto afirmar:<br />

01) As euglenas, os paramécios e as amebas estão incluídos no reino<br />

Fungi.<br />

02) As bactérias e as cianobactérias constituem dois reinos distintos.<br />

03) A organização celular básica distingue os reinos Fungi e Plantae.<br />

04) Os critérios de agrupamento utilizados evidenciam o caráter generalista<br />

do sistema.<br />

05) As plantas, os animais e os fungos se diferenciam, basicamente, pela<br />

forma de nutrição.<br />

22.(UESC-2008) O modelo<br />

esquemático, sob a hipótese<br />

da endossimbiose, destaca<br />

etapas em um dos caminhos<br />

que se estabelecem na<br />

evolução da célula<br />

eucariótica.<br />

A partir de sua análise, pode-se inferir que:<br />

01) a evolução do endossimbionte consolida, na célula eucariótica, uma<br />

associação parasitária.<br />

02) a utilização da água como doadora de hidrogênio, no processo da<br />

fotossíntese, é uma habilidade encontrada no endossimbionte bacteriano.<br />

03) a endossimbiose, representada na figura, habilita a célula, de imediato,<br />

a realizar, com mais eficiência, a oxidação da glicose.<br />

04) a habilidade fotossintetizadoras surgiu no sistema vivo após a aquisição<br />

pelas células do sistema de endomembranas.<br />

05) a evolução do cloroplasto no eucarioto garante a sua sobrevivência<br />

sem depender da síntese protéica.<br />

23. UESC-2008 A ingestão de soro caseiro, ao longo de uma greve de<br />

fome, preserva, por algum tempo, a sobrevivência do organismo porque<br />

01) propicia o aumento necessário de produção de urina bastante<br />

concentrada.<br />

02) assegura um suprimento molecular essencial para e síntese de actina<br />

e de miosina, possibilitando a movimentação do organismo.<br />

03) aumenta o teor de água das células, tornando-as hipertônicas em<br />

relação ao ambiente intercelular.<br />

04) fornece às células suprimento de moléculas energéticas, possibilitando<br />

do a renovação das proteínas celulares.<br />

05) disponibiliza para o organismo íons essenciais na condução do impulso<br />

nervoso.<br />

QUESTÕES 24 e 25 UEFS-<br />

2006/1<br />

A figura representa, de modo<br />

esquemático, a estrutura de<br />

uma célula animal com<br />

destaque para algumas de<br />

suas organelas.<br />

24. A análise da ilustração<br />

permite considerações sobre a<br />

estrutura e a dinâmica da célula, entre as quais se pode destacar a<br />

seguinte:<br />

29


A) Em G, se evidencia uma organela membranosa que realiza intensa<br />

atividade digestiva.<br />

B) O RER se diferencia do REL pela presença de ribossomos em atividade<br />

de síntese protéica.<br />

C) O hialoplasma e o nucleoplasma compartilham uma completa identidade<br />

química e fisiológica.<br />

D) O vacúolo (V), por conter hidrolases ácidas, tem função similar à do<br />

complexo de Golgi (G).<br />

E) A membrana nuclear (MN) é uma lâmina contínua de fosfolipídios que<br />

bloqueia o trânsito de moléculas no sentido citoplasma-núcleo.<br />

25. Sobre a estrutura e a função da mitocôndria (M), é correto afirmar:<br />

A) As cristas mitocondriais são sítios de conversão de energia na cadeia<br />

respiratória.<br />

B) A matriz mitocondrial é a sede das reações, nas quais ocorre a fixação<br />

do C02 em moléculas de glicose.<br />

C).O compartimento entre a membrana interna e a externa é o local de<br />

ocorrência do ciclo de Krebs.<br />

D) A organização estrutural da mitocôndria possibilita a ocorrência de tipos<br />

variados de fermentação.<br />

E) As enzimas mitocondriais participam das reações da glicólise que<br />

produzem moléculas de piruvato.<br />

Questões 26 e 27 - UESC<br />

A ilustração esquematiza relações evolutivas entre grandes grupos<br />

biológicos, estabelecidas com base em estudos comparativos com o RNA<br />

ribossômico.<br />

01) converter a energia solar em energia química.<br />

02) extrair de forma mais eficiente o potencial energético dos alimentos.<br />

03) realizar um processo que libera oxigênio, garantindo a oxigenação da<br />

atmosfera.<br />

04) utilizar o CO2 como fonte de energia.<br />

05) adquirir organelas que armazenam moléculas energéticas para as<br />

atividades celulares.<br />

28. (UESB-2008) A figura<br />

ilustra urna célula pancreática<br />

representando a secreção de<br />

proteínas, recentemente<br />

sintetizadas, para o trato<br />

digestivo.<br />

Sobre o processo de secreção dessas células, pode-se afirmar que<br />

01) o produto da atividade dessa célula é condicionado nas vesículas<br />

lisossômicas, que brotaram da membrana plasmática por exocitose.<br />

02) os aspectos envolvidos na dinâmica secretora caracterizam a célula<br />

como produtora de insulina.<br />

3) a síntese das enzimas ocorre, principalmente, em nível do complexo de<br />

Golgi.<br />

4) o major desenvolvimento do reticulo endoplasmático rugoso é associado<br />

ao papel de célula produtora de proteínas.<br />

5) a célula representada é típica de um tecido endócrino.<br />

29. (UESF2009) A<br />

figura abaixo ilustra<br />

um corte transversal<br />

de determinada<br />

célula juntamente<br />

com o detalhe de sua<br />

parede celular.<br />

Em relação ao<br />

padrão de organização da célula ilustrada, é possível considerar que<br />

26. A interpretação do diagrama, subsidiada por conhecimentos básicos da<br />

<strong>Biologia</strong>, permite concluir:<br />

01) A evolução decorreu com o desaparecimento dos grupos mais simples<br />

que foram substituídos pelos mais complexos.<br />

02) A organização procariótica é preservada e restrita às arquibactérias.<br />

03) O autotrofismo se estabeleceu como exclusividade dos eucariontes.<br />

04) As arquibactérias e eubactérias compartilham nichos ecológicos<br />

similares.<br />

05) A organização celular eucariótica proporcionou a evolução da<br />

pluricelularidade.<br />

A) a presença de mitocôndrias no citoplasma caracteriza a célula como<br />

pertencente a um organismo animal aeróbio.<br />

B) a diversidade de organelas no citoplasma foi uma inovação evolutiva<br />

associada a um aumento das funções exercidas pela célula, tal como o<br />

advento da fotossíntese e da respiração celular no mundo vivo.<br />

C) a presença de um núcleo definido possibilitou que o organismo<br />

unicelular passasse a realizar a transcrição e a tradução do código genético<br />

de forma simultânea em um único compartimento.<br />

D) esse padrão celular eucariótico permitiu uma maior eficiência na<br />

realização das funções metabólicas e favoreceu o desenvolvimento da<br />

pluricelularidade ao longo da evolução dos seres vivos.<br />

E) a presença de um padrão procariótico garante ao organismo<br />

representado ser autótrofo e realizar reações de oxidação completa de<br />

matéria orgânica na obtenção de energia para atividades celulares.<br />

30. (Consultec)<br />

27. O diagrama sugere, no destaque em A, a participação de eubactérias<br />

na evolução da célula eucariótica.<br />

De acordo com uma hipótese, essa participação originou-se de uma<br />

associação muito antiga entre um procarionte aeróbico e o precursor<br />

anaeróbico da célula eucariótica.<br />

Essa relação foi decisiva para a evolução de um padrão celular de maior<br />

nível de organização, porque lhe proporcionou<br />

30


Aspectos morfofuncionais das células nervosas podem ser evidenciadas<br />

em<br />

As figuras I e II ilustram, respectivamente, uma célula vegetal e uma<br />

célula animal.<br />

A partir de estudos comparativos entre essas duas células, conclui-se:<br />

(01) As células vegetal e animal estão estruturadas sob um padrão<br />

básico de organização.<br />

(02) As mitocôndrias e os cloroplastos mantêm relações de<br />

interdependência ecológica.<br />

(04) A natureza do material genético é própria de cada tipo celular.<br />

(08) O cloroplasto é uma organela com distribuição universal nos<br />

diversos tecidos vegetais.<br />

(16) A parede celulósica torna a célula vegetal adaptável a suportar<br />

meios hipotônicos.<br />

(32) O armazenamento da glicose, sob a forma de amido, é<br />

característico das células animais e vegetais.<br />

(64) A evolução de um sistema vacuolar aquoso é uma peculiaridade<br />

da célula vegetal.<br />

31. (UNEB 2006) Para descobrir como as diversas partes do cérebro<br />

"coversam" umas com as outras, o radiologista Thomas Conturo, da<br />

Escola de Medicina da Universidade de Washington, em Saint Louis,<br />

Estados Unidos, utilizou a água.<br />

Como a água está em toda parte, é um bom guia para quem quer descobrir<br />

as ligações entre os neurônios. Em especial, ela segue os filamentos pelos<br />

quais as células nervosas transmitem impulsos elétricos umas às outras.<br />

"Assim descobrimos os caminhos pelos quais os sinais passam de um<br />

ponto ao outro do cérebro". (Superinteressante, p. 17)<br />

01) conversão de estímulos em impulsos nervosos, envolvendo troca de<br />

polaridade no nível da membrana plasmática.<br />

02) manutenção de alta concentração de sódio no corpo celular e de<br />

potássio no interior do axônio.<br />

03) mielinização do axônio, reduzindo a velocidade de transmissão do<br />

impulso nervoso.<br />

04) corpo celular com ramificações que estabelecem contatos físicos entre<br />

os neurônios.<br />

05) geração de impulso nervoso que se desloca no sentido axônio-corpo<br />

celular.<br />

Questões 32 e 33 Consultec-2004<br />

A bactéria que causa o cólera, Vibrio cholerae, deve o seu poder tóxico,<br />

a dois vírus e não aos seus próprios genes, segundo um estudo realizado<br />

na Universidade de Maryland, nos EUA, publicado pela “Nature”.<br />

Já se sabia que vírus invadiam bactérias. Essa é a primeira vez que se<br />

demonstra que eles transformam bactérias em organismos tóxicos, disse<br />

David Karaolis, coordenador do estudo, que também afirma que infecções<br />

virais similares poderiam ser a causa de toxicidade de outras bactérias.<br />

A associação entre o vírus e a bactéria é benéfica para ambos. O vírus<br />

aumenta a velocidade de reprodução da bactéria, que gera mais indivíduos.<br />

Ela, por sua vez, permite a replicação viral.<br />

(Folha de São, p. 16)<br />

32. A bactéria causadora do cólera, como as demais bactérias, devem<br />

01) exibir parede celular essencialmente de celulose.<br />

02) depender do metabolismo da mitocôndria para obtenção de energia.<br />

03) apresentar a membrana plasmática de composição lipoprotéica.<br />

04) originar novas bactérias, alternando os processos de mitose e meiose.<br />

05) sintetizar seu alimento a partir de reações fotoquímicas no interior de<br />

cloroplastos.<br />

33. Do ponto de vista ecológico, pode-se considerar a associação entre<br />

esses vírus e a bactéria como<br />

01) competição interespecífica com benefícios mútuos.<br />

02) mutualismo, pelas vantagens obtidas nessa interação.<br />

03) parasitismo, devido aos danos causados ao homem. ,<br />

04) predatismo pela transferência do material viral para a bactéria.<br />

05) relação desarmônica, implicando a morte da célula hospedeira.<br />

QUESTÕES 33 e 34 (UESB-2004-2)<br />

31


32<br />

Na história da vida, a célula eucariótica emerge em um processo evolutivo,<br />

associado a eventos simbióticos, de uma linhagem celular proveniente de<br />

ancestral procarioto. Com um padrão de organização mais complexo e<br />

maiores dimensões, a célula eucariótica estabeleceu-se com múltiplas<br />

possibilidades adaptativas que propiciaram a especialização celular na<br />

evolução dos pluricelulares.<br />

33. O potencial adaptativo da célula eucariótica, em princípio, deve ser<br />

relacionado com<br />

01) o maior volume celular e desenvolvimento extensivo do citossol.<br />

02) a presença de um genoma diplóide e com o controle da transcrição<br />

gênica.<br />

03) a presença da cadeia respiratória, propiciando uso do oxigênio como<br />

oxidante.<br />

04) a capacidade para realizar a síntese protéica em polissomos livres.<br />

05) a utilização do compartimento nuclear para a tradução da informação<br />

genética.<br />

34. Dentre as adaptações do sistema de endomembranas na<br />

especialização celular, pode-se reconhecer<br />

1) a diferenciação de compartimentos ao retículo endoplasmático como<br />

bolsões impermeáveis para o armazenamento do cálcio, na<br />

especialização das fibras musculares.<br />

2) o amadurecimento do sistema de vacúolos aquosos na célula vegetal<br />

na fragmentação de uma grande vesícula em vacúolos incipientes.<br />

3) o desenvolvimento de um amplo retículo endoplasmático liso com<br />

canais e cisternas, favorecendo a síntese de proteínas de<br />

exportação.<br />

4) a formação de vesículas provenientes do sistema de Golgi para<br />

manter a hemoglobina nos glóbulos vermelhos do sangue, permitindo<br />

o intercâmbio com o oxigênio.<br />

5) a delimitação do compartimento nuclear mantendo um ambiente<br />

específico para o material genético, sem comprometer o intercâmbio<br />

com o citoplasma.<br />

35. (Consultec.) "A todo momento, Se; tem notícia de novas enfermidades<br />

provocadas por vírus até então desconhecidos. Por isso, recebem o nome<br />

aterrador de vírus emergentes.<br />

A lista desta nova categoria é extensa. É encabeçada por uma família<br />

chamada arenavírus; estes habitam o corpo dos roedores, principalmente<br />

ratos. Ao entrar em contato com as fezes e a urina destes animais - mesmo<br />

inalando o cheiro - o homem pode se infectar"<br />

(lsto É, p. 128)<br />

Os vírus conservam o seu poder infectante, mesmo quando dispersos no<br />

ar, porque<br />

1) mantêm-se metabolicamente ativos fora da célula.<br />

2) independem da maquinaria celular para produzir cópia de si mesmos.<br />

3) são constituídos de moléculas complexas e estáveis.<br />

4) são capazes de se cristalizar, mantendo sua organização estrutural.<br />

5) dependem exclusivamente de fatores intrínsecos para infectar uma<br />

célula.<br />

Consultec 2001 - Questões 36 e 37 -<br />

Pesquisadores brasileiros identificaram no Amazonas uma nova variante<br />

da bactéria que causa o cólera... Batizado de variante Amazônia do Vibrio<br />

cholerae 0l, o agente infeccioso produz uma toxina que destrói células com<br />

que entra em contato.<br />

‘Nos surpreendemos quando descobrimos que a estrutura genética dessas<br />

amostras era diferente do esperado’,[diz um dos pesquisadores.]<br />

O maior temor do microbiologista é que a variante entre em contato com o<br />

tipo de vibrião que está causando a atual epidemia. (...)<br />

‘Há o risco de que ocorra uma troca genética. A nova variante poderia<br />

adquirir o conjunto de genes que causa o cólera tipico e ficar ainda<br />

mais virulenta'," (Folha de S. Paulo, p. 8)<br />

36. A Característica fundamental do grupo em que se inclui o Vibrio<br />

cholerae é a<br />

1) ausência de um sistema interno de membranas celulares.<br />

2) condição de parasita obrigatório das células eucariontes.<br />

3) dependência total da disponibilidade de oxigênio.<br />

4) existência de organelas específicas para a síntese de proteínas.<br />

5) presença de uma parede celular constituída de celulose<br />

37. A troca genética a que se refere o pesquisador evidencia a<br />

1) possibilidade de reprodução sexuada em bactérias.<br />

2) ocorrência de recombinação gênica em procariontes.<br />

3) inexistência de mutação espontânea.<br />

4) detecção de alterações genéticas não expressas no organismo<br />

5) redução da variabilidade em organismos haplóides.<br />

Provão do MEC - 2002<br />

Atenção: Para responder às questões de números 38 a 40 considere o<br />

texto abaixo.<br />

João trabalha em uma confeitaria cujo proprietário é alemão. Todas as<br />

manhãs este deixa, sobre a mesa da cozinha, uma receita em português e<br />

os ingredientes de um bolo que João deve preparar. A receita original,<br />

escrita em alemão, fica guardada no escritório da confeitaria. Somente o<br />

patrão de João pode abrir o escritório e escrever, em português, a receita<br />

a ser utilizada naquele dia.<br />

38. Para explicar a leigos o funcionamento de uma célula, fazendo uma<br />

analogia com o texto, o bolo, seus ingredientes, a receita em português e<br />

a receita em alemão corresponderão, respectivamente, a<br />

a) aminoácido, nucleotídeos, DNA e RNA.<br />

b) nucleotídeo, aminoácidos, RNA e DNA.<br />

c) polipeptídeo, aminoácidos, RNA e DNA.<br />

d) DNA, RNA, polipeptídeo e aminoácido.<br />

e) DNA, aminoácidos, nucleotídeo e polipeptídeo.<br />

39. Continuando a analogia, o escritório, a cozinha e João corresponderão,<br />

respectivamente, aos seguintes componentes de uma célula de eucarioto:<br />

a) citoplasma, núcleo e cromossomo.<br />

b) núcleo, citoplasma e ribossomo.<br />

c) citoplasma, núcleo e membrana nuclear.<br />

d) núcleo, citoplasma e cromossomo.<br />

e) cromossomo, membrana nuclear e citoplasma.<br />

40. Alguns bolos são servidos assim que saem do forno, enquanto outros<br />

recebem acabamento especial. Na analogia considerada, o local da<br />

confeitaria onde os bolos recebem recheio e cobertura, corresponde<br />

a) à mitocôndria.<br />

b) ao retículo endoplasmático rugoso.<br />

c) ao peroxissomo.<br />

d) ao lisossomo.<br />

e) ao complexo de Golgi.<br />

Questões 41 e 42. (Consultec-96)<br />

O diagrama a seguir ilustra os prováveis caminhos evolutivos do procarioto<br />

ancestral aos organismos atuais.


41. Em relação às associações evidenciadas na ilustração, assinale a<br />

alternativa correta sobre a evolução celular.<br />

1) A respiração e a fotossíntese tiveram uma origem comum a partir do<br />

mesmo ancestral.<br />

2) Os cloroplastos apresentam distribuição universal entre os<br />

eucariotos.<br />

3) As associações evidenciam a origem dos eucariotos a partir da<br />

transformação dos procariotos.<br />

4) A fotossíntese, como processo liberador de oxigênio, se estabeleceu<br />

cedo, no curso da evolução.<br />

5) A evolução do cloroplasto foi essencial ao surgimento do eucarioto<br />

ancestral.<br />

42. Analisando o diagrama em função do sistema taxonômico de Whittaker,<br />

que organiza o mundo vivo em cinco reinos, é correto afirmar:<br />

1) As euglenas, os paramécios e as amebas estão incluídos no reino<br />

Fungi.<br />

2) As bactérias e as cianobactérias constituem dois reinos distintos.<br />

3) A organização celular básica distingue os reinos Fungi e Plantae.<br />

4) Os critérios de agrupamento utilizados evidenciam o caráter<br />

generalista do sistema.<br />

5) As plantas, os animais e os fungos se diferenciam, basicamente, pela<br />

forma de nutrição.<br />

Questões 43 e 44 (Consultec 2002)<br />

43. Os neurônios - que são células nervosas do nosso cérebro - e os nervos<br />

periféricos estão repletos de microtúbulos compostos da proteína tubulina.<br />

Os mesmos microtúbulos, exatamente iguais compõem os cílios, caudas<br />

dos espermatozóides e paredes de centríolos-cinetoplastos (...). O oxigênio<br />

que respiramos entra no cérebro por nossa corrente sangüínea e é<br />

incessantemente metabolizado pelas mitocôndrias que sabemos terem<br />

sido bactérias que respiravam (...). Continuamos sendo seres simbióticos<br />

em um planeta simbiótico. Margulis, p.<br />

52<br />

No texto, em que a autora sustenta sua teoria sobre a evolução das células<br />

eucarióticas, emergem critérios que distinguem essas células das<br />

procarióticas, entre os quais se destaca a presença de:<br />

1) respiração aeróbica e movimentos celulares.<br />

2) composição química peculiar e organização compartimental interna.<br />

3) estruturas microtubulares e organelas membranosas.<br />

4) capacidade de locomoção e estruturas reprodutivas estáveis.<br />

5) membrana lipoprotéica e sistema eficiente de comunicação.<br />

45. (UESB-93) O diagrama abaixo representa, esquematicamente, a<br />

infecção de uma célula pelo vírus HIV.<br />

De sua análise pode-se concluir que:<br />

1) uma droga que iniba a transcriptase reversa bloqueia a transcrição de<br />

DNA em RNA.<br />

2) a montagem do vírus depende de proteínas construídas com a<br />

informação da célula hospedeira.<br />

3) a incorporação do DNA do vírus ao genoma humano inativa<br />

irreversivelmente o material genético viral.<br />

4) a multiplicação do vírus depende da produção de muitas cópias de<br />

DNA viral.<br />

5) o reconhecimento dos receptores de membrana da célula pelo vírus<br />

especifica a interação parasitária.<br />

46. (UESB-93) Bactéria e cianobactérias representam os mais simples de<br />

todos os organismos vivos e, provavelmente, os mais semelhantes às<br />

primeiras formas de vida que surgiram sobre a Terra.<br />

Sobre a organização de bactérias e cianobactérias, é correto dizer que:<br />

(A) As bactérias são unicelulares e as cianobactérias são pluricelulares.<br />

(B) Pigmentos fotossintetizantes, ausentes na maioria das bactérias, são<br />

encontrados nas cianobactérias.<br />

(C) As cianobactérias são fotossintetizantes, e as bactérias são<br />

quimiossintetizantes.<br />

(D) As bactérias reproduzem-se assexuadamente, e as cianobactérias,<br />

sexuadamente.<br />

(E) Tanto as bactérias como as cianobactérias possuem membrana<br />

celulósica.<br />

47. (UESB-93) A ilustração abaixo apresenta, esquematicamente, o arranjo<br />

de um líquen, forma viva que resulta da interação mutualista entre uma alga<br />

com um fungo.<br />

Nessa interação, a participação da alga<br />

consiste em:<br />

(A) Proporcionar ao líquen a informação<br />

genética para a preservação da<br />

estrutura, através de gerações.<br />

(B) Fornecer o ambiente mineral<br />

necessário para a sobrevivência do líquen.<br />

(C) Realizar a síntese orgânica, a partir do CO2 atmosférico.<br />

(D) Proteger a estrutura contra ação de microorganismos decompositores.<br />

(E) Produzir a estrutura do micélio que organiza o líquen.<br />

44. Bactérias e mitocôndrias se assemelham em aspectos estruturais e<br />

fisiológicos, tais como:<br />

1) parede celular de natureza<br />

celulósica e membranas internas<br />

abundantes.<br />

2) vacualização discreta<br />

mecanismo anaeróbico de<br />

obtenção de energia.<br />

3) membrana plasmática rica em<br />

peptidoglicano e compartimento<br />

lisossômico.<br />

4) cromossomo circular único e síntese protéica em ribossomos livres.<br />

5) material genético compartimentalizado e divisão celular mitótica.<br />

33


Vestibulares & Cursos<br />

Av. Olívia Flores, Candeias Vit. da Conquista –Ba.<br />

RESUMO GERAL DAS ESTRUTURAS<br />

CELULARES E SUAS RESPECTIVAS FUNÇÕES<br />

Correlacione as organelas com suas funções<br />

e ou estrutura<br />

1- RER<br />

2- REL<br />

3- C. GOLGI<br />

4- MITOCÔNDRIAS<br />

5- CLOROPLASTOS<br />

6- LISOSSOMOS<br />

7- CENTRIOLOS<br />

8- NUCLÉOLOS<br />

9- PEROXISSOMOS<br />

10- VACÚOLOS<br />

11- PAREDE CELULAR<br />

12- MEMBRANA<br />

13- RIBOSSOMOS<br />

14- CITOEQUELETO<br />

( ) sustentação<br />

( ) locomoção, fecundação,<br />

defesa e nutrição<br />

( ) produção de proteínas<br />

para exportação<br />

( ) síntese de lipídios<br />

( ) síntese de glicoproteínas<br />

( ) secreção da lamela média<br />

( ) respiração aeróbica<br />

( ) produção de ribossomos<br />

( ) controle da pressão osmótica<br />

( ) mantém o meio celular constante<br />

( ) digestão celular<br />

( ) formação do acrossomo<br />

( ) degradação da água<br />

oxigenada<br />

( ) desintoxicação<br />

( ) autólise, autofagia e silicose<br />

( ) ciclo de Calvin<br />

( ) ciclo de Krebs<br />

( ) fotólise da água<br />

( ) redução do CO 2<br />

( ) formação do fuso<br />

( ) formação dos cílios e flagelos<br />

( ) tradução do RNAm<br />

( ) duas unidades ligadas por íons<br />

Mg+<br />

( ) sistema de bolsas membranosas<br />

sobrepostas<br />

( ) Doença de Tay-Sachs<br />

( ) Dupla membrana com a interna<br />

formando cristas<br />

( ) Remodelagem plástica<br />

( ) Por simbiose gerou a célula vegetal<br />

eucarionte<br />

( ) Por simbiose gerou a célula animal<br />

eucarionte<br />

34


UESB – 93 – Questões 48 a 50<br />

COLUNA I COLUNA II COLUNA III<br />

COMPONENTES SUBCELULARES<br />

OCORRÊNCIA EM DIFRENTES TIPOS<br />

PROPRIEDADES FUNCIONAIS<br />

(PRINCIPAIS CONSTITUÍNTES MOLECULARES)<br />

CELULARES*<br />

1. MEMBRANA CELULAR - constituinte fluído. Envoltório celular semipermeável I – II – III - IV<br />

Solução de muitos componentes do<br />

2. PROTOPLASMA - a porção solúvel, sem partículas do<br />

sistema sintético e da cadeia de<br />

citoplasma.<br />

transmissão de informações.<br />

I – II – III - IV<br />

3. RIBOSSOMOS<br />

Sítios de tradução da informação<br />

genética<br />

[............................]<br />

4. [...] - compartimento que contém o material genético.<br />

Armazenamento e transmissão de<br />

informação (replicação e transcrição)<br />

I – II – III<br />

5. DNA LIVRE<br />

Armazenamento e transmissão de<br />

informação (replicação e transcrição)<br />

IV<br />

6. [...] - estrutura rígida que envolve a célula. Proteção mecânica [............................]<br />

7. MITOCÔNDRIAS – corpos separados, constituídos Sítio de reações do metabolismo<br />

I – II – III<br />

por membranas altamente convolutas.<br />

energético<br />

8. PLASTOS – cloroplastos e leucoplastos: corpos<br />

Parte do sistema anabólico [............................]<br />

separados semelhantes às mitocôndrias.<br />

9. [...] – estrutura da membrana citoplasmática contínua<br />

com as membranas nuclear e plasmática.<br />

10. LISOSSOMOS – corpos separados, constituídos por<br />

vários tipos de enzimas hidrolíticas encerradas em uma<br />

membrana.<br />

Interface para transporte e reações<br />

químicas e compartimentos celulares<br />

separados<br />

Hidrólise de material estranho, lise de<br />

células mortas.<br />

[............................]<br />

I<br />

ESTUDO DOS COMPONENTES CELULARES EM DIFERENTES CÉLULAS<br />

* Código para os tipos celulares considerados na coluna 3:<br />

I - Células animais e protozoários II – Células de plantas superiores e algas<br />

III - Células de fungos<br />

IV – Células de bactérias e cianobactérias<br />

48. Considerando-se os componentes celulares listados de 1 a 10, no<br />

quadro pode-se afirmar que:<br />

(A) Lipídios, constituintes de 1, são os únicos responsáveis pelo<br />

intercâmbio seletivo da célula com o meio.<br />

(B) DNA e proteínas são compostos responsáveis armazenamento e<br />

transferência de informações nos sistemas vivos, atuando em 8.<br />

(C) RNA e proteínas são compostos relacionados reações biossintéticas<br />

associadas a 3.<br />

(D) Proteínas e DNA estão presentes em 7, viabilizando a fixação de CO2.<br />

(E) Proteínas com atividades anabólicas, responsáveis pela síntese de<br />

macromoléculas, caracterizam estrutura 10.<br />

49. É uma aquisição evolutiva da célula eucariótica, a partir da célula<br />

procariótica:<br />

a) sistema de endomembranas, identificado em 4 e 9 como núcleo e<br />

retículo endoplasmático, respectivamente.<br />

b) conjunto de filamentos de DNA em dupla hélice, imerso em 2.<br />

c) aparecimento de estruturas individualizadas compostas por RNA e<br />

proteínas, identificadas em 3, responsáveis pela síntese de proteínas.<br />

d) acúmulo de polissacarídeos e glicoproteínas compondo a estrutura 6<br />

- parede celular – responsável pela proteção mecânica da célula. (E)<br />

produção de pigmentos fotossintetizantes, relacionados com funções<br />

referentes a 8.<br />

50. Relacionando-se os códigos dos tipos celulares com os dados do<br />

quadro, as lacunas da coluna 3 devem ser preenchidas, na ordem em que<br />

aparecem, pela seqüencia:<br />

a) I / II / III / IV I / II II I / II / III<br />

b) I / II II / III / IV II / III / IV I / III<br />

c) I / II / III / IV II / III / IV II I / II / III<br />

d) I / III / IV I / III / II / III / IV I / III<br />

e) I / II II / III II I / II / III<br />

Questões abertas UFBA<br />

01. (UFBA - 2002) A figura esquematiza, em seus aspectos gerais, um modelo de<br />

resposta celular à ação de um hormônio esteróide; essa classe de hormônios,de<br />

natureza lipídica, inclui os<br />

andrógenos, os estrógenos,<br />

a progesterona, a ecdisona,<br />

entre outros.<br />

A partir da análise dessas<br />

informações:<br />

a) Justifique, com base<br />

nas características da<br />

membrana<br />

plasmática, o modo<br />

como se dá a<br />

Hormônio<br />

esteróide<br />

2<br />

1 Proteína<br />

receptora<br />

Nova<br />

proteína<br />

Membrana<br />

plasmática<br />

da célula<br />

alvo<br />

3<br />

Complexo<br />

hormônio/<br />

receptor<br />

interação hormônio/célula alvo no início do processo.<br />

b) Identifique e descreva sucintamente os eventos indicados em 5 e 6,<br />

relacionando-os ao evento inicial.<br />

c) Contextualize o processo representado, enfatizando sua importância para os<br />

organismos pluricelulares.<br />

02.(UFBA-2001) A figura ilustra parte de um ácino pancreático e destaca uma célula,<br />

cujo retículo endoplasmático rugoso é mostrado em eletromicrografia.<br />

6<br />

DNA<br />

RNAm<br />

Núcleo<br />

5<br />

4<br />

Citoplasma<br />

35


Considerando-se aspectos da fisiologia orgânica e celular, explique:<br />

a) o papel desempenhado pelas células acinosas pancreáticas no contexto<br />

pluricelular de organismos complexos;<br />

b) a ocorrência de um retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvido e suas<br />

associações com outros componentes do sistema de endomembranas;<br />

c) a dinâmica de obtenção da energia necessária à atividade celular, destacando a<br />

natureza da molécula combustível, a participação de organelas celulares específicas<br />

e o ganho energético no processo.<br />

Questões abertas – Bahiana de Medicina<br />

36


O NÚCLEO CELULAR<br />

O núcleo celular aparece, pela primeira vez, em<br />

ilustrações feitas por Leeuwenhoeck e Trembley em 1700 e<br />

1744 respectivamente. No entanto não havia, naquele<br />

momento, nenhuma razão para tais autores lhe atribuir<br />

alguma importância e proceder uma investigação do seu<br />

papel para a célula. A insignificância dada à referida<br />

estrutura foi tamanha a ponto de sequer merecer um nome<br />

próprio, fato que ocorria com as demais estruturas.<br />

Foi o botânico Robert Brown o autor do primeiro<br />

desenho de que se tem notícia, no qual o núcleo aparece<br />

claramente –1802, cujo material só foi publicado em 1830.<br />

Após constatar a ocorrência constante da referida estrutura<br />

nas diversas células observadas, Brown, em 1833 escreve<br />

seu nome na história da biologia através da seguinte<br />

afirmação:<br />

Em outra etapa, o implante de um núcleo no fragmento<br />

anucleado impede a sua morte e possibilita ainda a sua<br />

reprodução.<br />

Assim foi possível constatar que o núcleo é<br />

imprescindível para a vida da célula. Hoje sabemos que o<br />

núcleo, através do material genético coordena todas as<br />

atividades celulares bem como os processos de divisão.<br />

“... em cada célula da epiderme de grande parte desta<br />

família [Orchidaceae], especialmente aquelas com folhas<br />

membranosas, é observada uma auréola única, circular,<br />

geralmente mais opaca que a membrana da célula (...). Esta<br />

auréola, ou núcleo da célula, como talvez deva ser<br />

chamado, não é confinada na epiderme, sendo também<br />

encontrada (...) em muitos casos, no parênquima ou células<br />

internas do tecido.”<br />

O uso do termo, no entanto, só se consagrou depois de<br />

introduzido na literatura das células animais em 1936, em<br />

função do reconhecimento da sua presença em todas as<br />

células do tecido conjuntivo, ou no ano seguinte, quando o<br />

núcleo é descrito em diversos tecidos humanos. Assim,<br />

esses trabalhos marcam o início da citologia das células<br />

nucleadas.<br />

FUNÇÃO<br />

Mais recentemente, no fim do XIX as experiências de<br />

merotomia realizadas por Balbiani davam indicativas da<br />

importância do núcleo para a célula. Tal experiência<br />

consistia em separar uma célula em dois fragmentos, um<br />

anucleado e outro nucleado.<br />

Constatou assim que o fragmento anucleado morria,<br />

enquanto que o nucleado se recuperava.<br />

Exercícios<br />

01.(Pelotas-RS) Um tema que vem despertando grande<br />

polêmica no Brasil atualmente é a liberação, para cultivo<br />

comercial, de plantas transgênicas. A obtenção dessas<br />

plantas se deve à biotecnologia.<br />

“A biotecnologia de genética molecular foi inicialmente<br />

aplicada a micróbios, mas hoje as mesmas técnicas estão<br />

sendo aplicadas a plantas e animais, resultando em tipos<br />

criados que nunca poderiam ter sido produzidos com a<br />

genética clássica. (...) Com a capacidade de mover genes de<br />

um organismo para outro, os cientistas produziram plantas<br />

que brilham porque expressam os genes de<br />

bioluminescência dos vaga-lumes; plantas que adquirem<br />

resistência ao frio por expressar genes anticongelantes de<br />

peixes, e camundongos gigantes que expressam os genes do<br />

hormônio de crescimento de ratos.”<br />

GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução à Genética. 6 ed. Rio de Janeiro:<br />

Guanabara Koogan. 1998.<br />

O texto acima se refere a organismos transgênicos, que são<br />

aqueles em cujo genoma foi introduzido um gene de uma<br />

outra espécie ou mesmo um gene produzido em laboratório.<br />

Assinale a alternativa que define o que é um gene.<br />

a) Um gene é um cromossomo da célula vegetal ou animal.<br />

b) Um gene é um segmento do DNA que contém a<br />

informação necessária para a produção de uma determinada<br />

proteína.<br />

c) Um gene é uma proteína que tem função específica em<br />

uma determinada rota metabólica.<br />

d) Um gene é uma molécula de RNA que atua diretamente<br />

na síntese protéica.<br />

e) Um gene é uma cadeia de aminoácidos que codifica o<br />

código genético.<br />

37


02. (Fuvest-SP) Uma maneira de se obter um clone de<br />

ovelha é transferir o núcleo de uma célula somática de uma<br />

ovelha adulta A para um óvulo de uma outra ovelha B do<br />

qual foi previamente eliminado o núcleo. O embrião<br />

resultante é implantado no útero de uma terceira ovelha C,<br />

onde origina um novo indivíduo. Acerca do material<br />

genético desse novo indivíduo, pode-se afirmar que:<br />

a) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da<br />

ovelha A.<br />

b) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da<br />

ovelha B.<br />

c) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da<br />

ovelha C.<br />

d) o DNA nuclear é igual ao da ovelha A, mas o DNA<br />

mitocondrial é igual ao da ovelha B.<br />

e) o DNA nuclear é igual ao da ovelha A, mas o DNA<br />

mitocondrial é igual ao da ovelha C.<br />

03. (UFCE) No início deste ano, o mundo foi surpreendido<br />

com a informação de que cientistas escoceses haviam<br />

clonado uma ovelha adulta. Partindo de células de glândulas<br />

mamárias de uma ovelha da raça Finn Dorset, a equipe do<br />

Dr. Iam Wilmut conseguiu gerar uma ovelha, à qual deram<br />

o nome de Dolly, geneticamente igual à ovelha doadora.<br />

O feito dos pesquisadores escoceses só foi possível porque:<br />

a) usaram células mamárias que, nos mamíferos, são<br />

células ainda não diferenciadas.<br />

b) fecundaram células mamárias com espermatozóides da<br />

mesma raça de ovelha.<br />

c) a diferenciação de uma célula envolve uma irreversível<br />

modificação de seu material genético.<br />

d) em qualquer célula todos os genes funcionam<br />

ininterruptamente durante toda a vida do organismo.<br />

e) sendo diplóides, as células mamárias têm todos os<br />

genes para a formação de um novo organismo.<br />

04. O nascimento da primeira égua clonada. Prometea,<br />

como foi batizada, nasceu da mesma égua da qual foi<br />

retirado o material para clonagem.<br />

(Veja, 13.08.2003)<br />

Em 2003, a clonagem de mamíferos já não é mais novidade.<br />

O primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta,<br />

a ovelha Dolly, nasceu em 1996. Contudo, o experimento<br />

que resultou na égua Prometea mereceu destaque por<br />

introduzir uma novidade metodológica que trouxe novos<br />

conhecimentos sobre o processo de clonagem e gestação de<br />

clones.<br />

Sobre os procedimentos metodológicos que resultaram na<br />

Dolly e na Prometea, pode-se dizer que:<br />

a) a ovelha Dolly desenvolveu-se no útero de um animal<br />

de uma espécie diferente da sua, enquanto Prometea<br />

desenvolveu-se no útero de um animal de sua própria<br />

espécie.<br />

b) a ovelha Dolly desenvolveu-se no útero de um animal<br />

de sua espécie, com o qual não tinha parentesco<br />

genético, e não<br />

c) herdou deste animal nada de seu material genético.A<br />

égua Prometea desenvolveu-se no útero de um animal<br />

de sua espécie, porém geneticamente aparentado, e<br />

herdou deste animal 50% de seu material genético.<br />

d) tanto a ovelha Dolly quanto a égua Prometea<br />

desenvolveram-se no útero de animais de suas espécies<br />

e cada uma delas herdou destes animais 50% de seu<br />

material genético.<br />

e) a ovelha Dolly e a égua Prometea desenvolveram-se no<br />

útero de animais de suas espécies. Por serem clones,<br />

ambas<br />

f) herdaram destes animais 100% de seu material<br />

genético.<br />

g) a ovelha Dolly desenvolveu-se no útero de um animal<br />

de sua espécie, e não herdou deste animal nada de seu<br />

material genético. A égua Prometea desenvolveu-se no<br />

útero de um animal de sua espécie, e herdou deste<br />

animal 100% de seu material genético.<br />

05. Em um artigo sobre Genética e Ética, o Prof. Oswaldo<br />

Frota-Pessoa descreve:<br />

“Os gêmeos monozigóticos apresentam diferenças<br />

perceptíveis de disposição psicológica, pois o ambiente<br />

influi na personalidade e no temperamento praticamente<br />

tanto quanto os genes”.<br />

Portanto a clonagem não conseguirá um conjunto de<br />

pessoas mais semelhantes, digamos quanto à coragem, do<br />

que se consegue selecionando na população indivíduos não<br />

aparentados que demonstrem em testes e entrevistas terem<br />

esse atributo “.<br />

Podemos definir clone como:<br />

a) um dos membros de cada par de cromossomos<br />

geneticamente equivalentes, presentes em uma célula<br />

diplóide.<br />

b) classe de substâncias orgânicas formadas por átomos<br />

de carbono, hidrogênio e oxigênio.<br />

c) órgãos e estruturas que têm a mesma função, mas<br />

origem embrionária diferente.d) espécies em que os<br />

indivíduos são unissexuados.<br />

d) um grupo de células ou organismos, derivados de uma<br />

única célula ancestral ou indivíduo, sendo todos<br />

geneticamente iguais.<br />

Questões 06 e 07- ENEM<br />

38


A seqüência abaixo indica de maneira simplificada os<br />

passos seguidos por um grupo de cientistas para a clonagem<br />

de uma vaca:<br />

I. Retirou-se um óvulo da vaca Z. O núcleo foi desprezado,<br />

obtendo-se um óvulo anucleado.<br />

II. Retirou-se uma célula da glândula mamária da vaca W.<br />

O núcleo foi isolado e conservado, desprezando-se o resto<br />

da célula.<br />

III. O núcleo da célula da glândula mamária foi introduzido<br />

no óvulo anucleado. A célula reconstituída foi estimulada<br />

para entrar em divisão.<br />

IV. Após algumas divisões, o embrião foi implantado no<br />

útero de uma terceira vaca Y, mãe de aluguel. O embrião se<br />

desenvolveu e deu origem ao clone.<br />

05. Considerando-se que os animais Z, W e Y não têm<br />

parentesco, pode-se afirmar que o animal resultante da<br />

clonagem tem as características genéticas da vaca<br />

a) Z, apenas.<br />

b) W, apenas.<br />

c) Y, apenas.<br />

d) Z e da W, apenas.<br />

e) Z, W e Y.<br />

06. Se a vaca Y, utilizada como “mãe de aluguel”, for a mãe<br />

biológica da vaca W, a porcentagem de genes da “mãe de<br />

aluguel”, presente no clone será<br />

a) 0%<br />

b) 25%<br />

c) 50%<br />

d) 75%<br />

e) 100%<br />

QUESTÕES 07 e 08 UESC<br />

O nascimento da ovelha Dolly resultou de um experimento<br />

que essencialmente envolveu a transferência do núcleo de<br />

uma célula da glândula mamária de uma ovelha da raça<br />

Finn Dorset para um óvulo, previamente enucleado, obtido<br />

de uma outra ovelha da raça "escocesa de cara preta". Essa<br />

nova célula, estimulada por impulsos elétricos, deu início a<br />

um processo de segmentação que originou uma pequena<br />

forma embrionária - um blastocisto -, que foi implantado no<br />

útero de uma outra fêmea, a sua `mãe de aluguel".<br />

07. A análise dos procedimentos descritos permite inferir:<br />

a) Os genes mitocondriais de Dolly foram herdados da<br />

fêmea "escocesa de cara preta".<br />

b) Os antígenos sangüíneos da ovelha foram produzidos<br />

sob a influência genética de sua mãe de aluguel.<br />

c) A descendência de Dolly, por reprodução natural, será<br />

sempre de indivíduos do sexo feminino.<br />

d) O produto do experimento poderia ser um macho ou<br />

uma fêmea.<br />

e) O genoma nuclear de Dolly foi estabelecido com genes<br />

de três organismos.<br />

08. A evolução de sinais externos em Dolly que<br />

evidenciavam um estado precoce de envelhecimento<br />

conduziu a investigações que vêm gerando especulações<br />

para explicar o fato.<br />

Esse envelhecimento poderia ser explicado, considerandose<br />

que<br />

1) as células de Dolly são todas haplóides, porque provêm<br />

de uma única célula gamética.<br />

2) a participação de três fêmeas na formação da ovelha<br />

provocou uma desordem no desenvolvimento de suas<br />

características.<br />

3) as informações genéticas de Dolly foram provenientes<br />

de célula integrada a uma estrutura diferenciada em um<br />

organismo adulto.<br />

4) as células de Dolly se mantiveram totipotentes em<br />

todas as fases do seu desenvolvimento.<br />

5) a ausência do espermatozóide na formação da ovelha é<br />

responsável pela perda de sua vitalidade.<br />

NÚCLEO ESTRUTURA E CONSTITUIÇÃO<br />

O núcleo celular é delimitado por uma membrana<br />

dupla<br />

(lipoprotéica) e<br />

que apresenta<br />

grandes poros<br />

denominados<br />

ANULLI.<br />

Justifica-se a<br />

presença de tais<br />

poros em função<br />

dos transportes de<br />

grandes moléculas<br />

(proteínas e<br />

RNAs) do núcleo<br />

para o citoplasma e vice-versa. Em sua face voltada para o<br />

hialoplasma observamos ribossomos aderidos.<br />

Podemos reconhecer, no núcleo dos eucariontes, os<br />

seguintes componentes:<br />

NÚCLEO NÚCLEO<br />

INTERFÁSICO DE DIVISÃO<br />

CARIOTECA CARIOTECA<br />

NUCLEOPLASMA NUCLEOPLASMA<br />

NUCLÉOLOS NUCLÉOLOS<br />

39


CROMATINA<br />

CROMOSSOMOS<br />

O NUCLEOPLASMA: trata-se de um colóide onde se<br />

encontram mergulhadas as estruturas que o compõe, bem<br />

como algumas substâncias típicas. Não observamos, no<br />

entanto, diferenças morfológicas entre o hialoplasma e o<br />

nucleoplasma. Imersas no nucleoplasma podemos encontrar<br />

DNA, RNAs, enzimas, nucleotídeos, aminoácidos, sais e<br />

água.<br />

OS NUCLÉOLOS: apresenta-se ao M.E. um aspecto<br />

esponjoso, em cujas cavidades são preenchidas pelo<br />

nucleoplasma, é desprovido de membrana, podendo ocorrer<br />

em número variável a depender da atividade metabólica<br />

celular. Quimicamente é constituído de um tipo particular<br />

de RNA – o RNAr (r = ribossômico) e proteínas. Sua<br />

função está relacionada com a formação dos ribossomos.<br />

Durante a divisão celular, os nucléolos se desintegram,<br />

servindo de matéria prima para a estruturação dos<br />

ribossomos.<br />

Não se observa nucléolos nos organismos procariontes.<br />

A CROMATINA O material genético da grande maioria<br />

dos seres vivos é o DNA. Esse material encontra-se no<br />

interior da célula, sob a forma de vários filamentos que em<br />

conjunto são denominados de cromatina. A cromatina, em<br />

seres eucariontes, encontra-se no interior do núcleo celular.<br />

Nos procariontes, ao contrário, permanece “espalhada” no<br />

interior do citoplasma numa região denominada de região<br />

nucléoide.<br />

Sua denominação deve-se ao fato dela se tornar bastante<br />

evidente (corada) quando submetida a corantes básicos.<br />

CROMONEMAS:<br />

Durante a interfase<br />

(período em que a célula<br />

não está em divisão), os<br />

filamentos de cromatina<br />

não são visíveis ao M.O.<br />

uma vez que são bastantes<br />

finos – sob esta forma são<br />

denominados de<br />

cromonemas. Cada<br />

cromonema apresenta duas<br />

regiões bem definidas: eucromatina e heterocromatina.<br />

A eucromatina é a pare ativa do cromonema. Entende–se<br />

por parte ativa, a região do material genético que pode ser<br />

transcrita em RNAm e, portanto codificar a síntese de<br />

proteínas. Ao contrário, a heterocromatina é bastante<br />

condensada e permanece inativa para a síntese, mas pode<br />

desempenhar papel importante na “dança” dos<br />

cromossomos durante a divisão celular sob a forma de<br />

centrômero.<br />

CROMOSSOMOS: trata-se do mesmo material genético<br />

celular, no entanto, a denominação é utilizada quando da<br />

divisão celular. O cromossomo nada mais é do que cada<br />

cromonema duplicado e espiralizado. Sob este aspecto, cada<br />

filamento pode de visto facilmente pelo M.O.<br />

Durante a divisão, os cromossomos duplicados e ligados<br />

pelo mesmo centrômero são constituídos por dois<br />

filamentos espiralizados denominados, cada um de<br />

cromátide – cada cromossomo fica, portanto, constituído de<br />

duas cromátides irmãs.<br />

Num estágio mais avançado da divisão celular as<br />

cromátides irmãs se separam e, cada filamento, passa a ser<br />

denominado de cromossomo filho, que até o final da divisão<br />

celular, desespiralizam-se e voltam à forma de cromonema.<br />

Exercícios<br />

01. O material genético, em<br />

células eucarióticas<br />

encontra-se distribuído em<br />

estruturas nucleares que são<br />

identificadas como<br />

cromossomos.<br />

A figura ilustra um cromossomo a partir de registros da<br />

observação de células em mitose, cuja interpretação exige a<br />

compreensão de que<br />

01) a duplicação do material genético ocorre no<br />

desenvolvimento do processo mitótico.<br />

02) a configuração do cromossomo expressa uma<br />

adaptação, que possibilita a realização do processo,<br />

preservando a integridade do DNA.<br />

03) cada cromátide é constituída por uma sequência de<br />

genes, que deve ser diferenciada, entre as duas, pela<br />

ocorrência de alelos alternativos.<br />

04) a organização do cromossomo envolve a associação a<br />

proteínas específicas sintetizadas no próprio núcleo.<br />

05) a região do centrômero mantém os filamentos unidos,<br />

garantindo o deslocamento dos dois para um mesmo polo<br />

da célula.<br />

40


02. A ilustração<br />

esquematiza<br />

a<br />

organização do material<br />

genético numa célula<br />

eucariótica.<br />

A relação correta entre<br />

DNA e cromossomo está<br />

expressa em<br />

a) O cromossomo metafásico representa o mais alto nível<br />

de compactação do DNA.<br />

b) Um cromossomo interfásico contém múltiplas<br />

moléculas de<br />

c) Duas moléculas de DNA diferentes compõem as duas<br />

cromátides do cromossomo metafásico.<br />

d) Numa molécula de DNA, cada fita da dupla hélice<br />

representa material genético nas cromátides irmãs.<br />

e) O tamanho do cromossomo metafásico independe do<br />

tamanho da molécula de DNA.<br />

nosso corpo que possuem a quantidade 2n de<br />

cromossomos – também denominadas de células<br />

somáticas. Células haplóides são células relacionadas com<br />

a transmissão do material genético para os descendentes de<br />

cada espécie, possuem, portanto quantidade n de<br />

cromossomos – são os gametas e os esporos.<br />

A quantidade 2n de material<br />

genético varia de uma espécie para<br />

outra como segue:<br />

Cada par de filamentos é<br />

denominado de cromossomos homólogos. Entende se por<br />

cromossomos homólogos pares de cromossomos<br />

semelhantes em estrutura e função - guardam o mesmo<br />

conjunto de informações (características), como mostra o<br />

esquema abaixo:<br />

03. Sobre a dinâmica da molécula de DNA, ao longo de um<br />

ciclo celular, é correto afirmar que a<br />

a) replicação do DNA é um processo exclusivo da divisão<br />

de células somáticas.<br />

b) distribuição equitativa do material genético ocorre sem<br />

associação com proteínas do fuso acromático.<br />

c) interfase constitui um período do ciclo em que a<br />

transcrição gênica permanece bloqueada.<br />

d) cromatina compactada em cromossomos metafásicos é<br />

metabolicamente inativa.<br />

e) ocorrência de erros durante a replicação repercutirá na<br />

informação genética pela inexistência de pontos de<br />

checagem na interfase e de mecanismos de reparo.<br />

Quantidade e distribuição<br />

A quantidade total de DNA que uma espécie possui por<br />

célula é comumente representada por 2n. Tal representação<br />

decorre do fato de que o material genético se apresenta sob<br />

a forma de filamentos (cromossomos ou cromonemas) que<br />

se distribuem aos pares. Metade deste material é de origem<br />

materna (n) sendo a outra metade (n) de origem paterna.<br />

Assim, após a fecundação, forma-se uma célula ovo com a<br />

quantidade 2n de cromossomos.<br />

De acordo com a<br />

quantidade de material<br />

genético que as células<br />

possuem, elas podem<br />

ser classificadas de duas<br />

formas distintas:<br />

Diplóides e haplóides.<br />

São células diplóides as<br />

células estruturais do<br />

TIPOS DE CROMOSSOMOS<br />

Na espécie humana, os cromossomos podem ser<br />

divididos em dois grupos funcionais e estruturais:<br />

Autossomos e heterossomos ou cromossomos sexuais.<br />

São denominados autossomos, os cromossomos<br />

compreendidos entre o 1º e o 22º par. Não estão<br />

relacionados com a determinação do sexo e apresentam<br />

homologia em 100%.<br />

41


checagens para garantir que as divisões possam ocorre<br />

corretamente. Quando algum problema seja detectado, a<br />

célula entre num estágio denominado de G0 e a divisão é<br />

interrompida.<br />

São dois os tipos de divisão celular: Mitose e Meiose.<br />

Ao contrário, o 23º par de cromossomos são<br />

anatomicamente diferentes, apresentando uma região<br />

homóloga e outra sem homologia no respectivo<br />

parceiro.<br />

Observe que nas regiões sem homologia, os genes<br />

presentes em um cromossomo encontram–se ausentes em<br />

outro. Assim, como o 23º par masculino difere do feminino<br />

e, o sexo feminino não tendo o cromossomo Y, os genes<br />

localizados nessa região, são exclusivamente masculinos.<br />

Logo, o gene que determina o sexo masculino se encontra<br />

nessa região.<br />

CROMATINA SEXUAL<br />

Ao observarmos uma célula<br />

feminina ao microscópio óptico,<br />

observamos, ao contrário do que<br />

o corre numa célula masculina,<br />

um ponto escuro próximo à<br />

carioteca.<br />

A princípio, o tal ponto escuro foi denominado de<br />

corpúsculo de Barr. Posteriormente, como sugerido pela<br />

cientista Lyon, o “tal” ponto foi reconhecido como sendo<br />

um dos cromossomos X (feminino) que se mantém<br />

espiralizado (inativo) durante a vida celular, e,<br />

definitivamente denominado de cromatina sexual.<br />

Mitose: Tipo de divisão celular<br />

em que ocorre uma duplicação<br />

cromossômica para uma única<br />

divisão.<br />

É esse processo de divisão que<br />

possibilita o aumento do número<br />

de células para o crescimento,<br />

regeneração e desenvolvimento<br />

embrionário. Em alguns casos<br />

podem ocorrer divisões descontroladas que resultam em<br />

células funcionalmente inviáveis ou sem especialização – é<br />

o câncer.<br />

Prófase<br />

Durante a prófase, os finíssimos fios que compõem a<br />

cromatina vão se condensando no interior do núcleo,<br />

tornando-se mais visíveis e individualizados. Nessa fase os<br />

cromossomos são constituídos por dois fios idênticos<br />

(cromátides) e unidos por uma região chamada centrômero.<br />

NÚCLEO E O CICLO CELULAR<br />

O ciclo celular compreende<br />

dois momentos distintos: a<br />

Interfase e a Mitose. A interfase<br />

consiste no período em que a<br />

célula passa a maior parte da sua<br />

vida. É neste período em que as<br />

reações metabólicas ocorrem com<br />

maior intensidade.<br />

É durante a interfase que ocorre a síntese de proteínas e<br />

demais atividades vitais. Ocorre também um aumento do<br />

volume celular até que a célula atinja suas dimensões<br />

características. Didaticamente dividimos a interfase em 3<br />

períodos: G1, S e G2. O período S se caracteriza pela<br />

duplicação do DNA, fenômeno necessário para a ocorrência<br />

da divisão.<br />

Nos períodos G1 e G2 ocorre um acentuado aumento do<br />

volume celular. Quando atinge um volume crítico torna-se<br />

necessário a divisão célula. Ainda nesses estágios, ocorrem<br />

A progressiva condensação cromossômica resulta na<br />

redução de síntese das substâncias que compõem os<br />

nucléolos, os quais vão gradualmente desaparecendo.<br />

Ao final da prófase, a carioteca desintegra-se. Os<br />

cromossomos, já bastante condensados, espalham-se na<br />

região central do citoplasma.<br />

Com o afastamento dos centros celulares (que se duplicaram<br />

na interfase) forma-se um complexo conjunto de fibras<br />

denominado fuso acromático e algumas de suas fibras<br />

conectam-se aos centrômeros dos cromossomos.<br />

Metáfase<br />

42


Na metáfase, cada cromossomo<br />

encontra-se ligado às fibras do fuso<br />

provenientes de pólos opostos<br />

(fibras cromossômicas). A tensão<br />

nas fibras de pólos opostos faz com<br />

que os cromossomos permaneçam<br />

temporariamente estacionados na região equatorial da<br />

célula, formando a placa metafásica.<br />

É durante esta fase que os cromossomos atingem sua<br />

espiralização máxima sendo, portanto, o período ideal para<br />

observarmos os cromossomos e construir, a partir de<br />

técnicas apropriadas, um mapa genético da célula – o<br />

Cariótipo.<br />

A utilização da droga colchicina aplicada em células, no<br />

início da divisão, interrompe a mitose durante a metáfase.<br />

Essa substância impede a ocorrência da citocinese, fato que<br />

resulta em células tetraplóides.<br />

Anáfase<br />

Na anáfase, os centrômeros<br />

se dividem e as cromátides<br />

irmãs se separam.<br />

O encurtamento gradual das<br />

fibras cromossômicas arrasta<br />

as cromátides-irmãs em<br />

sentidos opostos, até os pólos<br />

da célula.<br />

Telófase<br />

Na telófase, os cromossomos, já nos pólos opostos da<br />

célula, descondensam-se e voltam a produzir nucléolos.<br />

Cada conjunto cromossômico é envolvido por uma nova<br />

carioteca que se organiza a partir dos fragmentos da<br />

carioteca original e do R.E.L. Surgem, assim dois núcleosfilhos<br />

com conjuntos idênticos de cromossomos.<br />

Após a formação dos núcleos-filhos (cariocinese),<br />

ocorre a divisão do citoplasma, fenômeno denominado<br />

citocinese.<br />

Finda a telófase, surgem duas novas células diplóides<br />

idênticas.<br />

A mitose vegetal difere da mitose animal devido ao fato<br />

das células vegetais não possuírem centríolos, Áster e a<br />

citocinese se dá de dentro para fora.<br />

CÉLULAS<br />

Característica VEGETAL ANIMAL<br />

Áster<br />

Ausente – mitose Presente – mitose<br />

anastral<br />

astral<br />

Centríolos<br />

Ausente – mitose Presente – mitose<br />

acêntrica cêntrica<br />

Citocinese<br />

Centrífuga, de Centrípeta, de<br />

fora para dentro dentro para fora<br />

Exercícios – núcleo e mitose<br />

01. (UEFS-13/2) As células normais apresentam uma<br />

regulação muito precisa do seu crescimento. Durante o<br />

desenvolvimento, os órgãos aumentam até o seu tamanho<br />

adequado e então param de crescer. Às vezes, algumas<br />

células escapam desse processo regulatório e passam a<br />

crescer e a se dividir descontroladamente. A passagem para<br />

esse crescimento desregulado chama-se neoplasia e o<br />

conjunto de células resultantes, que não segue a taxa normal<br />

de divisão celular do tecido originário, nem possui função<br />

determinada, é denominado neoplasma ou tumor.<br />

(BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2001, p. 278).<br />

Considerando-se os conhecimentos atualizados a respeito<br />

do controle do ciclo celular e do desenvolvimento de células<br />

neoplásicas, é correto afirmar que<br />

a) o câncer se caracteriza pela perda do controle de<br />

divisão especificamente em células de pouca<br />

diferenciação celular ou de grande poder mitótico.<br />

b) em condições normais, a entrada da célula na etapa S<br />

da interfase se dá sob controle gênico e sinaliza a<br />

“tendência” desta célula em realizar divisão celular<br />

após o período G2.<br />

c) fatores ambientais interferem na capacidade da célula<br />

de controlar sua divisão celular, ao impedir que ocorra<br />

duplicação do material genético durante o período de<br />

interfase em células neoplásicas.<br />

d) as células que passam pelo processo de neoplasia<br />

ampliam a sua capacidade funcional como<br />

consequência do aumento do volume tecidual.<br />

MITOSE VEGETAL X ANIMAL<br />

43


E) o tumor é considerado benigno quando, através da<br />

metástase, limita a sua ocorrência apenas às células de um<br />

mesmo tecido existente no organismo.<br />

02.(UESB-2013) O esquema representa, de forma<br />

simplificada, dois padrões de divisão celular por mitose<br />

presentes em células eucarióticas.<br />

a) ausência de compactação da cromatina em todos os<br />

cromossomos.<br />

b) presença de 44 autossomos constituindo pares de<br />

homólogos.<br />

c) inexistência de centrômeros nos menores<br />

cromossomos.<br />

d) homogeneidade na localização dos genes em diferentes<br />

pares cromossômicos.<br />

e) existência de cromossomos X e Y, que mantém entre si<br />

perfeita homologia.<br />

04. A divisão celular em células somáticas humanas inclui:<br />

É<br />

possível afirmar em relação às diferenças existentes entre<br />

esses dois padrões:<br />

1) Nos vegetais, a presença de uma parede celular rígida<br />

impede a ocorrência de uma citocinese centrífuga<br />

durante a mitose, o que mantém inalterado o<br />

citoplasma único característico deste tipo de<br />

organismo.<br />

2) A ausência de centríolos nas células vegetais impede a<br />

formação do fuso mitótico responsável pelo<br />

deslocamento das cromátides-irmãs durante a etapa da<br />

anáfase da divisão celular.<br />

3) Nos animais, a mitose é dita cêntrica e anastral devido<br />

a presença de pares de cromossomos homólogos<br />

dispostos em uma placa equatorial no interior da célula.<br />

4) O fragmoplasto presente no interior das células<br />

vegetais durante a divisão por mitose substitui com<br />

eficiência os cromossomos eliminados da porção<br />

mediana do citoplasma celular.<br />

5) A citocinese presente nas células animais é do tipo<br />

centrípeta por apresentar um estrangulamento da<br />

porção mediana desta célula durante a última etapa da<br />

divisão celular.<br />

QUESTÕES 03 e 04<br />

O ano de 1956 foi<br />

especialmente pródigo<br />

em resultados<br />

importantes no campo<br />

da Genética, graças ao<br />

avanço de técnicas<br />

para estudo de<br />

cromossomos, que<br />

possibilitaram a<br />

constatação de que a<br />

espécie humana tinha 46 cromossomos e não 48 como se<br />

pensava à época.<br />

03. Uma análise do cariótipo apresentado na ilustração<br />

revela a<br />

a) replicação do DNA em um estágio da interfase.<br />

b) segregação do par sexual para células distintas.<br />

c) ocorrência da citocinese marcando o final da prófase e<br />

o início da metáfase.<br />

d) migração de cromossomos duplicados na anáfase.<br />

e) formação de células-filha com vinte e três<br />

cromossomos.<br />

05. (UESB-2002) Os esquemas abaixo representam a<br />

citocinese em dois tipos diferentes de células.<br />

As células I e II podem pertencer respectivamente, a<br />

a) bananeiras e roseiras.<br />

b) coqueiros e caranguejos.<br />

c) peixes e galinhas.<br />

d) musgos e baratas.<br />

e) macacos e samambaias.<br />

06. Considere os seguintes procedimentos:<br />

- Interrompe-se a divisão celular na metáfase.<br />

- Fotografa-se os cromossomos.<br />

- Amplia-se a fotografia.<br />

- Recorta a foto de cada cromossomo.<br />

- Ordena-se os cromossomos em função do tamanho e<br />

estrutura.<br />

A técnica objetiva os eventos abaixo, EXCETO:<br />

a) produzir um mapa genético de espécie.<br />

b) avaliar a qualidade do material genético do indivíduo<br />

no que se refere a quantidade e à estrutura dos<br />

cromossomos.<br />

c) observar possíveis mutações.<br />

d) produzir um transgênico ou um clone e realizar o<br />

exame de DNA.<br />

07. A colchicina é uma substância que despolimeriza as<br />

fibras do fuso de divisão, impedindo que este se forme. Em<br />

um meio de cultura foram colocadas 5 células, em diferentes<br />

44


estágios do ciclo celular: duas estavam em interfase, duas<br />

estavam em prófase e a última estava em telófase.<br />

Imediatamente depois colocou-se colchicina. Após um<br />

certo tempo, contando-se as células presentes em tal meio,<br />

espera-se encontrar um total de quantas células?<br />

a) seis. b) nove. c) sete. d) dez. e) oito<br />

08. Uma célula somática que tem 4 cromossomos, ao se<br />

dividir, apresenta na metáfase:<br />

a) 4 cromossomos distintos, cada um com uma<br />

cromátide.<br />

b) 4 cromossomos distintos, cada um com duas<br />

cromátides.<br />

c) 4 cromossomos, pareados 2 a 2, cada um com duas<br />

cromátides.<br />

d) 4 cromossomos, pareados 2 a 2, cada um com uma<br />

cromátide.<br />

e) 2 cromossomos, cada um com duas cromátides.<br />

09. (UNEB 2013-1) Considerando-se as características<br />

inerentes ao padrão de organização celular, presente nas<br />

bactérias utilizadas em biomineração, é correto afirmar:<br />

1) A presença de diversidade de endomembranas<br />

citoplasmáticas capacita as células na realização de<br />

uma variedade de funções celulares.<br />

2) A produção de cadeias polipeptídicas a partir do<br />

retículo endoplasmático favorece a função secretora<br />

realizada pelas bactérias utilizadas na biomineração.<br />

3) A utilização das enzimas lisossomais na degradação do<br />

material mineral englobado reforça a capacidade dessas<br />

bactérias na realização da função de biomineração.<br />

4) A ausência de compartimentos intracelulares favorece<br />

a realização simultânea do processo de transcrição<br />

associado ao processo de tradução da informação<br />

genética em uma mesma molécula de RNA.<br />

5) A alta capacidade mitótica presente nas bactérias<br />

incrementa o poder de crescimento e de realização da<br />

função de biomineração durante a retirada de metais<br />

dos resíduos das indústrias mineradoras.<br />

10. Um relógio molecular no<br />

interior de cada célula ainda<br />

estimula manchetes, décadas<br />

depois de Elizabeth H.<br />

Blackburn ter realizado<br />

pesquisas pioneiras sobre seu<br />

funcionamento. Os<br />

experimentos mais recentes<br />

dela e de outros<br />

Pesquisadores demonstraram<br />

que esses medidores, conhecidos como telômeros, podem<br />

agir mo instrumentos capazes de informar se uma pessoa<br />

será saudável ou não.<br />

Telômeros impedem que as extensões do DNA, nas<br />

extremidades dos cromossomos, se desgastem e se prendam<br />

a outros. Mas toda vez que uma célula se divide - como as<br />

células imunes e da pele - os telômeros ficam um pouco<br />

menores. Essa redução os transformou em medidores do<br />

envelhecimento celular. Em algumas células uma enzima<br />

chamada telomerase refaz os segmentos perdidos. Em<br />

outras, no entanto, a diminuição prossegue sem restrições.<br />

Quando o telômero se desgasta além de certo ponto a célula<br />

para de se dividir e entra num estado de suspensão de<br />

envelhecimento ou morre, Elizabeth e sua ex-aluna de pósgraduação,<br />

Carol W Greider, agora na Johns Hopkins<br />

University, juntamente com Jack W. Szostak, da Harvard<br />

Medical School, receberam o Prêmio Nobel de 2009 em<br />

Fisiologia e Medicina por terem elucidado muitos desses<br />

processos.<br />

Elizabeth, que trabalha na University of California em<br />

São Francisco, nunca parou para recuperar o fôlego. Em<br />

2004 ela e a psicóloga da saúde Elissa S. Epel publicaram<br />

um artigo associando o estresse psicológico ao<br />

encurtamento dos telômeros em células brancas do sangue.<br />

Isso representou um grande avanço nas pesquisas dos<br />

telômeros. Atualmente inúmeros estudos mostram que<br />

telômeros mais curtos estão relacionados a várias doenças.<br />

E, reciprocamente, telômeros mais longos têm sido<br />

associados a comportamentos saudáveis como exercícios e<br />

redução do estresse. Esses estudos indicam uma<br />

possibilidade de usar o comprimento dos telômeros<br />

medidos por um simples exame de sangue para se ter uma<br />

visão geral da saúde e uma rápida percepção do processo de<br />

envelhecimento<br />

Scientific American - novembro 2011<br />

O Tipo de divisão celular a que o texto se refere se<br />

caracteriza por:<br />

1) Ocorrer em períodos distintos quando considerados os<br />

sexos masculino e feminino.<br />

2) Possibilitar, a partir das cormátides irmãs, na anáfase,<br />

a formação de cromossomos filhos.<br />

3) Depender dar migração dos cromossomos, durante a<br />

anáfase, sob a forma de cromátides homólogas.<br />

4) Na metáfase, processar o posicionamento dos<br />

cromossomos num arranjo típico de placa equatorial.<br />

5) Restabelecer a condição haplóide das células.<br />

11.(UESB-2014) A imagem representa, de forma<br />

simplificada, o ciclo celular de um determinado organismo.<br />

45


MEIOSE<br />

Em relação às características associadas a esse tipo de ciclo,<br />

é possível afirmar:<br />

1) Células especializadas, como os neurônios, se<br />

posicionam à margem do ciclo - em G 0 -, o que permite<br />

2) a manutenção de uma intensa atividade metabólica em<br />

detrimento de uma capacidade proliferativa.<br />

3) Esse ciclo e próprio de seres procariontes devido à<br />

presença de apenas três subetapas de uma interfase<br />

alternada por divisões de mitose.<br />

4) Durante a interfase, ocorre a duplicação do material<br />

genético na etapa G 1, o que faz dobrar a quantidade de<br />

cromossomos em relação à etapa G 2.<br />

5) Durante a mitose, ocorre intensa replicação do material<br />

genético para viabilizar a produção de duas células<br />

filhas irmãs.<br />

6) Células lábeis apresentam limitada capacidade de<br />

sofrer divisão por mitose como consequência de sua<br />

pouca ou nenhuma especialização celular.<br />

Tipo de divisão<br />

celular em que ocorre<br />

uma duplicação<br />

cromossômica para duas<br />

divisões sucessivas. São<br />

produzidas quatro células<br />

filhas com a metade do<br />

material genético da<br />

célula mãe (haplóides).<br />

A meiose reduz à<br />

metade a quantidade de<br />

DNA das células, fato<br />

que possibilita manter constante o número de cromossomos<br />

das espécies constante ao longo das gerações.<br />

Ao final das divisões meióticas resultam células<br />

especializadas para a reprodução: esporos ou gametas.<br />

Meiose Esquema Geral<br />

12.(UNIT-2013) Sobre a dinâmica da molécula de DNA,<br />

ao longo de um ciclo celular, é correto afirmar que a<br />

1) replicação do DNA é um processo exclusivo da divisão<br />

de células somáticas.<br />

2) distribuição equitativa do material genético ocorre em<br />

associação com proteínas do fuso acromático.<br />

3) interfase constitui um período do ciclo em que a<br />

transcrição gênica permanece bloqueada.<br />

4) cromatina compactada em cromossomos metafásicos<br />

metabolicamente inativa.<br />

5) ocorrência de erros durante a replicação repercutirá na<br />

informação genética pela inexistência de pontos de<br />

checagem na interfase e de mecanismos de reparo.<br />

As células que entram em meiose são da linhagem<br />

germinativa e localizam-se nas gônadas. São denominadas<br />

ovogônias e espermatogônias, respectivamente nos sexos<br />

feminino e masculino.<br />

46


Interfase<br />

Como em qualquer divisão, é<br />

durante a interfase que o material<br />

genético é duplicado – período<br />

idêntico ao que ocorre com as<br />

células somáticas. O material<br />

genético se encontra sob a forma<br />

de cromatina e ocorre a<br />

duplicação do material genético.<br />

Prófase<br />

É semelhante à prófase da mitose, no entanto, por<br />

apresentar alguns fenômenos relacionados ao<br />

comportamento dos cromossomos, didaticamente, tornouse<br />

necessária a divisão em 5 sub-fases a saber:<br />

Leptóteno<br />

Zigóteno<br />

Nessa sub-fase os<br />

cromossomos que, anteriormente,<br />

iniciaram o emparelhamento, o<br />

faz, e o padrão de alinhamento é<br />

denominado de sinapse.<br />

Paquíteno<br />

Diplóteno<br />

Os cromossomos iniciam-se a<br />

espiralização e começam a se<br />

posicionar no centro do núcleo, ao<br />

mesmo tempo em que começam a<br />

emparelhar-se.<br />

Os<br />

cromossomos,<br />

emparelhados, com o incremento<br />

da espiralização, possibilita<br />

constatar melhor, a duplicação<br />

ocorrida na interfase e forma um<br />

arranjo denominado de tétrades.<br />

O emparelhamento dos cromossomos durante a meiose<br />

objetiva a ocorrência de um<br />

importante fenômeno biológico<br />

denominado de permutação,<br />

recombinação ou crossingover.<br />

Esse fenômeno consiste na<br />

troca de segmento entre<br />

cromossomos homólogos e<br />

possibilita o aumento da<br />

variabilidade genética das espécies, uma vez que cria novas<br />

combinações de gametas.<br />

Diacinese<br />

Uma vez tendo ocorrido o<br />

crossing-over, os cromossomos<br />

vão desfazer a “cruzada de<br />

pernas”, dando a impressão de<br />

deslizamento dos quiasmas.<br />

Ainda nesta subfase, os<br />

cromossomos continuam a se<br />

espiralizar, o fuso se evidencia<br />

cada vez mais, os nucléolos se<br />

desintegram e o núcleo com o seu volume aumentado<br />

termina por romper a carioteca.<br />

Alguns autores denominam os últimos eventos da prófase<br />

de prometáfase.<br />

Obs.: Os quiasmas são os pontos onde um homólogo<br />

intercruza com outro durante o crossing-over consistindo,<br />

portanto uma evidência da ocorrência do fenômeno da<br />

permutação.<br />

Metáfase I<br />

As características gerais da<br />

metáfase I da meiose são<br />

bastante semelhante ao que<br />

acontece na metáfase<br />

mitótica, no entanto, como<br />

ocorreu o pareamento dos<br />

cromossomos (prófase I), a<br />

placa equatorial se apresenta<br />

nitidamente distinta da<br />

metáfase mitótica estando os cromossomos homólogos<br />

lado a lado.<br />

Anáfase I<br />

O fato que<br />

caracteriza a<br />

anáfase I é o<br />

mesmo que<br />

ocorre na anáfase<br />

mitótica, no<br />

entanto, como na<br />

primeira divisão<br />

da meiose os<br />

centrômeros não se duplicam, os cromossomos homólogos<br />

migram para pólos opostos com duas cromátides irmãs<br />

recombinadas devido ao crossing-over.<br />

Telófase I<br />

47


Duas novas células se formam, no entanto, ao final da<br />

divisão I, elas são<br />

haplóides e<br />

apresentam–se com<br />

quantidade de<br />

cromossomos em<br />

dose dupla, sendo,<br />

quantitativamente,<br />

iguais à célula diplóide que entrou em meiose.<br />

Prófase II<br />

Trata-se de uma prófase semelhante à prófase da mitose,<br />

no entanto, devemos considerar que deste ponto em diante,<br />

a divisão se processará, simultaneamente, com duas células<br />

haplóides originadas da divisão I da meiose. Carioteca e<br />

nucléolo desintegram-se, centríolos se duplicam, fibras do<br />

fuso ligam-se aos centrômeros.<br />

Antes da ocorrência da segunda divisão da meiose, pode<br />

ocorrer uma pequena pausa denominada de intercinese. No<br />

entanto, geralmente a segunda divisão se processa<br />

imediatamente à primeira divisão.<br />

Metáfase II<br />

Formação da placa equatorial com cromossomos não<br />

homólogos dispostos verticalmente no centro da célula<br />

(equador).<br />

Anáfase II<br />

Os centrômeros se duplicam e cada cromátide das díades<br />

dirige-se para os pólos da célula<br />

Telófase II<br />

Fibras do fuso desaparecem, a carioteca e os nucléolos<br />

se reorganizam, cromossomos desespiralizam-se e ocorre a<br />

citocinese.<br />

As células resultantes são em número de 4 e possuem a<br />

metade do número de cromossomos da célula que entrou<br />

em divisão são portanto, haplóides.<br />

A MEIOSE E OS ERROS NA DISTRIBUIÇÃO DOS<br />

CROMOSSOMOS<br />

Ao final das divisões celulares, sobretudo das meioses,<br />

podem ocorrer erros na distribuição do material genético e,<br />

como resultado da produção de gametas com o número de<br />

cromossomos alterados, poderá surgir zigotos com<br />

características especificas, decorrentes do excesso ou da<br />

falta desses cromossomos.<br />

São denominadas de alterações autossômicas numéricas,<br />

qualquer variação numérica entre o 1º e o 22º cromossomo.<br />

Como exemplos desse tipo de mutação destaca-se a<br />

síndrome de Down ou trissomia do par de cromossomos 21,<br />

cuja representação é 45A + XX ou 45A + XY. As<br />

fórmulas genéticas indicam que, respectivamente, que os<br />

indivíduos em questão<br />

apresentam 45<br />

autossomos, acrescidos<br />

do par de cromossomos<br />

sexuais feminino e<br />

masculino.<br />

Os portadores dessa<br />

síndrome apresentam a<br />

cabeça pequena com<br />

face achatada, olhos de<br />

orientais, língua<br />

protusa (para fora)<br />

dentição irregular,<br />

baixa estatura, QI<br />

abaixo da média e<br />

prega simiesca na mão.<br />

Quando, no entanto,<br />

as alterações numéricas<br />

ocorrem nos<br />

heterossomos, as<br />

síndromes são de caráter sexual. Os portadores da síndrome<br />

sexual de Turner, por exemplo, apresentam a fórmula 44A<br />

+ X0, indicando que o indivíduo portador possui 44<br />

autossomos um cromossomo sexual, onde o zero indica a<br />

falta do seu homólogo – X ou Y.<br />

48


Por apresentarem apenas um cromossomo sexual, o X<br />

são, portanto, mulheres. No entanto, com estatura baixa, não<br />

ultrapassando 1,35m , ovário atrofiado, pescoço curto e<br />

largo, anomalias renais, são estéreis e cromatina sexual<br />

negativa.<br />

Existem ainda as síndromes autossômicas de Patau, e<br />

Edwar, trissomias,<br />

respectivamente, dos<br />

cromossomos 13 e 18<br />

que, por gerar inúmeros<br />

defeitos fisiológicos,<br />

tornam seus portadores<br />

inviáveis que vêm a<br />

falecer após alguns <strong>dias</strong><br />

do nascimento. Entre as<br />

sexuais figuram as<br />

síndromes de<br />

Klinefelter, metamacho<br />

e meta-fêmea,<br />

respectivamente, 44A +<br />

XXY, 44A + XYY e<br />

44A + XXX.<br />

As síndromes<br />

sexuais<br />

são<br />

relativamente fáceis de<br />

serem detectadas, uma vez que os cromossomos Xis (X)<br />

excedentes permanecem espiralizados sob a forma de<br />

cromatina. Assim, uma raspagem da mucosa bucal retira<br />

células que, coradas evidenciam sua(s) cromatina(s), fato<br />

que nos permite concluir sobre a portabilidade ou não delas.<br />

Indivíduos Klinefelter, têm fenótipo masculino mas<br />

apresentam uma cromatina sexual, os testículos são<br />

atrofiados, ausência de espermatozóides (estéreis) e seios<br />

(ginecomastia).<br />

Os Turner além de suas características típicas não<br />

apresentam cromatina sexual. Meta-fêmeas e meta-machos<br />

são, aparentemente normais. No entanto, as meta-fêmeas<br />

possuem duas cromatinas, enquanto os meta-machos não a<br />

apresenta. No entanto possuem o cromossomo Y em dose<br />

dupla. Em geral apresentam estatura acima da média e<br />

estudos indicam certa tendência à violência.<br />

GAMETOGÊNESE<br />

Denomina-se<br />

gametogênese, os<br />

processos de produção de<br />

gametas. São de dois<br />

tipos: espermatogênese e<br />

ovogênese, fenômenos<br />

produtores,<br />

respectivamente de<br />

espermatozóides e óvulos.<br />

As gametogêneses<br />

compreendem três fases<br />

comuns:<br />

fase<br />

multiplicativa ou<br />

germinativa, fase de<br />

crescimento e fase de<br />

maturação. Em se tratando<br />

da espermatogênese,<br />

existe uma quarta fase de diferenciação ou espermiogênese.<br />

a) Fase multiplicativa: as células germinativas,<br />

espermatogônias e ovogônias iniciam uma série de<br />

mitoses que objetivam produzir um bom número de<br />

células que, posteriormente originarão os gametas.<br />

b) Fase de crescimento: não depende de divisões celulares.<br />

As células germinativas crescem, duplicam o seu<br />

material genético, preparando-se assim para a fase de<br />

maturação.<br />

As ovogônias e espermatogônias, após o crescimento,<br />

transformam-se em ovócito I e espermatócito de I<br />

(primeira ordem).<br />

c) Fase de maturação: período em que ocorrem as meioses<br />

das células resultantes dos processos de multiplicação e<br />

crescimento. Cada um dos ovócitos I ao sofrer a<br />

primeira divisão da meiose (reducional) origina duas<br />

células: o ovócito II ou de segunda ordem, e uma célula<br />

menor, não funcional – o 1º corpúsculo polar. Os<br />

espermatócitos I, por sua vez, geram dois<br />

espermatócitos II (de segunda ordem)<br />

Na segunda divisão meiótica (equacional), ovócito II<br />

produz duas células uma funcional, o óvulo, e outra<br />

atrofiada – o segundo corpúculo polar que, juntamente<br />

com o primeiro irá atrofiar-se e será descartado. Os<br />

espermatócitos II, ao dividir-se, originarão duas células<br />

viáveis denominadas de espermátide.<br />

d) Espermiogênese: Fase exclusivamente masculina.<br />

Consiste no período de especialização ou transformação<br />

das epermátides em espermatozóides.<br />

Perceba que a gametogênese masculina produz quatro<br />

células funcionais, enquanto que a feminina apenas uma.<br />

Exercícios – divisão celular e gametogênese<br />

49


01. (UERN-2013) O organismo humano é formado por dois<br />

tipos de células: as diploides ou somáticas, conhecidas por<br />

formarem todas as células do corpo humano, e as haploides<br />

ou gametas, que são células sexuais e apresentam metade do<br />

numero de cromossomos. A maioria dessas células esta<br />

sempre se renovando, gerando novas células pelos<br />

processos de mitose e meiose. O esquema a seguir<br />

representa as fases da reprodução celular.<br />

Observe as figuras e analise as afirmativas a seguir.<br />

I. A anáfase I da meiose e a telófase da mitose estão e<br />

presentadas pelas figuras 4 e 2, respectivamente.<br />

II. As figuras 2 e 3 representam a telófase I da meiose e a<br />

metáfase da mitose.<br />

III. Durante a fase representada pela figura 2 ocorre o<br />

desaparecimento da carioteca, e o material do núcleo<br />

mistura-se ao citoplasma.<br />

IV. A figura 3 corresponde a metáfase I da meiose, onde os<br />

cromossomos se alinham na região equatorial da célula.<br />

V. Durante a fase da figura 1, em que os cromossomos<br />

tornam-se mais curtos e mais espessos, o processo e<br />

chamado condensação.<br />

Estão corretas apenas as afirmativas<br />

A) I, II e IV. B) II, III e V.<br />

C) I, IV e V. D) II, III e IV.<br />

02. (UNIT-2013)<br />

Com base na análise da ilustração que representa a<br />

possibilidade de criação de um anticoncepcional para<br />

homens — a pílula masculina —, é correto afirmar:<br />

1) As duas células resultantes da primeira divisão mantêm<br />

a constituição cromossômica diploide.<br />

2) Um dos alvos da pílula anticoncepcional masculina é o<br />

processo de espermiogênese.<br />

3) Na formação dos espermatócitos I, ocorreu a separação<br />

de cromátides-irmãs.<br />

4) A reversibilidade do processo indica que ocorreu o<br />

comprometimento da fase S do ciclo celular.<br />

5) A meiose, a partir de uma espermatogônia Aa, gera<br />

espermatozoides 100% A.<br />

03.(UESC) A descoberta dos trabalhos de Mendel, em<br />

1900, por De Vries, Correns e Von Tschermak ocorreu<br />

em um momento mais oportuno do que o da sua<br />

apresentação em 1865. Com o aperfeiçoamento da<br />

microscopia óptica, os processos de mitose e de meiose<br />

estavam sendo elucidados. Assim, já haviam mais<br />

conhecimentos sobre a morfologia dos cromossomos e<br />

sobre os comportamentos dessas estruturas na divisão<br />

celular, em aspectos que podiam subsidiar uma<br />

interpretação citológica da teoria particulada de Mendel.<br />

Um conhecimento relativo à meiose, que se constitui<br />

subsídio essencial para uma interpretação citológica da 1 a<br />

lei de Mendel, é a<br />

1) duplicação das cromátides, na telófase I.<br />

2) separação das cromátides, na prófase II.<br />

3) separação dos elementos de cada par de homólogos, na<br />

anáfase I.<br />

4) ocorrência de um conjunto haplóide de cromossomos,<br />

na metáfase I.<br />

5) preservação da sinapse até o final da segunda divisão<br />

meiótica.<br />

04. (UEFS2010/2)<br />

O esquema ilustra<br />

as etapas da divisão<br />

celular por meiose<br />

em organismos de<br />

padrão eucarionte.<br />

A partir da<br />

compreensão<br />

dessas etapas e da importância desse mecanismo de divisão<br />

para a diversificação da vida, é correto afirmar:<br />

1) A meiose é caracterizada como uma divisão reducional<br />

por duplicar o material genético presente no núcleo<br />

celular.<br />

50


2) A separação das cromátides-irmãs é um dos destaques<br />

presentes na meiose II.<br />

3) As células-filhas divergem geneticamente da célulamãe,<br />

mas são geneticamente idênticas entre si.<br />

4) Nos seres humanos, os gametas sofrem meiose durante<br />

a sua formação, mas garantem o restabelecimento da<br />

diploidia no momento da fecundação.<br />

5) A meiose evoluiu como uma divisão que permite<br />

produzir descendentes com uma ampla variabilidade<br />

genética devido às constantes mutações inerentes a esse<br />

processo.<br />

05.(UESC) A figura<br />

esquematiza o ciclo<br />

vital<br />

em<br />

Chlamydomonas,<br />

gênero de algas<br />

verdes unicelulares,<br />

dos mais primitivos,<br />

que se reproduz<br />

assexuada e<br />

sexuadamente.<br />

A partir da análise da figura e dos processos inerentes ao<br />

desenvolvimento do ciclo, pode-se considerar:<br />

1) A condição haplóide da alga prescinde, durante o ciclo,<br />

da ocorrência de mitoses.<br />

2) A meiose é um processo que assegura reversibilidade à<br />

fusão genômica da fecundação.<br />

3) O crescimento da população é mantido por divisões<br />

meióticas.<br />

4) A ocorrência de um estágio sexual conserva, na<br />

descendência, a mesma identidade genética das células<br />

progenitoras.<br />

5) A meiose é um processo do qual resultam,<br />

invariavelmente, células-filha gaméticas.<br />

06. As figuras representam uma célula hipotética 2n=4 em<br />

diferentes etapas de divisão celular:<br />

A partir das informações contidas nessa ilustração é<br />

possível identificar as etapas 1,2 e 3, respectivamente<br />

como<br />

3) metáfase da mitose, prófase da meiose II e anáfase da<br />

meiose I.<br />

4) anáfase da mitose, telófase da meiose II e metáfase da<br />

meiose II.<br />

5) anáfase da meiose I, anáfase da meiose II e metáfase<br />

da meiose II.<br />

07. “Onde surge uma célula, existia uma célula prévia,<br />

exatamente como os animais só surgem de animais e as<br />

plantas de plantas. Essa doutrina celular proposta em 1858<br />

pelo patologista Rudolf Virchow traz uma profunda<br />

mensagem de continuidade da vida. As células são geradas<br />

de células, e a única maneira de se obter mais células é por<br />

divisão daquelas células já existentes.”<br />

(ALBERTS, 2013).<br />

Com base nos seus conhecimentos sobre o ciclo celular,<br />

identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as<br />

falsas.<br />

( ) A interfase é um período de repouso celular, uma vez<br />

que o material genético se encontra espiralizado neste<br />

momento, fato que impede a ocorrência da transcrição.<br />

( ) O fenômeno conhecido como crossing over ou permuta<br />

ocorre na prófase I da meiose e envolve a troca de<br />

fragmentos de DNA entre cromátides homólogas.<br />

( ) Na anáfase I da meiose, verifica-se a divisão dos<br />

centrômeros e consequente migração dos cromossomos<br />

filhos para polos opostos.<br />

( ) A segunda divisão da meiose é um processo equacional,<br />

semelhante à mitose.<br />

A alternativa que contém a sequência correta, de cima<br />

para baixo, é a<br />

1) V V V V<br />

2) F V V F<br />

3) F V F V<br />

4) V F F V<br />

5) V V F F<br />

08. Na meiose ocorre:<br />

a) Uma divisão citoplasmática e 2 divisões nucleares.<br />

b) Uma divisão citoplasmática e 1 divisão nuclear.<br />

c) Uma duplicação cromossômica e 2 divisões nucleares.<br />

d) Duas duplicações cromossômicas e 2 divisões<br />

celulares.<br />

e) Duas duplicações cromossômicas e 1 divisão nuclear.<br />

1) prófase de mitose, telófase da meiose I e metáfase da<br />

meiose I.<br />

2) telófase da meiose I, prófase da meiose II e telófase da<br />

meiose I.<br />

51


09. .(FUVEST-2004) A figura<br />

mostra etapas da segregação de<br />

um par de cromossomos<br />

homólogos em uma meiose em<br />

que não ocorreu permuta.<br />

No início da interfase, antes da<br />

duplicação cromossômica que<br />

precede a meiose, um dos<br />

representantes de um par de<br />

alelos mutou por perda de uma<br />

seqüência de pares de<br />

nucleotídeos.<br />

Considerando as células que se formam no final da primeira<br />

divisão (B) e no final da segunda divisão (C),<br />

encontraremos o alelo mutante em<br />

a) uma célula em B e nas quatro em C.<br />

b) duas células em B e em duas em C.<br />

c) uma célula em B e em duas em C.<br />

d) duas células em B e nas quatro em C.<br />

e) uma célula em B e em uma em C.<br />

Questões 10 e 11 – UESB 1999-2<br />

A ilustração esquematiza eventos<br />

cromossômicos que ocorrem<br />

durante um dos processos de<br />

divisão celular.<br />

10. A análise da ilustração permite<br />

inferir que<br />

1) a separação dos homólogos se dá no momento IV.<br />

2) o processo origina células diplóides.<br />

3) ocorrem uma duplicação cromossômica e duas divisões<br />

celulares consecutivas.<br />

4) os genes A e a ocupam loci distintos em cromossomos<br />

homólogos.<br />

5) cada cromossomo, no momento III, é constituído de<br />

cromátide e molécula de DNA únicas.<br />

11. O significado biológico do processo de divisão celular<br />

ilustrado está associado<br />

a) à formação de gametas nos vegetais.<br />

b) ao crescimento dos seres pluricelulares.<br />

c) à regeneração dos tecidos animais.<br />

d) à origem dos brotos em hidras.<br />

e) ao aumento da variabilidade genética<br />

12. (UESC-2007) "Todo homem deve exatamente metade<br />

de sua herança a sua mãe e a outra metade ao pai".<br />

Considerando-se os princípios da hereditariedade e eventos<br />

associados à formação dos gametas, a equivalência nas<br />

contribuições materna e paterna é definida no momento em<br />

ocorre<br />

1) a separação dos cromossomos homólogos na primeira<br />

divisão meiótica.<br />

2) duplicação de cada um dos cromossomos.<br />

3) organização da placa metafásica na meiose II.<br />

4) recombinação de segmentos entre cromátides<br />

homólogas.<br />

05) migração das cromátides-irmãs para pólos opostos da<br />

célula-mãe na primeira divisão da meiose.<br />

13 (UESC-2007) A expressão genotípica pode levar a<br />

prevalecer traços maternos ou paternos.<br />

Esse fenômeno deve ser associado à<br />

1) origem paterna do cromossomo X nos filhos do sexo<br />

masculino.<br />

2) predominância na expressão dos genes autossômicos<br />

paternos nos indivíduos do sexo masculino.<br />

3) variação no número e genes, conforme o sexo do<br />

indivíduo, em características quantitativas.<br />

4) existência de dominância e recessividade entre as<br />

formas alélicas distintas.<br />

5) condição de triploidia de cromossomos maternos ou<br />

paternos.<br />

14. (UESB-2007) A<br />

ilustração esquematiza<br />

algumas fases do<br />

processo meiótico<br />

envolvendo um par de<br />

cromossomos.<br />

Uma diferença entre os<br />

resultados apresentados<br />

e algumas conclusões<br />

dos experimentos<br />

realizados por Mendel<br />

é a de que<br />

1) os genes ligados<br />

vão para os<br />

mesmos gametas.<br />

2) os genes de cada par de cromossomos se separam na<br />

fecundação.<br />

3) os genes ligados, na meiose, se duplicam e se separam<br />

independentemente.<br />

4) o par de cromossomos homólogos, na meiose,<br />

permanece ligado até o final do processo.<br />

5) os genes, para características distintas em diferentes<br />

cromossomos, distribuem-se independentemente.<br />

52


Questões 15 e 16 (Consultec-2002)<br />

A figura esquematiza a<br />

formação de gametas<br />

masculinos na espécie<br />

humana, com representação<br />

de apenas dois dos vinte e<br />

três pares de cromossomos<br />

próprios da espécie.<br />

15. Sobre os processos de<br />

divisão celular envolvidos<br />

na formação dos espermatozóides, pode-se afirmar:<br />

1) Divisões mitóticas produzem as espermátides a partir<br />

dos espermatócitos de primeira ordem.<br />

2) Espermatogônias sofrem a primeira divisão meiótica,<br />

resultando em células haplóides maduras.<br />

3) A meiose equacional segrega as cromátides-irmãs dos<br />

cromossomos duplicados.<br />

4) A meiose reducional mantém constante o número de<br />

cromossomos característico da espécie nas célulasfilha.<br />

5) Mitose e meiose se alternam ao longo da seqüência de<br />

eventos que levam à formação dos gametas<br />

16. Do ponto de vista genético, a formação de gametas:<br />

1) resulta em variabilidade pela segregação aleatória dos<br />

homólogos e pela permuta.<br />

2) possibilita a criação de novas características pela<br />

ocorrência constante de mutações durante o processo.<br />

3) garante a manutenção integral das características de um<br />

dos parentais em indivíduos da prole.<br />

4) distribui, de modo equitativo, as informações de<br />

origem materna e materna para todos os gametas.<br />

5) permite a manutenção de características desejáveis e a<br />

eliminação de genes deletérios.<br />

17. (UESB-2013) Como em todos os animais, nossos<br />

gametas, diversamente de nossas células corporais, são<br />

haploides. Periodicamente, eles se encontram com seus<br />

equivalentes e restabelecem a duplicidade. Nas plantas e<br />

animais, o núcleo diploide, com dois conjuntos de<br />

cromossomos, divide-se muitas vezes, formando o embrião.<br />

O nome do restabelecimento da diploidia nos é conhecido:<br />

fecundação. O nome da reversão periódica ao estado<br />

haploide é mais técnico: meiose.<br />

(MARGULIS; SAGAN, 2002, p. 71).<br />

Pode ser considerada como uma das características<br />

universais presente na divisão celular por meiose:<br />

1) A formação de gametas com a metade do número<br />

cromossômico da célula-mãe.<br />

2) O restabelecimento da diploidia durante a ocorrência de<br />

eventos específicos da meiose I.<br />

3) Pareamento e separação dos cromossomos homólogos<br />

ao longo da primeira divisão meiótica ou meiose I.<br />

4) Favorecimento da regeneração dos tecidos, ao produzir<br />

novas células substitutas das células danificadas.<br />

5) Separação dos cromossomos homólogos durante<br />

eventos da anáfase II.<br />

18.(UFU-96) Um dos fatos que agitaram o meio científico<br />

em 1995 foi o anúncio feito pelo Laboratório de Fertilização<br />

e de Maturação de Gametas, sediado em Paris, do<br />

nascimento do primeiro bebê, cuja fecundação (ou<br />

fertilização) envolveu uma espermátide, ao invés de um<br />

espermatozóide.<br />

E correto afirmar que as espermátides são células<br />

1) diplóides (2n) que estão presentes desde muito cedo no<br />

indivíduo.<br />

2) produzidas por mitose, a partir das espermatogônias<br />

(2n).<br />

3) resultantes da divisão I da meiose, a partir de<br />

espermatócitos primários (2n).<br />

4) c haplóides (n) que se transformam em<br />

espermatozóides, por diferenciação celular.<br />

5) haplóides (n) desenvolvidas in vitro, a partir de<br />

espermatozóides.<br />

19. (FAINOR-2004) O fenômeno representado no esquema<br />

ocorre no:<br />

(A) Condrócito<br />

(B) Espermatozóide<br />

(C) Músculo liso<br />

(D) Neurônio<br />

(E) Ovócito I<br />

20.(UESB-2010/2)<br />

Com base na análise da figura, nos conhecimentos<br />

relacionados aos distintos tipos de cromossomos existentes<br />

e o modo em que se agrupam nas células humanas, é correto<br />

afirmar:<br />

53


1) Os cromossomos representam o grau máximo<br />

descompactação do material genético que se encontra<br />

unido a proteínas do tipo histonas.<br />

2) A posição dos telômeros determina o tamanho relativo<br />

dos braços dos cromossomos, permitindo a sua distinta<br />

classificação.<br />

3) Células humanas de indivíduos do sexo masculino<br />

apresentam 23 pares de cromossomos autossômicos e 1<br />

par de cromossomos sexuais XY.<br />

4) Células humanas de indivíduos do sexo feminino<br />

apresentam 22 pares de cromossomos autossômicos e 2<br />

pares de cromossomos sexuais XX.<br />

5) O cromossomo B apresentado na figura pode ser<br />

classificado como acrocêntrico, devido ao deslocamento da<br />

posição do centrômero em direção a uma das extremidades.<br />

21. A imagem<br />

representa a<br />

variação da<br />

quantidade de<br />

DNA ao<br />

longo do ciclo<br />

celular de uma<br />

célula<br />

eucariótica.<br />

Em relação<br />

aos eventos que caracterizam as mudanças observadas na<br />

imagem, pode-se afirmar:<br />

1) A duplicação do DNA ocorre a partir da etapa G1,<br />

finalizando na G2.<br />

2) A redução do número cromossômico é concretizada<br />

pela separação dos cromossomos homólogos na etapa<br />

M.<br />

3) A divisão equacional da etapa M é justificada a partir<br />

dos eventos de replicação que ocorrem na etapa S.<br />

4) A condensação do material genético é essencial para<br />

que o processo de replicação seja plenamente<br />

completado na etapa M.<br />

5) A expressão da informação genética é garantida a partir<br />

dos eventos realizados exclusivamente na etapa S.<br />

22. Observe os<br />

cromossomos a seguir<br />

esquematizados. As<br />

figuras que representam,<br />

respectivamente, um<br />

conjunto diplóide e o<br />

conjunto haplóide,<br />

correspondente são:<br />

a) I eIII<br />

b) V e I<br />

c) II e IV<br />

d) II e III<br />

e) I e IV<br />

23. Marque com V as afirmativas verdadeiras e com F, as<br />

falsas.<br />

Sobre o processo que origina óvulos e espermatozoides, é<br />

correto afirmar:<br />

( ) Origina o mesmo número de gametas funcionais em<br />

indivíduos do sexo masculino e feminino, a partir da<br />

diferenciação das células resultantes da meiose II.<br />

( ) Constitui a fonte primária da variabilidade genética em<br />

espécies de reprodução sexuada.<br />

( ) Inclui uma etapa de multiplicação das células da<br />

linhagem germinativa por processo mitótico.<br />

( ) Forma células haploides essenciais à manutenção da<br />

constância cromossômica da espécie pela fecundação.<br />

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para<br />

baixo, é a<br />

01) V V V V 02) F F V V 03) F V V F<br />

04) V F F F 03) V V F F<br />

24. Com base nos conhecimentos referentes ao processo de<br />

mitose e na análise da figura, pode-se afirmar:<br />

a) A fase S corresponde à etapa em que há replicação do<br />

material genético celular.<br />

b) Durante a fase G2, o cromossomo se encontra<br />

constituído por uma única cromátide irmã.<br />

c) Na fase M, ocorre a separação dos cromossomos<br />

homólogos que irão constituir as novas células geradas.<br />

d) A fase G1 caracteriza-se por apresentar os<br />

cromossomos sob o seu maior nível de compactação.<br />

e) A interfase, etapa de preparação da célula para divisão<br />

celular, engloba as fases G1, S, G 2 e M.<br />

25. A reprodução sexuada é um traço quase universal entre<br />

os animais, embora muitas espécies possam também<br />

reproduzir-se assexuadamente e outras se reproduzam<br />

exclusivamente de forma assexuada.<br />

Com relação aos processos de reprodução animal, pode-se<br />

inferir:<br />

54


a) Espécies que efetuam reprodução assexuada são<br />

encontradas mais comumente em locais que sofrem<br />

constantes alterações ambientais.<br />

b) A reprodução assexuada é uma forma ineficiente de<br />

utilização de recursos energéticos pela geração de<br />

grande número de indivíduos na prole.<br />

c) Processos de regeneração que ocorrem frequentemente<br />

em animais multicelulares são decorrentes do<br />

fenômeno de partenogênese.<br />

d) A diversidade genética resultante da reprodução<br />

sexuada representa uma vantagem evolutiva<br />

significativa, independente do alto requerimento<br />

energético desse tipo de reprodução.<br />

e) O processo de acasalamento necessário à reprodução<br />

sexuada requer um dispendioso gasto energético, sendo<br />

desvantajoso à maioria das espécies animais.<br />

26. A formação e o desenvolvimento do zigoto envolvem<br />

uma série de eventos, sobre os quais é correto afirmar:<br />

1) A formação da placenta possibilita o contato direto<br />

entre o sangue da mãe e o do filho, garantindo as trocas<br />

gasosas e a excreção.<br />

2) O encontro do espermatozóide com o ovócito ocorre no<br />

ambiente protegido da cavidade uterina.<br />

3) A etapa inicial do desenvolvimento do zigoto dá<br />

origem a um maciço de células diferenciadas em<br />

ectoderma e endoderma.<br />

4) O desenvolvimento embrionário depende das reservas<br />

nutritivas existentes em grande quantidade no ovo<br />

humano.<br />

5) A fecundação define o sexo cromossômico do novo<br />

indivíduo expresso por um cariótipo 46,XX ou 46,XY.<br />

Analisando-se este cariótipo, é possível concluir que se<br />

trata de um organismo:<br />

(A) Diplóide, com n = 10 e que na prófase I da meiose<br />

apresenta cinco tétrades;<br />

(B) Diplóide, com n = 10 e que na profáse I da meiose<br />

apresenta dez tétrades;<br />

(C) Diplóide, com n = 5 e que na profáse I da meiose<br />

apresenta dez tétrades.<br />

(D) Diplóide, com n = 5 e que na prófase I da meiose<br />

apresenta cinco tétrades;<br />

(E) Haplóide, com n = 5 e que na prófase I da meiose<br />

apresenta cinco tétrades;<br />

28. Sabe-se que a sequência da espermatogênese é a<br />

seguinte:<br />

espermatogôniaespermatócitoIespermatócitoIIes<br />

permátideespermatozóide.Pergunta-se quantos<br />

espermatozóides serão produzidos, respectivamente, a<br />

partir de 100 espermátides e 100 espermatócitos I.<br />

a) 400 e 400<br />

b) 100 e 800<br />

c) 100 e 400<br />

d) 400 e 100<br />

e) 200 e 400<br />

27. Células somáticas em metáfase, de um organismo que<br />

se reproduz sexualmente, apresentam o seguinte cariótipo:<br />

Questões 29 e 30 – UESF- 2013-1<br />

29. A figura representa a constituição cromossômica de um<br />

indivíduo, destacando os cromossomos de origem materna e<br />

paterna e algumas das possíveis combinações cromossômicas<br />

presentes em espermatozóides que ele pode produzir.<br />

A constituição cromossômica representada nesses<br />

espermatozóides decorre de um fenômeno característico da<br />

divisão celular,<br />

identificado como<br />

a) crossing-over, específico da prófase I.<br />

b) replicação do DNA, ocorrida na curta interfase entre<br />

meiose I e II.<br />

c) condensação da cromatina, gerando 23 cromossomos<br />

homólogos na anáfase II.<br />

d) recombinação genética, resultante de alterações<br />

cromossômicas típicas do processo meiótico.<br />

e) segregação independente, definida desde a metáfase I.<br />

55


30. A análise das informações sob uma abordagem<br />

reprodutiva permite afirmar:<br />

A) O conjunto gênico contido em cada uma das células<br />

haplóides representa, em si, a constituição genética desse<br />

indivíduo.<br />

B) A célula contendo um conjunto cromossômico materno e<br />

outro paterno apresenta completa identidade entre os alelos<br />

em<br />

cada locus gênico.<br />

C) A singularidade de um indivíduo é consequência da<br />

variabilidade genética associada a eventos da meiose e da<br />

fecundação.<br />

D) O espermatozóide indicado em B, fecundando um ovócito<br />

II, originará uma célula ovo 22,XX.<br />

E) Em relação aos cromossomos sexuais, os espermatozóides<br />

formados se resumem a quatro tipos.<br />

a) no momento da fecundação, o ovócito II não completa a<br />

divisão meiótica.<br />

b) em células somáticas, no estágio de prófase, é possível<br />

visualizar dois corpúsculos de Barr.<br />

c) por uma técnica de biotecnologia, o cromossomo extra é<br />

substituído por uma cópia normal.<br />

d) no início do desenvolvimento embrionário, um dos<br />

cromossomos X é aleatoriamente inativado.<br />

e) por um mecanismo de ativação gênica, há uma<br />

superprodução de proteínas específicas, essenciais ao<br />

desenvolvimento normal.<br />

QUESTÕES 31 E 32 – UESF 2014<br />

Pela primeira vez, cientistas conseguiram identificar uma<br />

maneira de neutralizar a alteração genética responsável pela<br />

Síndrome de Down.<br />

Em um estudo feito com células de cultura,<br />

pesquisadores da universidade de Massachusetts, Estados<br />

Unidos, “desligaram” o cromossomo extra, presente nas<br />

células de pessoas com o distúrbio. O procedimento,<br />

inspirado em um processo natural, pode levar a uma<br />

compreensão mais detalhada dos processos celulares e<br />

moleculares envolvidos na Síndrome de Down.<br />

E, talvez, a tratamentos para o quadro. Assim, eles<br />

foram capazes de corrigir padrões anormais de crescimento<br />

celular, característicos da Síndrome de Down. A descoberta<br />

abre portas para o desenvolvimento de novos mecanismos<br />

que poderão ajudar no tratamento do distúrbio. Seu uso<br />

clínico, no entanto, ainda está longe de ser colocado em<br />

prática — o estudo, publicado na revista Nature, precisa ser<br />

replicado em laboratório e estendido a testes em humanos<br />

antes de poder ser liberado para uso.<br />

(SILENCIANDO<br />

o 21 extra, 2013, p. 13).<br />

31. Paciente do sexo feminino, portadora de Síndrome de<br />

Down, apresenta uma alteração cromossômica que pode ser<br />

identificada pela fórmula cariotípica<br />

a) 45, XO<br />

b) 46, XX<br />

c) 47, XY + 13<br />

d) 47, XX + 21<br />

e) 69, XXX<br />

32. O processo natural ao qual o texto faz alusão e que<br />

inspirou o procedimento experimental para neutralizar a<br />

alteração genética associada à Síndrome de Down se verifica<br />

quando,<br />

56


ESTUDO DOS ÁCIDOS NUCLÉICOS<br />

A designação de ácidos nucléicos decorre da sua natureza<br />

química e da crença de que só eram encontrados no núcleo<br />

celular. Há muito reconhecemos a existência de diversos<br />

tipos desses ácidos, bem como da sua distribuição no núcleo,<br />

no citoplasma e em algumas estruturas celulares.<br />

Constituição<br />

Os ácidos nucléicos são grandes moléculas construídas a<br />

partir de sub-unidades denominadas de nucleotídeos são,<br />

portanto, polímeros de nucleotídeos ou, como, mais<br />

freqüentemente denominamos, polinucleotídeos.<br />

Os nucleotídeos são unidades constituídas de três partes<br />

distintas, a saber: um grupo fosfato – derivado do ácido<br />

fosfórico, uma pentose – açúcar de 5 carbonos e uma base<br />

nitrogenada.<br />

Os tipos de bases púricas são adenina (A) e guanina (G).<br />

As pirimídicas são timina (T), Citosina (C) e uracila (U). São<br />

as bases que conferem aos ácidos nucléicos a sua capacidade<br />

de codificação de informações e uma certa diferenciação<br />

entre os tipos de ácido. Assim, a base timina é exclusiva do<br />

DNA, enquanto a uracila é exclusiva dos RNAs.<br />

A pentose, por sua vez, pode se apresentar, em função da<br />

ausência de um átomo de oxigênio em determinada região de<br />

sua estrutura molecular, sob duas formas: ribose ou<br />

desoxirribose. A ribose apresenta duas hidroxilas na base do<br />

hexágono da molécula, enquanto que a desoxirribose<br />

apresenta apenas uma.<br />

Os ácidos nucléicos têm sua denominação específica em<br />

função do tipo de pentose em seus nucleotídeos. O RNA<br />

apresenta como pentose a ribose. Em seu lugar, no DNA,<br />

encontramos a desoxirribose. Logo, justificamos assim as<br />

siglas ARN, ácido ribonucléico e ADN, ácido<br />

desoxirribonucléico. Em língua inglesa, respectivamente<br />

RNA e DNA.<br />

ESTRUTURA DO DNA<br />

A molécula de DNA está estruturada como sendo duas<br />

cadeias de nucleotídeos dispostas paralelamente em forma de<br />

uma escada contorcida, assemelhando-se a uma hélice, fato<br />

que justifica os termos: estrutura helicoidal, dupla-hélice ou<br />

dupla fita.<br />

As bases nitrogenadas podem ser de dois tipos: púricas –<br />

maiores ou pirimídicas – menores.<br />

57


Cada uma dessas fitas tem seus nucleotídeos interligados<br />

através dos grupos fosfatos. Por sua vez, as duas fitas<br />

mantêm-se ligadas por pontes de hidrogênios entre suas bases<br />

nitrogenadas. Percebemos então que a molécula de DNA<br />

apresenta um pareamento entre bases específico: se de um<br />

lado da fita existe uma base púrica, do outro, emparelha-se<br />

uma base pirimídica e vice-versa. Ainda assim, as bases<br />

adenina sempre se emparelham com a timina; a guanina com<br />

a citosina. É esse emparelhamento específico entre as bases,<br />

que garante a fidelidade estrutural e, sobre tudo, de fidelidade<br />

na autoduplicação.<br />

Se pudéssemos imaginar o DNA como uma escada<br />

contorcida, seus corrimões seriam constituídos pelos<br />

grupamentos de fosfato e as pentoses. Os degraus se<br />

formariam a partir do pareamento das bases nitrogenadas.<br />

DISPOSIÇÃO DOS NUCLEOTÍDEOS NO DNA<br />

b) Em seguida, em reação catalisada pela enzima<br />

DNA-ligase, cada um dos filamentos da molécula<br />

molde é preenchido (complementado) com<br />

nucleotídeos livres do meio celular.<br />

As mensagens genéticas, no entanto, são codificadas a partir<br />

do arranjo linear dos nucleotídeos de uma das fitas, ou seja,<br />

do sequenciamento linear das bases nitrogenadas. É a<br />

quantidade de DNA e, sobretudo, a seqüências de suas bases<br />

nitrogenadas que confere a individualidade de cada espécie.<br />

c) Após o preenchimento das duas fitas, estamos diante<br />

de duas moléculas idênticas à molécula molde.<br />

PROPRIEDADES DO DNA<br />

O DNA como sendo uma estrutura química codificadora<br />

das informações dos sistemas vivos deve, para tanto,<br />

apresentar propriedades que possibilitem que essas<br />

informações possam ser reproduzidas e transcritas em<br />

execução de atividade. Ela o faz, respectivamente, em função<br />

da sua capacidade de se autoduplicar e controlar, servindo de<br />

molde, a produção de diversos tipos de RNAs.<br />

DUPLICAÇÃO DO DNA<br />

Quando uma célula está prestes a se dividir, é necessário<br />

que as informações genéticas sejam transmitidas para as<br />

células filhas. Surge, então, a necessidade da duplicação do<br />

DNA que, de forma simplificada, descreveremos a seguir:<br />

a) Ação da enzima DNA-polimerase: sob ação da<br />

atividade dessa enzima, as pontes de hidrogênios são<br />

rompidas e as duas fitas se separam.<br />

58


02. Abaixo duas<br />

ilustrações, I e II em<br />

que se pode fazer<br />

analogias entre elas de<br />

substâncias biológicas,<br />

suas funções e<br />

estrutura ao nível<br />

celular.<br />

Sobre elas pode-se<br />

afirmar:<br />

Perceba que cada molécula recém formada mantém em sua<br />

estrutura um filamento da molécula molde. Por esse motivo<br />

dizemos que a duplicação do DNA é semiconservativa.<br />

Exercícios<br />

01. (PUC-SP) Um cientista analisou quimicamente três<br />

amostras de moléculas inteiras de ácidos nucléicos,<br />

encontrando as os seguintes resultados:<br />

AMOSTRA 1: revelou presença de ribose<br />

AMOSTRA 2: revelou presença de dupla-hélice<br />

AMOSTRA 3: revelou presença de 30% de citosina e<br />

20% de guanina<br />

Esses resultados mostram que as moléculas analisadas foram,<br />

respectivamente:<br />

a) ADN, ARN e ARN<br />

b) ARN, ADN e ARN<br />

c) ARN, ADN e ADN ou ARN<br />

d) ADN, ADN e ARN<br />

e) ARN, ARN e ADN ou ARN<br />

(01) 1 desempenha papel semelhante às polimerases da<br />

transcrição e da replicação.<br />

(02) 3 eqüivale às estruturas B e C. Estas últimas<br />

representam, respectivamente a pentose e a base nitrogenada.<br />

(04) 2 eqüivale a C. C pode ser - neste caso - bases<br />

pirimídicas C, G ou T.<br />

(08) Na replicação tanto 3 quanto 4 podem ser a fita ativa do<br />

DNA.<br />

(16) A estrutura I, apesar de não existir nos seres vivos,<br />

representa um modelo completo da estrutura do DNA.<br />

(32) Átomos de hidrogênio fazem a conexão entre duas<br />

estruturas do tipo 2 ou C.<br />

(64) 2 sendo uma purina pode emparelhar-se com pirimidina<br />

ou com purina, tal emparelhamento vai depender da<br />

atividade do DNA se em replicação ou transcrição.<br />

QUESTÕES 03 E 04<br />

“…Uma das mais evidentes características dos organismos<br />

vivos é que eles são complicados e altamente organizados.<br />

Eles possuem intricadas estruturas internas e contêm muitas<br />

espécies de moléculas complexas. Além disso, os organismos<br />

vivos ocorrem em milhões de espécies diferentes.<br />

Contrariamente, a matéria inanimada no nosso ambiente<br />

usualmente consiste de uma mistura ao acaso de compostos<br />

químicos relativamente simples."<br />

(Lehninger, P. 3)<br />

03. Comparando-se a composição elementar e a organização<br />

do sistema vivo com aquelas da matéria inanimada, constatase<br />

que<br />

A) os elementos encontrados no sistema vivo inexistem no<br />

meio abiótico.<br />

B) os fenômenos que aparecem na matéria inanimada<br />

obedecem a leis físico-químicas exclusivas do sistema<br />

abiótico.<br />

C) a matéria bruta é um sistema que se automantém e se autoregula.<br />

D) a estrutura de cada ser vivo é mantida por interações<br />

aleatórias de seus componentes.<br />

E) os seres vivos são sistemas organizados que obedecem a<br />

um programa reproduzível.<br />

59


04. Paradoxalmente, as moléculas de DNA que determinam a<br />

diversidade da vida obedecem a um plano de simplicidade<br />

básica. A estratégia do sistema vivo que estabeleceu a<br />

diversidade a partir do simples foi:<br />

1) a repetição de seqüências idênticas.<br />

2) a diversificação das unidades moleculares básicas.<br />

3) a recombinação de monômeros.<br />

4) o número de subunidades monoméricas.<br />

5) o estabelecimento de homopolímeros.<br />

05. Há um consenso, entre pesquisadores que especulam a<br />

origem da vida, de que o RNA precedeu ao DNA como<br />

material hereditário. Contudo, o DNA estabeleceu-se de<br />

forma universal nas células.<br />

A seleção do DNA, como componente informativo e<br />

hereditário, pode ser explicada principalmente, porque<br />

1) o DNA utiliza unidades químicas mais disponíveis na<br />

célula que os ribonucleotídeos.<br />

2) o RNA exige um maior número de tipos de monômeros<br />

básicos do que o DNA.<br />

3) o DNA pode exercer todas as funções necessárias para a<br />

decodificação da informação genética.<br />

4) a molécula de RNA tem menor capacidade de codificar<br />

informações que o DNA.<br />

5) a organização molecular do DNA propicia a sua autoreplicação<br />

com fidelidade.<br />

06. A técnica laboratorial conhecida como PCR (reação de<br />

polimerização em cadeia) é uma extraordinária tecnologia na<br />

identificação genética, pois consegue, a partir de uma<br />

pequena amostra de DNA, obter um número incontável de<br />

cópias idênticas do gene.<br />

A característica do DNA fundamental para a formação de<br />

cópias idênticas é<br />

1) a capacidade do DNA-polimerase para selecionar no<br />

meio nucleotídeo correto e transportá-lo para a fita<br />

modelo.<br />

2) a divisão eqüitativa do filamento de DNA da moléculamãe<br />

em dois filamentos-filhos.<br />

3) o emparelhamento específico que se estabelece entre as<br />

bases nitrogenadas dos nucleotídeos.<br />

4) a utilização de um filamento de RNA para servir de<br />

molde.<br />

5) a habilidade da enzima para determinar a seqüência dos<br />

nucleotídeos na molécula do DNA.<br />

a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e)6<br />

08. (UFMG) Considere a célula de um eucariota pluricelular<br />

em que a relação das bases nitrogenadas de um de seus tipos<br />

de ácido nucléico seja A T<br />

C G = 0,46<br />

(A= adenina , T = timina, C = citosina e G = guanina)<br />

A partir desses dados, pode-se dizer:<br />

1) a célula não tem uracila<br />

2) a pentose do ácido nucléico é a ribose<br />

3) A relação A/T é menor que 1<br />

4) O ácido nucléico da célula apresenta 460 X 10 -<br />

3-<br />

nucleotídeos.<br />

5) O ácido nucléico da célula apresenta mais guanina do que<br />

adenina.<br />

09. A figura detalha o<br />

mecanismo molecular que<br />

envolve a replicação do<br />

DNA.<br />

A análise do diagrama<br />

confirma princípios que<br />

sustentam a replicação da<br />

molécula do DNA com a<br />

eficiência exigida, entre<br />

os quais se pode destacar:<br />

1) A base molecular do<br />

processo é uma<br />

interação espontânea entre as bases, formando pares<br />

aleatórios.<br />

2) A fidelidade da replicação exige que a nova fita<br />

mantenha a mesma seqüência de bases do filamento<br />

modelo.<br />

3) A preservação da seqüência nucleotídica de um gene<br />

decorre da inviabilidade de mutações durante a<br />

replicação.<br />

4) A ocorrência de várias forquilhas de replicação aumenta<br />

o tempo necessário para a duplicação da molécula.<br />

5) A replicação semiconservativa produz moléculas-filha<br />

geneticamente idênticas à molécula-mãe original.<br />

10. (UESF 2013/2) A imagem apresentada ilustra parte da<br />

estrutura de uma importante molécula orgânica presente na<br />

composição química de todos os seres celulares.<br />

07. (PUC-MG) Uma molécula de DNA(a1) sofre duas<br />

duplicações seguidas e forma a 2 e a 3 . O número total de<br />

cadeias novas de nucleotídeos em a 3, no final do processo, é<br />

de:<br />

60


a) replicação garante a expressão da informação genética a<br />

partir do sequenciamento preciso de aminoácidos na<br />

formação de moléculas protéicas.<br />

b) conservação da informação genética contida nas<br />

moléculas de DNA é realizada com a produção de cópias<br />

fidedignas dessas moléculas, a partir da tradução<br />

semiconservativa, durante a divisão celular.<br />

c) estrutura tridimensional de uma proteína é dependente da<br />

sequência de nucleotídeos do DNA utilizado no processo<br />

de transcrição que antecedeu a tradução da informação<br />

genética.<br />

d) síntese de RNA, a partir do segmento de um DNA<br />

codificante, ocorre principalmente na etapa S, durante a<br />

interfase do ciclo celular.<br />

e) sequência precisa entre os aminoácidos, durante a<br />

formação de uma molécula de DNA, é essencial na<br />

capacidade dessa molécula de exercer a sua função.<br />

Considerando-se a estrutura química e a importância dessa<br />

molécula na manutenção da vida, é correto afirmar:<br />

a) A forma helicoidal apresentada por essa molécula é uma<br />

consequência da disposição antiparalela que as duas<br />

cadeias polinucleotídicas apresentam entre si.<br />

b) As ligações de hidrogênio presentes na molécula<br />

representada mantêm os nucleotídeos unidos na<br />

formação de uma mesma cadeia polinucleotídica.<br />

c) O pareamento específico entre as bases nitrogenadas se<br />

expressa na interação existente entre as bases púricas ou<br />

entre as bases pirimídicas entre si.<br />

d) A expressão da informação genética contida no núcleo<br />

envolve diretamente a completa separação das cadeias<br />

polinucleotídicas e posterior formação de outras cadeias<br />

em novas moléculas de DNA.<br />

e) Alterações na sequência dos nucleotídeos de uma mesma<br />

molécula de DNA configura uma mudança na forma<br />

dessa molécula sem, contudo, alterar a informação nela<br />

contida.<br />

11. (UESF 2013/2) Em todas as células vivas atuais, os genes<br />

são compostos de DNA. Todas as células precisam do RNA,<br />

que é muito semelhante ao DNA, para sintetizar proteínas. A<br />

sequência exata de aminoácidos fornece a uma proteína<br />

grande parte<br />

de sua estrutura, determinando assim o que ela fará, da mesma<br />

forma como uma sequência de letras dá significado à palavra<br />

escrita.<br />

(MARGULIS, 2001, p. 80).<br />

Em relação aos processos metabólicos que ocorrem<br />

associados à presença dos ácidos nucléicos, é correto afirmar<br />

que a<br />

12. (UNEB 2013-1) A respeito da informação genética<br />

contida nas moléculas de DNA, que é responsável pela<br />

tipificação das moléculas bioquímicas, é correto afirmar:<br />

a) A replicação da informação genética é considerada<br />

semiconservativa porque preserva uma das cadeias da<br />

molécula de DNA na formação de novas moléculas de<br />

RNA.<br />

b) O pareamento específico entre as bases nitrogenadas<br />

(A+T e C+G) une os nucleotídeos na formação de cada<br />

uma das cadeias polinucleotídicas presentes na molécula<br />

de DNA.<br />

c) A fidelidade da produção de cópias da molécula de DNA<br />

garante a imutabilidade dessa molécula na manutenção<br />

das informações genéticas ao longo de todo o processo<br />

evolutivo dos seres vivos.<br />

d) A transcrição e a tradução da informação genética<br />

contida originalmente na molécula de DNA favorecem a<br />

expressão dessa informação durante a realização das<br />

funções metabólicas celulares.<br />

e) As sequências lineares das moléculas de desoxirribose<br />

das cadeias polinucleotídicas armazenam as informações<br />

herdáveis em códigos genéticos decifráveis através de<br />

processos bioquímicos específicos.<br />

61


13. (UESFB 2009) Em 1953, Watson, Crick, Wilkins e<br />

Rosalind<br />

descobriram<br />

o modelo<br />

espacial<br />

(através de<br />

fotografias<br />

de difração<br />

aos raios X) e<br />

formularam a<br />

estrutura<br />

helicoidal do<br />

DNA Em<br />

1962, apenas<br />

os homens foram agraciados com o Prêmio Nobel de<br />

Fisiologia e Medicina por essa descoberta. Na ocasião,<br />

Rosalind Franklin já havia morrido. [...] Trabalhando com os<br />

dados apurados por Rosalind e Wilkins, James Watson e<br />

Francis Crick / elaboravam propostas de modelos espaciais<br />

do DNA, que se adequassem às fotografias. Em 25 de abril de<br />

1953, a publicação científica inglesa Nature divulgou artigos<br />

sobre as pesquisas do DNA – entre outros, há o de Rosalind -<br />

que contribuíram para a descoberta da estrutura da dupla<br />

hélice. No entanto, quando se fala dessa descoberta, em geral<br />

Rosalind Franklin não é citada como co-descobridora.<br />

(OLIVEIRA, 2004, p. 70-71).<br />

Em relação à criação do modelo espacial da estrutura<br />

molecular do DNA por James Watson e Francis Crick,<br />

divulgado em 1953, a contribuição significativa dos estudos<br />

de Rosalind Franklin, nessa idealização, deve-se à<br />

a) descoberta do DNA como molécula que armazena a<br />

informação genética dos seres vivos.<br />

b) complementaridade entre as bases nitrogenadas das,<br />

cadeias do DNA, que permitiu determinar uma<br />

proporção fixa entre as bases associadas.<br />

c) suposição, a partir dos dados obtidos nos experimentos<br />

com difração por raios X, da existência de uma<br />

replicação semiconservativa da molécula de DNA.<br />

d) descoberta de mudanças na informação genética, a partir<br />

das mutações induzidas pelos raios X utilizados nos<br />

experimentos em laboratório.<br />

e) orientação para a forma em dupla hélice da molécula de<br />

DNA, a partir do padrão obtido por meio do<br />

bombardeamento, com raios X da amostra analisada.<br />

QUESTÕES 14 e 15<br />

A técnica da hibridização molecular, que permite a<br />

comparação entre moléculas de DNA de duas espécies, está<br />

esquematizada na figura:<br />

14. Entre as propriedades do DNA, fundamentais para a<br />

técnica destacam-se:<br />

01) a estrutura unifilamentar e a capacidade de replicação.<br />

02) a capacidade de hibridização com RNAm e a<br />

susceptibilidade a agentes mutagênicos.<br />

03) a complementaridade de bases e a universalidade das<br />

unidades monoméricas.<br />

04) as seqüências lineares idênticas e a mesma proporção de<br />

nucleotídeos em toda a extensão da molécula.<br />

05) a grande estabilidade em meio aquoso e a replicação<br />

autônoma in vitro.<br />

15. Em termos evolutivos, o grau de parentesco das espécies<br />

estudadas:<br />

1) é diretamente proporcional à porcentagem de<br />

pareamento entre os filamentos de DNA de origens<br />

diferentes.<br />

2) pode ser inferido a partir do tamanho das moléculas de<br />

DNA analisadas.<br />

3) só pode ser estimado após a análise da totalidade do<br />

DNA das duas espécies.<br />

4) é indeterminado em função do tratamento de<br />

desnaturação por que passam as moléculas de DNA.<br />

5) está condicionado por adaptações somáticas não<br />

registradas em nível do material genético das espécies.<br />

16. Paradoxalmente, as moléculas de DNA que determinam a<br />

diversidade da vida obedecem a um plano de simplicidade<br />

básica. A estratégia do sistema vivo que estabeleceu a<br />

diversidade a partir do simples foi:<br />

a) a repetição de seqüências idênticas.<br />

b) a diversificação das unidades moleculares básicas.<br />

c) a recombinação de monômeros.<br />

d) o número de subunidades monoméricas.<br />

e) o estabelecimento de homopolímeros.<br />

17. Há um consenso, entre pesquisadores que especulam a<br />

origem da vida, de que o RNA precedeu ao DNA como<br />

material hereditário. Contudo, o DNA estabeleceu-se de<br />

forma universal nas células.<br />

62


A seleção do DNA, como componente informativo e<br />

hereditário, pode ser explicada principalmente, porque<br />

1) o DNA utiliza unidades químicas mais disponíveis na<br />

célula que os ribonucleotídeos.<br />

2) o RNA exige um maior número de tipos de monômeros<br />

básicos do que o DNA.<br />

3) o DNA pode exercer todas as funções necessárias para a<br />

decodificação da informação genética.<br />

4) a molécula de RNA tem menor capacidade de codificar<br />

informações que o DNA.<br />

5) a organização molecular do DNA propicia a sua autoreplicação<br />

com fidelidade.<br />

18. A técnica laboratorial conhecida como PCR (reação de<br />

polimerização em cadeia) é uma extraordinária tecnologia na<br />

identificação genética, pois consegue, a partir de uma<br />

pequena amostra de DNA, obter um número incontável de<br />

cópias idênticas do gene.<br />

A característica do DNA fundamental para a formação de<br />

cópias idênticas é<br />

1) a capacidade do DNA-polimerase para selecionar no<br />

meio nucleotídeo correto e transportá-lo para a fita<br />

modelo.<br />

2) a divisão eqüitativa do filamento de DNA da moléculamãe<br />

em dois filamentos-filhos.<br />

3) o emparelhamento específico que se estabelece entre as<br />

bases nitrogenadas dos nucleotídeos.<br />

4) a utilização de um filamento de RNA para servir de<br />

molde.<br />

5) a habilidade da enzima para determinar a seqüência dos<br />

nucleotídeos na molécula do DNA.<br />

19. (FMIT- MG)<br />

Se os nucleotídeos do<br />

filamento 1, do esquema<br />

acima, têm uma base<br />

púrica e os do filamento 2<br />

tanto podem ser do DNA<br />

quanto do RNA, podemos<br />

afirmar que as bases nitrogenadas do filamento 2 podem ser:<br />

1) citosina citosina<br />

2) guanina guanina<br />

3) duas timinas ou duas citosinas<br />

4) duas adeninas ou duas guaninas<br />

5) impossível determinar<br />

20. (UESC-2000) "A nova feição da estrutura do DNA é a<br />

maneira pela qual as cadeias se mantêm unidas pelas bases.<br />

No entanto, se apenas pares específicos podem ser formados",<br />

pode-se deduzir:<br />

01) As proporções entre bases púricas e pirimídicas são<br />

sempre equivalentes.<br />

02) A informação genética é codificada em cada par<br />

específico.<br />

03) A seqüência de bases de uma cadeia estabelece a<br />

seqüência da cadeia complementar.<br />

04) A ordem GATC é mantida e repetida ao longo de toda a<br />

molécula.<br />

05) Os dois filamentos da molécula do DNA são<br />

heteropolímeros com seqüências idênticas.<br />

21. (FDJ-2001) A ilustração esquematiza o processo de<br />

replicação do DNA.<br />

A partir da análise da ilustração, é correto afirmar:<br />

1) O filamento I serve de molde na síntese do segmento<br />

polinucleotídico ACGTTAG.<br />

2) O evento descrito em B depende da quebra de ligações<br />

covalentes entre as bases nitrogenadas.<br />

3) O evento descrito em C corresponde ao encaixe dos<br />

nucleotídeos complementares dos filamentos molde.<br />

4) A replicação envolve a formação de quatro novos<br />

filamentos polinucleotídicos.<br />

5) Em células eucarióticas, o processo ilustrado ocorre no<br />

interior do citoplasma.<br />

22. (UEFS-11) Como geralmente acontecia aos sábados de<br />

manhã, comecei a trabalhar no laboratório de Cavendish, da<br />

Universidade de Cambridge, antes de Francis Crick, no dia<br />

28 de fevereiro de 1953.<br />

Eu tinha bons motivos pra levantar cedo. Sabia que estávamos<br />

perto de decifrar a estrutura de uma molécula quase<br />

desconhecida na época, chamada ácido desoxirribonucleico<br />

(DNA). Mas essa não era uma molécula qualquer: o DNA,<br />

como Crick e eu estávamos cientes, contém a chave da<br />

natureza das coisas vivas, armazenando as informações<br />

hereditárias que são passadas de uma geração a outra e<br />

orquestrando o mundo inacreditavelmente complexo da<br />

célula. Se decifrássemos sua estrutura tridimensional, a<br />

arquitetura da molécula, teríamos um vislumbre do que Crick<br />

chamava de “o segredo da vida”. (WATSON, 2005, p. 11).<br />

Com base no texto e nos conhecimentos relacionados à<br />

estrutura da molécula de DNA, analise, dentre as proposições<br />

63


a seguir, aquela que reflete informações corretas sobre a<br />

estrutura dessa molécula.<br />

1) “dois tipos de desoxinucleotídeos constituem as unidades<br />

que formam cada uma das cadeias da molécula de DNA”.<br />

2) “a molécula consiste em uma cadeia única de<br />

nucleotídeos, estabelecendo pareamentos transitórios<br />

entre as bases nitrogenadas A-T e G-C em regiões<br />

específicas”.<br />

3) “a formação de ligações de Hidrogênio unem pares de<br />

bases específicos na dupla hélice”.<br />

4) “o pareamento inespecífico estabelecido entre as bases<br />

complementares na dupla hélice é a base para a<br />

fidelidade da replicação conservativa do DNA”.<br />

5) “a possibilidade de formação de quatro moléculas filhas<br />

idênticas a partir de uma molécula molde caracteriza a<br />

base molecular da hereditariedade”.<br />

23. (UESC)“O melhor exemplo de reconstrução da evolução<br />

a partir do DNA mitocondrial foi feito em 1987 pelo grupo de<br />

Allan Wilson, na Universidade da Califórnia. Eles estudaram<br />

uma amostra de 147 indivíduos de várias origens geográficas<br />

e elaboraram uma árvore filogenética, que apontava apenas<br />

um ancestral comum: o DNA mitocondrial de uma mulher<br />

que vivia há cerca de 200.000 anos. Estudos posteriores<br />

confirmaram esses resultados.(HOMO brasilis, p.16)<br />

Populações brasileiras foram estudadas por Danilo Pena,<br />

contando com uma amostra de duzentos indivíduos<br />

distribuídos em quatro das cinco principais regiões do Brasil:<br />

no Sudeste, 50; no Norte, 49; no Nordeste 49 e no Sul, 52. Os<br />

dados obtidos foram comparados com populações européias<br />

e africanas e resultou no que foi chamado de “retrato<br />

molecular” do povo brasileiro.<br />

(PENA, 2008, p.18).<br />

Com base nessas informações, depreende-se que<br />

1) a evolução humana foi direcionada principalmente por<br />

mudanças no DNA mitocondrial.<br />

2) A mulher que viveu na África há 200.000 anos deve<br />

representar o ancestral mais antigo da espécie humana.<br />

3) Os dados obtidos a partir desses estudos do DNA<br />

mitocondrial servem como evidências inquestionáveis de<br />

uma ancestralidade comum a toda a vida.<br />

4) A contribuição genética da mulher negra na formação de<br />

populações humanas é limitada a regiões da África.<br />

5) A preservação do DNA mitocondrial, por gerações, deve<br />

ser associada à necessária estabilidade do processo<br />

bioenergético pela eliminação de mutações expressas em<br />

reações que inviabilizassem o processo.<br />

24. A vida é uma. Essa realidade, que se reconhece<br />

implicitamente quando se utiliza o mesmo nome para<br />

designar seres tão diferentes, como cogumelos, árvores,<br />

peixes e humanos, tem sido até agora mantida sem a menor<br />

dúvida.<br />

Todos os organismos vivos são construídos com os mesmos<br />

materiais, funcionam segundo os mesmos princípios e<br />

descendem de uma forma de vida ancestral única. (DUVE, 1995,<br />

p. 27).<br />

Essa unidade que perpassa pelo mundo vivo expressa-se<br />

em aspectos universais, como<br />

01) Todos os organismos que vivem atualmente apresentam<br />

em comum um mesmo padrão de organização celular<br />

subordinada a um genoma diplóide.<br />

02) As reações vitais subordinam-se às mesmas leis da física<br />

e da química e, em todas as células, são catalisadas por<br />

compostos inorgânicos.<br />

03) A vida estendeu-se pelos tempos, há mais de três bilhões<br />

de anos, a partir de um ancestral procariótico, reproduzindose<br />

e modificando-se sob o princípio vital de ser alcançada a<br />

perfeição de forma.<br />

04) As proteínas — polímeros de aminoácidos — são as<br />

biomoléculas informativas que são traduzidas sob um código<br />

universal, inscritas em sequências polipeptídicas similares.<br />

05) A surpreendente diversidade das formas vivas resulta de<br />

uma base genética comum, um heteropolímero com<br />

incontáveis possibilidades de longas e variáveis sequências<br />

com quatro tipos diferentes de unidades.<br />

26. O DNA mitocondrial humano é constituído por 16.569<br />

pares de bases, sendo que 94% integram região codificadora<br />

e 6% correspondem à região de controle. (PENA, 2002, p. 16).<br />

Considerando os mecanismos envolvidos no fluxo da<br />

informação e a função especifica da mitocôndria, pode-se<br />

afirmar que<br />

1) o genoma da mitocôndria deve incluir genes essenciais à<br />

síntese de enzimas do sistema da fosforilação oxidativa.<br />

2) a região codificadora é limitada à transcrição de RNA<br />

ribossomal e de RNA transportador.<br />

3) a região de controle do DNA mitocondrial assume a<br />

função imprescindível de sintetizar o RNA mensageiro.<br />

4) o DNA mitocondrial está organizado em duas sequências<br />

polinucleotídicas, que são ligadas, entre si, por grupos<br />

fosfatos.<br />

5) a existência de um DNA próprio da mitocôndria assegura<br />

à organela autonomia funcional e reprodutiva sem<br />

depender do contexto celular.<br />

27. Em todas as células vivas atuais, os genes são compostos<br />

de DNA. Todas as células precisam do RNA, que é muito<br />

semelhante ao DNA, para sintetizar proteínas. A sequência<br />

exata de aminoácidos fornece a uma proteína grande parte de<br />

sua estrutura, determinando assim o que ela fará, da mesma<br />

forma como uma sequência de letras dá significado à palavra<br />

escrita.<br />

(MARGULIS, 2001, p. 80).<br />

64


Em relação aos processos metabólicos que ocorrem<br />

associados à presença dos ácidos nucléicos, é correto afirmar<br />

que a<br />

A) replicação garante a expressão da informação genética a<br />

partir do sequenciamento preciso de aminoácidos na<br />

formação de moléculas protéicas.<br />

B) conservação da informação genética contida nas<br />

moléculas de DNA é realizada com a produção de cópias<br />

fidedignas dessas moléculas, a partir da tradução<br />

semiconservativa, durante a divisão celular.<br />

C) estrutura tridimensional de uma proteína é dependente da<br />

sequência de nucleotídeos do DNA utilizado no processo<br />

de transcrição que antecedeu a tradução da informação<br />

genética.<br />

D) síntese de RNA, a partir do segmento de um DNA<br />

codificante, ocorre principalmente na etapa S, durante a<br />

interfase do ciclo celular.<br />

E) sequência precisa entre os aminoácidos, durante a<br />

formação de uma molécula de DNA, é essencial na<br />

capacidade dessa molécula de exercer a sua função.<br />

QUESTÕES de 28 a 30<br />

Ainda faltava uma peça no quebra-cabeça da dupla, hélice,<br />

pois não havíamos testado experimentalmente a nossa idéia<br />

de que, na replicação do DNA, as duas fitas se abrem mais ou<br />

menos como um zíper Max Delbruck, por exemplo, temia que<br />

abri-la como um zíper pudesse gerar alguns emaranhados<br />

terríveis.<br />

Essa lacuna foi preenchida com o uso de experiências simples<br />

sucintas, como a de Meselson e Stahl, em que analisou por<br />

várias gerações de bactérias amostras de DNA, conforme o<br />

diagrama ilustra. (Watson, 2005, p. 72)<br />

28. A análise do experimento evidencia:<br />

01) A estratégia de usar o nitrogênio pesado apoiou-se na<br />

presença desse elemento em todos os componentes<br />

moleculares dos nucleotídeos.<br />

02) A incorporação do nitrogênio pesado ocorre durante o<br />

processo de centrifugação.<br />

03) A cada replicação uma das fitas da molécula do DNAmãe<br />

é conservada para a síntese de uma fita nova nas<br />

moléculas-filha.<br />

04) À medida que se sucedem as gerações, devem aumentar<br />

a quantidade de moléculas de DNA híbridas.<br />

05) A diferença de densidade do DNA, centrifugado a cada<br />

geração, se deve à transformação progressiva do N 2 pesado<br />

em leve.<br />

29. A importância do experimento de Meselson e Stahl como<br />

subsídio à concepção do DNA como molécula hereditária é<br />

evidenciar.<br />

1) a perpetuação da informação hereditária pela replicação<br />

semiconservativa.<br />

2) a disposição variável das bases nitrogenadas ao longo das<br />

moléculas de DNA.<br />

3) a formação do filamento complementar com a seqüência<br />

de bases idênticas às do filamento-molde.<br />

4) a estruturação da molécula do ácido nucléico pela<br />

associação de unidades monoméricas.<br />

5) a existência de pontes de hidrogênio unindo fracamente<br />

a pentose ao grupo fosfato.<br />

30. Os "emaranhados terríveis" imaginados por Max<br />

Delbruck são evitados no ciclo celular porque<br />

1) a molécula de DNA constituinte de um cromossomo É<br />

fragmentada em vários segmentos para que ocorra o<br />

processo de replicação.<br />

2) os cromossomos sofrem um processo de compactação,<br />

como condição prévia para a replicação do DNA.<br />

3) “a abertura do zíper” de uma extremidade à outra da<br />

molécula de DNA ocorre como um fenômeno contínuo e<br />

extremamente rápido.<br />

4) cada cromossomo, no momento da replicação, liga-se<br />

pelo centrômero a fibras do fuso mitótico.<br />

5) as longas moléculas do DNA em eucariotos replicam-se<br />

a partir de vários pontos de origem estabelecidos como<br />

uma estratégia evolutiva.<br />

31. A imagem ilustra a forma em<br />

dupla hélice presente na molécula<br />

de DNA conforme trabalho<br />

histórico desenvolvido por Watson<br />

e Crick, em 1953.<br />

A manutenção dessa forma<br />

helicoidal da molécula de DNA<br />

deve-se, principalmente,<br />

1) ao pareamento específico<br />

entre as bases de citosina e<br />

guanina e de adenina e uracila.<br />

65


2) ao antiparalelismo existente entre as duas cadeias<br />

polinucleotídicas que se interagem na mesma molécula<br />

de DNA.<br />

3) à relação de equilíbrio entre a quantidade de A+T e a<br />

quantidade de C+G.<br />

4) à presença da pentose do tipo desoxirribose associada às<br />

moléculas de ácido fosfórico.<br />

5) às ligações de diéster fosfato presente entre as bases<br />

nitrogenadas pareadas.<br />

32. A ilustração<br />

representa uma<br />

importante<br />

biomolécula que<br />

participa de<br />

forma ativa das<br />

reações<br />

metabólicas presentes nas células.<br />

Pode-se considerar como uma importante função<br />

desempenhada por essa molécula<br />

1) o deslocamento de substâncias hidrófobas através da<br />

camada lipídica da membrana plasmática em um<br />

processo de difusão simples.<br />

2) o direcionamento de moléculas de soluto de um ambiente<br />

hipertônico para um ambiente hipotônico.<br />

3) a atuação como catalisador biológico na produção de<br />

moléculas estruturais por diminuição da energia de<br />

ativação necessária.<br />

4) o deslocamento da água para um ambiente hipertônico a<br />

partir de um movimento a favor do gradiente de<br />

concentração.<br />

5) a ativação de proteínas do tipo permease, componentes<br />

da membrana plasmática que transportam, contra um<br />

gradiente de concentração, determinadas substâncias por<br />

transporte ativo.<br />

33. (UEFS-2014/1) A molécula de DNA é um material e<br />

amplo uso em estudos de identificação dos seres vivos.<br />

Sobre a organização e as propriedades do DNA, analise as<br />

afirmativas e marque com V as verdadeiras e com F, as falsas.<br />

( ) A estrutura em dupla hélice torna dispensáveis processos<br />

de reparo que reduziriam a ocorrência de substituições e<br />

deleções de nucleotídeos.<br />

( ) O pareamento específico entre bases nitrogenadas<br />

determina uma desproporção numérica entre as púricas<br />

e as pirimídicas.<br />

( ) As moléculas-filha guardam identidade com a moléculamãe<br />

em consequência da replicação semiconservativa.<br />

( ) A estrutura polinucleotídica permite identificar sequências<br />

específicas que diferenciam os organismos.<br />

A alternativa que indica a sequência correta, de cima para<br />

baixo, é a<br />

A) F F V V<br />

D) V V F F<br />

B) F V F V<br />

E) V F V F<br />

C) F V V F<br />

34. (UEFS-2010/2) A figura ilustra um momento do processo<br />

de duplicação do material genético presente nos seres vivos.<br />

É possível afirmar em relação a esse processo:<br />

1) Duas novas moléculas de DNA são produzidas a partir<br />

de duas cadeias já existentes na molécula utilizada como<br />

molde da replicação.<br />

2) A replicação ocorre de forma unidirecional, ao<br />

apresentar um sentido único dentro do sítio replicativo.<br />

3) A molécula de RNA produzida durante esse processo<br />

será responsável pela síntese de proteínas ao longo da<br />

tradução da informação genética.<br />

4) Enzimas específicas participam da separação das cadeias<br />

polinucleotídicas através da quebra das ligações<br />

peptídicas presentes entre elas.<br />

5) O sentido obrigatório de montagem das novas cadeias<br />

polinucleotídicas pelo DNA polimerase é sempre 3’→5’.<br />

35. (UESB-2010/2) As bactérias que provocam a maior parte<br />

dos casos de envenenamento alimentar nos Estados Unidos<br />

podem, algum dia, ser responsáveis por grande parte do<br />

combustível para transporte do país. Pesquisadores utilizaram<br />

ferramentas da biologia sintética para manipular Escherichia<br />

coli, bactéria intestinal comum, de forma que ela possa digerir<br />

vegetação para produzir biodiesel e outros hidrocarbonetos.<br />

(BIOCOMBUSTÍVEL, 2010. p.15 ).<br />

Com relação à produção de bactérias produtoras de biodiesel,<br />

pode-se afirmar que esse processo é possibilitado pela<br />

1) manipulação dos aminoácidos que compõem as proteínas<br />

produzidas naturalmente pelas bactérias.<br />

2) introdução de ácidos graxos em meio de cultura a fim de<br />

aumentar o suprimento energético necessário às<br />

bactérias, para o desenvolvimento de funções mais<br />

especializadas.<br />

3) manipulação dos nucleotídeos que compõem o ácido<br />

desoxirribonucleico das bactérias para possibilitar que<br />

passem a produzir novas enzimas degradativas.<br />

66


4) alteração dos componentes fosfolipídicos de membrana<br />

celular para acentuar a absorção de celulose e<br />

consequente digestão efetuada por essas bactérias.<br />

5) redução da composição de carboidratos que formam a<br />

célula bacteriana visando alterar vias metabólicas<br />

essenciais à sua sobrevivência.<br />

SÍNTESE DE RNA<br />

A síntese dos RNAs é condição fundamental para que as<br />

atividades metabólicas se processem. No entanto, os<br />

processos que devem ser executados têm suas instruções<br />

codificadas nas moléculas de DNA que, sendo a memória<br />

genética da célula, deve ser preservada. Com esse intuito, são<br />

produzidas cópias dessas instruções, um tipo especial de<br />

RNA – o RNA mensageiro. Uma vez produzida, a molécula<br />

de RNAm dirige-se para o citoplasma como sendo a<br />

informação para a síntese de uma proteína. A leitura e<br />

execução dessa mensagem resultam, em proteínas que vão<br />

desempenhar os mais diversos papéis durante o metabolismo<br />

celular.<br />

A produção das moléculas de RNAs ocorre no núcleo e se<br />

dá a partir de um molde de DNA, sendo denominado de<br />

transcrição.<br />

Uma vez terminada a complementação do segmento<br />

transcrito, a fita de DNA se recompõe e assim permanecerá<br />

até que seja necessário outra fita de RNAm com a referida<br />

informação.<br />

c) O RNAm livre desloca-se para o citoplasma onde servirá<br />

de molde para síntese da proteína, codificada em sua<br />

seqüência, num processo denominado de tradução.<br />

Passos da transcrição:<br />

a) Por ação da enzima RNA-polimerase, um segmento<br />

molde de DNA tem suas pontes de hidrogênios rompidas,<br />

fato que promove o afastamento das fitas do DNA.<br />

Estruturalmente o RNAm é um filamento único de<br />

nucleotídeos, cujo tamanho varia em função da quantidade de<br />

aminoácidos codificados em sua seqüência nucleotídica.<br />

CÓDIGO GENÉTICO<br />

b) Em seguida, uma das fitas do DNA, denominada de fita<br />

ativa, é completada com nucleotídeos. É essa cadeia<br />

complementar que denominamos de RNAm. A<br />

complementação, semelhante àquela que ocorre na<br />

duplicação do DNA, continua obedecendo ao padrão base<br />

púrica com pirimídica (A-T e G-C). No entanto, como o<br />

RNA não possui Timina, entra em seu lugar, a base uracila.<br />

Se pudéssemos, quimicamente, definir o fenômeno vida,<br />

sem dúvidas, tal definição deveria considerar que vida é todo<br />

e qualquer sistema capaz de produzir proteínas.<br />

Esse processo de produção se dá ao nível celular e obedece<br />

a um padrão de “linguagem” química que codifica instruções<br />

e a constituição das proteínas que estruturam os seres vivos,<br />

bem como aquelas que regulam o seu “funcionamento”. A<br />

essa “linguagem” química denominamos de Código<br />

Genético.<br />

Quimicamente, Código Genético é a correspondência<br />

entre as trincas de bases do DNA, do RNAm e dos<br />

67


aminoácidos que farão parte de uma cadeia polipeptídica<br />

(proteína).<br />

Traduzindo: as informações para a síntese de proteínas<br />

estão codificada no DNA sob a forma de seqüências de bases<br />

nitrogenadas. Cada três bases da molécula de DNA tem uma<br />

trinca correspondente (complementar) no RNAm e codifica<br />

um determinado aminoácido. Assim, a “receita” para a<br />

síntese de uma determinada proteína corresponde a uma<br />

seqüência de nucleotídeos do DNA e pode ser transcrita em<br />

uma fita de RNAm.<br />

A SÍNTESE DE PROTEÍNAS<br />

Para que a célula sintetize suas proteínas, são necessárias<br />

algumas substâncias e um conjunto de procedimentos a saber:<br />

a) Uma “receita original” que codifica a seqüência dos<br />

aminoácidos que formarão a referida proteína;<br />

b) Uma fita de RNAm, transcrita, a partir da seqüência<br />

molde do DNA, que será a “receita” lida e terá suas<br />

instruções executadas ao nível dos ribossomos.<br />

c) Ribossomos, estruturas celulares responsáveis por ler<br />

(traduzir) e executar as informações contidas no RNAm.<br />

Ler e executar instruções contidas no RNAm representa,<br />

em última análise, construir as proteínas num fenômeno<br />

denominado de Tradução.<br />

d) RNAt (RNA transportador ou de transferência), tipo<br />

especial de RNA cuja função consiste em transportar os<br />

aminoácidos para a “linha de montagem” das proteínas.<br />

Como todo ácido nucléico, é constituído de uma<br />

seqüência de nucleotídeos. No entanto, assume a forma de<br />

um trevo. Em determinado ponto da molécula de RNAt,<br />

encontramos uma trinca de bases que codifica o<br />

aminoácido por ele transportado. Essa trinca é<br />

denominada de ANTICÓDON, sendo complementar às<br />

trincas do DNA e RNA. Cada trinca do DNA ou RNA é<br />

denominada de CÓDON.<br />

Tradução: os<br />

ribossomos percorrem a<br />

molécula de RNAm e<br />

ligam os aminoácido em<br />

função da seqüência<br />

estabelecida na molécula<br />

de RNAm.<br />

Observe que uma<br />

molécula de RNAm pode ser lida, simultaneamente, por<br />

vários ribossomos. Esse fato possibilita uma síntese em<br />

grandes quantidades.<br />

O ribossomo reconhece o aminoácido que fará parte da<br />

proteína ao ler cada trinca do RNAm. Por sua vez, o<br />

aminoácido solicitado para uma determinada posição,<br />

definida pela seqüência de códons do RNAm, será<br />

identificado, ao nível do RNAt, pela sua trinca codificadora<br />

– o anticódon.<br />

Portanto, o ribossomo “aceita” o aminoácido recém<br />

chegado, se o seu anticódon for complementar ao códon que<br />

está sendo lido. Quando da coincidência, o aminoácido é<br />

conectado, através de ligações peptídicas, a aqueles que já<br />

estão presos ao ribossomo.<br />

SÍNTESE PROTÉICA – O processo<br />

Transcrição: ocorre no núcleo e consiste na produção de<br />

uma fita de RNAm a partir do molde de DNA – “receita” da<br />

proteína.<br />

Terminada a tradução, os ribossomos se desprendem do<br />

RNAm e a proteína fica livre para desempenhar suas funções.<br />

68


AUG Met ACG AAG AGG G<br />

G<br />

GUU GCU GAU GGU U<br />

Val Ala Asp Gly<br />

GUC GCC GAC GGC C<br />

GUA GCA GAA GGA A<br />

Val Ala Glu Gly<br />

GUG GCG GAG GGG G<br />

Assim, o processo se repete sempre que houver<br />

necessidade de proteínas.<br />

O CÓDIGO GENÉTICO E O NÚMERO DE CÓDONS<br />

Quando da descoberta da estrutura do DNA, por Watson<br />

e Crick, restava ainda compreender de que forma as<br />

informações eram codificadas nessa molécula. Rapidamente,<br />

foi possível correlacionar os tipos de aminoácido com algum<br />

padrão de seqüência das bases nitrogenadas ao longo dos<br />

filamentos de DNA.<br />

A princípio pensou-se que cada aminoácido era codificado<br />

por duas bases nitrogenadas. No entanto, o número de<br />

combinações obtidas a partir de 4 bases, duas a duas, só<br />

geraria 16 combinações.<br />

Ora! O número de aminoácidos utilizado na síntese de<br />

proteínas dos seres vivos é 20. Portanto, ou falta códigos, ou<br />

um código poderia representar vários aminoácidos. Tal<br />

ambigüidade, não é aceitável, se assim o fosse, seriam<br />

grandes as possibilidades de erros nas traduções logo, a<br />

hipótese, considerando duas bases, foi descartada.<br />

AMINOÁCIDOS E CÓDONS<br />

1ª<br />

Base<br />

U<br />

C<br />

A<br />

Segunda Base<br />

U C A G<br />

3ª<br />

Base<br />

UUU UCU UAU UGU U<br />

Phe Ser Tyr Cys<br />

UUC UCC UAC UGC C<br />

UUA UCA UAA UGA Stop A<br />

Leu Ser Stop<br />

UUG UCG UAG UGG Trp G<br />

CUU CCU CAU CGU U<br />

Leu Pro His Arg<br />

CUC CCC CAC CGC C<br />

CUA CCA CAA CGA A<br />

Leu Pro Gln Arg<br />

CUG CCG CAG CGG G<br />

AUU ACU AAU AGU U<br />

Ile<br />

Thr Asn Ser<br />

AUC ACC AAC AGC C<br />

AUA Ile ACA Thr AAA Lys AGA Arg A<br />

Utilizando o mesmo raciocínio, desta vez, considerando<br />

códigos com 3 bases, é possível estabelecer um número de<br />

64 códigos, valor suficiente para codificar os 20<br />

aminoácidos.<br />

Posteriormente, a partir de uma série de experimentos,<br />

constatou-se que:<br />

a) Alguns destes códons são utilizados como indicadores<br />

de início e fim do segmento transcrito.<br />

b) Um determinado aminoácido pode ter dois ou mais<br />

códons.<br />

Assim, diz-se que o código genético é degenerado, no<br />

entanto, não é ambíguo. É degenerado porque um aminoácido<br />

pode ser codificado por dois ou mais códons, que lhes são<br />

exclusivos - não é ambíguo porque um mesmo códon não<br />

pode codificar aminoácidos diferentes.<br />

Exercício – ácidos nucléicos e código genético<br />

01. A propósito da "tradução" do código genético, afirma-se:<br />

I- As quatro bases que participam da estrutura do DNA<br />

codificam a incorporação de, pelo menos, vinte aminoácidos<br />

essenciais nas moléculas de proteína.<br />

II- As associações das quatro bases, duas a duas, implicam<br />

em 16 combinações. Isto permite explicar a "tradução" pela<br />

possibilidade de que um par de bases possa reger a<br />

incorporação de mais de um aminoácido, considerados pelo<br />

menos os vinte aminoácidos essenciais.<br />

III- As associações das bases, três a três (tríades), permitem<br />

64 combinações. Isto pode justificar a "tradução" pela<br />

possibilidade de que a incorporação de um aminoácido seja<br />

codificada por mais de uma tríade, havendo códigos<br />

adicionais que determinam a interrupção da incorporação de<br />

ácidos aminados nas cadeias peptídicas.<br />

Assinale:<br />

[a] Se somente I esta correta. [b] Se somente II esta correta.<br />

[c] Se somente III está correta. [d] Se I e III estiverem<br />

corretas.<br />

[e] Se I e II estiverem corretas.<br />

04. (UFSC) O processo de transcrição do material genético é<br />

a formação de moléculas de RNA a partir da molécula de<br />

69


DNA. Em relação às diferentes moléculas de RNA é válido<br />

afirmar:<br />

(01) O açúcar dessas moléculas é uma desoxirribose.<br />

(02) Os três tipos de RNA - mensageiro, transportador e<br />

ribossômico - são moléculas com apenas uma cadeia de<br />

nucleotídeos.<br />

(04) São produzidos ao nível do núcleo, porém executam suas<br />

funções no citoplasma.<br />

(08) O RNAt leva proteínas do citoplasma para o ribossomo.<br />

(16) O RNAr compõe a organela denominada ribossomo.<br />

(32) O RNAm traz informação genética codificada, do núcleo<br />

para o citoplasma.<br />

(64) Os três tipos de RNA apresentam, em suas moléculas,<br />

os seguintes nucleotídeos: adenina, guanina, citosina e<br />

timina.<br />

06. Com relação ao código genético e à síntese de proteínas<br />

pode-se afirmar:<br />

(01) O código GTA da molécula de DNA corresponderá a um<br />

códon CAT no RNAm e GUA no anticódon.<br />

(02) O RNAm age no transporte de aminoácidos até os<br />

ribossomos.<br />

(04) O processo de transcrição antecede ao processo de<br />

síntese de proteínas.<br />

(16) A base nitrogenada uracila está presente em todos os<br />

códons dos RNAs-mensageiros. O mesmo não pode ocorrer<br />

com o DNA.<br />

(32) A tradução ocorre no citoplasma ao nível do RER.<br />

(64) O anticódon AUG corresponde ao códon TAC no DNA.<br />

12. A figura detalha o mecanismo molecular que envolve a<br />

replicação do DNA.<br />

A análise do diagrama confirma princípios que sustentam a<br />

replicação da molécula do DNA com a eficiência exigida,<br />

entre os quais se pode destacar:<br />

1) A base molecular do processo é uma interação<br />

espontânea entre as bases, formando pares aleatórios.<br />

2) A fidelidade da replicação exige que a nova fita<br />

mantenha a mesma seqüência de bases do filamento<br />

modelo.<br />

3) A preservação da seqüência nucleotídica de um gene<br />

decorre da inviabilidade de mutações durante a<br />

replicação.<br />

4) A ocorrência de várias forquilhas de replicação aumenta<br />

o tempo necessário para a duplicação da molécula.<br />

5) A replicação semiconservativa produz moléculas-filha<br />

geneticamente idênticas à molécula-mãe original.<br />

13. Uma atividade inerente<br />

à molécula de DNA está<br />

representada<br />

esquematicamente na<br />

figura.<br />

O significado biológico desse processo é<br />

1) decodificar a mensagem genética.<br />

2) aumentar a quantidade de genes da célula.<br />

3) assegurar o fluxo de informação genética.<br />

4) amplificar a expressão gênica.<br />

5) garantir a perpetuação da vida.<br />

16. "Enquanto estou aqui escrevendo, meu sistema imune<br />

está fabricando anticorpos para combater um ligeiro<br />

resfriado que peguei, meu cabelo está crescendo, talvez<br />

imperceptivelmente... estou digerindo o meu almoço... Os<br />

glóbulos vermelhos de minha corrente sangüínea duram<br />

apenas 120 <strong>dias</strong> de modo que o meu corpo está atarefado em<br />

reconstituir produzindo nesse processo abundantes<br />

quantidades de hemoglobina."<br />

(Wilkie. In: ProJeto Genoma Humano, p. 29)<br />

Todas essas ações estão ocorrendo na dependência das<br />

instruções genéticas da célula, sobre o que se pode afirmar:<br />

1) Todas as células de um ser humano devem conter uma<br />

cópia completa e única do genoma da espécie,<br />

distribuída em quarenta e seis moléculas de DNA.<br />

2) O funcionamento de cada célula somática envolve,<br />

necessariamente, a tradução de todos os seus genes.<br />

3) A ativação diferenciada dos genes, no decorrer do<br />

desenvolvimento, é o fenômeno básico para a<br />

especialização, entre células, que mantêm a mesma<br />

identidade genética.<br />

4) As instruções genéticas são as informações do genoma<br />

que invariavelmente se expressam no contexto celular.<br />

5) A associação do DNA a proteínas confere ao material<br />

genético a sua originalidade e o seu caráter específico.<br />

QUESTÕES de 17 a 19<br />

Exatamente como os genes determinam as potencialidades de<br />

reações do organismo, e assim sua forma e funcionamento<br />

resultantes, constitui uma outra série de problemas, no<br />

momento praticamente um livro fechado da fisiologia, livro<br />

que até agora os fisiologistas, aparentemente, não souberam<br />

abrir nem deseJaram fazê-lo.<br />

70


17. O diagrama esquematiza o mecanismo que responde à<br />

questão formulada, em 1962, pelo grande geneticista Muller.<br />

A análise do diagrama permite evidenciar o passo preliminar<br />

no funcionamento do DNA é<br />

1) especificar a seqüência de nucleotídeos na síntese dos<br />

RNAs.<br />

2) estabelecer as ligações internucleotídicas entre os<br />

monômeros do RNA.<br />

3) exercer uma ação catalítica para proporcionar o fluxo da<br />

informação genética.<br />

4) definir as características que se expressarão como<br />

dominantes.<br />

5) presidir as reações celulares em todas as vias<br />

enzimáticas.<br />

18. O potencial do DNA, para exercer o controle dos<br />

processos celulares, passa pela capacidade de:<br />

1) proporcionar em todas as células a decodificação<br />

completa do genoma.<br />

2) definir as proteínas celulares e controlar a sua síntese.<br />

3) regularizar a distribuição dos genes nos diferentes<br />

tecidos do organismo.<br />

4) submeter-se a diferentes códigos usados para ser<br />

traduzido.<br />

5) manter, de forma invariável, a seqüência de suas bases.<br />

19. Um evento decisivo no mecanismo da decodificação da<br />

informação genética para garantir a fidelidade da tradução é<br />

1) o reconhecimento códon-anticódon estabelecido pelo<br />

emparelhamento entre trios complementares do RNAt e<br />

do RNAm.<br />

2) a formação das ligações peptídicas entre dois<br />

aminoácidos, na construção da cadeia polipeptídica.<br />

3) a formação do complexo ribossômico pela associação<br />

das suas duas subunidades maior e menor.<br />

4) a ligação correta, através de pontes de hidrogênio, entre<br />

o anticódon e um determinado aminoácido.<br />

5) a interação do aminoácido com o seu códon específico.<br />

20. Desafios:<br />

1. O bacteriófago t2 tem como material genético uma<br />

molécula de DNA. Uma das hélices desse DNA possui cerca<br />

de 3600 nucleotídeos que compreendem 4 genes. Admitindo<br />

que esses 4 genes tenham aproximadamente as mesmas<br />

dimensões e que a massa molecular média dos aminoácidos<br />

seja igual a 120, determine a massa molecular de cada uma<br />

das proteínas codificada por esses genes.<br />

2. Ao isolar uma molécula pura de RNAm contaram-se nela<br />

1600 nucleotídeos; destes, 300 eram ácidos ribo-uracílicos<br />

e não havia nenhum ácido ribo-adenílico. Determine o<br />

número de citosinas existentes no DNA que organizou tal<br />

molécula de RNAm.<br />

3. Considere uma molécula de DNA com 3600 nucleotídeos<br />

que codifica 3 genes cujo tamanho é função dos splicing<br />

diferenciado em, respectivamente 5%, 10% e 15%. Sabendose<br />

que o peso molecular de um aminoácido é de cerca de<br />

120d, determine o peso molecular de cada proteína<br />

codificada por esses genes após a retirada dos íntrons.<br />

O PAPEL DO MATERIAL GENÉTICO E SEU MODO<br />

DE AÇÃO<br />

Os princípios sobre a transmissão das características<br />

genéticas elucidados por Mendel no século XIX, ao contrário<br />

de ser uma solução, foi nada mais nada menos que a pedra<br />

fundamental para o desenvolvimento dos estudos da<br />

hereditariedade. Se hoje sabemos muito sobre as leis gerais<br />

da genética, bem mais há para se descobrir, e porque não<br />

dizer manipular e inventar?<br />

Como reagiria Mendel ao se deparar com a quantidade de<br />

informações e particularidades que hoje extrapolam suas<br />

“desprezadas” conclusões. Os casos de co-dominância,<br />

interação gênica, heranças relacionadas com o sexo, alelos<br />

múltiplos enfim, se eles não explicam tudo, pelo menos não<br />

limitou a nossa criatividade e a busca por explicações.<br />

Mesmo não encontrando explicações para todas as formas<br />

de transmissão dos caracteres, nos enfronhamos,<br />

simultaneamente, a desvendar os mistérios que cercam as<br />

substâncias químicas responsáveis por tais características<br />

(fenótipos).<br />

Segredos sobre a constituição, estrutura e, sobre certos<br />

aspectos, da ação do DNA (material genético dos seres vivos)<br />

possibilitou a sua manipulação e, consequentemente, a<br />

realização de inúmeros projetos tecnológicos: terapias<br />

genéticas, seres transgênicos, programação de células,<br />

produção de tecidos, mapeamento genético, detecção<br />

antecipada de doenças genéticas, obtenção de órgãos para<br />

transplantes (com baixas possibilidades de rejeição) e, mais<br />

recentemente, a tão almejada clonagem.<br />

Não obstante o rápido avanço da ciência nesse campo, vale<br />

ressaltar que tal avanço não se dá da noite para o dia. A<br />

ciência avança dando passos, alguns curtos outros longos e<br />

até mesmo para trás. Foi a soma de todos esses passos que<br />

possibilitou chegarmos onde chegamos e que possibilitará<br />

irmos ainda mais longe. Neste caso, o céu não é o limite!!!<br />

A IDENTIFICAÇÃO QUÍMICA DOS GENES<br />

Muito tempo passou sem que conhecêssemos a<br />

constituição química e estrutural do material genético. Muitos<br />

71


ioquímicos acreditavam ser, tal composto, uma substância<br />

protéica. Por outro lado, cientes da existência dos<br />

cromossomos e de sua considerável proporção no interior das<br />

células, era comum levantar questões acerca da sua função:<br />

seriam eles, e não as proteínas, o material genético dos seres<br />

vivos? Ou será a ação conjunta das duas (proteína +<br />

cromossomo) substâncias que nos brinda com tamanha<br />

diversidade biológica?<br />

Ao tentar encontrar uma vacina contra a pneumonia causada<br />

por pneumococos, Frederick Griffith, um pesquisador<br />

britânico, em 1927, deu os primeiros passos para elucidar o<br />

problema. Sabendo que os pneumococos podem ser<br />

encontrados de duas formas: uma que possui, além da<br />

membrana plasmática e da parede celular, uma cápsula<br />

protéica, e outra, não-capsulada, realizou o experimento<br />

ilustrado a seguir:<br />

Injeção de pneumococos NÃO capsulados vivos em<br />

ratos não causam pneumonia.<br />

Visando solucionar o problema, repetiram o experimento<br />

acrescentando ao extrato quantidade significativa de<br />

desoxirribonuclease (enzima que degrada o DNA) e, como<br />

era de se esperar, não houve transformação bacteriana. Logo,<br />

o DNA foi o agente transformador – o DNA estava<br />

definitivamente eleito como sendo o material genético<br />

celular.<br />

Ainda na década de 40, os biólogos Beadle e Tatum através<br />

de estudos e experimentos com o bolor do pão (fungo<br />

Neurospora) conseguiram, através de exposição a raios X,<br />

produzir indivíduos (fungos) mutantes incapazes de produzir<br />

determinadas enzimas. Como a falta das enzimas<br />

impossibilitava o fungo de realizar determinadas etapas do<br />

seu metabolismo, estava assim estabelecida a relação entre o<br />

DNA (alterado) e a produção das enzimas.<br />

Numa etapa subsequente, os biólogos, testaram, de<br />

maneira precisa, qual das substâncias passou a ser necessária<br />

para cada mutante após a alteração enzimática. O<br />

experimento consistia em criar cada mutante num meio<br />

mínimo (de nutrientes) e, posteriormente, observar o seu<br />

“desenvolvimento”. Quando era constatado que um dos<br />

mutantes não se desenvolvia, era acrescentado ao meio<br />

mínimo um determinado aminoácido, caso o fungo<br />

respondesse à alteração do meio, era porque as mutações<br />

induzidas o impossibilitou de produzir o aminoácido<br />

fornecido.<br />

Injeção de pneumococos capsulados vivos em ratos<br />

causam pneumonia e os ratos morrem.<br />

Ao retirar uma amostra de sangue de ratos mortos,<br />

constatou a presença de pneumococos vivos e com cápsulas.<br />

De alguma forma as bactérias não capsuladas (inofensivas)<br />

Injeção foram transformadas de pneumococos na capsulados forma patogênica mortos (com por cápsula).<br />

aquecimento Atribuiu a modificação não causam a pneumonia tal “fator” e os de ratos transformação não que<br />

morrem não conseguiu purificar nem explicar do que se tratava.<br />

Posteriormente, em 1944, Avery, Mc Leod e Mc Carty,<br />

depois de repetir cuidadosamente os experimentos de<br />

Griffith, publicaram que, a partir de seus experimentos,<br />

haviam conseguido isolar do extrato uma fração que<br />

acrescentada ao meio onde havia bactérias não capsuladas,<br />

Injeção<br />

estas desenvolveram<br />

de extrato de pneumococos<br />

cápsulas.<br />

capsulados mortos<br />

com pneumococos NÃO capsulados vivos provoca<br />

pneumonia A fração e do os ratos extrato morrem. foi, posteriormente, reconhecida como<br />

sendo o DNA e, de imediato foi lhe atribuída a potencialidade<br />

transformadora das bactérias.<br />

No entanto, tal argumento não foi prontamente aceito, pois<br />

se considerava que as amostras do tal material poderiam estar<br />

contaminadas por proteínas. Como saber se a transformação<br />

não poderia ter sido provocada por elas?<br />

Tendo conseguido isolar três linhagens de mutantes,<br />

observou que a linhagem A apenas crescia no meio em que<br />

era acrescentado a arginina;<br />

a linhagem B crescia tanto num meio com arginina quanto<br />

num meio com citrulina e a linhagem C crescia tanto num<br />

meio com arginina, quanto num meio com citrulina e também<br />

num meio com ornitina.<br />

72


Assim foi possível estabelecer a sequência de reações que<br />

levam à produção de arginina:<br />

Logo, se mesmo na presença da ornitina e da citrulina a<br />

linhagem A não crescia era porque a mutação alterou o gene<br />

3 e, em conseqüência, como não era produzida a enzima 3,<br />

a arginina não era sintetizada:<br />

Da mesma forma, a linhagem B que crescia tanto no meio<br />

com citrulina como arginina, e não com a ornitina, concluise<br />

que a mutação desta feita alterou o gene 2 que, por<br />

codificar a enzima 2, impossibilitou a sua produção e a<br />

ocorrência da conversão de ornitina em citrulina:<br />

A linhagem C, por crescer em meio em que havia ornitina,<br />

citrulina ou arginina permitiu estabelecer o primeiro elo da<br />

cadeia de reação. Se, quando a ornitina estava presente<br />

ocorria produção de arginina, era porque a ornitina servia de<br />

substrato para a produção de citrulina. Se no entanto, não<br />

fosse produzida a ornitina, tal fato decorreria da ausência da<br />

atividade da enzima 1 que não foi produzida porque a<br />

mutação teria alterado o gene 1.<br />

A partir da interpretação dos resultados dos seus<br />

experimentos, Beadle e Tatum formularam a teoria “Um<br />

gene – uma enzima”. A teoria supõe que o DNA controla o<br />

metabolismo celular a partir de instruções para a produção de<br />

uma determinada enzima. Esta última controla uma das<br />

etapas dentre uma série de reações em cadeia. Na ausência da<br />

enzima a reação não ocorre e a seqüência de reações é<br />

interrompida.<br />

Mais recentemente, por constatar que muitas das proteínas<br />

do metabolismo celulares podem ser codificadas por dois ou<br />

mais genes, a teoria ficou estabelecida como “Um gene um<br />

polipeptídeo”; consequentemente, o gene é definido como<br />

sendo um fragmento de DNA que controla a informação para<br />

a síntese de um polipeptídeo.<br />

acontece quando consideramos o seu aspecto funcional.<br />

Se as células desempenham funções específicas, é fácil<br />

concluir que elas necessitam de proteínas diferentes logo,<br />

sendo a produção de proteínas depende da codificação<br />

contida no DNA, conclui-se que cada célula tem material<br />

genético, em atividade, distinto. É portanto, a expressividade<br />

ou não de determinada porção do DNA que garante a tão<br />

fantástica divisão de trabalho celular, também conhecida<br />

como especialização.<br />

Não obstante o reconhecimento da especialização, pouco<br />

sabemos como ele ocorre: de que maneira o DNA controla a<br />

produção de proteína? Como ele sabe a hora de parar ou de<br />

começar a síntese protéica?<br />

Partindo da constatação de que a bactéria Escherichia<br />

coli só produz a enzima beta galactosidade (que degrada a<br />

lactose) na presença do seu substrato, Jacob e Monod<br />

propuseram, em 1950, um modelo de regulação gênica, que<br />

de forma simplificada pode ser explicado como segue: ao<br />

longo de um segmento de DNA, considera-se a presença de 3<br />

genes estruturais que codificam a síntese de 3 enzimas (G1,<br />

G2 e G3) - a beta-galactosidase e duas outras associadas à<br />

absorção da lactose. Ainda no mesmo segmento encontramos<br />

um quarto gene denominado de operador. Esse segmento<br />

constituído por quatro genes é denominado de OPERON.<br />

Outro gene, denominado de regulador e localizado em outro<br />

segmento de DNA, é responsável pela produção de uma<br />

Você percebe que mesmo sem o conhecimento da estrutura<br />

do DNA – só estabelecida em 1953 por Watson e Crick, muito<br />

foi possível se concluir sobre o papel de tão fantástica<br />

substância.<br />

REGULAÇÃO GÊNICA A TEORIA DO OPERON<br />

Apesar de todas as células somáticas dos pluricelulares<br />

serem geneticamente idênticas, sabemos que o mesmo não<br />

substância inibidora da atividade do gene operador, este<br />

último estando inibido, impede a transcrição dos 3 genes<br />

estruturais e, consequentemente a produção das enzimas G1,<br />

G2 e G3. No entanto, quando fornecemos lactose à bactéria,<br />

73


ela se combina com a substância inibidora (produzida pelo<br />

gene regulador) e, esta última, tendo a sua forma alterada pelo<br />

substrato, não mais se combina com o gene operado.<br />

Assim, sem a ação da substância inibidora, o operador é<br />

considerado ligado e os genes estruturais desencadeiam a<br />

síntese das enzimas. Com a produção da beta-galactosidase e<br />

a conseqüente degradação da lactose, a substância inibidora<br />

volta a atuar sobre o operador e cessa-se a transcrição dos<br />

genes estruturais. Com a interrupção da transcrição, as<br />

enzimas deixam de ser produzidas.<br />

Nesse caso os genes, operador e promotor, controladores da<br />

atividade dos genes estruturais que produzem as enzimas<br />

envolvidas na síntese do aminoácido, estão permanentemente<br />

ligados. Assim, o regulador, que mesmo orientando a<br />

produção de uma suposta substância “inibidora” parece não<br />

atuar. Não é o que acontece: ele atua e produz o repressor em<br />

estado inativo, ou seja, que não desliga o operador nem o<br />

promotor e a célula mantêm uma produção constante de<br />

arginina. Quando a célula recebe um suprimento de arginina,<br />

esta se combina com o repressor, até então inativo,<br />

terminando por ativá-lo. Ativado, o repressor inibe a síntese<br />

da arginina.<br />

A Epigenética<br />

Como o ambiente influi em nossos genes?<br />

O modelo atual de OPERON considera a presença de um<br />

sexto gene denominado de promotor que, possivelmente,<br />

combina-se com a RNA-polimerase.<br />

Assim sendo, o gene regulador atua inibindo,<br />

simultaneamente o operador e o promotor, como mostra o<br />

esquema a seguir.<br />

O tipo de OPERON como o descrito anteriormente, atua por<br />

indução: o substrato ao combinar-se com o repressor induz a<br />

produção da enzima. No entanto, é conhecido outro tipo de<br />

OPERON que atua por repressão como, por exemplo, o que<br />

controla a produção do aminoácido arginina.<br />

QUE VOCÊ É DEPENDE DOS<br />

GENES QUE CARREGA AGORA<br />

ESTÁ CLARO QUE outra questão<br />

igualmente importante é "que genes<br />

você utiliza?". Como tudo em<br />

biologia, a química está no bojo dessa<br />

questão. As células do embrião recémformado<br />

podem transformar-se em<br />

qualquer tipo de tecido. Mas, à medida<br />

que o embrião cresce, passam a<br />

desempenhar papéis específicos que<br />

são transmitidos para sua progênie.<br />

A formação do corpo humano<br />

depende basicamente da modificação<br />

química dos cromossomos das<br />

células-tronco de forma a alterar a<br />

disposição dos genes que são ativados<br />

e desativados. Uma das descobertas<br />

mais revolucionárias na pesquisa<br />

sobre clonagem e células-tronco é que<br />

Além dos genes em si,<br />

um conjunto, de<br />

instruções influi na<br />

atividade dessas<br />

estruturas, informando<br />

quais estão ativas.<br />

Esse código<br />

epigenético transmite<br />

a informação através<br />

dos compostos<br />

químicos presos ao<br />

DNA ou à proteína<br />

histona que o DNA<br />

enrola em torno dos<br />

cromossomos. Os<br />

marcadores químicos<br />

ajudam a determinar<br />

se um gene está<br />

oculto numa parte<br />

altamente condensada<br />

do cromossomo, ou<br />

acessível para<br />

transcrição.<br />

essa modificação é reversível e pode ser influenciada pelas<br />

experiências do corpo. As células não desabilitam os genes<br />

permanentemente durante a diferenciação, mantendo apenas<br />

as necessárias num estado "prontas para trabalhar". Ao<br />

contrário, os genes que são desativados conservam a<br />

capacidade latente de trabalho - para criar as proteínas que<br />

codificam - e podem ser reativados, por exemplo, por<br />

exposição a certos componentes químicos do ambiente.<br />

Para os químicos é particularmente estimulante e<br />

desafiador o fato de o controle da atividade gênica envolver<br />

eventos químicos que ocorrem em escala maior que a dos<br />

átomos e moléculas chamada mesoescala - com a interação<br />

de grupos e arranjos moleculares maiores. A cromatina, uma<br />

mistura de DNA e proteínas que forma os cromossomos, tem<br />

uma estrutura hierárquica. A dupla hélice é enrolada em torno<br />

de partículas cilíndricas formadas por proteínas chamadas<br />

histonas, e essas fileiras de contas então empacotadas em<br />

estruturas mais complexas (ver ilustração). As células<br />

74


exercem controle sobre esse empacotamento: o estado<br />

ativado ou desativado de um gene depende de como e onde<br />

foi empacotado na cromatina.<br />

As células contêm enzimas; especializadas para<br />

remodelar a estrutura de<br />

cromatina, e essas enzimas<br />

desempenham papel na<br />

diferenciação celular. Em célulastronco<br />

embrionárias a cromatina<br />

parece ter uma estrutura mais solta e<br />

aberta: à medida que alguns genes<br />

tornam-se inativos, a cromatina fica cada<br />

vez granulosa e organizada. "A cromatina<br />

parece fixar e reter ou estabilizar o estado<br />

da célula", explica o patologista Bradley<br />

Bem Hospital Geral de Massachusetts.<br />

Além disso, essa modelagem da<br />

cromatina é acompanhada por<br />

modificações químicas tanto do DNA<br />

como das histonas. Pequenas moléculas<br />

presas a eles funcionam como rótulos que<br />

avisam o maquinário celular para silenciar<br />

os genes ou, ao contrário, liberá-los para<br />

entrar em ação. Essa rotulação é chamada de "epigenética”<br />

porque não altera a informação transportada pelos próprios<br />

genes.<br />

A determinação de até que ponto as células maduras<br />

podem voltar a ser pluripotenciais - se elas são tão boas<br />

quanto as verdadeiras células-tronco, que é uma questão vital<br />

para sua aplicação em medicina regenerativa - depende<br />

basicamente de até que distância a rotulação epigenética pode<br />

ser restaurada. Já não há dúvidas de que além do código<br />

genético, que decifra muitas das instruções celulares<br />

importantes, as células se comunicam numa linguagem<br />

química completamente separada da genética - a epigenética.<br />

“As pessoas podem apresentar predisposição genética para<br />

várias doenças, incluindo câncer, mas se a doença se<br />

manifestará ou não quase sempre depende de fatores<br />

ambientais que agem por meio desses trajetos epigenéticos",<br />

observa o geneticista Bryan Turner da Uníversity of<br />

Birmingliam na Inglaterra.<br />

Scientific American - novembro 2011<br />

Exercícios<br />

01. A genética é uma ciência que consiste em estudar:<br />

I- a natureza química do material genético.<br />

II- a anatomia e a morfologia dos seres vivos.<br />

III- os mecanismos de transmissão do material genético.<br />

IV- o modo de ação do material hereditário.<br />

São certas as afirmativas:<br />

[a] I e II apenas<br />

[b] I, II e IV apenas<br />

[c] I e IV apenas<br />

[d] II e III apenas<br />

[e] I, III e IV apenas<br />

02. Griffith, em 1928, realizou um famoso experimento,<br />

inoculando ratos com linhagem da bactéria Diplococus<br />

pneumoniae. Verificou que animais inoculados com<br />

bactérias não patogênicas vivas, mais um extrato obtido a<br />

partir de bactérias patogênicas mortas, contraíam pneumonia<br />

e morriam. O fenômeno revelado na experiência é conhecido<br />

por:<br />

[a] mutação<br />

[c] segregação gênica<br />

[b] transformação genética<br />

[d] interação gênica<br />

03. Considerando experimentações hipotéticas semelhantes<br />

às de Beadle e Tatum com Neurospora, vamos supor os<br />

seguintes resultados:<br />

Linhagem 1: cresce apenas em meio de cultura com a<br />

substância A.<br />

Linhagem 2: cresce em meio de cultura com as substâncias<br />

A ou B.<br />

Linhagem 3: cresce em meio de cultura com as substâncias<br />

A, B ou C.<br />

Linhagem 4: cresce tanto em meio de cultura com a<br />

substância A como em meio com as substâncias B, C ou D.<br />

A sequência de reações que se pode montar a partir desses<br />

resultados é:<br />

E-1 E-2 E-3 E-4<br />

[a] Subst. subst. A subst. B subst. C subst. D.<br />

E-1 E-2 E-3 E-4<br />

[b] Subst. subst. D subst. C subst. B subst. A.<br />

E-1 E-2 E-3 E-4<br />

[c] Subst. subst. B subst. C subst. D subst. A.<br />

E-1 E-2 E-3 E-4<br />

[d] Subst. subst. A subst. C subst. B subst. A .<br />

04. O esquema abaixo<br />

representa a seqüência<br />

de reações que leva à<br />

síntese de três<br />

hormônios:<br />

Um indivíduo que não<br />

sintetiza a enzima I:<br />

[a] deixa de produzir o AA-I.<br />

[b] acumula AA-II.<br />

[c] precisa receber hormônios III, IV e V.<br />

75


[d] precisa ingerir grandes quantidades de AA-I<br />

[e] deixa de produzir as enzimas II, III e IV.<br />

05. Considere as seguintes seqüências de reações:<br />

Um indivíduo tem<br />

anomalias na<br />

pigmentação do corpo<br />

e seu metabolismo é<br />

prejudicado pela falta<br />

do hormônio da<br />

tireóide;<br />

o<br />

funcionamento das<br />

glândula supra-renais, porém é normal. De acordo como o<br />

esquema, os sintomas que apresenta devem-se a alterações:<br />

[a] no gene I, exclusivamente.<br />

[b] nos genes I e II.<br />

[c] nos genes I e IV.<br />

[d] nos genes II e III.<br />

[e] nos genes III e IV.<br />

06. Pelotas-RS Um tema que vem despertando grande<br />

polêmica no Brasil atualmente é a liberação, para cultivo<br />

comercial, de plantas transgênicas. A obtenção dessas plantas<br />

se deve à biotecnologia.<br />

“A biotecnologia de genética molecular foi inicialmente<br />

aplicada a micróbios, mas hoje as mesmas técnicas estão<br />

sendo aplicadas a plantas e animais, resultando em tipos<br />

criados que nunca poderiam ter sido produzidos com a<br />

genética clássica. (...) Com a capacidade de mover genes de<br />

um organismo para outro, os cientistas produziram plantas<br />

que brilham porque expressam os genes de bioluminescência<br />

dos vaga-lumes; plantas que adquirem resistência ao frio por<br />

expressar genes anticongelantes de peixes, e camundongos<br />

gigantes que expressam os genes do hormônio de crescimento<br />

de ratos.”<br />

GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução à Genética. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara<br />

Koogan. 1998.<br />

O texto acima se refere a organismos transgênicos, que são<br />

aqueles em cujo genoma foi introduzido um gene de uma<br />

outra espécie ou mesmo um gene produzido em laboratório.<br />

Assinale a alternativa que define o que é um gene.<br />

a) Um gene é um cromossomo da célula vegetal ou animal.<br />

b) Um gene é um segmento do DNA que contém a<br />

informação necessária para a produção de uma<br />

determinada proteína.<br />

c) Um gene é uma proteína que tem função específica em<br />

uma determinada rota metabólica.<br />

d) Um gene é uma molécula de RNA que atua diretamente<br />

na síntese protéica.<br />

e) Um gene é uma cadeia de aminoácidos que codifica o<br />

código genético.<br />

BIOTECNOLOGIA<br />

Conjunto de técnicas que utilizam os seres vivos para a<br />

obtenção de processos e produtos de interesse da<br />

humanidade.<br />

Exemplos:<br />

- A utilização de bactérias para a produção de cerveja, vinho,<br />

coalhada, leite etc.<br />

- Melhoramento genético: obtenção de raças, por seleção<br />

artificial, de diversos seres por técnicas denominada de<br />

hibridação – cruzamento entre diferentes variedades de uma<br />

mesma espécie. Ex.: gatos, cães, cavalos, plantas etc.<br />

- Engenharia genética: são técnicas bastante sofisticadas de<br />

manipulação direta do material genético das espécies. É por<br />

esse processo que se produz os transgênicos. Transgênicos<br />

são seres vivos que tiveram genes, de outra espécie,<br />

implantados em seu genoma.<br />

- Terapia Gênica: inserção de genes funcionais em organismo<br />

que possuem a versão (alelo) não funcional.<br />

- Manipulação de Embriões: consiste na possibilidade de se<br />

retirar, dos embriões, células especiais que podem se<br />

diferenciar em qualquer outro tipo, com o propósito de<br />

reabilitar órgãos lesados. Essas células, uma vez<br />

implantadas em determinados tecidos, se diferenciam e<br />

passam a substituir aquelas que, por algum motivo deixaram<br />

de funcionar. São as chamadas células tronco que detêm<br />

essa potencialidade.<br />

- Exame de DNA: consiste na comparação entre segmentos<br />

de DNAs de indivíduos com o objetivo de se encontrar ou<br />

não semelhanças entre eles. É bastante comum o uso dessa<br />

técnica na pesquisa de paternidade, identificação de<br />

cadáveres, criminologia etc.<br />

Exercícios<br />

01. (Fuvest-SP) Uma maneira de se obter um clone de<br />

ovelha é transferir o núcleo de uma célula somática de uma<br />

ovelha adulta A para um óvulo de uma outra ovelha B do qual<br />

foi previamente eliminado o núcleo. O embrião resultante é<br />

implantado no útero de uma terceira ovelha C, onde origina<br />

um novo indivíduo. Acerca do material genético desse novo<br />

indivíduo, pode-se afirmar que:<br />

a) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da ovelha<br />

A.<br />

b) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da ovelha<br />

B.<br />

76


c) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da ovelha<br />

C.<br />

d) o DNA nuclear é igual ao da ovelha A, mas o DNA<br />

mitocondrial é igual ao da ovelha B.<br />

e) o DNA nuclear é igual ao da ovelha A, mas o DNA<br />

mitocondrial é igual ao da ovelha C.<br />

02. (UFCE) No início deste ano, o mundo foi surpreendido<br />

com a informação de que cientistas escoceses haviam clonado<br />

uma ovelha adulta. Partindo de células de glândulas mamárias<br />

de uma ovelha da raça Finn Dorset, a equipe do Dr. Iam<br />

Wilmut conseguiu gerar uma ovelha, à qual deram o nome de<br />

Dolly, geneticamente igual à ovelha doadora.<br />

O feito dos pesquisadores escoceses só foi possível porque:<br />

a) usaram células mamárias que, nos mamíferos, são células<br />

ainda não diferenciadas.<br />

b) fecundaram células mamárias com espermatozóides da<br />

mesma raça de ovelha.<br />

c) a diferenciação de uma célula envolve uma irreversível<br />

modificação de seu material genético.<br />

d) em qualquer célula todos os genes funcionam<br />

ininterruptamente durante toda a vida do organismo.<br />

e) sendo diplóides, as células mamárias têm todos os genes<br />

para a formação de um novo organismo.<br />

03. Identifique, a partir da análise da “impressão digital” dos<br />

DNAs abaixo, o pai da criança apresentada<br />

Resposta (___________)<br />

04. Uma tecnologia que vem sendo utilizada na obtenção da<br />

insulina envolve a transferência de um segmento de DNA que<br />

contém a informação genética da seqüência polipeptídica<br />

dessa proteína para uma bactéria, através de plasmídeos. Com<br />

essa informação, a bactéria é capaz de produzir insulina.<br />

Esse procedimento é viável, porque as bactérias:<br />

(01) reproduzem-se rapidamente por divisão binária,<br />

formando colônias.<br />

(02) dispõem de retículo endoplasmático rugoso que permite<br />

a ocorrência da síntese protéica.<br />

(04) podem ser manipuladas e facilmente cultivadas em<br />

meios não vivos.<br />

(08) utilizam o mesmo código genético das células<br />

eucarióticas.<br />

(16) possuem ribossomos funcionalmente semelhantes aos<br />

das células eucarióticas.<br />

(32) são capazes de utilizar aminoácidos diferentes dos que<br />

utilizam para sua própria síntese protéica.<br />

(64) apresentam material genético da mesma natureza do<br />

encontrado nas células eucarióticas.<br />

05. O nascimento da primeira égua clonada. Prometea, como<br />

foi batizada, nasceu da mesma égua da qual foi retirado o<br />

material para clonagem.<br />

(Veja, 13.08.2003)<br />

Em 2003, a clonagem de mamíferos já não é mais novidade.<br />

O primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta, a<br />

ovelha Dolly, nasceu em 1996. Contudo, o experimento que<br />

resultou na égua Prometea mereceu destaque por introduzir<br />

uma novidade metodológica que trouxe novos conhecimentos<br />

sobre o processo de clonagem e gestação de clones.<br />

Sobre os procedimentos metodológicos que resultaram na<br />

Dolly e na Prometea, pode-se dizer que:<br />

a) a ovelha Dolly desenvolveu-se no útero de um animal de<br />

uma espécie diferente da sua, enquanto Prometea<br />

desenvolveu-se no útero de um animal de sua própria espécie.<br />

b) a ovelha Dolly desenvolveu-se no útero de um animal de<br />

sua espécie, com o qual não tinha parentesco genético, e não<br />

herdou deste animal nada de seu material genético.A égua<br />

Prometea desenvolveu-se no útero de um animal de sua<br />

espécie, porém geneticamente aparentado, e herdou deste<br />

animal 50% de seu material genético.<br />

c) tanto a ovelha Dolly quanto a égua Prometea<br />

desenvolveram-se no útero de animais de suas espécies e cada<br />

uma delas herdou destes animais 50% de seu material<br />

genético.<br />

d) a ovelha Dolly e a égua Prometea desenvolveram-se no<br />

útero de animais de suas espécies. Por serem clones, ambas<br />

herdaram destes animais 100% de seu material genético.<br />

e) a ovelha Dolly desenvolveu-se no útero de um animal de<br />

sua espécie, e não herdou deste animal nada de seu material<br />

genético. A égua Prometea desenvolveu-se no útero de um<br />

animal de sua espécie, e herdou deste animal 100% de seu<br />

material genético.<br />

CONSULTEC - QUESTÕES 06 e 07<br />

“A pesquisa biomédica é sacudida de tempos em tempos por<br />

alguma nova moda. A da hora se chama células tronco e foi<br />

deflagrada em 1998, quando James Thomson da<br />

Universidade Wisconsin (EUA), conseguiu isolar as<br />

primeiras células tronco embrionária, as mais versáteis que<br />

existem – tanto que já se pensa em usá-las para tratar<br />

problemas tão diversos como quanto diabetes, mal de<br />

Parkinson e<br />

queimaduras. Mas é preciso ir devagar com o andor, porque<br />

há muitos obstáculos no caminho dessa<br />

77


(32) diferentes linhagens celulares obtidas de células-tronco<br />

resultam da interação de fatores genéticos e ambientais.<br />

08. (UFSC) Em um artigo sobre Genética e Ética, o Prof.<br />

Oswaldo Frota-Pessoa descreve:<br />

“Os gêmeos monozigóticos apresentam diferenças<br />

perceptíveis de disposição psicológica, pois o ambiente influi<br />

na personalidade e no temperamento praticamente tanto<br />

quanto os genes”.<br />

Portanto a clonagem não conseguirá um conjunto de pessoas<br />

mais semelhantes, digamos quanto à coragem, do que se<br />

consegue selecionando na população indivíduos não<br />

aparentados que demonstrem em testes e entrevistas terem<br />

esse atributo “.<br />

biotecnologia, e a controvérsia ética sobre destruição de<br />

embriões para obtê-las é só o mais visível deles.”<br />

(Leite in Folha de S. Paulo, p. 21)<br />

A figura esquematiza etapas dos processos de obtenção e o<br />

ouso terapêutico de células tronco embrionária.<br />

06. Do ponto de vista da <strong>Biologia</strong> Celular, a biotecnologia<br />

associada à obtenção de células-tronco embrionárias leva em<br />

consideração aspectos cruciais para o sucesso da experiência,<br />

com a:<br />

(01) utilização de células nos primeiros estágios da meiose<br />

gamética.<br />

(02) remoção do núcleo celular e a inclusão de novas<br />

informações genéticas.<br />

(04) produção de células somáticas a partir de divisões<br />

mitóticas sucessivas.<br />

(08) utilização de fatores protéicos associados à diferenciação<br />

célula.<br />

(16) Capacidade reprodutiva de células blásticas<br />

pluripotentes.<br />

(32) supressão da replicação do material genético original.<br />

07. Uma abordagem do processo ilustrado a partir de uma<br />

perspectiva genética permite afirmar:<br />

(01) As células-tronco sofrem alterações significativas na<br />

seqüência de nucleotídeos ao longo de divisões celulares.<br />

(02) As diferentes colônias de células-tronco oriundas de um<br />

mesmo embrião são geneticamente idênticas.<br />

(04) Células diferenciadas surgem, no final do processo,<br />

como conseqüência de recombinação gênica.<br />

(08) As características das células obtidas em cada colônia<br />

são produzidas pela incorporação de novas moléculas de<br />

DNA.<br />

(16) Em células-tronco embrionárias e em células tumorais,<br />

estão ausentes os fatores que regulam o processo de<br />

multiplicação celular.<br />

Podemos definir clone como:<br />

a) um dos membros de cada par de cromossomos<br />

geneticamente equivalentes, presentes em uma célula<br />

diplóide.<br />

b) classe de substâncias orgânicas formadas por átomos de<br />

carbono, hidrogênio e oxigênio.<br />

c) órgãos e estruturas que têm a mesma função, mas origem<br />

embrionária diferente.<br />

d) espécies em que os indivíduos são unissexuados.<br />

e) um grupo de células ou organismos, derivados de uma<br />

única célula ancestral ou indivíduo, sendo todos<br />

geneticamente iguais.<br />

09.(UESF-2009)<br />

O esquema<br />

abaixo compara,<br />

de forma<br />

resumida, o<br />

processo de<br />

expressão da<br />

informação<br />

genética em seres<br />

procariontes e<br />

eucariontes.<br />

A<br />

interpretação da<br />

figura e os<br />

conhecimentos<br />

atuais a respeito da expressão do código genético permitem<br />

concluir:<br />

A) A expressão da informação genética em bactérias ocorre<br />

através do processo de replicação do DNA circular.<br />

B) Apenas o gene eucariótico apresenta regiões denominadas<br />

de íntrons, que não são traduzidas em sequências específicas<br />

de aminoácidos.<br />

78


C) Os genes presentes no material genético de seres<br />

eucariontes produzem as proteínas necessárias para garantir a<br />

manutenção do metabolismo celular sem a necessidade de<br />

utilização do RNA.<br />

D) O RNA-polimerase transcreve apenas as regiões dos<br />

éxons na produção do pré-RNA mensageiro para que<br />

posteriormente, possa ocorrem a ação do splicing genético.<br />

E) A expressão do código genético das bactérias ocorre<br />

através de processos que se modificaram acentuadamente ao<br />

longo da evolução desse grupo, o que provocou uma<br />

diferenciação significativa em relação ao padrão eucariótico.<br />

encontram se os padroes de marcas obtidos após a realização<br />

do teste, considerando mãe, filho, primeiro suposto pai (P1?)<br />

e segundo suposto pai (P2?).<br />

10. (UESF 2010) A figura abaixo ilustra uma técnica<br />

utilizada pela engenharia genética na produção de insulina<br />

humana.<br />

A partir da análise dos padrões de marcas genéticas<br />

obtidas e considerando-se a identidade das marcas entre os<br />

indivíduos envolvidos no teste, pode-se concluir:<br />

A respeito do conhecimento pertinente a essa técnica, é<br />

possível afirmar:<br />

A) A técnica ilustra o processo de formação de organismos<br />

clones a partir da introdução do núcleo de células somáticas<br />

em óvulos previamente enucleados.<br />

B) A técnica objetiva destruir bactérias parasitas a partir da<br />

introdução de genes letais que impedem os processos de<br />

transcrição e tradução do material genético bacteriano.<br />

C) O plasmídeo vetor é utilizado nessa técnica para ativar a<br />

tradução do material genético introduzido e,<br />

consequentemente garantir a produção da proteína bacteriana.<br />

D) O material genético presente no nucleóide bacteriano<br />

comanda a síntese de insulina humana a partir da replicação<br />

de porções específicas da sua molécula de DNA.<br />

E) A transgenia produz DNA recombinante que, ao ser<br />

introduzido no organismo hospedeiro, comanda a formação<br />

da estrutura primária de cadeias polipeptídicas específicas.<br />

11. (UESB-2008) Durante um processo judicial para a<br />

confirmação da paternidade do filho de uma mulher, o juiz<br />

solicitou um teste de DNA. Esse teste baseia-se no fato de que<br />

cada pessoa apresenta um padrão único de marcas genéticas<br />

(seqüências de bases presentes na molécula de DNA de cada<br />

individuo). Considerando o DNA corno uma "impressão<br />

digital" do individuo, a comparação entre o DNA de duas<br />

pessoas pode evidenciar relações de paternidade. Na figura,<br />

a) O filho apresenta as marcas genéticas herdadas da mãe e<br />

do suposto pai 2.<br />

b) O filho apresenta as marcas genéticas herdadas da mãe e<br />

do suposto pai 1.<br />

c) O filho não apresenta marcas genéticas de nenhum dos<br />

supostos pais.<br />

d) O filho apresenta marcas genéticas herdadas apenas da<br />

mãe.<br />

e) Não é possível determinar a paternidade por meio desse<br />

resultado .<br />

PROJETO GENOMA HUMANO<br />

Consiste em sequenciar e mapear o DNA humano.<br />

Como a própria denominação sugere, o sequenciamento<br />

consiste em determinara s seqüências dos pares de bases<br />

nitrogenadas ao longo das cadeias de DNA. O mapeamento<br />

diz respeito à identificação dos genes, bem como sua<br />

localização nos cromossomos e suas funções. De posse de<br />

tais informações, surgem grandes possibilidades de<br />

aplicações, tais como:<br />

- Diagnóstico precoce de muitas doenças de caráter<br />

hereditário;<br />

- Produção de drogas específicas para essas disfunções<br />

genéticas;<br />

- Identificação genética de pessoas;<br />

- Terapia Gênica; inserção de genes funcionais em organismo<br />

que possuem a versão (alelo) não funcional.<br />

79


- Transgenia, a inserção de genes humanos em outros animais<br />

e ou plantas que passariam a produzir substâncias químicas<br />

de nosso interesse.<br />

Não obstante, há implicações de caráter social que merecem<br />

reflexões, a saber:<br />

- A utilização, por exemplo, de uma empresa seguradora que<br />

se recusa prestar serviços às pessoas, cuja identidade<br />

genética revelam possibilidades de determinadas<br />

disfunções;<br />

- Pessoas que, diante do mesmo quadro, teriam a recusa de<br />

contratos de trabalho;<br />

- Acentuação da discriminação racial em função da<br />

descoberta de grupos gênicos de determinadas raças.<br />

O DNA HUMANO EM NÚMEROS<br />

O DNA humano, em seu conjunto, com cerca de<br />

aproximadamente 1,80m, segundo dados da empresa<br />

particular Celera Genomic Corportion, apresenta 3,2 bilhões<br />

o número de pares de base (pb) com uma estimativa de 30 a<br />

40 mil genes. No entanto, desse total de pb, apenas 1,4%<br />

corresponderia às regiões com significado metabólico, ou<br />

seja, que codificam informações que podem ser transcrita em<br />

polipetídeos. O restante desses pares de bases foi<br />

denominado de DNA “lixo” por ter função desconhecida ou<br />

não desempenhar nenhum papel funcional. Constatou-se<br />

ainda, que quase a metade do DNA é constituída por<br />

segmentos que se repetem.<br />

Apesar do projeto Genoma Humano dominar a maior parte<br />

das divulgações em revistas científicas, estão em curso nos<br />

diversos institutos de pesquisas do mundo, uma grande<br />

quantidade de projetos de sequenciamento de DNA das mais<br />

diversas espécies de interesse econômico, médico etc.<br />

PROJETO PROTENOMA<br />

Já em andamento, como uma espécie de continuação do<br />

projeto genoma, o projeto protenoma. Esse último visa<br />

descobrir o conjunto de proteínas produzidas pelo diversos<br />

tipos celulares e codificadas em seus diversos genes.<br />

Exercícios<br />

02. (UFBA) O diagrama abaixo evidência aspectos da<br />

dinâmica do material genético.<br />

A partir da análise do<br />

diagrama, pode-se concluir:<br />

[01] Os nucleotídeos<br />

simbolizados na figura são<br />

característicos da molécula<br />

de DNA.<br />

[02] A mudança de um<br />

nucleotídeo o em qualquer<br />

posição muda o significado do códon.<br />

[04] Cada aminoácido corresponde um único códon.<br />

[08] O aminoácido leucina pode ser transportado por mais de<br />

um RNA transportador.<br />

[16] Em relação à isoleucina, alterações na posição 3 podem<br />

não determinar erros na cadeia polipeptídica.<br />

[32] As modificações herdáveis na seqüência de bases no<br />

códon decorre, de erros na molécula de RNA.<br />

[64] O arranjo linear dos nucleotídeos constitui as mensagens<br />

genéticas.<br />

03. UESB-2010/2<br />

Com base na análise da figura e nos conhecimentos<br />

relacionados a ocorrência de mutações na molécula de DNA,<br />

pode-se afirmar:<br />

1) A situação apresenta uma mutação na seqüência de<br />

aminoácidos que teve a síntese de uma proteína<br />

modificada, mas que permanece a executar a mesma<br />

função.<br />

2) A modificação da trinca de nucleotídeos, na situação C,<br />

não acarreta mudança da seqüência de aminoácidos da<br />

proteína, sendo considerada urna mutação silenciosa.<br />

3) 0 fluxo correto da informação genética pode ser<br />

observado nas células sem mutação, a partir da utilização<br />

do DNA como molde para síntese de mRNA, processo<br />

denominado tradução.<br />

4) A alteração de todos os nucleotídeos que compõem o<br />

códon na molécula de DNA observada na situação B<br />

possibilita uma interrupção temporária da síntese<br />

protéica.<br />

5) A introdução de uma nova base nitrogenada na seqüência<br />

de nucleotídeos na situação A, apesar de alterar um dos<br />

aminoácidos, leva a síntese de urna mesma proteína.<br />

80


04. (UEFS-2010/1) O diagrama ilustra, de forma<br />

simplificada, o processo de transcrição e tradução do código<br />

genético nos seres eucariontes.<br />

deverão ser produzidos: mensageiro, transportador e<br />

ribossômico.<br />

5) O splicing ocorre durante a formação do RNA<br />

mensageiro e permite – dependendo da posição dos<br />

cortes e emendas – produzir mais de um tipo de proteína<br />

a partir de um único gene.<br />

Questões 06 e 07 (UESC)<br />

A figura ilustra, de forma simplificada, processos envolvidos<br />

na transferência da informação genética em célula<br />

eucariótica.<br />

A partir da análise do diagrama juntamente com o<br />

conhecimento pertinente ao tema, pode se afirmar:<br />

1) O gene A, como qualquer outro gene presente em células<br />

eucarióticas, é responsável pela expressão de apenas uma<br />

única característica genética.<br />

2) O processo ilustrado é característico da etapa S da<br />

interfase, durante a ativação do material genético.<br />

3) O momento X representa o splicyng, que permite a<br />

eliminação das porções inativa (íntrons) e a fusão das<br />

porções ativa (éxons), durante a formação do RNAm.<br />

4) Os ribossomos permanecem ativos, coordenando a<br />

formação do RNAm, durante a transcrição do código<br />

genético.<br />

5) A replicação é o processo que sempre precede a<br />

transcrição e a tradução da informação genética.<br />

05. (UESB-2009) A ilustração a seguir esquematiza o<br />

processo de corte e emenda (splicing) que ocorre em uma das<br />

etapas que envolve a expressão da informação genética de um<br />

célula eucariótica.<br />

A partir da interpretação do esquema, é possível afirmar:<br />

1) Esse evento ocorre durante a replicação do material<br />

genético.<br />

2) O splicing é fundamental durante a acoplagem das<br />

unidades do ribossomo na molécula do RNA mensageiro<br />

para dar início à síntese de proteínas.<br />

3) Os éxons são segmentos não codificantes da molécula de<br />

DNA presentes na porção heterocromática dos<br />

cromossomos.<br />

4) O processo de corte emenda ilustrado permite ao<br />

processo de transcrição diferenciar os tipos de RNAs que<br />

06. A análise do contexto celular ilustrado exige reconhecer<br />

que:<br />

1) as moléculas do RNA mensageiro são os únicos produtos<br />

da transcrição.<br />

2) a cadeia polipeptídica é construída pela recombinação de<br />

apenas quatro diferentes tipos de monômeros.<br />

3) os ribossomos contribuem com a produção do ATP<br />

necessário ao processo de tradução.<br />

4) a seqüência dos aminoácidos da proteína expressa a<br />

informação genética da célula.<br />

5) os dois filamentos da molécula do DNA são<br />

simultaneamente transcritos.<br />

07. O fluxo da informação genética, até a sua tradução,<br />

envolve uma maquinaria complexa com diversos<br />

componentes moleculares, entre os quais os tRNAs. O tRNA<br />

desempenha um papel crucial no processo de tradução,<br />

porque:<br />

01) proporciona a formação de pontes de hidrogênio entre o<br />

aminoácido e um códon específico.<br />

81


02) oferece uma seqüência denominada de anticódon, que é,<br />

necessariamente, complementar a uma seqüência de RNA<br />

ribossômico.<br />

03) contém as informações genéticas para a síntese da<br />

proteína.<br />

04) estabelece, através do anticódon, a relação entre um<br />

determinado aminoácido e uma seqüência do RNA<br />

mensageiro.<br />

05) transporta os aminoácidos do citoplasma para o núcleo.<br />

08. Considere a tabela abaixo,<br />

contendo códigos de trincas de bases<br />

do DNA com os aminoácidos<br />

correspondentes, para resolver os itens<br />

seguintes:<br />

a) Determine a seqüência de bases do RNAm que foi<br />

utilizado para sintetizar o seguinte polipeptídeo: 1 - 2<br />

– 3 –1- 4 – 5.<br />

b) Se ocorresse uma substituição, por uma purina, na 3ª base<br />

do código correspondente ao 6º aminoácido do<br />

polipeptídeo, qual seria o aminoácido da tabela a ser<br />

incorporado?<br />

c) Qual é o anticódon correspondente ao novo aminoácido<br />

incorporado?<br />

QUESTÕES 10 E 11 UESC – 2008<br />

10. Os genes distribuem-se de forma linear rios cromossomos<br />

em posições definidas. Dessa ordem básica, decorre a<br />

organização cromossômica que pode atender à<br />

funcionalidade exigida a uma estrutura hereditária e<br />

informativa em suas características morfofisiológicas, como<br />

a) a transcrição preserva, na molécula transcrita, a<br />

mesma composição nucleotídica da seqüência<br />

modelo.<br />

b) a replicação semiconservativa garante; em 50% das;<br />

moléculas-filhas, mesma identidade genética da<br />

molécula-mãe.<br />

c) as instruções genéticas tão inseridas quimicamente na<br />

seqüência do DNA.<br />

d) os erros na seqüência nucleotídica de um gene<br />

localizado em um dos cromossomos homólogos<br />

inativa o outro gene alelo.<br />

e) a formação de pares AT e GC, na síntese do DNA, é<br />

subordinada a enzima especificas que catalisam a<br />

formação de pontes de hidrogênio:<br />

11. Niremberg teve 71 publicações sobre neurobiologia nos<br />

últimos 20 anos. Mas com toda sua produtividade, esses<br />

estudos nunca eclipsarão sua decifração da linguagem de A,<br />

T, G e C. Ele não parece se importar com o fato de não ser<br />

muito conhecido por isso: "Decifrar o código genético foi<br />

fantasticamente divertido", diz.<br />

Foi mesmo muito excitante. A fama pode ser fugaz, mas o<br />

código genético resistirá enquanto houver vida.<br />

(REGIS, 2007, p. 30 ) .<br />

Estudos de Niremberg e de muitos outros pesquisadores<br />

contribuíram com esclarecimentos essenciais para a<br />

decifração do código genético, entre os quais se identifica:<br />

a) O códon de iniciação e o de terminalização são idênticos<br />

em procariotos e em eucariotos<br />

b) A alteração em uma das bases da trinca é sempre<br />

suficiente para repercutir em uma mutação na cadeia<br />

polipeptídica.<br />

c) A combinação de três bases entre os quatro possíveis<br />

nucleotídeos implicou necessariamente a<br />

correspondência dê uma trinca para cada aminoácido.<br />

d) A tarefa de decifração envolveu a identificação exata da<br />

seqüência dos três nucleotídeos que codificam, cada um<br />

dos aminoácidos.<br />

e) A decodificação da informação genética ocorre com a<br />

participação direta da molécula de DNA.<br />

12. Sendo dado pode-se afirmar:<br />

(01) A ligação que ocorre entre duas dessas substâncias é dita<br />

peptídica e pode dar-se em qualquer ponto do composto.<br />

(02) A reunião de 100 dessas moléculas liberariam 99<br />

moléculas de água.<br />

(04) A substância sintetizada a partir desse tipo de composto<br />

ocorre ao nível dos ribossomos.<br />

(08) Substâncias sintetizadas a partir desse composto só<br />

aparecem em vegetais, pois são autótrofos.<br />

(16) 80 ligações peptídicas entre essas substâncias utilizariam<br />

80 bases nitrogenadas.<br />

(32) Se uma molécula for constituída de 120 dessas<br />

subunidades, o número de ligações entre elas será de 119.<br />

(64) Para codificar a molécula anterior serão necessários 120<br />

códons e 360 bases nitrogenadas no RNAm.<br />

14. (U. Católica de Brasília-DF) Suponha que uma molécula<br />

de DNA seja constituída de 2.100 nucleotídeos, e, destes,<br />

15% são de guanina. De acordo com esses dados e seus<br />

conhecimentos, pode-se afirmar:<br />

a) A quantidade de nucleotídeos contendo adenina, nessa<br />

molécula, será de 630.<br />

b) A quantidade de nucleotídeos contendo citosina será de<br />

735.<br />

c) Essa molécula de DNA poderá formar uma proteína<br />

contendo, no máximo, 700 aminoácidos.<br />

d) Essa molécula de DNA deverá conter 30% de nucleotídeos<br />

contendo timina.<br />

82


e) O RNAm que será transcrito desse DNA deverá conter<br />

2.100 códons.<br />

Questões de 18 a 20<br />

e) a estabelecimento da célula eucariótica depende da<br />

evolução de um código genético próprio.<br />

UESB – 2006 22 e 23<br />

Há muito o DNA deixou de ser assunto exclusivo de<br />

cientistas. As discussões sobre a molécula da vida saíram dos<br />

livros de biologia para o cotidiano de todos; passam pelas<br />

prateleiras dos supermercados e pelos tribunais. Isso sem<br />

contar as discussões éticas que tratam de temas, como a<br />

clonagem humana ou a seleção de características dos filhos,<br />

trazendo à mente a sombria lembrança da eugenia.<br />

(WATSON; 2005, p. 205).<br />

22. O reconhecimento do DNA como a molécula da vida está<br />

associado a características inerentes a essa molécula, entre as<br />

quais se destaca:<br />

18. A análise do diagrama permite inferir que<br />

a) a seqüência de aminoácidos de uma proteína é ditada<br />

diretamente de um gene.<br />

b) o tRNA é o intermediário entre o mRNA e o rRNA.<br />

c) a transcrição é um processo que converte um filamento<br />

de DNA em um filamento de RNA.<br />

d) replicação é uma das etapas de síntese de proteína<br />

e) expressão gênica se concretiza na especificação da<br />

cadeia polipeptídica.<br />

19. O tRNA tem função crucial na tradução da mensagem<br />

genética,<br />

1) catalisando a ração em que o aminoácido é inserido na<br />

cadeia polipeptídica.<br />

2) assegurando a ligação do aminoácido ao RNA.<br />

3) condicionando o posicionamento do aminoácido à<br />

complementaridade entre trincas do tRNA e códon do<br />

mRNA.<br />

4) induzindo à formação do complexo ribossomal pela<br />

associação de suas subunidades.<br />

5) proporcionando a síntese simultânea de várias cadeias<br />

polipeptídicas.<br />

20. No contexto da evolução celular, a análise da ilustração<br />

permite considerações, como:<br />

a) a composição química que inclui ácidos graxos, açúcar e<br />

compostos nitrogenados.<br />

b) a formação de uma cadeia polinucleotídica com<br />

extremidades idênticas.<br />

c) a organização molecular definida por trincas<br />

nudeotídicas interrompidas regularmente por repetições<br />

de timinas.<br />

d) a complementaridade de bases na dupla hélice,<br />

garantindo um molde para a formação de novas<br />

moléculas.<br />

e) um duplo filamento de aminoácidos unidos por ligações<br />

peptídicas.<br />

23. A popularização do DNA está associada<br />

a) à possibilidade de uso dessa molécula como eficiente<br />

fonte nutricional.<br />

b) ao cultivo de plantações com maior potencial genético de<br />

resistência a pragas.<br />

c) à identificação precoce de todas as características de um<br />

bebê, devido à autonomia dos genes na expressão do<br />

fenótipo.<br />

d) à realização de processos de clonagem reprodutiva fora<br />

de um ambiente celular específico.<br />

e) à uniformidade, em humanos, de todas as informações<br />

codificadas nos genes.<br />

a) a compartimentação celular é uma exigência para a<br />

realização das diferentes etapas do processo ilustrado.<br />

b) a dinâmica da célula é intrinsecamente condicionada ao<br />

processo de síntese protéica.<br />

c) o processo da replicação é uma etapa essencial para a<br />

síntese das enzimas.<br />

d) a produção de proteínas é um processo que se desenvolve<br />

por meio de mecanismos moleculares básicos<br />

diferenciados em procariotos e eucariotos.<br />

83


24. (UNEB-99) A<br />

figura ilustra,<br />

esquematicamente,<br />

um estágio na<br />

replicação da<br />

molécula que<br />

contém a<br />

informação<br />

hereditária.<br />

O mecanismo que<br />

garante a fidelidade<br />

do processo, de<br />

modo a produzir<br />

moléculas<br />

geneticamente idênticas à molécula mãe é a:<br />

b) O DNA, ao se estabelecer no mundo vivo, trouxe como<br />

inovação a imutabilidade genética, que se caracterizou<br />

por uma maior estabilidade à expressão da informação,<br />

favorecendo a função evolutiva.<br />

c) O RNA primordial, ao se replicar, produzia proteínas que<br />

construíam mais moléculas de RNA.<br />

d) O controle metabólico dos primeiros seres vivos era<br />

realizado de uma forma mais propensa a erros através da<br />

atividade de moléculas de ácidos ribonucléicos.<br />

e) As membranas internas presentes nos primeiros seres<br />

delimitavam o material nuclear, aumentando a eficiência<br />

no controle das ações metabólicas<br />

a) replicação semiconservativa.<br />

b) utilização de apenas 4 tipos de nucleotídeos.<br />

c) participação de enzimas específicas para a formação de<br />

cada par de bases.<br />

d) ação específica do DNA-polimerase para fazer as pontes<br />

de hidrogênio.<br />

e) formação de pares de bases púricas e pares de bases<br />

pirimídicas.<br />

25. (F.Objetivo-SP) A lisozima é uma proteína de massa<br />

molecular 12000. Considerando a massa molecular média dos<br />

aminoácidos igual a 120, podemos concluir que o pedaço da<br />

hélice de DNA que codifica esta proteína deve ter:<br />

a) 100 nucleotídeos b) 1000 nucIeotídeos<br />

b) 12 000 nucleotídeos d) 10 6 nucleotídeos<br />

c) 300 nucleotídeos<br />

Questões de 26 a 28 UESB 2011-2<br />

26. Os primeiros corpos autopoiéticos envoltos por<br />

membrana provavelmente eram regidos apenas pelo RNA.<br />

Eles podiam replicar-se e sintetizar proteínas que produziam<br />

mais RNA. O desenvolvimento da molécula de DNA de fita<br />

dupla muito mais longa e menos propensa a acidentes deve<br />

ter ocorrido mais tarde, assumindo gradualmente a função de<br />

molde ou modelo para a cópia de RNA. (MARGULIS &<br />

SAGAN, 2002, p.51).<br />

A respeito da importância do material genético presente no<br />

a-biente interno dos primeiros protobiontes, é possível<br />

afirmar:<br />

a) O RNA inaugurou o controle metabólico dos<br />

protobiontes, produzindo cadeias polipeptídicas com o<br />

auxílio do DNA primordial.<br />

84


METABOLISMO CELULAR<br />

Denominamos de metabolismo o conjunto de reações<br />

químicas que ocorrem ao nível celular.<br />

Considerações acerca das reações metabólicas energéticas:<br />

1. As reações que ocorrem durante as diversas formas de<br />

metabolismo energético são denominadas de reações de oxiredução.<br />

Consideraremos como redução e oxidação os<br />

fenômenos de ganho e perda de hidrogênios,<br />

respectivamente.<br />

possuem, na sua estrutura, além dos aminoácidos,<br />

um composto não-protéico, que é denominado de co-enzima,<br />

como mostra o esquema A composição parte protéica mais a<br />

co-enzima é denominada de holoenzima. Os NADs e FADs<br />

são exemplos de co-enzimas.<br />

Propriedades:<br />

Reversibilidade Como as enzimas não se desgastam<br />

durante as reações, elas podem atuar diversas vezes e em dois<br />

sentidos como expressa a equação geral:<br />

Ex.:<br />

C6H12O6 + 6 O2 6CO2 + 6 H2O 38 ATP<br />

E= enzima S= Substrato P = Produto<br />

A glicose por perder hidrogênio para o oxigênio foi oxidada<br />

e o oxigênio que recebeu os hidrogênios da glicose foi<br />

reduzido.<br />

2. Os hidrogênios quando liberados de seus respectivos<br />

substratos, são temporariamente retidos e transportados pelos<br />

denominados transportadores intermediários de hidrogênios<br />

e, posteriormente cedidos para os seus aceptores finais dentre<br />

os aceptores intermediários destacam-se os NADs e FADs<br />

que se apresentam sob forma reduzida e oxidada como segue:<br />

(NAD= nicotinamida adenina dinucleotídeo)<br />

(FAD = flavina adenina dinucleotídeo)<br />

NAD + H2 NADH2<br />

oxidados<br />

FAD + H2 FADH2<br />

reduzidos<br />

3. As reações químicas metabólicas para ocorrerem de forma<br />

rápida, atendendo a demanda energética das células,<br />

dependem da presença de catalisadores biológicos<br />

denominados de enzimas. As enzimas têm o de acelerar as<br />

reações. Essa propriedade enzimática reside no fato dela,<br />

a enzima, reduzir a quantidade de energia necessária para a<br />

reação se iniciar – energia de ativação. Energia de ativação<br />

é a menor quantidade de energia necessária para desencadear<br />

uma reação química.<br />

Em geral, as enzimas têm denominações em função do<br />

tipo de substrato sobre os quais elas atuam. Assim a enzima<br />

que atua sobre o lipídio teria o nome de lipídio acrescido do<br />

sufixo ase, como seguem os exemplos:<br />

SUBSTRATO ENZIMA PRODUTOS<br />

Lipídios Lípase<br />

Ácido graxos +<br />

glicerol<br />

Amido Amilase Maltose<br />

Maltose maltase Glicose<br />

Não obstante a técnica de nomenclatura, algumas enzimas<br />

não se enquadram nesse sistema, sobretudo àquelas<br />

descobertas antes do surgimento da regra. Ex. ptialina,<br />

tripsina etc.<br />

Especificidade uma enzima é específica para um<br />

determinado substrato, visto que elas possuem uma<br />

configuração (forma) espacial definida, o seu acoplamento ao<br />

substrato obedece a um mecanismo denominado de chavefechadura.<br />

Enzimas:<br />

Constituição: As enzimas<br />

muitas vezes são proteínas<br />

simples, isto é, constituída<br />

apenas por aminoácidos.<br />

Outras, no entanto,<br />

Termolabilidade (termolábeis) Pelo fato das proteínas<br />

fazerem parte da sua constituição, as enzimas são bastante<br />

sensíveis às mudanças de temperatura. Em baixa temperatura<br />

85


sua atividade é baixa ou inexistente; em temperatura elevada,<br />

tem a sua forma alterada – desnatura.<br />

As enzimas atuam de forma mais o menos eficiente,<br />

a depender de três fatores: Concentração, pH (potencial de<br />

hidrogênio) e temperatura conforme os gráficos que seguem:<br />

Inibição Enzimática:<br />

Podemos impedir o encontro da enzima como o seu<br />

respectivo substrato, impedindo que uma determinada reação<br />

aconteça, colocando no meio onde ela atua, substâncias com<br />

uma forma espacial parecida com a do seu substrato assim, a<br />

enzima, ao se combinar com o falso substrato o faz de forma<br />

irreversível e não mais serve como catalisador. O falso<br />

substrato é denominado de inibidor enzimático e o<br />

fenômeno em questão de inibição enzimática. É desta forma<br />

que os antibióticos atuam.<br />

TIPOS DE METABOLISMO<br />

Didaticamente costumamos considerar dois tipos básicos de<br />

metabolismo:<br />

Catabolismo: reações de degradação de substâncias e,<br />

portanto, de liberação de energia. Pode ser denominado ainda<br />

de reações exergônicas, exotérmicas ou morro-abaixo.<br />

Ex.: Fermentação e respiração.<br />

Anabolismo: reações de construção de substância e,<br />

portanto, de consumo de energia. Pode ser denominado de<br />

reações endotérmicas, endergônicas ou morro-acima.<br />

EXERCÍCIOS<br />

Ex.: Fotossíntese, quimiossíntese.<br />

01. Sobre as reações metabólicas das células e sua eficiência<br />

relativa pode-se afirmar:<br />

(01) Reações endergônicas por liberarem mais energia do que<br />

consomem, dependem obrigatoriamente de catalisadores.<br />

(02) As reações biológicas são enzima-dependente. Na<br />

ausência destes catalisadores elas não ocorrem, ou quando o<br />

fazem é de modo bastante lento.<br />

(04) A especificidade das enzimas pode ser alterada devido<br />

ao fato de serem termo-lábeis.<br />

(08) O princípio da competição enzimática é estabelecido<br />

quando, por algum agente externo ou interno, a enzima<br />

"perde" a capacidade de atuar sobre o seu respectivo<br />

substrato.<br />

(16) pH, temperatura e concentração relativa enzimasubstrato,<br />

são fatores capaz de alterar a velocidade das<br />

reações enzimáticas. À exceção dos dois primeiro, eles<br />

podem alterar a estrutura da enzima tornando-a inativa.<br />

(32) A redução na quantidade de energia de ativação, na<br />

presença de catalisadores, pode ser explicada pelo fato da<br />

enzima aumentar os choques entre as moléculas dos<br />

reagentes, tornando mais provável o encontro entre os pontos<br />

(das moléculas) onde os compostos reagem.<br />

(64) Na presença de um catalisador especifico é dispensada a<br />

energia de ativação.<br />

02.(UESB-2010-2)<br />

Com base na análise do gráfico e no conhecimento<br />

pertinente a esse<br />

tema, é correto<br />

afirmar:<br />

01) As enzimas<br />

aceleram a<br />

velocidade das<br />

reações<br />

metabólicas,<br />

devido a redução<br />

da energia de ativação das reações por elas catalisadas como<br />

pode ser observado na Reação 2.<br />

02) As enzimas ligam-se de forma inespecífica ao seu<br />

substrato, podendo interagir, indiscriminadamente, com<br />

diversos tipos de moléculas presentes nas células.<br />

03) Pequenas moléculas inorgânicas, denominadas<br />

coenzimas, inibem a ação enzimática, diminuindo a energia<br />

de ativação de uma reação metabólica.<br />

04) As enzimas aumentam a energia de ativação de uma<br />

reação metabólica, fazendo com que esta possa ocorrer em<br />

velocidades compatíveis com o normal funcionamento<br />

celular, como observado na Reação<br />

05) Enzimas atuam de modo a reduzir a velocidade de<br />

chegada ao estado de transição reagente-produto, sendo<br />

consumidas a medida que a reação química sobre as quais<br />

atuam é catalisada.<br />

03.(UEFS-213-2) Se há perigo de superaquecimento [do<br />

corpo], o hipotálamo transmite impulsos que estimulam as<br />

glândulas sudoríparas a aumentar sua atividade e dilatar os<br />

vasos sanguíneos na pele, de modo que um aumento no fluxo<br />

sanguíneo resulta em uma perda maior de calor. O hipotálamo<br />

também pode estimular o relaxamento dos músculos e assim<br />

minimizar a produção de calor nesses órgãos. (COHEN;<br />

WOOD, 2002,p. 378).<br />

86


Com base nas informações a respeito da termorregulação<br />

corpórea, marque V para as afirmativas verdadeiras e F, para<br />

as falsas.<br />

( ) Os músculos são especialmente importantes na regulação<br />

da temperatura, porque as variações na quantidade de<br />

atividade muscular podem prontamente aumentar ou diminuir<br />

a quantidade total de calor produzida.<br />

( ) A atuação da porção endócrina do hipotálamo favorece a<br />

termorregulação corpórea, ao desenvolver estratégias<br />

fisiológicas que mantém a temperatura do corpo na faixa dos<br />

37 o C.<br />

( ) A vasodilatação periférica provoca um resfriamento do<br />

corpo em uma ação característica de ambientes onde a perda<br />

de calor seja maior que a produção, a partir do metabolismo<br />

energético celular.<br />

( ) O perigo de um superaquecimento corpóreo se configura<br />

na perda progressiva da ação enzimática, que interfere na<br />

capacidade da célula de manter as suas taxas metabólicas<br />

dentro de um padrão de normalidade.<br />

A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para<br />

baixo, é a<br />

e) a enzima B indica uma alta resistência ao calor, como as<br />

que ocorrem, por exemplo, em bactérias termófilas.<br />

05.(Unifor-CE) As afirmações abaixo referem-se à atividade<br />

de enzimas. Assinale as alternativas corretas.<br />

(01) As enzimas aceleram a velocidade da reação sobre a qual<br />

elas atuam.<br />

(02) Cada enzima catalisa, normalmente, apenas um tipo de<br />

reação química.<br />

(04) Quanto maior a temperatura, maior a velocidade de<br />

reação.<br />

(08) Cada enzima tem seu ótimo de atividade em um<br />

determinado pH.<br />

(16) A velocidade inicial da reação é a mesma qualquer que<br />

seja a concentração do substrato e da enzima específica.<br />

(32) No decorrer de uma reação, ocorre, via de regra, a<br />

desnaturação da enzima específica.<br />

06. O esquema abaixo ilustra aspectos da atividade<br />

enzimática<br />

A) V V V V<br />

B) F F F V<br />

C) V F V F<br />

D) V F F V<br />

E) F V F F<br />

04.(UEFS-2010/2) O gráfico representa a variação da<br />

velocidade de reação em relação à variação da temperatura do<br />

ambiente de duas classes distintas de enzimas.<br />

A propriedade enzimática que se evidencia através do<br />

esquema é:<br />

a) apresentar natureza protéica.<br />

b) acelerar a velocidade das reações.<br />

c) exigir pH apropriado para agir.<br />

d) participar em reações reversíveis.<br />

e) atuar sobre determinadas temperaturas.<br />

Considerando-se a análise das informações contidas no<br />

gráfico, pode-se inferir que<br />

a) as enzimas representadas participam de reações distintas<br />

e em locais distintos, ao longo do trato digestivo humano.<br />

b) a enzima B é característica de um indivíduo humano em<br />

estado febril, com temperatura corpórea acima de 40°C.<br />

c) a capacidade de manutenção da estrutura terciária da<br />

enzima A é maior do que se comparada à enzima B.<br />

d) variações de temperatura a partir da faixa ótima<br />

interferem mais na velocidade de reação da enzima A do<br />

que na velocidade de reação da enzima B.<br />

07.(UFRS) O<br />

gráfico abaixo<br />

refere-se às taxas de<br />

fotossíntese de uma<br />

planta em duas<br />

diferentes situações<br />

(A e B) em um<br />

determinado período de tempo e em condições não limitantes<br />

de luz e de CO2.<br />

Com base no gráfico, analise as afirmações a seguir:<br />

I. Na situação A, a temperatura provavelmente foi<br />

insuficiente para a realização de fotossíntese.<br />

II. A temperatura da situação B é mais alta do que em A.<br />

87


III. A taxa fotossintética é praticamente constante na situação<br />

A, devido à desnaturação enzimática que ocorre em torno dos<br />

25ºC.<br />

IV. Frequentemente, em temperaturas superiores a 40ºC<br />

costuma ocorrer um declínio rápido da taxa fotossintética,<br />

como na situação B.<br />

Quais estão corretas?<br />

a) Apenas I e II.<br />

b) Apenas I e III.<br />

c) Apenas II e III.<br />

d) Apenas II e IV.<br />

e) Apenas II, III e IV.<br />

Instruções: Para responder as questões de números 08 e 09<br />

considere os gráficos que mostram as velocidades de certa<br />

reação catalisada por uma enzima em funções de variações do<br />

pH e da temperatura.<br />

08. UFSE Preparou-se uma experiência para verificar a<br />

velocidade de ação dessa enzima em uma solução de pH 2 à<br />

temperatura de 60ºC (Solução I) e em uma solução de pH 4 à<br />

temperatura de 30ºC (Solução II). Com base nos gráficos, a<br />

reação será:<br />

a) nula, tanto em I como em II;<br />

b) nula em I e lenta em II;<br />

c) nula em I e rápida em II;<br />

d) lenta em I e rápida em II;<br />

e) lenta, tanto em I como em II.<br />

09. (UFSE) De acordo com os gráficos, a enzima em<br />

questão é a:<br />

a) amilase pancreática;<br />

b) pepsina;<br />

c) ptialina;<br />

d) tripsina.<br />

e) invertase;<br />

10. (U.E. Londrina-PR) Pequenos pedaços de batata foram<br />

colocados em 5 tubos de ensaio contendo diferentes soluções,<br />

com diferentes valores de pH e temperatura. Em quais destes<br />

tubos espera-se que, após alguns minutos, seja possível<br />

detectar a presença de maltose?<br />

b) TUBO 2 – contendo solução concentrada de suco<br />

gástrico, com pH 2,5 e temperatura de 50ºC.<br />

c) TUBO 3 – contendo solução concentrada de suco<br />

pancreático, com pH 2,5, e temperatura de 50ºC.<br />

d) TUBO 4 – contendo solução concentrada de saliva, com<br />

pH 7,0 e temperatura de 37ºC.<br />

e) TUBO 5 – contendo solução concentrada de bile, com<br />

pH 2,5 e temperatura de 50ºC.<br />

O METABOLISMO ENERGÉTICO<br />

As atividades celulares requerem grandes<br />

quantidades de energia. Para suprir tal demanda, faz-se<br />

necessário a ocorrência de uma série de reações que visam a<br />

obtenção de energia.<br />

São os processos<br />

catabólicos que se<br />

encarregam desta<br />

função, a partir da<br />

quebra de moléculas de<br />

elevado potencial<br />

energético. No entanto,<br />

a energia liberada<br />

destas quebras, não é<br />

prontamente utilizada pelas células, ela fica armazenada,<br />

temporariamente, num composto denominado de ATP<br />

(trifosfato de adenosina) que a repassa, posteriormente, para<br />

a realização das etapas anabólicas.<br />

O ATP é um nucleotídeo que tem o seu número de fosfato<br />

variando à medida que ganha ou perde energia. Agindo assim,<br />

comporta-se como uma espécie de bateria química que<br />

carrega e descarrega frequentemente. Com a liberação do<br />

primeiro e segundo fosfato, da direita para a esquerda, ocorre<br />

liberação de energia e a “bateria” se descarrega. Com a<br />

quebra de novas moléculas de glicose o monofosfato volta a<br />

ganhar energia e retorna ao estado de difosfato e trifosfato<br />

carregando a “bateria”.<br />

Tipos de metabolismo energético de degradação:<br />

Fermentação e respiração.<br />

Fermentação: processo de obtenção de energia a partir da<br />

glicose, sem utilização do oxigênio como aceptor de<br />

hidrogênios. Pode ser, em função do produto resultante,<br />

alcoólica, lática ou acética. São processos de baixa eficiência,<br />

uma vez que a glicose, por não ser completamente degrada, é<br />

convertida em compostos de elevado teor energético.<br />

a) TUBO 1 – contendo solução concentrada de bile, com<br />

pH 7,0 e temperatura de 37ºC.<br />

88


a. Infeção de energia de<br />

ativação<br />

b. Glicose fosfatada<br />

c. Quebra da glicose<br />

d. Incorporação de<br />

fosfato inorgânico<br />

Observe, comparando a quantidade de hidrogênios dos<br />

substratos com as dos produtos, que os NADH2s liberados<br />

durante a quebra da glicose foram utilizado para reduzir o<br />

ácido pirúvico a álcool etílico, ocorrendo a liberação de duas<br />

moléculas de gás carbônico.<br />

A equação geral da fermentação alcoólica ficaria assim:<br />

C6H12O6 2 CO2 + 2C2H5OH + 2 ATP<br />

e. Liberação de energia e<br />

fosfato inorgânico<br />

f. Liberação de energia e<br />

fosfato inorgânico<br />

g. Resíduo<br />

O processo se inicia com o fornecimento de 2 moléculas de<br />

ATP – energia de ativação – À molécula de glicose que,<br />

fosfatada, quebra-se gerando duas moléculas de ácido<br />

pirúvico, 4 moléculas de ATP e 2 NADH 2. Até esse estágio o<br />

processo é denominado de glicólise – quebra parcial da<br />

glicose. Essa etapa é comum aos processos anaeróbicos e<br />

aeróbicos e deixa um saldo de duas moléculas de ATP por<br />

molécula de glicose.<br />

Considerações: para efeito de identificar os processos<br />

metabólicos energéticos, é necessário o reconhecimento de<br />

algumas fórmulas moleculares de substâncias que<br />

frequentemente deles participam.<br />

FERMENTAÇÃO LÁTICA<br />

Processo anaeróbico de liberação de energia a partir da<br />

oxidação da glicose em que os resíduos são moléculas de<br />

ácido lático.<br />

Desta vez, comparando a quantidade de hidrogênios dos<br />

substratos com as dos produtos, que os NADH2s liberados<br />

durante a quebra da glicose foram utilizado parar reduzir o<br />

ácido pirúvico a ácido lático. É esse tipo de fermentação que<br />

nossos músculos realizam, quando do baixo suprimento de<br />

oxigênio no sangue e, com o acúmulo de ácido lático,<br />

resultam as cãibras.<br />

A equação geral da fermentação lática ficaria assim:<br />

Esquema genérico<br />

C6H12O6 2C3H6O3 + 2ATP<br />

Glicose C6 H12 O6<br />

Ácido pirúvico C3 H4 O3<br />

Ácido Lático C3H6 O3<br />

Álcool etílico C2H5 OH<br />

FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA<br />

Processo anaeróbico de liberação de energia a partir da<br />

oxidação da glicose em que os resíduos são moléculas de<br />

álcool etílico e gás carbônico.<br />

Esquema genérico<br />

Exercícios<br />

01. Da análise do diagrama acima, uma<br />

das conclusões é que o ADP<br />

retorna ao estado de ATP por;<br />

(a) perda de P, através de reação<br />

exergônica.<br />

(b) perda de P, através de reação endergônica.<br />

(c) Incorporação de P, através de reação exergônica.<br />

(d) Incorporação de P, através de reação endergônica.<br />

(e) Liberação de P, através de reação endergônica.<br />

89


02. Analise a equação seguinte:<br />

1 2 3 4<br />

C3 H4 O3 + 2 NADH2 C3 H6 O3 + 2NAD<br />

Sobre ela pode-se afirmar:<br />

(01) Trata-se de uma reação de oxi-redução.<br />

(02) A substância 1 sofreu redução e 2 sofreu oxidação.<br />

(04) A substância 3 está reduzida e a 4, oxidada<br />

(08) As substâncias 1 e 2 foram oxidadas e a 3 e 4, reduzidas<br />

(16) A substância 2, ao sofrer desidrogenação, doou<br />

hidrogênio à substância 1 reduzindo-a.<br />

(32) A equação representa uma das formas de obtenção de<br />

energia da célula eucarionte.<br />

(64) Durante a fermentação alcoólica não se forma o<br />

composto 1, e o 2 é substituído por C2 H5 OH.<br />

03. Qual a causa do formigamento no corpo?<br />

"Isso geralmente acontece quando os nervos do sistema<br />

nervoso periférico - que controla, entre outras coisas, os<br />

movimentos dos músculos - recebem certos tipos de<br />

estímulos. O estímulo pode ser uma pressão no nervo, um<br />

processo inflamatório ou ainda a falta de irrigação sanguínea<br />

ou de vitaminas, principalmente B1 e B12. É o que acontece<br />

ao cruzarmos uma perna sobre a outra. "O chamado nervo<br />

ciático puplíteo externo, localizado pouco abaixo do joelho, é<br />

pressionado, provocando o formigamento..."<br />

Superinteressante dez/93<br />

Tente explicar o fenômeno do formigamento com base na<br />

causa destacada no texto acima<br />

04. (UESB-2006) A utilização de Saccharomyces cerevisae<br />

na produção de pães, vinhos e cervejas está fundamentada na<br />

realização de processos bioenergéticos, que incluem a<br />

01) produção de C02 e álcool etílico em reações citossólicas<br />

na ausência de oxigênio.<br />

02) ocorrência de reações que degradam a glicose,<br />

independentemente de enzimas específicas.<br />

03) síntese de ATP em sistemas oxidativos da cadeia<br />

respiratória no interior da mitocôndria.<br />

04) formação de água e gás carbônico com 100% de<br />

aproveitamento da energia contida em moléculas de glicose.<br />

05) fermentação lática com redução de ácido pirúvico à ácido<br />

lático.<br />

05. (UITAU-96) A “Fadiga muscular” deve-se ao acúmulo<br />

de determinada substância na célula:<br />

a) Que substância e essa?<br />

b) Qual a razão do seu acúmulo?<br />

06. (UEFS-20011-1) A busca de evidências da existência de<br />

vida em outros planetas conduz o ser humano à análise das<br />

condições iniciais no planeta Terra. Diante dos<br />

conhecimentos atuais, propostos por Oparin e Haldane e<br />

relacionados à primeira forma de vida existente na Terra e às<br />

condições da sua atmosfera primitiva, pode-se inferir que os<br />

primeiros seres vivos possuíam modo de vida<br />

a) autotrófico, habitando uma atmosfera redutora diferente<br />

da atmosfera atual.<br />

b) autotrófico, sobrevivendo em uma atmosfera rica em<br />

gases complexos, tais como metano e gás carbônico.<br />

c) heterotrófico anaeróbico, habitando uma atmosfera<br />

redutora, possivelmente devido à combinação do<br />

oxigênio com outros elementos químicos, formando<br />

determinados compostos.<br />

d) heterotrófico anaeróbico, habitando uma atmosfera<br />

oxidante, semelhante às condições atuais da atmosfera<br />

terrestre.<br />

e) heterotrófico aeróbico, sobrevivendo em uma atmosfera<br />

altamente oxidante.<br />

07.(UESB-2012) Considerando-se o metabolismo celular<br />

associado ao processo de fabricação do pão, é correto afirmar:<br />

a) A degradação anaeróbica da glicose originando álcool e<br />

CO2, inclui uma via metabólica conservada no curso da<br />

evolução - glicólise.<br />

b) Processos fermentativos dependentes de catalisadores de<br />

leveduras quebram totalmente moléculas de glicólise,<br />

formando H 20 e C0 2.<br />

c) Enzimas de S. cerevisiae podem atuar, indistintamente,<br />

no processo de produção de derivados do leite, como<br />

iogurte e queijos.<br />

d) Em células integras de levedura, o processo de<br />

fermentação é concluído em organelas membranosas<br />

especializadas na síntese de ATP<br />

e) O amido é inicialmente degradado em sacarose - glicídio<br />

que será oxidado no processo de fermentação lática.<br />

08. (Consultec-2013) Considerando-se os processos<br />

bioquímicos de obtenção de energia nos seres vivos, é correto<br />

afirmar:<br />

a) A exigência de organelas membranosas específicas em<br />

um ambiente intracelular compartimentado limita a<br />

ocorrência da fermentação apenas em seres de padrão<br />

eucarionte.<br />

b) A fermentação alcoólica, ao oxidar parcialmente<br />

moléculas de carboidratos, produz grande quantidade de<br />

ácido láctico utilizado na fabricação de queijos e<br />

iogurtes.<br />

c) A fermentação é realizada exclusivamente por seres<br />

unicelulares procariontes, como fungos e bactérias<br />

90


devido à simplicidade metabólica pouco exigente de<br />

grandes demandas energéticas.<br />

d) A respiração celular substituiu a fermentação como<br />

processo bioquímico de obtenção de energia em seres<br />

que apresentam restrição de captação de oxigênio<br />

molecular do ambiente.<br />

e) As semelhanças nas rotas bioquímicas da fermentação e<br />

da respiração celular denotam uma evolução que<br />

privilegiou o aumento na capacidade dos seres vivos de<br />

extrair a energia armazenada em moléculas orgânicas.<br />

09. As primeiras células provavelmente utilizavam a<br />

fermentação como mecanismo universal para obtenção de<br />

energia.<br />

A fermentação constituiu-se um mecanismo estratégico<br />

garantindo o estabelecimento da vida, nas condições da Terra<br />

primitiva, porque<br />

01) libera subprodutos orgânicos sem valor energético.<br />

02) converte o piruvato em moléculas mais oxidadas.<br />

03) exige pouca disponibilidade de glicose para a célula.<br />

04) possibilita a regeneração dos NADs em condições<br />

anaeróbicas.<br />

05) apresenta um elevado rendimento em moléculas de ATP,<br />

por cada molécula de glicose.<br />

10. (Consultec-95)<br />

Processos bioenergéticos aeróbios e anaeróbios apresentam<br />

diferenças marcantes entre si, conforme se evidencia no<br />

diagrama.<br />

Em relação aos aspectos apresentados, identifique as<br />

afirmativas verdadeiras.<br />

0. Processos aeróbios e anaeróbios se equivalem em termos<br />

de produção líquida de ATP.<br />

1. A produção do piruvato a partir da glicose envolve passos<br />

enzimáticos comuns a organismos: aeróbios e anaeróbios.<br />

2. A produção de álcool etílico e ácido lático depende da<br />

presença de oxigênio molecular como aceptor final de<br />

hidrogênio.<br />

3. A via aeróbia de produção de energia é uma aquisição<br />

evolutiva das células eucarióticas.<br />

4. A presença da água como produto final é uma característica<br />

comum aos processos de fermentação e respiração.<br />

5. Os produtos finais das vias anaeróbias detêm considerável<br />

quantidade de energia<br />

11. A Equação:<br />

C6 H12 O6 + 6 O2<br />

6 CO2 + 6H2O + ENERGIA<br />

Ocorre apenas em todos os organismos<br />

a) Autótrofos b) Aeróbios c) Saprófitos<br />

d) Heterótrofos e) Anaeróbios<br />

12. (UESC-98) A respiração celular é o processo de<br />

liberação de energia para as funções vitais.<br />

Considerando as células animais (I), as células vegetais(II),<br />

as bactérias aeróbicas (III) e as bactérias anaeróbicas (IV)<br />

pode-se afirmar que a respiração ocorre em<br />

(a) I apenas (b ) I e II apenas (c) I e III apenas<br />

(d) I, II e III apenas (e) I, II, III e IV<br />

RESPIRAÇÃO CELULAR<br />

É um conjunto de reações de oxirredução para a abtenção de<br />

energia a partir de uma fonte energética orgânica e que ocorre<br />

obrigatoriamente em todas as células. As reações de<br />

oxirredução consistem na transferência de H+ de um<br />

composto orgânico para outro com desprendimento de<br />

energia. A fonte de energia mais utilizada é a glicose (não a<br />

mais energética), os aminoácidos e os ácidos graxos fornecem<br />

mais energia, mas são menos utilizados.<br />

O processo de respiração pode ser dividido em 3<br />

partes distintas a saber: Glicólise, ciclo de Krebs e cadeia<br />

respiratória.<br />

A glicólise consiste na<br />

quebra parcial da glicose. Esta<br />

fase ocorre no hialoplasma,<br />

portanto, não depende de<br />

nenhuma organela celular. De<br />

forma resumida, a glicólise pode<br />

ser assim esquematizada:<br />

A glicose que penetra na célula<br />

sob a forma de glicose 6-fosfato,<br />

sofre a degradação, originando 2<br />

ácidos pirúvicos e 2NADH 2.<br />

NAD (nicotinamida-adeninadinucleotídeo)<br />

é a substância que<br />

transfere os H + de um composto<br />

para outro.<br />

Logo, a energia é liberada em<br />

pequenos “pacotes”, e não sendo prontamente utilizada. Se<br />

toda a energia produzida fosse liberada de forma imediata, a<br />

célula literalmente "queimaria”.<br />

91


O ácido pirúvico produzido pela GLICÓLISE, entra na<br />

mitocôndria e ao<br />

nível da matriz<br />

sofre uma série de<br />

alterações como<br />

mostra o esquema a<br />

seguir:<br />

Esse ciclo de<br />

reações denominase<br />

CICLO DE<br />

KREBS e objetiva<br />

quebrar o ácido<br />

acético resultante<br />

da transformação<br />

inicial do ácido<br />

pirúvico que entra<br />

na mitocôndria.<br />

A partir da análise das duas fases anteriores da respiração,<br />

GLICÓLISE e CICLO DE KREBS, constata-se que uma<br />

boa quantidade de NADs e FADs foram reduzidos às formas<br />

de NADH2 e FADH2. Estes transportadores de hidrogênio<br />

serão utilizados durante a terceira fase do processo<br />

respiratório, A CADEIA RESPIRATÓRIA, na produção de<br />

ATP como mostra o esquema:<br />

É nesta fase que o oxigênio participa como aceptor final de<br />

hidrogênio produzindo a água como sub-produto.<br />

RESUMO GERAL<br />

RESPIRAÇÃO AERÓBICA<br />

FASES:<br />

Equação Geral<br />

C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O + 38ATP<br />

Glicólise = Degradação parcial da glicose com produção de<br />

duas moléculas de ATP, 2NADH2 e 2 moléculas de ácido<br />

pirúvico. Ocorre ao nível do hialoplasma<br />

Ciclo de Krebs = Moagem do ácido acético com produção<br />

de 3NADH2, FADH2 e um ATP. Ocorre ao nível da<br />

mitocôndria, especificamente, na matriz mitocondrial.<br />

Cadeia Respiratória = Produção direta de ATP a partir dos<br />

NADs e FADs reduzidos. Ocorre nas cristas mitocondriais.<br />

EXERCÍCIOS<br />

UESB – 2005 QUESTÕES 01 e 02<br />

Uma das primeiras invenções bacterianas foi a fermentação<br />

a decomposição de açúcares e sua conversão em moléculas<br />

de ATP (adenosina trifosfato), os portadores de energia<br />

"portadores de energia" que alimentam todos os processos<br />

celulares.<br />

Alguns dos fermentadores também desenvolveram a<br />

capacidade de absorver do ar o nitrogênio gasoso e convertêlo<br />

em vários compostos orgânicos. O processo de “fixar” o<br />

nitrogênio em outras palavras, de captá-lo diretamente do ar<br />

- exige grandes quantidades de energia, e é uma façanha que<br />

até mesmo hoje pode ser realizada por algumas bactérias<br />

especiais .[...]<br />

Bem cedo na era das bactérias, a fotossíntese – “sem dúvida,<br />

a inovação metabólica mais importante na história da vida no<br />

planeta" - tornou-se a fonte básica de energia vital. Os<br />

primeiros processos de fotossíntese inventados pelas<br />

bactérias eram diferentes daqueles que as plantas utilizam<br />

atualmente: elas utilizavam o sulfeto de hidrogênio, um gás<br />

expelido pelos vulcões, em vez de água, como sua fonte de<br />

hidrogênio, combinando-o com a luz solar e com CO2<br />

extraído do ar para formar compostos orgânicos, e nunca<br />

produziam oxigênio.<br />

(CAPRA,<br />

1996, p. 189).<br />

01. A utilização da água como fonte de hidrogênio no<br />

processo fotossintético teve como conseqüência global, na<br />

história da vida no planeta,<br />

(01) o surgimento da fotorrespiração, aumentando a<br />

eficiência da fotossíntese.<br />

(02) a extinção total dos organismos fotossintetizantes<br />

anaeróbicos.<br />

92


(03) o aumento do ganho energético do processo com<br />

formação de maior número de moléculas de ATP.<br />

(04) o crescimento da velocidade da incorporação do CO2<br />

atmosférico durante a fase escura.<br />

(05) a alteração dos teores de oxigênio favorecendo e<br />

evolução dos aeróbios.<br />

QUESTÕES 05 e 06 UESB 2007<br />

A ilustração esquematiza a estrutura da membrana<br />

mitocondrial interna e os processos energéticos relacionados<br />

a ela.<br />

02. A utilização da água como fonte de hidrogênio no<br />

processo fotossintético teve como conseqüência global, na<br />

história da vida no planeta,<br />

(01) o surgimento da fotorrespiração, aumentando a<br />

eficiência da fotossíntese.<br />

(02) a extinção total dos organismos fotossintetizantes<br />

anaeróbicos.<br />

(03) o aumento do ganho energético do processo com<br />

formação de maior número de moléculas de ATP.<br />

(04) o crescimento da velocidade da incorporação do CO2<br />

atmosférico durante a fase escura.<br />

(05) a alteração dos teores de oxigênio favorecendo a<br />

evolução dos aeróbios.<br />

03. (Consultec-96) O esquema ilustra etapas fundamentais<br />

da bioenergética celular,<br />

em organismos aeróbicos<br />

e anaeróbicos.<br />

A partir de sua análise,<br />

identifique as afirmativas<br />

verdadeiras e as falsas.<br />

0. A via de transformação<br />

do piruvato a etanol ou<br />

lactato depende da<br />

presença de oxigênio.<br />

1. A glicólise ocorre de modo diferenciado nos processos de<br />

fermentação e respiração.<br />

2. O processo respiratório exige a presença de estruturas<br />

membranosas nas quais se organizam as enzimas específicas.<br />

3. A fermentação e a respiração se distinguem quanto ao<br />

rendimento energético e ao aceptor final de hidrogênio.<br />

4. O metabolismo aeróbico da glicose é uma aquisição<br />

evolutiva das células eucarióticas.<br />

5. Os organismos aeróbicos facultativos podem produzir ATP<br />

por ambas as vias metabólicas ilustradas.<br />

05. Em termos evolutivos, o mecanismo apresentado<br />

contribuiu para o sucesso dos organismos, graças<br />

a) ao maior ganho de energia em forma de ATP pela<br />

transferência de elétrons.<br />

b) à sua origem a partir de células eucarióticas primitivas.<br />

c) à equivalência entre o DNA mitocondrial e o DNA<br />

nuclear.<br />

d) à presença de ribossomos livres para a síntese de suas<br />

próprias proteínas.<br />

e) à presença de genoma constituído de DNA circular.<br />

06. A presença do oxigênio atmosférico no processo resumese<br />

a<br />

a) formar, com NADH + prótons, compostos de maior teor<br />

energético.<br />

b) ligar-se ao ATP para liberar energia.<br />

c) promover a ligação ao ADP + Pi na ATP sintase.<br />

d) liberar o FADH para a matriz mitocondrial.<br />

e) participar como aceptor final de elétrons na cadeia<br />

transportadora, gerando água.<br />

07. (UFBA – 2001) A figura ilustra relações entre<br />

organismos, biomoléculas e elementos químicos.<br />

04. Comparando fotossíntese com respiração, pode-se<br />

afirmar que ambas:<br />

a) Produzem glicose.<br />

b) Absorvem O 2 e liberam CO 2.<br />

c) Ocorrem dia e noite na planta.<br />

d) Relacionam-se com a energia da planta.<br />

e) Processam-se em todas as partes da célula.<br />

93


Com base nesses diagramas pode-se concluir:<br />

Considerando-se a natureza dos organismos representados, a<br />

análise da ilustração permite afirmar:<br />

(01) O fósforo é elemento facultativo em moléculas que<br />

possuem ligações de alto potencial de energia.<br />

(02) O magnésio e o ferro conferem propriedades particulares<br />

a moléculas orgânicas permitindo a realização de funções<br />

específicas.<br />

(04) O transporte de oxigênio, em muitos animais, é realizado<br />

na dependência dos grupos heme, que integram a<br />

hemoglobina<br />

(08) A capacidade de sintetizar clorofila marcou o início dos<br />

processos de obtenção de energia no mundo vivo.<br />

(16) O ATP constitui uma conquista evolutiva dos eucariotos,<br />

para atender às necessidades energéticas da respiração<br />

celular.<br />

(32) Mg, P e fe são elementos que ocorrem, em elevados<br />

percentuais, em autótrofos e heterótrofos.<br />

(64) A condição metabólica própria de animais e de vegetais<br />

define a autonomia desses organismos na realização dos<br />

ciclos biogeoquímicos.<br />

08. UFBA.<br />

(01) Na ausência de oxigênio, as células da levedura utilizam<br />

o acetaldeído como aceptor final de hidrogênio.<br />

(02) Os NAdred produzidos na glicólise da fermentação e da<br />

respiração proporcionam o mesmo rendimento energético.<br />

(04) A fermentação lática é uma via alternativa de obtenção<br />

de energia para a fibra muscular, em condições de deficiência<br />

no suprimento de oxigênio.<br />

(08) As desidrogenações ocorridas no ciclo de Krebs<br />

proporcionam o maior rendimento energético dessa etapa<br />

através da cadeia respiratória.<br />

(16) Nas fermentações, o produto final é um com posto de<br />

baixo potencial energético.<br />

(32) A evolução da cadeia respiratória proporcionou à célula<br />

um processo que assegura uma maior disponibilidade<br />

energética.<br />

(64) A condição de anaerobiose assegura à célula maior<br />

rendimento energético em moléculas de ATP, por cada<br />

molécula de glicose, do que a condição de aerobiose.<br />

09. Mutações no DNA da mitocôndria podem preJudicar a<br />

integridade da organela, repercutindo com patologias<br />

identificadas como doenças mitocondriais. A partir do<br />

reconhecimento do papel da mitocôndria na dinâmica da<br />

célula e de sua participação na fecundação humana, é correto<br />

considerar:<br />

01) Os genes mitocondriais são igualmente herdados do<br />

espermatozóide e do óvulo.<br />

02) As mutações se expressam de forma mais evidente nas<br />

mulheres.<br />

03) As alterações mitocondriais se manifestam nos diferentes<br />

tecidos sob padrões bastante uniformes.<br />

04) As estruturas orgânicas de natureza muscular e nervosa<br />

devem se mostrar mais suscetíveis a essas doenças.<br />

05) As mutações que ocorrem em momentos mais tardios do<br />

desenvolvimento apresentam o maior risco de herdabilidade.<br />

10. Respiração e fotossíntese são processo opostos, de vital<br />

importância para os seres vivos. O processo de respiração<br />

pode ser representado por:<br />

C6 H12 O6 + 6 O2<br />

6 CO2 + 6H2O + ENERGIA<br />

Com base nas informações acima, pode-se afirmar:<br />

(01) Respiração é uma reação de combustão.<br />

(02) Na fotossíntese, as plantas usam dióxido de carbono do<br />

ar atmosférico para produzir açucares, entre outras<br />

substâncias.<br />

(04) A fotossíntese é um reação de oxidação.<br />

(08) Durante a respiração, um mol oxigênio forma seis moles<br />

de dióxido de carbono.<br />

(16) A respiração é um processo exotérmico.<br />

94


11.(UFSE-94) Entre os processos biológicos que liberam gás<br />

carbônico para a atmosfera estão a:<br />

(01) Respiração e a fotossíntese<br />

(02) Fotossíntese e a transpiração<br />

(03) Respiração e a decomposição de organismos mortos<br />

(04) Transpiração e a queima de combustíveis fósseis<br />

(05) Fotossíntese e a decomposição de organismos mortos<br />

12. (Fuvest-SP) Considere as seguintes informações:<br />

I. A bactéria Nitrosomonas europaea obtém a energia<br />

necessária a seu metabolismo a partir da reação de oxidação<br />

de amônia a nitrito.<br />

II. A bactéria Escherichia coli obtém a energia necessária a<br />

seu metabolismo a partir da respiração aeróbica ou da<br />

fermentação.<br />

III. A bactéria Halobacterium halobium obtém a energia<br />

necessária a seu metabolismo a partir da luz captada por um<br />

pigmento chamado rodopsina bacteriana.<br />

13. Com base nessas informações, Nitrosomonas europaea,<br />

Escherichi coli e Halobacterium halobium podem ser<br />

classificados, respectivamente, como organismos:<br />

a) autotróficos; autotróficos; autotróficos.<br />

b) autotróficos; heterotróficos; autotróficos.<br />

c) autotróficos; autotróficos; heterotróficos.<br />

d) autotróficos; heterotróficos; heterotróficos.<br />

e) heterotróficos; autotróficos; heterotróficos.<br />

14. (UESC-97) Nas plantas, o excesso de cobre, entre outras<br />

ações interfere na transferência de elétrons em processos<br />

específicos dos vegetais. Um processo próprio da planta que,<br />

comprometido pela ação tóxica do cobre, repercute na sua<br />

produtividade primária é:<br />

(A) a fotofosforilação<br />

(B) a transpiração<br />

(C) o transporte da seiva elaborada<br />

(D) a respiração<br />

(E) o fototropismo<br />

15. Todos os processos abaixo ocorrem nas mitocôndrias<br />

exceto:<br />

a) Respiração celular<br />

b) Produção de ATP<br />

c) Biossíntese de proteínas<br />

d) Secreção de macromoléculas<br />

e) Replicação de DNA<br />

I. A redução química de CO2, em moléculas orgânicas, a<br />

partir de uma fonte luminosa de energia, em células<br />

fotoautótrofas eucarióticas, ocorre em ambiente membranoso<br />

específico.<br />

II. A oxidação completa da molécula orgânica, na presença<br />

de O2, é um processo bioenergético eficiente de liberação de<br />

energia para as atividades celulares e exclusivo dos seres<br />

eucariontes.<br />

III. As moléculas de NADH e FADH, produzidas a partir da<br />

degradação completa da glicose, são oxidadas no ambiente<br />

das membranas internas mitocondriais, gerando prótons e<br />

elétrons, que participam da produção de moléculas de ATP e<br />

na redução de O2, em H2O.<br />

IV. Em células musculares sob condições anaeróbias, o<br />

piruvato pode ser reduzido por NADH, formando etanol e,<br />

assim regenerar o NAD necessário para sustentar a glicólise.<br />

A alternativa que indica todas as afirmativas corretas é a<br />

1) l e lll.<br />

2) lll e lV.<br />

3) l, ll e lll.<br />

4) ll, lll e lV.<br />

5) I, ll, lll e lV.<br />

17.(UERN-2013) Analise o esquema a seguir, que simplifica<br />

as etapas da respiração aeróbica a partir da glicólise.<br />

Assinale a alternativa que esta em DESACORDO com o<br />

processo de respiração celular.<br />

A) Nos procariontes, a glicólise ocorre no citoplasma e a<br />

cadeia respiratória, na membrana plasmática voltada ao<br />

citoplasma.<br />

B) Nas etapas da respiração, a glicólise e o ciclo de Krebs<br />

fazem parte da fase anaeróbica e a cadeia respiratória, da fase<br />

aeróbica da respiração celular.<br />

C) O ciclo de Krebs é importante para liberar todo gás<br />

carbônico e a cadeia respiratória é responsável pela formação<br />

da maioria dos ATP’s do processo respiratório.<br />

D) Durante intensa atividade física, e mesmo sem oxigênio,<br />

muitas células musculares realizam a glicólise, desviando o<br />

metabolismo para a fermentação lática.<br />

16.(UESB-2009/1) Em relação às reações químicas<br />

presentes nos processos biológicos de transformação de<br />

energia, é possível afirmar:,<br />

95


18.(UEFS-2001) Não<br />

se recomenda o uso de<br />

mel de abelhas na<br />

alimentação dos beijafores<br />

porque ele<br />

concentra grande<br />

quantidade de açúcares,<br />

como glicose e frutose.<br />

O clima tropical e o alto teor de açúcar nas garrafas<br />

favorecem a presença de fungos, que provocam a<br />

fermentação do líquido.<br />

Ao se alimentar com essa solução, o beija-flor é contaminado<br />

pela língua. Os fungos causam uma micose que impossibilita<br />

o pássaro de se alimentar, o que acaba provocando sua morte.<br />

Os beija-fores alimentam-se basicamente do néctar<br />

que retiram das flores. Eles podem consumir até 30 vezes o<br />

seu peso em alimento por dia. Por serem pequenos, precisam<br />

de grande de comida e oxigênio. Para tanto, visitam várias<br />

flores ao dia.<br />

Eles procuram flores com néctar diluído, ao contrário das<br />

abelhas, que preferem flores com maior concentração de<br />

açúcar. Essa pequena diferença no cardápio dos beija-flores e<br />

das abelhas evita a competição por alimento.<br />

(Ciência Hoje, p. 5)<br />

A obtenção de energia pelos beija-flores envolve<br />

a) o uso da fermentação como processo de maior geração<br />

de ATP.<br />

b) a quebra de moléculas de glicose até CO 2 e H 2O com a<br />

participação de mitocôndrias.<br />

c) o processo de respiração anaeróbica que requer<br />

moléculas orgânicas como aceptores finais de<br />

hidrogênio.<br />

d) É a transformação de glicose e frutose em sacarose,<br />

molécula mais rentável energeticamente.<br />

e) reações que degradam carboidratos sem a participação de<br />

enzimas.<br />

19.(UESB-2010) Os músculos de velocistas são formados<br />

por aproximadamente 80% de fibras musculares de contração<br />

rápida, que apresentam menos mitocôndrias. As fibras de<br />

contração rápida geram “explosões” de ATP, que logo é<br />

utilizado. Pesquisas intensivas com atletas mostram que o<br />

treinamento pode melhorar a eficiência da circulação do<br />

sangue nas fibras musculares, e até mesmo uma mudança da<br />

relação entre as fibras de contração rápida e contração lenta.<br />

O processo preferencial de geração de energia pelas fibras de<br />

contração rápida caracteriza-se principalmente pela<br />

01) descarboxilação do ácido láctico e formação de<br />

Moléculas de FADH 2.<br />

02) oxidação do piruvato a etanol na presença de oxigênio.<br />

03) redução parcial da glicose e formação de moléculas de<br />

CO 2.<br />

04) oxidação completa da glicose na presença de oxigênio.<br />

05) redução do piruvato a lactato na ausência de oxigênio.<br />

20.(UNEB) A<br />

produção de luz pelo<br />

vagalume, estimulada<br />

pela mudança de luz<br />

ambiente ou pela<br />

presença do sexo<br />

oposto nas<br />

proximidades<br />

depende de urna série<br />

de reações químicas,<br />

envolvendo enzimas<br />

e substratos<br />

específicos, conforme ilustra a figura.<br />

A liberação da energia sob a forma de luz, no final do<br />

processo, evidencia<br />

01) a presença de pigmentos específicos em células<br />

especializadas.<br />

02) a utilização de substratos orgânicos como aceptores<br />

finais de elétrons.<br />

03) o requerimento de gás carbônico como matéria-prima em<br />

processos bioenergéticos.<br />

04) a necessidade de células especializadas pra realização da<br />

respiração aeróbica.<br />

05) a exigência de um eficiente processo de obtenção de ATP<br />

FOTOSSÍNTESE – ESQUEMA GERAL<br />

Podemos, a partir da análise do esquema, definir o processo<br />

fotossintético de várias formas:<br />

a) Processo de conversão de energia luminosa em energia<br />

química.<br />

b) Processo de produção de compostos orgânicos a partir de<br />

compostos inorgânicos.<br />

c) Processo de redução de CO2 a glicose<br />

Fase clara funções: fornecer energia sob a forma de ATP<br />

para a montagem da glicose na fase clara, fornecer H para a<br />

redução do CO2 a glicose no ciclo de Calvin e fornecer<br />

elétrons para a redução da clorofila b no fotossistema II.<br />

Etapas:<br />

96


Fotólise da água: consiste na quebra da molécula da água em<br />

presença de luz.<br />

2H2O 4H + + 4e - + O2.<br />

Fotofosforilação<br />

cíclica: produção<br />

de ATP a partir da<br />

transferência de<br />

elétrons liberados<br />

pela clorofila – é<br />

cíclica porque o<br />

elétron que sai da<br />

clorofila retorna<br />

para ela.<br />

Fotofosforilação<br />

acíclica: produção de ATP a partir da transferência de<br />

elétrons liberados pela clorofila – é acíclica porque o elétron<br />

que sai da clorofila não retorna para ela.<br />

Obs.: A fase clara ocorre nas membranas internas dos<br />

cloroplastos – tilacóides/lamelas/grana – região onde<br />

encontra-se a clorofila.<br />

A fase escura ou ciclo de Calvin ocorre no estroma – região<br />

central dos cloroplastos.<br />

Os produtos da Fotossíntese<br />

Fase escura ou fase química funções: promove a redução<br />

do CO2 a glicose a partir dos hidrogênios fornecidos pela<br />

fase clara às custas do ATP produzidos durante as<br />

fosforilações.<br />

OBS.: A denominação de fase escura decorre do fato da luz<br />

não participar diretamente das reações que aqui ocorrem. No<br />

entanto, essa fase depende, indiretamente, das reações<br />

luminosas, uma vez que é a fase clara que fornece o ATP os<br />

NADH 2 para a montagem da glicose. Refere-se, também à<br />

fase escuro como ciclo das pentoses ou ciclo de Calvin.<br />

Embora a glicose seja normalmente representada como um<br />

produto da fotossíntese nas equações resumidas, na realidade<br />

muito pouca glicose livre é gerada pelas células<br />

fotossintetizantes. A maior parte do carbono fixado é<br />

convertida, preferencialmente em sacarose, o principal açúcar<br />

de transporte das plantas, ou em amido, o principal<br />

carboidrato de reserva das plantas.<br />

Uma parte significativa do gliceralddeído 3-fosfato<br />

produzido pelo ciclo de Calvin é transportada para o<br />

citoplasma, onde é rapidamente convertida em glicose 1-<br />

fosfato e frutose 6-fosfato. A glicose 1-fosfato é então<br />

convertida no nucleotídeo-açúcar UDP-glicose (uridina<br />

difosfato-glicose), que se liga à frutose 6-fosfato pra formar a<br />

sacarose 6-fosfato, o precursor imediato da sacarose. A<br />

remoção do fosfato por hidrólise resulta na sacarose.<br />

A maior parte do gliceraldeído 3-fosfato que permanece nos<br />

cloroplastos é convertida em amido, que é temporariamente<br />

estocado durante o período luminoso na forma de grãos no<br />

estroma. Através de uma série de reações, o gliceraldeído 3-<br />

fosfato é convertido em glicose 1-fosfato, que então é<br />

utilizada para produzir o nucleotídeo açucar ADP-glicose, o<br />

precusor imediato do amido. A glicose liga-se diretamente à<br />

97


cadeia de amido em crescimento pela ação da enzima<br />

sintetase do amido.<br />

À noite, a sacarose é produzida a partir do amido para ser<br />

exportada da folha. O carbono derivado do amido parece ser<br />

transformado do cloroplasto para o citoplasma como glicose<br />

ao invés de triose-fosfato.<br />

o fotossíntese ocorrer, essa intensidade e ou quantidade será<br />

considerada como sendo o fator limitante. Analise os gráficos<br />

abaixo:<br />

Quimicamente, o processo fotossintético ficaria assim,<br />

simplificadamente, equacionado:<br />

6CO2 + 6H2O C6 H1206 + 6O2<br />

Para evidenciar ao fato de que o oxigênio liberado na<br />

fotossíntese é proveniente da água, equaciona-se dessa forma:<br />

6CO2 + 12H2O C6 H1206 + 6O2 + 6H2O<br />

Evidências de fotossíntese e comprimento de ondas de luz<br />

Nos pontos B e C a taxa fotossintética mantém-se estagnada,<br />

mesmo a uma concentração ideal de CO2; em BD volta a<br />

crescer e, novamente para. Logo o fator limitante pode ser a<br />

luz.<br />

Aqui constatamos que a concentração ideal de CO2 é da<br />

ordem de 0,2%. Acima desse valor, o gás passa a ter efeito<br />

tóxico e a fotossíntese tende a cair.<br />

Fazendo uso do comportamento de bactérias aeróbicas,<br />

que se deslocam em direção às regiões de grandes<br />

concentrações de oxigênio, podemos constatar,<br />

simultaneamente, os comprimentos de ondas mais eficiente<br />

para a ocorrência da fotossíntese e a liberação de oxigênio<br />

durante o processo.<br />

A luz ao atravessar o prisma é decomposta em várias<br />

cores e o espectro é direcionado para a superfície de um<br />

filamento de alga que, em função dos comprimentos (cores)<br />

de ondas específicos, passa a “responder” , liberando<br />

quantidades variáveis de oxigênio através da fotossíntese.<br />

Como a liberação de oxigênio, constatada pela maior ou<br />

menor concentração de bactérias, se dá no campo do<br />

vermelho e do azul, constatamos ser esses os comprimentos<br />

de ondas mais eficientes para o processo fotossintético.<br />

Da mesma forma que ocorre com os animais, os vegetais<br />

realizam reações enzimáticas dependentes de certas<br />

temperaturas. Podemos constatar, pela análise do gráfico, que<br />

a fotossíntese, em condições ideais de luz e CO2, é mais<br />

efetiva a temperaturas entre 30 e 40 graus. Acima desses<br />

valores passa a haver desnaturação de enzimas e o processo<br />

se inviabiliza.<br />

Fator Limitante e interferências no processo<br />

fotossintetizante.<br />

Se considerarmos água, gás carbônico, luz e água como<br />

os principais componentes para a ocorrência da fotossíntese<br />

e, que num dado momento um ou mais deles esteja em<br />

quantidades ou intensidade inferior à aquela necessária para<br />

98


luminosa. Essas bactérias produzem os referidos compostos<br />

às custas de energia química proveniente da oxidação de<br />

compostos inorgânicos. Denominamos esse processo de<br />

quimiossíntese.<br />

A fonte de ATP para a produção de glicose proveio da<br />

oxidação da amônia a nitrito. Essa quimiossíntese é realizada<br />

pelas bactérias do gênero Nitrossomonas.<br />

Perceba por esse gráfico que a intensidade do processo varia<br />

em função tanto da luz quanto da temperatura. Em luz fraca,<br />

mesmo a uma temperatura ideal, a intensidade se estabiliza.<br />

No entanto, mesmo em luz forte, a intensidade ideal se dá a<br />

uma temperatura entre 30 e 40 graus. Acima dela a taxa tende<br />

a cair.<br />

Ponto de compensação fótico.<br />

Entende-se por ponto de compensação fótico o momento<br />

em que a taxa fotossintética se iguala à taxa de respiração.<br />

Nesse momento, toda a glicose produzida durante a<br />

fotossíntese é consumida durante a respiração e,<br />

conseqüentemente o CO2 liberado na respiração é consumido<br />

na fotossíntese.<br />

Como não há acumulo de nutrientes, esse fenômeno é<br />

extremamente dispendioso e prejudicial para o vegetal que<br />

não o suporta por muito tempo.<br />

Em condições normais, a taxa fotossintética deve superar<br />

a taxa respiratória.<br />

Quimiossíntese<br />

Definimos, anteriormente, a fotossíntese, como sendo<br />

um processo de produção de compostos orgânicos a partir de<br />

compostos inorgânicos, em que a luz era a fonte de energia<br />

para a ocorrência do fenômeno. Entretanto, esse não é o<br />

único.<br />

Existe nos<br />

ecossistemas<br />

uma grande<br />

variedade de<br />

procariontes<br />

(bactérias)<br />

capazes de produzir compostos orgânicos, em condições<br />

extremas ou sem luminosidade, sem fazer uso de energia<br />

Outro caso<br />

bastante comum<br />

é o que acontece<br />

na conversão de<br />

óxido ferroso<br />

(FeO) em óxido férrico (Fe2O3), conforme esquema. Observe<br />

que, mais uma vez, a energia liberada é utilizada para a<br />

redução do CO2 a glicose. Assim, os organismos<br />

qumiossintetizantes ocupam, ecologicamente o nível trófico<br />

de produtor.<br />

Fotossíntese bacteriana e a origem do oxigênio liberado<br />

pela fotossíntese.<br />

Como podemos perceber, comparando as equações acima,<br />

ocorrem processos fotossintéticos cuja fonte de hidrogênio<br />

para a redução do gás carbônico não é a água. Nesse caso, o<br />

gás sulfídrico. Esse tipo de fotossíntese é comum entre as<br />

populares bactérias sulfurosas que habitam regiões ricas no<br />

referido gás. Da comparação das duas equações, podemos<br />

evidenciar que o oxigênio só é liberado quando da utilização<br />

da água como redutor do gás carbônico e, conseqüentemente,<br />

proveniente da água, não do CO2 como se pensava.<br />

Exercícios<br />

01. Há mais de três mil anos, Icnaton, faraó do Egito,<br />

escreveu um poema de exaltação que ele chamou de Hino do<br />

Sol, no qual se encontram os versos a seguir:<br />

"És tu quem crias o homem nas mulheres,<br />

Quem transformas a semente em homem,<br />

Quem dás vida ao filho no corpo da mãe."<br />

(Icnaton, In: Wallace, p. 184, 1989)<br />

Decorridos milênios de anos, a Ciência constata que Icnaton<br />

estava certo ao exaltar o Sol, porque:<br />

(01) os primeiros seres vivos dependiam da energia solar,<br />

para sintetizar seu próprio alimento.<br />

(02) a fixação de CO2, no processo de fotossíntese, assegura<br />

a síntese das moléculas orgânicas para a construção de todo o<br />

sistema vivo.<br />

99


(04) a ocorrência de alguns tipos de clorofila permite um<br />

melhor aproveitamento da luz no processo da fotossíntese.<br />

(08) a decomposição da água, dependente da energia solar,<br />

favoreceu a evolução da respiração.<br />

(16) a energia solar entra no sistema vivo através dos seres<br />

heterotróficos.<br />

(32) a Biosfera se estabeleceu e é mantida pela energia do sol.<br />

02. (UFBA-92) A figura abaixo compara esquematicamente<br />

a mitocôndria e o cloroplasto<br />

Com base na análise da ilustração e nos conhecimentosatuais<br />

a respeito dos processos bioenergéticos, é correto afirmar:<br />

(01) As duas organelas têm capacidade de autoduplicação.<br />

(02) Cloroplastos e mitocôndrias realizam síntese protéica.<br />

(04) A organização especifica do cloroplasto permite grande<br />

eficiência no processo de captação de O 2.<br />

(08) As diferenças entre cloroplastos e mitocôndrias refletem<br />

adaptações para as funções que realizam nas células<br />

procariontes.<br />

(16) A matriz das mitocôndrias e o estroma dos cloroplastos<br />

apresentam a mesma composição química.<br />

(32) A membrana interna das mitocôndrias exerce a mesma<br />

função dos tilacóides nos cloroplastos.<br />

(64) As duas organelas dependem de fatores ambientais<br />

idênticos para realizar as suas funções.<br />

A) A fotofosforilação é uma reação dependente da Enzima<br />

ATPsintase presente nas estruturas membranosas dos<br />

tilacoides, que favorece uma intensa produção de moléculas<br />

de ATP.<br />

B) O ATP, NADPH e O2 são os produtos da etapa<br />

fotoquímica que serão utilizados como reagentes para a<br />

ocorrência da etapa química ou enzimática.<br />

C) A etapa fotoquímica é responsável na conversão da<br />

energia luminosa em energia química, ao produzir moléculas<br />

orgânicas de glicose.<br />

D) A etapa fotoquímica da fotossíntese ocorre<br />

exclusivamente durante a exposição da planta à luz solar,<br />

enquanto a etapa química ocorre preferencialmente durante a<br />

noite.<br />

E) A etapa química se caracteriza pela oxidação completa da<br />

molécula de glicose até a formação das moléculas de<br />

dióxido de carbono.<br />

04. UEFS-2009 O esquema a seguir ilustra uma das etapas de<br />

um importante processo de transformação de energia no<br />

mundo vivo.<br />

03. Considere as equações abaixo:<br />

I- 12H2O + NADP NADPH2 + O2<br />

II- 6CO2 + 12NADPH2 C6 H12 O6 + 12NADP<br />

III- C6 H12 O6 2 [ C 3 H 4 O3 ]<br />

(01) I representa um fenômeno inverso à respiração aeróbica.<br />

(02) I representa a etapa fotoquímica da fotossíntese.<br />

(04) I fornece energia para 2.<br />

(08) 2 pode acontecer na respiração celular.<br />

(16) III foi o primeiro processo de obtenção de energia<br />

desenvolvida pelos seres vivos.<br />

(32) III é anterior ao ciclo de Krebs.<br />

(64) II é uma etapa exergônica<br />

03. (UEFS-2012/1) O esquema ilustra, de forma<br />

simplificada, as etapas do processo de fotossíntese presente<br />

nas células vegetais.<br />

A partir da análise do esquema, pode-se inferir que<br />

A) o processo ilustrado se refere à cadeia transportadora de<br />

elétrons que ocorre na etapa dependente do oxigênio da<br />

respiração celular.<br />

100


B) a síntese de ATP está diretamente associada ao transporte<br />

de elétrons realizado pelo complexo de citocromos presente<br />

na membrana dos tilacóides.<br />

C) o aumento da concentração de íons de hidrogênio dentro<br />

dos tilacóides gera um refluxo de prótons pela sintetase do<br />

ATP que culmina com um intenso processo de fosforilação.<br />

D) o processo representa a etapa fotoquímica da fotossíntese,<br />

já que o ATP produzido na fotofosforilação participa da<br />

síntese de carboidratos no lúmen dos tilacóides.<br />

E) a concentração de clorofila nos complexos antena dos<br />

tilacóides aumenta a eficiência de captação de luz em todas<br />

as frequências dentro da faixa visível do espectro de ondas<br />

eletromagnéticas.<br />

05. (UFBA) A partir da<br />

análise da figura ao lado<br />

pode-se concluir:<br />

(01) O carbono assimilado<br />

é totalmente devolvido ao<br />

meio ambiente através da<br />

atividade respiratória da<br />

planta.<br />

(02) O estabelecimento de<br />

um processo de utilização<br />

completa da glicose como<br />

fonte de energia dependeu da evolução da atividade<br />

fotossintética.<br />

(04) a “planta verde” é o elo fundamental nos ciclos do<br />

carbono e do oxigênio na atmosfera.<br />

(08) As estruturas que transportam o produto da fotossíntese<br />

distribuem também os elementos absorvidos do solo pela raiz.<br />

(16) A velocidade de absorção da água pela raiz está na<br />

dependência da atividade seletiva da parede celular.<br />

(32) Toda a energia luminosa que incide sobre a folha é<br />

armazenada nas ligações químicas das moléculas de glicose.<br />

(64) A liberação de 0 2 pela fotossíntese é efeito da utilização<br />

da água como doador de hidrogênio.<br />

06. Em relação ao esquema, são feitas as seguintes<br />

afirmativas:<br />

1. Representa a<br />

fotofosforilação cíclica.<br />

2. Nele são usados dois<br />

produtos da fase escura.<br />

3. A etapa representada<br />

ocorre na matriz<br />

mitocondrial.<br />

4. Na etapa representada<br />

ocorre a produção de<br />

ATP.<br />

5. A etapa representada<br />

ocorre nos tilacóides.<br />

O número de afirmativa(s) correta(s) é:<br />

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5<br />

07. O cultivo de cianobactérias e de microalgas representa um<br />

grande passo na biotecnologia como uma alternativa para a<br />

obtenção de alimentos e de diversos outros produtos de<br />

interesse industrial.<br />

Essa tecnologia é eficiente e apóia-se em propriedades desses<br />

organismos, como<br />

01) dependerem de apenas uma única fonte orgânica de<br />

carbono para produzir o seu alimento.<br />

02) possuírem genoma com muitas moléculas de DNA para a<br />

produção de muitas substâncias.<br />

03) duplicarem, a intervalos de tempo relativamente<br />

pequenos e regulares, a biomassa das populações.<br />

04) exercerem, sob a influência do ambiente, funções de<br />

autótrofos em alternância com a de heterótrofos.<br />

05) crescerem em ambientes fechados e na ausência de luz.<br />

08. "Vida é algo que metaboliza materiais do ambiente para<br />

se construir, fabricando, além disso, cópias de si mesmo."<br />

(Ciência HoJe, p. 25)<br />

Entre as condições mínimas, que um sistema biológico deve<br />

dispor para expressar vida, uma que deve ser reconhecida é<br />

01) apresentar um sistema extenso de endomembranas.<br />

02) manter um programa hereditário numa coleção de cadeias<br />

polipeptídicas.<br />

03) reproduzir-se utilizando o mecanismo da mitose.<br />

04) dispor de maquinaria própria para traduzir a informação<br />

genética.<br />

05) preservar o material genético em um compartimento<br />

definido.<br />

09. Um grupo de organismos fotossintetizantes há algum<br />

tempo atrás, era classificado como cianofíceas ou algas azulverdes<br />

e hoje é denominado de cianobactérias.<br />

A reclassificação desses organismos é compreendida porque<br />

01) neles foi reconhecida a organização celular procariótica.<br />

02) são unicelulares que contêm a bacterioclorofila.<br />

03) esses microorganismos exercem um modo de vida<br />

parasitário.<br />

04) são células que realizam a fotossíntese anaeróbica.<br />

05) são seres que vivem em ambientes aquáticos como<br />

decompositores.<br />

10. (UESB -2008)<br />

101


04) a habilidade fotossintetizadoras surgiu no sistema vivo<br />

após a aquisição pelas células do sistema de endomembranas.<br />

05) a evolução do cloroplasto no eucarioto garante a sua<br />

sobrevivência sem depender da síntese protéica.<br />

A figura esquematiza aspectos na evolução da célula<br />

eucariótica de acordo com a teoria da endossimbiose,<br />

proposta por Lynn Margulis.<br />

Um aspecto corretamente relacionado com essa teoria d o<br />

fato de<br />

01) as mitocôndrias e Os cloroplastos apresentarem DNA<br />

próprio, o que faz com que eles possam realizar síntese<br />

protéica independente de fatores da célula hospedeira.<br />

02) as mitocôndrias apresentarem sensibilidade a<br />

determinados antibióticos que afeiam a síntese protéica, de<br />

modo similar a dos procariotos.<br />

03) o processo de englobamento ter envolvido a aquisição de<br />

urna parede celular pelo ancestral da célula eucariótica.<br />

04) Os cloroplastos, ha bilhões de anos, serem bactérias que<br />

foram englobadas por um ancestral da célula eucariótica,<br />

resultando num a relação de comensalismo.<br />

05) as mitocôndrias e os cloroplastos, a exemplo da célula<br />

eucariótica, se multiplicarem por sucessivas mitoses.<br />

11. (UESC-2008)<br />

12. Embora não estejam sozinhas, as bactérias compõem a<br />

maior parte do mundo vivo. Sua evolução desde o<br />

antepassado comum ilustra a surpreendente durabilidade e<br />

versatilidade das formas procariotas de vida. Tais qualidades<br />

têm lhes permitido se adaptar a todos os tipos de meios<br />

ambientes diferentes e se estabelecer e prosperar em qualquer<br />

hábitat.<br />

A extraordinária capacidade de adaptação das bactérias deve<br />

ser associada<br />

01) ao tipo de organização da célula bacteriana, que lhes<br />

permite adquirir uma extraordinária variedade de arranjos<br />

estruturais.<br />

02) à sucessão rápida de gerações, proporcionando, num<br />

tempo curto, maiores chances de ocorrência de mutações.<br />

03) à condição celular haplóide da célula procariótica, que<br />

favorece a preservação de mutações desfavoráveis.<br />

04) à natureza química singular do DNA bacteriano, que, em<br />

relação ao eucariótico, é mais suscetível a mudanças<br />

genéticas.<br />

05) à estabilidade do genoma bacteriano, que é mantida pela<br />

impossibilidade de intercâmbio gênico.<br />

13. O estabelecimento do fototrofismo, ensaiado com a<br />

fotossíntese anaeróbica e consolidado na experiência das<br />

cianobactérias, possibilitou a continuidade da vida, quando Já<br />

se esgotava o meio orgânico primordial abioticamente<br />

produzido.<br />

A experiência fotossintética aparece como uma solução<br />

estratégica, propiciando a evolução da vida, porque<br />

O modelo esquemático, sob a hipótese da endossimbiose,<br />

destaca etapas em um dos caminhos que se estabelecem na<br />

evolução da célula eucariótica.<br />

A partir de sua análise, pode-se inferir que:<br />

01) a evolução do endossimbionte consolida, na célula<br />

eucariótica, uma associação parasitária.<br />

02) a utilização da água como doadora de hidrogênio, no<br />

processo da foto , é uma habilidade encontrada no<br />

endossimbionte bacteriano.<br />

03) a endossimbiose, representada na figura, habilita a célula,<br />

de imediato, a realizar, com mais eficiência, a oxidação da<br />

glicose.<br />

01) estabeleceu um elo ecológico entre o Sol e o CO 2, através<br />

da vida, na produção do alimento.<br />

02) aumentou o nível de oxidação da atmosfera, liberando<br />

oxigênio proveniente da decomposição do CO 2.<br />

03) restaurou as condições da atmosfera primitiva,<br />

possibilitando a síntese orgânica abiótica.<br />

04) especializou as células na assimilação do nitrogênio,<br />

disponibilizando-o para a síntese de aminoácidos.<br />

05) substituiu as experiências preliminares dos autótrofos<br />

quimiossintetizantes, mantendo a exclusividade na função<br />

autotrófica.<br />

14. As cianobactérias surgem, no mundo vivo, com uma<br />

inovação metabólica: o uso da água como matéria-prima na<br />

fotossíntese.<br />

102


Essa inovação repercute profundamente na história da vida,<br />

entre outras consequências, porque condicionou<br />

01) a evolução de um processo bioenergético disponível às<br />

células heterotróficas com maior rendimento de moléculas de<br />

ATP.<br />

02) a expansão da vida aquática, com exploração das regiões<br />

abissais, em decorrência da proteção assegurada pela camada<br />

de ozônio.<br />

03) o aperfeiçoamento dos processos fermentativos,<br />

permitindo a utilização mais diversificada de substratos<br />

orgânicos.<br />

04) a generalização, no mundo dos seres vivos, de processos<br />

bioenergéticos dependentes de oxidantes finais orgânicos.<br />

05) o aumento no teor do CO 2 atmosférico, o que se tornou<br />

mais favorável à realização da fotossíntese.<br />

15. A estruturação de um organismo pluricelular envolveu<br />

aquisições evolutivas relacionadas ao uso da informação<br />

genética que condicionam<br />

01) a preservação da mesma identidade protéica em todas as<br />

células.<br />

02) mudanças nos códigos do sistema de tradução em cada<br />

tecido.<br />

03) a especialização celular pela síntese diferenciada das<br />

proteínas.<br />

04) a perda da informação genética no decorrer das divisões<br />

mitóticas.<br />

05) a incorporação de novos genes ao genoma do zigoto.<br />

16. Sobre os eventos bioquímicos próprios da fotossíntese e<br />

sua relação com a organização celular, é correto afirmar:<br />

01) As reações da fase clara ocorrem no ambiente<br />

bidimensional de membranas biológicas dotadas de<br />

fotossistemas e transportadoras de elétrons.<br />

02) A fotossíntese exige a organização celular eucariótica,<br />

ocorrendo apenas nas condições específicas próprias dos<br />

cloroplastos.<br />

03) A fixação de C02 atmosférico depende diretamente da<br />

energia luminosa, ocorrendo no interior dos tilacóides.<br />

04) O evento crucial da fotossíntese é a síntese de moléculas<br />

de ATP a serem utilizadas imediatamente na construção de<br />

proteínas.<br />

05) A presença de complexos de citocromos na membrana<br />

externa dos cloroplastos evidencia a importância dessa<br />

estrutura na conversão da energia luminosa energia química.<br />

17. (Consultec) "Todo ano, aproximadamente 100 bilhões de<br />

toneladas de matéria orgânica são produzidas na Terra por<br />

organismos fotossintéticos."<br />

(Odum, p. 17-9)<br />

O gráfico compara a resposta fotossintética de plantas C3 e<br />

C4 em função da luminosidade e da temperatura.<br />

Considerando-se o processo de fotossíntese e a análise do<br />

gráfico, pode-se afirmar:<br />

01. A fotossíntese é o mecanismo que, primariamente,<br />

introduz energia no ecossistema.<br />

02. A fotossíntese, quimicamente, é um processo exergônico.<br />

04. As condições ótimas para a fotossíntese são as mesmas<br />

para plantas C3 e C4.<br />

08. As plantas C3 são mais produtivas que as C4, nas<br />

condições mais baixas de luminosidade.<br />

16. As espécies de plantas C4 dominam a vegetação nos<br />

campos tropicais, sendo raras nas florestas.<br />

32. As plantas C4 são mais eficientes em luminosidade e<br />

temperatura mais extremas.<br />

64. O cultivo de plantas C3, em regiões tropicais, garante alta<br />

produtividade.<br />

QUESTÕES de 18 a 19<br />

(UESC)<br />

Processos essenciais à vida,<br />

como a fotossíntese e a<br />

respiração, emergem da<br />

interação de eventos que<br />

evoluíram em nível de<br />

membranas que se<br />

estabelecem em organelaschave<br />

da vida:<br />

mitocôndrias e cloroplasto.<br />

18. A figura apresenta, em<br />

um mesmo esquema, aspectos comuns da membrana<br />

mitocondrial e da membrana do tilacóide, relacionados à<br />

produção de ATP.<br />

A análise comparativa evidencia que:<br />

01) cloroplasto e mitocôndria são organelas ecologicamente<br />

equivalentes.<br />

103


02) a síntese de ATP, em mitocôndrias e em cloroplastos,<br />

emerge de condições eletroquímicas estabelecidas no<br />

transporte de elétrons.<br />

03) o fluxo de prótons, através da ATP sintetase, envolve um<br />

custo energético, por realizar-se contra um gradiente<br />

concentração.<br />

04) a fácil difusão dos íons, através da bicamada lipídica,<br />

condiciona a criação de um gradiente de H+.<br />

05) as similaridades constatadas entre os processos da<br />

fotossíntese e da respiração decorrem da utilização dos<br />

mesmos substratos para a produção de ATP<br />

18. A bem sucedida adaptação de uma estrutura membranosa<br />

a função fotossintética, entre outros aspectos, pode ser<br />

reconhecida<br />

01)na localização estratégica das moléculas de clorofila que<br />

as tornam mais eficientes na absorção da luz verde.<br />

02) na associação das clorofilas a pigmentos acessórios,<br />

condicionando uma menor produtividade primária da<br />

organela.<br />

03) no aproveitamento dos compartimentos tilacóides para a<br />

síntese da glicose.<br />

04) a utilização da membrana externa do cloroplasto, como<br />

superfície fotossintética.<br />

05) na concentração das moléculas de clorofila em<br />

fotossistemas, propiciando a sua interação com complexos<br />

moleculares eficientes no transporte de elétrons.<br />

19. “Luz do sol/que a folha traga e traduz em verde novo<br />

Organismos<br />

Matéria<br />

retirada do<br />

meio<br />

ambiente<br />

Presença de<br />

mitocôndrias<br />

Eliminação<br />

de<br />

oxigênio<br />

molecular<br />

I co2 Sim Sim<br />

II<br />

Compostos<br />

orgânicos<br />

oxidáveis<br />

Sim Não<br />

Compostos<br />

III<br />

inorgânicos<br />

oxidáveis e<br />

Não Não<br />

CO2<br />

IV CO2 Não Sim<br />

...”Certamente para o poeta Caetano Veloso, um processo<br />

mágico, onde se revela a força transformadora da natureza.<br />

Para o biólogo, sensível à poesia, mas prático na investigação<br />

e interpretação dos fenômenos naturais, os versos tratam se<br />

um processo no qual:<br />

a] as folhas absorvem luz, transfomando-a em clorofila.<br />

b] as plantas absorvem luz, transformando-a em calor que<br />

renova o verde.<br />

c] as plantas absorvem radiação solar, utilizando a luz verde<br />

para a liberação de oxigênio.<br />

d] a folha absorve a luz e a transforma em energia química,<br />

construindo novas cadeias de carbono.<br />

e] a clorofila, dissolvida nos cloroplastos, absorve a luz verde<br />

20. Considere que nos<br />

tubos abaixo, satisfeitas<br />

as condições de<br />

fornecimento de CO 2 e<br />

temperatura, e que o<br />

meio líquido abaixo das<br />

folhas contém água e<br />

um indicador de pH que se torna amarelado em meio ácido, e<br />

arroxeado em meio básico.<br />

Considerando que o CO2 em contato com água gera ácido<br />

carbônico indique.<br />

Pode-se concluir através do experimento:<br />

a) a fotossíntese libera oxigênio.<br />

b) a fotossíntese consome oxigênio.<br />

c) a intensidade de luz pode interferir no processo.<br />

d) a elevada intensidade de luz contribui com a acidificação<br />

do meio.<br />

e) nenhuma das alternativas.<br />

21. A utilização da água como fonte de hidrogênio no<br />

processo fotossintético teve como conseqüência global, na<br />

história da vida no planeta,<br />

(01) o surgimento da fotorrespiração, aumentando a<br />

eficiência da fotossíntese.<br />

(02) a extinção total dos organismos fotossintetizantes<br />

anaeróbicos.<br />

(03) o aumento do ganho energético do processo com<br />

formação de maior número de moléculas de ATP.<br />

(04) o crescimento da velocidade da incorporação do CO2<br />

atmosférico durante a fase escura.<br />

(05) a alteração dos teores de oxigênio favorecendo a<br />

evolução dos aeróbios.<br />

22. Quatro organismos diferentes apresentam as<br />

características incluídas na tabela abaixo.<br />

I, II, III e IV são, respectivamente,<br />

(A) fungos, animais, algas e bactérias.<br />

(B) bactérias, vegetais, animais e fungos.<br />

(C) vegetais, bactérias, animais e fungos.<br />

(D) algas, animais, bactérias e bactérias.<br />

(E) vegetais, animais, fungos e vegetais.<br />

23. UEFS-2003 O processo metabólico associado à síntese de<br />

carboidratos em células vegetais, inclui reações que:<br />

104


A) dependem diretamente da presença de oxigênio no meio<br />

celular.<br />

B) reduzem gás carbônico a moléculas precursoras de glicose.<br />

C) transformam glicose em C02 e H20, sob a ação de enzimas<br />

específica.<br />

D) exigem a presença de pigmentos localizados no grande<br />

vacúolo da célula vegetal.<br />

E) convertem energia luminosa em moléculas de lipídeos,<br />

essenciais à montagem de cloroplastos.<br />

24. Compare as<br />

duas equações<br />

abaixo:<br />

Que conclusão é possível tirar após a comparação entre elas?<br />

25. (UFMG) Observe esta figura, em que estão representados<br />

subprodutos de dois processos – I e II:<br />

01) a ocorrência de compartimentos delimitados por<br />

membrana, que cria condições ideais para a síntese de ATP<br />

e fixação de CO 2.<br />

02) a presença de clorofila na membrana externa, que<br />

possibilita a captura de luz pela organela.<br />

03)a síntese de carboidratos, que ocorre preferencialmente<br />

dentro de tilacóides.<br />

04) a liberação de oxigênio proveniente da quebra da água,<br />

que é limitada pela membrana interna.<br />

05) a capacidade de autoduplicação dos cloroplastos, que<br />

determina a sua função principal.<br />

27. (Consultec -97) Uma contribuição importante para a<br />

elucidação da fotossíntese foi dada por Jan Ingenhousz que,<br />

após inúmeras experiências, concluiu:<br />

"Observei que as plantas não só têm a faculdade de corrigir o<br />

ar estragado em seis ou dez <strong>dias</strong>, crescendo nele, como<br />

indicam as experiências de Priestley, mas que executam esse<br />

importante ofício de modo completo, em poucas horas; que<br />

essa maravilhosa operação de modo algum é devida à<br />

vegetação da planta, mas à influência da luz do sol sobre a<br />

planta." (Ingenhousz. In: Stryer , p. 428)<br />

A partir da interpretação do texto de Ingenhousz, identifique<br />

as afirmativas verdadeiras.<br />

Considerando-se as informações dessa figura, é incorreto<br />

afirmar que:<br />

a) em ambientes agrícolas e estuários marinhos, o processo I<br />

é responsável pela maior<br />

taxa de O2 presente na atmosfera;<br />

b) no processo I, há formação de compostos energéticos e, no<br />

processo II, se verifica liberação de energia;<br />

c) no processo I, o produto eliminado é produzido após a<br />

fotólise da água e, no processo II, o produto que se elimina é<br />

formado após a oxidação da glicose;<br />

d) nos campos e florestas, o processo II apresenta maior taxa<br />

no período noturno.<br />

26. (Consultec) A figura apresenta a organela sede de uma<br />

importante função biológica.<br />

0.( ) O consumo de CO2 e a liberação de O2 correspondem à<br />

"correção do ar estragado".<br />

1.( ) A "maravilhosa operação" realizada pelas plantas é a<br />

conversão de energia luminosa em energia química.<br />

2.( ) O crescimento da planta resulta de processos de síntese<br />

à custa da energia química de origem exógena.<br />

3.( ) O oxigênio liberado pelas plantas é proveniente do gás<br />

carbônico liberado pelo processo de respiração.<br />

4.( ) A importância da luz, no processo, está associada à<br />

presença de clorofila nas plantas.<br />

5.( ) A complexidade das reações fotossintéticas resulta em<br />

grande dispêndio de tempo na produção de glicose.<br />

28. Abaixo está esquematizado o ciclo de Calvin.<br />

Sobre este ciclo é correto afirmar:<br />

a] Ocorre apenas em plantas C3<br />

b] Ocorre apenas em plantas CAM<br />

c] Ocorre apenas em plantas C4<br />

d] Ocorre apenas em plantas C3 e C4<br />

e] Ocorre em todas: C3, C4 e CAM.<br />

A relação correta entre estrutura e função da referida organela<br />

é:<br />

105


03) a modificação atmosférica, disponibilizando à planta<br />

maior quantidade de CO2, favorece a síntese de carboidratos<br />

armazenado em estruturas esqueléticas.<br />

04) as plantas arbustivas tornaram-se mais bem adaptadas à<br />

maior concentração de CO2.<br />

05) as espécies endêmicas das pradarias foram substituídas<br />

por espécies exóticas.<br />

29. Os esquemas abaixo resumem o processo pelo qual dos<br />

microrganismos obtém energia para realizar suas atividades,<br />

entre as quais está a síntese de matéria orgânica.<br />

Esses microrganismos são:<br />

a) autótrofos quimiossintetizantes;<br />

b) autótrofos fotossintetizantes;<br />

c) autótrofos e anaeróbicos;<br />

d) heterótrofos aeróbicos;<br />

e) heterótrofos anaeróbicos.<br />

30. Considerando os<br />

pontos de compensação<br />

fótico, identifique quais<br />

curvas<br />

representam,<br />

respectivamente plantas umbrófilas e plantas heliófilas.<br />

Explique.<br />

32. O gráfico apresenta a<br />

integração de processos<br />

fisiológicos em plantas.<br />

A partir de sua análise,<br />

identifique as afirmativas<br />

verdadeiras e as falsas.<br />

0. Nas plantas, a obtenção de energia utilizável é garantida<br />

pela fotossíntese e pela respiração.<br />

1. No ponto de compensação, há um equilíbrio entre produção<br />

e consumo de carboidratos.<br />

2. A intensidade luminosa é igualmente importante para a<br />

fotossíntese e a respiração.<br />

3. As trocas gasosas com o meio ambiente são mais intensas<br />

fora do ponto de compensação.<br />

4. A sobrevivência de uma planta exige que esta receba luz<br />

abaixo do seu ponto de compensação.<br />

5. Em intensidade luminosa elevada, a liberação do O 2 para a<br />

atmosfera é mais efetiva.<br />

33. O esquema abaixo representa as vias metabólicas das<br />

plantas C4:<br />

31. Cientistas têm observado como as mudanças climáticas<br />

alteram ecossistemas globais. Um experimento de cinco anos<br />

agora revela os detalhes. Pesquisadores expuseram seções de<br />

uma pradaria de grama curta ao dobro de CO2 que<br />

normalmente recebe. O equilíbrio das espécies de plantas se<br />

alterou: a área ficou dominada por arbustos lenhosos,. que<br />

aumentaram em 40% e metabolizam o CO2 mais<br />

eficientemente que as gramas. Os resultados [...] confirmam<br />

a hipótese de que, em um mundo rico em CO2, os arbustos<br />

substituíram a grama no solo americano. A mudança poderia<br />

afetar o gado e outros animais que pastam.<br />

(YAM, 2007. p. 27).<br />

A interpretação dos resultados do experimento permite<br />

concluir que<br />

01) a maior concentração de CO2 torna mais eficiente o<br />

processo fotossintético.<br />

02) o desenvolvimento de arbustos expressa uma inversão em<br />

um processo de sucessão.<br />

Sobre ele é correto afirmar:<br />

a) Em elevadas concentrações de CO2, a fotossíntese é<br />

reduzida em detrimento da fotorrespiração.<br />

Plantas C3 Plantas C4 Plantas CAM*<br />

Leguminosas Cana-de-açúcar Cacto<br />

Trigo Milho Lírio<br />

Arroz Sorgo Abacaxi<br />

Cevada Orquídeas<br />

b) Esta via é caracterizada pela desnaturação da RuDP nas<br />

células.<br />

106


c) As plantas C3 são mais eficientes em relação às C4<br />

porque não sofrem os efeitos da fotorrespiração.<br />

d) Este ciclo só ocorre em regiões de temperaturas elevadas.<br />

e) A designação C4 decorre do fato do CO2 ser previamente<br />

retido sob a forma de ácido oxalacético.<br />

Exemplos de plantas C3, C4 e CAM<br />

34. Analise os ciclos abaixo:<br />

a) Qual das plantas<br />

apresentam o ciclo C4?<br />

Justifique!<br />

b) Por que as plantas 2<br />

apresentam particularidades<br />

da reação fotossintética em<br />

relação ao dia e noite?<br />

Questões 35 a 37 -<br />

Consultec<br />

A ilustração refere-se à biomassa produtora no, ecossistema<br />

simbolizada na representação da folha, modelo de eficiência<br />

fotossintética.<br />

35. A folha reúne requisitos essenciais à fotossíntese, entre<br />

os quais se inclui:<br />

1) um sistema próprio de organelas que capta toda a luz<br />

incidente na superfície foliar.<br />

2) um complexo enzimático que, propiciando a<br />

decomposição do CO2, libera oxigênio na fase escura do<br />

processo.<br />

3) um sistema de captação e transporte de elétrons perdidos<br />

pela a clorofila a ser excitada pela luz, configurando a<br />

conversão da energia luminosa em química.<br />

4) a presença de pigmentos fotossensíveis - as clorofilas que<br />

liberam elétrons a partir da absorção da luz verde.<br />

05) a fotólise da água em H + e OH - , caracterizando a<br />

fotossíntese aeróbica.<br />

36. A análise da estrutura e fisiologia da folha evidencia<br />

aspectos que contribuem para a sua eficiência fotossintética,<br />

entre os quais se pode reconhecer:<br />

01) a folha, realizando a transpiração, proporciona a ascensão<br />

da seiva mineral, diminuindo a perda de água pela planta.<br />

02) a elevada permeabilidade do revestimento epidérmico.<br />

03) controlando o intercâmbio de gases no processo.<br />

04) a localização predominante dos estômatos na superfície<br />

superior da epiderme foliar, permitindo maior captação de<br />

energia e proporcionando maior eficiência na fotossíntese.<br />

04) a utilização, na construção da biomassa, de toda a energia<br />

incidente na folha.<br />

05) a organização do tecido clorofiliano adaptado a condições<br />

variáveis de luminosidade, estabelecendo, na folha, uma<br />

ampla superfície relativa.<br />

37. "Essa capacidade de armazenar energia recebida do Sol<br />

faz das plantas uma fonte energética virtualmente<br />

inesgotável. Surge daí a idéia de 'plantações verdes', ou seja,<br />

cultura de espécies vegetais que possam servir direta ou<br />

indiretamente como fonte de energia".<br />

(CARVALHO, Ciência Hoje, 2006, p. 32)<br />

Pela capacidade de armazenar energia recebida do Sol, as<br />

plantas se constituem fonte energética virtualmente<br />

inesgotável que impulsiona a vida, mantendo a dinâmica da<br />

Biosfera traduzida em:<br />

01) organização das cadeias alimentares com número<br />

ilimitado de níveis tróficos.<br />

02) conservação da mesma quantidade de biomassa a cada<br />

nível de consumidor<br />

03) estruturação do ecossistema na transferência da biomassa<br />

através das relações alimentares.<br />

04) reciclagem de energia pela atividade de decompositores<br />

em todos os níveis tróficos.<br />

05) paralelismo na realização dos ciclos biogeoquímico e<br />

fluxo energético.<br />

38. As "plantações verdes" são uma alternativa para a crise<br />

energética na sociedade, porque:<br />

01) são virtualmente ilimitadas, podendo substituir sem<br />

comprometimento ecológico, extensas áreas silvestres.<br />

02) são procedimentos com estratégias cronológicas que<br />

garantem autonomia do processo relações a fatores<br />

ambientais.<br />

03) são estratégias capazes, em si mesma, de manter o<br />

suprimento de oxigênio necessário à vida.<br />

produzem biomassa utilizável como combustível, mantendo<br />

o balanço entre o C02 liberado na queima e a absorvido na<br />

plantação.<br />

05) necessitam de áreas distantes dos centros urbanos como<br />

forma de proteção contra agressões ambientais.<br />

39. (UNIT-2013) Diversas espécies de plantas adaptadas a<br />

climas secos utilizam uma estratégia eficiente para evitar a<br />

perda de água.<br />

Tais organismos, por utilizar um metabolismo peculiar, são<br />

conhecidos como plantas com metabolismo CAM (do inglês<br />

crassulacean acid metabolism), por ter sido descoberto<br />

originalmente em plantas da família Crassulacea.<br />

107


Sobre esses organismos, é correto afirmar:<br />

a) As plantas com metabolismo CAM mantêm os estômatos<br />

fechados durante o dia e captam gás carbônico essencial<br />

para a fotossíntese durante a noite.<br />

b) Tais indivíduos deixam de produzir auxina durante o dia,<br />

evitando assim um gasto de energia no crescimento de<br />

raízes e caule e consequente perda de água na formação<br />

dessas estruturas.<br />

c) As plantas com metabolismo CAM impedem o processo<br />

de transpiração através da cutícula da folha, conhecido<br />

como transpiração cuticular.<br />

d) Diferente dos demais vegetais, as plantas com<br />

metabolismo CAM recebem gás carbônico para a<br />

fotossíntese somente enquanto há luz disponível.<br />

e) Nas plantas com esse tipo de metabolismo, a taxa de<br />

transpiração estomatar é significativamente maior que a<br />

taxa de transpiração cuticular, o que mantém reduzida a<br />

perda de água nesses seres.<br />

40. A figura ilustra o<br />

resultado de um<br />

processamento<br />

experimental<br />

realizado por<br />

Priestley, há cerca<br />

de 200 anos, em que,<br />

ficou evidenciado uma interdependência entre planta e<br />

animal.<br />

O experimento pode ser interpretado, considerando-se que:<br />

01) a perda da vitalidade da planta, em I, deve ter sido pelo<br />

esgotamento de nutriente orgânico.<br />

02) a morte do rato pode ser explicada como decorrente de<br />

um déficit de oxigênio na campânula II.<br />

03) o resultado do experimento seria diferente sob condições<br />

de baixa luminosidade.<br />

04) o intercâmbio de gases entre planta e animal, na<br />

campânula III, evidencia a total autonomia dos seres<br />

autotróficos.<br />

05) as concentrações de CO2 do ar<br />

contido nas campânulas I e III ficam entre si iguais no final<br />

do experimento.<br />

e livre de carbono até 2050. Isso corresponde a três vezes a<br />

demanda média americana de 3,2 trilhões de watts.<br />

O represamento de todos os lagos, rios e riachos do planeta,<br />

avalia ele, só forneceria 5 trilhões de watts de energia<br />

hidrelétrica. A energia nuclear poderia dar conta do recado,<br />

mas o mundo precisaria construir um novo reator a cada dois<br />

<strong>dias</strong> nos próximos 50 anos.<br />

Antes que seus ouvintes fiquem excessivamente deprimidos,<br />

Lewis anuncia uma fonte de salvação: o Sol lança mais<br />

energia sobre a Terra por hora do que a energia que a<br />

humanidade consome em um ano. Mas ressalta que, para se<br />

salvar, a humanidade carece de uma descoberta radical em<br />

tecnologia de combustível solar: folhas artificiais que captem<br />

seus raios e produzam combustível químico em massa no<br />

local, de modo muito semelhante ao das plantas.<br />

Esse combustível pode ser queimado como petróleo ou gás<br />

natural para abastecer carros e gerar calor ou energia elétrica,<br />

e também armazenado e utilizado quando o Sol se põe.<br />

(REGALADO, 2010, p. 76-79).<br />

Com base nos conhecimentos relacionados ao processo de<br />

fotossíntese que ocorre em folhas naturais, pode-se afirmar:<br />

A) A captação de energia luminosa que ocorre nesse processo<br />

viabiliza a produção de moléculas inorgânicas a partir de<br />

moléculas orgânicas simples.<br />

B) Complexos protéicos presentes na membrana tilacóide de<br />

cloroplastos de células vegetais possibilitam a geração da<br />

energia celular, à medida que atuam no transporte de elétrons<br />

e no bombeamento de prótons.<br />

C) Cloroplastos expostos à luz têm os seus pigmentos<br />

fotossintetizantes excitados e liberados, a partir dos<br />

complexos antena, para toda a rede protéica da membrana do<br />

tilacóide, impulsionando, assim, a síntese dirigida de ATP<br />

pela ATP sintase.<br />

D) O centro de reação fotossintética apresenta um papel<br />

relevante na produção de energia celular de seres<br />

autotróficos, por agrupar os substratos necessários para<br />

produção de glicídios, produtos finais da fotossíntese.<br />

E) O ciclo de Calvin-Benson (ciclo das pentoses)<br />

corresponde à etapa fotossintética que contribui com os<br />

maiores índices de produção de ATP e formação de oxigênio<br />

molecular.<br />

42. (UESC-96) O gráfico registra curvas de atividade<br />

fotossintética em plantas cultivadas com e sem suprimento<br />

adicional de CO2.<br />

41.(UESF-2011/1) Como um pregador que anuncia um<br />

inferno de “fogo e enxofre”, Nathan S. Lewis vem proferindo<br />

um discurso sobre a crise energética que é, ao mesmo tempo,<br />

aterrador e estimulante. Para evitar um aquecimento global<br />

potencialmente debilitante, o químico do California Institute<br />

of Technology (Caltech) afirma que a civilização deve ser<br />

capaz de gerar mais de 10 trilhões de watts de energia limpa<br />

108


03) a passagem de elétrons pela cadeia transportadora<br />

propicia a liberação de prótons para o estroma, levando à<br />

síntese direta de ATP.<br />

04) a energia derivada da luz solar é potencializada na<br />

molécula de NADPH necessária para conversão de CO 2 em<br />

glicose.<br />

O estudo comparativo das curvas permite concluir:<br />

01) Uma maior disponibilidade de CO2 proporciona um<br />

aumento na produtividade primária da planta.<br />

02) As variações ambientais não interferem na intensidade da<br />

fotossíntese em plantas cultivadas em maior concentração de<br />

CO2 .<br />

03) A maior absorção de CO2 ocorre entre 10 horas da noite<br />

e 6 da manhã.<br />

04) A luz é o fator limitante no processo, em plantas<br />

cultivadas sem o suprimento adicional de CO2, às 8 horas da<br />

manhã.<br />

05) A concentração habitual do CO2 atmosférico é suficiente<br />

para que a planta expresse o seu potencial fotossintético.<br />

43. (UERN-2009) Convertendo energia solar em energia<br />

química, potencializada em moléculas orgânicas, a<br />

fotossíntese propicia a sustentabilidade da biosfera.<br />

A ilustração esquematiza aspectos básicos do processo interrelacionando<br />

as suas etapas.<br />

A análise do diagrama envolve a compreensão de que<br />

01) as reações da fase não luminosa propiciam a geração de<br />

ATP, que será utilizada na etapa luminosa.<br />

02) a fotólise da água, que ocorre durante o Ciclo de Calvin-<br />

Benson, possibilita o restabelecimento dos elétrons da<br />

clorofila perdidos durante a excitação luminosa.<br />

44. De acordo com os conhecimentos relativos à evolução do<br />

metabolismo celular, uma análise cuidadosa permite<br />

presumir-se que a evolução da fotossíntese favoreceu a<br />

evolução do metabolismo oxidativo na afirmação explicitada<br />

na alternativa<br />

A) A fotossíntese forneceu a fonte de energia necessária para<br />

a realização de outras reações metabólicas a partir da<br />

captação e degradação de moléculas orgânicas pré-formadas.<br />

B) O processo fotossintético contribuiu para a disseminação<br />

de organismos anaeróbios obrigatórios capazes de obter<br />

alimento e energia diretamente do ambiente.<br />

C) A fotossíntese, como via metabólica de maior<br />

especificidade, favoreceu o desenvolvimento de um<br />

mecanismo de liberação de energia celular a partir da<br />

oxidação parcial de moléculas orgânicas.<br />

D) O desenvolvimento de vias metabólicas que levavam à<br />

liberação de oxigênio atmosférico alterara a atmosfera<br />

terrestre e possibilita a obtenção mais eficiente de energia<br />

celular a partir de moléculas orgânicas.<br />

E) A incorporação de moléculas de gás carbônico às células<br />

capazes de realizar a fotossíntese favoreceu o<br />

desenvolvimento de mecanismos mais eficientes de geração<br />

de energia e aumento de biomassa.<br />

QUESTÕES 45 e 46 – Consultec 2013<br />

Existem espécies de plantas, que sobrevivem em solos pobres<br />

em nitrogênio. Entre elas, estão as plantas carnívoras.<br />

A Austrália e o Brasil são os países que abrigam maior<br />

número de espécies dessas plantas, especialmente em<br />

ambientes de solos pobres das chapadas e campos rupestres.<br />

Algumas delas chegam a morrer se forem colocadas em solos<br />

ricos em nitrogênio. As plantas carnívoras possuem folhas<br />

modificadas capazes de atrair, capturar e digerir animais. Na<br />

maioria dos casos, capturam insetos, mas podem também<br />

capturar pequenos vertebrados, como pererecas e largatos,<br />

que são digeridos no interior das folhas modificadas.<br />

(MENDONÇA; LAURENCE, 2010. p. 70).<br />

45. A adaptação expressa pelas plantas carnívoras revela a<br />

A) impossibilidade de realizar fotossíntese para a nutrição<br />

devido à modificação de suas folhas em um tipo de armadilha.<br />

B) obtenção de micronutrientes a partir de fertilizantes que<br />

estimulam o seu crescimento e produtividade.<br />

C) necessidade de criação de novas informações genéticas<br />

que codificam proteínas específicas para sobreviver nesses<br />

ambientes.<br />

109


D) capacidade de produzir enzimas digestivas que atuam<br />

sobre as “presas”, complementando, desse modo, a sua<br />

nutrição mineral.<br />

E) sua posição como decompositores nas cadeias tróficas das<br />

chapadas e campos rupestres.<br />

46. Em relação ao papel do nitrogênio na química da vida, é<br />

correto afirmar:<br />

A) Participa nas reações que mantêm o pH ótimo para a<br />

atividade da pepsina o processo digestório.<br />

B) Forma ligações que mantêm as unidades glicídicas nos<br />

polissacarídeos vegetais, como celulose e amido.<br />

C) Integra a estrutura molecular dos diferentes monômeros<br />

que compõem proteínas e ácidos nucléicos.<br />

D) É constituinte essencial dos esteróides precursores do<br />

colesterol.<br />

E) Funciona como cofator de inúmeras enzimas essenciais ao<br />

metabolismo energético.<br />

Questões 47 e 48 – Consultec 2011<br />

Os biocombustíveis não são novidade. Os homens usam<br />

micro-organismos para obter etanol desde que, na Idade da<br />

Pedra, por volta de 10.000 a.C. começaram a produzir<br />

cerveja.<br />

Atualmente, biocombustíveis de terceira geração são<br />

produzidos por um processo que, em parte, também ocorre na<br />

natureza. (WENNER, 2012. p. 62-67).<br />

47. Sobre os aspectos biológicos envolvidos na produção de<br />

biodiesel, é correto afirmar:<br />

A) A utilização de algas e bactérias tem como vantagem o<br />

aproveitamento total da energia solar incidente.<br />

B) O processo apresentado em 1 foi fator decisivo para a<br />

formação da atmosfera terrestre oxidante, com repercussões<br />

na<br />

colonização da terra firme.<br />

C) Algas e cianobactérias são organismos fotoautótrofos em<br />

que a quebra do CO 2 resulta na liberação de O 2 para o meio.<br />

D) A produção de gorduras por algas e bactérias impede a<br />

síntese de carboidratos como um dos produtos da<br />

fotossíntese.<br />

E) A energia radiante do Sol absorvida substitui a<br />

participação de catalisadores biológicos no processo<br />

bioenergético em microorganismos.<br />

48. Os processos bioenergéticos que produzem etanol e<br />

biodiesel compartilham<br />

A) as mesmas moléculas que constituem a matéria-prima.<br />

B) um pigmento que, ao ser excitado por fótons de luz, libera<br />

elétrons.<br />

C) a localização em organelas membranosas no citoplasma<br />

celular.<br />

D) a transformação de ADP em trifosfato de adenosina ao<br />

nível da ATPsintetase.<br />

E) a necessidade de enzimas específicas em suas etapas.<br />

49. Considerando-se os processos bioquímicos de obtenção<br />

de energia nos seres vivos, é correto afirmar:<br />

01) A exigência de organelas membranosas específicas em<br />

um ambiente intracelular compartimentado limita a<br />

ocorrência da fermentação apenas em seres de padrão<br />

eucarionte.<br />

02) A fermentação alcoólica, ao oxidar parcialmente<br />

moléculas de carboidratos, produz grande quantidade de<br />

ácido láctico utilizado na fabricação de queijos e iogurtes.<br />

03) A fermentação é realizada exclusivamente por seres<br />

unicelulares procariontes, como fungos e bactérias devido à<br />

simplicidade metabólica pouco exigente de grandes<br />

demandas energéticas.<br />

04) A respiração celular substituiu a fermentação como<br />

processo bioquímico de obtenção de energia em seres que<br />

apresentam restrição de captação de oxigênio molecular do<br />

ambiente.<br />

05) As semelhanças nas rotas bioquímicas da fermentação e<br />

da respiração celular denotam uma evolução que privilegiou<br />

o aumento na capacidade dos seres vivos de extrair a energia<br />

armazenada em moléculas orgânicas.<br />

Questões 50 e 51 UESB - 2012<br />

Em 1771, ainda nos primórdios da Revolução Industrial e do<br />

seu apetite voraz por combustíveis fósseis, um clérigo inglês<br />

identificou as etapas iniciais do cicio natural do carbono. Em<br />

uma série de engenhosos experimentos, Joseph Priestley<br />

constatou que o fogo e a respiração dos animais,<br />

“maculavam" o ar em um jarro selado, tornando-o insalubre.<br />

Mas ele também descobriu que um ramo viçoso de hortelã era<br />

capaz de restaurar a saúde do ar. (AMABIS; MARTHO, 2009, p.<br />

283)<br />

110


50. Uma interpretação correta do experimento de Priestley<br />

permite afirmar<br />

01) Os resultados obtidos revelam o único mecanismo que<br />

promove a ciclagem do carbono nos ecossistemas.<br />

02) A maculação do ar no “jarro selado” decorre da presença<br />

de C0 2 eliminado pela respiração do animal.<br />

03) O desenho experimental em si - um sistema fechado é<br />

um representação fiel da dinâmica da biosfera.<br />

04) A saúde do ar é restaurada em consequência do processo<br />

de evapotranspiração das folhas de hortelã.<br />

05) A retirada do animal do interior do recipiente esgotaria<br />

rapidamente o suprimento de C0 2, comprometendo a Vida da<br />

planta.<br />

51. O apetite voraz do<br />

ser humano pelos<br />

combustíveis fósseis,<br />

configurando uma era<br />

específica, e a emissão<br />

de CO 2 nos últimos<br />

400 mil anos,<br />

registrada no gráfico,<br />

tiveram repercussões<br />

planetárias, expressas<br />

na alternativa<br />

01) Os níveis elevados de CO 2 atmosférico estimados a cada<br />

100 mil anos correspondem aos períodos de intensa atividade<br />

fotossintética global.<br />

02) 0 aquecimento do planeta iniciado há 400 mil anos,<br />

quando a concentração de CO 2 na atmosfera atingiu quase<br />

300 ppm, permitiu o aparecimento das plantas em terra firme<br />

03) As emissões de CO 2, devido a ações humanas registradas<br />

a partir da Revolução Industrial, constituem a principal causa<br />

para mudanças climáticas expressas no agravamento do efeito<br />

estufa.<br />

04) A curva de concentração de CO 2 no ponto 0 (zero) indica<br />

uma estabilidade nas emissões desse gás da Revolução<br />

Industrial aos <strong>dias</strong> atuais.<br />

05) A atividade física do grande contingente populacional de<br />

Homo sapiens implicou o final de um longo período de<br />

variação estável dos níveis de C0 2 no tempo.<br />

Questões 52 e 53 UESB-2013<br />

52. Em algum momento nos primeiros bilhões de anos de<br />

vida, cianobactérias aprenderam a explorar um recurso<br />

amplamente disponível: o hidrogênio que existe em<br />

abundância espetacular na água. Elas absorviam moléculas de<br />

água, alimentavam-se do hidrogênio e liberavam o oxigênio<br />

como refugo, inventando assim a fotossíntese [aeróbica].<br />

Um motivo pelo qual a vida levou tanto tempo para se tomar mais<br />

complexa foi que o mundo teve de aguardar até que esses<br />

organismos mais simples tivessem oxigenado suficientemente a<br />

atmosfera. (BRYSON, 2005, p.303).<br />

Esse evento marcado pela presença das cianobactérias foi<br />

determinante nos caminhos evolutivos trilhados pelos seres vivos,<br />

dentre outros motivos, porque<br />

01) favoreceu o acúmulo dê componentes orgânicos em um oceano<br />

primordial na etapa que precedeu a informação dos primeiros<br />

protobiontes.<br />

02) foi responsável pelo acúmulo de gás hidrogênio presente na<br />

composição da atmosfera atual.<br />

03) diminuiu sensivelmente a disponibilidade de moléculas de água<br />

presentes no ambiente, ao utilizá-las como doador de oxigênio para<br />

as reações bioenergéticas.<br />

04) desenvolveu um processo fotoautrótofo de grande sucesso<br />

evolutivo, compartilhado posteriormente pelas algas e por todos os<br />

organismos do reino vegetal.<br />

05) alterou a composição físico-química da atmosfera, ao convertêla<br />

em um ambiente redutor, a partir de um ambiente oxidante.<br />

53. A necessidade de as cianobactérias terem oxigenado<br />

suficientemente a atmosfera, para que a vida pudesse se tornar<br />

mais complexa, reside no fato de que<br />

01) o aumento da concentração de O2 na atmosfera favoreceu a<br />

formação de uma camada de ozônio responsável pela manutenção<br />

da temperatura global, a partir da absorção de raios infravermelhos.<br />

02) os seres aquáticos puderam aumentar o tamanho do corpo, ao<br />

utilizar o O2, como combustível nas reações bioenergéticas<br />

presentes no seu metabolismo.<br />

03) impulsionou a fotossíntese aeróbia presente nos ambientes<br />

aquáticos, ao utilizar o O2 como principal reagente fotossintético.<br />

04) provocou a primeira extinção em massa dos seres menores e<br />

primitivos, sobrevivendo apenas os seres mais complexos<br />

detentores de um código genético exclusivo.<br />

05) houve um aumento na eficiência da obtenção de energia pelos<br />

organismos que passaram a utilizar o oxigênio nas reações de<br />

quebra do componente orgânico presente nos alimentos.<br />

54.(UNEB) "As folhas podem ser consideradas as 'bocas' das<br />

plantas. É nas folhas que molécula de água e dióxido de<br />

carbono são utilizadas na síntese de substâncias orgânicas,<br />

tendo a luz solar como fonte de energia."<br />

(Ciência Hoje, p. 22)<br />

A análise do processo referido no texto revela que<br />

01) a energia química das moléculas é utilizada para a síntese<br />

de moléculas ricas em energia.<br />

02) moléculas inorgânicas constituem a matéria-prima para<br />

construção de moléculas orgânicas pela fotossíntese.<br />

03) a água e dióxido de carbono são utilizados,<br />

simultaneamente, na produção de glicose.<br />

111


04) o no final do processo resulta da quebra de moléculas de<br />

dióxido de carbono.<br />

05) a utilização da luz solar é efetivada por diversos tecidos<br />

vegetais, independente de sua composição química.<br />

55.(UESB-2013) A imagem ilustra uma etapa de um importante<br />

processo bioenergético presente em determinados organismos.<br />

Considerando-se as informações presentes na imagem e no<br />

conhecimento a respeito desse tema, é correto afirmar:<br />

01) O principal produto gerado por essas reações é a enzima<br />

sintetase do ATP, que será utilizada nas reações exergônicas de<br />

transformação de energia.<br />

02) Essas reações caracterizam o ciclo do ácido cítrico que ocorre<br />

no interior das cristas mitocondriais.<br />

03) Elétrons oriundos da energia luminosa se deslocam ao longo<br />

das proteínas presentes na membrana dos tilacóides, alimentando<br />

um fluxo de prótons produtor de moléculas de ATP.<br />

04) As moléculas de ácido pirúvico conseguem atravessar a<br />

membrana externa da mitocôndria através de uma bomba de<br />

prótons presente nos complexos de antenas que são ativadas pela<br />

presença da luz.<br />

05) A membrana dos tilacóides é utilizada na fotossíntese como<br />

ambiente gerador de um gradiente de prótons que favorece uma<br />

intensa fotofosforilação no interior dos cloroplastos.<br />

Estudo Dirigido<br />

01. Que entende por metabolismo.<br />

02. Classifique e caracterize os tipos de metabolismo.<br />

03. Qual o significado do termo: reações de oxi-redução?<br />

Exemplifique!<br />

04. Porque dizemos que a energia “produzida” pelas<br />

reações metabólicas não é prontamente utilizada?<br />

05. Qual a natureza química do ATP?<br />

06. Que limitação as reações biológicas, teoricamente,<br />

apresentam?<br />

07. Quais as possibilidades de se solucionar, em<br />

laboratório, a limitação referida anteriormente? Há<br />

limitações para a aplicação das práticas citadas acima?<br />

Explique!<br />

08. Que solução a evolução encontrou para solucionar a<br />

limitação citada na questão 6?<br />

09. Que entende por enzimas?<br />

10. Qual a constituição das enzimas?<br />

11. Quais as propriedades das enzimas?<br />

12. Quais os fatores que podem interferir nas atividades<br />

enzimáticas? Explique!<br />

13. Que entende por fermentação?<br />

14. Esquematize um tipo de fermentação e destaque o fato<br />

que justifica sua baixa produção de ATP quando comparada<br />

com a produção da respiração aeróbica.<br />

15. Do ponto de vista dos produtos, qual a diferença entre<br />

as fermentações alcoólica, lática e acética?<br />

16. Qual o composto intermediário comum aos processos<br />

de fermentação e de respiração?<br />

17. Que são aceptores de hidrogênio? Dê exemplos.<br />

18. Cite e caracterize as fases da respiração aeróbica.<br />

19. Em que região da célula ocorrem estas fases?<br />

20. Que fase da respiração aeróbica se caracteriza pela<br />

participação do oxigênio?<br />

21. Justifique a supremacia energética da respiração sobre<br />

a fermentação, com base na utilização do oxigênio e o<br />

destino dos NADs e FADs.<br />

22. Conceitue fotossíntese. Dê, pelo menos, três definições<br />

diferentes.<br />

23. Cite e caracterize as fases da fotossíntese.<br />

24. Em quais regiões da célula ocorrem as fases citadas<br />

anteriormente.<br />

25. Respiração e fotossíntese se equivalem quanto ao fato<br />

de produzirem ATP. Em que diferem?<br />

26. Que fatores podem alterar a taxa fotossintética?<br />

27. Qual o papel da água na fotossíntese?<br />

28. Caracterize plantas C3, C4 e CAM.<br />

29. Qual a origem do oxigênio liberado na fotossíntese?<br />

Cite ou esquematize um experimento que referende sua<br />

resposta.<br />

30. Qual a diferença entre a fotossíntese vegetal, bacteriana<br />

e quimiossíntese?<br />

31. Como é possível demonstrar a ocorrência da<br />

fotossíntese? (cite experimentos clássicos)<br />

32. Que entende por ponto de compensação fótico?<br />

33. Qual o significado bioquímico de plantas C3 e C4?<br />

Qual o seu significado evolutivo?<br />

112


A Ecologia é a parte da <strong>Biologia</strong> que estuda os seres<br />

vivos, suas interações com o meio ambiente e suas<br />

respectivas alelobioses.<br />

A importância do estudo da ecologia.<br />

O homem é, por excelência, o único ser vivo com<br />

capacidade de alterar o meio ambiente com o propósito de<br />

atender às suas “necessidades”. Muitas vezes estas<br />

alterações, quando são feitas sem o devido conhecimento<br />

do funcionamento da natureza e ou sem a correta avaliação<br />

do impacto ambiental, têm provocado problemas bastante<br />

sérios e quase sempre irreversíveis. Veja os exemplos<br />

abaixo:<br />

EXÉRCITO CURURU<br />

... Bufo marinus ou, para o brasileiro leigo, o folclórico<br />

sapo-cururu. O bicho foi introduzido na Austrália em 1935<br />

para o controle do biológico de um besouro que atacava os<br />

canaviais, estratégia utilizada com sucesso nos EUA e na<br />

América Central...<br />

... “O Bufomarinus é terrestre. Na Austrália, não conseguiu<br />

controlar o besouro, que vive na copa das árvores e enterra<br />

seus ovos no subsolo”, explica a bióloga Cláudia Ramos<br />

que pesquisa o cururu no seu meio ambiente amazônico.<br />

“Além disso, o bicho encontrou clima favorável à sua<br />

reprodução e foi beneficiado com a inexistência de<br />

predadores naturais na região. Resultado: a espécie se<br />

multiplicou de forma assustadora.”<br />

... a situação chegou ao ponto que, dirigindo à noite pelas<br />

estradas é comum se escutar o pipocar incessante de sapos<br />

esmagados pelos pneus...<br />

...nos jardins de qualquer casa da região podem ser<br />

encontrados em média, 40 sapos...<br />

...pesquisadores no Brasil estudam o local, modo de vida,<br />

forma de reprodução, dieta, biologia básica...<br />

... os venezuelanos concentram-se na microbiologia do<br />

animal para saber se existe algum vírus ou bactéria que<br />

possa causar-lhe algum dano.<br />

Vítimas australianas do cururu restringem-se a animais<br />

domésticos como gatos e cachorros que adoecem ou<br />

morrem pela ingestão do veneno do sapo.<br />

Defensores dos sapos existem por todos os lados: alguns<br />

os criam com forma de obter companhia, outros por fumar<br />

seu couro, que produz efeitos alucinógenos, acham-nos o<br />

“maior barato”. Readaptado da ISTO É -1302 -14/9/1994<br />

ECOLOGIA<br />

pela extinção do lobo-da-tasmânia. O caso mais fantástico<br />

ocorreu na década de 30 quando os coelhos, cativos,<br />

fugiram e se multiplicaram de forma devastadora. Desta<br />

feita, em virtude dos altos prejuízos econômicos resultantes,<br />

os coelhos tiveram que ser combatidos, o que foi feito com<br />

a introdução de um vírus, transmitido por um mosquito<br />

hematófago (alimenta-se se de sangue), causador de doença<br />

fatal e especifica para coelhos e para certas lebres.<br />

Os coelhos foram quase que totalmente dizimados<br />

pelos vírus, mas com a redução populacional sofrida<br />

acabaram por ser cada vez menos atingidos pelos<br />

mosquitos, voltaram a crescer e a se tornar mais expostos à<br />

transmissão da doença causada pelo vírus.<br />

GATO PARAQUEDISTA ???!!!<br />

Numa campanha para controle de mosquitos, em Bornéu,<br />

foram utilizadas grandes quantidades de DDT, o conhecido<br />

inseticida. No entanto, ele matou também vespas, que<br />

normalmente se alimentavam de determinadas lagartas. A<br />

morte das vespas permitiu que as lagartas, insensíveis ao<br />

DDT, proliferassem livremente. As lagartas devoraram a<br />

palha existente nos telhados das casas dos nativos, fazendo<br />

com que elas caíssem. Por outro lado, as moscas dentro das<br />

casas absorveram o DDT; os lagartos que, normalmente se<br />

alimentavam de moscas, morrera em grande número. Dessa<br />

forma, os gatos domésticos se alimentaram de lagartos com<br />

maior facilidade e receberam o DDT que havia sido<br />

concentrado por lagartos e moscas. Na falta de gatos, a<br />

população de ratos cresceu sem controle e invadiu muitas<br />

casas à procura de alimento. Além disso, os ratos nessa ilha<br />

são frequentemente portadores da peste-negra, ameaçando<br />

a saúde da população. No final, como o acesso a ilha era<br />

difícil, tiveram que atirar gatos por paraquedas na ilha como<br />

tentativa de restabelecer o equilíbrio quebrado.<br />

CONCEITOS FUNDAMENTAIS<br />

a) Meio Ambiente: conjunto de condições físicas e<br />

biológicas que cercam o indivíduo, sendo essas condições<br />

fundamentais para a sobrevivência.<br />

b) Meio Abiótico: tudo aquilo que faz parte do ambiente<br />

e não possui vida: condições climáticas, luminosidade,<br />

temperatura, salinidade, etc.<br />

c) Meio Biótico: tudo aquilo que nos cerca e é dotado de<br />

vida ou morreu recentemente.<br />

COELHOS EM LARGA ESCALA E O<br />

EXTERMÍNIO DE ESPÉCIES NATURAIS POR<br />

OUTRAS “IMIGRANTES”<br />

O meio ambiente australiano é vítima histórica desse<br />

tipo de tragédia. Ilha continental isolada do resto do planeta<br />

por dezenas de milhões de anos. A Austrália desenvolveu<br />

fauna e flora próprias, onde prevalecem cangurus, coalas,<br />

ornitorrincos demônio-da-tasmânia. Frágil, esse<br />

ecossistema começou a sofrer com a ação do homem há 50<br />

mil anos, quando os primeiros aborígenes chegaram em<br />

suas praias. Com eles veio o dingo, cachorro responsável<br />

d) Ecobiose ou alelobiose: relações existentes entre os<br />

seres vivos e o meio ambiente abiótico.<br />

e) Alelobiose ou simbiose: qualquer relação entre os<br />

seres vivos.<br />

OS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO EM ECOLOGIA<br />

a) Espécie - entende-se por espécie um conjunto de<br />

indivíduos semelhantes que do cruzamento entre eles<br />

nasçam descendentes férteis. Pode ocorrer que espécies<br />

distintas e de proximidade parentesca se intercruzem,<br />

113


esultando em organismos viáveis. O organismo resultante<br />

é denominado de híbrido que, em geral é estéril, em função<br />

do denominado isolamento reprodutivo.<br />

Ex.: Jumento X égua = mula<br />

Teias alimentares: representação mais abrangente do<br />

caminho do alimento no ecossistema. Considera<br />

diversos caminhos, portanto, é constituída de várias<br />

cadeias.<br />

b) População - nível ecológico que agrega um conjunto<br />

de indivíduos da mesma espécie.<br />

c) Comunidade – é um conjunto de populações.<br />

d) Ecossistema - consiste na interação entre o meio<br />

abiótico, meio biótico e as relações entre os seres vivos –<br />

alelobioses.<br />

114<br />

Modernamente, uma forma de delimitar os níveis de<br />

organização deveria sob a ótica de um espectro biológico<br />

como sugere Odum. ( Ed. Guanabara – Ecologia- p. 2 e 3, 2012).<br />

Uma região para ser considerada como sendo um<br />

ecossistema dever ser autossuficiente e apresentar um fluxo<br />

de energia e matéria entre os seres vivos e deles com meio<br />

abiótico. Assim, para que esse fluxo exista, devemos<br />

considerar três categorias de seres vivos e respectivos níveis<br />

tróficos, respectivamente, a saber:<br />

Produtores: são os organismos responsáveis pela retirada<br />

de matéria do meio e sua incorporação às cadeias e teias<br />

alimentares. São produtores, quaisquer organismos que<br />

realiza fotossíntese ou quimiossíntese.<br />

Entende-se por fotossíntese o processo de produção de<br />

compostos orgânicos a partir de compostos inorgânicos, as<br />

custa da utilização de energia luminosa.<br />

Na quimiossíntese, a produção de compostos orgânicos se<br />

dá a partir da energia liberada da oxidação de compostos<br />

inorgânicos. Ex.: bactérias, algas e vegetais.<br />

Consumidores: qualquer forma de vida que depende, direta<br />

ou indiretamente dos produtores.<br />

Decompositores: são os organismos que promovem,<br />

processo de decomposição, o retorno da matéria ao meio.<br />

Ex.: bactérias e fungos.<br />

RETRESENTAÇÕES DAS RELAÇÕES<br />

ALIMENTARES NOS ECOSSISTEMAS:<br />

Cadeias alimentares: representação de um dos possíveis<br />

caminhos do alimento no ecossistema.<br />

Observe que, como a teia é mais complexa, os<br />

consumidores têm uma maior variedade de alimentos à sua<br />

disposição.<br />

A posição que uma determinada espécie ocupa numa teia<br />

alimentar é denominada de nível trófico. O nível trófico<br />

indica a quem a espécie serve de alimento e qual ou quais<br />

os tipos de alimentos que consomem.<br />

Na natureza o número de nível trófico, nas cadeias,<br />

geralmente se limita a três ou quatro. Tal fato se justifica<br />

pelo fato de ocorrerem perdas de energia ao longo de sua<br />

transferência e ao consumo de matéria pelo metabolismo<br />

energético de cada espécie. Logo, a maior quantidade de<br />

energia disponível está diretamente relacionada com a<br />

proximidade de um consumidor em relação ao produtor.<br />

Obedecendo a essa lógica, os consumidores dos níveis<br />

tróficos mais distantes são maiores e se apresentam em<br />

menor número.<br />

MAGNIFICAÇÃO TRÓFICA<br />

Em ambientes<br />

poluídos, é comum as<br />

espécies serem<br />

contaminadas por<br />

substâncias tóxicas que o<br />

metabolismo celular não<br />

degrada, sendo assim<br />

acumuladas no<br />

organismo. Quando uma<br />

espécie contaminada é<br />

ingeri outra, também<br />

contaminada, a primeira<br />

passa a acumular a<br />

referida substância tóxica<br />

somada àquela que já existia anteriormente, devido à<br />

contaminação, em sua biomassa. A esse acúmulo ao longo<br />

dos níveis tróficos denominamos de MAGNIFICAÇÃO<br />

TRÓFICA. Esse acúmulo chegando a níveis não tolerados<br />

acaba por levar a espécie à morte. São substâncias


elacionadas com a magnificação trófica o chumbo, o<br />

veneno DDT e o metil-mercúrio.<br />

HABITAT E NICHO ECOLÓGICO<br />

Habitat: é um sinônimo de casa, refere-se ao local onde<br />

uma determinada espécie vive.<br />

Nicho ecológico: é a função que uma espécie desempenha.<br />

Pode definido como sendo a profissão da espécie.<br />

Leia atentamente o texto que segue:<br />

“A traíra, peixe muito conhecido dos gaúchos, apresenta<br />

o corpo mais ou menos cilíndrico e com manchas escuras.<br />

Sua cabeça apresenta uma boca larga, ornada de dentes<br />

fortes, que bem expressam seu hábito carnívoro. Vive em<br />

rios, lagos e açudes. Como não é bom caçador, este peixe<br />

ataca peixes pequenos ou então peixes que, por um motivo<br />

ou outro, não podem se defender. Entre seus inimigos<br />

naturais encontra-se o conhecido jacaré-do-papo-amarelo.”<br />

Ele descreve claramente o nicho ecológico da traíra.<br />

Perceba que o nicho nos dá uma idéia completa da<br />

“personalidade”, hábitos, inimigos naturais e até mesmo o<br />

habitat de uma determinada espécie.<br />

Quando se<br />

observa duas<br />

espécies, com o<br />

mesmo nicho<br />

ecológico, num<br />

mesmo habitat,<br />

constatamos que<br />

entre elas se estabelece uma intensa competição, fato que<br />

pode levar à extinção de uma delas como mostra os<br />

gráficos.<br />

Tal competição deve-se ao fato de que quando duas<br />

espécies possuem o mesmo nicho ecológico ou até mesmo<br />

quando esses nichos são parecidos, elas necessitam das<br />

mesmas condições ambientais tais como: alimento e habitat.<br />

A competição desta forma torna-se acirrada e uma delas,<br />

menos eficiente ou menos adaptada, tende a se extinguir.<br />

Esse é um princípio básico da natureza denominado de<br />

PRINCÍPIO EXCLUSIVISTA DE GAUSE ou PRINCÍPIO<br />

DE EXCLUSÃO COMPETITIVA.<br />

Duas ou mais espécies que possuem o mesmo nicho<br />

ecológico não podem ficar por muito tempo em um mesmo<br />

local, sob pena de extinção.<br />

Exercícios<br />

01.(UESB-2015)<br />

A imagem<br />

representa uma<br />

teia alimentar com<br />

diversas cadeias<br />

associadas em um<br />

ambiente<br />

hipotético.<br />

A partir das informações fornecidas peta ilustração e dos<br />

conhecimentos atualizados sobre fluxo de alimento nos<br />

ecossistemas, é correto afirmar:<br />

01) O gavião ocupa nessa teia os 3 o , 4 o e 5 o níveis tróficos,<br />

simultaneamente.<br />

02) os decompositores representam todos os níveis tróficos<br />

presentes nessa teia alimentar.<br />

03) As relações ecológicas de predatismo, competição e<br />

amensalismo sustentam o fluxo de matéria e energia<br />

presente ao longo dos diversos níveis tróficos dessa teia<br />

alimentar.<br />

04) O fluxo de energia e matéria se propaga de forma<br />

crescente dos produtores para os consumidores<br />

estabelecidos no final das cadeias.<br />

05) A matéria que circula por essa teia a partir do fluxo de<br />

alimentos é capaz de ser reutilizada pelos organismos<br />

devido à ação de reciclagem promovida pelos<br />

decompositores<br />

02.(UESB) Os gráficos<br />

abaixo apresentam os<br />

tamanhos de cinco<br />

populações de um<br />

ecossistema antes [1] e<br />

depois [2] da introdução<br />

de uma outra espécie.<br />

A análise dos dados permite concluir que a espécie<br />

introduzida no ecossistema<br />

(a) ocupou o mesmo nicho ecológico da espécie V.<br />

(b) parasita da espécie IV.<br />

(c) é predadora da espécie III.<br />

(d) competiu com a espécie II.<br />

(e) é comensal da espécie I.<br />

03.(UESB-2013) É imperioso superar igualmente todo o<br />

antropocentrismo. Não se trata egoisticamente de garantir a<br />

vida humana, descurando a corrente e a comunidade de<br />

vida, da qual nós somos um elo e uma parte, a parte<br />

consciente, responsável, ética e espiritual. A<br />

sustentabilidade permanecerá apenas discurso, quando a<br />

realidade nos urge à efetivação rápida e eficiente da<br />

sustentabilidade, a preço de perdermos nosso lugar pequeno<br />

e belo planeta, a única casa comum que temos pra morar.<br />

(BOFF, 2012, p. 65).<br />

A respeito da importância do estabelecimento de um<br />

desenvolvimento sustentável na manutenção de uma<br />

habitabilidade do planeta Terra como uma casa comum aos<br />

organismos que aqui coexistem, é correto afirmar:<br />

01) A presença de uma consciência humana em relação a<br />

sua existência nos faz menos responsáveis pelo destino do<br />

planeta em relação aos seus outros ocupantes.<br />

02) O antropocentrismo recoloca o homem como espécie<br />

central na enorme teia da vida existente no planeta,<br />

favorecendo ações que visam diminuir o impacto da<br />

humanidade sobre a natureza.<br />

03) A manutenção da vida existente no planeta depende de<br />

115


uma nova postura humana no caminho da sustentabilidade<br />

através de uma visão antropocêntrica em relação aos outros<br />

habitantes da casa comum planetária.<br />

04) A sustentabilidade permanecerá como um conceito<br />

teórico enquanto as ações humanas produzirem efeitos<br />

prejudiciais ao planeta, reduzindo as oportunidades de vida<br />

das populações no futuro.<br />

05) A sustentabilidade se baseia na preservação total e<br />

irrestrita dos recursos da natureza para que as outras<br />

espécies possam desfrutá-los sem prejuízo para as gerações<br />

futuras.<br />

04.(UEFS 2011-1) A expansão das atividades humanas afeta os<br />

ambientes naturais e a biodiversidade, ocasionando a<br />

fragmentação de hábitats em florestas tropicais. Acredita-se<br />

que, por conta da intervenção humana, restem apenas 7%<br />

da Mata Atlântica original.<br />

B) Essas substâncias gasosas liberam parte da radiação<br />

infravermelha para a atmosfera, favorecendo uma perda<br />

gradual de calor para o espaço.<br />

C) A liberação excessiva de monóxido de carbono,<br />

principal gás causador do efeito estufa, a partir da queima<br />

de combustíveis fósseis, potencializa esse fenômeno, apesar<br />

de favorecer a taxa fotossintética de vegetais.<br />

D) Os gases estufa liberados para atmosfera, apesar de<br />

influenciarem indiretamente o aquecimento global,<br />

certamente não contribuem com a destruição da camada de<br />

ozônio.<br />

E) O processo de decomposição da matéria orgânica vem<br />

favorecendo a liberação de quantidades elevadas de metano<br />

na atmosfera, acentuando, assim, o aumento da temperatura<br />

terrestre.<br />

06.(UEFS 2013-2)<br />

116<br />

Com relação aos efeitos da ação humana sobre a Mata<br />

Atlântica, analise as alternativas a seguir, identificando com<br />

V as verdadeiras e com F, as falsas.<br />

( ) Os pequenos fragmentos florestais gerados a partir da<br />

intervenção humana sobre o ambiente florestal tornam-se,<br />

cada vez mais, internamente homogêneos quanto à<br />

composição de espécies e grupos ecológicos.<br />

( ) Nas bordas dos fragmentos florestais, ocorre a redução<br />

da variedade de espécies de árvores, sendo que as árvores<br />

pioneiras proliferam e as típicas de florestas entram em<br />

declínio.<br />

( ) As alterações microclimáticas decorrentes da formação<br />

de fragmentos florestais são insuficientes para intervir na<br />

taxa reprodutiva dos animais e desequilíbrio populacional.<br />

( ) Um dos principais problemas da formação de fragmentos<br />

florestais advém da total incapacidade de regeneração de<br />

florestas tropicais, após a perturbação humana.<br />

A alternativa que indica a sequência correta, de cima para<br />

baixo, é a<br />

A) F F F V<br />

B) V V F F<br />

C) F V F V<br />

D) V V F V<br />

E) V F V F<br />

05.(UEFS 2011-1) Um novo trabalho, publicado recentemente<br />

na revista Science, demonstra que, em escala global, as<br />

nuvens atualmente influenciam o clima de tal modo que<br />

resulta na diminuição da temperatura na superfície do<br />

planeta. Mas elas perderão parte dessa capacidade de<br />

resfriamento.<br />

Justamente por culpa dos gases estufa.<br />

(NUVENS aumentarão..., 2011).<br />

Com relação aos gases estufa citados no texto, pode-se<br />

afirmar:<br />

A) Os gases do efeito estufa provocam um fenômeno de<br />

aquecimento artificial constante na atmosfera terrestre,<br />

inviabilizando a vida no planeta.<br />

O esquema representa, de forma simplificada, uma<br />

variedade de cadeias alimentares integradas, constituindo<br />

uma teia alimentar em que o homem participa como um dos<br />

seus componentes.<br />

Com base na imagem e nos conhecimentos a respeito do<br />

fluxo de alimento em ecossistemas naturais, é correto<br />

afirmar:<br />

A) As relações alimentares do tipo competição e<br />

amensalismo são as principais responsáveis pela<br />

manutenção de um fluxo de energia que se propaga ao longo<br />

das teias alimentares.<br />

B) O mesmo organismo poderá ocupar dois ou mais níveis<br />

tróficos ao mesmo tempo, contanto que se alimentem<br />

diretamente dos produtores.<br />

C) O fluxo de energia aumenta a cada nível trófico como<br />

resultado da acumulação da biomassa, à medida que se<br />

afasta do nível dos produtores.<br />

D) A onça, a cobra e o jacaré fazem parte do nível trófico<br />

dos decompositores por estarem posicionados no ápice da<br />

teia alimentar representada.<br />

E) Os pássaros, nessa teia, representam os consumidores.<br />

Questões 07 e 08 UEFS 2010-2<br />

O aumento constante do impacto dos seres humanos sobre<br />

as demais espécies, sobre a atmosfera, os mares e a<br />

superfície da Terra, requer novos padrões de adaptação e<br />

novos tipos de percepção, pois o rumo natural de uma<br />

espécie que destrói seu ambiente é a extinção.<br />

Precisamos olhar mais à frente no futuro, usar mais ciência<br />

de boa qualidade e aprender a pensar com mais clareza<br />

sobre nossa interdependência com outras formas de vida.<br />

Ao fazer isso, estaremos seguindo a nossa natureza de<br />

espécie que sobrevive pelo aprendizado.<br />

(BATESON, 1997, p. 29).


07. A respeito da importância do estabelecimento de uma<br />

sustentabilidade ecológica para a preservação da vida que<br />

habita o planeta, é correto afirmar:<br />

A) A sustentabilidade ecológica consiste no aumento das<br />

áreas de preservação ecológica livres de qualquer tipo de<br />

ação humana.<br />

B) O primeiro passo na construção de comunidades<br />

sustentáveis deve ser a compreensão dos princípios de<br />

organização que os ecossistemas naturais desenvolveram ao<br />

longo do tempo para manter a vida.<br />

C) O uso adequado da tecnologia é o principal fator<br />

responsável por uma mudança de comportamento visando<br />

anular os impactos negativos da ação humana.<br />

D) O estudo da ecologia no nível ecológico de populações<br />

é o fator fundamental para o entendimento da biosfera como<br />

sistema vivo integrado.<br />

E) O aprendizado ecológico visa formar as futuras gerações<br />

para que tomem a iniciativa de implementar medidas<br />

conservacionistas para salvar a natureza.<br />

08. A ilustração representa uma pirâmide de energia de uma<br />

determinada cadeia alimentar.<br />

e- Se apenas uma, qualquer que seja estiver correta.<br />

f- Se todas estiverem erradas.<br />

09. Resposta ( )<br />

I- Habitat é o local onde vive um determinado animal.<br />

II- Somente os fatores abióticos de um ecossistema agem<br />

sobre os fatores bióticos.<br />

III- O homem é o agente vivo que mais interfere na<br />

natureza.<br />

10. Resposta ( )<br />

I- Os animais pecilotermos (cuja temperatura interna<br />

varia de acordo com o meio ambiente) são muito mais<br />

vulneráveis às variações do meio abiótico.<br />

II- O oxigênio não se esgota da terra graças à atividade<br />

fotossintética das florestas tropicais.<br />

III- As plantas são os únicos organismos produtores dos<br />

ecossistemas.<br />

11. Resposta ( )<br />

Em relação a essa pirâmide, pode-se afirmar que<br />

A) o fluxo de energia se desloca dos produtores para os<br />

consumidores, retornando para os produtores devido à ação<br />

dos decompositores.<br />

B) o nível dos consumidores terciários apresenta uma maior<br />

quantidade de energia acumulada, se comparado aos níveis<br />

inferiores.<br />

C) os fluxos de energia e matéria viabilizam a manutenção<br />

do metabolismo celular através de sua ação cíclica nos<br />

sistemas vivos.<br />

D) os produtores fazem parte do único elo indispensável<br />

para a manutenção do equilíbrio de uma cadeia alimentar,<br />

ao longo do tempo.<br />

E) variações significativas no tamanho populacional dos<br />

consumidores primários devem provocar alterações nas<br />

populações de todos os outros níveis tróficos representados.<br />

Utilize o código abaixo para responder as 5 próximas<br />

questões:<br />

a- Se apenas I e II estiverem corretas.<br />

b- Se apenas I e III estiverem corretas.<br />

c- Se apenas II e III estiverem corretas.<br />

d- Se todas forem corretas.<br />

I- Os consumidores primários ocupam um nível trófico<br />

fixo, portanto, são ditos herbívoros.<br />

II- Um animal pode ocupar diversos níveis tróficos.<br />

III- Um nicho ecológico é geralmente ocupado por várias<br />

espécies no mesmo ecossistema.<br />

12. Resposta ( )<br />

I- Em um ecossistema os fatores abióticos agem em<br />

conjunto sobre os fatores bióticos.<br />

II- Alterações nas condições abióticas de um ecossistema<br />

não interferem nas condições bióticas.<br />

III- Os seres vivos são capazes de modificar as condições<br />

físico-químicas do meio ambiente.<br />

13. Resposta ( )<br />

I- Um predador não pode ser um consumidor primário.<br />

II- Os autótrofos, por utilizarem a energia diretamente do<br />

meio, em relação a este consumo, podem ser considerados<br />

consumidores primários.<br />

III- Os organismos decompositores reciclam a matéria,<br />

transformando-a de matéria inorgânica em orgânica.<br />

(UESB-97) Questões 14 e 15.<br />

“Nas trilhas, o visitante observa bromélias, epífitas e<br />

árvores como cedros e jequitibás”. Caminha ao som dos<br />

cantos mais variados, desde a ‘martelada’ da araponga, ao<br />

‘gemer’ das choquinhas-da-mata, até os dos pula-pulas<br />

(mamíferos insetívoros comuns do sub-bosque da mata) e<br />

ainda pode ter a sorte de avistar tatus, cuícas, saguis (...).<br />

(...) Animais também em processo de desaparecimento<br />

foram encontrados, como a jaguatirica e a onça pintada (...).<br />

(...) A trilha do Tatu, percorrida em menos de hora,<br />

apresenta mata secundária, que sofreu interferência do ser<br />

humano. “Ao longo do trajeto, podem ser observados<br />

exemplares da palmeira siri e indaiá e árvores em estágios<br />

iniciais de regeneração natural, como camboatá, embaúba e<br />

carrapeta.” (Ecologia e Desenvolvimento, p. 25)<br />

117


14. Quanto às relações estabelecidas entre os organismos<br />

citados no texto, é correto afirmar:<br />

01) As bromélias, epífitas e árvores compõem, entre outras<br />

espécies vegetais, o primeiro nível da cadeia alimentar.<br />

02) As onças e jaguatiricas competem com tatus pelas<br />

mesmas fontes de nutrientes.<br />

03) Os mamíferos citados ocupam o mesmo nicho<br />

ecológico no ecossistema.<br />

04) As palmeiras e as árvores em regeneração podem<br />

ocupar diferentes níveis tróficos.<br />

05) A base da pirâmide de energia é ocupada pelos<br />

carnívoros de grande porte.<br />

15. A interferência do ser humano no ambiente natural se<br />

caracteriza por<br />

01) desaparecimento de espécies nativas, diminuindo a<br />

biodiversidade.<br />

02) introdução de novas espécies, aumentando a resistência<br />

da comunidade aos distúrbios.<br />

03) aumento do potencial biótico e da biomassa.<br />

04) substituição de comunidades mais simples por<br />

comunidades mais complexas.<br />

05) transformação de uma comunidade temporária por uma<br />

comunidade clímax.<br />

16. "A perda da variação genética das populações vem<br />

sendo um dos principais alvos dos programas de<br />

conservação de espécies em risco de extinção. Ao lado de<br />

fatores como relação entre as taxas de<br />

natalidade/mortalidade, ocorrências de catástrofes naturais<br />

(ou provocadas pelo homem) e redução de habitat, essa<br />

perda de variabilidade genética é uma das causas<br />

conhecidas de extinção: ela reduz as chances de<br />

sobrevivência de espécies, em longo prazo, e elimina as<br />

opções para manejo." (CIÊNCIA HOJE, p. 31)<br />

Formas científicas de abordagem, por grupos<br />

ambientalistas, frente aos problemas referidos no texto,<br />

devem incluir:<br />

I. Caracterização genética de populações de espécies em<br />

risco de extinção.<br />

II. Confinamento de espécies em áreas limitadas, a fim de<br />

protegê-las da ação do homem.<br />

III. Introdução de novas espécies nos ecossistemas<br />

ameaçados pela atividade humana.<br />

IV. Monitoramento constante de atividades industrial e<br />

predatória.<br />

17. Pesquisadores da Universidade de Helsinque<br />

(Finlândia), em convênio com técnicos da Eletronorte,<br />

avaliaram a distribuição de mercúrio nos diferentes<br />

compartimentos do reservatório do Tucuruí e a quantidade<br />

total estocada (...). As condições geoquímicas desses<br />

compartimentos permitem altas taxas de metilação (...). Nos<br />

peixes carnívoros de Tucuruí, encontram-se as maiores<br />

concentrações de mercúrio já relatadas na Amazônia e<br />

chegam a atingir níveis até cinco vezes superiores às<br />

concentrações máximas permitidas pela legislação<br />

118<br />

brasileira para peixes destinados ao consumo humano (...).<br />

Outra evidência significativa do nível elevado de metilação<br />

(metil-Hg) presente em Tucuruí são as concentrações<br />

extremamente altas de mercúrio na carne e, principalmente,<br />

no fígado de jacarés (...). “As concentrações de mercúrio<br />

medidas em cabelos humanos de populações de pescadores<br />

locais mostram um dos aspectos mais graves da<br />

contaminação pelo mercúrio oriundo dos garimpos de ouro<br />

da Amazônia.”<br />

(Lacerda e Meneses, p. 39)<br />

A amplitude da contaminação pelo mercúrio, em um<br />

ecossistema, é decorrência de<br />

01) acumulação desse elemento nos tecidos.<br />

02) altas taxas de excreção pelos organismos.<br />

03) rápido metabolismo do metal nas células.<br />

04) absorção extremamente lenta do metil-Hg.<br />

05) insolubilidade de metil-Hg no plasma.<br />

18. (UESB-96) A diversidade de habitats faz das restingas<br />

brasileiras um dos mais complexos ecossistemas existentes.<br />

“Essa característica que, por um lado, lhes confere especial<br />

interesse e valor é, em parte, responsável, por outro lado,<br />

por sua fragilidade e extrema suscetibilidade às<br />

perturbações causadas pelo homem.”<br />

(CIÊNCIA HOJE, p. 31)<br />

São perturbações causadas pelo homem nas restingas<br />

brasileiras.<br />

I. Construção de complexos habitacionais e turísticos em<br />

áreas litorâneas.<br />

II. Destruição de habitats nativos, comprometendo a<br />

preservação de espécies associadas da fauna.<br />

III. Extração de recursos minerais e biológicos não<br />

renováveis para fins econômicos.<br />

IV. Substituição de ecossistemas nativos por monoculturas<br />

sem manejo adequado.<br />

19. Considere o esquema abaixo:<br />

Os espaços ocupados por I, II, III IV<br />

e V devem ser preenchidos, correta e<br />

respectivamente, por:<br />

(A) energia útil; CO 2 + H 2O; glicose<br />

O 2; fotossíntese; respiração<br />

(B) Fotossíntese; glicose + CO 2; O 2 + H 2O; respiração;<br />

atividade<br />

(C) Glicose + O 2; fotossíntese; respiração; CO 2+H 2O;<br />

energia útil<br />

(D) Fotossíntese; glicose + O 2; respiração; atividade; CO 2<br />

+ H 2O<br />

(E) Energia útil; CO 2 + H 2O; respiração; glicose + O 2;<br />

atividade<br />

20. (U.Amazonas-AM) Numa cadeia alimentar, os seres<br />

responsáveis pela fabricação de substâncias orgânicas, a<br />

partir de compostos inorgânicos simples, são os:<br />

a) decompositores.<br />

b) carnívoros.


c) herbívoros.<br />

d) produtores.<br />

e) consumidores primários.<br />

21. (Fuvest-SP) Que tipos de organismo devem estar<br />

necessariamente presentes em um ecossistema para que ele<br />

se mantenha?<br />

a) Herbívoros e carnívoros.<br />

b) Herbívoros, carnívoros e decompositores.<br />

c) Produtores e decompositores.<br />

d) Produtores e herbívoros.<br />

e) Produtores, herbívoros e carnívoros.<br />

22. (U. E. Londrina-PR) O esquema abaixo mostra as<br />

relações tróficas de uma comunidade de lagoa.<br />

Dos peixes dessa teia alimentar, o que consegue aproveitar<br />

menos energia nesse ecossistema é o:<br />

a) I b) II c) III d) IV e) V<br />

23. (U. E. Londrina-PR) Considere os processos abaixo.<br />

I. Respiração II. Decomposição<br />

III. Fotossíntese IV. Combustão<br />

Enriquecem a atmosfera com dióxido de carbono, apenas:<br />

a) I e II<br />

b) I, II e III<br />

c) I, II e IV<br />

d) I, III e IV<br />

e) II, III e IV<br />

24. (UERJ) Quando nos referimos a um ecossistema, é<br />

freqüente a utilização do termo “ciclo” em relação à matéria<br />

e do termo “fluxo” em relação à energia, caracterizando<br />

dois processos distintos. A energia de um ecossistema flui<br />

através das cadeias alimentares e, portanto, precisa ser<br />

“reintroduzida”.<br />

O processo por meio do qual há “reintrodução” da energia<br />

no ecossistema é:<br />

a) fermentação alcoólica. b) fermentação lática.<br />

c) fotossíntese. d) respiração.<br />

25. (PUC-MG) Biomassa é um termo que se refere:<br />

a) à quantidade de espécies em um determinado hábitat.<br />

b) ao volume que um determinado ser vivo possui.<br />

c) à área que todos os indivíduos de uma espécie,<br />

somados, ocupam.<br />

d) ao peso, em matéria orgânica, dos seres vivos.<br />

e) à quantidade de água presente nos seres vivos.<br />

26.(U.F.S.M-RS) É preocupação dos pesquisadores o<br />

possível descongelamento que as calotas polares podem vir<br />

a sofrer, em virtude de processos associados ao<br />

aquecimento da atmosfera da Terra.<br />

O desequilíbrio responsável por esse aquecimento decorre<br />

de:<br />

a) depósitos de lixo atômico.<br />

b) emanações de dióxido de enxofre para a atmosfera.<br />

c) aumento da taxa de gás carbônico na atmosfera.<br />

d) redução da taxa de oxigênio na atmosfera.<br />

e) aumento da taxa de monóxido de carbono na atmosfera.<br />

27.(UESB/991I) O aumento de substâncias não<br />

biodegradáveis no meio tem trazido sérios problemas para<br />

os ecossistemas. Os produtos não biodegradáveis como o<br />

DDT se acumulam nos tecidos dos organismos e vão se<br />

concentrando ao longo das cadeias alimentares, acarretando<br />

sérios problemas”.<br />

A concentração de DDT nos organismos é consequência<br />

de:<br />

01) eutrofização<br />

02) biofixação<br />

03) controle biológico<br />

04) magnificação trófica<br />

05) resistência ambiental<br />

28.(UESB-2008) 0 DDT<br />

(dicloro-difenil-trjcloroetano)<br />

é um inseticida organoclorado<br />

estável que permanece por<br />

longos períodos nos<br />

ecossistemas.<br />

Sabendo-se do efeito do<br />

DDT nas cadeias alimentares,<br />

foram dosadas as quantidades<br />

desse inseticida em vários<br />

organismos.<br />

A partir desses dados, pode-se afirmar:<br />

01) A quantidade de biomassa disponível é igual em cada<br />

nível trófico.<br />

02) A concentração do DDT, nos organismos apresentados,<br />

decresce ao longo da cadeia alimentar.<br />

03) Os peixes, de uma maneira geral, ocupam o mesmo<br />

nível trófico.<br />

04) O nível trófico ocupado pela águia é o que constitui a<br />

major biomassa dessa comunidade.<br />

05) A transferência do DDT, na comunidade biótica, se faz<br />

pelas relações tróficas.<br />

29. (UESB-2008) O controle biológico vem sendo urna<br />

importante alternativa para o controle de fltopatógenos.<br />

Nesse sentido, certas estirpes do fungo Tríchoderma<br />

stromatícum tem sido utilizadas para o controle de outro<br />

fungo, o Moniliophthoira perniciosa, responsável pela<br />

doença popularmente conhecida por vassoura de bruxa, que<br />

afeta as plantações de cacau, levando a graves prejuízos<br />

econômicos e sociais, a exemplo, a região cacaueira do<br />

Sudoeste da Bahia. O T. stromaticum atua corno<br />

119


120<br />

antagonista a doença, ou seja, ele compete com o M.<br />

perniciosa e reduz a incidência da vassoura de bruxa.<br />

Em relação ao controle biológico da vassoura de bruxa,<br />

pode se afirmar:<br />

01) 0 controle biológico envolve o uso de espécie exótica,<br />

que está sujeita, inicialmente, a uma grande resistência<br />

ambiental.<br />

02) 0 controle biológico pode melhorar a produtividade<br />

agrícola com mínimos riscos de interferência no equilíbrio<br />

do ecossistema.<br />

03) Entre T. stromaticum e M. perniciosa, é estabelecida<br />

urna relação predatória.<br />

04) T. stromaticum inibe o crescimento de M. perniciosa,<br />

ocupando, posteriormente, o mesmo nicho ecológico do<br />

fitopatógeno.<br />

05) O controle biológico proporciona urna maior resistência<br />

ao fitopatógeno.<br />

QUESTÕES 30 e 31 (UESB-2007)<br />

A natureza pode suportar a atividade exploradora da<br />

humanidade, desde que não se ultrapassem determinados<br />

limites. Teoricamente, nossa espécie poderia viver em<br />

harmonia com a natureza, conciliando o uso e a exploração<br />

dos recursos com os níveis naturais de oferta. O que se vê,<br />

porém, é um aumento vertiginoso dos problemas da<br />

humanidade. Muitos ainda não se deram conta da gravidade<br />

e da extensão dos danos causados à natureza, mas, dentro<br />

de pouco tempo, a proteção e a restauração de ecossistemas<br />

naturais deverão ser prioritários para todos os povos.<br />

(Amabis, p. 405, v.3)<br />

30. O impacto da espécie humana sobre os ecossistemas<br />

tem consequências diretas na comunidade de seres vivos,<br />

incluindo<br />

01) a introdução de espécies exóticas, contribuindo para o<br />

aumento populacional das espécies.<br />

02) a extinção de espécies, comprometendo o equilíbrio dos<br />

ecossistemas.<br />

03) a substituição de florestas nativas por monoculturas,<br />

favorecendo a biodiversidade.<br />

04) a construção de barragens, favorecendo maior aporte de<br />

água para a irrigação.<br />

05) o incentivo ao reflorestamento, impedindo o sequestro<br />

de carbono e prejudicando assim o processo fotossintético.<br />

31. Alternativas energéticas devem ser uma perspectiva a se<br />

visualizar pelos governos, como<br />

01) o desenvolvimento de tecnologia que estabilize as<br />

concentrações atuais dos gases poluentes da atmosfera.<br />

02) o aumento de áreas plantadas, gerando renda e riqueza<br />

aos pequenos produtores.<br />

03) a manutenção dos estoques de combustíveis fósseis<br />

como reserva energética do planeta.<br />

04) o aumento do CO2 na atmosfera para favorecer o<br />

aumento no processo fotossintético dos autotróficos.<br />

05) a redução total das emissões poluentes emanados pelos<br />

veículos e fábricas.<br />

Questões de 32 a 33 – (UESB-2010/2)<br />

O desastre ambiental causado pelo vazamento do petróleo<br />

no Golfo do México, no dia 20 de abril deste ano, devido a<br />

explosão de uma plataforma de exploração de petróleo da<br />

British Petroleum revela que os riscos ligados a exploração<br />

petrolífera são muito grandes e que as empresas envolvidas<br />

não detêm tecnologia para conter os vazamentos. Os<br />

cálculos estimados do fluxo de vazamento de petróleo<br />

sugerem que esse seja o pior desastre ecológico da historia<br />

dos Estados Unidos.<br />

(EUA confirmam..., 2010).<br />

32. Analise as alternativas a seguir relacionadas aos<br />

impactos ambientais ocasionados pelo derramamento de<br />

petróleo no meio ambiente e possíveis alternativas a sua<br />

descontaminação, o, identificando-as como verdadeiras V<br />

ou falsas F.<br />

( ) A cobertura de petróleo derramado que recobre a<br />

superfície dos mares dificulta a captação de energia solar<br />

pelo fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.<br />

( ) A utilização de micro-organismos capazes de degradar<br />

o petróleo, proveniente de vazamentos, seria uma<br />

alternativa viável para se reduzir os danos causados ao meio<br />

ambiente.<br />

( ) Muitos pássaros são afetados pelo vazamento de<br />

petróleo, pois tem as suas penas recobertas por esta<br />

substância o que dificulta a regulação da sua temperatura<br />

corporal.<br />

( ) As aves aquáticas, ao tentarem limpar as suas penas do<br />

petróleo, poderão ingerir essa substância que, devido a sua<br />

toxicidade, pode acarretar danos aos órgãos internos desses<br />

animais.<br />

A alternativa que indica a seqüência correta, de cima para<br />

baixo,<br />

01) V F V F 04) V V V F<br />

02) F V F V 05) V V V V<br />

03) F F F V<br />

33. Até pouco tempo atrás, geologicamente falando, Os<br />

humanos eram caçadores-coletores. Deslocavam-se em<br />

busca de alimento, efetuando longas migrações enfrentando<br />

períodos de escassez. Era certamente penoso, mas<br />

sustentável. Há cerca de 10 000 anos, porém, inventamos a<br />

agricultura e, com isso, nos sedentarizamos: Passamos a<br />

produzir mais comida do que o estritamente necessário e,<br />

com esse novo poder, criamos impérios.<br />

(GUIMARAES, 2010).<br />

A aplicação dos pesticidas nas lavouras contribui para a<br />

produção de aumentos em larga escala, porém tem<br />

produzido muitos danos ao meio ambiente e aos organismos<br />

que os consomem e manipulam.<br />

Com relação aos pesticidas pode-se afirmar:<br />

01) A degradação lenta no meio ambiente e o acúmulo<br />

progressivo de pesticidas organoclorados, como o DDT, ao<br />

longo da cadeia alimentar, torna-os extremamente nocivos<br />

aos organismos vivos.


02) A utilização de luvas, mascaras e outros equipamentos<br />

de proteção individual não são capazes de proteger os<br />

agricultores durante a aplicação de pesticidas na plantação,<br />

devido a sua grande toxicidade.<br />

03) Os pesticidas tendem a se acumular em maiores<br />

quantidades nos níveis tróficos mais inferiores das cadeias<br />

alimentares.<br />

04) A manipulação e o consumo de pesticidas ocasionam a<br />

morte rápida de seres humanos, não podendo nem mesmo<br />

serem diagnosticados danos a saúde decorrentes de<br />

intoxicação.<br />

05) O uso de pesticidas reduz o tamanho de frutas e<br />

legumes, torna-os sem brilho e com pequenas manchas,<br />

devido a produção de danos em menor escala as células<br />

vegetais.<br />

34. Dados parciais do Atlas dos Remanescentes Florestais<br />

da Mata Atlântica revelam que a Mata atlântica perdeu<br />

20857 hectares de sua cobertura vegetal, durante os anos de<br />

2008 a 2010, o que equivale a metade da área do município<br />

de Curitiba (PR). Esses dados foram divulgados em 27 de<br />

maio pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)<br />

durante evento em comemoração ao dia nacional deste<br />

bioma. (MATA ATLANTICA..., 2010).<br />

Analise as alternativas a seguir, relacionadas a perda da<br />

cobertura vegetal da Mata Atlântica e os conseqüentes<br />

danos ambientais ocasionados, identificando-as como<br />

verdadeiras (V) ou falsas (F).<br />

( ) A Mata Atlântica remanescente sofreu um intenso<br />

processo de fragmentação que acarreta a redução da<br />

composição da flora e fauna desse bioma.<br />

( ) A ocupação urbana, apesar de prejudicial ao meio<br />

ambiente, teve pequena influência sobre a redução da<br />

cobertura vegetal que compõe a Mata Atlântica.<br />

( ) A formação de fragmentos florestais leva a recuperação<br />

desse bioma, uma vez que influencia a ocorrência de<br />

processos naturais, tais como seqüestro de carbono.<br />

( ) A redução das áreas florestais compromete a reprodução<br />

de espécies vegetais e animais, devido a mudanças que<br />

ocorrem na interação entre esses organismos.<br />

35.(UESB-2007) A<br />

ilustração mostra<br />

duas espécies de aves<br />

marinhas<br />

alimentando-se em<br />

seu hábitat natural.<br />

Uma análise das<br />

interações dessas<br />

duas espécies com o<br />

meio em que vivem<br />

revela que<br />

01) os consumidores<br />

de maior nível trófico se encontram nas águas profundas.<br />

02) a competição pelo mesmo nicho ecológico separam as<br />

duas espécies.<br />

03) os microcrustáceos constituem alimento exclusivo do<br />

cormorão-de-poupa.<br />

04) os alimentos das duas espécies se concentram em um<br />

mesmo nível trófico.<br />

05) os produtores primários são a base alimentar das duas<br />

espécies.<br />

ENERGIA E MATÉRIA NOS<br />

ECOSSISTEMAS<br />

O FLUXO DE ENERGIA<br />

O Sol representa a fonte de energia para os seres vivos.<br />

Sem a luz solar os ecossistemas não conseguem manter-se.<br />

A energia luminosa penetra no mundo vivo através dos<br />

seres autótrofos ao realizarem a fotossíntese. Algas e<br />

plantas fotossintetizantes absorvem a energia da luz e a<br />

transforma em energia química, que fica armazenada nas<br />

moléculas de substâncias orgânicas. Os alimentos<br />

produzidos pelos autótrofos são aproveitados por eles<br />

mesmos e pelos organismos heterótrofos ao longo da cadeia<br />

alimentar. Parte das substâncias orgânicas produzidas pelos<br />

produtores são empregadas como componentes estruturais<br />

na construção de seus organismos. Outra parte é consumida<br />

no processo de respiração, que libera energia para processos<br />

vitais. Através deste processo também é liberada energia<br />

para o meio ambiente na forma de calor.<br />

A energia transferida ao longo da cadeia alimentar segue<br />

um fluxo unidirecional, tendo início pelo produtor,<br />

terminando com a ação dos decompositores, passando pelos<br />

diversos tipos de consumidores.<br />

A TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA AO<br />

LONGO DAS CADEIAS<br />

Ao longo da cadeia alimentar, a quantidade de energia<br />

disponível diminui à medida que é transferida de um nível<br />

trófico para outro. O motivo básico é que os organismos<br />

utilizam grande parte da energia para se manterem vivos e<br />

pelas perdas sob a forma de calor.<br />

Considera-se de modo geral e aproximadamente, que<br />

cada elo da cadeia alimentar recebe apenas 10% da energia<br />

que o elo anterior recebeu. Portanto, podemos compreender<br />

por que uma cadeia alimentar dificilmente tem mais do que<br />

cinco níveis tróficos.<br />

Dessas observações, podemos entender que o fluxo de<br />

energia através dos níveis tróficos de uma cadeia alimentar<br />

é sempre unidirecional. Desta forma, para se manter, um<br />

ecossistema depende do fornecimento constante de energia<br />

luminosa do Sol.<br />

PIRÂMIDES ECOLÓGICAS<br />

Pirâmides ecológicas são representações gráficas que<br />

constituem maneiras de expressar, graficamente, a estrutura<br />

121


dos níveis tróficos das cadeias alimentares em termos de<br />

energia, biomassa (quantidade total de matéria viva) ou<br />

números de indivíduos.<br />

As pirâmides são constituídas por uma série de degraus<br />

ou retângulos superpostos, representando os vários níveis<br />

tróficos da cadeia. Cada retângulo apresenta área, que é<br />

proporcional à quantidade de energia, biomassa ou número<br />

de indivíduos.<br />

TIPOS DE PIRÂMIDES<br />

Pirâmide de números<br />

Representa a quantidade de organismos existentes em<br />

cada nível trófico de uma cadeia alimentar.<br />

De acordo com o ecossistema, a pirâmide terra o ápice<br />

para cima ou para baixo, conforme o número de indivíduos<br />

em cada nível trófico.<br />

Em alguns casos, a pirâmide de biomassa também pode<br />

ocorrer de forma invertida, como observado numa pirâmide<br />

obtida no plâncton.<br />

A inversão é justificada pelo fato da pirâmide de<br />

biomassa não considerar a variável tempo; ela representa<br />

apenas a biomassa num dado momento, assim, desconsidera<br />

a velocidade com a qual a biomassa de produtores e<br />

construída.<br />

Pirâmide de energia<br />

Expressa a quantidade de energia que flui pela cadeia<br />

alimentar, decrescendo entre um nível trófico e outro a<br />

partir dos produtores. Uma pirâmide de energia sempre<br />

apresenta o vértice voltado para cima.<br />

Uma pirâmide de números tem o inconveniente de não levar<br />

em conta o tamanho nem a massa dos indivíduos, fato que<br />

justifica as possíveis inversões.<br />

Pirâmides de biomassa<br />

A pirâmide de biomassa estabelece a quantidade de<br />

matéria orgânica viva acumulada em cada nível trófico. A<br />

biomassa é expressa em termos de quantidade de matéria<br />

orgânica por unidade de área, em um dado momento.<br />

Apenas uma pequena parcela da biomassa adquirida através<br />

dos alimentos é transformada em matéria viva. Grande parte<br />

é utilizada como fonte de energia, outra parte é eliminada<br />

para o meio ambiente na forma de resíduos digestórios,<br />

resíduos respiratórios ou material de excreção.<br />

Assim como ocorre com a energia, estima-se que um<br />

determinado nível trófico da cadeia alimentar incorpora<br />

apenas cerca de 10% da biomassa adquirida dos níveis<br />

tróficos que lhes servem de alimentos.<br />

As diferenças observadas entre os níveis tróficos<br />

correspondem à energia utilizada nos processos<br />

metabólicos, bem como, representa a energia dissipada para<br />

o meio na forma de calor.<br />

Todas as pirâmides apresentam certas limitações, no<br />

entanto, utilizá-las nos permite avaliar quantitativamente as<br />

transferências de energia e biomassa nos ecossistemas.<br />

Perceba em nenhuma das representações é possível<br />

representar os decompositores.<br />

Exercícios<br />

01.(Consultec) A<br />

figura ilustra o<br />

fluxo de energia<br />

através de uma<br />

folha de carvalho.<br />

Com base na<br />

termodinâmica e<br />

em mecanismos biológicos, a análise desse fluxo envolve a<br />

interpretação de que a energia<br />

01) se comporta na Biosfera como um fluxo bidirecional.<br />

02) é convertida em trabalho celular e calor, que pode ser<br />

reutilizado pela célula na própria fotossíntese.<br />

03) potencializada em moléculas orgânicas pode ser<br />

convertida em organização e em trabalho celular.<br />

04) é incorporada à folha, e totalmente utilizada na síntese<br />

da glicose.<br />

05) encontra-se, na forma de calor, em seu estado de menor<br />

degradação e maior disponibilidade.<br />

02.(UERN/09-Consultec) Com relação ao fluxo de energia<br />

existente entre os diferentes níveis tróficos ocupados pelos<br />

seres vivos, é correto afirmar que<br />

122


01) a introdução da energia nas cadeias alimentares se inicia<br />

com o processo de decomposição de matéria orgânica,<br />

realizada pelos seres saprofíticos.<br />

02) a energia solar introduzida na cadeia alimentar, a partir<br />

dos produtores, vai se dissipando ao longo dos sucessivos<br />

níveis tróficos.<br />

03) a energia presente em um nível trófico, em uma cadeia<br />

alimentar, é sempre inferior àquela que será transferida para<br />

o nível trófico subsequente.<br />

04) toda a energia captada do Sol pelos produtores é<br />

transferida para os níveis tróficos seguintes sem haver<br />

perdas ou dissipação, já que há necessidade contínua de<br />

produção de biomassa.<br />

03.(UERN/10-Consultec) De acordo com os<br />

conhecimentos associados às relações alimentares<br />

estabelecidas entre os diversos organismos de um<br />

ecossistema, é correto afirmar:<br />

01) A quantidade de energia presente em um nível trófico<br />

de uma cadeia alimentar é sempre maior que a energia que<br />

pode ser transferida para o nível seguinte.<br />

02) A energia solar captada inicialmente pelos produtores<br />

vai sendo armazenada na forma de calor ao longo dos<br />

distintos níveis tróficos de um ecossistema.<br />

03) A transferência de energia segue um fluxo unidirecional<br />

nas cadeias alimentares, se iniciando a partir da ação dos<br />

decompositores e sendo finalizada pela captação de energia<br />

solar pelos produtores.<br />

04) As relações alimentares que se estabelecem entre os<br />

organismos de uma comunidade ocorrem de forma isolada<br />

nos ecossistemas, devido à sua simplicidade biológica.<br />

04.(UESB) A vida - tanto no aspecto local, como corpos de<br />

animais, plantas e micróbios, quanto no plano global, como<br />

a biosfera - é um fenômeno material sumamente complexo.<br />

Ela exibe as propriedades químicas e físicas habituais da<br />

matéria, mas com um toque diferente. [...] A vida se<br />

distingue não por seus componentes químicos, mas pelo<br />

comportamento desses componentes. Assim, a pergunta "o<br />

que é vida?" é uma armadilha linguística. Para respondê-la<br />

de acordo com as regras gramaticais, devemos fornecer um<br />

substantivo, uma coisa. Mas a vida na Terra assemelha-se<br />

mais a um verbo. Ela conserta, sustenta, recria e supera a si<br />

mesma. (MARGULIS, 2002. p. 28).<br />

Em relação ao texto e aos conceitos autopoiéticos<br />

relacionados à vida, é possível afirmar:<br />

01) As redes metabólicas da célula envolvem dinâmicas<br />

emergentes que são equivalentes ao ambiente "sem vida"<br />

em que essas células se encontram.<br />

02) Os seres vivos produzem dejetos continuamente, e esse<br />

fluxo de matéria e energia estabelecem, de forma cíclica, o<br />

lugar que elas ocupam na teia alimentar.<br />

03) Os sistemas vivos são abertos em termos de fluxo de<br />

matéria e energia, mas são fechados no que diz respeito à<br />

sua organização, a partir da presença de um ambiente<br />

específico interno.<br />

04) As redes vivas estão sempre criando e recriando a si<br />

próprias através de transformações de autogeração, que<br />

podem ser explicadas unicamente pelas leis da Física e da<br />

química.<br />

05) As funções biológicas de um sistema vivo são<br />

determinadas por uma matriz genética, que, na maioria dos<br />

casos, independem de interações metabólicas com o<br />

ambiente físico.<br />

05. (Consultec) A estrutura de uma comunidade biótica<br />

pode se representada graficamente por uma pirâmide<br />

ecológica com um número limitado de níveis tróficos.<br />

Esse limite é definido porque<br />

01) a biomassa dos produtores é, parcialmente, utilizada<br />

pelos consumidores.<br />

02) a manutenção dos organismos envolve perda de energia<br />

pelo ambiente.<br />

03) a construção de cada nível exige, progressivamente,<br />

mais energia.<br />

04) a biomassa dos níveis superiores deve ser maior do que<br />

a dos níveis mais baixos.<br />

05) a energia solar disponível à vida é limitada.<br />

06.(UNEB-2013-1) Considerando-se os processos<br />

bioquímicos de obtenção de energia nos seres vivos, é<br />

correto afirmar:<br />

01) A exigência de organelas membranosas específicas em<br />

um ambiente intracelular compartimentado limita a<br />

ocorrência da fermentação apenas em seres de padrão<br />

eucarionte.<br />

02) A fermentação alcoólica, ao oxidar parcialmente<br />

moléculas de carboidratos, produz grande quantidade de<br />

ácido láctico utilizado na fabricação de queijos e iogurtes.<br />

03) A fermentação é realizada exclusivamente por seres<br />

unicelulares procariontes, como fungos e bactérias devido à<br />

simplicidade metabólica pouco exigente de grandes<br />

demandas energéticas.<br />

04) A respiração celular substituiu a fermentação como<br />

processo bioquímico de obtenção de energia em seres<br />

que apresentam restrição de captação de oxigênio molecular<br />

do ambiente.<br />

05) As semelhanças nas rotas bioquímicas da fermentação<br />

e da respiração celular denotam uma evolução que<br />

privilegiou o aumento na capacidade dos seres vivos de<br />

extrair a energia armazenada em moléculas orgânicas.<br />

07. Analise o esquema abaixo:<br />

(A) A concentração de DDT e a<br />

energia disponível diminuem de A<br />

para B.<br />

(B) A concentração de DDT e a<br />

energia disponível aumentam de<br />

A para B.<br />

(C) A concentração de DDT e a<br />

energia disponível permanecem<br />

constantes em cada elo, no sentido de A para B.<br />

(D) A concentração de DDT e a energia disponível<br />

aumentam de e A para B e de B para A respectivamente.<br />

(E) a quantidade de energia disponível diminui de A para<br />

B, não havendo perdas de DDT ao longo da Cadeia.<br />

123


08. Leia as afirmativas abaixo:<br />

I. A energia introduzida no ecossistema sob a forma de luz<br />

é transformada, passando de organismo para organismo sob<br />

a forma de energia química,<br />

lI. No fluxo energético, há perda de energia em cada elo da<br />

cadeia alimentar.<br />

III. A transferência de energia na cadeia alimentar é<br />

unidirecional, tendo início pela ação dos decompositores.<br />

IV. A energia química armazenada nos compostos<br />

orgânicos dos seus produtores é transferida para os demais<br />

componentes da cadeia e permanece estável.<br />

Estão corretas as afirmativas:<br />

a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I e III, e) II e IV.<br />

*Ribossomildo = personagem fictício = experiente pesquisador.<br />

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS<br />

Na natureza, a matéria percorre uma trajetória cíclica<br />

fazendo com que os elementos e as substâncias passem dos<br />

seres vivos ao meio ambiente e voltem para os seres vivos,<br />

sendo desta forma reaproveitada.<br />

O biociclo da água<br />

A água é o mais importante componente do corpo dos<br />

seres vivos, desempenhando funções vitais e<br />

imprescindíveis para a ocorrência de reações químicas que<br />

mantém a vida.<br />

O ciclo da água pode ser dividido em dois estágios; o<br />

curto ou geoquímico e o longo ou biogeoquímico.<br />

124<br />

09. Assinale a afirmativa correta sobre a maneira como os<br />

seres vivos retiram a energia da glicose.<br />

a) O organismo, como precisa de energia rapidamente e a<br />

todo tempo, faz a combustão da glicose em contato<br />

direto com o oxigênio.<br />

b) Como a obtenção de energia não é sempre imediata, ela<br />

só é obtida quando a glicose reage com o oxigênio nas<br />

mitocôndrias.<br />

c) A energia, por ser vital para a célula, é obtida antes<br />

mesmo de a glicose entrar nas mitocôndrias usando o<br />

oxigênio no citoplasma, com liberação de duas (02)<br />

moléculas de ATP (glicólise).<br />

d) A energia da molécula de glicose é obtida através da<br />

oxidação dessa substância pela retirada de hidrogênios<br />

presos ao carbono (desidrogenações), que ocorre ao<br />

nível de citoplasma e mitocôndrias.<br />

e) A obtenção de moléculas de ATP é feita por enzimas<br />

chamadas desidrogenases (NAD) depois que a<br />

molécula de oxigênio quebra a glicose parcialmente no<br />

hialoplasma (glicólise).<br />

10.(UFRN) Observe o<br />

cartaz afixado na entrada<br />

da área.<br />

A partir do cartaz,<br />

*Ribossomildo comenta<br />

que, sem energia, não há<br />

vida. Utiliza os elementos<br />

ilustrados (I, II, III e IV)<br />

para informar que a<br />

energia é:<br />

a) introduzida na comu<br />

nidade biótica por I, sendo<br />

transferida, sob a forma<br />

química, aos demais seres vivos;<br />

b) obtida do ambiente físico e passa de ser vivo a ser vivo,<br />

retornando integralmente ao ecossistema, pela ação de III;<br />

c) originada em II, sendo fixada, sob a forma química,<br />

diretamente por IV;<br />

d) utilizada por III, a partir de compostos orgânicos, quando<br />

ele realiza a fotossíntese.<br />

No ciclo curto, a água evapora das superfícies aquáticas e<br />

terrestres formando as nuvens. Com a evaporação, essa<br />

água atinge a atmosfera, onde se condensa, formando as<br />

nuvens. A água retorna à superfície por intermédio da<br />

chuva, neve ou granizo (pedrinhas de gelo), recompondo<br />

desta forma os reservatórios hídricos de rios, lagos e<br />

oceanos. Estima-se que a quantidade de água no planeta é a<br />

mesma desde a sua formação, mudando apenas o local onde<br />

esta água é encontrada e também o estado físico daquela<br />

porção.<br />

Os organismos vivos, animais e vegetais, entram no<br />

longo ciclo da água em diversos pontos. Os vegetais<br />

absorvem a água do solo através das suas raízes. Parte desta<br />

água é devolvida ao meio ambiente através da transpiração,<br />

gutação ou evaporação. Outra parte é utilizada na<br />

fotossíntese.<br />

Os animais participam do ciclo ingerindo água<br />

diretamente ou indiretamente através dos alimentos. O<br />

processo de eliminação pode ocorrer através de urina, fezes,<br />

respiração, suor etc. A água eliminada pelos seres vivos<br />

passa a fazer parte da atmosfera, na forma de vapor,<br />

voltando ao solo durante as precipitações.<br />

O ciclo do carbono<br />

O carbono é encontrado em todos os compostos<br />

orgânicos, sendo desta forma um elemento básico. Na<br />

natureza o carbono é encontrado sob a forma de carbonatos,<br />

gás carbônico, combustíveis fósseis e tecidos vivos.<br />

Este elemento circula nos ecossistemas, passando<br />

através dos organismos animais e vegetais, sendo<br />

posteriormente devolvido ao meio fechando desta forma o


ciclo. O principal reservatório de carbono é o CO2<br />

atmosférico. Estima-se que a concentração deste gás no<br />

ambiente represente aproximadamente 0,03% do ar<br />

atmosférico.<br />

polares - fato que provocaria inundações generalizadas - e a<br />

mortandade de espécies sensíveis ao aumento da<br />

temperatura.<br />

Com o objetivo de minimizar tais efeitos, diversas<br />

nações têm se comprometido a reduzir as emissões de CO2<br />

para a atmosfera. Esse compromisso está expresso e<br />

assinado no documento conhecido como Protocolo de<br />

Kioto.<br />

O ciclo do oxigênio<br />

Através do processo de fotossíntese, o CO2 é absorvido<br />

pela planta, participando da composição de compostos<br />

orgânicos como carboidratos, proteínas, lipídios e ácidos<br />

nucléicos. Estes compostos são empregados na construção<br />

de tecidos e como combustíveis para a obtenção de energia.<br />

Os animais e os vegetais devolvem o carbono ao ar sob<br />

forma de CO 2, como resíduo do processo de respiração<br />

celular.<br />

A morte de vegetais e animais provoca o aparecimento<br />

de restos orgânicos que contêm carbono. Este material é<br />

decomposto pela ação de fungos e bactérias, que, assim<br />

como animais e vegetais utilizam os compostos orgânicos<br />

como matéria de construção e combustível. Ao realizarem<br />

a fermentação, estes microrganismos devolvem o carbono<br />

ao ar na forma de CO2.<br />

Parte dos resíduos orgânicos podem não sofrer<br />

decomposição transformando-se em combustíveis fósseis<br />

(carvão e petróleo). A queima de florestas, a excessiva<br />

combustão dos derivados de petróleo e o desmatamento têm<br />

contribuído para o desequilíbrio no ciclo do carbono na<br />

natureza.<br />

O oxigênio é importante para a vida na terra, pois atua<br />

no processo de respiração celular que fornece energia para<br />

os seres vivos. Nesse processo a glicose é oxidada<br />

gradualmente e degradada em água e gás carbônico.<br />

Através do processo de fotossíntese as plantas retiram<br />

CO2 do ar atmosférico, liberando em contrapartida o O2,<br />

tornando o ar limpo e respirável. O oxigênio liberado para<br />

a atmosfera é proveniente da quebra de moléculas de água<br />

durante a fotossíntese.<br />

Nas cadeias alimentares, os produtores transferem<br />

átomos de oxigênio presentes em seus tecidos para os<br />

herbívoros e carnívoros. Assim, o oxigênio também<br />

circula entre os seres vivos.<br />

O ciclo do nitrogênio<br />

O nitrogênio assim como o carbono, é um elemento<br />

indispensável à vida, pois participa da formação de<br />

moléculas de aminoácidos, proteínas e de ácidos nucléicos.<br />

O reservatório natural de nitrogênio é a atmosfera, onde o<br />

gás N 2 compõe cerca de 78% do ar. Mesmo abundante na<br />

natureza o nitrogênio nem sempre se encontra em formas<br />

disponíveis para os seres vivos. São raros os organismos<br />

que conseguem fixar e incorporar à matéria viva o N2<br />

atmosférico.<br />

A transformação do nitrogênio em compostos<br />

utilizáveis pelos seres vivos se dá por um processo de<br />

fixação física e/ou biológica. A fixação física decorre da<br />

ação de descargas elétricas e de raios cósmicos, que<br />

transformam o N2 em nitrato.<br />

Efeito estufa<br />

Quando os raios solares atingem a superfície da terra,<br />

partes desses raios são refletidas sob a forma de ondas de<br />

calor. Uma porção dessas ondas dissipa-se para o espaço, e<br />

uma boa parte fica retida entre a atmosfera e a superfície da<br />

terra. É esse calor “retido” que denominamos de efeito<br />

estufa.<br />

É o efeito estufa que proporciona a temperatura<br />

adequada para a sobrevivência dos sistemas vivos do<br />

planeta.<br />

No entanto, como boa parte da retenção desse calor<br />

depende da quantidade de CO2 na atmosfera e, em função<br />

da taxa desse gás ter aumentado – e continua aumentando –<br />

em decorrência das atividades antrópicas, fica evidente que<br />

esse efeito vem sendo incrementado e a temperatura global<br />

vem aumentado, podendo chegar a níveis comprometedores<br />

da dinâmica natural do planeta.<br />

Entre os possíveis desastres provocados pelo efeito<br />

estufa podemos considerar o derretimento das calotas<br />

A fixação biológica ocorre pela ação de microrganismos<br />

como as cianobactérias e as bactérias dos gêneros<br />

Nitrobacter, Clostridium e Rhizobium, Que vivem<br />

associados às raízes das leguminosas (feijão, amendoim,<br />

soja, etc.). Esses procariotas transformam o nitrogênio da<br />

atmosfera em amônia (NH3). A amônia é então utilizada<br />

125


126<br />

pelas leguminosas na produção de proteínas e ácidos<br />

nucléicos.<br />

Os vegetais, como já foi visto, são consumidos por<br />

outros organismos, que por sua vez, são consumidos por<br />

outros e assim por diante. Desta forma então, o nitrogênio<br />

circula pela cadeia alimentar.<br />

Os animais através da excreção liberam no meio<br />

resíduos nitrogenados como a uréia, o ácido úrico e a<br />

amônia. Estes, uma vez eliminados, vão para o solo, sofrem<br />

a ação de bactérias e fungos transformando-se em amônia<br />

ou íons amônio NH4 Tal processo é chamado de<br />

amonificação.<br />

A amônia poderá seguir três caminhos diferentes:<br />

. Pode ser diretamente absorvida pelas raízes das plantas<br />

sendo usada na síntese de aminoácidos e proteínas:<br />

. Pode novamente servir de fonte energética para as<br />

bactérias no processo denominado de nitrificação,<br />

formando nitritos ( NO2 ) e nitratos ( NO 3<br />

);<br />

. Ser convertida em N2 atmosférico pela ação de bactérias<br />

denitrificantes ou desnitrificantes. A ação destas bactérias<br />

possibilita a devolução do nitrogênio à atmosfera, fechando<br />

desta forma o ciclo do nitrogênio.<br />

Exercícios<br />

01. (UNEB-2004) Reconhecendo o papel da água na<br />

origem e manutenção da vida na Terra, mecanismos<br />

biológicos que participam de sua reciclagem devem<br />

envolver:<br />

01) Transpiração das plantas, eliminando grande parte da<br />

seiva elaborada.<br />

02) Processos fisiológicos associados ao metabolismo de<br />

plantas e de animais.<br />

03) Evaporação intensa da água contida nos caules<br />

bloqueando o seu fluxo ascendente.<br />

04) Remoção de resíduos nitrogenados sob a forma de<br />

amônia, substância que requer pouca água para<br />

eliminação.<br />

05) Fluxo de água nos dejetos dos animais terrestres para<br />

mares, lagos e rios, como único meio de retorno a<br />

atmosfera.<br />

02.(UNEB-2004) Se a água chegasse "ao chão na forma de<br />

jato", uma expectativa em relação ao comprometimento da<br />

vida em ambientes terrestres seria<br />

01) o crescimento das populações de decompositores do<br />

solo, reduzindo a oferta de matéria orgânica para os níveis<br />

tróficos mais elevados.<br />

02) o acúmulo de grande quantidade de água ao redor da<br />

planta, desencadeando uma adaptação imediata à vida<br />

aquática.<br />

03) a lavagem das raízes, aumentando a capacidade de<br />

absorção de nutrientes disponíveis ao sistema vivo.<br />

04) o aumento da disponibilidade de substâncias<br />

mineralizadas para absorção nos locais inundados.<br />

05) a lixiviação intensa dos nutrientes, limitando a<br />

possibilidade de sobrevivência das plantas.<br />

03.(UESB 2004-1) "Considerada por muito tempo o primo<br />

pobre dos biomas brasileiros, a caatinga esconde uma<br />

diversidade de formas de vida insuspeitada e ainda pouco<br />

explorada, aponta levantamento inédito liderado pela UFPE<br />

(Universidade Federal de Pernambuco) e pela ONG<br />

Conservation International do Brasil. São os dados mais<br />

recentes sobre a biodiversidade e a ecologia da caatinga.<br />

..............................................................................................<br />

Os dados reunidos pela equipe revelaram, por<br />

exemplo, que o número de espécies de mamífero na região<br />

andou sendo muito subestimado pelos levantamentos<br />

anteriores. Com o estudo, saltou de 80 para 143 espécies,<br />

das quais, pelo menos, 20 devem ser endêmicas.<br />

..............................................................................................<br />

'Algumas espécies foram descritas recentemente,<br />

como o morcego Micromycteris samborni.' (...)<br />

Os roedores dominam essa conta, seguidos dos<br />

morcegos, mas há registros até da rara onça-pintada<br />

(Panthera onca) na área.<br />

Outro grupo importante e cheio de endemismos<br />

são os répteis, como cobras, lagartos e anfisbenas. (...)<br />

Ao contrário da imagem clássica de solo esturricado e<br />

plantas espinhentas, a caatinga (nome que significa "mata<br />

branca" em tupi) abrange um mosaico de ambientes que vão<br />

de trechos mais secos e dunas a manchas de cerrado e até<br />

trechos de floresta úmida, os chamados brejos.<br />

..............................................................................................<br />

‘essas áreas são verdadeiros laboratórios biológicos’, diz<br />

Silva, que ressalta a importância da criação de reservas na<br />

caatinga, que já perdeu vários trechos em séculos de<br />

ocupação humana."<br />

(Lopes. In: Folha de S. Paulo, p. A 19)<br />

As características climáticas da caatinga, principalmente a<br />

disponibilidade de água, exercendo pressões seletivas sobre<br />

as populações, refletem-se em<br />

a) uniformidade na composição em espécies de todas as<br />

comunidades da caatinga.<br />

b) potencial biótico condicionado as flutuações de<br />

temperatura, umidade e recursos alimentares.<br />

c) aquisições morfofisiológicas peculiares em espécies<br />

que mantém interações ecológicas estabelecidas em<br />

processos de co-evolução.<br />

d) exploração de regiões do semi-árido, configurada num<br />

processo típico de irradiação adaptativa.<br />

e) adaptações específicas em resposta a ações antrópicas<br />

que propiciam mecanismos mais eficientes de<br />

economia de água.<br />

QUESTÕES 04 E 05 - UESB-2004-1<br />

As leguminosas possuem uma característica peculiar que as<br />

transforma em grandes aliadas do agricultor. Na presença<br />

de certas bactérias do gênero Bradyrizhobium, elas são<br />

capazes de absorver o nitrogênio da atmosfera,<br />

enriquecendo o solo com um dos nutrientes mais<br />

importantes para o desenvolvimento das espécies vegetais.


04. A importância do nitrogênio na sobrevivência de um ser<br />

vivo deve ser reconhecida por<br />

1) atuar como componente essencial das moléculas que<br />

constituem a fonte energética primária para as<br />

atividades celulares.<br />

2) fazer parte da constituição elementar da bicamada<br />

lipídica, tornando-a mais permeável aos íons.<br />

3) agir como elemento catalisador em reações da<br />

fotossíntese.<br />

4) integrar as moléculas-chave que constituem a<br />

informação hereditária e as que expressam essa<br />

informação.<br />

5) participar como um elemento essencial na constituição<br />

molecular dos blocos construtivos dos carboidratos.<br />

05. A análise das informações do texto sugere que<br />

1) o plantio alternativo de leguminosas favorece o<br />

empobrecimento das reservas de nitrogênio do solo.<br />

2) a absorção do nitrogênio atmosférico possibilita à<br />

planta<br />

3) anular os efeitos negativos da adubação química.<br />

4) a relação entre Bradyrizhobium e leguminosas<br />

favorece a agricultura, comprometendo a<br />

sobrevivência da bactéria.<br />

5) as bactérias fixadoras asseguram a todos os vegetais o<br />

suprimento de nitrogênio, eliminando a participação<br />

das bactérias nitrificantes.<br />

6) bactérias do gênero Bradyrizhebium contribuem para a<br />

introdução do nitrogênio no sistema vivo.<br />

06. (V.Cairu-97) "As algas são sempre coloridas porque<br />

contêm a verde clorofila, acompanhada sempre de pigmento<br />

azul, alaranjado, pardo ou vermelho. A coloração é uma<br />

adaptação aos lugares onde vivem. Nas camadas<br />

superficiais das águas, em condições de iluminação<br />

semelhantes à da atmosfera, predominam as verdes, por ser<br />

essa a cor que melhor absorve as radiações vermelhas. Nas<br />

camadas mais profundas, a cerca de 20 metros, encontramse<br />

mais as vermelhas, porque aí chegam melhor as radiações<br />

verdes; e nas de profundidade intermediária estão as<br />

pardas." (Pereira, p. 34)<br />

A distribuição dos pigmentos entre as algas define, para<br />

esses organismos,<br />

a) o nicho ecológico.<br />

b) a eficiência fotossintética.<br />

c) a capacidade reprodutiva.<br />

d) a densidade das populações.<br />

e) a matéria orgânica produzida.<br />

07.(UESC) A poluição causada pelos esgotos das<br />

coletividades urbanas e por despejos de indústrias, usinas<br />

de açúcar e afins, caracteriza-se por um “excesso de<br />

alimento ” despejado no ecossistema, seja ele rio, lagoa ou<br />

represa.<br />

A matéria orgânica é atacada por bactérias que, em<br />

presença do alimento abundante aumentam muito o<br />

tamanho de suas populações; em conseqüência, peixes e<br />

outros organismos aquáticos morrem, reduzindo<br />

drasticamente suas populações.”<br />

A mortandade dos peixes é explicada por<br />

a) utilização do oxigênio nos processos fermentativos<br />

realizados pelos microorganismos.<br />

b) redução da solubilidade do oxigênio na água devido à<br />

poluição por detritos orgânicos.<br />

c) infecções provocadas pela explosão populacional das<br />

bactérias.<br />

d) aumento do consumo de oxigênio pelas populações<br />

decompositoras.<br />

e) intoxicação dos peixes por excesso de alimento.<br />

08. (UFBA-96) O nitrogênio é o elemento mineral que mais<br />

frequentemente limita o crescimento e o desenvolvimento<br />

das plantas, mesmo numa atmosfera com aproximadamente<br />

80% de nitrogênio gasoso.<br />

A figura abaixo esquematiza processo que resultam na<br />

assimilação do nitrogênio pelas plantas<br />

Quanto à participação do<br />

nitrogênio em processos<br />

fisiológico dos vegetais, pode-se<br />

afirmar:<br />

(01) As plantas requerem<br />

nitrogênio como elemento<br />

essencial para construção de<br />

biomoléculas, como proteínas e<br />

ácidos nucléicos.<br />

(02) O nitrogênio pode ser absorvido pelas plantas na forma<br />

de nitrato e amônio.<br />

(04) As raízes das plantas exibem estruturas anatômicas<br />

específicas para a absorção de compostos de nitrogênio.<br />

(08) A importância do nitrogênio para o crescimento das<br />

plantas demonstra a sua função de elemento regulador.<br />

(16) A necessidade do nitrogênio, para as plantas é limitada<br />

aos tecidos de crescimento.<br />

(32) O nitrogênio incorporado pela raiz é utilizado como<br />

matéria-prima, no processo de fotossíntese.<br />

09. (UESB-2008) A atmosfera terrestre é um vasto<br />

reservatório de nitrogênio atmosférico (N2), entretanto as<br />

plantas não conseguem assimilá-lo diretamente como<br />

nutriente.<br />

Após análise da figura, pode-se afirmar:<br />

a) A fixação do nitrogênio atmosférico (N 2) é realizada<br />

apenas por bactérias livres no solo.<br />

127


) As bactérias denitrificantes complementam o trabalho<br />

das bactérias fixadoras de nitrogênio.<br />

c) A fixação do nitrogênio atmosférico é um passo<br />

fundamental nesse ciclo, propiciando a entrada do<br />

nitrogênio no sistema vivo.<br />

d) As bactérias nitrificantes devolvem para a atmosfera<br />

<br />

como nitrito, NO<br />

2 , o nitrogênio proveniente de<br />

resíduos de animais mortos.<br />

e) O composto nitrogenado mais útil às plantas é<br />

encontrado na forma de amônia (NH 3).<br />

10.(UNEB – 2004.1)<br />

A chuva nada mais é<br />

do que um<br />

ajuntamento de<br />

partículas menores de<br />

água que evaporam<br />

com o calor e depois<br />

voltam para o solo.<br />

Assim que as gotas se<br />

formam dentro das<br />

nuvens, elas caem, atraídas pela força da gravidade. "Não<br />

há tempo, suficiente para que se junte uma quantidade de<br />

água tão grande que chegue ao chão na forma de jato".<br />

(Superinteressante, p. 22)<br />

A partir do fenômeno de formação de chuvas a que o texto<br />

faz referência, pode-se concluir:<br />

11. Reconhecendo o papel da água na origem e manutenção<br />

da vida na Terra, mecanismos biológicos que participam de<br />

sua reciclagem devem envolver:<br />

Transpiração das plantas, eliminando grande parte da seiva<br />

elaborada.<br />

Processos fisiológicos associados ao metabolismo de<br />

plantas e de animais.<br />

Evaporação intensa da água contida nos caules bloqueando<br />

o seu fluxo ascendente.<br />

04) Remoção de resíduos nitrogenados sob a forma de<br />

amônia, substância que requer pouca água para eliminação.<br />

05) Fluxo de água nos dejetos dos animais terrestres para<br />

mares, lagos e rios, como único meio de retorno a<br />

atmosfera.<br />

12. (UESB-2003) Uma característica de certas<br />

cianobactérias e de certas bactérias, que diferencia dos<br />

demais seres vivos, é sua capacidade de<br />

a) vivem em simbiose com raízes de leguminosas.<br />

b) transformar nitrito em nitrato.<br />

c) Fixar nitrogênio atmosférico.<br />

d) atuar como decompositora.<br />

e) transformar nitratos em nitritos.<br />

13. (UESB-2003). Há alguns anos,<br />

obtiveram-se os seguintes dados<br />

referentes a animais do Mar<br />

Báltico, examinados quanto a<br />

concentração de DDT que<br />

apresentavam em seus tecidos.<br />

DDT<br />

ANIMAIS (mg / kg<br />

–tecidos)<br />

Arenque 17<br />

Foca 130<br />

Ovos de aves<br />

aquáticas<br />

570<br />

Salmão 31<br />

Falcão 1070<br />

Com base nesses dados e sabendo-se que o ocorre com o<br />

DDT nas cadeias alimentares, é possível concluir que<br />

a) as focas são consumidores primários.<br />

b) os falcões situam se no ápice das cadeias alimentares.<br />

c) os salmões alimentam-se exclusivamente de arenques.<br />

d) os ovos das aves aquáticas absorvem DDT do<br />

ambiente.<br />

e) os arenques ocupam o nível trófico mais elevado.<br />

14.(UESB– 2006) Pesquisadores da Embrapa descobriram<br />

variedades de capim-elefante que podem substituir o carvão<br />

vegetal usado em indústrias como fonte de energia sem<br />

causar danos ao ambiente. A produção das variedades<br />

Gramafante, Cameroon Piracicaba e BAG02 pode chegar<br />

a 60 toneladas por ano, o dobro da biomassa vegetal<br />

produzida atualmente por florestas cultivadas de eucalipto.<br />

Outra vantagem é que o capim-elefante proporciona duas<br />

colheitas anuais sem precisar de adubo nitrogenado<br />

(derivado do petróleo), devido à presença de bactérias<br />

associadas à planta, o que gera economia e diminui o risco<br />

ambiental. (AGROBIOLOGIA, 2005, p. 61 ).<br />

A redução do risco ambiental pelo uso do capim-elefante<br />

tem como explicação a<br />

a) capacidade de fixação de nitrogênio atmosférico,<br />

inerente a algumas espécies de bactérias que vivem em<br />

simbiose com a planta.<br />

b) atividade fotossintetizante das bactérias, aumentando a<br />

biomassa da plantação de capim-elefante.<br />

c) peculiaridade do capim-elefante em não liberar CO2<br />

como subproduto da fotossíntese aeróbica.<br />

d) maior eficiência na produção de carboidrato em relação<br />

ao eucalipto, a partir de teores equivalentes de CO2 e<br />

H2O.<br />

e) absorção de grandes quantidades de N2 atmosférico,<br />

gás responsável pelo aumento do efeito estufa.<br />

15.(UESB-99/2) De todos os minerais, o nitrogênio é o que<br />

mais frequentemente limita o crescimento das plantas e o<br />

rendimento das safras. (Campbell, p. 719)<br />

128


Sobre a ação das bactérias do solo, na reciclagem do<br />

nitrogênio, em um ecossistema e na nutrição dos vegetais,<br />

pode-se afirmar:<br />

01) O nitrogênio atmosférico é fixado unicamente por<br />

bactérias do gênero Rhizobium existentes nos nódulos de<br />

raízes de leguminosas.<br />

02) Bactérias amonificantes decompõem a matéria<br />

orgânica, permitindo a posterior devolução do nitrogênio<br />

mineral.<br />

03) As raízes absorvem o nitrogênio do solo sob a forma de<br />

compostos orgânicos.<br />

04) Bactérias desnitrificantes agem diretamente na<br />

incorporação do nitrogênio pelos vegetais.<br />

05) A síntese de aminoácidos e proteínas pelos vegetais<br />

geralmente independe da ação de bactérias nitrificantes.<br />

16. Uma forma natural de aumentar a quantidade de<br />

nitrogênio, disponível no solo sob a forma de nitratos, é<br />

alterar o cultivo de plantas não leguminosas com<br />

leguminosas, pois as últimas apresentam, nas suas raízes,<br />

módulos com bactérias capazes de fixar o nitrogênio<br />

atmosférico. Estas bactérias são pertencentes ao grupo:<br />

a) Rhizobium<br />

b) Nitrosomonas<br />

c) Nitrobacter<br />

d) Nitrosococcus<br />

e) Anabaena<br />

17.(MACK-2003).<br />

O esquema mostra, de<br />

maneira simplificada, a<br />

utilização/produção do CO2 e<br />

do O2 durante os processos de<br />

fotossíntese e respiração<br />

realizados pelas plantas e algas.<br />

A sua análise permite concluir que:<br />

a) a respiração é mais intensa do que a fotossíntese.<br />

b) a fotossíntese é mais intensa do que a respiração.<br />

c) os dois processos têm a mesma intensidade.<br />

d) a taxa de CO2 na atmosfera está diminuindo ao longo do<br />

tempo.<br />

e) as taxas de CO2 e de O2 na atmosfera permanecem<br />

constantes ao longo do tempo.<br />

(UESB-2004) QUESTÕES DE 18 a 20<br />

A figura<br />

esquematiza o<br />

movimento do<br />

nitrogênio na<br />

natureza entre os<br />

compartimentos<br />

biótico e<br />

abiótico,<br />

destacando as<br />

etapas principais<br />

do ciclo.<br />

18. A análise da lustração sugere que:<br />

1) a associação das bactérias com raízes de plantas é uma<br />

simbiose universal no reino vegetal.<br />

2) o íon nitrato é uma forma de nitrogênio mais<br />

assimilável pelos herbívoros.<br />

3) as bactérias Nitrosomonas e Nitrobacter se<br />

caracterizam como procariotos quimiossintetizantes.<br />

4) os decompositores convertem restos orgânicos nos<br />

produtos nitrogenados mais utilizáveis pelas plantas.<br />

5) a desnitrificação bacteriana é um processo de<br />

fermentação.<br />

19. A análise do diagrama evidencia que<br />

1) a produção de nitratos é limitada a processos<br />

biológicos.<br />

2) organismos vivos e ambiente abiótico interagem,<br />

estabelecendo as condições da atmosfera.<br />

3) as bactérias desnitrificantes diminuem a entrada do<br />

nitrogênio no compartimento atmosférico.<br />

4) fenômenos elétricos e fotoquímicos asseguram 100%<br />

de eficiência nas transferências do nitrogênio.<br />

5) a conversão de nitrito em nitrato estabelece o elo entre<br />

o ambiente biótico e o abiótico.<br />

20. (UESB-2014) Como a água, que ajuda a regular ã<br />

temperatura do corpo humano, os oceanos são os maiores<br />

aliados da Terra para manutenção do seu equilíbrio<br />

climático. Eles absorvem grande parte da radiação solar que<br />

atinge o Planeta e também funcionam como sumidouros de<br />

dióxido de carbono (CO2). Mas esses heróis do clima já se<br />

revelam vítimas do aquecimento global.<br />

Mas este comportamento "heroico" pode desencadear uma<br />

verdadeira catástrofe nos oceanos à medida que estes se<br />

tornam mais ácidos, alertam os cientistas. A mudança no pH<br />

da água acontece à medida que o CO 2, emitido pela<br />

atividade humana - originada fundamentalmente pela<br />

queima de combustíveis fósseis - é absorvido pelos<br />

oceanos. (MElO AMBIENTE, 2013).<br />

A respeito do tema abordado no texto, é correto afirmar:<br />

01) A mudança do pH da água gera um processo de<br />

acidificação os oceanos que interfere principalmente no<br />

desenvolvimento das espécies com carapaça ou esqueleto<br />

de carbonato cálcico, como corais e moluscos.<br />

02) O CO 2, é considerado um importante gás estufa por ser<br />

capaz de oxidar as moléculas de O, presentes na atmosfera<br />

e, consequentemente, aumentar o buraco na camada de<br />

ozônio.<br />

03) O equilíbrio climático é dependente da água devido a<br />

sua capacidade de reflexão da totalidade da energia<br />

luminosa que alcança a sua superfície.<br />

04) Os oceanos favorecem o aquecimento global, ao<br />

absorver radiação luminosa do Sol reemitindo-a na forma<br />

de calor para a atmosfera.<br />

05) O CO 2, liberado com a respiração dos seres aeróbios é<br />

a principal causa de aumento da concentração desse gás na<br />

atmosfera.<br />

129


130<br />

21. Os animais comem as plantas - as proteínas das plantas<br />

são convertidas em proteína animal.<br />

(Peczar. In microbiologia, p. 318)<br />

A identificação dessa afirmativa passa pelo reconhecimento<br />

de que:<br />

01) os aminoácidos liberados na digestão da proteína<br />

vegetal se constituem unidades moleculares na<br />

decodificação da informação genética nas células do<br />

animal.<br />

02) a proteína vegetal é quebrada em unidades<br />

polipeptídicas, que a célula animal reaproveita para a<br />

síntese das estruturas celulares.<br />

03) a reciclagem de macromoléculas protéicas envolve a<br />

sua degradação em biomoléculas utilizáveis como fonte de<br />

energia para a síntese de novas proteínas.<br />

04) a proteína vegetal que contém a mesma seqüência da<br />

proteína animal é reutilizada na célula animal para as<br />

mesmas funções da célula.<br />

05) a diversidade no repertório dos aminoácidos especifica<br />

as proteínas animais.<br />

22.(UFRS) O processo vital presente nos ciclos do<br />

oxigênio, do carbono e da água é o de:<br />

a) respiração. b) digestão. c) transpiração.<br />

d) sudação. e) excreção.<br />

23.(Objetivo-SP)<br />

O desenho anexo representa,<br />

de maneira simplificada, o<br />

ciclo do nitirogênio:<br />

As bactérias dos gêneros<br />

Nitrosomonas e Nitrobacter<br />

agem, respectivamente, em:<br />

a) I e II. b) V e IV.<br />

c) II e III. d) VI e VIl. e) IV e III.<br />

23. Uma forma natural de aumentar a quantidade de<br />

nitrogênio, disponível no solo sob a forma de nitratos, é<br />

alterar o cultivo de plantas não leguminosas com<br />

leguminosas, pois as últimas apresentam, nas suas raízes,<br />

módulos com bactérias capazes de fixar o nitrogênio<br />

atmosférico. Estas bactérias são pertencentes ao grupo:<br />

a) Rhizobium b) Nitrosomonas c) Nitrobacter<br />

d) Nitrosococcus e) Anabaena<br />

24. (UFBA-96) A análise das vias de incorporação e<br />

utilização do nitrogênio atmosférico pelo mundo vivo<br />

permite afirmar:<br />

(01) A incorporação e utilização do nitrogênio e seu retorno<br />

à atmosfera podem ser efetivados por procariotos.<br />

(02) A presença de amônia e nitrato nos solos decorre da<br />

decomposição de substratos rochosos.<br />

(04) A disponibilidade de compostos nitrogenados para o<br />

reino animal depende dos produtores.<br />

(08) Toda vida na terra depende da fixação do nitrogênio,<br />

atividade que caracteriza certos representantes do reino<br />

monera.<br />

(16) Bactérias nitrificantes e denitrificantes são organismos<br />

mutualistas.<br />

(32) A formação do húmus resulta da atividade específica<br />

das bactérias fixadoras de nitrogênio.<br />

(64) A aquisição do nitrogênio pelas plantas revela uma<br />

interdependência dos sistemas abiótico e biótico.<br />

25. “Solo pobre em oxigênio é solo pobre em nitrogênio.”<br />

Explique, justificando a afirmação acima.<br />

26. É hábito comum, quando da ocorrência de chuvas,<br />

colocar os vasos de plantas expostos a esse fenômeno.<br />

Como se explica o fato do desenvolvimento dos vegetais se<br />

dá de forma mais efetiva em função das águas da chuva?<br />

27.(UNEB-2013) Grande parte da poeira aérea da África<br />

pega carona em ventos que sopram para o Atlântico por<br />

6400km, na direção oeste. Segundo uma estimativa, cerca<br />

de 40 milhões de toneladas de poeira carregadas de minerais<br />

essenciais à vida cobrem a Floresta Amazônica todos os<br />

anos.<br />

Assim que está na atmosfera, a poeira, que pode não ter sido<br />

significativa por milênios, de repente começa a afetar o<br />

clima. Absorve a radiação solar, inclusive um pouco a que<br />

é refletida da Terra, aquecendo a atmosfera. E reflete outra<br />

parte da radiação de volta para o espaço, provocando um<br />

efeito de resfriamento. A proporção da radiação absorvida<br />

ou refletida depende da composição química, mineralógica<br />

e do tamanho de partículas, além do comprimento da onda<br />

de luz. Na maior parte, a poeira tem propensão de refletir<br />

radiação de ondas curtas do espaço e absorver radiação de<br />

ondas longas refletidas pela superfície terrestre. Se as<br />

partículas se misturam com fuligem, vão absorver ainda<br />

mais calor.<br />

Como se deslocam para o oeste, muitas partículas de poeira<br />

caem no Atlântico, onde exercem uma função reguladora de<br />

clima, diferentemente do que ocorre na atmosfera, mas<br />

também têm um efeito de resfriamento: fornecem<br />

compostos de ferro, que estimulam o crescimento de<br />

fitoplâncton, que consome dióxido de carbono, morre e leva<br />

esse carbono até as profundezas do mar escuro. Lá o<br />

carbono permanece isolado da atmosfera durante séculos.<br />

(BARTHOLET, 2012, p. 47-51).<br />

O crescimento do fitoplâncton a partir de compostos de<br />

ferro fornecidos pelas partículas de poeira que caem no<br />

Atlântico envolve a captação de carbono presente nos<br />

oceanos.<br />

A respeito desse processo de fixação, é correto afirmar:<br />

01) A fotossíntese fixa carbono ao reduzir quimicamente<br />

moléculas de CO 2 em matéria orgânica presente no corpo<br />

dos organismos fitoplanctônicos.<br />

02) A difusão dos raios solares nos oceanos permite fixar<br />

carbono nas profundezas do mar escuro a partir de<br />

processos fotoautótrofos geradores de energia química.


03) A quimiossíntese, realizada pelos seres microscópicos<br />

das zonas abissais, possui importante papel regulador do<br />

clima, ao utilizar a energia geotérmica, durante a fixação<br />

de carbono por processos fotoautótrofos.<br />

04) O oxigênio desprendido durante a fotossíntese das<br />

bactérias reage com compostos de ferro presentes nas<br />

partículas de poeira, criando moléculas instáveis<br />

responsáveis pela fixação do carbono nas zonas profundas<br />

do mar escuro.<br />

05) O sequestro de carbono da atmosfera favorece a<br />

regulagem do clima com um resfriamento da temperatura<br />

global porque retira e converte a energia térmica da<br />

atmosfera em energia química presente no interior de<br />

moléculas orgânicas.<br />

28. (Tons do Enem -2013)<br />

Augusto dos Anjos: Psicologia de um vencido Eu, filho<br />

do ca...<br />

Psicologia de um vencido<br />

Eu, filho do carbono e do amoníaco,<br />

Monstro de escuridão e rutilância,<br />

Sofro, desde a epigênesis da infância,<br />

A influência má dos signos do zodíaco.<br />

Profundissimamente hipocondríaco,<br />

Este ambiente me causa repugnância...<br />

Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia<br />

Que se escapa da boca de um cardíaco.<br />

Já o verme — este operário das ruínas —<br />

Que o sangue podre das carnificinas<br />

Come, e à vida em geral declara guerra,<br />

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,<br />

E há-de deixar-me apenas os cabelos,<br />

Na frialdade inorgânica da terra!<br />

Diria “Eu” sobre a Chuva, que sua importância reside no<br />

fato de...<br />

a) Arrastar compostos nitrogenados, formados na<br />

atmosfera, por atividade biológica denominada de fixação<br />

de nitrogênio.<br />

b) Possibilitar a ciclagem da substância aceptora de<br />

hidrogênio nos processos bioenergéticos da respiração e<br />

fermentação.<br />

c) Ocorrer, desde os primórdios da dinâmica terrestre que<br />

possibilitou o clímax do planeta, condicionando os<br />

processos biofisiológicos, direta ou indiretamente, a<br />

ambientes aquosos.<br />

d) Promover a ciclagem da substância doadora de elétrons<br />

nos processos bioenergéticos da fotossíntese anaeróbica.<br />

e) Em terrenos desprovidos de vegetação e margens fluviais<br />

desmatadas, contribuir com a lixiviação, processo que<br />

enriquece o solo de nutrientes.<br />

29.(UFV) O esquema<br />

refere-se a parte do ciclo<br />

biogeoquímico do<br />

nitrogênio. Os números (I<br />

a IV) correspondem às<br />

etapas que estão<br />

envolvidas na dinâmica desse ciclo.<br />

Assinale a alternativa que contém duas correspondências<br />

INCORRETAS:<br />

a) Fixação (I) e nitrificação (II).<br />

b) Desnitrificação (II) e fixação (IV).<br />

c) Nitrificação (II) e nitrificação (III).<br />

d) Desnitrificação (IV) e desnitrificação (III).<br />

30. (UESB) O gráfico ilustra a relação entre as taxas de<br />

transpiração e absorção da água pelos vegetais.<br />

E por falar em carbono e amoníaco, sobre os ciclos<br />

biogeoquímicos, é pertinente inferir...<br />

a) Os ciclos do carbono e do amoníaco se caracterizam por<br />

dispensar a atividade de decompositores.<br />

b) O CO2 liberado nas etapas do ciclo do nitrogênio pode<br />

ser utilizado em processos metabólicos que liberam energia.<br />

c) O amoníaco é resultante da etapa do ciclo do nitrogênio<br />

em que participam as bactérias do gênero Rhizobium.<br />

d) É característica das etapas metabólicas da ciclagem dos<br />

referidos elementos, a interação entre dois ciclos distintos,<br />

que liberam N2 e CO2.<br />

e) A ciclagem do nitrogênio independe do ciclo da ornitina<br />

nos organismos ureotélicos.<br />

28. (Tons do Enem -2013)<br />

Reconvexo - Renato Teixeira/ Maria Bethânia<br />

Eu sou a chuva que lança a areia do Saara<br />

Sobre os automóveis de Roma<br />

Eu sou a sereia que dança a destemida Iara<br />

Água e folha da Amazônia (...)<br />

A partir de sua análise, pode-se concluir que...<br />

01) a absorção e a transpiração ocorrem de modo contínuo<br />

e estável durante todo o dia.<br />

02) os processos referidos ocorrem de modo independente<br />

de fatores ambientais.<br />

03) a maior absorção de água resulta da coesão das<br />

moléculas presentes no interior do floema.<br />

04) a tensão criada no xilema pela transpiração resulta numa<br />

absorção compensatória.<br />

05) durante a transpiração, a água flui da folha para o caule<br />

em função de um processo osmótico.<br />

131


QUESTÕES de 31 a 32 - UNEB<br />

O clima é um dos principais reguladores dos ciclos<br />

biogeoquímicos dos elementos no solo, na água e no ar.<br />

Alterações climáticas afetam diretamente processos físicos,<br />

químicos e biológicos cuja ocorrência depende de<br />

temperatura e da água.<br />

A interação da floresta com o ciclo hidrológico regional tem<br />

sido estudada nos últimos anos. A floresta emite grandes<br />

quantidades de vapor d'água, além de partículas de<br />

aerossóis e hidrocarbonetos (terpenos e outros compostos)<br />

precursores de partículas que atuam como núcleos de<br />

condensação de nuvens.<br />

Um cenário que seria impensável há poucos anos foi visto<br />

na Amazônia em 2005: uma seca de proporções tão grandes<br />

que comprometeu o abastecimento de. Água, comida e<br />

medicamentos em vários municípios da região. A seca foi<br />

atribuída a um aumento anormal de cerca de 1 o C nas águas<br />

do Oceano Atlântico tropical, que deslocou massas de ar<br />

que fornecem umidade para a região amazônica.<br />

A ciência ainda está longe de conhecer os intrincados<br />

mecanismos que regulam os cicios biogeoquímicos em<br />

florestas tropicais. Tais ciclos - como os de carbono,<br />

nitrogênio, fósforo e outros elementos - têm papel relevante<br />

na formação e na evolução dos ecossistemas.<br />

(ARTAXO. 2006, p.24-25).<br />

31. Um fato que evidencia a importância dos cicios<br />

biogeoquímicos na formação e na evolução de<br />

ecossistemas, como as florestas, é a<br />

01) biofixação do gás nitrogênio por vegetais de pequeno<br />

porte.<br />

02) transferência da maior parte da biomassa das árvores<br />

para os consumidores primários.<br />

03) utilização, por árvores e arbustos, de compostos<br />

inorgânicos nitrogenados produzidos por bactérias.<br />

04) dependência dos pequenos mamíferos pela energia<br />

produzida por bactérias decompositoras.<br />

05) utilização, pelos consumidores, do CO 2 liberado pelas<br />

plantas.<br />

Joseph Priestley constatou que o fogo e a respiração dos<br />

animais, “maculavam" o ar em um jarro selado, tornando-o<br />

insalubre. Mas ele também descobriu que um ramo viçoso<br />

de hortelã era capaz de restaurar a saúde do ar.<br />

(AMABIS; MARTHO, 2009, p. 283)<br />

33. Uma interpretação correta do experimento de Priestley<br />

permite afirmar<br />

01) Os resultados obtidos revelam o único mecanismo que<br />

promove a ciclagem do carbono nos ecossistemas.<br />

02) A maculação do ar no “jarro selado” decorre da<br />

presença de C0 2 eliminado pela respiração do animal.<br />

03) O desenho experimental em si - um sistema fechado é<br />

um representação fiel da dinâmica da biosfera.<br />

04) A saúde do ar é restaurada em consequência do processo<br />

de evapotranspiração das folhas de hortelã.<br />

05) A retirada do animal do interior do recipiente esgotaria<br />

rapidamente o suprimento de C02, comprometendo a Vida<br />

da planta<br />

34.(UESB-2012) O apetite voraz do ser humano pelos<br />

combustíveis fósseis, configurando uma era específica, e a<br />

emissão de CO 2 nos últimos 400 mil anos, registrada no<br />

gráfico, tiveram repercussões planetárias, expressas na<br />

alternativa<br />

132<br />

32. Com a interferência humana sobre os ciclos<br />

biogeoquímicos, incluindo o do carbono, do nitrogênio e do<br />

enxofre, verifica-se a<br />

01) produção excessiva do gás estufa CO por oxidação total<br />

da molécula do CH 4.<br />

02) alcalinização gradativa da água dos oceanos devido à<br />

dissolução CO 2<br />

03) emissão do gás NH 3, pelo solo, devido ao uso de<br />

fertilizantes inorgânicos.<br />

04) evolução do gás dissulfeto de carbono, CS 2, com<br />

molécula polar e de geometria trigonal plana, pela indústria<br />

da celulose.<br />

05) elevação dos teores do óxido ácido NO, que gera ácido<br />

nítrico em água, na atmosfera.<br />

Questões 33 e 34 UESB - 2012<br />

Em 1771, ainda nos primórdios da Revolução Industrial e<br />

do seu apetite voraz por combustíveis fósseis, um clérigo<br />

inglês identificou as etapas iniciais do cicio natural do<br />

carbono. Em uma série de engenhosos experimentos,<br />

01) Os níveis elevados de CO 2 atmosférico estimados a cada<br />

100 mil anos correspondem aos períodos de intensa<br />

atividade fotossintética global.<br />

02) O aquecimento do planeta iniciado há 400 mil anos,<br />

quando a concentração de CO 2 na atmosfera atingiu quase<br />

300 ppm, permitiu o aparecimento das plantas em terra<br />

firme<br />

03) As emissões de CO 2, devido a ações humanas<br />

registradas a partir da Revolução Industrial, constituem a<br />

principal causa para mudanças climáticas expressas no<br />

agravamento do efeito estufa.


04) A curva de concentração de CO 2 no ponto 0 (zero)<br />

indica uma estabilidade nas emissões desse gás da<br />

Revolução Industrial aos <strong>dias</strong> atuais.<br />

05) A atividade física do grande contingente populacional<br />

de Homo sapiens implicou o final de um longo período de<br />

variação estável dos níveis de C0 2 no tempo.<br />

área ou volume. A densidade revela o tamanho da população,<br />

embora não demonstre a distribuição dos seus componentes no<br />

espaço considerado.<br />

35. (UNEB) O diagrama representa um modelo geral dos<br />

cicios bioquímicos, mostrando o acúmulo de nutrientes em<br />

quatro compartimentos - I, II, III e IV - e os processos de<br />

transferência entre eles.<br />

A densidade populacional varia de acordo com fatores que o<br />

alteram. A maneira como esses fatores interagem determina o<br />

crescimento ou a redução de uma população, bem como, a<br />

maneira como isso ocorre.<br />

Taxa de natalidade: Indica a proporção de novos indivíduos<br />

adicionados à população através do nascimento durante um certo<br />

espaço de tempo, num determinado lugar.<br />

Taxa de mortalidade: Refere-se a perdas de indivíduos de<br />

numa população em função de mortes.<br />

A partir da análise do diagrama, é possível afirmar:<br />

01) A dinâmica da vida estabelece um fluxo unidirecional<br />

de bioelementos entre os compartimentos.<br />

02) Os processos de assimilação indicados em A são<br />

realizados pelos animais.<br />

03) 0 intercâmbio de oxigênio em um ecossistema se<br />

restringe aos seus componentes bióticos.<br />

04) 0 processo de respiração, incluído em B, viabiliza o<br />

rápido retorno do carbono ao compartimento III.<br />

05) A reutilização dos nutrientes acumulados em II<br />

depende, exclusivamente, da ação de organismos<br />

decompositores.<br />

36.(UNEB) Apesar de os fungos e as bactérias<br />

apresentarem funções biológicas associadas à deterioração<br />

de alimentos, existem aspectos da fisiologia celular<br />

característicos, apenas, dos fungos, entre os quais se destaca<br />

01) a oxidação da matéria orgânica na presença de oxigênio.<br />

02) a síntese protéica em ribossomos livres.<br />

03) a utilização de CO 2 na produção de matéria orgânica.<br />

04) o transporte intracelular mediado por um sistema de<br />

endomembranas.<br />

05) o aproveitamento da energia liberada pela hidrólise, do<br />

ATP<br />

DINÂMICA DAS POPULAÇÕES<br />

Para que possamos entender e avaliar o desenvolvimento de<br />

populações naturais, é necessário o conhecimento dos fatores<br />

reguladores do tamanho das populações, e como estes fatores<br />

promovem a manutenção do equilíbrio no ecossistema.<br />

Densidade: É a relação entre o número de indivíduos de<br />

determinada espécie e o espaço ocupado por eles expresso em<br />

Taxa de imigração: Indica a proporção de indivíduos que<br />

entram numa população.<br />

Taxa de emigração: Indica a proporção de indivíduos que saem<br />

de uma população.<br />

Potencial biótico ou reprodutivo: É a capacidade de<br />

reprodução de uma espécie avaliada em um ecossistema que não<br />

impõe dificuldades ao seu desenvolvimento.<br />

O potencial biótico é bastante variável de uma espécie para<br />

outra, podendo ser muito elevado em algumas e bastante baixo<br />

em outras.<br />

O potencial biótico expressa a capacidade potencial de uma<br />

população aumentar numericamente, em condições ambientais<br />

favoráveis. Além da taxa de natalidade outros fatores estão<br />

ligados a essa capacidade:<br />

- Migrar para habitats semelhantes;<br />

- Invadir novos habitats diferentes;<br />

- Resistir à ação de predadores através de mecanismos de<br />

defesa;<br />

- Resistir à ação de doenças;<br />

Resistência ambiental: Corresponde a interação de fatores<br />

bióticos e abióticos, que atuam limitando o crescimento da<br />

população, impedindo que esse crescimento atinga o potencial<br />

biótico. Estes fatores podem ser, por exemplo:<br />

- Escassez de água;<br />

- Diminuição da disponibilidade de alimento;<br />

- Ação de predadores e parasitas;<br />

- Clima desfavorável;<br />

- Competição entre espécies;<br />

133


- Doenças.<br />

CURVAS DO CRESCIMENTO POPULACIONAL EM<br />

RELAÇÃO À RESISTÊNCIA AMBIENTAL<br />

Quando uma população é introduzida num novo meio, o<br />

crescimento ocorre segundo três fases:<br />

. Fase de crescimento lento: Corresponde à fase de adaptação<br />

no novo meio.<br />

. Fase de crescimento rápido: Ocorre devido a exploração<br />

máxima do ambiente.<br />

. Fase de crescimento retardado: Ocorre devido à resistência<br />

ambiental.<br />

02.(UESB-2015)<br />

O gráfico ilustra as relações existentes entre o potenciar<br />

biótico de uma população com a resistência que o ambiente<br />

é capaz de exercer sobre esses mesmos indivíduos.<br />

Com base nessas informações, é correto afirmar:<br />

134<br />

Ao atingir o equilíbrio, a população passa a apresentar<br />

pequenas oscilações ou flutuações em torno de um ponto<br />

médio.<br />

Tabela de diagnóstico do estado de dinâmica populacional<br />

Exercício<br />

01. (Viçosa-96) O gráfico<br />

representa a taxa de<br />

crescimento de uma população<br />

de ostras, em função da<br />

densidade, observada em um tanque de criação.<br />

Com base nos dados do gráfico, um criador interessado em<br />

manter máxima a taxa de crescimento da população de<br />

ostras deverá:<br />

a) Aumentar o espaço de criação representados no<br />

intervalo entre os pontos 1 e 2.<br />

b) Aumentar o número de indivíduos representados no<br />

ponto 3 e o teor de alimento.<br />

c) Manter a densidade populacional e o teor de alimento<br />

no ponto 1.<br />

d) Retirar as ostras excedentes no ponto 2.<br />

01) o crescimento real de uma população é o resultado da<br />

expressão plena do potencial biótico da espécie.<br />

02) Quanto maior a área ocupada no gráfico pela resistência<br />

ambiental presente em um ambiente deslocam a curva de<br />

crescimento real em relação à capacidade de suporte de<br />

ambiente.<br />

03) Alterações de acréscimo na resistência ambientar<br />

presente em um ambiente deslocam a curva do potencial<br />

biótico para próximo da curva do crescimento real.<br />

04) A capacidade de suporte determina até que ponto a<br />

curva de potenciar biótico poderá se deslocar no gráfico.<br />

05) Fatores como a competição intraespecífica e o<br />

predatismo compõem a base do potenciar biótico presente<br />

em uma população.<br />

Questões 02 E 03 – UNEB<br />

02. Entre aspectos econômicos de cultivo de animais<br />

aquático hoje, pode-se destacar...<br />

01) o uso de novas tecnologias de reprodução dessas<br />

espécies em cativeiro.<br />

02) a reconstrução perfeita dos ambientes naturais das<br />

espécies.<br />

03) o desenvolvimento de novas técnicas que mantenham<br />

todos os animais com o mesmo peso.<br />

04)a introdução da dieta humana para os animais.<br />

05) a manutenção da mesma alimentação natural para as<br />

espécies cultivadas.<br />

03 A introdução de uma nova espécie, em um determinado<br />

ecossistema, causará danos mais desastrosos nesse<br />

ambiente, exceto se<br />

01) os predadores dessa espécie habitarem o local.<br />

02) a população introduzida aumentar o seu potencial<br />

biótico.<br />

03) a espécie nova introduzida estabelecer uma relação<br />

mutualista com uma espécie nativa.<br />

04) os indivíduos da o introduzida aumentarem específica.<br />

05) a predação entre as espécies nativas for intensificada.


04.(Viçosa-2003)<br />

O<br />

comportamento das taxas de<br />

crescimento populacional em<br />

relação à sua densidade pode ser<br />

observado nos padrões I, II e III, no<br />

gráfico abaixo.<br />

Após análise do gráfico, resolva os itens abaixo:<br />

a) Cite dois fatores que atuam positivamente na taxa de<br />

crescimento de uma população.<br />

b) Em qual dos três padrões (I, II e III) a taxa de crescimento<br />

é inversamente proporcional à densidade?<br />

05. (UESB-2001) Considere a seguinte cadeia alimentar:<br />

Produtores herbívoros predadores<br />

Uma doença que diminuiu drasticamente a população de<br />

herbívoros teve como conseqüência imediata:<br />

(A) a diminuição dos produtores e o aumento dos<br />

predadores.<br />

(B) a diminuição dos produtores e a manutenção dos<br />

predadores.<br />

(C) o aumento dos produtores, e o aumento dos predadores.<br />

(D) o aumento dos produtores e a diminuição dos<br />

predadores.<br />

(E) o aumento dos produtores e a manutenção dos<br />

predadores.<br />

06. (UFV/94) Todas as populações têm capacidade de<br />

povoar totalmente a terra. Isto aconteceria se todos os<br />

indivíduos sobrevivessem, e cada indivíduo produzisse um<br />

número máximo de descendentes.<br />

Mas isso não acontece: Muitos organismos morrem antes<br />

da reprodução, e a maioria (senão todos) não reproduz (em)<br />

na sua taxa máxima. O número de descendentes depende<br />

principalmente das interações do indivíduo com o<br />

ambiente.<br />

Com base no texto acima, não se pode afirmar que:<br />

A) a resistência do ambiente impede o crescimento<br />

exponencial das populações.<br />

B) a capacidade de suporte é um nível imposto pelo<br />

ambiente às populações.<br />

C) quando não há restrições de espaço e alimento, uma<br />

população pode crescer indefinidamente.<br />

D) a produção de descendentes é diferente para cada<br />

indivíduo.<br />

E) o crescimento aritmético das populações se deve à<br />

resistência imposta pelo ambiente.<br />

07. Em uma<br />

determinada região, a<br />

abundância de<br />

roedores independe de<br />

seu tamanho corporal.<br />

Sabendo-se que corujas se alimentam destes animais,<br />

interprete os gráficos:<br />

Com base nos gráficos, as afirmativas que se seguem estão<br />

corretas, exceto:<br />

a) Os roedores maiores são menos predados.<br />

b) A seleção natural favorecerá os roedores menores.<br />

c) As corujas são um fator de seleção natural sobre os<br />

roedores.<br />

d) Os roedores maiores têm maior chance de deixar<br />

descendentes do que os menores.<br />

e) Os descendentes maiores, apesar de mais pesados, têm<br />

maior velocidade de fuga.<br />

08. (UESB-2002) Considere:<br />

N = número de nascimentos.<br />

M = número de mortes.<br />

I = número de imigrantes.<br />

E = número de emigrantes<br />

A alternativa que indica o maior crescimento de uma<br />

população de 200 indivíduos é:<br />

N M I E<br />

A 66 44 37 25<br />

B 45 23 68 40<br />

C 38 29 40 64<br />

D 33 25 32 56<br />

E 29 15 72 23<br />

Questões 09 e 10 (UESB-96)<br />

"(...) as coníferas Pinus elliottii e Pinus taeda começaram<br />

a mostrar danos causados pela vespa-da-madeira, de origem<br />

européia.(...)<br />

Essa vespa não só mata a árvore, como provoca danos<br />

indiretos decorrentes da atividade larval, como a construção<br />

de galerias onde cultiva o fungo (...) Amylostereum<br />

areolatum, do qual se alimenta. Fragilizada, a árvore sofre<br />

posterior infecção por fungos secundários e ataques de<br />

outros insetos.<br />

Como medida de controle para a vespa-da-madeira, estão<br />

sendo usadas árvores-armadilhas e a inoculação do<br />

nematóide Delodemus siricidicola que, (...)<br />

movimentando-se pela madeira, atinge e invade as larvas.<br />

Quando estas empupam, o nematóide migra para seus<br />

ovários, causando a esterilidade do adulto."<br />

(CIÊNCIA HOJE, p. 21-2)<br />

01) Apenas a afirmativa I é verdadeira.<br />

02) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.<br />

03) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.<br />

04) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.<br />

05) Todas as afirmativas são verdadeiras.<br />

09. Sobre as relações ecológicas evidenciadas no texto,<br />

pode-se afirmar:<br />

I. Entre a vespa da madeira e o fungo Amylostereum<br />

areolatum, verifica-se uma relação mutualista.<br />

II. Amylostereum areolatum representa o nível trófico dos<br />

produtores na cadeia alimentar.<br />

III. A infecção oportunista realizada pelos insetos<br />

representa a ação de organismos do último nível da<br />

pirâmide.<br />

135


IV. Os organismos citados no texto pertencem a uma teia<br />

alimentar.<br />

10. A importância das observações referidas no texto é<br />

evidenciada em:<br />

I. O nematóide Delodemus siricidicola representa uma<br />

eficaz alternativa ao uso de inseticidas.<br />

II. A esterilidade das fêmeas da vespa da madeira pode, a<br />

curto prazo, levar a espécie à extinção.<br />

III. O fungo A. areolatum constitui o principal organismo<br />

no controle biológico da vespa da madeira.<br />

IV. A introdução de uma espécie nova resulta em equilíbrio<br />

imediato no ecossistema.<br />

Questões 11 e 12 - (Consultec).<br />

Os copépodos são microcrustáceos representados por mais<br />

de cinco mil espécies que vivem no mar e na água doce.<br />

Muitas dessas espécies são componentes permanentes do<br />

plâncton e, em geral, formam grandes populações.<br />

11. A possibilidade de formarem grandes populações está<br />

associada a uma estratégia dessas espécies, que é:<br />

01) usar a energia solar para construir a sua biomassa.<br />

02) alimentar-se diretamente do fitoplâncton.<br />

03) reproduzir-se regularmente usando processos assexuais.<br />

04) multiplicar as suas células por processos não-mitóticos.<br />

05) funcionar, alternativamente, como seres autótrofos e<br />

seres heterótrofos.<br />

12. Contribuindo com populações numerosas para a<br />

formação do zooplâncton, os copépodos tornam-se<br />

componentes de fundamental importância para a economia<br />

dos ecossistemas, porque:<br />

01) formam o primeiro nível trófico das comunidades<br />

bióticas aquáticas.<br />

02) participam na reciclagem de energia dos ecossistemas.<br />

03) constituem-se em alimentos principais das aves<br />

aquáticas.<br />

04) integram a base de consumidores das cadeias<br />

alimentares.<br />

05) formam barreiras que protegem os organismos do fundo<br />

contra as radiações ultravioletas.<br />

13.(UESF-2009) O esquema abaixo representa interações<br />

bióticas que podem ocorrer de forma direta e indireta entre<br />

determinadas populações de uma ecossistema.<br />

A respeito dessas alelobioses, pode-se considerar que<br />

A) a população de carvalhos faz parte do único elo nessa<br />

cadeia, que deverá crescer permanentemente próximo ao<br />

seu potencial biótico.<br />

B) a relação entre os camundongos e os carvalhos interfere<br />

tanto na curva de crescimento da população de mariposas<br />

como na curva da população de predadores desses<br />

camundongos.<br />

C) a relação entre as mariposas-cigana e os carvalhos se<br />

configura como um exemplo de parasitismo, já que não<br />

interfere na produção de novos descendentes para as árvores<br />

de carvalho.<br />

D) os predadores de camundongos e as mariposas-cigana<br />

são prejudiciais ao equilíbrio das populações envolvidas.<br />

E) o aumento da população de mariposas-cigana garante, de<br />

forma aparentemente contraditória, o incremento da<br />

população de camundongo que, por sua vez, é o seu<br />

principal predador.<br />

14. (UFBA-00) Um<br />

aspecto relevante na<br />

dinâmica de populações é<br />

o aumento populacional,<br />

que pode ser representado<br />

por curvas de crescimento<br />

ao longo do tempo, como as apresenta no gráfico, que<br />

correspondem ao observado em diversas populações, como<br />

de insetos, protistas e bactérias, por exemplo.<br />

A partir da ilustração:<br />

a) Interprete o crescimento populacional segundo os<br />

padrões das curvas em formas de S e de J.<br />

b) Interprete a área hachurada no gráfico e analise o<br />

significado ecológico da variação observada.<br />

c) Identifique e caracterize duas relações ecológicas<br />

associadas ao estabelecimento da curva em S.<br />

136


SUCESSÃO ECOLÓGICA<br />

É uma seqüência de modificações nas comunidades que<br />

compõem o ecossistema, em direção a formação de uma<br />

comunidade estável denominada de estágio clímax.<br />

TIPOS DE SUCESSÕES ECOLÓGICAS<br />

Sucessão primária – Correspondem às instalações dos<br />

seres vivos em um ambiente onde nunca foi habitado.<br />

Sucessão secundária – Ocorrem em um meio que já foi<br />

povoado, mas no qual os seres vivos foram eliminados por<br />

modificações climáticas, geológicas ou pela intervenção do<br />

homem. Está associada às recuperações naturais dos<br />

ambientes debilitados.<br />

Independentemente dos tipos de sucessão elas podem<br />

ocorrer tanto em ambientes terrestres quanto aquáticos.<br />

As sucessões secundárias por apresentarem estágios<br />

mais curtos atingem a estabilidade de maneira mais rápida<br />

do que a primária.<br />

Ex.: Sucessão que ocorre num trecho da floresta destruído<br />

pelo homem e abandonado logo em seguida.<br />

FASES DA SUCESSÃO ECOLÓGICA<br />

Ecese – Refere-se ao estágio inicial de povoamento de um<br />

meio por espécies pioneiras. Estas espécies são as que<br />

primeiro se instalam num local onde não existem seres<br />

vivos.<br />

Ex. os liquens.<br />

Estágio serial ou séries – São as comunidades temporárias<br />

que surgem no decorrer da sucessão. Trata-se, portanto, do<br />

conjunto de comunidades substituídas com o passar do<br />

tempo. Ao longo dessas substituições, uma espécie cria<br />

condições para a instalação ou não de outra. As atividades<br />

das espécies envolvidas durante a sucessão modificam as<br />

condições ambientais, assim como, as condições ambientais<br />

exerce pressão de seleção sobre elas.<br />

Ex.: Musgos, Samambaias, gramíneas, arbustos, insetos,<br />

pássaros etc.<br />

Comunidade clímax – É a comunidade final ou definitiva<br />

que se estabelece de modo permanente encerrando a<br />

sucessão. Ela apresenta grande estabilidade mostrando que<br />

o ecossistema atingiu a sua maturidade. Acredita-se que a<br />

grande estabilidade das comunidades clímax ocorre em<br />

função da grande diversidade em espécies.<br />

Exemplo de Sucessão<br />

Em 7 de agosto de 1883 quando ocorreu uma explosão<br />

vulcânica na ilha Krakatoa no arquipélago indonésio,<br />

fazendo com que parte da ilha desaparecesse. O que restou<br />

foi coberto por cinzas vulcânicas de alta temperatura até<br />

uma profundidade de 60 metros, sendo toda a vida<br />

dizimada. Um ano mais tarde Já foram encontradas na ilha<br />

algumas gramíneas e apenas uma aranha. Já em 1908 , 202<br />

espécies de animais residiam na ilha. Esse número<br />

aumentou para 621 espécies em 1919 e para 880 espécies<br />

em 1934, quando uma Jovem floresta já existia.<br />

São os mecanismos de sucessões ecológicas que, em<br />

função de condições ambientais específicas, determinam a<br />

formação e as características dos diversos biomas do<br />

planeta<br />

TENDÊNCIAS AO LONGO DAS SUCESSÕES<br />

ECOLÓGICAS<br />

CARACTERÍSTICAS<br />

Composição em espécies<br />

Tamanho dos indivíduos<br />

Diversidade das espécies<br />

Biomassa total<br />

Produtividade primária bruta<br />

Razão taxa fotossintética /<br />

respiração<br />

Produtividade líquida<br />

Complexidade das teias<br />

Nichos ecológicos<br />

EVENTOS AO LONGO DA<br />

SUCESSÃO<br />

Muda rapidamente no início, depois<br />

lentamente até que se estabiliza.<br />

Tende a aumentar<br />

Aumenta, atingindo o máximo no<br />

clímax.<br />

Aumenta<br />

Aumenta rapidamente no início,<br />

depois se estabiliza.<br />

No início é maior que 1. No final<br />

iguala-se a 1.<br />

É elevada no início, mas, no final,<br />

em função da taxa respiratória se<br />

igualar à fotossintética, se torna<br />

aproximadamente nula.<br />

Aumenta<br />

No início existem muitos e<br />

disponíveis. No clímax, todos eles<br />

estão ocupados.<br />

Eutrofização ou eutroficação<br />

É um fenômeno que decorre da grande concentração de<br />

nutrientes na água, principalmente os fosfatados (fosfato) e<br />

os nitrogenados (nitrato). Tal fenômeno pode ocorrer de<br />

forma natural ou provocada pela presença de resíduos<br />

urbanos, industriais ou agrícolas.<br />

A presença excessiva destes nutrientes (fosfato e<br />

nitrato) promove o crescimento exagerado de bactérias<br />

aeróbias, que consomem grande parte do O2 existente na<br />

água. A escassez de O2 acaba provocando a morte de vários<br />

organismos aeróbios, inclusive a morte das próprias<br />

bactérias aeróbias. Esta situação favorece a proliferação de<br />

bactérias anaeróbias, promovendo o surgimento de<br />

substâncias tóxicas, como o gás sulfídrico responsável pelo<br />

mau cheiro nestes ambientes.<br />

Exercícios<br />

Questões 01 e 02 - UNEB<br />

"No trecho que corta Brumado [BA], o Rio Santo Antônio<br />

ainda tem bastante água, mas imprestável para o consumo<br />

devido à poluição. Três quilômetros adiante, o rio está<br />

morto e a barragem que abastece o município está seca.<br />

Árvores e animais mortos e resíduos de agrotóxicos<br />

acabaram destruindo um dos principais mananciais da<br />

região (...). A falta de água leva milhares de famílias a<br />

escavar os terrenos ao redor da cidade, em cenas de<br />

137


138<br />

desespero em busca do líquido, que é encontrado três<br />

metros abaixo do solo, mas que, por falta de poços não e<br />

aproveitado racionalmente pela população.<br />

(A Tarde, 02111/98)<br />

01. Com base na interpretação do texto, pode-se admitir que<br />

nessa região do rio Santo Antônio,<br />

a) os habitats naturais foram preservados.<br />

b) as espécies criaram novos nichos ecológicos.<br />

c) as populações tomaram-se resistentes aos agrotóxicos.<br />

d) os produtores primários permaneceram intactos.<br />

e) as comunidades reduziram o número de seus<br />

indivíduos.<br />

02. Com a poluição, uma conseqüência danosa para a região<br />

em relação aos seus lençóis freáticos, é que<br />

01) aumentem o seu volume de água.<br />

02) sejam contaminados com os poluentes pelas águas das<br />

chuvas.<br />

03) tornem-se cada vez mais profundos.<br />

04)proporcionem condições para a reconstituição<br />

comunidades locais.<br />

05) sequem imediatamente pela utilização de suas águas.<br />

03. A tradição cultural de algumas tribos indígenas da<br />

Amazônia tem influência no tipo de agricultura praticado.<br />

Esse consiste na rotação de áreas de plantio, com a<br />

derrubada e queima de pequenas áreas de floresta, para o<br />

cultivo por um período de quatro anos. Ao final desse<br />

período, a baixa fertilidade do solo faz com essa área seja<br />

abandonada, e uma nova área é novamente submetida a esse<br />

processo. Após 20 anos, aproximadamente, a primeira área<br />

é novamente desmatada, queimada e cultivada.<br />

Do ponto de vista da ecologia, essa prática se apóia no<br />

conceito de:<br />

a) sucessão primária, em que ocorre substituição temporal<br />

das espécies colonizadoras.<br />

b) sucessão secundária, em que ocorre a formação de uma<br />

floresta com espécies diferentes das da floresta<br />

original.<br />

c) competição interespecífica, devido à escassez de<br />

nutrientes no solo.<br />

d) exclusão competitiva, em que espécies mais sensíveis<br />

são substituídas pelas mais resistentes.<br />

e) evolução do ecossistema, com o aumento da<br />

produtividade primária líquida.<br />

04.(CESGRANRIO) “Existiu, em uma determinada<br />

região, uma lagoa com água límpida contendo apenas<br />

plâncton. O acúmulo de matéria fornecida pelo plâncton<br />

permitiu que se formasse um fundo capaz de sustentar<br />

plantas imersas. Surgiram depois, alguns animais que<br />

começaram a povoar a lagoa, e o fundo acumulou detritos e<br />

nele se desenvolveram plantas emergentes. A lagoa ficou<br />

cada vez mais rasa. Surgiram os juncos nas margens, que<br />

foram “fechando” a lagoa. Ela se transformou num brejo, e<br />

a comunidade que o habitava já era bem diferente.<br />

Posteriormente, o terreno secou e surgiu um pasto que<br />

poderá ser substituído, no futuro, por uma floresta”.<br />

Este texto apresenta um exemplo de:<br />

a) irradiação adaptativa<br />

b) dispersão de espécies<br />

c) sucessão ecológica<br />

d) pioneirismo<br />

e) domínio ecológico<br />

05. (PUC-SP) Numa sucessão de comunidade ocorre:<br />

a) constância de biomassa e de espécie.<br />

b) diminuição de biomassa e menor diversificação de<br />

espécies.<br />

c) diminuição de biomassa e maior diversificação de<br />

espécies.<br />

d) aumento de biomassa e menor diversificação de espécies.<br />

e) aumento de biomassa e maior diversificação de espécies.<br />

06. (UNEB) O fluxo de energia que vem do Sol e incide nos<br />

oceanos, mantém a vida nesses ambientes aquáticos porque<br />

01) é captado, inicialmente pelos produtores.<br />

02) recicla ao passar pelos decompositores.<br />

03) cresce de intensidade através da cadeia alimentar<br />

04) é fixado “a” nível dos consumidores de 3 a ordem.<br />

05) é reutilizado pelos organismos do 1º nível trófico.<br />

07. Os moluscos são um dos melhores bioindicadores de<br />

poluição já conhecidos. Por estarem quase a beira-mar, em<br />

uma zona onde se concentram os mais diversos tipos de<br />

poluentes, eles são facilmente afetados. No seu corpo<br />

concentram-se varias substancias tóxicas, como o benzeno<br />

e metais pesados.<br />

Como são comedores de plânctons, organismos igualmente<br />

sensíveis a poluição, concentram-se e potencializam, ate em<br />

mil vezes, elementos tóxicos nos seus corpos. Os moluscos<br />

bivalves, como os mexilhões, fazem passar uma grande<br />

quantidade de água por suas lamelas branquiais, retendo<br />

assim, o plâncton contaminado. Os moluscos são<br />

ecologicamente importantes por um motivo: suas conchas<br />

são o elemento vital do ciclo do calcário.<br />

(Oliveira, M.P & Oliveira, M.H.R. – Dicionário Conquilio Malacológico;<br />

UFJF, 1974)<br />

Após análise do texto, e correto afirmar que o acumulo de<br />

substancias não biodegradáveis ao longo da cadeia<br />

alimentar, e denominado:<br />

A) Reciclagem de nutrientes.<br />

C) Magnificação trófica.<br />

B) Ecótone.<br />

D) Englobamento de nutrientes.<br />

08. (FCMSC-SP) Considere o seguinte processo: numa<br />

infusão, predominam primeiramente algas, em seguida<br />

ciliados e finalmente rotíferos. O processo considerado é<br />

um caso de:<br />

a) cadeia alimentar.<br />

b) teia alimentar.


c) sucessão.<br />

d) metamorfose.<br />

e) pirâmide de números.<br />

09. (Cesesp-PE) A zona limite entre duas comunidades é<br />

designada:<br />

a) nicho ecológico<br />

b) comunidade clímax.<br />

c) ecese.<br />

d) potencial biótico.<br />

e) ecótono.<br />

06. Podemos caracterizar uma sucessão ecológica como<br />

uma substituição lenta e gradual da dominância de uma<br />

comunidade sobre outra. A sucessão ecológica permite a<br />

formação de uma comunidade clímax, atinge a estabilidade<br />

e dificilmente sofre alterações significativas em sua<br />

estrutura. As espécies que iniciam o processo de sucessão<br />

são denominadas espécies pioneiras. Ao longo da sucessão,<br />

ocorrem mudanças na estrutura das comunidades. A<br />

sucessão pode ser classificada como primaria quando tem<br />

inicio em ambientes que nunca foram habitados<br />

anteriormente. A sucessão secundaria e caracterizada por<br />

ter inicio em ambientes que já foram habitados, cujas<br />

comunidades sofreram grandes perturbações, o que<br />

comprometeu o equilíbrio da comunidade clímax. Podemos<br />

citar como exemplo de sucessão secundaria o<br />

repovoamento natural de uma área agrícola que foi<br />

abandonada. Durante a sucessão, as comunidades que se<br />

instalam sofrem mudanças em sua estrutura.<br />

(01) A diversidade em espécies vai aumentando.<br />

(02) Há um aumento nos nichos ecológicos, tornando a teia<br />

alimentar mais complexa.<br />

(04) Há um aumento na biomassa total do ecossistema.<br />

(08) O ecossistema tende a uma maior estabilidade ao se<br />

aproximar do clímax.<br />

(16) Não há modificação do meio físico do ecossistema nos<br />

diferentes estágios da sucessão.<br />

11. (UC-MG) A sucessão, num ecossistema, pode ser<br />

descrita como uma evolução em direção:<br />

a) ao aumento da produtividade líquida.<br />

b) à diminuição da competição.<br />

c) ao grande número de nichos ecológicos.<br />

d) à redução do número de espécies.<br />

e) à simplificação da teia alimentar.<br />

12. (UFBA) “A floresta virgem nos trópicos úmidos<br />

raramente se incendeia”. Esta situação natural, porém está<br />

sendo radicalmente transformada pela ação humana,<br />

conforme se vê na ilustração abaixo.<br />

Na tabela a seguir estão listadas algumas dessas mudanças.<br />

Observe:<br />

Analisando a tabela e utilizando conhecimentos prévios de<br />

ecologia, pode-se concluir que ha um ERRO no seguinte<br />

item dessa tabela:<br />

A) O comportamento da diversidade esta correto, pois a<br />

comunidade pioneira tem poucas espécies.<br />

B) O comportamento da biomassa total esta correto, pois<br />

com o aumento da diversidade de espécies haverá aumento<br />

populacional e consequente aumento da biomassa.<br />

C) A relação produção/consumo esta incorreta, pois ela será<br />

maior do que 1 no inicio da sucessão e não menor.<br />

D) O comportamento da teia alimentar esta correto, pois<br />

com o aumento da diversidade de espécies haverá maior<br />

complexidade nas relações tróficas.<br />

10. (UFCE) Observe as frases abaixo, relativas às<br />

características de um ecossistema, à medida que a sucessão<br />

caminha para o clímax:<br />

A partir destas informações, é possível concluir:<br />

(01) A devastação vegetal primária cria condições<br />

favoráveis à ocorrência de incêndios.<br />

(02) A floresta explorada é um ambiente mais semelhante<br />

ao natural do que a floresta secundária.<br />

(04) A floresta primária caracteriza-se por maior<br />

estabilidade térmica.<br />

(08) Nos trópicos, a elevação da temperatura e a redução da<br />

umidade relativa são alterações que podem ser produzidas<br />

pelo homem.<br />

139


(16) dentre os ambientes representados, a floresta<br />

secundária é a mais vulnerável ao fogo.<br />

(32) Os ambientes criados pelo homem se caracterizam pela<br />

redução da diversidade biológica.<br />

13. (UFBA) […]. Os habitats da floresta [amazônica]<br />

albergam uma fauna espetacularmente diversa, com<br />

estratégias de vida bem adaptadas a cada ambiente. A mata<br />

de terra firme oferece um gradiente de nichos ecológicos<br />

ocupados por diferentes animais que vivem nos vários<br />

pavimentos da floresta. Os animais, porém, não habitam<br />

simplesmente a floresta – eles são parte integrante de sua<br />

complexidade.<br />

……………………………………………….....................<br />

O pavimento mais alto é explorado por beija-flores à<br />

procura de néctares, além de araras, papagaios e periquitos,<br />

que se alimentam de frutos, brotos e castanhas, e nidificam<br />

no oco das árvores e palmeiras. Os tucanos, voadores de<br />

curta distância, exploram as árvores altas, (…),<br />

alimentando-se basicamente de frutas, apesar de não<br />

desprezarem insetos, aranhas, ovos e filhotes de outras aves.<br />

[…]<br />

Os mamíferos que forrageiam no chão se aproveitam da<br />

produtividade sazonal e rítmica de alimentos, como os<br />

frutos caídos das árvores. Esses animais, por sua vez,<br />

servem de alimento para os grandes felinos e para cobras de<br />

grande porte. Mas os mamíferos se encontram ainda em<br />

outros estratos da floresta. […]<br />

..............................................................................................<br />

Os fatores abióticos influenciam na produtividade de flores,<br />

frutas e folhas novas das árvores em épocas certas do<br />

ano.[…]. (CIÊNCIA HOJE, 8(46):41-3, set. 1988)<br />

Da análise do texto, depreende-se:<br />

(01) Os tucanos ocupam nesse ecossistema o primeiro nível<br />

trófico.<br />

(02) A cada pavimento da floresta corresponde um nicho<br />

ecológico.<br />

(04) A vida dos animais está na dependência da ocorrência<br />

cíclica dos recursos da floresta.<br />

(08) Alterações nos fatores abióticos se refletem na<br />

flutuação das populações animais.<br />

(16) A exploração, pelos mamíferos, de diversos extratos da<br />

floresta evidencia adaptações específicas no grupo.<br />

(32) Relações entre os organismos citados no texto<br />

evidenciam a ocorrência de teias alimentares.<br />

(64) O desmatamento diminui a produtividade primária,<br />

sem afetar a disponibilidade dos habitats da floresta.<br />

14. (UFBA) A figura acima ilustra esquematicamente um<br />

ecossistema lacustre.<br />

A partir de sua análise, pode-se concluir:<br />

(01) A região litorânea corresponde à transição entre os<br />

ecossistemas lacustre, e terrestre.<br />

(02) O ecossistema lacustre se caracteriza pela<br />

uniformidade das condições ambientais.<br />

(04) As relações alimentares estabelecem constante<br />

interação entre as regiões litorânea, pelágica e profunda.<br />

(08) A presença de bactérias assegura a completa<br />

reciclagem da matéria no ecossistema.<br />

(16) Na região profunda predominam os organismos<br />

heterótrofos.<br />

(32) A região pelágica se caracteriza pela ausência de<br />

produtores.<br />

(64) A lenta renovação da água de um lago dificulta a<br />

recuperação de um ecossistema lacustre.<br />

15.(Cesgranrio-RJ) O gráfico representa as densidades, ao<br />

longo do tempo, de duas populações que vivem em<br />

determinada área: uma população de coelhos e outra de<br />

gatos-do-mato. Os coelhos servem de alimento para os<br />

gatos–do-mato.<br />

O exame desse gráfico proporcionou três interpretações:<br />

I. A semelhança entre os<br />

ciclos das duas<br />

populações indica que<br />

ambos ocupam o mesmo<br />

nicho ecológico.<br />

II. A não-coincidência<br />

dos ciclos das duas<br />

populações mostra que a<br />

densidade da população<br />

de coelhos não influencia a densidade da população de<br />

gatos-do-mato.<br />

III. Oscilações de populações do tipo representado no<br />

gráfico são comuns na natureza, quando se trata de espécies<br />

em que uma serve de presa e a outra é a predadora.<br />

Assinale:<br />

a) se somente I for correta;<br />

b) se somente III for correta;<br />

c) se somente I e III forem corretas;<br />

d) se I, II e III forem corretas;<br />

e) se somente II e III forem corretas.<br />

140<br />

RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS,<br />

ALELOBIOSES OU SIMBIOSES.


Nenhuma população se mantém viva sem que, ao longo<br />

de sua existência, estabeleça relações definidas entre seus<br />

membros e com seres de outras espécies. Estas relações são<br />

harmônicas (positivas) e desarmônicas (negativas). Nas<br />

relações harmônicas ou positivas, não há prejuízo para<br />

nenhuma das espécies envolvidas. Nas relações<br />

desarmônicas ou negativas, ocorre prejuízo para, pelo<br />

menos uma das espécies envolvidas. As relações tanto<br />

podem ocorrer entre indivíduos de uma mesma espécie<br />

(intraespecíficas), como entre indivíduos de espécies<br />

diferentes (interespecífica).<br />

Relações harmônicas interespecíficas ou heterotípicas.<br />

I - Comensalismo.<br />

III - Mutualismo.<br />

I – Comensalismo:<br />

II - Protocooperação.<br />

IV - Inquilinismo.<br />

É uma relação, sobretudo<br />

alimentar. Neste caso, um dos<br />

envolvidos na relação se<br />

beneficia dos restos alimentares<br />

do outro. Nesta relação, uma<br />

espécie é beneficiada e a outra<br />

não é prejudicada. Ex.:<br />

Tubarão e rêmora.<br />

A rêmora acompanha o tubarão à espera dos resíduos<br />

que escapam da boca do tubarão e das sobras deixadas,<br />

sem no entanto atrapalhar ou prejudicar predador.<br />

Observa-se uma particularidade entre essas duas<br />

espécies que reside no fato do tubarão transportar a rêmora<br />

– essa relação de transporte é denominada de aforesia. A<br />

rêmora prende-se ao ventre do tubarão por ventosas que<br />

existem na região dorsal do seu corpo.<br />

II- Protocooperação<br />

É uma associação não obrigatória, em que ocorre uma<br />

troca de favores. Neste caso, os seres de espécies diferentes<br />

conseguem viver tanto em associação como de forma<br />

independente. No entanto, quando juntas o crescimento da<br />

população é mais rápido em função da cooperação entre<br />

eles.<br />

Ex.: Paguro e anêmona, Jacaré e paliteiro, pássaros e o<br />

gado, tubarão e peixe-piloto, plantas e insetos<br />

polinizadores. Etc.<br />

O paguro é um pequeno crustáceo que utiliza-se de uma<br />

concha de molusco abandonada como moradia.<br />

Deslocando-se para baixo de uma anêmona, que se fixa na<br />

concha, e passa a transportar o celenterado. Como a<br />

anêmona é predadora de peixe e os peixes são predadores<br />

do paguro, estabelece-se assim uma troca de favores em que<br />

a anêmona, ao se alimentar de peixes, elimina o predador<br />

do paguro. O paguro “paga” a proteção transportando a<br />

anêmona; o jacaré livra-se do in cômodo das sanguessugas<br />

e dos resíduos de alimentos entre os dentes, às custas do<br />

pássaro paliteiro que deles se alimenta; diversos pássaros<br />

alimentam-se dos carrapatos que sugam o sangue do gado;<br />

o peixe-piloto conduz, em troca de sobras alimentares, o<br />

tubarão em direção aos grandes cardumes.<br />

Mutualismo<br />

Neste caso as duas espécies associadas se beneficiam.<br />

Em função das trocas de favores. No entanto, nesse caso,<br />

essa troca de favores é obrigatória. Dizemos que se trata de<br />

uma relação obrigatória porque a interação entre os<br />

mutualistas é tão acentuada que a separação acarreta em<br />

morte para as duas espécies.<br />

Ex.: Liquens, bactérias e ruminantes, cupins e triconinfas<br />

(protozoário), bactérias fixadoras e raízes, fungos e raízes<br />

etc.<br />

Liquens são organismos resultantes da associação entre<br />

fungos e algas. Essa associação possibilita a sobrevivência<br />

das duas espécies em ambiente e condições em que<br />

nenhuma das espécies<br />

isoladas suportariam. O<br />

fungo, heterótrofo, fornece<br />

sais e água, retirada do<br />

meio por suas hifas, a alga<br />

e esta última, em “troca”,<br />

repassa para o fungo os<br />

nutrientes oriundos da sua<br />

atividade fotossintética. Os<br />

liquens são de grande<br />

importância ecológica, uma<br />

vez que participa como<br />

colonizador nos processos de sucessão primária e servem de<br />

indicador dos níveis de poluição dos ecossistemas – são<br />

extremamente sensíveis a alterações no meio abiótico.<br />

Ruminantes e cupins, cujas dietas é fundamentalmente a<br />

base de vegetais, não conseguem digerir a celulose presente<br />

nas membranas dessas células. A digestão ocorre pela ação<br />

de bactérias e protozoários existentes, respectivamente nos<br />

seus tubos digestórios. Esses microrganismos produzem<br />

enzimas que quebram a celulose em formas de carboidratos<br />

que podem ser degradadas quimicamente por seus<br />

“hospedeiros”. Em troca ganham nutrientes e moradia.<br />

Bactérias do gênero Rhizobium habitam nódulos de<br />

raízes de plantas leguminosas e, por sua capacidade de<br />

retirar nitrogênio do ar, ao fornecê-lo ao vegetal, supre a<br />

necessidade da planta por esse elemento para a construção<br />

de suas proteínas. Como a planta não consegue utilizar o<br />

nitrogênio diretamente da atmosfera, estabelece-se uma<br />

dependência pela<br />

atividade das<br />

Rhizobium, que lucra<br />

os nutrientes<br />

produzidos pela planta.<br />

Semelhantemente ao<br />

que ocorre com planta<br />

e bactérias, existem<br />

141


142<br />

fungos (micorrizas) que se enovelam nos tecidos de raízes<br />

aumentando a capacidade dessas plantas obsorverem<br />

nutrientes e utilizam-se dos produtos sintetizados pela<br />

planta. O grau de interação entre as bactérias e os fungos<br />

com os vegetais se dá de forma tão acentuada que a<br />

separação deles implicaria na inviabilidade de<br />

sobrevivência.<br />

IV – Inquilinismo:<br />

É um tipo de associação onde um indivíduo procura<br />

abrigo no outro, sem lhe causar danos.<br />

Ex.: plantas epífitas e árvores, peixe fierasfer e pepino-domar.<br />

Denominamos de epífitas, as plantas que crescem sobre<br />

outras, geralmente em busca de melhores condições de<br />

luminosidade. Assim, por viverem sobre outras plantas, sem<br />

lhes causar danos, estabelece-se a relação de inquilinismo.<br />

Entre os animais, é comum o peixe-fierasfer, quando em<br />

apuros, se alojar no interior do pepino-do-mar<br />

(equinodermo) que lhe serve temporariamente de moradia.<br />

Relações harmônicas intraespecíficas ou homotípicas<br />

I – Sociedades<br />

II - Colônia<br />

Nesta relação os indivíduos envolvidos são livres e<br />

tem capacidade de vida isolada, embora não a pratiquem.<br />

Na sociedade, estímulos recíprocos e, sobretudo de caráter<br />

químico (feromônios) entre os membros do grupo mantêm<br />

a união entre os indivíduos. Caracteriza-se a simbiose social<br />

por existir divisão de trabalho entre seus participantes.<br />

Existem grupos especializados na realização de tarefas<br />

específicas.<br />

Ex.: Abelhas, formigas, vespas, cupins etc.<br />

Entre as abelhas melíferas encontramos três tipos de<br />

indivíduos: a rainha, as operárias e os machos. Uma colmeia<br />

da espécie Apis milífera, possui apenas uma rainha adulta<br />

que, semelhantemente, às formigas é a única fêmea fértil da<br />

sociedade.<br />

A depender do tipo de alimentação consumida na fase<br />

larval, as fêmeas podem se diferenciar em rainha ou<br />

operárias.<br />

Em se tratando das abelhas, as operárias são sempre de<br />

um só tipo. Encarregam-se da limpeza dos favos, alimenta<br />

as larvas jovens e em seguida recebe o néctar das operárias<br />

coletoras, constrói favos com cera - produzida pelas<br />

glândulas abdominais - e realiza voos para coletar alimento.<br />

Cabe a rainha garantir a perpetuação da sociedade. Para<br />

tanto, em determinados períodos do ano, migra, juntamente<br />

com um grupo de operárias e funda uma nova colmeia.<br />

Durante seu voo nupcial é fecundada por vários zangões –<br />

que morrem após a cópula - e ao retornar a colmeia começa<br />

a postura de ovos e a nova sociedade prolifera.<br />

II - Colônias:<br />

São relações onde seres de<br />

uma mesma espécie mantêmse<br />

ligados anatomicamente,<br />

podendo ou não ocorrer uma<br />

relação de trabalho. Se ocorrer<br />

a relação de trabalho, a colônia<br />

é chamada de homeomórfica,<br />

caso contrário, é chamada de<br />

heteromórfica.<br />

Ex.: As caravelas, águas-vivas, os corais, bactérias,<br />

poríferos, algas, etc.<br />

Relações desarmônicas interespecíficas<br />

I - Competição interespecífica:<br />

É uma relação onde há disputa entre os organismos pelos<br />

mesmos fatores do ambiente, como alimento, abrigo e<br />

espaço. Este tipo de relação tem grande importância, pois<br />

participa da regulação do tamanho da população. Quando a<br />

competição é muito grande, uma das espécies pode ser<br />

completamente eliminada ou obrigada a migrar para outra<br />

região. Lembre-se do princípio estabelecido pelo<br />

pesquisador russo, Gause, sobre a competição<br />

interespecífica: “Duas ou mais espécies diferentes de<br />

animais ou plantas que possuem as mesmas necessidades<br />

(nicho ecológico) não podem viver no mesmo habitat, por<br />

muito tempo”. Caso ocorra esta situação, a competição<br />

acirrada entre os indivíduos envolvidos pode levar uma das<br />

duas espécies a desaparecer.<br />

II – Parasitismo:<br />

É uma interação em que uma das espécies - o parasita -<br />

alimenta-se à custa da outra – o hospedeiro. O parasita é<br />

geralmente pequeno, vivendo dentro do hospedeiro ou<br />

sobre ele. O parasita de forma geral não mata o seu<br />

hospedeiro.<br />

Contrariamente ao que ocorre com os predadores, o<br />

parasita geralmente é específico, ou seja, só parasita um tipo<br />

de hospedeiro. Essa especificidade possibilita ao<br />

parasitismo regular as populações de presa e parasita.<br />

Tipos de parasitas:<br />

Dizemos que um parasita e autóxeno ou monogenético,<br />

quando o seu ciclo vital se completa no interior de um único<br />

hospedeiro. Ao contrário. Quando a parasita conta dom dois<br />

ou mais hospedeiros para realizar o seu ciclo vital, dizemos<br />

que se trata de um parasita heteróxeno ou digenético. São<br />

parasitas monogenéticos: Ascaris lumbricoides (lombriga)<br />

giárdia, Ancylostoma duodenale (amarelão) etc. Nos<br />

parasitas digenéticos, O hospedeiro onde ocorre a<br />

reprodução sexuada do parasita é dito hospedeiro definitivo.<br />

Já o hospedeiro que abriga, temporariamente, uma forma<br />

intermediária do parasita, onde ocorre a reprodução<br />

assexuada, é denominado de hospedeiro intermediário. São<br />

parasitas digenéticos: Taenia solium (solitária),<br />

Shistossoma, o plasmódio da malária etc.


Em se tratando de vegetais, vale destacar dois tipos: o<br />

cipó-chumbo e a erva-de-passarinho. O primeiro por sugar<br />

a seiva elaborada e não realizar fotossíntese é considerado<br />

um parasita verdadeiro – mata o hospedeiro por<br />

estrangulamento e retirando-lhe a seiva. A erva-depassarinho,<br />

que se utiliza da seiva bruta do hospedeiro e<br />

realiza fotossíntese, geralmente não mata o hospedeiro.<br />

Fala-se neste caso em hemiparasita.<br />

III – Predatismo:<br />

É uma ralação onde necessariamente uma espécie ataca<br />

a outra para matá-la e devorá-la. O predatismo se consolida<br />

quando a presa é devorada pelo agressor. Quando o<br />

predatismo ocorre entre indivíduos da mesma espécie, é<br />

denominado de canibalismo.<br />

O predador diferentemente do parasita é menos<br />

específico e se utiliza de um número variado de pesas.<br />

Quanto ao seu desempenho funcional na natureza, podemos<br />

destacar três situações:<br />

I- A predação como fator regulador do tamanho das<br />

populações de presa/predador.<br />

Trata do tipo de predação mais freqüente e reflete a<br />

habilidade na captura de presas por parte do predador<br />

II- A predação não apresenta papel regulador importante.<br />

Quando o predador captura presas feridas e/ou<br />

debilitadas pela idade e que, independentemente de serem<br />

predados, iriam morrer.<br />

III- A predação tem forte papel limitador do tamanho da<br />

população de presas.<br />

Esse efeito limitante, em que o predador pode dizimar a<br />

população de presas, se dá quando do aumento<br />

descontrolado na população de predadores ou quando da<br />

inserção de espécies exóticas em ecossistemas diferentes do<br />

seu habitat natural. Bem exemplifica esse tipo de fenômeno,<br />

os cães e gatos domésticos que acompanham os homens no<br />

povoamento de novos habitats.<br />

O tigre-da-tasmânia (espécie de cão) foi extinto pela<br />

predação por cães domésticos introduzido pelo homem,<br />

quando do povoamento da Oceania.<br />

IV- Amensalismo:<br />

No amensalismo,<br />

uma espécie elimina<br />

substâncias<br />

prejudiciais a outra,<br />

inibindo desta forma<br />

o crescimento ou a<br />

reprodução da<br />

espécie prejudicada.<br />

Esse fenômeno é bastante comum entre plantas de regiões<br />

de escassez de água e possibilita a redução da competição.<br />

No entanto, ela é mais acentuada entre fungos e bactérias.<br />

Os fungos produzem substâncias que inviabilizam ou<br />

interferem no metabolismo bacteriano. Um bom número<br />

dessas substâncias, uma vez isoladas, são amplamente<br />

utilizadas como antibióticos.<br />

Ex.: Penicilium notatun (fungo de onde se isolou o<br />

primeiro antibiótico – a penicilina)<br />

V – Esclavagismo ou escravagismo:<br />

Nesta relação, uma espécie beneficia-se do trabalho da<br />

outra, que é prejudicada.<br />

Ex.: Algumas espécies de formigas utilizam larvas de<br />

formigueiros de outras espécies obtendo um trabalho<br />

escravo, formigas e pulgões.<br />

Os pulgões são insetos sugadores de seiva elaborada dos<br />

vegetais. Ao sugar tal seiva, como essa desce sob pressão, é<br />

comum certa quantidade exsudar pelo ânus. “Ciente” do<br />

fenômeno, formigas capturam os pulgões. No interior do<br />

formigueiro, os estimulam a sugar seiva e se alimentam da<br />

porção exsudada. Os filhotes de pulgões que nascem no<br />

interior do formigueiro são também mantidos como<br />

escravos.<br />

Relações desarmônicas intra-específicas<br />

I – Competição intra-específica:<br />

Ocorre da mesma forma como descrito para a<br />

competição interespecífica. Neste caso, porém a relação se<br />

dá entre indivíduos da mesma espécie, concorrendo pelos<br />

mesmos fatores do ambiente. A competição intra-específica<br />

é um dos grandes mecanismos que limitam a densidade de<br />

uma população e regulam o seu tamanho. Possibilita ainda<br />

a seleção dos indivíduos mais adaptados.<br />

MIMETISMO<br />

Muitas espécies apresentam capacidades adaptativas que<br />

lhes permitem ser confundidas com o meio ambiente, com<br />

animais ou plantas perigosas. Às custas desses recursos, a<br />

espécie pode escapar ou capturar mais facilmente suas<br />

presas. A essa capacidade adaptativa denominamos de<br />

mimetismo.<br />

O mimetismo pode se apresentar das seguintes formas:<br />

homocrômico, homotípico e batesiano.<br />

Homocrômico: quando a espécie tem cores ou reflete as<br />

cores do meio, fato que o torna aparentemente<br />

imperceptível.<br />

143


144<br />

Ex.: cobra-verde, camaleão, louva-deus etc.<br />

Homotípico: a espécie possui uma forma que imita formas<br />

do meio.<br />

Ex.: bicho-pau, inseto-folha, cobra-cipó, louva-deus, etc.<br />

Batesiano: caracteriza o fato de<br />

uma espécie parecer com outra<br />

venenosa ou de sabor<br />

desagradável, ou ainda,<br />

apresentar traços (desenhos) que<br />

lembrem predadores. Ex.: cobracoral-falsa,<br />

Borboleta-monarca.<br />

Na ilustração, o desenho nas assas abertas da mariposa<br />

impede o ataque de pássaros que temem as corujas, suas<br />

predadoras.<br />

Exercícios<br />

Questões 01 a 04 -UNEB<br />

"Há 5 000 espécies de caranguejos no mundo. Só<br />

no Brasil, elas são 300. Eles integram uma classe à qual<br />

pertencem a lagosta e o camarão, e são velhíssimos.<br />

Surgiram no mar, no Período Jurássico, há 160 milhões de<br />

anos. Foram os ciclos de glaciação do planeta que os<br />

empurraram para a terra.<br />

Todo ano, no início de novembro, 80 milhões de<br />

caranguejos deixam as tocas na floresta tropical e rumam<br />

para a praia na Ilha Christmas, território australiano no<br />

Oceano índico. Esta marcha dura duas semanas, quando<br />

ocupam estradas, devoram folhas, frutos e flores e entram<br />

nas casas. Após cavarem milhões de buracos na areia,<br />

cruzam, os machos voltam para a floresta, deixando as<br />

fêmeas com os ovos. Dos milhões de filhotes que nascem,<br />

os que escapam dos peixes, das aves e das correntes<br />

marinhas instintivamente tomam o caminho da mata."<br />

(Superinteressante, p. 47-51)<br />

01. Os caranguejos pertencem ao filo que tem como<br />

característica marcante, a presença de<br />

01) órgãos dos sentidos pouco desenvolvidos e sem<br />

funções específicas.<br />

02) exoesqueleto exclusivo das formas adultas dos<br />

organismos.<br />

03) sistema circulatório fechado com duplo coração.<br />

04) apêndices articulados e especializados em diferentes<br />

funções.<br />

05) segmentos corporais de tamanho sempre uniformes.<br />

02. Sobre as relações alimentares experimentadas pelos<br />

caranguejos, no contexto descrito, é correto afirmar:<br />

01) O nível trófico que inclui as folhas e os frutos que<br />

alimentamos caranguejos é o de maior disponibilidade<br />

energética.<br />

02) Os peixes são organismos herbívoros estritos.<br />

03) O homem, ao se alimentar dos caranguejos, está<br />

ocupando o nível trófico dos consumidores primários.<br />

04) ovos e filhotes de caranguejos pertencem,<br />

necessariamente, a níveis tróficos distintos,<br />

05) O grande tamanho das populações de caranguejos na<br />

Ilha Christmas pode ser atribuído à inexistência de<br />

predadores.<br />

03. A relação estabelecida entre os caranguejos e vegetação<br />

por eles devorada é do tipo<br />

01) escravagismo, beneficiando apenas um participantes.<br />

02) herbivorismo, causando dano a um dos indivíduos<br />

envolvidos.<br />

03) sinfilia, envolvendo um organismo autótrofo e outro<br />

heterótrofo.<br />

04) parasitismo, levando, necessariamente, um dos<br />

indivíduos à morte.<br />

05) amensalismo, permitindo a sobrevivência dos<br />

organismos relacionados.<br />

04. "Os insetos sociais têm esse nome porque criam grandes<br />

colônias - ou 'sociedades' ― (...) Uma abelha ou uma<br />

formiga isoladas não teriam como sobreviver."<br />

(Folha de S. Paulo, p. 16)<br />

Entre as características de uma sociedade, destaca-se a<br />

01) divisão de trabalho entre seus componentes.<br />

02) associação entre indivíduos de distintas espécies.<br />

03) interligação anatômica entre seus constituintes.<br />

04) reprodução como atividade comum a todos os<br />

indivíduos.<br />

05) diferenciação morfológica obrigatória.<br />

05. Certas árvores de urbanização de São Paulo estão<br />

ameaçadas de cair devido à ação de cupins que se<br />

alimentam do seu corpo vegetativo que é rico em celulose.<br />

A digestão dessa substância no intestino do cupim é<br />

realizada por protozoários que têm a enzima celulase e,<br />

assim, os dois se satisfazem. Sobre os galhos daquelas<br />

árvores, vive um tipo de samambaia que obtém um<br />

aproveitamento melhor da luz para sua fotossíntese.<br />

Existem, portanto, três tipos de relacionamentos entre os<br />

indivíduos citados:<br />

I. Cupim e árvore.<br />

II. Samambaia e árvore.<br />

III. Protozoário cupim.<br />

I, II e III correspondem, respectivamente, aos<br />

relacionamentos:<br />

a) parasitismo, parasitismo e mutualismo.<br />

b) predatismo, parasitismo e mutualismo.<br />

c) predatismo, mutualismo e comensalismo.<br />

d) predatismo, epifitismo e mutualismo.<br />

e) parasitismo, epifitismo e mutualismo.<br />

06. Muitas plantas que possuem nectários florais são<br />

bravamente defendidas por formigas que vivem nos seus<br />

galhos, alimentando-se do néctar. Essas formigas


impedem, por exemplo, que cupins subam nas árvores e se<br />

alimentem das folhas.<br />

As relações ecológicas estabelecidas por árvore-formigas e<br />

formigas-cupins podem ser denominadas respectivamente,<br />

(a ) comensalismo e mutualismo<br />

(b ) competição e inquilinismo<br />

(c ) inquilinismo e comensalismo<br />

(d ) parasitismo e predatismo<br />

(e ) protocooperação e competição.<br />

07.(UECE-2003). A planta de carrapicho garante a<br />

dispersão de suas sementes através da adesão de seus frutos<br />

na superfície do corpo de animais ou mesmo à pele e roupas<br />

de uma pessoa. Este tipo de relação é denominado:<br />

a) Inquilinismo<br />

b) Forésia<br />

c) Mutualismo<br />

d) Protocooperação<br />

08.(FTC-2004) "Indiscutivelmente, alguns insetos são<br />

parasitas e transmissores de doenças humanas e zoonoses.”<br />

De importância fundamental estão também os insetos<br />

predadores, polinizadores e dispersores, os quais são<br />

fundamentais para a manutenção das formações vegetais<br />

tropicais.<br />

Componentes-chave de praticamente todas as comunidades<br />

biológicas, os insetos estão entre os principais elos do fluxo<br />

energético dos ecossistemas com representantes de certas<br />

ordens se alimentando de detritos ou de microorganismos,<br />

outros são herbívoros e outros carnívoros."<br />

(Ribeiro & Fernandes In: Ecologia e Desenvolvimento, p.24-5)<br />

Do ponto de vista ecológico, pode-se afirmar que os insetos<br />

01) se caracterizam pelo habitat estritamente terrestre.<br />

02) ocupam sempre o mesmo nível trófico nas teias<br />

alimentares.<br />

02) podem apresentar diferentes nichos ecológicos nos<br />

diversos ecossistemas.<br />

04) são organismos diretamente envolvidos na introdução<br />

de energia nos sistemas vivos.<br />

05) contribuem com pequena parcela para a biomassa total<br />

em função do tamanho reduzido.<br />

09. A seguir estão descritas algumas relações entre seres<br />

vivos:<br />

I- a rêmora acompanha o tubarão de perto e fica presa a ele<br />

por uma ventosa. Ela aproveita os alimentos do tubarão e<br />

também a sua locomoção, mas não prejudica e nem<br />

beneficia o seu hospedeiro.<br />

II- a alimentação predominante do cupim é a madeira, que<br />

lhe fornece grande quantidade de celulose. Entretanto, ele<br />

não possui capacidade digeri-la. Quem se responsabiliza<br />

pela degradação da celulose é um protozoário que vive em<br />

seu intestino, de onde não precisa sair para procurar<br />

alimento.<br />

III- as ervas-de-passarinho instalam-se sobre outras<br />

plantas, retirando delas a seiva, que será utilizada para a<br />

fotossíntese.<br />

IV- nas caravelas existe uma união estreita de indivíduo,<br />

cada um deles especializados em determinadas funções<br />

como digestão, reprodução e defesa.<br />

V- as orquídeas, vivendo sobre outras plantas, conseguem<br />

melhores condições luminosas, mas nada retiram dos<br />

tecidos internos destas plantas.<br />

Essas relações referem-se, respectivamente, a:<br />

a) mutualismo, comensalismo, hemiparasitismo, colônia,<br />

parasitismo.<br />

b) comensalismo, mutualismo, hemiparasitismo, colônia,<br />

epifitismo.<br />

c) comensalismo, mutualismo, epifitismo, colônia,<br />

hemiparasitismo.<br />

d) mutualismo, comensalismo, parasitismo, sociedade,<br />

epifitismo.<br />

e) hemiparasitismo, mutualismo, parasitismo, colônia,<br />

epifitismo.<br />

10. O quadro a seguir representa cinco casos de interação<br />

entre duas espécies diferentes, A e B:<br />

Espécies Espécies<br />

Tipos de<br />

reunidas separadas<br />

interação<br />

A B A B<br />

I 0 0 0 0<br />

II – – 0 0<br />

III + 0 0 0<br />

IV – 0 0 0<br />

V + + – –<br />

0 = a espécie não é afetada em seu desenvolvimento<br />

+ = o desenvolvimento da espécie é melhorado<br />

– = o desenvolvimento da espécie é reduzido ou torna-se<br />

impossível.<br />

Os tipos de relação apresentados são respectivamente:<br />

a) competição, mutualismo, neutralismo, parasitismo,<br />

comensalismo<br />

b) neutralismo, competição, comensalismo, amensalismo,<br />

mutualismo<br />

c) mutualismo, cooperação, neutralismo, comensalismo,<br />

predação<br />

d) neutralismo, competição, cooperação, comensalismo,<br />

comensalismo<br />

e) predação, mutualismo, neutralismo, simbiose,<br />

Questões 11 a 14 – Consultec<br />

A descoberta de um novo animal - o lagarto-da-cauda-verde<br />

- em áreas litorâneas do Estado rio de Janeiro foi um dos<br />

resultados de uma série de pesquisa sobre ecologia de<br />

répteis de restinga desenvolvidas desde 1982 pelo Instituto<br />

de <strong>Biologia</strong> Roberto Alcântara Gomes (Setor de Ecologia),<br />

da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.<br />

Características morfológicas e padrões de escamação e<br />

coloração, diferentes dos de outros lagartos do gênero<br />

145


146<br />

Cnemidophorus, permitiram identificar o animal como<br />

urna nova espécie, batizada de Cnemidophorus littoralls.<br />

O lagarto-de-cauda-verde alimenta-se basicamente de<br />

cupins, besouros e larvas de insetos. Enquanto ativo, sua<br />

temperatura corporal é relativamente alta (como em outras<br />

espécies do gênero): a média para a população é de 38°C.<br />

Para manter a temperatura ideal, os animais interrompem<br />

periodicamente os deslocamentos e, imóveis, expõem-se ao<br />

calor do Sol por alguns instantes. Os meses de novembro a<br />

maio (na estação de chuvas) constituem o principal período<br />

de acasalamento e reprodução, e a postura inclui de um a<br />

cinco ovos.<br />

Até agora, a distribuição conhecida de C. littoralis vai do<br />

trecho litorâneo da restinga de Maricá até a restinga de<br />

Jurubatiba, sugerindo que a nova espécie é endêmica do<br />

Estado do Rio de Janeiro. (Ciência Hoje, p. 86)<br />

11. Conforme o texto, a classificação do lagarto-de-caudaverde<br />

se baseia no sistema lineano, que utiliza como base:<br />

01) dados bioquímicos para estimar a distância evolutiva<br />

entre a nova espécie e as outras do mesmo gênero.<br />

02) plano de organização do corpo como principal critério<br />

e a nomenclatura binomial.<br />

03) a distribuição geográfica dos organismos como<br />

referência para definição das categorias básicas.<br />

04) registros fósseis para traçar a história evolutiva da nova<br />

espécie.<br />

05) categorias não hierárquicas que abrigam organismos<br />

com características anatômicas similares.<br />

12. A descrição dos hábitos de locomoção e outras<br />

informações do texto evidenciam características marcantes<br />

dos répteis, tais como:<br />

01) viviparidade e geração de calor pelo metabolismo.<br />

02) respiração cutânea e esqueleto cartilaginoso.<br />

03) dependência da água para a fecundação e<br />

desenvolvimento indireto.<br />

04) fecundação interna e ectotermia.<br />

05) cobertura epidérmica de quitina e ovo sem vitelo.<br />

13. A condição de espécie endêmica do Cnemidophorus<br />

littoralis aponta para a:<br />

01) existência de indivíduos da espécie em áreas com<br />

características semelhantes às da restinga.<br />

02) importância da conservação de restingas ainda<br />

existentes no Brasil.<br />

03) diminuição da biodiversidade brasileira função das<br />

agressões ao meio ambiente.<br />

04) dificuldade de descoberta de novas espécies em<br />

ecossistemas já conhecidos.<br />

05) ocorrência cada vez mais rara de espécies de répteis<br />

adaptados a condições ecológicas restritas.<br />

14 A relação que se estabelece entre lagarto-de-cauda-verde<br />

e os insetos referidos no texto é conhecida como<br />

01) mutualismo. 02) comensalismo 03) predatismo.<br />

04) inquilinismo. 05) amensalismo.<br />

QUESTÕES 15 e 16 – Consultec<br />

Várias doenças vêm causando danos, em anos recentes, à<br />

população brasileira, por emergência ou reemergência, e<br />

ainda continuam presentes no país. Entre elas, as mais<br />

importantes são malária, leishmaniose cólera, infecção<br />

hospitalar, hantaviroses e Aids, além da dengue, febre<br />

amarela e outras arboviroses. (Ciência Hoje. p.59)<br />

15. Sobre a malária, é correto afirmar:<br />

01) Tem como vetores insetos flebotomídeos e arbovírus<br />

como agente causador.<br />

02) É causada por parasitas do gênero Plasmodium<br />

transmitida por mosquitos do gênero Anopheles.<br />

03) A forma mais comum de transmissão é a contaminação<br />

fecal-oral.<br />

04) Caracteriza-se como uma encefalite provocada pela<br />

infecção a partir de um vírus emergente.<br />

05) Configura-se como uma doença essencialmente urbana<br />

e restrita a áreas intensamente povoadas.<br />

16. A inclusão da infecção hospitalar na lista de doenças<br />

emergentes se deve, basicamente:<br />

01) ao uso indiscriminado de antibióticos, o que seleciona<br />

microorganismos resistentes a esse tipo de droga.<br />

02) ao surgimento de novas doenças virais cujo tratamento<br />

não se encontra disponível nos hospitais<br />

03) à falta de treinamento adequado de equipes médicas<br />

para o enfrentamento de doenças parasitárias.<br />

04) ao desaparecimento de agentes causadores de doenças<br />

convencionais e sua substituição por espécies mais<br />

agressivas.<br />

17. O desmatamento da Amazônia, ação criminosa que vem<br />

sendo praticada com a permissão do Governo Federal, vem<br />

se tornando uma questão de inquietação nacional pelos seus<br />

impactos sobre a Biosfera. Dentre esses, é prevista uma<br />

repercussão sobre o efeito estufa. Essa interferência é<br />

esperada porque a remoção da cobertura vegetal em uma<br />

área<br />

01) aumenta o desprendimento de oxigênio da vegetação<br />

remanescente.<br />

02) intensifica os processo de fermentação e respiração dos<br />

organismos do solo.<br />

03) diminui a capacidade de fixação biológica do carbono,<br />

pelo ecossistema.<br />

04) aumenta a retenção de água da região.<br />

05) favorece a utilização da área para a pecuária.<br />

18. "A Baía de Todos os Santos, a maior baía do litoral<br />

brasileiro, agredida por ações humanas diversas, como a<br />

destruição dos manguezais, o derramamento de óleo, as<br />

queimadas e remoção da vegetação de suas margens, o<br />

aterro de áreas alagadas, está sendo ameaçada no seu<br />

equilíbrio ecológico.”<br />

Nesse contexto, o boto Sotalia fluviatilis sofre o risco de<br />

extinção. Mamífero aquático de corpo hidrodinâmico, com<br />

prole reduzida a um filhote, por gestação, que dura dez<br />

meses, esse belo exemplar aquático sofre diversas<br />

agressões."<br />

(Fundação Pro-GECET)


Uma característica da espécie a o seu risco de extinção é:<br />

01) o seu baixo potencial biótico.<br />

02) a imperfeita adaptação do organismo ao ambiente<br />

aquático.<br />

03) a utilização dos terrenos alagadiços para realizar a<br />

postura.<br />

04) a elevada competição entre os indivíduos da população.<br />

05 a facilidade de ser predado por outros animais aquáticos.<br />

19. "Há mais de meio século, a seca que assola o Nordeste<br />

brasileiro, um velho e polêmico projeto vem à tona: transpor<br />

as águas da Bacia do São Francisco para irrigar o solo do<br />

sertão nordestino.<br />

Mesmo que não se considere que o São Francisco seja um<br />

rio fragilizado pela exploração hidrelétrica e pela<br />

agricultura marginal, esse projeto se configura como<br />

antiecológico e de consequências imprevisíveis.”<br />

(Ciência Hoje, p. 84-5)<br />

Dentre outras razões, esse projeto é condenável porque a<br />

transposição das águas do São Francisco para outras bacias<br />

pode gerar um impacto desastroso ecologicamente em<br />

decorrência de<br />

01) alterações em propriedades físicas de fatores abióticos<br />

do rio São Francisco.<br />

02) migração de espécies exóticas de peixes de uma bacia<br />

para outra.<br />

03) uma possível inversão na posição trófica das populações<br />

produtoras.<br />

04) modificações nas exigências alimentares das espécies<br />

locais do Nordeste.<br />

20. "Cientistas encontraram, no fundo do mar, ‘aberturas'<br />

hidrotérmicas a uma profundidade de cerca de 4.000m. Nas<br />

áreas vizinhas, foram descobertos organismos em<br />

abundância - de bactérias a moluscos gigantes. Dessas<br />

fendas, brotava uma água rica em H2S que se misturava à<br />

água do mar contendo oxigênio.” (Pelczar Jr., p. 64-5)<br />

Sob essas condições, a comunidade biótica pode ser<br />

mantida a partir de produtores que são:<br />

01) bactérias que realizam a fotossíntese, utilizando o H2S<br />

como fonte de hidrogênio.<br />

02) procariontes, que digerem os resíduos orgânicos,<br />

tornando-os disponíveis para outros organismos.<br />

03) pequenos metazoários, que se alimentam de partículas<br />

que caem no fundo do mar.<br />

04) bactérias, que oxidam o H2S, obtendo energia para fixar<br />

o C02.<br />

05) protozoários, que reciclam o material particulado.<br />

Questões 21 e 22 – UEFS-2013/1<br />

Uma nova fábrica, inaugurada em Juazeiro (BA), vai<br />

ampliar em oito vezes a produção nacional do mosquito<br />

transgênico da dengue.<br />

Esse pode ser mais um passo para expandir, no país, uma<br />

tecnologia que reduz a circulação do Aedes aegypti.<br />

Os machos do mosquito são modificados para transmitir<br />

genes letais à sua prole. O Aedes acaba morrendo ainda na<br />

fase de larva, diminuindo a população do mosquito, que é<br />

vetor da dengue.<br />

(NUBLAT, 2012. C.7)<br />

Parte do procedimento experimental envolvido nessa<br />

tecnologia está esquematizada na ilustração.<br />

21. Uma análise do experimento em uma abordagem sobre<br />

a biologia de mosquitos permite afirmar:<br />

A) O experimento se fundamenta na ausência de um sistema<br />

genético de determinação do sexo em insetos.<br />

B) As fêmeas dos mosquitos, usualmente partenogenéticas,<br />

continuam produzindo descendência fértil.<br />

C) Indivíduos contendo a proteína codificada pelo gene<br />

recém-introduzido têm a sua metamorfose interrompida.<br />

D) A natureza cosmopolita dos mosquitos contribuirá para<br />

a extinção rápida da espécie pelo uso dessa tecnologia nas<br />

regiões atingidas pela dengue.<br />

E) A modificação genética, ao evitar a alimentação<br />

sanguínea dos machos, impede a transmissão do vírus da<br />

dengue.<br />

22. A relação ecológica agora estabelecida entre mosquitos<br />

machos selvagens e machos transgênicos de A. aegypti eve<br />

ser entendida como<br />

A) antibiose, em que os transgênicos causam a morte de<br />

seus descendentes.<br />

B) competição intraespecífica pelas fêmeas para<br />

reprodução, relação que resulta em prejuízo para as formas<br />

selvagens.<br />

C) predação dos indivíduos selvagens pelos transgênicos<br />

que atuam como espécie exótica.<br />

D) comensalismo, em que a alimentação dos selvagens se<br />

restringe às sobras alimentares dos transgênicos.<br />

E) redução na disputa pelos recursos alimentares utilizados<br />

pela espécie.<br />

Questões de 23 a 25 – Consultec<br />

"Houve uma época, não muito tempo atrás, em que a<br />

espécie de mariposa Heliothis virescens vivia na<br />

obscuridade, provavelmente em florestas e sebes onde se<br />

alimentava de ervas silvestres. Mas, em 1940, os<br />

147


plantadores de algodão começaram pulverizar seus campos<br />

com DDT. Estas primeiras pulverizações do inseticida<br />

mataram tantos insetos e tantos pássaros que se<br />

alimentavam desses insetos, que, em termos biológicos, os<br />

campos de algodão ficaram virtualmente vazios, como um<br />

arquipélago de ilhas recentemente surgidas - e dos bosques<br />

e sebes vieram as Heliothis virescens.<br />

Algumas dessas mariposas conseguiram suportar o DDT.<br />

Tiveram o bastante para colocar seus ovos nos casulos do<br />

algodão. Os ovos produziram larvas, e as larvas começaram<br />

a devorar o algodão.<br />

Nos raros anos otimistas que se seguiram, os produtores de<br />

inseticidas atacaram a Heliothis com doses cada vez<br />

maiores de DDT. Apareceram também venenos mais fortes<br />

da mesma família química... Heliothis passou a ser uma das<br />

espécies mais violentamente pulverizadas, quase que numa<br />

verdadeira guerra biológica. “Apesar de tudo, as mariposas<br />

não largavam o algodão.”<br />

(Weiner, p. 258-9)<br />

23. A sobrevivência da Heliothis virescens tem como<br />

explicação:<br />

01) a existência de variações favoráveis em um meio em<br />

modificação.<br />

02) o aumento crescente do potencial biótico após as<br />

pulverizações.<br />

03) a necessidade de se fortalecerem para resistir aos<br />

inseticidas.<br />

04) o desenvolvimento rápido de mecanismos de defesa<br />

contra agentes químicos.<br />

05) a resistência do genoma a inseticidas de qualquer<br />

natureza.<br />

24. A situação apresentada é um extraordinário exemplo<br />

evolução biológica em que o DDT atuou como<br />

04) a organização em sociedades como estratégia para favor<br />

o acasalamento.<br />

05) a competição entre mariposas e pássaros, pelo alimento.<br />

27. As interações entre ervas silvestres, mariposas e<br />

pássaros traduzem:<br />

01) a auto-suficiência da cadeia apresentada na reciclagem<br />

da matéria e energia.<br />

02) a transferência de energia de modo cíclico ao longo da<br />

teia alimentar.<br />

03) a ocupação de um mesmo nível trófico pelos<br />

consumidores da comunidade.<br />

04) uma pirâmide energética em que o maior número de<br />

indivíduos constitui o último degrau.<br />

05) as relações tróficas envolvendo produtores, herbívoros<br />

e consumidores.<br />

28. Os ecossistemas em que a cultura do algodão foi<br />

desenvolvida com o deslocamento de espécies nativas,<br />

sofrem hoje o efeito poluidor do DDT, que decorre:<br />

01) da rápida degradação desse composto químico e<br />

eliminação de derivados tóxicos.<br />

02) da manutenção da densidade populacional de<br />

consumidores em níveis elevados.<br />

03) da toxicidade do DDT, determinando uma baixa<br />

produtividade primária.<br />

04) do crescente acúmulo do poluente nos organismos,<br />

comprometendo a saúde do ecossistema.<br />

05) da atuação de um produto químico que favorece o<br />

desenvolvimento de uma comunidade clímax<br />

QUESTÕES de 23 a 26 – Consultec<br />

A figura ilustra as principais atividade e interações de<br />

diversos grupos de insetos.<br />

01) fator de aumento da longevidade de Heliothis.<br />

02) indutor de resistência específica a venenos.<br />

03) agente seletivo de caracteres favoráveis à espécie.<br />

04) estímulo de reprodução dos insetos.<br />

05) determinante da extinção de mariposas.<br />

25. O ciclo vital de Heliothis revela tratar-se de uma espécie<br />

em que<br />

01) a formação de novos insetos ocorre de modo direto.<br />

02) as formas juvenis são idênticas às formas adultas.<br />

03) a metamorfose transforma rapidamente ninfas em<br />

pupas.<br />

04) profundas mudanças levam à transformação das larvas<br />

em adultos.<br />

05) o desenvolvimento embrionário se completa no interior<br />

do organismo materno.<br />

26. Na comunidade descrita, as interações ecológicas<br />

estabeleceram entre os organismos incluem:<br />

01) o ectoparasitíssimo das larvas sobre o algodoeiro.<br />

02) a relação presa-predador entre mariposas e pássaros.<br />

03) a protocooperação entre Heliothis e outros insetos.<br />

23. Os insetos, em especial as formigas, têm<br />

comportamentos sociais altamente especializados, que<br />

apresentam como uma de suas características<br />

A) utilização de recursos ambientais partilhados com<br />

organismos de outras espécies.<br />

B) reprodução envolvendo diferentes modalidades entre os<br />

subgrupos da população.<br />

C) prole numerosa que dispensa cuidados maternos, como<br />

nutrição.<br />

D) organização colonial com total dependência entre os<br />

indivíduos.<br />

E) divisão de trabalho entre os integrantes de cada uma a<br />

das castas.<br />

148


24. Uma análise ecológica da ilustração permite afirmar:<br />

A) A dispersão de sementes pelas formigas é mais intensa<br />

que os efeitos predatórios desses insetos.<br />

B) Vespas constituem os insetos de menor importância no<br />

equilíbrio da comunidade.<br />

C) As relações estabelecidas entre insetos, na comunidade,<br />

evidenciam superposição de nichos ecológicos.<br />

D) Abelhas têm maior participação na perpetuação na<br />

variabilidade em plantas.<br />

E) As interações, na comunidade, revelam ausência de coevolução<br />

planta-inseto.<br />

25.Considerando-se as relações ecológicas em destaque na<br />

ilustração, é correto afirmar:<br />

A) Relações desarmônicas constituem a única função<br />

ecológica das vespas.<br />

B) Na cadeia alimentar, as abelhas ocupam um único nível<br />

trófico.<br />

C) A atividade predatória das formigas é um fator de<br />

extinção de espécies, sob condições naturais.<br />

D) O parasitismo é uma relação intraespecífica isolada na<br />

comunidade.<br />

E) O mutualismo em abelhas, formigas e vespas beneficia<br />

uma única espécie.<br />

B) presença, no mexilhão, de características de baixo valor<br />

adaptativo no ambiente recém-colonizado.<br />

C) existência de condições ecológicas completamente<br />

distintas do ambiente original do mexilhão-zebra.<br />

D) ausência, no novo hábitat, de inimigos naturais de D.<br />

polymorpha e de disponibilidade de alimento.<br />

E) incremento na competição entre as espécies nativas,<br />

beneficiando os invasores.<br />

28. Uma das possíveis consequências da introdução de<br />

espécies exóticas é<br />

A) o aumento da heterogeneidade da flora e fauna locais.<br />

B) a redução de variabilidade genética pela extinção de<br />

espécies nativas.<br />

C) o ganho ecológico pelo enriquecimento das teias<br />

alimentares.<br />

D) a origem, à curto prazo, de espécies, devido à quebra do<br />

isolamento geográfico.<br />

E) a propagação de animais e plantas em seus ambientes<br />

originais.<br />

QUESTÕES DE 29 e 30 – Consultec<br />

26. Abelhas, formigas e vespas compartilham...<br />

A) desenvolvimento até a fase adulta, envolvendo<br />

metamorfose.<br />

B) locomoção dependente da presença de um par de asas.<br />

C) os mesmos mecanismos de defesa orgânica na luta pela<br />

sobrevivência.<br />

D) reprodução com o encontro dos gametas ocorrendo fora<br />

do corpo da fêmea.<br />

E) respiração caracterizada por trocas gasosas em toda a<br />

superfície do corpo.<br />

QUESTÕES 27 e 28 – Consultec<br />

A invasão de espécies exóticas é hoje uma das maiores<br />

ameaças à integridade dos ecossistemas. O aumento do<br />

tráfego marítimo e o uso de grandes navios têm feito da<br />

água de lastro - utilizada nas viagens para obter maior<br />

estabilidade e ajudar na propulsão e em manobras - o<br />

mecanismo mais eficiente de dispersão de organismos<br />

marinhos e de água doce. O transporte de longa distância<br />

contribui para eliminar ou reduzir as barreiras naturais que<br />

sempre separaram os ecossistemas e mantiveram sua<br />

integridade.<br />

O mexilhão-zebra (Dreissena polymorpha), nativo da<br />

Europa, invadiu e se estabeleceu nos Grandes Lagos, ao<br />

norte dos Estados Unidos, provocando gastos de milhões de<br />

dólares por ano para sua remoção (onde já se incrustou) e<br />

seu controle. (Silva et al. In: Ciëncia Hoje, p. 38-40)<br />

27. O estabelecimento do mexilhão-zebra, nos Grandes<br />

Lagos, como uma espécie exótica pode ser explicado por<br />

A) aumento exponencial do potencial biótico de Dreissena<br />

polymorpha.<br />

O parque nacional da Serra da Canastra, onde nasce o São<br />

Francisco, até recentemente era área de garimpo de ouro e<br />

diamantes. A criação do parque levou essas atividades à<br />

extinção, ao menos em escala artesanal. Ainda assim, quem<br />

visita a reserva, no Sudoeste de Minas Gerais, pode ver<br />

sinais do garimpo às margens do rio, na parte inferior do<br />

parque.<br />

A fauna não tem a riqueza da floresta pluvial, Mas reúne<br />

animais, como lobo-guará, cachorro-do-mato, tamanduábandeira,<br />

veado-campeiro, urubu-rei, tatu-canastra, ema,<br />

martim-pescador, tucano, curió e o delicado canário-daterra.<br />

A Casca D'Anta de 20m de altura, que interliga as partes<br />

altas e baixas da Serra da Canastra, não encantou somente<br />

o pintor francês Jean Baptista Debret, que a visitou no<br />

século XIX, mas encanta ainda a todos os brasileiros pela<br />

força das águas claras do rio São Francisco. (Nunes, p. 92)<br />

29. A criação do Parque Nacional da Serra da Canastra,<br />

tentando oferecer às espécies remanescentes condições<br />

originais de vida, tem repercussões que podem ser<br />

identificadas em:<br />

149


01) redução da frequência de mutações, limitando a atuação<br />

do processo de seleção natural.<br />

02) criação de novas espécies pelo livre fluxo gênico entre<br />

os organismos das diversas populações.<br />

03) mudança das interações genótipo-meio pela extinção da<br />

atividade de exploração de ouro e de diamante.<br />

04) ação antrópica, favorecendo populações<br />

economicamente importantes para a subsistência do homem<br />

moderno.<br />

05) preservação da diversidade genética, permitindo o<br />

equilíbrio entre potencial biótico e resistência ambiental.<br />

30. Lobo-Guará, cachorro-do-mato, tamanduá-bandeira,<br />

veado-campeiro e tatu-canastra compartilham<br />

características reprodutivas, entre as quais se destacam:<br />

01) a produção de ovo rico em vitelo, que assegura reserva<br />

nutritiva até a eclosão.<br />

02) a fecundação interna com o desenvolvimento do<br />

embrião ocorrendo fora do corpo materno.<br />

03) a união de gametas, produzidos por meiose, dependente<br />

da presença de água no ambiente externo. 04) a<br />

gametogênese gerando células geneticamente<br />

idênticas, que garantem a uniformidade das espécies.<br />

05) o desenvolvimento embrionário interno e o nascimento<br />

de filhotes que dependem de alimentação produzida pela<br />

mãe.<br />

31.(Consultec) O diagrama a seguir apresenta de modo<br />

simplificado o ciclo da matéria em um ecossistema no qual,<br />

sob efeito do vento, processos físicos transportam para a<br />

camada superficial (iluminada) do mar os nutrientes<br />

contidos nas águas profundas (processo de ressurgência).<br />

A partir de sua análise, assinale as afirmativas verdadeiras.<br />

0). O fenômeno da ressurgência enriquece de nutrientes as<br />

águas superficiais, aumentando a produtividade.<br />

1). Em ecossistemas de ressurgência, a influência dos<br />

fatores abióticos é reduzida pelo movimento das águas.<br />

2). As bactérias devolvem os nutrientes às águas profundas,<br />

através da decomposição da matéria orgânica.<br />

3). Vegetais unicelulares e pluricelulares constituem a base<br />

da cadeia alimentar dos ecossistemas.<br />

4). Nesse ecossistema, as cadeias alimentares se restringem<br />

aos organismos que flutuam na superfície da água.<br />

5). Áreas de ressurgência constituem ambientes<br />

inadequados para o desenvolvimento de peixes,<br />

dificultando a atividade pesqueira.<br />

QUESTÕES<br />

32 e 33 - UNEB<br />

O ciclo do<br />

Plasmodium<br />

falciparum,<br />

agente causador<br />

da malária, e a<br />

distribuição da<br />

doença no<br />

mundo estão<br />

esquematizados<br />

na figura.<br />

32. Em relação<br />

ao ciclo de vida<br />

do P.<br />

falciparum<br />

pode-se<br />

afirmar:<br />

01) O mosquito abriga as formas mais jovens do<br />

protozoário<br />

02) A sobrevivência do merozoíto é dependente da infecção<br />

do mosquito.<br />

03) O desenvolvimento do P. falciparum envolve os<br />

mesmos sistemas orgânicos no homem e no mosquito.<br />

04) Um mosquito infectado contamina diretamente outro<br />

mosquito.<br />

05) A infecção do homem pelo P. falciparum compromete<br />

os tecidos hemocitopoiéticos.<br />

33. Aspectos ecológicos da endemia incluem<br />

01) alterações climáticas, que afetam diretamente o ciclo<br />

vital do P. falciparum.<br />

02) a morte do hospedeiro definitivo, que é<br />

estrategicamente útil ao agente causador da doença.<br />

03) respostas diferenciadas de populações humanas<br />

distintas à infecção.<br />

04) o uso maciço de inseticida, que é a forma mais eficiente<br />

no combate á malária.<br />

05) a erradicação da malária, que independe do controle de<br />

Culex fatigans.<br />

QUESTÕES 34 e 35 – Consultec<br />

"Indiscutivelmente, alguns insetos são parasitas e<br />

transmissores de doenças humanas e zoonoses.<br />

De importância fundamental estão também os insetos<br />

predadores, polinizadores e dispersores, os quais são<br />

fundamentais para a manutenção das formações vegetais<br />

tropicais.<br />

Componentes-chave de praticamente todas as comunidades<br />

biológicas, os insetos estão entre os principais elos do fluxo<br />

energético dos ecossistemas com representantes de certas<br />

ordens se alimentando de detritos ou de microorganismos,<br />

outros são herbívoros e outros carnívoros."<br />

(Ribeiro & Fernandes In: Ecologia e Desenvolvimento, p.24-5)<br />

34. Em relação a aspectos biológicos de epidemias e<br />

endemias associadas a insetos, pode-se afirmar:<br />

150


01) Anofelinos incluem espécies hospedeiras de<br />

protozoários patogênicos.<br />

02) Os dípteros são vetores especializados na transmissão<br />

exclusiva de vírus.<br />

03) Larvas do mosquito Culex alojam-se nos vasos<br />

linfáticos, determinando a filariose.<br />

04) A febre amarela se manifesta imediatamente após<br />

picada do mosquito transmissor.<br />

05) Culex pipiens fatigans é o parasita causador dos<br />

repetidos surtos de dengue no Brasil.<br />

35. Do ponto de vista ecológico, pode-se afirmar que os<br />

insetos<br />

01) se caracterizam pelo habitat estritamente terrestre.<br />

02) ocupam sempre o mesmo nível trófico nas teias<br />

alimentares.<br />

02) podem apresentar diferentes nichos ecológicos nos<br />

diversos ecossistemas.<br />

04) são organismos diretamente envolvidos na introdução<br />

de energia nos sistemas vivos.<br />

05) contribuem com pequena parcela para a biomassa total<br />

em função do tamanho reduzido.<br />

Questões 36 e 37 – Consultec<br />

A bactéria que causa o cólera, Vibrio cholerae, deve o seu<br />

poder tóxico, a dois vírus e não aos seus próprios genes,<br />

segundo um estudo realizado na Universidade de Maryland,<br />

nos EUA, publicado pela “Nature”.<br />

Já se sabia que vírus invadiam bactérias. Essa é a primeira<br />

vez que se demonstra que eles transformam bactérias em<br />

organismos tóxicos, disse David Karaolis, coordenador do<br />

estudo, que também afirma que infecções virais similares<br />

poderiam ser a causa de toxicidade de outras bactérias.<br />

A associação entre o vírus e a bactéria é benéfica para<br />

ambos. O vírus aumenta a velocidade de reprodução da<br />

bactéria, que gera mais indivíduos. Ela, por sua vez, permite<br />

a replicação viral. (Folha de São, p. 16)<br />

36. A bactéria causadora do cólera, como as demais<br />

bactérias, devem<br />

01) exibir parede celular essencialmente de celulose.<br />

02) depender do metabolismo da mitocôndria para obtenção<br />

de energia.<br />

03) apresentar a membrana plasmática de composição<br />

lipoprotéica.<br />

04) originar novas bactérias, alternando os processos de<br />

mitose e meiose.<br />

05) sintetizar seu alimento a partir de reações fotoquímicas<br />

no interior de cloroplastos.<br />

QUESTÕES 38 e 39 – Consultec<br />

O Schistosoma<br />

mansoni é um animal,<br />

cuja forma adulta se<br />

alimenta de substâncias<br />

do sangue humano. Vive<br />

até 30 anos e cada fêmea<br />

produz, diariamente,<br />

cerca de 300 ovos. Esse<br />

alto potencial<br />

reprodutivo explica o<br />

grande número de<br />

pessoas afetadas pela<br />

esquistossomose,<br />

doença que causa complicações intestinais, hemorragias e<br />

disfunção do fígado, podendo levar à morte.<br />

(Amabis, p. 192)<br />

38. A partir das informações e da análise da ilustração, é<br />

correto afirmar sobre a história de vida do Schistosoma<br />

mansoni e suas repercussões:<br />

01) Cercárias e miracídios são formas larvais de distintas.<br />

02) O esquistossomo é um parasita monoxeno.<br />

03) O ciclo vital do Schistosoma mansoni inclui fase<br />

sexuada no organismo humano.<br />

04) A extinção do caramujo planorbídeo pouco afetaria a<br />

população do esquistossomo no ecossistema em análise.<br />

05) O uso de água fervida elimina a possibilidade de o<br />

homem adoecer com esquistossomose.<br />

39. Uma característica do filo Platyhelminthes, no qual o<br />

esquistossomo está incluído, é:<br />

01) aparelho digestivo incompleto.<br />

02) respiração branquial.<br />

03) corpo revestido por exoesqueleto de quitina.<br />

04) embrião com apenas dois folhetos.<br />

05) sistema nervoso difuso<br />

QUESTÕES 40 E 41 – UESB-96<br />

37. Do ponto de vista ecológico, pode-se considerar a<br />

associação entre esses vírus e a bactéria como<br />

01) competição interespecífica com benefícios mútuos.<br />

02) mutualismo, pelas vantagens obtidas nessa interação.<br />

03) parasitismo, devido aos danos causados ao homem. ,<br />

04) predatismo pela transferência do material viral para a<br />

bactéria.<br />

05) relação desarmônica, implicando a morte da célula<br />

hospedeira.<br />

O diagrama ilustra vias comuns aos ciclos de Ancylostoma<br />

duodenale e Necator americanus, destacando os sistemas<br />

orgânicos afetados pela infestação.<br />

151


152<br />

41. Os ciclos de A. duodenale e N. americanus,<br />

considerando-se a rota de infestação humana por esses<br />

parasitas, caracterizam-se por<br />

01) necessitarem de hospedeiros intermediário e definitivo<br />

para que completem seus ciclos de vida.<br />

02) apresentarem limitada capacidade de dispersão, por<br />

serem endoparasitas.<br />

03) realizarem o desenvolvimento do ovo até a fase adulta<br />

em solo úmido e aerado.<br />

04) reproduzirem-se sexuadamente no intestino delgado,<br />

onde liberam ovos fertilizados.<br />

05) atingirem a corrente circulatória, penetrando no<br />

músculo cardíaco, no qual se estabelecem definitivamente.<br />

42. Uma possível interpretação do ponto de vista<br />

fisiológico da situação ilustrada, pode ser expressa por<br />

01) sistemas de sustentação particularmente afetados pelo<br />

Necator americanus.<br />

02) órgãos anexos do aparelho digestivo atingidos pela<br />

instalação das larvas.<br />

03) comprometimento do sistema respiratório, que ocorre<br />

pela possibilidade de contaminação por via oral.<br />

04) possibilidade de contaminação pelo leite materno,<br />

revelando a capacidade infectante do verme adulto.<br />

05) integração orgânica realizada pelo sistema circulatório,<br />

explicando as múltiplas repercussões da infestação.<br />

43. (UFBA 2006 2ª) Três das doenças mais devastadoras e<br />

até agora mais esquecidas dos países em desenvolvimento<br />

são a doença do sono, a leishmaniose e a doença de Chagas.<br />

As três são parasitas e vêm sendo estudadas por 250<br />

cientistas de 21 países, dentro de um projeto que foi<br />

batizado como Tri Trips, uma vez que os patógenos são da<br />

família dos tripanossomos: T. cruzi (doença de Chagas), T.<br />

brucei (doença do sono) e Leishmania major<br />

(leishmaniose).<br />

Tomando como exemplo a doença de Chagas, explique a<br />

relação entre o modo de vida desses patógenos e o<br />

estabelecimento de doenças em humanos.<br />

Questões 44 e 45 UNEB<br />

44. A ilustração<br />

representa<br />

esquematicamente o<br />

ciclo do bacteriófago<br />

T4.<br />

A partir da análise<br />

desse cicio, é possível depreender:<br />

01) Um cicio lisogênico completo está representado.<br />

02) Um evento inicial é a incorporação do DNA viral â<br />

cromatina da bactéria.<br />

03) Nucleotídeos da célula bacteriana são utilizados na<br />

síntese das cópias do DNA viral.<br />

04) Ribossomos virais atuam na montagem de novos<br />

bacteriófagos.<br />

05) A maquinaria metabólica da bactéria sintetiza, apenas,<br />

as proteínas do capsídeo.<br />

45. A figura ilustra,<br />

esquematicamente, o ciclo de<br />

vida do Schistosoma mansoni,<br />

causador de esquistossomose,<br />

doença que afeta um grande<br />

número de brasileiros.<br />

Com relação à história de vida<br />

do esquistossoma, é correto<br />

afirmar:<br />

01) O esquistossoma se reproduz sexuadamente no interior<br />

do caramujo, formando ovos.<br />

02) A contaminação do homem se faz através da ingestão<br />

de alimentos mal cozidos.<br />

03) A eliminação de fezes, de homem infectado, em<br />

condições sanitárias inadequadas favorece a evolução do<br />

ciclo.<br />

04) 0 caramujo atua como um transmissor de miracídios<br />

para o homem.<br />

05) Schístosoma mansoni é um ectoparasita de cicio<br />

monogenético.<br />

46. (UFBA 1997 2ª) O Schistosoma mansoni é o verme<br />

trematódeo causador da esquistossomose mansônica, uma<br />

das mais graves endemias brasileiras.<br />

O diagrama ilustra o ciclo evolutivo desse parasita,<br />

representando as suas etapas fundamentais. Considerandose<br />

aspectos biológicos, ecológicos e culturais dessa<br />

endemia, pode-se afirmar:<br />

01) O miracídio é um estágio larvar que pode sobreviver em<br />

vida livre.<br />

02) A passagem pelo<br />

hospedeiro<br />

intermediário<br />

proporciona a<br />

formação de um<br />

grande número de<br />

larvas, favorecendo a<br />

continuação do ciclo.<br />

04) A maior atividade<br />

diária das cercárias,<br />

durante o período de iluminação e calor mais intensos,<br />

aumenta os riscos de contaminação do homem.<br />

08) A localização do verme no sistema sangüíneo venoso é<br />

um fator desfavorável à obtenção de alimento.<br />

16) A migração do verme adulto para as paredes do<br />

intestino grosso é uma estratégia favorável à preservação da<br />

espécie.<br />

32) A ocorrência de autofecundação, nos caramujos, é uma<br />

característica biológica que favorece a disseminação do<br />

Schistosoma mansoni.<br />

64) As áreas de plantio, irrigadas por drenagem de rios, se<br />

constituem barreiras à expansão da endemia.


47.(Consultec)<br />

A filariose é uma<br />

doença que atinge<br />

índices elevados no<br />

Brasil,<br />

particularmente em<br />

Recife, onde pode,<br />

em algumas áreas, afetar 15% da população. A transmissão<br />

do nematódeo Wuchereria bancroFti envolve um ciclo,<br />

que se desenvolve segundo as etapas representadas a seguir.<br />

É uma característica marcante da endemia:<br />

01) O desenvolvimento das formas imaturas do vetor da<br />

filariose depende de águas ricas em detritos orgânicos.<br />

02) A transmissão, para o homem, ocorre pela ingestão de<br />

água e alimentos contaminados.<br />

03) As fases do desenvolvimento do patógeno ocorrem no<br />

organismo do hospedeiro intermediário.<br />

04) O comprometimento estrito da circulação sangüínea<br />

depende Da postura dos ovos pelas Fêmeas adultas.<br />

05) A eliminação das populações de anofelinos é uma<br />

medida eficaz no controle da filariose.<br />

48. (UFBA) No Brasil, cresce a ameaça de doenças<br />

emergentes, com o hantavírus, provocando casos fatais em<br />

São Paulo, e com 186 vírus descobertos na Amazônia. Essa<br />

situação, que apavora e mobiliza a comunidade científica<br />

especializada, reflete:<br />

01) a ocorrência de eventos genéticos que proporcionam<br />

maior variabilidade viral.<br />

02) a inocuidade das vacinas diante da facilidade dos vírus<br />

em sofrer novas mutações.<br />

04) o surto de formas virais reemergentes, resultantes da<br />

ampla resistência desenvolvida contra antibióticos.<br />

08) a inexistência de dados sobre a replicação viral para<br />

nortear a adoção de medidas profiláticas eficientes.<br />

16) a baixa especificidade dos vírus, favorecendo o<br />

aumento da capacidade de infecção e virulência.<br />

32) a possível relação entre a biodiversidade amazônica e a<br />

exuberância no “mundo dos vírus”.<br />

64) a interferência em ecossistemas, expondo organismos a<br />

novas interações.<br />

49. (Consultec) "No Rio de Janeiro de hoje, morros e<br />

favelas trocam a febre amarela pela dengue. O Aedes egypti,<br />

mosquito transmissor das duas doenças e por duas vezes<br />

considerado erradicado no país, reapareceu em 1976. Dos<br />

morros cariocas ao porto de Santos, o caminho da dengue<br />

parece irreversível. Dos 27 estados brasileiros, 24 estão<br />

infectados pelo Aedes." (Trindade, p. 91)<br />

3. A prevenção de uma epidemia de dengue exige o controle<br />

das populações do vetor.<br />

4. A forma de contágio da dengue justifica o isolamento de<br />

pessoas doentes.<br />

5. A volta de doenças infecto-contagiosas está estreitamente<br />

ligada à degradação das condições de vida no país.<br />

50.(UFCE) A Doença de Chagas continua causando muitas<br />

mortes no Brasil e em países pobres do mundo. O texto a<br />

seguir sobre esta doença é hipotético. Leia-o com atenção.<br />

“Um paciente residente na periferia de Fortaleza procurou<br />

o posto médico, queixando-se, entre outras coisas, de febre;<br />

anemia, cansaço e hipertrofia ganglionar. Após os exames<br />

clínico e laboratorial, diagnosticou-se, corretamente, que<br />

ele estava com a Doença de Chagas. Ao tomar<br />

conhecimento do caso, um professor resolveu discutir o<br />

caso com seus alunos, solicitando que eles opinassem sobre<br />

que medidas deveriam ser tomadas para controlar a<br />

propagação da doença. Os alunos apresentaram cinco<br />

sugestões.”<br />

Dentre as sugestões apresentadas pelos alunos, a única<br />

inteiramente correta é:<br />

a) isolamento do paciente, para evitar o contágio com outras<br />

pessoas, pois a doença se propaga também pela inalação do<br />

ar contaminado;<br />

b) campanha, de vacinação em massa, em Fortaleza e por<br />

todo o estado do Ceará, para evitar uma epidemia na cidade;<br />

c) aplicação de inseticidas em toda a cidade, para<br />

eliminação do Aedis aegypti inseto transmissor do<br />

Trypanosoma cruzi agente causador da doença;<br />

d) vacinação de cães e eliminação de cães de rua, pois eles<br />

são reservatórios naturais de protozoários do grupo<br />

Trypanosoma;<br />

e) proteção das portas e janelas com telas, a fim de evitar a<br />

entrada do barbeiro, inseto transmissor da doença, nas<br />

residências.<br />

51.(UFBA-99/2) Considerada hoje uma das principais<br />

ameaças ao Brasil no que se refere às infecções emergentes,<br />

a dengue é uma doença difundida em todos os continentes,<br />

à exceção da Europa. É endêmica na Ásia e nas duas últimas<br />

décadas vem se disseminando pelo Brasil e registrou, no<br />

período de 1982-1994, apesar da subnotificação, 336.954<br />

casos, segundo dados de 1996 da Fundação Nacional de<br />

Saúde. (MACHADO, p. 29)<br />

A partir das informações acima, indique as afirmativas<br />

verdadeiras.<br />

0. A dengue e a febre amarela têm como agente etiológico<br />

o mesmo parasita.<br />

1. A erradicação de uma doença pressupõe a extinção do<br />

seu agente etiológico.<br />

2. O reaparecimento de uma doença supostamente<br />

erradicada determina resistência maior nas populações<br />

atingidas.<br />

153


08) O agente etiológico da malária inclui diferentes espécies<br />

de protozoários do gênero Plasmodium.<br />

16) As diferentes formas com que o agente etiológico se<br />

apresenta no organismo humano dificultam a produção de<br />

uma vacina eficiente.<br />

32) Fatores climáticos estão relacionados à endemicidade<br />

da malária, em regiões tropicais.<br />

64) A redução da densidade populacional do vetor diminui<br />

a susceptibilidade do homem à doença.<br />

Com base na ilustração e considerando-se aspectos do ciclo<br />

de vida do transmissor da dengue, pode-se afirmar:<br />

01) A transmissão da dengue, nas populações humanas, é<br />

feita pelo mosquito Aedes aegypti, portador do agente<br />

etiológico específico.<br />

02) O desenvolvimento do vírus da dengue até sua forma<br />

infectante se efetiva ao longo das fases imaturas do<br />

mosquito.<br />

04) O agente causador da dengue é transmitido ao homem<br />

igualmente por machos e fêmeas de insetos infectados.<br />

08) Em Aedes aegypti, uma mesma pupa pode se desenvolver<br />

em macho ou fêmea, independentemente de sua<br />

constituição genética.<br />

16) O ciclo de transmissão do vírus da dengue é assegurado<br />

pela ovoposição em águas bastante poluídas por detritos<br />

orgânicos.<br />

32) Uma estratégia para reduzir a dengue é o controle de<br />

populações transmissoras, pela eliminação de seus<br />

criadouros, e das formas adultas.<br />

52. (UFBA-94) A figura abaixo ilustra o ciclo biológico do<br />

parasita causador da malária.<br />

53. UFCE Considere o quadro abaixo.<br />

Doença Parasita Profilaxia<br />

Leishmania Combate ao<br />

1<br />

brasiliensis inseto vetor<br />

Combate ao<br />

Malária 1<br />

inseto vetor<br />

Doença de<br />

Cahagas<br />

Tripanossoma<br />

cruzi<br />

Assinale a alternativa que contém os itens que completam<br />

corretamente o quadro acima, substituindo,<br />

respectivamente, os números 1, 2 e 3:<br />

a) Leishmaniose tegumentar–Plasmodium vivax – combate<br />

ao inseto vetor.<br />

b) Leishmaniose visceral–Plasmodium malariae –<br />

Combate ao caramujo vetor.<br />

c) Calazar–Plasmodium vivax–Combate aos roedores.<br />

d) Leishmaniose tegumentar–Plasmodium falciparum –<br />

Combate aos roedores.<br />

e) Calazar–Plasmodium malariae–Combate ao inseto vetor.<br />

Questões 54 a 56 UESB – 2003<br />

54. Os dados abaixo referem-se a determinado parasita do<br />

homem:<br />

- na fase adulta apresenta dimorfismo sexual<br />

- o ciclo de vida inclui vários estágios larvais<br />

- o seu hospedeiro intermediário não é artrópode<br />

1<br />

154<br />

Da interpretação desse ciclo biológico, conclui-se:<br />

01) Nas células hepáticas e sangüíneas do homem, o<br />

parasita se multiplica assexuadamente.<br />

02) A fase sexuada do ciclo do parasita se caracteriza pela<br />

diferenciação de gametófitos masculinos e femininos.<br />

04) A fase haplóide é restrita ao esporozoíto.<br />

Com base nesses dados, pode-se concluir que se trata de<br />

A) Taenia saginata<br />

B) Enterobius vermicularis<br />

C) Ascaris lumbricoides<br />

D) Schistossoma mansoni<br />

E) Ancylostoma duodenale<br />

55. Considere as doenças abaixo, todas causadas por<br />

bactérias:<br />

I- Cólera II- Gastroenterite<br />

III- Pneumonia IV- Sífilis V- Febre tifóide<br />

Podem ocorrer em áreas nas quais há contaminação fecal da<br />

água ou de alimento somente<br />

A) I, II e III<br />

B) I, II e V<br />

C) II, III e IV<br />

D) II, IV e V


E) III, IV e V<br />

56. Com relação a casos de parasitismo, fizeram-se as duas<br />

listas abaixo:<br />

I- amarelão II- teníase III- malária<br />

a. ingestão de carne mal-passada<br />

b. andar descalço em solo úmido<br />

c. picadas de mosquitos anofelinos<br />

Assinale a alternativa que associa corretamente os<br />

elementos que as constituem.<br />

A) I a – II b – III c<br />

B) I a – II c – III b<br />

C) I b – II a – III c<br />

D) I b – II c – III a<br />

E) I c – II a – III b<br />

57. (UEFS-2013/2). Atualmente são registrados no mundo<br />

cerca de 300-500 milhões de casos de malária a cada ano.<br />

Na América Latina, o maior número de casos é verificado<br />

na Amazônia brasileira, com registro de cerca de 500 mil<br />

casos/ano. O desenvolvimento intensificado da Amazônia,<br />

nas décadas de 70 e 80, acelerou o processo migratório,<br />

atraindo moradores de outras regiões do país, devido aos<br />

projetos de colonizações e a expansão da fronteira agrícola.<br />

Nessa região, as precárias condições socioeconômicas da<br />

população migrante determinaram a rápida expansão da<br />

doença. (NEVES, 2002, p. 137-8).<br />

A respeito da biologia dos organismos envolvidos e do<br />

controle epidemiológico da malária, é correto afirmar:<br />

A) O processo migratório aumentou a exposição do homem<br />

ao inseto hematófago do tipo barbeiro, que é o agente<br />

transmissor da malária.<br />

B) O protozoário causador da malária se instala nos vasos<br />

linfáticos humanos, provocando um intenso edema<br />

localizado principalmente nos membros inferiores, como é<br />

característico dessa doença.<br />

C) O mosquito Aedes aegpti utiliza ambientes com água<br />

limpa e parada para depositar os ovos, que eclodirão em<br />

larvas já contaminadas pelo vírus da malária.<br />

D) A exposição cada vez maior do homem ao mosquito<br />

Anopheles— vetor da malária —, a partir dos projetos de<br />

colonização e expansão agrícola, aumentou a incidência<br />

dessa doença, já que esse mosquito apresenta hábitos<br />

silvestres.<br />

E) A ampliação do saneamento básico nas grandes cidades<br />

se mostrou bastante eficiente em relação às medidas<br />

preventivas de controle da malária.<br />

58.(UESB-2014) A partir da analise e do conhecimento a<br />

respeito do ciclo de vida desse animal, é correto afirmar:<br />

01) E uma verminose causada pela tênia e transmitida<br />

através de carne mal cozida contaminada pelas larvas do<br />

verme.<br />

02) Os caramujos representam o hospedeiro intermediário<br />

pelo fato causador da doença, o Ancilostoma, se reproduzir<br />

de forma<br />

da ingestão de o verme sexuada no interior do seu corpo.<br />

03) A colocação de telas nas janelas das casas pode diminuir<br />

a incidência do mosquito transmissor e, por isso, limitar a<br />

capacidade do verme causador da doença - o Schistosoma -<br />

de completar o seu ciclo de vida.<br />

04) A melhoria das condições sanitárias é uma ação<br />

preventiva que pode ser utilizada no controle da<br />

esquistossomose no Brasil por dificultar a contaminação<br />

dos ambientes aquáticos expostos aos ovos do verme<br />

causador da doença.<br />

05) O hábito de andar descalço favorece a contaminação do<br />

indivíduo pelas larvas da filária que se alojam e se<br />

reproduzem nos caracóis presentes no solo.<br />

59.(UESB-2015) Sobe para 1.481 o número de casos<br />

suspeitos da febre chikungunya na Bahia, segundo dados da<br />

Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Até esta quarta-feira<br />

(29/10), as notificações foram confirmadas em 49<br />

municípios. No último boletim, divulgado no dia 23 de<br />

outubro, 1267 notificações em 35 cidades foram<br />

registradas.<br />

A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas<br />

parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No<br />

idioma africano makonde, o nome chikungunya significa<br />

“aqueles que se dobram", em referência à postura que os<br />

pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a<br />

doença causa. (SOBRE para..,2014).<br />

A partir das características biológicas, tanto do agente<br />

etiológico como do agente transmissor da febre<br />

Chikungunya, é correto afirmar:<br />

01) Deve-se considerar como uma ação eficiente de<br />

prevenção dessa doença, a eliminação dos criadouros de<br />

mosquitos para evitar a proliferação das larvas do Aedes.<br />

02) A preocupação maior das autoridades médicas reside no<br />

fato de que o grau de letalidade da febre Chikungunya é<br />

155


156<br />

maior para todas as condições se comparado com a dengue<br />

comum.<br />

03)A melhor forma de prevenção imediata é a vacinação<br />

em massa da população para impedir que os outros estados<br />

do país, até então livres da infecção, passem a apresentar<br />

casos suspeitos.<br />

04) Tanto o Chikungunya como a dengue clássica<br />

provocam alterações sanguíneas, como a queda de<br />

plaquetas, o que pode levar à forma hemorrágica, em ambos<br />

os casos.<br />

05) Apesar de ser uma infecção considerada semelhante à<br />

da dengue, existe uma diferença crucial entre estas doenças<br />

que é o fato do agente transmissor da Chikungunya não ser<br />

o Aedes aegypti e sim o Aedes albopictus.<br />

60.(UEFS-2013/1) A<br />

relação entre doenças<br />

transmitidas por insetos,<br />

como a malária e doenças<br />

hereditárias, como a falc<br />

emia, está, simbolicamente,<br />

representada na figura, cuja<br />

análise e o conhecimento a<br />

elas associado permite<br />

afirmar:<br />

A) A permanência do gene HbS na população em regiões<br />

malarígenas decorre de seleção expressa no equilíbrio de<br />

forças antagônicas.<br />

B) A erradicação da malária terá como repercussão o rápido<br />

aumento da frequência do alelo HbS.<br />

C) O nível dos pratos da balança representa uma<br />

equivalência entre o número de mortes por falcemia e por<br />

malária onde esta é endêmica.<br />

D) Os mosquitos vetores funcionam como agente seletivo<br />

ao picarem preferencialmente indivíduos com genótipo<br />

HbS/HbS.<br />

E) O plasmódio – agente etiológico da malária – induz<br />

mutações específicas que aumentam a frequência de<br />

heterozigotos HbA/HbS na população.<br />

61.(UESB-2011) O Instituto de Tecnologia em Fármacos<br />

da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está desenvolvendo<br />

um novo produto farmacêutico para combater a malária. O<br />

sal híbrido Mefas é um insumo farmacêutico ativo<br />

resultante da combinação de duas substâncias: artesunato e<br />

mefloquina. O novo fármaco está sendo desenvolvido em<br />

colaboração com o Centro de Pesquisa René Rachou em<br />

Minas Gerais. Em breve, esse fármaco será disponibilizado<br />

à população por meio do Sistema Único de Saúde e a outros<br />

países endêmicos. (NOVO..., 2010).<br />

A malária ou paludismo aflige a humanidade há cerca de<br />

cinco mil anos e ainda hoje atinge mais de 500 milhões de<br />

pessoas em todo o mundo.<br />

Com relação a essa doença, é correto afirmar:<br />

01) A aquisição dessa doença dar-se-á por meio do contato<br />

do flagelado Trypanossoma cruzi com as mucosas dos<br />

seres humanos.<br />

02) A contaminação por essa doença é possibilitada pela<br />

picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados pelo<br />

plasmódio.<br />

03) A principal medida preventiva de combate à malária<br />

consiste em impedir a proliferação de mosquitos do gênero<br />

Aedes transmissores da doença.<br />

04) A picada do mosquito transmissor da doença em<br />

associação à sua defecação, sob o local da picada permite a<br />

inserção de esporozoítos na corrente sanguínea humana.<br />

05) O contato com lesões epidérmicas resultantes da<br />

infecção ocasionada por protozoários pode levar a um outro<br />

modo de transmissão da doença.<br />

Questões 62 A 64 UNIT - 2013<br />

62.<br />

Klebsiella pneumoniae é uma bactéria que, em pacientes<br />

hospitalizados, constitui uma das causas mais frequentes da<br />

pneumonia e de infecções da corrente sanguínea. Trata-se<br />

de uma bactéria resistente a muitos antibióticos. Em<br />

pesquisas realizadas com K. pneumoniae, encontrou-se uma<br />

linhagem portadora de um gene nunca detectado<br />

anteriormente, que torna a bactéria insensível ao único<br />

grupo remanescente de antibióticos cujo uso era confiável e<br />

seguro. Em alguns poucos casos, esse gene havia se<br />

propagado para Escherichia coli – que se tornou igualmente<br />

resistente, conforme resumido esquematicamente na<br />

ilustração. (MCKENNA, 2011, p. 54-59).<br />

No exemplo apresentado na ilustração, a resistência se<br />

propaga para outras espécies bacterianas, por mecanismo de<br />

A) conjugação, que implica conexão entre bactéria doadora<br />

e receptora, por meio de um pelo sexual.<br />

B) transformação de uma linhagem bacteriana pela<br />

incorporação de plasmídeos de outra bactéria.<br />

C) transdução, decorrente da perda de fragmentos de DNA<br />

contendo informação para resistência a certo antibiótico.<br />

D) esporulação após replicação do DNA bacteriano,<br />

formando bactérias com dois genomas envoltos em uma<br />

mesma cápsula.<br />

E) recombinação, que ocorre entre segmentos distantes de<br />

um filamento de DNA linear durante a cissiparidade.<br />

63. As bactérias como células procarióticas apresentam<br />

características, entre as quais destaca-se<br />

A) a produção de enzimas armazenadas em pequenos<br />

lisossomos que, ao se romperem, realizam a digestão<br />

intracelular.<br />

B) síntese proteica realizada em ribossomos montados a<br />

partir de RNAr e proteínas.<br />

C) uma membrana porosa — a carioteca — que separa o<br />

material genético do citosol.


TAXONOMIA<br />

Nomenclatura e classificação dos Seres vivos<br />

As tentativas de universalizar os nomes das espécies<br />

datam desde os tempos de Aristóteles. No entanto, Só<br />

em 1758 Linné lança o seu livro Systema Naturae, no<br />

qual propõe regras para classificar e denominar animais<br />

e plantas.<br />

A base do seu sistema, que utilizamos até hoje,<br />

consiste em nomear cada espécie utilizando-se duas<br />

palavras seguidas e inseparáveis – assim surgiu a<br />

nomenclatura binominal.<br />

O I Congresso Internacional de Nomenclatura, em<br />

1898 firmou as regras que foram revistas em 1927, em<br />

Budapeste. O sistema proposto considera-se a principais<br />

regras:<br />

- Os nomes das espécies devem ser latinos de origem ou<br />

então latinizados;<br />

- Em obras impressas, todo nome científico deve ser<br />

grafado em itálico, diferente do corpo do texto. Em<br />

trabalhos manuscritos, esses nomes devem ser<br />

sublinhados.<br />

- Cada organismo deve ser reconhecido por uma<br />

designação binomial em que a primeira palavra identifica<br />

o Gênero ao qual pertence e o segundo dá especificidade<br />

à denominação.<br />

- O nome de designação do gênero deve ser um<br />

substantivo e grafado com inicial maiúscula enquanto<br />

que o adjetivo (segunda palavra) que dá especificidade<br />

deve ser grafado em letra minúscula.<br />

Ex.:<br />

Cão = Canis familiaris<br />

Homem = Homem sapiens<br />

Lobo-guará = Eudocimos ruber<br />

Lobo = Canis lúpus<br />

Espécies que apresentam o mesmo gênero guardam laços<br />

próximos de parentesco. Os laços de parentesco refletem<br />

as ancestralidades comuns e são estabelecidos a partir de<br />

análises químicas, anatômicas e de material genético.<br />

Assim, classificar é, sobre tudo, estabelecer e encontrar<br />

vínculos evolutivos.<br />

Em alguns casos é necessária a designação de<br />

subespécies (raça). Para tanto, fazemos uso de uma<br />

nomenclatura trinominal onde acrescenta-se uma terceira<br />

palavra ao nome da espécie.<br />

Ex.: Ema –<br />

espécie Rea americana;<br />

- subespécie Rhea americana alba.<br />

Cascavel – espécie Crotalus terrificus;<br />

terrificus.<br />

– subespécie Crotalus terrificus<br />

O sistema de nomenclatura considera ainda que os seres<br />

vivos sejam, em função dos graus de parentescos e de<br />

caracteres comuns, sejam agrupados em categorias cada<br />

vez mais abrangentes. Dessa forma, cada grupo de<br />

indivíduos são reunidos em categorias taxonômicas que<br />

se apresentam em ordem crescente de variabilidade,<br />

consensualmente, e assim estabelecidas: Espécie,<br />

Gênero, Família, Ordem, Classe, Filo e Reino. Um<br />

reino abriga um conjunto de filos, um filo um conjunto<br />

de classe, uma classe um conjunto de ordem, uma ordem<br />

um conjunto de famílias, uma família um conjunto de<br />

gêneros e um gênero reúne um conjunto de espécies.<br />

Como a espécie é o grupo de menor variedade e de maior<br />

grau de parentesco entre os organismos, é considerada a<br />

unidade básica de classificação.<br />

Coiote = Canis latrans<br />

157


01.(UNIT-2013)Plasmodium falciparum, Leishmania<br />

brasiliensis e Trypanosoma cruzi são os organismos<br />

associados a endemias, como malária, leishmaniose<br />

tegumentar e doença de Chagas, respectivamente.<br />

A análise desses micro-organismos, sob uma abordagem da<br />

Sistemática, permite afirmar:<br />

As categorias podem ser divididas, sempre que necessário,<br />

em sub-categorias, sempre abarcada pela categoria<br />

superior.<br />

Ex.: O subfilo vertebrado é agrupado no filo cordado.<br />

A Nomenclatura das famílias é, geralmente, construída<br />

acrescentando-se ao gênero idae - em animais; para os<br />

vegetais acrescenta-se o sufixo inae.<br />

A) Plasmodium falciparum, Leishmania brasiliensis e<br />

Trypanosoma cruzi são designações de distintas espécies,<br />

segundo a nomenclatura binomial.<br />

B) A classificação desses micro-organismos em grupos<br />

distintos revela a inexistência de ancestralidade comum a<br />

esses organismos, mesmo que remota.<br />

C) P. falciparum e T. cruzi são reunidos em um único filo,<br />

devido ao seu modo peculiar de locomoção.<br />

D) A investigação de dados moleculares relativos à<br />

variabilidade no DNA deve apontar para uma uniformidade<br />

genética entre esses organismos.<br />

E) Os micro-organismos referidos pertencem a um<br />

Domínio (Woese, 1960) não compartilhado por humanos e<br />

insetos vetores.<br />

02.(UEFS-2013/2). A chave dicotômica ilustra, de forma<br />

simplificada, uma possível classificação dos grupos animais<br />

de vertebrados representados pelas letras A, B, C, D, E, F e<br />

G.<br />

158<br />

Ex.: Gênero – Canis – família - Canidae<br />

Gênero – Rosa - família – Rosaceae<br />

OS CINCO REINOS<br />

Apesar de não haver consenso entre os taxonomistas, a<br />

maioria adota o sistema que agrupa os seres vivos em cinco<br />

reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae ou Metaphita e<br />

Animalia ou Metazoa.<br />

Monera: agrupam organismos celulares procariontes,<br />

autótrofos ou heterótrofos, possuem parede celular,<br />

podendo apresentar formas parasitas. Ex.: Bactérias e<br />

cianobactérias.<br />

Protistas: congrega organismos celulares eucariontes, uni<br />

ou pluricelulares, heterótrofos ou autótrofos, com ou sem<br />

parede celular, apresenta algumas formas parasitas. Ex.:<br />

algas, amebas, paramécios, etc.<br />

Fungi: inclui organismos eucariontes, uni ou pluricelulares,<br />

heterótrofos, decompositores, formas parasitas, possuem<br />

parede celular de quitina e sem tecidos definidos. Ex.:<br />

cogumelos, orelhas-de-pau, bolor etc.<br />

Planteae: são organismos pluricelulares, eucariontes e<br />

autótrofos e com tecidos definidos. Ex.: vegetais.<br />

Animália: formas de vida pluricelulares, eucariontes e<br />

heterótrofos. Ex.: animais.<br />

Exercícios<br />

A característica comum existente nos grupos F e G e que<br />

está ausente nos outros grupos representados é a<br />

A) fecundação interna acompanhada de cópula.<br />

B) presença de pelos que favorecem proteção contra o frio.<br />

C) manutenção da temperatura corpórea caracterizada pela<br />

homeotermia.<br />

D) presença de quatro patas, favorecendo o deslocamento<br />

no ambiente terrestre.<br />

E) existência de mandíbula, que aumentou a<br />

disponibilidade de alimento na dieta alimentar desses<br />

organismos.<br />

03.(UESB 2004-1) Considerando-se princípios lineanos da<br />

nomenclatura biológica, Micromycteris samborni e<br />

Panthera onca devem se referir a<br />

01) organismos classificados como espécies distintas.<br />

02) duas populações que se intercruzam naturalmente<br />

produzindo descendentes férteis.<br />

03) duas espécies incluídas no mesmo gênero.<br />

04) indivíduos que compartilham características ao nível de<br />

família.


05) organismos que se caracterizam pela mesma<br />

composição genética.<br />

04.(UESB-2015)<br />

O gráfico representa, de forma simplificada, a evolução do<br />

tamanho do corpo em relação ao tempo de desenvolvimento<br />

de um determinado grupo animal.<br />

Considerando-se as características desse grupo animal<br />

representado, é correto afirmar:<br />

01) os anelídeos possuem um corpo segmentado com a<br />

presença de anéis espalhados pelo corpo.<br />

02) Os moluscos produzem uma concha protetora que é<br />

substituída diversas vezes ao longo do seu<br />

desenvolvimento.<br />

03) O crescimento dos artrópodos é dependente dos<br />

momentos de troca do exoesqueleto rígido quitinoso ao<br />

longo das fases iniciais de vida nesse grupo.<br />

04) O período de crescimento pós-muda é o período que os<br />

anfíbios sofrem urna metamorfose que os capacitam de<br />

viver em ambiente terrestre.<br />

05) As mudas nos insetos' representam o momento de<br />

flexibilidade do esqueleto antigo para favorecer a formação<br />

do novo esqueleto que se desenvolve já impregnado de<br />

quitina e carbonato de cálcio.<br />

05.(V. Cairu-97) O diagrama ilustra o sistema mais<br />

utilizado de classificação dos seres vivos.<br />

Uma característica desse sistema é a<br />

01) definição de Espécie como a menor unidade de<br />

organização biológica.<br />

02) utilização do Reino como unidade de classificação.<br />

03) classificação dos organismos em categorias<br />

hierárquicas.<br />

04) inclusão de organismos mais semelhantes entre si na<br />

categoria Filo.<br />

05) subordinação da categoria Família ao Gênero<br />

06. (UESC-2004) Era uma quinta-feira, por volta de 21:30.<br />

Estávamos a 10km de Manaus em uma reserva da Floresta<br />

Amazônica. Com exceção do foco de nossas lanternas de<br />

cabeça, tudo ao nosso redor era escuro. Diversos sons<br />

compunham a melodia da floresta grilos, sapos e pererecas,<br />

o vento agitando a folhagem, nada que fugisse do habitual.<br />

Em minhas mãos um pequeno morcego frugívoro marrom<br />

(Arribeus concolor) parecia tranquilo, permitindo que eu o<br />

pesasse e verificasse suas características (...) Então o que<br />

deveria ser mais uma noite tranquila de pesquisas foi<br />

interrompida bruscamente: um esturro de onça ecoou forte<br />

de nosso lado.<br />

(Bernard. In: Scientifican American, p. 36)<br />

Os morcegos frugívoros estão incluídos nas famílias<br />

Pteropodidae (morcegos do "Vêllho Mundo") e<br />

Phyllostomatidae (morcegos do "Novo Mundo"). Na<br />

família Phylostomatidae, está incluída a subfamília<br />

Jarollinae, que compreende os gêneros Carollia e<br />

Rhinophylla, com espécies que interaqem com plantas<br />

pimenteiras.<br />

No gênero Carollia, destaca-se a espécie Cardllia<br />

perspicillata, pequeno morcego, com cerca de 13g, que se<br />

alimenta, principalmente, de frutos da família Piperaceae,<br />

com preferência, da espécie Pipernigrum – a pimenta do<br />

reino.<br />

Com base em princípio da sistemática biológica, pode-se<br />

depreender:<br />

01) As espécies do gênero Carollia, facultativamente,<br />

podem ser incluídas na família Phylostomatidae.<br />

02) A totalidade das espécies do gênero Rhinophylla<br />

incluída na subfamília Corallinae.<br />

03) Carollia e Rhinophylla podem pertencer a ordens<br />

diferentes.<br />

04) Pteropodïdae e Piperaceae são famílias em que se<br />

incluem gêneros, entre si, muito aparentados.<br />

05) Carollia e Rhinophylla identificam o táxon que inclui<br />

os organismos que mantêm, entre si, a maior identidade<br />

genética.<br />

07. (FACS-95) A partir dos trabalhos de Whitaker, em<br />

1969, a maioria dos<br />

biólogos passou a<br />

adotar o sistema dos<br />

cinco Reinos para<br />

seres vivos, conforme<br />

esquematizado no<br />

diagrama.<br />

A partir de sua análise,<br />

identifique as<br />

afirmativas<br />

verdadeiras.<br />

0. A diferença fundamental entre o Reino I e os demais diz<br />

respeito ao nível de organização celular.<br />

1. Os organismos agrupados em III e em V se assemelham<br />

quanto às formas de nutrição.<br />

2. Em IV, a diversidade biológica é limitada em função da<br />

menor disponibilidade de habitats.<br />

3. Protista e Fungi abrigam organismos cujas células se<br />

caracterizam por serem procarióticas.<br />

159


4. Em II, estão incluídos organismos unicelulares,<br />

autótrofos e heterótrofos.<br />

5. A pluricelularidade é uma conquista evolutiva presente<br />

nos reinos Plantae, Animalia e Fungi.<br />

08. (Ucsal-2003) A<br />

figura abaixo mostra<br />

alguns mamíferos.<br />

Sobre esse grupo de<br />

animais, fizeram-se as<br />

seguintes afirmações:<br />

I- Pertencem à mesma<br />

espécie Felis catus e,<br />

portanto, ao mesmo<br />

gênero.<br />

II- Pertencem à<br />

mesma espécie, mas a<br />

subespécies diferentes.<br />

III- Pertencem à<br />

mesma família, Felidae, e à mesma ordem Carnivora.<br />

É correto o que se afirmou SOMENTE em<br />

a) I b) II c) III d) I e II e) II e III<br />

09. (UESC-2006) Entre vinte e cinco mil anos e vinte mil<br />

anos atrás, os eqüídeos estavam entre os herbívoros<br />

mais abundantes e ecologicamente mais importantes<br />

habitantes de pastos da África, da Ásia e das Américas. A<br />

redução de seus habitats e a escassez de suas fontes de água<br />

e de alimento, aliadas a sua caça pelo homem<br />

principalmente para produzir carne e remédios, vêm<br />

contribuindo, de forma provavelmente irreversível, para a<br />

redução das populações de Equus africanus, Equus grevyi,<br />

Equus zebra, Equus burchelli, Equus hemianus e Equus<br />

kiang representantes das espécies remanescentes<br />

ameaçadas de extinção. (MOEHLMAN, 2005, p. 50).<br />

A análise do contexto delimitado no texto, conduzindo a<br />

reflexões sobre as repercussões da situação descrita,<br />

envolve considerações, como:<br />

01) a degradação de florestas, limitando as áreas de habitats<br />

próprios para esses herbívoros que vêm perdendo espaço<br />

para obter alimento e água deve ser a principal responsável<br />

pela situação aflitiva das espécies.<br />

02) o elevado grau de parentesco dos eqüídeos, incluído em<br />

um mesmo gênero, é uma condição que pode reduzir o risco<br />

de extinção das espécies, favorecendo a ocorrência dos<br />

cruzamentos interespecíficos.<br />

03) a nomenclatura científica que identifica as populações<br />

de jumentos e zebras é apoiada em regres próprias e restritas<br />

a sistemática dos animais.<br />

04) o desaparecimento das espécies selvagens é uma<br />

ameaça grave à renovação e à diversidade dos estoques de<br />

eqüídeos domesticados pelo homem.<br />

05) a manutenção de exemplares desses animais em<br />

cativeiro para utilização plena do seu potencial biótico é a<br />

solução mais viável e eficiente para evitar a extinção dessas<br />

espécies.<br />

160<br />

10. (Consultec-2004) A figura esquematiza os níveis de<br />

organização dos sistemas vivos.<br />

A partir da análise da figura, considerando-se a estrutura de<br />

um ecossistema, é correto afirmar:<br />

01) Os tecidos constituem o menor grau de organização<br />

dos organismos.<br />

02) Alterações genéticas que ocorram em um organismo<br />

repercutem nas comunidades.<br />

03) O fluxo de energia ocorre dos consumidores para os<br />

produtores.<br />

04) Os fatores abióticos constituem elementos alheios aos<br />

ecossistemas.<br />

05) O aporte de energia que entra no ecossistema passa<br />

inicialmente por alguns componentes da comunidade.<br />

11. (UESB-1996) A<br />

figura representa a<br />

filogenia dos grandes<br />

grupos dos<br />

metazoários.<br />

Características<br />

morfológicas<br />

taxonômicas,<br />

próprias dos grupos<br />

de artrópodos e<br />

cordados, incluem:<br />

01) a presença da notocorda na fase adulta em cordados<br />

superiores.<br />

02) a diferenciação da boca a partir do blastóporo entre os<br />

cordados.<br />

03) a ausência de segmentação ao longo do<br />

desenvolvimento embrionário dos cordados.<br />

04) a ocorrência de simetria radial, em artrópodos, em<br />

determinada fase do desenvolvimento.<br />

05) a formação do tubo neural dorsal, de origem<br />

ectodérmica, nos cordados.


Questões 12 e 13 ECMAL-2002 - Consultec<br />

A árvore filogenética dos mamíferos está esquematizada na<br />

figura.<br />

Em relação a esses organismos e considerando-se os<br />

princípios do "sistema de classificação biológica de cinco<br />

reinos", pode-se afirmar:<br />

01) Os organismos pertencem a três reinos distintos.<br />

02) As plantas apresentam características morfológicas que<br />

permitem classificá-las em duas espécies.<br />

03) As diversas espécies de lagartos compartilham um<br />

único pool gênico<br />

04) Todos os lagartos pertencem ao gênero Anolis.<br />

05) As sete espécies de lagartos estão agrupadas em duas<br />

famílias.<br />

12. Entre os caracteres que reúnem monotremados,<br />

marsupiais e placentários numa única árvore, destacamse:<br />

01) glândulas mamárias, membranas, interdigitais e postura<br />

de ovos.<br />

02) corpo coberto de pêlos, ectotermia e desenvolvimento<br />

embrionário parcialmente interno.<br />

03) desenvolvimento indireto, fecundação externa e<br />

ovoviviparidade.<br />

04) heterotermia, herbivoria e fecundação cruzada.<br />

05) dentes diferenciados, membrana diafragma e glândulas<br />

mamárias.<br />

13. Sobre as principais ordens de mamíferos placentários<br />

representados na figura, pode-se afirmar:<br />

01) Os roedores compreendem organismos com número par<br />

de dedos guarnecidos por cascos.<br />

02) Primatas são animais que possuem cinco dedos, visão<br />

binocular e cérebro bem desenvolvido.<br />

03) Entre os carnívoros, estão espécies adaptadas para o vôo<br />

e hábitos noturnos.<br />

04) A ordem dos quirópteros abriga espécies aquáticas e<br />

com membros adaptados para a natação.<br />

05) Coelhos e lebres são exemplos de mamíferos da ordem<br />

perissodátilos.<br />

14. (UESB-1999) A figura ilustra um ecossistema onde sete<br />

espécies de lagartos Anolis se distribuem em vegetais de<br />

portes distintos, alimentando-se de pequenos e variados<br />

artrópodos.<br />

15. (FACS - Consultec-96) A diversidade do mundo vivo<br />

está, em parte,<br />

expressa no<br />

diagrama.<br />

Sobre as relações de<br />

parentesco e os<br />

critérios que<br />

subsidiaram o<br />

agrupamento dos<br />

organismos<br />

apresentados,<br />

identifique as afirmativas verdadeiras e as falsas.<br />

0. Os sistemas taxonômicos consistentes devem refletir os<br />

caminhos evolutivos seguidos pelos organismos.<br />

1. Os organismos situados na base de uma árvore<br />

filogenética têm a mais longa história de vida.<br />

2. A forma básica de nutrição foi o critério utilizado para<br />

separar os reinos "Fungi", "Plantae" e "Animalia".<br />

3. O reino "Monera" é constituído basicamente por<br />

organismos heterotróficos.<br />

4. O sistema taxonômico ilustrado expressa as idéias<br />

contidas no "Systema Naturae" de Lineu.<br />

5. A análise morfológica é suficiente para o agrupamento<br />

de organismos unicelulares.<br />

16.(Consultec) Malária, leishmaniose e doença de Chagas<br />

constituem doenças que afetam populações no Brasil e no<br />

mundo.<br />

Sobre essas infecções, é correto afirmar:<br />

A) A refeição sanguínea dos organismos vetores está<br />

associada à maturação dos espermatozoides favorecendo a<br />

cópula e a fecundação externa nessas espécies.<br />

161


162<br />

B) Uma estratégia eficaz para erradicação dessas endemias<br />

consiste na extinção das populações vetoras com o uso<br />

periódico de inseticidas específicos para cada caso.<br />

C) Pessoas afetadas por malária, leishmaniose e doença de<br />

Chagas constituem os reservatórios naturais dos patógenos<br />

causadores dessas doenças.<br />

D) Mosquitos e barbeiros – insetos vetores nessas doenças<br />

– compartilham idênticos nichos ecológicos.<br />

E) Os agentes etiológicos das três infecções são incluídos<br />

em um mesmo reino independente do sistema de<br />

classificação considerado.<br />

05.(UEFS) A<br />

ilustração<br />

representa uma<br />

árvore<br />

filogenética, em<br />

que figuram<br />

representantes<br />

dos principais<br />

filos animais<br />

atuais, construída<br />

com base em<br />

estudos<br />

comparativos dos genes entre os diferentes grupos. Esses<br />

estudos admitem a possibilidade de os acoelos,<br />

anteriormente classificados entre os platelmintos, serem<br />

reclassificados como um filo distinto, que se destaca do<br />

ramo comum a todos os animais de simetria bilateral.<br />

Conceito: É a parte de biologia que estuda os mecanismos<br />

de transmissão das características hereditárias e os<br />

mecanismos de expressão do material genético.<br />

Considerações gerais sobre o material genético:<br />

Constituição<br />

O material genético da grande maioria dos seres vivos é<br />

o DNA. Esse material encontra-se no interior da célula,<br />

condensado (espiralizado) sob esta forma é denominado de<br />

cromatina. A cromatina, em seres eucariontes, encontra-se<br />

no interior do núcleo celular. Nos procariontes, ao<br />

contrário, permanece “espalhado” no interior do citoplasma<br />

numa região denominada de região nucleóide.<br />

Quantidade e distribuição<br />

A quantidade total de DNA que uma espécie possui por<br />

célula é comumente representada por 2n. Tal representação<br />

decorre do fato que o material genético se apresenta sob a<br />

forma de filamentos (cromossomos ou cromonemas) que se<br />

distribuem aos pares. Metade deste material é de origem<br />

materna (n) sendo a outra metade (n) de origem paterna.<br />

Assim, após a fecundação, forma-se uma célula ovo com a<br />

quantidade 2n de cromossomos.<br />

De acordo com a quantidade de material genético que as<br />

células possuem, elas podem ser classificadas de duas<br />

formas distintas: Diplóides e haplóides. São células<br />

diplóides as células estruturais do nosso corpo que possuem<br />

a quantidade 2n de cromossomos – são também<br />

Cada filo é definido por um padrão estrutural básico, que<br />

confere ao organismo um funcionamento integrando as<br />

diferentes partes. Esse padrão fundamental implica uma<br />

rede de relações entre os grupos de unidades estruturais que<br />

compõem o organismo e que estabelecem uma eficiente<br />

inter-relação funcional.<br />

Com base nas informações e em conhecimentos referentes<br />

à classificação dos animais e à dinâmica evolutiva, é correto<br />

afirmar:<br />

A) A diferenciação da coluna vertebral originou um filo, de<br />

surgimento recente na história da vida animal.<br />

B) Os artrópodos e nematódios utilizam um mesmo padrão<br />

de sistema respiratório, o que é coerente com as relações de<br />

parentesco entre os dois grupos.<br />

C) A seleção natural atuando nas populações animais vem<br />

preservando o padrão dos filos, ao tempo em que aperfeiçoa<br />

as inter-relações funcionais.<br />

D) Todos os grupos animais incluídos na árvore filogenética<br />

apresentada compartilham um ancestral comum, que<br />

apresenta simetria bilateral.<br />

E) A aquisição dos apêndices articulados permitiu aos<br />

anelídeos a exploração de habitats terrestres, o que<br />

propiciou a expansão do grupo.<br />

GENÉTICA<br />

denominadas de células somáticas. Células haplóides são<br />

células relacionadas com a transmissão do material genético<br />

para os descendentes de cada espécie, possuem, portanto<br />

quantidade n de cromossomos – são os gametas e os<br />

esporos.<br />

A quantidade 2n de material genético varia de uma espécie<br />

para outra como segue:<br />

ESPÉCIE N.º DIPLÓIDE<br />

Feijão 22<br />

Arroz 12<br />

Drosófila 8<br />

Homem 46<br />

Boi 60<br />

Camarão 254<br />

Cada par de filamentos é denominado de cromossomos<br />

homólogos. Entende se por cromossomos homólogos pares<br />

de cromossomos semelhantes em estrutura e função -<br />

guardam o mesmo conjunto de informações<br />

(características), como mostra o esquema abaixo:<br />

0BS.: Ao a longo representação dos cromossomos dos cromossomos encontramos acima é hipotética as unidades<br />

hereditárias - os genes. Em cromossomos homólogos, genes<br />

que atuam na determinação de uma mesma característica<br />

são denominados de genes alelos.


Gene é uma porção de DNA que codifica a informação<br />

para a síntese de uma polipeptídeo (proteína ou enzima).<br />

É a produção ou não de uma proteína que determinará a<br />

característica do ser vivo como segue:<br />

OS TRABALHOS DE MENDEL E A PRIMEIRA LEI<br />

DA GENÉTICA - I LEI DE MENDEL<br />

A partir do cruzamento entre duas linhagens de plantas<br />

Alta X Baixa, obteve, no que chamou de geração F1, 100%<br />

de plantas altas. Curiosamente, o caráter planta baixa<br />

”desapareceu”.<br />

Com o intuito de entender o que poderia ter acontecido,<br />

Mendel cruzou dois descendentes da F1, portanto, altas e<br />

obteve a tradicional proporção de 3:1, ou seja, para cada 3<br />

descendentes Altas, obteve-se 1 planta baixa. Assim o<br />

caráter planta baixa reaparece numa segunda geração.<br />

Tendo obtido os mesmos resultados com seis outras<br />

diferentes características, Mendel percebeu que as<br />

repetições, não sendo casuais, deveriam obedecer a algum<br />

padrão de distribuição e laborou um algoritmo para explicar<br />

os resultados obtidos. Representou cada variedade pura por<br />

um par de letras.<br />

OS TRABALHOS DE MENDEL<br />

Aquilo que se convencionou chamar de trabalhos de<br />

Mendel consiste numa série de cruzamentos direcionados e<br />

meticulosamente controlados com o propósito de<br />

evidenciar o modo como certos caracteres eram<br />

transmitidos.<br />

Ao contrário de muitos dos seus antecessores e até<br />

mesmo de alguns contemporâneos, Mendel obteve sucesso<br />

com seus experimentos porque teve o cuidado de analisar<br />

diversas características isoladamente, ou seja, uma de cada<br />

vez. Nos seus experimentos, com ervilhas-de-cheiro,<br />

Mendel estudou sete características, a saber: a cor da<br />

semente, textura, altura da planta, posição da flor, textura<br />

da vagem, cor da vagem e a cor da casca.<br />

UMA DAS EXPERIÊNCIAS DE MENDEL<br />

ESTUDO DA ALTURA DA PLANTA<br />

Após ter-se certificado de obter variedades puras,<br />

através de várias autofecundações, Mendel realizou vários<br />

experimentos semelhantes ao que segue:<br />

A variedade alta que, aparentemente, “camuflou” a<br />

expressão da outra – baixa, foi representada por letras<br />

maiúsculas e considerada dominante. A variedade baixa,<br />

contrastante, considerada recessiva foi representada por<br />

letras minúsculas. Imaginou que de cada para de letras,<br />

apenas uma era passada para os descendentes e,<br />

consequentemente gerava, nas gerações posteriores,<br />

163


combinações em proporções compatíveis com os dados<br />

obtidos e o algoritmo elaborado por ele correspondido aos<br />

resultados estatísticos que dispunha, generalizou:<br />

“Cada característica é condicionada por um par<br />

de fatores que se separam durante a formação<br />

dos gametas. Cada gameta transporta apenas<br />

um fator.<br />

Perceba, pelo diagrama, que, para Mendel, cada indivíduo<br />

era representado por duas letras (fatores) e que cada letra<br />

isoladamente representava um dos dois possíveis gametas<br />

produzidos. O encontro casual entre os gametas é<br />

perfeitamente simulado no seu “jogo” sob a forma de<br />

diagrama:<br />

Gene: é a denominação que damos para os fatores<br />

postulados por Mendel. É neles que estão armazenadas as<br />

informações genéticas dos seres vivos. Atualmente<br />

definimos gene o cistron, como o segmento de DNA que<br />

codifica informações par a síntese de um polipeptídeo.<br />

Genótipo: é a representação simbólica (por letras) do<br />

material genético dos indivíduos. Ex.: AA, Aa, bb, Cc, etc.<br />

Fenótipo: é a manifestação da característica propriamente<br />

dita. Resulta da atividade do genótipo (gene). Ex. olho azul,<br />

cabelo preto, albino, sangue tipo A, produção de insulina,<br />

etc.<br />

Homozigoto: diz se do indivíduo “puro” para um dado<br />

fenótipo, os alelos para uma determinada característica,<br />

num indivíduo, são iguais.<br />

Heterozigoto: caso em que o indivíduo porta dois alelos<br />

diferentes para uma determinada característica.<br />

Obs.: Mendel utilizava a palavra híbrido para designar<br />

heterozigotos (não puros).<br />

164<br />

Constatamos hoje que os resultados obtidos por Mendel<br />

estão de acordo com o comportamento do material genético<br />

durante a meiose e que os fatores por ele postulados, são os<br />

genes. Portanto, são os genes alelos e os cromossomos<br />

homólogos que se separam durante a produção dos gametas.<br />

Mendel, muito antes de formulada a teoria cromossômica<br />

da herança (Morgan -1910), de forma brilhante, percebeu<br />

que o “material genético” encontra-se distribuído aos pares,<br />

bem como, que esse material é reduzido pela metade e dessa<br />

forma passado para as gerações posteriores. A redução e o<br />

equacionamento do material genético que será transmitido<br />

às próximas gerações são realizados durante o processo de<br />

divisão celular – a meiose, fenômeno desconhecido por<br />

Mendel.<br />

Meiose: Tipo de divisão<br />

celular em que ocorre uma<br />

duplicação do material<br />

genético seguida de duas<br />

divisões celulares<br />

consecutivas. Ao final do<br />

processo, surgem 4 células<br />

filhas haplóides, distintas<br />

entre si e da célula mãe.<br />

É através da meiose que<br />

surgem os gametas e os<br />

esporos (células<br />

reprodutoras). A meiose<br />

impede que a quantidade de material genético de uma<br />

espécie se duplique a cada geração.<br />

ALGUNS TERMOS UTILIZADOS EM<br />

GENÉTICA<br />

Caráter ou característica recessiva: característica que<br />

para se expressar depende, obrigatoriamente, da presença<br />

de dois genes idênticos. A grande maioria dos indivíduos<br />

portadores de fenótipos recessivos são puros.<br />

Fenocópia: imitação não transmissível de uma<br />

característica genética. Ex.: a diabete pode ser transmitida<br />

geneticamente; um indivíduo pode adquirir diabete, sem têla<br />

herdado, através de um acidente que lese o seu pâncreas.<br />

O segundo tipo de diabetes é uma fenocópia da primeira.<br />

Genealogias, pedigree, heredograma ou árvores<br />

genealógicas: representações simbólicas de uma ou mais<br />

gerações de famílias em que são realizados estudos de<br />

traços genéticos.<br />

PROPORCÕES FENOTÍPICAS E GENOTÍPICAS<br />

CLÁSSICAS<br />

Quando ocorrem cruzamentos entre dois heterozigotos, é<br />

esperada a proporção fenotípica de 3 : 1, ou seja, para cada<br />

3 fenótipos dominantes espera-se 1 indivíduo recessivo.<br />

Por outro lado, espera-se que um casal de heterozigotos<br />

produzam quatro combinações – genótipos, assim<br />

distribuídos:


Considerando-se o trabalho desenvolvido por Mendel a<br />

partir dos cruzamentos com espécimes de ervilhas-decheiro<br />

(Pisumsativum) e a pouca repercussão obtida entre<br />

os cientistas da época, é possível afirmar:<br />

Assim computado as diferentes combinações, obtemos a<br />

proporção genotípica de 1: 2 : 1.<br />

ÁRVORES GENEALÓGICAS OU<br />

HEREDOGRAMAS<br />

É bastante comum, ao analisarmos traços genéticos, nos<br />

depararmos com situações que envolvem grande número de<br />

indivíduos que mantêm laços de parentesco. Assim, para<br />

facilitar as análises e, sobretudo as conclusões, recorremos<br />

a representações simbólica conforme o ícones abaixo:<br />

01) Um dos conceitos utilizado por Mendel na elaboração<br />

da 1 a Lei antecipava o conhecimento sobre meiose como um<br />

processo reducional de divisão celular.<br />

02) A utilização de conceitos lamarckistas, em seus<br />

experimentos, é o principal motivo que impediu a<br />

compreensão do trabalho mendeliano pela comunidade<br />

científica da época.<br />

03) A precisão dos resultados obtidos por Mendel foi<br />

consequência do conhecimento prévio obtido por ele sobre<br />

a importância do DNA como molécula responsável pela<br />

hereditariedade.<br />

04) A falta de reconhecimento do trabalho de Mendel, à sua<br />

época, foi devido às dificuldades impostas pelos cientistas<br />

fixistas em não aceitarem concepções evolucionistas como<br />

a transmissão de características genéticas ao longo das<br />

gerações.<br />

05) O cruzamento da geração parental resultava em uma<br />

descendência com proporção genotípica de 3:1 como<br />

consequência da segregação independente dos fatores<br />

mendelianos.<br />

Exercícios<br />

01. (UESC-2011) O trabalho de Mendel não encontrou, em<br />

sua época, um único cientista que o compreendesse a ponto<br />

de nele descobrir uma das maiores obras de toda a ciência.<br />

Parece certo que o ambiente científico não estava preparado<br />

para receber a grande conquista. Mendel constitui, por isso,<br />

um dos mais belos (e tristes) exemplos de homem que<br />

andou à frente de seu tempo, conhecendo fatos e elaborando<br />

leis que a sua época ainda não podia compreender. Além<br />

disso, era um gênio que não tinha condições de se tornar um<br />

figurão da ciência: era sacerdote, tinha publicado um único<br />

trabalho bom e era professor substituto de escola<br />

secundária.<br />

(FREIRE-MAIA, 1995. p. 31).<br />

02. (UESB-2013) . Dois anos depois da publicação do seu<br />

artigo, Mendel foi nomeado abade do mosteiro que residia<br />

e parou de trabalhar com suas ervilhas. Sua originalidade<br />

não recebeu o devido crédito enquanto estava vivo e embora<br />

tenha morrido em 1884, dois anos depois de Darwin,<br />

Charles jamais soube de seu trabalho. Somente quando De<br />

Vries escreveu sobre a pesquisa de Mendel, em 1900, é que<br />

ele foi redescoberto e sua importância reconhecida.<br />

(BOULTER, 2009, p. 163).<br />

A respeito das conclusões obtidas nos experimentos, hoje<br />

considerados clássicos, realizados por Mendel com ervilhas-decheiro<br />

(Pisum sativum), é correto afirmar:<br />

01) A geração F1 apresenta os mesmos fenótipos presentes na<br />

geração parental, mas com genótipos diferentes.<br />

02) A autofecundarão realizada na geração parental produziu<br />

uma F1 com os dois tipos de fenótipos em uma proporção de 3:1.<br />

03) Cada caráter é determinado por um par de fatores (genes)<br />

que se segregam na formação dos gametas e se recombinam ao<br />

acaso na fecundação.<br />

04) Os fatores (genes) responsáveis por duas ou mais<br />

características interagem entre si na determinação de um único<br />

fenótipo.<br />

05) Em um cruzamento entre duplo heterozigotos, deve-se obter<br />

uma descendência com uma proporção genotípica de 1:2:1.<br />

03. (UEFS-2010/1) Mendel foi um revolucionário dentro<br />

do seu meio e do seu tempo. Aceitando o evolucionismo e<br />

a teoria da seleção natural, apesar de discordar de Darwin<br />

em vários pontos, assumia, na sua qualidade de sacerdote,<br />

uma posição altamente arrojada para a sua época. [...]<br />

Mendel introduziu um padrão matemático onde antes havia<br />

confusão, tendo descoberto leis estatísticas que regem<br />

fenômenos dantes considerados como misteriosos e<br />

caóticos. O universo biológico é um universo mendeliano.<br />

(FREIRE-MAIA, 1995, p. 46)<br />

165


166<br />

Em relação aos experimentos clássicos realizados por<br />

Mendel com Pisum sativum, que permitiram,<br />

posteriormente, revolucionar a nossa compreensão a<br />

respeito da hereditariedade, é possível afirmar:<br />

A) Os cálculos estatísticos utilizados por Mendel em seus<br />

experimentos com ervilhas-de-cheiro permitiram<br />

estabelecer uma proporção fenotípica de 1:2:1, nos<br />

resultados da F2.<br />

B) A espécie utilizada nos clássicos experimentos<br />

mendelianos favoreceu a obtenção de resultados precisos<br />

por apresentar gerações de ciclo longo com pequena<br />

produção de descendentes.<br />

C) O cruzamento entre tipos puros produziu na F1 100% de<br />

descendência híbrida que, ao ser autofecundada,<br />

determinou uma F2 com a presença dos dois tipos de<br />

fenótipos presentes na geração parental.<br />

D) A presença do tipo recessivo na F2 esclarece a presença<br />

de um único alelo na determinação das características<br />

analisadas.<br />

E) Cada característica estudada é determinada por um par<br />

de fatores que se segregam na fecundação e se recombinam<br />

na formação dos gametas.<br />

04. (UESB-2014) O conceito popular de que a<br />

hereditariedade é transmitida pelo osso sangue reflete-se<br />

em vários termos comuns, como ser do mesmo sangue",<br />

irmão consanguíneo, e “sangue real”. Mais uma vez,<br />

podemos buscar em Aristóteles a origem dessa crença<br />

equivocada, ainda assim aceita até o fim do século XIX pela<br />

maioria dos biólogos, inclusive Charles Darwin. Gregor<br />

Mendel teve um papel central na erradicação das velhas<br />

crenças sobre as características hereditárias e na<br />

consolidação do estudo da hereditariedade como uma<br />

ciência biológica. (BRODY; BRODY 2007, p.341 ).<br />

Com base nas conclusões dos trabalhos com ervilhas-decheiro<br />

realizados por Mendel e que permitiram desenvolver<br />

uma nova compreensão sobre a hereditariedade, é correto<br />

afirmar:<br />

01) cada caráter é determinado por um par de fatores que se<br />

segregam na formação dos gametas e se recombinam ao<br />

acaso na fecundação.<br />

02) Dois ou mais pares de fatores hereditários podem<br />

expressar as mesmas características em um fenômeno<br />

denominado de interação gênica.<br />

03) os genes não alelos podem agir de forma aditiva na<br />

expressão de uma única característica.<br />

04) os fatores hereditários localizados na porção não<br />

homologa do cromossomo y determinam uma característica<br />

genética exclusiva do sexo masculino.<br />

05) indivíduos que apresentam os dois tipos de<br />

aglutinogênios na membrana de suas hemácias não poderão<br />

apresentar aglutininas espalhadas no plasma do seu sangue.<br />

05. (UEFS-2013/2) Mendel propôs que as unidades<br />

responsáveis pela hereditariedade de características<br />

específicas estão presentes como discretas partículas que<br />

ocorrem em pares e se segregam uma da outra durante a<br />

formação dos gametas. De acordo com essa teoria da<br />

individualidade, as unidades da herança mantêm sua<br />

integridade na presença de outras unidades.<br />

Os experimentos realizados por Mendel, que permitiram as<br />

conclusões expostas nesse texto, podem ser caracterizados<br />

conforme expresso em<br />

A) Cada caráter genético é determinado por um par de<br />

fatores que se combinam na formação dos gametas e se<br />

fundem na fecundação.<br />

B) Os fatores não alelos interagem de forma aditiva durante<br />

a formação genotípica dos novos indivíduos.<br />

C) A herança ligada ao sexo é determinada por genes<br />

posicionados na porção não homóloga do cromossomo X.<br />

D) A presença de três ou mais alelos na determinação de um<br />

único caráter é denominada de pleiotropia, cuja herança é<br />

fiel à lei da segregação, independente dos gametas.<br />

E) O cruzamento entre híbridos na F1 permite a formação<br />

de uma descendência que apresenta os fenótipos dos tipos<br />

parentais em uma proporção de 3:1.<br />

06. (UFPA) Usando seus conhecimentos de probabilidade,<br />

Mendel chegou às seguintes conclusões, com exceção de<br />

uma delas. Indique-a:<br />

a) Há fatores definidos (mais tarde chamados genes) que<br />

determinam as características hereditárias.<br />

b) Uma planta possui dois alelos para cada caráter os quais<br />

podem ser iguais ou diferentes.<br />

c) Os alelos se distribuem nos gametas sem se modificarem<br />

e com igual probabilidade.<br />

d) Na fecundação, a união dos gametas se dá ao acaso,<br />

podendo-se prever as proporções dos vários tipos de<br />

descendentes.<br />

e) Os fatores (genes) responsáveis pela herança dos<br />

caracteres estão localizados no interior do núcleo, em<br />

estruturas chamadas cromossomos.<br />

07. UESB-2010/1 A vida de Gregor Johann Mendel (1822<br />

– 1884) cobriu metade do século XIX. Seus pais eram<br />

fazendeiros na Moravia, então uma parte do império<br />

Habsburg na Europa Central. A vida rural lhe ensinou a<br />

cuidar de plantas e animais e lhe inspirou o interesse pela<br />

natureza. [...]<br />

Mendel fez experimentos com várias espécies de plantas de<br />

jardim e até tentou alguns experimentos com abelhas. Seu<br />

maior sucesso, entretanto, foi com ervilhas. Completou seus<br />

experimentos com as ervilhas em 1863 e passou os dois<br />

anos seguintes analisando e resumindo seus dados Em<br />

1865, apresentou-os à sociedade de historia natural local e,<br />

no ano seguinte publicou um relato detalhado nos anais da<br />

sociedade. Infelizmente esta publicação ficou na<br />

obscuridade até 1900, quando foi redescoberta por três<br />

botânicos, Hugh de Vries, Carl Correns e Eric von<br />

Tschermak. (SNUSTAD, 2001, P. 48)<br />

Pode-se identificar como conclusões obtidas por Mendel<br />

partir da análise dos seus experimentos com ervilha:<br />

01) Durante a produção dos gametas, dois alelos existentes<br />

para determinação de qualquer característica são separados<br />

e segregam em iguais proporções.


02) Quando dois alelos diferentes estão presentes em um<br />

genótipo, apenas a característica do alelo recessivo pode ser<br />

observada no fenótipo.<br />

03) Os genes estão situados nos cromossomos e determinam<br />

a expressão das características fenotípicas à medida que<br />

possuem a sua expressão ativada por enzimas.<br />

04) Os alelos ditos dominantes controlam a determinação<br />

do fenótipo apenas quando estão presentes em duas copias.<br />

05) Em cruzamentos monohíbridos, alelos de diferentes<br />

genes segregam de maneira dependente um do ou durante a<br />

formação de gametas'.<br />

08. (UESC) A descoberta dos trabalhos de Mendel, em<br />

1900, por De Vries, Correns e Von Tschermak ocorreu em<br />

um momento mais oportuno do que o da sua apresentação<br />

em 1865. Com o aperfeiçoamento da microscopia óptica, os<br />

processos de mitose e de meiose estavam sendo elucidados.<br />

Assim, já haviam mais conhecimentos sobre a morfologia<br />

dos cromossomos e sobre os comportamentos dessas<br />

estruturas na divisão celular, em aspectos que podiam<br />

subsidiar uma interpretação citológica da teoria particulada<br />

de Mendel.<br />

Um conhecimento relativo à meiose, que se constitui<br />

subsídio essencial para uma interpretação citológica da 1a<br />

lei de Mendel, é a<br />

01) duplicação das cromátides, na telófase I.<br />

02) separação das cromátides, na prófase II.<br />

03) separação dos elementos de cada par de homólogos, na<br />

anáfase I.<br />

04) ocorrência de um conjunto haplóide de cromossomos,<br />

na metáfase I.<br />

05) preservação da sinapse até o final da segunda divisão<br />

meiótica.<br />

Questões 09 e 10 UESC – 2007<br />

09. "Todo homem deve exatamente metade de sua herança<br />

a sua mãe e a outra metade ao pai".<br />

Considerando-se os princípios da hereditariedade e eventos<br />

associados à formação dos gametas, a equivalência nas<br />

contribuições materna e paterna é definida no momento em<br />

ocorre<br />

01) a separação dos cromossomos homólogos na primeira<br />

divisão meiótica.<br />

02) duplicação de cada um dos cromossomos.<br />

03) organização da placa metafásica na meiose II.<br />

04) recombinação de segmentos entre cromátides<br />

homólogas.<br />

05) migração das cromátides-irmã para pólos opostos da<br />

célula-mãe na primeira divisão da meiose.<br />

10. A expressão genotípica pode levar a prevalecer traços<br />

maternos ou paternos.<br />

Esse fenômeno deve ser associado à<br />

01) origem paterna do cromossomo X nos filhos do sexo<br />

masculino.<br />

02) predominância na expressão dos genes autossômicos<br />

paternos nos indivíduos do sexo masculino.<br />

03) variação no número e genes, conforme o sexo do<br />

indivíduo, em características quantitativas.<br />

04) existência de dominância e recessividade entre as<br />

formas alélicas distintas.<br />

05) condição de triploidia de cromossomos maternos ou<br />

paternos.<br />

11. As sementes lisas, em Pisum sativum, são farináceas,<br />

enquanto as sementes rugosas são adocicadas. O alelo R,<br />

que condiciona a semente lisa, corresponde a um gene,<br />

codificador de uma enzima, que converte a maltose em<br />

amido, e o alelo r corresponde a uma forma mutante desse<br />

gene e codifica uma enzima inativa. A observação<br />

microscópica dos grãos de amido, nas sementes lisas,<br />

revelou que eles se diferenciam conforme a condição<br />

homozigótica ou heterozigótica.<br />

01) essas diferenças podem ser explicadas porque todo o<br />

amido nos indivíduos rr é convertido em maltose.<br />

02) a concentração da enzima ativa é menor nos<br />

heterozigotos do que nos homozigotos RR.<br />

03) os alelos interagem produzindo uma característica<br />

intermediária.<br />

04) os grãos rr são mais adocicados pela presença de um<br />

monossacarídeo.<br />

05) o alelo r é inibido pelo R.<br />

Questões de 12 a 14 UESB – 96<br />

A ação gênica e seus efeitos no fenótipo está exemplificada<br />

no esquema a seguir:<br />

12. A interpretação mendeliana<br />

do diagrama está expressa em:<br />

I. O caráter estudado é<br />

determinado por um par de genes<br />

alelos.<br />

II. A expressão do fenótipo<br />

mutante independe da condição<br />

de homozigose.<br />

III. Os gametas produzidos pelos homozigotos apresentam<br />

os dois alelos que condicionam o caráter.<br />

IV. O alelo determinante do tipo selvagem comporta-se<br />

como dominante.<br />

13. Pode-se indicar como características da expressão<br />

gênica:<br />

I. O gene para o tipo selvagem condiciona a síntese de uma<br />

cadeia polipeptídica.<br />

II. Todo fenótipo resulta da presença ou da ausência de<br />

uma determinada proteína.<br />

III. O alelo mutante surgiu de uma alteração na molécula<br />

de DNA constituinte do alelo selvagem.<br />

IV. A dominância é explicitada pela ausência de produto<br />

do alelo mutante.<br />

167


14. "Entre as abelhas, o sexo não é determinado por genes<br />

no cromossomo X ou Y, mas, aparentemente, pelo simples<br />

fato de serem os ovos fecundados ou não. Os ovos<br />

fecundados ficam com dois conjuntos de n cromossomos<br />

(...) e geram fêmeas de duas castas: operária e rainha. Dos<br />

não fecundados, que têm apenas o conjunto dos<br />

cromossomos do óvulo, (...) nascem machos."<br />

(CIÊNCIA HOJE, p. 33)<br />

Da interpretação do texto, depreende-se:<br />

I. A informação genética que define a espécie está contida<br />

no genoma haplóide.<br />

II. Em abelhas, não há determinação genética do sexo.<br />

III. A condição de diploidia é essencial para a expressão de<br />

um caráter.<br />

IV. Nos machos, o material genético está distribuído em<br />

cromossomos homólogos.<br />

15. (Consultec) "Em hortências, a cor das flores varia do<br />

rosa ao azulado, dependendo da acidez do solo. Em solos<br />

ácidos, as flores apresentam tons de rosa e em solos<br />

alcalinos, a coloração se torna azulada."<br />

A situação evidencia um aspecto da evolução biológica que<br />

tem como explicação:<br />

[a] a completa dependência do genoma na expressão dos<br />

caracteres hereditários.<br />

[b] a indução imediata de alterações no gene associado à<br />

produção de pigmentos da flor.<br />

[c] a seleção natural, atuando de modo a direcionar uma<br />

população para um único fenótipo.<br />

[d] a manifestação do fenótipo como resultado da interação<br />

entre o genótipo e o meio.<br />

[e] a uniformidade da norma de reação para todos os<br />

caracteres.<br />

Questões 16 e 17 (Consultec)<br />

A ilustração abaixo esquematiza um dos experimentos que<br />

permitiram a Mendel, em 1865, esclarecer o problema da<br />

hereditariedade. Ao lado, um diagrama da interpretação dos<br />

dados.<br />

proposição de um princípio fundamental da hereditariedade<br />

denominado:<br />

[a] "teoria cromossômica".<br />

[b] "pureza dos gametas".<br />

[c] "herança dos caracteres adquiridos".<br />

[d] "ligação fatorial".<br />

[e] "segregação independente".<br />

18. (UESC-2000) A tabela apresenta dados relativos a<br />

experimentos de Mendel, realizados com variedades da<br />

ervilha Pisum sativum, em que ele analisou a transmissão<br />

hereditária de sete características que ocorriam sob duas<br />

formas alternativas.<br />

Tipos de<br />

cruzamentos<br />

entre indivíduos<br />

1. Forma da<br />

semente<br />

lisa X rugosa<br />

2. Cor da semente<br />

amarela X verde<br />

3. Cor das casca<br />

de semente<br />

cinza X branca<br />

4. Forma da<br />

vagem<br />

inflada X<br />

comprimida<br />

5. Cor da vagem<br />

madura<br />

verde X amarela<br />

6. Disposição da<br />

flor no caule<br />

axilar X terminal<br />

7. comprimento<br />

do caule<br />

longo X curto<br />

Características<br />

das plantas F 1<br />

Sementes lisas<br />

Sementes amarelas<br />

Sementes de casca<br />

cinza<br />

Vagens infladas<br />

Vagens verdes<br />

Flores axilares<br />

Caule longo<br />

Plantas F 2<br />

5.474 lisas<br />

1.850 rugosas<br />

--------------------------<br />

-<br />

7.324 (total analisado)<br />

6.022 amarelas<br />

2.001 verdes<br />

--------------------------<br />

-<br />

8.023 (total analisado)<br />

705 cinza<br />

224 brancas<br />

--------------------------<br />

-<br />

929 (total analisado)<br />

882 infladas<br />

299 comprimidas<br />

--------------------------<br />

-<br />

1.181 (total analisado)<br />

428 verdes<br />

152 amarelas<br />

--------------------------<br />

580 (total analisado)<br />

651 axilares<br />

207 terminais<br />

--------------------------<br />

858 (total analisado)<br />

787 longos<br />

277 curtos<br />

--------------------------<br />

-<br />

1.064 (total analisado)<br />

A análise desses dados permite concluir:<br />

16. As informações apresentadas evidenciam<br />

[a] a existência de um único "fator" condicionando um<br />

caráter.<br />

[b] a segregação e reencontro de "fatores" como<br />

mecanismos de herança.<br />

[c] a continuidade da vida através da reprodução assexuada.<br />

[d] a uniformidade da descendência como princípio básico<br />

da hereditariedade.<br />

[e] a perda de um traço fenotípico pela diluição dos fatores<br />

ao longo das gerações.<br />

01) O cruzamento entre duas variedades puras produz<br />

sempre uma descendência uniforme.<br />

02) A proporção genotípica 3 :1 é constante na F2 de<br />

monoíbridos.<br />

03) A polinização cruzada favorece a preservação de<br />

linhagens puras.<br />

04) A relação genotípica na F1, é diferente da fenotípica.<br />

05) A presença de um fator garante a expressão do caráter<br />

recessivo.<br />

19. (UESB- 93) As ilustrações esquematizam as gerações<br />

F1 e F2 de um experimento clássico, realizado por Mendel.<br />

168<br />

17. (Consultec) O aspecto essencial das idéias de Mendel<br />

"nascidas" a partir desse experimento o permitiu a


vermelhas. Nesse caso, Mendel chamou a cor vermelho de<br />

dominante e a cor branca de recessiva. A explicação<br />

oferecida por ele para esses resultados era a de que as<br />

plantas de flores vermelhas da geração inicial (P) possuíam<br />

dois fatores dominantes iguais para essa característica<br />

(VV), e as plantas de flores brancas possuíam dois fatores<br />

recessivos iguais (vv). Todos os descendentes desse<br />

cruzamento, a primeira geração de filhos (F1), tinham um<br />

fator de cada progenitor e eram Vv, combinação que<br />

assegura a cor vermelha nas flores.<br />

A análise do resultado apresentado na F2 revela que:<br />

(A) Os progenitores F1 são homozigotos.<br />

(B) As características expressas na F2 são dominantes.<br />

(C) O resultado, na F2, fundamentou a definição da segunda<br />

lei de Mendel.<br />

(D) Os indivíduos altos da F2 podem ser homozigotos ou<br />

heterozigotos.<br />

(E) As plantas anãs produzem dois tipos de gametas.<br />

20. (Consultec) Os princípios da hereditariedade<br />

elucidados por Mendel a partir de experimentos, hoje<br />

clássicos, pressupõem:<br />

[a] a formação de células sexuais de um só tipo a partir de<br />

um só indivíduo híbrido<br />

[b] a existência de um fator, determinando a expressão de<br />

um caráter como aspecto universal da herança biológica.<br />

[c] o encontro preferencial de gametas, originando<br />

combinações na proporção 1: 2: 1, independente da<br />

constituição genética dos pais.<br />

[d] a recombinação de fatores que possibilitam o<br />

aparecimento de combinações fenotípicas não presentes nos<br />

pais.<br />

[e] a segregação dos fatores que mantêm invariavelmente as<br />

mesmas combinações genotípicas.<br />

21. (UESB-98.1) A figura ilustra o ciclo de vida de um<br />

metazoário, em que se evidencia a alternância de fases<br />

citológicas.<br />

É um aspecto que caracteriza esse ciclo:<br />

01) A fase diplóide é reduzida aos gametas<br />

02) Os produtos da meiose evoluem em células sexuais<br />

03) Os gametas se originam de gônias haplóides<br />

04) A fecundação preserva a condição haplóide<br />

05) A fase predominante é mantida por mitoses haplóides<br />

22. ENEM Mendel cruzou plantas puras de ervilha com<br />

flores vermelhas e plantas puras com flores brancas, e<br />

observou que todos os descendentes tinham flores<br />

Tomando-se um grupo de plantas cujas flores são<br />

vermelhas, como distinguir aquelas que são VV das que são<br />

Vv?<br />

a) Cruzando-as entre si, é possível identificar as plantas que<br />

tem o fator v na sua composição pela análise de<br />

características exteriores dos gametas masculinos, os grãos<br />

de pólen.<br />

b) Cruzando-as com plantas recessivas, de flores brancas.<br />

As plantas VV produzirão apenas descendentes de flores<br />

vermelhas, enquanto as plantas Vv podem produzir<br />

descendentes de flores brancas.<br />

c) Cruzando-as com plantas de flores vermelhas da geração<br />

P. Os cruzamentos com plantas Vv produzirão descendentes<br />

de flores brancas.<br />

d) Cruzando-as entre si, é possível que surjam plantas de<br />

flores brancas. As plantas Vv cruzadas com outras Vv<br />

produzirão apenas descendentes vermelhas, portanto as<br />

demais serão VV.<br />

e) Cruzando-as com plantas recessivas e analisando as<br />

características do ambiente onde se dão os cruzamentos, é<br />

possível identificar aquelas que possuem apenas fatores V.<br />

RESOLVENDO PROBLEMAS<br />

01. Como determinar, em problemas, qual o fenótipo<br />

recessivo ou dominante? Tente, em cada caso, fazer isto<br />

nas condições que são apresentadas abaixo:<br />

a) Do cruzamento entre um casal normal obteve-se um<br />

descendente albino.<br />

b) Um casal destro teve um filho canhoto.<br />

c) Um casal de visão normal teve um filho míope.<br />

d) Um casal de cães de pêlos brancos teve um descendente<br />

preto.<br />

e) Uma cobaia cinza, heterozigota, ao ser cruzada com<br />

outra de pelo branco produziu em iguais proporções,<br />

descendentes brancos e cinzas.<br />

02. Do cruzamento entre um casal de indivíduos portadores<br />

de uma anomalia denominada de queratose, nasceram, ao<br />

longo de várias gestações, 4 descendentes dos quais 3 eram<br />

normais e 1 portava queratose. Qual a característica<br />

dominante? Justifique!<br />

03. Dois albinos podem ter filhos normais? Um homem<br />

albino casado com uma mulher normal pode ter filhos<br />

albinos? E normais? Em que condições?<br />

04. Suponhamos que na mosca das frutas Drosophila<br />

melanogaster, um gene B, dominante, condicione corpo<br />

cinzento, enquanto que o recessivo b, condiciona cor preta.<br />

169


170<br />

Cruza-se um macho de corpo cinzento com uma fêmea de<br />

corpo preto, e obtêm-se em F 1 84 moscas cinzentas e 78<br />

moscas pretas.<br />

a- Qual o genótipo do macho parental? Como você chegou<br />

a essa conclusão?<br />

b- Que resultado fenotípico você espera do cruzamento de<br />

um macho cinzento com uma fêmea preta, ambos da<br />

geração F1? Em que proporções?<br />

05. Cruzando-se ervilhas de sementes amarelas<br />

(dominantes) com ervilhas de sementes verdes obtém-se em<br />

F1 proporções iguais de sementes verdes e amarelas.<br />

Pergunta-se:<br />

a- Qual o genótipo dos pais?<br />

b- Se deste cruzamento resultarem 750 sementes, quantas<br />

serão amarelas?<br />

c- Qual a proporção genotípica e fenotípica esperada do<br />

cruzamento entre ervilhas amarelas , ambas da geração<br />

F1, sabendo que o total de descendentes foide 2500<br />

sementes?<br />

06. Cobaias pretas, filhas de machos de pelagem branca<br />

foram cruzados entre si produzindo 59 descendentes com<br />

pelagem preta e 21 com pelagem branca.<br />

a- Determine os genótipos das cobaias cruzadas.<br />

b- Os resultados estão de acordo com a 1ª lei de Mendel?<br />

Justifique.<br />

07. No homem, o caráter lobo aderente da orelha<br />

condicionado por um gene recessivo em relação ao alelo<br />

que condicione lobo solto. Do casamento de dois<br />

indivíduos com orelhas de lobos soltos, ambos os filhos de<br />

mãe com orelha de lobo aderente resultou um filho com<br />

orelha de lobo aderente.<br />

a- Determine o genótipo dos dois indivíduos em questão,<br />

assim como o do filho.<br />

b- Quais os genótipos possíveis para outros filhos do casal.<br />

Questões 08 e09(UESB-99.2)<br />

O heredograma registra a<br />

ocorrência de uma desordem<br />

bioquímica em três gerações<br />

de uma família:<br />

08. A análise dos dados permite concluir que o caráter em<br />

estudo é herdado segundo padrão:<br />

[a] Autossômico recessivo<br />

[b] Autossômico dominante.<br />

[c] Restrito ao sexo.<br />

[d] Influenciada pelo sexo.<br />

[e] Recessivo, ligado ao sexo.<br />

09. Em relação à herança da desordem bioquímica<br />

considerada, é correto afirmar:<br />

[a] Indivíduos afetados são sempre homozigotos.<br />

[b] as proporções genotípicas e fenotípicas são sempre<br />

coincidentes.<br />

[c] A probabilidade de casais, como 8X9, ter um filho com<br />

a doença é de 3/4.<br />

[d] Casais, como 3X4, têm 1/4 de probabilidade de ter um<br />

filho com a doença.<br />

[e] Indivíduos normais formam dois tipos de gametas para<br />

os alelos condicionantes do distúrbio.<br />

10. (UESB-99.1) O<br />

heredograma registra os<br />

dados de uma família em<br />

que ocorrem casos de<br />

polidactilia<br />

A análise da ilustração<br />

permite afirmar:<br />

[a] Indivíduos com polidactilia são todos homozigotos.<br />

[b] a probabilidade de o casal 5 X 6 da geração II ter um<br />

terceiro filho com polidactilia é de 100% .<br />

[c] O indivíduo 5 da geração III forma apenas um tipo de<br />

gameta.<br />

[d] O indivíduo 4 da geração II não poderia ter filhos de<br />

fenótipo normal.<br />

[e] A proporção genotípica esperada para a descendência do<br />

casal da geração I é de 1:1.<br />

11. (UESB-2002) A característica considerada no<br />

herodograma abaixo é condicionada por um par de alelos.<br />

Os símbolos escuros representam indivíduos portadores de<br />

certo tipo de surdez, enquanto os claros indicam pessoas<br />

normais.<br />

Assinale a alternativa que contém os genótipos das pessoas<br />

1, 2, 3, e 4 e o tipo de alelo que causa anomalia.<br />

1 2 3 4 Alelo<br />

A ss SS ss ss dominante<br />

B Ss ss Ss Ss recessivo<br />

C ss Ss ss ss dominante<br />

D SS ss ss SS dominante<br />

E Ss ss SS Ss recessivo<br />

22. (UESB-2003) Em cajueiros, o alelo que determina<br />

cajus vermelhos é dominante em relação ao que condiciona<br />

a cor amarela dos pseudofrutos. Cruzando-se cajueiros<br />

heterozigóticos, obtiveram-se 16 novas plantas. Dessas<br />

espera-se que produzam cajus vermelhos apenas<br />

(A) 12<br />

(B) 9<br />

(C) 8<br />

(D) 4<br />

(E) 2<br />

13. (UESC -2004) Prova específica.


A figura refere-se a aspectos na reprodução humana.<br />

Os círculos indicados por I, II,<br />

III, IV, V, VI e VII, devem ser<br />

preenchidos com símbolos que<br />

caracterizam a espécie em<br />

relação à condição<br />

cromossômica<br />

nos<br />

progenitores, nos possíveis<br />

gametas e zigotos.<br />

Indique os símbolos que preenchem corretamente os<br />

círculos.<br />

14. (UFBA-91) A partir da análise do herodograma acima,<br />

é possível concluir:<br />

b- Quantas, das 36 plantas filhas com frutos brancos, são<br />

heterozigotas?<br />

c- Se as 36 plantas filhas com frutos brancos forem<br />

cruzadas cada uma com uma planta de frutos amarelos e<br />

cada cruzamento produzirem dez descendentes, quantas<br />

plantas com frutos brancos esperamos obter destes<br />

cruzamentos?<br />

NOÇÕES DE PROBABILIDADE<br />

Probabilidade é a parte da Estatística que visa estimar,<br />

matematicamente, as possibilidades de eventos casuais<br />

acontecerem.<br />

A probabilidade de um evento acontecer é dada pelo<br />

quociente (razão) entre o número de eventos desejados e o<br />

número total de eventos possíveis.<br />

1. O heredograma registra uma única união consanguínea.<br />

2. Os indivíduos da geração III são primos em primeiro<br />

grau.<br />

3. O gene A, nos indivíduos da geração III, provêm de<br />

uma mesma família.<br />

4. A consangüinidade aumenta a possibilidade de<br />

nascimento de indivíduos com doenças genéticas<br />

recessivas.<br />

5. A probabilidade de transmissão do gene a de um<br />

indivíduo da geração III para a geração IV é de 1/2.<br />

6. O padrão de transmissão dos genes no heredograma<br />

evidencia uma herança ligada ao sexo.<br />

15. (UFBA-2003-II) A<br />

fenilcetonúria é uma alteração<br />

metabólica com padrão de herança<br />

autossômica recessiva, cuja<br />

manifestação pode ser controlada<br />

por dieta específica, quando<br />

diagnosticada precocemente ––<br />

“teste do pezinho”.<br />

O heredograma registra a ocorrência da fenilcetonúria em<br />

uma família.<br />

Com base na análise da genealogia, indique o genótipo do<br />

indivíduo com fenilcetonúria, o dos seus pais e estime a<br />

probabilidade de esse indivíduo, casando-se com uma<br />

mulher normal para essa característica, ter descendentes<br />

afetados.<br />

16. Em abóboras, o fruto pode ser branco ou amarelo. Duas<br />

plantas, com frutos brancos, foram cruzadas e a<br />

descendência apresentou 36 plantas com frutos brancos e 12<br />

com frutos amarelos. Pergunta-se:<br />

a- Qual a cor dominante? Justifique.<br />

Exemplos:<br />

a) No lançamento de um dado a probabilidade de sair o<br />

número 5 é 1/ 6.<br />

Os casos possíveis são: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Em seis<br />

possibilidades apenas uma corresponde ao cinco.<br />

Logo:<br />

b) Ao lançarmos uma moeda, a probabilidade de “sair” cara<br />

é de 1/ 2.<br />

Os casos possíveis são Cara e Coroa. Em duas<br />

possibilidades, uma é favorável.<br />

Logo:<br />

c) No cruzamento entre dois heterozigotos a probabilidade<br />

de se obter um descendente, também heterozigoto é 1/ 2.<br />

Os casos possíveis são AA, Aa, Aa e aa. Em 4 casos<br />

possíveis, dois são favoráveis.<br />

Logo: P (Aa)=<br />

REGRAS DE<br />

PROBABILIDADE<br />

REGRA DO “E” - leia ( i )<br />

Quando desejamos calcular a probabilidade simultânea<br />

de dois ou mais eventos independentes.<br />

171


composto que apresenta grande similaridade com a<br />

fenilalanina.<br />

A presença do ácido fenilpirúvico decorre de um erro<br />

metabólico, que envolve uma deficiência na via metabólica,<br />

que converte a fenilalanina em tirosina, e o acúmulo<br />

daquela substância era a causa do retardo mental.<br />

Posteriormente, concluiu-se que se<br />

tratava de uma doença hereditária, autossômica e recessiva,<br />

que foi chamada de fenilcetonúria. Atualmente, essa doença<br />

pode ser detectada em recém-nascidos pelo “Teste do<br />

Pezinho”. A associação da doença com a fenilalanina<br />

permitiu o controle de sua expressão por meio de uma dieta<br />

adequada, o que determina a obrigatoriedade do teste.<br />

Considerando os genitores das duas crianças referidas e a<br />

base genética da fenilcetonúria, a probabilidade de outra<br />

criança desse casal nascer também afetada é de<br />

A) 3/4<br />

B) 1/2<br />

C) 1/4<br />

D) 1/16<br />

E) 1/64<br />

CO-DOMINÂNCIA E HERANÇA<br />

INTERMEDIÁRIA<br />

Existem casos em que não se verifica a relação de<br />

dominância e recessividade entre dois alelos. Quando da<br />

ocorrência desse fato, os alelo se expressam<br />

simultaneamente, nos heterozigotos, determinado um<br />

terceiro fenótipo – intermediário entre os extremos<br />

parentais.<br />

Por definição, a codominância é fruto da ação simultânea<br />

de dois alelos funcionais distintos. Ao contrário, a<br />

dominância se explica pelo fato de entre dois alelos, apenas<br />

um deles tem significado de codificação (é funcional) e, sua<br />

expressão resulta na produção de uma determinada<br />

substância. O alelo não funcional é dito recessivo e, estando<br />

em dose dupla (homozigose) não é produzida qualquer<br />

substância ou quando isso ocorre, não tem valor fisiológico<br />

ou estrutural.<br />

Quando, no entanto, dois alelos funcionais atuam<br />

podemos observar dois efeitos: os homozigotos apresentam<br />

fenótipos distintos com apenas um dos produtos<br />

(“proteínas”) codificados e os heterozigotos apresentam os<br />

dois produtos distintamente; nesse caso configura-se a<br />

codominância. Quando, no entanto, o heterozigoto<br />

apresenta um fenótipo intermediário entre os dois tipos<br />

homozigóticos, caracteriza-se a dominância incompleta.<br />

Ex.: Co-domiância = Grupo sanguíneo AB.<br />

Dominância incompleta = Cor das flores em Mirabilis.<br />

A determinação da cor das flores em Maravilha (Mirabilis<br />

Jalapa)<br />

Nesses casos, a proporção fenotípica se iguala a<br />

genotípica sendo de 1: 2: 1. No entanto, continuam atuando<br />

na determinação da característica dois alelos e a segregação<br />

entre eles continua ocorrendo durante a formação dos<br />

gametas.<br />

Exercícios<br />

01. No monoibridismo, cruzamento entre indivíduos onde<br />

se considera apenas um par de alelos, sabe-se que:<br />

a. No caso em que há dominância, aparecem três fenótipos<br />

na F2.<br />

b. Nos casos em que há ausência de dominância há na<br />

geração F2, 2 fenótipos.<br />

c. A proporção fenotípica na F2 é de 3:1, quando não há<br />

dominância.<br />

d. A proporção fenotípica na F2 de 1:2:1 nos casos com<br />

dominância e quando não há dominância.<br />

e. A proporção genotípica na F2 de 1:2:1 nos casos com<br />

dominância e quando não há dominância.<br />

02. Na raça de gado Shorthorn, encontramos indivíduos<br />

com pelagem vermelha, indivíduos com pelagem branca e<br />

indivíduos com pelagem ruã (uma mistura de vermelho e<br />

branco). Cruzamentos entre indivíduos tipo ruão produzem<br />

prole onde 1/4 dos indivíduos apresentam pelagem<br />

vermelha, 1/4 apresentam pelagem branca e 1/2<br />

apresentam pelagem ruã.<br />

a- Determine a relação de dominância entre os<br />

caracteres em questão.<br />

Os resultados estão de acordo com o esperado pela lei de<br />

Mendel? Justifique.<br />

03. (Consultec) A figura ilustra o padrão<br />

de herança da cor das pétalas em<br />

Mirabilis jalapa, cuja interpretação<br />

permite afirmar:<br />

01) Flores de pigmentação vermelha<br />

podem ser homozigotas ou heterozigotas.<br />

02) A coloração rosa reflete a dominância<br />

e a recessividade como única interação<br />

alélica possível.<br />

03) Plantas de flor branca produzem tipos diferentes de<br />

gametas.<br />

04) A coloração das flores de F1 evidencia a mistura dos<br />

caracteres com perda da individualidade dos fatores.<br />

173


05) Há existência de igualdade entre proporção genotípica<br />

e fenotípica na F2.<br />

04. (UESB-2010-2) O cruzamento de variedades parentais<br />

puras de boca-de-leão, Antirrhinum majus, que<br />

apresentam cor das flores branca e vermelha produzem toda<br />

a prole F1 com flores de cor rosa, fenótipo intermediário ao<br />

dos parentais.<br />

Esses resultados podem ser perfeitamente explicados pela<br />

ocorrência de<br />

1. dominância completa.<br />

2. pleiotropia.<br />

3. dominância incompleta.<br />

4. recessividade completa.<br />

5. codominância.<br />

05. No monohibridismo com dominância intermediária<br />

(semidominância ou codominância), as proporções<br />

genotípicas e fenotípicas, em F2 serão, respectivamente:<br />

a) 3:1 e 1:2:1<br />

b) 3:1 e 3:1<br />

c) 1:2:1 e 3:1<br />

d) 1:2:1 e 1:2:1<br />

06. Se considerarmos, de um modo genérico, um<br />

cruzamento entre dois híbridos Aa X Aa podemos esperar<br />

os resultados AA, Aa e aa.<br />

As interpretações genotípicas e fenotípicas destes<br />

resultados podem ser:<br />

[01] Se AA = Aa, então estamos diante de um caso previsto<br />

por Mendel em sua primeira lei.<br />

08. (UEFS-2014/1) O paciente mais velho (46 anos de<br />

idade) a ter recebido transplante de medula por anemia<br />

falciforme relata: “Minha mãe estava grávida de mim<br />

quando minha irmã de dois anos morreu com os sintomas<br />

clássicos de anemia falciforme”.<br />

Quando eu tinha alguns meses de vida (1966), perceberam<br />

que eu também estava ficando pálido. Demorou para fazer<br />

o diagnóstico, pois minha irmã morreu sem ninguém saber<br />

que era anemia falciforme”. (LENHARO, 2013).<br />

A análise das informações relatadas pelo paciente permite<br />

considerações, entre as quais se destaca a indicada em<br />

A) A hemoglobinopatia é decorrente da herança de genes<br />

localizados no cromossomo X.<br />

B) A mãe do paciente provavelmente possui genótipo<br />

HbA/HbS, sendo portadora de traço falcêmico.<br />

C) A ocorrência de anemia falciforme nas famílias segue<br />

um padrão de herança autossômica dominante.<br />

D) A probabilidade desse indivíduo ter filho com anemia<br />

falciforme independe do genótipo de sua parceira.<br />

E) Os pais do paciente, por serem normais e terem tido dois<br />

filhos afetados têm uma probabilidade de 50% de terem um<br />

terceiro filho com anemia falciforme.<br />

[02] Se AA, não se mostrar viável, a proporção fenotípica<br />

será de 1:2:1 quando se tratar de co-dominância.<br />

[04] Se AA Aa, fala-se aqui em herança intermediária e a<br />

proporção genotípica é a mesma da primeira lei de Mendel.<br />

[08] Se um determinado fenótipo depende, para se<br />

manifestar, exclusivamente, de um dos genótipos AA ou aa,<br />

dizemos que este fenótipo e recessivo.<br />

[16] Quando uma característica que se manifesta num<br />

determinado indivíduo está ausente em genitores<br />

fenotipicamente idênticos, dizemos que esta característica é<br />

recessiva.<br />

[32] Quando dois híbridos portam um fenótipo dominante,<br />

invariavelmente, é esperado um percentual de 50% de<br />

homozigotos.<br />

[64] Quando uma característica se apresenta com três<br />

fenótipos, certamente trata-se de um caso de genes letais.<br />

07. Uma determinada doença é transmitida por um gene que<br />

codifica uma enzima. Indivíduos doentes caracterizam-se<br />

pela ausência de atividade enzimática no sangue (0<br />

unidades/ ml). A atividade da enzima, em indivíduos<br />

normais, é de 100 unidade/ml no sangue Indivíduos que<br />

possuem a forma branda da doença apresenta níveis da<br />

enzima de 50 unidades/ml no sangue. A genética da doença<br />

está representada conforme a genealogia abaixo:<br />

Após a análise da genealogia determine:<br />

a) Como se explica o mecanismo de transmissão da<br />

doença.<br />

b) Determine os genótipos dos indivíduos da genealogia<br />

(na árvore).<br />

UESB-2000.2 QUESTÕES 09 E 10<br />

Indivíduos heterozigotos (portadores) para a anemia<br />

falciforme são geralmente saudáveis, embora apresentem<br />

uma fração de suas hemácias em forma de foice e alguns<br />

sintomas da doença quando submetidos a ambientes com<br />

redução de oxigênio; os indivíduos homozigotos recessivos<br />

são afetados e morrem por apresentar apenas hemácias<br />

em forma de foice.<br />

09. Com relação à herança da anemia falciforme e suas<br />

repercussões, é correto afirmar:<br />

01) Um casal de heterozigotos tem 50% de chance de gerar<br />

um primogênito afetado.<br />

02) Os indivíduos que produzem apenas hemácias normais<br />

formam dois tipos de gametas.<br />

03) A produção de hemácias alteradas está associada a um<br />

único tipo de genótipo.<br />

04) A transmissão da anemia falciforme envolve mais de<br />

um par de alelos.<br />

05) A consangüinidade constitui fator de risco para<br />

aparecimento de indivíduos com anemia falciforme.<br />

10. A herança da anemia falciforme ocorre segundo o<br />

padrão<br />

174


01) autossômico dominante.<br />

02) autossômico co-dominante.<br />

03) epistático recessivo.<br />

04) ligado ao cromossomo X.<br />

05) ligado ao cromossomo Y.<br />

GENES LETAIS<br />

Em 1905, Lucien Claude Cuénot, geneticista francês,<br />

observou que em determinados camundongos, a<br />

determinação da cor dos pêlos não obedecia a proporção<br />

clássica da 1ª lei de Mendel. Ao contrário, do cruzamento<br />

entre camundongos de pelagem amarela, obteve a<br />

proporção fenotípica de 2:1. Não obstante, O gene (A) para<br />

a pigmentação amarela dominava o gene (a), determinante<br />

do pelo aguti.<br />

provenientes de um casal SEM ASAS, o criador<br />

deverá obter quantos machos adultos SEM ASAS?<br />

03. Existe, no gado bovino, um gene letal que provoca<br />

deformações no bezerro, o qual nasce morto. Vacas normais<br />

foram fecundadas por um touro normal, gerando um total<br />

de 32 bezerros, dos quais 8 nascem mortos devido ao gene.<br />

Por coincidência, dos bezerros que sobreviveram metade é<br />

constituída por machos e metade por fêmeas. Todas as<br />

fêmeas dessa descendência são cruzadas, na idade adulta,<br />

com touro heterozigoto, e cada cruzamento produz dois<br />

filhotes. Pergunta-se: Quantos serão os descendentes vivos<br />

desse último cruzamento?<br />

ALELOS MÚLTIPLOS<br />

Em alguns casos, determinadas características são<br />

determinadas por mais de um alelo. Tais casos são<br />

O fato o levou à hipótese de que os embriões AA se<br />

formariam durante a fecundação, no entanto, por algum<br />

motivo, não chegariam a nascer – eram inviáveis.<br />

Considerou assim, que o gene A é dominante sobre o a e<br />

determina pêlo amarelo. Em homozigose é letal, fato que<br />

justificaria a proporção de 2:1.<br />

A hipótese foi confirmada após a constatação de um ¼ dos<br />

embriões terem sido encontrados no útero de ratas<br />

heterozigotas fecundadas por machos de mesma<br />

constituição fenotípica. Atualmente reconhecemos esses<br />

genes nas mais diversas espécies de seres vivos.<br />

Exercícios<br />

01. Existem galinhas que têm penas e asas anormalmente<br />

curtas. Sempre que essas galinhas são cruzadas com<br />

indivíduos normais, na descendência ocorrem galinhas<br />

anômalas e normais, na proporção de 1:1. Quando, porém,<br />

duas aves anômalas são cruzadas, a proporção obtida é de<br />

duas aves anômalas para cada ave normal. Como<br />

poderíamos explicar esse tipo de herança?<br />

denominados de alelos múltiplos ou polialelia. A polialelia<br />

é explicada pelo fato dos genes sofrerem mutações gerando<br />

nos alelos e, consequentemente aumentando a variabilidade<br />

genética da espécies.<br />

Caso clássico:<br />

A cor dos pêlos em coelhos pode se manifestar em<br />

quatro padrões fenotípicos distintos: selvagem ou aguti,<br />

chinchila, himalaia e albino. Esses fenótipos são<br />

condicionados, respectivamente, pelos genes C > c ch > c h<br />

> c a . O sinal > indica dominância. Assim os fenótipos e<br />

os respectivos fenótipos ficariam assim distribuídos.<br />

02. Em pombos, a ausência de asas é condicionada<br />

geneticamente.<br />

Um criador observou que do cruzamento: NORMAL x<br />

SEM ASAS, nascem filhotes normais e sem asas em<br />

proporções iguais. O criador observou ainda que do<br />

cruzamento: SEM ASAS x SEM ASAS, nascem filhotes<br />

normais e sem asas mas na proporção respectivamente igual<br />

a 1/3 : 2/3. Pergunta-se:<br />

a- Usando-se 40 ovos seguramente fertilizados,<br />

provenientes de um casal onde o macho era sem asas<br />

e a fêmea normal, o criador deverá obter quantos<br />

machos adultos sem asas?<br />

b- Usando-se 40 ovos seguramente fertilizados,<br />

Observe que mesmo havendo mais de dois genes<br />

determinado uma característica, cada indivíduo só porta<br />

dois desses genes. Assim, no que se refere ao número de<br />

175


genes que cada indivíduo porta, a polialelia continua<br />

enquadrada nos princípios mendelianos da transmissão das<br />

partículas hereditárias. No entanto, ao contrário do que se<br />

constata no monoibridismo, a diversidade fenotípica é<br />

maior. Tal diversidade deve-se ao fato dos alelos terem<br />

sofrido mutações ao longo dos tempos, possibilitando uma<br />

maior variabilidade genética para as espécies.<br />

Exercícios<br />

01. Determine os descendentes nos cruzamentos abaixo:<br />

a) Aguti heterozigoto para chinchila com chinchila<br />

heterozigoto para himalaia.<br />

b) Selvagem heterozigoto para albino com chinchila<br />

heterozigoto para albino.<br />

c) Himalaia heterozigoto com chinchila heterozigoto para<br />

albino.<br />

02. O controle genético de um determinado traço é feito por<br />

uma série de 4 alelos. A relação de dominância entre eles é<br />

A1 > A2 = A3 > A4 , onde o sinal > indica dominância e o<br />

sinal = indica codominância. Mostre quantos genótipos e<br />

fenótipos diferentes podem ser gerados do cruzamento A1<br />

A2 X A3A4.<br />

03. Em certa espécie de cobaias, um série de alelos<br />

múltiplos controla a pigmentação dos pêlos que podem ser<br />

Marrom, castanho e branco, determinadas, respectivamente<br />

pelos genes B m , B c e B b . Na genealogia a seguir está<br />

representado um grupo de cobaias e a respectiva<br />

distribuição fenotípica:<br />

A) Determine a relação de dominância entre os genes.<br />

06. Admita que em abelhas a cor dos olhos é condicionada<br />

geneticamente por uma série alélica constituída por 5 genes,<br />

sendo o alelo selvagem (marrom) dominante sobre os<br />

demais (pérola, neve, creme e amarelo). Uma rainha, de<br />

olho marrom, porém heterozigota para pérola produziu 500<br />

ovos e foi inseminada por espermatozóides que portavam<br />

em iguais proporções os cinco alelos. Toda a descendência<br />

tem a mesma oportunidade de sobrevivência, porém a<br />

fertilização ocorreu em 30% dos ovos somente.<br />

Qual o número esperado de machos que terão cor<br />

de olho marrom?<br />

a) 75 b) 150 c) 175 d) 220 e) 250<br />

OS GRUPOS SANGUÍNEOS HUMANOS –<br />

SISTEMA AB0<br />

Pesquisas realizadas por Landsteiner e colaboradores<br />

levaram-nos a classificar as pessoas em quatro grupos<br />

sangüíneos, que diferem entre si quanto à composição<br />

química das hemácias. Tais diferenças decorrem da<br />

presença ou não de dois antígenos nas membranas das<br />

hemácias. Entende-se por antígenos, qualquer substância de<br />

origem biológica estranha a um determinado organismo.<br />

Para combater um antígeno, o organismo “invadido” passa<br />

a produzir um tipo de proteína especial – o anticorpo - que<br />

ao combinar-se com o antígeno termina por neutralizá-lo.<br />

Essa reação, antígeno/anticorpo, é denominada de reação de<br />

isoaglutinação.<br />

Os grupos sangüíneos, de acordo com o sistema AB0,<br />

são caracterizados por dois antígenos (aglutinógenos)<br />

denominados de a e b e dois anticorpos (aglutininas) antia<br />

e anti-b que possibilitam a formação dos fenótipos<br />

abaixo:<br />

B) Determine os possíveis genótipos de cada indivíduo.<br />

04. (UESB-2015) A fenilcetonúria é uma doença<br />

hereditária determinada por um alelo recessivo. A pessoa<br />

afetada não consegue metabolizar o aminoácido<br />

fenilalanina em tirosina, já que não sintetiza a enzima<br />

responsável por essa conversão.<br />

Como consequência, o indivíduo acometido poderá<br />

apresentar albinismo, cretinismo, diminuição do nível de<br />

adrenalina no organismo, lesões no sistema nervoso central,<br />

dentre outros sintomas.<br />

Com base nas informações do texto, pode-se afirmar que a<br />

herança genética pela qual o gene da fenilcetonúria se<br />

expressa. é a herança<br />

01) ligada ao sexo.<br />

02) poligênica.<br />

03) por pleiotropía.<br />

04) por epistasia.<br />

05) dos grupos sanguíneos.<br />

AS POSSIBILIDADES DE TRANSFUSÕES<br />

O que deve ser observado para realizar uma transfusão é o<br />

antígeno do doador, ou seja, o sangue doador não deve<br />

conter um antígeno para o qual o receptor possui defesas.<br />

Assim, veja no quadro acima, um indivíduo do grupo A, que<br />

possui antígeno a, não pode doar sangue para os indivíduos<br />

dos grupos B ou 0, estes últimos possuem anticorpos antia.<br />

05. Explique sua resposta com relação à questão anterior.<br />

176


Seguindo a mesma linha de raciocínio, estabelecemos as<br />

doações possíveis:<br />

Indivíduos do grupo<br />

AB são ditos receptores universais porque não possuem<br />

anticorpos - anti-a e anti-b. Da mesma forma, os<br />

indivíduos do grupo 0 (zero), por não possuírem antígenos<br />

são considerados doadores universais.<br />

COMO DETERMINAR, TECNICAMENTE,<br />

O TIPO SANGUÍNEO – sistema AB0<br />

No laboratório são coletadas duas amostras de sangue e<br />

colocadas numa lâmina de vidro. Em seguida pinga-se<br />

sobre cada amostra de sangue um dos soros anti-a ou antib.<br />

A depender do aspecto da amostra, após o contato com o<br />

soro, percebemos, visualmente, a ocorrência ou não da<br />

isoaglutinação, como segue:<br />

A GENÉTICA DO SISTEMA AB0<br />

Em 1925, Bernstein demonstrou que os tipos sangüíneos<br />

são determinados por uma série de 3 alelos múltiplos (I A ,<br />

I B e i ) Os genes I A e I B mantêm uma relação de codominância<br />

e são dominantes sobre i que determina o grupo<br />

0. Os fenótipos e os respectivos genótipos estão de acordo<br />

com a tabela abaixo:<br />

Exercícios<br />

01. (F. SantaCecília-SP) Um homem pertence ao grupo<br />

sanguíneo A e é filho de pai do grupo AB e de mãe do grupo<br />

O. Esse homem é casado com mulher do grupo B, cujos pais<br />

são ambos AB. Na descendência desse casal serão possíveis<br />

crianças dos grupos:<br />

a) A e B<br />

b) A e AB<br />

c) B e AB<br />

d) A, B e AB<br />

e) A, B, AB e O<br />

02. É possível um casal vir a ter descendentes dos quatro<br />

grupos distintos, sim ou não? Em que condição.<br />

03.(UEPI) Num Banco de Sangue tem-se o seguinte<br />

estoque de sangue de doadores:<br />

Grupo A: 15 Grupo B: 5 Grupo AB: 5 Grupo O: 10<br />

Existem 2 pacientes à espera de doação:<br />

Paciente 1: possui aglutininas anti-a e anti-b<br />

Paciente 2: possui aglutinogênios A e B<br />

Assinale a alternativa correta:<br />

1) O paciente 1 pode receber sangue de 25 doadores.<br />

2) O paciente 2 pode receber sangue de todos os doadores.<br />

3) O paciente 1 pode receber sangue de todos os doadores.<br />

4) O paciente 2 pode receber sangue de 10 doadores.<br />

5) O paciente 1 pode receber sangue de 15 doadores.<br />

Exercícios<br />

01. Considere o<br />

sinal "+" como<br />

indicação de<br />

isoaglutinação e o<br />

"-" de ausência<br />

dessa reação. Os<br />

resultados dos<br />

testes nas lâminas<br />

abaixo indicam<br />

quais tipos<br />

sangüíneos?<br />

02. Em um<br />

laboratório<br />

faltaram os soros<br />

que permitem<br />

identificar os<br />

grupos sangüíneos do sistema AB0. o técnico, que é do<br />

grupo b, resolveu improvisar: retirou 10ml de seu sangue<br />

e, após centrifugá-lo, separou o soro das hemácias.<br />

Colocando o soro assim obtido em contato com uma gota<br />

do sangue que desejava determinar, verificou que não<br />

ocorria aglutinação das hemácias; porém, quando Juntou<br />

suas próprias hemácias a uma gota do soro procedente do<br />

cliente, notou que as hemácias se aglutinavam.<br />

Com base nos seus estudos pode-se afirmar, acerca da<br />

experiência:<br />

[01] O técnico pode doar sangue para pessoas que possuam<br />

o mesmo antígeno que ele possui.<br />

177


[02] O cliente produz os dois tipos de anticorpos<br />

[04] O técnico produz aglutinógenos anti-a.<br />

[08] O cliente pertence ao grupo 0.<br />

[16] O cliente pode ser do grupo AB ou 0.<br />

[32] O técnico pode receber sangue do cliente.<br />

[64] O cliente possui os dois tipos de antígenos.<br />

03.(UESB-2010/1)<br />

Sabe-se que a codominância é um fenômeno genético em<br />

que dois alelos diferentes de um gene se expressam<br />

fenotipicamente no indivíduo heterozigótico. Um exemplo<br />

desse fenômeno pode ser verificado no sistema de grupo<br />

sanguíneo ABO em humanos. O gráfico acima apresenta os<br />

resultados da mistura de células vermelhas do sangue com<br />

soro contendo anticorpos anti-A e anti-B. Esse é o método<br />

pelo qual a tipagem sanguínea é realizada em humanos.<br />

Com base na análise do gráfico e nos conhecimentos<br />

existentes, pode-se identificar os tipos de células 1, 2 , 3 e 4<br />

como<br />

01) 1 - Células do tipo B; 2- células do tipoA; 3 - células<br />

do tipo AB e 4 - células do tipo O.<br />

02) 1- Células do tipo O; 2 - células do tipo B; 3 - células<br />

do tipo B e 4 - células do tipo A.<br />

03) 1 - Células do tipo B; 2 - células do tipo O; 3 - células<br />

do tipo A, 3 - células do tipo AB.<br />

04) 1 - Células do tipo A; 2 - células do tipo O; 3 - células<br />

do tipo AB, 3 - células do tipo B.<br />

05) 1 - Células do tipo A; 2 - células do tipo B; 3 - células<br />

do tipo AB e 4 - células do tipo O.<br />

04. (UESC-2010) Um paciente com múltiplos<br />

traumatismos deu entrada na emergência de um hospital de<br />

uma pequena cidade do sul da Bahia. Os médicos decidiram<br />

que deveriam realizar uma transfusão sanguínea nesse<br />

paciente e solicitaram ao laboratório do mesmo hospital o<br />

exame de determinação do tipo sanguíneo para o sistema<br />

ABO.<br />

O biólogo responsável pelo setor sabia que os kits para<br />

tipagem sanguínea tinham terminado e, dessa forma,<br />

resolveu improvisar ao colocar uma quantidade do seu<br />

sangue tipo A em uma centrífuga para a separação do soro<br />

(plasma) das suas hemácias.<br />

Ao colocar o soro do seu sangue em contato com o sangue<br />

do paciente e ao unir suas hemácias com o soro do mesmo<br />

indivíduo, verificou que ocorreu aglutinação nos dois testes<br />

realizados.<br />

178<br />

Com base nesses resultados, é possível concluir que o tipo<br />

sanguíneo para o sistema ABO do paciente em questão é<br />

01) AB.<br />

02) A.<br />

03) B.<br />

04) O.<br />

05) impossível de determinar.<br />

05. (UESF) A determinação dos grupos sanguíneos do<br />

sistema AB0 dos doadores e receptores é importante para<br />

que se possa efetuar uma transfusão.<br />

O quadro mostra as reações de cada um dos tipos de sangue<br />

misturados com anticorpos anti-A e anti-B.<br />

A partir da análise das informações contidas no quadro é<br />

possível afirmar a respeito da identificação dos grupos<br />

sanguíneos e suas repercussões nas transfusões.<br />

a) indivíduos do grupo 0 possuem os dois tipos de<br />

aglutinogênios.<br />

b) A hemácias dos indivíduos do grupo B possuem<br />

aglutininas do tipo anti-B<br />

c) Indivíduos AB podem receber sangue dos outros tipos<br />

por não existir aglutininas em seu plasma.<br />

d) Indivíduos do grupo A podem fazer doações apenas a<br />

indivíduos com sangue tipo B.<br />

e) Anticorpos anti-A causam aglutinação quando<br />

misturados ao sangue de indivíduos do grupo B.<br />

06. (UFBA) A ilustração ao lado apresenta características<br />

dos grupos sanguíneos do sistema AB0. Os antígenos<br />

específicos desse grupos são codificados por alelos de um<br />

mesmo locus (AB0).


(64) Os padrões de fragmentos do DNA da criança repetem<br />

aqueles observados em seus pais.<br />

08. UESB-2009/2<br />

A partir de sua análise, depreende-se:<br />

(01) A ocorrência de quatro tipos de fenótipos compatível<br />

com a existência de mais de dois alelos para o locus AB0.<br />

(02) O indivíduos do grupo 0 possuem genes incapazes de<br />

dirigir a produção de antígeno característico do sistema.<br />

(04) Indivíduos do grupo B podem ter na sua constituição o<br />

alelo i.<br />

(08) Os mesmos genes que codificam os antígenos<br />

determinam a produção de anticorpos.<br />

(16) Os antígenos presentes nas hemácias de indivíduos do<br />

grupo AB evidenciam a relação de co-dominância entre os<br />

alelos I A e I B .<br />

(32) As reações esquematizadas em 1 e 2 caracterizam<br />

transfusões bem sucedidas.<br />

07. (UFBA-95) A renúncia ou recusa da responsabilidade<br />

paterna constitui uma das justificativas para o emprego de<br />

técnicas de cunho genético, na investigação de paternidade.<br />

A ilustração apresenta duas abordagens nesse sentido. Em<br />

relação às bases científicas das técnicas indicadas e aos seus<br />

resultados, pode-se concluir:<br />

O heredograma ilustra um exemplo de polialelia através do<br />

sistema AB0 para tipos sanguíneos.<br />

Com base na análise da genealogia, considere as<br />

alternativas abaixo:<br />

I. O sistema AB0 é um tipo de herança genética que não<br />

apresenta relação de dominância em nenhum dos alelos<br />

envolvidos.<br />

II. Os indivíduos 3, 4, 5 e 6 são obrigatoriamente<br />

heterozigotos para os alelos envolvidos na herança.<br />

III. A probabilidade de o indivíduo I apresentar apenas um<br />

tipo de aglutinogênio em suas hemácias, em relação a esse<br />

tipo sistema, é de 75%.<br />

IV. O indivíduo número 7 é certamente heterozigoto em sua<br />

constituição alélica no sistema AB0.<br />

A alternativa que indica todas as afirmativas corretas é a<br />

01) I e III.<br />

02) I e IV.<br />

03) I, II e III.<br />

04) I, III e IV.<br />

05) II, III e IV.<br />

09.(ENEM-2014) Em um hospital havia cinco lotes de<br />

bolsas de sangue, rotulados com os códigos I, II, III, IV e<br />

V. Cada lote continha apenas um tipo sanguíneo não<br />

identificado. Uma funcionária do hospital resolveu fazer a<br />

identificação utilizando os dois tipos de soro, anti-A e anti-<br />

B. Os resultados obtidos estão descritos no quadro.<br />

(01) O uso do sistema ABO se justifica pelo conhecimento<br />

seguro de sua base hereditária.<br />

(02) A molécula de DNA, comum a todos os seres vivos, é<br />

peculiar a cada indivíduo.<br />

(04) O número de genótipos possíveis limita a precisão do<br />

teste com o sistema ABO.<br />

(08) A investigação da paternidade com base no DNA está<br />

condicionada à obtenção de células sanguíneas.<br />

(16) Com base no sistema ABO, pode-se afirmar com<br />

segurança que o indivíduo 2 é o pai do indivíduo 3.<br />

(32) O teste com o DNA tem por base uma reação do tipo<br />

antígeno versus anticorpo.<br />

Códigos<br />

dos lotes<br />

Volume de<br />

sangue (L)<br />

I 22<br />

Soro Anti-<br />

A<br />

Não<br />

aglutinou<br />

Soro anti-B<br />

Aglutinou<br />

II 25 Aglutinou<br />

Não<br />

aglutinou<br />

III 30 Aglutinou Aglutinou<br />

IV 15<br />

V 33<br />

Não<br />

aglutinou<br />

Não<br />

aglutinou<br />

Não<br />

aglutinou<br />

Aglutinou<br />

Quantos litros de sangue eram do grupo sanguíneo do tipo<br />

A?<br />

A) 15 B) 25 C) 30 D) 33 E) 55<br />

179


DETERMINAÇÃO DOS<br />

GRUPOS SANGUÍNEOS<br />

SISTEMA Rh OU FATOR Rh<br />

A descoberta do fator Rh se deu a partir do experimento<br />

abaixo:<br />

01. (F. SantaCecília-SP) Um homem pertence ao grupo A,<br />

filho de pai do grupo AB e de mãe do grupo O. Esse homem<br />

é casado com mulher do grupo B, cujos pais são ambos AB.<br />

Na descendência desse casal serão possíveis crianças dos<br />

grupos:<br />

1) A e B<br />

2) A e AB<br />

3) B e AB<br />

4) A, B e AB<br />

5) A, B, AB e O<br />

02. (U. Estácio de Sá-RJ) Numa disputa de paternidade, o<br />

grupo sanguíneo da mãe é B Rh + e o da criança, O Rh –.<br />

Entre os indivíduos abaixo, implicados nessa disputa, o<br />

único que não pode ser pai dessa criança é:<br />

a) A Rh +<br />

b) B Rh –<br />

c) O Rh +<br />

d) O Rh –<br />

e) AB Rh +<br />

03. (U. S. Judas Tadeu-SP) Consideremos um casal. Ele<br />

com fator Rh + e do grupo sangüíneo O; ela com fator Rh –<br />

e do grupo sangüíneo A. Pode-se certamente prever que os<br />

filhos desse casal apresentarão:<br />

a) Rh + ou Rh – e grupo sangüíneo A ou O.<br />

b) Rh + ou Rh – e grupo sangüíneo apenas do tipo A.<br />

c) Rh + ou Rh – e grupo sangüíneo apenas do tipo O.<br />

d) apenas Rh + e grupo sangüíneo A ou O.<br />

e) apenas Rh – e grupo sangüíneo A ou O.<br />

180<br />

As hemácias do macaco Rhesus apresentam um antígeno<br />

(fator Rh), que induz a formação de anticorpos específicos<br />

(anti-Rh) em coelhos. Soro de coelhos imunizados contra o<br />

fator Rh é capaz de aglutinar as hemácias de cerca de 85%<br />

das pessoas, que são chamadas Rh+. Pessoas cujas<br />

hemácias não são aglutinadas pelo soro anti-Rh são<br />

chamadas de Rh-.<br />

A DETERMINAÇÃO DO FATOR Rh<br />

A técnica é semelhante<br />

àquela utilizada para o<br />

sistema AB0. No entanto, o<br />

soro utilizado – anti-Rh, é<br />

utilizado para constatar a<br />

presença ou não do<br />

antígeno Rh.<br />

Posteriormente,<br />

constatou-se que o fator Rh<br />

é<br />

determinado<br />

geneticamente por dois<br />

genes R e r que<br />

determinam,<br />

respectivamente Rh positivo e Rh negativo, sendo o gene para o fator Rh<br />

positivo dominante sobre o gene para o fator Rh negativo.<br />

Exercícios<br />

ERITROBLASTOSE FETAL<br />

A incompatibilidade materno-fetal quanto ao<br />

sistema Rh ocorre quando a mulher é Rh negativo gera<br />

uma criança Rh positivo. As hemácias fetais podem<br />

sensibilizar a mulher, que passa a produzir anticorpos anti-<br />

Rh. Em uma próxima gravidez de criança Rh+, a mulher<br />

produz rapidamente grande quantidade de anticorpos anti-<br />

Rh, que passam para a circulação do feto e destroem suas<br />

hemácias. Ao nascer, a criança apresenta pele amarelada<br />

(icterícia) devido ao acúmulo de produtos da degradação de<br />

hemácias, e eritroblastos (hemácias imaturas) na circulação.<br />

Esse quadro clínico caracteriza a eritroblastose fetal, ou<br />

doença hemolítica do recém-nascido (DHRN).<br />

Uma mulher Rh- pode ser tratada imediatamente<br />

após o parto de uma primeira criança Rh+, de modo a não<br />

ser sensibilizada pelas hemácias fetais. Isso é feito


injetando-se, em sua circulação, anticorpos anti-Rh que<br />

destroem rapidamente as hemácias fetais, antes que elas<br />

desencadeiem a produção de anticorpos anti-Rh pelo<br />

sistema imunológico materno.<br />

Em geral, a primeira criança, mesmo sendo Rh+, não<br />

sofre da DHRN uma vez que sua mãe pode não ter sido<br />

sensibilizado ou porque a produção de anticorpos é<br />

relativamente lenta.<br />

Exercícios<br />

01.( UESB-2011/1) A eritroblastose fetal ou doença<br />

hemolítica do recém-nascido caracteriza-se pela destruição<br />

das hemácias de recém-nascidos, ocasionando uma anemia<br />

profunda. Na tentativa de compensar a hemólise, o<br />

organismo começa a produzir hemácias imaturas ou<br />

eritroblastos. O desenvolvimento desta doença esta<br />

relacionada à incompatibilidade do sistema Rh entre mães<br />

e filhos.<br />

A ocorrência dessa doença pode se dar entre<br />

1) mães Rh– e filhos Rh–.<br />

2) mães Rh+ e filhos Rh–.<br />

3) mães Rh– e filhos Rh+.<br />

4) mães Rh+ e filhos Rh+.<br />

5) pais Rh+ e filhos Rh–.<br />

02. (UEPA) O pai, a mãe e a criança (feto em gestação)<br />

apresentam, respectivamente, estes genótipos:<br />

I - 15 Não aglutina Aglutinou Aglutinou<br />

II - 15 Aglutinou Não aglutina Não aglutina<br />

III - 30 Aglutinou Aglutinou Não aglutina<br />

IV - 30 Aglutinou Aglutinou Aglutinou<br />

V - 20 Não aglutina Não aglutina Aglutinou<br />

VI - 25 Não aglutina Não aglutina Não aglutina<br />

Determine os grupos sanguíneos dos indivíduos e a<br />

quantidade de sangue disponível para cada um deles caso<br />

haja necessidade de uma transfusão.<br />

I.( ) II. ( ) III. ( ) IV. ( ) V.( ) VI. ( )<br />

04. Para que ocorra a possibilidade da eritroblastose fetal<br />

(doença hemolítica do recém-nascido) é preciso que o pai,<br />

a mãe e o filho tenham respectivamente, os tipos<br />

sanguíneos:<br />

a) Rh+, Rh-, Rh+<br />

b) Rh+, Rh-, Rhc)<br />

Rh+, Rh+, Rh+<br />

d) Rh+, Rh+, Rhe)<br />

Rh-, Rh+, Rh+<br />

05. Uma mulher cujo sangue é A Rh+ teve uma criança do<br />

grupo B Rh- dos tipos sanguíneos abaixo, o único ao qual<br />

pode pertencer o pai dessa criança é:<br />

a) 0 Rh- b) 0 Rh+ c) A Rh+ d)A Rh- e) B Rh+<br />

06. Um casal em que ambos os cônjuges possuem tipo<br />

sanguíneo AB quer saber<br />

I- quais os possíveis tipos sanguíneos dos seus filhos?<br />

II- qual a probabilidade de terem uma criança do sexo<br />

feminino, com sangue tipo AB.<br />

a) RR, Rr ou rr e rr<br />

b) Rr, Rr e Rr<br />

c) RR ou Rr, rr e Rr<br />

d) rr, Rr e RR<br />

e) RR, rr e Rr ou rr<br />

03. Em um banco de sangue de um hospital, as etiquetas que<br />

identificavam os tipos sangüíneos estavam em código, e,<br />

por acidente, o livro onde estavam registrados os códigos<br />

foi perdido. Para que os frascos contendo sangue fossem<br />

identificados, foram feitos testes com amostras<br />

correspondentes a cada código, e o resultado foi o seguinte:<br />

CÓDIGO<br />

VOLUME<br />

SOROS<br />

ANTI - a ANTI - b ANTI - Rh<br />

Assinale a alternativa que corresponde corretamente às duas<br />

perguntas acima.<br />

I<br />

II<br />

a) A, B e AB 1/3<br />

b) A e B 1/4<br />

c) A, B e AB 1/4<br />

d) A e B 1/2<br />

e) A, B e AB 1/2<br />

Consultec - Questões 07 e 08<br />

O diagrama a seguir ilustra<br />

o modo de transmissão do<br />

albinismo em cobaias. Essa<br />

condição decorre de uma<br />

falha na cadeia de reações<br />

enzimáticas que culminam<br />

na síntese do pigmento<br />

melanina, em indivíduos<br />

normais.<br />

181


07. Considerando-se os princípios mendelianos de herança,<br />

pode-se afirmar:<br />

I. O caráter é condicionado por uma série de alelos<br />

múltiplos.<br />

II. Os tipos de gametas produzidos revelam a condição<br />

heterozigota da geração parental.<br />

III. Cobaias albinas nascem numa proporção de 25%, a<br />

partir dos genitores indicados.<br />

IV. O albinismo é caracterizado como um traço<br />

monogênico, autossômico e recessivo.<br />

08. Em relação ao mecanismo de expressão gênica<br />

evidenciado no esquema, é correto dizer:<br />

I. A falha na via metabólica de produção de melanina é<br />

decorrente de um erro na molécula de DNA.<br />

II. A produção do pigmento melanina depende da ação de<br />

um gene recessivo.<br />

III. A expressão de um gene se reflete numa cadeia<br />

polipeptídica.<br />

IV. A ação do alelo para a pigmentação normal inibe a ação<br />

do alelo que condiciona o albinismo.<br />

09. (FTC-2004) Entre as características analisadas por<br />

Mendel, inclui-se a cor das pétalas na ervilha de cheiro<br />

Pisum sativum, cujos resultados experimentais constam da<br />

tabela a seguir:<br />

CRUZAMENTO F1 F2<br />

Pétalas púrpura<br />

X<br />

Pétalas brancas<br />

Todas<br />

púrpuras<br />

705 púrpuras<br />

224 brancas<br />

Em relação à herança dessa característica, a análise dos<br />

dados permite afirmar:<br />

01) as plantas parentais são heterozigotas para a cor das<br />

pétalas.<br />

02) A cor branca resulta da homozigose de alelos<br />

recessivos.<br />

03) A proporção fenotípica, na F 2, é compatível com a<br />

existência de dois genótipos nessa geração.<br />

04)O fenótipo das plantas, na F 1, revela a ausência de<br />

dominância na expressão da cor das pétalas.<br />

05) O não-aparecimento de flores brancas, na geração F 1,<br />

evidencia a ausência de gene para a coloração das pétalas<br />

nesses descendentes.<br />

10. (FAINOR-2003) Analise a genealogia.<br />

Com relação a essa genealogia,<br />

é correto, afirmar que:<br />

a) os indivíduos 12 e 13 são<br />

homozigotos<br />

b) A genealogia apresenta cinco<br />

indivíduos heterozigotos.<br />

c) A herança é condicionada por<br />

genes autossômicos recessivos.<br />

d) O casal 7 X 8 tem 75% de probabilidade de ter filhos<br />

polidáctilos.<br />

e) O genótipo do indivíduo 11 é diferente do genótipo do<br />

indivíduo 14.<br />

11. (FTC-2004) A figura<br />

destaca a ocorrência de uma<br />

anormalidade fenotípica em<br />

uma genealogia humana.<br />

A partir da análise do<br />

herodograma; em relação à<br />

expressão da característica destacada, é correto considerar:<br />

01) O nascimento de um indivíduo afetado é condicionado<br />

à expressão característica em um dos progenitores.<br />

02) A proporção de 1:1, entre homem e mulher afetados,<br />

evidencia m tipo de herança ligado ao sexo.<br />

03) A probabilidade de nascimento de um novo filho<br />

afetado do casal I 1, x I 2 é menor do que a do casal III 2 x III 3<br />

04) O casamento co-sanguíneo aumenta as chances para a<br />

expressão de genes recessivos.<br />

05) A normalidade do indivíduo em relação a essa<br />

característica, pressupõe a condição de homozigose.<br />

12. Uma mulher recebeu uma transfusão sangüínea. Seu<br />

primeiro filho nasce com eritroblastose fetal. Classifique,<br />

quanto ao grupo sangüíneo Rh, a mulher, seu marido, a<br />

criança e o sangue que a mulher recebeu na transfusão:<br />

Pai (__) Mãe (__) Filho (__) Sangue (__)<br />

13. (UESC-2003) No sistema ABO, o gene i resultou de<br />

uma mutação do gene I A , pela perda de um nucleotídeo no<br />

início da cadeia gênica. A perda do nucleotídeo repercute<br />

no produto gênico com a formação de uma enzima, que não<br />

catalisa a reação de formação do antígeno. A mutação por<br />

uma deleção, no início do filamento gênico, repercute de<br />

forma drástica, porque:<br />

01) altera, a partir do ponto em que ocorreu a perda, toda a<br />

seqüência dos aminoácidos na cadeia polipeptídica.<br />

02) exige a substituição de um nucleotídeo por outro, o que<br />

altera a cadeia polipeptídica.<br />

03) provoca uma inversão na seqüência dos genes, dando<br />

um sentido inverso à mensagem.<br />

04) invalida o código genético universal, que se torna<br />

desconhecido para a tradução.<br />

05) provoca uma alteração na afinidade entre as bases,<br />

modificando o emparelhamento específico.<br />

14. (UESF-2008.2) A figura<br />

representa o fenômeno de<br />

sensibilização de uma mulher por<br />

um feto RH positivo.<br />

A análise desse quadro, em relação<br />

á possibilidade de<br />

desenvolvimento da eritroblastose<br />

fetal, permite afirmar:<br />

A) A sensibilização de uma pessoa Rh - deve ocorrer quando<br />

ela recebe transfusão de sangue Rh + ou quando mulheres<br />

Rh - geram filhos Rh +<br />

182


B) Em condições normais, as hemácias de uma mãe Rh +<br />

estimulam o feto Rh- a produzir anticorpos, tornando-se<br />

sensibilizado para o fator Rh + .<br />

C) A eritroblastose fetal produz intensa destruição de<br />

hemácias e acúmulo de bilirrubina no sangue materno.<br />

D) A bilirrubina é produzida no fígado do recém-nascido a<br />

partir da hemoglobina liberada pelas hemácias invasoras<br />

maternas.<br />

E) Mulheres que apresentam Rh + só devem apresentar<br />

filhos com eritroblastose fetal a partir da segunda gravidez.<br />

Na F2 obtêm-se os fenótipos parentais e,<br />

surpreendentemente, “dois novos padrões” – recombinantes<br />

- que sugestionam que os fatores para cada traço fenotípico<br />

atuam de forma independente, não havendo, portanto, fusão<br />

nem diluição de um fator fenotípico de uma característica<br />

sobre outro de outra característica.<br />

Esquematicamente, a generalização simbólica do<br />

experimento em questão poderia ser assim representada:<br />

SEGUNDA LEI DA GENÉTICA OU<br />

SEGUNDA LEI DE MENDEL<br />

Uma vez tendo deduzido o comportamento dos fatores,<br />

isoladamente, estudando uma característica de cada vez,<br />

Mendel passou a analisar o comportamento dos fatores,<br />

simultaneamente, estudando duas características ao mesmo<br />

tempo. Assim, os resultados obtidos por ele levaram-no a<br />

formulação do que se convencionou chamar de 2ª lei da<br />

Genética ou 2ª lei de Mendel.<br />

Como forma de demonstrar a segunda lei, utilizaremos<br />

duas características da planta da ervilha que se apresentam<br />

de duas formas fenotipicamente distintas, a saber: textura -<br />

Lisa ou rugosa e cor – Amarela ou verde da semente.<br />

Certificando-se de que as plantas escolhidas eram puras,<br />

Mendel direcionou o cruzamento abaixo:<br />

Num diagrama de cruzamentos teríamos:<br />

Perceba que quando consideramos duas características,<br />

simultaneamente, observamos na geração F1 a<br />

predominância de dois traços fenotípicos liso e amarelo<br />

sobre rugoso e verde. Esse resultado descarta uma<br />

possibilidade logicamente esperada de uma mistura entre os<br />

traços fenotípicos dois-a-dois, fato também evidenciado na<br />

demonstração da primeira lei quando se trabalha com uma<br />

característica de cada vez (monoibridismo).<br />

Da interpretação do diagrama obtemos a proporção<br />

fenotípica clássica de 9 : 3 : 3 : 1.<br />

A partir dos resultados obtidos em seus experimentos<br />

Mendel concluiu que:<br />

“Fatores para duas ou mais características se segregam<br />

de forma completamente independente. Cada gameta<br />

transporta apenas um único fator de cada par.”<br />

A Segunda lei de Mendel é também denominada de<br />

diibridismo ou lei da segregação independente.<br />

183


Qual o significado de diibridismo e de segregação<br />

independente?<br />

Diibridismo em “português” mendeliano significa duplo<br />

heterozigoto. Quando consideramos duas características<br />

distintas, um indivíduo diíbrido é aquele heterozigoto para<br />

a primeira característica e heterozigoto também para a<br />

segunda. É a partir do cruzamento entre dois diíbridos<br />

(quaisquer) - (AaBb X AaBb) - que se obtém proporção<br />

clássica 9:3:3:1..<br />

A expressão segregação independente diz respeito ao<br />

fato de dois pares de genes, durante a formação dos<br />

gametas, se separarem de forma completamente<br />

independente, ou seja: o par de genes determinante de uma<br />

característica não está vinculado a quaisquer dos outros dois<br />

genes da segunda característica.<br />

Atualmente sabemos que tal independência decorre do<br />

fato destes pares de genes se encontrarem em pares de<br />

cromossomos distintos, como mostra o esquema abaixo:<br />

COMO DETERMINAR OS TIPOS E O<br />

NÚMERO DE GAMETAS DISTINTOS<br />

Diante de determinados genótipos, para realizarmos<br />

cruzamentos, é necessária a determinação dos gametas<br />

formados a partir de cada um deles.<br />

Para determinar os gametas produzidos pelo genótipo<br />

AaBb, separa-se o primeiro par de alelos e, em seguida,<br />

correlaciona-se cada alelo do primeiro par com os outros do<br />

segundo par de alelos conforme o esquema:<br />

Outro exemplo: determinando os gametas do genótipo<br />

AaBbCc<br />

Ao contrário, quando os dois pares de genes se<br />

encontram num mesmo cromossomo, não ocorre<br />

segregação independente, falamos neste caso em ligação<br />

gênica como mostra o esquema a seguir:<br />

Atente-se para o fato de que cada gameta dever ter um<br />

gene de cada para de alelos do genótipo, ou seja, uma<br />

quantidade (n) – haplóide.<br />

Para se certificar de que os gametas foram obtidos na<br />

quantidade correta, faz se uso da expressão: nº de gametas<br />

= 2 n . Onde corresponde ao fato dos genes se distribuírem<br />

aos pares e n refere-se à quantidade de heterozigotos<br />

existente no genótipo em questão. Assim, nos casos<br />

anteriores:<br />

184<br />

Perceba que existem dois tipos de heterozigotos e que,<br />

a princípio, a variedade de gametas produzida por cada um<br />

deles é bem menor que na segregação independente.<br />

O heterozigoto da esquerda, pelo fato dos genes<br />

dominantes se encontrarem num mesmo cromossomo, é<br />

denominado de CIS, enquanto que o heterozigoto da direita,<br />

pelo fato dos genes dominantes se encontrarem em<br />

cromossomos diferentes, é denominado de TRANS. É a<br />

disposição dos genes nos cromossomos que determina os<br />

tipos de gametas produzidos por cada heterozigoto.<br />

Obs.: A expressão determina o número de gametas<br />

distintos. Desconsidera, portanto, aqueles que se repetem.<br />

Exercícios


01.Quando consideramos dois ou mais pares de genes<br />

para caracteres distintos,<br />

podemos considerar as<br />

situações representadas<br />

abaixo:<br />

Sobre elas podemos<br />

afirmar:<br />

(01) A situação 1 está de acordo com o comportamento dos<br />

genes previsto por Mendel<br />

(02) O caso 2 caracteriza a ligação gênica.<br />

(04) A proporção de 9: 3: 3: 1 não pode ser obtida a partir<br />

do padrão 2.<br />

(08) A situação 1 produz 4 gametas distintos em proporções<br />

iguais.<br />

(16) Para que o genótipo 2 produza 4 gametas distintos é<br />

necessária a ocorrência do crossing-over.<br />

(32) A distância entre os genes no cromossomo não<br />

depende da quantidade de gametas produzidos.<br />

02. (UESF-2010/2) O esquema ilustra experimentos, hoje<br />

considerados clássicos, do monge Gregor Mendel,<br />

utilizando características herdáveis da ervilha-de-cheiro.<br />

A partir da análise do experimento e do conhecimento a<br />

respeito da genética mendeliana, pode-se afirmar:<br />

A) Indivíduos da F 1 em processo de autofecundação devem<br />

produzir uma geração F 2 com uma proporção fenotípica de<br />

9:3:3:1.<br />

B) A utilização, por parte de Mendel, de uma análise<br />

estatística dos resultados obtidos favoreceu uma<br />

compreensão mais rápida dos seus trabalhos pela<br />

comunidade científica da época.<br />

C) Cada caráter analisado é determinado por um par de<br />

fatores que se unem na formação dos gametas e se segregam<br />

na fecundação.<br />

D) A análise em genética de duas ou mais características<br />

simultaneamente é possível devido ao fato de que, em todas<br />

as heranças, cada gene age de forma independente de outros<br />

genes não alelos.<br />

E) O cruzamento da geração parental representada permitiu<br />

a produção de uma F 1 com 100% de indivíduos dominantes<br />

homozigotos.<br />

03. (UESB-2003) Em certa espécie de cacto, o alelo B<br />

condiciona plantas altas e alelo recessivo b, plantas baixas.<br />

O alelo C determina espinhos longos e o alelo recessivo c,<br />

espinhos curtos. Esses dois pares de genes localizam-se em<br />

cromossomos não homólogos. Em determinado<br />

cruzamento, obteve-se uma descendência com as seguintes<br />

proporções fenotípicas: uma planta alta com espinhos<br />

longos; uma planta alta com espinhos curtos; uma planta<br />

baixa com espinhos longos; uma planta baixa com espinhos<br />

curtos. Dos cruzamentos abaixo, o único que apresenta as<br />

plantas parentais da descendência em questão é:<br />

(A) BBCC X BbCc<br />

(B) BBCC X bbcc<br />

(C) BbCc X BBCc<br />

(D) BbCc X BbCC<br />

(E) BbCc X bbcc<br />

04. (R. Barbosa -97) A<br />

figura ilustra o<br />

cruzamento entre uma<br />

cobaia preta de pêlo curto<br />

e uma marrom de pêlo<br />

longo.<br />

Considerando-se apenas<br />

os genes responsáveis<br />

por essas características e<br />

sabendo-se que estão<br />

localizados em<br />

cromossomos diferentes, pode-se afirmar:<br />

(01) Os indivíduos parentais são heterozigotos para ambas<br />

as características.<br />

(02) Os indivíduos da F1 formam gametas com dois<br />

genótipos distintos.<br />

(04) Os genes segregam-se independentemente.<br />

(08) Esperam-se, na F2, 3/4 de indivíduos com fenótipo<br />

preto.<br />

(16) A F2 apresentará 1/4 de indivíduos com fenótipo<br />

marrom de pêlo curto.<br />

(32) Espera-se, em 1/16 dos indivíduos da F2, genótipo<br />

homozigoto dominante para ambas as características.<br />

(64). A variedade de genótipos nos gametas formados pelos<br />

indivíduos parentais depende do crossing-over.<br />

Questões 05 e 06 UESB 98<br />

05. Em populações de abóbora comum, existem variedades<br />

que apresentam frutos esféricos e amarelos e frutos<br />

discóides e brancos.<br />

De um cruzamento parental entre indivíduos de linhagens<br />

puras de frutos esféricos e amarelos com indivíduos que<br />

produzem frutos discóides e brancos, obteve-se uma F1, em<br />

que todos os indivíduos apresentavam frutos discóides e<br />

amarelos.<br />

Do cruzamento entre esses indivíduos, obteve-se uma<br />

geração com quatro classes fenotípicas em relação à cor e à<br />

forma do fruto.<br />

A probabilidade de ocorrerem indivíduos com genótipos<br />

idênticos às duas linhagens parentais é de:<br />

01) 1/8 02) 1/2 03) 3/4 04) 1/16 05) 3/16<br />

06. Esses resultados da F2 podem ser explicados porque os<br />

genes que condicionam a cor e a forma do fruto:<br />

01) ocupam locos diferentes de um mesmo cromossomo.<br />

185


02) localizam-se em diferentes pares de cromossomos<br />

homólogos.<br />

03) mantêm, entre si, relações de co-dominância.<br />

04) expressam a característica recessiva em heterozigose.<br />

05) exemplificam um caso de polialelia.<br />

07. (UESB-97) A ilustração apresenta sementes que<br />

constituem amostra de uma população de Pisum sativum.<br />

Considerando-se as experiências realizadas por Mendel, as<br />

sementes verdes rugosas podem ser definidas,<br />

geneticamente, como<br />

01) descendentes de parentais homozigotos para os<br />

fenótipos selvagens.<br />

02) homozigotos recessivos para cor e textura das sementes.<br />

03) oriundas de gametas portadores de dois alelos para cada<br />

caráter.<br />

04) resultantes de fertilização cruzada entre indivíduos<br />

puros — amarelos lisos e verdes rugosos.<br />

05) indivíduos em que os fatores genéticos se fundem,<br />

perdendo sua individualidade.<br />

04) Os fenótipos das plantas em F2 resultam da existência<br />

de mais de um par de alelos na determinação de cada uma<br />

das características em estudo.<br />

05) A ausência de plantas com sementes verdes e lisas em<br />

F1, evidencia a relação de co-dominância na expressão dos<br />

genes envolvidos.<br />

09. Os resultados experimentais ilustrados fazem parte dos<br />

dados que permitiram a Mendel concluir:<br />

01) As mutações gênicas originam a imensa variabilidade<br />

entre as espécies.<br />

02) Durante a permuta, a troca de segmentos entre<br />

cromossomos homólogos determina a recombinação<br />

gênica.<br />

03) O organismo diplóide herda dois conjuntos<br />

cromossômicos do pai e dois da mãe.<br />

04) Os fatores para dois ou mais caracteres se segregam<br />

independentemente durante a formação dos gametas,<br />

quando se recombinam ao acaso.<br />

05) O fator que determina um caráter recessivo perde a sua<br />

individualidade quando presente em um híbrido<br />

10. (UFBA 91) As ilustrações abaixo representam,<br />

graficamente, os resultados obtidos por Mendel ao analisar<br />

gerações consecutivas de uma espécie de ervilha-de-cheiro.<br />

Questões 08 e 09 UESB 2000-1<br />

A figura ilustra cruzamentos realizados por Mendel entre<br />

variedades de plantas de ervilha Pisum sativum em que<br />

foram analisadas e a forma das sementes.<br />

Em relação a esse experimento, conclui-se:<br />

186<br />

08. A partir da análise dos dados, pode-se afirmar:<br />

01) As plantas parentais são heterozigotas para os caracteres<br />

em estudo.<br />

02) Os gametas produzidos permitem apenas oito<br />

combinações para os genótipos da descendência resultante<br />

da autofecundação de F1.<br />

03) A razão fenotípica obtida em F2 revela o resultado de<br />

um cruzamento entre duas plantas diíbridas.<br />

(01) Os “fatores” que codificam as características<br />

analisadas se segregam independentemente.<br />

(02) Em F1, evidencia-se a relação de dominância entre<br />

alelos para as duas características.<br />

(04) Em F2, a cada classe fenotípica corresponde um único<br />

genótipo.<br />

(08) Os indivíduos F1 produzem 4 tipos de gametas em<br />

igual proporção.<br />

(16) Em F2, os fenótipos recombinantes aparecem na<br />

mesma proporção.<br />

(32) Os indivíduos da geração F1 são homozigotos.<br />

(64) Em F2, 6,25% dos indivíduos são homozigotos para<br />

ambos os caracteres.<br />

11. (UESB-2008) Na abóbora (Curcubita moschata<br />

Duch), a forma e a cor dos frutos são condicionados por<br />

dois pares de genes autossômicos de segregação<br />

independente. Os frutos podem ter forma esférica ou<br />

discóide e cor branca ou amarela. A partir dos cruzamentos<br />

de duas linhagens parentais P1 e P2 com fenótipos<br />

esférico/amarelo e discóide/branco, respectivamente, foi<br />

obtida a primeira geração filial F1, Essa primeira geração


foi então intercruzada experimentalmente para obter a<br />

segunda geração filial F2. Os números de plantas obtidos<br />

em cada cruzamento com seus respectivos fenótipos estão<br />

apresentados no quadro.<br />

d) fruto vermelho biloculado = AaMM; fruto amarelo<br />

multiloculado = aamm<br />

e) fruto vermelho biloculado = AaMm; fruto amarelo<br />

multiloculado = Aamm<br />

14. Um criador fez cruzamentos entre porquinhos-da-índia<br />

para estudar as características: cor e tamanho do pêlo.<br />

Observou os seguintes resultados:<br />

P Pelo preto curto X Pelo marrom longo<br />

F1 Pelo preto curto<br />

F2 <br />

180 pelo preto curto<br />

60 pelo preto longo<br />

60 pelo marrom curto<br />

20 pelo marrom longo<br />

Com base nas informações do texto e nos resultados dos<br />

cruzamentos, pode-se concluir que os genótipos das<br />

gerações parentais P1 e P2 são, respectivamente,<br />

Se cruzarmos um indivíduo de pelo preto longo da F2 com<br />

outro de pêlos marrons e curtos, também da geração F2, qual<br />

a probabilidade de obtermos um descendente de pêlos<br />

marrons longos do sexo masculino?<br />

15.(UESB-2009/1) A figura a seguir ilustra o padrão de<br />

herança da cor do corpo e da forma das asas em<br />

drosophilas.<br />

01) AABB e aabb<br />

02) aaBB e AAbb<br />

03) AaBb e AaBb<br />

04) AAbb e aaBB<br />

05) aabb e AABB<br />

12. Da autofecundação de uma planta heterozigota para dois<br />

pares de alelos independentes e com dominância completa<br />

em cada par, foram obtidos 192 descendentes. É esperado<br />

que nessa descendência devam existir aproximadamente:<br />

1) 16 tipos diferentes de genótipos.<br />

2) apenas indivíduos heterozigóticos.<br />

3) 48 indivíduos homozigóticos para dois pares de genes.<br />

4) 188 indivíduos heterozigóticos.<br />

5) 144 indivíduos heterozigóticos para os dois pares de<br />

genes.<br />

13. Uma planta que produz fruto vermelho e biloculado foi<br />

cruzada com outra de fruto amarelo e multiloculados,<br />

resultando 160 descendentes, assim distribuídos:<br />

41 de frutos vermelhos biloculados 38 de frutos amarelos<br />

biloculados 39 de frutos vermelhos multiloculados 42 de<br />

frutos amarelos multiloculados.<br />

Quais os fenótipos e genótipos dos tipos parentais?<br />

a) fruto vermelho biloculado = AaMm; fruto amarelo<br />

multiloculado = aamm<br />

b) fruto vermelho biloculado = AAMm; fruto amarelo<br />

multiloculado = aaMM<br />

c) fruto vermelho biloculado = aamm; fruto amarelo<br />

multiloculado = AAMM<br />

A análise dos cruzamentos permite concluir que esses<br />

caracteres para cor do corpo e forma das asas estão sendo<br />

herdados segundo um padrão de herança<br />

187


1) polialélica.<br />

2) quantitativa.<br />

3) com ligação fatorial.<br />

4) ligada ao cromossomo y.<br />

5) com segregação independente em dominância<br />

completa<br />

16. (UESF-2015-1) A probabilidade de uma mulher com<br />

polidactilia e visão normal, heterozigota, casada com um<br />

homem sem polidactilia e míope, homozigoto, ter um filho,<br />

não importando o sexo, sem polidactilia e de visão normal,<br />

supondo que esses caracteres se transmitam<br />

independentemente, é de<br />

a) 12%.<br />

b) 25%<br />

c) 50%<br />

d) 75%<br />

e) 100%<br />

LIGAÇÃO GÊNICA - Linkage<br />

Durante a década de 1910, Morgan e sua equipe<br />

identificaram vários genes que não obedeciam à<br />

distribuição da segunda lei de Mendel. Seus estudos<br />

levaram à compreensão de que os genes estão localizados<br />

ao longo dos cromossomos. Assim, os genes localizados em<br />

um mesmo par de cromossomos não podem sofrer<br />

segregação independente.<br />

Esses conhecimentos associados àqueles da estrutura<br />

química e da função dos genes é a base de sustentação<br />

daquilo que se denomina de Teoria Cromossômica e se<br />

aplica a todos os sistemas vivos do planeta.<br />

188


COMO RECONHECER SE OS GENES ESTÃO LIGADOS<br />

OU EM CROMOSSOMOS DISTINTOS<br />

Parar reconhecer se dois ou mais pares de genes<br />

encontram-se ligados ou não, recorre-se ao cruzamento<br />

teste, ou seja, cruza-se um indivíduo duplo-dominante com<br />

um duplo recessivo e, a partir dos resultados obtidos, é<br />

possível concluir por uma situação ou outra.<br />

Ocorrendo o processo de recombinação, dois novos tipos<br />

de gametas (recombinantes) são formados, mas em<br />

proporção bem menor que os parentais, uma vez que apenas<br />

um número pequeno de células sofre esse processo durante<br />

as meioses. O percentual de gametas recombinantes<br />

produzidos é adotado como valor estimativo da distância<br />

entre os genes no cromossomo. Logo, se o percentual de<br />

recombinantes é de 20%, a distância entre os genes é de 20<br />

unidades de recombinação (20 UR) ou os genes se<br />

recombinam a uma taxa de 20%.<br />

Como na segregação independente são produzidos 4<br />

gametas distintos e nas mesmas proporções, o homozigoto<br />

recessivo só produzindo um tipo de gameta, a proporção<br />

fenotípica resultante depende do percentual de gametas<br />

produzidos pelo duplo heterozigoto.<br />

PRATICANDO:<br />

1- Analise os resultados dos cruzamentos abaixo:<br />

1º 2º<br />

AaBb X aabb<br />

CcDd X ccdd<br />

Entre genes localizados nos mesmos cromossomos<br />

(Linkados), a proporção dos gametas produzidos pelo<br />

heterozigoto difere da segregação independente gerando<br />

proporções fenotípicas específicas para cada característica<br />

considerada.<br />

Como os genes encontram-se ligados, teoricamente, é de<br />

se esperar que cada duplo-heterozigoto só produza dois<br />

tipos de gametas. No entanto, na prática, esses<br />

heterozigotos conseguem produzir, graças ao fenômeno do<br />

crossing-over, 4 gametas distintos em proporções que<br />

refletem a distância entre os genes nos cromossomos.<br />

AaBb 37,5% CcDd 250<br />

Aabb 12,5% Ccdd 5000<br />

aaBb 12,5% ccDd 5000<br />

aabb 37,5 ccdd 250<br />

As proporções obtidas refletem o comportamento dos genes<br />

quando da ocorrência de ligação gênica. Como o duplorecessivo<br />

só produz um tipo de gameta – ab, retirando-se,<br />

hipoteticamente esses genes de cada genótipo, sobram os<br />

gametas produzidos pelo heterozigoto e os seus respectivos<br />

valores. Sabendo ainda, que os gametas produzidos em<br />

maior número não dependem de permutação – parentais,<br />

conclui-se assim que seus genes encontram se do mesmo<br />

“lado”, portanto em ligação do tipo CIS.<br />

Nesses casos, os gametas produzidos em maior quantidade,<br />

independentemente dos genes presentes, são denominados<br />

de gametas parentais, aqueles produzidos em menor<br />

número, resultantes do processo de recombinação<br />

(crossing-over) são ditos recombinantes. Assim, o<br />

heterozigoto do tipo Cis DdEe, produziria, sem permutação<br />

(crossing-over) 50% de gametas parentais DE e 50% de.<br />

O tipo trans, ao contrário, produziria os gametas parentais<br />

Ed e eD em 50% cada.<br />

Sendo o menor número de gametas produzidos os do tipo<br />

recombinantes, e a recombinação é a medida indireta da<br />

distância dos genes no cromossomo, somando se os<br />

percentuais de recombinantes Ab / aB, obtém-se a distância<br />

de 25UR ou 25% de recombinação.<br />

189


(08) A situação 1 produz 4 gametas distintos em proporções<br />

iguais.<br />

(16) Para que o genótipo 2 produza 4 gametas distintos é<br />

necessária a ocorrência do crossing-over.<br />

(32) A distância entre os genes no cromossomo não<br />

depende da quantidade de gametas produzidos.<br />

190<br />

O mesmo raciocínio aplicado ao segundo caso nos leva à<br />

conclusão de que o heterozigoto é do tipo trans e que o<br />

percentual de recombinação. No entanto, precisamos<br />

converter esse valores em percentuais e encontrar a<br />

distância entre os genes. Fazemos isso dividindo a soma dos<br />

dois menores valores – dos gametas recombinantes – pelo<br />

total de gametas, ou seja, (500 1500) X 100 = 4,7 UR ou<br />

4,7% de recombinação.<br />

2- Sabendo se que num determinado heterozigoto na<br />

condição trans – AaBb os genes A - b distam 15 UR ou<br />

permutam em 15%, determine os possíveis resultados do<br />

seu cruzamento com um duplo recessivo.<br />

Resolução:<br />

Sendo a distância entre os genes de 15UR, os gametas<br />

recombinantes serão produzidos na freqüência de 7,5% AB<br />

e 7,5% ab. Subtraindo-se do total 100%, os 15%<br />

recombinantes, o valor restante dividido pelos parentais<br />

temos 42,5% do tipo Ab e 42,5% do tipo aB. Tendo em<br />

mãos os percentuais dos gametas produzidos pelo<br />

heterozigoto e, o duplo recessivo só produzindo um tipo, a<br />

proporção fenotípica solicitada ficaria como segue:<br />

Exercícios<br />

01. Quando consideramos dois ou mais pares de genes para<br />

caracteres distintos, podemos considerar as situações<br />

representadas abaixo:<br />

Sobre elas podemos afirmar:<br />

(01) A situação 1 está de acordo com o comportamento dos<br />

genes previsto por Mendel<br />

(02) O caso 2 caracteriza a ligação gênica.<br />

(04) A proporção de 9: 3: 3: 1 não pode ser obtida a partir<br />

do padrão 2.<br />

02. (F.C.Chagas-SP) Os gens a e b encontram-se num<br />

mesmo cromossoma, sendo a distância entre eles de 17<br />

unidades. A frequência de gametas AB formados por um<br />

indivíduo AB/ab é de:<br />

a) 8,5% b) 17% c) 34% d) 41,5% e) 83%<br />

03. (FEI-SP) Qual a seqüência mais provável dos genes A,<br />

B, C, D, localizados no mesmo cromossomo, apresentando<br />

as seguintes freqüências de recombinação:<br />

AB - 17% CD - 30% AC - 5% AD - 35% BD - 18%<br />

a) A - B - C – D<br />

b) A - C - B – D<br />

c) A - B - D –C<br />

d) C - A - B – D<br />

e) C - A - D - B<br />

04. A elipticose, uma condição rara, porém não prejudicial,<br />

na qual os eritrócitos são elípticos em vez da forma discóide<br />

mais comum, é devida à presença de um gene dominante E.<br />

A produção do antígeno R é devida a um gene dominante<br />

R. A inabilidade em produzir esse antígeno está na<br />

dependência do genótipo rr. As pessoas com o gene R são<br />

ditas Rh+ e os indivíduos rr são ditos Rh-. Os loci E e R<br />

são ligados. Eles foram mapeados no cromossomo 1.<br />

Alguns estudos sugerem uma distância de 6 unidades de<br />

recombinação entre esses loci. Caso um homem<br />

heterozigoto, com esses dois genes ligados na posição trans<br />

se case com uma mulher sem elipticose e fator Rh-, qual é<br />

a chance de ocorrer entre suas crianças indivíduos normais,<br />

Rh+ e do sexo feminino<br />

05. Da autofecundação de uma planta heterozigota para dois<br />

pares de alelos independentes e com dominância completa<br />

em cada par, foram obtidos 192 descendentes. É esperado<br />

que nessa descendência devam existir aproximadamente:<br />

a) 16 tipos diferentes de genótipos.<br />

b) apenas indivíduos heterozigóticos.<br />

c) 48 indivíduos homozigóticos para dois pares de genes.<br />

d) 188 indivíduos heterozigóticos.<br />

e) 144 indivíduos heterozigóticos para os dois pares de<br />

genes.<br />

06. As distâncias de 5 genes estão localizadas num grupo<br />

de ligação de um determinado organismo estão contidas na<br />

figura a seguir. Esquematize o mapeamento correto para tal<br />

grupo de ligação.<br />

G E N E


07. (UESC-98) Acredita-se que os genes estão dispostos<br />

linearmente nos cromossomos e que, quanto maior a<br />

distância entre dois genes, maior é a probabilidade de<br />

ocorrer permutação entre eles. Considere os genes M, N,<br />

O e P, localizados no mesmo cromossomo, apresentando<br />

as seguintes freqüências de recombinação:<br />

M-N = 15%; O-P = 30% ;<br />

M-O = 5% ; M-P = 35% ;<br />

N-P = 20%.<br />

Assinale a alternativa que contém a provável seqüência<br />

desses genes no cromossomo.<br />

a) NPOM<br />

b) MOPN<br />

c) MONP<br />

d) OPNM<br />

e) OMNP<br />

Aprofundamento<br />

01. Um heterozigoto para 3 pares de genes é retrocruzado<br />

com o triplo recessivo e produz uma descendência com os<br />

seguintes fenótipos e nas seguintes proporções:<br />

ABC 22.5% AbC 2,5% aBC 22,5%<br />

abC 2,5%<br />

ABc 2,5% Abc 22,5% aBc 2,5%<br />

abc 22,5%<br />

A partir desses resultados, decida sobre o tipo de<br />

segregação que sofrem os loci a, b e c (isto é, se há linkage<br />

entre os três ou pelo menos, entre dois deles, ou se ocorre<br />

segregação independente entre alguns deles). Se você se<br />

decidiu por linkage, indique a distância dos genes no mapa.<br />

02. Determine a seqüência e a distância entre os genes no<br />

cromossomo, usando como dados os resultados obtidos do<br />

cruzamento entre um triplo heterozigoto com o triplo<br />

recessivo.<br />

03. Em drosófilas, os genes scarlet (st) e pink (p) estão no<br />

mesmo cromossomos e distantes de 4 unidades. Sabendo-se<br />

que seus alelos condicionam o caráter selvagem do<br />

cruzamento de machos e fêmeas duplamente heterozigotos<br />

st + p + / st p, deveremos obter que descendentes e em que<br />

proporções? Obs.: machos de drosófilas não sofrem<br />

crossing-over.<br />

A B C D E<br />

G<br />

A X 8 12 4 1<br />

E<br />

B 8 X 4 12 9<br />

N<br />

E<br />

C 12 4 X 16 13<br />

D 4 12 16 X 3<br />

E 1 9 13 3 X<br />

Questões 04 a 10<br />

Balophus<br />

minhoquensis é<br />

uma espécie<br />

hipotética de<br />

animal que habita<br />

certas praias de<br />

ilhas tropicais.<br />

Em certas ilhas,<br />

estes animais apresentam corpo redondo, cauda longa e<br />

orelhas pontiagudas, sendo denominados variedade A. Em<br />

outra ilha, os animais apresentam corpo alongado, cauda<br />

curta e orelhas arredondadas, sendo denominados variedade<br />

B. (adaptado de Amabis)<br />

04. Um cientista, interessado no mecanismo de herança da<br />

forma de cauda desses animais, cruzou exemplares da<br />

variedade A com outros da variedade B. Todos os<br />

descendentes de tal cruzamento apresentaram cauda longa,<br />

do mesmo tipo que indivíduos da variedade A. O<br />

cruzamento dos híbridos entre si resultou em uma geração<br />

F 2 composta por oitocentos indivíduos, dos quais 580<br />

apresentaram cauda longa e 220 apresentaram cauda curta<br />

como a dos indivíduos da variedade B. Com base nos<br />

resultados apresentados é possível se estabelecer o<br />

mecanismo de herança da forma da cauda em Balophus<br />

minhoquensis?<br />

Caso sua resposta seja afirmativa, determine o mecanismo.<br />

05. A análise dos híbridos F1 mencionada no exercício<br />

anterior mostrou que todos eles apresentaram corpo<br />

alongado. Dentre os oitocentos indivíduos F 2 obtidos 610<br />

apresentaram corpo alongado e 190 apresentaram corpo<br />

arredondado. Determine o mecanismo de herança da<br />

forma do corpo em Balophus minhoquensis.<br />

06. Foi analisado também, no experimento mencionado, o<br />

caráter forma da orelha. Verificou-se que todos os<br />

indivíduos da variedade A com indivíduos da variedade B<br />

apresentaram orelhas arredondadas. Dos oitocentos<br />

descendentes obtidos no cruzamento dos F 1 entre si,<br />

seiscentos apresentaram orelhas arredondadas e duzentos as<br />

apresentaram pontiagudas. Determine o mecanismo de<br />

herança da forma da orelha em Balophus minhoquensis.<br />

07. Foi analisada em Balophus minhoquensis a herança<br />

simultânea dos caracteres forma da cauda e forma do corpo.<br />

Nessa análise, indivíduos F1 resultantes do cruzamento<br />

entre indivíduos da variedade A com indivíduos da<br />

variedade B e que apresentavam, portanto, cauda longa e<br />

corpo alongado, foram cruzados com indivíduos duplorecessivos<br />

que apresentavam cauda curta e corpo redondo.<br />

191


Desse cruzamento resultou uma prole de quatrocentos<br />

indivíduos, constituída por; 97 indivíduos com cauda longa<br />

e corpo alongado; cem indivíduos com cauda longa e corpo<br />

redondo; 105 indivíduos com cauda curta e corpo alongado;<br />

98 indivíduos com cauda curta e corpo redondo.<br />

A herança desses dois caracteres segue a lei da segregação<br />

independente? Justifique sua resposta. Caso sua resposta<br />

seja negativa, determine o tipo de heterozigoto e a distância<br />

entre os genes em questão.<br />

08. Foi analisada também a herança simultânea dos<br />

caracteres forma da orelha e forma do corpo. Nessa<br />

análise, indivíduos F1 resultantes do cruzamento entre<br />

indivíduos da variedade A e indivíduos da variedade B e<br />

que apresentavam, portanto, orelhas arredondadas e corpo<br />

alongado, foram cruzados com indivíduos duplorecessivos<br />

que apresentavam orelhas longas e<br />

pontiagudas e corpo redondo. Desse cruzamento resultou<br />

uma prole de oitocentos indivíduos constituída por: 202<br />

indivíduos com orelhas arredondadas e corpo alongado;<br />

duzentos indivíduos com orelhas arredondadas e corpo<br />

redondo; 205 indivíduos com orelhas pontiagudas e corpo<br />

alongado; 193 indivíduos com orelhas pontiagudas e corpo<br />

redondo. A herança desses dois caracteres segue a<br />

segunda lei de Mendel?<br />

09. Foram realizados também experimentos para se<br />

estudar a herança simultânea dos caracteres forma da<br />

cauda e forma da orelha. Nesse caso, indivíduos F1<br />

resultantes do cruzamento entre indivíduos da variedade A<br />

e indivíduos da variedade B e que, portanto, apresentavam<br />

orelhas arredondadas e cauda longa foram cruzados com<br />

indivíduos duplo-recessivos que apresentavam orelhas<br />

pontiagudas e cauda curta.<br />

Desse cruzamento resultou uma prole de 1200 indivíduos<br />

constituída por: 484 indivíduos com cauda longa e orelhas<br />

pontiagudas; 476 indivíduos com cauda curta e orelhas<br />

arredondadas; 120 indivíduos com cauda longa e orelhas<br />

arredondadas; 120 indivíduos com cauda curta e orelhas<br />

pontiagudas.<br />

Em galináceos observa-se 4 formas de cristas: simples,<br />

rosa, ervilha e noz cujo mecanismo de herança foi<br />

determinado a partir de diversos cruzamentos.<br />

Cruzando-se a crista ervilha com crista simples, obtémse<br />

uma F1 de 100% de cristas ervilha. Quando, no entanto,<br />

cruzamos os F1 entre si, resulta numa F2 de proporção 3 : 1<br />

entre a forma ervilha e simples. Tais resultados nos<br />

sugestionam a ocorrência de dominância equivalente à<br />

primeira lei da genética.<br />

Realizando o cruzamento entre a variedade rosa com<br />

simples, semelhantemente à situação anterior, a F1 produziu<br />

100% de descendentes de crista rosa e a respectiva F2, a<br />

proporção de 3 : 1 entre as formas rosa e simples,<br />

remetendo, novamente, às proporções clássicas da primeira<br />

lei de Mendel.<br />

A herança desses dois caracteres segue a segunda lei de<br />

Mendel?<br />

10. Qual a fórmula genotípica que gerou os resultados<br />

apresentados? Qual a distância entre os genes ligados?<br />

INTERAÇÃO GÊNICA<br />

Existem, diferentemente ao que estudamos até agora,<br />

características que são determinadas por dois ou mais pares<br />

de genes não alelos. Tais padrões de heranças são<br />

denominados de interação gênica.<br />

Ao cruzarmos as variedades ervilha com rosa, obtém-se<br />

uma F1 com 100% dos indivíduos de crista noz – fato<br />

sugestivo de uma espécie de co-dominância.<br />

192<br />

CASO CLÁSSICO – A determinação na<br />

forma das cristas em galináceos.


EPISTASIA DOMINANTE – A determinação<br />

dos pelos em cães<br />

Em algumas raças de cães, o pelo pode ser preto ou<br />

marrom. O gene B determina pigmentação escura, enquanto<br />

o seu alelo b, recessivo condiciona pelo marrom. No<br />

entanto, a ação de B e b pode ser inibida pelo gene (I) e o<br />

pêlo do cão se expressa branco. Para que o cão seja preto<br />

ou marrom, o gene ( i ) deve estar presente em dose dupla.<br />

Os F1, de crista noz, ao serem cruzados, produziram<br />

uma geração de proporção 9 : 3 : 3 : 1 entre noz, ervilha,<br />

rosa e simples. Perceba que a proporção é igual àquela<br />

obtida por Mendel em sua segunda lei, no entanto, neste<br />

caso, estamos diante de uma característica – a forma das<br />

cristas - na segunda lei consideramos dos traços fenotípicos<br />

diferentes. Não obstante, a referida proporção é compatível<br />

com as combinações para dois pares de genes. Assim, as<br />

interpretações esquemáticas dos cruzamentos foram<br />

conclusivas: a forma das cristas em galináceos é<br />

determinada pela interação (ação) conjunta entre dois pares<br />

de genes não alelos conforme o esquema:<br />

EPISTASIA RECESSIVA – A determinação<br />

dos pelos em cobaias<br />

Em determinadas cobaias, a determinação da cor do pêlo<br />

está condicionada à interação entre dois pares de genes, a<br />

saber: C, produz pigmento preto; A , produz pigmento<br />

amarelo, c, é epistático sobre os genes A e a. O gene a<br />

não produz pigmento e condiciona o pelo albino ( branco)<br />

A interação entre A e C determina pigmentação aguti –<br />

mistura de preto com amarelo.<br />

EPISTASIA<br />

Denominamos de epistasia, ao tipo de interação gênica<br />

em que um gene inibe a ação de outro não alelo. O gene<br />

inibidor é dito epistático e o inibido de hipostático. Quando<br />

o gene inibidor é dominante em relação ao seu alelo a<br />

epistasia é do tipo dominante, ao contrário, a epistasia é do<br />

tipo recessiva.<br />

Exercícios<br />

o<br />

Em galináceos, a cor da crista é vermelha,<br />

mas pode ser modificada para rósea na<br />

presença do gene autossômico a, em<br />

homozigose. Esse efeito, no entanto,<br />

pode ser suprimido por um gene<br />

autossômico b, em homozigose. Do<br />

cruzamento entre dois galináceos AaBb<br />

X aaBb, qual é a proporção da<br />

descendência fenotípica?<br />

02. No milho, a substância de reserva, chamada aleurona,<br />

pode ter cor vermelha se dois genes C e R estiverem<br />

presentes. Se estiver presente também o gene P, a aleurona<br />

terá cor púrpura. Na ausência de C ou R, P não se<br />

manifesta, ficando a aleurona de cor branca.<br />

193


Que resultado podemos esperar do cruzamento entre os<br />

indivíduos CcRrPp X CcRrPp?<br />

QUESTÕES 03 e 04 (Consultec – ECMAL 2002)<br />

A ilustração apresenta o cruzamento de dois camundongos<br />

pretos e a prole resultante A cor da pelagem é determinada<br />

pelos alelos:<br />

B - cor preta. b - cor marrom.<br />

C - presença de cor. c - ausência de cor.<br />

02) um casal em que ambos não possuem alelos I A ou I B pode ter<br />

filhos com fenótipo sanguíneo A ou B.<br />

03) a presença em homozigose do gene H pode proporcionar a<br />

produção do antígeno A em indivíduos geneticamente ii.<br />

04) a condição genética ii impede a expressão do gene H.<br />

05) o gene h é recessivo em relação aos genes I A e I B .<br />

06. (UFBA) A figura ilustra a herança do caráter cor da plumagem<br />

em periquitos.<br />

03. A condição genética que aparece na situação ilustrada<br />

é a<br />

01) penetrância.<br />

02) polialelia.<br />

03) epistasia.<br />

04) poligenia.<br />

05) pleiotropia.<br />

04. O princípio mendeliano evidenciado na ilustração está<br />

expresso em:<br />

01) Entre os alelos se estabelece uma relação codominância.<br />

02) Dois pares de genes interagem para determinar um<br />

único caráter.<br />

03) Os genes dominantes só se expressam em homozigose.<br />

04) Os fatores se segregam de modo independente para<br />

formar os gametas.<br />

05) Três ou mais alelos podem ocupar o mesmo - loco<br />

cromossômico.<br />

05. (UESC) "Os grupos sangüíneos apareceram nos tribunais<br />

muito antes das impressões do DNA".<br />

A configuração do antígeno A e do antígeno B no sistema ABO<br />

está subordinada ao gene H, que se expressa em uma enzima<br />

precursora que atua na formação da cadeia antigênica. A sua forma<br />

mutante é o gene h, muito raro nas populações humanas,<br />

produzindo uma enzima inativa.<br />

Essa mutação pode complicar um processo Judicial de<br />

investigação de paternidade, conduzindo a uma exclusão que pode<br />

ser injusta, porque<br />

Com base na análise dessa ilustração, é possível afirmar:<br />

(01) A distribuição fenotípica na descendência de um casal de<br />

heterozigotos é típica de segregação independente.<br />

(02) Aves com penas brancas possuem constituição genotípica<br />

yybb.<br />

(04) A proporção fenotípica 9 : 3 : 3 : 1 é a esperada para casos<br />

em que são analisados Dois caracteres simultaneamente, com<br />

ausência de dominância.<br />

(08) Periquitos azuis, dependendo do seu genótipo, podem<br />

Formar até quatro tipos de gametas.<br />

(16) A cor verde da plumagem, em periquitos, resulta da<br />

interação de produtos de diferentes genes.<br />

(32) O modo de herança da cor da plumagem, nessas aves,<br />

invalida os pressupostos da primeira lei de Mendel.<br />

07. Analise os seguintes resultados, do cruzamento entre duas<br />

linhagens de trigo, e responda:<br />

P: L1 (grãos marrom) x L2 (grãos marrom)<br />

F1: 100% de grãos vermelhos<br />

F2: 2410 grãos vermelhos<br />

1604 grãos marrom<br />

270 grãos brancos<br />

a. Quantos genes afetam a cor dos grãos? Justifique apresentando<br />

os genótipos dos pais e as proporções genotípica e fenotípica em<br />

F1 e F2.<br />

b. Qual a proporção genotípica, considerando apenas os grãos<br />

vermelhos da F2?<br />

194<br />

01) um indivíduo com genótipo I A I B e hh apresenta reação<br />

sanguínea do tipo O.


INTERAÇÃO GÊNCIA QUANTITATIVA<br />

É um tipo de interação em que os fenótipos são<br />

determinados pela quantidade de determinados genes, ditos<br />

aditivos e não aditivos presentes ou não num determinado<br />

genótipo.<br />

intermediário. Se considerarmos que a tonalidade vermelha<br />

depende de dois genes aditivos VV e o Branco - menor<br />

quantidade de pigmento, ao genótipo vv. A quantidade<br />

intermediária de pigmento seria condicionada pelo genótipo<br />

Vv.<br />

Os genes aditivos são responsáveis pela produção<br />

de determinada substância que acrescenta algo ao fenótipo<br />

e são representados por letras maiúsculas. Os não aditivos<br />

são representados por letras minúsculas. São assim<br />

denominados por não acrescentar nada ao fenótipo.<br />

Caso clássico – A determinação da cor da pele<br />

nos humanos.<br />

A tonalidade da pele varia na razão direta da quantidade de<br />

melanina que é produzida pelas células da derme.<br />

Supostamente, o controle da quantidade desta substância é<br />

feita por 4 genes assim distribuídos:<br />

Branco aabb<br />

Aplicando a expressão (p + q) n na obtenção da<br />

proporção fenotípica: V = p e v = q;<br />

Desenvolvendo o binômio teremos a freqüência<br />

genotípica e fenotípica da F2:<br />

1p 2 + 2p 1 q 1 + 1q 2<br />

Mulato claro Aabb ou aaBb<br />

Mulato médio AaBb, Aabb ou aaBB<br />

Mulato escuro AABb ou AaBB<br />

Negro AABB<br />

A e B são genes aditivos responsáveis pelo acréscimo de<br />

melanina enquanto que a e b, não aditivos, não o fazem.<br />

Perceba que quanto maior a quantidade de genes aditivos<br />

(“dominantes”) maior a quantidade de melanina e,<br />

consequentemente a pele torna-se mais escura.<br />

A PROPORÇÃO FENOTÍPICA<br />

A proporção fenotípica dos casos de interação<br />

quantitativa é dada pela distribuição binomial (p + q) n<br />

onde:<br />

p = representa os genes não aditivos<br />

q = representa os genes aditivos<br />

n = representa o número de genes no genótipo.<br />

Os coeficientes 1, 2 e 1 correspondem às freqüências<br />

(probabilidades) dos fenótipos na F2 num determinado total<br />

de combinações. Vermelho (VV) 1/4, Rosa (Vv) 2/4, e<br />

Branco (vv) 1/4.<br />

Os expoentes de p e q indicam a quantidade dos genes<br />

que eles representam no genótipo. p 2 = VV, pq = Vv e q 2<br />

= vv.<br />

O TRIÂNGULO DE PASCAL<br />

Existem casos de herança quantitativa que envolvem<br />

um grande número de genes, fato que dificulta a obtenção<br />

das freqüências (coeficientes) ao desenvolvermos o<br />

binômio (p + q) n . Assim, recorremos ao triângulo<br />

construído por Pascal que nos fornece de forma direta os<br />

coeficientes.<br />

Os coeficientes de cada termo da distribuição binomial<br />

determinam as frequências dos fenótipos por eles<br />

representados.<br />

Na interação quantitativa, o número de fenótipos é igual ao<br />

número de genes + 1 e a soma dos coeficientes de cada<br />

termo é o total de combinações possíveis.<br />

CASO SIMPLIFICADO DE INTERAÇÃO<br />

QUANTITATIVA<br />

Em Mirabilis Jalapa a cor das flores varia de branco<br />

para vermelho, tendo a tonalidade rosa como pigmento<br />

Observe que, como os genes variam aos pares, só<br />

utilizaremos as linhas correspondentes aos números pares.<br />

195


Assim para o caso da Mirabilis jalapa, utilizamos a terceira<br />

linha do triângulo que corresponde a 2 genes e frequência<br />

fenotípica de 1:2:1.<br />

PRATICANDO:<br />

Determinar a proporção fenotípica obtida do cruzamento<br />

entre dois duplos-heterozigotos mulatos médios AaBb X<br />

AaBb.<br />

a) Explique a modalidade de selsção natural que atua, nessa fase,<br />

na população humana.<br />

b) Justifique a ocorrência de variação contínua nessa<br />

característica.<br />

03. Numa determinada espécie de vegetal, a altura do pé varia de<br />

150 a 180 cm, de 5 em 5 cm. Sabendo-se que se trata de um caso<br />

de herança quantitativa pergunta-se:<br />

a) Quantos pares de genes estão envolvidos?<br />

b) Quais são os genótipos dos indivíduos extremantes.<br />

c) Qual é o resultado fenotípico esperado entre dois<br />

fenótipos extremos?<br />

d) Qual a proporção fenotípica esperada entre dois<br />

heterozigotos?<br />

04. Uma planta com 1,60m de altura foi cruzada com outra de<br />

1,00m de altura e os descendentes resultaram todos de 1,30m de<br />

altura. Feita a autofecundação dos indivíduos de F1, obtiveram-se<br />

5 classes fenotípicas. Quais são as 5 classes fenotípicas e como<br />

se distribuirão em F2?<br />

05. Suponha que em abóbora 6 genes condicionem o peso do fruto,<br />

de forma que uma planta aabbcc tivesse 1,5kg. Cada gene<br />

representado por letra maiúscula acrescentaria 250g ao peso, e a<br />

planta AABBCC pesaria 3,0kg.<br />

Os genes aditivos (A e B) são representados por p enquanto<br />

que os genes não aditivos (a e b) por q. Seus expoentes<br />

indicam a quantidades dos respectivos genes no genótipo.<br />

EXERCÍCIOS<br />

01. (UEFS-2010/1)<br />

a) Qual é o fenótipo dos descendentes do cruzamento entre<br />

dois extremantes?<br />

b) Quais são as classes fenotípicas provenientes do<br />

cruzamento entre dois heterozigotos e em que<br />

proporções?<br />

06. (Consultec-96) Em 1760, Kölreuter divulgou os resultados de<br />

cruzamentos entre variedades altas e anãs de tabaco, gênero<br />

Nicotiana. As plantas da F1 apresentaram tamanho intermediário<br />

entre os tamanhos dos parentais; em F2, a progênie mostrou uma<br />

variação contínua desde o fenótipo do parental anão até o do<br />

parental alto. Os resultados de Kölreuter estão ilustrados nos<br />

gráficos a seguir:<br />

196<br />

O gráfico representa um padrão de expressão de uma<br />

herança genética em que os efeitos de vários genes em<br />

interação se somam, possibilitando que a característica<br />

estudada possa ser identificada por uma curva contínua com<br />

os genótipos mais heterozigotos aparecendo em maior<br />

número.<br />

Esse padrão genético representado pode ser caracterizado<br />

como um tipo de herança<br />

A) parcialmente ligada ao sexo.<br />

B) quantitativa ou poligênica.<br />

C) mendeliana clássica.<br />

D) com ligação fatorial.<br />

E) restrita ao sexo.<br />

02. (Bahiana-2014/1- 2 a F) A maioria dos bebês nascidos a termo<br />

– nove meses de gestação – tem peso na faixa de 3 a 4kg; bebês<br />

muito menores ou muito maiores possuem taxas mais altas de<br />

mortalidade.<br />

Com base nos dados,<br />

Sua análise permite concluir:<br />

I. Os resultados, em F1, sugerem a ocorrência de relação de<br />

dominância entre os genes alelos.<br />

II. O caráter estudado revela um padrão de herança quantitativa,<br />

com os poligenes contribuindo igualmente na expressão do<br />

fenótipo.<br />

III. Os resultados da F2 se afastam do esperado pela segregação<br />

independente de genes não alelos.<br />

IV. A variação fenotípica observada entre indivíduos de igual<br />

genótipo é atribuída à influência do ambiente.<br />

07. Determinada característica quantitativa depende da ação de<br />

cinco pares de genes. Do cruzamento entre dois indivíduos com<br />

genótipo AaBbCcDdEe resultam:


a) 5 classes fenotípicas.<br />

b) 10 classes fenotípica.<br />

c) 15 classes fenotípicas.<br />

d) 9 classes fenotípicas.<br />

e) 11 classes fenotípicas.<br />

08. (UNESP) Numa dada planta, o gene B condiciona fruto branco<br />

e o gene A condiciona fruto amarelo, mas o gene B inibe a ação<br />

do gene A. O duplo recessivo condiciona fruto verde.<br />

Considerando que tais genes apresentam segregação<br />

independentemente um do outro, responda:<br />

a) Como se chama esse tipo de interação?<br />

b) Qual a proporção fenotípica correta entre os descendentes do<br />

cruzamento de plantas heterozigotas para esses dois pares de<br />

genes?<br />

Questões 09 e 10 UEFS-2015/1<br />

Como sabemos, a determinação do sexo na espécie<br />

humana está na dependência do que se convencionou<br />

chamar de sistema XY. Nesse sistema, os heterossomos –<br />

23º par de cromossomos ou cromossomos sexuais – são os<br />

portadores dos genes determinantes dos caracteres sexuais<br />

específicos de cada sexo. Assim, indivíduos que portam o<br />

par XX apresentam o sexo feminino. Indivíduos XY<br />

expressam, normalmente, as características masculinas.<br />

O mecanismo diferencial na transmissão das heranças<br />

relacionadas a esses cromossomos decorrem do fato de que<br />

eles não apresentam homologia em 100% de suas<br />

estruturas.<br />

A ausência ou não da homologia caracteriza três tipos de<br />

mecanismos hereditários de transmissão: herança ligada ao<br />

sexo, herança restrita ao sexo e herança parcialmente ligada<br />

ao sexo.<br />

09.<br />

HERANÇA LIGADA AO SEXO<br />

O gráfico representa a distribuição quantitativa da variação<br />

fenotípica de uma determinada característica.<br />

O número de alelos envolvidos na herança desse caráter é:<br />

A) 5<br />

B) 6<br />

C) 7<br />

D) 9<br />

E) 14<br />

São padrões fenotípicos cujos genes que os codificam<br />

localizam-se no cromossomo X em região sem homologia<br />

em Y. Assim, conforme o esquema acima, nesse tipo de<br />

herança, os homens só portam um dos alelos para a<br />

característica em questão – são ditos hemizigotos. Em se<br />

tratando do sexo feminino podemos considerar três<br />

situações em função delas portarem dois alelos:<br />

homozigota dominante, homozigota recessiva e<br />

heterozigota. Quando da heterozigose dizemos que essas<br />

mulheres são portadoras.<br />

10.Sobre a herança retratada no gráfico, pode-se afirmar:<br />

A) Trata-se de um exemplo clássico de pleiotropia.<br />

B) Os alelos do genótipo com maior expressividade são<br />

epistáticos em relação aos alelos dos fenótipos menos<br />

expressivos.<br />

C) A maiores frequências são observadas nos fenótipos<br />

intermediários por se tratar de uma herança quantitativa.<br />

D) Há ausência de dominância uma vez que todos os alelos<br />

apresentam expressão fenotípica.<br />

E) O gráfico pode ser considerado uma representação da<br />

herança da cor do pelo em coelhos.<br />

HERANÇAS RELACIONADAS AO SEXO<br />

Alguns tipos de heranças têm suas ocorrências e<br />

frequências diferenciadas quando consideramos o sexo dos<br />

indivíduos envolvidos.<br />

São exemplos desse tipo de heranças, as anomalias:<br />

daltonismo, hemofilia e distrofia muscular de Duchenne.<br />

Todas condicionadas por genes recessivos<br />

O daltonismo é uma incapacidade de distinguir cores,<br />

geralmente o verde e o vermelho. A hemofilia é uma<br />

disfunção em que o sangue do portador não coagula. Para<br />

os hemofílicos, um pequeno ferimento pode significar a<br />

morte.<br />

197


São poucos os genes localizados nessa região. No<br />

entanto, estão todos eles relacionados com o controle da<br />

atividade dos testículos e determinação do sexo masculino<br />

– gene SRY.<br />

De forma mais severa, a distrofia muscular de Duchenne<br />

leva seus portadores à morte ainda na juventude. Essa<br />

anomalia caracteriza-se pela destruição progressiva da<br />

musculatura.<br />

PRATICANDO:<br />

01.(UFMG-78) Um casal de visão normal teve um<br />

descendente daltônico. Responda:<br />

a) Qual o sexo da criança?<br />

b) Das pessoas citadas, quais possuem o gene para o<br />

daltonismo?<br />

c) Considerando que os pais da mulher sejam<br />

normais, ela recebeu o gene de qual de seus<br />

genitores.<br />

Sendo os pais normais, a representação genotípica são,<br />

respectivamente pai e mãe X D Y e X D X ? . Sendo o<br />

descendente daltônico seu genótipo, seu genótipo só pode<br />

ser X d Y.<br />

a) Como o descendente é daltônico, ele recebeu um<br />

dos genes de seu genitor, que não foi de seu pai, porque<br />

o mesmo é normal. Assim, o referido gene só pode ter<br />

vindo da sua mãe, que mesmo sendo normal<br />

(portadora) passou o gene para o descendente. Como<br />

o descendente é daltônico portando<br />

apenas um gene e é daltônico, ele só pode ser do sexo<br />

masculino.<br />

HERANÇA PARCIALMENTE LIGADA AO<br />

SEXO<br />

Diz respeito às características determinadas por genes<br />

localizados nas regiões homólogas de X e Y. O padrão de<br />

transmissão desses genes segue aquele previsto por Mendel<br />

em suas leis. A denominação decorre do fato de se destacar<br />

o fato de tais genes estarem localizados nos cromossomos<br />

sexuais.<br />

HERANÇA COM EFEITO LIMITADO AO<br />

SEXO<br />

Alguns genes autossômicos, presentes tanto nos machos<br />

como nas fêmeas, mas só expressam em um deles<br />

caracteriza o efeito limitado ao sexo. A expressão<br />

diferenciada deve-se ao efeito dos hormônios sexuais.<br />

São exemplos desse tipo de herança os caracteres<br />

sexuais secundários e a hipertricose auricular.<br />

A hipertricose auricular, presença de pelos nas orelhas,<br />

que só ocorre nos indivíduos do sexo masculino, há muito<br />

tempo foi considerada restrita ao sexo. No entanto,<br />

trabalhos mais recentes têm demonstrado que esse traço<br />

fenotípico tem sua expressão limitada ao sexo.<br />

HERANÇA INFLUENCIADA PELO SEXO<br />

Genes não autossômicos presentes nos dois sexos têm<br />

expressão diferenciada de dominância ou recessividade a<br />

depender do sexo do indivíduo.<br />

Um caso clássico desse tipo de herança é a calvície na<br />

espécie humana.<br />

b) A mãe, portadora, e o que recebeu o gene.<br />

c) De sua mãe, avó do descendente.<br />

Obs.: Os genes ligados ao sexo são transmitidos aos<br />

homens por suas mães. Para uma fêmea expressar uma<br />

característica recessiva ligada ao sexo, é preciso que seu pai<br />

tenha o gene e expresse consequentemente essa<br />

característica.<br />

O gene C é dominante em relação aos homens e recessivo<br />

nas mulheres. Logo, um mesmo genótipo pode apresentara<br />

fenótipos diferentes em cada tipo sexual.<br />

198<br />

HERANÇA RESTRITA AO SEXO OU<br />

LIGADA AO CROMOSSOMO Y<br />

É condicionada pelos genes que se localizam na região<br />

do cromossomo Y sem homologia em X. Portanto, esses<br />

genes são exclusivamente masculinos e denominados genes<br />

holândricos.


EXERCÍCIOS<br />

01. Na genealogia<br />

ao lado<br />

a) Determine os<br />

genótipos dos<br />

indivíduos<br />

apresentados.<br />

b) Se o indivíduo<br />

A, se casar com sua prima B, como serão os possíveis<br />

genótipos e fenótipos dos descendentes?<br />

02. Sabendo-se que a cor dos olhos em Drosófilas é<br />

determinada por um gene ligado ao sexo, e que o olho<br />

vermelho domina o olho branco, que resultados são<br />

esperados do cruzamento entre uma fêmea de olhos<br />

vermelhos cujo pai tinha olho branco, com um macho de<br />

olho branco?<br />

03.(UESF-2009) A figura a seguir ilustra os tipos de<br />

heranças que estão associadas ao par sexual do sistema XY<br />

de determinação do sexo.<br />

Com base na análise da figura e utilizando-se do<br />

conhecimento a respeito da herança dos<br />

heterocromossomos, é possível afirmar:<br />

A) Os heterocromossomos caracterizam-se por apresentar<br />

genes que estão exclusivamente envolvidos com<br />

características genéticas sexuais.<br />

B) Genes que estão posicionados na parte homóloga dos<br />

cromossomos X e Y devem ocorrer com a mesma<br />

frequência, tanto nas mulheres quanto nos homens.<br />

C) Todos os genes presentes no cromossomo Y determinam<br />

heranças que são exclusivas do sexo masculino.<br />

D) Genes da herança ligada ao sexo, por estarem<br />

posicionados apenas no cromossomo X, expressam<br />

características encontradas preferencialmente no sexo<br />

feminino.<br />

E) Os genes da herança restrita ao sexo são exclusivos dos<br />

homens, por estarem posicionados na parte homóloga do<br />

cromossomo X.<br />

04.(UNIME–2015) A imagem representa, de forma<br />

esquemática, o par de cromossomos sexuais com suas<br />

respectivas regiões na configuração da herança genética do<br />

sexo.<br />

A partir das informações contidas na figura e no<br />

conhecimento a respeito desse tipo de herança genética, é<br />

correto afirmar:<br />

01) o Daltonismo e a hemofilia são exemplos de doenças<br />

determinadas por genes localizados na porção não<br />

homologa de Y.<br />

02) Genes presentes no cromossomo Y expressam<br />

características genéticas que são encontradas apenas em<br />

indivíduos do sexo masculino.<br />

03) Na herança restrita ao sexo, o gene está localizado na<br />

porção não homologa de X e é expresso apenas em<br />

indivíduos do sexo feminino.<br />

04) A representação genotípica de um gene A localizado na<br />

porção homóloga de X e Y é X A Y A , e X A X A , para<br />

indivíduos do sexo feminino.<br />

05) A herança parcialmente ligada ao sexo apresenta<br />

probabilidade maior de se expressar em indivíduos de sexo<br />

masculino, quando determinada por um gene recessivo.<br />

05. Um homem daltônico cujo irmão é daltônico e<br />

hemofílico, tem pai normal e mãe daltônica. Esse homem<br />

casa-se com uma mulher normal e tem dois filhos, um<br />

daltônico e outro hemofílico. Um desses filhos, casado com<br />

uma moça normal, tem uma filha daltônica. Pergunta-se:<br />

a) Qual dos dois filhos casou-se com a moça?<br />

b) Quais os genótipos dos indivíduos?<br />

06. Uma mulher de sangue A e de visão normal casou-se<br />

duas vezes e teve cinco filhos com os seguintes fenótipos:<br />

sexo sangue visão<br />

1- homem A daltônico<br />

2- homem 0 daltônico<br />

3- mulher A daltônica<br />

4- mulher B normal<br />

5- mulher A normal<br />

As crianças não foram apresentadas na ordem do<br />

nascimento. O primeiro marido tinha sangue AB e era<br />

daltônico. O segundo marido tinha sangue A e visão<br />

normal. Diga, para cada uma das crianças citadas, qual é seu<br />

pai mais provável.<br />

07. Em aves domésticas o gene B que determina plumagem<br />

colorida é dominante sobre b que determina plumagem<br />

branca. Esses genes estão ligados ao sexo. Um granjeiro<br />

199


quer obter uma geração onde pouco tempo após o<br />

nascimento ele possa diferenciar, pela cor, machos e<br />

fêmeas. Com deverão ser os progenitores desta geração?<br />

Lembre-se que, em aves o sexo heterogamético é o<br />

feminino.<br />

08. Em aves, o albinismo é caráter recessivo, ligado ao sexo.<br />

Plumagem branca é um caráter autossômico, dominante em<br />

relação à colorida. Do cruzamento de um galo com olho<br />

albino e plumagem branca homozigoto, com uma galinha<br />

de olho normal e plumagem colorida, calcule a<br />

probabilidade de aparecer em F 1 uma ave de sexo feminino,<br />

olho albino e plumagem branca.<br />

d) O pai possui o gene para daltonismo, a mãe não possui<br />

esse gene; o pai e a mãe têm sangue tipo AB.<br />

e) A mãe possui o gene para daltonismo, o pai não possui<br />

esse gene; o pai tem sangue tipo AB e a mãe sangue tipo A<br />

ou vice-versa.<br />

11. (UEFS-2010/2) O esquema representa, de forma<br />

simbólica, a configuração dos cromossomos sexuais na<br />

determinação da herança genética do sexo.<br />

09. Na genealogia abaixo determine os genótipos dos<br />

indivíduos envolvidos e explique o aparecimento do<br />

indivíduo 9. Considere que os maridos das mulheres da<br />

geração II são fenotipicamente normais.<br />

Com base nas informações apresentadas e no conhecimento<br />

atual em relação a esse tipo de herança, pode-se afirmar que<br />

a<br />

10. No diagrama abaixo está representado o casamento<br />

entre um homem normal e uma mulher normal, filha de um<br />

homem hemofílico .<br />

Sabendo-se que a hemofilia é uma doença determinada por<br />

um gene recessivo e ligado ao sexo, deste casamento<br />

poderão nascer crianças hemofílicas na proporção de :<br />

A) ligada ao sexo é determinada por genes presentes na<br />

porção não homóloga de X e Y.<br />

B) ligada ao sexo é determinada por genes presentes apenas<br />

na porção não homóloga de X.<br />

C) restrita ao sexo é determinada por genes posicionados na<br />

porção homóloga de Y e X.<br />

D) parcialmente ligada ao sexo é determinada por genes<br />

posicionados na porção homóloga apenas de X.<br />

E) influenciada pelo sexo é determinada por genes<br />

posicionados na porção homóloga de X e Y.<br />

12. (Consultec) A ilustração destaca uma particularidade<br />

na reprodução de Apis melifera relacionada com a<br />

diferenciação na sociedade das abelhas.<br />

a) 0 % b) 25% c) 50% d) 75 % e) 100%<br />

10. Do casamento de homem normal com mulher normal<br />

nasceram: um menino daltônico com sangue tipo A; um<br />

menino normal com sangue tipo 0; uma menina normal com<br />

sangue tipo B; uma menina normal com sangue tipo 0 e um<br />

menino daltônico com sangue tipo AB. Isso leva-nos a<br />

concluir que:<br />

200<br />

a) O pai e a mãe possuem o gene para daltonismo; o pai tem<br />

sangue tipo A e a mãe sangue tipo B ou vice-versa.<br />

b) A mãe possui o gene para daltonismo, o pai não possui<br />

esse gene; o pai tem sangue A e a mãe sangue tipo B ou<br />

vice-versa.<br />

c) A mãe possui o gene para daltonismo, o pai não possui<br />

esse gene; o pai tem sangue tipo AB e a mãe sangue tipo 0<br />

ou vice-versa.<br />

A partir da análise dos dados, pode-se inferir que:<br />

01) a meiose em Apis melifera é um processo que ocorre<br />

exclusiva e na gônada masculina.<br />

02) a fertilização conduz a formação de zigoto triplóide.<br />

03) a transmissão dos genes maternos é limitada aos<br />

descendentes do sexo feminino.<br />

04) as células somáticas dos machos são haplóides.


05) a geração das fêmeas caracteriza-se como um processo<br />

de clonagem.<br />

13. (UESC-2001) Em torno de 1910, o pesquisador T. H.<br />

Morgan, da Universidade da Colúmbia, realizou<br />

experimentos com drosófilas, pequenos dípteros que<br />

vinham sendo reconhecidos como excelente material para<br />

estudos genéticos.<br />

15 (UFBA) A análise do heredograma a seguir permite<br />

supor que a característica apresentada pelos indivíduos é:<br />

a) ligada ao cromossomo X.<br />

b) ligada ao cromossomo Y.<br />

c) autossômica dominante.<br />

d) autossômica recessiva.<br />

e) letal na primeira infância.<br />

16. (UESC-2006) A interpretação do diálogo retratado nos<br />

"quadrinhos" envolve considerar que:<br />

As ilustrações esquematizam dois experimentos em que foi<br />

analisada a característica cor dos olhos em duas formas<br />

alternativas: vermelha (selvagem) e branca (mutante).<br />

Considerando-se a característica cor dos olhos em<br />

drosófilas, esses resultados podiam ser interpretados<br />

segundo a hipótese de que<br />

01) o fenótipo olho vermelho é expressão de um gene<br />

recessivo.<br />

02) o gene que condiciona o fenótipo olho branco está<br />

localizado no cromossomo Y.<br />

03) 100% da descendência do 1° cruzamento apresentavam<br />

a condição homozigótica.<br />

04) as fêmeas do segundo cruzamento podem ser<br />

homozigotas ou heterozigotas.<br />

05) a cor dos olhos, nos machos, é subordinada a um único<br />

alelo.<br />

14. A hipertricose na orelha é condicionada por um gene<br />

localizado na parte não homóloga do cromossomo Y (gene<br />

holândrico). Um homem, cujo avô paterno tinha<br />

hipertricose, casa-se com mulher normal e sem hipertricose<br />

na família. Esse casal tem descendentes com os seguintes<br />

fenótipos:<br />

a) Todas as mulheres são portadoras e todos os homens<br />

apresentam hipertricose.<br />

b) Todas as mulheres são normais e todos os homens<br />

apresentam hipertricose.<br />

c) 50% das mulheres e dos homens apresentam hipertricose.<br />

d) 100% das mulheres são normais, enquanto 25% dos<br />

homens apresentam hipertricose.<br />

e) Toda a descendência de ambos os sexos é normal.<br />

01) o gene tem ação determinista e autônoma em relação às<br />

interferências ambientais.<br />

02) o cromossomo X materno é uma descoberta recente da<br />

ciência.<br />

03) a probabilidade de expressão, de um gene recessivo<br />

ligado ao X é maior em homens do que em mulheres.<br />

04) a mulher tem mais chance de herdar o cromossomo X<br />

materno que o homem.<br />

05) a ausência de genes ativos no cromossomo Y subsidia a<br />

informação passada no diálogo.<br />

15. (PUC-SP) O cruzamento de uma drosófila de olho<br />

vermelho, heterozigota, com um macho de olho branco,<br />

sabendo-se que esse caráter obedece ao mecanismo da<br />

herança ligada ao sexo, deve dar:<br />

a) todos os descendentes machos de olho vermelho, porque<br />

eles não recebem o cromossomo X do pai.<br />

b) descendentes machos de olho vermelho e olho branco,<br />

porque 50% deles recebem o cromossomo X do pai, que<br />

tem olho branco, e 50% o X da mãe, que tem olho vermelho.<br />

c) todos os descendentes femininos de olho branco, porque<br />

as fêmeas recebem o cromossomo X do pai, que tem olho<br />

branco.<br />

d) 50% dos descendentes femininos de olhos vermelhos e<br />

50% de olhos brancos, porque a fêmea é heterozigota e o<br />

macho é portador do gene recessivo.<br />

201


e) tanto machos quanto fêmeas 50% de olhos vermelhos e<br />

50% de olhos brancos, porque se trata do cruzamento de um<br />

heterozigoto com um birrecessivo.<br />

16. A calvície é determinada<br />

por um gene autossômico cuja<br />

dominância é influenciada<br />

pelo sexo, comportando-se<br />

como dominante no homem e<br />

como recessivo na mulher.<br />

Simbolizando-se o gene que causa a calvície por C e o seu<br />

alelo selvagem por c, indique o genótipo dos indivíduos ( 1<br />

), (2), (4) e (5) da genealogia abaixo, na qual estes genes<br />

estão segregados.<br />

a) Cc, CC, CC, Cc<br />

b) Cc, cc, cc, Cc<br />

c) CC, cc,cc, Cc<br />

d) CC, Cc, Cc, Cc<br />

e) Cc, CC, CC, cc<br />

17. (VUNESP-SP) Em Drosophila o gene W (dominante)<br />

determina a cor vermelha do olho e seu alelo w (recessivo)<br />

determina a cor branca. Esses genes são levados no<br />

cromossomo sexual X.<br />

Assinale o cruzamento que permite separar os machos e<br />

fêmeas pela coloração dos olhos:<br />

a) X w X w cruzada com X W Y<br />

b) X W X w cruzada com X w Y<br />

c) X W X W cruzada com X w Y<br />

d) X W X W cruzada com X W Y<br />

e) os cruzamentos a e b<br />

Sobre os padrões de heranças envolvidos nas genealogias<br />

foram feitas as afirmativas.<br />

I. 1 Trata-se de herança mitocondrial.<br />

II. Em 1, o gene é transmitido pela mãe, igualmente para<br />

os filhos de sexos distintos.<br />

III. A chance de nascimento de heterozigotos a partir do<br />

casal da geração I na família 2 é de 50%.<br />

IV. O Tipo de herança da família 2 obedece ao padrão<br />

restrito ao sexo.<br />

Está(ão) correta(s)<br />

1) FVVF<br />

2) FVVV<br />

3) FFVV<br />

4) FVFV<br />

5) FFFV<br />

Questões 20 e 21 UESB -99-1<br />

A figura ilustra resultados de experimentos realizados por<br />

Morgan, com Drosophila melanogaster, em que foi<br />

analisado o caráter cor de olhos.<br />

18. (UFBA) No heredograma a seguir, os indivíduos<br />

representados por símbolos pretos são afetados pela surdomudez.<br />

Da análise do heredograma, conclui-se que a surdomudez<br />

é uma característica hereditária:<br />

a) letal em homozigose.<br />

b) recessiva e autossômica.<br />

c) dominante e autossômica.<br />

d) dominante e ligada ao cromossomo Y.<br />

e) recessiva e ligada ao cromossomo X.<br />

19. Os heredograma abaixo representam duas famílias com<br />

doenças hereditárias distintas. A doença que acomete a<br />

família 1 provoca retardamento mental acentuado, enquanto<br />

que a da família 2 é uma doença degenerativa fatal que<br />

aparece em torno dos 40 anos de idade.<br />

202<br />

20. A análise dos cruzamentos permite concluir cor dos<br />

olhos é herdado segundo o padrão


01) autossômico dominante.<br />

02) autossômico recessivo.<br />

03) recessivo, ligado ao sexo.<br />

04) dominante, ligado ao cromossomo Y.<br />

05) restrito ao sexo.<br />

21. Analisando-se a descendência do cruzamento de um<br />

macho de olhos brancos, de F2, com uma fêmea de F1<br />

observa-se que:<br />

01) os machos apresentam olhos vermelhos e brancos na<br />

proporção de 1:1.<br />

02) todas as fêmeas apresentam olhos vermelhos.<br />

03) as fêmeas de olhos vermelhos herdaram o gene para<br />

olhos vermelhos de seu genitor.<br />

04) os machos de olhos brancos herdaram o gene para a cor<br />

dos olhos de seu genitor.<br />

05) todos os machos exibem olhos de cor branca<br />

b) Todas as mulheres são normais e todos os homens<br />

apresentam hipertricose.<br />

c) 50% das mulheres e dos homens apresentam hipertricose.<br />

d) 100% das mulheres são normais, enquanto 25% dos<br />

homens apresentam hipertricose.<br />

e) Toda a descendência de ambos os sexos é normal.<br />

27. (UECE) A calvície é uma característica influenciada<br />

pelo sexo e o gene que a condiciona se comporta como<br />

recessivo no sexo feminino e dominante no sexo masculino.<br />

Observe a genealogia a seguir, relativa a essa característica.<br />

A probabilidade do casal 3 X 4 ter o primeiro filho homem<br />

e que venha a ser calvo, é:<br />

22. Em galináceos, a cor da crista é vermelha, mas pode ser<br />

modificada para rósea na presença do gene autossômico a,<br />

em homozigose. Esse efeito, no entanto, pode ser suprimido<br />

por um gene autossômico b, em homozigose. Do<br />

cruzamento entre dois galináceos AaBb X aaBb, qual é a<br />

proporção da descendência fenotípica?<br />

23. Sabendo-se que a cor dos olhos em Drosófilas é<br />

determinada por um gene ligado ao sexo, e que o olho<br />

vermelho domina o olho branco, que resultados são<br />

esperados do cruzamento entre uma fêmea de olhos<br />

vermelhos cujo pai tinha olho branco, com um macho de<br />

olho branco?<br />

24. Admita que os genes para a hemofilia e o daltonismo;<br />

que são recessivos e ligados ao sexo seja de 10 unidades. O<br />

gene para a cor dos olhos é autossômico. Uma mulher<br />

normal, de olhos castanhos, cujo pai era hemofílico, cuja<br />

mãe tinha olhos azuis e era daltônica, casa-se com um<br />

homem normal de olhos azuis. Qual é a probabilidade de a<br />

primeira criança do casal ser um menino, de olhos azuis e<br />

completamente normal? E portador das duas anomalias?<br />

25. Em Drosófila, o mutante curly, C, para asa curva, é<br />

autossômico , dominante sobre o alelo para asa normal c,<br />

e é letal recessivo. O gene white , a, ligado ao sexo, produz<br />

olho branco e é recessivo com relação ao alelo A,<br />

dominante, que produz olhos vermelhos.<br />

Que descendentes produz o cruzamento entre fêmea de asa<br />

curly e olhos brancos com macho curly e olhos vermelhos<br />

e em que proporções?<br />

26. (UFPA) A hipertricose na orelha é condicionada por um<br />

gene localizado na parte não homóloga do cromossomo<br />

Y(gene holândrico). Um homem, cujo avô paterno tinha<br />

hipertricose, casa-se com mulher normal e sem hipertricose<br />

na família. Esse casal tem descendentes com os seguintes<br />

fenótipos:<br />

a) Todas as mulheres são portadoras e todos os homens<br />

apresentam hipertricose.<br />

a) 1/2 b) 1/4 c)1/8 d)1/16 e) 100%<br />

28. (ENEM-2014) No heredograma, os símbolos<br />

preenchidos representam pessoas portadoras de um tipo<br />

raro de doença genética. Os homens são representados pelos<br />

quadrados e as mulheres, pelos círculos.<br />

Qual é o padrão de herança observado para essa doença?<br />

A) O Dominante autossômico, pois a doença aparece em<br />

ambos os sexos.<br />

B) O Recessivo ligado ao sexo, pois não ocorre a 7<br />

Transmissão do pai para os filhos.<br />

C) Recessivo ligado ao Y pois a doença é transmitida dos<br />

pais heterozigotos para os filhos.<br />

D) Dominante ligado ao sexo, pois todas as filhas de<br />

'homens afetados também apresentam a doença.<br />

E) O Codominante autossômico, pois a doença e herdada<br />

pelos filhos de ambos os sexos, tanto do pai quanto da mãe.<br />

203


29. (UESC-2010)<br />

O diagrama<br />

representa dois<br />

tipos de heranças<br />

genéticas distintas.<br />

A partir da análise<br />

dessas heranças,<br />

pode-se afirmar que<br />

01) a herança tipo 1<br />

é caracterizada pela presença de vários genes alelos que<br />

expressam, individualmente, características diferentes.<br />

02) a pleiotropia representada pela herança tipo 1 possui<br />

uma ação gênica oposta à forma de ação dos genes da<br />

herança por interação gênica, representada no tipo 2.<br />

03) a herança tipo 2 é um exemplo de pleiotropia em que<br />

genes não alelos interagem na determinação de uma única<br />

característica.<br />

04) são exemplos de heranças trabalhadas por Mendel e que<br />

seguem plenamente a 1º e a 2º leis da genética mendeliana.<br />

05) os dois exemplos ilustram uma herança ligada ao sexo<br />

em que o gene X é exclusivo das mulheres.<br />

30. Que alterações seriam esperadas se o sistema AB0 fosse<br />

condicionado por herança ligada ao sexo?<br />

204


ORIGEM DA VIDA<br />

De onde viemos, para onde vamos? De difícil conclusão,<br />

o problema nos acompanha há alguns séculos.<br />

Há mais de 2000 anos, Aristóteles, preocupado com o<br />

problema da origem da vida, sugeria que ela poderia originarse<br />

espontaneamente a partir da matéria bruta. Segundo ele,<br />

desde que a matéria inanimada apresentasse um tal princípio<br />

ativo estaria apta, e espontaneamente originaria alguma<br />

forma de vida.<br />

O princípio ativo de Aristóteles não se configurava como<br />

uma substância palpável ou concreta. Era, sobretudo uma<br />

capacidade – algo cujos efeitos da sua ação seria constatável.<br />

A exemplo, segundo ele, um ovo origina um novo ser vivo<br />

porque possui um fantástico princípio ativo que poderia<br />

dirigir ou organizar uma seqüência de fatos e produzir vida.<br />

Considerava ainda que o princípio ativo variava entre os ovos<br />

de espécies diferentes.<br />

“Tais são os fatos, os seres se originam não somente do<br />

cruzamento de animais, mas da decomposição da terra... E<br />

entre as plantas, a matéria procede da mesma maneira,<br />

algumas se desenvolvem de sementes, outras por geração<br />

espontânea através de forças naturais; elas se originam do<br />

apodrecimento da terra ou de certas partes vegetais.”<br />

Aristóteles BSCS-11ª ed-EDART-SP-1972<br />

A aceitação das ideias acerca da origem da vida por geração<br />

espontânea continuou por muitos anos depois de Aristóteles<br />

gerando um bom número de lendas: gansos gerados em frutos<br />

semelhantes a melões, carneiros eram formados em certas<br />

árvores.<br />

Virgílio, poeta romano (70 a.C. -19 a.C), garantia que<br />

moscas e abelhas nasciam de cadáveres em decomposição.<br />

Na idade média, Aldovandro afirmava que, do lodo do fundo<br />

da lagoa, poderiam nascer patos e marrecos. O padre<br />

Anastácio Kircher (1627 -1680) explicava a seus alunos que,<br />

do pó de cobra, espalhado pelo chão, nasceriam muitas<br />

cobras. No século XVI, o famoso médico Paracelso,<br />

descreveu uma série de observações sobre geração<br />

espontânea de ratos, sapos, enguias e tartarugas, a partir de<br />

palha, ar, água e madeira podre.<br />

No século XVII, um médico belga, Jean Batiste Van<br />

Helmont (1557 – 1644) ensinava como produzir ratos a partir<br />

de uma camisa suada, germe de trigo e queijo. Segundo Van<br />

Helmont, a capacidade de gerar ratos se devia ao suor humano<br />

que agia como princípio ativo.<br />

Assim, ao conjunto de ideias, atreladas a um princípio<br />

ativo como gerador de vida, a partir da matéria bruta e de<br />

uma série de experiências ou relatos absurdos, firmou-se por<br />

um bom tempo como sendo a hipótese da geração espontânea<br />

ou abiogênese.<br />

Ainda no século XVII surgem novos pensadores que<br />

discordam das ideias da abiogênese e passam a desmistificálas,<br />

fazendo uso de experimentos científicos.<br />

Podemos considerar como um marco do início da<br />

investigação científica os relatos dos experimentos de<br />

Francesco Redi, médico de Florença, que são feitos,<br />

justamente, questionando a abiogênese. Escreveu ele:<br />

“ Embora me sinta feliz em ser corrigido por alguém mais<br />

sábio do que eu, caso faça afirmações errôneas, devo<br />

expressar minha convicção de que a Terra, depois de ter<br />

produzido as primeiras plantas e animais, por ordem do<br />

Supremo e Onipotente Criador, nunca mais produziu nenhum<br />

tipo de planta ou animal, quer perfeito ou imperfeito...<br />

... E, embora seja fato, observado diariamente que um<br />

número infinito de vermes é produzido em cadáveres e em<br />

vegetais em decomposição, eu me sinto tentado a acreditar<br />

que esses vermes são todos gerados por inseminação<br />

[reprodução sexuada] e que o material em putrefação, no<br />

qual são encontrados, não tem outra função senão servir de<br />

lugar para eles fazerem ninhos, onde depositam os ovos na<br />

época de reprodução e onde encontram alimentos...<br />

... No começo de julho mandei que matassem três cobras, do<br />

tipo chamado de enguias de Esculápio. Logo que elas<br />

morreram, coloquei-as em caixa aberta para apodrecerem.<br />

Não muito depois, vi que estavam cobertas por vermes com<br />

forma cônica e aparentemente sem patas. Esses vermes<br />

devoravam a carne, aumentando, enquanto isso, em tamanho<br />

e, dia a dia, eu observava que eles também aumentavam em<br />

número; embora tivessem a mesma forma, como nasceram<br />

em <strong>dias</strong> diferentes, diferiam de tamanho. Mas todos, grandes<br />

e pequenos, depois de consumirem a carne, deixando apenas<br />

os ossos intactos, escaparam por uma pequena abertura da<br />

caixa fechada; e eu não pude descobrir seu esconderijo.<br />

Ficando, por isso, curioso para saber o que poderia ter<br />

acontecido a eles, preparei novamente três cobras, que em<br />

três <strong>dias</strong> estavam cobertas com pequenos vermes. Estes<br />

aumentavam diariamente em número e tamanho, mantendo a<br />

mesma forma, porém não a coloração; os maiores eram<br />

205


ancos externamente e os menores rosados. Quando a carne<br />

foi totalmente consumida, os vermes procuraram ativamente<br />

uma saída, mas eu havia fechado todas as aberturas. No dia<br />

19 do mesmo mês alguns vermes cessaram todos os<br />

movimentos, como se estivessem dormindo, e pareceram<br />

diminuir, assumindo gradualmente formas semelhantes a de<br />

um ovo. No dia 20 todos os vermes tinham adquirido formas<br />

ovais e tomado coloração branca dourada, que passou à<br />

vermelha e, em alguns escureceu tornando-se quase preta.<br />

Neste ponto, tanto os vermelhos como os pretos, começaram<br />

a endurecer, lembrando as crisálidas formadas por lagartas,<br />

bichos-da-seda e insetos semelhantes. Minha curiosidade<br />

assim aumentou e notei que havia alguma diferença na forma<br />

entre os ovos vermelhos e pretos [pupas]...<br />

...Coloquei-as em diferentes frascos de vidro, bem cobertos<br />

com papel e, no fim de oito <strong>dias</strong>, todas as cascas vermelhas<br />

estavam quebradas e, de cada uma, saiu uma mosca<br />

cinzenta... Enquanto as [pupas] vermelhas deram origem a<br />

moscas em oito <strong>dias</strong>, as pretas levaram catorze <strong>dias</strong> para<br />

produzir grandes moscas pretas listadas de branco, tendo o<br />

abdome com cerdas, do mesmo tipo que vemos diariamente<br />

zunindo nos açougues. Tendo considerado essas coisas,<br />

comecei a acreditar que todos os vermes encontrados na<br />

carne fossem originados diretamente de ovos de moscas e<br />

não da putrefação da carne e fiquei ainda mais convencido<br />

por observar que, antes da carne se tornar bichada, haviam<br />

pousado sobre ela moscas iguais àquelas que depois se<br />

originaram (a partir dos vermes) ...<br />

... O que eu pensava a respeito não teria valor se não pudesse<br />

ser confirmado pela experimentação; por isso, em meados<br />

de julho, coloquei uma cobra, alguns peixes, algumas<br />

enguias do Arno e uma fatia de carne "de vitela em quatro<br />

frascos grandes, de boca larga; tendo fechado bem e selado<br />

todos eles, preparei igual número de outros frascos da<br />

mesma maneira, somente deixando-os abertos. Não demorou<br />

muito para que a carne e o peixe destes últimos frascos<br />

ficassem cheios de vermes e foram vistas moscas entrando e<br />

saindo à vontade; nos fechados, não vi nenhum verme, apesar<br />

de muitos <strong>dias</strong> terem se passado desde que a carne fora lá<br />

colocada. Fora, no papel que os cobria, formaram-se vermes<br />

que procuravam ativamente algum lugar por onde penetrar<br />

a fim de obter alimento. Enquanto isso, as diferentes coisa<br />

colocadas nos frascos haviam apodrecido...<br />

... É necessário contar que, embora eu pensasse ter provado<br />

que a carne de animais mortos não pudesse originar vermes,<br />

a menos que ovos fossem aí depositados, para remover<br />

qualquer dúvida, como a experiência havia sido feita com<br />

frascos fechados, onde o ar não podia penetrar ou circular,<br />

ainda quis tentar uma nova experiência, colocando carne e<br />

peixe num frasco grande fechado com um fino véu de Nápoles<br />

[gaze] que permitia a entrada do ar. Para maior proteção<br />

contra as moscas, coloquei o frasco sob uma cobertura feita<br />

com o mesmo material. Nunca vi nenhum verme nessa carne,<br />

embora tivesse visto muitos movendo-se sobre a cobertura.<br />

206


Estes, atraídos pelo cheiro da carne, tentavam penetrar<br />

através das finas malhas e teriam conseguido se eu não os<br />

tivesse removido...”<br />

BSCS-11ª ed-EDART-SP-<br />

1972<br />

Os experimentos de Redi parecem conclusivos sobre o<br />

fato de que a vida só pode originar de outra pré-existente.<br />

Essa nova ideia é chamada de biogênese.<br />

Apesar das evidências (fatos), tais ideias não foram<br />

prontamente aceitas e, de tempos em tempos surgiam novas<br />

polêmicas entre os defensores da Abiogênese e Biogênese.<br />

Alguns anos após os experimentos de Redi, Anton<br />

Leuwenhoek, naturalista holandês, após aperfeiçoar o<br />

microscópio, observou em uma de suas lâminas, uma série de<br />

minúsculos organismos cuja existência foi, prontamente<br />

atribuída à geração espontânea.<br />

Em Londres, por volta de 1745, John Needhan, realizou<br />

uma série de experimentos que reforçavam as idéias sobre a<br />

geração espontânea. Seus experimentos consistiam em<br />

aquecer caldos nutritivos (caldo de galinha, sucos vegetais)<br />

em tubos de ensaio, fechou-os para impedir a entrada de ar,<br />

aquecendo novamente. Depois de alguns <strong>dias</strong>, as infusões<br />

apresentavam-se repletas de microrganismos – repetindo<br />

várias vezes os experimentos, com sucos diversos e, obtendo<br />

os mesmos resultados, acreditou ter encontrado respaldo para<br />

a Abiogênese.<br />

Anos mais tarde, um padre italiano, Lázaro Sapllanzani,<br />

demonstrou que as infusões de Needham não geraram vida,<br />

tão somente, porque estavam naturalmente contaminadas por<br />

microrganismos e que suas infusões não teriam sido<br />

devidamente esterilizadas.<br />

Spallanzani submeteu uma série de infusões a processos<br />

de esterilização – por fervura - e imediatamente as lacrou em<br />

tubos de ensaio. Não encontrando, após um bom tempo,<br />

nenhuma forma de vida, reprovou a abiogênese.<br />

Needham refutou os argumentos de Spallanzani dizendo<br />

que os experimento do referido padre teriam sido realizado de<br />

forma incorreta, a tal ponto, da fervura excessiva de suas<br />

infusões ter destruído o princípio ativo, fato que tornaria o<br />

meio completamente inapropriado para o desenvolvimento da<br />

vida. A abiogênese ainda continuaria dominando por um bom<br />

tempo.<br />

experimentos com infusões apresentavam falsos resultados<br />

em função da referida contaminação e da existência de<br />

microorganismos existentes no ar. Idealizou o famoso<br />

experimento dos frascos com “pescoço de cisne”, cujos<br />

resultados conclusivos foram relatados:<br />

“Coloquei em frascos de vidro os seguintes líquidos, todos<br />

facilmente alteráveis em contato com o ar comum: suspensão<br />

de lêvedo de cerveja em água, suspensão de lêvedo de cerveja<br />

em água e açúcar, urina, suco de beterraba, água de<br />

pimenta; aqueci e puxei o gargalo do frasco, de maneira a<br />

dar-lhe várias curvaturas; deixei o líquido ferver durante<br />

vários minutos, até que os vapores saíssem livremente pela<br />

estreita abertura superior do gargalo, sem tomar nenhuma<br />

outra precaução. Em seguida, deixei o frasco esfriar. É uma<br />

coisa notável, capaz de assombrar qualquer pessoa<br />

acostumada com a delicadeza das experiências relacionadas<br />

à, assim chamada, geração espontânea, o fato de o líquido<br />

em tal frasco permanecer imutável indefinidamente...<br />

... Parecia que o ar comum, entrando com força durante os<br />

primeiros momentos do resfriamento, deveria penetrar no<br />

frasco num estado de completa impureza. Isto é verdade mas<br />

ele encontra um líquido numa temperatura ainda próxima do<br />

ponto de ebulição. A entrada do ar ocorre, então, mais<br />

vagarosamente e, quando o líquido se resfriou<br />

O FIM DA GERAÇÃO ESPONTÂNEA<br />

Apenas em meados de 1860, quando entra em cena o<br />

biólogo francês, Louis Pasteur, é que se passa a pensar sobre<br />

o problema da origem da vida de forma mais coerente e<br />

lógica.<br />

Pasteur, por acreditar que a matéria bruta é, naturalmente,<br />

contaminada por microrganismos, rejeitava qualquer<br />

possibilidade de geração espontânea, alegando que os<br />

suficientemente, a ponto de não mais ser capaz de tirar a<br />

vitalidade dos germes, a entrada do ar será suficientemente<br />

lenta, de maneira a deixar nas curvas úmidas do pescoço<br />

toda a poeira (e germes) capaz de agir nas infusões... Depois<br />

de um ou vários meses no incubador, o pescoço do frasco foi<br />

removido por um golpe dado de tal modo que nada, a não ser<br />

as ferramentas, o tocasse e depois de 24, 36 ou 48 horas,<br />

207


olores e infusórios (bactérias) se tornaram visíveis<br />

exatamente como no frasco aberto, ou como se o frasco<br />

tivesse sido inoculado com poeira do ar.”<br />

BSCS-11ª ed-EDART-SP-1972<br />

Apesar da simplicidade do experimento realizado por<br />

Pasteur, se não foram suficientes para derrotar<br />

definitivamente a abiogênese, nos parece que, a partir dele, a<br />

referida corrente de pensamento foi gradativamente perdendo<br />

forças e abandonada.<br />

Percebe-se, no entanto, que ela não apresenta solução para a<br />

origem da vida.<br />

A ausência de uma hipótese que explique a origem da vida,<br />

não impediu que uma nova questão fosse aventada: o<br />

primeiro ser vivo era autótrofo ou heterótrofo?<br />

Independentemente de como o primeiro ser vivo deva ter<br />

surgido, os cientistas levantavam a possibilidade de o<br />

primeiro ser vivo produzir seu próprio alimento – hipótese<br />

autotrófica ou, ao contrário, desse ser vivo não se “autonutrir”<br />

e depender de nutrientes de origem exógena – hipótese<br />

heterotrófica.<br />

Os defensores da hipótese autotrófica argumentavam que<br />

é mais sensato imaginar uma forma de vida autossuficiente,<br />

portanto, que teria maiores chances de proliferar do que uma<br />

forma que tivesse que “correr atrás” de nutrientes. No<br />

entanto, essa hipótese, contrariamente ao que propõe a teoria<br />

da evolução, deveria considerar que os processos de síntese<br />

que condiciona o autotrofismo (fotossíntese e quimiossíntese)<br />

são bastante complexos para serem realizados por organismos<br />

simples como devem ter sido as primeiras formas de vida. São<br />

autótrofos os vegetais, algas e certas bactérias.<br />

A hipótese heterotrófica, em consonância com a teoria da<br />

evolução, considera que a primeira forma de vida deve ter<br />

sido bastante simples e incapaz de produzir seu próprio<br />

alimento –heterótrofos - porém, com alguma capacidade de<br />

síntese, a partir de compostos obtidos do meio externo. São<br />

heterótrofos animais, fungos e algumas bactérias.<br />

A hipótese heterotrófica considera ainda, que a primeira<br />

forma de vida se desenvolveu a partir de uma lenta e gradual<br />

evolução de compostos químicos existentes na terra<br />

primitiva.<br />

ingredientes básicos para a estrutura dos compostos<br />

orgânicos.<br />

A existência de vapor d água se embasa em estudos<br />

geológicos que indicam a ocorrência de intensas atividades<br />

vulcânicas na terra primitiva, responsável pela eliminação<br />

dessa substância para a atmosfera. A água, portanto, seria a<br />

fonte de oxigênio para a construção de substâncias orgânicas<br />

juntamente com o N2, H 2 e C.<br />

Além de considerar uma possível composição para<br />

atmosfera primitiva, Oparin concluiu por uma Terra com<br />

elevadas temperaturas, tempestades, descargas elétricas e<br />

intensa radiação ultravioleta. Sob essas condições é possível<br />

conceber que os compostos da atmosfera primitiva poderiam<br />

reagir e formar novos compostos, bem como as intensas<br />

tempestades contribuiria para formação dos oceanos.<br />

AS IDÉIAS DE OPARIN<br />

A hipótese atual acerca do surgimento da vida na terra tem<br />

por base as especulações do cientista russo Alexandre<br />

Ivanovitch Oparin, Bioquímico com conhecimentos de<br />

astronomia, geologia e biologia. Suas ideias consideram a<br />

existência de um planeta com uma atmosfera primitiva<br />

constituída das substâncias amônia, metano, vapor d´ água e<br />

hidrogênio. Segundo Oparin, a presença dos gases seria<br />

justificada pelo conhecimento de que na atmosfera do Sol e<br />

de Júpiter, por exemplo, apresenta essas substâncias. Tais<br />

compostos seriam fontes de carbono, hidrogênio e nitrogênio,<br />

208


Oparin vai além, essas proteínas se recombinando,<br />

partindo-se, recombinando-se..., por um período de tempo<br />

bastante longo, acumulam-se em oceanos de água morna,<br />

formando os colóides e estes últimos interagiam para formar<br />

os coacervados. Tais coacervados, longe de serem uma<br />

forma de vida, se constituíam, no entanto, em uma primitiva<br />

organização das substâncias orgânicas num sistema, que<br />

mesmo isolado do meio, ele podiam trocar substâncias com o<br />

meio externo, havendo em seu interior possibilidades de<br />

ocorrerem inúmeras reações químicas.<br />

O aumento de complexidade de alguns coacervados, que<br />

passando a comportar em seu interior uma molécula com<br />

capacidade de controle e autoduplicação, os ácidos nucléicos,<br />

que teriam surgido pelos mesmos processos das diversas<br />

substâncias orgânicas existentes até aquele momento. Assim,<br />

essas formas passariam a ter capacidade de se reproduzirem<br />

e, possivelmente, constituiriam-se nas primeiras e mais<br />

simples formas de vida do planeta.<br />

O cientista, pai da idéia da evolução dos compostos químicos,<br />

não teve condições de provar e ou demonstrar sua hipótese.<br />

No entanto, em 1953, na Universidade de Chicago, Stanley<br />

Miller construiu em seu laboratório uma espécie de atmosfera<br />

primitiva artificial que simulava aquela proposta por Oparin<br />

e, surpreendentemente, pode evidenciar que o raciocínio do<br />

cientista russo estava correto.<br />

As novas substâncias, provavelmente aminoácidos, teriam<br />

sido arrastadas pelas chuvas para os oceanos em formação e<br />

poderiam continuar se recombinando até a formação das<br />

primeiras proteínas.<br />

Em 1957, outro<br />

cientista, Sidney<br />

Fox a partir de<br />

uma mistura de<br />

aminoácidos<br />

secos submetidos<br />

a aquecimentos<br />

prolongados<br />

consegui<br />

sintetizar<br />

diversas cadeia<br />

polipeptídicas e,<br />

mais uma vez o<br />

possível caminho<br />

evolutivo<br />

proposto por<br />

Oparin se confirmava.<br />

Se esses foram os primeiros passos em direção a formação<br />

dos primeiros seres vivos, infelizmente não chegaremos a<br />

209


uma conclusão definitiva. No entanto, os experimentos<br />

apontam concretamente para a ocorrência de tal processo<br />

evolutivo e muitos outros tipos de compostos têm sido<br />

obtidos a partir de experimentos semelhantes aos de Miller e<br />

Fox tais como carboidratos, lipídios e bases nitrogenadas.<br />

Nossas origens continuam despertando interesse a ponto<br />

de um bom número de cientistas se dedicarem ao que se<br />

convencionou chamar de estudo da síntese pré-biótica.<br />

OS PRIMEIROS ORGANISMOS CELULARES<br />

Admite-se, atualmente, que a célula primitiva era bastante<br />

simples, pequena e que, ao longo de um relevante período de<br />

tempo evolutivo, deva ter passado por processos de<br />

aperfeiçoamento visando compatibilizar fisiologia e<br />

dimensão. Com o crescente aumento do volume celular, seu<br />

funcionamento tenderia a ficar comprometido uma vez que<br />

tal volume cresce muito mais rápido que a sua superfície.<br />

Assim, a disparidade entre volume e superfície celular<br />

comprometeria as trocas com o meio e, consequentemente,<br />

levaria a célula a um colapso fisiológico. (ver relação<br />

superfície X volume celular – módulo 01 – Estudo do<br />

Núcleo).<br />

Para evitar tal colapso, a célula primitiva deve ter emitido<br />

prolongamentos por evaginações de sua superfície que, ao se<br />

multiplicarem e atingirem grandes ramificações, originaram<br />

uma grande malha de endomembranas que, ao mesmo tempo<br />

em que produzia uma nova delimitação externa, gerava<br />

diversos compartimentos internos que culminariam, após<br />

processos de especialização, a formação das estruturas<br />

interna que conhecemos hoje.<br />

Não obstante a larga aceitação da hipótese em questão, alguns<br />

cientistas acreditam que a origem dos cloroplastos e<br />

mitocôndrias não tenham seguido esse caminho. Segundo<br />

eles, mitocôndrias e cloroplastos seriam, num passado<br />

remoto, organismos independentes, que, uma vez capturados<br />

por células eucariontes primitivas, passaram a viver numa<br />

simbiose mutualista e originado as células eucariontes como<br />

hoje a conhecemos. Logo uma célula primitiva que consegui<br />

capturar “mitocôndria” e “cloroplasto” deu origem a célula<br />

vegetal eucarionte, enquanto que a célula primitiva, só<br />

capturando a “mitocôndria”, originou a célula eucarionte<br />

animal. (Ver hipótese endosimbiôntica - Módulo 01)<br />

O SURGIMENTO DOS PLURICELULARES<br />

Do agrupamento de vários pluricelulares teriam surgido o<br />

conglomerado que hoje conhecemos como colônias. Do<br />

aumento crescente de volume, complexidade e<br />

interdependência desses conglomerados, associados a<br />

processos de especialização celular (divisão de trabalho) e um<br />

fantástico “sucesso” evolutivo, surgiram os organismos<br />

pluricelulares.<br />

Os 10 grandes mistérios da química.<br />

Como a vida começou?<br />

O MOMENTO EM QUE OS<br />

PRIMEIROS SERES VIVOS SE<br />

FORMARAM A PARTIR DA<br />

matéria inanimada, há quase 4<br />

bilhões de anos, ainda está envolto<br />

por mistério. Como moléculas<br />

relativamente simples da sopa<br />

primordial deram origem a<br />

compostos cada vez mais<br />

complexos? E como alguns desses<br />

compostos começaram a processar<br />

energia e se replicar (duas<br />

características fundamentais para a<br />

vida)? No nível molecular todos<br />

esses passos são, naturalmente,<br />

reações químicas relacionadas à<br />

questão da origem da vida.<br />

O desafio para os químicos é não<br />

propor mais cenários hipotéticos, vagamente plausíveis,<br />

como os que já existem. Os pesquisadores consideraram, por<br />

exemplo, minerais como a argila, que funcionou como<br />

catalisador na formação dos primeiros polímeros<br />

autorreplicantes (moléculas que, como o DNA ou Proteínas,<br />

são formadas por longas cadeias de pequenas unidades);<br />

complexidades químicas alimentadas pela energia de<br />

chaminés hidrotermais das profundezas oceânicas; e o<br />

"mundo do RNA onde essa estrutura (prima do DNA) - capaz<br />

de agir como uma enzima e catalisar reações como as<br />

proteínas - teria precedido o DNA e as proteínas.<br />

A dificuldade está em testar essas hipóteses em reações<br />

preparadas em tubos de ensaio. Os pesquisadores mostraram,<br />

por exemplo, que certos componentes químicos simples<br />

podem reagir espontaneamente para formar blocos de<br />

construção mais complexos de seres vivos, como os<br />

aminoácidos e nucleotídeos as unidades básicas do DNA e do<br />

210


RNA. Em 2009, um grupo liderado por John Sutherland,<br />

atualmente no laboratório MRC de <strong>Biologia</strong> Molecular em<br />

Cambridge, Inglaterra, demonstrou a formação de<br />

nucleotídeos a partir de moléculas que provavelmente<br />

existiram na sopa primordial. Outros pesquisadores<br />

concentraram-se na capacidade que alguns filamentos de<br />

RNA têm de agir como enzimas, fornecendo evidências que<br />

reforçam a hipótese do "mundo do RNA. Esses passos<br />

levaram os cientistas a construir uma ponte entre a matéria<br />

inanimada dos sistemas autorreplicantes e autossustentados.<br />

Agora que os cientistas conhecem melhor os ambientes<br />

exóticos e potencialmente férteis do Sistema Solar (eventuais<br />

fluxos de água em Marte, mares petroquímicos em Titã, as<br />

luas de Saturno, e oceanos gelados que parecem se esconder<br />

sob o gelo das luas de Júpiter, Europa e Ganimedes), a origem<br />

da vida terrestre parece ser uma pequena parte de questões<br />

muito maiores: Em que circunstâncias a vida pode surgir?<br />

Como sua base química pode variar? Essas questões<br />

tomaram-se ainda mais contundentes com a descoberta de<br />

mais de 500 planetas extrassolares.<br />

Essas descobertas obrigaram os químicos a expandir suas<br />

ideias sobre as possíveis químicas da vida. A Nasa, por<br />

exemplo, insiste há muito tempo na ideia de que a água<br />

liquida é um pré-requisito, mas agora os cientistas não estão<br />

tão certos disso. E a amônia líquida, formamida, além de<br />

solventes oleaginosos como metano líquido ou hidrogênio<br />

supercrítico em Júpiter? E por que a vida se restringiria<br />

apenas ao DNA, RNA e proteínas? E para finalizar, vários<br />

sistemas químicos artificiais construídos recentemente<br />

mostram um tipo de replicação de partes de seus componentes<br />

que não se baseia em ácidos nucléicos. Aparentemente, tudo<br />

de que necessitamos é um sistema molecular que possa servir<br />

de modelo para fazer uma cópia e depois destacá-la.<br />

Observando a vida na Terra, Steven Benner, químico da<br />

Fundação para Evolução Molecular Aplicada em Gainesville,<br />

Florida, comenta: "Não temos como decidir se as<br />

semelhanças (como o uso de DNA e proteínas) refletem um<br />

ancestral comum ou as necessidades da vida universalmente".<br />

Mas se as interpretarmos pensando em nos ater ao que<br />

sabemos, "então não tem qualquer graça".<br />

Scientific American - novembro 2011<br />

molécula – talvez algum tipo de RNA – capaz de se autoreproduzir<br />

(2). A molécula faz muitas cópias de si mesa (3),<br />

algumas vezes formando versões mutantes que também são<br />

capazes de se replicar (4). Os replicadores mutantes que estão<br />

mais bem adaptados às condições suplantavam as versões<br />

anteriores (5). No final, este processo evolutivo deve levar ao<br />

desenvolvimento de compartimentos (como células) e<br />

metabolismo, nos quais moléculas menores usam energia<br />

para realiza processos úteis (6).<br />

O metabolismo primordial começa com a formação de<br />

compartimentos (7). Alguns compartimentos contêm<br />

misturas dos compostos iniciais que passaram por ciclos de<br />

reações (8), que ao longo do tempo se tornam mais<br />

complicados (9). Finalmente, o sistema deve realizar o salto<br />

para armazenamento de informações em polímeros (10).<br />

A hipótese metabolismo primordial aponta para uma<br />

única origem ou para múltiplas origens independentes da<br />

vida?<br />

R: Múltiplas origens parecem mais viáveis com o cenário do<br />

metabolismo primordial. Gerald Feinberg e eu discutimos a<br />

possibilidade de vida alienígena [vida não baseada em RNA,<br />

DNA e outras substâncias bioquímicas familiares para nós]<br />

em nosso livro em 1980, Life beyond Earth. Os pesquisadores<br />

em uma conferência conduzida por Pau Davis na Arizona<br />

State University, em dezembro de 2006, concluíram que pode<br />

até existir vida alienígena, não detectada, neste planeta. A<br />

REPLICADOR PRIMORDIAL X METABOLISMO<br />

PRIMORDIAL<br />

As teorias científicas sobre a origem da vida em grande<br />

parte se dividem em dois campos rivais: replicador primordial<br />

e metabolismo primordial. Ambos os modelos devem<br />

começar com moléculas formadas por processos nãobiológicos,<br />

representadas aqui por bolas rotuladas com<br />

símbolos (1).<br />

No modelo replicador primordial, alguns destes<br />

compostos se unem em cadeia, formando por acaso uma<br />

grande maioria dos microorganismos que podem ser<br />

observados sob um microscópio não pode ser cultivada em<br />

211


um meio de cultura convencional e permanece não<br />

caracterizada. Micróbios alienígenas também podem existir<br />

em habitats da Terra que são extremos demais até para as<br />

formas mais resistentes de nossa vida familiar. Por Robert<br />

Shapiro – Robert é professor emérito de química e cientista pesquisador<br />

sênior da New York University. É autor e co-autor de mais de 120<br />

publicações, principalmente na área de química do DNA. Em particular,<br />

estuda as formas como as substâncias químicas do meio ambiente<br />

podem danificar nosso material hereditário, causando mudanças que<br />

podem levar a mutações e câncer.<br />

Exercícios<br />

01. (ENEM- 2012) Em certos locais, larvas de moscas,<br />

criadas em arroz cozido, são utilizadas como iscas para pesca.<br />

Alguns criadores, no entanto, acreditam que essas larvas<br />

surgem espontaneamente do arroz cozido, tal como<br />

preconizado pela teoria da geração espontânea.<br />

Essa teoria começou a ser refutada pelos cientistas ainda no<br />

século XVII, a partir dos estudos de Redi e Pasteur, que<br />

mostraram experimentalmente que<br />

A) seres vivos podem ser criados em laboratório.<br />

B) a vida se originou no planeta a partir de microrganismos.<br />

C) o ser vivo é oriundo da reprodução de outro ser vivo préexistente.<br />

D) seres vermiformes e microrganismos são evolutivamente<br />

aparentados.<br />

E) vermes e microrganismos são gerados pela matéria<br />

existente nos cadáveres e nos caldos nutritivos,<br />

respectivamente.<br />

02. (UNIT – 2013/ I Semestre) A figura é uma representação<br />

das etapas do clássico experimento realizado por Pasteur no<br />

século XIX.<br />

Uma análise do experimento e suas repercussões na ciência<br />

permitem afirmar:<br />

A) O planejamento do experimento e os resultados obtidos<br />

foram decisivos na aceitação da ideia de que seres vivos se<br />

formam a partir de reprodução de outros seres vivos.<br />

B) A etapa final da experiência, com o aparecimento de<br />

micro-organismos no caldo, demonstra que o caldo nutritivo<br />

já continha seres vivos que só puderam se desenvolver na<br />

presença de oxigênio.<br />

C) Os resultados dessa experiência possibilitaram a sua<br />

aplicação no desenvolvimento da técnica de fermentação na<br />

indústria de alimentos e bebidas, como o vinho.<br />

D) A especificidade da técnica utilizada por Pasteur impedia<br />

a repetibilidade da experiência, razão pela qual seus<br />

resultados foram criticados como inconsistentes e não<br />

científicos.<br />

E) O experimento favoreceu a ideia da existência de um<br />

princípio ativo necessário à geração de vida.<br />

03.(UESB-2011/2) Na Terra primitiva, o tom azulesverdeado<br />

espraiou-se sobre os minerais e lamaçais.<br />

Deslizou, cresceu, propagou-se e aumentou de volume,<br />

expandindo-se gradualmente ao longo de margens de rios e<br />

sobre pedaços de meteoritos, fragmentos vulcânicos e<br />

charcos. Assim como todos os sistemas vivos de crescimento<br />

rápido, as cianobactérias produziam quantidades prodigiosas<br />

de detritos [...] A toxicidade desse é sobejamente conhecida,<br />

e esse novo composto gasoso produzido por<br />

colônias fotossintetizantes constituiu um perigo imediato<br />

para as próprias cianobactérias, uma vez que elas estavam<br />

mais próximas da fonte. (MARGULIS & SAGAN,2002, p. 86)<br />

O detrito tóxico apresentado no texto e responsável pela<br />

quase extinção total dos seres existentes, nessa etapa da<br />

evolução da vida no Planeta, é<br />

a) o metano.<br />

b) o gás sulfídrico.<br />

c) o oxigênio molecular.<br />

d) o dióxido de carbono.<br />

e) a dioxina.<br />

04. (UESB-2013) Em 1953, Stantey Miller, um estudante de<br />

pós-graduação da Universidade de Chicago, pegou dois<br />

frascos * um contendo um pouco de água para representar um<br />

oceano primordial, o outro com uma mistura dos gases<br />

metano, amoníaco e ácido sulfídrico para representar a<br />

atmosfera antiga da Terra. Uniu-os com tubos de borracha e<br />

introduziu algumas faíscas elétricas para representar os raios.<br />

Apos alguns <strong>dias</strong>, a água dos frascos, agora verde e amarela,<br />

tornara-se um caldo forte de aminoácidos, ácidos gordurosos,<br />

açúcares e outros compostos orgânicos.<br />

"Se Deus não fez desta maneira" - observou encantado o<br />

supervisor de Miller, o prêmio Nobel Harold Urey - "perdeu<br />

uma boa chance."<br />

(BRYSON, 2005, p.293).<br />

212


Considerando as conclusões obtidas a partir dos resultados<br />

dos experimentos realizados por Stanley Miller é correto<br />

afirmar<br />

01) A presença de compostos orgânicos no experimento<br />

ratificou a existência de um oceano primitivo rico em<br />

aminoácidos envolvido por uma atmosfera oxidante.<br />

02) A formação em laboratório de componentes orgânicos, a<br />

partir da combinação de determinados gases e fatores<br />

ambientais controlados, aproximou a ciência de uma possível<br />

resposta para a origem da vida na Terra.<br />

03) A combinação dos gases presentes no experimento<br />

favoreceu a formação de unidades autopóiéticas que se<br />

nutriam do próprio caldo verde e amarelo gerado no interior<br />

dos frascos.<br />

04) A ausência de oxigênio na composição dos gases do<br />

experimento impediu o desenvolvimento dos primeiros seres<br />

vivos, como previu Alexander Oparin em sua hipótese<br />

heterotrófica de origem da vida.<br />

05) Miller confirmou, com seus experimentos, a hipótese<br />

proposta por Alexander Oparin de que a vida surgiu de forma<br />

heterotrófica e anaeróbia em um oceano primitivo repleto de<br />

matéria orgânica.<br />

05. (Ucsal) Os eventos referem-se à Teoria de Oparin e<br />

Haldane para explicar a origem da vida na Terra<br />

I - Formação de aminoácidos.<br />

II - Surgimento das proteínas nas rochas quentes.<br />

III - Formação de coacervados nos mares.<br />

IV - Combinação entre gases da atmosfera primitiva.<br />

V - Aparecimento de protocélulas.<br />

A seqüência correta mais provável na qual esses eventos<br />

ocorreram, é:<br />

(A) I II III IV V<br />

(B) II III V I IV<br />

(C) III IV V II I<br />

(D) IV I II III V<br />

(E) IV III I V II<br />

06. UNEB – 2003 O conceito-chave de "sopa primitiva",<br />

"caldo primordial" ou "caldo pré-biótico" aparece com<br />

freqüência no discurso de cientistas que estudam o problema<br />

da origem da vida. A formação desse "caldo" pressupõe a<br />

existência de água em estado líquido na superfície da Terra.<br />

A vida ocorre em uma fase aquosa porque a água:<br />

01) tem mínima capacidade de absorver calor do meio<br />

circundante.<br />

02) evita a auto-organização de moléculas de gorduras em<br />

películas.<br />

03) substitui, com menor dispêndio energético, as enzimas.<br />

04) constitui o meio para transporte de nutrientes e remoção<br />

de resíduos do metabolismo.<br />

05) Bloqueia a formação de pontes de hidrogênio entre<br />

moléculas.<br />

Questões 07 e 08 UESF-2011/1<br />

07. A vida como a<br />

conhecemos<br />

é<br />

extremamente diversificada<br />

e adaptável, permitindo que<br />

organismos existam em<br />

alguns dos lugares mais<br />

inóspitos do planeta. Mas a<br />

“vida” tende a se basear em<br />

uma matriz, recombinando<br />

seis elementos básicos e<br />

deixando aberta a<br />

possibilidade de outras combinações que compõem tipos<br />

totalmente diferentes de atividades biológicas. A vida como a<br />

conhecemos pode não ser tudo o que existe, tanto para a<br />

biologia terrestre quanto extraterrestre.<br />

Essa possibilidade parece agora mais promissora à luz de um<br />

novo estudo sobre uma bactéria isolada do lago Mono, na<br />

Califórnia, que usa arsênio, geralmente venenoso à vida,<br />

como um dos seus principais nutrientes.<br />

(A VIDA como..., 2010).<br />

O estudo realizado por cientistas americanos modificou a<br />

compreensão sobre a origem de vida na Terra, devido<br />

A) à substituição do carbono pelo arsênio para formação das<br />

moléculas orgânicas essenciais à vida, tais como açúcares e<br />

lipídios.<br />

B) à incorporação do arsênio às biomoléculas do<br />

microrganismo analisado, substituindo o fósforo na<br />

composição da molécula de DNA.<br />

C) à utilização de um elemento químico tóxico para<br />

sobrevivência celular, sendo essa via metabólica apenas<br />

compatível com formas de vida extraterrestre descobertas no<br />

planeta Marte.<br />

D) ao armazenamento de arsênio em vesículas intracelulares,<br />

servindo, assim, como elemento químico capaz de fornecer<br />

energia independentemente das condições nutricionais do<br />

meio ambiente.<br />

E) ao fortalecimento da hipótese de que os organismos<br />

descendem de um mesmo ancestral que possuía capacidade<br />

de internalização de arsênio.<br />

213


08. A busca de evidências da existência de vida em outros<br />

planetas conduz o ser humano à análise das condições iniciais<br />

no planeta Terra. Diante dos conhecimentos atuais, propostos<br />

por Oparin e Haldane e relacionados à primeira forma de vida<br />

existente na Terra e às condições da sua atmosfera primitiva,<br />

pode-se inferir que os primeiros seres vivos possuíam modo<br />

de vida<br />

A) autotrófico, habitando uma atmosfera redutora diferente<br />

da atmosfera atual.<br />

B) autotrófico, sobrevivendo em uma atmosfera rica em gases<br />

complexos, tais como metano e gás carbônico.<br />

C) heterotrófico anaeróbico, habitando uma atmosfera<br />

redutora, possivelmente devido à combinação do oxigênio<br />

com outros elementos químicos, formando determinados<br />

compostos.<br />

D) heterotrófico anaeróbico, habitando uma atmosfera<br />

oxidante, semelhante às condições atuais da atmosfera<br />

terrestre.<br />

E) heterotrófico aeróbico, sobrevivendo em uma atmosfera<br />

altamente oxidante.<br />

09. UNEB - 2003 Especulações sobre a origem da vida na<br />

Terra não descartam a possibilidade de formação de<br />

moléculas orgânicas no espaço.<br />

A suposta formação pré-biótica de moléculas em um<br />

ambiente singular, como a Terra primitiva, está associada à:<br />

01) presença de uma camada de ozônio que filtrava as<br />

radiações ultravioleta e infravermelho.<br />

02) possibilidade de síntese de moléculas a partir de C, H e<br />

O, presentes nos gases constituintes da atmosfera primitiva.<br />

03) capacidade inerente aos primeiros seres vivos de<br />

transformar energia luminosa em química.<br />

04) existência de alto teor de oxigênio livre, favorecendo as<br />

oxidações biológicas.<br />

05) predominância de baixas temperaturas compatíveis com<br />

a ocorrência de reações de síntese.<br />

03) causou o desaparecimento definitivo de procariontes<br />

fermentativos.<br />

04) reduziu, imediatamente, o ritmo da evolução biológica.<br />

05) possibilitou a origem das primeiras formas de vida<br />

adaptadas às condições terrestres.<br />

11.(UESC) Em 1924, o bioquímico soviético, Oparin<br />

divulgava ideias pioneiras sobre a origem da vida, apoiado no<br />

pressuposto de que o surgimento dos seres vivos teria sido<br />

conseqüência de uma evolução química pre-biótica que<br />

originou as moléculas orgânicas precursoras da organização<br />

vital.<br />

As ideias de Oparin podem ser sistematizadas em princípios<br />

como:<br />

01) As substâncias orgânicas só podiam ser sintetizadas sob<br />

a influência de uma torça vital.<br />

02) O carbono é um elemento que surgiu na natureza a partir<br />

da atividade dos organismos vivos.<br />

03) As condições da Terra, em qualquer momento, poderiam<br />

propiciar o surgimento espontâneo de seres vivos a partir de<br />

material abiótico.<br />

04) A vida é uma condição emergente de interações<br />

moleculares resultantes de processo evolutivo.<br />

05) As condições oxidantes da atmosfera favoreceram a<br />

12. (FACCEBA) A vida se estabeleceu na Terra com a<br />

organização celular, que tem como característica universal:<br />

01) metabolismo energético na dependência de cloroplastos e<br />

mitocôndrias.<br />

02) moléculas de celulose organizadas em fibras, que<br />

aumentam a seletividade das trocas com o meio.<br />

03) uma estrutura lipoprotéica com organização peculiar,<br />

definindo seus limites.<br />

04) biossíntese de proteínas em todas os organelas<br />

citoplasmáticas.<br />

05) material genético envolto por uma carioteca.<br />

13. Como a vida começou?<br />

10. (R. Barbosa) As histórias da vida e da Terra são<br />

inseparáveis. Eventos geológicos que alteraram o ambiente<br />

têm mudado o curso da evolução biológica. Reciprocamente,<br />

os seres vivos têm modificado o planeta que habitam.<br />

(Campbeli. p 486)<br />

O aparecimento de seres fotossintetizantes, como as<br />

cianobactérias, entre 2,5 e 3,4 bilhões de anos atrás,<br />

01) determinou o aumento da concentração de CO2 na<br />

atmosfera.<br />

02) permitiu o desenvolvimento de um processo de síntese de<br />

glicose, utilizando energia química de compostos<br />

inorgânicos.<br />

214


O MOMENTO EM QUE OS PRIMEIROS SERES VIVOS<br />

SE FORMARAM A PARTIR DA matéria inanimada, há<br />

quase 4 bilhões de anos, ainda está envolto por mistério.<br />

Como moléculas relativamente<br />

simples da sopa primordial deram<br />

origem a compostos cada vez mais<br />

complexos? E como alguns desses<br />

compostos começaram a processar<br />

energia e se replicar (duas<br />

características fundamentais para a<br />

vida)? No nível molecular todos<br />

esses passos são, naturalmente,<br />

reações químicas relacionadas à<br />

questão da origem da vida.<br />

O desafio para os químicos é não<br />

propor mais cenários hipotéticos,<br />

vagamente plausíveis, como os que<br />

já existem. Os pesquisadores<br />

consideraram, por exemplo,<br />

minerais como a argila, que<br />

funcionou como catalisador na<br />

formação dos primeiros polímeros autorreplicantes<br />

(moléculas que, como o DNA ou Proteínas, são formadas por<br />

longas cadeias de pequenas unidades); complexidades<br />

químicas alimentadas pela energia de chaminés hidrotermais<br />

das profundezas oceânicas; e o "mundo do RNA onde essa<br />

estrutura (prima do DNA) - capaz de agir como uma enzima<br />

e catalisar reações como as proteínas - teria precedido o DNA<br />

e as proteínas.<br />

A dificuldade está em testar essas hipóteses em reações<br />

preparadas em tubos de ensaio. Os pesquisadores mostraram,<br />

por exemplo, que certos componentes químicos simples<br />

podem reagir espontaneamente para formar blocos de<br />

construção mais complexos de seres vivos, como os<br />

aminoácidos e nucleotídeos as unidades básicas do DNA e do<br />

RNA. Em 2009, um grupo liderado por John Sutherland,<br />

atualmente no laboratório MRC de <strong>Biologia</strong> Molecular em<br />

Cambridge, Inglaterra, demonstrou a formação de<br />

nucleotídeos a partir de moléculas que provavelmente<br />

existiram na sopa primordial. Outros pesquisadores<br />

concentraram-se na capacidade que alguns filamentos de<br />

RNA têm de agir como enzimas, fornecendo evidências que<br />

reforçam a hipótese do "mundo do RNA. Esses passos<br />

levaram os cientistas a construir uma ponte entre a matéria<br />

inanimada dos sistemas autorreplicantes e autossustentados.<br />

Agora que os cientistas conhecem melhor os ambientes<br />

exóticos e potencialmente férteis do Sistema Solar (eventuais<br />

fluxos de água em Marte, mares petroquímicos em Titã, as<br />

luas de Saturno, e oceanos gelados que parecem se esconder<br />

sob o gelo das luas de Júpiter, Europa e Ganimedes), a origem<br />

da vida terrestre parece ser uma pequena parte de questões<br />

muito maiores: Em que circunstâncias a vida pode surgir?<br />

Como sua base química pode variar? Essas questões<br />

tomaram-se ainda mais contundentes com a descoberta de<br />

mais de 500 planetas extrassolares.<br />

Essas descobertas obrigaram os químicos a expandir suas<br />

ideias sobre as possíveis químicas da vida. A Nasa, por<br />

exemplo, insiste há muito tempo na ideia de que a água<br />

liquida é um pré-requisito, mas agora os cientistas não estão<br />

tão certos disso. E a amônia líquida, formamida, além de<br />

solventes oleaginosos como metano líquido ou hidrogênio<br />

supercrítico em Júpiter? E por que a vida se restringiria<br />

apenas ao DNA, RNA e proteínas? E para finalizar, vários<br />

sistemas químicos artificiais construídos recentemente<br />

mostram um tipo de replicação de partes de seus componentes<br />

que não se baseia em ácidos nucléicos. Aparentemente, tudo<br />

de que necessitamos é um sistema molecular que possa servir<br />

de modelo para fazer uma cópia e depois destacá-la.<br />

Observando a vida na Terra, Steven Benner, químico da<br />

Fundação para Evolução Molecular Aplicada em Gainesville,<br />

Florida, comenta: "Não temos como decidir se as<br />

semelhanças (como o uso de DNA e proteínas) refletem um<br />

ancestral comum ou as necessidades da vida universalmente".<br />

Mas se as interpretarmos pensando em nos ater ao que<br />

sabemos, "então não tem qualquer graça".<br />

Scientific American - novembro 2011<br />

A partir da leitura do texto, conhecendo-se a química da vida<br />

e as supostas condições da Terra primitiva, inferências sobre<br />

a origem da vida devem considerar:<br />

(01) Os átomos dos gases presentes na atmosfera primitiva<br />

teriam se combinado, resultando em compostos, como<br />

aminoácidos, bases nitrogenadas e açúcares — blocos<br />

construtivos da vida.<br />

(02) A formação dos primeiros agregados moleculares<br />

reduziu drasticamente as fontes disponíveis dos elementos<br />

mais abundantes no Universo, aprisionando-os<br />

definitivamente.<br />

04) As primeiras formas de vida teriam sido organismos<br />

autótrofos, capazes de converter a energia do Sol em energia<br />

química de moléculas orgânicas.<br />

08) A capacidade de automontagem, inerente aos<br />

fosfolipídeos, possibilitou a criação de um “microcosmo” —<br />

um compartimento singular em relação ao ambiente externo.<br />

(16) Na “sopa biótica”, moléculas com atividade catalítica em<br />

processos de síntese foram essenciais para a estabilidade e o<br />

aumento de complexidade do sistema biológico emergente.<br />

(32) Bactérias atuais que vivem em condições de extremo<br />

calor, acidez e salinidade sugerem a possibilidade de a vida<br />

ter se originado nas supostas condições da Terra em seus<br />

primórdios.<br />

(64) As informações disponíveis a respeito do Universo<br />

tornam irrelevantes quaisquer hipóteses que admitam a<br />

existência de vida fora da Terra.<br />

215


14. Cientistas identificam molécula orgânica complexa no<br />

espaço<br />

Antraceno pode reagir com outras moléculas e gerar<br />

substâncias necessárias para a vida Uma equipe de<br />

pesquisadores do Instituto de Astrofísica de Canárias (IAC) e<br />

da Universidade do Texas obteve sucesso em identificar uma<br />

das mais complexas moléculas orgânicas já encontradas no<br />

chamado meio interestelar, o material difuso do espaço entre<br />

as estrelas.<br />

Estudo brasileiro reforça hipótese de que vida na Terra veio<br />

do espaço Micróbios terrestres podem sobreviver em Marte,<br />

mostra simulação Astrônomos encontram agente 'formador<br />

da vida' em cometa.<br />

A descoberta do antraceno no espaço poderá ajudar<br />

a resolver um mistério de décadas sobre a produção de<br />

moléculas orgânicas no espaço.<br />

"Detectamos a presença de moléculas de antraceno<br />

em uma nuvem densa na direção da estrela Cernis 52, na<br />

constelação de Perseu, a cerca de 700 anos-luz do Sol", disse<br />

Susana Iglesias Groth, do IAC, em nota.<br />

Na opinião dela, o próximo passo deve ser a<br />

investigação da presença de aminoácidos, moléculas que, na<br />

Terra, formam as proteínas necessárias para a vida. No<br />

espaço, moléculas como o antraceno, submetidas à radiação<br />

ultravioleta e à interação com outras substâncias poderiam dar<br />

origem a compostos essenciais para a vida.<br />

"Dois anos atrás", disse ela, "encontramos prova da<br />

existência de outra molécula orgânica, o naftaleno, no mesmo<br />

lugar, então tudo indica que descobrimos uma região de<br />

formação de estrelas rica em química pré-biótica". Até agora,<br />

o antraceno havia sido detectado em meteoritos, mas nunca<br />

no meio interestelar.<br />

Formas oxidadas dessa molécula são comuns em<br />

sistemas vivos, e são biologicamente ativas. Em nosso<br />

planeta, o antraceno oxidado é um componente do áloe<br />

(xerófita) e tem propriedades anti-inflamatórias.<br />

A nova descoberta indica que boa parte dos<br />

componentes da química pré-biótica terrestre pode estar<br />

presente no material interestelar.<br />

O Estadão.com 22-06-2010<br />

A suposta formação pré-biótica de moléculas em um<br />

ambiente singular, como a Terra primitiva, está associada e a<br />

evidência apresentada no texto aponta para:<br />

01) a possibilidade de formação de moléculas orgânicas no<br />

espaço.<br />

02) possibilidade de síntese de moléculas a partir de C, H e<br />

O, presentes nos gases constituintes da atmosfera primitiva.<br />

03) capacidade inerente aos primeiros seres vivos de<br />

transformar energia luminosa em química.<br />

04) existência de alto teor de oxigênio livre, favorecendo as<br />

oxidações biológicas.<br />

05) predominância de baixas temperaturas compatíveis com<br />

a ocorrência de reações de síntese.<br />

15. (Consultec) A busca por vida extraterrestre deve prestar<br />

atenção à vida além da forma como a conhecemos. É o que<br />

um grupo de cientistas aconselhou a NASA que geralmente<br />

procura formas de vida, a exemplo daqueles que existem na<br />

Terra, baseadas em água, carbono e DNA. [...] Especialistas<br />

em genética, química, biologia, entre outros - recomendaram<br />

que a NASA considerasse a chamada "vida bizarra". Por<br />

exemplo, experiências em biologia sintética desenvolveram<br />

moléculas que codificaram informações genéticas, mas têm<br />

mais nucleotídeos do que o DNA e ou RNA. Em vez de água,<br />

os alienígenas poderiam empregar amônia ou ácido<br />

sulfúrico como base para suas reações bioquímicas vitais. Os<br />

novos organismos podem usar minerais como catalisadores<br />

no lugar de enzimas. (CHOI, 07, p. 15.)<br />

A hipótese de uma “vida bizarra" ter surgido em algum outro<br />

sistema planetário, considerando o pressuposto de que o<br />

material genético apresentasse maior diversidade de<br />

nucleotídeos e que a água fosse substituída pela amônia,<br />

permite prever que, nessa organização vital,<br />

01) a organização do material hereditário apresentaria um<br />

menor potencial de diversidade.<br />

02) deveria ocorrer a presença de elementos químicos<br />

inexistentes em outros sistemas planetários.<br />

03) a amônia poderia se utilizada como doadora de<br />

hidrogênio no processo de utilização de energia luminosa<br />

para a síntese biológica primária.<br />

04) os processos vitais estariam subordinados a leis físicoquímicas<br />

específicas.<br />

05) o processo evolutivo limita o número de espécies a serem<br />

formadas.<br />

16. Penso que a vida resulta da combinação de quatro<br />

processos - metabolismo, compartimentação memória e<br />

manipulação - e de uma lei de correspondência entre memória<br />

e manipulação. Se tomarmos isso como definição, os vírus<br />

não podem ser considerados seres vivos, pois não tem nem<br />

metabolismo nem lei de correspondência.<br />

(Atrtoine Danchin apud CIÉNCIA HOJE. p. 25)<br />

A confrontação do conceito de vida expresso acima com<br />

características exibidas pelos vírus permite afirmar:<br />

(01) Os vírus e os seres vivos compartilham uma mesma<br />

linguagem na construção de seus genomas.<br />

(02) Os vírus obtêm energia usando os mesmos processos<br />

bioenergéticos celulares.<br />

(04) A organização molecular dos vírus expressa a exigência<br />

de proteção para o material genético e de reconhecimento<br />

pela célula hospedeira.<br />

216


(08) A universalidade do DNA como material genético, entre<br />

os vírus, os aproxima da condição biológica.<br />

(16) A condição vital está inevitavelmente associada à<br />

estrutura celular.<br />

(32) A capacidade de evoluir é uma propriedade comum aos<br />

vírus e aos seres vivos.<br />

17. (UESB-2014) As estrelas não só produzem a matéria que<br />

compõe tudo o que existe, como, através de explosões de<br />

violência incomparável geradoras de supernovas, espalhamna<br />

pelo vazio cósmico, como se semeassem um jardim cujas<br />

flores e frutos são planetas, luas e outras estrelas. Ao morrer,<br />

as estrelas criam a possibilidade do novo.<br />

E com isso, criam também a possibilidade da vida.<br />

(GLEISER, 2006, p 185).<br />

A composição elementar de todos os seres vivos e reflexo dos<br />

eventos relacionados com a formação e a evolução do<br />

Universo. A respeito desse tema, é possível afirmar:<br />

01) As moléculas orgânicas produzidas na formação de uma<br />

supernova são utilizadas até os <strong>dias</strong> atuais pelos seres vivos<br />

para fornecer energia envolvida ira manutenção das funções<br />

vitais do corpo.<br />

02) Os elementos químicos exclusivos, presentes no planeta<br />

Terra, participaram de uma evolução química prebiótica, que<br />

favoreceu o desenvolvimento de formas de vidas protobiontes<br />

ancestrais.<br />

03) Os elementos químicos presentes no corpo dos seres<br />

vivos atuais devem apresentar uma genealogia associada à<br />

explosão de grandes estrelas existentes no passado evolutivo<br />

do Universo.<br />

04) A interação - em um ambiente intracelular específico -<br />

entre os átomos de hidrogênio na formação do hélio e a<br />

principal fonte de obtenção da energia utilizada pelo<br />

metabolismo celular.<br />

05) O oxigênio molecular (O 2) presente na atmosfera terrestre<br />

é um dos principais produtos da combinação explosiva entre<br />

os átomos de hidrogênio no interior das grandes estrelas.<br />

19. (UESB – 2015) O que é vida? Dois traços cruciais são<br />

que a vida se produz (mantém-se autopoeticamente) e se<br />

reproduz. Além d'isso, existe a mudança hereditária: a<br />

mutação do DNA e dos cromossomos, a simbiose e a fusão<br />

sexual da vida em crescimento, quando combinadas com a<br />

seleção natural, significam transformações evolutivas. [...] A<br />

vida é a matéria desenfreada, capaz de escolher sua própria<br />

direção para adiar indefinidamente o momento inevitável do<br />

equilíbrio termodinâmico - a morte. A vida é também uma<br />

pergunta que o universo faz a si mesmo, sob a forma de ser<br />

humano. (MARGULIS; SAGAN , 2002, p. 225).<br />

A partir da análise do texto e das informações científicas<br />

associadas ao conceito da vida, é correto afirmar que<br />

01) a autopoiese reafirma o conceito da vida ao desenvolver<br />

um fluxo desenfreado de matéria que é específica e exclusiva<br />

dos corpos dos seres vivos.<br />

02) a fusão sexual da vida em crescimento favoreceu uma<br />

homogeneidade entre os organismos, preparando-os para a<br />

ação da seleção natural.<br />

03) através do equilíbrio termodinâmico, os sistemas vivos<br />

alcançaram os níveis mais complexos de organização com o<br />

incremento das atividades metabólicas essenciais a vida.<br />

04) as diversas simbioses presentes ao longo das<br />

transformações evolutivas dos seres vivos estabeleceram a<br />

capacidade fotoautótrofa inerente aos organismos de padrão<br />

eucariontes.<br />

05) as mutações presentes nas moléculas de DNA, desde os<br />

tempos primordiais, favoreceram a formação de organismos<br />

com o aparato necessário para uma continuidade da vida com<br />

base na reprodução.<br />

20. (UESC 1995 )<br />

... Uma das mais evidentes características dos organismos<br />

vivos é que eles são complicados e altamente organizados.<br />

Eles possuem intrincadas estruturas internas e contêm muitas<br />

espécies de moléculas complexas. Além disso, os organismos<br />

vivos ocorrem em milhões de espécies diferentes.<br />

Contrariamente, a matéria inanimada no nosso ambiente<br />

usualmente consiste de uma mistura ao acaso de compostos<br />

químicos relativamente simples.<br />

Comparando-se a composição elementar e a organização do<br />

sistema vivo com aquelas da matéria inanimada, constata-se<br />

que<br />

A) os elementos encontrados no sistema vivo inexistem no<br />

meio abiótico.<br />

B) os fenômenos que aparecem na matéria inanimada<br />

obedecem a leis físico-químicas exclusivas do sistema<br />

abiótico.<br />

C) a matéria bruta é um sistema que se automantém e se<br />

autorregula.<br />

D) a estrutura de cada ser vivo é mantida por interações<br />

aleatórias de seus componentes.<br />

E) os seres vivos são sistemas organizados que obedecem a<br />

um programa reproduzível.<br />

21. Uma das hipóteses sobre a origem da vida na Terra<br />

presume que a forma mais primitiva de vida se desenvolveu<br />

lentamente, a partir de substância inanimada, em um<br />

ambiente complexo, originando um ser extremamente<br />

simples, incapaz de fabricar seu alimento. Esta hipótese é<br />

modernamente conhecida como:<br />

a) Geração espontânea<br />

b) heterotrófica<br />

c) autotrófica<br />

217


d) epigênese<br />

e) pangênese<br />

22. No século XVII Francesco Redi, preocupado com as<br />

discussões sobre a origem da vida, realizou experiência cuja<br />

conclusão permitiu, na época:<br />

a) Confirmar as teorias de Lamarck.<br />

b) Alterar os conceitos emitidos por Darwin.<br />

c) Pôr abaixo as teorias sobre a geração espontânea, então<br />

existentes.<br />

d) Confirmar os trabalhos de Pasteur.<br />

e) Comprovar que a matéria viva em decomposição era<br />

excelente meio de reprodução de microorganismos.<br />

23. (UESC-1995) Paradoxalmente, as moléculas de DNA que<br />

diversidade da vida obedecem a um plano de simplicidade<br />

básica. A estratégia do sistema vivo que estabeleceu a<br />

diversidade a partir do simples, foi<br />

1) a repetição de sequenciais idênticas.<br />

2) a diversificação das unidades moleculares básicas.<br />

3) a recombinação de monômeros.<br />

4) o número de subunidades monoméricas.<br />

5) o estabelecimento de homopolímeros.<br />

24 e 25 UESB 2005<br />

Uma das primeiras invenções bacterianas foi a fermentação a<br />

decomposição de açúcares e sua conversão em moléculas de<br />

ATP (adenosina trifosfato), os portadores de energia<br />

"portadores de energia" que alimentam todos os processos<br />

celulares.<br />

Alguns dos fermentadores também desenvolveram a<br />

capacidade de absorver do ar o nitrogênio gasoso e convertêlo<br />

em vários compostos orgânicos. O processo de “fixar” o<br />

nitrogênio em outras palavras, de captá-lo diretamente do ar<br />

- exige grandes quantidades de energia, e é uma façanha que<br />

até mesmo hoje pode ser realizada por algumas bactérias<br />

especiais .[...]<br />

Bem cedo na era das bactérias, a fotossíntese – “sem dúvida,<br />

a inovação metabólica mais importante na história da vida no<br />

planeta" - tornou-se a fonte básica de energia vital. Os<br />

primeiros processos de fotossíntese inventados pelas<br />

bactérias eram diferentes daqueles que as plantas utilizam<br />

atualmente: elas utilizavam o sulfeto de hidrogênio, um gás<br />

expelido pelos vulcões, em vez de água, como sua fonte de<br />

hidrogênio, combinando-o com a luz solar e com CO2<br />

extraído do ar para formar compostos orgânicos, e nunca<br />

produziam oxigênio.<br />

(CAPRA, 1996, p. 189).<br />

24. O sucesso evolutivo das bactérias pode ser explicado<br />

tomando-se como parâmetro<br />

(01) a complexidade de sua estrutura celular, expressa na<br />

compartimentação.<br />

(02) a variedade na forma celular com repercussões na<br />

especialização.<br />

(03) a conquista do genoma diplóide, permitindo a variação.<br />

(04) o desenvolvimento de uma grande variedade de<br />

estratégias de adaptação.<br />

(05) o surgimento da divisão celular mitótica, garantindo a<br />

perpetuação dos caracteres herdáveis.<br />

25. A utilização da água como fonte de hidrogênio no<br />

processo fotossintético teve como conseqüência global, na<br />

história da vida no planeta,<br />

(01) o surgimento da fotorrespiração, aumentando a<br />

eficiência da fotossíntese.<br />

(02) a extinção total dos organismos fotossintetizantes<br />

anaeróbicos.<br />

(03) o aumento do ganho energético do processo com<br />

formação de maior número de moléculas de ATP.<br />

(04) o crescimento da velocidade da incorporação do CO 2<br />

atmosférico durante a fase escura.<br />

(05) a alteração dos teores de oxigênio favorecendo e<br />

evolução dos aeróbios.<br />

26.<br />

“Se os estoques de átomos são inexauríveis,<br />

Maiores que o poder de contar dos seres vivos,<br />

Se também houvesse o mesmo poder criativo da natureza<br />

Para unir os átomos –– assim como agora estão unidos,<br />

Ora então é preciso confessar<br />

Que existem outros mundos em outras regiões do céu,<br />

E diferentes tribos de homens, outros tipos de animais<br />

selvagens.”<br />

(LUCRÉCIO, poeta–filósofo romano)<br />

(...) Lucrécio raciocinava que, se o universo era composto de<br />

átomos idênticos sujeitos às leis universais<br />

da natureza, os mesmos processos que produziram a vida na<br />

Terra também deveriam produzir a<br />

vida em outros mundos. (...)<br />

(...) Um átomo de carbono na galáxia de Andrômeda, por<br />

exemplo, é idêntico a um desses átomos<br />

aqui na Terra. Cinco elementos químicos desempenham<br />

papéis de destaque na biologia terrestre: o carbono,<br />

o oxigênio, o hidrogênio, o nitrogênio e o fósforo. (...)<br />

O carbono é o elemento verdadeiramente vital. Tem direito à<br />

primazia por causa de uma propriedade<br />

química única: os átomos de carbono podem se ligar para<br />

formar moléculas de cadeias extensas, ou<br />

218


polímeros, de infinita variedade e complexidade. As<br />

proteínas e o DNA são dois exemplos dessas moléculas<br />

de cadeias longas. (...)<br />

..............................................................................................<br />

Na próxima vez em que olhar para o seu corpo, reflita na<br />

longa e acidentada história de seus átomos,<br />

e lembre-se de que a carne que você está vendo e os olhos<br />

com que você enxerga são literalmente feitos de poeira das<br />

estrelas. (DAVIES, p. 174-7)<br />

A partir da leitura do texto, conhecendo-se a química da vida<br />

e as supostas condições da Terra primitiva, inferências sobre<br />

a origem da vida devem considerar:<br />

(01) Os átomos dos gases presentes na atmosfera primitiva<br />

teriam se combinado, resultando em compostos, como<br />

aminoácidos, bases nitrogenadas e açúcares — blocos<br />

construtivos da vida.<br />

(02) A formação dos primeiros agregados moleculares<br />

reduziu drasticamente as fontes disponíveis dos elementos<br />

mais abundantes no Universo, aprisionando-os<br />

definitivamente.<br />

(04) As primeiras formas de vida teriam sido organismos<br />

autótrofos, capazes de converter a energia do Sol em energia<br />

química de moléculas orgânicas.<br />

(08) A capacidade de automontagem, inerente aos<br />

fosfolipídeos, possibilitou a criação de um “microcosmo” —<br />

um compartimento singular em relação ao ambiente externo.<br />

(16) Na “sopa biótica”, moléculas com atividade catalítica em<br />

processos de síntese foram essenciais para a estabilidade e o<br />

aumento de complexidade do sistema biológico emergente.<br />

(32) Bactérias atuais que vivem em condições de extremo<br />

calor, acidez e salinidade sugerem a possibilidade de a vida<br />

ter se originado nas supostas condições da Terra em seus<br />

primórdios.<br />

(64) As informações disponíveis a respeito do Universo<br />

tornam irrelevantes quaisquer hipóteses que admitam a<br />

existência de vida fora da Terra.<br />

27. Há pouco mais de<br />

vinte anos, Miller e Urey<br />

demonstraram ser<br />

possível obter-se<br />

aminoácido a partir de<br />

amônia, metano,<br />

hidrogênio e vapord'água<br />

expostos a descargas elétricas, como supunha Oparin.<br />

Considerando-se amônia = A e aminoácido = B, qual dos<br />

gráficos representa melhor a variação na concentração de<br />

ambos em função do tempo?<br />

28.(UEFS-2008-2)<br />

No século IV antes de nossa era, em Atenas, Platão e<br />

Aristóteles dão o acabamento à primeira floração de erros na<br />

construção do conhecimento científico. Platão cria a<br />

Academia, Aristóteles funda o Liceu. São verdadeiras<br />

escolas, universidades livres, sociedades eruditas. Compilamse<br />

ali os avanços dos séculos precedentes, submete-se tudo à<br />

crítica e à observação. Aristóteles, principalmente, é o<br />

protótipo do gênio científico universal. Deixou, além dos<br />

tratados de metafísica, de moral e de gramática, livros sobre<br />

astronomia, logica, matemática, física, meteorologia,<br />

geologia, biologia, zoologia, botânica, anatomia, fisiologia,<br />

classificação das espécies... Seu gênio é incontestável, seu<br />

poder de trabalho é colossal, a soma dos conhecimentos<br />

reunidos é impressionante.<br />

[...] em sua biologia dos animais, baseada no estudo de<br />

quinhentas espécies, Aristóteles admite o nascimento por<br />

"geração espontânea" - sem ovos nem genitores, mas<br />

diretamente a partir do solo, da água, do lodo, da areia e de<br />

muitos outros materiais – de grande número de pequenos<br />

insetos, crustáceos e peixes. (LENTIN, ln: Penso, logo me engano,<br />

P.26127),<br />

Apesar de sua inestimável contribuição cultural e científica<br />

para a humanidade, determinadas ideias de Aristóteles -<br />

como, por exemplo, a respeito da origem da vida - não são<br />

mais aceitas pela comunidade científica.<br />

Com base no conhecimento atual a respeito da origem e da<br />

evolução dos seres vivos, pode-se afirmar:<br />

A) A vida só pôde surgir, a partir da geração espontânea, em<br />

condições especiais, tais como na presença de uma força vital<br />

etérea.<br />

B) A invenção da microscopia conseguiu descartar em<br />

definitivo a existência da geração espontânea para os seres<br />

vivos.<br />

C) As condições oxidantes na atmosfera primitiva foram<br />

importantes na fixação do carbono em moléculas orgânicas,<br />

precursoras da vida.<br />

219


D) O advento da pluricelularidade foi fundamental para o<br />

estabelecimento dos primeiros seres aeróbicos.<br />

E) Uma longa evolução química em um ambiente abiótico foi<br />

essencial para a combinação de fatores geradores da vida na<br />

Terra.<br />

29.(UERN-2009) O experimento realizado pelo pesquisador<br />

Stanley Miller, no ano de 1953, com a utilização do aparelho<br />

que simulava as condições da Terra primitiva, foi de grande<br />

importância para a obtenção dos conhecimentos relacionados<br />

à Origem da Vida.<br />

ao longo dos tempos. Por outro lado, as semelhanças<br />

possibilitam as conclusões de que essas espécies podem<br />

apresentar mais ou menos distantes, graus de parentescos.<br />

A esse conjunto de ideias, bem como a explicação de como<br />

essas extinções, formações e transformações acontecem<br />

denominamos de Teoria da Evolução ou Transformismo.<br />

EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO<br />

Sem sombras de dúvidas, as evidências que primeiramente<br />

e facilmente despertou nossa imaginação para o processo<br />

evolutivo foram os fósseis. Entendemos por fósseis qualquer<br />

evidência da existência passada de espécies tais como: ossos,<br />

pegadas, restos alimentares, fezes, utensílios etc.<br />

A medida em que passamos a estudar as camadas mais<br />

profundas da Terra, um número cada vez maior de variedade<br />

de fósseis eram encontrados e as evidências de que a<br />

Evolução ocorreu e possivelmente deve estar acontecendo,<br />

passa cada vez mais a ser considerada e aceita.<br />

Isso se deve pelo fato de<br />

01) simular, de forma precisa, as condições da atmosfera<br />

terrestre primitiva, identificando desse modo as moléculas<br />

inorgânicas que permitiram o desenvolvimento dos<br />

organismos vivos.<br />

02) permitir a identificação das moléculas de ácido<br />

desoxirribonucleico, moléculas primordiais necessárias à<br />

formação dos primeiros seres a habitarem a Terra primitiva.<br />

03) demonstrar a possibilidade da síntese de compostos<br />

orgânicos sob supostas condições abióticas da Terra<br />

primitiva.<br />

04) possibilitar a obtenção experimental dos compartimentos<br />

delimitados por membranas que, posteriormente, originariam<br />

as células eucarióticas.<br />

Com o avanço das técnicas e metodologias científicas,<br />

podemos realizar diversas comparações de caráter anatômico<br />

e químico. Quimicamente podemos estabelecer ou descartar<br />

laços de parentescos à medida que compostos químicos<br />

estruturais ou de caráter fisiológico das espécies apresentem<br />

ou não semelhanças em suas constituições ou nas seqüências<br />

de suas sub-unidades constituintes (aminoácidos ou<br />

nucleotídeos). Assim procedemos com as análises de<br />

proteínas e, mais recentemente, de DNA.<br />

TEORIA DA EVOLUÇÃO<br />

A ideia de que os seres vivos se modificam com o passar<br />

dos tempos intrigou os primeiros naturalistas uma vez que um<br />

número cada vez maior de relatos e comparações podiam ser<br />

feitos espécies existentes e exemplares fósseis de uma boa<br />

variedade de organismos que não mais existem. Como<br />

explicar a existência de ossos e esqueletos inteiros de<br />

organismos que não existem mais? Porque as semelhanças<br />

entre esses organismos e as espécies atuais? Porque não<br />

encontramos fósseis de espécies contemporâneas?<br />

Tais questionamentos nos levam, invariavelmente, a<br />

conclusão de que as espécies podem se modificar, se<br />

extinguir e até mesmo de que novas espécies podem surgir<br />

No esquema observa-se as semelhanças e diferenças na<br />

seqüência dos aminoácidos do hormônio occitocina entre<br />

diversos grupos animais diferentes.<br />

Da mesma forma semelhanças anatômicas e ou funcionais<br />

entre órgãos podem servir de indicativo de ancestralidade<br />

comum ou descartar essa possibilidade. Quando entre esses<br />

órgãos comparados existem semelhanças estruturais e de<br />

mesma origem embrionária, independentemente das funções,<br />

Dizemos que entre eles há homologia e que essa homologia<br />

indica grau de parentesco. Ao contrário, quando alguns<br />

órgãos são funcionalmente idênticos, mas, de origens<br />

220


embrionárias diferentes, não indica parentesco e são<br />

denominados de órgãos análogos. São homólogos os<br />

membros superiores dos répteis, aves e mamíferos. São<br />

análogas as asas dos morcegos e dos insetos; a nadadeira<br />

dianteira das baleias e dos tubarões.<br />

Comparações entre embriões de espécies diferentes em<br />

diversos estágios de desenvolvimentos nos possibilitam<br />

constatações interessantes e, muitas vezes, interpretações<br />

bastante conclusivas.<br />

Muitos organismos apresentam órgãos, que comparados<br />

com equivalentes em outras espécies, revelam certo grau de<br />

atrofia e sem papel funcional significante. Tais órgãos são<br />

denominados de órgãos vestigiais. Justifica-se a presença<br />

desses órgãos rudimentares como sendo estruturas que<br />

tiveram, em algum lugar do passado, em ancestrais, papel<br />

funcional que, ao longo do processo evolutivo teriam se<br />

tornado funcionalmente “desnecessários” e, ao poucos foram<br />

sendo “deixados” de lado e, evolutivamente falando, em<br />

processo de extinção. São exemplos de órgãos vestigiais na<br />

espécie humana: o apêndice, musculatura do couro cabeludo,<br />

canino pontiagudo, musculatura segmentar no abdome,<br />

vértebras caudais etc.<br />

OS MECANISMOS DA EVOLUÇÃO<br />

Erasmus Darwin, avô de Charles Darwin, em 1974, em sua<br />

obra Zoonomia, concordava com o fato de que todos os<br />

animais de sangue quente haviam se originado de um tronco<br />

comum de vida. Era, portanto, um posicionamento<br />

claramente evolucionista, no entanto, como a maioria dos<br />

seus contemporâneos e uma série de outros que o sucedeu,<br />

não compreendiam a evolução como um processo geral e<br />

universal.<br />

As semelhanças entre os embriões de vertebrados, inclusive<br />

nas etapas de formação dos órgãos, levou, erroneamente à<br />

formulação da lei de recapitulação gênica. Com base nessa<br />

lei, as etapas do desenvolvimento embrionário seria uma<br />

espécie de “video-tape” do processo evolutivo. Assim, cada<br />

estágio de desenvolvimento de uma espécie, mais evoluída,<br />

representaria estágios do seu passado evolutivo.<br />

“Cientificamente” falando, a ontogenia recapitula a filogenia.<br />

É com Jean Baptiste Lamarck que surgem as primeiras<br />

tentativas de explicar os mecanismos pelos quais a evolução<br />

se processa. Acreditava ele, que o surgimento de novos<br />

órgãos ou o aperfeiçoamento daqueles já existentes, decorria<br />

de uma necessidade ou das pressões internas do organismo<br />

em adquirir uma capacidade assim que dela precisasse.<br />

A teoria de Lamarck se fundamentava em dois princípios<br />

básicos que ele as denominou de Leis e assim as definiu e<br />

atribuiu funções:<br />

a) Lei do Uso e desuso. Órgãos ou capacidades. À medida que<br />

solicitados tenderiam a se desenvolver e os não utilizados<br />

tenderiam a se atrofiar, progressivamente, até sua completa<br />

extinção.<br />

b) Lei da herança dos caracteres adquiridos. Os órgãos e ou<br />

capacidades desenvolvidas e ou perdidas seriam transmitidas<br />

às gerações seguintes.<br />

221


Percebemos assim, que a evolução, segundo Lamarck<br />

deveria ocorrer através da interação entre suas duas leis.<br />

Assim, das “entre linhas” de seu pensamento deduzimos que<br />

o uso e o desuso era o fato gerador de uma nova característica<br />

que, segundo a lei da herança dos caracteres adquiridos, seria<br />

transmitida ao longo das gerações. Na visão Lamarquista, as<br />

espécies se modificavam (evoluíam) para atender as<br />

solicitações impostas pelo meio ambiente e, a capacidade de<br />

responder à estas “solicitações” lhe conferia capacidade<br />

adaptativa. Assim, a espécie adaptada seria aquela que muda<br />

em resposta às modificações do ambiente.<br />

Algumas explicações dadas por Lamarck para algumas<br />

adaptações:<br />

Segundo ele, os ancestrais das cobras, provavelmente, teriam<br />

tido pernas e corpos curtos, mas, quando se tornou necessário,<br />

esses animais passaram a rastejar pelo solo e a distender seus<br />

corpos para passar através de aberturas estreitas. Assim,<br />

usavam muito pouco suas pernas porque atrapalhavam o<br />

rastejar. Depois de um longo período de desuso, as pernas<br />

desapareceram enquanto os corpos se tornaram mais<br />

alongados (...)<br />

(...) As membranas entre os dedos dos pés das aves aquáticas<br />

eram explicadas como conseqüência do seu uso na natação.<br />

Aves pernaltas, como as garças, teriam desenvolvido longas<br />

pernas esticando-as para manter seus corpos fora d’água.<br />

Cornos e chifres teriam aparecido como resultado das batidas<br />

de cabeças nas lutas que os animais travaram (...)<br />

(...) Se, por exemplo, em uma região diminuísse a intensidade<br />

das chuvas, as plantas passariam, em conseqüência, a ter<br />

necessidade de conservar água. Depois de muitos anos, à<br />

medida que a região ficasse mais e mais parecida a um<br />

deserto, as plantas passariam a seus descendentes, as<br />

características para economizar água que haviam adquirido.<br />

Dessa maneira teriam se originado as plantas típicas de<br />

regiões desérticas, como os cactos, capazes de armazenar<br />

grandes quantidades de água(...)<br />

(...) A girafa vive em lugares onde o solo é quase<br />

invariavelmente seco e sem capim. Obrigada a comer folhas<br />

e brotos no alto das árvores, ela é forçada, continuamente, a<br />

se esticar para cima. Esse hábito, mantido por longos períodos<br />

de tempos por todos os indivíduos da raça, resultou nas pernas<br />

anteriores se tornarem mais longas que as posteriores e o<br />

pescoço tão alongado que a girafa pode levantar a cabeça a<br />

uma altura de 18 pés (5,5m), sem tirar as pernas: anteriores<br />

do solo.<br />

Ao admitir, em sua hipótese, que os caracteres adquiridos<br />

(não hereditários) poderiam ser transmitidos, Lamarck<br />

terminou por despertar a curiosidade e a investigação desse<br />

fenômeno por inúmeros cientistas.<br />

Dentre eles ficou conhecida a experiência do alemão<br />

August Weisman (1834-1914) que, cortando as caudas de<br />

camundongos e cruzando esses animais observou que os<br />

descendentes dos cruzamentos nasciam com caudas - ele as<br />

cortava. Continuou a experiência durante vinte gerações e,<br />

ainda, os da vigésima primeira apresentavam caudas tão<br />

longas como os da primeira.<br />

A partir da constatação de que os caracteres adquiridos não<br />

podem ser transmitidos às gerações posteriores, as ideias de<br />

Lamarck, apesar de bastante sugestivas, não foram<br />

suficientes para explicar, de forma conclusiva e satisfatória o<br />

processo evolutivo. Não obstante, essa corrente de<br />

pensamento perdurou por um bom tempo, em função de que<br />

o uso e o desuso, em alguns casos, conduzir ao<br />

aperfeiçoamento ou a inaptidão.<br />

O mecanismo pelo qual o processo evolutivo ocorre<br />

começou a ser esclarecido com a publicação, em 1859, em<br />

Londres, do livro A Origem das espécies, de Charles Darwin.<br />

Essa publicação apresentava uma série de relatos das<br />

observações feitas pelo autor ao longo da grande jornada a<br />

bordo do navio H. M. S. Beagle, durante um período de 5 anos<br />

pela América do Sul, onde passou pelo Brasil fazendo longa<br />

estada nas ilhas Galápagos, e, posteriormente completando<br />

uma volta ao redor do mundo.<br />

Despertou grande interesse de Darwin, particularmente, a<br />

“luta pela sobrevivência” que observara acontecer entre os<br />

animais nos mais diversos habitats por ele estudados. Suas<br />

observações e conclusões, fortemente influenciadas pelas<br />

ideias sobre populações de Thomas Malthus, culminaram<br />

com a formulação de sua doutrina acerca da Evolução a qual<br />

resolveu lançar a público na obra A Origem das espécies.<br />

222


Podemos resumir a linha de raciocínio de Darwin até a<br />

formulação do que se convencionou denominar de Teoria da<br />

Seleção Natural nos seguintes fundamentos:<br />

- Todos os organismos têm potencialidade para aumentar em<br />

número e em progressão geométrica.<br />

- Em cada geração, no entanto, o número de indivíduos de<br />

uma espécie permanece constante.<br />

- Considerando, segundo Malthus, que a produção de<br />

alimento cresce em progressão aritmética, a falta de alimento<br />

levará as espécies à competição pela sobrevivência.<br />

- Variações (herdáveis) são encontradas em todas a espécies.<br />

variava entre os indivíduos das populações ancestrais das<br />

girafas. Essa variação, de caráter hereditário, seria alvo da<br />

seleção; indivíduos com pescoços mais longos teriam<br />

condições de alcançar o alimento dos ramos mais altos e,<br />

tendo mais chances de sobrevivência, de deixar descendentes<br />

tão capazes quanto eles. Os indivíduos de pescoço curto, não<br />

alcançando alimento morreriam. Assim, a seleção ambiental<br />

(natural) “elegeu” como variedade mais adaptada, os animais<br />

de pescoços longos, “excluindo” os menos adaptados de<br />

pescoços curtos.<br />

Embora os trabalhos e as conclusões de Darwin<br />

parecessem bastantes convincentes e elucidativos, ele não<br />

conseguiu explicar, de forma satisfatória, como as variações<br />

(base de sustentação da sua teoria) surgiam. Foi infeliz nessa<br />

tentativa uma vez que nada ou quase nada se sabia acerca da<br />

transmissão dos caracteres hereditários ou sobre o material<br />

genético dos seres vivos.<br />

EXEMPLO DE ADAPTAÇÃO SEGUNDO<br />

LAMARCK E DARWIN<br />

- Algumas variações são<br />

favoráveis a um organismo<br />

num determinado ambiente<br />

e auxiliam a sua<br />

sobrevivência<br />

e<br />

reprodução. Variações<br />

favoráveis são transmitidas<br />

para os descendentes e,<br />

acumulando-se com o<br />

tempo, dão origem a<br />

grandes diferenças. Assim,<br />

eventualmente, novas<br />

espécies se produzem a<br />

partir de espécies antigas.<br />

Percebemos no<br />

pensamento Darwiniano<br />

que o ambiente, para o<br />

processo evolutivo, tem<br />

papel diferente daquele<br />

proposto por Lamarck. Se<br />

para Lamarck, o ambiente<br />

era o agente provocador das<br />

modificações – uso e desuso, para Darwin o ambiente atua<br />

como um forte mecanismo selecionador. Assim, as espécies<br />

não mudam conforme o ambiente. Ao contrário, se o<br />

ambiente mudar, as variedades existentes capazes de<br />

sobrevier o farão e, consequentemente se multiplicarão<br />

outras, incapacitadas de dar essas respostas tenderiam a<br />

sucumbir. É essa linha de pensamento Darwiniano que<br />

denominamos de Teoria da Seleção Natural.<br />

O surgimento do longo pescoço da girafa seria explicado<br />

por Darwin da seguinte maneira: o comprimento do pescoço<br />

Há cem anos, se um biólogo coletasse mariposas nos<br />

campos dos arredores de Manchester, cidade da Inglaterra,<br />

encontraria, durante o dia, um grande número de mariposas<br />

claras, em repouso nos troncos das árvores, também claras e<br />

cobertas de liquens; além dessas, encontraria também, mas<br />

muito raramente, mariposas escuras pertencentes à mesma<br />

espécie (Biston betularia) sobressaindo-se com grande<br />

nitidez nos caules.<br />

Nessa época, Manchester começava sua industrialização;<br />

hoje, esta cidade é um dos grandes centros industriais da<br />

Inglaterra e, como resultado do grande número de fábricas,<br />

seus campos e florestas foram contaminados por fumaça e<br />

fuligem que enegreceram os troncos das árvores e eliminaram<br />

os liquens. Se agora um biólogo fosse procurar a mesma<br />

espécie de mariposas, encontraria um grande número de<br />

mariposas, escuras enquanto que as claras seriam em número<br />

bastante reduzido.<br />

Se ficássemos observando durante algum tempo, veríamos<br />

que os pássaros, à procura de alimento, encontram facilmente<br />

as mariposas claras, em repouso nos caules, enquanto que as<br />

escuras estariam protegidas pela coloração dos troncos com a<br />

qual se confundem. Como a hipótese de Lamarck explicaria<br />

esta mudança de coloração na população de mariposas?<br />

Segundo o Lamarckismo, como o meio se modificou,<br />

tornando, escuras as cascas das árvores, as mariposas<br />

precisaram adquirir também coloração escura para se<br />

defender dos pássaros que, naturalmente, poderiam comer as<br />

mariposas claras, bem visíveis nos troncos escurecidos.<br />

Devido a essa “necessidade interior" de ocultar-se, as<br />

mariposas gradativamente “adquiriram” cor escura. Passaram<br />

para os descendentes essa característica adquirida e, assim, a<br />

maioria das mariposas mudaram de coloração.<br />

223


Segundo a seleção natural, as modificações do meio<br />

tornaram as árvores mais escuras. Assim, as mariposas<br />

escuras passaram a ter vantagens sobre as claras porque,<br />

agora, camufladas pela fuligem, não podem mais ser mais<br />

encontradas e comidas pelos pássaros, como, facilmente,<br />

passou a acontecer com as claras. A maioria das escuras pode<br />

sobreviver e se reproduzir; foram sendo naturalmente<br />

selecionadas após a modificação do meio ambiente. As<br />

mariposas escuras tinham alguns descendentes que também<br />

escuros sobreviviam, enquanto os de coloração clara eram<br />

destruídos pelos pássaros. Desta maneira, as escuras<br />

passaram a constituir a maioria da população enquanto as<br />

clara passaram a ser uma raridade.<br />

Como sabemos, uma série de cientistas demonstraram,<br />

através de experimentos, que a explicação correta é aquela<br />

baseada na hipótese elaborada por Charles Darwin.<br />

A SELEÇÃO ARTIFICIAL<br />

Darwin chamou a<br />

atenção para um tipo<br />

de seleção<br />

promovida pelo<br />

homem que,<br />

desejando<br />

determinadas<br />

característica nas<br />

mais diversas<br />

espécies, ao longo<br />

dos tempos, direcionou cruzamentos entre as diversas<br />

variedades - surgidas naturalmente – e consegui “produzir”<br />

uma série de raças economicamente viáveis. Como essa<br />

“produção” na se dá de forma natural, denominamos ao<br />

conjunto destas técnicas de recombinação e seleção artificial.<br />

Por esse mecanismos foram produzidas a diversas variedades<br />

de raças de cães, gatos, milho, cavalos, pássaros e etc.<br />

A TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO OU<br />

NEODARWINISMO<br />

Formulada recentemente, a Teoria Sintética da Evolução<br />

(Neodarwinismo), considera os aspectos gerais da Teoria da<br />

Seleção Natural e acrescenta as noções e o papel da genética<br />

no processo evolutivo. Assim, para o Neodarwinismo, as<br />

causas das variações são alterações casuais que ocorrem, de<br />

forma relativamente constante, no material genético dos seres<br />

vivos. São as mutações que criam novas habilidades ou<br />

incapacidades – hereditárias - que serão escolhidas ou<br />

excluídas pela seleção natural.<br />

Ao longo de um grande período de tempo, o acúmulo de<br />

diversas mutações poderia levar à formação de novas<br />

espécies.<br />

As Mutações, juntamente com as recombinações que<br />

ocorrem durante a formação dos gametas ou na fecundação,<br />

são consideradas a matéria prima do processo evolutivo.<br />

Enquanto as mutações criam novas características, as<br />

recombinações promovem uma espécie de<br />

“embaralhamento” dos genes (portadores das variações),<br />

promovendo uma variedade quase infinita de novas<br />

combinações genéticas que se constituirá num farto material<br />

para a seleção natural.<br />

Exercícios<br />

01. (Uesb – 2015) Lamarck é injusta e infelizmente mais<br />

lembrado como alguém que estava errado. A herança das<br />

características adquiridas, da qual sua teoria defendia, não<br />

era, entretanto, original. Era uma crença geral que o próprio<br />

Darwin incorporou em a Origem das Espécies. Lamarck<br />

merece respeito, como o primeiro cientista que<br />

destemidamente advogou a evolução e tentou apresentar um<br />

mecanismo para explica-la. (FUTUYMA, í992. p.4).<br />

A respeito desse tema abordado, pode-se afirmar:<br />

01) As ideias de€ Lamarck foram rejeitadas quase<br />

universalmente não porque ele abraçava a herança dos<br />

caracteres adquiridos, mas porquê os principiais naturalistas<br />

da época defendiam o conceito de seleção natural já proposto<br />

pelo darwinismo.<br />

02) O trabalho de Lamarck preparou o ambiente cientifico<br />

para o inicio de um debate mais sério sobre o conceito de<br />

evolução biológica ao desenvolver argumentos que tentassem<br />

justificar os caminhos evolutivos.<br />

03) Darwin se baseou nas ideias dê uso e desuso de Lamarck<br />

para propor o conceito de ancestralidade comum entre todos<br />

os seres vivos.<br />

04) A herança das características adquirias proposto por<br />

Lamarck revolucionou o meio científico da época ao criar o<br />

conceito de epigenética para justificar a ativação de<br />

224


determinados genes em função do estilo dê vida dos<br />

indivíduos.<br />

05) A partir do século XX, com a elaboração de uma síntese<br />

evolutiva, as ideias de Lamarck foram associadas aos<br />

conceitos de genética de Mendel, criando a teoria<br />

denominada de Neodarwinismo.<br />

02.(Unit-2013- I semestre)<br />

Os tentilhões de Galápagos são os pássaros mais associados<br />

à teoria da seleção natural. Entretanto, Charles Darwin<br />

também se deteve em outra ave — o cucuve (Mimus sp.). Em<br />

Galápagos, existem quatro espécies do pássaro, todas<br />

endêmicas do arquipélago.<br />

Nas quatro semanas em que Darwin analisou a fauna e flora<br />

de Galápagos, observou que os cucuves da ilha de São<br />

Cristóvão não tinham os mesmos hábitos daqueles da ilha<br />

Floreana e algumas características físicas, como o formato<br />

dos bicos, também variavam.<br />

(LOUBACK, 2013, p. 26-27).<br />

03. Darwin, em seu magistral trabalho, coloca a diversidade<br />

da vida em uma dimensão que traduz a sua existência a um<br />

continuum na história da Biosfera que, corretamente, se<br />

expressa em<br />

A tirinha aborda uma situação, contextualizada na evolução<br />

das espécies.<br />

A transposição do conteúdo da tirinha para um contexto<br />

científico permite afirmar:<br />

A) A característica física apresentada por pai e filho valida a<br />

lei do uso e desuso na transformação das espécies, como<br />

proposta por Lamarck.<br />

B) A Teoria evolucionista proposta por Darwin considera a<br />

transmissão de características adquiridas como mecanismo de<br />

evolução das espécies.<br />

C) Variações hereditárias, expressas em traços fenotípicos<br />

nos indivíduos de uma população, resultam de processos<br />

casuais não determinísticos.<br />

D) Mudanças morfofisiológicas desenvolvidas ao longo da<br />

vida de um indivíduo se perpetuam nas gerações seguintes<br />

por seleção natural.<br />

E) Mutações somáticas induzidas pelo estilo de vida de um<br />

dos genitores são transmitidas à prole.<br />

Questões 03 e 04 UESF – 2014 /1<br />

A) Variações hereditárias são preservadas em função do valor<br />

adaptativo que conferem aos seus portadores.<br />

B) Organismos evoluem na tentativa de atingir maior<br />

complexidade e vencer na luta pela sobrevivência.<br />

C) Novas espécies surgem em decorrência de mudanças<br />

genéticas impostas pelo meio em que vivem.<br />

D) Espécies extintas são substituídas por populações<br />

semelhantes, assegurando a sua continuidade.<br />

E) Descendência numerosa é uma garantia de perpetuação da<br />

espécie em seu ambiente.<br />

04. Uma análise do relato apresentado em uma abordagem<br />

evolutiva permite considerar que<br />

A) o processo evolutivo exige separação geográfica, como<br />

verificado em Galápagos, para se efetivar.<br />

B) as variações no formato dos bicos de aves representam<br />

características que propiciaram radiação adaptativa no<br />

Arquipélago.<br />

C) as espécies de cucuves das ilhas Floreana e de São<br />

Cristóvão, devido à sua endemicidade, não possuem um<br />

ancestral comum.<br />

D) as observações em ambientes restritos, como ilhas,<br />

refutam a necessidade do método comparativo na elucidação<br />

de relações filogenéticas.<br />

225


E) os espécimes de Mimus que apresentam inovações<br />

constituem uma evidência de que o processo evolutivo ocorre<br />

no nível do indivíduo, e não da população.<br />

05. O bicho-pau é inseto que se assemelha muito com graveto,<br />

podendo ser com ele facilmente confundido. Essa<br />

semelhança:<br />

a) É devida à forma que o animal passa a ter, para poder se<br />

defender.<br />

b) É absolutamente fortuita.<br />

c) É resultante da seleção natural<br />

d) Lembra a origem evolutiva desse animal, originário dos<br />

vegetais.<br />

e) É resultante do tipo de alimentação.<br />

06. Uma análise estatística demonstrou que, para uma dada<br />

variedade de peixe, era muito mais freqüente o número de<br />

peixes cegos no interior de cavernas do que do fora delas. A<br />

interpretação evolucionista mais condizente com essa<br />

observação é:<br />

a) Os ancestrais desses peixes perderam a visão, por não<br />

fazer uso dela no interior das cavernas.<br />

b) Os mutantes cegos tiveram mais chances de sobrevivência<br />

no interior das cavernas do que fora delas.<br />

c) A cegueira sobreveio como mecanismo de adaptação às<br />

condições de vida no interior das cavernas.<br />

d) A visão tem o mesmo valor adaptativo dentro ou fora das<br />

cavernas.<br />

e) As mutações para a cegueira são uma conseqüência da<br />

ausência de luz no interior das cavernas.<br />

07. Analisando-se do gráfico abaixo pode-se dizer que o<br />

número de mariposas:<br />

a) Claras varia na razão direta do<br />

teor de fuligem.<br />

b) Claras não é afetado pelo teor de<br />

fuligem.<br />

c) Escuras varia na razão direta do<br />

teor de fuligem.<br />

d) Escuras varia na razão inversa do teor de fuligem.<br />

e) Escuras varia na razão direta com as mariposas claras.<br />

08. Durante um tratamento com antibiótico, o médico<br />

observou que seu paciente apresentou sensível melhora até o<br />

7º dia. A partir daí, a infecção começou a aumentar e aos 12<br />

<strong>dias</strong> o antibiótico não era mais eficaz. Qual das alternativas<br />

melhor explica este fato?<br />

a)Bactérias submetidas a antibióticos tornam-se dependentes<br />

deles para seu crescimento.<br />

b) Pequenas doses de antibióticos desenvolvem resistência<br />

em bactérias.<br />

c) Bactérias resistentes foram selecionadas pelo uso de<br />

antibióticos.<br />

d) O antibiótico modificou o ambiente e provocou mutação<br />

nas bactérias.<br />

e) As bactérias adaptaram-se ao meio com antibiótico.<br />

09. A seleção natural é:<br />

a) Um fator de evolução pelo qual os indivíduos morrem<br />

antes de atingir a idade de reprodução.<br />

b) Um fator de evolução pelo qual os indivíduos menos<br />

adaptados ao meio ou morrem ou deixam um número<br />

menor de descendentes.<br />

c) Um fator de evolução pelo qual os indivíduos menos<br />

aptos morrem logo após o nascimento.<br />

d) Um processo pelo qual indivíduos portadores de mal<br />

formações morrem durante o estágio embrionário.<br />

e) Um fenômeno de eliminação de indivíduos incapazes,<br />

sem levar em conta o meio ambiente ocupado por esses<br />

indivíduos.<br />

10. Em relação à evolução biológica, observe as afirmativas<br />

abaixo:<br />

I. A girafa evoluiu de ancestrais de pescoço curto, o qual se<br />

desenvolveu gradativamente pelo esforço do animal para<br />

alcançar as folhas das árvores mais altas.<br />

II. Os ancestrais da girafa apresentavam pescoço de<br />

comprimentos variáveis. Após várias gerações, o grupo<br />

mostrou um aumento no número de indivíduos com pescoço<br />

mais comprido, devido à seleção natural.<br />

III. Os indivíduos mais adaptados deixam um número<br />

maior de descendentes em relação aos não-adaptados.<br />

IV. As características que se desenvolvem pelo uso são<br />

transmitidas de geração a geração.<br />

Assinale:<br />

a) se I, II e III estiverem de acordo com Lamarck e IV com<br />

Darwin;<br />

b) se I e III estiverem de acordo com Lamarck e II e IV<br />

com Darwin.<br />

c) se I e IV estiverem de acordo com Lamarck e II e III<br />

com Darwin;<br />

d) se I, II, III e IV estiverem de acordo com Lamarck;<br />

e) se I , II , I II e IV estiverem de acordo com Darwin.<br />

11. Em um ambiente qualquer, os indivíduos com<br />

características que tendem a aumentar sua capacidade de<br />

sobrevivência têm maior probabilidade de atingir a época de<br />

reprodução. Assim, em cada geração, podemos esperar um<br />

pequeno aumento na proporção de indivíduos de maior<br />

226


viabilidade, isto é, que possui maior número de características<br />

favoráveis à sobrevivência dos mais aptos.<br />

Esse texto se relaciona:<br />

a) lei do uso e desuso.<br />

b) herança dos caracteres adquiridos.<br />

c) hipótese do aumento da população em progressão<br />

geométrica.<br />

d) hipótese do aumento de alimento em progressão<br />

aritmética.<br />

e) seleção natural.<br />

Questões 12 a 14 Uesf - 2010-1<br />

[...] podemos dizer que a teoria da evolução por seleção<br />

natural envolve o acaso e a necessidade.<br />

O acaso aparece na aleatoriedade do processo mutacional de<br />

geração de diversidade. A necessidade, no processo de<br />

reprodução diferencial dos indivíduos mais bem adaptados ao<br />

ambiente.<br />

A ideia revolucionária de Darwin foi que essas duas forças<br />

combinadas eram suficientes para explicar, de forma natural,<br />

a emergência e evolução das diversas formas de vida na Terra.<br />

(PENA, 2007, p. 84)<br />

12. A opção que melhor se aproxima do conceito<br />

desenvolvido inicialmente por Charles Darwin para explicar<br />

a evolução biológica através da seleção natural é<br />

a) O acaso gera variabilidade conforme a natureza vai<br />

necessitando de determinadas características adaptativas.<br />

b) A reprodução diferenciada preserva indivíduos frutos da<br />

união de espécies diferentes mais bem ajustadas ao<br />

ambiente em que vivem.<br />

c) A evolução biológica é considerada um processo<br />

plenamente aleatório devido à imprevisibilidade dos seus<br />

resultados adaptativos.<br />

d) A adaptação é uma das principais consequências da ação<br />

da seleção natural, ao favorecer a capacidade média dos<br />

organismos de uma população de sobreviver e reproduzir<br />

no seu ambiente.<br />

e) Mudanças no conjunto gênico das populações favorecem<br />

a formação de espécies que se tornam independentes das<br />

condições impostas pelo ambiente natural.<br />

13.<br />

[...] a História da Evolução tem dois componentes principais:<br />

a ramificação das linhagens e as mudanças dentro das<br />

linhagens (incluindo a extinção). Espécies inicialmente<br />

similares tornam-se cada vez mais diferentes, de modo que,<br />

decorrido tempo suficiente, elas podem chegar a apresentar<br />

diferenças profundas. [...] Os padrões hierarquicamente<br />

organizados de aspectos comuns entre as espécies — tais<br />

como as características comuns de todos os primatas, de todos<br />

os mamíferos, todos os vertebrados, todos os eucariontes e<br />

todos os seres vivos — refletem uma história na qual todas as<br />

espécies vivas podem ser seguidas retrospectivamente ao<br />

longo do tempo, até se chegar a um número cada vez menor<br />

de ancestrais comuns.<br />

(FUTUYMA,<br />

2002, p.3)<br />

A partir da análise dos conceitos evolutivos expostos no texto,<br />

é possível afirmar:<br />

A) Todas as formas de vida, da bactéria aos humanos, estão<br />

ligadas por cadeias descontínuas de descendência.<br />

B) As árvores filogenéticas expressam a evolução linear<br />

existente entre os seres vivos através de convergências<br />

adaptativas presentes durante a formação dos grandes grupos<br />

de organismos.<br />

C) As provas da descendência de ancestrais comuns também<br />

residem nas características comuns dos organismos vivos,<br />

incluindo sua anatomia, seu desenvolvimento embrionário e<br />

seu DNA.<br />

D) A cladogênese é o processo evolutivo que justifica as<br />

mudanças que ocorrem ao longo do tempo dentro de uma<br />

única linhagem.<br />

E) Os padrões hierarquicamente organizados de aspectos<br />

comuns entre as espécies atuais são denominados de<br />

analogias e são derivados de uma irradiação evolutiva que<br />

ocorreu ao longo da história evolutiva dos grupos vivos.<br />

14. Afirmar que a Evolução é um fato é confrontar-se com<br />

controvérsias, pois provavelmente nenhuma afirmação em<br />

toda a Ciência desperta tanta oposição emocional quanto a<br />

evolução biológica.<br />

Apesar disso, nenhuma hipótese científica diferente da<br />

descendência comum com modificações consegue elucidar e<br />

fazer previsões a respeito da unidade, diversidade e<br />

propriedades dos organismos vivos.<br />

[...] A Teoria da Evolução é controversa porque é percebida<br />

por algumas pessoas como sendo incompatível com crenças<br />

religiosas, especialmente no que diz respeito à natureza e às<br />

origens humanas.<br />

[...] A maioria dos biólogos que estuda a Evolução concorda<br />

que as questões referentes à crença espiritual não podem ser<br />

decididas pela Ciência, que, pela sua natureza, é limitada a<br />

determinar causas naturais observáveis, não pode pronunciarse<br />

a respeito de assuntos sobrenaturais e não pode dar<br />

respostas a perguntas filosóficas ou éticas fundamentais.<br />

(FUTUYMA, 2002, p. 42)<br />

A) a ciência apresenta todas as informações necessárias para<br />

compreender a realidade a partir de um estudo detalhado e<br />

preciso das partes componentes do Universo.<br />

227


B) a religião deve validar as descobertas da ciência para que<br />

as teorias científicas permaneçam respaldadas ao longo do<br />

tempo.<br />

C) a evolução biológica enfrentou muitos questionamentos o<br />

passado por defender a ideia de imutabilidade da espécie<br />

humana em relação às outras espécies vivas atuais.<br />

D) o convívio harmônico entre os diversos modelos de<br />

percepção da realidade — ciência, artes, religião etc —<br />

favorece uma compreensão de mundo que apresenta<br />

afinidade com uma diversidade de pensamento.<br />

E) a ciência, por estar sustentada em observações e<br />

experimentação, deve ser capaz de explicar até mesmo os<br />

fenômenos considerados espirituais, sobrenaturais ou<br />

metafísicos.<br />

15. "Durante o longo inverno da região ártica, (...) a roupagem<br />

escura de muitas aves e mamíferos torna-se branca, o que<br />

constitui uma adaptação à mudança do ambiente, agora<br />

coberto de neve. No verão, a coloração desses animais volta<br />

a ser escura, camuflando-os no ambiente de cores mais<br />

escuras da estação quente."<br />

(Amabis & Martho, p. 270.)<br />

A capacidade de se defender de predadores, imitando o<br />

ambiente, revela<br />

I. Expressão diferencial de genótipos em função de<br />

variações ambientais.<br />

II. Alterações genéticas súbitas, com resultados adaptativos<br />

imediatos.<br />

III. Exigência de condições ambientais favoráveis para a<br />

expressão de um caráter.<br />

IV. Hegemonia da ação gênica na determinação do fenótipo.<br />

16. (R. Barbosa-97) Assinale as proposições corretas.<br />

“A cada ano surgem dez a quinze novos subtipos de vírus,<br />

geralmente muito parecidos entre si”.<br />

Todo ano, o vírus da gripe volta com um novo envoltório<br />

protetor." (Super Interessante, p. 22)<br />

A respeito dos vírus, pode-se afirmar:<br />

01. Armazenam informação genética exclusivamente em<br />

moléculas de DNA.<br />

02. É de natureza protéica o seu invólucro próprio.<br />

04. O processo de mutação é responsável pelo surgimento de<br />

novos subtipos virais.<br />

08. Apresentam uma taxa metabólica baixa.<br />

16. Utilizam a maquinaria celular para se multiplicarem.<br />

32. É inespecífica a sua interação com a célula.<br />

64. As vacinas são mais eficazes contra vírus com altas taxas<br />

de mutação.<br />

Questões 17 e 18 UESF<br />

17. Uma página do caderno de anotações de Darwin, em seu<br />

vultoso trabalho sobre a evolução biológica, está reproduzida<br />

a seguir.<br />

A interpretação do<br />

diagrama, construído por<br />

Darwin para explicar a<br />

diversidade biológica,<br />

revela o<br />

A) crescimento exponencial<br />

das populações em função<br />

da disponibilidade dos<br />

recursos ambientais.<br />

B) a luta pela vida, em que<br />

os mais fortes são os que<br />

produzem uma maior<br />

descendência.<br />

C) diversificação das<br />

espécies a partir de uma<br />

ancestralidade compartilhada.<br />

D) a perpetuação de todas as linhagens geradas no curso da<br />

evolução.<br />

E) a transformação linear de uma espécie em outra como<br />

mecanismo de multiplicação de espécies.<br />

18. Do ponto de vista evolutivo, a interpretação dos<br />

quadrinhos sugere que:<br />

a) mudanças orgânicas podem ser dirigidas<br />

intencionalmente para atender a necessidades imediatas<br />

dos indivíduos.<br />

b) a convergência adaptativa possibilita a exploração de um<br />

mesmo nicho ecológico por espécies distintas.<br />

c) as mutações introduzem variabilidade nas populações,<br />

sendo um fator relevante na geração de biodiversidade.<br />

d) o valor adaptativo de uma mutação independe de suas<br />

repercussões na interação do organismo com o ambiente.<br />

e) organismos aquáticos, como tubarões, são preservados<br />

de eventos mutacionais, constituindo grupos<br />

homogêneos.<br />

Questões 19 e 21 UESF – 2008-2<br />

19. Num mundo com mais de 6 bilhões de habitantes, em que<br />

se conquistaram padrões de bem-estar inéditos na história,<br />

fica difícil imaginar que o ser humano já esteve à beira da<br />

extinção. Aconteceu há cerca de 100 000 anos, quando a<br />

população de Homo sapiens se reduziu drasticamente, caindo<br />

de 30 000 pessoas para apenas 2 000. Caso esses 2000<br />

ancestrais do homem moderno não tivessem resistido às<br />

condições de penúria em que viviam, a humanidade teria sido<br />

riscada do mapa.<br />

228


Evidentemente, eles resistiram. Migraram da África para<br />

outros continentes e, através de diferentes mutações<br />

genéticas, se ramificaram nas etnias que povoaram o mundo.<br />

(Revista Veja, p. 94/108)<br />

Sobre a história evolutiva da espécie humana, é possível<br />

afirmar que<br />

A) fatores climáticos foram responsáveis pelas mudanças no<br />

potencial biótico da espécie humana, há 100 000 anos,<br />

aproximadamente.<br />

B) o pequeno número populacional diminuiu o potencial<br />

adaptativo da espécie, o que poderia ter permitido a extinção<br />

dos seres humanos.<br />

C) o isolamento geográfico, em um processo de especiação<br />

simpátrica, é uma condição essencial para a perda definitiva<br />

do fluxo gênico entre populações distintas.<br />

D) as mutações genéticas foram importantes para desenvolver<br />

uma homogeneidade entre as populações humanas na sua<br />

origem.<br />

E) no passado, o isolamento entre as populações humanas<br />

favoreceu a formação das diversas raças biológicas existentes<br />

na espécie humana atualmente.<br />

20. As curvas representam os tipos básicos de seleção natural<br />

em relação aos efeitos que podem apresentar em populações<br />

que possuem um padrão de distribuição de acordo com a<br />

curva normal.<br />

Considerando-se que os gráficos representam o número de<br />

indivíduos para cada variedade fenotípica de um dado caráter<br />

com variação contínua, é correto afirmar que<br />

A) a seleção estabilizadora reduz a diversidade, mas não<br />

modifica a média do tipo ideal.<br />

B) a seleção direcional aumenta a diversidade sem alterar a<br />

média do tipo ideal.<br />

c) a seleção disruptiva favorece ambos os tipos extremos, mas<br />

produz um único pico na distribuição de um tipo ideal.<br />

D) a seleção disruptiva desloca a curva para um dos extremos,<br />

beneficiando apenas um novo tipo ideal.<br />

E) tanto a seleção estabilizadora quanto a seleção direcional<br />

preservam o tipo considerado idear para uma determinada<br />

característica.<br />

21.<br />

Uma pessoa do século XXI vê o mundo de maneira bem<br />

diferente daquela de um cidadão da era vitoriana. Essa<br />

mudança teve fontes múltiplas, em particular os incríveis<br />

avanços tecnologia. Mas o que não é de forma alguma<br />

reconhecido é como, em grande medida, essa mudança de<br />

pensamento de fato advém das ideias de Charles Darwin. [...]<br />

A teoria da evolução pela seleção natural explica a<br />

capacidade de adaptação e diversidade do mundo sem ter de<br />

recorrer a nada além da matéria. Ela não mais precisa de um<br />

Deus como criador ou arquiteto [...] Remover Deus da ciência<br />

criou espaço para explicações estritamente científicas de<br />

todos os fenômenos naturais; deu origem ao positivismo; isso<br />

produziu uma poderosa revolução intelectual e espiritual,<br />

cujos efeitos duram ate hoje.<br />

(Mayr. ln: Scientific American, p.g 95)<br />

A respeito do impacto que as ideias darwinistas tiveram sobre<br />

o pensamento científico e religioso predominante do século<br />

XIX, pode-se afirmar:<br />

A) As ideias darwinistas foram pouco conflitantes com o<br />

pensamento do século XIX, já que Darwin não incluiu o<br />

homem como participante do processo evolutivo biológico.<br />

B) O darwinismo refuta a variação ao aceitar o modelo<br />

tipológico de imutabilidade e estabilidade das espécies<br />

naturais.<br />

C) Darwin - assim como Aristóteles, Descartes e Kant -<br />

concordava com a visão de que o homem era uma criatura<br />

acima de outros seres vivos, o que o fez entrar em conflito<br />

com as concepções religiosas da época.<br />

D) o darwinismo chocou a comunidade científica do final<br />

século XIX ao propor, de forma original, a utilização da lei<br />

do uso e desuso e da herança dos caracteres adquiridos para<br />

explicar a evolução humana.<br />

E) o darwinismo introduziu a historicidade no estudo da vida<br />

ao tentar explicar eventos e processos que já ocorreram no<br />

passado, como também a influência dessas mudanças nas<br />

características que os seres vivos apresentam na atualidade.<br />

229


22. (Bahiana-2014/1- 2 a F) A maioria dos bebês nascidos a<br />

termo – nove meses de gestação – tem peso na faixa de 3 a<br />

4kg; bebês muito menores ou muito maiores possuem taxas<br />

mais altas de mortalidade.<br />

Com base nos dados,<br />

a) Explique a modalidade de seleção natural que atua, nessa<br />

fase, na população humana.<br />

b) Justifique a ocorrência de variação contínua nessa<br />

característica.<br />

23. (UERN-2008) “As ideias evolucionistas são bem antigas,<br />

estando presentes em escritos de filósofos da Grécia antiga.<br />

No entanto, foi somente no final do século XVIII e início do<br />

século XIX que alguns naturalistas passaram a adotar as<br />

ideias evolucionistas como explicação para a diversidade de<br />

seres vivos.”<br />

Os itens a seguir apontam ideias evolucionistas lamarckistas<br />

e darwinistas. Analise-as:<br />

I. Certos órgãos corporais hipertrofiam-se, quando são<br />

muito utilizados, e atrofiam-se, quando são pouco solicitados.<br />

II. A adaptação resulta da interação dos organismos com o<br />

ambiente.<br />

III. O comprimento do bico dos beija-flores variava entre os<br />

indivíduos ancestrais e que os nascidos com bicos mais<br />

longos tiveram mais facilidade de obter alimento e maior<br />

chance de sobreviver e deixar descendentes.<br />

IV. O desenvolvimento de um órgão pelo uso intensivo seria<br />

transmitido aos descendentes, acentuando-se ao longo das<br />

gerações.<br />

V. O bico longo dos beija-flores surgiu pela necessidade que<br />

eles têm de alcançar as glândulas produtoras de néctar no<br />

interior de flores tubulares.<br />

VI. Os fósseis são vestígios de seres que viveram no passado<br />

e muitos são ancestrais de espécies atuais.<br />

Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas com ideias<br />

comuns ao darwinismo e ao lamarckismo:<br />

A) I, IV e VI B) II e V C) II e VI D) IV, V e VI<br />

24.(UERN-2008) “Os cientistas acreditam que, na história<br />

evolutiva da vida, a maioria das espécies surgiu por<br />

cladogênese ou por diversificação. Isso explica a enorme<br />

diversidade biológica, representada por quase dois milhões de<br />

espécies atuais e por um número dezenas de vezes maior de<br />

espécies extintas.”<br />

Considerando os fatos e acontecimentos referentes ao<br />

referido processo de especiação, aponte a alternativa que os<br />

ordena sequencialmente:<br />

I. O isolamento geográfico (surgimento de uma barreira<br />

geográfica) bloqueia o fluxo gênico entre as populações<br />

isoladas.<br />

II. Desenvolve-se o isolamento reprodutivo – uma barreira<br />

biológica à troca de genes.<br />

III. Ocorre a diferenciação genética e pressões seletivas<br />

diversas, acentuam tais diferenças.<br />

IV. Os indivíduos se cruzam livremente.<br />

Está correta a seqüência:<br />

A) IV, II, III, I<br />

B) IV, III, I, II<br />

C) IV, II, I, III<br />

D) IV, I, III, II<br />

25.(UNIT-2013) Com os cabelos castanhos e ondulados já<br />

rareando, Mendel sobrescritando os envelopes à sua maneira<br />

metódica, criou coragem suficiente para enviar separatas a,<br />

pelo menos, uma dúzia de cientistas de renome em toda a<br />

Europa. Uma separata foi encontrada no escritório de Charles<br />

Darwin, de modo que Mendel deve ter enviado um exemplar<br />

do seu trabalho ao pai da teoria da Evolução. Mesmo que<br />

Darwin tivesse lido o artigo de Mendel, porém,<br />

provavelmente não lhe daria importância.<br />

(HENIG, 2001, p. 130-131).<br />

Considerando a importância dos trabalhos de Mendel para<br />

elucidar os mecanismos norteadores da hereditariedade,<br />

pode-se afirmar que a utilização desses trabalhos por Charles<br />

Darwin, ainda no século XIX, poderia ter aprimorado os<br />

conceitos darwinistas sobre evolução biológica. É possível<br />

afirmar como exemplo desse aprimoramento:<br />

A) Reconhecer, no mendelismo, os mecanismos genéticos<br />

que levam a uma estabilidade das espécies e, ao mesmo<br />

tempo, interpretar a variação herdada ao longo das gerações.<br />

B) Compreender como a replicação semiconservativa é capaz<br />

de manter as informações genéticas ao longo das gerações.<br />

C) Identificar, na geração espontânea, os mecanismos<br />

genéticos responsáveis pelo aumento da variabilidade<br />

genética de uma população que sofre ação da seleção natural.<br />

D) Utilizar a lei da herança dos caracteres adquiridos como<br />

base para ação da seleção natural nas populações em<br />

evolução.<br />

E) Relacionar a ação do DNA com a capacidade de<br />

manutenção e expressão das informações genéticas existente<br />

em todos os sistemas vivos.<br />

A FORMAÇÃO DE NOVAS ESPÉCIES<br />

230


A Teoria da Evolução estabelece que espécies novas<br />

possam surgir a partir de modificações das populações atuais.<br />

A esse mecanismo de formação de espécies denominamos de<br />

especiação.<br />

Considere as etapas abaixo:<br />

a) Imagine uma população P1, relativamente homogênea,<br />

vivendo em um ambiente homogêneo H1, sob pressões de<br />

seleção ·;<br />

b) Por uma série de motivos, os indivíduos dessa população<br />

podem iniciar um processo de imigração em busca de melhor<br />

local para se instalar, formando duas novas populações P2 e<br />

P3;<br />

e) Considere que após um longo período de isolamento sob<br />

pressões seletivas distintas, a barreira geográfica deixe de<br />

existir e as duas populações P2 e P3 se reencontrem com a<br />

população original e, por algum motivo, não ocorram<br />

cruzamentos entre elas e, caso o faça, não resultem em<br />

descendente, ou esses descendentes sejam inviáveis ou<br />

estéreis – estabelece-se assim o isolamento reprodutivo -<br />

estaremos diante de duas novas espécies.<br />

c) A reprodução continua ocorrendo entre nas duas<br />

populações (P2 e P3) separadas. Para evitar um contato direto<br />

entre elas, fato que possibilitaria um fluxo de genes entre os<br />

indivíduos das duas populações, é necessário uma barreira<br />

geográfica (Bg) que o faça (isolamento geográfico);<br />

d) Em ambientes diferentes, possivelmente as pressões de<br />

seleção diferenciada podem escolher variações adaptáveis<br />

distintas em cada população, que, ao longo de muitos anos de<br />

isolamento podem se diferenciar de tal forma e “produzir”<br />

novos agrupamentos – as raças geográficas ou sub-espécies;<br />

Esse mecanismo de formação de novas espécies a partir de<br />

uma população é denominado de irradiação adaptativa ou<br />

adaptação divergente e implica na existência de maior ou<br />

menor grau de parentesco entre as espécies “recém”<br />

formadas.<br />

Sub-espécies (raças) com um mesmo ancestral que<br />

divergiram para espécies distintas são, taxonomicamente,<br />

agrupadas<br />

num<br />

mesmo<br />

gênero.<br />

O<br />

processo<br />

de<br />

irradiação<br />

adaptativa<br />

pode gerar<br />

uma<br />

variedade<br />

tão distinta<br />

de<br />

espécies que muitas vezes não conseguimos, a olho nu,<br />

admitir a existência de parentesco entre elas. Para fazê-lo<br />

recorremos às análises químicas de proteínas e DNA.<br />

231


Contrariamente ao<br />

que acontece na<br />

irradiação<br />

adaptativa em que<br />

espécies tão<br />

diferentes possuem<br />

vínculo de<br />

ancestralidade, na<br />

convergência<br />

adaptativa as<br />

semelhanças não<br />

indicam,<br />

necessariamente<br />

parentesco. As<br />

semelhanças nesses<br />

casos se dão em<br />

função dessas<br />

espécies, apesar de terem passado por processos de<br />

especiação distintos, conviverem num mesmo habitat e,<br />

submetidos às mesmas pressões de seleção natural,<br />

convergiram anatômica e fisiologicamente para condições<br />

mais adaptativas.<br />

I. As alterações hereditárias que vierem a produzir novos<br />

alelos sempre levarão à extinção de uma determinada<br />

população, por produzirem diferenças significativas nas<br />

espécies que a compõem.<br />

II. As modificações na sequência de bases nitrogenadas do<br />

DNA, denominadas mutações, podem vir a produzir<br />

características mais vantajosas em indivíduos de uma<br />

população.<br />

III. Os portadores do alelo mutante que possuírem melhor<br />

vantagem adaptativa tenderão a se reproduzir de maneira<br />

mais intensa, acarretando o aumento da frequência desse alelo<br />

na população.<br />

A alternativa que apresenta todas as alternativas corretas é a<br />

01) I apenas. 04) I e II.<br />

02) II apenas. 05) II e III.<br />

03) III apenas.<br />

QUESTÕES 03 E 04 UESB-97<br />

Exercícios<br />

01.( UESB- 2012) Marque com V as afirmativas verdadeiras<br />

e com F, as falsas.<br />

Admitir que a anemia falciforme é uma doença associada a<br />

negros não tem fundamentação científica, considerando-se<br />

que<br />

( ) mutações são eventos aleatórios com frequência variada,<br />

sendo a sua permanência nas populações dependente do valor<br />

adaptativo.<br />

( ) indivíduos portadores do traço falcêmico têm vantagem<br />

adaptativa em zonas malarígenas - fator que condicionou a<br />

alta frequência do gene mutado na África.<br />

( ) a apropriação de conhecimentos da genética de populações<br />

modificou a visão da representação social da anemia<br />

falciforme, reconhecendo-a como uma doença geográfica.<br />

( ) o fluxo gênico, associado à composição étnica do povo<br />

brasileiro, manteve constante no Brasil a frequência de<br />

falcemia observada na população de origem.<br />

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para<br />

baixo, é a<br />

01) F V V V 02) V V V F<br />

03) F V F V 04) F F V V 05) V F F F<br />

02. (UESB – 2010/2) À incorporação de novos<br />

conhecimentos genéticos às ideias darwinianas resultou na<br />

Teoria Moderna da evolução, e, sobre ela, é correto afirmar:<br />

David Lack, ornitólogo, na sua famosa monografia "Darwin’s<br />

Finches", desenhou o mapa da árvore genealógica dos<br />

tentilhões das ilhas Galápagos, como mostra a figura a acima.<br />

03. O mapa expressa a teoria evolutiva de Darwin, porque:<br />

01) a diversidade de espécies se estabeleceu na natureza a um<br />

tempo determinado.<br />

02) a origem das espécies tem como base a fixação de<br />

características adquiridas individualmente.<br />

03) as espécies se originam a partir de espécies ancestrais.<br />

04) a criação de novas espécies é determinada por alterações<br />

do ambiente físico.<br />

04. Sobre a evolução dos tentilhões nas ilhas Galápagos,<br />

pode-se afirmar:<br />

01) O tipo de alimento disponível contribuiu decisivamente<br />

para a especiação.<br />

02) A diversificação entre os tentilhões evidencia o papel da<br />

estabilidade genética das espécies.<br />

232


03) As variações adaptativas que reduziram a competição<br />

intra-específica.<br />

04) A ocupação de diferentes habitas determinou o<br />

aparecimento de espécies novas.<br />

05) O isolamento reprodutivo é a etapa final do processo<br />

evolutivo entre os tentilhões.<br />

05. (FACS-97) "Em outubro de 1838... estava lendo, para me<br />

distrair, o Essay on Population de Malthus e, estando já bem<br />

preparado para compreender a luta pela existência travada em<br />

toda parte através de<br />

uma observação<br />

contínua dos hábitos de<br />

animais e plantas,<br />

ocorreu-me de súbito<br />

que, sob tais<br />

circunstâncias, as<br />

variações favoráveis<br />

tenderiam a ser<br />

preservadas, enquanto<br />

as desfavoráveis seriam<br />

destruídas. O resultado<br />

disso seria a formação de novas espécies."<br />

(Darwin, p. 11)<br />

Em relação ao trabalho de Darwin e suas repercussões na<br />

Ciência Moderna, identifique as afirmativas verdadeiras.<br />

0.( ) Darwin relacionava as variações em características<br />

morfológicas à ocorrência de alterações no material genético.<br />

1.( ) A unidade e a diversidade, no mundo vivo, refletem a<br />

origem evolutiva das espécies.<br />

2.( ) O trabalho de Darwin associou diversas áreas do<br />

conhecimento numa teoria unificadora.<br />

3.( ) A seleção natural constitui o mecanismo proposto por<br />

Darwin para explicar a formação de novas espécies.<br />

4.( ) A luta pela sobrevivência condiciona a adaptação de<br />

organismos a ambientes particulares.<br />

5.( ) A variação adquirida constitui a fonte primária de<br />

variabilidade para a evolução dos seres vivos.<br />

06. (V. Cairu-97 (Consultec) A ilustração refere-se a uma<br />

situação que exemplifica um mecanismo evolutivo.<br />

Segundo a teoria evolutiva<br />

proposta por Darwin, a<br />

situação ilustrada tem a<br />

seguinte fundamentação:<br />

01) A seleção natural<br />

favorecerá sempre o<br />

mesmo fenótipo, nas duas condições ambientais.<br />

02) As formas melânicas têm mais chance de sobrevivência<br />

em florestas com fuligem.<br />

03) A mudança de coloração é uma exigência para a<br />

adaptação das mariposas ao ambiente.<br />

04) A variação hereditária, para Darwin, seria decorrente de<br />

mutações.<br />

05) A competição intra-específica determina uma capacidade<br />

reprodutiva diferenciada.<br />

07. (UESB-2002) Considere os seguintes fatores:<br />

I- mutação<br />

II- seleção natural<br />

III- herança dos caracteres adquiridos<br />

IV- migração<br />

Podem ser atribuídos à teoria sintética da evolução somente:<br />

(A) I e II<br />

(B) I, II e III<br />

(C) I, II e IV<br />

(D) I, III e IV<br />

(E) II, III e IV<br />

08. (V. Cairu-97) O diagrama ilustra estágios de um<br />

processo de especiação, no qual grupos de indivíduos migram<br />

do continente para duas ilhas distintas (I e II).<br />

A partir da análise dos eventos que propiciam a formação de<br />

espécies novas, pode-se afirmar:<br />

01) A colonização das ilhas é dificultada pelas peculiaridades<br />

da população oriunda do continente.<br />

02) Pressões seletivas diferentes homogeneizam o "genepool"<br />

das subpopulações.<br />

03) O isolamento geográfico retarda o processo de especiação<br />

por facilitar o fluxo gênico.<br />

04) O processo de especiação é definido pela transformação<br />

gradual de uma espécie em outra.<br />

05) O status de espécie nova é atingido, quando se estabelece<br />

o isolamento reprodutivo<br />

09. (FTC-2004) A Teoria Sintética da Evolução constitui um<br />

exemplo da própria dinâmica da ciência, em que as "lacunas"<br />

deixadas por Darwin, no final do século XIX, foram<br />

"preenchidas" já no século XX, reconciliando a Teoria de<br />

Darwin com os conhecimentos da Genética.<br />

Entre esses conhecimentos, pode-se incluir:<br />

01) o papel do fluxo gênico na manutenção da<br />

individualidade das populações.<br />

02) a aceitação da idéia que rejeita a influência do ambiente<br />

sobre os caracteres herdáveis.<br />

03) a descoberta tardia da existência de fósseis como uma<br />

evidência de ancestralidade comum.<br />

04) a constatação de que as freqüências gênicas se mantêm<br />

constantes durante o processo evolutivo.<br />

233


05) o conhecimento dos princípios que regem a<br />

hereditariedade nas espécies de reprodução sexuada.<br />

10. (UESB-2001) Considere as afirmações sobre a evolução.<br />

I - Lamarck afirmou que o princípio evolutivo estaria<br />

baseado em duas leis fundamentais: a lei do uso ou desuso e<br />

a lei da transmissão dos caracteres adquiridos.<br />

II- Darwin postulou que a seleção natural favoreceria a<br />

sobrevivência de maior número de descendentes para os<br />

indivíduos de determinada população, que apresentassem<br />

variações vantajosas para um ambiente particular.<br />

III- Darwin não conseguiu resolver o problema das variações<br />

existentes numa população.<br />

É correto afirmar em<br />

12. O diagrama abaixo ilustra a distribuição das mutações<br />

benéficas A, B e C em populações que se reproduzem<br />

assexuada e sexuadamente. As áreas demarcadas representam<br />

proporcionalmente indivíduos portadores desses genes<br />

isoladamente ou em diferentes arranjos, ao longo do tempo.<br />

(A) I, Il e III<br />

(B) II e III, somente.<br />

(C) III, somente.<br />

(D) II, somente<br />

(E) I, somente.<br />

11. (R. B arbosa) O diagrama I evidencia relações evolutivas<br />

entre homem, gorila e orangotango e o II apresenta a<br />

seqüência inicial de um gene para uma mesma enzima<br />

mitocondrial dessas três espécies, discriminando os<br />

aminoácidos diferentes na seqüência polipeptídica do gorila e<br />

do orangotango em relação à do homem.<br />

Fonte: Alberts, 1989, p.13.<br />

A partir do estudo<br />

comparativo dos<br />

dados<br />

apresentados,<br />

depreende-se:<br />

(01)Estãorepresentadas, em II seqüências<br />

polinucleotídicas.<br />

(02) As relações evolutivas, entre espécies,<br />

estão expressas no material genético.<br />

(04) Há mais similaridade entre a expressão<br />

gênica do homem e a do gorila do que entre<br />

a do gorila e a do orangotango.<br />

(08) O estabelecimento das três espécies<br />

resultou de um mecanismo de seleção<br />

natural.<br />

(16) Orangotango e gorila pertencem a filos<br />

diferentes.<br />

(32) Homem e macacos atuais descendem de um ancestral<br />

comum.<br />

A partir de sua análise, pode-se concluir:<br />

(01) A possibilidade de fecundação cruzada dificulta o<br />

surgimento de novas combinações gênicas.<br />

(02) Na população que se reproduz sexuadamente, as<br />

mutações tem possibilidade de se estabelecer em um tempo<br />

menor.<br />

(04) O surgimento do mutante ABC, entre os organismos<br />

assexuados, foi possível pela ocorrência repetida das mesmas<br />

mutações.<br />

(08) O mutante ABC tem maior capacidade de adaptação.<br />

(16) Entre os organismos assexuados, os portadores dos genes<br />

A, B e C, separadamente, têm a mesma chance de reprodução.<br />

(32) As mutações A, B e C surgiram independentemente em<br />

diferentes loci.<br />

(64) Os indivíduos originais competiram em igualdade de<br />

condições com os mutantes, quanto à composição gênica.<br />

13. (UFGO) Comparando as figuras abaixo podemos afirmar<br />

que são órgãos análogos:<br />

a) 3 e 4. b) 1 e 2. c) 2 e 3. d) 1 e 4. e) 2 e 4.<br />

14. (UNICAMP) Com respeito aos termos homologia e<br />

analogia não podemos afirmar que:<br />

234


a) as asas das aves são análogas e homólogas às asas dos<br />

morcegos.<br />

b) chamam-se órgãos análogos àqueles que, nos diferentes<br />

grupos animais, desempenham a mesma função.<br />

c) chamam-se órgãos homólogos aqueles que, nos diferentes<br />

grupos animais, têm a mesma origem embrionária.<br />

d) as nadadeiras das baleias, as asas dos morcegos, as patas<br />

dos vertebrados quadrúpedes e os membros superiores do<br />

homem são órgãos homólogos.<br />

e) as asas dos morcegos, as asas das aves e as asas dos insetos<br />

são órgãos homólogos.<br />

15. (UFU-MG) Quando a semelhança entre estruturas<br />

animais não é sinal de parentesco, mas conseguida pela ação<br />

da seleção natural sobre espécies de origens diferentes, falase<br />

em:<br />

a) convergência adaptativa.<br />

b) isolamento reprodutivo.<br />

c) irradiação adaptativa.<br />

d) isolamento geográfico.<br />

e) alopatria.<br />

16. (UFBA) A figura abaixo<br />

ilustre os efeitos da<br />

disseminação de um antigo<br />

grupo animal, na busca de<br />

novos nichos.<br />

Esse fenômeno é<br />

denominado de:<br />

a) migração.<br />

b) fluxo gênico.<br />

c) seleção natural.<br />

d) adaptação divergente.<br />

e) migração adaptativa.<br />

QUESTÕES 17 E 18 UFBA<br />

Tanto Charles Darwin, o criador da Teoria da Evolução,<br />

quanto Alfred Wallace e Henry Bates, que pouco depois, e de<br />

forma independente, chegaram a conclusões semelhantes<br />

sobre o surgimento das espécies, passaram pelo Brasil (...)<br />

Darwin iniciou nas matas da Bahia e do Rio de Janeiro as<br />

observações da famosa viagem ao redor do mundo, enquanto<br />

Wallace e Bates passaram anos no interior da floresta<br />

amazônica. A natureza brasileira, portanto, parece ter<br />

desempenhado importante papel no surgimento de uma das<br />

mais importantes teorias científicas da história humana.<br />

(Ferreira, p. 47)<br />

17. Entre as razões que permitem considerar as viagens de<br />

estudo no território brasileiro como importantes para mudar<br />

conceitos relacionados à interpretação da diversidade do<br />

mundo vivo, pode-se destacar:<br />

(01) A grande diversidade encontrada nos ecossistemas, que<br />

se confrontava com a ideia da estabilidade das espécies,<br />

vigentes na época.<br />

(02) A análise de Wallace sobre biodiversidade, que se<br />

opunha à Darwin quanto ao mecanismo de origem das<br />

espécies.<br />

(04) a possibilidade de comparação entre espécies de habitats<br />

diversos e suas adaptações específicas.<br />

(08) A originalidade da concepção de que as espécies se<br />

modificam através dos tempos.<br />

(16) A observação inédita de um ecossistema recémestabelecido,<br />

em intenso processo de formação de novas<br />

espécies.<br />

(32) A grande variabilidade nas populações, sugerindo que as<br />

espécies podem divergir a partir de uma espécie original.<br />

18. “A reinterpretação de uma das mais importantes teorias<br />

científicas humana”, à luz dos conhecimentos da Genética,<br />

permitiu o estabelecimento da Teoria Moderna da Evolução,<br />

cujos princípios incluem:<br />

(01) Mudanças no material genético originam variações com<br />

valor evolutivo.<br />

(02) Os efeitos fenotípicos gerados pelo ambiente, em tempo<br />

suficientemente longo, estabelecem isolamento reprodutivo,<br />

(04) A seleção natural relativiza o valor evolutivo de<br />

determinada característica.<br />

(08) A recombinação genética na reprodução sexuada<br />

concilia o princípio da conservação hereditária à variação<br />

enunciada por Darwin.<br />

(16) A deriva genética, alterando a constituição genética de<br />

uma população, é um mecanismo evolutivo.<br />

(32) Dados paleontológicos permanecem conflitantes com as<br />

idéias evolucionistas.<br />

19. A figura ilustra o<br />

aspecto da evolução em<br />

animais.<br />

De sua análise, pode-se<br />

concluir:<br />

(01)dos de vida semelhantes<br />

em grupos distintos evidenciam a ocorrência de adaptação<br />

convergente.<br />

(02) A existência de mamíferos aquáticos sugere a ocupação<br />

tardia do ambiente terrestre pela classe.<br />

(04) O estabelecimento de mamíferos em diversos habitats foi<br />

posterior à definição das características básicas da classe.<br />

(08) Adaptações similares entre aves e mamíferos sugerem<br />

ancestralidade comum recente.<br />

235


(16) A divergência evolutiva determina a perda de<br />

características básicas.<br />

(32) Há maior proximidade evolutiva entre répteis e aves do<br />

que entre aves e mamíferos.<br />

Questões 20 e 21 - UESC- 2009<br />

15 de setembro — O arquipélago de Galápagos consiste de<br />

dez ilhas principais, cinco das quais excedem em tamanho às<br />

demais.<br />

São todas formadas de origem vulcânica. Com exceção de<br />

uma estação muito breve, raramente chove na ilha e, mesmo<br />

assim, irregularmente, entretanto as nuvens geralmente<br />

pairam a pouca altura. Por conseguinte, enquanto as partes<br />

inferiores das ilhas são estéreis, as superiores, a partir de uma<br />

altura de 300 metros, têm clima úmido e a vegetação medra<br />

com bastante exuberância.<br />

A história natural das ilhas é extremamente curiosa.<br />

Dos pássaros terrestres, pude conseguir 26 espécies, todas<br />

peculiares ao grupo e não encontradas em nenhum outro<br />

lugar, com exceção de uma.<br />

Dentre essas, aparece o singularíssimo grupo de fringellas<br />

com treze espécies relacionadas entre si pela estrutura do<br />

bico, a curteza da cauda forma do corpo e cor da plumagem...<br />

O fato mais curioso a ser observado é a perfeita gradação do<br />

tamanho do bico nas diferentes espécies do gênero Geospiza,<br />

partindo de um bico grande, como o de um fringilídeo de bico<br />

afiado, ao de um tentilhão e até mesmo o bico de um trinador.<br />

Vendo essa gradação e diversidade de estrutura num grupo<br />

pequeno e intimamente relacionado, poder-se-ia imaginar<br />

que, devido à pouquidade de pássaros neste arquipélago, uma<br />

mesma espécie se tivesse modificado, a fim de atender a<br />

finalidades diferentes. O singularíssimo grupo de fringellas<br />

identificado por Darwin inclui-se na maior família de aves,<br />

— Fringillidae”. (DARWIN, 1985, p. 96-97).<br />

20. A luz de conhecimentos atuais, a interpretação correta de<br />

Darwin permite considerar que<br />

01) a diferenciação das espécies se evidencia como um<br />

fenômeno de convergência adaptativa.<br />

02) a disponibilidade de uma alimentação diversificada no<br />

contexto do arquipélago favorecia a competição<br />

intraespecífica pelo alimento.<br />

03) a evolução da população original foi condicionada a uma<br />

situação preliminar de isolamento reprodutivo<br />

04) o surgimento aleatório na população original de variações<br />

na morfologia do bico propiciou à espécie novas interações<br />

alimentares, potencializando o processo de especiação.<br />

05) a perfeita gradação no tamanho do bico dentro da<br />

população favoreceu a preservação da população original que<br />

manteve o seu equilíbrio, aumentando progressivamente o<br />

seu tamanho.<br />

21. Família é a categoria sistemática que, no sistema<br />

taxonômico intrusivo, mantém, entre as outras, a seguinte<br />

situação:<br />

01) apresenta uma menor biodiversidade do que o gênero.<br />

02) Inclui uma maior reunião de espécies em que todas<br />

compartilham, entre si, o mais forte grau de parentesco<br />

evolutivo dentro de um táxon.<br />

03) Identifica-se como um táxon que congrega espécies que<br />

ocupam um mesmo habitat.<br />

04) constitui a unidade taxonômica de uma ordem.<br />

05) é uma categoria sistemática exclusiva de animais e<br />

plantas.<br />

Questões 22 e 23 UESF<br />

2009<br />

Em 1859, depois de 20<br />

anos de estudos<br />

minuciosos e de<br />

reflexões, Darwin<br />

publicou A origem das<br />

espécies. A obra não<br />

somente colocou por<br />

terra as ciências da<br />

vida, na época, como revelou ao homem seu humilde lugar<br />

entre os seres vivos. (CONTINENZA, 2007)<br />

22. Por causa da importância da variação, a seleção natural<br />

deve ser considerada um processo de duas etapas: a produção<br />

de variação abundante seguida pela eliminação de indivíduos<br />

inferiores. Esse último passo é direcional. Ao adotar a seleção<br />

natural, Darwin encerrou a discussão de várias centenas de<br />

anos entre os filósofos sobre o acaso e a necessidade. A<br />

mudança na Terra é resultado de ambos, sendo o primeiro<br />

passo dominado pela aleatoriedade, e o segundo, pela<br />

necessidade.<br />

(MAYR, 2007, p. 58.)<br />

Para muitos, foi a Teoria da Evolução que de fato consolidou<br />

a própria <strong>Biologia</strong> como uma ciência autônoma, estruturadora<br />

do trabalho dos biólogos por todo o século XX e até mesmo<br />

nesse século. Assim, o ano de 2009 foi eleito pela<br />

International Union of Biological Sciences como o ‘ano de<br />

Darwin’, não somente porque se comemoram 150 anos da<br />

publicação de A Origem das Espécies, mas também porque<br />

se completam 200 anos desde o nascimento de Darwin,<br />

ocorrido em 12 de fevereiro de 1809.<br />

Considerando o impacto das idéias de Charles Darwin a<br />

respeito da importância da seleção natural no processo de<br />

evolução biológica, é correto afirmar:<br />

236


A) A necessidade imposta pelo ambiente é responsável pela<br />

geração de características que deverão ser preservadas pela<br />

seleção natural.<br />

B) A ação da seleção natural dentro do processo evolutivo<br />

deve ser considerada dependente do ambiente, já que este<br />

determina a forma e a intensidade com que a pressão seletiva<br />

será imposta às populações.<br />

C) A variabilidade genética é estabelecida a partir da ação da<br />

seleção natural sobre um grupo de indivíduos de uma<br />

população.<br />

D) As idéias de Darwin sobre a seleção natural permitiram<br />

estabelecer um antropocentrismo baseado em visões<br />

teológicas sobre a origem da vida e a hierarquia entre os seres<br />

vivos.<br />

E) Darwin reforçou as ideias sobre determinismo ao negar a<br />

universalidade da aleatoriedade e do acaso durante os<br />

processos que envolvem a seleção natural.<br />

estabelece, dentre outras causas, pela ação da seleção natural<br />

na população.<br />

Dessas afirmativas, estão corretas as indicadas em<br />

A) I e III.<br />

B) III e IV.<br />

C) I, II e IV.<br />

D) II, III e IV.<br />

E) I, II, III e IV.<br />

Questões 24, 25 e 26 UESB 2008<br />

23. Não deve causar espanto que o desenvolvimento tenha um<br />

papel importante na compreensão da evolução. Afinal, é ele<br />

que produz a forma dos organismos multicelulares.<br />

Assim, ele é necessariamente a base para qualquer<br />

inovação morfológica sobre a qual a seleção natural atua. [...]<br />

No desenvolvimento, um único ser vivo sofre uma série de<br />

transformações até chegar à forma adulta. Na evolução, o que<br />

se transforma ao longo das gerações são populações, e não<br />

organismos individuais. Enquanto a evolução modifica o<br />

desenvolvimento (o desenvolvimento também evolui!), o<br />

desenvolvimento restringe as possibilidades da evolução. [...]<br />

Assim, as mudanças evolutivas são restritas às que “podem<br />

ocorrer” como consequência de mudanças no<br />

desenvolvimento.<br />

(EL-HANI, Charbel N., Meyer, Diogo. A evolução da teoria darwiniana.<br />

In: O homem em buscas das origens. Scientific American História, No.7.<br />

São Paulo: Duetto. pag. 80.)<br />

A respeito das relações abordadas no texto entre a<br />

evolução biológica e o desenvolvimento do organismo até a<br />

maturidade, considere as seguintes afirmativas:<br />

I. A evolução caracteriza-se pelo sequenciamento de<br />

estágios transformadores de um único ser, enquanto, no<br />

desenvolvimento, ocorrem mudanças na distribuição de<br />

características em uma população ao longo das gerações.<br />

II. Enquanto o desenvolvimento apresenta um estado final<br />

preferencial, que é a forma adulta, a evolução não apresenta<br />

qualquer tendência a um padrão estabelecido para a perfeição<br />

das formas.<br />

III. A complexidade do sistema de desenvolvimento e a<br />

interação de suas etapas permitem que determinadas<br />

novidades evolutivas tenham poucas possibilidades de ser<br />

preservadas pela evolução.<br />

IV. O desenvolvimento do organismo expressa-se a partir de<br />

informações genéticas herdadas, enquanto a evolução se<br />

24. O fato de asas dos insetos e das aves possuírem funções<br />

semelhantes sugere que<br />

01) as asas dos insetos a das aves derivaram de urna estrutura<br />

básica que se diferenciou em respostas adaptativas,<br />

estabelecendo órgãos homólogos,<br />

02) Os insetos e as aves foram isolados geograficamente, a<br />

partir de um ancestral comum, o que levou a diversificação<br />

dos grupos ao longo do tempo.<br />

03) tanto os insetos quanto as aves que possuem um<br />

antepassado comum em nível de filo podem,<br />

independentemente uns dos outros, ter preservado as asas<br />

devido aos mesmos tipos de pressões seletivas.<br />

04) a aquisição das asas nos insetos e nas aves assegurou as<br />

populações o mesmo potencial biótico, propiciando a<br />

expansão desses grupos.<br />

05) Os insetos e as aves desenvolveram, independentemente,<br />

estruturas análogas, evidenciando o processo de convergência<br />

evolutiva.<br />

25. Em relação a teoria da seleção natural proposta por<br />

Darwin, considere as seguintes afirmativas:<br />

I. As características adquiridas por influência ambiental são<br />

transmitidas aos descendentes.<br />

II. As espécies sofrem modificações ao longo do tempo, ou<br />

seja, elas não são imutáveis.<br />

III. o uso de determinada estrutura do corpo torna essa<br />

estrutura mais desenvolvida, que é transmitida aos<br />

descendentes.<br />

237


IV. As características que aumentam as chances de<br />

sobrevivência e de reprodução dos indivíduos, em urna<br />

população, tem major probabilidade de ser passadas aos<br />

descendentes.<br />

V. As formas inferiores de vida se formam continuamente a<br />

partir da matéria inanimada, e o caminho para uma maior<br />

complexidade é guiado pela natureza.<br />

Dessas afirmativas, estão corretas as indicadas em<br />

01) III e IV<br />

02) II e IV<br />

03) I e V.<br />

04) I e III.<br />

05) I e II.<br />

26. Considere urna população de plantas de uma única<br />

espécie distribuída por uma vasta área geográfica. Devido a<br />

formação de urna barreira, a população foi dividida em duas,<br />

que ficaram isoladas durante muitos anos. Quando a barreira<br />

foi removida, pôde-se observar que as duas populações<br />

podiam recolonizar a área e se imbricar, porém não mais<br />

conseguiam se intercruzar.<br />

De acordo com essas informações, pode-se afirmar:<br />

01) 0 isolamento geográfico proporcionou as populações<br />

separadas que acumulassem diferenças evolutivas,<br />

transformando-as em espécies distintas.<br />

02) As duas populações, durante o período de isolamento,<br />

adquiriram novas características, mantendo as mesmas<br />

frequências gênicas da população inicial.<br />

03) As duas populações perderam o potencial de<br />

intercruzamento logo apos a formação da barreira.<br />

04) As plantas que adquiriram estruturas adaptativas a<br />

ambientes extremos foram favorecidas, predominando nas<br />

novas populações.<br />

05) O conjunto gênico característico de cada população foi<br />

preservado naturalmente por processos assexuados.<br />

27. (UESC – 2009) “Quando a bordo do H.M.S. Beagle, no<br />

qual servi como naturalista, fiquei muito impressionado com<br />

certos fatos referentes à distribuição dos seres vivos<br />

existentes na América do Sul e às relações geológicas entre a<br />

fauna e a flora atual e extinta daquele continente. Esses fatos<br />

a mim me pareceram lançar alguma luz sobre a origem das<br />

espécies — “mistério dos mistérios”— ... Logo após o meu<br />

regresso ao lar, em 1837, ocorreu-me que talvez pudesse<br />

ajudar a esclarecer essa questão, através da paciente<br />

acumulação e do estudo de toda a sorte de fatos, porventura<br />

ligados ao tema. (DARWIN, 1859 p.43)<br />

Considerando-se que, durante o longo curso dos tempos e<br />

sob variáveis condições de vida, os seres vivos modificaram<br />

tanto diversas partes do seu organismo, e acho que isso é<br />

incontestável; considerando-se que, devido à alta tendência<br />

de crescimento geométrico do número das espécies, ocorre<br />

uma renhida luta pela sobrevivência, especialmente em<br />

determinada idade, ou determinada estação, ou determinados<br />

anos — e isso também certamente não tem contestação;<br />

consequentemente, dada a infinita complexidade das interrelações<br />

dos seres vivos, entre si e de cada um deles com suas<br />

condições de existência, acarretando uma diversidade infinita<br />

quanto a seus hábitos, estruturas e constituições internas.<br />

(DARWIN, 1985, p.129)<br />

Sob essas considerações, Darwin poderia ter concluído que<br />

01) a variabilidade que ocorre entre indivíduos de uma<br />

mesma população surge por influência direta e imediata do<br />

meio ambiente sobre o organismo.<br />

02) as variações surgem aleatoriamente e sempre são úteis a<br />

sobrevivência da espécie.<br />

03) as diferenças individuais que caracterizam a variabilidade<br />

da população só apresentam valor adaptativo se expressas na<br />

fase adulta<br />

04) os mais aptos são preservados porque podem assegurar a<br />

sobrevivência da espécie em qualquer tipo de ambiente que<br />

ainda venham enfrentar.<br />

238


05) os indivíduos dentro de uma população que apresentam<br />

circunstancialmente características úteis têm maiores chances<br />

de sobrevivência e também de produzir descendentes mais<br />

aptos.<br />

28. (UESC – 2009) “Quando examinamos os indivíduos da<br />

mesma variedade ou subvariedade de nossos vegetais e<br />

animais cultivados e criados desde os tempos mais remotos,<br />

um aspecto que nos chama a atenção é que eles geralmente<br />

diferem muito mais entre si do que o que se observa entre os<br />

indivíduos de qualquer espécie em estado selvagem.”<br />

(Darwin, 1985, p. 47).<br />

Embora essa constatação instigasse Darwin a diversos<br />

questionamentos e interpretações, uma explicação razoável e<br />

coerente com as suas ideias sobre a origem das espécie é<br />

01) Os experimentos de hibridação eram direcionados pelos<br />

domesticadores com o objetivo de obter animais<br />

aperfeiçoados em todas as características corporais.<br />

02) As linhagens progenitoras, dentro de uma mesma espécie,<br />

eram escolhidas, sob diferentes parâmetros, tendo em<br />

perspectiva a obtenção de exemplares com características<br />

úteis à espécie.<br />

03) As variações desejadas nas descendências experimentais<br />

não visavam ao bem-estar do animal, mas a um capricho ou a<br />

interesse do homem, não selecionando características que<br />

assegurassem maior autonomia da espécie.<br />

04) O adestramento do animais impondo o uso mais intensivo<br />

de um órgão propiciava o seu aperfeiçoamento e a<br />

transmissão hereditária dessa aquisição.<br />

05) A variação experimentalmente obtida aumentava o<br />

potencial adaptativo da espécie domesticada, deixando-a<br />

mais resistente às condições naturais<br />

29. (UESC-99) Os tubarões originaram-se na Terra, há cerca<br />

de 350 milhões de anos, como pequenos peixes de corpo rijo:<br />

atualmente estão identificados em cerca de 350 espécies.<br />

Vistos a distância, essas espécies não parecem diferir muito<br />

uma da outra, a não ser pelo tamanho. De perto, mostram<br />

grandes variações, principalmente na morfologia externa.<br />

O fenômeno biológico que caracteriza a história evolutiva dos<br />

tubarões pode ser identificado como<br />

01) irradiação adaptativa.<br />

02) convergência evolutiva.<br />

03) isolamento geográfico.<br />

04) exclusão competitiva.<br />

05) co-evolução.<br />

30. É importante ressaltar que Charles Danwin não tirou suas<br />

ideias do nada, ou da queda de uma maçã. Ele estava<br />

intensamente comprometido com as ideias sobre o mundo que<br />

eram vigentes em sua época. Além disso, era um jovem muito<br />

interessado em ideias, principalmente as que explicavam os<br />

padrões da diversidade da vida na Terra. Dessa forma, Danwin<br />

não passou por um momento de revelação, ou de arroubo<br />

criativo, mas por um longo período de reflexão (criativa) e<br />

questionamentos. Ele teve perseverança para obter respostas,<br />

e algumas boas respostas, para fenômenos que não faziam<br />

sentido na visão de seu tempo. As boas respostas, para Darwin<br />

eram aquelas que se conformavam ao maior número possível<br />

de fatos observados. (LANDIM, 2009.22)<br />

Considerando-se as contribuições originais apresentadas pelo<br />

danivinismo para elucidar as questões científicas a respeito da<br />

capacidade dos seres vivos de evoluir ao longo do tempo, é<br />

correto afirmar:<br />

01) Espécies são criadas a partir de uma geração espontânea e<br />

evoluem de forma linear na busca da adaptação.<br />

02) As mutações e recombinações aumentam a variabilidade<br />

genética das populações, favorecendo a ação da seleção<br />

natural.<br />

03) As informações contidas no DNA são expressas a partir<br />

dos processos de transcrição e tradução da informação<br />

genética.<br />

04) Os seres vivos apresentam uma evolução interligada a um<br />

passado evolutivo comum, formando uma grande árvore<br />

filogenética ramificada, que justifica a biodiversidade hoje<br />

existente no planeta.<br />

05) As espécies apresentam uma tendência evolutiva de<br />

aumento de complexidade ou perfeição das formas para<br />

ampliar a eficiência dos sistemas na realização de suas funções<br />

orgânicas.<br />

GENÉTICA DAS POPULAÇÕES<br />

Partindo do princípio de que o processo evolutivo se dá<br />

via seleção de características adaptativas e, sendo estas<br />

características determinadas geneticamente, facilmente<br />

conclui-se que o objeto da seleção natural são os genes.<br />

Assim, avaliar a frequência dos genes nas populações,<br />

significa, em última análise, quantificar as variações desses<br />

genes numa população. Logo, se ocorre redução ou aumento<br />

no número de genes, consequentemente, ocorre variação,<br />

também, no número de fenótipos. A essa variação no número<br />

de genes e ou fenótipos de uma população que denominamos,<br />

geneticamente, de evolução. Se, no entanto, as frequências<br />

gênicas de uma população se mantêm constante ao longo de<br />

um determinado período de tempo, dizemos que esta<br />

população não está em evolução, portanto, encontra-se em<br />

equilíbrio.<br />

O CÁLCULO DA FREQUÊNCIA GENOTÍPICA<br />

GÊNICA DE UMA POPULAÇÃO<br />

239


Considere os dados abaixo, sobre uma determinada<br />

população:<br />

Total de indivíduos.......................................2000<br />

Homozigotos dominantes (AA).....................1280<br />

Heterozigotos (Aa).........................................640<br />

Homozigotos recessivos( aa).........................80<br />

A partir dos dados obtemos, facilmente, a freqüência<br />

genotípica, dividindo o número de genótipos pelo número<br />

total de indivíduos:<br />

F(AA) = 1280 / 2000 = 0,64 64%<br />

F(Aa) = 640 / 2000 = 0.32 32%<br />

F(aa) = 80 / 2000 = 0,04 4%<br />

Semelhantemente, dividindo o número de cada tipo de genes<br />

da população pelo número total de seus genes, obtemos a<br />

freqüência gênica dessa população:<br />

1280 (AA) 2560 genes (A)<br />

640 (Aa) +640 genes (A)<br />

Total..........3200 genes (A)<br />

Como cada indivíduo tem dois genes, sendo o total de<br />

indivíduos 2000, o total de genes é de 2000 X 2 = 4000.<br />

Logo, a F(A) = 2800/4000 = 80%<br />

Então F(A) = 0.8<br />

Para o gene a, temos:<br />

640 (Aa) = 640 genes (a)<br />

80 (aa) = + 160 genes (a)<br />

Total......= 800 genes (a)<br />

Logo, a F(a) = 800 / 4000 = 20 %<br />

Então, a F(a) = 0,2<br />

Como estamos considerando a frequência dos genes<br />

isoladamente, perceba que a frequência dos genes equivale às<br />

frequências dos gametas dessa população. Assim, a<br />

frequência de espermatozóides ou de óvulos A é de 0,8,<br />

enquanto que os espermatozóides e óvulos a serão produzidos<br />

numa freqüência de 0,2. De posse desses dados, aplicando as<br />

regras de probabilidade, podemos prever os possíveis<br />

resultados para as próximas gerações:<br />

Qual a proporção de indivíduos AA, Aa e aa esperados nas<br />

próximas gerações?<br />

a) A probabilidade de nascimento de indivíduo AA depende<br />

do encontro espermatozóide A com o óvulo, também A.<br />

Logo: a probabilidade de AA = F(A) x F(A) ⇒AA = 0,8 x<br />

0,8 = 0,64;<br />

b) A probabilidade de nascimento de indivíduo Aa depende<br />

do encontro espermatozóide A com o óvulo a. Logo: a<br />

probabilidade de Aa = 2 x { F(A) X F(a)} ⇒ 2 x {0,8 x 0,2}=<br />

0,32<br />

Obs.: Multiplicas-se as frequências por 2, uma vez que o<br />

genótipo em questão pode se apresentar como Aa ou aA, a<br />

depender do tipo de gene que o gameta transporta.<br />

c) A probabilidade de nascimento de indivíduo aa depende<br />

do encontro espermatozóide a com o óvulo, também a. Logo:<br />

a probabilidade de aa = F(a) x F(a) ⇒aa = 0,2 x 0,2 = 0,04;<br />

Perceba que os resultados obtidos para a próxima geração<br />

refletiram àqueles obtidos na população original. A<br />

coincidência é explicada, partindo do princípio de não<br />

consideramos nenhum fator que pudesse alterar essas<br />

frequências.<br />

Os estudiosos Hardy e Weinberg, trabalhando de forma<br />

independente, construíram um modelo matemático,<br />

demonstrando que, satisfeitas certas condições, as proporções<br />

dos genes (dominantes e recessivos) nas populações tendem<br />

a se manter constantes ao longo das gerações. A essa<br />

constância denominamos de equilíbrio de Hardy- Weinberg.<br />

Estando em equilíbrio, as frequências genotípicas<br />

obedecem à distribuição binomial (p + q) 2 . Onde p<br />

representa o os genes dominantes e q os genes recessivos.<br />

Sendo as somas das frequências dos genes dominantes e<br />

recessivos igual a 1.<br />

Desenvolvendo o binômio teríamos: 1p 2 + 2pq + 1q 2 e<br />

representariam respectivamente as frequências dos genótipos<br />

AA, Aa e aa.<br />

Aplicação:<br />

Considere que numa população, a frequência dos genes A e a<br />

sejam, respectivamente 0.6 e 0.4, calcular as frequências<br />

genotípicas da população em questão.<br />

a) A frequência de AA equivale ao termo:<br />

p 2 = (0,6) 2 = 0,36.<br />

b) A frequência de Aa equivale ao termo:<br />

240


2pq = 2 x (0,6 x 0,4) = 0,48<br />

c) A frequência de aa equivale ao termo:<br />

q 2 = (0,4)2 = 0,16.<br />

CONDIÇÕES PARA QUE O EQUILLÍBRIO DE<br />

HARDY - WEINBERG SE ESTABELEÇA<br />

1) A população deve ser bastante grande para refletir as<br />

proporções estatísticas;<br />

2) A forma de reprodução da população deve ser do tipo<br />

sexuada e panmítica (os cruzamentos devem ser ao acaso,<br />

sem preferências sexuais, evitando-se a seleção sexual);<br />

3) Não devem ocorrer mutações nessa população;<br />

4) Os genes em questão (alelos) não devem estar sob pressão<br />

de seleção;<br />

5) Não devem ocorrer movimentos migratórios, uma vez que<br />

tais movimentos implicariam em entrada e saída de genes da<br />

população.<br />

Exercício<br />

01. (FAINOR) A frequência da fibrose cística, em certas<br />

populações, é de 1 para 2500 nascimentos. Sabendo que essa<br />

doença é autossômica recessiva e supondo que essa<br />

população encontra em equilíbrio gênico em relação a esses<br />

genes, a frequência de indivíduos heterozigotos nessa<br />

população será:<br />

a) 0.008<br />

b) 0.0004<br />

c) 0.0392<br />

d) 0.0196<br />

e) 0.0016<br />

02. (UESB) Uma população, cuja<br />

constituição genética para um<br />

caráter monogênico, pode ser<br />

simbolizada pela representação a<br />

seguir:<br />

Essa população caracteriza-se por apresentar freqüências<br />

gênicas e genotípicas que<br />

I. expressam a condição genética definida por p 2 +2pq+q 2 =<br />

1.<br />

II. refletem afastamento do equilíbrio de Hardy-Weinberg.<br />

III. revelam a ocorrência de um sistema de acasalamento<br />

preferencial.<br />

IV. atestam a influência de fatores evolutivos sobre essa<br />

população.<br />

01) Apenas a afirmativa I é verdadeira.<br />

02) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.<br />

03) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.<br />

04) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.<br />

05) Todas as afirmativas são verdadeiras.<br />

03. Em uma população composta de 100 mil indivíduos, 24<br />

mil apresentam o genótipo AA e 36 mil apresentam o<br />

genótipo aa. Com base nesses dados, é correto afirmar que a<br />

freqüência dos alelos A e a será respectivamente:<br />

a) 0,49 e 0,51<br />

b) 0,44 e 0,56<br />

c) 0,50 e 0,50<br />

d) 0,56 e 0,44<br />

e) 0,34 e 0,66<br />

04. (UESC) Considerando-se em uma população, em relação<br />

a um determinado locus, a estrutura genotípica p 2 +2pq +q 2<br />

=1, em que p - freqüência do alelo A é igual 0,7 e q -<br />

freqüência - a igual a 0,3, pode-se dizer que:<br />

a) p 2 é a expressão de todos os homozigotos.<br />

b) 2pq representa 50% da população.<br />

c) a freqüência de q 2 é igual a 0,6.<br />

d) os homozigotos dominantes representam 49% da<br />

população.<br />

e) a soma das freqüências de todos os genótipos pode ser<br />

maior do que 1.<br />

05. Possíveis efeitos<br />

da imigração sobre a<br />

dinâmica dos genes,<br />

em populações,<br />

podem ser deduzidos<br />

com base na análise da<br />

ilustração ao lado.<br />

Em relação ao<br />

processo ilustrado,<br />

pode-se afirmar:<br />

(01) As frequências gênicas da população da população<br />

receptora reproduzem aquelas do grupo imigrante.<br />

(02) Na ausência de fatores evolutivos após a imigração,<br />

mantém-se, na população a frequência de 64% de indivíduos<br />

com genótipo AA.<br />

(04) O acasalamento é requisito básico para constituição do<br />

novo pool gênico.<br />

(08) Cruzamentos preferenciais condicionam o afastamento<br />

do equilíbrio de Hardy-Weinberg, revelado na população.<br />

(16) A ocorrência de heterozigotos, na população indicada em<br />

II, resulta de mutação gênica recorrente.<br />

241


(32) O fluxo gênico tende a reduzir as diferenças<br />

interpopulacionais quanto aos seus conjuntos gênicos.<br />

06. O gráfico a seguir registra as alterações na freqüência do<br />

gene A, em uma população pequena, num determinado<br />

tempo. Pode-se, pois concluir que, ao final do tempo<br />

considerado, o alelo a:<br />

[a] estava num ambiente que lhe era favorável<br />

[b] foi eliminado da população.<br />

[c] foi favorecido pela seleção.<br />

[d] apresenta maior valor adaptativo.<br />

[e] mantinha a mesma frequência do seu alelo.<br />

07. Em uma população de Drosophila melanogaster mantida<br />

em laboratório durante mais ou menos 30 gerações,<br />

constataram-se as seguintes freqüências do gene mutante Bar<br />

e do seu alelomorfo selvagem:<br />

Perío<br />

do<br />

inicial<br />

36<br />

<strong>dias</strong><br />

278<br />

<strong>dias</strong><br />

Freqüências<br />

Selvage<br />

Bar<br />

m<br />

70,5<br />

%<br />

46,5<br />

%<br />

2,0<br />

%<br />

29,5%<br />

53,5%<br />

98,0%<br />

Considerando-se afastados erros experimentais, a análise<br />

desses resultados sugere que:<br />

[a] A população está em evolução.<br />

[b] Mantêm-se na população o equilíbrio de Hardyweimberg.<br />

[c] O mutante Bar apresentou maior valor adaptativo.<br />

[d] A população esteve isenta de fatores seletivos.<br />

[e] As freqüências fenotípicas permaneceram inalteradas<br />

08. A frequência de um gene recessivo a numa população<br />

panmítica em equilíbrio é de 0.25. A frequência de indivíduos<br />

homozigotos recessivos nessa população é de:<br />

09. Considere duas populações A e B, das quais foram<br />

destacadas as características a seguir:<br />

Apenas de posse dessas informações pode-se concluir:<br />

A B<br />

I Mutações<br />

Menos<br />

Freqüen<br />

te<br />

Mais<br />

Freqüent<br />

e<br />

II Tamanho Pequena Grande<br />

II<br />

I<br />

Ocorrência<br />

/Cruzamen<br />

tos<br />

Ao<br />

acaso<br />

Preferenc<br />

ial<br />

[a] A população A está em equilíbrio e a população B, não.<br />

[b] A população B obedece à lei de Hardy-Weimberg em<br />

relação às II e III.<br />

[c] A população A não obedece à lei de Hardy-Weimberg em<br />

relação às características I e III.<br />

[d] A população A não obedece à lei de Hardy-Weimberg em<br />

relação à característica II e a população B não obedece a ela<br />

em relação às características I e III.<br />

[e] A população B obedece à lei de Hardy-Weimberg em<br />

relação à característica III e a população A não obedece a ela<br />

em relação à característica I.<br />

10. Em certa população, as frequências dos alelos que<br />

determinam os grupos sangüíneos do sistema AB0 são as<br />

seguintes: i= 0.5 A = 0.3, B = 0.2. Para determinar esses<br />

valores, analisaram-se os tipos sangüíneos de uma amostra<br />

constituída por 303000 pessoas. A frequência de indivíduos<br />

de sangue AB e de sangue 0 nessa amostra foram:<br />

11. Deve-se a Hardy-Weimberg a seguinte proposição ou lei:<br />

[a] A ontogenia recapitula a filogenia.<br />

[b] Se o cruzamento se der ao acaso, se não ocorrerem<br />

mutações e se a população for considerável, a frequência dos<br />

genes numa população permanecerá constante de geração a<br />

geração.<br />

[c] “Omnis cellula ex cellula”.<br />

[d] Espécie é um conjunto de indivíduos nascidos uns dos<br />

outros e provindo de pais comuns , e de todos aqueles que a<br />

eles se assemelham, tanto quanto se parecem entre si.<br />

[e] N.D.A.<br />

12. O gene que determina grupo sanguíneo do tipo M não é<br />

dominante sobre o alelo que determina sangue do tipo N. O<br />

heterozigoto é MN. Em uma população, 36% dos indivíduos<br />

pertencem ao grupo M. As frequências esperadas para os<br />

indivíduos de sangue N e MN são, respectivamente.<br />

a) 16% e 48% b) 18% e 40%<br />

c) 40% e 36% d) 40% e 48% e) 72% e 36%<br />

13. Se considerarmos uma população de indivíduos que se<br />

reproduzem por fecundação cruzada, supondo que não esteja<br />

ocorrendo mutação ou seleção, as frequências dos alelos<br />

dominantes e recessivo de um par de genes:<br />

242


[a] Se fixarão, quando a frequência do alelo dominante for de<br />

100%.<br />

[b] Se fixarão, quando a frequência do alelo dominante for<br />

de75%.<br />

[c] Se fixarão, quando a frequência do alelo dominante for de<br />

50%.<br />

[d] Se manterão constante as mesmas, quaisquer que sejam<br />

seus valores.<br />

[e] Variarão ao acaso.<br />

14. Numa população em equilíbrio e suficientemente grande,<br />

onde os cruzamentos se processam ao acaso, verificou-se que<br />

existem 2000 indivíduos com incapacidade de enrolar a<br />

língua e 30000 com capacidade de enrolar a língua. Supondo<br />

que essa capacidade seja condicionada por um gene<br />

dominante, o número de heterozigotos na população será de<br />

aproximadamente:<br />

[a] 12.000<br />

[b] 16.000<br />

[c]45.000<br />

[d] 25.000<br />

[e] 8.000<br />

15.(Consultec) A fórmula (p+q)² = 1 expressa a Lei de<br />

Hardy-Weimberg, onde p indica frequência de genes<br />

dominantes e q, de genes recessivos. Conclui-se que a<br />

frequência total dos genes existentes numa população em<br />

equilíbrio é igual a:<br />

a) 1 b) 2 c) 2pq d) 2pq² e) p² q²<br />

16. Sabendo-se que o albinismo é a ausência de pigmentação<br />

da pele causada por um gene autossômico recessivo, qual a<br />

frequência esperada de indivíduos fenotipicamente normais<br />

que podem ter um filho albino, numa população em que 4%<br />

apresentam a doença?<br />

17. Um homem tem a capacidade de dobrar a língua,<br />

qualidade ausente no seu pai e na mulher com quem se casou.<br />

Qual a probabilidade de nascimento de filhos que vão<br />

apresentar a capacidade de dobrar a língua?<br />

[a] 0% [b] 25% [c] 50% [d] 75% [e] 100%<br />

18. Sobre as diversas raças de cães, pode-se dizer que<br />

pertencem:<br />

[a] Todas a uma mesma espécie, originada pela hibridação de<br />

espécies ancestrais diferentes.<br />

[b] A diferentes espécies, originadas de uma mesma espécie<br />

ancestral.<br />

[c] A três espécies diferentes, que englobam, respectivamente,<br />

os cães de porte grande, médio e pequenos.<br />

[d] Uma única espécie, cuja diversificação em raças ocorreu<br />

pela seleção artificial.<br />

[e] A categorias taxionômicas que ainda não estão definidas.<br />

19. Assinale a alternativa correta:<br />

[a] Espécies distintas normalmente não se intercruzam e<br />

quando o fazem, frequentemente produzem híbridos inviáveis<br />

ou estéreis.<br />

[b] Espécies distintas trocam genes entre si e podem constituir<br />

uma única população.<br />

[c] As raças se originam sem que haja isolamento geográfico<br />

entre as populações.<br />

[d] Duas populações de uma mesma espécie originam<br />

espécies diferentes apenas quando vivem em uma mesma<br />

área geográfica.<br />

[e] O isolamento geográfico entre duas populações de uma<br />

mesma espécie conduz, necessariamente à formação de<br />

espécies distintas.<br />

20. Vamos supor duas espécies bem semelhantes, vivendo<br />

numa mesma área: uma delas (A) é geneticamente<br />

homogênea e a outra (B) é geneticamente polimórfica. As<br />

condições ambientais poderão permanecer constantes (C) ou<br />

apresentar grandes flutuações (F). Das afirmativas abaixo<br />

assinale a que está correta em relação à situação acima<br />

descrita.<br />

[a] A e B são igualmente bem sucedidas tanto em C quanto<br />

em F.<br />

[b] A e B são melhores em F do que em C.<br />

[c] A e B são piores em F do que em C.<br />

[d] A é melhor sucedida em C e B em F.<br />

[e] A é melhor sucedida em F e B em C.<br />

21. O diagrama esquematiza, em estágios, o processo<br />

evolutivo que deu origem às populações W e Z, a partir de X.<br />

No estágio 3, quando a população X,<br />

dividida, passa a ocupar ambientes<br />

diferentes, sofre primeiramente a ação:<br />

a) Mutação.<br />

b) Da seleção natural<br />

c) Da seleção sexual<br />

d) Da recombinação gênica.<br />

e) Do isolamento reprodutivo.<br />

22. Considerar o seguinte: A espécie A apresenta-se com<br />

duas raças: A1 e A2, que vivem, respectivamente, nos<br />

ambientes a1 e a2, diferentes entre si e perfeitamente isolados.<br />

Pode dizer corretamente que a formação de A1 e A2:<br />

[a] Corresponde ao estágio final da evolução de A.<br />

[b] Corresponde a um estágio muito mais evoluído de A.<br />

243


[c] Nas condições em que estão, corresponde a um estágio<br />

inicial da formação de espécies novas.<br />

[d] Indica que A é a espécie humana.<br />

[e] Indica que A não pode ser a espécie humana.<br />

23. A1 e A2, referidas na questão anterior:<br />

[a] Apresentam as mesmas frequências gênicas.<br />

[b] Deslocadas para um mesmo ambiente tornar-se-ão<br />

espécies diferentes.<br />

[c] Evoluirão num mesmo sentido e com a mesma velocidade.<br />

[d] Persistindo no seu isolamento, tenderão a tornar-se<br />

espécies novas e diferentes.<br />

[e] Mais cedo ou mais tarde se igualarão, deixando de ser<br />

raças diferentes.<br />

24. O cruzamento entre indivíduos de uma população A com<br />

indivíduos de uma população B produz híbridos estéreis; da<br />

população A com a população C, produz indivíduos viáveis<br />

e de B com C, não produz descendentes. Face a esses<br />

resultados, podemos concluir:<br />

[a] A é uma espécie e B e C, de outra.<br />

[b] A, B e C são da mesma espécie.<br />

[c] A, B e C são de três espécies distintas.<br />

[d] A e B são da mesma espécie e C, de outra.<br />

[e] A e C constituem uma espécie e B, outra.<br />

A respeito dos eventos que determinam e modelam o poder<br />

adaptativo das espécies ao longo do tempo evolutivo, é correto<br />

afirmar:<br />

01) As aves desenvolveram as asas para permitir o voo como<br />

uma adaptação plena ao ambiente terrestre.<br />

02) Quanto maior for a variabilidade genética de uma<br />

população, menor será a capacidade de ação da seleção natural<br />

ao longo do processo evolutivo.<br />

03) Espécies de reprodução sexuada utilizam as<br />

recombinações gênicas para gerar novas características<br />

genéticas que impulsionam o seu potencial adaptativo.<br />

04) As mutações são eventos geradores de características que<br />

podem favorecer a sobrevivência de determinados organismos<br />

a partir da ação da seleção natural.<br />

05) Características obtidas ao longo da vida devem ser<br />

transferidas aos descendentes a partir da herança dos<br />

caracteres adquiridos.<br />

27. O processo evolutivo normalmente envolve dois<br />

mecanismos de especiação: a anagênese e a cladogênese.<br />

Esses dois mecanismos estão representados na ilustração<br />

abaixo.<br />

25. Na etapa II, o processo que se<br />

evidencia, condicionando a<br />

formação de um novo banco de<br />

genes é:<br />

[a] A ocorrência de mutações não<br />

adaptativas.<br />

[b] O isolamento reprodutivo das populações a, b e c.<br />

[c] O aumento das variações genéticas das populações a, b e<br />

c.<br />

[d] O isolamento geográfico de um grupo de indivíduos.<br />

[e] A extinção de uma parte da população.<br />

Questões 26 a 28 UESB -2013<br />

26. O termo adaptação possui dois significados em biologia<br />

evolutiva. O primeiro refere-se a características que<br />

aumentam a sobrevivência e o sucesso reprodutivo dos<br />

indivíduos que as possuem. Por exemplo, acredita-se que as<br />

asas são adaptações que favoreceram o voo, a teia de uma<br />

aranha é uma adaptação que favorece a captura de insetos<br />

voadores e assim por diante.<br />

O segundo significado refere-se ao processo pelo qual essas<br />

características são adquiridas - ou seja, os mecanismos<br />

evolutivos que as produzem.<br />

(PURVES; ORIANS; HELLER, 2006, p. 395).<br />

É correto afirmar:<br />

01) Durante a cladogênese, uma população vai lentamente se<br />

adaptando a modificações ambientais, de tal forma que a<br />

população final é tão diferente da inicial, que pode ser<br />

considerada uma outra espécie.<br />

02) A anagênese é associada a um processo macroevolutivo<br />

por produzir alterações que justificam uma irradiação<br />

adaptativa.<br />

03) Modificações adaptativas presentes ao longo da evolução<br />

de uma mesma linhagem filogenética caracterizam os<br />

processos cladogênicos na formação de novas espécies.<br />

04) O isolamento geográfico é a principal causa, ao longo da<br />

evolução de uma espécie, da ocorrência de um processo<br />

especiativo por anagênese.<br />

244


05) A cladogênese compreende a ramificação filogenética em<br />

uma linha evolutiva, ocasionando a ruptura na coesão de uma<br />

população durante o processo de especiação.<br />

28. É importante ressaltar que Charles Danwin não tirou suas<br />

ideias do nada, ou da queda de uma maçã. Ele estava<br />

intensamente comprometido com as ideias sobre o mundo<br />

que eram vigentes em sua época. Além disso, era um jovem<br />

muito interessado em ideias, principalmente as que<br />

explicavam os padrões da diversidade da vida na Terra. Dessa<br />

forma, Danwin não passou por um momento de revelação, ou<br />

de arroubo criativo, mas por um longo período de reflexão<br />

(criativa) e questionamentos. Ele teve perseverança para<br />

obter respostas, e algumas boas respostas, para fenômenos<br />

que não faziam sentido na visão de seu tempo. As boas<br />

respostas, para Darwin eram aquelas que se conformavam ao<br />

maior número possível de fatos observados. (LANDIM,<br />

2009.22)<br />

Considerando-se as contribuições originais apresentadas pelo<br />

danivinismo para elucidar as questões científicas a respeito<br />

da capacidade dos seres vivos de evoluir ao longo do tempo,<br />

é correto afirmar:<br />

01) Espécies são criadas a partir de uma geração espontânea<br />

e evoluem de forma linear na busca da adaptação.<br />

02) As mutações e recombinações aumentam a variabilidade<br />

genética das populações, favorecendo a ação da seleção<br />

natural.<br />

03) As informações contidas no DNA são expressas a partir<br />

dos processos de transcrição e tradução da informação<br />

genética.<br />

04) Os seres vivos apresentam uma evolução interligada a um<br />

passado evolutivo comum, formando uma grande árvore<br />

filogenética ramificada, que justifica a biodiversidade hoje<br />

existente no planeta.<br />

05) As espécies apresentam uma tendência evolutiva de<br />

aumento de complexidade ou perfeição das formas para<br />

ampliar a eficiência dos sistemas na realização de suas funções<br />

orgânicas.<br />

30.(UESB-2013) É imperioso superar igualmente todo<br />

antropocentrismo. Não se trata egoisticamente de garantir a<br />

vida humana,descurando a corrente e a comunidade de vida,<br />

da qual nós somos um elo e uma parte, a parte consciente,<br />

responsável, ética e espiritual. A sustentabilidade<br />

permanecerá apenas discurso, quando a realidade nos urge à<br />

efetivação rápida e eficiente da sustentabilidade, a preço de<br />

perdermos nosso lugar pequeno e belo planeta, a única casa<br />

comum que temos pra morar. (BOFF, 2012, p.65).<br />

A respeito da importância do estabelecimento de um<br />

desenvolvimento sustentável na manutenção de uma<br />

habitabilidade do planeta Terra como uma casa comum aos<br />

organismos que aqui coexistem, é correto afirmar:<br />

01) A sustentabilidade se baseia na preservação total e<br />

irrestrita dos recursos da natureza para que as outras espécies<br />

possam desfrutá-los sem prejuízo para gerações futuras.<br />

02) A sustentabilidade permanecerá como um conceito<br />

teórico enquanto as ações humanas produzirem efeitos<br />

prejudiciais ao planeta, reduzindo as oportunidades de vida<br />

das populações no futuro.<br />

03) A presença de uma consciência humana em relação a sua<br />

existência nos faz menos responsáveis pelo destino do planeta<br />

em relação aos seus outros ocupantes.<br />

04) A manutenção da vida existente no planeta depende de<br />

uma nova postura humana no caminho da sustentabilidade<br />

através de uma visão antropocêntrica em relação aos outros<br />

habitantes da casa comum planetária.<br />

05) O antropocentrismo recoloca o homem como espécie<br />

central na enorme teia da vida existente no planeta,<br />

favorecendo ações que visam diminuir o impacto da<br />

humanidade sobre a natureza.<br />

29.(UNIT – 2013- I SEM) Considere uma população<br />

hipotética — de tamanho grande, isenta de pressões seletivas<br />

e os acasalamentos ocorrendo ao acaso — em que a frequência<br />

do alelo A é 0,8. Sob essas condições, as frequências do alelo<br />

a e dos indivíduos homozigotos para esse alelo são,<br />

respectivamente,<br />

a) 0,8 e 0,64<br />

b) 0,8 e 0,32<br />

c) 0,4 e 0,16<br />

d) 0,2 e 0,40<br />

e) 0,2 e 0,04<br />

245


Quando classificamos os seres vivos em suas diversas<br />

categorias, consideramos diversos aspectos associados ao<br />

seu padrão de organização - simetria, desenvolvimento<br />

embrionário - formação de tecidos, anexos embrionários e<br />

cavidades corporais, bem como os tipos de sistemas<br />

fisiológicos. Assim, torna-se necessário uma abordagem<br />

geral desses aspectos.<br />

SIMETRIA<br />

Se imaginarmos, em determinado animal ou estrutura,<br />

um corte que passe pelo centro do corpo - eixo de simetria,<br />

podemos, em alguns casos, obter partes que se equivalem.<br />

Quando assim acontece, dizemos que o referido animal e/ou<br />

estrutura apresentam simetria. Assim, em relação à simetria<br />

podemos considerar organismos: assimétricos e animais<br />

com simetria. Em se tratando dos animais com simetria<br />

podemos destacar dois tipos: simetria bilateral e simetria<br />

radial, conforme os esquemas que seguem.<br />

celular ou gerar, quando separados, em úteros devidamente<br />

preparados, diversos indivíduos idênticos (clones).<br />

Blástula<br />

Após as segmentações produzirem um considerável<br />

número de células, começa a se formar, no interior da<br />

mórula, uma cavidade interna - a blastocela. Essa cavidade<br />

é delimitada por uma camada de células denominada de<br />

blastoderma. É essa estrutura que denominamos de<br />

blástula e, sob essa forma, ocorre o fenômeno da nidação -<br />

implantação do "embrião" no útero. A blástula humana é<br />

denominada de blastocisto.<br />

Gástrula<br />

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO<br />

Consideramos que o desenvolvimento embrionário<br />

inicia-se com a fecundação. Após a ocorrência desse<br />

fenômeno, forma-se uma primeira célula diplóide com<br />

potencial de originar qualquer um dos diversos tipos<br />

celulares - a célula ovo ou zigoto. Imediatamente à<br />

formação do zigoto, a célula ovo passará por uma série de<br />

divisões mitóticas - segmentações ou clivagens - que<br />

produzirá o grande número de células necessárias à<br />

estruturação do organismo.<br />

A certa altura, determinada região do blastoderma por<br />

processo de invaginação dobra-se para o interior da<br />

blastocela encontrando-se com a camada oposta de células<br />

da blástula. Esse novo arranjo de células denomina-se<br />

gástrula. Durante esse primeiro estágio da gástrula<br />

observamos a formação de dois folhetos embrionários:<br />

ectoderma (externo) e endoderma (interno). A gástrula<br />

apresenta no seu interior uma cavidade denominada de<br />

arquênteron que apresenta em um dos pólos uma abertura<br />

denominada blastóporo. O arquênteron, ao longo do<br />

desenvolvimento embrionário originará o tubo digestório,<br />

enquanto que o blastóporo, a depender da espécie, pode<br />

originar a boca ou o ânus. Animais cujo blastóporo origina<br />

a boca são denominados de protostômios; os animais em<br />

que o blastóporo origina o ânus são denominados de<br />

deuterostômios.<br />

Durante as segmentações observamos diversos estágios<br />

de desenvolvimento, a saber: mórula, blástula, gástrula<br />

(histogênese) e organogênese.<br />

Mórula<br />

246<br />

Com a ocorrência de sucessivas mitoses, é formada uma<br />

bola maciça de células que denominamos de blástula. Cada<br />

uma dessas células - blastômeros - são totipotentes, ou seja:<br />

podem, por especialização, originar qualquer outro tipo<br />

Num estágio mais avançado surge, entre o ectoderma e<br />

o endoderma, o terceiro folheto embrionário - o


mesoderma. O mesoderma pode ou não delimitar as<br />

cavidades pseudoceloma e celoma. Com base na existência<br />

ou não dessas cavidades, podemos classificar os animais em<br />

acelomados, pseudocelomados e acelomados. A presença<br />

de uma verdadeira cavidade celomática, contendo um<br />

líquido em seu interior, funciona como um esqueleto<br />

hidrostático. Funciona ainda como um "sistema"<br />

rudimentar para a circulação de nutrientes e deposição de<br />

excretas e gametas. É no celoma que os órgãos internos se<br />

alojam.<br />

- Surge a partir da camada mais externa de células do<br />

embrião – o trofoblasto. Parte dele(o córion frondoso)<br />

originará, nos mamíferos, a placenta.<br />

Placenta<br />

- Trocas gasosas entre o feto e a mãe.<br />

- Produção de hormônios (progesterona) criando um estado<br />

de indiferença imunológica entre o organismo materno e o<br />

feto.<br />

- Trocas nutritivas e metabólicas.<br />

- Imunidade temporária contra as doenças de infância<br />

(sarampo, caxumba, catapora, coqueluche) e outras<br />

infecções que a mãe já tenha contraído anteriormente.<br />

Cordão umbilical<br />

- Possibilita a comunicação entre o feto e o organismo<br />

materno.<br />

- Possui três grossos vasos: uma veia que conduz sangue<br />

arterial e duas artérias que conduz sangue venoso.<br />

Descídua - Membrana de proteção mantém-se indistinta<br />

do córion e do âmnio.<br />

Os animais, em função do número de folhetos<br />

embrionários, podem ser classificados em dois grupos:<br />

diblásticos - apresentam dois folhetos embrionários<br />

(ectoderma e endoderma); triblásticos - apresentam os três<br />

folhetos embrionários (ectoderma, endoderma e<br />

mesoderma).<br />

ANEXOS EMBRIONÁRIOS<br />

Durante o desenvolvimento de alguns animais<br />

vertebrados desenvolvem estruturas que equivalem,<br />

funcionalmente, aos órgãos que ainda estão em formação.<br />

A essas estruturas em seu conjunto denominamos de anexos<br />

embrionários. São eles:<br />

Saco vitelínico (Vesícula vitelínica)<br />

- Armazena substâncias nutritivas para o embrião.<br />

- É típica de animais cujo embrião não está conectado -<br />

diretamente ao organismo materno (cordão umbilical)<br />

- Nos mamíferos ele é atrofiado. (somos vivíparos)<br />

Âmnio (bolsa amniótica) - Membrana em forma de bolsa<br />

que envolve o embrião. Está repleta de líquido amniótico.<br />

Esse líquido protege o embrião contra micróbios e choques<br />

mecânicos.<br />

- Durante a evolução possibilitou a libertação dos<br />

vertebrados do meio aquático.<br />

Alantóide<br />

- Trocas gasosas com o meio e o ovo (através da casca).<br />

- Acumula os excretos nitrogenados.<br />

- Nutrição – transporta cálcio da casca do ovo para o<br />

embrião.<br />

Córion - Membrana externa ao âmnio<br />

Tabela da ocorrência dos anexos nos vertebrados<br />

ANIMAIS<br />

ANEXOS EMBRIONÁRIOS<br />

Peixes V - - - - - -<br />

Anfíbios V - - - - - -<br />

Répteis V ÂM AL CN - - -<br />

Aves V ÂM AL CN - - -<br />

Mamíferos V ÂM AL CN PL CU DE<br />

V = vesícula vitelínica CN= córion AM = âmnio<br />

PL = placenta AL = alantóide CU = cordão umbilical<br />

E = decídua<br />

SISTEMAS DIGESTÓRIOS E TIPOS DE<br />

DIGESTÃO<br />

O sistema digestório tem como função, a quebra de<br />

grandes moléculas em moléculas menores, tendo como<br />

propósito a absorção. Entre os diversos filos animais<br />

podemos observar três tipos de digestão: intracelular,<br />

extracelular e extracorpórea. A digestão intracelular é<br />

típica de organismos que não possuem sistema digestório<br />

ou que possuem estruturas rudimentares para realizar os<br />

processos digestórios. Nesses casos, as partículas<br />

absorvidas são degradadas por ação dos lisossomos no<br />

interior das células. Ocorre em unicelulares, poríferos e<br />

celenterados.<br />

Nos animais que possuem cavidade digestiva ou tubo<br />

digestório, o processo digestivo ocorre no seu interior,<br />

portanto, fora das células, daí a designação de extracelular.<br />

Os fungos, heterótrofos decompositores, eliminam<br />

enzimas digestivas sobre a matéria morta e, a degradação<br />

química dessa matéria ocorrendo fora do fungo, caracteriza<br />

a digestão extracorpórea. Posteriormente, o material<br />

digerido é absorvido. As aranhas e algumas larvas de<br />

insetos também realizam esse tipo de digestão.<br />

Quanto à presença do tubo digestório podemos observar<br />

dois tipos: tubo digestório incompleto e tubo digestório<br />

247


248<br />

completo. No primeiro caso, observamos uma única<br />

abertura para entrada de alimentos e a eliminação dos<br />

resíduos – no segundo caso, o tubo digestório apresenta uma<br />

abertura para ingestão de alimento (boca) e outra para a<br />

eliminação dos resíduos (ânus).<br />

SISTEMAS CIRCULATÓRIOS<br />

Encarregado de distribuir os nutrientes absorvidos<br />

durante a digestão, nos animais que apresentam tal sistema,<br />

pode ocorrer o sistema aberto (lacunoso) ou o sistema<br />

circulatório fechado (simples ou duplo).<br />

Na circulação aberta, o sangue circula temporariamente<br />

no interior dos vasos e, a certa altura, é lançado na cavidade<br />

celomática, onde por difusão, os nutrientes são distribuídos<br />

para as células. Quando da circulação fechada, o sangue<br />

não sai dos vasos sanguíneos e as substâncias transitam do<br />

sangue para ás células por mecanismos especiais transporte.<br />

Quando a circulação fechada realiza um único percurso<br />

(corpo coração brânquia corpo) dizemos que a<br />

mesma é do tipo simples(peixes). Quando a circulação<br />

realiza dois percursos (corpo coração pulmão/<br />

pulmão oração corpo) é dita dupla (anfíbios, répteis,<br />

aves e mamíferos. Quanto aos tipos de corações, tricavídico<br />

(3 cavidades – anfíbios e maioria dos répteis) ou<br />

tetracavídico (4 cavidades – aves, mamíferos e répteis<br />

superiores), considera-se os tipos de circulação,<br />

respectivamente, incompleta ou completa. Na circulação<br />

incompleta ocorre mistura de sangue arterial com sangue<br />

venoso, fato que não observado na circulação completa.<br />

Nos répteis superiores, apesar de existir coração de 4<br />

cavidades, a mistura de sangue continua ocorrendo, no<br />

entanto tal mistura se dá entre a artéria pulmonar e os arcos<br />

aórticos, numa ponte denominada de forâmen de Panizza.<br />

SISTEMAS RESPIRATÓRIOS<br />

São os sistemas responsáveis pelas trocas gasosas.<br />

Difusão direta: característica de organismos que não<br />

possuem sistema respiratório. As trocas gasosas ocorrem<br />

por difusão direta. Ex.: unicelulares, poríferos,<br />

celenterados, vermes, equinodermos etc.<br />

Cutânea direta: quando as trocas se realizam entre o meio<br />

e a pele do animal, sendo que os gases vão direto para as<br />

células. Ex.: platelmintos<br />

Cutânea indireta: as trocas gasosas são realizadas ao nível<br />

da pele, mas os gases entram na circulação sanguínea e,<br />

posteriormente, é transportado para as células. Ex.:<br />

anelídeos e anfíbios<br />

Traqueal: caracteriza-se por um conjunto de canais onde<br />

há uma intensa circulação de ar. É ao nível destes canais que<br />

ocorrem as trocas gasosas. Os animais que realizam<br />

respiração do tipo traqueal, o sangue por não transportar<br />

gases, não apresentam pigmentação. Ex.: insetos,<br />

aracnídeos etc.<br />

Branquial: tipo de respiração que se caracteriza pela<br />

retirada de oxigênio dissolvido na água. É um tipo de<br />

respiração predominante em alguns organismos aquáticos.<br />

O órgão responsável pelas trocas gasosas é denominado de<br />

brânquias ou guelras. Ex.: anelídeos, crustáceos,<br />

equinodermos, peixes etc.<br />

Pulmonar: as trocas gasosas ocorrem ao nível de duas<br />

bolsas infláveis denominadas de pulmões. Uma vez<br />

ocorrida as trocas, os gases, via corrente sanguínea, são<br />

levados até as células.<br />

SISTEMAS EXCRETORES<br />

Os animais podem ser classificados, também, considerando<br />

o tipo de excreção nitrogenada a saber:<br />

Amoniotélicos: eliminam predominantemente amônia.<br />

Geralmente são animais aquáticos, portanto, não precisam<br />

economizar água. Ex.: celenterados, moluscos, anelídeos<br />

crustáceos equinodermos.<br />

Ureotélicos: eliminam predominantemente uréia. Ex.:<br />

alguns moluscos, anfíbios, répteis (quelônios), peixes<br />

cartilaginosos e mamíferos.<br />

Uricotélicos: eliminam o menos solúvel dos excretas<br />

nitrogenados – o ácido úrico – sob a forma de cristais. Ex.:<br />

Insetos, répteis e aves.<br />

Dentre as estrutura excretoras mais frequentes<br />

encontram-se as células flama, túbulos de Malpighi,<br />

nefrídios e rins.<br />

Células flama: essas estruturas são conectadas a<br />

canalículos que convergem para poros na superfície do<br />

corpo onde são que eliminam os excretas. Cada célula<br />

flama possui um conjunto de flagelos que, com os seus<br />

batimentos, impele a solução excretora para os canalículos.<br />

Ex.: platelmintos.<br />

Nefrídios: Em cada anel do corpo encontramos um par<br />

dessas estruturas. Numa das extremidades, uma abertura em<br />

forma de funil e ornada de cílios - a nefróstoma, voltada<br />

para a cavidade celomática, recolhe os resíduos<br />

nitrogenados, que, ao atravessar o canal do nefrídio,<br />

desemboca no poro excretor - extremidade oposta - voltada<br />

para o meio externo, por onde os excretas serão eliminados.<br />

Ex.: anelídeos e moluscos.


Ovovivíparos: possuem fecundação e desenvolvimento<br />

interno, porém, o embrião desenvolve-se dentro de um ovo<br />

– independente da nutrição materna. Quando a fêmea põe<br />

os ovos, neste já se encontram indivíduos completamente<br />

formados. Ex.: tubarões, lagartos e algumas serpentes.<br />

Túbulos de Malpighi: são pequenos túbulos que se<br />

dispõem em torno do tubo digestório onde eliminam o ácido<br />

úrico que é, simultaneamente expulso com as fezes. Ex.:<br />

insetos.<br />

Marsupiais: animais de fecundação e desenvolvimento<br />

interno. No entanto, parte do desenvolvimento ocorre no<br />

interior do útero e, posteriormente, o pequeno embrião<br />

migra dessa cavidade para o interior de uma bolsa – o<br />

marsúpio, onde completará o desenvolvimento. Ex.:<br />

cangurus, coalas e gambás.<br />

Vivíparos: nesses animais a fecundação e o<br />

desenvolvimento são internos e o embrião depende do<br />

organismo materno para se nutrir. A nutrição ocorre através<br />

da conexão entre o feto e o organismo materno via placenta<br />

e do cordão umbilical. Ex.: mamíferos, exceto os<br />

monotremados e marsupiais.<br />

OS SISTEMAS NERVOSOS<br />

Rins: são estruturas complexas que concentram milhares de<br />

unidades filtradoras denominadas de néfrons. São estruturas<br />

típicas dos vertebrados.<br />

SISTEMAS REPRODUTORES<br />

São os sistemas que apresentam grande diversidade em<br />

estruturas reprodutoras, no entanto, para efeito de<br />

classificação a importância maior está relacionada com as<br />

formas assexuadas e sexuadas. Na reprodução assexuada<br />

não ocorre participação de gametas e os indivíduos<br />

resultantes apresentam baixa variabilidade genética e são<br />

clones dos seus genitores. A variabilidade, quando ocorre,<br />

depende exclusivamente das mutações. Tipos: bipartição,<br />

brotamento, regeneração esporulação etc. A reprodução<br />

sexuada se caracteriza pelo fato de haver participação de<br />

gametas e/ou troca de material genético. Possibilita grande<br />

variabilidade genética decorrente dos processos de<br />

mutação, recombinação e fecundação.<br />

Quanto aos tipos de fecundação e desenvolvimento<br />

podemos classificar os organismos em ovulíparos,<br />

ovíviparos, ovo-vivíparos, marsupias e vivíparos.<br />

Ovulíparos: são animais que eliminam ovos na água,<br />

portanto, de fecundação e desenvolvimento externo cujos<br />

filhotes sobrevivem às custas das reservas nutritivas do ovo.<br />

Ex.: peixes e anfíbios.<br />

Ovíparos: são animais de fecundação interna, no entanto,<br />

as fêmeas põem ovos com embriões que completarão o<br />

desenvolvimento fora do organismo materno e dependente<br />

das reservas do ovo. Ex. insetos, a maioria dos répteis, aves<br />

e alguns mamíferos (monotremados = ornitorrinco e<br />

équidna).<br />

A tendência evolutiva dos sistemas nervosos se deu no<br />

sentido da centralização (formação de um sistema<br />

controlador centralizado), cefalização (formação de centro<br />

processador – encéfalo) e dorsalização (posição dorsal dos<br />

vertebrados em relação à ventral dos invertebrados).<br />

Assim, consideraremos três tipos: o sistema nervoso difuso,<br />

o ganglionar e o centralizado.<br />

O sistema nervos difuso consiste numa malha de neurônios<br />

espalhada por todo o organismo, sem nenhum centro<br />

processador. O estímulo se difunde ao longo dessa malha,<br />

fugindo do centro onde ele foi aplicado para as demais<br />

regiões do corpo. Ex.: celenterados.<br />

249


No sistema nervoso ganglionar observa-se centros<br />

processadores, que são aglomerados de corpos celulares de<br />

neurônios denominados de<br />

gânglios. Geralmente esses<br />

gânglios estão distribuídos aos<br />

pares nos segmentos<br />

(metâmeros) dos invertebrados.<br />

Como não se trata de um<br />

sistema centralizado, os<br />

segmentos portadores de pares<br />

de gânglios apresentam uma<br />

relativa autonomia em relação<br />

às demais partes do corpo. Nos<br />

animais de sistema ganglionar<br />

podemos constatar a tendência evolutiva de formação de um<br />

sistema nervoso centralizado. Tal evidência desta tendência<br />

consiste na presença, na região anterior do corpo (cabeça),<br />

de relativa quantidade de neurônios concentrados formando<br />

‘”organóides” denominados de gânglios cerebróides. Ex.:<br />

artrópodos e anelídeos.<br />

METAMERIA OU SEGMETAÇÃO DO CORPO<br />

Ao longo do processo evolutivo, alguns animais<br />

passaram a apresentar divisões (iguais ou semelhantes) que<br />

se repetem ao longo do comprimento do corpo. Esses<br />

segmentos possibilitaram uma melhor flexibilidade do<br />

corpo e uma boa diversidade de movimentos. Esses<br />

segmentos são denominados de metâmeros. A metameria é<br />

bem evidenciada em anelídeos e artrópodos. Nos humanos,<br />

essa metameria é vestigial e pode ser constatada, sobretudo<br />

na musculatura torácica masculina. Outro bom exemplo<br />

trata-se da coluna vertebral que apresenta metâmeros que se<br />

repetem – as vértebras.<br />

250<br />

Os sistemas<br />

nervosos<br />

centralizados, típicos<br />

dos vertebrados,<br />

apresenta maior<br />

desenvolvimento nos<br />

mamíferos, sendo<br />

dividido em três tipos<br />

funcionais básicos:<br />

sistema nervoso<br />

central (SNC =<br />

constituído de<br />

encéfalo e medula nervosa),<br />

sistema nervoso<br />

periférico (SNP =<br />

constituído de nervos<br />

e gânglios nervosos) e<br />

sistema nervoso<br />

autônomo ou<br />

vegetativo (SNA = constituído de cordões nervosos e<br />

gânglios).<br />

Como o nome sugere, o SNC é o centro para onde os<br />

estímulos periféricos devem ser enviados e, na maioria das<br />

vezes é a região de onde partem as respostas dadas aos<br />

estímulos. O SNP é responsável por captar, transmitir e<br />

responder aos estímulos periféricos sob “ordem” do sistema<br />

nervoso central. É o SNP que faz a ligação entre o meio<br />

externo e o SNC. O SNA é encarregado de controlar as<br />

atividades vegetativas. Sua atividade trata-se de uma<br />

espécie de automatização no controle das atividades<br />

fisiológicas que não precisam, necessariamente, estarem<br />

sob a tutela, a todo instante, dos SNC.<br />

METABOLISMO E TEMPERATURA CORPORAL<br />

Quando consideramos a capacidade dos animais<br />

controlarem a temperatura interna corporal, destacamos<br />

dois grupos: os animais pecilotermos ou ectodérmicos e os<br />

homeotermos ou endotermos.<br />

São ditos pecilotermos ou ectotérmicos, animais cuja<br />

temperatura interna varia de acordo com as flutuações<br />

térmicas ambientais. Ao contrário, aqueles animais que<br />

conseguem manter a temperatura interna constante, são<br />

ditos homeotermos ou endotérmicos. São pecilotermos os<br />

invertebrados, peixes, anfíbios e répteis. Entre os<br />

homeotermos estão as aves e os mamíferos. A homeotermia<br />

se consolidou como uma aquisição de grande valor<br />

adaptativo, fato que possibilitou a grande dispersão doa<br />

aves e mamíferos nos mais variados ecossistemas.<br />

Exercícios<br />

01. (UESB-2009-2) O cladograma ilustra uma provável<br />

filogenia do grupo animal dos deuterostomados.


Assinale a alternativa correta:<br />

A partir da análise dessa ilustração e do conhecimento atual<br />

acerca da evolução dos grupos animais, pode-se afirmar:<br />

01) A presença de notorcorda e coluna vertebral é uma<br />

característica comum a todos os organismos cordatos.<br />

02) Todos os organismos do grupo Cephalochordata<br />

apresentam notorcorda, simetria bilateral e fendas<br />

faringeanas.<br />

03) Os deuterostomados fazem parte do grupo de maior<br />

representatividade e diversidade do Reino Metazoa.<br />

04) A presença, na fase embrionária, de um blastóporo que<br />

dá origem à boca é a principal característica que define o<br />

grupo dos deuterostomados.<br />

05) O grupo Echinodermata, devido à presença de uma<br />

simetria radial e à ausência de um sistema nervoso, é<br />

classificado como organismo primitivo próximo,<br />

filogeneticamente, aos cnidários.<br />

02. O esquema representa uma gástrula<br />

jovem.<br />

Se a região indicada pela seta se<br />

diferenciar em boca, pode-se afirmar que<br />

o embrião em desenvolvimento não<br />

pertence ao grupo dos:<br />

a) platelmintos. b) anelídeos. c) moluscos.<br />

d) artrópodos. e) cordados.<br />

03.(CESCEM) Considerando-se somente o alantóide e o<br />

âmnio dos embriões de galinha e humanos, a função de reter<br />

resíduos nitrogenados sólidos, não-difusíveis, é<br />

normalmente executada apenas pelo:<br />

a) alantóide do embrião de galinha.<br />

b) alantóide do embrião humano.<br />

c) âmnio do embrião humano.<br />

d) âmnio do embrião humano.<br />

e) âmnio do embrião de galinha e alantóide do embrião<br />

humano<br />

04. (PUC) Os esquemas abaixo devem ser utilizados para<br />

responder às questões de números 3 e 4.<br />

a) I representa o padrão de organização de um animal<br />

acelomado e II, dos animais celomados.<br />

b) I e II representam padrões diferentes de organização<br />

dos animais celomados.<br />

c) I e II representam padrões diferentes de organização<br />

dos animais pseudocelomados.<br />

d) I e II representam padrões diferentes de organização<br />

dos animais acelomados.<br />

e) I representa o padrão de organização dos animais<br />

pseudocelomados e, II, dos animais celomados.<br />

05. (UNIME-2014) A respeito dos nemátoides, é correto<br />

afirmar que:<br />

a) são vermes simples, portadores de tubo digestório<br />

incompleto.<br />

b) Ascaris lumbricoides (lombriga) é um nematóide dióico<br />

e sem hospedeiro intermediário.<br />

c) são animais acelomados, caracterizados por um corpo<br />

achatado.<br />

d) são animais obrigatoriamente parasitas.<br />

e) apresentam corpo segmentado coberto por cutícula.<br />

06. (PUC) Entre os animais, os padrões de organização I e<br />

II podem ser observados, respectivamente, em uma:<br />

a) planária e uma tênia.<br />

b) lombriga e uma tênia.<br />

c) planária e uma minhoca.<br />

d) hidra e uma minhoca.<br />

e) água viva e uma planária.<br />

07. (MACK-SP) Durante o desenvolvimento embrionário<br />

de vários vertebrados, observamos nitidamente algumas<br />

fases, caracterizadas pelo aparecimento de determinadas<br />

estruturas. A seqüência correta dessas fases está<br />

representada na alternativa:<br />

a) mórula - blástula - gástrula - nêurula.<br />

b) mórula - blástula - nêurula - gástrula.<br />

c) blástula - mórula - gástrula - nêurula.<br />

d) mórula - gástrula - blástula - nêurula.<br />

e) blástula - mórula - nêurula - gástrula.<br />

08. Considere os seguintes anexos embrionários e algumas<br />

de suas funções:<br />

I. Âmnio - evitar ressecamento.<br />

II. Alantóide - armazenar substâncias tóxicas e realizar<br />

trocas gasosas com o meio.<br />

III. Saco vitelínico - garantir o suprimento alimentar.<br />

251


Embriões que apresentam os anexos I, II e III são de:<br />

a) vertebrados que efetuam a postura no ambiente terrestre.<br />

b) insetos com desenvolvimento direto.<br />

c) vertebrados exclusivamente aquáticos.<br />

d) insetos com desenvolvimento indireto.<br />

09. Considerando os aspectos evolutivos entre protozoários<br />

e poríferos, constata-se nos poríferas diferenças ao nível de<br />

a) Células com função digestivas.<br />

b) Especialização celular sem organização histológica.<br />

c) Ausência de carioteca.<br />

d) Padrão celular.<br />

e) Autotrofismo.<br />

10. Celenterados são mais evoluídos que poríferos em<br />

relação ao fato de<br />

a) Serem diblásticos.<br />

b) Serem eucariontes.<br />

c) Serem procariontes.<br />

d) Apresentam células digestivas.<br />

e) Não apresenta espaço delimitado para digestão<br />

extracelular.<br />

11. (UERN-2008) O fenômeno, representado nos esquemas<br />

abaixo, não é exclusivo dos insetos, mas é tão característico<br />

deles a ponto de lhes render uma classificação especial para<br />

o seu desenvolvimento. Então, aponte a alternativa que<br />

informa, corretamente, a classificação e um exemplo de<br />

algum inseto, ambos relacionados, respectivamente, aos<br />

esquemas A, B e C:<br />

a) serem autótrofos.<br />

b) multicelularidade.<br />

c) serem heterotróficos.<br />

d) manter o material genético disperso no hialoplasma.<br />

e) apresentarem mecanismos de locomoção.<br />

13. Celenterados e vermes são grupos de heterótrofos que<br />

se diferenciam pelos primeiros<br />

a) apresentarem celoma.<br />

b) apresentarem cavidade gastrodérmica.<br />

c) não realizarem reprodução sexuada.<br />

d) realizarem digestão extracorpórea.<br />

e) serem triblásticos.<br />

14. Considerando-se a presença de celoma pode-se afirmar<br />

1) organismos celomados podem ser diblásticos.<br />

2) diblásticos podem apresentar celoma.<br />

3) nematóides são celomados.<br />

4) acelomados são menos evoluídos.<br />

5) nematóides são diblásticos acelomados.<br />

15. Ecologicamente, vermes podem ser<br />

1) parasitas ou de vida-livre.<br />

2) celomados, acelomados e pseudocelomados.<br />

3) consumidores de biomassa primária.<br />

4) procariontes.<br />

5) pluricelulares.<br />

16. São estruturas que caracterizam um nematóide<br />

1) Tudo digestório completo.<br />

2) Pseudoceloma.<br />

3) Solenócitos.<br />

4) Sistema circulatório fechado.<br />

5) Sistema nervoso difuso.<br />

17. (UERN-2009) A partir da análise da ilustração, que<br />

representa uma das etapas do desenvolvimento embrionário<br />

do anfíbio, e considerando-se conhecimentos gerais sobre a<br />

embriogênese nos vertebrados, pode-se afirmar que<br />

A) ametábolo, carrapato; hemimetábolo, gafanhoto;<br />

holometábolo, borboleta.<br />

B) hemimetábolo, traça; holometábolo, percevejo;<br />

ametábolo, borboleta.<br />

C) holometábolo, cupim; hemimetábolo, grilo; ametábolo,<br />

besouro.<br />

D) ametábolo, traça; hemimetábolo, grilo; holometábolo,<br />

mariposa.<br />

252<br />

12. Protozoários diferem de fungos em função de(a)


características que surgiram durante o processo evolutivo<br />

dos seres vivos.<br />

A alternativa que equivale às características adquiridas ao<br />

longo do processo evolutivo dos seres vivos é a<br />

01) o arquêntero é originado a partir da migração de células<br />

para fora do embrião, originando posteriormente a placa<br />

neural.<br />

02) o blastóporo dará origem ao ânus, em animais<br />

deuterostômios, como os vertebrados, sendo a boca<br />

formada posteriormente no lado oposto.<br />

03) o estágio de gástrula é caracterizado pela formação de<br />

uma cavidade interna, repleta de líquido, envolvida por uma<br />

massa compacta de células formadas por divisões mitóticas.<br />

04) os folhetos germinativos ectoderma, mesoderma e<br />

endoderma são formados na fase de blástula pela separação<br />

das células em camadas.<br />

19. (F.U. ABC-SP) Quanto aos anelídeos, podemos<br />

afirmar:<br />

1) são triblásticos, acelomados e com metameria.<br />

2) são diblásticos, celomados e com ciclomeria.<br />

3) são triblásticos, celomados e com metameria.<br />

4) são triblásticos, pseudocelomados e com metameria.<br />

5) são diblásticos, acelomados e com ciclomeria.<br />

20. (UFRN) Assinale a alternativa que relaciona<br />

corretamente o animal ao seu respectivo órgão excretor:<br />

1) Protozoários - glândulas verdes.<br />

2) Celenterados - túbulos de Malpighi.<br />

3) Platelmintos - vacúolos contráteis.<br />

4) Insetos - células-flama.<br />

5) Anelídeos - nefrídios.<br />

21. (UNIT-2013) A figura abaixo mostra o esquema de um<br />

cladograma, no qual os números romanos equivalem às<br />

A) I multicelularidade, III triblástico (simetria bilateral),<br />

XI celoma, V pseudocelomado.<br />

B) X acelomados, XI pseudocelomado, V celoma, VI<br />

protostômios.<br />

C) II tecidos, VIII rede de canais aquíferos, IX diblásticos,<br />

VII deuterostômios.<br />

D) II simetria bilateral, I multicelularidade, IV cavidade<br />

corporal, IX diblásticos.<br />

E) I multicelularidade, IV cavidade corporal, IX<br />

diblásticos. VII protostômios.<br />

22. (FEPA) A estrutura indicada na ilustração abaixo<br />

denomina-se __________, sendo responsável pela excreção<br />

dos _______.<br />

1) pêlo absorvente – vegetais<br />

2) célula flama – platelmintos<br />

3) nefrídio - anelídeos<br />

4) tubo de Malpighi - insetos<br />

5) vacúolo pulsátil – protozoários<br />

23. Qual grupo de invertebrados, dentre os seguintes<br />

citados, apresenta o sistema nervoso mais próximo dos<br />

vertebrados quanto à organização e funcionamento?<br />

a) anelídeos<br />

b) aracnídeos<br />

c) crustáceos<br />

d) cefalópodos<br />

e) insetos<br />

24. (PUC-RS) Os nematódios são vermes não-segmentados<br />

apresentando corpo alongado e de forma cilíndrica. Uns são<br />

de vida livre e outros, parasitas. Neles a cavidade do corpo<br />

não é revestida pelo mesoderma, embora sejam<br />

253


triploblásticos. Essa descrição permite que se possam<br />

identificar os nematódios como animais:<br />

a) acelomados. b) monoxênicos. c) heteroxênicos.<br />

25. (UESF-2012/1)<br />

d) pseudocelomados. e) celomados.<br />

Os esquemas 2 e 4 representam, respectivamente, formas de<br />

respiração de:<br />

a) minhoca e planária<br />

b) planária e mosca<br />

c) medusa e sardinha<br />

d) lombriga e sapo<br />

e) gafanhoto e homem<br />

27. (CESGRANRIO-RJ). As<br />

figuras abaixo representam, tipicamente, os corações de:<br />

Rins<br />

metanéfrico<br />

s<br />

Nefrí<strong>dias</strong><br />

Vacúol<br />

o<br />

pulsátil<br />

Tubos de<br />

Malpighi<br />

Célul<br />

as<br />

flama<br />

a) 5 3 2 4 1<br />

b) 4 3 1 5 2<br />

c) 3 4 2 5 1<br />

d) 4 5 2 3 1<br />

e) 5 4 1 3 2<br />

a) 1 - réptil; 2 - anfíbio; 3 - peixe; 4 - mamífero<br />

b) 1 - réptil; 2 - mamífero; 3 - peixe; 4 - anfibio<br />

c) 1 - peixe; 2 - anfíbio; 3 - mamífero; 4 - réptil<br />

d) 1 - peixe; 2 - anfíbio; 3 - réptil; 4 - mamífero<br />

e) 1 - mamífero; 2 - peixe; 3 - anfíbio; 4 - réptil<br />

28. Correlacione no quadro de opções abaixo as formas de<br />

excreção com os respectivos organismos abaixo<br />

desenhados e numerados.<br />

O esquema reproduz, de forma simplificada, a reprodução<br />

por metagênese característico de determinados grupos de<br />

Cnidários.<br />

Considerando as informações expressas na ilustração e nos<br />

conhecimentos a respeito da reprodução nos seres vivos, é<br />

correto afirmar:<br />

A) Na metagênese de alguns cnidários, há uma alternância.<br />

entre fase esporofítica e fase gametofítica.<br />

B) A etapa polipoide dos cnidários com metagênese é<br />

sempre sexuada e origina as medusas.<br />

C) A etapa medusoide dos cnidários com metagênese é<br />

sempre sexuada e origina pólipos.<br />

D) A larva ciliada se desenvolve em medusas, que, por<br />

etrobilização, dá origem a pólipos assexuados.<br />

E) A alternância de geração nos cnidários intercala uma<br />

fase haploide com uma fase diploide, ao longo das gerações.<br />

26. (UFMG-MG) Observe os esquemas a seguir.<br />

29. (CONSULTEC) A figura apresenta uma provável<br />

árvore evolutiva que considera a ancestralidade da vida<br />

terrestre e as<br />

relações de<br />

parentesco entre<br />

os principais<br />

grupos de<br />

vertebrados.<br />

Em relação à<br />

característica<br />

fisiológica<br />

comum aos<br />

grupos representados, se destaca<br />

a) auto-regulação da temperatura corpórea.<br />

b) percepção de estímulos por órgãos sensoriais<br />

especializados.<br />

c) excreção de compostos nitrogenados sob a forma de<br />

uréia.<br />

d) ocorrência de estruturas alveolares que permitem trocas<br />

gasosas.<br />

e) completa separação entre sangue venoso e arterial.<br />

30. (UNIMAR 99/2) Circulação simples e completa é uma<br />

característica dos peixes. Simples, porque passa uma só vez<br />

no coração e, completa porque o sangue venoso não se<br />

mistura com o arterial. Isso nos permite concluir que:<br />

254


a) O coração do peixe possui duas aurículas e dois<br />

ventrículos;<br />

b) O coração do peixe possui uma única cavidade;<br />

c) O coração do peixe possui duas aurículas e um<br />

ventrículo.<br />

d) O coração do peixe possui duas aurículas e um<br />

ventrículo.<br />

e) O coração do peixe possui uma aurícula e dois<br />

ventrículos<br />

31. (Unesp-SP) Um dos caminhos escolhidos pelos<br />

cientistas que trabalham com clonagens é desenvolver em<br />

humanos a clonagem terapêutica, principalmente para<br />

obtenção de células-tronco, que são células indiferenciadas<br />

que podem dar origem a qualquer tipo de tecido. Quanto a<br />

este aspecto, as células-tronco podem ser comparadas às<br />

células dos embriões, enquanto estas se encontram na fase<br />

de<br />

a) mórula.<br />

b) gástrula.<br />

c) nêurula.<br />

d) formação do celoma.<br />

e) formação da notocorda.<br />

32. (PUC-PR) Analise as afirmações relacionadas ao<br />

estudo dos anexos embrionários:<br />

I.O saco vitelino é uma bolsa que abriga o vitelo e que<br />

participa no processo de nutrição do embrião, sendo bem<br />

desenvolvida nos peixes, répteis e aves e reduzida nos<br />

mamíferos.<br />

II. O âmnio é uma membrana que envolve o embrião,<br />

delimitando a cavidade amniótica, que contém o líquido<br />

amniótico, cuja principal função é de proteger o embrião<br />

contra choques mecânicos e contra a dessecação.<br />

III. O alantóide é um anexo que deriva da porção posterior<br />

do intestino do embrião, tendo como função, nos répteis e<br />

nas aves, armazenar excretas nitrogrenadas e participar de<br />

trocas gasosas.<br />

IV. A placenta não é considerada um anexo embrionário,<br />

por ser um órgão formado pela interação entre tecidos<br />

materno e fetal.<br />

Está correta ou estão corretas:<br />

a) Apenas III e IV.<br />

b) Apenas I.<br />

c) Apenas II.<br />

d) Apenas I e II.<br />

e) Todas.<br />

34. (UESC2009) “O desenvolvimento intrauterino nos<br />

placentários, proporcionou o aumento no tempo necessário<br />

à gestação Esse desenvolvimento prolongado, pode ter sido<br />

importante para o aparecimento de cérebros maiores e mais<br />

complexos. A amamentação dos mamíferos jovens oferece<br />

um período de treinamento e ensino do filhote” Os<br />

caminhos evolutivos da espécie humana devem ser<br />

analisados a partir da conjunção de habilidades que<br />

propiciaram a sua evolução cultural.<br />

(MOODY, 1975, p. 166)<br />

Uma análise desse contexto evolutivo permite<br />

considerar que<br />

01) a dependência da prole aos progenitores associada a<br />

aquisição de habilidades cognitivas e de manipulação<br />

estabelecem um contexto favorável à evolução cultural.<br />

02) o maior tempo de gestação foi favorável à antecipação<br />

do amadurecimento sensorial do bebê, antes do nascimento.<br />

03) a habilidade manual foi um fator que limitou a<br />

exploração do meio por fixar o homem em seu domicílio.<br />

04) as inovações evolutivas do homem potencializavam a<br />

sua superioridade em relação aos outros animais, tornandoo<br />

mais submetido à resistência ambiental.<br />

05) a permanência mais longa do bebê no útero materno<br />

diminuiu as exigências nutritivas do feto, preservando a<br />

saúde da mãe.<br />

35. (UESF-2009) As estruturas apresentadas a seguir<br />

exemplificam a diversidade de adaptações encontradas nos<br />

animais para permitir a troca de gases respiratórios do<br />

ambiente externo com o interior do corpo<br />

A respeito da fisiologia relacionada a essas trocas<br />

gasosas, pode-se afirmar que<br />

A) as trocas gasosas na superfície respiratória ocorrem<br />

exclusivamente em animais adaptados ao ambiente<br />

terrestre.<br />

33. (UFBA 2006 2ª) A árvore representa os três grandes<br />

grupos na evolução dos mamíferos: monotremados,<br />

marsupiais e placentários.<br />

Com base em aspectos reprodutivos, justifique a inclusão<br />

desses animais em ramos distintos de um tronco comum.<br />

255


A partir da análise da figura, que esquematiza o corte de um<br />

embrião de um anfioxo, é correto afirmar:<br />

B) a maior parte dos invertebrados que apresentam trocas<br />

gasosas com o ar são insetos, os quais possuem eficientes<br />

pigmentos respiratórios de transporte de oxigênio pelo<br />

sangue.<br />

C) as brânquias não apresentam adaptação ao ambiente<br />

terrestre devido à menor concentração de oxigênio<br />

dissolvido encontrado nesse meio, se comparado ao<br />

ambiente aquático.<br />

D) uma característica presente nas diversas adaptações para<br />

troca gasosa nos animais é a extensa área superficial para a<br />

difusão dos gases respiratórios.<br />

E) os pulmões são capazes de suprir todas as necessidades<br />

de trocas gasosas nos diversos grupos de vertebrados<br />

terrestres<br />

01) A formação do celoma é um processo que ocorre em<br />

organismos diblásticos.<br />

02) O arquênteron é originado a partir da endoderme e da<br />

mesoderme.<br />

03) A ectoderme é responsável pela derivação do sistema<br />

digestivo.<br />

04) O cordão nervoso e derivado da ectoderme.<br />

05) O crescimento dos folhetos embrionários envolve os<br />

mecanismos de mitose meiose.<br />

Questões de 38 a 40 UESB-2005<br />

Etapas iniciais do desenvolvimento humano estão<br />

esquematizados na ilustração com destaque para os folhetos<br />

germinativos, a partir dos quais se formarão os diversos<br />

tecidos.<br />

36. Sobre os sistemas circulatório e respiratório podemos<br />

afirmar:<br />

(01) Os anfíbios respiram através de brânquias, pulmões e<br />

pela pele.<br />

(02) A pele úmida da minhoca é justificada pelo tipo de<br />

sistema circulatório que ela possui.<br />

(04) As trocas gasosas ao nível dos pulmões se dão por<br />

difusão.<br />

(08) A respiração cutânea é mais eficiente na captação de<br />

oxigênio do que na eliminação do gás carbônico.<br />

(16) A respiração branquial é exclusiva de animais<br />

aquáticos.<br />

(32) A circulação das aves é do tipo lacunosa.<br />

(64) O ritmo cardíaco independe da concentração dos gases<br />

transportados pelo sangue.<br />

37. (UESB-2008) O anfioxo é um animal do grupo dos<br />

cordados que vivem junto às praias dos mares quentes e<br />

temperados.<br />

38. Eventos que antecederam a formação da célula-ovo e o<br />

seu significado biológico podem ser, reconhecidos na<br />

seguinte alternativa:<br />

256<br />

01) A fertilização do óvulo restaura a condição diplóide da<br />

célula.


02) A redução do número de cromossomos nos gametas<br />

prescinde da replicação prévia do DNA.<br />

03) O processo de formação dos gametas reduz as chances<br />

de recombinação genética.<br />

04) A célula gamética feminina contribui com maior<br />

quantidade de informação genética nuclear.<br />

05) Os espermatozóides contribuem com o mesmo<br />

complemento cromossômico na determinação do sexo<br />

39. Neurônios são células especializadas, cuja morfologia<br />

está perfeitamente adequada à função, na medida em que:<br />

01) as bainhas de mielina que envolvem o axônio reduzem<br />

a velocidade do impulso nervoso.<br />

02) a membrana plasmática concentra, de modo<br />

permanente, íons sódio e potássio em suas regiões interna e<br />

externa.<br />

03) seus prolongamentos favorecem a formação de redes<br />

neurais que integram o organismo.<br />

04) estabelecem contato físico entre suas, membranas<br />

dendríticas e axônicas, reduzindo a importância de<br />

neurotransmissores.<br />

05) renovam-se continuamente, em função de sua elevada<br />

capacidade mitótica.<br />

40. As características das células do blastocisto permitem<br />

pensar na possibilidade de utilizá-los para regenerar os<br />

órgãos lesados acidentalmente ou por doenças,<br />

configurando-as como células-tronco embrionárias.<br />

Uma limitação biológica para a efetivação dessas terapias<br />

reside no seguinte:<br />

01) Os caminhos seguidos na diferenciação de células<br />

pluripotentes não são totalmente previsíveis.<br />

02) Células-tronco embrionárias apresentam um baixo<br />

potencial de divisão celular.<br />

03) Células retiradas de embriões na fase de blastocisto<br />

perdem o seu comportamento social.<br />

04) A quantidade de nutrientes exigida pelas células-tronco<br />

inviabiliza a produção de meios de cultura adequados.<br />

05) as células no estágio de blastocisto mantêm sua<br />

totipotência, podendo gerar clones.<br />

CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS<br />

REINO MONERA<br />

Consideradas as<br />

primeiras formas de<br />

vida celulares a<br />

aparecer no planeta,<br />

são denominados de<br />

procariontes por suas<br />

células não<br />

apresentarem um<br />

envelope que isole o<br />

material genético do<br />

meio citoplasmático -<br />

a carioteca ou membrana nuclear. O reino monera é<br />

representado por basicamente três formas de organismos:<br />

Bactérias, Cianobactérias e os agentes PPLO. Nesses<br />

organismos unicelulares estão ausentes as estruturas<br />

membranosas internas que no seu conjunto denominamos<br />

de sistema de endomembranas. Semelhantemente aos<br />

fungos e vegetais, apresentam, mesmo que de constituição<br />

variada, parede celular. Os procariontes ocupam os mais<br />

diversos habitats (ar, terra e água) em função de<br />

diversificados aparelhos metabólicos. Podem ser<br />

autótrotofas (fotossíntese - quimiossíntese) ou heterótrofas<br />

(aeróbicas - anaeróbicas). Do ponto de vista ecológico<br />

podem ser de vida-livre, parasitas ou simbiontes.<br />

Economicamente são utilizadas como pequenas usinas de<br />

produção, a partir dos processos fermentativos de<br />

substâncias úteis para os homens (álcool - cerveja e vinhos;<br />

Laticínios - queijo, manteiga, coalhada e iogurte). Mais<br />

recentemente, com o advento da transgenia, a partir da<br />

inserção de novos genes em seu DNA, podemos programálas<br />

para produzir diversas substâncias de interesse médico e<br />

farmacológicos. O combate às formas patogênicas<br />

mobiliza grandes quantias em pesquisa e comércio de<br />

antibióticos.<br />

Entre as bactérias podemos encontrar as mais<br />

diversificadas formas (cocos, estreptococos, estafilococos,<br />

diplococos, vibriões e bacilos) com algumas delas<br />

apresentando<br />

flagelos, sem, no<br />

entanto,<br />

apresentarem<br />

centríolos. Os<br />

agentes PPLO são<br />

espécies de<br />

bactérias primitivas<br />

que só conseguem<br />

sobreviver como<br />

parasitas intracelulares ou em meios de culturas especiais,<br />

uma vez que apresentam sérias debilidades metabólicas.<br />

Contrariamente aos demais monera, os PPLO não<br />

apresentam parede celular.<br />

As cianobactérias (algas<br />

cianofíceas ou algas azuis)<br />

ocorrem como células<br />

isoladas, agregados celulares<br />

frouxos ou associações<br />

celulares filiformes. São<br />

extremamente importantes<br />

para a manutenção dos<br />

níveis de oxigênio atmosférico, papel desempenhado em<br />

conjunto com as algas eucariontes, e, juntamente com as<br />

bactérias constituem boa parte dos organismos fixadores de<br />

nitrogênio.<br />

Quanto às formas de reprodução, observa-se um tipo<br />

especial de divisão - amitose. Consiste numa divisão celular<br />

muitas vezes denominada de bipartição ou divisão binária.<br />

Trata-se de um processo assexuado. Em alguns casos,<br />

pode-se observar um tipo especial de reprodução sexuada<br />

denominada de conjugação. Nesse tipo de reprodução algas<br />

e bactérias promovem uma troca de material genético, fato<br />

que possibilita um aumento na variabilidade genética.<br />

257


São doenças provocadas por bactérias: meningite,<br />

tuberculose difteria, hanseníase (lepra), desinteira bacilar,<br />

febre tifóide, tétano, cólera e botulismo.<br />

REINO PROTISTA<br />

São agrupados nesse reino, organismos eucariontes, uni<br />

ou pluricelulares, autótrofos ou heterótrofos com alguns<br />

representantes apresentando parede celular desprovida de<br />

celulose. Fazem parte desse reino: algas uni ou<br />

pluricelulares e os protozoários. As algas são "vegetais"<br />

primitivos que não apresentam diferenciação de caule, folha<br />

ou raiz - são todos autótrofos e apresentam parede celular.<br />

Organismos de grande diversidade, fato que exige sua<br />

classificação em diversos filos. O agrupamento nos diversos<br />

filos se dá, sobretudo em função dos tipos de clorofilas que<br />

apresentam e variam nos tipos a, b, c. d e e ou devido ao<br />

fato de serem uni ou pluricelulares. São multicelulares as<br />

algas verdes, pardas e vermelhas, pertencentes,<br />

respectivamente aos filos Chorophyta, Phaeophyta e<br />

Rhodophytas. As algas unicelulares diatomáceas,<br />

euglenóides e dinoflagelados constituem os respectivos<br />

filos: Basillariophita, Euglenophita e Dinophyta.<br />

Algas verdes: suas células assemelham-se bastante com as<br />

células dos vegetais terrestres. Possuem os mesmos tipos de<br />

pigmentos e a mesma composição da parede celular -<br />

celulose.<br />

Podem ser uni ou pluricelulares e habitam ambientes<br />

marinhos, dulcícolas e terrestres (lugares úmidos). Possuem<br />

como pigmento fotossintetizante a clorofila.<br />

Algas pardas: são multicelulares e apresentam estruturas<br />

de fixação semelhantes a raízes. O pigmento ficoxantina em<br />

seus cloroplastos determinam a sua cor castanhoamareladas,<br />

Algas vermelhas: de maioria multicelular e abundantes nos<br />

mares tropicais, podendo ser encontradas em água-doce e<br />

na terra. A ficoeritrina é o pigmento do cloroplasto<br />

responsável pela sua coloração.<br />

Algas diatomáceas: são<br />

unicelulares de maioria<br />

marinha, mas podem<br />

habitar água doce sendo<br />

componentes do<br />

plâncton. Suas células<br />

são recobertas por uma<br />

carapaça de calcário ou<br />

sílica.<br />

Algas euglenóides: unicelulares sem parede celular e<br />

flagelada portadora de<br />

vacúolo contrátil. A<br />

depender do meio onde se<br />

desenvolvem podem ser<br />

autótrofos<br />

ou<br />

heterótrofos. Assim os<br />

níveis de luminosidade<br />

258<br />

pode induzir a atividade fotossintética.<br />

Dinoflagelados: unicelulares que, juntamente com as<br />

euglenófitas, são os habitantes mais abundantes no<br />

fitoplâncton. Sua locomoção se dá em função dos dois<br />

flagelos que possuem. Existem variedades autótrofas ou<br />

heterótrofas.<br />

As formas de reprodução são bastante diversificadas,<br />

podendo ocorrer mecanismos assexuados (divisão binária,<br />

fragmentação e zoosporia). A reprodução sexuada ocorre<br />

por conjugação e apresentam alternância de geração - ciclo<br />

reprodutor haplobionte com meiose espórica ou inicial.<br />

IMPORTÂNCIA DAS ALGAS<br />

As algas desempenham papel importante para o<br />

equilíbrio dos ecossistemas. Como produtores constituemse<br />

em importante fonte de alimentos para consumidores<br />

(incluindo os humanos) e sua atividade fotossintética<br />

garante o suprimento de oxigênio para a atmosfera,<br />

contribuindo de forma considerável, com a fixação do<br />

nitrogênio.<br />

A partir das algas vermelhas pode-se retirar o ágarágar<br />

- polissacarídeo bastante utilizado pela indústria<br />

química farmacêutica na produção de colas, laxantes e<br />

meios de cultura para bactérias e a carragenina, utilizada<br />

para manter a estabilidade de laxantes e de cremes dentais.<br />

O acúmulo das carapaças das diatomáceas formam as<br />

chamadas terras diatomáceas ou diatomito, material<br />

utilizado na produção de polidores dos cremes dentais e na<br />

confecção de filtros.<br />

PROTOZOÁRIOS<br />

São organismos eucariontes, heterótrofos que habitam<br />

os mais variados tipos de ambientes, sendo<br />

predominantemente de vida aquática. Alguns são parasitas<br />

de animais causando diversas doenças, outros auxiliam na<br />

decomposição da matéria orgânica.<br />

CLASSIFICAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS<br />

A classificação dos protozoários é feita com base nas<br />

estruturas de locomoção assim, consideraremos 4 grupos:<br />

ciliados, flagelados ou mastigóforos, sarcondíneos ou<br />

rizópodos e esporozoários.<br />

Ciliados ou<br />

cilióforos: a<br />

denominação decorre<br />

do fato de se<br />

utilizarem de<br />

estrutura<br />

denominadas de cílios para sua locomoção. São quase<br />

todos de vida livre (não parasitas), a exceção do<br />

Balantidium coli que provoca diarréias. Habitam<br />

ecossistemas aquáticos marinhos e dulcícolas.<br />

Reproduzem-se por divisão binária ou conjugação. Ex.:<br />

paramécio, stentor, didinium etc.


Flagelados ou<br />

mastigóforos:<br />

Costumam apresentar<br />

um ou dois flagelos<br />

comumente. Entretanto,<br />

existem alguns com<br />

quatro, seis, oito ou dez<br />

flagelos.<br />

São<br />

considerados os<br />

protozoários mais<br />

primitivos. A maioria se reproduz por divisão binária.<br />

Muitos têm vida livre nas águas, outros, no entanto, são<br />

parasitas. Ex.: codossiga (colonial), Triconynfa,<br />

Tripanossoma, Giardia, Tricomonas etc.<br />

Sarcondíneos ou rizópodos:<br />

Caracterizam-se por<br />

apresentarem expansões<br />

citoplasmáticas chamadas<br />

pseudópodes. Realizam um<br />

processo de captura de<br />

alimentos bastante particular,<br />

denominados de fagocitose.<br />

São seres aquáticos, embora alguns se associem a outros<br />

seres vivos como parasitas ou comensais. Os parasitas,<br />

como amebas, possuem capacidade de encistar - forma de<br />

resistir às condições ambientais desfavoráveis. Alguns<br />

sarcondinos podem apresentar um revestimento de calcário<br />

- são os foraminíferos. Reproduzem-se por divisão binária.<br />

Ex.: Amebas.<br />

Rizópodos ou esporozoários: são protozoários parasitas<br />

desprovidos de estruturas para a locomoção. Os principais<br />

representantes do grupo são os do gênero Plasmodium,<br />

agentes causadores da malária. A denominação do grupo<br />

está associada à forma de reprodução do parasita -<br />

esporulação.<br />

A digestão dos protozoários é do tipo intracelular<br />

Obs.: O termo protoctista tem sido aceito por muitos<br />

biólogos, uma vez que desvinculam o critério da<br />

unicelularidade para a classificação do grupo.<br />

Protoctistas autótrofos<br />

unicelulares (algas simples)<br />

Protoctistas autótrofos<br />

pluricelulares<br />

(algas pluricelulares)<br />

Protoctistas heterótrofos<br />

(protozoários)<br />

Filo crisófitas<br />

(diatomáceas)<br />

Filo pirrófitas<br />

(dinoflagelados)<br />

Filo clorófitas<br />

Filo feófitas<br />

Filo rodófitas<br />

Filo gamófitas<br />

Filo rizópodes<br />

Filoactinópodes<br />

Filo foraminíferos<br />

Filo zooflagelados<br />

Filo apicomplexos<br />

Filo cilióforos<br />

FILO PORÍFERA OU PORÍFEROS (poris = poro +<br />

phoros = portador)<br />

A característica fundamental dos poríferos é que eles são<br />

filtradores. São animais que não possuem qualquer sistema<br />

fisiológico. São acelomados (não apresentam cavidade<br />

corporal). E não formam gástrula ou nenhum dos folhetos<br />

germinativos embrionários - ectoderma e endoderma.<br />

A digestão é intracelular, sendo realizada por um tipo<br />

especial de célula, os coanócitos (células flageladas).<br />

Não possuem capacidade de locomoção e são<br />

multicelulares, no entanto não possuem tecidos verdadeiros<br />

ou órgãos, sendo todos de hábitat aquático. Apresentam o<br />

corpo crivado de poros inalantes, por onde entra a água, e<br />

um único poro grande exalante por onde sai a água - o<br />

ósculo.<br />

Os representantes deste filo são as esponjas que na<br />

grande maioria das vezes são encontradas no ambiente<br />

marinho.<br />

As espojas podem ser encontradas em três formas<br />

estruturais básicas: áscon, sícon e leucon.<br />

Os poríferos apresentam uns poucos tipos de células com<br />

relativo grau de especialização: pinacócitos - revestimento,<br />

amebócitos - totipotentes, porócitos - formadora dos poros<br />

e coanócitos - digestão. Em algumas esponjas, os<br />

amebócitos fabricam estruturas de cálcio ou silício que<br />

servem de sustentação - as espículas. Em outras, predomina<br />

a substância esponjina, comum nas esponjas utilizadas em<br />

banhos.<br />

REPRODUÇÃO<br />

BROTAMENTO: Neste caso crescem brotos laterais, que<br />

podem permanecer ligados formando colônias ou podem se<br />

desligar e originar um novo indivíduo.<br />

GEMULAÇÃO: Neste caso ocorre a formação de bolsas<br />

(gêmulas) que contém células com atividades metabólicas.<br />

Estas bolsas se rompem e as células no seu interior se<br />

dividem, diferenciam-se formando um novo indivíduo.<br />

REGENERAÇÃO: Quando as esponjas são cortadas em<br />

vários segmentos, cada segmento pode originar novos<br />

indivíduos.<br />

259


FILO COELENTERATA (CNIDÁRIOS)<br />

São animais com forma de pólipo (sedentários) ou de<br />

medusa (livres). Apresentam o corpo mole e gelatinoso,<br />

habitam o meio aquático, sendo a maioria marinhos. Os<br />

principais representantes são as águas-vivas, as anêmonasdo-mar<br />

e os corais. Todos os integrantes deste grupo são<br />

predadores, alimentando-se de diversos tipos de animais:<br />

peixes, crustáceos, e larvas de insetos. Apresentam sistema<br />

nervoso do tipo difuso, constituído por uma rede de células.<br />

O sistema digestório é incompleto, apresenta a boca<br />

primitiva circundada por tentáculos ligada a uma cavidade<br />

digestória - cavidade gastrovascular, que aparece pela<br />

primeira vez na escala evolutiva dos animais. Embora<br />

façam a digestão intracelular, promovem muito mais<br />

intensamente a digestão extracelular.<br />

Não apresentam sistema respiratório. As trocas gasosas<br />

ocorrem por difusão.<br />

Muitas espécies de cnidários reproduzem-se por<br />

metagênese ou alternância de gerações, passando por uma<br />

fase sexuada e uma fase assexuada. Outras espécies de<br />

cnidários só se reproduzem sexuadamente. Sendo assim,<br />

algumas espécies são monóicas e outras dióicas<br />

apresentando fecundação externa e interna. O<br />

desenvolvimento pode ser direto (sem estágio larval) ou<br />

indireto (larva plânula).<br />

Os cnidários apresentam células urticantes chamadas<br />

Cnidoblastos, que estão distribuídas por toda a epiderme<br />

do cnidário, concentrando-se nos tentáculos e ao redor da<br />

boca. No interior destas células ocorre uma cápsula ovóide<br />

contendo um liquido tóxico.<br />

Possuem simetria radial (qualquer plano que lhes passe<br />

pelo centro divide-os em duas partes que na maioria dos<br />

animais separa as vísceras da parede corporal), apresentam<br />

dois folhetos germinativos - ectoderma e o endoderma,<br />

sendo chamados de diblásticos ou diploblásticos. Existe<br />

entre a camada interna e externa de células, uma camada<br />

gelatinosa denominada de mesogléia.<br />

Compreendem três classes: Hidrozoa,<br />

Scyphozoa e Anthozoa.<br />

Hydrozoa: A forma predominante é a de<br />

pólipos, ainda que em muitas espécies<br />

ocorra também a forma de medusas. Ex.<br />

Hydra sp., Obelia sp.<br />

260<br />

Scyphozoa: Predominantemente as medusas. A fase de<br />

pólipo é passageira<br />

Anthozoa:<br />

Exclusivamente pólipos. Reprodução habitualmente<br />

sexuada. Ex. Coral e Anêmona-do mar.<br />

CICLO DE REPRODUÇÃO<br />

OS VERMES<br />

O termo verme apesar de não designar nenhuma<br />

categoria taxonômica, refere-se, atualmente, a três filos que<br />

abrange os principais representantes de invertebrados de<br />

corpo mole, viscoso e alongado: platelmintos, nematodos<br />

(nematóides ou nematelmintos) e anelídeos. São<br />

denominados de platelmintos, os grupos de vermes que<br />

possuem corpo alongado, mole e achatado. Esse filo agrupa<br />

três classes: Turbelários, que compreendem organismos de<br />

vida livre, cujo representante são as planárias. Esse<br />

organismo é o primeiro, na escala evolutiva a apresentar um<br />

tubo digestório (incompleto); Tremátodos, parasitas de<br />

órgãos viscerais de bois e carneiros como a Fascíola<br />

hepática e do intestino humano como o Schistosoma<br />

mansoni; Cestodos, possui representantes endoparasitas<br />

humanos – as tênias ou solitárias. A Taenia solium é<br />

transmitida ao homem através da carne de porco<br />

contaminada, enquanto que a Taenia saginata é transmitida<br />

pela carne de gado.<br />

Os nematodos são vermes de corpo cilíndrico (sem anéis) e<br />

apresentam tubo digestório completo. São os representantes<br />

mais numerosos de um agrupamento de vermes<br />

pseudocelomados (asquelmintos). De distribuição<br />

generalizada nos ecossistemas (dulcícolas, marinhos e<br />

terrestres) e com representantes parasitas. Dentre os<br />

parasitas humanos mais importantes destacam-se: a Ascaris<br />

lumbricóides (lobrigas), a Wchereia brancofti (filárias) e


Necator americanus ou Ancislostoma duodenale<br />

(amarelão).<br />

Anelídeos são vermes de corpo cilíndrico e segmentado.<br />

Representam um marco evolutivo importante, pois<br />

apresentam sistema circulatório fechado e cavidade<br />

celomática. O sangue contém hemoglobina para o<br />

transporte de oxigênio, fato que o torna avermelhado. Seu<br />

tubo digestório é do tipo completo com capacidade de<br />

secreção enzimática, fato que possibilita que a digestão seja<br />

do tipo extracelular. Ao longo desse tubo encontramos papo<br />

(armazena-amolece) e moela (triturar). A existência de uma<br />

prega intestinal nas minhocas evidencia uma tendência<br />

evolutiva do sistema digestório, no sentido de aumentar a<br />

superfície de contato com as substâncias a serem digeridas<br />

e absorvidas – a tiflossole. No filo anelida agrupam-se três<br />

classes: Polychaeta (poliquetas), Oligochaetas<br />

(oligoquetas) e Hirudínea (hirudíneo). Os poliquetas são<br />

anelídeos marinhos que apresentam grande número de<br />

cerdas ao longo do corpo e localizados em expansões<br />

laterais denominados de parápodes, cujo nome decorre da<br />

semelhança com patas ou pés. A baixa quantidade de<br />

cerdas caracteriza os oligoquetas que tem como principais<br />

representantes as minhocas. Esses animais são de grande<br />

importância ecológica uma vez que auxilia no processo de<br />

decomposição de matéria, contribuindo com a formação do<br />

húmus e, os túneis por ela construídos possibilitam o<br />

arejamento do solo. Economicamente são utilizadas como<br />

produtores de húmus. Dentre os hirudíneos destacam-se as<br />

sanguessugas. São especializados, como o nome sugere, em<br />

sugar sangue dos seus hospedeiros - são hematófagas.<br />

O sistema nervoso é do tipo ganglionar com gânglios<br />

cerebróides bastante desenvolvidos. Dos gânglios ao longo<br />

dos anéis partem nervos para todos os órgãos que<br />

promovem uma interação entre as funções motoras,<br />

secretoras e sensoriais (visão, quimiorrecepção e tato).<br />

MOLUSCOS<br />

sensoriais como do tipo<br />

olho e tentáculos. A massa<br />

visceral é a região onde se<br />

desenvolvem os diversos<br />

órgãos. Diversos<br />

moluscos apresentam uma<br />

concha que pode ser<br />

externa (ostras e caracóis),<br />

interna (lula) outras não a<br />

produzem (lesmas e<br />

polvo). Entre a concha e a<br />

parede de revestimento da<br />

massa (manto) existe uma cavidade – cavidade do manto.<br />

Nessa cavidade alojam-se as brânquias e, por ser ricamente<br />

vascularizada funciona como uma espécie de pulmão nos<br />

moluscos de habitat terrestre. O pé consiste numa massa<br />

muscular que serve para locomoção, escavação e fixação.<br />

Os moluscos são animais celomados com sistema<br />

circulatório aberto (a maioria) ou fechado (cefalópodes –<br />

lulas e polvos). Seu tubo digestório, do tipo completo,<br />

apresenta estruturas especializadas para prender e cortar<br />

alimentos (rádula – espécie de dentes), moer e triturar<br />

(estilete cristalino). A excreção é feita por intermédio de<br />

metanefrídios (grupos de nefrídios).<br />

A reprodução dos moluscos é do tipo sexuada com r<br />

epresentantes monóicos ou dióicos com alguns podendo<br />

apresentar desenvolvimento direto ou indireto.<br />

É grande a diversidade entre os moluscos, no entanto,<br />

abordaremos aqui as classes mais abrangentes: Gastrópoda,<br />

Bivalvia e Cephalopoda.<br />

Os gastrópodos, assim denominados por rastejarem e<br />

arrastarem a região ventral no solo (gastro = estômago / pé<br />

= podos). Constituem os grupo de maior número de<br />

espécies. São representantes do grupo: caracóis, lesmas<br />

(terrestres) e caramujos. (rio, lago ou mar).<br />

O nome do filo decorre do fato deles apresentarem o<br />

corpo mole (mollis = mole). No entanto, para não ocorrer<br />

confusão entre as definições de moluscos e vermes torna-se<br />

necessário uma melhor caracterização desse grupo. Esses<br />

animais, apesar da grande diversidade, apresentam um<br />

padrão básico de organização do corpo. Estão estruturados<br />

em três nitidamente observadas a saber: cabeça, pé e massa<br />

visceral. Na cabeça é possível encontrar estruturas<br />

261


A<br />

presença de<br />

duas<br />

conchas<br />

(valvas)<br />

articuladas<br />

como<br />

dobradiças é<br />

o fato que<br />

denomina o<br />

grupo dos<br />

bivalvos<br />

que, no<br />

entanto,<br />

podem ter a<br />

denominação de pelecípodes, por apresentarem um pé bem<br />

desenvolvido e semelhante a um machado ou cunha<br />

(pelekys = machado / podos = pé). Os bivalvos não<br />

apresentam cabeça. As conchas servem de proteção e seu<br />

fechamento e abertura ritmados emitem jatos de água que<br />

possibilitam a locomoção desses moluscos. Do ponto de<br />

vista digestivo, são animais filtradores – retiram da água<br />

partículas que lhes servem de alimento. São representantes<br />

do grupo ostras, mexilhões e mariscos. Nas ostras, como<br />

resposta imunológica a corpos estranhos, forma-se as<br />

pérolas. Os bivalves apresentam estágio larvar.<br />

Constituem o grupo mais evoluído de moluscos os<br />

cephalopodos, cujos representantes são os polvos, lulas,<br />

sépias e nautilus.<br />

São animais<br />

marinhos que<br />

apresentam<br />

tentáculos<br />

ligados<br />

diretamente à<br />

cabeça, fato que<br />

confere a<br />

denominação do<br />

grupo (khepalos<br />

= cabeça / podos<br />

= pés). Os<br />

tentáculos sevem<br />

para a captura de<br />

presas,<br />

locomoção e um<br />

deles, em<br />

especial, é<br />

utilizado pra introduzir um pacote de espermatozóides na<br />

cavidade do manto da fêmea. Esses animais apresentam um<br />

aparelho bucal com mandíbulas que lembram o bico de<br />

papagaio.<br />

As sépias, nautilus e lulas apresentam concha interna,<br />

enquanto que no polvo essa estrutura não se forma.<br />

Apresentam olhos com capacidade de formação de imagens<br />

e um sistema nervoso bem desenvolvido. Alguns<br />

apresentam mimetismo (camuflagem) Em polvos, lulas e<br />

sépias existem bolsas de tinta que, quando eliminada,<br />

“poluem” o meio, possibilitando a fuga dos predadores.<br />

Não apresentam estágio larvar.<br />

ARTRÓPODOS<br />

Filo de maior diversidade entre os animais em função da<br />

aquisição da capacidade e estrutura anatômica que dá nome<br />

ao agrupamento: patas articuladas (arthros = articulação /<br />

podos = pé ou pata). Com essa aquisição, os artrópodos<br />

desenvolveram uma série de habilidades que lhes<br />

permitiram a exploração dos mais diversos habitats –<br />

terrestre, aquáticos e aéreos. Os artrópodos são animais de<br />

corpos segmentados, no entanto, ao contrário dos anelídeos,<br />

observa-se uma tendência à fusão de alguns metâmeros e a<br />

conseqüente formação de unidades anatomo-fisiológicas<br />

denominadas tágmas.<br />

Essas unidades são nitidamente observadas nos insetos:<br />

cabeça, tórax e abdome.<br />

Outra aquisição não menos importante verificada nesse<br />

grupo é a presença de um exoesqueleto quitinoso que, por<br />

ser impermeável, impede as perdas de água por<br />

transpiração, fato que possibilita a ocupação de nichos em<br />

regiões áridas. Não obstante a importância do exoesqueleto,<br />

sua presença impede as trocas gasosas com o meio,<br />

problema que foi solucionado com a aquisição de um<br />

sistema respiratório do tipo traqueal. Como o exoesqueleto<br />

não apresenta crescimento, seu envoltório termina por<br />

limitar, até certo ponto, o crescimento do animal. Para<br />

resolver esse problema, em determinados períodos de<br />

tempos, os artrópodos trocam o referido esqueleto – é a fase<br />

de muda.<br />

A digestão é do tipo extracelular com algumas espécies<br />

(aranhas) realizando, também, a forma extracorpórea. O<br />

tubo digestório é do tipo completo com algumas glândulas<br />

anexas e boa diversidade de aparelhos bucais (mastigador,<br />

cortador, picador e lambedor).<br />

262


O sistema circulatório é do tipo aberto e, em algumas<br />

espécies (insetos) não ocorrem pigmentos respiratórios uma<br />

vez que o sangue não transporta gases. A excreção é feita<br />

por nefrídios, por glândulas especiais, (renetes ou células<br />

H) e por glândulas coxais.<br />

A reprodução é do tipo sexuada podendo apresentar<br />

postura de ovos e metamorfose.<br />

O sistema nervoso é consideravelmente desenvolvido,<br />

sendo do tipo ganglionar com destaque os grandes gânglios<br />

cerebrais. A boa capacidade de percepção dos estímulos<br />

ambientais decorre da presença de órgãos sensoriais bem<br />

desenvolvidos: antenas tácteis ou quimiorrecetoras, grandes<br />

olhos, cerdas e pêlos tácteis.<br />

O principal critério para a classificação dos artrópodos<br />

em grupos está associado â divisão do corpo e o número de<br />

apêndices e patas. Assim consideraremos cinco classes:<br />

Insecta, Crustácea, Aracnida, Chilópoda e Diplópoda.<br />

Insecta: Os representantes da classe Insecta possuem o<br />

corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, três pares de<br />

patas e um para de antenas. Realizam, em sua maioria,<br />

metamorfose e, em relação a esse fenômeno podem ser<br />

classificados em ametábolos, hemimetábolos e<br />

holometábolos.<br />

Crustacea: Do latim crusta, “Carapaça” ou “crosta” é o<br />

significado de Crustáceos que agrupa um grande número<br />

de espécies que apresentam em comum um exoesqueleto<br />

muito resistente com forte impregnação calcária. São<br />

exemplos de crustáceos os siris, caranguejos, camarões,<br />

lagostas, lagostim etc.<br />

A divisão do corpo pode se dá com cabeça, tórax e<br />

abdome ou apresentar cefalotórax e abdome. O cefalotórax<br />

resulta da fusão dos tágmas cabeça e tórax. Apresentam<br />

mandíbulas, maxilas e diversos outros apêndices bucais.<br />

Têm dois pares de antenas.<br />

As extremidades articuladas são do tipo birremes (dois<br />

remos) cujas formas são adaptadas às mais diversas funções<br />

– corrida, natação, escavação, preensão, respiração e<br />

cópula.<br />

Tomando camarão como exemplo, no cefalotórax estão<br />

localizados, além dos dois pares de antenas e peças bucais,<br />

três pares de patas maxilares e 5 pares de patas torácicas.<br />

No abdome observa-se 5 pares de patas natatórias, bem<br />

menores que as torácicas, e um par de urópodos utilizados<br />

como remos. Os dois grupos de 5 pares de patas confere ao<br />

grupo, a referência de decápodos.<br />

- Ametábolos são insetos que não sofrem metamorfose,<br />

portanto, sem estágio larvar. Ex: traças;<br />

- Hemimetábolos compreendem os insetos que sofrem<br />

metamorfose parcial. Nesse caso, o animal jovem imaturo<br />

(ninfa) é bastante parecido com as formas adultas, mas sem<br />

asas. Ex.: baratas, barbeiros, gafanhotos;<br />

- Holometábolos constituem o grupo dos insetos que<br />

sofrem metamorfose “verdadeira”, ou seja, os indivíduos<br />

passam pelos estágios bastante diferente das formas adultas:<br />

ovo larva pupa imago ou adulto. Entre as<br />

borboletas e mariposas estes estágios recebem,<br />

respectivamente, a denominação de ovo lagarta <br />

crisálida adulto.<br />

São de grande interesse para o homem uma vez que<br />

existem espécies transmissoras (vetoras) de parasitas<br />

patogênicos. Alguns, herbívoros, conseguem dizimar<br />

plantações inteiras, fato que justifica a pesquisa para o<br />

controle de suas populações. Ecologicamente constituem<br />

quantidade significativa de biomassa para a nutrição dos<br />

mais diversos consumidores, podendo ainda agir, em coevolução,<br />

como polinizadores de diversos tipos de vegetais.<br />

Ao contrário dos demais artrópodos, a presença de assas<br />

contribuiu em muito para a dispersão nos habitas e a<br />

diversidade de nichos ecológicos.<br />

Nos caranguejos e siris são perceptíveis, quase que<br />

exclusivamente, os 5 fortes pares torácicos e abdome<br />

bastante reduzido.<br />

O sistema digestório é completo com duas fortes<br />

mandíbulas para mastigação e de complexidade aumentada<br />

com a presença de estômago mecânico e um grande fígado<br />

produtor de enzimas digestivas. A respiração é do tipo<br />

branquial e, na corrente sanguínea encontra-se o pigmento<br />

hemocianina (à base de cobre) responsável pelo transporte<br />

de oxigênio e que confere ao sangue uma cor azulada.<br />

Encontram-se bem adaptados aos diversos habitats<br />

aquáticos, não obstante a existência de representantes<br />

terrestres (tatuzinhos de Jardim). A circulação é aberta ou<br />

lacunosa e apresenta lacunas denominadas de hemoceloma.<br />

A excreção e amoniotélica, sendo realizada por gandulas<br />

verdes ou antenais (localizadas na base das antenas).<br />

O sistema nervoso assemelha-se ao dos insetos<br />

(ganglionar) e controlam, dentre outras estruturas, os olhos<br />

compostos e os estatocistos (órgãos de equilíbrio).<br />

Os crustáceos são dióicos apresentando reprodução<br />

sexuada e, em sua maioria, apresentam desenvolvimento<br />

indireto. Em geral, do ovo surge uma larva náuplio que, em<br />

seguida, transforma-se na forma zoea.<br />

Economicamente, os crustáceos representam boa fonte de<br />

renda, uma vez que constitui excelente fonte de<br />

alimentação. Na Antártida, o microcrustáceo krill, constitui<br />

263


264<br />

a principal fonte de alimento para diversos tipos de animais.<br />

Ecologicamente, os crustáceos participam de uma grande<br />

variedade de cadeias alimentares, sendo componentes<br />

importantíssimos para a estabilidade dos ecossistemas<br />

aquáticos. Alguns, como os camarões, são os grandes<br />

lixeiros dos oceanos, enquanto outros, a minoria, podem ser<br />

parasitas de brânquias de peixes e até mesmo de outros<br />

crustáceos.<br />

A classe Arachinida, representada pelos escorpiões,<br />

ácaros, e os carrapatos. O<br />

corpo e formado por<br />

cefalotórax e abdome.<br />

Não possuem antenas<br />

nem mandíbulas. Portam,<br />

no entanto, ao redor da<br />

boca, as quilíceras -<br />

estrutura associada à<br />

manipulação do<br />

alimento. A presença dessa estrutura caracteriza o<br />

agrupamento dos quilicerados.<br />

Os quilicerados apresentam ainda, ao redor da boca, o 1<br />

par do apêndice pedipalpo de funções variadas. Possuem<br />

4 pares de patas e o abdome não apresenta apêndice, não<br />

obstante, nos escorpiões existem um par de pente sensoriais.<br />

No abdome das aranhas localizam-se glândulas<br />

responsáveis pela construção das teias – fiandeiras. Os<br />

olhos dos aracnídeos são<br />

do tipo simples,<br />

contrariamente ao dos<br />

insetos que são do tipo<br />

composto.<br />

A digestão nos<br />

aracnídeos apresenta uma<br />

particularidade, nas<br />

aranhas, a digestão<br />

extracorpórea. Como não<br />

possuem mandíbula para<br />

triturar o alimento, elas ingerem os alimentos liquefeitos<br />

por enzimas injetadas nas presas através das quilíceras, que<br />

apresentam em conectadas em sua base as glândulas<br />

produtoras dessas enzimas. A respiração é realizada por<br />

filotraquéias (por ser bastante ramificada recebe a<br />

denominação de “pulmão”-<br />

livro).<br />

Os túbulos de Malpighi,<br />

juntamente com as glândulas<br />

coxais são as estruturas<br />

excretoras que eliminam<br />

predominantemente o ácido<br />

úrico. As aranhas eliminam<br />

ainda a base nitrogenada<br />

guanina.<br />

Por possuírem antenas, os<br />

Quilópodos e Diplópodos,<br />

encontram-se, evolutivamente, mais próximos dos insetos.<br />

Apresentam adaptações para os diversos modos de vida:<br />

herbívoro ou predador, noturno ou diurno. Os<br />

representantes dos quilópodos são as lacraias e as<br />

centopéias. Esses animais são carnívoros e alimentam das<br />

mais diversas presas: vermes, caracóis, insetos e pequenos<br />

roedores.<br />

Nas lacraias, o primeiro par de patas transforma-se em<br />

forcípulas – estrutura utilizada para inocular veneno,<br />

característica do grupo. De<br />

corpo achatado e alongado,<br />

os pares (1) de patas por<br />

segmento, conferem-lhe<br />

boa habilidade na captura<br />

de alimento e na<br />

locomoção. São de hábitos<br />

noturnos.<br />

Os gongolôs ou<br />

piolho-de-cobra são<br />

representantes do grupo dos Diplópodos.<br />

A nomenclatura do grupo é justificada pelo fato desses<br />

animais apresentarem na maioria dos anéis do seu corpo<br />

cilíndrico, dois pares de patas. Os quatro primeiros anéis do<br />

corpo formam o tórax onde o primeiro não possui patas.<br />

Contrariamente aos demais anéis, os três finais do tórax,<br />

possuem um para de patas. São todos herbívoros e<br />

detritívoros, não apresentando forcípulas.<br />

O diplópodos quando ameaçados se enrolam como<br />

forma de defesa. Possuem glândulas que eliminam<br />

substâncias de baixa toxicidade e forte odor que serve para<br />

repelir os predadores. A baixa agilidade decorre do fato de<br />

suas patas serem bastante curtas. Possuem menos estruturas<br />

sensoriais que os quilópodos.<br />

Os quilópodos e diplópodos, por apresentarem um<br />

grande número de patas são geralmente definidos como<br />

Miriápodes (mil pés).<br />

Fisiologicamente, quilópodos e diplópodos são<br />

semelhantes. Apresentam digestão extracelular com tubo<br />

digestório completo. A excreção é feita por túbulos de<br />

Malpighi, sistema respiratório traqueal e sistema<br />

circulatório aberto ou lacunoso.<br />

A reprodução é sexuada e as espécies são dióicas, com<br />

desenvolvimento direto ou indireto.<br />

Obs.: A classificação dos artrópodos apresentada<br />

anteriormente foi alterada mais recentemente no entanto,<br />

os vestibulares, na sua maioria, ainda não fizeram referência<br />

às novidades sobre essa classificação.<br />

Assim, com o intuito de sermos o mais abrangente<br />

possível, estamos anexando uma tabela com as referidas<br />

mudanças na classificação dos artrópodos.<br />

CATEGORIA<br />

TAXONÔMICA<br />

Subfilo Crustácea<br />

(crustáceos)<br />

Filo A R T R O P O D A<br />

CARACTERISTICAS<br />

PRINCIPAIS<br />

Apresentam<br />

mandíbulas, axilas e<br />

outros apêndices<br />

bucais. Possuem dois<br />

pares de antenas, e o<br />

corpo é geralmente<br />

dividido em cefalotórax<br />

e abdome.


Subfilo Quilicerata<br />

(quilicerados)<br />

- Classe Merostomata<br />

(Limulus, caranguejoferradura)<br />

- Classe Arachnida<br />

(aranhas, escorpiões,<br />

ácaros)<br />

Subfio Uniramia<br />

- Classe Insecta<br />

(insetos)<br />

- Classe Chilopoda<br />

(lacraias e centopéias)<br />

- Classe Diplopoda<br />

(piolhos-de-cobra e<br />

embuás)<br />

EQUINODERMOS<br />

Apresentam quilíceras e<br />

pedipalpos. Não<br />

possuem antenas, e o<br />

corpo é geralmente<br />

dividido em cefalotórax<br />

e abdome.<br />

Apresentam<br />

mandíbulas, maxilas e<br />

outros apêndices<br />

bucais. Têm um par de<br />

antenas.<br />

Fonte - Amabis<br />

Os representantes desse filo se caracterizam por<br />

apresentarem o corpo revestido de espinhos –<br />

Equinodermata – do grego echinos = espinho, e dermatos<br />

= (pele). Todas as espécies desse filo são marinhas cujos<br />

representantes mais populares são os ouriços-do-mar, as<br />

estrelas-do-mar e os pepinos-do-mar ou holotúrias.<br />

Nesse filo estão agrupadas cinco classes: Asteroidea<br />

(estrelas-do-mar), Ophiuroidae (serpentes-do-mar),<br />

Holothuroidea (holotúrias ou pepinos-do-mar),<br />

Echinoeidae (ouriços-do-mar ou pinaúma) e Crinoidae<br />

(lírios do mar).<br />

A constituição do esqueleto é variada, podendo existir<br />

desde placas encaixadas até estruturas que se assemelham a<br />

pequenos ossos. A<br />

flexibilidade do corpo das<br />

estrelas é possibilitada por<br />

um grupo de ossículos. As<br />

holotúrias apresentam ossos<br />

microscópicos entre os<br />

músculos da parede corporal.<br />

Nos ouriços o esqueleto é<br />

constituído exclusivamente por placas achatadas e<br />

fortemente unidas. São animais celomados.<br />

O sistema digestório é bastante simples e, em geral<br />

completo. Nos ofiuróides falta o ânus. Os ouriços<br />

apresentam um aparelho<br />

ralador que lhes permite<br />

retirar algas das diversas<br />

superfícies que lhe serve<br />

de alimento. Essa estrutura<br />

é denominada de lanternade-aristóteles<br />

e consiste em cinco dentes arranjados em<br />

forma de estrela. As estrelas realizam digestão<br />

extracorpórea. Ejetam parte do tubo digestório (estômago)<br />

sobre a presa que sofrem a ação degradadora das enzimas.<br />

Já as holotúrias e as serpentes retiram nutrientes (detritos e<br />

microorganismos) da areia onde vivem enterrados.<br />

A respiração pode ocorrer por difusão ou através de<br />

brânquias ou pelos pés abulacrais. Nas estrelas existem,<br />

entre os espinhos, papilas respiratórias.<br />

O sistema nervoso é constituído por um anel por um anel<br />

nervoso que se dispõe em torno da boca e dele partem um<br />

conjunto de nervos radiais que se conectam a um incipiente<br />

conjunto de estruturas sensoriais (químicas e táteis).<br />

A reprodução é sexuada com a maioria das espécies<br />

dióicas, com fecundação externa e desenvolvimento<br />

indireto.<br />

Os equinodermos possuem grande capacidade de<br />

regeneração das partes de seu corpo podendo, muitas vezes<br />

originar, a partir de um fragmento, um organismo inteiro.<br />

Os equinodermos possuem uma espécie de sistema<br />

hidráulico – sistema ambulacral – constituído por um<br />

conjunto de tubos e bolsas cheias de água do mar que se<br />

comunicam como um conjunto de apêndices externos – pés<br />

ambulacráis.<br />

A circulação da água, sob pressão, promove a ocorrência<br />

de movimentos, coordenados pelo sistema nervoso, e<br />

permite a locomoção, fixação e captura de alimento. A água<br />

do mar penetra no sistema por uma abertura denominada de<br />

placa madrepórica.<br />

Os animais desse filo, quando adultos, apresentam<br />

simetria radial, no entanto, durante a fase larvar, sua<br />

simetria é a mesma dos cordados. A simetria bilateral<br />

durante a fase larvar juntamente com a presença de um<br />

exoesqueleto aproximam evolutivamente esses grupos.<br />

Exercícios<br />

01. (UERN-2008) Os desenhos abaixo ilustram<br />

representantes de diferentes filos animais. Sobre eles,<br />

podemos afirmar corretamente que:<br />

A) 1, 3, 5 pertencem a filos exclusivamente marinhos.<br />

265


266<br />

B) 5 é, filogeneticamente, mais próximo do ser humanos do<br />

que 3.<br />

C) Massa visceral, manto e pés ambulacrários são<br />

características próprias de animais do filo de 3.<br />

D) Dentre estes representados, 2 é, filogeneticamente, o<br />

mais próximo de 4.<br />

02. (U. Taubaté-SP) Invertebrados fixos, diblásticos sem<br />

órgãos, com digestão exclusivamente intracelular, com<br />

larva ciliada livre e natante. Trata-se de:<br />

a) protozoários.<br />

b) espongiários.<br />

c) equinodermos.<br />

d) nematelmintos.<br />

e) celenterados.<br />

03. (F.F.Celso Lisboa-RJ) As esponjas apresentam habitat:<br />

a) totalmente marinho.<br />

b) totalmente aquático.<br />

c) água doce e terra úmida.<br />

d) totalmente água doce.<br />

e) totalmente terrestre.<br />

04. (UNIRIO-RJ) Qual das alternativas abaixo justifica a<br />

classificação das esponjas no sub-reino Parazoa?<br />

a) Ausência de epiderme<br />

b) Ocorrência de fase larval<br />

c) Inexistência de órgãos ou de tecidos bem definidos<br />

d) Habitat exclusivamente aquático<br />

e) Reprodução unicamente assexuada<br />

05. (Osec-SP) No filo Coelenterata são encontradas as<br />

classes Scyphozoa, Anthozoa e Hydrozoa, exemplificadas,<br />

respectivamente, por:<br />

a) medusa, anêmona-do-mar e hidra.<br />

b) medusa, anêmona-do-mar e corais.<br />

c) corais, medusa e hidra.<br />

d) anêmonas-do-mar, corais e hidra.<br />

e) hidra, medusa e corais.<br />

06. O aparelho digestivo dos celenterados é<br />

essencialmente constituído de:<br />

a) tubo ramificado com boca e ânus separados.<br />

b) boca e cavidade digestiva gastrovascular saculiforme.<br />

c) tubo ramificado com boca e ânus acoplados.<br />

d) boca, faringe, esôfago, reto e ânus.<br />

e) boca, faringe, papo, intestino e ânus.<br />

07. (OSEC-SP) Dentre as alternativas abaixo, assinale o<br />

principal avanço evolutivo dado pelos celenterados,<br />

mantido e desenvolvido pelos animais mais evoluídos:<br />

1. Presença de células urticantes.<br />

2. Digestão extracelular.<br />

3. Passagem do meio aquático para o terrestre.<br />

4. Sistema circulatório.<br />

5. Tubo digestivo completo.<br />

08. (PUC-RS) Os platelmintos são animais que apresentam<br />

o corpo achatado e sua espessura, quase desprezível,<br />

proporciona uma grande superfície em relação ao volume,<br />

o que lhes traz vantagens. A forma achatada desses animais<br />

relaciona-se diretamente com a ausência dos sistemas:<br />

1. digestivo e excretor.<br />

2. respiratório e circulatório.<br />

3. excretor e circulatório.<br />

4. digestivo e secretor.<br />

5. secretor e nervoso.<br />

09. (F. M. Santo Amaro-SP) Sobre os platelmintos da<br />

classe Turbellaria, pode-se afirmar:<br />

1. São todos parasitas.<br />

2. São encontrados em ambientes secos.<br />

3. Têm na planaria o seu representante mais conhecido.<br />

4. Têm na tênia o seu representante mais conhecido.<br />

5. As alternativas a e d são corretas.<br />

10. (Ceeteps) No ciclo evolutivo da Taenia solium, o<br />

homem fará o papel de hospedeiro intermediário quando:<br />

1. andar descalço em local contaminado.<br />

2. ingerir ovos da Taenia.<br />

3. for picado por Anopbeles.<br />

4. comer carne de porco com larvas da Taenia.<br />

5. nadar em água com caramujo contaminado.<br />

11. Relacione as descrições dos Sistemas Circulatórios<br />

com seus respectivos Filos animais:<br />

I - Ausente. O alimento é distribuído diretamente da<br />

cavidade gastrovascular.<br />

II - Ausente. O alimento é distribuído pelo intestino muito<br />

ramificado.<br />

III - Ausente. O alimento é distribuído pelo fluido da<br />

cavidade pseudocelômica.<br />

IV - Presente. Do tipo fechado, com vasos pulsáteis e<br />

sangue dotado de pigmentos respiratórios.<br />

V - Presente. Do tipo aberto, com coração e vasos<br />

sangüíneos, onde circula o fluido celômico.<br />

P – Artrópodes S - Nematelmintos Q - Anelídeos<br />

T - Platelmintos R - Moluscos U - Cnidários<br />

Assinale a opção que contém as associações corretas.<br />

1. I - P; II - Q; III - R; IV - S; V - T<br />

2. I - P; II - Q; III - R; IV - T; V - U<br />

3. I - P; II - Q; III - R; IV - U; V - T<br />

4. I - U; II - T; III - S; IV - Q; V - P<br />

5. I - U; II - T; III - R; IV - Q; V - S<br />

12. (Fuvest-SP)"... a represa Billings pode transformar-se<br />

em grave foco de contaminação de esquistossomose na<br />

região metropolitana de São Paulo." (Folha de S. Paulo,<br />

20/09/84)<br />

Essa afirmação foi feita porque na região da represa


existem:<br />

a) bactérias causadoras da doença.<br />

b) protozoários causadores da doença.<br />

c) mosquitos transmissores do vírus causador da doença.<br />

d) barbeiros transmissores do protozoário causador da<br />

doença.<br />

e) caramujos hospedeiros do verme causador da doença.<br />

13. (MACK-SPI) Assinale a alternativa que apresenta<br />

apenas parasitoses que não envolvem mosquito como<br />

agente transmissor.<br />

a) esquistossomose, ancilostomose e ascaridíase<br />

b) esquistossomose, ascaridíase e malária<br />

c) elefantíase, malária e ancilostomose<br />

d) elefantíase, esquistossomose e ancilostomose<br />

e) teníase, malária e ancilostomose<br />

14. (CESGRANRIO-RJ) A elefantíase ou filariose é uma<br />

parasitose comum na região amazônica. Sua profilaxia pode<br />

ser feita através do combate ao inseto vetor e do isolamento<br />

e tratamento das pessoas doentes. O agente causador e o<br />

hospedeiro intermediário dessa parasitose são,<br />

respectivamente:<br />

a) Ascaris lumbricoides e um mosquito do gênero Culex.<br />

b) Wuchereria bancrofti e um mosquito do gênero Culex.<br />

c) Wuchereria bancrofti e o caramujo.<br />

d) Schistosoma mansoni e a filária.<br />

e) Ancylostoma duodenale e a filária.<br />

15. (Unifor-CE) A minhoca apresenta respiração ( I ) e<br />

circulação ( II ). Para completar corretamente a frase acima,<br />

I e II devem ser substituídos, respectivamente, por:<br />

a) cutânea e aberta.<br />

b) cutânea e fechada.<br />

c) branquial e aberta.<br />

d) branquial e fechada.<br />

e) traqueal e fechada.<br />

16. (UFPA) Entre os principais grupos de seres vivos, os<br />

animais cujo corpo é segmentado, isto é, formado por<br />

numerosos anéis repetidos (metâmeros) e seus<br />

representantes mais populares são as minhocas e as<br />

sanguessugas, pertencem ao Filo:<br />

a) Mollusca.<br />

b) Nemathelmynthes.<br />

c) Anellida<br />

d) Plathelmynthes.<br />

e) Arthropoda.<br />

17. (USU-RJ) Dentro do Filo Mollusca encontramos<br />

diversos indivíduos, distribuídos em seis classes.<br />

Identifique nas alternativas abaixo quais os animais citados<br />

que possuem as seguintes características: corpo com cabeça<br />

diferenciada; um ou dois pares de tentáculos cefálicos; pé<br />

em forma de sola musculosa; geralmente com concha<br />

espiralada; encontrado em todos os habitats.<br />

a) polvo e lula<br />

b) mexilhão e ostra<br />

c) sernambi e sururu<br />

d) nautílus e argonauta<br />

e) lesma e caramujo<br />

18. (UFMG) Todas as afirmativas sobre o filo Artrópode<br />

estão corretas, exceto:<br />

a) O exoesqueleto quitinoso favoreceu seu sucesso<br />

evolutivo.<br />

b) A excreção se faz por túbulos de Malpighi ou glândulas<br />

especiais.<br />

c) Formas parasitas são encontradas em diversas de suas<br />

classes.<br />

d) O sistema nervoso é dorsal, com gânglios cefálicos.<br />

e) A circulação é aberta contendo, ou não, no sangue,<br />

pigmentos respiratórios.<br />

19. (Unesp-SP) Analise os itens abaixo, identificando em<br />

qual está relacionado um filo com um animal seu<br />

representante:<br />

FILO ANIMAL<br />

A alternativa<br />

verdadeira é:<br />

a) somente I é correta.<br />

b) somente I e II são corretas.<br />

c) somente II e III são corretas.<br />

d) somente I e III são corretas.<br />

e) I, II e III são corretas.<br />

20. (Visc. Cairu) A<br />

figura esquematiza os<br />

anexos embrionários<br />

em répteis, aves e<br />

mamíferos.<br />

Quanto a aspectos<br />

evolutivos e funcionais<br />

das estruturas<br />

representadas, pode-se<br />

afirmar:<br />

I. Porifera<br />

II. Coelenterata<br />

III. Arthropoda<br />

pólipos<br />

medusas<br />

caranguejo<br />

I. A desidratação do embrião é evitada pela presença do<br />

âmnio.<br />

II. O córion, em mamíferos, produz vilosidades que<br />

originam a placenta.<br />

III. Anexos embrionários representam adaptações dos<br />

animais para a conquista do meio terrestre.<br />

IV. O desenvolvimento da placenta favoreceu o sucesso<br />

evolutivo dos mamíferos.<br />

21 .(UESC-99) O diagrama expressa a diversidade relativa<br />

de espécies biológicas atualmente reconhecidas<br />

considerando agrupamentos arbitrários.<br />

267


A partir da análise do diagrama,<br />

pode-se afirmar:<br />

01) A organização não-celular é<br />

favorável à evolução.<br />

02) A biodiversidade é sempre<br />

maior entre os seres<br />

autotróficos.<br />

03) A maior expressividade<br />

evolutiva é encontrada nos<br />

unicelulares.<br />

04) A condição procariótica inviabiliza a evolução.<br />

05) A aquisição de mecanismos para dispersão favorece à<br />

diversificação.<br />

22. (UESC-98). Considerando-se que as drosófilas estão<br />

incluídas na Classe Insecta, devem, entre outros aspectos,<br />

caracterizar-se, porque<br />

01) estão incluídas num filo de animais restritos a ambientes<br />

terrestres.<br />

02) formam populações bastante uniformes com pouca<br />

variabilidade fenotípica.<br />

03) apresentam o corpo organizado em duas regiões, o<br />

cefalotórax e o abdômen.<br />

04) se reproduzem espontaneamente em laboratório com<br />

gerações assexuais numerosas.<br />

05) apresentam o desenvolvimento submetido ao fenômeno<br />

da ecdise.<br />

23. (UESB – 2009/1) A tabela e a ilustração a seguir<br />

mostram características embrionárias presentes nos<br />

principais filos animais.<br />

Considerando-se o destino do blastóporo ao longo do<br />

processo evolutivo dos animais, é correto afirmar:<br />

01) O desenvolvimento do blastóporo é uma característica<br />

que é compartilhada por animais e plantas no início do<br />

desenvolvimento embrionário.<br />

02) O blastóporo é uma cavidade presente no embrião, que<br />

se comunica com o exterior, por meio de uma abertura<br />

denominada arquênteron.<br />

03) A formação da boca a partir do blastóporo é uma<br />

característica presente nos animais mais complexos, como,<br />

por exemplo, no grupo dos vertebrados.<br />

04) A presença de um blastóporo originando o ânus envolve<br />

uma formação enterocélica do celoma em animais<br />

deuterostômios.<br />

05) Vermes, como as planárias, são considerados<br />

organismos protostômios por apresentarem uma origem<br />

esquizocélica do seu celoma.<br />

268<br />

24. (Fuvest-SP) O esquema abaixo representa o ciclo de<br />

vida de um invertebrado. Este animal pertence aos:<br />

Presença de<br />

cavidade<br />

corporal<br />

a) Porifera.<br />

b) Brachiopoda.<br />

c) Ctenophora.<br />

d) Bryozoa.<br />

e) Hydrozoa.<br />

Origem do<br />

celoma<br />

Destino do<br />

blastóporo<br />

Filos<br />

- - - Cnidária<br />

Acelomado - - Plateyhelmint<br />

hes<br />

Pseudoceloma<br />

do<br />

Celomado<br />

- - Nematoda<br />

Esquizoceloma<br />

dos<br />

Enterocelomado<br />

Protostômios<br />

Deuterostômi<br />

os<br />

Mollusca<br />

Annelida<br />

Arthrópoda<br />

Echinodermat<br />

a<br />

Chordata


CORDADOS<br />

De traços característicos bastante diversificados e de,<br />

aparentemente, não demonstrarem, relações de parentescos,<br />

os Cordados são animais que apresentam, na fase adulta ou<br />

na fase embrionária, uma estrutura de sustentação<br />

denominada de Notocorda.<br />

Os cordados apresentam grande diversidade de<br />

estruturas anatomo-fisiológicas, fato que possibilitou a<br />

ocupação dos mais diversificados habitas e ecossistemas.<br />

Os representantes desse filo apresentam uma série de<br />

características comuns que permitem o agrupamento no filo<br />

Chordata.<br />

Os cordados são animais triblásticos (apresentam três<br />

folhetos embrionários), celomados (possuem cavidade<br />

corporal – celoma), deuterostômios (o blastóporo origina o<br />

ânus), possuem esqueleto interno, sistema circulatório<br />

fechado (exceção dos protocordados), apresentam<br />

metamerização (corpo segmentado) e, pelo menos, durante<br />

o desenvolvimento embrionário, tubo nervoso dorsal,<br />

fendas faringianas e notocorda.<br />

Tubo nervoso dorsal – estrutura dorsal que se origina do<br />

folheto embrionário ectoderma e que dará origem ao<br />

sistema nervoso.<br />

Fendas faringianas ou fendas branquiais – conjunto de<br />

fendas que se desenvolvem lateralmente na faringe dos<br />

embriões. Na maioria dos cordados aquáticos essas fendas<br />

originarão as brânquias, enquanto que nos terrestre elas<br />

desaparecem ao longo do desenvolvimento embrionário.<br />

Notocorda - uma estrutura de sustentação formada por<br />

grandes células e tecido fibroso. Forma-se a partir do<br />

mesoderma e tem por função sustentar o tubo nervoso,<br />

definindo o eixo longitudinal dos embriões. Nos cordados<br />

superiores (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) a<br />

notocorda é substituída pela a coluna vertebral,<br />

caracterizando o subfilo dos vertebrados. A medula nervosa<br />

localiza-se no interior da coluna vertebral.<br />

Cauda - prolongamento de determinada região do corpo<br />

dos embriões além do ânus. De grande diversidade<br />

estrutural pode permanecer em alguns indivíduos adultos<br />

desempenhando as mais diversas funções adaptativas<br />

(defesa, natação, preensão e apoio).<br />

CLASIFICAÇÃO DOS CORDADOS<br />

Os cordados são classificados em função do período da<br />

vida em que a notocorda está presente ou da sua localização<br />

no corpo.<br />

Protocordados – são cordados primitivos e invertebrados e<br />

compreendem dois subfilos: Urohordata e<br />

Cephalochordata. Os urocordados apresentam notocorda<br />

apenas na fase larvar e na região caudal. Podem viver em<br />

colônias ou de formas independentes e os indivíduos<br />

adultos vivem submersos e fixados em rochedos ou algas de<br />

grande porte – são todos marinhos.<br />

Por apresentarem uma cobertura (capa ou túnica) são<br />

denominados de tunicados. A túnica apresenta duas<br />

aberturas por onde a água entra e sai, são respectivamente<br />

denominados de sifão inalante e sifão exalante. Ex.: ascídia.<br />

Cefalocordados - a denominação decorre do fato de<br />

apresentarem um notocorda que se estende da cabeça à<br />

cauda. Seu principal representante são os anfioxos –<br />

animais de corpo transparente em forma de lanceta, e que<br />

podem atingir até 15 cm de comprimento. O<br />

desenvolvimento embrionário desses animais foi<br />

exaustivamente estudado sendo uma referência para o<br />

desenvolvimento dos demais cordados.<br />

UROCORDADOS E CEFALOCORDADOS<br />

FISIOLOGIA UROCORDADOS CEFALOCORDADOS<br />

Filtram partículas da<br />

água do mar que entra<br />

DIGESTÃO<br />

pela boca e sai pelas<br />

Partículas<br />

fendas branquiais<br />

orgânicas do mar<br />

caindo numa cavidade o<br />

que circula em seu<br />

átrio. O tubo digestório<br />

corpo<br />

é completo – não<br />

possuem a cavidade<br />

estomacal.<br />

CIRCULAÇÃO<br />

Aberta e com<br />

reversão do fluxo<br />

Aberta<br />

sanguíneo<br />

RESPIRAÇÃO Cutânea Cutânea<br />

EXCREÇAO Difusão Protonefrídios<br />

Gânglio subfaríngeo<br />

e nervos<br />

Tubo neural dorsal e<br />

SIST. NERVOSO<br />

nervos – receptores<br />

que se ramificam<br />

E SENSORIAL<br />

táteis de paladar, olfato<br />

por todo o corpo –<br />

e de luminosidade.<br />

corpúsculos táteis<br />

REPRODUÇÃO<br />

Sexuada<br />

(fecundação<br />

externa) e<br />

assexuada<br />

(brotamento) com<br />

espécies monóicas<br />

e dióicas<br />

Sexuada (fecundação)<br />

externa e organismos<br />

dióicos<br />

OS GRANDES GRUPOS DOS VERTEBRADOS<br />

PEIXES – são cordados aquáticos de grande distribuição<br />

nos diversos ecossistemas. Constituem dois grandes grupos:<br />

Condrictes (esqueleto cartilaginoso – tubarões e raias<br />

Osteictes ( esqueleto ósseo – sardinha, piranhas etc.)<br />

269


predadores quando são venenosos. Os sapos apresentam<br />

glândula paratóides (produtoras de venenos).<br />

- O sistema esquelético é semelhante aos dos répteis aves e<br />

mamíferos apresentando membros inferiores e superiores<br />

(patas).<br />

Características gerais<br />

- Pele produtora de muco que recobre as escamas.<br />

- Esqueleto axial(coluna vertebral) e apendicular (membros<br />

– nadadeiras).<br />

- Sistema digestório completo, circulação simples,<br />

respiração branquial, excreção por mesonefrons e<br />

amoniotélica (os cartilaginosos são ureotélicos),<br />

reprodução sexuada com fecundação interna e externa de<br />

desenvolvimento direto ou indireto. Existem espécies<br />

ovíparas, ovovivíparas e, alguns cartilaginosos são<br />

vivíparos. Sistema nervoso centralizado e dorsal. Possuem<br />

um excelente sistema de orientação sob controle do sistema<br />

nervoso central denominado de linha lateral. Sistema visual<br />

bem desenvolvido<br />

- O sistema digestório é completo, circulação fecha, dupla e<br />

incompleta (coração tricavídico – dois átrios e um<br />

ventrículo). A respiração é do tipo pulmonar, cutânea (fase<br />

adulta) e branquial (larvar). A excreção é feita por rins do<br />

tipo mesonefron que eliminam urina rica em uréia e<br />

pequena quantidade de amônia. A reprodução é do tipo<br />

sexuada com fecundação externa com desenvolvimento<br />

externo e indireto (anuros) ou interna (urodelos e ápodos).<br />

Nas salamandras pode ocorrer de suas larvas se tornarem<br />

sexualmente maduras e, sendo fecundadas originarem<br />

descendentes num fenômeno denominado de neotenia. O<br />

sistema nervoso é dorsal centralizado.<br />

Os anfíbios apresentam olhos bem desenvolvidos com<br />

pálpebras e glândulas lacrimais e um sistema auditivo que<br />

permite a percepção de sons do ambiente terrestre,<br />

sobretudo da emissão de sons nos rituais de acasalamento –<br />

alguns possuem cordas vocais, coaxam.<br />

Répteis – é o primeiro agrupamento de animais que<br />

conquista definitivamente o ambiente terrestre.Essa<br />

conquista está relaciona à aquisição de determinadas<br />

adaptações, a saber: a pele recoberta de escamas ou placas<br />

córneas constituídas de queratina que evita o ressecamento,<br />

independência da água para reprodução uma vez que<br />

apresentam fecundação interna com postura de ovo com<br />

casca (ovo terrestre), protegido do ressecamento e grande<br />

reserva de nutrientes para o embrião; respiração<br />

exclusivamente pulmonar com superfície pulmonar interna<br />

bem desenvolvida e mais eficiente que a dos anfíbios;<br />

excreção sob a forma de ácido úrico que, eliminado<br />

juntamente com as fezes proporciona ótima economia de<br />

água.<br />

A classe Reptilia compreende as ordem Squamata<br />

(lagartos – lacertílios e cobras ou serpentes - ofídios),<br />

Chelonia (tartarugas, cágados e jabutis) e Crododilia<br />

(crocodilos e jacarés – répteis superiores).<br />

270<br />

Anfíbios - pioneiros na conquista do ambiente terrestre, no<br />

entanto ainda dependem do meio aquático para se<br />

reproduzirem. É essa dualidade de habitat que confere o<br />

nome do grupo (amphi = duas bios = vida). Estes animais<br />

são reconhecidos como rãs, sapos, pererecas e salamandra.<br />

A base de classificação considera a presença ou não de patas<br />

e cauda sendo donsideradas 3 ordens: Anura (adultos sem<br />

cauda – sapos, rãs e pererecas) Urodela (possuem cauda –<br />

salamandras) e Apoda (menos conhecidos e desprovidos de<br />

patas e corpo alongado – cobras-cegas)<br />

Características gerais<br />

- Os adultos apresentam a pele úmida com inúmeras<br />

glândulas produtoras de muco fato que permite a respiração<br />

cutânea. Alguns apresentam a pele pigmentada que lhes<br />

serve como atrativo sexual, camuflagem ou de aviso para


Características gerais<br />

Sistema digestório completo e dieta diversificada,<br />

circulação dupla fechada e incompleta (coração tricavídico<br />

– quelônios ofídios e lacertílios ou tetracavídico –<br />

crocodilianos) e de respiração pulmonar. A excreção é do<br />

tipo uricotélica e feitas por rins metanéfrons. A reprodução<br />

é sexuada com fecundação interna apresentando indivíduos<br />

ovíparos e ovovivíparos (serpentes). Entre os ofídios<br />

encontramos um grande número de indivíduos inoculadores<br />

de venenos e responsáveis por um grande número de<br />

vítimas, sobretudo na zona rural. As serpentes e lagartos<br />

possuem olhos bem desenvolvidos e uma língua bifurcada<br />

que captam estímulos químicos e os enviam para um órgão<br />

especializado em interpretá-los – os órgãos de Jacobson.<br />

Nas cascavéis encontram-se, entre os olhos, duas<br />

fossetas loreais, cavidades que funciona como sensores de<br />

temperatura, fato que possibilita localizar presas de sangue<br />

quente, a partir do calor emanado por elas.<br />

Aves - são bípedes, em virtude da adaptação dos membros<br />

anteriores em asas. O corpo é coberto de penas que<br />

contribuem para a manutenção da temperatura do corpo e<br />

do vôo – apresentam homeotermia. Os maxilares<br />

transformaram-se em bico sem, no entanto, desenvolverem<br />

dentes. Apresentam alguns vestígios de características dos<br />

répteis como escamas nas pernas e a presença de um só<br />

côndilo occipital, fato que justifica amplitude de rotação da<br />

cabeça sobre o pescoço. Os sacos aéreos ligados aos<br />

pulmões, que se enchem de ar e se comunicam com os ossos<br />

pneumáticos facilita o vôo. Não apresentam bexiga<br />

urinária, e, por esse motivo, a eliminação de urina (rica em<br />

ácido úrico) é constante e simultânea com as fezes. O<br />

sistema digestório é completo, apresentando pâncreas,<br />

fígado e vesícula biliar. Uma dilatação no esôfago – o papo,<br />

nas aves que comem grãos, armazena temporariamente o<br />

alimento onde é amolecido. O estômago é do tipo composto<br />

sendo formado pelo proventrículo (estômago químico)e<br />

pela moela (estômago mecânico com função de<br />

maceração).<br />

desenvolvidos, com uma membrana nictitante (que corre<br />

cobrindo o olho no sentido horizontal semelhantemente a<br />

uma cortina). São animais dióicos, com acentuado<br />

dimorfismo sexual. A fecundação é interna por atrito entre<br />

as cloacas – não possuem pênis, excetuando-se os patos,<br />

marrecos, gansos, emas e avestruzes. São ovíparos e de<br />

desenvolvimento direto. As glândulas uropigianas,<br />

localizadas na pele junto à cauda, estimuladas pelo bico<br />

liberam uma secreção gordurosa que, impermeabilizando as<br />

penas cria condições para o nado.<br />

A cintura e a bacia são fundidas como forma de<br />

adaptação para o voo.<br />

Mamíferos - A presença glândulas mamárias produtoras<br />

e secretoras de leite, nas fêmeas, é a característica que dá<br />

nome ao grupo. Conseguem manter a temperatura corpórea<br />

elevada e constante em função de apresentarem pêlos e uma<br />

camada de gordura que funcionam como isolante térmico.<br />

A camada de gordura consiste numa reserva de energética e<br />

capaz de gerar calor quando da sua oxidação. A elevada<br />

eficiência dos sistemas circulatório e respiratório<br />

possibilita, às células, queimar material orgânico com<br />

grande rapidez.<br />

A homeotermia, associada a outras características,<br />

como presença de cérebro, sentidos bem desenvolvidos,<br />

agilidade, mastigação e rápida digestão, permitiram aos<br />

mamíferos, por irradiação adaptativa, conquistarem os<br />

mais diversos habitats (terrestres, aéreos e aquáticos).<br />

A grande maioria útero, que se destina a abrigar o<br />

concepto durante todo seu período de formação<br />

embrionária. O desenvolvimento interno do embrião é<br />

possível devido a presença da placenta, um anexo<br />

embrionário que permite as trocas respiratórias e nutritivas<br />

entre o feto e a mãe. A respiração é do tipo pulmonar, onde<br />

os pulmões encontram-se revestidos por uma membrana<br />

chamada pleura. Presença de diafragma separando a<br />

cavidade torácica da cavidade abdominal.<br />

O<br />

intestino grosso é ausente (adaptação para o vôo) e o<br />

delgado termina na cloaca. A respiração é do tipo pulmonar,<br />

sendo que os pulmões, bem diferente dos vertebrados. São<br />

constituídos de finíssimos tubos paralelos chamados<br />

parabronquíolos. A circulação é dupla, fechada e<br />

completa. O coração é tetracavídico. Possuem olhos bem<br />

271


Eutheria (placentários) –<br />

Inclui a maioria dos<br />

mamíferos. Ex.:<br />

carnívoros, roedores,<br />

primatas etc.<br />

Questões 01 a 04 UFBA -1994<br />

INSTRUÇÃO: Assinale as afirmativas corretas e, em<br />

seguida, marque, na Folha de Respostas, apenas um valor<br />

entre 01 e 05, de acordo com a Chave de Respostas abaixo.<br />

01) Apenas as afirmativas I e IV são corretas.<br />

02) Apenas as afirmativas II e III são corretas.<br />

03) Apenas as afirmativas I , II e IV são corretas.<br />

04) Apenas as afirmativas I, III e são corretas.<br />

05) Todas as afirmativas são corretas.<br />

01. Quando ameaçados por uma acentuada elevação de<br />

temperatura, organismos tão diversos quanto bactérias,<br />

leveduras, moscas de fruta ou o homem respondem da<br />

mesma forma: apresentam, no seu padrão de transcrição<br />

gênica e de síntese protéica, um conjunto de alterações a<br />

que se dá o nome de resposta ao choque térmico.<br />

(BONATO, p.55)<br />

272<br />

Nos mamíferos o Encéfalo é altamente desenvolvido,<br />

mostrando numerosas circunvoluções (girencéfalo - giros),<br />

o que o torna bastante eficiente em relação aos demais tipos<br />

(Lissencéfalo - liso). O crânio tem dois côndilos occipitais,<br />

fato que limita uma rotação mais ampla da cabeça sobre o<br />

pescoço. A circulação é dupla e completa, apresentando<br />

um coração com quatro cavidades distintas. As hemácias<br />

dos mamíferos são bicôncavas e anucleadas.<br />

SUB-CLASSES DOS MAMÍFEROS<br />

Prototheria<br />

(monotremados) - mamíferos<br />

primitivos cuja boca possui<br />

bico córneo e que se reproduz<br />

através da postura de ovos.<br />

Ex.: ornitorrinco e equidna.<br />

Metatheria (masurpiais ou<br />

aplacentários) – As crias nascem<br />

prematuras e são mantidas dentro<br />

da bolsa marsupial, no ventre<br />

materno, onde completa o seu<br />

desenvolvimento. Ex.: cangurus,<br />

gambás, coalas e lobos-da-tasmânia.<br />

Em seres humanos, temperaturas maternas maiores que<br />

38,9 ºC, do vigésimo primeiro ao vigésimo oitavo dia de<br />

gestação, estão associadas a defeitos do tubo neural, como<br />

anencefalia, microcefalia e espinha bífida.<br />

(BONATO, p.55)<br />

Com base na análise dos textos, pode-se dizer:<br />

I - A capacidade de responder ao choque térmico é restrita<br />

a organismos homeotérmicos.<br />

II - A resposta ao choque térmico é terminada por eventos<br />

condiciona geneticamente.<br />

III - Temperaturas acima dos níveis fisiológicos produzem<br />

efeitos irreversíveis, durante a gênese do sistema nervoso<br />

central.<br />

IV - A resposta ao choque térmico, em diferentes estágios<br />

do desenvolvimento, evidencia limites de resistência do<br />

organismo a uma agressão do meio.<br />

02. Baleias, focas, golfinhos e outros mamíferos aquáticos<br />

têm adaptações que lhes permitem mergulhar, para buscar<br />

alimento, ou para desaparecer da superfície da água por<br />

vários minutos, iludindo, assim, seus inimigos. Mamíferos<br />

mergulha dores, em relação aos não-mergulhadores têm<br />

cerca de duas vezes o volume de sangue, relativo ao peso<br />

corpóreo. Não têm, contudo, pulmões maiores do que os<br />

não mergulhadores. Muitos têm altas concentrações de<br />

mioglobina.<br />

Quando um mamífero mergulha a seu limite, é ativado um<br />

grupo de mecanismos fisiológicos, conhecido<br />

coletivamente como reflexo de mergulho. A respiração<br />

para. Ocorre uma bradicardia (diminuição da frequência


cardíaca). A taxa cardíaca pode diminuir a um décimo da<br />

normal. O sangue é redistribuído, indo em maior quantidade<br />

para o cérebro e o coração. Os músculos trocam o<br />

metabolismo aeróbico pelo anaeróbico.<br />

(VILLEE, p.1029 - tradução, adaptação)<br />

04. A figura abaixo ilustra relações existentes entre<br />

músculos, ossos e órgãos vitais, em mamíferos.<br />

Da análise do texto, depreende-se:<br />

I -Os pulmões são órgãos pouco requisitados, nos animais<br />

mergulhadores, devido à irrelevância da tomada de ar<br />

atmosférico.<br />

II - Altas concentrações de mioglobina x favorecem a<br />

atividade respiratória aeróbica, por mais tempo.<br />

III - A redistribuição do sangue para o cérebro e para o<br />

coração, durante o mergulho, revela maior susceptibilidade<br />

destes órgãos à anoxia.<br />

IV - As alterações cardíacas do animal, durante o<br />

mergulho, representam um mecanismo de economia de<br />

oxigênio.<br />

03. Em seres humanos, como em muitos outros vertebrados<br />

terrestres, os rins, a pele, os pulmões e o sistema digestivo<br />

funcionam, dei algum modo, na eliminação de resíduos. Os<br />

pulmões excretam água e dióxido de carbono resultantes da<br />

respiração celular de todos os tecidos do corpo. O fígado<br />

produz sais e pigmentos biliares, que passam ao intestino e<br />

são, então, eliminados do corpo, com as fezes. Embora<br />

primariamente relacionadas com a regulação da<br />

temperatura do corpo, as glândulas sudoríparas também<br />

eliminam 5 a 10% de todos os excretas metabólicos.<br />

Resíduos nitrogenados produzidos pelo fígado são<br />

transportados para os rins são excretados na urina.<br />

Em relação aos processos metabólicos referidos no texto,<br />

pode-se afirmar:<br />

I - A eliminação da água produzida pela respiração<br />

requer estruturas exclusivas para esta função.<br />

II - Os excretas produzidos pelo fígado ,são transportados<br />

para os órgãos ex cretores por est~~~t,wraspróprias a<br />

cada órgão.<br />

III- A atividade renal, em vertebrados terrestres, é regulada<br />

em função das variações de temperatura e umidade a que<br />

estão submetidos.<br />

IV - As funções dos rins e do sistema digestivo se limitam<br />

a processos de excreção.<br />

Da análise dessas relações, conclui-se:<br />

I - O plano de organização estrutural do esqueleto e<br />

adaptado à proteção de tecidos vitais.<br />

II - O sistema muscular e o esquelético constituem a base<br />

física de uma estratégia para obtenção de alimento.<br />

III - A ação de músculos extensores e flexores é<br />

inteiramente independente de controle voluntário.<br />

IV - Músculos esqueléticos funcionam de modo harmônico<br />

e antagônico, permitindo o movimento dos ossos.<br />

FISIOLOGIA ANIMAL<br />

SISTEMA DIGESTÓRIO<br />

Digestão: Processo de degradação química de moléculas<br />

complexas em moléculas simples com o propósito da<br />

absorção.<br />

Ex.:<br />

Amido maltose glicose<br />

Proteínas polipeptídeos aminoácidos<br />

Lipídios ácidos graxos e glicerol<br />

Essa degradação é justificada pelo fato de que as grandes<br />

moléculas não conseguiriam atravessar as membranas<br />

celulares.<br />

Constituição:<br />

língua<br />

a) Boca dentes<br />

glândulas salivares<br />

c) Faringe<br />

glote<br />

d) Esôfago<br />

cárdia<br />

273


274<br />

digestão das proteínas<br />

e) Estômago suco gástrico<br />

mucina<br />

piloro<br />

f) Intestino<br />

duodeno<br />

Delgado jejuno<br />

íleo<br />

ceco<br />

Grosso cólons<br />

reto<br />

g) Ânus<br />

salivares<br />

Glândulas anexas pâncreas<br />

fígado<br />

Fenômenos digestivos<br />

mastigação<br />

Fenômenos mecânicos deglutição<br />

peristalse<br />

insalivação<br />

Fenômenos químicos quimificação<br />

quilificação<br />

DIGESTÃO NOS HUMANOS<br />

A digestão pode se iniciar na cavidade bucal, desde que<br />

nos alimentos ingeridos contenha amido uma vez que a<br />

única enzima digestiva existente na saliva é uma amilase a<br />

ptialina. Assim, sob ação da ptialina, o amido começa a ser<br />

transformado em maltose. Não obstante, todo alimento,<br />

uma vez na cavidade bucal, sofre a ação mecânica da<br />

mastigação e é<br />

umedecido pela saliva<br />

(insalivação).<br />

Uma vez mastigado<br />

(reduzidos a pedaços<br />

pequenos), pela ação<br />

da língua, o bolo<br />

alimentar<br />

é<br />

“empurrado” para o<br />

esôfago – é o<br />

fenômeno mecânico da<br />

deglutição.<br />

A passagem do alimento pela faringe induz o<br />

fechamento de uma prega que funciona como válvula<br />

impedindo a descida do alimento para as vias respiratórias.<br />

Denominamos essa prega de glote ou epiglote.<br />

Sob intensos movimentos de contração do esôfago –<br />

movimentos peristálticos, o bolo alimentar, ao atravessar<br />

um esfíncter (espécie de válvula), entra na cavidade<br />

estomacal. A chegada do alimento no estômago induz<br />

a mucosa desse órgão a liberar um hormônio – a gastrina<br />

que, via corrente sanguínea, estimula as células secretoras<br />

da mucosa estomacal a liberar sua secreção digestiva, o<br />

suco gástrico, provocando, simultaneamente as uma série<br />

de contrações que possibilita a mistura de alimento com o<br />

suco digestivo do estômago.<br />

No suco gástrico encontramos um precursor de uma<br />

protease denominado de pepsinogênio que, sob influência<br />

do ácido clorídrico (presente no suco gástrico), é convertido<br />

na forma ativa da<br />

enzima – a pepsina.<br />

A pepsina ao atuar<br />

sobre as proteínas<br />

transformam-nas em<br />

fragmentos menores<br />

denominados de<br />

polipeptídios. O<br />

ácido clorídrico<br />

desempenha ainda,<br />

uma função antiséptica,<br />

evitando<br />

putrefações provadas<br />

por bactérias.<br />

Ainda no suco gástrico encontramos duas outras<br />

substâncias: a mucina e a renina. A primeira reveste a<br />

mucosa estomacal, impedindo a ação do ácido clorídrico<br />

sob a mucosa estomacal. Já a renina trata-se de uma<br />

substância que promove a coagulação das proteínas do leite,<br />

fato que facilitará a ação enzimática sobre esse alimento. Á<br />

medida que nossa idade avança, a produção de renina vai<br />

diminuindo até cessar por completo. Sua ação é mais<br />

intensa nos recém nascidos.<br />

O bolo alimentar que foi processado no estômago sai<br />

desse órgão sob o aspecto de uma pasta denominada de<br />

quimo, e o fenômeno químico que o originou é denominado<br />

de quimificação.


A colecistoquinina é liberada sempre que o alimento chega<br />

ao estômago rico em gordura. Assim o sendo, esse<br />

hormônio ao provocar a contração da vesícula biliar faz<br />

com que a bile seja lançada na primeira porção do intestino<br />

delgado, o duodeno. A bile atua como uma espécie de<br />

detergente que, ao<br />

emulsionar as gorduras,<br />

transfomam-nas em<br />

pequenas gotículas que são<br />

mais facilmente degradadas<br />

pelas lípases.<br />

Uma vez atacado pelas<br />

enzimas do suco<br />

pancreático e entérico, o<br />

quimo é transformado em<br />

uma solução denominada<br />

de quilo através do<br />

fenômeno da quilificação.<br />

Sob a forma de quilo, o alimento pode ser absorvido pela<br />

região mediana do intestino delgado – o jejuno que, rico em<br />

estruturas adaptadas para a absorção, o faz de forma<br />

bastante rápida, fato o que justifica a sua denominação.<br />

Na corrente sanguínea, os nutrientes dirigem-se<br />

substâncias tóxicas absorvidas, sendo, logo após,<br />

distribuído para as diversas partes do organismo.<br />

Os resíduos que não foram digeridos, dirigem-se para o<br />

intestino grosso que se encarregará de eliminá-los sob a<br />

forma de fezes, após realizar uma intensa reabsorção de<br />

água.<br />

ASPECTOS EVOLUTIVOS DOS SISTEMAS<br />

DIGESTÓRIOS<br />

SECREÇÕES DIGESTIVAS<br />

SECREÇÃO ENZIMAS SUBSTRATOS PRODUTOS<br />

Saliva Ptialina Amido Maltose<br />

Pepsina Proteínas Polipetídeos<br />

Suco<br />

Gástrico<br />

Suco<br />

Entérico<br />

Suco<br />

Pancreático<br />

Hcl<br />

(ativador)<br />

Mucina<br />

Renina<br />

Pepsinogênio<br />

Protetora da<br />

mucosa<br />

estomacal<br />

Proteínas do<br />

leite<br />

a) 04/ 06/ 01/ 09/ 10/ 03/ 05/ 08/ 02/ 07<br />

b) 04/ 07/ 01/ 09/ 03/ 10/ 05/ 06/ 02/ 08<br />

c) 04/ 07/ 01/ 08/ 03/ 10/ 05/ 06/ 02/ 09<br />

d) 06/ 07/ 01/ 09/ 03/ 04/ 05/ 10/ 02/ 08<br />

e) 06/ 07/ 01/ 09/ 10/ 04/ 05/ 03/ 02/ 08<br />

Pepsina<br />

Evita a ação do<br />

Sco gástrico<br />

sobre a mucosa<br />

estomacal<br />

Leite<br />

coagulado<br />

Maltase Maltose Glicose<br />

Lactase Lactose Glicose e<br />

galactose<br />

Sacarase Sacarose Glicose e<br />

frutose<br />

Peptidases Polipeptídeos Aminoácidos<br />

Nucleases Ac. nucléicos Nucleotídeos<br />

Lipase Lipídios Ac. graxos e<br />

glicerol<br />

Lipase Lipídios Ac. graxos e<br />

glicerol<br />

Amilase Amido Maltose<br />

Tripsina Proteínas Polipeptídeos<br />

primeiramente para o fígado, através da veia porta-hepática,<br />

glândula que se encarregará de metabolizar as possíveis<br />

Ao analisarmos os tubos digestórios dos diversos<br />

animais observamos claramente uma tendência no sentido<br />

da aquisição de estruturas que possibilitem a digestão das<br />

mais diversas formas de alimentos, bem como do aumento<br />

da superfície de absorção.<br />

Já nos invertebrados, o papo (amolecimento), moela<br />

(“mastigação”), lanterna-de-aristóteles (ralar), rádula<br />

(cortar e puxar) e os diversos tipos de aparelhos bucais nos<br />

insetos (picador, sugador, lambedor e cortador). Entre os<br />

vertebrados o papo e a moela estão presentes nas aves. Nos<br />

peixes cartilaginosos prega espiral em tubarões e<br />

microvilosidades nos diversos grupos visam aumentar a<br />

superfície de absorção. Em alguns mamíferos, destaca-se o<br />

fenômeno da ruminação como forma de adaptação para a<br />

digestão de vegetais.<br />

Exercícios<br />

01. Dentro de cada retângulo está indicada uma etapa<br />

da passagem dos alimentos e restos a alimentares pelo tubo<br />

digestivo, enumerando os retângulos na sequencia correta,<br />

o trajeto estará completa:<br />

CÁRDIA<br />

CÓLON<br />

DUODENO 05 ESTÔMAGO<br />

01 BOCA PILORO<br />

CECO 02 FARINGE<br />

ESÔFAGO JEJUNO<br />

02. (UESB-Select) O quadro abaixo apresenta certos<br />

aspectos da digestão que ocorrem nos mamíferos.<br />

275


Enzima<br />

pH ótimo<br />

Local de Local de<br />

Substrato<br />

de ação<br />

síntese atuação<br />

ptialina neutro I<br />

glândulas<br />

salivares<br />

boca<br />

II ácido proteína III estômago<br />

tripsina IV proteína pâncreas V<br />

05. (V. CAIRU -96) A figura ilustra as diferentes<br />

modalidades de obtenção e processamento de alimento em<br />

invertebrados.<br />

Ele tornar-se-á completo e correto, se substituirmos I, II,<br />

III, IV e V, respectivamente por:<br />

276<br />

(A) sacarose – pepsina - glândulas gástricas - neutroestômago.<br />

(B) sacarose – lipase - glândulas entéricas – ácido –<br />

duodeno.<br />

(C) amido – pepsina - glândulas gástricas – básico –<br />

duodeno.<br />

(D) amido – lipase - glândulas entéricas – básico –<br />

duodeno.<br />

(E) maltose – pepsina - glândulas gástricas – ácido –<br />

estômago.<br />

Questões 03 e 04 UFBA<br />

03. A figura acima<br />

ilustra aspectos da<br />

função digestiva no<br />

homem.<br />

Em relação ao<br />

controle da função<br />

digestiva, pode-se<br />

concluir:<br />

(01) substâncias<br />

reguladoras do<br />

processo digestivo<br />

atingem os órgãos-alvo via circulação sanguínea.<br />

(02) A ação do HCl se restringe ao controle da produção<br />

de hormônios.<br />

(04) a produção de HCl é controlada pela sua própria<br />

concentração.<br />

(08) A ação dos hormônios produzidos pelas células<br />

glandulares do intestino delgado é simultânea à formação<br />

do suco gástrico.<br />

(16) A colecistoquinina regula a produção do suco entérico.<br />

04. Quanto às funções dos órgãos esquematizados na figura,<br />

pode-se afirmar:<br />

(01) As atividades do estômago e do pâncreas incluem a<br />

manutenção de um mesmo pH ao longo do tubo digestivo.<br />

(02) A vesícula biliar participa do processo digestivo<br />

liberando substâncias que favorecem a digestão de<br />

gorduras.<br />

(04) A digestão total das proteínas ocorre pela ação de<br />

substâncias produzidas no estômago.<br />

(08) Os produtos da digestão se tornam disponíveis para a<br />

distribuição no organismo ao nível do intestino delgado.<br />

(16) O peristaltismo é uma particularidade do intestino<br />

delgado.<br />

A partir de sua análise, pode-se afirmar:<br />

I. Um sistema digestório completo se desenvolveu a partir<br />

dos mais simples dos invertebrados.<br />

II. A digestão extracelular é uma característica comum aos<br />

animais representados.<br />

III. A presença de estruturas especializadas para a captura<br />

do alimento é compartilhada por todos os invertebrados.<br />

IV. A diferenciação do tubo digestivo começa a ser<br />

definida pela presença de células secretoras de enzimas<br />

proteolíticas.<br />

06. (UESB -2006) Uma<br />

das alternativas para<br />

solucionar o problema<br />

da obesidade vem sendo<br />

a cirurgia, de redução<br />

do, estômago, que,<br />

embora muito utilizada,<br />

tem opiniões médicas<br />

divergentes quanto à sua<br />

indicação,<br />

principalmente em se<br />

tratando de pacientes<br />

muito jovens. Uma das<br />

técnicas cirúrgica<br />

existentes está<br />

esquematicamente<br />

descrita na ilustração.<br />

Como é - A parte<br />

superior do estômago é<br />

separada do resto e grampeada horizontalmente, reduzindo<br />

o tamanho a e em 80%.<br />

A partir de uma comparação entre um estômago normal<br />

antes e após a sua cirurgia, pode-se considerar que a perda<br />

de peso do paciente é conseqüência:<br />

01) da transferência do processo de absorção de nutrientes<br />

do intestino delgado para a pequena área do estômago.


02) do comprometimento da digestão até carboidratos e<br />

gorduras devido à menor produção de suco gástrico.<br />

03) do aprimoramento do processo digestivo pela passagem<br />

de bile do fígado diretamente para o estômago.<br />

04) da menor ingestão de alimentos e produção de quimo.<br />

05) da interrupção da produção dos sucos pancreático e<br />

entérico.<br />

Questões 07 08 – UEFS-2014/1<br />

O refluxo gastroesofágico, retorno do conteúdo gástrico<br />

para o esôfago, é provocado, principalmente, pelo<br />

relaxamento do esfíncter esofágico que, de modo normal, se<br />

abre para a passagem do alimento e depois se fecha. Quando<br />

esse mecanismo apresenta algum problema de<br />

funcionamento, como o fechamento inadequado, o refluxo<br />

aparece.<br />

A pHmetria esofágica mede a quantidade de ácido que<br />

ascende para o esôfago e o tempo em que o esôfago fica<br />

exposto ao pH ácido. (NETO, 2013,p. 43).<br />

Considerando-se aspectos da morfofisiologia digestiva<br />

normal, é correto afirmar:<br />

A) A dinâmica do esfíncter esofágico está associada à ação<br />

de músculos de contração rápida e voluntária.<br />

B) O retorno intermitente de quilomícrons para o esôfago<br />

define a manifestação do refluxo gastroesofágico.<br />

C) A digestão do amido, iniciada na boca pela amilase<br />

salivar,<br />

se completa no estômago pela ação do suco gástrico.<br />

D) O refluxo gastroesofágico compromete a absorção de<br />

aminoácidos realizada pelas células da mucosa gástrica.<br />

E) O alimento ingerido passa por transformações<br />

sequenciais dependentes de enzimas que têm atividade<br />

máxima em valores específicos de pH.<br />

08. O pH ácido do suco gástrico é mantido pelas células<br />

parietais que secretam íons hidrogênio e cloro, a partir de<br />

uma bomba de prótons (H+) e de canais de cloro (Cl−),<br />

formando HCl.<br />

Esse processo envolve:<br />

A) difusão de íons H+ e Cl− através da bicamada de<br />

fosfolipídios.<br />

B) transporte ativo de íons hidrogênio e difusão facilitada<br />

de íons cloro.<br />

C) combinação de íons pelo pepsinogênio, acidificando o<br />

ambiente gástrico.<br />

D) passagem de íons hidrogênio a favor do gradiente de<br />

concentração sem gasto de ATP.<br />

E) atividade de microvilosidades gástricas que aumentam a<br />

superfície de absorção de íons.<br />

09. (UFBA – 97/2ª -)<br />

A variação na atividade catalítica de duas enzimas, em<br />

função do pH, está registrada no gráfico abaixo.<br />

Com base no gráfico e em características e propriedades das<br />

biomoléculas envolvidas, pode-se dizer:<br />

(01) Pepsina e tripsina são enzimas que atuam no processo<br />

digestivo.<br />

(02) In vivo essas duas enzimas devem atuar em um mesmo<br />

ambiente fisiológico.<br />

(04) A pepsina e a tripsina, bem como os substratos sobre<br />

os quais atuam, pertencem à mesma classe de<br />

macromoléculas.<br />

(08) Essas enzimas mantêm uma atividade ótima numa<br />

larga escala de pH.<br />

(16) O efeito do pH sobre a atividade dessas enzimas revela<br />

que a pepsina atua no meio<br />

10. Se considerarmos a regulação hormonal da atividade do<br />

tubo digestivo e considerarmos os gráficos abaixo:<br />

Sabendo-se que as<br />

substâncias A e B<br />

em cada gráfico são<br />

diferentes e que têm<br />

seus níveis<br />

regulados em<br />

Função de suas respectivas concentrações, indique para<br />

cada gráfico substâncias que se enquadram em cada<br />

mecanismo de retroalimentação.<br />

SUBSTÂNCIAS A B<br />

GRÁFICO I<br />

GRÁFICO II<br />

Questões 11 E 12 UFBA - 99<br />

A qualidade dos alimentos que integram a dieta do homem<br />

moderno constitui uma preocupação crescente,<br />

principalmente no que se refere ao desenvolvimento de<br />

doenças cardiovasculares. Visando amenizar o problema,<br />

laboratórios americanos sintetizaram uma “gordura livre de<br />

gordura”, o olestra, que tem a grande vantagem de não<br />

modificar o sabor dos alimentos, permitindo que se possam<br />

saborear batatas fritas, hambúrgueres, sorvetes, com menor<br />

risco para a saúde.<br />

277


organismo (...). Além disso, precisamos de micronutrientes:<br />

vitaminas e minerais.<br />

(CAMPBELL, p. 659)<br />

A pirâmide nutricional abaixo, uma referência em<br />

programas de alimentação, é a proposta pelo Departamento<br />

de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).<br />

Gorduras, óleos e doces:<br />

use comedidamente.<br />

Leite, iogurte,<br />

e queijos:<br />

2 a 3 porções<br />

Carne, frango, peixe,<br />

grãos secos, ovos, nozes:<br />

2 a 3 porções<br />

Vegetais:<br />

3 a 5 porções<br />

Frutas:<br />

2 a 4 porções<br />

278<br />

11. Com base na ilustração e nas relações entre dieta,<br />

estrutura e função, nos processos de nutrição do homem,<br />

pode-se concluir:<br />

(01) A distribuição de nutrientes no organismo é função do<br />

sistema digestivo.<br />

(02) A absorção dos nutrientes depende da ação de enzimas<br />

específicas, que atuam ao longo do tubo digestivo.<br />

(04) As gorduras absorvidas por células epiteliais do<br />

intestino passam para os capilares sangüíneos sob a forma<br />

de quilomícrons.<br />

(08) O olestra, não sendo reconhecido pelas lipases, não<br />

fará parte dos nutrientes a serem incorporados pelo<br />

organismo.<br />

(16) A eficiência do sistema digestivo dispensa a reabsorção<br />

de água e sais minerais pelas células do cólon.<br />

(32) A substituição integral das gorduras naturais pelo<br />

olestra é aceitável, sem restrições, por impedir a obstrução<br />

das artérias.<br />

10. A observação microscópica das vilosidades intestinais<br />

mostra uma camada constituída por células epiteliais, que<br />

se caracterizam por:<br />

(01) exibir, na região apical, microvilosidades que as<br />

especializam na função absortiva.<br />

(02) associarem-se, deixando amplos espaços<br />

intercelulares, que facilitam a difusão do alimento.<br />

(04) sintetizar, nos ribossomos livres, proteínas para<br />

exportação em abundância.<br />

(08) concentrar glicose e aminoácidos para facilitar o efluxo<br />

para os capilares sangüíneos.<br />

(16) apresentar Complexo de Golgi desenvolvido, com<br />

intenso desprendimento de vesículas.<br />

(32) possuir metabolismo energético preferencialmente<br />

anaeróbico.<br />

(64) conter um genoma limitado a mensagens genéticas<br />

exclusivas desse tipo celular.<br />

12. (UFBA-2002) A nutrição humana é um exemplo da<br />

bioquímica e da fisiologia dos organismos heterotróficos;<br />

dependemos de fontes externas de alimento. Necessitamos<br />

de macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas) não<br />

somente como fonte de energia (...); precisamos de<br />

aminoácidos específicos não-sintetizados pelo nosso<br />

"Uma equipe de médicos liderada por Walter Willet, chefe do<br />

Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade<br />

de Harvard, está questionando esta pirâmide tradicional, enfatizando a<br />

importância dos exercícios físicos e invertendo a posição de alimentos<br />

como laticínios e os ricos em carboidratos, que passam a ocupar o topo<br />

da pirâmide, recomendando seu consumo em pequenas quantidades."<br />

(GRANADEIRO. In: VEJA, p. 92)<br />

Pão, cereais,<br />

arroz e massas:<br />

6 a 11 porções<br />

Considerando-se os requerimentos nutricionais do<br />

organismo humano associados a processos fisiológicos da<br />

digestão, é correto afirmar:<br />

(01) A exigência da ingestão de alimentos ricos em<br />

vitaminas justifica-se pela inexistência de rotas<br />

biossintéticas para esses nutrientes no organismo humano.<br />

(02) Minerais, como certos íons metálicos, estão associados<br />

a enzimas relacionadas a processos vitais essenciais,<br />

atuando como co-fatores.<br />

(04) Carboidratos e gorduras caracterizam-se como<br />

biomoléculas, que atendem a demandas energéticas e<br />

estruturais.<br />

(08) A absorção intensa de aminoácidos e de glicose<br />

produzidos a partir da degradação enzimática exige<br />

especializações da superfície luminar de células da mucosa<br />

intestinal — as microvilosidades.<br />

(16) A digestão de alimentos que ocupam a base da<br />

pirâmide tradicional se realiza no interior do estômago, em<br />

presença do suco gástrico.<br />

(32) A função endócrina de órgãos anexos do aparelho<br />

digestório efetiva-se na degradação dos alimentos no<br />

estômago.<br />

(64) Os altos níveis de obesidade, no mundo<br />

industrializado, justificam a proposta dos cientistas de<br />

Harvard de inversão da pirâmide do USDA.<br />

13. (UFMG-97) Estas figuras representam os sistemas<br />

digestivos de dois vertebrados, A e B, nos quais alguns<br />

componentes foram nomeados ou numerados de 1 a 3.


15. O esquema a seguir apresenta um conjunto de órgãos,<br />

numerados, do aparelho digestivo. As funções de absorção<br />

de água e produção da bile são realizadas, respectivamente,<br />

por:<br />

Identifique as estruturas apresentadas<br />

a) V e I<br />

b) IV e I<br />

c) II e III<br />

d) V e II<br />

e) I e II<br />

Com relação aos sistemas digestivos desses animais,<br />

responda ao que se pede:<br />

1- CITE os hábitos alimentares de A e B.<br />

2- O rúmen e o barrete (retículo) são componentes do<br />

sistema digestivo de B que contêm microrganismos que<br />

participam da digestão.<br />

CITE o número do componente que representa o rúmen e a<br />

importância dos microrganismos na digestão.<br />

A) Número do componente:<br />

B) Importância dos microrganismos:<br />

03- CITE o número do componente do sistema digestivo de<br />

A que corresponde à moela e justifique a sua importância<br />

nesse grupo animal.<br />

A) Número do componente:<br />

B) Justificativa:<br />

4- COMPARE os tipos de digestão que ocorrem na moela e<br />

no rúmen.<br />

14. (Viçosa-MG- 2000) O esquema abaixo representa uma<br />

seção do tubo digestivo humano com alguns anexos.<br />

Observe as indicações e resolva os itens.<br />

16.(UESF2013/1) Quando substâncias passam de um<br />

sistema para outro, precisam viajar através da membrana da<br />

célula. Um fator importante no volume de transporte que<br />

pode ocorrer por unidade de tempo é a área da superfície<br />

total da membrana. O problema de colocar uma grande<br />

quantidade de superfície dentro de um espaço pequeno é<br />

resolvido no corpo pelo pregueamento das membranas. No<br />

intestino delgado, onde o alimento ingerido precisa ser<br />

movido para a corrente sanguínea, há um pregueamento da<br />

membrana para baixo até o nível das células isoladas.<br />

(COHEN; WOOD, 2002, p. 354).<br />

A membrana plasmática pode apresentar, para determinado<br />

tipos de tecidos, especializações que aumentam a<br />

capacidade da célula de realizar a sua função.<br />

Considerando-se as características do tipo de especialização<br />

de membrana apresentada no texto, pode-se reconhecer essa<br />

especialização como<br />

a) invaginações de base.<br />

b) desmossomos.<br />

c) microvilosidades.<br />

d) interdigitações.<br />

e) junções “gap”.<br />

17.(UEFS-2010/1) O gráfico representa a variação da<br />

velocidade de reação em relação à variação da temperatura<br />

do ambiente de duas classes distintas de enzimas.<br />

a) Cite o nome do substrato digerido pela principal enzima<br />

produzida em I.<br />

b) Qual a função da substância armazenada em IV?<br />

c) Pacientes com problemas de metabolismo da glicose<br />

podem apresentar disfunção de secreção endócrina do<br />

anexo indicado pelo número:________.<br />

Considerando-se a análise das informações contidas no<br />

gráfico, pode-se inferir que<br />

A) as enzimas representadas participam de reações distintas<br />

e em locais distintos, ao longo do trato digestivo humano.<br />

279


B) a enzima B é característica de um indivíduo humano em<br />

estado febril, com temperatura corpórea acima de 40 o C.<br />

C) a capacidade de manutenção da estrutura terciária da<br />

enzima A é maior do que se comparada à enzima B.<br />

D) variações de temperatura a partir da faixa ótima<br />

interferem mais na velocidade de reação da enzima A do<br />

que na velocidade de reação da enzima B.<br />

E) a enzima B indica uma alta resistência ao calor, como as<br />

que ocorrem, por exemplo, em bactérias termófilas.<br />

18. (UNESP-2015) No gráfico, as curvas 1, 2 e 3<br />

representam a digestão do alimento ao longo do aparelho<br />

digestório.<br />

É correto afirmar que as digestões de proteínas, de lipídios<br />

e de carboidratos estão representadas, respectivamente,<br />

pelas curvas<br />

(A) 1, 2 e 3.<br />

(B) 2, 1 e 3.<br />

(C) 2, 3 e 1.<br />

(D) 3, 2 e 1.<br />

(E) 1, 3 e 2.<br />

19. (FMTM-2012) O gráfico representa as curvas das<br />

atividades enzimáticas, em diferentes valores de pH, que<br />

ocorrem em três regiões do tubo digestório humano.<br />

De acordo com o gráfico, responda:<br />

a) Que curva representa a atividade enzimática que ocorre<br />

no estômago? Justifique sua resposta.<br />

b) Quando o quimo sai do estômago e atinge o duodeno,<br />

sofre uma alteração de pH. Explique como ocorre essa<br />

mudança de pH e a importância dessa alteração.<br />

20. (FUVEST-2009) Enzimas digestivas produzidas no<br />

estômago e no pâncreas foram isoladas dos respectivos<br />

280<br />

sucos e usadas no preparo de um experimento, conforme<br />

mostra o quadro abaixo:<br />

Decorrido certo tempo, o conteúdo dos tubos foi testado<br />

para a presença de dissacarídeos, peptídeos, ácidos graxos<br />

e glicerol. Esses quatro tipos de nutrientes devem estar<br />

a) presentes no tubo 1.<br />

b) presentes no tubo 2.<br />

c) presentes no tubo 3.<br />

d) presentes no tubo 4.<br />

e) ausentes dos quatro tubos.<br />

21.(UESB-2014) O<br />

gráfico representa a<br />

variação do diâmetro e a<br />

percentagem de células<br />

ciliadas e musculares<br />

encontradas no tubo<br />

digestivo em diferentes<br />

grupos de animais<br />

invertebrados (1, 2 e 3) e<br />

animais vertebrados (4, 5 e<br />

6).<br />

A análise das informações contidas na imagem permite<br />

afirmar:<br />

( ) O diâmetro do tubo digestivo é maior nos animais<br />

vertebrados quando comparado ao diâmetro em animais<br />

invertebrados.<br />

( ) O maior número de células ciliadas na mucosa do<br />

intestino dos invertebrados é responsável pela<br />

movimentação do alimento, compensando a menor<br />

quantidade de células musculares que determinam a<br />

motilidade intestinal.<br />

( ) Nos vertebrados, o maior diâmetro do tubo digestivo<br />

dificulta a ação das células ciliadas e, dessa forma, as fibras<br />

musculares determinam os movimentos peristálticos do<br />

trato digestivo.<br />

( ) O aumento do número de células ciliadas nos animais<br />

vertebrados, em relação aos invertebrados, é necessário<br />

para compensar o aumento significativo do diâmetro do<br />

tubo digestivo nesses animais.<br />

A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima<br />

para baixo, é a<br />

01) F V V F<br />

02) F F F V<br />

03) V V F F<br />

04) V F F V<br />

05) V V V F<br />

SISTEMA CIRCULATÓRIO


Para que os nutrientes absorvidos ao nível do tubo<br />

digestivo sejam distribuídos de modo satisfatório e atender<br />

à demanda que o metabolismo exige, foi necessário que a<br />

evolução “encarregasse” de “desenvolver” um sistema que<br />

viabilizasse tal distribuição. Com este objetivo “surgiu” o<br />

sistema circulatório.<br />

Fechada <br />

Simples<br />

Incompleta<br />

Dupla<br />

Completa<br />

superiores (crocodilos e jacarés), já apresentam coração<br />

tetracavídico.<br />

CONSTITUIÇÃO:<br />

Vasos<br />

Sangue<br />

Veias vênulas<br />

Artérias arteríolas<br />

capilares<br />

Plasma<br />

Elementos figurados:<br />

Hemácias, glóbulos vermelhos<br />

Leucócitos ou glóbulos brancos<br />

Plaquetas ou trombócitos<br />

Miocárdio<br />

Cronárias<br />

2 átrios<br />

2 ventrículos<br />

Coração Válvulas:<br />

tricúspide<br />

mitral ou bicúspide<br />

semilunares ou sigmóides<br />

Evolução dos corações<br />

O coração dos peixes apresenta apenas duas cavidades –<br />

átrio e ventrículo. O sangue vindo do corpo ao chegar ao<br />

seu interior é impulsionado pra as brânquias onde, após ser<br />

oxigenado, é distribuído para todo o corpo. Perceba que o<br />

coração desses animais, ao contrário dos demais<br />

vertebrados, é 100% venoso. Nos anfíbios observamos a<br />

existência de três cavidades: dois átrios e um ventrículo.<br />

Como o ventrículo, apesar de apresentar evidências, não se<br />

“dividiu” por completo, quando da sua sístole, parte do<br />

sangue oxigenado passa para o lado direito. Essa mistura<br />

caracteriza a circulação incompleta.<br />

Tecido nodal:<br />

Nódulo sino-atrial<br />

Nódulo átrio-ventricular<br />

Feixe de Hiss<br />

Feixe de Purkinje<br />

Nos répteis, a mistura ainda persiste, no entanto, o espaço<br />

entre o que seria os dois ventrículos é bem menor. Os répteis<br />

281


282<br />

O transporte de nutrientes é feito por dois tipos de vasos<br />

as veias e artérias, sendo que esses nutrientes encontram se<br />

dissolvido num tipo especial de tecido liquido – o sangue.<br />

As veias e artérias<br />

apresentam praticamente<br />

a mesma estrutura, mas<br />

apresentam algumas<br />

particularidades em<br />

função de suas<br />

atividades. Por não<br />

estarem sob pressão de<br />

bombeamento cardíaco,<br />

as veias são mais finas e,<br />

geralmente, se dispõem<br />

superficialmente. Essas<br />

adaptações permitem<br />

reter grande volume de<br />

sangue, uma vez que seu<br />

diâmetro interno é bem<br />

maior, quando comparado com o das artérias. Apresentam<br />

ainda, nas paredes internas, válvulas que impedem o refluxo<br />

sanguíneo, característica ausente nas artérias. A pressão<br />

sanguínea nesses vasos é<br />

baixa e o fluxo de sangue<br />

é acelerado com a pressão<br />

lateral da musculatura<br />

estriada esquelética sobre<br />

eles.<br />

Nos animais de<br />

circulação fechada, os dois<br />

tipos de vaso afinam-se ao<br />

nível dos tecidos e se<br />

“conectam” formando uma<br />

malha extremamente fina<br />

de vasos denominados de<br />

capilares. É ao nível dessa<br />

malha capilar que ocorrem<br />

as trocas entre a corrente sanguínea e os tecidos.<br />

O sangue é um tecido líquido cujo componente<br />

predominante é o plasma. Esse último por sua vez é<br />

constituído em 90% de água. No plasma estão dispersos<br />

hormônios, sais, anticorpos, gases, excretas, açúcares,<br />

lipídios e os elementos figurados (hemácias, leucócitos e<br />

plaquetas).<br />

As hemácias são células especializadas no transporte de<br />

gases (CO2 e O2) combinados a uma proteína especial a<br />

hemoglobina. Os leucócitos ou glóbulos brancos, são grupo<br />

de células bastante diversificadas e associadas com a defesa<br />

do organismo, sendo componentes fundamentais do<br />

chamado sistema imunológico. Realizam fagocitose e<br />

produzem grande quantidade e variedade de anticorpos. As<br />

plaquetas são fragmentos de células cuja função está<br />

relacionada coagulação sanguínea. Essa característica que<br />

impede, na maioria das vezes as perdas de sangue<br />

provocadas por ferimentos.<br />

Localizado<br />

ligeiramente<br />

deslocado para<br />

esquerda na caixa<br />

torácica, o coração é<br />

um órgão<br />

constituído<br />

basicamente por<br />

músculo – o<br />

miocárdio de<br />

musculatura<br />

estriada cardíaca.<br />

Apresenta-se<br />

dividido em dois<br />

átrio e dois<br />

ventrículos que são<br />

separados por<br />

válvulas. Do lado<br />

direito localiza-se a<br />

válvula tricúspide e<br />

do esquerdo a<br />

válvula mitral. O<br />

som emitido pelo<br />

coração resulta do<br />

mecanismo de<br />

abertura e<br />

fechamento dessas<br />

válvulas. Oscultálas<br />

consiste numa eficiente técnica de avaliar o de<br />

funcionamento do coração.<br />

A nutrição cardíaca é feita por uma rede especial de<br />

artérias denominadas de coronárias. Quando do seu<br />

entupimento ocorre o enfarte.<br />

Para regular o seu trabalho, encontramos, no lado direito,<br />

logo na entrada do átrio, o marca-passo ou nódulo<br />

sinoatrial. Essa estrutura, como o nome sugere, sob ordem<br />

do sistema nervoso, é quem se encarrega de controlar o<br />

ritmo cardíaco. O impulsos que chegam ao marca-passo, é<br />

prontamente transmitido para outro conjunto de fibras<br />

sensoriais entre os ventrículos e átrios denominado de<br />

nódulo átrio-ventricular. Através do feixe de Hiss, o<br />

impulso que passa pelo nódulo átrio ventricular e, atingindo<br />

o feixe de Purkinge, que se ramifica por grande extensão<br />

do coração, provoca sua contração de maneira uniforme.<br />

TRABALHO CARDÍACO:<br />

Sístole contração 120mmHg.<br />

Diástole dilatação 80mmHg.<br />

Pressão cardíaca média 12 X 8.<br />

Ritmo cardíaco médio 70 batimentos por minuto.<br />

Déficit cardíaco quantidade de sangue que metade do<br />

coração bombeia por minuto 4,9 litros.<br />

O trabalho cardíaco depende basicamente da capacidade<br />

do miocárdio contrair-se e dilatar-se em ritmos<br />

sincronizados e denominados, respectivamente de sístole e<br />

diástole. Quando as câmaras superiores (átrios) se<br />

contraem, enviando sangue para os ventrículos, esses<br />

últimos se dilatam. Por sua vez, com a contração dos<br />

ventrículos direito e esquerdo, o sangue é lançado,


espectivamente para os pulmões e o corpo, ocorrendo a<br />

dilatação dos átrios direito e esquerdo.<br />

O sangue que chega ao lado direito, oriundo do corpo, é<br />

do tipo venoso e deve ser enviado, através do ventrículo<br />

direito, para o pulmão onde será oxigenado. Uma vez tendo<br />

sofrido a hematose – eliminado o CO2 e Incorporado o O2,<br />

o sangue retorna ao coração pelo átrio direito. Esse trajeto é<br />

a pequena circulação. Quando, no entanto, o ventrículo<br />

esquerdo contrai-se, bombeia o sangue vindo do átrio<br />

esquerdo para o resto do corpo através da artéria aorta, e,<br />

simultaneamente o sangue retorna do corpo para o coração,<br />

através das veias cavas, para o átrio direito. Esse duplo<br />

percurso constitui a grande circulação.<br />

O a capacidade volumétrica média do coração é de cerca<br />

de 140ml. Assim, como a cada contração duas câmaras<br />

cardíacas se enchem e duas esvaziam-se, o volume de<br />

sangue bombeado durante as sístoles é de cerca de 70ml. A<br />

um ritmo médio de 70 batimentos por minuto temos: 70<br />

batimentos X 70ml = 4900ml, ou seja, o coração bombeia,<br />

aproximadamente, 5l de sangue por minuto. Esse volume á<br />

o déficit cardíaco.<br />

A sístole cardíaca exerce pressão suficiente para elevar<br />

uma coluna de mercúrio a uma altura de 120mm, enquanto<br />

que a pressão <strong>dias</strong>tólica o faz a uma altura de 80mm.<br />

Simplificando, obtemos uma pressão média clássica de 12<br />

X 8mmHg.<br />

Entre as cavidades cardíacas (átrios e ventrículos) e na<br />

extremidade dos vasos que partem do coração (artéria<br />

pulmonar e aorta) existem válvulas que objetivam evitar o<br />

refluxo de sangue durante as sístoles. Assim, quando da<br />

contração dos átrios direito e esquerdo fecham-se,<br />

respectivamente, as válvulas tricúspides e mitrais ou<br />

bicúspides – que delimita átrio e ventrículo e as válvulas<br />

sigmóides ou semilunares das artérias pulmonar e aorta.<br />

CONTROLE DA ATIVIDADE CARDÍACA:<br />

Sob influência do sistema nervoso autônomo (SNA):<br />

S.N.A Simpático nervo cardíaco adrenalina<br />

cárdioacelerador. A adrenalina provoca contração das<br />

artérias, acelera o ritmo cardíaco e eleva a pressão<br />

sanguínea.<br />

S.N.A Parassimpático nervo vago acetilcolina<br />

cárdiomoderador. A acetilcolina é inibidora dos efeitos da<br />

adrenalina.<br />

REGULAÇÃO DA PRESSÃO SANGUINEA<br />

Sob influência do sistema excretor urinário e endócrino:<br />

Quando a pressão sanguínea cai e é "percebida" ao nível<br />

dos rins, este libera uma enzima - a renina - que catalisa a<br />

transformação de angiostensinogênio (plasma) em<br />

angiostensina. Esta última provocará vasoconstricção<br />

(redução do calibre das artérias) e a secreção de<br />

aldosterona (hormônio) pelas glândulas supra-renais. A<br />

ação da aldosterona proporciona, ao nível dos rins, uma<br />

intensa reabsorção ativa de sais, aumentando assim a<br />

concentração salina na corrente sanguínea, o que<br />

provocará, conseqüentemente, uma reabsorção passiva de<br />

água. Observe que ação da angiostensina e da aldosterona,<br />

se dá no sentido de aumentar a pressão sanguínea. Uma<br />

terceira substância pode ser liberada pela glândula hipófise<br />

e aumentar a permeabilidade dos túbulos renais facilitando<br />

a reabsorção passiva de água - tal substância é o ADH<br />

(hormônio antidiurético).<br />

Quando a pressão sanguínea se eleva e atinge "pontos<br />

críticos" o átrio libera o FNA (fator-natriurético-atrial),<br />

substância protéica que inibe a liberação e os efeitos das<br />

substâncias mencionadas anteriormente, possibilitando<br />

assim uma redução da pressão sanguínea.<br />

O SISTEMA LINFÁTICO<br />

Após a absorção, os nutrientes passam a fazer parte de<br />

uma solução nutritiva, porção líquida do sangue,<br />

denominada de plasma. Ao sair da corrente sanguínea, parte<br />

do plasma, fora dos tecidos, fará parte de um oceano que<br />

banha as células e passa a ser denominado de líquido<br />

intersticial ou líquido tecidual. Esse líquido preenche o<br />

espaço intracelular e transfere, posteriormente, os<br />

nutrientes para as células.<br />

Á saída de nutrientes da corrente sanguínea através do<br />

plasma só é possível se as concentrações dos líquidos<br />

teciduais e do plasma sanguíneo se mantiverem<br />

equilibradas. Para tanto, desenvolveu-se, paralelamente<br />

aos vasos sangüíneos do sistema circulatório, um conjunto<br />

de vasos denominados de vasos linfáticos, que recolhem o<br />

excedente de líquido tecidual, que, por alguma disfunção<br />

venha a se acumular nos espaços intercelulares formando<br />

grandes edemas. Ainda mais importante, os vasos linfáticos<br />

podem carrear proteínas e grandes partículas de matéria<br />

para longe dos espaços teciduais, as quais não poderiam<br />

ser removidas por absorção direta e penetrar nos capilares<br />

sangüíneos. Sem essa remoção de proteínas dos espaços<br />

intersticiais, morreríamos em 24 horas. Uma vez dentro<br />

dos vasos linfáticos, o líquido intersticial é denominado de<br />

linfa. Ao longo na circulação linfática existem agregados<br />

de células, os linfonodos (gânglios linfáticos), que<br />

produzem um tipo de leucócitos, os linfócitos. É esse<br />

conjunto de vasos linfáticos e os linfonodos que<br />

denominamos de sistema linfático.<br />

Os linfonodos ainda realizam uma espécie de filtração<br />

da linfa, retirando toxinas, antígenos e bactérias, sob ação<br />

direta de células de defesa – macrófagos e linfócitos. Os<br />

linfócitos, por sua vez, são grandes produtores de anticorpos<br />

que são constantemente lançados na corrente sanguínea.<br />

AS TROCAS DE NUTRIENTES ENTRE O SANGUE<br />

E OS TECIDOS<br />

A entrada e saída de substâncias dos vasos capilares<br />

dependem da correlação de duas “forças” antagônicas a<br />

saber: a pressão hidrostática (P.H.) e a pressão<br />

coloidosmótica (P.CO.) A primeira é resultante da pressão<br />

de bombeamento cardíaco, enquanto que a segunda<br />

depende da concentração de sais e de proteínas no plasma<br />

sanguíneo.<br />

283


02.(UEFS – 2010/2) A<br />

ilustração representa a<br />

ação integrada de<br />

vários sistemas<br />

fisiológicos humanos<br />

na manutenção das<br />

funções do corpo.<br />

A respeito dessa<br />

integração orgânica, é<br />

possível afirmar:<br />

Na extremidade arterial dos capilares, a pressão<br />

hidrostática é maior que a pressão coloidosmótica, fato que<br />

determina a “expulsão” de substâncias do plasma em<br />

direção as células e o meio intersticial. À medida que o<br />

plasma se aproxima da extremidade venosa do capilar, a<br />

pressão hidrostática torna-se cada vez menor e, em<br />

detrimento do aumento da pressão coloidosmótica ao longo<br />

da extremidade venosa se tornar superior à P.H., as<br />

substâncias tendem a entrar na rede capilar. Assim, a<br />

manutenção dessa diferença de pressão garante o equilíbrio<br />

entre as concentrações de líquidos intersticial, plasmático e<br />

linfático.<br />

A pressão coloidosmótica é mantida, sobretudo, pela<br />

presença da proteína albumina no plasma, enquanto que a<br />

pressão hidrostática se mantém em função do bom<br />

desempenho cardíaco.<br />

Exercícios<br />

01. Os esquemas abaixo referem-se à circulação de três<br />

grupos de vertebrados.<br />

A) Uma intensa<br />

hematose ocorre nos<br />

capilares durante a<br />

troca de gás oxigênio e<br />

gás carbônico, nos<br />

diversos tecidos do<br />

corpo.<br />

B) Os nutrientes<br />

absorvidos no intestino<br />

são transportados por<br />

vasos venosos até os<br />

capilares, para serem<br />

distribuídos pelas<br />

células.<br />

C) O sangue rico em<br />

oxigênio, ao sair dos<br />

pulmões, é bombeado pela porção direita do coração antes<br />

de ser enviado para os tecidos do corpo.<br />

D) O sistema cardiovascular funciona como estrutura<br />

integradora de diversos sistemas presentes no organismo.<br />

E) O fígado, ao filtrar o sangue, retira de circulação os<br />

resíduos do metabolismo e os nutrientes orgânicos em<br />

excesso presentes no organismo.<br />

A partir deles foram feitas as afirmações seguintes:<br />

I. Nos peixes, o sangue passa uma só vez pelo coração a<br />

cada ciclo.<br />

II. No ventrículo dos anfíbios, há mistura de sangue arterial<br />

com venoso.<br />

III. Nos mamíferos, não há mistura entre sangue arterial e<br />

venoso.<br />

É correto o que se afirma em:<br />

03 .(UFBA-98-2ª) Um sistema circulatório adequado<br />

depende de uma ou mais bombas e de canais ou condutos<br />

nos quais o sangue possa fluir. A bomba, ou o coração,<br />

baseia-se na capacidade do músculo de contrair-se ou<br />

encurtar-se (...)<br />

Os vasos sangüíneos não são apenas tubos de diferentes<br />

tamanhos. Eles têm paredes elásticas e uma camada de<br />

músculo liso no interior de suas paredes...<br />

(SCHMIDT-NIELSEN, p. 94; 107)<br />

A ilustração compara as pressões sanguíneas no coração e<br />

no cérebro, em homem e girafa. Considerando-se as<br />

peculiaridades anatômicas das duas espécies, são<br />

adaptações da girafa ausentes no homem:<br />

284<br />

a) I, somente b) II e III, somente c) III, somente<br />

d) I, II e III e) I e II, somente


05.(FMTM-2011/1) A figura<br />

representa o coração de um<br />

mamífero, com destaque para a<br />

divisão dos ventrículos.<br />

(www.exchange3d.com)<br />

(01) A alta pressão sanguínea, para atender ao requerimento<br />

de oxigênio pelo cérebro, situado a grande distância do<br />

coração.<br />

(02) Um coração com quatro cavidades, permitindo<br />

separação completa entre o sangue venoso e o arterial.<br />

(04) Um sistema arterial com paredes muito espessas,<br />

adequadas à pressão sanguínea.<br />

(08) Um sistema venoso dotado de válvulas, para impedir o<br />

refluxo do sangue.<br />

(16) Um eficiente sistema de trocas gasosas presente em<br />

todos os tecidos, garantindo a hematose.<br />

(32) A ocorrência de um controle voluntário do calibre dos<br />

vasos do sistema circulatório, atendendo a variações<br />

ambientais.<br />

04.(FMTM-2012) O esquema ilustra a circulação humana.<br />

(http://schools.bvsd.org. Adaptado.)<br />

A respeito do esquema e da<br />

fisiologia cardiovascular,<br />

foram feitas as seguintes<br />

afirmações:<br />

I. O átrio esquerdo recebe<br />

sangue proveniente dos<br />

pulmões<br />

por meio das veias<br />

pulmonares e o átrio direito<br />

recebe sangue proveniente das<br />

veias cavas.<br />

II. O sangue presente nos<br />

vasos 1 e 2 é rico em<br />

oxiemoglobina e nos vasos 3 e 4 existe sangue rico em íons<br />

bicarbonato.<br />

III. Todas as veias transportam sangue venoso e todas as<br />

artérias transportam sangue arterial.<br />

IV. A sístole do ventrículo esquerdo, apontado pelo<br />

número 5, possibilita que o sangue venoso atinja os<br />

pulmões.<br />

É correto o que se afirma apenas em<br />

(A) I.<br />

(B) I e II.<br />

(C) II e III.<br />

(D) I, III e IV.<br />

(E) II, III e IV.<br />

a) Indique o nome do vaso<br />

sanguíneo apontado pela seta e o<br />

destino do sangue que passa por<br />

ele.<br />

b) Baseando-se na figura, explique por que o coração<br />

esquematizado não pode ser considerado pertencente a um<br />

anfíbio. Qual a relação entre a anatomia cardíaca e o<br />

metabolismo corpóreo, encontrada nos anfíbios?<br />

Questões 06 e 07 UFBA 2002-2ª<br />

Milhares de anos antes do inglês William Harvey nascer,<br />

egípcios, gregos e romanos não só já tinham consciência de<br />

que o coração batia, como atribuíam a ele papel dominante<br />

em suas atividades espirituais e emocionais. (...)<br />

O verdadeiro monumento de Harvey foi o seu De motu<br />

cordis* (Do movimento cardíaco). Tendo descrito a<br />

anatomia e a função do coração, bem como a pulsação das<br />

artérias, Harvey descreve no sexto e no sétimo capítulos a<br />

dinâmica da circulação pulmonar ou menor. No capítulo 8,<br />

Harvey anuncia:<br />

"Comecei a pensar se poderia haver um movimento por<br />

assim dizer circular. Ora, posteriormente descobri que isso<br />

era verdadeiro e vi por fim que o sangue, forçado pela ação<br />

do ventrículo esquerdo para dentro das artérias, era<br />

distribuído para o corpo todo e que ele então passava pelas<br />

veias e pela veia cava e de volta ao ventrículo esquerdo da<br />

maneira já indicada. Movimento esse que podemos nos<br />

permitir chamar de circular."<br />

*Exercitatio anatomica de motu cordis et sanguinis in animalibus<br />

(1628). (FRIEDMAN & FRIEDLAND, p. 37, 51-5)<br />

06. O movimento circular descrito por Harvey exige um<br />

aparato anatomofisiológico caracterizado pela ocorrência<br />

de<br />

(01) um órgão propulsor constituído de tecido muscular e<br />

dotado de câmaras e válvulas.<br />

(02) um sistema de tubos ou canos elásticos através do qual<br />

o sangue flui de modo contínuo e unidirecional.<br />

(04) um "marca passo" natural, dotado de ritmicidade, que<br />

inicia o batimento e assegura a frequência cardíaca.<br />

(08) hematose difusa em todo o organismo, possibilitando a<br />

substituição do oxigênio molecular dos tecidos por dióxido<br />

de carbono.<br />

(16) um número constante de batimentos cardíacos por<br />

minuto, independentemente da influência de fatores neurais<br />

e hormonais.<br />

(32) um fluxo sanguíneo uniforme, com perfusão igual e<br />

simultânea de sangue para os diferentes órgãos do corpo.<br />

07. O sangue distribuído pelo sistema circulatório cumpre<br />

funções essenciais à manutenção da vida, que incluem a<br />

285


(01) interrupção do fluxo sanguíneo em regiões lesadas, em<br />

decorrência da atividade secretora das células brancas do<br />

sangue.<br />

(02) distribuição equitativa de neurotransmissores,<br />

caracterizando a função reguladora do sangue.<br />

(04) remoção de resíduos metabólicos quimicamente<br />

diversos, que são eliminados através de órgãos específicos.<br />

(08) filtração da linfa e a retenção de vírus e bactérias,<br />

realizando importante papel na defesa orgânica.<br />

(16) manutenção de um meio interior adequado quanto ao<br />

pH e de concentrações de íons e nutrientes orgânicos.<br />

(32) estabilização da temperatura em todos os órgãos, pela<br />

transferência de fontes externas de calor para o interior do<br />

corpo.<br />

(64) integração dos sistemas fisiológicos, pela distribuição<br />

de mediadores químicos hormônios para alvos<br />

específicos.<br />

08. Sobre as atividades<br />

e a regulação das<br />

atividades<br />

representadas abaixo,<br />

pode-se afirmar:<br />

(01) Os níveis de<br />

glicose sanguínea<br />

dependem da atividade<br />

do Fígado. Este último,<br />

por sua vez, obedece a ordens do pâncreas enviadas pela<br />

própria corrente sanguínea.<br />

(02) O Fígado pode ser é considerado um órgão alvo, em<br />

relação à atividade do pâncreas.<br />

(04) Os níveis de oxigenação do sangue dependem da<br />

atividade do Fígado.<br />

(08) O controle da pressão sanguínea depende tanto de<br />

estímulos elétricos quanto hormonais.<br />

(16) Quando a taxa de lipídios no bolo alimentar é alta, a<br />

vesícula biliar passa a ser um órgão alvo em relação ao<br />

Fígado.<br />

(32) O sistema nervoso atua, predominantemente liberando<br />

hormônios e, eventualmente, por mensagens elétricas.<br />

09. O rim quando diante de uma baixa pressão cardíaca<br />

libera um hormônio denominado de renina que promove a<br />

liberação, por parte do córtex da supra-renal, do hormônio<br />

aldosterona. Sobre os fenômenos que poderão acontecer<br />

em decorrência da ação dos referidos hormônios pode-se<br />

concluir:<br />

(01) A ação da aldosterona se dá no sentido de promovera a<br />

excreção de sais, fato que contribui com a queda da pressão<br />

e da liberação do hormônio antidiurético que ao provocar a<br />

reabsorção de água estabiliza a pressão.<br />

(02) O aumento da taxa de aldosterona em relação à<br />

liberação de renina caracteriza uma retroalimentação<br />

positiva.<br />

(04) A elevação da pressão sanguínea em função da<br />

liberação de aldosterona ou do ADH se dá por mecanismos<br />

de retroalimentação positiva.<br />

(04) A ingestão de álcool inibe a liberação da Aldosterona<br />

e o volume urinário, em resposta, aumenta.<br />

(08) A liberação da renina pelos rins evidência uma<br />

interação entre o sistema circulatório e o excretor urinário.<br />

(16) Tanto a aldosterona quanto o ADH contribuem com a<br />

elevação da pressão sanguínea.<br />

(32) Níveis elevados de aldosterona pode provocar a<br />

liberação de ADH.<br />

(64) Elevados níveis de ADH pode ocorre quando da<br />

ingestão constante de água.<br />

11.(FUVEST-2010) O esquema abaixo representa o<br />

coração de um mamífero. Indique, com os números<br />

correspondentes,<br />

a) as câmaras do coração em que o sangue apresenta maior<br />

concentração de gás carbônico;<br />

b) as câmaras do coração às quais chega sangue trazido por<br />

vasos;<br />

c) o vaso que sai do coração com sangue venoso;<br />

d) a câmara da qual o sangue arterial sai do coração.<br />

12. Um pesquisador,<br />

introduzindo catéteres<br />

plásticos através de veias e<br />

artérias periféricas de um<br />

cachorro, colheu amostras de<br />

sangue nos locais apontados<br />

na figura abaixo. Em cada<br />

amostra, dosou a saturação de<br />

O 2 do sangue. O resultado<br />

mais provável encontrado em relação à saturação (SAT) foi:<br />

a) SAT6 = SAT5 >SAT4=SAT3<br />

b) SAT3 = SAT4 > SAT1 = SAT2<br />

c) SAT4 > SAT3 = SAT5<br />

d) SAT6 > SAT5<br />

e) SAT7 = SAT4<br />

13. (UESC-98) "O infarto do miocárdio é causado pela<br />

brusca isquemia do músculo cardíaco, provocada pela<br />

obstrução de uma ou mais artérias coronárias."<br />

As artérias coronárias a que a frase se refere são<br />

responsáveis pela<br />

286<br />

A) nutrição e oxigenação do músculo cardíaco, apenas.


B) nutrição e oxigenação dos músculos cardíacos e<br />

esqueléticos.<br />

C) remoção do gás carbônico do músculo cardíaco, apenas.<br />

D) remoção do gás carbônico dos músculos cardíacos e<br />

esqueléticos.<br />

E) remoção dos excretas nitrogenados dos músculos<br />

cardíacos e esqueléticos.<br />

14. (UESB – 93) Os diagramas abaixo representam,<br />

esquematicamente, três tipos de sistemas circulatórios em<br />

vertebrados.<br />

II. O potencial osmótico passa a atrair todo o fluido de volta<br />

para o capilar, à medida que essa força se torna<br />

equivalente, em valores, à pressão sanguínea na<br />

extremidade arterial.<br />

III. Durante a troca de fluidos entre os vasos sanguíneos e<br />

os espaços intercelulares, nutrientes e O2 serão trocados<br />

pelos resíduos produzidos pelo metabolismo celular.<br />

IV. O balanço entre a pressão sanguínea e o potencial<br />

osmótico pode ser alterado se a pressão sanguínea nas<br />

arteríolas ou a permeabilidade das paredes dos capilares<br />

se modificarem, como, por exemplo, no que ocorre durante<br />

a liberação da histamina por glóbulos brancos em um<br />

processo inflamatório.<br />

Dessas afirmativas, estão corretas as indicadas em<br />

01) apenas I e II.<br />

02) apenas II e III.<br />

03) apenas I, III e IV.<br />

04) apenas I, II e III.<br />

05) I, II, III e IV.<br />

16. (FAINOR -2003) O esquema acima representa o<br />

circuito do sistema cardiovascular. Nele, o número que<br />

indicador do órgão que contém alto teor de oxigênio é:<br />

A partir de sua análise, conclui-se que:<br />

(A) No coração representado em I, circula sangue arterial.<br />

(B) Em II, o tipo de organização do sistema circulatório<br />

proporciona o estabelecimento da homeotermia.<br />

(C) Em I, II e III, o coração tem uma ação imediata na<br />

distribuição do sangue arterial.<br />

(D) I, II e III representam os sistemas circulatórios de<br />

anfíbios, aves e mamíferos, respectivamente.<br />

(E) Em III, o desenvolvimento do sistema circulatório<br />

proporciona uma maior disponibilidade de oxigênio para os<br />

tecidos.<br />

15. (UESC-2010) As paredes dos capilares são<br />

Constituídas por uma camada única de finas células<br />

endoteliais.<br />

Envolvendo as células endoteliais, há uma lâmina basal<br />

muito permeável. Assim, os capilares são vazantes. Eles são<br />

permeáveis a água, a alguns íons e a algumas pequenas<br />

moléculas. A interação de duas forças opostas — pressão<br />

sanguínea contra potencial osmótico — determina o fluxo<br />

líquido entre o plasma e o fluido intersticial.<br />

(PURVES; ORIANS; HELLER, 2006, p. 876).<br />

Esse diagrama demonstra a variação na pressão (mmHg)<br />

dessas forças, desde a extremidade arterial até a<br />

extremidade venosa.<br />

A análise desse diagrama, juntamente com o conhecimento<br />

atual a respeito da fisiologia do sistema cardiovascular,<br />

permite afirmar:<br />

I. A pressão sanguínea é mais elevada na extremidade<br />

arterial do leito capilar e decresce gradativamente à<br />

medida que o sangue flui para a extremidade venosa.<br />

(A) 1<br />

(B) 2<br />

(C) 3<br />

(D) 4<br />

(E) 5<br />

17.( ENEM2013)<br />

A imagem<br />

representa uma<br />

ilustração retirada<br />

do livro De Motu<br />

Cordis, de autoria<br />

do médico inglês<br />

Willian Harvey,<br />

que<br />

fez<br />

importantes<br />

contribuições para o entendimento do processo de<br />

circulação do sangue no corpo humano. No experimento<br />

ilustrado, Harvey, após aplicar um torniquete (A) no braço<br />

de um voluntário e esperar alguns vasos incharem,<br />

pressionava-os em um ponto (H). Mantendo o ponto<br />

pressionado, deslocava o conteúdo de sangue em direção ao<br />

cotovelo, percebendo que um trecho do vaso sanguíneo<br />

permanecia vazio após esse processo (H-O).<br />

Disponível em: www.answers.com. Acesso em: 18 dez. 2012<br />

(adaptado).<br />

A demonstração de Harvey permite estabelecer a relação<br />

entre circulação sanguínea e<br />

a) pressão arterial.<br />

287


) válvulas venosas.<br />

c) circulação linfática.<br />

d) contração cardíaca.<br />

e) transporte de gases.<br />

18.(UEFS-2013-2) se há perigo de superaquecimento [do<br />

corpo], o hipotálamo transmite impulsos que estimulam as<br />

glândulas sudoríparas a aumentar sua atividade e dilatar os<br />

vasos sanguíneos na pele, de modo que um aumento no<br />

fluxo sanguíneo resulta em uma perda maior de calor. O<br />

hipotálamo também pode estimular o relaxamento dos<br />

músculos e assim minimizar a produção de calor nesses<br />

órgãos. (COHEN; WOOD, 2002,p. 378).<br />

Com base nas informações a respeito da termorregulação<br />

corpórea, marque V para as afirmativas verdadeiras e F,<br />

para as falsas.<br />

( ) Os músculos são especialmente importantes na<br />

regulação da temperatura, porque as variações na<br />

quantidade de atividade muscular podem prontamente<br />

aumentar ou diminuir a quantidade total de calor produzida.<br />

( ) A atuação da porção endócrina do hipotálamo favorece<br />

a termorregulação corpórea, ao desenvolver estratégias<br />

fisiológicas que mantém a temperatura do corpo na faixados<br />

37 o C.<br />

( ) A vasodilatação periférica provoca um resfriamento do<br />

corpo em uma ação característica de ambientes onde a perda<br />

de calor seja maior que a produção, a partir do metabolismo<br />

energético celular.<br />

( ) O perigo de um superaquecimento corpóreo se configura<br />

na perda progressiva da ação enzimática, que interfere na<br />

capacidade da célula de manter as suas taxas metabólicas<br />

dentro de um padrão de normalidade.<br />

20.(UEFS-2008-2) O esquema a seguir ilustra os principais<br />

constituintes do sistema vascular humano e suas relações<br />

com alguns órgãos internos.<br />

A partir da interpretação<br />

do esquema, pode-se<br />

inferir que<br />

A) a existência de um<br />

eficiente sistema de trocas<br />

gasosas permite a<br />

ocorrência da hematose<br />

em todos os tecidos do<br />

corpo.<br />

B) a passagem do sangue<br />

pelos rins favorece a<br />

manutenção da<br />

homeostasia no<br />

organismo.<br />

C) a circulação sanguínea<br />

garante a plena distribuição de substâncias às diversas<br />

partes do organismo independentemente dos outros<br />

sistemas orgânicos associados.<br />

D) a artéria aorta transporta sangue venoso para os<br />

principais órgãos do corpo humano.<br />

E) as veias cavas superior e inferior transportam sangue<br />

não-oxigenado diretamente para as trocas gasosas nos<br />

pulmões.<br />

21.UESB-Consultec A figura ilustra processos fisiológicos<br />

em anfíbios.<br />

A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima<br />

para baixo, é a<br />

288<br />

a) V VVV<br />

b) F FF V<br />

c) V F V F<br />

d) V F F V<br />

e) F V F F<br />

19. (FIPMOC-2013-1)<br />

“A homeostase é a capacidade de o organismo regular o seu<br />

meio interno fisiológico, embora esteja continuamente<br />

sujeito a modificações. A homeostase da pressão arterial<br />

pode ser feita a longo prazo através de hormônios<br />

produzidos por diversos órgãos.<br />

O órgão que não auxilia na homeostase descrita é:<br />

A) O coração, através da produção do peptídio atrial<br />

natriurético.<br />

B) A hipófise, através da produção do hormônio<br />

antidiurético.<br />

C) O rim, através da produção de renina.<br />

D) A suprarenal, através da produção de aldosterona.<br />

O sistema circulatório dos anfíbios<br />

01) constitui-se em um meio de integração das funções<br />

biológicas.<br />

02) possibilita a transformação de sangue venoso em<br />

arterial ao nível dos tecidos.<br />

03) dispensa células especializadas em transporte de O2.<br />

04) prescinde de modalidades complementares de obtenção<br />

de oxigênio.<br />

05) requer um órgão propulsor dividido em quatro<br />

cavidades independentes.<br />

QUESTÕES 22 e 23 UESB - Consultec<br />

"Perguntei ao coração<br />

se queria descansar.<br />

ele disse que não<br />

que não queria"<br />

(Assis Valente)


22. Trabalhador incessante, o coração se contrai,<br />

normalmente, em média, a cada 0,75 segundo.<br />

O ritmo cardíaco é gerado pelo próprio coração por células<br />

musculares modificadas. (Ciência Hoje, p. 28-34)<br />

A relativa autonomia do coração é estratégica na<br />

sobrevivência do indivíduo, porque:<br />

01) mantém o funcionamento do coração independente das<br />

condições internas do organismo.<br />

02) assegura ao coração maior estabilidade, conservando<br />

invariável a frequência nos batimentos cardíacos.<br />

03) favorece a comunicação do coração com o ambiente<br />

externo.<br />

04) reduz a interferência do sistema nervoso central, na<br />

dinâmica cardíaca, deixando o coração menos suscetível às<br />

influências psíquicas.<br />

05) deixa o coração mais isolado em relação às condições<br />

fisiológicas do organismo.<br />

(01) o sangue circulante, em condições normais, possibilita<br />

a integração orgânica.<br />

(02) O sangue contém anticorpos produzidos por células de<br />

diferentes tecidos.<br />

(04) as hemácias constituem a via de transmissão de<br />

doenças causadas por vírus nas transfusões sanguíneas.<br />

(08) Reações do tipo antígeno/anticorpo podem ocorrer por<br />

transfusões sanguíneas inadequadas.<br />

(16) A inexistência de substitutos sintéticos para certas<br />

proteínas plasmáticas implica dependência intraespecífica.<br />

(32) A insuficiência no suprimento de oxigênio em um<br />

organismo pode ser minimizada por uma transfusão<br />

sanguínea.<br />

23. Apesar do seu constante trabalho, o ciclo cardíaco<br />

estabeleceu-se com um pequeno estágio de descanso que<br />

ocorre:<br />

01) após a sístole dos átrios, quando o sangue é lançado nas<br />

veias pulmonares e nas veias cavas.<br />

02) na diástole, em que o átrio direito recebe sangue arterial<br />

proveniente dos pulmões e o átrio esquerdo, sangue venoso<br />

de todo o corpo.<br />

03) no decorrer da sístole ventricular, quando o sangue do<br />

ventrículo direito passa para a artéria aorta.<br />

04) no momento em que os átrios se esvaziam e os<br />

ventrículos direito e esquerdo se enchem de sangue arterial.<br />

05) durante a diástole, em que as quatro câmaras estão<br />

relaxadas.<br />

24. Assinale a opção que encerra o dado correto em relação<br />

ao coração dos mamíferos.<br />

a) O átrio esquerdo recebe sangue oxigenado vindo do<br />

organismo através das veias cavas.<br />

b) O átrio direito recebe sangue não oxigenado pelas veias<br />

pulmonares.<br />

c) O ventrículo esquerdo envia sangue oxigenado para os<br />

vários setores do organismo.<br />

d) A artéria pulmonar leva sangue oxigenado para os<br />

pulmões.<br />

e) O ventrículo direito envia sangue oxigenado para o átrio<br />

esquerdo.<br />

25. (UFBA) “O sangue é remédio muito especial. Sua falta<br />

pode trazer a morte, mas sua oferta também”.<br />

Identifique a proposição ou proposições que Justificam a<br />

afirmação acima.<br />

SISTEMA RESPIRATÓRIO<br />

O estudo da respiração pode ser feito sob vários aspectos:<br />

a respiração celular (como processo de oxidação de<br />

289


SISTEMA RESPIRATÓRIO<br />

290<br />

O estudo da respiração pode ser feito sob vários aspectos:<br />

a respiração celular (como processo de oxidação de<br />

compostos orgânicos para obtenção de energia para as<br />

atividades celulares), as trocas gasosas nos órgãos<br />

respiratórios, as trocas gasosas entre os tecidos e a corrente<br />

sanguínea e o transporte dos gases.<br />

No entanto, é a respiração celular que garante toda a<br />

atividade metabólica dos sistemas vivos. Não obstante, ela<br />

não se efetivaria sem a participação dos chamados órgãos<br />

respiratórios e o transporte dos gases. Este é o objetivo do<br />

sistema respiratório: promover as trocas gasosas entre o<br />

meio e os órgãos respiratórios, bem como entre os órgãos<br />

respiratórios e os tecidos.<br />

O SISTEMA RESPIRATÓRIO NO HOMEM<br />

Vias respiratóriasa<br />

ou vias aéreas<br />

Pulmõesa<br />

Diafragma<br />

Narinas<br />

Fossas nasais<br />

Coanas<br />

Faringe<br />

Glote<br />

Laringe<br />

Traquéia<br />

Brônquios<br />

Bronquíolos<br />

Alvéolos<br />

O acesso dos<br />

gases até os<br />

pulmões se dá ao<br />

nível das narinas e<br />

suas cavidades – as<br />

fossas nasais.<br />

Nessa cavidade o ar<br />

é aquecido, devido<br />

à produção de<br />

muco, e filtrado<br />

pelos pêlos nasais.<br />

Passando pela<br />

faringe, com o<br />

fechamento da<br />

glote (que bloqueia o trajeto em direção ao esôfago), o ar<br />

dirige-se para a laringe, traquéia – onde é novamente<br />

filtrado pelos cílios e muco ali existentes – até atingira os<br />

alvéolos pulmonares nas extremidades dos bronquíolos.<br />

Os pulmões são duas “bolsas” membranosas infláveis e<br />

revestida por duas membranas (serosas) denominadas de<br />

pleuras.<br />

Uma vez nos alvéolos, as diferenças de concentração dos<br />

gases entre eles e os capilares dos pulmões, ocorre o<br />

deslocamento, por difusão, de oxigênio em direção aos<br />

capilares sanguíneos e de gás carbônico para os alvéolos.<br />

O TRANSPORTE DE GASES<br />

Com os movimentos<br />

de inspiração e expiração<br />

promovidos pelos<br />

músculos diafragma e<br />

intercostais, o fluxo de<br />

ar se mantém<br />

relativamente constante<br />

nas vias respiratória<br />

numa média de 14 a 16<br />

por minuto.<br />

Também por difusão,<br />

os gases saem dos<br />

capilares para os tecidos<br />

e vice-versa.<br />

O OXIGÊNIO: quando avaliamos a quantidade de<br />

oxigênio fixa na corrente sanguínea, constatamos que este<br />

existe em maior quantidade que aquela contida na água, a<br />

saber:<br />

Em 100ml de plasma a 0,5ml de oxigênio<br />

Em 100ml de sangue a 20ml de oxigênio<br />

Como foi demonstrado que em 100ml de sangue<br />

encontramos 15g de hemoglobina, ao acrescentarmos 15g<br />

de Hb a 100ml de H 2 O, percebemos que esta passa a fixar<br />

20ml de oxigênio. Fica fácil concluir então, que a elevada<br />

taxa de oxigênio encontrada no plasma está associada à<br />

presença de hemoglobina. Assim, quase todo o oxigênio é<br />

transportado sob a forma de oxihemoglobina, conforme o<br />

esquema abaixo:<br />

Quanto ao gás carbônico podemos considerar três formas<br />

distintas de transporte:<br />

9% dissolvido no plasma. O CO 2 é mais solúvel em água<br />

(plasma) que o oxigênio.<br />

27% combinado à hemoglobina, formando um composto<br />

relativamente instable, a carbohemoglobina que, em<br />

presença de oxigênio libera o CO 2 voltando a forma de<br />

oxihemoglobina.<br />

64% sob a forma de íons carbonato


soprado contém boa quantidade de CO2 que servirá de<br />

estimulante do centro respiratório no bulbo.<br />

A EVOLUÇÃO DOS PULMÕES<br />

O CO2, liberado pelos tecidos, entra na rede capilar e<br />

segue um dos três caminhos: dissolvido no plasma, sob a<br />

forma de HbCO2 (caboxiemoglobina) e, em maior<br />

proporção, sob a forma de íons carbonato. O íon carbonato<br />

forma-se quando esse gás, no interior da hemácia e sob ação<br />

da enzima anidrase carbônica, reage com a água<br />

formando, inicialmente, H2CO3 ácido carbônico) e em<br />

seguida dissocia-se em H + <br />

e HCO<br />

3 - o íon carbonato. O íon<br />

H + combina-se com a hemoglobina sendo transportado sob<br />

a forma de HHb até os capilares pulmonar, enquanto que o<br />

íon carbonato, no plasma, é levado até os pulmões. Parte<br />

desses íons carbonato, combina-se com o sódio (Na),<br />

<br />

formando NaHCO<br />

3 que irá atuar com substância tampão,<br />

regulando o pH do sangue. Uma vez nos alvéolos<br />

pulmonares, o CO2 dissolvido, por difusão sai da corrente<br />

sanguínea e diriges-se para o interior do alvéolo para<br />

posterior eliminação. O hidrogênio da hemoglobina (HHb)<br />

é liberado e, recombinado–se com o íon carbonato forma o<br />

H2CO3 que, dessa vez, dissocia-se em CO2 e água sendo<br />

eliminados pela expiração. A hemoglobina que o<br />

transportava assim como a da carbohemoglobina combinase<br />

com o oxigênio inspirado e, sob a forma de<br />

oxiemoglobina, via corrente, sanguínea proverá os tecidos<br />

com esse gás.<br />

O CONTROLE DO RITMO RESPIRATÓRIO<br />

Existem nas artérias ligadas ao coração (aorta e<br />

carótidas) sensores químicos que, sensíveis às baixas<br />

concentrações de oxigênio, “enviam” informações para o<br />

centro respiratório, no bulbo(SNC), que “dá ordens”,<br />

através de nervos motores, para os músculos intercostais e<br />

o diafragma, promove a aceleração do ritmo respiratório<br />

determinando a re-oxigenação do sangue e a eliminação do<br />

gás carbônico.<br />

Outro mecanismo de regulação, desta vez monitorando<br />

os níveis de gás carbônico, é bem mais sensível que o<br />

anterior. Assim, o sangue que chega ao bulbo com elevada<br />

concentração desse gás estimula, diretamente o bulbo que,<br />

prontamente, “ordena” a aceleração do ritmo respiratório. É<br />

essa elevada sensibilidade do sistema nervoso central<br />

(bulbo) a concentrações elevadas de CO2 que justifica a<br />

técnica de respiração boca-a-boca. Essa técnica consiste em<br />

soprar ar nas vias respiratórias dos acidentados e visa<br />

encher os seus pulmões de oxigênio. No entanto, o ar<br />

Nos peixes ósseos existe um órgão que regula a<br />

profundidade desses animais durante a natação que lembra<br />

a estrutura dos pulmões a ponto de, em um determinado<br />

grupo, grupo – os dipnóicos, essa bexiga apresenta grande<br />

vascularização, funcionando como uma espécie de pulmão<br />

primitivo, órgão que complementa a atividade das<br />

brânquias em rios sujeitos a período de baixa.<br />

Nas aves, como adaptação para o voo, os pulmões<br />

encontram-se conectados aos ossos pneumáticos e sacos<br />

aéreos, fato que torna esses animais mais leves.<br />

Em geral, nos vertebrados, observa-se uma tendência<br />

para o aumento da superfície interna dos pulmões que<br />

atinge seu auge nos denominados pulmões alveolares.<br />

Assim, considerando os vertebrados terrestres: aves,<br />

anfíbios, répteis e mamíferos, apresentam pulmões<br />

respectivamente sem alvéolos, alvéolos simples, processo<br />

de “alveolização” e pulmões alveolares.<br />

Exercícios<br />

01.(UESB-2015)<br />

A imagem representa o processo de hematose presente nos<br />

alvéolos pulmonares, onde os gráficos de barras informam<br />

a variação das porcentagens de O2, e CO2, no ar inspirado<br />

e no ar expirado em situação de repouso.<br />

Considerando-se as informações contidas na ilustração e no<br />

conhecimento científico a respeito da fisiologia humana, é<br />

correto afirmar:<br />

01) A hematose representa as trocas gasosas que ocorrem<br />

nos alvéolos pulmonares transformando o sangue arterial<br />

em sangue venoso<br />

02) O sangue rico em oxigênio apresenta, ao sair dos<br />

alvéolos, uma pressão parcial do CO2 em torno de 4,5%.<br />

03) A hemoglobina, ao se ligar ao oxigênio durante a<br />

hematose produz uma molécula estável denominada de<br />

oxiemoglobina responsável pela fixação de energia química<br />

no ambiente intracelular.<br />

291


04) O percentual de saturação de hemoglobina ao oxigênio<br />

é 3% maior no sangue que chega aos alvéolos do que se<br />

comparado ao sangue após a hematose.<br />

05) Quanto maior a diferença na concentração dos gases<br />

respiratórios entre os alvéolos e o sangue, mais rápida é a<br />

difusão por transporte passivo desses gases pela superfície<br />

respiratória.<br />

02. (UESB-2015)<br />

04. (UFBA-BA). Qual das reações abaixo ocorre nos<br />

capilares dos pulmões?<br />

1) CO 2 + H 20 H 2C0 3<br />

2) H 2C0 3 H + + HC0 3<br />

-<br />

3) HCO 3 + H + H 2C0 3 H 20 + CO 2<br />

4) H 20 + CO 2 H 2CO 3 H + + HC0 3<br />

-<br />

5) H 2C0 3 + CO 2 H 2O + 2C0 2<br />

05.(UEFS-2010/1) O gráfico ilustra a variação da taxa<br />

respiratória, um litros por minuto, em relação à variação da<br />

quantidade de CO2 e O2 presentes no ar inalado.<br />

O gráfico apresenta o processo de recuperação (em horas) das<br />

reservas de glicogênio muscular (em gramas/kg-músculo) após<br />

duas horas de exercícios contínuos para duas situações: (A) para<br />

um indivíduo que possui uma dieta rica em carboidratos e (B) para<br />

um indivíduo que possui uma dieta rica em gordura e proteína.<br />

A afirmativa que melhor justifica a diferença encontrada ao longo<br />

da evolução das duas curvas representadas (A e B), durante 5<br />

<strong>dias</strong>, é a<br />

01) As moléculas de proteínas e lipídios são os compostos<br />

preferenciais para serem utilizados pelo metabolismo energético<br />

celular.<br />

02) A quantidade de energia liberada por grama de carboidrato é<br />

sempre o dobro da quantidade de energia liberada por grama de<br />

lipídio e proteína.<br />

03) As moléculas de gorduras e proteínas precisam primeiro ser<br />

convertidas em carboidratos pela gliconeogênese para depois<br />

serem armazenadas na forma de carboidrato complexo nos<br />

músculos e fígado.<br />

04) A atividade física de duas horas pouco utilizou a reserva<br />

energética presente na curva A que permaneceu quase intocada<br />

nos músculos esqueléticos.<br />

05) Sendo o glicogênio um lipídio, ele é rapidamente convertido e<br />

armazenado a partir de uma alimentação rica em carboidratos.<br />

03. Sabendo-se que no final do<br />

período considerado, o sangue<br />

sofreu hematose, em III, II e I<br />

estão representadas as<br />

concentrações de gás carbônico<br />

do sangue, respectivamente<br />

no(a-as):<br />

1) pulmões / tecidos / veias<br />

cavas<br />

2) veias cavas / tecidos /pulmões<br />

3) tecidos / pulmões / veias cavas<br />

4) coração / veias cava / pulmões<br />

5) tecidos / veias cavas / pulmões<br />

Considerando-se as informações presentes no gráfico e o<br />

conhecimento sobre o controle nervoso das trocas gasosas<br />

nos animais, é possível considerar:<br />

I. Uma queda na porcentagem de O2 no ar inalado<br />

apresenta pouco efeito sobre a variação da taxa respiratória,<br />

se comparada à variação do CO2 também inspirado.<br />

II. O aumento da percentagem de O2 no ar inalado<br />

aproxima a curva referente a esse gás para uma taxa<br />

respiratória em torno de 30 litros por minuto.<br />

III. A respiração é mais sensível ao aumento no conteúdo<br />

de dióxido de carbono no ar inalado do que ao decréscimo<br />

no conteúdo de oxigênio.<br />

IV. O sistema nervoso autônomo mantém a respiração e<br />

modifica a sua profundidade e frequência para satisfazer às<br />

exigências do corpo pelo suprimento de O2 e eliminação do<br />

CO2.<br />

Dessas afirmativas, estão corretas as indicadas em:<br />

A) apenas I e II.<br />

B) apenas II e III.<br />

C) apenas III e IV.<br />

D) apenas I, III e IV.<br />

E) I, II, III e IV.<br />

06.(Consultec-98) Assinale as proposições corretas.<br />

292


"A sobrevivência do homem, alguns séculos atrás, dependia<br />

da realização de vários tipos de esforço físico. (...) Para que<br />

o homem executasse adequadamente todas essas atividades,<br />

a natureza o supriu com eficientes mecanismos adaptativos,<br />

como por exemplo, o sistema cardiovascular, formado pelo<br />

coração e pelos vasos sangüíneos."<br />

(Ciência Hoje, p. 40)<br />

Considerando-se o sistema cardiovascular e a sua interação<br />

com outros sistemas do organismo, pode-se afirmar que ele<br />

01. Caracteriza-se, nos animais superiores, como um<br />

sistema aberto.<br />

02. Participa do controle hormonal do organismo.<br />

04. Processa trocas com os tecidos ao nível da<br />

microcirculação.<br />

08. É via de transporte dos substratos energéticos, ingeridos<br />

na alimentação, até as células.<br />

16. Mantém a mesma complexidade morfológica e<br />

funcional na escala filogenética.<br />

32. Auto-regula suas funções, independente de outros<br />

sistemas.<br />

64. Transporta células envolvidas na defesa imunológica.<br />

07. ( V. Cairu 96) Em relação às características dos<br />

grandes grupos animais, identifique as afirmativas<br />

verdadeiras e as falsas.<br />

Brasil e da Argentina, parecem estar exatamente na linha<br />

divisória entre mamíferos e répteis.<br />

A primeira vista, os fósseis não impressionam: são<br />

de animais pequenos, com aparência semelhante à de<br />

camundongos, que tinham entre 9cm e 15cm de<br />

comprimento, da ponta do focinho à ponta da cauda.<br />

Mas os dois bichos, batizados por enquanto de<br />

brasiltério ("mamífero brasileiro") e brasildonte (“dente<br />

brasileiro”), não têm nada de trivial. Tendo vivido entre o<br />

fim do Período Triássico e o começo do Jurássico, eles são<br />

fortes candidatos a representar uma das últimas<br />

experiências da evolução antes dos primeiros mamíferos<br />

propriamente ditos.<br />

“A grande novidade desses fósseis é a dentição”,<br />

afirma Schultz, um de seus descobridores. É que um dos<br />

fatores-chave para a delicada transição entre mamíferos e<br />

répteis foi justamente a mudança nos padrões dentários,<br />

graças à qual os mamíferos ganharam os quatro tipos de<br />

dentes que têm hoje: incisivos, caninos, molares e prémolares<br />

(a dentição dos répteis não diferencia os dois<br />

últimos).<br />

“A presença do palato que ajuda a separar a entrada<br />

do ar que vai para o nariz da entrada da comida é uma prova<br />

de sofisticação”; segundo Shultz.<br />

“A dentição diferenciada também mostra um<br />

esforço maior para aproveitar o máximo da comida. E a<br />

estrutura óssea revela que esses eram bichos ágeis, ativos e<br />

de sangue quente”; pondera o pesquisador.<br />

A dentição e os olhos grandes dos bichos indicam<br />

um tipo de vida bem característico: comedores de insetos<br />

que saíam para caçar à noite, evitando sempre que possível<br />

os emergentes dinossauros.<br />

(Lopes, p. A 14)<br />

Considerando aspectos anátomo-funcionais dos mamíferos<br />

atuais, "brasiltério" e "brasildonte" podem ser uma das<br />

últimas "experiências da evolução antes dos primeiros<br />

mamíferos propriamente ditos", porque<br />

0. Simetria radial é uma característica comum a<br />

equinodermos, anelídeos e artrópodos.<br />

1. Todos os vertebrados apresentam notocorda em uma fase<br />

do desenvolvimento.<br />

2. A maior diferenciação tecidual observada a partir dos<br />

moluscos se relaciona à aquisição de três folhetos<br />

embrionários.<br />

3. A presença de um tubo digestivo completo caracteriza os<br />

multicelulares.<br />

4. A tendência à centralização do sistema nervoso é uma<br />

aquisição recente entre os animais.<br />

5. Estruturas adaptativas, como um coração eficiente,<br />

garantem a homeotermia entre os vertebrados.<br />

08. (Consultec) Duas minúsculas criaturas de 210 milhões<br />

de anos, achadas no interior do Rio Grande do, Sul, podem<br />

ser a peça que faltava. Descobertas por paleontólogos do<br />

a) a circulação possibilitava a mistura de sangue venoso<br />

com sangue arterial.<br />

b) o estômago era dotado de musculatura vigorosa para<br />

triturar os alimentos engolidos inteiros.<br />

c) a temperatura corporal se mantinha constante,<br />

independente das condições do meio.<br />

d) os ossos pneumáticos facilitavam a velocidade de<br />

locomoção necessária aos animais de pequeno porte.<br />

e) as trocas gasosas ocorriam de modo difuso em toda a<br />

superfície corporal.<br />

293


09. A ilustração localiza, no organismo<br />

humano,<br />

a) a produção de hormônios.<br />

b) a produção de hemácias.<br />

c) o mecanismo de defesa fagocitária.<br />

d) a atuação das plaquetas.<br />

e) a produção de linfócitos.<br />

10. As figuras ilustram alguns tipos de<br />

estruturas desenvolvidas par ao<br />

intercâmbio de gases respiratórios em<br />

animais.<br />

A partir da análise das figuras, pode-se concluir:<br />

a) O intercâmbio de gases em A depende de pigmentos<br />

respiratórios.<br />

b) O sistema respiratório indicado em A é encontrado entre<br />

invertebrados do filo Artrópoda.<br />

c) O mecanismo indicado em B é característico dos<br />

vertebrados da classe dos répteis.<br />

d) as trocas gasosas ao nível de C ocorrem, apenas, entre os<br />

mamíferos.<br />

e) As superfícies corporais, em animais terrestres,<br />

constituem um revestimento impermeável.<br />

11. (UFBA 2005 2ª) Arte e Ciência frequentemente se<br />

encontram na abordagem do fenômeno da vida. Nesse caso<br />

particular, a obra de Michelangelo inspirou os autores para<br />

ilustrar a base anátomo-morfológica associada ao sistema<br />

respiratório humano, construído de forma integrada a outros<br />

sistemas, no curso da evolução.<br />

Explique de que modo se integram os sistemas respiratório<br />

e circulatório no ser humano, referenciando duas aquisições<br />

evolutivas essenciais para os vertebrados que colonizaram<br />

as terras emersas.<br />

12. (UFBA) Nas<br />

ilustrações que se<br />

seguem, as hachuras<br />

representam o<br />

revestimento do corpo<br />

animal em contato<br />

direto com o ambiente.<br />

As ilustrações indicam, respectivamente, os tipos de<br />

sistemas respiratórios:<br />

a) traqueal, pulmonar e cutâneo<br />

b) cutâneo, branquial e traqueal<br />

c) pulmonar, traqueal e cutâneo<br />

d) cutâneo, traqueal e branquial<br />

e) traqueal, cutâneo e pulmonar<br />

13. (UESB-Consultec). A dinâmica da respiração<br />

pulmonar, em anfíbios, envolve<br />

01) a ausência de pigmento respiratório.<br />

02) a hematose ao nível dos alvéolos.<br />

03) o transporte de gases por via sangüínea.<br />

04) a eliminação de CO 2 pelos espiráculos.<br />

05) a entrada de ar dependente do diafragma.<br />

14. (UESB-Consultec) O filo dos nemátodas inclui<br />

animais com<br />

01) respiração cutânea.<br />

02) células freqüentemente ciliadas ou flageladas.<br />

03) sistema circulatório fechado.<br />

04) fecundação externa.<br />

05) sistema digestivo incompleto.<br />

Questões 15 e 16 / UESB-CONSULTEC<br />

A estrutura dos pulmões em diferentes classes de<br />

vertebrados está ilustrada a seguir:<br />

294


15. A partir da sua análise, pode-se afirmar:<br />

01) Em anfíbios, as dobras dos pulmões comunicam-se com<br />

o meio externo por meio de espiráculos. .<br />

02) Os répteis complementam as trocas gasosas com o<br />

meio, realizando respiração cutânea.<br />

03) A menor complexidade dos pulmões em anfíbios e<br />

répteis se reflete na menor participação do sistema<br />

circulatório na difusão dos gases.<br />

04) A simples presença de pulmões garante a entrada e saída<br />

de oxigênio nos organismos mais evoluídos.<br />

05) As paredes dos pulmões necessitam de umidade<br />

constante para eficiência nas trocas gasosas.<br />

16. Uma aquisição de destaque no processo de evolução do<br />

sistema respiratório, em vertebrados, é<br />

01) a conversão de sangue arterial em venoso ao nível dos<br />

pulmões.<br />

02) a absorção do oxigênio do ar atmosférico para o<br />

processo de hematose.<br />

03) a utilização do O2 para o processo de respiração<br />

aeróbica ao nível celular.<br />

04) o aumento crescente da superfície respiratória,<br />

incrementando a eficiência dos pulmões.<br />

05) a presença de uma rede capilar irrigando uniformemente<br />

os pulmões.<br />

17. Relacione os animais às estruturas assinalando a<br />

alternativa correta:<br />

COLUNA 1 COLUNA 2<br />

1 – Planária ( ) Brânquias<br />

2 – Gafanhoto ( ) Traquéias<br />

3 – Camarão ( ) Pulmão<br />

4 - Caramujo-de-jardim ( ) Epiderme<br />

a) se a ordem correta for 3, 2, 4, 1.<br />

b) se a ordem correta for 3, 2, 1, 4.<br />

c) se a ordem correta for 2, 3, 4, 1.<br />

d) se a ordem correta for 3, 4, 2, 1.<br />

e) se a ordem correta for 4, 3, 1, 2.<br />

18. Identifique as formas de respiração abaixo:<br />

Os esquemas 2 e 4 representam, respectivamente,<br />

formas de respiração de:<br />

a) minhoca e planária b) planária e mosca<br />

c) medusa e sardinha d) lombriga e sapo<br />

e) gafanhoto e homem<br />

19. Os esquemas abaixo representam sistemas respiratórios.<br />

Os insetos terrestres apresentam sistemas respiratórios<br />

apenas:<br />

a) dos tipos I e Il<br />

b) dos tipos II e III<br />

c) dos tipos III e I<br />

d) do tipo I<br />

e) do tipo II<br />

20. (FCMSCSP) Qual das alternativas abaixo completa<br />

corretamente a frase seguinte?<br />

"A formação de H2C0 3 ocorre (I); a enzima anidrase<br />

carbônica existe (II); o transporte de íons bicarbonato<br />

ocorre principalmente (III)."<br />

a) I = nas hemácias; II = apenas nas hemácias; III = no<br />

plasma<br />

b) I = no plasma e nas hemácias; II = apenas nas hemácias;<br />

III = nas hemácias<br />

c) I = no plasma e nas hemácias; II = apenas no plasma; III<br />

= no plasma<br />

d) I = apenas no plasma; II = no plasma e nas hemácias; III<br />

= nas hemácias<br />

e) I = apenas no plasma; II = apenas no plasma; III = no<br />

plasma<br />

21. (UnB/ICSA-DF) A seqüência das estruturas do sistema<br />

respiratório pulmonar é:<br />

a) fossas nasais - laringe - esôfago - brônquios - traquéia<br />

b) fossas nasais - faringe - laringe - traquéia - brônquios<br />

c) fossas nasais - laringe - faringe - traquéia - brônquios<br />

d) fossas nasais - faringe - esôfago - traquéia - brônquios<br />

e) fossas nasais - faringe - traquéia - laringe - brônquios<br />

22. (OSEC-SP) Um médico, ao ser chamado para atender<br />

uma vítima de afogamento, tinha a sua disposição três<br />

295


ecipientes numerados cujos componentes e respectivas<br />

proporções eram as seguintes:<br />

Recipiente I - 100% de 02<br />

Recipiente II - 80% de N2 e 20% de 02<br />

Recipiente III - 95% de O2 e 5% de CO2<br />

cerca de uma das quatro moléculas de O 2, que a<br />

hemoglobina carreia é liberada para os tecidos. Isso parece<br />

ineficiente, mas é, na verdade, bastante adaptativo, pois a<br />

hemoglobina mantém 75% do seu oxigênio na reserva para<br />

satisfazer as necessidades de demandas máximas.<br />

O seu procedimento mais correto seria utilizar:<br />

296<br />

a) a mistura do recipiente II, uma vez que o N 2 estimula o<br />

processo respiratório, atuando sobre o cerebelo.<br />

b) a mistura do recipiente III, uma vez que o C0 2 estimula<br />

o bulbo a restaurar os movimentos respiratórios.<br />

c) o gás do recipiente I, porque somente o oxigênio puro<br />

pode satisfazer às exigências respiratórias dos tecidos<br />

celulares.<br />

d) a mistura do recipiente II, porque a porcentagem de<br />

oxigênio é aproximadamente a mesma que a do ar que<br />

respiramos.<br />

e) o gás do recipiente I, porque o oxigênio puro estimula a<br />

medula óssea a produzir maior número de hemácias.<br />

23. (CESGRANRIO-RJ)<br />

Nos esquemas anteriores o<br />

aparelho respiratório<br />

humano está sendo<br />

representado e neles são<br />

localizadas suas principais<br />

estruturas, tais como: vias<br />

aéreas superiores,<br />

traquéia, brônquios,<br />

bronquíolos, bronquíolos terminais e sacos alveolares, que<br />

se encontram numerados. Sobre este desenho são feitas três<br />

afirmativas:<br />

I - Em 4, o ar passa em direção aos pulmões após ter sido<br />

aquecido em 1.<br />

II - Em 6, o oxigênio do ar penetra nos vasos sangüíneos,<br />

sendo o fenômeno conhecido como hematose.<br />

III - Em 8, o gás carbônico proveniente do sangue passa<br />

para o ar.<br />

Assinale:<br />

a) se somente I for correta.<br />

b) se somente II for correta.<br />

c) se somente I e II forem corretas.<br />

d) se somente I e III forem corretas.<br />

e) se I, II e III forem corretas.<br />

24. (UEFS-2009) A habilidade da hemoglobina para captar<br />

ou liberar O 2 depende da pressão parcial de O 2 (PO 2) no seu<br />

ambiente.<br />

Quando a PO2 do plasma sanguíneo é alta, como<br />

habitualmente acontece nos capilares dos pulmões, cada<br />

molécula de hemoglobina pode transportar sua carga<br />

máxima de quatro moléculas de O2. Assim, o sangue que<br />

circula através dos vasos pelo corpo encontra valores mais<br />

baixos de PO 2. Nesses valores mais baixos de PO 2, a<br />

hemoglobina libera algum O 2 que estava transportando. [...]<br />

Isso significa que, em condições metabólicas normais à<br />

medida que o sangue circula ao longo do corpo, somente<br />

A partir do texto e da análise do gráfico apresentado, é<br />

possível concluir:<br />

A) A captação da quarta molécula de O 2 pela hemoglobina<br />

requer um aumento significativo da PO 2, se comparado à<br />

captação das outras três primeiras moléculas.<br />

B) Uma reserva de até 25% de oxigênio é mantida pela<br />

hemoglobina durante a demanda comum do corpo e pode<br />

ser liberada para os tecidos, se houver uma baixa da PO2.<br />

C) A PO 2 presente no sangue tende aumentar à medida que<br />

o fluido sanguíneo se desloca através dos vasos em direção<br />

aos tecidos.<br />

D) A hemoglobina que retorna ao coração através do sangue<br />

apresenta aproximadamente 50% da capacidade máxima de<br />

captação de oxigênio.<br />

E) Em situações de demanda máxima de oxigênio, é<br />

esperada uma taxa entre 60% a 80% de PO 2 presente no<br />

sangue.<br />

25. Justifique a necessidade de um ambiente interno úmido<br />

para atividade pulmonar.<br />

SISTEMA EXCRETOR URINÁRIO<br />

Do ponto de vista evolutivo, o sistema excretor surgiu<br />

com o objetivo de eliminar os excretas nitrogenados. No<br />

entanto, como esta atividade depende, também, da atividade<br />

do sistema circulatório, este fantástico sistema realiza,<br />

simultaneamente a excreção e o equilíbrio hidrossalino<br />

(hidrosmótico) do corpo. Entende-se por excretas<br />

nitrogenados, os resíduos resultantes do metabolismo das<br />

proteínas tais como: amônia, ácido úrico, creatinina, uréia,<br />

guanina etc.<br />

Os sistemas excretores evoluíram no sentido de<br />

economizar água. Assim reconhecemos os três tipos de<br />

excreção: amoniotélica, ureotélica e uricotélica.<br />

Respectivamente eliminam substâncias de maior a menor<br />

solubilidade em água.<br />

GRUPOS AMÔNIA URÉIA<br />

ÁCIDO<br />

ÚRICO<br />

Celenterados + + - -<br />

Anelídeos + + + -<br />

Crustáceos + + + -


Equinodermos + + + -<br />

Moluscos + + + -<br />

Insetos - - + +<br />

Peixes (ósseos) + + + -<br />

Anfíbios + ++ -<br />

Répteis (quelônios) + + + +<br />

Répteis (lacertílios e<br />

ofídios)<br />

- - + +<br />

Aves<br />

Mamíferos + + + -<br />

RIM EM CORTE<br />

QUANTIDADES:<br />

++ Abundante + Pouca – Mínima o nula<br />

Evolução dos rins<br />

Entre os vertebrados observamos três tipos de estruturação<br />

renal, a partir de nefrídios modificados.<br />

PROCESSO DE FORMAÇÃO DA URINA<br />

O processo de formação da urina depende dos seguintes<br />

fatores:<br />

RINS<br />

Pronefros<br />

Mesonefros<br />

Metanefros<br />

TABELA RELATIVA AOS TIPOS DE RINS<br />

POSICÃ<br />

ESTRUTURAS<br />

O<br />

Anterior<br />

Médio<br />

Posterior<br />

CONSTITUIÇÃO:<br />

Rins - Néfrons<br />

Ureteres<br />

Bexiga<br />

Uretra<br />

Apenas nefrídios<br />

abertos<br />

Nefrídios abertos<br />

com glomérulos<br />

Apenas<br />

glomérulos<br />

FUNCIONAL<br />

Em peixes<br />

primitivos<br />

(ciclóstomos)<br />

Ciclóstomos,<br />

peixes, anfíbios,<br />

embriões de<br />

répteis, aves e<br />

mamíferos.<br />

Répteis, aves e<br />

mamíferos.<br />

A) Filtração.<br />

B) Reabsorção ativa de sais.<br />

C) Reabsorção ativa de água.<br />

D) Excreção ativa de H + .<br />

Filtração: ao nível do glomérulo, sob pressão sanguínea<br />

adequada, o plasma, desprovido de gorduras e proteínas,<br />

passa para o interior dos túbulos renais – forma-se assim, o<br />

filtrado glomerular.<br />

O filtrado glomerular é o líquido resultante dessa<br />

filtração e consiste no plasma sanguíneo desprovido de<br />

proteínas e células, no entanto, os demais componentes<br />

(sais, açúcares, aminoácidos, vitaminas etc.) nutricionais e<br />

os excretas encontram-se presentes. É papel do néfron, ao<br />

longo do percurso do filtrado em seus túbulos, retirar a<br />

substâncias úteis e deixar as toxinas dirigir-se até o final do<br />

túbulo coletor onde, ao gotejar nos cálices do bacinete,<br />

constituirá a urina.<br />

UNIDADE FUNCIONAL DOS RINS<br />

O NÉFRON<br />

297


Reabsorção ativa de sais: em (A), sob intenso transporte<br />

ativo, ocorre uma intensa reabsorção ativa de sais<br />

principalmente NaCl. Como conseqüência há a elevação da<br />

pressão osmótica do sangue em torno dos túbulos renais<br />

(rede de vênulas).<br />

Durante o ciclo da ornitina são consumidas duas<br />

moléculas de amônia e uma de gás carbônico para cada<br />

molécula de uréia produzida. Ao combinar-se com uma<br />

molécula de amônia e<br />

outra de gás carbônico, o aminoácido ornitina transformase<br />

em citrulina. Ao<br />

reagir com uma segunda<br />

molécula de amônia, a<br />

citrulina é convertida<br />

em arginina que, ao<br />

liberar uréia, retorna à<br />

condição de ornitina.<br />

Dessa forma o ciclo se<br />

repete à medida que a<br />

amônia vai surgindo<br />

durante o metabolismo protéico.<br />

CONTROLE DO VOLUME URINÁRIO<br />

298<br />

Reabsorção passiva de água. Com a concentração salina<br />

elevada, passa a haver um deslocamento de água do ramo<br />

descendente (B) da alça de Henle em direção ao sangue<br />

(rede de vênulas).<br />

Reabsorção ativa de sais: ocorre próximo à curvatura (C)<br />

uma nova reabsorção ativa de sais para o sangue.<br />

Obs.: o ramo ascendente da alça de Henle é impermeável a<br />

água e não ocorre reabsorção de água nos pontos D e E.<br />

Reabsorção passiva de água. na região F, túbulo<br />

contorcido distal, ocorre um intensa reabsorção passiva de<br />

água sob influência do hormônio anti-diurético. Aqui deve<br />

ser reabsorvida a maior quantidade de água possível – o que<br />

passar deste ponto constituirá a urina. Ao longo destes<br />

processos alternados de reabsorção ativa e passiva, retornou<br />

para a corrente sanguínea os nutrientes necessários ao<br />

metabolismo celular. No entanto, os excretas e os H + , por<br />

transporte ativo, são mantidos no interior dos túbulos renais<br />

e seguem seu caminho para a região medular do rim e<br />

consequentemente para a bexiga.<br />

A urina permanece, temporariamente, armazenada na<br />

bexiga sendo, posteriormente, eliminada através da uretra.<br />

Esta última nos indivíduos masculinos é via urogenital<br />

(compõe o sistema urinário e reprodutor), enquanto que nos<br />

indivíduos do sexo feminino trata-se de via exclusivamente<br />

urinária e voltada para a genitália externa.<br />

O CICLO DA ORNITINA<br />

Ciclo de reações que objetiva a conversão de moléculas<br />

de amônia em uréia com o propósito de economizar a água<br />

(a uréia é menos solúvel em água) utilizada na excreção<br />

urinária e transformá-la em um composto de toxicidade<br />

suportável por mais tempo na corrente sanguínea. Ocorre<br />

no fígado.<br />

O volume urinário varia de acordo com a maior ou<br />

menor necessidade de água do corpo. Quando transpiramos,<br />

a tendência é o volume urinário reduzir-se, uma vez que a<br />

perda de água deve ser controlada. Por outro lado, quando<br />

ingerimos muita água, o excesso leva ao aumento da<br />

micção. Como o aumento do volume de líquidos corporais<br />

está diretamente relacionado com a pressão sanguínea, o<br />

controle da micção sofre influencia do sistema circulatório.<br />

De um modo geral, o bom funcionamento do rim<br />

depende do bom funcionamento do sistema circulatório e<br />

vice-versa.<br />

SUBSTÂNCIAS QUE ATUAM NA REGULAÇÃO DO<br />

VOLUME URINARIO<br />

a) ADH – Hormônio Anti-diurético ou vasopressina.<br />

Hormônio produzido pelo hipotálamo e armazenado na<br />

glândula hipófise. Promove a reabsorção de água nos<br />

túbulos renais, reduzindo o volume urinário e o aumento da<br />

pressão sanguínea.<br />

b) Aldosterona – hormônio produzido pelo córtex da<br />

supra-renal. Promove a reabsorção de sódio nos túbulos<br />

renais, consequentemente colabora (em função de elevar a<br />

pressão osmótica) com a retenção de água e,<br />

consequentemente, com a retenção de líquidos.<br />

c) Renina – Hormônio produzido pelo rim. É liberado<br />

quando da baixa pressão sanguínea e estimula a liberação<br />

de aldosterona.<br />

EQUILÍBRIO HIDOROSSALINO DE ORGANISMOS<br />

AQUÁTICOS.<br />

Marinhos:<br />

Protozoários – Encontram-se em equilíbrio com a água do<br />

mar, uma vez que sua concentração salina é elevada.<br />

Peixes ósseos – Por serem hipotônico em relação à água do<br />

mar, estão, frequentemente, perdendo água por osmose.


O2 GLICOSE URÉIA<br />

a) I III VI<br />

b) II III VII<br />

c) II VII VI<br />

d) I IV VII<br />

e) II IV VI<br />

Para são<br />

desidratarem<br />

ingerem água do<br />

mar. Como a<br />

concentração<br />

dessa água<br />

encontra-se<br />

acima do ideal,<br />

esses peixes eliminam sais – por transporte ativo - pelas<br />

glândulas de sais localizadas nas brânquias. Sua urina é<br />

escassa e concentrada.<br />

Peixes cartilaginosos – Conseguem manter-se em<br />

equilíbrio com o meio, mantendo elevada concentração de<br />

uréia na corrente sanguínea, fenômeno denominado de<br />

uremia fisiológica.<br />

Dulcícolas:<br />

02. O esquema abaixo mostra a interação entre os sistemas<br />

digestivo, urinário, respiratório e circulatório em função do<br />

percurso sangüíneo:<br />

Assinale a alternativa que indica corretamente as regiões<br />

desse percurso onde se espera encontrar corretamente as<br />

maiores concentrações de oxigênio, glicose e uréia:<br />

03. (UESB-Consultec) A figura ilustra mecanismos<br />

internos de trocas de substâncias entre superfícies internas<br />

de vertebrados e entre estas e o ambiente externo.<br />

Protozoários – Encontram-se hipertônicos em relação ao<br />

meio. Ganham, portanto, boa quantidade de água por<br />

osmose. Para não sofrerem plasmóptise, eliminam o<br />

excedente de água através do vacúolo pulsátil.<br />

Peixes – Contrariamente ao que ocorre com os peixes<br />

marinhos, os dulcícolas, por sua hipertonicidade, ganham<br />

água por osmose. Como sua hidratação tende a ficar acima<br />

do ideal, eliminam água através de abundante e diluído<br />

volume urinário.<br />

Ocorre que com uma elevada uremia, esses peixes perdem<br />

boa quantidade de sais, fato que os obriga a absorver sais da<br />

água por mecanismos ativos realizados pelas glândulas<br />

branquiais.<br />

Alguns peixes conseguem suportar variações de<br />

salinidade, uma vez que se encontram adaptados aos dois<br />

meios, por isso são denominados eurialinos (Salmão e<br />

trutas), aqueles que não o fazem são ditos estenoalinos. Já<br />

alguns mamíferos marinhos evitam beber água salgada.<br />

Esses animais obtêm água a partir da alimentação à base de<br />

peixes.<br />

Exercícios<br />

01. (Med. Santos-SP) Homeostase é:<br />

a) a tendência que os organismos apresentam para regular<br />

seu meio interno, mantendo-o em equilíbrio dinâmico<br />

quanto à sua composição.<br />

b) a tendência que certos organismos apresentam de manter<br />

inalterado o nível de certas substâncias químicas, essenciais<br />

ao desenvolvimento.<br />

c) a capacidade de regulação do conteúdo de água no meio<br />

interno que banha as células.<br />

d) uma parada da circulação do sangue, em uma área<br />

determinada de um organismo, freqüentemente em<br />

decorrência de choque traumático.<br />

e) a capacidade que uma célula de permitir ou não a<br />

passagem de água através da membrana plasmática.<br />

A análise dos processos ilustrados revela:<br />

a) A atuação do sistema excretor na distribuição de<br />

nutrientes às células.<br />

b) A ação do sistema respiratório na produção de moléculas<br />

orgânicas.<br />

c) A reabsorção de fluidos nas superfícies respiratórias.<br />

d) O papel integrador do sistema circulatório.<br />

e) A independência de mecanismos fisiológicos em relação<br />

ao ambiente externo<br />

04.(UEFS-Consultec) Usualmente, imagina-se que a<br />

função o mais importante do rim é a de excretar uréia, ácido<br />

úrico e outras substâncias. Todavia não menos importante é<br />

o seu papel na homeostase de água, sais e pH do organismo.<br />

É importante salientar que os rins filtram 180 litros de<br />

plasma por dia e que, nos túbulos renais, quase toda essa<br />

água, mil gramas de cloreto de sódio, 380 gramas de<br />

bicarbonato de sódio, 530 gramas de cloreto de potássio e<br />

980 gramas de glicose são reabsorvidos para serem<br />

reaproveitados pelo organismo e que apenas cerca de dois<br />

litros de urina são excretados. Esse processo de reabsorção<br />

inclui um transporte de íons Na de uma concentração mais<br />

baixa para outra mais alta e, portanto, necessita de energia<br />

para o processo. (RAW e outros, 2001, p. 180).<br />

A passagem de íons Na+ de uma concentração mais baixa<br />

para outra mais alta caracteriza o processo de:<br />

299


A) difusão facilitada, realizada com a aJuda de proteínas<br />

carreadoras.<br />

B) canal iônico, formado por proteínas específicas para a<br />

passagem de íons positivos.<br />

C) reabsorção passiva, a favor de um gradiente de<br />

concentração.<br />

D) osmose, vez que moléculas de água circundam os íons<br />

Na durante a passagem pela bicamada lipídica.<br />

E) transporte ativo, dependente de uma ATPase que atua ao<br />

nível da membrana.<br />

QUESTÕES 05 E 06 UFBA<br />

(08) O processo de síntese protéica está limitado aos<br />

ribossomos mitocondriais.<br />

(16) Proteínas de membrana estão relacionadas a<br />

mecanismos de transporte de substâncias.<br />

(32) a atividade nuclear, nessas células, está reduzida à<br />

replicação do material genético.<br />

06. Quanto à atividade fisiológica do néfron, pode-se<br />

afirmar:<br />

(01) O sistema circulatório e o excretor se relacionam<br />

intimamente, no glomérulo.<br />

(02) O filtrado do sangue passa do glomérulo ao interior da<br />

cápsula de Bowman.<br />

(04) A água do filtrado do sangue é eliminada integralmente<br />

através do ducto coletor da urina.<br />

(08) A função excretora do néfron inclui conversão da<br />

amônia à uréia.<br />

(16) A presença constante de proteínas ou células<br />

sanguíneas, na urina pode indicar lesão glomerular.<br />

(32) As concentrações de água, sais e uréia são<br />

equivalentes, no túbulo proximal e distal.<br />

07. (MACK SP) O sangue deve passar por um processo de<br />

filtração, na cápsula de Bowman. Logo após, esse líquido<br />

circula através de estruturas, em que ocorrem outros<br />

processos de reabsorção e secreção de substâncias,<br />

modificando muito a composição final do filtrado. Esses<br />

ocorrem, particularmente:<br />

a) nas células hepáticas.<br />

b) nas ilhotas de Langerhans.<br />

c) nos néfrons.<br />

d) nas microvilosidades intestinais.<br />

e) na medula óssea.<br />

03. (FCC - Jundiaí - Rio Preto) Qual das alternativas<br />

permite completar, corretamente a frase seguinte:<br />

300<br />

05. Em<br />

muitos<br />

organismos, as estruturas que livram o corpo do excesso de<br />

água e íons estão também adaptadas para livrá-lo dos restos<br />

metabólicos. A ilustração apresenta a unidade de função do<br />

rim, o néfron, e, em destaque, uma célula da parede do tubo<br />

proximal.<br />

Em relação a fenômenos celulares relacionados à função<br />

excretora pode-se dizer:<br />

(01) As microvilosidades presentes na face luminal da<br />

célula constituem estratégia para o contato intercelular.<br />

(02) Modificações na superfície celular contribuem para a<br />

adaptação da célula a sua função.<br />

(04) A presença de mitocôndrias, em grande número, sugere<br />

uma intensa reabsorção ativa de água.<br />

As células dos mamíferos eliminam ( I ) para o sangue e, no<br />

fígado, essa substância converte-se em ( II )<br />

a) I = amônia; II = ácido úrico b) I = amônia; II = uréia.<br />

c) I = uréia; II = amônia.<br />

d) I = uréia; II = ácido úrico e) I = ácido úrico; II = uréia.<br />

08. (FIPMOC-2013-1) A<br />

figura representa um<br />

néfron humano.<br />

O que acontece com as<br />

concentrações de glicose,<br />

ureia e proteína, quando o<br />

filtrado se move de 1 para 2 nos néfrons de um indivíduo<br />

sadio?<br />

Concentração Concentração Concentração<br />

de glicose de uréia de proteína<br />

A) Diminui Aumenta Aumenta<br />

B) Diminui Aumenta Não muda<br />

C) Não muda Diminui Diminui


D) Não muda Diminui Aumenta<br />

09. (Unifor-CE) No aproveitamento dos ácidos aminados<br />

como fonte de energia, os animais removem seus grupos<br />

amina pela "desaminação", do que resulta a amônia,<br />

altamente tóxica; que deve, pois, ser eliminada do<br />

organismo e rapidamente.<br />

Sobre isso, apontar a alternativa correta:<br />

a) Nos animais aquáticos, a amônia é transformada em<br />

ácido úrico (muito solúvel), o qual é eliminado através da<br />

pele.<br />

b). Os mamíferos eliminam os radicais nitrogenados na<br />

forma de uréia, a qual, insolúvel na urina, perde totalmente<br />

a ação tóxica.<br />

c). Os insetos e répteis, por exemplo, eliminam os radicais<br />

nitrogenados na forma de produtos de baixa solubilidade, já<br />

que seu suprimento de água é limitado.<br />

d). Os embriões de aves, fechados na casca do ovo,<br />

excretam uréia, o que não os prejudica por esta se acumular<br />

no alantóide, onde deixa de ser perigosa.<br />

e). Animais que apresentam tubos de Malpighi (barata, por<br />

exemplo) polimerizam a amônia em tais estruturas e enviam<br />

os polimerizados (os poliuretanos) para os intestinos, onde<br />

são eliminados juntamente com as fezes.<br />

10. (FM U/FIAM-SP) Assinale a alternativa incorreta<br />

relacionada com a excreção no rim humano.<br />

a) A substância que passa em maior abundância do sangue<br />

para a cápsula de Bowman é a água.<br />

b) A maior parte do líquido filtrado é absorvida nos túbulos<br />

renais.<br />

c) Em condições normais, substâncias como vitaminas,<br />

hormônios e glicose, filtradas na cápsula de Bowman, são<br />

reabsorvidas nos túbulos renais.<br />

d) Os túbulos renais podem absorver ou deixar passar<br />

cloreto de sódio, dependendo da concentração dessa<br />

substância no sangue.<br />

e) O principal produto da excreção eliminado pe!os rins é a<br />

amônia, que provém das proteínas ingeridas.<br />

11. (UFSC) Os tubos de Malpighi promovem a excreção<br />

por osmose a partir da hemolinfa. Eles formam o aparelho<br />

excretor nos<br />

a) crustáceos<br />

b) insetos<br />

c) nematelmintos<br />

d) anelídeos<br />

e) platelmintos<br />

12. Depois de um período de jejum, em que foi consumido<br />

o glicogênio armazenado no fígado, alimentou-se um<br />

animal exclusivamente com proteínas. Após algum tempo,<br />

analisou-se a composição química do sangue das veias<br />

hepáticas e porta hepática, encontrando-se os seguintes<br />

resultados:<br />

VEIA AMINOÁCIDOS URÉIA GLICOSE<br />

PORTA 8,0 mg 30,0 mg 80,0 mg<br />

HEPÁTICA 6,0 mg 30,7 mg 81,0 mg<br />

CONCENTRAÇÃO EM 100 ml DE SANGUE|<br />

obs.: a veia porta leva sangue para o fígado a veia hepática leva<br />

sangue para fora do fígado<br />

Das condições abaixo, qual não é justificada pelos dados<br />

apresentados?<br />

a) O fígado remove aminoácidos do sistema circulatório.<br />

b) O fígado remove açúcar e uréia do sistema circulatório.<br />

c) O fígado produz uréia e açúcar.<br />

d) O fígado produz aminoácidos.<br />

e) O fígado armazena carboidratos.<br />

13. (UFBA-2007-1ª) A figura refere-se ao sistema excretor<br />

humano, mostrando inter-relações com o sistema<br />

circulatório na formação do néfron — unidade fundamental<br />

do rim.<br />

A partir da análise<br />

da ilustração e<br />

considerando-se<br />

aspectos da<br />

produção da urina,<br />

é correto afirmar:<br />

(01) A passagem<br />

de água para a rede<br />

capilar ao longo<br />

do túbulo renal<br />

realiza-se por<br />

transporte ativo,<br />

em função da<br />

elevada<br />

concentração hídrica do filtrado.<br />

(02) O filtrado glomerular forma-se na passagem lenta e sob<br />

baixa pressão do sangue na rede capilar proveniente da<br />

arteríola aferente.<br />

(04) A reabsorção diferenciada dos componentes do<br />

filtrado, ao longo do néfron, produz a urina, contribuindo<br />

para a homeostase do organismo.<br />

(08) Uma concentração de uréia, no sangue humano, igual<br />

a 0,13g/L é superior a uma concentração plasmática dessa<br />

substância de 20,00mg/dL.<br />

(16) O ácido úrico, , encontrado na urina, em<br />

pequenas quantidades, apresenta porcentagem em massa de<br />

nitrogênio igual a 33%, aproximadamente.<br />

14. (UFBA-2007-1ª)<br />

Aliança contra a<br />

PRESSÃO<br />

Só remédio não basta. Pesquisa mostra que<br />

sucesso no tratamento da hipertensão é maior<br />

se o médico der mais atenção ao doente.<br />

(RODRIGUES, 2006, p. 83).<br />

301


O êxito no cuidado com a saúde humana exige, cada vez<br />

mais, uma abordagem interdisciplinar que envolve o<br />

trabalho integrado de diversos profissionais da área de<br />

saúde.<br />

Com base nos conhecimentos das Ciências Naturais, podese<br />

afirmar que aspectos morfofisiológicos associados à<br />

função circulatória incluem a<br />

302<br />

(01) existência de uma estrutura contrátil — uma novidade<br />

evolutiva particular de organismos que apresentam<br />

circulação fechada, como o humano.<br />

(02) condição de pluricelularidade que evoluiu em função<br />

da especialização celular, que pode ser exemplificada no<br />

tecido muscular cardíaco.<br />

(04) função de defesa do sangue que caracteriza a ação<br />

imunológica da hemoglobina.<br />

(08) elevação do pH sangüíneo, que ocorre em função do<br />

aumento da concentração de dióxido de carbono no sangue.<br />

(16) pressão sistólica decorrente da contração dos<br />

ventrículos impulsionando o sangue para a circulação<br />

sistêmica e a pulmonar.<br />

(32) pressão mínima exercida pelo coração de uma pessoa<br />

— que está em um local cujo módulo da aceleração da<br />

gravidade é 10m/s 2 — para bombear o sangue, de densidade<br />

1,2g/cm 3 , até o cérebro — que está 50,0cm acima do<br />

coração — que é igual a 6,0.10 3 Pa.<br />

15. (UC-MG) O filtrado glomerular percorrerá,<br />

seqüencialmente, no néfron, os seguintes componentes:<br />

a) cápsula de Bowman - túbulo contorcido proximal - alça<br />

de Henle - túbulo contorcido distal<br />

b) cápsula de Bowman - túbulo contorcido proximal - alça<br />

de Henle - túbulo coletor.<br />

c) glomérulo - alça de Henle - túbulo contorcido proximal -<br />

túbulo coletor.<br />

d) glomérulo - túbulo coletor - alça de Henle - túbulo<br />

contorcido proximal.<br />

e) túbulo contorcido proximal - cápsula de Bowman - alça<br />

de Henle - túbulo contorcido distal.<br />

16. (FCC) O hormônio antidiurético (ADH) regula o teor<br />

de água do corpo humano, determinando aumento de<br />

reabsorção de água nos túbulos renais. Assim, quando o<br />

suprimento de água do corpo for excessivo, espera-se<br />

encontrar no sangue:<br />

a) pouco ADH, o que reduz a reabsorção de água.<br />

b) pouco ADH, o que aumenta a reabsorção de água.<br />

c) nenhum ADH, o que eleva, no máximo, a reabsorção de<br />

água.<br />

d) muito ADH, o que reduz a reabsorção de água.<br />

e) muito ADH, o que aumenta a reabsorção de água.<br />

17. (UFBA-99-2ª)<br />

Os números entre parênteses referem-se à evaporação total<br />

do animal por dia, em gramas de água por 100 g de massa<br />

corpórea.<br />

Em répteis, a evaporação pela pele e pelo trato respiratório<br />

ocorre conforme os dados apresentados na ilustração.<br />

A análise dos dados e o conhecimento de princípios básicos<br />

de balanço hídrico nos vertebrados permitem afirmar:<br />

(01) A respiração e a evaporação pela pele contribuem de<br />

modo equivalente para a perda de água, em répteis.<br />

(02) Em ambiente úmido, a exigência de mecanismos de<br />

controle de evaporação é mais acentuada do que em<br />

ambiente seco.<br />

(04) A ingestão de água e de alimentos bem como o<br />

metabolismo oxidativo são fontes insuficientes para<br />

garantir o suprimento de água necessário aos répteis.<br />

(08) Em répteis, grande parte do suprimento hídrico é<br />

utilizada em mecanismos intrínsecos de regulação e<br />

manutenção da temperatura corpórea.<br />

(16) O resfriamento da superfície geral do corpo reflete o<br />

efeito da evaporação, quando o organismo é exposto a um<br />

ambiente quente.<br />

(32) Os problemas de perda de água enfrentados pelos<br />

répteis foram solucionados, em parte, pela excreção de<br />

resíduos nitrogenados sob a forma insolúvel do ácido úrico.<br />

(64) Percentuais de evaporação pela pele, variando de 64 a<br />

88%, revelam o insucesso dos répteis na conquista da terra<br />

firme.<br />

18. O esquema representa um importante ciclo fisiológico<br />

animal.


Sobre ele é correto afirmar.<br />

a) Possibilita a produção de<br />

amônia a partir dos<br />

resíduos NH2 (Amina)<br />

resultantes do metabolismo<br />

protéico.<br />

b) Ocorre no fígado dos<br />

vertebrados marinhos<br />

possibilitando a eliminação de uma urina altamente diluída.<br />

c) Possibilitou o surgimento de uma, entre diversas outras,<br />

adaptações dos vertebrados na conquista do ambiente<br />

terrestre.<br />

d) E menos frequente quando da ingestão de proteínas.<br />

e) Nos répteis, possibilita a máxima economia de água pelos<br />

mecanismos excretores, determinando, nesse grupo, a<br />

condição de animais ureotélicos.<br />

19. A interação entre os sistemas circulatório e excretor<br />

urinário pode ser evidenciada nas situações abaixo, exceto<br />

a) A pressão de bombeamento cardíaco determinando um<br />

valor específico ideal para o funcionamento do néfron<br />

estabelece o que se convencionou chamar de pressão de<br />

filtração.<br />

b) A liberação da renina, pelos rins, quando da queda da<br />

pressão sanguínea.<br />

c) O aumento do nível de aldosterona no sangue, como<br />

conseqüência de retroalimentação positiva, resultante do<br />

monitoramento renal da atividade cardíaca.<br />

d) Reabsorção de água sob estímulo do ADH em função da<br />

elevada perda de água por transpiração.<br />

e) A pressão hidrostática ao nível dos capilares arteriais é a<br />

mesma que possibilita a filtração renal.<br />

fisiológicas, dentre as quais destacam- se aquelas que<br />

ocorrem no mecanismo de excreção.<br />

Espera-se que ao chegarem no seu destino, os salmões<br />

apresentem<br />

(A) glomérulos mais desenvolvidos, maior taxa de filtração<br />

renal e urina mais concentrada.<br />

(B) glomérulos menos desenvolvidos, menor taxa de<br />

filtração renal e urina mais concentrada.<br />

(C) glomérulos mais desenvolvidos, maior taxa de filtração<br />

renal e urina mais diluída.<br />

(D) glomérulos menos desenvolvidos, maior taxa de<br />

filtração renal e urina mais diluída.<br />

(E) glomérulos mais desenvolvidos, menor taxa de filtração<br />

renal e urina mais concentrada.<br />

22. (USP-2013) Logo após a realização de provas<br />

esportivas, parte da rotina dos atletas inclui a ingestão de<br />

água e de bebidas isotônicas; também é feita a coleta de<br />

urina para exames antidoping, em que são detectados<br />

medicamentos e drogas, eventualmente ingeridos, que o<br />

corpo descarta. As bebidas isotônicas contêm água, glicose<br />

e sais minerais, apresentando concentração iônica<br />

semelhante à encontrada no sangue humano.<br />

No esquema, os números de 1 a 4 indicam processos, que<br />

ocorrem em um néfron do rim humano.<br />

20. João, José e Pedro compareceram ao mesmo laboratório<br />

de análises clínicas para a coleta e exame de urina. Após as<br />

análises, os resultados de cada um revelaram:<br />

João – presença de uréia, ácido úrico, água e cloreto de<br />

sódio.<br />

José – presença de ácido úrico, proteínas, água e cloreto de<br />

sódio.<br />

Pedro – presença de proteínas, água, uréia e glicose.<br />

Pode-se dizer que<br />

(A) os três apresentam funcionamento renal normal.<br />

(B) apenas José apresenta funcionamento renal anormal.<br />

(C) apenas João apresenta funcionamento renal normal.<br />

(D) apenas Pedro apresenta funcionamento renal anormal.<br />

(E) José e Pedro apresentam funcionamento renal normal.<br />

21. (FMTM) Em determinada época do ano, os salmões<br />

iniciam a migração para os rios na América do Norte, onde<br />

se reproduzem. Contudo, para que ocorra esta migração,<br />

eles necessitam passar por uma série de mudanças<br />

a) Qual(is) número(s) indica(m) processo(s) pelo(s) qual(is)<br />

passa a água?<br />

b) Qual(is) número(s) indica(m) processo(s) pelo(s)<br />

qual(is) passam as substâncias dissolvidas, detectáveis no<br />

exame antidoping?<br />

c) Após uma corrida, um atleta, em boas condições de<br />

saúde, eliminou muito suor e muita urina e, depois, ingeriu<br />

bebida isotônica.<br />

d) Entre os componentes da bebida isotônica, qual(is) não<br />

será(ão) utilizado(s) para repor perdas de substâncias<br />

eliminadas pela urina e pelo suor? Justifique sua resposta.<br />

303


23. (UFBA-especial) As ilustrações a seguir mostram, De<br />

Forma esquemática, as trocas que permitem o equilíbrio<br />

hídrico e iônico em peixes De água Doce e De água<br />

salgada.<br />

III. Anfíbios são ureotélicos, eliminando a uréia em forma<br />

concentrada, o que contribui para seu equilíbrio<br />

hidrostático.<br />

IV. Aves apresentam alvéolos pulmonares e sacos aéreos,<br />

que fazem trocas gasosas e diminuem a densidade do corpo,<br />

facilitando o voo.<br />

V. Mamíferos apresentam glândulas sudoríparas<br />

distribuídas pela pele, que são particularmente numerosas<br />

nos animais de pelagem densa e de vida aquática.<br />

Assinale a opção que apresenta somente afirmativas<br />

CORRETAS:<br />

a) I e II d) II e IV<br />

b) I e III e) III, IV e V<br />

c) I, IV e V<br />

304<br />

A partir De sua análise, pode-se concluir:<br />

I. Em peixes de água doce o trânsito de íons do meio<br />

externo para o meio interno se dá contra o gradiente de<br />

concentração.<br />

II. Ao nível celular, os mecanismos de transporte são os<br />

mesmos nos dois tipos de peixe.<br />

III. A reabsorção de água pelos rins é mais intensa nos<br />

peixes de água doce do que nos peixes marinhos.<br />

IV. Os glomérulos grandes compensam o meio hipotônico<br />

filtrando pouca água.<br />

24. (UEL) O esquema a seguir representa as fases de<br />

desenvolvimento de um anfíbio anuro.<br />

Sobre esse processo, analise as seguintes afirmativas:<br />

I. Na fase larval, a respiração é cutânea e na fase adulta, é<br />

branquial.<br />

II. Na fase larval, o principal excreta nitrogenado é<br />

amônia e na adulta, é uréia.<br />

III. Os ovos possuem casca impermeável para evitar a<br />

dessecação.<br />

IV. Na cadeia alimentar, o girino geralmente é considerado<br />

consumidor primário e o adulto é consumidor secundário.<br />

Assinale a alternativa que contém apenas as afirmativas<br />

corretas.<br />

a) I e II. b) II e III. c) II e IV. d) III e IV. e) I, III e IV.<br />

25. (UFJF) Os vertebrados são representados por grupos de<br />

animais que embora possuam características anatômicas e<br />

fisiológicas semelhantes, também exibem características<br />

próprias, relacionadas ao seu modo de vida. Analise as<br />

afirmativas abaixo, referentes a algumas adaptações dos<br />

vertebrados.<br />

I. Peixes ósseos que possuem bexiga natatória são capazes<br />

de alterar a densidade do corpo, o que lhes permite flutuar,<br />

mantendo o equilíbrio em diferentes profundidades.<br />

II. Répteis ovíparos fazem postura na água, porque seus<br />

ovos necessitam dela para nutrir o embrião terrestre.


SISTEMAS DE REGULAÇÃO FUNCIONAL – ENDÓCRINO E<br />

NERVOSO<br />

Com tamanha<br />

diversidade de funções<br />

necessárias para o bom<br />

funcionamento dos<br />

pluricelulares, faz se<br />

necessário a<br />

organização de órgãos<br />

e sistemas que<br />

atendam, de forma<br />

eficiente, a demanda<br />

dos complexos<br />

processo fisiológicos<br />

dos sistemas vivos.<br />

Assim, à medida que<br />

esses sistemas foram<br />

sendo evolutivamente<br />

selecionados,<br />

paralelamente<br />

desenvolveram-se<br />

estruturas e<br />

mecanismos com o objetivo de regular o funcionamento<br />

conjunto desses sistemas biológicos.<br />

São dois os sistemas envolvidos no controle das<br />

atividades fisiológicas dos animais: o Endócrino e o<br />

Nervoso que, apesar de alguns animais não possuírem os<br />

dois, naqueles em que eles estão presentes, constata-se a<br />

ocorrência de uma evolução simultânea e paralela, fato que<br />

resultou numa interação entre eles.<br />

O sistema endócrino atua de forma relativamente<br />

diferente do nervoso. Suas instruções para os diversos<br />

sistemas (órgãos-alvos) se dão via corrente sanguíneas,<br />

sendo mediadas pelos denominados mensageiros químicos –<br />

os hormônios. Esses mensageiros são produzidos por órgãos<br />

especializados, as glândulas.<br />

Glândulas são estruturas especializadas em produzir,<br />

armazenar e liberar secreções, nesse caso, hormônios que se<br />

encarregam de “ordenar” os órgãos alvos a se “comportarem”<br />

de acordo com as necessidades do organismo.<br />

As glândulas em geral podem ser classificadas em<br />

endócrinas, exócrinas e mistas ou anficrinas. Endócrinas são<br />

glândulas cujas secreções (hormônios) são lançadas<br />

diretamente na corrente sanguínea; Exócrinas são glândulas<br />

que lançam seus produtos em cavidades corporais ou fora do<br />

corpo, portanto, fora da corrente sanguínea. Glândulas que<br />

apresentam os dois tipos de secreção são denominadas de<br />

Mistas ou Anficrinas.<br />

Ex.: Endócrinas: Hipófise, tireóide, adrenais etc.<br />

Exócrinas: Salivares, sudoríparas, mamárias etc.<br />

Mistas: Pâncreas, testículos e ovários.<br />

Nos interessa, nesse estudo, as glândulas endócrinas e a<br />

porção endócrina das glândulas mistas, juntamente com os<br />

hormônios por elas produzidos.<br />

MODO DE AÇÃO DOS SISTEMAS ENDÓCRINO E<br />

NERVOSO<br />

As mensagens enviadas pelo sistema endócrino sofrem um<br />

relativo atraso para atingirem os órgãos alvos em função de<br />

serem transmitidas pelo sistema circulatório, no entanto, os<br />

efeitos de suas "ordens" são duradouros. Ao contrário, as<br />

"ordens" do sistema nervoso que atingem os órgãos alvos<br />

instantaneamente, no entanto, seus efeitos são de pouca<br />

duração.<br />

Somados os efeitos e interação dos dois modos de ação,<br />

estes sistemas conseguem controlar de forma espetacular e<br />

satisfatória todas as atividades fisiológicas nos sistemas vivos<br />

animais.<br />

O sistema endócrino, quando da liberação de um dos seus<br />

hormônios pode inibir ou estimular uma determinada<br />

atividade e/ou a liberação ou inibição de outros hormônios.<br />

Quando ocorre estímulo, dizemos que ocorreu<br />

retroalimentação positiva ou feed-back positivo. Ao<br />

contrário, a inibição, caracteriza os mecanismos de<br />

retroalimentação ou feed-back negativo.<br />

305


GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO E SUAS<br />

RESPECTIVAS LOGALIZAÇÕES<br />

Em relação aos órgãos, os hormônios podem atuar sobre<br />

órgãos endócrinos ou não endócrinos. No primeiro caso, os<br />

hormônios reguladores são denominados de tróficos –<br />

nutridores outras glândulas. São exemplos desses hormônios:<br />

TSH (Hormônio tireotrófico) - controla a atividade da<br />

glândula tireóide, ACTH (Hormônio adreno-córtico-trófico)<br />

- controla as secreções do córtex da supra-renal, FSH<br />

(Hormônio folículo estimulante) regula as atividades dos<br />

ovários.<br />

Boa parte dos hormônios endócrinos pode estar<br />

relacionada com algumas disfunções, à medida que são, por<br />

algum motivo, produzidos em excesso ou em quantidade<br />

inferior àquela necessária.<br />

Hipofunção: disfunção provocada pela ausência ou baixa<br />

produção de um determinado hormônio.<br />

Hiperfunção: disfunção provocada pelo excesso de<br />

determinado hormônio.<br />

A glândula hipófise é considerada a mais importante do<br />

sistema endócrino porque, sob o comando de uma região<br />

nobre do sistema nervoso central, o hipotálamo, controla a<br />

atividade de diversas outras (tireóide, testículos, ovários e<br />

mamárias). Produz uma série de hormônios tróficos e ainda<br />

armazena outros produzidos pelo hipotálamo.<br />

TABELA DOS HORMÔNIOS, GLÂNDULAS E<br />

FUNÇÕES<br />

GLÂNDULAS HORMÔNIOS FUNÇÕES<br />

Controla as atividades<br />

ACTH – Hormônio do córtex das<br />

adreno-córtico-trófico glândulas suprarenais<br />

ou adrenais<br />

Estimula a maturação<br />

do folículo ovariano e<br />

FSH – Hormônio a produção de<br />

folículo estimulante estrógeno. Atua na<br />

regulação do ciclo<br />

menstual.<br />

ADENOHIPÓFISE<br />

(hipófise anterior)<br />

ICSH – Hormônio<br />

estimulante das<br />

células intersticiais<br />

(Leydig)<br />

LH – Hormônio<br />

luteinizante<br />

LTH – Hormônio<br />

luteotrófico<br />

Estimula as células<br />

dos testículos<br />

(Leydig) a produzir<br />

testosterona.<br />

Estimula o corpo<br />

lúteo a produzir<br />

progesterona. Atua na<br />

regulação do ciclo<br />

menstual.<br />

Controla a atividade<br />

das glândulas<br />

mamárias,<br />

estimulando a<br />

secreção do leite.<br />

NEUROHIPÓFISE<br />

(hipófise posterior)<br />

TIREÓIDE<br />

PARATIREÓIDES<br />

PÂNCREAS<br />

ADRENAIS<br />

(córtex)<br />

ADRENAIS<br />

(medula)<br />

TESTÍCULOS<br />

OVÁRIOS<br />

TSH – Hormônio<br />

tireotrófico<br />

STH – Hormônio<br />

somatotrófico ou do<br />

crescimento<br />

ADH – Hormônio<br />

anti-diurético ou<br />

vasopressina<br />

OXICITOCINA OU<br />

OCCITOCINA<br />

TIROXINA<br />

CALCITONINA<br />

PARATORMÔNIO<br />

INSULINA<br />

GLUCAGON<br />

CORTISOL<br />

ALDOSTERONA<br />

ANDRÓGENOS<br />

ADRENALINA<br />

TESTOSTERONA<br />

ESTRÓGENO OU<br />

ESTRADIOL<br />

PROGESTERONA<br />

Atua na regulação do<br />

ciclo menstual.<br />

Regula a atividade da<br />

glândula tireóide.<br />

Controla o<br />

crescimento<br />

Estimula a<br />

reabsorção de água<br />

nos túbulos renais,<br />

reduzindo o volume<br />

urinário.<br />

Promove as<br />

contrações uterinas<br />

durante o parto<br />

Regula<br />

o<br />

metabolismo geral e o<br />

desenvolvimento<br />

Regula os níveis de<br />

cálcio no sangue –<br />

retira cálcio do<br />

sangue e o incorpora<br />

aos ossos e dentes.<br />

Regula os níveis de<br />

cálcio no sangue –<br />

retira cálcio dos<br />

ossos, aumentando a<br />

concentração no<br />

sangue.<br />

Reduz o nível de<br />

açúcar no sangue –<br />

converte glicose em<br />

glicogênio.<br />

Eleva o nível de<br />

açúcar no sangue –<br />

converte glicogênio<br />

em glicose.<br />

Estimulante do<br />

sistema imunológico<br />

e regula o<br />

metabolismo de<br />

carboidratos e<br />

lipídios.<br />

Promove a reabsorção<br />

de sódio nos túbulos<br />

renais.<br />

Estimula o<br />

desenvolvimento dos<br />

caracteres sexuais<br />

secundários<br />

masculinos.<br />

Regula a pressão<br />

sanguínea e o ritmo<br />

cardíaco.<br />

Caracteres sexuais<br />

secundários<br />

masculinos.<br />

Caracteres sexuais<br />

secundários<br />

femininos e regulação<br />

do ciclo menstrual.<br />

Regula a fase<br />

secretora do ciclo<br />

menstrual.<br />

306


PRINCIPAIS DISFUNÇÕES ENDÓCRINAS HUMANAS E AS<br />

GLÂNDULAS RELACIONADAS<br />

GLÂNDULAS DISFUNÇÕES SINTOMAS<br />

Hipofunção – - Estatura baixa.<br />

Nanismo - Grande estatura.<br />

Hiperfunção na<br />

infância –<br />

Gigantismo<br />

ADENOHIPÓFISE<br />

(Hormônio<br />

somatotrófico)<br />

NEUROHIPÓFISE<br />

(Hormônio antidiurético)<br />

TIREÓIDE<br />

(Hormônio tiroxina)<br />

PARATIREÓIDES<br />

(Hormônio<br />

paratormônio)<br />

PÂNCREAS<br />

(Hormônio insulina)<br />

Hiperfunção no<br />

adulto -<br />

Acromegalia<br />

Hipofunção –<br />

diabete insípidus<br />

Hipofunção<br />

congênita –<br />

cretinismo<br />

biológico<br />

Hipofunção<br />

adulto –<br />

mixedema ou<br />

bócio<br />

endêmico<br />

Hiperfunção<br />

– bócio<br />

exoftálmico<br />

Hipofunção<br />

Hiperfunção<br />

Diabete<br />

Mellitus<br />

- Espessamento e<br />

crescimento ósseo,<br />

irregular com<br />

crescimento anormal<br />

das extremidades<br />

ósseas e<br />

cartilaginosas.<br />

- Urina abundante e<br />

diluída podendo<br />

atingir 20l-dia com<br />

perdas de açúcar pela<br />

urina (glicosúria).<br />

- Retardamentos<br />

físico, mental e<br />

sexual.<br />

- Edemas<br />

generalizados,<br />

baixo<br />

metabolismo,<br />

obesidade,<br />

calafrios,<br />

cansaço, pele<br />

seca, descamação<br />

da pele, letargia<br />

mental e bócio<br />

ou papo.<br />

- Elevado<br />

metabolismo,<br />

emagrecimento,<br />

pressão alta,<br />

nervosismo,<br />

globo ocular para<br />

fora (exoftalmia)<br />

hipertrofia da<br />

glândula – papo<br />

ou bócio<br />

exoftálmico.<br />

- Exagerada<br />

excitabilidade<br />

neuromuscular,<br />

contrações<br />

doloridas<br />

tetânicas<br />

(tremedeira)<br />

- Deposição de<br />

cálcio nos tecidos<br />

e ossos frágeis<br />

- Níveis elevados<br />

de glicose no<br />

sangue, pressão<br />

ADRENAIS<br />

(Córtex)<br />

Hipofunção<br />

– doença de<br />

Addison<br />

Hiperfunção<br />

– virilização<br />

na mulher<br />

oscilante, sede,<br />

emagrecimento,<br />

glicosúria,<br />

cegueira,<br />

dificuldades de<br />

cicatrização e<br />

morte de tecidos<br />

(gangrena).<br />

-<br />

Enfraquecimento<br />

geral, letargia<br />

física e mental,<br />

excreção<br />

exagerada de<br />

sais, pressão<br />

baixo e<br />

bronzeamento da<br />

pele.<br />

- Acentuamento<br />

dos caracteres<br />

masculinos:<br />

aumento de<br />

pêlos,<br />

engrossamento da<br />

voz<br />

desenvolvimento<br />

muscular.<br />

A REGULAÇÃO DO CICLO MENSTRUAL<br />

Na mulher, a adenohipófise produz duas gonadotrofinas<br />

(FSH e LH) que atuam sobre os ovários, mais<br />

especificamente, sobre os folículos ovarianos.<br />

No início de um ciclo menstrual, o FSH (1) “autoriza” a<br />

maturação de um dos folículos que se encontravam em<br />

latência e cuja meiose havia sido interrompida, quando da<br />

gametogênese, ainda na vida intra-uterina. À medida que o<br />

folículo tem o seu volume aumentado, gradualmente, a sua<br />

cápsula passa a produzir e liberar o hormônio estrógeno ou<br />

estradiol que, via corrente sanguínea, atinge o útero e passa<br />

controlar a produção de uma camada de tecido, sobre o<br />

endométrio (2) que, ricamente vascularizada e esponjosa<br />

servirá de “abrigo” e nutrição para o embrião, quando da<br />

ocorrência de uma suposta gravidez. Quando o nível de<br />

estrógeno atinge um determinado patamar, ele passa a ter um<br />

efeito inibidor sobre o FSH que deixa de ser produzido (3).<br />

No entanto, o mesmo estrógeno estimula a liberação, pela<br />

hipófise, do LH e LTH (4). Sob a ação conjunta desses<br />

hormônios, o óvulo (ovócito II) é expulso de sua cápsula e do<br />

ovário – é o 14º dia do ciclo, e a expulsão a ovulação (5).<br />

Após esse fenômeno, a cápsula do folículo passa a ser<br />

denominada de corpo lúteo (ou amarelo) e, sob influência do<br />

LH, passa a produzir o hormônio progesterona que fará às<br />

vezes do estrógeno, que deixou de ser produzido após a<br />

307


inibição do FSH durante a fase proliferativa. A segunda<br />

metade do ciclo, fase secretora, é mantida pela ação da<br />

progesterona que também impede a descamação antecipada<br />

do endométrio.<br />

Semelhantemente ao que ocorreu com relação ao nível de<br />

estrógeno, o nível elevado de progesterona na corrente<br />

sanguínea, continua inibindo o FSH e o LH. Enquanto o FSH<br />

estiver inibido, evita-se o início da maturação, simultânea, de<br />

um segundo folículo. No entanto, a inibição do LH faz cair os<br />

níveis de progesterona – é o 28º dia do ciclo e, sem os<br />

hormônios nutridores, o endométrio descama – é a<br />

menstruação (6).<br />

Caso ocorra uma fecundação, as primeiras células do<br />

embrião passam a produzir o HCG (hormônio gonadotrofina<br />

coriônica). Esse hormônio assume o papel do estradiol e<br />

progesterona, impedindo a descamação do endométrio, até<br />

que a placenta se forme e passe a segregar a progesterona que<br />

nutrirá o endométrio até o final da gestação.<br />

Os hormônios liberados por essas diferentes porções exercem<br />

no organismo humano vários efeitos. Todas as afirmativas<br />

abaixo se referem a ações de hormônios secretados por I,<br />

EXCETO<br />

A) Tem sua secreção aumentada, principalmente, quando a<br />

pressão arterial se encontra abaixo dos níveis normais por<br />

várias horas ou <strong>dias</strong>.<br />

B) Atua diretamente no coração, aumentando o número de<br />

batimentos cardíacos por minuto.<br />

C) Degrada glicogênio quando estamos em situação de<br />

perigo.<br />

D) Favorece o controle do processo inflamatório por diminuir<br />

a permeabilidade capilar.<br />

02. (UNIT-2013) A hipófise tem um papel muito importante<br />

na regulação endócrina geral, uma vez que controla a<br />

atividade de uma variedade<br />

de glândulas endócrinas.<br />

Sobre essa glândula e os hormônios que ela produz, é<br />

incorreto afirmar:<br />

Os testes de gravidez funcionam detectando ou não a<br />

presença de HCG no sangue. Já os anticoncepcionais, por<br />

possuírem boa concentração de estrógeno e progesterona e,<br />

sua ingestão manter os seus níveis elevados na corrente<br />

sanguínea, terminam por inibir a ação do FSH. Sem FSH, não<br />

ocorre a maturação dos folículos, dessa forma evita-se a<br />

gravidez.<br />

Exercícios<br />

01. (FIPMOC-2013/2) As glândulas suprarrenais<br />

encontram-se localizadas nos polos superiores de cada um<br />

dos rins e apresentam duas porções distintas representadas, na<br />

figura abaixo, por I e II.<br />

A) É constituída pela porção anterior, a adenoipófase, e a<br />

porção posterior, a neuroipófase.<br />

B) Os hormônios FSH e LH produzidos pela neuroipófise<br />

determinam o aparecimento das características sexuais<br />

secundárias<br />

da mulher, além de controlarem o ciclo menstrual.<br />

C) O hipotálamo, constituinte do sistema nervoso, atua<br />

também como órgão endócrino, ao produzir hormônios que<br />

controlam<br />

o funcionamento da hipófise.<br />

D) O hormônio tireotrófico (TSH), produzido pela<br />

adenoipófise, é responsável pela regulação da atividade da<br />

glândula tireóidea.<br />

E) No ciclo menstrual, a alta taxa de estrógeno e<br />

progesterona produzidos pelo corpo lúteo, exerce um efeito<br />

inibidor sobre<br />

a hipófise, que diminui a produção de FSH e LH.<br />

03. (FUVEST) Foram feitas medidas diárias das taxas dos<br />

hormônios: luteinizante (LH), folículo estimulante (FSH),<br />

estrógeno e progesterona, no sangue de uma mulher adulta,<br />

jovem, durante vinte e oito <strong>dias</strong> consecutivos. Os resultados<br />

estão mostrados no gráfico:<br />

308


05. A análise das situações apresentadas permite afirmar:<br />

Os<br />

períodos mais prováveis de ocorrência da menstruação<br />

e da ovulação, respectivamente, são<br />

a) A e C. b) A e E. c) C e A. d) E e C. e) E e A.<br />

04. (UFBA) A conquista da terra pelos vertebrados, a partir<br />

de meios aquáticos, exigiu dos organismos um período de<br />

transição e grandes mudanças estruturais e funcionais, para se<br />

adaptarem a ambientes mais diversificados e menos estáveis.<br />

Em relação a essas mudanças estruturais e funcionais, sabese:<br />

(01) A excreção da uréia como principal resíduo nitrogenado<br />

é, nos mamíferos, um mecanismo adaptado ao<br />

desenvolvimento vivíparo.<br />

(02) O teor de oxigênio na atmosfera possibilitou a evolução<br />

do sistema locomotor, favorecendo diferenciação.<br />

de grupos. (04) (04) (04) A evolução de um sistema de<br />

transporte, que proporcionou maior suprimento de 02 às<br />

células, permitiu o estabelecimento da pecilotermia.<br />

¡ [ (08) A (08) (08) A estrutura do ovo dos répteis e seu<br />

comportamento de postura representam aquisições evolutivas<br />

que garantiram a conquista da terra pelos vertebrados.<br />

(16) Nos vertebrados mais evoluídos, o aumento da<br />

autonomia dá medula espinhal reflete as funções do cérebro.<br />

A) As respostas biológicas se processam no mesmo intervalo<br />

de tempo em qualquer das situações.<br />

B) A sinalização a “longa" distância se realiza independente<br />

da ocorrência de um estímulo.<br />

C) Respostas orgânicas dependem da integração fisiológica<br />

de células diferenciadas.<br />

D) Reações mediadas por células neurossecretoras são as de<br />

menor eficiência.<br />

E) Sinalizações locais dispensam a participação de células na<br />

efetivação da resposta.<br />

06. Sobre os aspectos morfofisiológicos da célula nervosa,<br />

pode-se afirmar:<br />

A) Os neurônios envolvidos na sinalização local não<br />

apresentam expansões partindo do corpo celular.<br />

B) A especialização extrema de uma célula nervosa se traduz<br />

em ausência de organelas membranosas envolvidas na<br />

bioenergética.<br />

C) As funções inerentes a uma célula nervosa requer em sua<br />

intensa proliferação para substituir as constantes perdas<br />

neuronais.<br />

D) O impulso nervoso se efetiva por meio de processos que<br />

se caracterizam por conversões eletroquímicas.<br />

E) O corpo celular do neurônio é envolvido por uma espessa<br />

bainha de mielina que lhe da maior resistência e proteção.<br />

07. A função específica de uma célula nervosa<br />

neurosecretora se caracteriza por:<br />

A) depender de um retículo rugoso para a síntese de cadeias<br />

polipeptídicas.<br />

B) dispensar a atividade nuclear para a definição da seqüência<br />

de aminoácidos nas diversas proteínas.<br />

C) prescindir da atividade de um sistema de endomembranas<br />

para a exportação de secreções.<br />

D) rejeitar a participação do complexo de Golgi no<br />

armazenamento e secreção de moléculas.<br />

E) sintetizar proteínas em ribossomos isolados,<br />

independentemente da presença de RNAs mensageiros.<br />

309


08. (UFBA-ESP) A partir da análise do diagrama sobre a<br />

ação hormonal na espécie humana, pode-se afirmar:<br />

11. (UESB-2000) Os gráficos mostram a interação dos<br />

hormônios hipofisários e ovarianos na coordenação do ciclo<br />

menstrual em fêmeas humanas.<br />

I- Os hormônios atuam em células específicas, semelhantes<br />

àquelas que foram produzidas.<br />

II- Os produtos dos órgãos-alvo participam da regulação<br />

hormonal da hipófise anterior.<br />

III- A progesterona é o hormônio produzido pelas gônadas<br />

masculinas.<br />

IV- Hormônios produzidos pela hipófise anterior estimulam<br />

a produção de hormônios específicos pelos órgãos.<br />

09. (UESB-200)<br />

Nos vertebrados, os<br />

principais hormônios<br />

tróficos são produzidos:<br />

A) Pelo pâncreas.<br />

B) Pelo timo.<br />

C) Pela tireóide.<br />

D) Pela hipófise.<br />

E) Pelas adrenais<br />

10.(UESB-2007)<br />

Amamentar é um ato de amor! O bebê ainda no útero<br />

alimenta-se recebendo da mãe, através da placenta, os<br />

nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Ao nascer,<br />

sua alimentação muda para o leite materno.<br />

Considerando-se o aspecto hormonal envolvido no ato de<br />

amamentar, é correto afirmar que<br />

01) o aumento da concentração da adrenalina dá maior<br />

estímulo às glândulas mamárias a secretarem mais leite.<br />

02) o aumento na concentração de oxitocina estimula as<br />

glândulas mamárias a produzirem mais leite.<br />

03) o estrógeno estimula o crescimento das glândulas<br />

mamárias durante a lactação.<br />

04) a progesterona promove o crescimento das glândulas<br />

mamárias.<br />

05) os mineralcorticóides mantêm o nível ideal de potássio no<br />

leite.<br />

A sua análise, aliada aos conhecimentos da dinâmica da<br />

reprodução humana, permite afirmar:<br />

01) A fecundação ocorre, normalmente, no período do ciclo,<br />

quando é grande a quantidade de FSH nó sangue.<br />

02) A grande quantidade de estrógeno na circulação estimula<br />

a produção hipofisária de LH, induzindo a ovulação.<br />

03) O corpo lúteo é uma estrutura ovariana que produção de<br />

hormônios que promovem á descamação da mucosa uterina.<br />

04) Elevadas taxas de progesterona na circulação promovem<br />

o aumento na produção de FSH pela hipófise.<br />

05) O decréscimo na concentração de FSH no sangue induz o<br />

amadurecimento do folículo que reduz sua atividade<br />

glandular.<br />

12. CEFET-MG/92 De acordo com o esquema hormonal do<br />

ciclo menstrual acima são feitas as seguintes afirmativas:<br />

I. H1 é o FSH e estimula a maturação do folículo.<br />

II. A é a progesterona e B o estrogênio.<br />

III. Quando A e B diminuem, inibe-se a produção de H1.<br />

IV. Durante a gravidez, A e B mantém integro o endométrio.<br />

Analisando as afirmativas acima, podemos dizer que estão<br />

corretas apenas :<br />

310


a) I e II b) II e III c) III e IV d) I e III e) I e IV<br />

13. O gráfico a seguir mostra os níveis dos hormônios sexuais<br />

no sangue durante o ciclo menstrual:<br />

2- preparação do corpo para situações de emergência.<br />

3- controle de outras glândulas endócrinas.<br />

As glândulas que correspondem a essas funções são,<br />

respectivamente:<br />

a) salivar, tireóide, hipófise.<br />

b) pâncreas, hipófise, tireóide.<br />

c) tireóide, salivar, adrenal.<br />

d) salivar, pâncreas, adrenal.<br />

e) pâncreas, adrenal, hipófise.<br />

15. Indique a alternativa correta, relativa aos hormônios<br />

humanos, suas glândulas produtoras e funções respectivas.<br />

a) observe as curvas dos hormônios e diga,<br />

justificando, se ocorreu ou não fecundação.<br />

b) Onde é produzido cada um dos hormônios<br />

gonadotróficos e esteróides envolvidos no processo<br />

14. (Consultec) Os hormônios podem ser secretados de<br />

diversas maneiras, conforme apresenta a ilustração.<br />

a) Insulina - pâncreas - regula o ciclo menstrual.<br />

b) Progesterona - ovários - regula a taxa de glicose no sangue.<br />

c) Glucagon - pâncreas - transforma glicogênio em glicose.<br />

d) Andrógenos - medula adrenal - caracteres sexuais<br />

secundários masculinos.<br />

e) Adrenalina - neuro-hipófise - regula o volume de urina<br />

excretada<br />

16. Associe as colunas:<br />

A<br />

partir de sua<br />

análise, marque as<br />

afirmativas<br />

verdadeiras.<br />

Hormônios<br />

Ocitocina (1)<br />

Tiroxina (2)<br />

Insulina (3)<br />

Adrenalina 4)<br />

Progesterona (5 )<br />

Ação principal<br />

( ) Desenvolve a parede uterina para<br />

implantação do ovo e mantém a<br />

gravidez.<br />

( ) Contrai a musculatura uterina<br />

( ) Eleva a pressão arterial<br />

( ) Controla a glicose no sangue<br />

( ) Eleva o metabolismo basal<br />

0.( ) A ação hormonal depende essencialmente de um sistema<br />

circulatório.<br />

1.( ) As células-alvo detêm, de modo específico, substâncias<br />

reconhecedoras dos hormônios.<br />

2.( ) As glândulas endócrinas se caracterizam pela presença<br />

de ductos que transportam os hormônios para uma cavidade.<br />

3.( ) Os hormônios de natureza protéica são produzidos por<br />

células com retículo endoplasmático rugoso desenvolvido.<br />

4.( ) A secreção de um neuro-hormônio está associada a uma<br />

alteração do potencial elétrico da membrana.<br />

5.( ) A ação hormonal se restringe à regulação dos processos<br />

metabólicos básicos do organismo.<br />

A seqüência correta de cima para baixo é:<br />

a) 5, 4, 1, 2, 3<br />

b) 5, 1, 4, 3, 2<br />

c) 1, 5, 4, 2, 3<br />

d) 4, 3, 2, 1, 5<br />

e) 1, 2, 3, 4, 5<br />

Questões 17 e 18 (UFBA-2001<br />

A figura ilustra relações entre sistemas associados à<br />

comunicação interna em mamíferos.<br />

(32) A realização de respiração cutânea, para complementar<br />

uma respiração pulmonar deficiente, restringe os anfíbios a<br />

ambientes úmidos e limita o seu crescimento corporal.<br />

14. (FUVEST) Considere as seguintes funções do sistema<br />

endócrino:<br />

1- controle do metabolismo do açúcar.<br />

311


19. Sobre as atividades e<br />

a regulação das<br />

atividades representadas<br />

abaixo, pode-se afirmar:<br />

17. A base celular associada à fisiologia da resposta orgânica<br />

envolve<br />

(01) o reconhecimento de moléculas específicas por proteínas<br />

que integram o envoltório celular.<br />

(02) a participação de células totipotentes com alta<br />

capacidade de divisão.<br />

(04) a síntese de proteínas ao nível do retículo<br />

endoplasmático rugoso e o posterior direcionamento para<br />

vesículas secretoras.<br />

(08) o intenso fluxo de íons através da membrana plasmática<br />

de neurônios, com o consumo de moléculas de ATP.<br />

(16) a expressão de informações genéticas subordinadas aos<br />

processos de transcrição e tradução, realizados em<br />

compartimentos distintos.<br />

(32) a ocorrência de processos fermentativos, que suprem<br />

eficientemente a necessidade energética das células nervosas<br />

e glandulares.<br />

18. Em relação à resposta desencadeada por um estímulo<br />

específico, como o exemplificado na ilustração, é correto<br />

afirmar:<br />

(01) A integração orgânica resultante de resposta rápida está<br />

associada à comunicação entre células nervosas situadas em<br />

órgãos espacialmente separados.<br />

(02) A evolução de células com alto potencial de transdução<br />

de sinais<br />

(04) A produção de adrenalina constitui uma resposta<br />

independente da ação de hormônios tróficos da hipófise.<br />

(08) Atividades fisiológicas que envolvem o sistema<br />

endócrino prescindem de regulação por mecanismos de feedback.<br />

(16) O funcionamento glandular se traduz em reações<br />

voluntárias, com a participação direta de neurônios da medula<br />

espinhal.<br />

(32) A liberação de adrenalina no sangue determina uma<br />

baixa glicemia, com a conseqüente redução do estado de<br />

alerta do organismo.<br />

[01] Os níveis de glicose<br />

sanguínea dependem da<br />

atividade do fígado. Este<br />

último, por sua vez, obedece ordens do pâncreas enviadas<br />

pela própria corrente sanguínea.<br />

[02] O fígado pode ser é considerado um órgão alvo, em<br />

relação à atividade do pâncreas.<br />

[04] Os níveis de oxigenação do sangue depende da atividade<br />

do Fígado.<br />

[08] O controle da pressão sanguínea depende tanto de<br />

estímulos elétricos quanto hormonais.<br />

[16] Quando a taxa de lipídios no bolo alimentar é alta, a<br />

vesícula biliar passa a ser um órgão alvo em relação ao<br />

fígado.<br />

[32] O sistema nervoso atua, predominantemente liberando<br />

hormônios e, eventualmente, por mensagens elétricas.<br />

foi essencial para a integração orgânica em pluricelulares.<br />

20. (UFBA) "Os biólogos e médicos do século XIX<br />

afirmavam que o cérebro da mulher era menor que o do<br />

homem e que os ovários e útero exigiam muita energia e<br />

repouso para funcionar apropriadamente. 'Provaram' que, em<br />

conseqüência, as meninas deveriam ser mantidas longe das<br />

escolas e faculdades a partir do momento em que<br />

começassem a menstruar e advertiram que, sem esse tipo de<br />

precaução, os úteros e ovários das mulheres poderiam se<br />

atrofiar e a raça humana se extinguir."<br />

(HUBBARd. In: GERGEN, p. 27)<br />

"Há cinco anos, os cientistas romperam a inviolabilidade do<br />

ciclo natural da vida na Terra ao apresentar ao mundo o<br />

primeiro animal clonado, a ovelha dolly o núcleo do óvulo<br />

de uma fêmea foi removido e substituído por um núcleo de<br />

uma célula de glândula mamária de outra ovelha adulta.<br />

depois de dolly, vieram bezerros, vacas, porcos, macacos e<br />

sapos clonados. A réplica de um ser humano é a bola da vez."<br />

(FREITAS JR. & PROPATO. In: ISTO É, p. 77)<br />

O relato crítico de uma cientista e o comentário de um<br />

veículo de comunicação reporta-se a um atributo<br />

fundamental da vida, em particular, da vida humana a<br />

reprodução, que inclui aspectos sobre os quais é correto<br />

afirmar:<br />

(01) A produção endócrina dos ovários dota os organismos de<br />

caracteres sexuais secundários e flutua, ao longo do ciclo,<br />

subordinada à hipófise.<br />

312


(02) As contribuições do espermatozóide e do óvulo para a<br />

formação do novo ser são iguais quanto à nutrição e à<br />

informação genética.<br />

(04) A fase folicular do ciclo ovariano está coordenada com<br />

a fase proliferativa do ciclo uterino.<br />

(08) A influência do cérebro na fisiologia da reprodução se<br />

equivale nos dois sexos, mediada pelo hormônio liberador das<br />

gonadotrofinas (HLG), produzido pelo hipotálamo.<br />

(16) A inclusão do núcleo de uma célula somática em um<br />

óvulo enucleado compromete a fertilidade do organismo<br />

clonado resultante.<br />

(32) Novas tecnologias reprodutivas conceptivas garantem o<br />

controle absoluto dos seus resultados, do ponto de vista<br />

genético e ambiental.<br />

04) insulina e glucagon têm ações entre si complementares,<br />

contribuindo para a manutenção da hipoglicemia do<br />

organismo.<br />

23. (UERN)<br />

21. (UFBA) O sangue distribuído pelo sistema circulatório<br />

cumpre funções essenciais à manutenção da vida, que<br />

incluem a<br />

(01) interrupção do fluxo sanguíneo em regiões lesadas, em<br />

decorrência da atividade secretora das células brancas do<br />

sangue.<br />

(02) distribuição equitativa de neurotransmissores,<br />

caracterizando a função reguladora do sangue.<br />

(04) remoção de resíduos metabólicos quimicamente<br />

diversos, que são eliminados através de órgãos específicos.<br />

(08) filtração da linfa e a retenção de vírus e bactérias,<br />

realizando importante papel na defesa orgânica.<br />

(16) manutenção de um meio interior adequado quanto ao pH<br />

e de concentrações de íons e nutrientes orgânicos.<br />

(32) estabilização da temperatura em todos os órgãos, pela<br />

transferência de fontes externas de calor para o interior do<br />

corpo.<br />

(64) integração dos sistemas fisiológicos, pela distribuição de<br />

mediadores químicos hormônios para alvos<br />

específicos.<br />

22. (UERN) O sistema endócrino responsável pela liberação<br />

de hormônios exerce sua função, envolvendo mecanismos<br />

reguladores bastante precisos. Dentre as glândulas que<br />

compõem esse sistema, destaca-se o pâncreas, responsável<br />

pela secreção de insulina e glucagon, principais reguladores<br />

de glicemia no corpo humano.<br />

Com relação a estes hormônios, pode-se afirmar que<br />

01) o glucagon promove a liberação do glicogênio a partir da<br />

sua degradação, atuando assim como agente<br />

hipoglicemiante.<br />

02) a insulina favorece a entrada de glicose nas células<br />

hepáticas, contribuindo assim para redução dos índices de<br />

glicemia.<br />

03) o glucagon é produzido pelas células beta das ilhotas de<br />

Langerhans, sendo a sua secreção estimulada pelos altos<br />

níveis de glicose sanguínea.<br />

Eventos do sistema reprodutor feminino estão relacionados a<br />

variações nas concentrações hormonais.<br />

Com base nessa informação e na ilustração, analise as<br />

seguintes proposições.<br />

I. O aumento na concentração de progesterona ao seu nível<br />

máximo deve ser associado à adaptação da mucosa uterina<br />

para implantação do blastocisto.<br />

II. As reduzidas concentrações de estrógeno e progesterona<br />

induzem a ocorrência da menstruação, momento em que se<br />

inicia um novo ciclo menstrual.<br />

III. As concentrações de LH mantêm-se, no decorrer do ciclo,<br />

com oscilações frequentes e pequenas.<br />

IV. No decorrer do ciclo, a produção de estrógeno e FSH<br />

ocorre regular e alternadamente.<br />

Após análise, são verdadeiras as proposições:<br />

01) I e II.<br />

02) I e III.<br />

03) II e III.<br />

04) II e IV.<br />

313


Questões 24 e 25.(UEFS2014/1)<br />

24. Uma das hipóteses — desequilíbrio hormonal — para<br />

explicar a obesidade considera a complexa regulação<br />

fisiológica de células adiposas.<br />

E) Apresentam um extenso sistema de endomembranas, em<br />

virtude da ausência de organelas envolvidas no metabolismo<br />

bioenergético.<br />

26. (Ecmal-3013/1) Estudos revelam que uma das causas a<br />

obesidade é um processo inflamatório na região do<br />

hipotálamo, que destrói os neurônios receptores dos<br />

hormônios insulina (produzida pelo pâncreas) e leptina<br />

(produzida pelo tecido adiposo branco), provocado<br />

principalmente pela ingestão de gorduras saturadas.<br />

Quais são as ações da insulina e da leptina no organismo?<br />

A figura esquematiza aspectos básicos dessa hipótese.<br />

Com base na análise dessas informações e nos conhecimentos<br />

sobre sistema de integração, é correto afirmar:<br />

A) A insulina converte moléculas de glicose em gordura que<br />

se acumula nas células hepáticas.<br />

B) As células adiposas são muito sensíveis ao glucagon,<br />

mobilizando seus depósitos de glicogênio, o que restabelece<br />

a glicemia.<br />

C) A degradação de carboidratos complexos em glicose é<br />

consequência da ação direta de hormônios pancreáticos no<br />

sistema digestório.<br />

D) A ausência de açúcares, e consequente redução do nível<br />

de insulina, propicia a utilização das reservas de gordura com<br />

perda de peso corpóreo.<br />

E) A obesidade reflete um desequilíbrio energético<br />

decorrente do elevado consumo de alimentos calóricos em<br />

indivíduos portadores de disfunções enzimáticas.<br />

D) compõe um grupo de pequena diversidade dentro do filo<br />

Chordata.<br />

E) integra a classe Mammalia, categoria mais abrangente<br />

entre as apresentadas.<br />

A) A insulina regula a quantidade de glicose presente no<br />

pâncreas e a leptina modula produção de glicogênio no<br />

fígado.<br />

B) A insulina regula a transmissão do impulso nervoso para<br />

o hipotálamo e a leptina acelera a queima de glicose no<br />

sangue.<br />

C) A insulina regula as taxas de glucagon na corrente<br />

sanguínea e a leptina acelera o armazenamento de gordura<br />

nas células.<br />

D) A insulina regula a absorção de lipídios no hipotálamo e a<br />

leptina regula as taxas de gordura no tecido adiposo e na<br />

corrente sanguínea.<br />

E) A insulina regula as taxas de glicose na corrente sanguínea<br />

e a leptina modula a atividade de circuitos neuronais que<br />

controlam a massa de tecido adiposo.<br />

25. Sobre as células adiposas, constituintes de um tipo<br />

especial de tecido conjuntivo, é correto afirmar:<br />

A) Perdem o núcleo ao longo do seu ciclo de vida pelo<br />

acúmulo de reserva energética sob a forma de gotículas de<br />

gordura.<br />

B) Exibem uma rede de fibras colágenas que retém os<br />

depósitos de gordura no interior do compartimento<br />

citoplasmático.<br />

C) Sofrem processo de diferenciação, a partir de células<br />

mesenquimatosas e alteram seu volume em função da<br />

dinâmica fisiológica.<br />

D) Aumentam de número por constantes divisões mitóticas,<br />

mantendo a relação superfície-volume no limite peculiar a<br />

todas as células humanas.<br />

314


SISTEMA NERVOSO<br />

O sistema nervoso faz parte do sistema de regulação<br />

funcional, atuando paralelamente com o sistema endócrino.<br />

Seu principal mecanismo de “emitir ordens” se dá através de<br />

impulsos elétricos, não obstante a liberação de mensageiros<br />

químicos (hormônios) secretados pelas estruturas que o<br />

compõe.<br />

Como a constituição desse sistema é predominantemente<br />

de tecido nervoso, torna-se necessária uma abordagem acerca<br />

deste tecido.<br />

Denomina-se tecido, o conjunto de células semelhantes<br />

em forma função e origem embrionária. Logo, as células do<br />

tecido nervoso, em sua maioria, têm como função a<br />

transmissão de impulsos elétricos.<br />

TECIDO NERVOSO - Características:<br />

Origem ectodérmica, elevado metabolismo, rica<br />

vascularização, elevado grau de especialização, não sofre<br />

regeneração e a célula condutora é o neurônio.<br />

membrana dessas células circunda o eixo axônico e<br />

juntamente com a mielina, forma uma camada isolante<br />

(semelhante a capa de um fio condutor) denominada de<br />

bainha de mielina ou neurilema. Ao longo do axônio<br />

existem pontos desprovidos da bainha que denominamos de<br />

nódulos de Ranvier. É nesses pontos que o impulso se<br />

propaga em “ondas” saltatórias. A bainha de mielina,<br />

impedindo que o impulso percorra todo o axônio, forçando-o<br />

a dar “saltos”, imprime maior velocidade de transmissão.<br />

Encontramos ainda, no tecido nervoso, um grupo de<br />

células não relacionadas com a transmissão do impulso e o<br />

seu conjunto é denominado de neuroglia. Formando a<br />

neuroglia encontramos 3 tipos celulares: os astrócitos –<br />

bastante ramificados e associados à cicatrização; os<br />

oligodendrócitos – pequenos e pouco ramificados,<br />

supostamente, estão relacionados com a formação da bainha<br />

de mielina; a microglia – células pequenas com projeções<br />

protoplasmáticas. Realizam intensa atividade fagocitária<br />

atuando assim como células de defesa.<br />

As regiões ativas do sistema nervoso formam-se de<br />

agrupamentos de neurônios. Os corpos celulares aglomeramse<br />

em estruturas denominadas de gânglios, também chamada<br />

de substância cinzenta. O conjunto de feixes de axônios vão<br />

formar os nervos ou substância branca.<br />

O IMPULSO NERVOSO<br />

O neurônio é uma célula de altíssimo grau de<br />

especialização, portanto, para desempenhar suas funções<br />

apresentam uma séria de adaptações pra fazê-lo. O corpo<br />

celular apresenta uma série ramificações – os dendritos, que<br />

captam estímulos que são transmitidos para sua porção<br />

terminal, também, ramificada – o telodendron, após<br />

atravessar a projeção do corpo celular – o axônio. Nas<br />

extremidades do telodedron encontram-se uma série de<br />

vesículas – vesículas sinápticas que, secretando hormônios,<br />

transitem os estímulos para outros neurônios. Em torno do<br />

eixo do neurônio, o axônio, encontra-se um grupo se células<br />

– células de Schwann produtoras da substância mielina. A<br />

Denominamos de impulso nervoso, uma onda de<br />

despolarização do neurônio. Essa despolarização decorre da<br />

entrada de íons sódio do meio externo – onde se encontra em<br />

maior concentração, para o meio interno com baixa<br />

concentração desses íons. A manutenção da diferença de<br />

concentração, de íons sódio, entre o neurônio e o meio<br />

externo é garantida por mecanismo de transporte ativo<br />

(bomba de sódio-potássio). Essa diferença de concentração<br />

polariza o neurônio: positivamente – meio externo com<br />

grande concentração de sódio e negativamente – meio<br />

interno baixa concentração de íons sódio. O neurônio assim<br />

polarizado é dito em repouso.<br />

Quando os dendritos (corpo celular) são estimulados,<br />

desencadeia-se uma inversão de polaridade ao longo do<br />

axônio e em direção às vesículas sinápticas. A inversão é,<br />

simultaneamente, seguida de repolarização em decorrência<br />

do bombeamento dos íons sódio (por transporte ativo) para o<br />

meio externo. É essa onda de despolarização-repolarização<br />

que configura a transmissão de mensagens.<br />

315


Ao “percorrer” todo o axônio, o impulso nervoso<br />

“leva” as vesículas sinápticas a liberar, entre os espaços do<br />

telodendron do primeiro neurônio e os dendritos do segundo<br />

–<br />

Diencéfalo – importante centro de controle relacionado com<br />

a produção de hormônios e ao longo do desenvolvimento<br />

embrionário dá origem à glândula hipófise regulando ainda o<br />

controle de suas secreções. Apresentam três regiões:<br />

epitálamo, tálamo e hipotálamo. O epitálamo secreta os<br />

mediadores químicos serotonina e melatonina; o tálamo é o<br />

centro das emoções; o hipotálamo é a região mais<br />

especializada, cabendo-lhe o desempenho de uma boa<br />

quantidade de funções: controle da temperatura, realiza<br />

equilíbrio hídrico, regula o metabolismo dos carboidratos e<br />

gorduras, produz os hormônios ADH e occitocina, controla,<br />

através de hormônios, a atividade da glândula hipófise,<br />

controla a sede, o sono o apetite e regula a pressão sanguínea.<br />

Mesencéfalo - também denominada de protuberância ou<br />

ponte, essa região é responsável por alguns reflexos auditivos<br />

e visuais e pelo tônus muscular.<br />

sinapse, um mediador químico (hormônio) denominado de<br />

acetilcolina. Esse hormônio, em contato com o segundo<br />

neurônio, aumenta a permeabilidade do da membrana<br />

axônica, promovendo a despolarização desse último. O<br />

retorno ao estado de repouso (polarizado), é conseguido<br />

quando, após a liberação da enzima aceticolinerase, a<br />

acetilcolina é degradada.<br />

As sinapses podem ocorrer entre dois neurônios, sendo<br />

nesse caso denominada de sinapse nervosa. No entanto,<br />

existem sinapses especiais que consiste na junção do terminal<br />

axônico com órgãos efetores ou motores – os músculos,<br />

sendo essa sinapse do tipo motora ou neuromuscular.<br />

Assim, para que um músculo relaxe ou contraia, efetuando<br />

um trabalho, é preciso que ele receba “ordem” para isso. É ao<br />

nível da sinapse motora que essa “ordem” é percebida e<br />

imediatamente executada. Contrariamente ao que ocorre nas<br />

sinapses nervosas, na sinapse motora, a poção final do axônio<br />

conecta-se fisicamente com o músculo constituindo as<br />

junções denominadas de placa motora.<br />

O SISTEMA NERVOSO<br />

Encéfalo – consiste em toda massa celular encerrada na caixa<br />

craniana. Essa massa é dividida em dois hemisférios ligada<br />

por uma estrutura fibrosa denominada de corpo caloso. No<br />

encéfalo existem regiões especializadas para controlar as<br />

diversas atividades dos sistemas vivos, a saber:<br />

Metencéfalo – popularmente conhecido como cerebelo, essa<br />

região localiza-se na base da nuca e se responsabiliza pelo<br />

controle das atividades musculares e do equilíbrio corporal. É<br />

bem desenvolvido em animais que praticam grandes esforços<br />

físicos e menos desenvolvido naqueles em que as atividades<br />

intelectuais superam as atividades físicas.<br />

Mielencéfalo ou bulbo – região limítrofe entre o encéfalo e<br />

a medula nervosa. Essa nobre região está relacionada com o<br />

controle do ritmo respiratório e cardíaco, a deglutição, com<br />

os reflexos do vômito e da tosse, e promove a contração e<br />

dilatação dos vasos sanguíneos. O bulbo é responsável ainda<br />

pela produção do líquido que preenche a cavidade craniana e<br />

os espaços entre as membranas da medula nervosa – o licor<br />

cefalorraquidiano.<br />

Telencéfalo (cérebro) – é o centro de controle geral do<br />

organismo. Nessa região estão os centros visual, auditivo,<br />

motor, sensitivo e a memória.<br />

316


associativo, que estabelece comunicação entre as vias<br />

sensitivas e motoras.<br />

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO<br />

A MEDULA NERVOSA<br />

Disposta longitudinalmente e no interior da coluna vertebral<br />

e estende-se desde o encéfalo até a 1ª ou 2ª vértebra lombar.<br />

Esse cordão nervoso é responsável por intermediar as<br />

interações entre os sistemas nervosos periférico e central.<br />

Assim como o encéfalo, a medula é revestida e protegida por<br />

três membranas que, de dentro para fora são pia-máter –<br />

delgada e aderente ao SNC, aracnóide – de rica<br />

vascularização e de ramificação semelhante à uma teia de<br />

aranha, fato que justifica sua denominação. A dura-máter –<br />

é a mais resistente das membranas por ser espessa e de<br />

constituição fibrosa. É a inflamação dessas membranas, por<br />

ação de vírus ou de bactérias, que caracteriza a meningite. Na<br />

medula, ao contrário do encéfalo, a substância branca é<br />

periférica, enquanto que a cinza dispõe-se no centro.<br />

Das regiões dorsal e ventral partem as raízes dos grupos<br />

de alguns nervos que participam do sistema nervoso<br />

periférico – nervos raquidianos. As raízes ventrais ou<br />

anteriores enviam estímulos do SNC para a periferia sendo<br />

denominadas de raízes motoras. As ramificações ventrais ou<br />

posteriores por captarem os estímulos do meio, são ditas<br />

sensitivas (posteriores).<br />

A medula, como forma de atender, a certas solicitações do<br />

meio ambiente, por si só, pode enviar ordens aos órgãos<br />

efetores. No entanto, essas “tomadas de decisões” são,<br />

posteriormente informadas ao cérebro e irão fazer parte dos<br />

“arquivos” de memória das experiências adquiridas e de<br />

respostas aprendidas.<br />

Nas raízes dorsais existem gânglios onde o corpo celular<br />

de um neurônio realiza sinapse com o telodendron de outro.<br />

No interior da medula pode haver ou não, um neurônio –<br />

Para manter a comunicação entre as diversas regiões do<br />

corpo e do meio externo como o sistema nervoso central, o<br />

processo evolutivo selecionou dois conjuntos de nervos que<br />

constitui o sistema nervoso periférico. As denominações<br />

desses conjuntos de nervos estão associadas às regiões onde<br />

eles se conectam com o sistema nervoso central. Assim, os 12<br />

pares que partem do encéfalo são denominados de nervos<br />

cranianos. Aqueles que se conectam ao nível da medula são<br />

os 31 pares de nervos raquidianos.<br />

Os nervos, por sua vez, podem ser sensitivos (aferentes),<br />

motores (eferentes) ou mistos (aferentes e eferentes). Nervos<br />

sensitivos são aqueles que possuem apenas fibras que captam<br />

estímulos da periferia em direção ao SNC. Os nervos motores<br />

possuem apenas fibras que levam, para a periferia, respostas<br />

aos estímulos captados pelas fibras sensitivas. Quando, no<br />

entanto, os nervos possuem as duas vias de “transmissão”,<br />

dizemos que se trata de um nervo misto.<br />

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO<br />

Diretamente relacionado pelo controle das atividades,<br />

involuntárias, desenvolvidas pelos órgãos internos, esse<br />

sistema, variante do sistema periférico, é constituído por um<br />

grupo de gânglios e uma série de nervos motores. Esses<br />

nervos se dividem em dois grupos, formando os sistemas<br />

nervosos autônomo simpático (SNAS) e o autônomo<br />

parassimpático (SNAP).<br />

317


Os diversos órgãos vegetativos dos organismos recebem<br />

duas fibras provenientes dos sistemas NAS e NAP. Justificase<br />

essa dupla inervação, pelo fato desses dois sistemas<br />

atuarem de forma antagônica. Assim, enquanto o sistema<br />

simpático estimula uma dada atividade, o parassimpático a<br />

inibe. Dessa forma, estabelece-se um equilíbrio funcional. A<br />

“ordem” aos órgãos vegetativos é dada sob a forma de<br />

liberação, por parte dos nervos, dos hormônios adrenalina ou<br />

acetilcolina.<br />

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO<br />

Diretamente relacionado pelo controle das atividades,<br />

involuntárias, desenvolvidas pelos órgãos internos, esse<br />

sistema, variante do sistema periférico, é constituído por um<br />

grupo de gânglios e uma série de nervos motores. Esses<br />

nervos se dividem em dois grupos, formando os sistemas<br />

nervosos autônomo simpático (SNAS) e o autônomo<br />

parassimpático (SNAP).<br />

CARACTERÍSTI<br />

CA<br />

Localização dos<br />

gânglios<br />

Região de onde os<br />

nervos<br />

partem<br />

CARACTERÍSTICAS DO SNA<br />

SIMPÁTIC<br />

O<br />

Próximos à<br />

medula<br />

Tóracocervicallombar<br />

PARASSIMPÁTI<br />

CO<br />

No interior ou<br />

próximos dos<br />

órgãos que<br />

inervam<br />

Crânio-sacra<br />

Mediador químico Adrenalina Acetilcolina<br />

ALGUMAS ATIVIDADES DO SNA<br />

SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO<br />

Coração Acelera Retarda<br />

Vasos Contrai<br />

Dilata<br />

sanguíneos<br />

Intestino Paralisa Estimula<br />

Estômago Paralisa Estimula<br />

Bexiga Relaxa Contra<br />

Pupila Dilata Contrai<br />

ATO REFLEXO - ARCO REFLEXO<br />

318


Denominamos de ato-reflexo, toda resposta imediata e não<br />

aprendida, em resposta a um estímulo nervoso. O arcoreflexo<br />

é considerado como a unidade funcional do sistema<br />

nervoso.<br />

(32) Os neurônios são formados por um corpo celular, pelo<br />

axônio e por dendritos.<br />

02.(UERN)<br />

As terminações nervosas captam o estímulo e, via fibra<br />

sensitiva do nervo raquidiano, contornou a massa cinzenta da<br />

medula pelo neurônio associativo e voltou, “respondendo”<br />

pela fibra motora do nervo raquidiano, atingindo o músculo<br />

do dedo forçando-o a contrair-se, reagindo ao estímulo.<br />

Exercícios<br />

01.(UFSC) Experiências com ratos [...] indicam que a<br />

mistura de bebidas alcoólicas e energéticos pode provocar<br />

doenças degenerativas do sistema nervoso. A pesquisa<br />

verificou que o etanol acelera a morte de células do sistema<br />

nervoso central e esse efeito é potencializado pela cafeína,<br />

principal ingrediente dos energéticos. Altas doses destes<br />

componentes aceleram um mecanismo natural de renovação<br />

das células, chamado apoptose, fazendo com que elas se<br />

autodestruam.<br />

(CIÊNCIA HOJE. Rio de Janeiro: SBPC, v. 32, n. 192, p. 55, abr. 2003).<br />

Com relação aos vários conceitos abordados no texto, é<br />

CORRETO afirmar:<br />

(01) Como o sistema nervoso é formado por células<br />

permanentes, os efeitos sobre ele poderão ser revertidos com<br />

alguns poucos cuidados, já que uma das principais<br />

características desse tipo de células é sua capacidade média<br />

de regeneração.<br />

(02) Experiências com ratos não devem ser estendidas aos<br />

humanos uma vez que essas duas espécies não fazem parte<br />

sequer da mesma Classe Zoológica.<br />

(04) A apoptose ocorre, por exemplo, quando as membranas<br />

entre os dedos do feto são destruídas.<br />

(08) Se o descrito no texto ocorresse com células epiteliais, o<br />

problema seria ainda mais grave, dado que este tipo de célula<br />

tem uma baixa capacidade de regeneração.<br />

(16) Um neurônio, em geral, transmite seu potencial de ação<br />

para outro através de sinapses geradas pela presença de<br />

moléculas neuro-transmissoras.<br />

As ilustrações referem-se a alterações no potencial de<br />

membrana de uma célula nervosa estimulada.<br />

A partir da análise da ilustração, pode-se concluir:<br />

01) A despolarização da membrana realiza-se com entrada<br />

de K+ na célula nervosa em resposta a um estímulo.<br />

02) A membrana, de um neurônio, em estado de repouso,<br />

comporta-se externamente com um polo negativo.<br />

03) A repolarização é desencadeada a partir de uma nova<br />

estimulação nervosa.<br />

04) O impulso nervoso é consubstanciado com a propagação<br />

do potencial de ação ao longo do neurônio.<br />

02. (FAINOR 2003) Sobre a célula esquematizada acima,<br />

todas as alternativas estão corretas EXCETO:<br />

(A) Sua membrana secreta lipídeos e proteínas, formando<br />

uma camada que a envolve e atua como isolante.<br />

(B) Após sua diferenciação ela não divide mais, só os<br />

prolongamentos podem sofrer regeneração.<br />

(C) Os íons sódio e potássio são responsáveis pela<br />

manutenção do gradiente elétrico entre o lado interno e o lado<br />

externo.<br />

(D) O citoplasma do corpo celular é rico em retículo<br />

endoplasmático rugoso para a síntese de proteínas.<br />

(E) Nas regiões de comunicação entre duas dessas células,<br />

ocorre liberação de neurotransmissores<br />

319


04. (Ecmal 2013/1) A maconha – Cannabis sativa, uma<br />

planta arbustiva que pode atingir 2,50 m de altura – é usada<br />

ilegalmente como fumo (Status Legal – Brasil: proibido uso,<br />

tráfego e comércio). São mais de 60 substâncias que se<br />

encontram presentes na maconha conhecidas pelo nome<br />

genérico de canabinoides. O Delta-9-Tetrahidrocanabinol<br />

(THC) é a substância preponderante e o principal princípio<br />

ativo desta planta. O haxixe, uma outra forma de narcótico, é<br />

proveniente da maconha e muitas vezes mais potente que a<br />

maconha comum. Apesar da maconha já ser utilizada em<br />

alguns países nos tratamentos da dor, glaucoma, espasmos<br />

provocados por ferimentos na medula espinhal,<br />

restabelecimento do apetite em doentes de câncer ou AIDS, e<br />

auxiliar no combate ao mal-estar provocado pelos<br />

quimioterápicos, os estragos provocados pelo uso da droga<br />

são intensos. No sistema nervoso, os danos podem estar<br />

associados, por exemplo, à perda de memória, a alterações da<br />

coordenação motora e à dependência química. É impossível<br />

dizer que a maconha não faz mal para o homem; é um vício,<br />

considerado por muitos como doença.<br />

Marque V para as informações verdadeiras e F para as falsas.<br />

( ) O telencéfalo é a parte mais desenvolvida do encéfalo<br />

humano; é o centro da inteligência e do aprendizado.<br />

( ) O hipotálamo faz a integração entre os sistemas nervoso<br />

e endócrino.<br />

( ) No bulbo raquidiano encontram-se centros controladores<br />

de funções vitais, como as que regulam movimentos<br />

respiratórios e batimentos cardíacos.<br />

( ) Graças ao cerebelo podemos realizar ações altamente<br />

coordenadas e complexas, como andar de bicicleta, jogar<br />

tênis ou tocar violão.<br />

Qual a sequência correta, de cima para baixo?<br />

A) V – F – V – F<br />

B) F – V – F – V<br />

C) V – V – V – V<br />

D) V – V – V – F<br />

E) F – V – V – V<br />

04. (UFBA-93)<br />

Michael Kuhar e seus colaboradores, do Centro de Pesquisa<br />

sobre o vício nos Estados Unidos realizaram experiências<br />

com frações celulares de cérebro de rato e de boi com o<br />

objetivo de estudar a potência, da cocaína para inibir as<br />

ligações entre vários neurotransmissores e seus respectivos<br />

receptores celulares. A partir desses estudos, esses<br />

pesquisadores propuseram a hipótese de que os receptores<br />

de membrana que transportam de volta, para o interior do<br />

neurônio, o neurotransmissor liberado pelas terminações<br />

nervosas seriam também capazes de reconhecer e se acoplar<br />

especificamente a essa droga.<br />

(BALLEJO, P· 12-3 – adaptação).<br />

Com base no texto e no esquema acima, conclui-se:<br />

(01) Os receptores de membranas que reconheceriam a<br />

cocaína são localizados em terminações dendríticas.<br />

(02) A presença de neurotransmissores na fenda sináptica<br />

ocasiona a estimulação da membrana pós-sinaptica.<br />

(04) O potencial de repouso é estabelecido com a ativação da<br />

bomba de sódio na membrana da célula nervosa.<br />

(08) A estrutura da sinapse estabelece a direção da condução<br />

fisiologicamente necessária do impulso nervoso.<br />

(16) As terminações axônicas reagem ao impulso nervoso,<br />

liberando o neurotransmissor.<br />

(32) A ação do neurotransmissor, sobre o canal iônico da<br />

membrana pós-sinaptica aumenta a negatividade intracelular.<br />

Questões 05 e 06 - Consultec<br />

A figura esquematiza uma ação controlada pelo sistema<br />

nervoso somático.<br />

05. A partir da análise da ilustração, pode-se afirmar:<br />

a) A ação protege o organismo quando submetido a um<br />

estímulo periférico.<br />

b) O nervo aferente transmite o impulso nervoso para o<br />

músculo da mão que, então, sente dor.<br />

c) A ação de tirar a mão é tão rápida que dispensa a<br />

participação de sinapses nervosas.<br />

d) A resposta voluntária dada pelo animal exige a<br />

participação do cérebro para se efetivar.<br />

320


e) A ação exemplifica um reflexo em condicionado que o<br />

organismo é treinado para dar a resposta desejada.<br />

09. Caso seja feita uma secção no ponto indicado pela seta,<br />

espera-<br />

se que:<br />

06. A figura destaca uma ação orgânica sob controle nervoso.<br />

A atividade ilustrada caracteriza-se como:<br />

a) Uma resposta voluntária.<br />

b) Um comportamento instintivo<br />

c) Um ato reflexo.<br />

d) Uma ação consciente.<br />

e) Uma reação do sistema simpático mediada pela adrenalina.<br />

07. (UESC-2008) A ingestão de soro caseiro, ao longo da<br />

greve de fome, preserva, por algum tempo, a sobrevivência<br />

do organismo porque:<br />

01) propicia o aumento necessário de produção de urina<br />

bastante concentrada.<br />

02) assegura um suprimento molecular essencial para e<br />

síntese de actina e de miosina, possibilitando a movimentação<br />

do organismo.<br />

03) aumenta o teor de água das células, tornando-as<br />

hipertônicas em relação ao ambiente intercelular.<br />

04) fornece às células suprimento de moléculas energéticas,<br />

possibilitando do a renovação das proteínas<br />

celulares.<br />

05) disponibiliza para o organismo íons essenciais na<br />

condução do impulso nervoso.<br />

08. (Consultec) A dinâmica na condução do impulso<br />

nervoso, essencial à realização da atividade ilustrada,<br />

envolve:<br />

a) 1 continue a ter capacidade de duplicar-se, já que seu<br />

núcleo não foi afetado.<br />

b) 2 fique impossibilitado de exercer sua função, pois<br />

depende de 1 para realizá-la.<br />

c) 2 exerça sua função normalmente, uma vez que a célula<br />

atingida foi apenas a de número 1.<br />

d) 1 e 2 não sofram alteração alguma, pois a ligação entre elas<br />

é um caso de protocooperação<br />

e) 1 morra, já que depende de 2 para conseguir os nutrientes<br />

necessário à sua sobrevivência.<br />

10. Justifique a resposta dada à alternativa anterior, qual o<br />

nome dado à conexão que ocorre em 2?<br />

11. (UFBA-92) A ilustração abaixo esquematiza a regulação<br />

fisiológica da temperatura do corpo animal.<br />

a) A passagem de estímulos do axônio para o corpo celular.<br />

b) A propagação de ondas em múltiplos sentidos ao longo da<br />

fibra nervosa.<br />

c) A liberação de adrenalina e noradrenalina pelas células da<br />

neuroglia.<br />

d) A liberação de um neurotransmissor, ao nível das sinapses,<br />

para a transmissão do impulso nervoso.<br />

e) A propagação do impulso nervoso do neurônio motor para<br />

o neurônio sensitivo.<br />

Questões 09 e 10 - FFO-Diamantina/96<br />

A partir de sua análise pode-se concluir:<br />

(01) A resposta do organismo como um todo à variação da<br />

temperatura é voluntária.<br />

(02) A degradação do glicogênio e a tiritação são mecanismos<br />

de geração de calor.<br />

321


(04) A vasoconstricção cutânea aumenta a dissipação do calor<br />

corporal.<br />

(08) A ereção dos pêlos é determinada por resposta muscular.<br />

(16) A termo-regulação fisiológica obedece a estímulos<br />

neuroendócrinos.<br />

(32) A resposta observada é própria de animais<br />

homeotérmicos.<br />

12. (UFBA-2006-2ª) Embora a homeostasia seja uma<br />

característica universal para os seres vivos, mecanismos mais<br />

sofisticados foram desenvolvidos no curso da evolução<br />

animal, a exemplo do fenômeno apresentado na ilustração,<br />

que destaca um dos mecanismos de regulação térmica.<br />

01) A divisão de uma célula-tronco neural gera células de<br />

constituição genética distintas.<br />

02) Os diferentes padrões de diferenciação do precursor<br />

neural deve ser associado à variação no número de<br />

cromossomos da espécie humana.<br />

03) O resultado da divisão da célula-tronco evidencia falha na<br />

organização da placa metafásica.<br />

04) A não-observação do fuso mitótico coerente com a<br />

condição animal da célula-tronco.<br />

05) Os tipos celulares ilustrados sugerem que as células-filha<br />

sofrem uma ativação diferencial de genes.<br />

14. (UFBA) A figura abaixo apresenta a comparação entre<br />

cérebros de alguns vertebrados.<br />

A<br />

partir de sua análise, indique as afirmativas corretas.<br />

Explique o feedback negativo no controle da temperatura<br />

corpórea pelo sistema termorregulador.<br />

13. (UESB-2004) "Embora a pele, o fígado, o coração, os<br />

pulmões e o cérebro sejam capazes de gerar novas células<br />

para substituir, até certo ponto, as danificadas, até<br />

recentemente os cientistas acreditavam que essa capacidade<br />

regeneradora não se estendia ao sistema nervoso central."<br />

I- A evolução do cérebro entre os vertebrados evidencia a<br />

tendência à centralização do sistema nervoso.<br />

II- A percepção do meio ambiente surgiu na escala evolutiva<br />

com o desenvolvimento do cérebro.<br />

III- A distância evolutiva entre o homem e o macaco decorre<br />

essencialmente de diferenças biométricas.<br />

IV- Associações nervosas mais complexas e numerosas<br />

habilitam o homem a explorar o ambiente com maior<br />

vantagem.<br />

15. (UESB-Consultec) A ilustração esquematiza uma<br />

nervoso célula do<br />

sistema nervoso.<br />

Uma conseqüência<br />

da destruição da<br />

bainha de mielina,<br />

como a que ocorre na<br />

doença esclerose<br />

múltipla<br />

é:<br />

(Gage. In Scientific American, p. 41)<br />

A interpretação da figura, no contexto de uma divisão<br />

mitótica, permite considerar o seguinte:<br />

01) a alteração na bomba de sódio e potássio, fazendo com<br />

que o sódio permaneça em maior concentração fora da célula.<br />

02) a diminuição na velocidade de propagação do impulso<br />

nervoso, afetando o cérebro e a medula espinhal.<br />

322


03) a destruição dos dendritos afetando o recebimento de<br />

mensagens pelo corpo celular.<br />

04) a manutenção dos neurotransmissores em vesículas na<br />

fenda sináptica.<br />

05) o alongamento dos axônios dos neurônios periféricos.<br />

16. (VUNESP) Quando uma pessoa encosta a mão em um<br />

ferro quente, ela reage imediatamente por meio de um<br />

reflexo. Neste reflexo o neurônio eferente leva o impulso<br />

nervoso para:<br />

a) a medula espinhal.<br />

b) o encéfalo.<br />

c) os músculos flexores do braço<br />

d) as terminações sensoriais de calor na ponta dos dedos.<br />

e) as terminações sensoriais de dor na ponta dos dedos.<br />

Questões 17 e 18 UESB<br />

A ilustração destaca os diferentes tipos de células musculares<br />

em um mamífero.<br />

17. A diversidade anatômica e funcional observada tem como<br />

base<br />

01) diferenças na composição genética das células de um<br />

organismo.<br />

02) expressão diferenciada de genes no curso do<br />

desenvolvimento.<br />

03) composição química diferenciada em cada tipo celular.<br />

04) alterações fisiológicas decorrentes de perdas de organelas<br />

membranosas.<br />

05) diferentes mecanismos de obtenção de energia para cada<br />

tipo de célula.<br />

18. Quanto a aspectos fisiológicos dos tecidos ilustrados,<br />

pode-se afirmar:<br />

01) O coração realiza movimentos independentes de<br />

estimulação elétrica.<br />

02) O músculo esquelético está subordinado à ação do<br />

sistema nervoso simpático.<br />

03) As células do músculo liso determinam contração lenta e<br />

involuntária de vísceras.<br />

04) As células não estriadas estão envolvidas na sustentação<br />

do corpo, em associação com o esqueleto.<br />

05) A integração dos tecidos musculares é decorrente de ação<br />

endócrina.<br />

19. Unicap-PE Julgue as afirmativas:<br />

( ) A propagação dos impulsos nervosos é feita através de<br />

modificações eletroquímicas nas membranas dos neurônios.<br />

( ) A medula espinhal é o órgão que faz transição entre o<br />

encéfalo e as diversas partes do corpo; os estímulos nervosos<br />

vêm da pele e dos órgãos até a medula espinhal e, desta, vão<br />

ao cérebro.<br />

( ) Os nervos do simpático nascem de ramos anteriores dos<br />

nervos raquianos, ao nível da região média da medula<br />

espinhal, enquanto que os nervos do parassimpático nascem<br />

diretamente do encéfalo e das porções mais inferiores da<br />

medula espinhal.<br />

( ) A figura ao lado representa o encéfalo<br />

humano: em a, hemisfério cerebral direito; em<br />

b, cerebelo, onde se verifica a presença de<br />

neurônios responsáveis pelo controle dos atos<br />

conscientes e inconscientes.<br />

( ) A figura ao lado representa o sistema<br />

nervoso difuso de um pólipo, onde se observam<br />

os neurônios espalhados pelo corpo, formando<br />

uma rede muito organizada, contendo um centro<br />

nervoso, comandando na porção superior.<br />

20. (UFBA-96) A figura<br />

abaixo ilustra a relação<br />

entre a temperatura<br />

ambiente e a<br />

temperatura corporal de<br />

dois animais.<br />

Com base na análise<br />

dessa ilustração, pode-se<br />

concluir:<br />

(01) Os animais<br />

representados exibem a mesma capacidade de regulação<br />

térmica.<br />

(02) Em animais endotérmicos, a fonte preferencial de calor<br />

para o corpo é o metabolismo.<br />

(04) Animais exotérmicos mantêm uma relação direta entre a<br />

temperatura do corpo e a do ambiente.<br />

(08) A disponibilidade de alimento permite a regulação<br />

térmica em répteis.<br />

(16) A endotermia é uma vantagem evolutiva para animais<br />

terrestres.<br />

323


(32) Adaptações na superfície do corpo dos mamíferos estão<br />

associadas à sua condição de animais endotérmicos.<br />

(64) Animais exotérmicos e endotérmicos apresentam as<br />

mesmas características anatômicas e fisiológicas quanto ao<br />

sistema circulatório.<br />

21. (UFBA-2003) A figura apresenta uma fibra nervosa<br />

mielinizada e um gráfico que registra a velocidade do impulso<br />

nervoso em fibras mielinizadas e desmielinizadas.<br />

II. O circuito B está sofrendo despolarização e repolarização<br />

da membrana celular.<br />

III. No circuito B, ocorre a passagem do estímulo, de um<br />

neurônio para outro, através da liberação de mediadores<br />

químicos pelos terminais sinápticos.<br />

Está(ão) correta(s), apenas:<br />

a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) II. e) III.<br />

24. UFMS Com base na complexidade neurofisiológica<br />

assumida por diferentes grupos de células, associe a primeira<br />

coluna de acordo com a segunda coluna e assinale a(s)<br />

alternativa(s) correta(s).<br />

Com base nesses dados, analise a importância da<br />

mielinização na transmissão do impulso nervoso e relacione<br />

a velocidade dessa transmissão em função do diâmetro das<br />

fibras mielinizadas e desmielinizadas.<br />

22. (MACK-SP) Indique a alternativa incorreta a respeito<br />

do tecido nervoso:<br />

a) As extremidades dos axônios apresentam vesículas<br />

contendo substâncias chamadas neurotransmissores.<br />

b) Os dendritos recebem os impulsos vindos dos axônios.<br />

c) As células de Schwann formam a bainha de mielina nos<br />

axônios.<br />

d) Os neurônios amielínicos conduzem estímulos mais<br />

rapidamente que os neurônios mielínicos.<br />

e) O impulso nervoso se baseia no mecanismo de transporte<br />

ativo da bomba de sódio e potássio.<br />

23. UFPB As figuras abaixo ilustram dois circuitos neuronais<br />

formados por neurônios de mesmo tipo. O circuito A está em<br />

repouso e o B está sendo estimulado.<br />

I. Neurônios.<br />

II. Sinapses.<br />

III. Células da glia ou neuroglia.<br />

IV. Sistema nervoso periférico somático.<br />

V. Sistema nervoso periférico autônomo.<br />

(A) São caracterizadas pela liberação de substâncias que vão<br />

agir como mediadores químicos, denominados<br />

neurotransmissores.<br />

(B) Controla a musculatura voluntária, estando ligado aos<br />

músculos estriados esqueléticos.<br />

(C) São responsáveis pelas funções vinculadas ao raciocínio,<br />

à vontade, memória e emoções.<br />

(D) São células numerosas que ocorrem nas substâncias<br />

branca e cinzenta, fazem a sustentação, produzem a mielina,<br />

removem excretas, nutrem e fagocitam restos celulares.<br />

(E) Controla a musculatura lisa dos órgãos viscerais e a<br />

musculatura cardíaca.<br />

(01) I-C II-A III-D (02) I-A II-C IV-E V-B<br />

(04) II-A IV-B V-E (08) I-A IV-E V-B<br />

(16) I-C IV-E V-B (32) III-D IV-B V-E<br />

25.(UEFS-2012/1) A figura ilustra um esquema simplificado<br />

da estrutura de um neurônio juntamente com o sentido de<br />

propagação do impulso nervoso ao longo desta célula.<br />

Analisando os dois circuitos, pode-se afirmar que:<br />

I. O circuito A está em repouso, porque não tem capacidade<br />

de transmitir qualquer estímulo.<br />

324


A partir do conhecimento da anatomofisiologia da célula<br />

nervosa, é correto afirmar:<br />

A) O sentido de propagação do impulso nervoso é dependente<br />

da quantidade de ramificações dendríticas presentes na célula<br />

nervosa.<br />

B) A ação dos neurotransmissores existentes em vesículas<br />

produzidas pelo complexo golgiense celular é responsável<br />

pela condução do impulso ao longo da extensão axônica.<br />

C) A intensa especialização desse tipo celular restringe a<br />

capacidade de regeneração tecidual, ao posicionar essas<br />

células diferenciadas no estágio de G0 do ciclo celular.<br />

D) A ausência do núcleo celular é decorrente da intensa taxa<br />

metabólica necessária para a conservação da polaridade<br />

elétrica do neurônio.<br />

E) Bombas de sódio e potássio são responsáveis, através de<br />

um transporte iônico por difusão facilitada, pela manutenção<br />

do potencial de repouso presente durante a propagação do<br />

impulso ao longo do neurônio.<br />

27. (FAINOR-2002)<br />

Comparando os animais<br />

abaixo é correto afirmar que:<br />

a) A respiração de 2 e 5 é feita<br />

através da pele.<br />

b) A reprodução de 1 e 4<br />

depende do meio aquático.<br />

c) A regulação da temperatura corpórea ocorre em 1 e 2.<br />

d) O número de pares de nervos cranianos é o mesmo em 1 e<br />

3.<br />

e) O coração de 5 possui maior número de cavidades que 4.<br />

28. (UEFS-2010/1) função da temperatura ambiente.<br />

A análise das informações permite considerar corretamente:<br />

A) Répteis, como as cobras, mantêm constante o calor do<br />

corpo a partir da energia obtida dos alimentos.<br />

B) A uma temperatura de 30 o C, mamíferos e répteis<br />

apresentam elevação de temperatura corpórea<br />

correspondente.<br />

C) Os ectotérmicos desenvolveram mecanismos de liberação<br />

de calor pela pele, aclimatando-se a temperaturas mais baixas.<br />

D) Mamíferos apresentam menor dependência da<br />

temperatura ambiente do que os répteis.<br />

E) Animais endotérmicos expressam maior temperatura<br />

corporal quando estão em intensa atividade.<br />

Questões de 29 a 31 - UESC - 95<br />

"O coração pode ser representado como uma bomba<br />

que, através de um sistema fechado de tubos transportando<br />

sangue, contendo nutrientes, oxigênio e produtos do<br />

metabolismo celular, contribui para formar um ambiente em<br />

que as células do organismo possam funcionar<br />

adequadamente.<br />

Trabalhador incessante, o coração se contrai a cada 0,75<br />

segundo. Com movimentos ritmados, o músculo cardíaco<br />

consegue estabelecer, em uma pessoa em repouso, um fluxo<br />

contínuo de sangue de cinco litros por minuto.<br />

“(Masuda, p. 69”<br />

29. O evento inicial que vai estabelecer o grande circuito<br />

sanguíneo é<br />

A) a contração do miocárdio, jogando o sangue do ventrículo<br />

esquerdo para a artéria aorta.<br />

B) o movimento do ventrículo direito levando o sangue do<br />

coração aos pulmões.<br />

325


C) a chegada do sangue arterial ao coração pelas veias<br />

pulmonares.<br />

D) a entrada do sangue venoso na aurícula direita,<br />

transportado pelas veias cavas.<br />

E) o fluxo sanguíneo da aurícula para o ventrículo, favorecido<br />

pelas válvulas cardíacas.<br />

30. Pelos movimentos ritmados, o coração mantém dois<br />

circuitos sanguíneos - a pequena e a grande circulação.<br />

(16) Nos anfíbios e peixes o córtex cerebral é liso. Por isso, a<br />

sua superfície é menor, dispõe de menor número de<br />

neurônios.<br />

(32) Ação reflexa é toda resposta imediata do sistema nervoso<br />

à excitação de um nervo sem a intervenção da vontade do<br />

indivíduo.<br />

Questões 34 e 35 UESC- 98<br />

Observe a representação abaixo, do ciclo reprodutivo da<br />

minhoca.<br />

É papel da pequena circulação<br />

A) manter a irrigação sanguínea do próprio coração.<br />

B) conduzir o sangue de uma vênula á uma arteríola, através<br />

de uma rede capilar.<br />

C) promover o deslocamento do sangue das aurículas para os<br />

ventrículos.<br />

D) permitir as trocas gasosas na intimidade dos tecidos,<br />

impedindo a ocorrência do fenômeno da hematose.<br />

E) proporcionar o fluxo sanguíneo ao nível dos alvéolos<br />

pulmonares para a conversão do sangue venoso em arterial.<br />

31. O coração contribui para integração orgânica quando<br />

proporciona<br />

A) a condução dos estímulos nervosos dos receptores<br />

periféricos às diversas regiões do organismo.<br />

B) a chegada da uréia ao fígado para ser eliminada sob a<br />

forma de bile.<br />

C) o transporte de substâncias produzidas pelas glândulas<br />

endócrinas para os órgãos alvo.<br />

D) a propagação do impulso nervoso dos neurônios centrais<br />

para gerar respostas dos efetores.<br />

E) eliminação dos resíduos metabólicos através do intestino.<br />

32. Cérebro, cerebelo e bulbo são órgãos do:<br />

a) sistema nervoso periférico.<br />

b) sistema nervoso parassimpático.<br />

c) sistema nervoso autônomo.<br />

d) sistema nervoso central<br />

e) As respostas c e d estão corretas<br />

33. Sobre o sistema nervoso dos vertebrados é correto<br />

afirmar:<br />

(01) É composto de encéfalo e medula raquiana ou espinhal.<br />

(02) Tem sempre localização dorsal.<br />

(04) O Sistema Nervoso Central (SNC) compõe-se dos<br />

nervos simpáticos e parassimpáticos.<br />

(08) O SNC é também conhecido como sistema neurovegetativo.<br />

34. Com base no que se apresenta, pode-se afirmar que as<br />

minhocas<br />

A) cavam galerias tornando a terra fofa.<br />

B) movimentam-se graças às ondas de contração e distensão.<br />

C) são animais hermafroditas.<br />

D) reproduzem-se por autofecundação.<br />

E) apresentam desenvolvimento larval.<br />

35. Uma das funções do esqueleto é a sustentação do corpo.<br />

Esqueleto interno com essa função existe em invertebrados<br />

como<br />

A) aranhas e planárias.<br />

B) esponjas e estrelas-do-mar<br />

C) corais e esponjas.<br />

D) estrela-do-mar e aranhas.<br />

E) planárias e corais.<br />

Questões 36 e 37 UESC<br />

36. A figura ilustra uma Hydra sp, em corte vertical, gênero<br />

de celenterados de água doce, que desenvolve o ciclo vital<br />

sem apresentar o estágio de medusa. Dispondo de células<br />

especializadas para ataque ou defesa, as hidras podem atuar<br />

como predadores de outros invertebrados, principalmente de<br />

pequenos crustáceos.<br />

326


I- O principal excreta nitrogenado de uma cobra é o ácido<br />

úrico.<br />

II- Nos insetos, o CO2 é eliminado pelos nefrídios.<br />

III- Os túbulos de Malpighi são estruturas excretoras<br />

adaptadas ao ambiente terrestre.<br />

É correto o que ele afirmou SOMENTE em:<br />

(A) I (B) II (C) I e II (D) I e II (E) II e III<br />

Com base na informação e na ilustração, pode-se considerar,<br />

em relação à biologia da hidra, que ela:<br />

01) apresenta eficiente adaptação à sobrevivência, mesmo<br />

com uma estrutura corpórea simples.<br />

02) é desprovida de células especializadas para a percepção<br />

de variações ambientais.<br />

03) se reproduz por gemas, produzindo prole numerosa, o que<br />

proporciona maior variabilidade à descendência.<br />

04) compartilha de comunidade biótica na transferência de<br />

energia, como exclusivo consumidor de l ordem.<br />

05) é um organismo cuja organização se define a partir de três<br />

folhetos embrionários e de uma cavidade celômica.<br />

37. Pesquisas revelaram que os insetos se originaram dos<br />

camarões de água doce, há cerca de 430 milhões de anos.<br />

A transição do crustáceo para as terras emersas, originando<br />

os insetos, envolveu novas aquisições evolutivas que,<br />

preservando as características básicas do filo Arthropoda,<br />

estabeleceram a classe Insecta.<br />

Considerando-se as características básicas de um crustáceo e<br />

as de um inseto, pode-se afirmar que essa evolução envolveu<br />

a<br />

01) A aquisição, pelos insetos, de apêndices articulados que<br />

substituíram as nadadeiras unissegmentadas dos crustáceos.<br />

02) preservação, nos insetos, da excreção nitrogenada sob a<br />

forma de amônia, encontrada em crustáceos dulcícolas.<br />

03) evolução, nos insetos, da respiração aeróbica, inovação<br />

dos artrópodos terrestres, como alternativa à respiração<br />

branquial.<br />

04) conservação, nos insetos, do padrão de crescimento com<br />

aumento contínuo do tamanho do corpo, sem ecdises.<br />

05) adaptação do exoesqueleto quitinoso às condições de<br />

umidade limitada dos ambientes terrestres.<br />

38 (UESB-2001) Ao estudar os processos de excreção e os<br />

tipos de excretas que os animais produzem, um estudante fez<br />

as seguintes afirmações:<br />

39. (UESB - 2002) Na evolução do sistema digestório dos<br />

animais aparecem, sucessivamente, seres sem tubo<br />

digestório, com tubo digestório incompleto e seres com tubo<br />

digestório completo. Exemplos de animais com essas<br />

características são, respectivamente:<br />

(A) esponjas, planárias e minhocas.<br />

(B) esponjas, medusas e anêmonas.<br />

(C) planárias, moluscos, e minhocas.<br />

(D) planárias, esponjas e minhocas.<br />

(E) medusas, anêmonas e moluscos.<br />

QUESTÕES de 40 E 41 UESB<br />

"Os insetos originaram-se na Terra há quase 400 milhões de<br />

anos. Durante o carbonífero, 100 milhões de anos depois,<br />

haviam se irradiado em formas tão diversificadas quanto as<br />

que existem hoje. E têm dominado os habitats terrestres e de<br />

água doce em todo o mundo (...)"<br />

(Wilson. In: Diversidade da vida, p. 226)<br />

40. A Proeminência dos insetos e sua hiperdiversidade deve<br />

ser associada a aspectos estratégicos do grupo, como:<br />

01) o pequeno tamanho corporal, característico do grupo,<br />

dificulta a diversificação de nichos, favorecendo a formação<br />

de populações muito numerosas.<br />

02) o desenvolvimento por metamorfose favorece a<br />

sobrevivência da espécie, diversificando os nichos ecológicos<br />

no decorrer do ciclo vital.<br />

03) a aquisição do vôo aumenta o potencial dispersivo da<br />

espécie, inibindo o seu potencial biótico.<br />

04) a formação do esqueleto quitinoso torna os indivíduos<br />

mais vulneráveis às condições hídricas do ambiente.<br />

05) a exploração diversificada dos recursos naturais<br />

propiciada pelos apêndices articulados aumenta a competição<br />

interespecífica.<br />

41. Dominando a Terra, ocupando, principalmente, a<br />

diversidade de habitats terrestres, os insetos se integraram à<br />

biosfera com uma participação imprescindível.<br />

Se, por uma hecatombe cósmica, eles viessem a desaparecer,<br />

entre outros efeitos, se poderia esperar:<br />

327


01) aumento imediato no tamanho de populações<br />

principalmente anfíbios, répteis e aves.<br />

02) fragmentação rápida dos substratos orgânicos.<br />

03) extinção imediata dos fungos por carência nutritiva.<br />

04) comprometimento dos ciclos biogeoquímicos pela<br />

redução de detritívoros.<br />

05) renovação exuberante da vegetação florífera.<br />

Questões 42, 43 e 44(UNIT-2013/2)<br />

Nas últimas quatro décadas, cientistas conceberam o coração<br />

como uma bomba poderosa, mas vulnerável. Ponderavam<br />

que, como o coração adulto, parecia incapaz de regenerar suas<br />

células, qualquer morte celular enfraqueceria o órgão<br />

irreversivelmente, mas, de vez em quando, um cientista<br />

vislumbrava células cardíacas adultas se dividindo sob o<br />

microscópio.<br />

[...] Atualmente, biólogos estimam que o coração substitui<br />

1% ou mais de seus 4-5 bilhões de células musculares por<br />

ano.<br />

Pesquisadores também descobriram que células novas<br />

surgem da duplicação de células cardíacas adultas, além de<br />

células tronco do próprio coração. A terapia com célulastronco<br />

permite ao coração uma mega dose de suas próprias<br />

células de reparo.<br />

Estudos com animais indicam que algumas células-tronco<br />

injetadas amadurecem em células adultas, mas a maioria<br />

morre em poucos <strong>dias</strong>. Antes de morrer, porém, as células<br />

secretam um coquetel de proteínas que estimulam células<br />

cardíacas saudáveis a proliferar, assim como enzimas que<br />

rompem as fibras de colágeno do tecido cicatricial, abrindo<br />

caminho para músculo cardíaco novo.<br />

(JABR, 2013, p. 38).<br />

42. A concepção do coração como uma “bomba poderosa” se<br />

fundamenta na morfofisiologia do órgão que envolve<br />

A) o impulso direto do sangue pelos átrios em direção ao<br />

corpo, permitindo a irrigação dos órgãos.<br />

B) o funcionamento ininterrupto de átrios e ventrículos com<br />

paredes de espessura e poder de contração equivalente.<br />

C) a ação das válvulas tricúspide e mitral na saída do coração<br />

para a aorta, impedindo o refluxo do sangue para o ventrículo.<br />

D) o fluxo de sangue rico em O 2 pelas artérias pulmonares<br />

que alcançam o átrio direito vindo dos pulmões.<br />

E) um ciclo cardíaco com fases coordenadas de relaxamento<br />

e contração das câmaras do coração.<br />

43. O coração é constituído basicamente de músculo cardíaco,<br />

tecido que se caracteriza por apresentar<br />

A) contratilidade constante decorrente da presença de fibras<br />

lisas.<br />

B) células justapostas sem interconexões, garantindo a<br />

contração.<br />

C) filamentos de actina e miosina dispersos por todo o<br />

citoplasma.<br />

D) contrações vigorosas e independentes de controle<br />

voluntário.<br />

E) matriz intercelular abundante, rica em fibras colágenas e<br />

elásticas.<br />

44. Considerando as “células-tronco” do próprio coração<br />

capazes de reparar danos no órgão, é correto afirmar que<br />

A) realizam divisão celular, que prescinde de duplicação<br />

cromossômica.<br />

B) formam novas células cardíacas independente de um<br />

ambiente tecidual específico.<br />

C) apresentam limitado potencial para originar outros tipos<br />

celulares.<br />

D) ganham novas informações genéticas ao longo do<br />

processo de especialização.<br />

E) estimulam células adjacentes a se multiplicar de forma<br />

rápida e desregulada.<br />

45.(Ecmal-2013/1) Os principais órgãos excretores dos<br />

vertebrados são os rins, formados pelos néfrons. Os pulmões<br />

e o fígado também colaboram no mecanismo de excreção, ao<br />

eliminar gás carbônico e inativar substâncias prejudiciais ao<br />

organismo, respectivamente. A bile também possui papel<br />

importante na excreção, pois esta elimina produtos<br />

resultantes da distribuição das moléculas de hemoglobina.<br />

Contudo, a maior parte do trabalho de excreção (eliminar a<br />

ureia produzida pelo fígado) é realizada pelos rins. Além<br />

disso, eles regulam a concentração de água e sais no corpo,<br />

mantendo o equilíbrio do organismo. Nas opções abaixo,<br />

assinale a que corresponde corretamente à função do néfron.<br />

A) O néfron elimina substâncias nocivas ao organismo,<br />

transformando-as em pigmentos biliares, como a bilirrubina<br />

lançada no intestino, e algumas dessas substâncias são<br />

lançadas pelas fezes, outras voltam para o sangue e são<br />

eliminadas pela urina, tornando-a amarela, que é a cor da<br />

bilirrubina.<br />

B) No néfron, ocorre a filtração, a reabsorção e a secreção.<br />

Na filtração, a pressão do sangue expulsa do glomérulo para<br />

a cápsula a água e as pequenas moléculas dissolvidas no<br />

plasma. A reabsorção ocorre ao longo do túbulo, onde a água<br />

e as substâncias úteis são reabsorvidas, voltando para o<br />

sangue. Na secreção, as células do túbulo controlam a taxa de<br />

potássio no sangue. Ao sair do ducto coletor, a urina é<br />

formada.<br />

C) No néfron, há a formação de substâncias chamadas de<br />

diuréticos, as quais diminuem a reabsorção de água pelos rins<br />

e, com isso, um maior volume de água é eliminado na urina.<br />

A eliminação da urina é chamada diurese.<br />

328


D) O néfron é responsável pelo aumento da concentração de<br />

cálcio e sais minerais na urina. Esse aumento na concentração<br />

dessas substâncias vai favorecer o funcionamento dos rins,<br />

contribuindo assim, para um maior controle da pressão<br />

arterial, bem como uma correta taxa de ureia no sangue e uma<br />

eliminação adequada de água e sais.<br />

E) O néfron é o responsável pela produção do hormônio<br />

antidiurético (ADH), que é armazenado e lançado no sangue<br />

quando a pressão osmótica do sangue aumenta (por causa da<br />

diminuição da água); esse hormônio faz aumentar a absorção<br />

de água, tornando a urina menos concentrada e mais clara.<br />

46. ( Ecmal-2013/1) A tensão pré-menstrual (TPM) ainda é<br />

uma das principais queixas femininas. Ela está diretamente<br />

associada aos ciclos hormonais e à ovulação. Alterações de<br />

humor, cólicas, dores no corpo e inchaço estão entre os<br />

sintomas que mais afetam as mulheres no período menstrual.<br />

Atualmente, alguns métodos de supressão menstrual são<br />

utilizados – pílula anticoncepcional de uso contínuo; injeção<br />

trimestral de derivados da progesterona; implante subcutâneo<br />

que libera doses mínimas diárias de um derivado da<br />

progesterona; dispositivo intrauterino (DIU) que também<br />

libera doses mínimas diárias de progesterona. Segundo<br />

alguns ginecologistas, mulheres com problemas como<br />

mioma, endometriose e cistos podem especialmente se<br />

beneficiar com a supressão menstrual. Outros especialistas no<br />

assunto enfatizam que “o ciclo menstrual é o aliado número<br />

1 da mulher, uma prova de que o organismo feminino está em<br />

sintonia com a natureza e é fundamental para o seu equilíbrio<br />

físico e psicológico”.<br />

(Revista Boa Forma, Ed. 309 set. 2012).<br />

Marque a opção correta.<br />

A) A menstruação é caracterizada pela descamação do<br />

endométrio, acompanhada de sangramentos, que marca o<br />

início de um ciclo menstrual. Caso não haja gravidez,<br />

menstruação acontece a cada 28 <strong>dias</strong>, aproximadamente.<br />

Em caso de gravidez, o endométrio não se descama e a<br />

menstruação não ocorre, pois a progesterona inibe a secreção<br />

do FSH (hormônio folículo estimulante), impedindo a<br />

maturação de novos folículos ovarianos.<br />

B) O período entre o início de uma menstruação e o seu final<br />

é chamado ciclo menstrual.<br />

C) A ação conjunta dos hormônios FSH (folículo<br />

estimulante) e LH (luteinizante) produzidos pelo ovário induz<br />

a ovulação que ocorre geralmente entre o décimo e décimo<br />

quarto dia a partir do início do ciclo menstrual.<br />

D) O que denominamos “óvulo” na espécie humana é o<br />

ovócito secundário estacionado em Metáfase I da meiose, a<br />

qual somente se completará se houver fecundação.<br />

E) O aumento nas taxas de progesterona e estrógeno durante<br />

o ciclo menstrual faz com que a mucosa uterina sofra<br />

descamação, ocorrendo a menstruação.<br />

47. (UERN) O neurônio é a unidade funcional do tecido<br />

Nervoso, especializada na recepção e transmissão do impulso<br />

nervoso, através dos mediadores químiconeurotransmissores,<br />

que atuam provocando mudanças locais<br />

de permeabilidade da membrana do neurônio. Sobre a<br />

transmissão de impulso (ilustrada abaixo) podemos informar<br />

que os mediadores químicos são liberados:<br />

atendimento@consulplan.com<br />

A) Pelos corpos celulares e atingem os dendritos do neurônio<br />

seguinte.<br />

B) Pelas sinapses e atingem o axônio do neurônio seguinte.<br />

C) Pelos corpos celulares e atingem os axônios do neurônio<br />

seguinte.<br />

D) Nas sinapses e atingem os dendritos do neurônio seguinte.<br />

48. (Ecmal-2012) O sistema nervoso dos vertebrados é muito<br />

complexo, e tem por função a recepção, a condução e a<br />

integração dos estímulos e a coordenação das respostas<br />

induzidas e espontâneas. Distinguem-se o sistema nervoso<br />

central (SNC) e o sistema periférico (SNP). Nas opções<br />

abaixo, assinale corretamente as partes anatômicas que<br />

constituem o SNC.<br />

A) Encéfalo e gânglios.<br />

B) Encéfalo e medula espinal.<br />

C) Medula espinal e axônio.<br />

D) Medula espinal e gânglios.<br />

E) Encéfalo e axônio.<br />

49. (Ecmal-2010) Ao longo da superfície da Terra, a<br />

temperatura varia enormemente, encontrando-se desde águas<br />

ferventes, como no Parque Nacional de Yelowstone, nos<br />

Estados Unidos, até temperaturas abaixo de -80ºC, no interior<br />

da Antártida. Como o calor se desloca do objeto mais quente<br />

para o mais frio, qualquer alteração na temperatura do<br />

ambiente em que se encontra um organismo causa alteração<br />

na temperatura interna desse organismo, a menos que ele faça<br />

alguma coisa para regular a sua temperatura. (PURVES,<br />

2006, p. 700).<br />

O gráfico ilustra a variação da taxa metabólica (consumo de<br />

O2) de um peixe na temperatura natural de um tanque no<br />

inverno (4ºC) e no verão (24ºC), como também em outras<br />

temperaturas (•) produzidas a partir de experimentos<br />

controlados.<br />

329


hormônio ou a ambas.<br />

III- A insulina é produzida por conjuntos de células<br />

especializadas chamadas ilhotas pancreáticas, as quais,<br />

atualmente, são uma alternativa atraente de transplante para<br />

os diabéticos.<br />

IV- Os níveis glicêmicos de pacientes com diabetes do tipo 1<br />

podem ser normalizados com atividade física regular,<br />

controle do peso e medicação oral.<br />

a) Todas as afirmativas estão corretas.<br />

b) A afirmativa III está incorreta.<br />

c) As afirmativas I e III estão corretas.<br />

d) As afirmativas I, III e IV estão corretas.<br />

REPRODUÇÃO<br />

Considerando-se o resultado desse experimento e a<br />

capacidade adaptativa desse animal em relação às variações<br />

sazonais (inverno/verão) de temperatura, é possível afirmar:<br />

I. À medida que a temperatura do tanque é alterada, desde<br />

4ºC, no meio do inverno, até 24ºC, no meio do verão a<br />

temperatura corporal do peixe mantém-se sem alterações.<br />

II. Entre o inverno e o verão, um lento processo de<br />

aclimatação desse animal compensa as mudanças sazonais de<br />

temperatura.<br />

III. Alterações fisiológicas sofridas pelo peixe produzem<br />

compensações metabólicas que reajustam a maquinaria<br />

bioquímica para reagir aos efeitos negativos da variação<br />

térmica.<br />

IV. A taxa metabólica desse peixe “no inverno”, a uma<br />

temperatura induzida em experimento de 14ºC, é menor do<br />

que a taxa metabólica desse peixe “no verão”, para as mesmas<br />

condições térmicas.<br />

Dessas afirmativas, estão corretas as indicadas em<br />

01) apenas I e II.<br />

02) apenas II e III.<br />

03) apenas I, III e IV.<br />

04) apenas I, II e III.<br />

05) I, II, III e IV.<br />

50. (Unifei) Uma das doenças mais disseminadas no mundo<br />

atual é o diabetes melito. Considerando as quatro afirmativas<br />

abaixo, assinale a alternativa correta:<br />

O Objetivo dos processos reprodutivo é a perpetuação das<br />

espécies.<br />

TIPOS DE REPRODUÇÃO<br />

Assexuada ou agâmica: Caracteriza-se pela ausência de<br />

gametas e compartilhamento de material genético. Dessa<br />

forma as descendências apresentam baixa variabilidade<br />

genética, sendo clones dos ascendentes – a variabilidade<br />

genética depende exclusivamente das mutações.<br />

Sexuada ou gâmica: Caracteriza-se pelo compartilhamento<br />

de material genético de origem distinta e em sua maioria,<br />

ocorre a participação de gametas. A mistura<br />

(compartilhamento) de material genético possibilita grande<br />

variabilidade genética. Na reprodução sexuada a<br />

variabilidade, além da mutação se dá por recombinação e pela<br />

fecundação.<br />

Formas de reprodução assexuadas:<br />

a- Divisão simples: nesse processo, o organismo sofre uma<br />

bipartição originando dois novos organismos – divisão direta<br />

simples.<br />

Ex: protozoários, algas e bactérias (unicelulares)<br />

Essa divisão também pode ocorrer em pluricelulares como a<br />

hidra.<br />

I- Presença de níveis elevados de glicose no sangue, o que<br />

leva a distúrbios no metabolismo de carboidratos, gorduras e<br />

proteínas.<br />

II- A hiperglicemia deve-se à produção nula (diabetes<br />

melito do tipo 2) ou insuficiente (diabetes melito do tipo 1)<br />

do hormônio insulina pelo organismo, à ação deficiente desse<br />

330


Laceração ou regeneração: consiste na formação de<br />

indivíduos a partir da regeneraçãod e fragmentos gerados por<br />

porcessos traumáticos. Ex.: planárias<br />

b- Divisão múltipla: consiste no fenômeno de segmentação<br />

de organismos em que cada segmento tem capacidade de<br />

originar um organismo completo. As divisões múltiplas se<br />

apresentam sob as forma de gemulação, esporulação,<br />

esquizogênese, laceração e estrobilização.<br />

Gemulação, brotamento ou gemiparidade: surgem brotos<br />

no corpo do organismo a partir de multiplicações celulares.<br />

Esses brotos podem ou não desprender do corpo principal –<br />

quando não há o desprendimento, forma-se uma estrutura<br />

colonial. Ex.: fungos, cnidários e pólipos.<br />

Estrobilização: caso particular de reprodução de pólipos<br />

celenterados em que fragmentos regulares denominados<br />

éfiras, desprendem-se da forma adulta originando um<br />

organismo intermediário denominado de medusa – esta<br />

última faz parte do processo de reprodução por alternância de<br />

geração.<br />

Alternância de gerações ou metagênese: Processo de<br />

reprodução em que existe uma fase sexuada e outra<br />

assexuada.<br />

Esporulação: processo de reprodução em que a partir de uma<br />

célula surgem várias outras com capacidade de germinação<br />

por mitoses, gerando organismos multicelulares. Ex.:<br />

Protozoários – esporos não apresentam distinção de sexos<br />

como os gametas. A esporulação também pode fazer parte de<br />

um complexo ciclo de reprodução denominado de<br />

metagênese comum em animais primitivos, vegetais e fungos.<br />

Esquizogênese: Trata-se de um caso de divisão múltipla em<br />

pluricelulares – ocorre em anelídeos poliquetas Ex.: Eunice<br />

viridis.<br />

Esse fenômeno também ocorre em vegetais, algas e fungos.<br />

A geração assexuada surge da germinação (por mitoses) de<br />

células haplóides (esporos), que se formam a partir de<br />

meioses, o pluricelular resultante é denominado de<br />

gametófito. O gametófito produz gametas que, após a<br />

fecundação, origina um organismo diplóide denominado de<br />

esporófito – o esporófito apresenta células que originarão os<br />

esporos, recomeçando os ciclos.<br />

Reprodução sexuada – caso particular:<br />

Conjugação: nesse processo, apesar de não haver<br />

participação de gametas, verifica-se a transferência de<br />

fragmentos de DNA de um organismo para outro, através de<br />

uma ponte citoplasmática entre tipos celulares distintos.<br />

Ocorre em bactérias, algas e alguns protozoários. É através<br />

desse processo que algumas bactérias tornam-se resistentes a<br />

antibióticos – uma bactéria naturalmente resistente transfere<br />

genes que confere resistência a bactérias não-resistentes.<br />

331


espermatozóides – distende ou retrai em função da variação<br />

da temperatura ambiente.<br />

Testículos: glândulas produtoras de gametas e hormônios<br />

masculinos. São dois novelos de canais seminíferos que<br />

contém as células que originarão os espermatozoides e as<br />

células nutridoras desses gametas.<br />

Duplicação<br />

do gene da<br />

resistência<br />

Espermatogônias: células germinativas masculinas,<br />

após as multiplicações, sofrem meiose originando os<br />

espermatócitos e espermátides.<br />

Espermatócitos: células resultantes do crescimento das<br />

espermatogônias.<br />

Espermátides; células resultantes das meioses<br />

masculinas.<br />

Espermatozóides: gametas masculinos, resultantes da<br />

diferenciação das espermátides – espermiogênense.<br />

Células de Sertoli: células nutridoras dos<br />

espermatozóides;<br />

Transferência do gene<br />

Bactéria recombinante<br />

resistente<br />

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO<br />

Células de Leydig (intersticiais): localizadas entre os<br />

canais seminíferos, são produtoras de hormônio<br />

masculinizante – testosterona;<br />

Epidídimo: região diferenciada do canal deferente<br />

responsável pelo armazenamento dos espermatozóides;<br />

Canal deferente: via de condução das secreções e dos<br />

espermatozóides;<br />

Canal ejaculador: porção do canal deferente que<br />

atravessa a próstata;<br />

Uretra: via uro-genital, serve de conduto para a urina,<br />

secreções espermáticas, espermatozóides e urina.<br />

Órgão copulador masculino:<br />

Corpos esponjosos: tecido que circunda a uretra;<br />

Corpos cavernosos: conjunto de tecido com cavidades<br />

cavernosas – juntamente com os corpos esponjosos, ao serem<br />

irrigados com sangue promove a ereção;<br />

Constituição:<br />

Bolsa escrotal: bolsa ou saco que acomoda os testículos é<br />

responsável por manter a temperatura adequada para os<br />

Glande: cabeça do pênis – dos espermatozóides para o<br />

meio “externo”.<br />

Prepúcio: pele que recobre a glande.<br />

332


Glândulas anexas:<br />

Vesículas seminais: 2 glândulas produtoras do líquido<br />

seminal;<br />

Próstata: produção do líquido prostático – juntamente com o<br />

líquido prostático constitui o meio natante para os<br />

espermatozóides;<br />

Genitália interna<br />

Glândula de Cowper ou bulbo uretral: localizada na base do<br />

pênis, sua secreção limpa a uretra e proporciona a<br />

alcalinização da vagina possibilitando o pH adequado para a<br />

sobrevivência dos espermatozóides.<br />

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO<br />

Constituição:<br />

Genitália externa - Vulva: conjunto de estruturas do sistema<br />

que podem ser observados externamente.<br />

Monte de Vênus: tecido adiposo revestido por pelos;<br />

Grandes lábios: “moldura” externa cercada por pelos e<br />

sobrepõe aos pequenos lábios;<br />

Pequenos lábios: róseos e rica vascularização, “moldura”<br />

interna do intróito vaginal;<br />

Intróito vaginal: abertura da vagina – acesso para o meio<br />

externo;<br />

Clitóris: órgão análogo ao pênis – capacidade de ereção –<br />

estrutura extremamente sensível (órgão do prazer sexual);<br />

Hímen: membrana fina que limita a abertura vaginal;<br />

Ovários: gônadas femininas, produtora dos gametas e dos<br />

hormônios sexuais femininos – estrógeno e progesterona;<br />

Tubas de falópio: canais que promovem a comunicação com<br />

o útero – nas tubas ocorre a fecundação;<br />

Vagina: órgão copulador feminino e canal do parto – nas<br />

laterais, logo na entrada, localizam-se as glândulas de<br />

Bartholin – produção do líquido lubrificante,<br />

Útero: órgão musculoso onde, logo após a nidação<br />

(implantação do blastocisto), o embrião se desenvolve até o<br />

momento do parto.<br />

Uretra: via urinária.<br />

333


CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS QUANTO<br />

À FECUNDAÇÃO E O<br />

DESENVOLVIMENTO EMBIONÁRIO<br />

De acordo com o meio em que ocorre a fecundação e o tipo<br />

de desenvolvimento, os animais podem ser:<br />

a- Ovulíparos: animais em que a fecundação depende da<br />

água uma vez que esse fenômeno ocorre fora do corpo –<br />

fecundação e desenvolvimento embrionário externo; Ex.:<br />

peixes e anfíbios,<br />

b- Ovíparos: animais que põem ovos de fecundação externa<br />

e desenvolvimento externo, com nutrição às custas das<br />

reservas nutritivas do ovo –vitelo; Ex.: aves e a maioria dos<br />

répteis;<br />

c- Ovovivíparos: animais que põem ovos, de fecundação<br />

interna e desenvolvimento interno – a nutrição se dá<br />

independente do organismo materno. O embrião é nutrido<br />

pelo vitelo do ovo; Ex.: serpentes e tubarões;<br />

d- Marsupiais: são mamíferos aplacentários – a fecundação é<br />

interna, porém, o desenvolvimento se completa fora do<br />

organismo materno, no interior de uma bolsa abdominal<br />

denominada de marsúpio onde o filhote tem acesso às<br />

glândulas mamárias; Ex.: cangurus, coalas, etc.;<br />

e- Monotremados: mamíferos que põem ovos; Ex.:<br />

ornitorrinco e équidna;<br />

f- Vivíparos: fecundação interna e desenvolvimento interno<br />

com nutrição dependente do organismo materno a partir do<br />

cordão umbilical e placenta; Ex.: mamíferos em geral;<br />

CASOS PARTICULARES DE<br />

REPRODUÇÃO<br />

Partenogênese: processo de formação de organismos, a<br />

partir de óvulo não fecundado. Ex.: afídeos (insetos), abelhas,<br />

pulgões, dáfnia (microcrustáceo), mariposas (bicho-da-seda).<br />

No caso das abelhas, o sexo é definido pela plóidia dos<br />

indivíduos – se o desenvolvimento ocorrer a partir de óvulo<br />

não fecundado o resultante será haploide e do sexo masculino.<br />

Se, no entanto, o óvulo for fecundado, o organismo resultante<br />

será diplóide e do sexo feminino.<br />

Pedogênese: fenômeno que se caracteriza pelo fato de larvas<br />

produzirem óvulos que se desenvolvem por partenogênese,<br />

Ex.: mosca Miastor metraloa, alguns verme platelmintos.<br />

Neotenia: larvas que atingem a maturidade sexual e podem<br />

ser fecundadas. Ex.: larva de salamandra – axolotl pronunciase<br />

axolótil.<br />

Exercícios<br />

01. A reprodução sexuada determina:<br />

a) a manutenção da condição haplóide.<br />

b) a especialização de gametas diplóides.<br />

c) a fertilização entre células indiferenciadas.<br />

d) a invariabilidade genética em cada geração.<br />

e) a variabilidade produzida pela recombinação gênica.<br />

02. Observe os desenhos a seguir:<br />

Os desenhos<br />

representam<br />

processos de<br />

reprodução assexuada denominados,<br />

respectivamente de:<br />

a) estrobilização, brotamento e regeneração.<br />

b) gemulação, brotamento, e regeneração.<br />

c) brotamento, gemulação e bipartição.<br />

d) regeneração, brotamento e bipartição.<br />

e) estrobilização, gemulação e conjugação.<br />

03. Animais ovulíparos apresentam seu desenvolvimento<br />

embrionário sujeito a pouca proteção, o que é compensado<br />

com uma grande produção de gametas. Assinale a opção que<br />

caracteriza corretamente a fecundação e o desenvolvimento<br />

de animal ovulíparo:<br />

a) Lagartos: a fecundação e o desenvolvimento são externos.<br />

b) Cobras: a fecundação é interna, porém o desenvolvimento<br />

embrionário é externo.<br />

c) Sapos: a fecundação é interna, porém o desenvolvimento<br />

embrionário é externo.<br />

d) Pererecas: a fecundação e o desenvolvimento embrionário<br />

são externos.<br />

e) Jacarés: a fecundação e o desenvolvimento são internos.<br />

04. Assinale, entre as alternativas abaixo, a afirmação correta.<br />

a) Tanto os animais ovíparos como os ovovivíparos põem<br />

ovos com o desenvolvimento embrionário apenas iniciado.<br />

b) Tanto os animais ovíparos como os ovovivíparos põem<br />

ovos com o desenvolvimento embrionário já concluído.<br />

c) Tanto os animais ovíparos como os ovovivíparos<br />

apresentam fecundação externa.<br />

334


d) Tanto nos animais ovíparos como nos ovovivíparos, os<br />

embriões utilizam as reservas alimentares do ovo para seu<br />

desenvolvimento.<br />

e) Somente nos animais ovíparos o filhote eclode fora do<br />

corpo materno.<br />

05. Em certos animais como, por exemplo, as abelhas, o óvulo<br />

pode se desenvolver, dividindo-se sucessivamente, dando<br />

origem a um novo ser. Trata-se de um fenômeno conhecido<br />

por:<br />

a) netotenia.<br />

b) pedogênese.<br />

c) partenogênese.<br />

d) poliembrionia.<br />

e) metagênese.<br />

06. A abelha A encontra-se com a abelha B, da mesma<br />

espécie, mas de outra colméia. Diz A:<br />

— Olá, como vão seu pai e sua mãe?<br />

Responde B:<br />

—Bem, meu pai já morreu mas minha mãe está ótima. E seus<br />

quatro avós, como vão?<br />

Retruca A:<br />

— Como quatro, se eu só tenho dois?<br />

Por esse “diálogo” podemos concluir corretamente que:<br />

a) A pode ser uma rainha e B uma operária.<br />

b) A é uma rainha e B é uma operária.<br />

c) A pode ser uma operária e B é um zangão.<br />

d) A é um zangão e B pode ser uma rainha mas não uma<br />

operária.<br />

e) A é um zangão e B é uma operária ou rainha.<br />

06. “O chamado Ambystoma tigrinum é um anfíbio bastante<br />

conhecido em regiões pantanosas e lagos do México. Esta<br />

espécie apresenta um fenômeno interessante: sua larva, que é<br />

aquática, atinge a maturidade sexual sem perder suas<br />

características larvais, entre as quais vistosas brânquias<br />

externas. E nestas condições se reproduz normalmente.”<br />

O texto acima diz respeito ao fenômeno denominado:<br />

a) isogamia. b) monospermia. c) neotenia.<br />

d) oogamia. e) esporogamia.<br />

07. Em abelhas, o macho (zangão) desenvolve-se a partir de<br />

óvulos não fecundados (haplóides). As rainhas (fêmeas<br />

férteis) e operárias (fêmeas estéreis) desenvolvem-se a partir<br />

de ovos fecundados e diplóides. Conclui-se daí que:<br />

I. Os zangões não têm filhos do sexo masculino.<br />

II. As filhas de um zangão herdam todos os genes que seu<br />

pai possui.<br />

III. Os zangões não possuem avós paternos.<br />

Assinale a alternativa certa:<br />

a) As conclusões acima estão corretas.<br />

b) As conclusões acima estão incorretas.<br />

c) Apenas as conclusões I e II estão corretas.<br />

d) Apenas as conclusões I e III estão corretas.<br />

e) Apenas as conclusões II e III estão corretas.<br />

08. Desenhos representativos dos sistemas genitais masculino<br />

e feminino.<br />

A opção que contém erro é:<br />

a) Em 2 há<br />

armazenamento de<br />

espermatozóides.<br />

b) 3 e 4 produzem<br />

secreções para o sêmen.<br />

c) 1 e 5 constituem as<br />

gônadas.<br />

d) Em 6 ocorre<br />

fecundação.<br />

e) 7 é constituinte do<br />

canal do parto.<br />

09. Com<br />

relação à<br />

figura<br />

seguinte são<br />

feitas quatro<br />

afirmativas.<br />

Assinale a<br />

opção correta<br />

seguindo o<br />

código<br />

abaixo:<br />

I - A fecundação, na espécie humana, se dá mais<br />

comumente no terço externo de uma das trompas de Falópio.<br />

II - Quando ocorre a penetração do espermatozóide no<br />

gameta feminino, este ainda se encontra na fase de ovócito de<br />

2ª ordem.<br />

III - Na polispermia verifica-se a entrada de vários<br />

espermatozóides no óvulo, justificando a formação de<br />

gêmeos.<br />

IV - A razão do grande número de espermatozóides<br />

eliminados numa ejaculação reside na dificuldade que eles<br />

devem enfrentar até atingir o óvulo.<br />

a) se apenas uma afirmativa está certa<br />

335


) se nenhuma afirmativa está certa<br />

c) se todas as afirmativas estão certas<br />

d) se apenas uma afirmativa está errada<br />

e) se apenas duas afirmativas estão certas<br />

10. Associe as estruturas abaixo relacionadas com a função<br />

realizada por cada uma:<br />

1-túbulos seminíferos<br />

2- epidídimo<br />

3-células intersticiais<br />

do testículo<br />

4- próstata<br />

a) 1, 2, 3, 4<br />

b) 2, 3, 4, 1<br />

c) 3, 4, 1, 2<br />

d) 4, 3, 2, 1<br />

e) 2, 1, 4, 3<br />

( ) local de produção de<br />

espermatozóides<br />

( ) local de armazenamento de<br />

espermatozóides<br />

( ) local de produção do hormônio<br />

sexual masculino<br />

( ) local de produção do esperma<br />

11. O processo de união dos núcleos do óvulo e do<br />

espermatozóide é chamado de:<br />

a) segmentação b) estrobilização c) fecundação<br />

d) nidação e) permutação<br />

12. Desde a sua origem até a fecundação do óvulo, o<br />

espermatozóide humano segue o seguinte trajeto:<br />

a) testículo, epidídimo, canal deferente, uretra, vagina, útero,<br />

trompa de Falópio.<br />

b) testículo, uretra, canal deferente, epidídimo, vagina, útero,<br />

trompa de Falópio.<br />

c) epidídimo, testículo, canal deferente, uretra, útero, vagina,<br />

trompa de Falópio.<br />

d) testículo, próstata, epidídimo, canal deferente, uretra,<br />

vagina, útero, trompa de Falópio, ovário.<br />

e) canal deferente, testículo, epidídimo, uretra, vagina, útero,<br />

ovário.<br />

13. O esperma normal é composto de:<br />

a) espermatozóides unicamente.<br />

b) espermatozóides e líquido seminal.<br />

c) espermatozóides, líquido seminal e líquido prostático.<br />

d) espermatozóides, líquido seminal, plasma e líquido<br />

prostático.<br />

e) espermatozóides, sangue, linfa, líquido seminal e líquido<br />

prostático.<br />

a) da divisão de um óvulo não fecundado.<br />

b) da divisão de um zigoto originado da união de um óvulo<br />

com um espermatozóide.<br />

c) da fertilização de dois óvulos distintos por um só<br />

espermatozóide.<br />

d) da fertilização de dois óvulos por dois espermatozóides<br />

distintos.<br />

e) da fertilização de dois óvulos exatamente iguais por dois<br />

espermatozóides iguais ou diferentes.<br />

15. Uma senhora deu à luz dois gêmeos de sexos diferentes.<br />

O marido, muito curioso, deseja saber algumas informações<br />

sobre o desenvolvimento de seus filhos, a partir da<br />

fecundação. O médico respondeu-lhe, corretamente, que:<br />

a) dois óvulos foram fecundados por um único<br />

espermatozóide.<br />

b) um óvulo, fecundado por um espermatozóide, originou um<br />

zigoto, o qual dividiu-se em dois zigotos, formando dois<br />

embriões.<br />

c) um óvulo foi fecundado por dois espermatozóides,<br />

constituindo dois embriões.<br />

d) dois óvulos, isoladamente, foram fecundados, cada um por<br />

um espermatozóide, originando dois embriões.<br />

e) o uso de medicamentos durante a gestação causou<br />

alterações no zigoto, dividindo-o em dois.<br />

16. Assinale a opção que indica os hormônios que atuam na<br />

liberação do óvulo (ovócito secundário):<br />

a) ocitocina e estradiol<br />

b) estradiol e progesterona.<br />

c) progesterona e folículo estimulante.<br />

d) luteinizante e gonadotrofina.<br />

e) folículo estimulante e luteinizante.<br />

17. Os objetivos de alguns métodos anticoncepcionais são:<br />

I. Impedir que o óvulo alcance a porção superior das<br />

trompas.<br />

II. Impedir que os espermatozóides sejam depositados na<br />

vagina.<br />

III. Impedir que os espermatozóides depositados na vagina<br />

cheguem ao útero.<br />

O uso da camisinha, de diafragma e a ligadura de trompas<br />

atingem, respectivamente, os objetivos:<br />

a) I, II e III. b) I, III e II c) II, I e III<br />

d) II, III e I. e) III, II e I.<br />

14. Os gêmeos monozigóticos ou idênticos originam-se:<br />

336


17. O uso de preservativo masculino ("camisinha") tem sido<br />

amplamente divulgado e estimulado nos <strong>dias</strong> de hoje. Várias<br />

são suas indicações, como:<br />

01. evitar doenças como sífilis e gonorréia.<br />

02. controle de natalidade.<br />

04. bloqueio da produção de gametas masculinos.<br />

08. prevenção da Aids.<br />

16. controle da ovulação.<br />

18. O gráfico a seguir mostra os níveis dos hormônios sexuais<br />

no sangue durante o ciclo menstrual:<br />

e) hormônio folículo-estimulante — estrógeno — hormônio<br />

luteinizante — progesterona.<br />

21. Num ciclo menstrual de 28 <strong>dias</strong>, a ovulação normalmente<br />

ocorre:<br />

a) no primeiro dia da menstruação.<br />

b) ao redor do 14º dia após o início da menstruação.<br />

c) no último dia da menstruação.<br />

d) ao redor do 7º dia após o início da menstruação.<br />

e) ao redor do 28º dia após o início da menstruação.<br />

22. Existem três maneiras de constatar a gravidez:<br />

a) Cite-as.<br />

b) Explique.<br />

23. (UFU) Um dos fatos que agitaram o meio científico em<br />

1995 foi o anúncio feito pelo Laboratório de Fertilização e de<br />

Maturação de Gametas, sediado em Paris, do nascimento do<br />

primeiro bebê, cuja fecundação (ou fertilização) envolveu<br />

uma espermátide, ao invés de um espermatozóide.<br />

E correto afirmar que as espermátides são células<br />

a) observe as curvas dos hormônios e diga, justificando, se<br />

ocorreu ou não fecundação.<br />

b) Onde é produzido cada um dos hormônios gonadotróficos<br />

e esteróides envolvidos no processo<br />

19. Qual dos dois gráficos e os respectivos períodos<br />

representaria uma mulher que toma anticoncepcionais?<br />

Explique.<br />

20. Sabemos que no ciclo ovulatório da mulher há uma<br />

interação entre hormônios da hipófise e hormônios do próprio<br />

folículo ovariano. A hipófise inicialmente produz o hormônio<br />

A que estimula a produção do hormônio B pelo folículo.<br />

Após a ovulação, forma-se o corpo lúteo por estímulo do<br />

hormônio C da hipófise. O corpo lúteo secreta, então, o<br />

hormônio D. Os hormônios A, B, C e D são respectivamente:<br />

a) progesterona — hormônio folículo-estimulante —<br />

hormônio luteinizante — estrógeno.<br />

b) hormônio folículo-estimulante — progesterona —<br />

estrógeno — hormônio luteinizante.<br />

c) estrógeno — progesterona — hormônio folículoestimulante<br />

— hormônio luteinizante.<br />

d) hormônio folículo-estimulante — estrógeno —<br />

progesterona — hormônio luteinizante.<br />

A) diplóides (2n) que estão presentes desde muito cedo no<br />

indivíduo.<br />

B) produzidas por mitose, a partir das espermatogônias (2n).<br />

C) resultantes da divisão I da meiose, a partir de<br />

espermatócitos primários (2n).<br />

D)c haplóides (n) que se transformam em espermatozóides,<br />

por diferenciação celular.<br />

E) haplóides (n) desenvolvidas in vitro, a partir de<br />

espermatozóides.<br />

24. (UFV) Distinguem-se dois tipos fundamentais de<br />

gêmeos: os univitelinos ou monozigóticos e os bivitelinos ou<br />

dizigóticos. Os primeiros são habitualmente chamados<br />

"gêmeos verdadeiros" e os últimos "gêmeos fraternos".<br />

Com relação a esses dois tipos de gêmeos, analise as<br />

afirmativas abaixo:<br />

I- O desenvolvimento de "gêmeos verdadeiros" ocorre a<br />

partir da fecundação de dois óvulos em um mesmo ciclo<br />

ovariano.<br />

II- "Gêmeos fraternos" possuem características hereditárias<br />

tão diferentes entre si quanto irmãos nascidos em épocas<br />

diferentes. III- A formação de "gêmeos verdadeiros" pode<br />

ser decorrente de uma divisão inicial dos blastômeros, ou de<br />

uma divisão do embrioblasto.<br />

Assinale a opção CORRETA:<br />

a) Somente II e III são verdadeiras.<br />

337


) Somente I e II são verdadeiras.<br />

c) Somente I e III são verdadeiras.<br />

d) Somente uma é verdadeira.<br />

e) Todas são verdadeiras.<br />

25. (EFOA) Com relação ao esquema<br />

de parte do aparelho reprodutor<br />

humano (I, II e III), representado<br />

abaixo, assinale a alternativa<br />

CORRETA:<br />

a) Os espermatozóides são produzidos<br />

em II.<br />

b) Os túbulos seminíferos percorrem a<br />

estrutura indicada por I.<br />

c) A liberação dos espermatozóides<br />

ocorre na seqüência II, III e I.<br />

d) O epidídimo está representado por III.<br />

e) As células de Sertoli encontram-se em III.<br />

26.UFMG-2001 Diferentes métodos de controle de<br />

natalidade têm sido usados pela população.<br />

I. H1 é o FSH e estimula a maturação do folículo.<br />

II. A é a progesterona e B o estrogênio.<br />

III. Quando A e B diminuem, inibe-se a produção de H1.<br />

IV. Durante a gravidez, A e B mantém integro o endométrio.<br />

Analisando as afirmativas acima, podemos dizer que estão<br />

corretas apenas<br />

a) I e II b) II e III c) III e IV d) I e III e) I e IV<br />

28. UNIMONTES-96 Nos ovos humanos, e mesmo nos de<br />

outros mamíferos, pode ocorrer um tipo de reprodução capaz<br />

de originar gêmeos univitelinos que, permanecendo unidos,<br />

são chamados de siameses. Esse tipo de reprodução, que<br />

origina organismos a partir de um único ovo com patrimônio<br />

genético idêntico, denomina-se:<br />

a) poliembrionia.<br />

b) partenogênese.<br />

c) fecundação.<br />

d) cissiparidade.<br />

e) neotenia.<br />

Um desses métodos está ilustrado nesta figura:<br />

Considerando-se a utilização desse método, é CORRETO<br />

afirmar que ele pode implicar<br />

A) a inibição das glândulas que produzem sêmen.<br />

B) a manutenção de espermatogônias.<br />

C) a redução da libido.<br />

D) o aumento da produção de testosterona.<br />

27. CEFET-MG/92 De acordo com o esquema hormonal do<br />

ciclo menstrual acima, são feitas as seguintes afirmativas:<br />

29. (FCMMG) Gêmeos (25-<br />

05 a 20-06) – Regido por<br />

Mercúrio, patrono da alquimia<br />

da feitiçaria é o signo do alegre<br />

brincalhão , da dualidade da<br />

parceria – o médico que<br />

trabalha em equipe - do que<br />

gosta de manter-se atualizado e<br />

que gosta de aprender.<br />

Sabendo-se que os gêmeos monozigóticos ou univitelinos se<br />

originam de um mesmo ovo e observando-se o esquema<br />

abaixo, NÃO podemos afirmar que<br />

338


contrações da musculatura uterina (cólicas)<br />

concomitantemente ao ato de amamentar. Isso ocorre porque<br />

a massagem do mamilo da mama pela sucção estimula a<br />

liberação de<br />

a) Gêmeos monozigóticos só possuem uma placenta.<br />

b) Existem diferentes formas de gemelaridade que levam à<br />

formação de gêmeos monozigóticos.<br />

c) As diferenças fenotípicas entre dois monozigóticos devemse<br />

ao meio ambiente, pois eles possuem os mesmos tipos de<br />

genes.<br />

d) Monozigóticos monoamnióticos geralmente têm os<br />

cordões umbilicais entrelaçados, constituindo um risco<br />

durante o parto.<br />

e) Os pares de gêmeos monozigóticos, cromossomicamente<br />

normais, são sempre do mesmo sexo.<br />

30. (FCMMG) Virgem<br />

(23-08 a 22-09) - Regido<br />

por Mercúrio - é o signo<br />

daqueles que têm poder de<br />

concentração, de paciência<br />

e de cura; do equilíbrio<br />

entre a mente e o corpo.<br />

A constelação de Virgem<br />

corresponde a uma jovem que, supostamente, ainda não teve<br />

relações sexuais e que mantém íntegro o hímen na entrada da<br />

câmara vaginal.<br />

A vagina é o órgão de cópula da mulher e onde são despejados<br />

os espermatozóides. É sabida que o ambiente vaginal é<br />

adverso para os espermatozóides. Essa adversidade está<br />

relacionada com<br />

a) A flora bacteriana, que agride os espermatozóides e<br />

compete metabolicamente.<br />

b) O pH ácido, promovido pela flora bacteriana que<br />

metaboliza glicogênio libera ácidos.<br />

c) A elevada temperatura vaginal que inibe a movimentação<br />

flagelar.<br />

d) A secreção das glândulas da parede vaginal, que<br />

dificultam a passagem dos espermatozóides para o útero.<br />

e) Os hormônios femininos, que são produzidos durante o<br />

ciclo menstrual! e desativam os espermatozóides.<br />

31.( FCMMG) Quando uma mulher que deu à luz<br />

recentemente está amamentando, costuma ter também<br />

A) Oxitocina, pela neuro-hipófise e que vai agir tanto nas<br />

células mio-epiteliais da glândula mamária quanto no<br />

miométrio.<br />

B) Estrógeno, pelos folículos ovarianos que irão fazer crescer<br />

a mama e hipertrofia a musculatura uterina.<br />

c) Hormônio folículo-estimulante que deverá reiniciar os<br />

ciclos menstruais e contrair o corpo do útero.<br />

D) Progesterona, pelo corpo lúteo residual que aumenta a<br />

produção de leite e reforça o estímulo para contração<br />

muscular.<br />

E) Histamina, que dilata os ductos da glândula mamária e<br />

contrai os miócitos do útero.<br />

31. (EFOA) Os processos de formação dos gametas<br />

masculinos e femininos são denominados espermatogênese e<br />

ovogênese, respectivamente. Sobre estes processos é<br />

INCORRETO afirmar que:<br />

a) a espermiogênese é o processo de transformação das<br />

espermátides em espermatozóides.<br />

b) na fase de crescimento, as ovogônias aumentam em<br />

número por sucessivas divisões meióticas.<br />

c) o número de gametas viáveis resultantes da<br />

espermatogênese é maior que o da ovogênese.<br />

d) durante a gametogênese ocorre um processo reducional do<br />

número de cromossomos.<br />

e) as espermatogônias e os espermatócitos primários possuem<br />

o mesmo número de cromossomos.<br />

32. (UNIOMONTES) Dados estatísticos revelam que certas<br />

mulheres apresentam uma tendência familiar para a<br />

gemelaridade. A idade materna contribui para aumentar essa<br />

incidência, principalmente, dos gêmeos dizigóticos.<br />

O estudo dos gêmeos é de grande importância porque:<br />

A) é possível diferenciar os monozigóticos dos dizigóticos<br />

pela análise dos anexos embrionários.<br />

B) os gêmeos dizigóticos têm patrimônio genético diferente.<br />

C) os gêmeos monozigóticos sempre apresentarão o mesmo<br />

sexo.<br />

D) os gêmeos são resultantes de um processo de<br />

poliembrionia.<br />

E) pode-se, através deles, determinar as causas genética de<br />

certas características físicas ou mentais.<br />

33. DIAMANTINA Sabendo-se que o zangão não tem pai, é<br />

CORRETO afirmar que ele:<br />

a) Forma 50% dos espermatozóides X e 50% Y.<br />

339


) Produz espermatozóides por meiose.<br />

c) Possui células com cromossomos homólogos.<br />

d) Pode transmitir genes letais recessivos para sua prole.<br />

e) Mesmo não tendo pai, poderá ter várias filhas.<br />

34. (DIAMANTINA) Em relação aos processos<br />

apresentados abaixo, é CORRETO afirmar:<br />

sexualmente completas.<br />

(d) Desenvolvimento de óvulos a partir<br />

de larvas não-fecundadas.<br />

Procure encontrar na coluna 2 os conceitos que correspondem<br />

a coluna 1 e assinale a alternativa contendo a correlação<br />

verdadeira.<br />

A) I-a, II-b. III-d .<br />

B) I-c, II-b III-a<br />

C) I-c. II-d. III-a<br />

D) I-d, II-c, III-a<br />

E) I-a, II-c, III- d<br />

36. UFU-98 A natureza produz clones desde o início da vida<br />

na Terra. Algumas espécies de tatu representam um exemplo<br />

de mamífero que se reproduz por clonagem. Em cada<br />

gravidez a fêmea é capaz de produzir de quatro a doze filhotes<br />

geneticamente idênticos.<br />

De acordo com o texto, analise as afirmativas abaixo.<br />

a) I, II e III ocorrem nos túbulos seminíferos, sendo I uma<br />

mitose e II e III , uma meiose.<br />

b) IV ocorre no ovário, sendo um processo que se inicia na<br />

puberdade.<br />

c) VII ocorre na tuba uterina, sendo que a seguir ocorrerão<br />

sucessivas divisões equacionais.<br />

d) VIII ocorre no útero e inclui, sequencialmente, os<br />

processos de gástrula, blástula e organogênese.<br />

e) V inicia antes do nascimento originando no ovário fetal<br />

duas células filhas.<br />

35( Int. MINAS) Seguem-se duas colunas a COLUNA 1,<br />

contendo formas de processos reprodutivos encontrados no<br />

mundo animal e a COLUNA 2, contendo conceitos de varias<br />

formas de processos reprodutivos. .<br />

COLUNA 1 COLUNA 2<br />

I- Neotenia (a) Desenvolvimento da célula sexual<br />

feminina, normalmente haplóide,<br />

sem a participação de célula sexual<br />

masculina.<br />

II- Pedogênese<br />

(b) Desenvolvimento com<br />

Alternância obrigatória entre<br />

Reprodução sexuada<br />

e assexuada no ciclo de vida<br />

de certos organismos.<br />

I- Os filhotes formam-se a partir de bipartições, com<br />

posterior separação, de uma única célula ovo, dando<br />

indivíduos idênticos.<br />

II- Podemos dizer que esta é uma forma assexuada de<br />

reprodução conhecida como partenogênese.<br />

III- Os filhotes. conhecidos como gêmeos dizigóticos.<br />

formam-se a partir da fecundação de diversos ovócitos.<br />

Assinale a alternativa correta.<br />

A) I é correta.<br />

B) II é correta.<br />

C) III é correta.<br />

D) I e II são corretas.<br />

E) II e III são corretas.<br />

37. (UFOP) A formação de dois blastômeros iniciais,<br />

posteriormente à formação do zigoto, corresponde ao<br />

seguinte fenômeno:<br />

A) Diferenciação celular.<br />

B) Separação do celoma em dois.<br />

C) União do espermatozóide com o óvulo.<br />

D) Uma divisão meiótica.<br />

E) Uma divisão mitótica.<br />

38. Os animais citados nos grupos 1, 2 e 3 apresentam pêlos<br />

e alimentam seus filhotes com leite.<br />

III- Metagênese<br />

(c) Desenvolvimento de zigoto<br />

formado pela união<br />

de gametas produzidos por larvas<br />

340


Das características abaixo relacionadas, assinale a que é<br />

comum aos grupos 1, 2 e 3.<br />

A) Marsúpio. B) homeotermia.<br />

C) Oviparidade. D) Placenta.<br />

39 .Unimontes -2000 Em todos os organismos<br />

multicelulares, o desenvolvimento do zigoto consiste de<br />

sucessivas divisões mitóticas, que originarão o embrião.<br />

À medida que as mitoses vão ocorrendo, ao longo do<br />

desenvolvimento embrionário, grupos de células se<br />

especializam para o desempenho das variadas funções que o<br />

corpo deverá realizar.<br />

Sobre esse processo de formação dos seres vivos<br />

multicelulares, analise os itens abaixo.<br />

I - A multiplicação celular inicia-se após a fecundação.<br />

II - As células iniciais do embrião são chamadas<br />

blastômeros.<br />

III- Durante a blastulação, formam-se os primeiros tecidos<br />

embrionários.<br />

IV- Na fase de gastrulação, forma-se uma nova cavidade, o<br />

arquênteron ou gastrocela.<br />

São CORRETAS, apenas,<br />

A) III e IV B) III e IV C) I,II e III D) I e III<br />

40. (UFU) Em relação aos diversos tipos de ovos que ocorrem<br />

em vertebrados (aquáticos, terrestres e uterinos), é<br />

INCORRETO afirmar<br />

A) Dos peixes aos mamíferos, o processo reprodutivo<br />

evoluiu, favorecendo maior proteção ao ovo e ao embrião.<br />

B) Para vertebrados com ovos terrestres, a fecundação é<br />

facultativa.<br />

C) Para a maioria dos mamíferos, a proteção ao ovo é<br />

máxima, pois o corpo materno substitui sua casca.<br />

D) A ocorrência de ovos terrestres em répteis e aves só foi<br />

possível em virtude do aparecimento de casca protetora<br />

contra dessecação.<br />

41. (FCMMG) Com relação à Vasectomia e à Laqueadura<br />

Tubária, podemos afirmar corretamente que o objetivo<br />

primordial desses procedimentos é:<br />

A) Bloquear a passagem de hormônios pra os testículos e<br />

ovários, impedindo a formação de gametas.<br />

B) Impedir que os espermatozóides cheguem ao epidídimo,<br />

no primeiro caso.<br />

C) Impedir que o óvulo chegue ao útero, no secundo caso.<br />

D) Impedir a fecundação.<br />

42. (UFF) No esquema abaixo, os números 1, 2, 3 e 4 indicam<br />

os períodos da gametogênese.<br />

Numere, no quadro a seguir, a coluna da direita de acordo<br />

com a da esquerda, relacionando o número indicado no<br />

esquema à respectiva descrição do período da gametogênese.<br />

( ) Divisões celulares que<br />

duram quase toda a vida<br />

com produção permanente<br />

de novas espermatogônias.<br />

( ) Cada espermátide sofre<br />

modificações e dá origem ao<br />

gameta masculino.<br />

( ) Cada espermatogônia se<br />

modifica para originar os<br />

espermatócitos<br />

primários.<br />

( ) Após a primeira divisão<br />

meiótica,<br />

cada<br />

espermatócito I dá origem<br />

ao espermatócito II que, em<br />

seguida, sofre a meiose II<br />

dando origem às espermátides.<br />

Assinale a opção que apresenta a seqüência<br />

correta da numeração.<br />

(A) 1, 2, 3, 4<br />

(B) 3, 4, 1, 2<br />

(C) 1, 4, 2, 3<br />

(D) 4, 1, 2, 3<br />

(E) 2, 1, 4, 3<br />

43. (CESGRANRIO) Sabe-se que a seqüência da<br />

espermatogênese é a seguinte: espermatogônia <br />

341


espermatócito I espermatócito II espermátide <br />

espermatozóide.<br />

Pergunta-se quantos espermatozóides serão produzidos,<br />

respectivamente, a partir de 100 espermátides e 100<br />

espermatócitos I.<br />

a) 400 e 400<br />

b) 400 e 100<br />

c) 100 e 800<br />

d) 200 e 400<br />

e) 100 e 400<br />

44.(PUC-PR) Analise as<br />

afirmações relacionadas à meiose<br />

durante a ovulogênese:<br />

I. Ocorrem as seguintes fases<br />

auxiliares durante a Prófase I:<br />

Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno,<br />

Diplóteno e Diacinese.<br />

II. Na anáfase I dá-se o<br />

estrangulamento do citoplasma e a<br />

formação<br />

da carioteca em torno dos cromossomos.<br />

III. No final da Telófase I resultam duas células morfológica<br />

e geneticamente idênticas.<br />

IV. Intercinese é uma fase de curta duração a partir da qual<br />

começa uma segunda divisão celular, que faz parte do<br />

processo de divisão meiótica.<br />

V. Ao final do processo mitótico, formam-se quatro células<br />

haplóides férteis.<br />

São verdadeiras:<br />

a) apenas I, II e IV;<br />

b) apenas II, III e V;<br />

c) apenas I e V;<br />

d) apenas I e IV;<br />

e) I, II, III, IV e V.<br />

45. São verdadeiras as afirmativas:<br />

(01) O processo A, após a fecundação, garante a produção de<br />

células estruturais que formarão o corpo do dos seres vivos.<br />

(02) A célula que entra em divisão, no processo A, é do tipo<br />

germinativa.<br />

(04) Em I a quantidade de DNA é duplicada.<br />

(08) Em II representa uma divisão equacional.<br />

(16) III são células geneticamente diferente da célula mãe.<br />

(32) O processo A é responsável pelo crescimento e<br />

regeneração.<br />

(64) O descontrole do processo B caracteriza o câncer.<br />

46. Sobre o processo B é correto afirmar:<br />

(01) IV equivale a I do processo A.<br />

(02) VI apesar de serem células haplóides, apresentam a<br />

mesma quantidade de DNA da célula que entrou em divisão.<br />

(04) VIII são gametas.<br />

(08) A célula que entrou em divisão é do mesmo tipo que<br />

sofreu o processo A.<br />

(16) A divisão V é do tipo reducional.<br />

(32) Representa a mitose.<br />

(64) Não ocorre nos vegetais.<br />

Questões 47 e 48 (Ecmal-2002/Consultec)<br />

A figura esquematiza a formação de gametas masculinos na<br />

espécie humana, com representação de apenas dois dos vinte<br />

e três pares de cromossomos próprios da espécie.<br />

QUESTÕES 45 E 46<br />

Considere os esquemas abaixo:<br />

342


47. Sobre os processos de divisão celular envolvidos na<br />

formação dos espermatozóides, pode-se afirmar:<br />

01) Divisões mitóticas produzem as espermátides a partir dos<br />

espermatócitos de primeira ordem.<br />

02) Espermatogônias sofrem a primeira divisão meiótica,<br />

resultando em células haplóides maduras.<br />

03) A meiose equacional segrega as cromátides-irmãs dos<br />

cromossomos duplicados.<br />

04) A meiose reducional mantém constante o número de<br />

cromossomos característico da espécie nas células-filha.<br />

05) Mitose e meiose se alternam ao longo da seqüência de<br />

eventos que levam à formação dos gametas<br />

48. Do ponto de vista genético, a formação de gametas:<br />

01) resulta em variabilidade pela segregação aleatória dos<br />

homólogos e pela permuta.<br />

02) possibilita a criação de novas características pela<br />

ocorrência constante de mutações durante o processo.<br />

03) garante a manutenção integral das características de um<br />

dos parentais em indivíduos da prole.<br />

04) distribui, de modo equitativo, as informações de origem<br />

materna e materna para todos os gametas.<br />

05) permite a manutenção de características desejáveis e a<br />

eliminação de genes deletérios.<br />

343


HISTOLOGIA ANIMAL<br />

Histologia é o campo da biologia que estuda os tecidos.<br />

Tecidos são conjuntos de células semelhantes em forma,<br />

função e origem embrionária.<br />

Tecidos - Classificação geral:<br />

Em geral, os tecidos epiteliais são classificados sob<br />

três s critérios fundamentais: forma das células, o número<br />

de camada e a função.<br />

Em função da forma das células encontramos os<br />

tecidos pavimentoso, cilíndrico ou prismático e o cúbico. O<br />

tecido do tipo pavimentoso apresenta células achatadas –<br />

predomina a largura sobre a altura (epiderme). No cilíndrico<br />

ou prismático (intestino) as células são alongadas. O<br />

epitélio cúbico as células apresentam dimensões<br />

equivalentes entre largura e comprimento (bexiga).<br />

Quanto ao número de camadas os tecidos epiteliais são<br />

classificados em simples, estratificado, misto ou de<br />

transição e pseudoestratificado ciliado.<br />

O tecido epitelial simples apresenta uma única<br />

camada de células. É ideal para atividade de trocas e<br />

absorção. Ex.: alvéolos pulmonares, cápsula de Bowmann<br />

e endotélio.<br />

344<br />

Origem - Os tecidos formam-se a partir das células<br />

totipotentes do embrião que, ao passarem por processos<br />

específicos de diferenciação, originam os folhetos<br />

embrionários (endoderma, mesoderma e ectoderma) de<br />

cujas especializações resultam os tecidos permanentes.<br />

TECIDO EPITELIAL<br />

O tecido epitelial tem origem nos três folhetos<br />

embrionários, apresenta baixo grau de especialização e,<br />

portanto grande capacidade de regeneração. Trata-se de um<br />

tecido de baixa atividade metabólica, dispensando assim a<br />

presença de vasos sanguíneos - sua nutrição se dá por<br />

difusão de nutrientes a do tecido conjuntivo subjacente.<br />

Suas células são justapostas (bastante próximas), fato que<br />

justifica a ausência de substância intercelular ou intersticial.<br />

O tecido epitelial estrutura-se a partir de uma lâmina de<br />

glicoproteínas e fibras protéicas reticulares denominadas de<br />

lâmina ou camada basal, limítrofe com o tecido conjuntivo.<br />

Acima dessa camada dispõem-se as células. Esse arranjo<br />

confere ao tecido uma nítida polarização: face celular (livre)<br />

– camada basal.<br />

A depender do tipo de atividade desempenhada, suas<br />

células apresentam estruturas especializadas em diversas<br />

funções: aderência; desmossomos e interdigitações,<br />

absorção; microvilosidades, reconhecimento; glicocálix<br />

etc. Tem ampla distribuição no organismo por ser um tecido<br />

predominantemente de revestimento, não obstante seu<br />

papel sensorial, de secreção e absorção.<br />

Classificação<br />

Os epitélios estratificados são<br />

constituídos de diversos estratos ou<br />

camadas de células. Estão<br />

adaptados aos diversos tipos de<br />

proteção em regiões sujeitas a atrito<br />

e desgaste. Em alguns tipos de<br />

epiderme apresenta acúmulo de<br />

uma proteína impermeabilizante - a<br />

queratina. Ex.: epiderme<br />

Epitélio pseudoestratificado<br />

ciliado é típico das vias<br />

respiratórias (traquéia e<br />

brônquios). O fato de suas células<br />

apresentarem tamanhos distintos<br />

confere-lhe o falso aspecto de estratificação, no entanto,<br />

trata-se de um tecido simples. Apresenta na sua face<br />

luminal, cílios e um muco glicoprotéico cuja função é reter<br />

partículas de impurezas. É a ação desses cílios e muco que<br />

promove o escarro.


No tecido misto ou de transição observa-se diversas<br />

camadas cujas células mudam de forma quando submetidas<br />

a pressões. Portanto, órgãos propensos a mudanças de<br />

formas são ricos em tecido epitelial de transição. Ex.:<br />

bexiga, ductos biliares.<br />

De acordo com a atividade do tecido epitelial<br />

identificamos três especializações fundamentais:<br />

revestimento e proteção, sensorial, absorção e secreção.<br />

Revestimento e proteção é a atividade fundamental<br />

que caracteriza os tecidos epiteliais. Assim, toda e qualquer<br />

estrutura interna ou externa dos animais apresentam<br />

revestimento epitelial com suas diversas adaptações.<br />

Quando um tecido epitelial tem capacidade de captar e ou<br />

perceber estímulos, dizemos que se trata de um tecido<br />

epitelial de revestimento sensorial. Por outro lado, muitos<br />

de nossos órgãos apresentam a capacidade de absorção de<br />

substâncias e, em alguns casos, desenvolvem estruturas que<br />

aumentam a superfície celular –microvilosidades - com o<br />

propósito de potencializar essa atividade, é o caso das<br />

vilosidades intestinais. Diversos epitélios com capacidade<br />

absortiva são simplesmente denominados de mucosas.<br />

Denominamos nesses casos tecidos epiteliais de<br />

revestimento e absorção. Quando, no entanto, mucosas<br />

liberam substâncias por elas produzidas ou armazenadas,<br />

falamos em tecidos epiteliais de revestimento e secreção.<br />

Existem órgãos, formados a partir do tecido epiteliais,<br />

especializados em produzir e liberar substâncias, quer sejam<br />

úteis ou que precisam ser eliminadas. Tais órgãos são<br />

denominados de glândulas e podem ser classificadas em<br />

glândulas: endócrinas, exócrinas e anficrinas ou mistas.<br />

Glândulas endócrinas são assim denominadas em<br />

função de que o destino de sua secreção ser a corrente<br />

sanguínea. Ex.: hipófise, tireóide, adrenais etc. Quando a<br />

secreção é lançada fora da corrente sanguínea a glândula é<br />

dita exócrina. Ex.: mamárias, salivares, sebáceas. Existem,<br />

no entanto, glândulas que realizam os dois tipos de<br />

secreções – são as glândulas anficrinas ou mistas. Ex.:<br />

pâncreas, testículos e ovários.<br />

Exercícios<br />

01. (UFSC) No esquema abaixo<br />

que representa a visão ao<br />

microscópio de um corte<br />

histológico.<br />

O tecido indicado pela seta é:<br />

a) epitelial simples, pavimentoso, com função de evitar a<br />

perda de água por evaporação,<br />

b) conjuntivo propriamente dito, com função de<br />

preenchimento e ligação.<br />

c) epitelial, pseudo-estratificado, com função protetora.<br />

d) epitelial simples, pavimentoso, com função de absorção.<br />

e) onjuntivo propriamente dito, com função de revestimento<br />

e proteção.<br />

02. (UFSC) Os tecidos epiteliais de revestimento têm em<br />

comum o fato de estarem apoiados em tecido conjuntivo e<br />

apresentarem reduzida espessura, mesmo nas modalidades<br />

constituídas por várias camadas de células.<br />

Tais características estão justificadas num dos itens abaixo.<br />

Assinale-a.<br />

a) Presença de queratina que impermeabiliza as células,<br />

ficando o tecido conjuntivo responsável pela sustentação do<br />

epitélio.<br />

b) Ausência de vasos sanguíneos, que resulta em nutrição<br />

obrigatória por difusão a partir do tecido conjuntivo<br />

subjacente.<br />

c) Como a função desses epitélios é meramente revestidora,<br />

não há razão para que sejam muito espessos.<br />

d) Como servem ai funções do tipo impermeabilização e<br />

absorção, grandes espessuras seriam desvantajosas.<br />

e) A rede de vasos capilares que irriga abundantemente<br />

esses epitélios torna desnecessárias grandes espessuras,<br />

abastecendo ainda, por difusão, o tecido conjuntivo<br />

subjacente.<br />

03. (UNA-MG) A respeito do tecido epitelial, é correto<br />

afirmar:<br />

1. origina-se, embriologicamente, do ectoderma,<br />

endoderma e mesoderma.<br />

2. pode apresentar mais de uma camada de células.<br />

3. nutre-se às custas do processo de difusão.<br />

4. pode-se aprofundar no tecido conjuntivo subjacente,<br />

constituindo as glândulas.<br />

5. é classificado de acordo com o número de camadas e a<br />

morfologia de suas células.<br />

a) se todas as afirmativas forem falsas.<br />

b) se apenas 2 e 4 forem afirmativas verdadeiras.<br />

c) se todas as afirmativas forem verdadeiras.<br />

d) se apenas 1, 2 e 3 forem afirmativas verdadeiras.<br />

e) se apenas 1 e 4 forem afirmativas verdadeiras.<br />

04. (PUC-RJ) Marque a afirmativa incorreta:<br />

a) O tecido epitelial de revestimento caracteriza-se por<br />

apresentar células justapostas com muito pouco material<br />

intercelular.<br />

b) As principais funções do tecido epitelial são:<br />

revestimento, absorção e secreção.<br />

c) Na pele e nas mucosas encontramos epitélios de<br />

revestimento.<br />

d) A camada de revestimento interno dos vasos sangüíneos<br />

é chamada endotélio.<br />

e) Os epitélios são ricamente vascularizados no meio da<br />

substância intercelular,<br />

05. (FUC-MT) As células que se encarregam do processo<br />

de absorção em alto grau, no intestino, apresentam<br />

modificações especiais em sua membrana plasmática<br />

voltada para a cavidade do órgão. Essas modificações são<br />

chamadas:<br />

a) microssomos.<br />

b) microdesmos.<br />

c) micirovilosidades.<br />

345


d) cílios.<br />

e) flagelos.<br />

06. (FMIt-MG) O epitélio da traquéia é:<br />

a) simples pavimentoso.<br />

b) simples de borda estriada.<br />

c) pseudo-estratificado ciliado.<br />

d) estratificado cilíndrico.<br />

e) estratificado pavimentoso queratinizado.<br />

07. (Unirio-RJ) O esquema<br />

abaixo representa os cortes<br />

transversais de urna glândula<br />

exócrina e outra endócrina:<br />

Assinale a alternativa cuja numeração indica duto e o<br />

capilar sanguíneo, respectivamente:<br />

a) 2-3.<br />

b) 1-4.<br />

c) 1-5.<br />

d) 3-4.<br />

e) 2-5.<br />

08. (EFOA-MG) Nos vertebrados terrestres, aparece, na<br />

superfície da epiderme, uma camada córnea formada por<br />

uma proteína impermeabilizante chamada:<br />

a) muco.<br />

b) cromatóforos.<br />

c) queratina.<br />

d) melanina.<br />

e) clorofila.<br />

09. (UFLA-2013) Apresentam-se a seguir quatro<br />

afirmações relativas ao tecido epitelial. Marque-as com<br />

verdadeira (V) ou com falsa (F) e assinale a alternativa que<br />

indica a sequência CORRETA.<br />

( ) O tecido epitelial de revestimento é encontrado nas<br />

superfícies corporal e interna de órgãos cavitários e<br />

tubulares.<br />

( ) Os epitélios de revestimento apresentam intensa<br />

vascularização na matriz extracelular.<br />

( ) Os cílios são estruturas móveis presentes em algumas<br />

células epiteliais para aumentar a eficiência absortiva.<br />

( ) Células epiteliais de revestimento são ricas em junções<br />

celulares que visam a mantê-las unidas.<br />

produzir exclusivamente substâncias que serão liberadas no<br />

sangue pode ser exemplificada pela (______________) e o<br />

produto de sua secreção é denominado de<br />

(___________________). O segundo tipo, por liberar<br />

substâncias em cavidades do corpo ou fora dele, pode ser<br />

representado pela (______________________) ; o terceiro<br />

tipo realiza os dois tipos de secreção e pode ser representado<br />

pelo (________).<br />

11. O endotélio é epitélio:<br />

a) estratificado, que circunda os capilares<br />

b) simples, que reveste órgãos internos<br />

c) cúbico, que reveste órgãos internos, especialmente<br />

vasos sanguíneos<br />

d) simples, que forma a parede dos capilares<br />

e) simples, de células pavimentosas, que reveste os capilares.<br />

12. Nos epitélios estratificados, há:<br />

a) apenas células vivas<br />

b) apenas células mortas<br />

c) sempre, células vivas e mortas<br />

d) geralmente células vivas e mortas<br />

e) sempre células secretoras na camada superficial.<br />

13. Células justapostas, achatadas, de diâmetro variável,<br />

ficando mais espessas na região do núcleo são encontradas<br />

nos:<br />

a) epitélios ciliados<br />

b) epitélios pseudoestratificados<br />

c) epitélios pavimentosos<br />

d) endotélios<br />

e) epitélios de transição<br />

TECIDO CONJUNTIVO<br />

O tecido conjuntivo recebe essa designação pelo fato<br />

de referir-se a um conjunto de tecidos que apresenta em<br />

comum uma substância matriz estrutural denominada de<br />

substância fundamental. Esse componente é a substância<br />

intersticial cuja abundância é a sua característica principal.<br />

É de origem mesodérmica.<br />

346<br />

(A) F – V – V – V<br />

(B) V – F – F – V<br />

(C) F – V – V – F<br />

(D) V – F – F – F<br />

10. Complete corretamente os espaços no texto abaixo:<br />

“O tecido epitelial de secreção especializou-se no sentido<br />

de produzir (______________). Estes órgãos são<br />

classificados, de acordo com a secreção em (___________),<br />

(____________) e (_____________). O primeiro tipo, por


A substância matriz ou fundamental é constituída de<br />

uma gelatina de glicoproteínas onde estão dispersas<br />

diversas fibras protéicas (elásticas e colágenas) e uma<br />

grande variedade de tipos celulares. Esse conjunto de<br />

estruturas e substâncias confere ao tecido conjuntivo um<br />

aspecto gelatinoso, macio e moldável, fato que caracteriza<br />

o tecido conjuntivo propriamente dito - TCPD.<br />

O tecido conjuntivo é ricamente vascularizado, fato que<br />

atende a uma considerável atividade metabólica uma vez<br />

que desempenha grande diversidade de funções, a saber:<br />

- participar de processo de defesa e regeneração.<br />

- promover a conexão entre os diversos tecidos e órgãos.<br />

- armazenar e transportar substâncias.<br />

- preenchimento.<br />

- sustentação e articulação.<br />

- nutrição.<br />

Tipos celulares<br />

Fibroblastos células especializadas na produção das fibras<br />

protéicas (colágeno e elastina) para a matriz fundamental.<br />

Hemocitoblastos células localizadas na medula óssea<br />

vermelha. São responsáveis pela formação de células para<br />

o sangue.<br />

Mastócitos células brancas responsáveis pela produção de<br />

histamina e heparina, respectivamente vaso dilatadora e<br />

anticoagulante.<br />

Plasmócitos leucócitos basófilo produtor de anticorpos.<br />

Linfócitos produção de anticorpos<br />

Macrófagos leucócitos especializado em realizar<br />

fagocitose de antígenos e parasitas<br />

Melanócitos especializadas na produção de melanina –<br />

substância que confere pigmentação da pele.<br />

Mesenquimáticas células indiferenciadas, pluripotentes<br />

que dá origem a diversos tipos celulares do tecido<br />

conjuntivo.<br />

Adipócitos células que armazenam gordura.<br />

Sua diversidade celular possibilitou uma grande<br />

diversidade de tipos histológicos que são classificados com<br />

base na proporção dos seus constituintes – matriz<br />

fundamental, fibras e células.<br />

TECIDO CONJUNTIVO TIPOS<br />

Tecido conjuntivo frouxo apresenta distribuição<br />

homogênea dos seus diversos componentes configurandose<br />

como um tecido macio e moldável importante no<br />

preenchimento entre os feixes musculares e entre os ossos<br />

e músculos.<br />

Tecido conjuntivo denso sua denominação decorre da<br />

predominância de fibras na sua matriz fundamental e tendo<br />

como principal tipo celular - o fibroblasto. Essa riqueza em<br />

fibra confere-lhe uma grande resistência a trações. Quando<br />

essas fibras não obedecendo a nenhuma orientação ou<br />

padrão de organização, o tecido é do tipo denso não<br />

modelado ou fibroso. Esse tecido é responsável pela<br />

formação de cápsulas fibrosas de proteção de diversos<br />

órgãos tais como rins, fígado, baço etc. É o tecido<br />

conjuntivo fibroso, com suas fibras colágenas que, quando<br />

curtidas, origina o couro. O tecido denso modelado<br />

apresenta grande quantidade de fibras colágenas orientadas<br />

paralelamente, fato que justifica a sua denominação de<br />

modelado. Esse arranjo de fibras forma as estruturas que<br />

ligam os músculos aos ossos – os tendões – sendo assim<br />

denominado de tecido tendinoso.<br />

Tecido mesenquimático refere-se ao conjunto de células<br />

indiferenciadas que pode dar origem aos diversos tipos de<br />

células do tecido conjuntivo. Suas células são do tipo<br />

pluripotentes.<br />

Tecido adiposo é formado pelo aglomerado de células<br />

adiposas ou adipócitos. Esse tecido protege o organismo<br />

contra choques mecânicos sendo importante isolante<br />

térmico, contribuindo com a regulação da temperatura do<br />

corpo. O tecido adiposo é, sobretudo, um tecido de reserva<br />

energética.<br />

Tecido hemocitopoiético é responsável pela formação de<br />

células para o sangue. O linfóide fornece linfócitos<br />

enquanto o mielóide abastece o sangue com demais<br />

leucócitos e hemácias.<br />

Tecido pigmentar é rico em um tipo especial de células -<br />

os melanócitos – responsáveis pela pigmentação dos pelos,<br />

pele e íris do olho.<br />

Exercícios<br />

347


01. (UFSC) O tecido conjuntivo propriamente dito é<br />

composto das seguintes células:<br />

a) adiposas, condrócitos, basófilos e plasmócitos.<br />

osteoblastos, macrófagos, mastócitos e basófilos.<br />

b) plasmocitos, condrócitos, fibroblastos e osteoblastos.<br />

c) fibroblastos, macrófagos, plasmócitos e mastócitos.<br />

d) macrófagos, basófilos, condrócitos e adiposas.<br />

02. (FOC-SP) A defesa do organismo cormo agentes<br />

estranhos depende fundamentalmente de dois tipos de<br />

células conjuntivas que são:<br />

a) os macrófagos e osteócitos,<br />

b) os macrófagos e condrócítos.<br />

c) os macrófagos e plasmócitos.<br />

d) os condrócitos.<br />

e) as células adiposas.<br />

03. (PUC-SP) Um tecido animal formado por células e<br />

substância intercelular com, predomínio de fibras colágenas<br />

tem como principal função:<br />

armazena reservas.<br />

dar resistência.<br />

receber estímulos.<br />

produzir contrações.<br />

secretar substâncias.<br />

04. Cite as células conjuntivas que produzem as substâncias<br />

abaixo relacionadas:<br />

a) Colágeno _______________________________<br />

b) Anticorpos______________________________<br />

c) Hepaiina________________________________<br />

d) Histamina _______________________________<br />

e) Mucopolissacárides _______________________<br />

05. Pericôndrio e periósteo são membranas externas,<br />

respectivamente das cartilagens e dos ossos. Nelas, os<br />

elementos naís abundantes são:<br />

a) Fibras elásticas<br />

b) Leucócitos<br />

c) Fibrócitos<br />

d) Macrófagos.<br />

e) Fibras colágenas<br />

06. A reutilização do ferro da hemoglobina das<br />

hemácias velhas, fagocitadas, é possível peia ação do<br />

tecido conjuntivo:<br />

a) Reticular b) Pigmentar<br />

c) Fibroso d) Denso modelado.<br />

e) Frouxo<br />

07. Há, no corpo, dois tecidos conjuntivos de função<br />

hemocitopoiética, o linfóide e o mietóide. Eles ocorrem,<br />

respectivamente:<br />

a) Na medula óssea vermelha e gânglios linfáticos<br />

b) No fígado e baço<br />

c) Nos gânglios linfáticos e medula óssea amarela<br />

d) No baço e medula óssea vermelha<br />

e) No pâncreas e fígado.<br />

08. Por imunofluorescência, verificou-se que, ao se injetar<br />

um antígeno no organismo, certas células do tecido<br />

conjuntivo mostram uma intensa síntese proteica ao nível<br />

do retículo endoplasmático rugoso. Isso indica uma grande<br />

atividade imunológica dessas células, que são os:<br />

a) Mastócitos d) Macrófagos<br />

b) Plasmócitos e) Histiócitos.<br />

c) Monócitos<br />

09. Os espaços entre as trabéculas do osso esponjoso, são<br />

preenchidos por um tecido:<br />

a) Adiposo (tutano) d) Frouxo<br />

b) Cartilaginoso e) Hemocitopoiético.<br />

c) Fibroso<br />

10. Os feixes de fibras colágenas do tecido conjuntivo tendinoso<br />

(denso modelado) conferem-lhe especialmente:<br />

a) Grande resistência a trações<br />

b) Boa rigidez estrutural<br />

c) Grande flexibilidade<br />

d) Elasticidade<br />

e) Dureza.<br />

11. O sistema histiocitario (sistema retículo-endotelial)<br />

apresenta células com grande capacidade fagocitária,<br />

geralmente associada a fibras de reticulina. Elas podem ser<br />

amebóides (livres) ou ligadas entre si (fixas). Não podem<br />

ser incluídas nesse sistema, as células:<br />

a) de revestimento dos sinusóides do baço<br />

b) de Kupffer do fígado<br />

c) Fibroblastos<br />

d) Monócitos<br />

e) Macrófagos fixos ou histiócitos.<br />

12. Há um tipo de tecido conjuntivo que ao ser fixado pelo<br />

álcool e depois corado, mostra apenas o contorno das<br />

células, com as membranas nítidas. No centro, fica uma<br />

grande cavidade esférica, incolor. Esse tecido é o:<br />

a) Mesênquima d) Frouxo<br />

b) Adiposo e) Reticular.<br />

c) Fibroso<br />

13. Na questão anterior, a substância que ocupava o espaço<br />

central das células deve ser solúvel em relação ao fixador<br />

empregado. Tal substância é:<br />

a) Glicoproteína d) Gordura<br />

b) Colágeno e) Elastina.<br />

c) Mucopolissacáride<br />

14.(Puccamp-SP) Tecido conjuntivo denso, com<br />

predominância de fibras colágenas orientadas<br />

348


paralelamente, portanto bastante resistente mas pouco<br />

elástico, é o que forma:<br />

a) os músculos.<br />

b) os tendões.<br />

c) as mucosas.<br />

d) as cartilagens.<br />

e) a derme.<br />

15. (UFSC) Os tecidos conjuntivos são responsáveis,<br />

basicamente, pelo preenchimento dos espaços entre<br />

estruturas do nosso organismo.<br />

Indique a(s) proposição(ões) que é(são) verdadeira(s), em<br />

referência a esses tecidos.<br />

(01) A pele e as glândulas são exemplos de estruturas<br />

formadas, exclusivamente, por esses tecidos.<br />

(02) São ricos em substância intersticial.<br />

(04) O tecido adiposo localiza-se abaixo do tecido<br />

muscular.<br />

(08) O tecido ósseo apresenta substância intersticial muito<br />

fluida.<br />

(16) O colágeno é uma proteína produzida por células do<br />

tecido conjuntivo propriamente dito.<br />

(32) O tecido cartilaginoso forma o pavilhão da orelha e os<br />

anéis da traquéia.<br />

TECIDO CARTILAGINOSO<br />

Tipos de Cartilagem<br />

Hialina é a mais comum das cartilagens sendo encontrada<br />

nas superfícies dos ossos longos, na laringe, traquéia e nos<br />

ligamentos das costelas ao esterno. Sua matriz é bastante<br />

homogênea, fato que justifica sua denominação.<br />

Elástica assemelha-se com a hialina, mas as fibras elásticas<br />

são bem evidenciadas pelo corante orceína, assumindo a<br />

coloração acastanhada. Essas fibras dispõem-se de forma<br />

reticular e anastomosadas. São encontradas na epiglote,<br />

orelha, trompa de Eustáquio etc.<br />

Fibrosa essa cartilagem forma os discos intervertebrais, nos<br />

ligamentos das cabeças dos ossos longos e da sínfise<br />

pubiana (bacia). É a mais resistente das cartilagens por<br />

conta da riqueza em fibras colágenas.<br />

DISTRIBUIÇÃO DAS CARTILAGENS NO CORPO<br />

Tipo especial de tecido conjuntivo. Bastante resistente<br />

a trações, devido a riqueza em fibras elásticas e colágenas<br />

na sua matriz fundamental. A célula típica é o condroblasto<br />

que se mantém mergulhado na matriz numa cavidade<br />

denominada de condroplasto. A maior concentração dessas<br />

células ocorre ao nível da periferia – pericôndrio – é um tipo<br />

de tecido conjuntivo fibroso. A cartilagem é uma estrutura<br />

de baixo metabolismo, regeneração lenta e, por não<br />

apresentar nervos, insensível. A vascularização só ocorre<br />

ao nível do pericôndrio.<br />

Exercícios<br />

01. Complete, citando as características das cartilagens:<br />

O tecido cartilaginoso desempenha papel nos<br />

ligamentos entre os ossos, atua como amortecedor (discos<br />

intervertebrais), facilita as articulações (rótula e meniscos)<br />

e compõe 70% do esqueleto dos recém nascidos. Com o<br />

desenvolvimento ela vai sendo substituída por tecido ósseo.<br />

A cartilagem compõe 100% do esqueleto dos peixes<br />

condricties – cartilaginosos (arraias e tubarões).<br />

Característica<br />

Células<br />

Taxa de minerais<br />

da matriz<br />

Vasos sanguíneos<br />

Metabolismo<br />

Tecido ósseo<br />

Ramificadas<br />

Alta<br />

Há<br />

Alto<br />

Tecido<br />

cartilaginoso<br />

Revestimento<br />

Periósteo<br />

349


02. Assinale o grupo de tecidos cujas principais células<br />

apresentam um metabolismo mais elevado.<br />

350<br />

a) epitelial e cartilaginoso<br />

b) nervoso e ósseo<br />

c) muscular e nervoso<br />

d) muscular e conjuntivo<br />

e) epitelial e conjuntivo<br />

03. Pericôndrio e periósteo são membranas externas,<br />

respectivamente das cartilagens e dos ossos. Nelas, os<br />

elementos naís abundantes são:<br />

a) Fibras elásticas d) Leucócitos<br />

b) Fibrócitos e) Macrófagos.<br />

c) Fibras colágenas<br />

TECIDO ÓSSEO<br />

De matriz fundamental sólida constituída de fibras<br />

colágenas, essa matriz é mineralizada, principalmente por<br />

cálcio, fosfato e magnésio. Na matriz estão inseridas em<br />

cavidades denominadas de osteoplastos, as estruturais os -<br />

células osteoblasto. Os osteoblastos equivalem aos<br />

fibroblastos da matriz conjuntiva. São células jovens com<br />

intensa atividade de síntese de fibras colágenas e elásticas.<br />

As fibras colágenas da matriz dispõem-se em finos feixes,<br />

fato que dá o resistência e flexibilidade, a matriz<br />

mineralizada confere dureza ao osso. Caso um osso seja<br />

mergulhado em uma solução ácida, sua matriz mineralizada<br />

é corroída possibilitando a sua curvatura. Se, ao contrário,<br />

submetermos o osso à fervura, a matriz orgânica é destruída<br />

deixando o osso quebradiço. É a soma das propriedades dos<br />

dois tipos de matriz que confere ao osso a sua resistência.<br />

A periferia dos ossos é revestida por tecido conjuntivo<br />

fibroso – o periósteo – nele as fibras colágenas são mais<br />

densas.<br />

No interior dos ossos encontramos uma rica rede de<br />

vasos sanguíneos paralela a um conjunto de nervos que lhe<br />

confere, ao contrário da cartilagem, respectivamente, um<br />

elevado metabolismo e sensibilidade.<br />

Os vasos e nervos distribuem-se nos ossos, no interior<br />

de um conjunto de canais longitudinais – canais de Havers<br />

– e transversalmente – canais de Volkmann. Na<br />

extremidade dos ossos longos e interior dos ossos chatos,<br />

encontramos o tecido conjuntivo hemocitopoético<br />

mielóide. Na região mediana interna observa-se deposição<br />

de tecido adiposo – o tutano – que constituí reserva<br />

energética.<br />

Podemos considerar os ossos, por conta da grande<br />

concentração de cálcio, com sendo reserva desse importante<br />

mineral para as atividades celulares. Logo é comum, a<br />

depender da situação, o fluxo de cálcio dos ossos para o<br />

sangue ou do sangue para os ossos, promovido por atividade<br />

celular e sob controle endócrino.<br />

Em caso de fraturas, um grupo de células especiais, os<br />

osteoclastos, corroem a matriz óssea, promovendo a<br />

liberação de cálcio que será utilizado na regeneração da<br />

região lesionada.<br />

São os osteoclastos que determinam a formação da cavidade<br />

dos ossos para o alojamento do encéfalo e medulas ósseas.<br />

Perceba que um osso apresenta vários tecido: fibroso,<br />

hemocitopoiético, cartilaginoso, nervoso, sanguíneo e<br />

adiposo. Logo o osso é um órgão, não um tecido. No entanto<br />

o tecido que predomina na sua estrutura é o ósseo.<br />

Tipos de tecidos ósseos<br />

Tecido ósseo esponjoso é assim denominado por<br />

apresentar um conjunto de pequenas e finas traves ósseas,<br />

formando um emaranhado que em muito lembra uma<br />

esponja. No interior dos espaços encontramos a medula<br />

óssea vermelha – tecido hemocitopoético. Esse tecido<br />

localiza-se no interior dos ossos chatos e nas extremidades<br />

dos ossos longos – “cabeça” ou epífise.<br />

Tecido ósseo compacto consiste em toda estrutura que<br />

visualizamos ao observarmos um osso – sua “casca” ou<br />

parede. Aparentemente ele não apresenta poros ou canais,<br />

daí a justificativa para a expressão compacto. Quando, no<br />

entanto, analisamos sua estrutura ao microscópio,<br />

constatamos a presença de uma vasta rede de canalículos<br />

referidas anteriormente como canais de Havers e<br />

Volkmann.<br />

PROCESSOS DE OSSIFICAÇÃO


- Processo de formação dos ossos –<br />

Os ossos se formam a partir de moldes<br />

preestabelecidos ou preexistentes. Quando o molde é uma<br />

lâmina de tecido conjuntivo, denominamos o processo de<br />

ossificação conjuntiva ou intramembranosa. Ao contrário,<br />

se o molde for de cartilagem, o processo de ossificação é<br />

denominado intracartilaginosa ou endocondral.<br />

Ossificação intramembranosa - é por esse tipo de<br />

ossificação que são formados os ossos chatos – crânio,<br />

costelas etc. No interior de uma membrana conjuntiva, o<br />

tecido mesenquimático torna-se ricamente vascularizado e<br />

grupos de osteoblasto que ai se concentram, diferenciam-se<br />

em uma massa colágena descalcificada denominada de<br />

massa osteóide. Com a calcificação da osteóide, os<br />

esteoblastos aí aprisionados passam a ser denominados de<br />

osteócitos. Formam-se assim placas ósseas irregulares que<br />

aos poucos vão crescendo e se fundindo.<br />

Ossificação intracartilaginosa – um molde de tecido<br />

cartilaginoso é gradualmente substituído por tecido ósseo.<br />

O processo se inicia na porção central do molde, região que<br />

no futuro constituirá a diáfise do osso, surgindo aí um ponto<br />

de calcificação. Ao mesmo tempo ocorre uma calcificação<br />

nas paredes da diáfise, a partir do pericôndrio, resultando<br />

um tubo ósseo que cresce verticalmente em direção ás<br />

epífises. Simultaneamente surgem também nas epífises,<br />

pontos de calcificação que vão produzir as trabéculas do<br />

osso esponjoso. O processo não substitui toda a cartilagem<br />

existente nas extremidades. Persiste em cada epífise um<br />

disco de cartilagem – disco epifisário – que mantém no osso<br />

a capacidade de crescimento.<br />

Exercícios<br />

01. Os espaços entre as trabéculas do osso esponjoso, são<br />

preenchidos por um tecido:<br />

a) Adiposo (tutano) d) Frouxo<br />

b) Cartilaginoso e) Hemocitopoiético.<br />

c) Fibroso<br />

02. Em relação á ossificação endocondral, assina/e a frase<br />

errada:<br />

a) Um modelo de tecido cartilaginoso é lentamente substituído<br />

por tecido ósseo<br />

b) O processo se inicia na diáfise e avança para as epífises<br />

c) É o processo de formação dos ossos longos<br />

d) Permanecem nas epífises duas faixas ou discos cartila<br />

ginosos que permitem o crescimento do osso<br />

e) Ela só produz tecido ósseo compacto.<br />

04. Os discos intervertebrais, que têm grande resistência e<br />

funcionam como amortecedores, são constituídos por:<br />

a) Tecido ósseo esponjoso<br />

b) Cartilagem elástica.<br />

c) Cartilagem fibrosa.<br />

d) Tecido ósseo compacto.<br />

e) Cartilagem hialina.<br />

05. Formações cilíndricas, com lâminas concêntricas de<br />

matriz óssea e osteócitos também dispostos<br />

concentricamente entre essas lâminas, são:<br />

a) Trabéculas ósseas d) Sistemas de Havers<br />

b) Canais de Volkman e) Sistemas de Volkman.<br />

c) Canais de Havers<br />

06. O tratamento de um osso por ácido clorídrico diluído,<br />

torna-o:<br />

a) Muito flexível d) Quebradiço<br />

b) Gelatinoso e) Rígido.<br />

c) Disforme<br />

07. Qual das substâncias não tem relação direta com o metabolismo<br />

ósseo:<br />

a) Tirocalcitonina d) Vitamina D<br />

b) Paratormonio e) Histamina.<br />

c) Fosfato de cálcio<br />

08. Nas cartilagens e ossos em geral, as substâncias orgânicas<br />

mais abundantes da matriz, são:<br />

a) Mucopolissacárides e fosfato de cálcio<br />

b) Mucopolissacárides c colágeno<br />

c) Elastina e proteínas<br />

d) Lipídios e proteínas<br />

e) Lipídios e colágeno.<br />

09. Em relação ao processo de diferenciação, coloque as<br />

células<br />

abaixo numa sequência correta, a partir da menos diferenciada:<br />

a) Osteoblasto<br />

b) Célula osteogênica<br />

c) Osteócito<br />

d) Mesenquimatosa<br />

Indique apenas as letras:____, ____, ____, ____.<br />

03. Um osso é um órgão, porque tem:<br />

a) Apenas uma função, bem específica<br />

b) Uma grande irrigação sanguínea<br />

c) Vários tecidos<br />

d) Capacidade de regeneração<br />

e) Um tecido especializado]]<br />

351


10. (Unimontes-<br />

2005) Os diferentes<br />

tipos de tecido<br />

epitelial são<br />

classificados, de<br />

acordo com o<br />

número de camadas<br />

celulares, em epitélio<br />

simples e<br />

estratificado. A<br />

figura a seguir<br />

mostra esses dois<br />

tipos de tecido<br />

associados à sua localização e função. Analise-a.<br />

Considerando a figura e o assunto abordado, analise as<br />

alternativas abaixo e assinale a que NÃO REPRESENTA<br />

uma das funções do epitélio simples.<br />

A) Troca de gases.<br />

B) Secreção de íons.<br />

C) Reabsorção de água.<br />

D) Proteção contra atrito.<br />

TECIDO SANGUÍNEO DE TRANSPORTE -<br />

SANGUE<br />

Marcadamente distinto dos demais tecidos<br />

conjuntivos, por ser um tecido líquido, o sangue surge,<br />

evolutivamente, com o papel de transportar as diversas<br />

substâncias associadas ao metabolismo celular. Não<br />

obstante, desempenha ainda outras importantes atividades<br />

nos sistemas vivos que, em conjunto possibilita manter o<br />

meio interno constante quanto à sua composição,<br />

temperatura, salinidade e pH.<br />

- Transporte das mais diversas substâncias: gases,<br />

hormônios, enzimas, anticorpos, sais açúcares etc. As trocas<br />

entre a corrente sanguínea e os tecidos possibilita a<br />

manutenção de um meio interno constante – equilíbrio<br />

hídrico, osmótico, salino e de acidez;<br />

- Regulação térmica, sua circulação permite a distribuição<br />

de calor; constituindo o mecanismo termorregulador;<br />

- Através da atividade dos diversos leucócitos, confere<br />

proteção contra agentes infecciosos e agentes que invadem<br />

nosso organismo.<br />

Caracterísiticas:<br />

O sangue é um liquido viscoso – cinco a seis vezes a<br />

da água – de peso específico em torno de 1,05 a 1,06.<br />

Quando arterial – rico em oxigênio – é vermelho vivo. O<br />

sangue venoso – rico em CO2 - é vermelho escuro. Fora da<br />

circulação sanguínea e em determinada situações apresenta<br />

a capacidade de coagulação, processo que evita perdas por<br />

hemorragias decorrente de diversos tipos de ferimentos. Por<br />

conta das atividades de defesa apresenta ainda, a capacidade<br />

de aglutinação que nada mais é do que reações específicas<br />

entre antígenos e anticorpos. Variações numéricas e<br />

relativas dos seus componentes, respectivamente,<br />

hemograma e hematócritos, permite diversos tipos de<br />

diagnósticos.<br />

Composição:<br />

A substância fundamental do tecido sanguíneo é o<br />

plasma. Sua constituição é fundamentalmente água – 90% -<br />

onde estão solvidas diversas substâncias e distribuídos os<br />

elementos figurados estruturais.<br />

Composição do plasma<br />

352<br />

O estudo sobre a composição e atividade do sangue –<br />

a hematologia – possibilitou ao longo dos tempos, a<br />

identificação de inúmeros estados patológicos,<br />

possibilitando diagnósticos rápidos e tratamentos seguros.<br />

O conhecimento das bases hereditárias que determinam os<br />

grupos sanguíneos e a compreensão dos mecanismos de<br />

aglutinação permite a realização, com segurança, de<br />

transfusões e a cultura de células brancas corrobora de<br />

forma significativa para aconselhamento genético a partir<br />

do estudo dos cariótipos.<br />

Funções:<br />

Elemento figurados:<br />

Hemácias ou eritrócitos são células<br />

bicôncavas, discóides, rica em<br />

pigmento - hemoglobina – e de<br />

elevado grau de especialização.<br />

Realiza o transporte de gases. Nos


mamíferos, como resultado do processo de especialização,<br />

perdem o núcleo, fato que reduz a sua durabilidade (120<br />

<strong>dias</strong>). Estas células são produzidas na medula óssea<br />

vermelhas sendo repostas continuamente. A hemoglobina é<br />

um pigmento formado por um radical heme, tendo um<br />

átomo de ferro central, combinado com proteínas globina.<br />

A pigmentação do sangue decorre da combinação da<br />

hemoglobina com os gases transportados – oxigênio e/ou<br />

gás carbônico.<br />

Quando em atividade, as hemácias (hemoglobina)<br />

combinam-se combinam com gases respiratórios<br />

formandos compostos instáveis, fato que possibilita doá-los<br />

ou recebê-los, em função de suas demandas e necessidades.<br />

Plaquetas ou trombócitos. Na realidade esses<br />

componentes não são células, mas um conjunto de<br />

estruturas que se originam da fragmentação de tipos<br />

celulares de medula óssea – os megacariócitos.<br />

Megacariócitos são células bastante desenvolvidas de<br />

núcleo poliplóides e irregulares que resultam da fusão de<br />

vários núcleos após mitoses sem formação de membranas<br />

celulares. A quantidade de plaquetas pode variar, sobre<br />

tudo, em decorrências de quadros hemorrágicos, uma vez<br />

que sua função é promover a coagulação sanguínea, evitado<br />

perdas excessivas de sangue.<br />

Quando, no entanto, combinada com o monóxido de<br />

carbono, a hemoglobina, desta feita sob a forma de<br />

carboxiemoglobina, constitui-se no composto relativamente<br />

estável, tempo suficiente para provocar a morte por asfixia<br />

O número de hemácias pode variar aumentando ou<br />

diminuindo, a depender de diversos fatores. O aumento<br />

geralmente ocorre que da exposição a altitudes elevadas<br />

onde o ambiente é pobre em oxigênio. A redução se dá por<br />

conta de quadros hemorrágicos ou em funções dos diversos<br />

tipos de anemias.<br />

Leucócitos, mais<br />

conhecidos como<br />

glóbulos brancos,<br />

variam em quantidade<br />

e diversidade. São<br />

células que se<br />

originam,<br />

desempenham suas<br />

funções e morrem,<br />

geralmente, em outros<br />

tecidos. Na prática<br />

essas células utilizamse<br />

do tecido sanguíneo<br />

como meio de transporte. É o conjunto dessas células que<br />

irão formar o sistema imunológico. A variação quantitativa<br />

dessas células resultam de processos infeccioso, alérgicos<br />

ou cancerígenos.<br />

Um pequeno aumento no número de leucócitos é<br />

denominado de leucocitose e a redução de leucopenia.<br />

A classificação dos diversos tipos de leucócitos está<br />

relacionada com diversos fatores: forma, função, forma do<br />

núcleo, afinidade por corantes etc. (ver mecanismos de<br />

defesa)<br />

.<br />

O processo de coagulação sanguínea<br />

A coagulação sanguínea é uma propriedade do sangue<br />

que objetiva evitar perdas de sangue decorrentes de<br />

processos traumáticos que lesionam vasos sanguíneos.<br />

Quando um vaso é seccionado, os tecidos traumatizados<br />

liberam uma lipoproteína denominada de troboplastina ou<br />

tromboquinase, que interage com íons cálcio e com diversos<br />

fatores protéicos do plasma sanguíneo, levando à produção<br />

de trombina a partir da protrombina. Essa última promove<br />

a conversão de fibrinogênio em fibrina. A rede de fibrina<br />

prende os diversos componentes sanguíneos constituindo<br />

um tampão denominado de coágulo ou trombo. É o coágulo<br />

ou trombo que bloqueia o sangramento.<br />

Coagulação- reações<br />

Exercícios<br />

01. (Unimontes–2005) O processo conhecido como<br />

“cascata de coagulação” pode ser definido como um<br />

conjunto de mecanismos que visam conter um sangramento<br />

em curso. A figura abaixo representa algumas etapas desse<br />

processo. Analise-a.<br />

353


IV- A camada superficial da epiderme humana é<br />

cornificada. Abaixo do estrato germinativo as células<br />

parenquimáticas estão em contínuas meioses.<br />

A) I, II e III são corretas.<br />

B) Apenas I e III estão corretas.<br />

C) I, II e IV são corretas.<br />

D) Somente a II está correta.<br />

04. Assinale as alternativas corretas:<br />

Considerando a figura e o assunto relacionado a ela, analise<br />

as afirmativas abaixo e assinale a alternativa<br />

INCORRETA.<br />

A) Ocorre redução do calibre do vaso resultante da<br />

contração de fibras musculares.<br />

B) A protrombina e o fibrinogênio atuam na cascata de<br />

coagulação como enzimas.<br />

C) A cicatrização consiste na organização da região lesada<br />

em tecido conjuntivo fibroso.<br />

D) A fibrina é a matriz protéica do coágulo, no qual ficam<br />

retidas as plaquetas e as células vermelhas.<br />

02. A figura abaixo ilustra o amadurecimento de uma<br />

determinada célula sangüínea. Analise-a.<br />

De acordo com as características apresentadas na figura e<br />

com o assunto abordado, analise as afirmativas a seguir e<br />

assinale a alternativa CORRETA.<br />

A) Essas células agem contra as reinfecções e, por isso,<br />

podem ter uma vida média de até 20 anos.<br />

B) A célula madura apresentada na figura não consegue se<br />

dividir nem crescer.<br />

C) As características evidenciadas acompanham as células<br />

desde o seu surgimento.<br />

D) Em condições normais, a célula madura pode apresentarse<br />

em diferentes formas.<br />

03. (UFU) Analise as afirmativas abaixo e assinale a<br />

alternativa correta.<br />

I- A epiderme humana tem vários estratos ou camadas. No<br />

limite com a derme fica o estrato germinativo, cujas células<br />

estão em contínuas mitoses.<br />

II- Entre as células do estrato basal ou germinativo da<br />

epiderme humana, se infiltram células especiais, muito<br />

ramificadas, os melanócitos, produtores de melanina, o<br />

pigmento que dá cor à pele.<br />

III- Na hipoderme humana, a região mais profunda da<br />

derme, fica o tecido adiposo subcutâneo, uma camada de<br />

gordura cuja espessura depende da parte do corpo e do<br />

estado de nutrição da pessoa.<br />

354<br />

(01) Os macrófagos são ricos em lisossomos.<br />

(02) As células mesenquiméticas não são especializadas.<br />

(04) O tecido epitelial é responsável pelo reaproveitamento<br />

dascélulas do sangue e, consequentemente, impede a perda<br />

do ferro contido na molécula de hemoglobina.<br />

(08) A traquéia é constituída de cartilagem.<br />

(16) A alternativa anterior está errada. O tecido que forma<br />

a traquéia é o tecido epitelial pseudo-estratificado-ciliado.<br />

(32) Os fibroblastos, células ricas em RER, correpondem<br />

aos osteoblastos e condroplastos, respectivamente no tecido<br />

ósseo e cartilaginoso.<br />

(64) A melanina existente na pele é produzida pelos<br />

melanócitos do tecido epitelial.<br />

05. (CESGRANRIO-RJ) Encontram-se listados abaixo<br />

algumas propriedades, características ou funções dos<br />

elementos figurados do sangue humano. Associe um<br />

número a cada uma, utilizando o seguinte código:<br />

I. Referente a hemácias<br />

II. Referente a leucócitos<br />

III. Referente a plaquetas<br />

- Transporte de oxigênio<br />

- Defesa fagocitária e imunitária<br />

- Coagulação do sangue<br />

- Riqueza em hemoglobina<br />

- Capacidade de atravessar a parede dos capilares intactos<br />

para atingir<br />

uma região infectada do organismo.<br />

Escolha dentre as possibilidades abaixo a que contiver a<br />

seqüência numérica correta:<br />

a) I, II, III, I, II b) I, II, II, I, III<br />

c) II, II, III, I, I d) I, II, III, II, III<br />

e) III, I, III, I, II<br />

06. (UFPA) Relacione:<br />

(1) Tecido nervoso<br />

(2) Tecido epitelial<br />

(3) Tecido muscular<br />

(4) Hemácias<br />

(5) Plaquetas<br />

( ) Revestimento do corpo e dos órgãos internos<br />

( ) Transporte de oxigênio e gás carbônico<br />

( ) Transmissão de estímulos e respostas<br />

( ) Contração e distensão dos órgãos<br />

( ) Coagulação sanguínea


( ) Secreção glandular<br />

Indique a ordem correta das colunas, de cima para baixo:<br />

a) 3 - 4 - 3 - 2 - 5 - 1<br />

b) 3 - 2 - 1 - 3 - 4 - 1<br />

c) 2 - 5 - 1 - 3 - 4 - 2<br />

d) 1 - 2 - 3 - 4 - 5 – 1<br />

e) 2 - 4 - 1 - 3 - 5 – 2<br />

07. (Unifor-CE) Os elementos<br />

do sangue humano estão<br />

demonstrados na figura abaixo.<br />

Substitua, na figura, os números<br />

de 1 a 3, pela seqüência correta, existente numa das opções<br />

abaixo:<br />

a) hemácias, plaquetas, leucócitos.<br />

b) leucócitos, hemácias, plaquetas.<br />

c) plaquetas, hemácias, leucócitos.<br />

d) hemácias, leucócitos, plaquetas,<br />

08. (PUJC-RJ) Nas doenças auto-imunes, o corpo pode<br />

destruir suas próprias células através de seus anticorpos.<br />

Embora não se saiba que fatores podem provocar essas<br />

doenças, já sabemos que as células capazes de produzir os<br />

anticorpos são:<br />

a) mastócitos.<br />

b) condrócitos.<br />

c) macrófagos.<br />

d) plaquetas.<br />

e) plasmócitos<br />

10. (FCC-SP) O sangue pode transportar as seguintes<br />

substâncias:<br />

I. Gases respiratórios;<br />

lI. Excretas;<br />

lII. Matérias alimentares;<br />

IV. Hormônios.<br />

Nos mamíferos, o sangue transporta,<br />

a) apenas I, II e lII,<br />

b) I, III e IV.<br />

c) apenas I, II e IV.<br />

d) apenas lI, III e IV.<br />

e) I, Il, III e IV<br />

22. (Fuivest-SP) Têm (ou tem) função hematopoiética:<br />

a) as glândulas parótidas.<br />

b) as cavidades do coração.<br />

c) o fígado e o pâncreas.<br />

d) o cérebro e o cerebelo.<br />

e) a medula vermelha dos ossos.<br />

MECANISMOS DE DEFESA<br />

Conjunto de substâncias, células, tecidos órgãos<br />

e/ou mecanismos que promovem a defesa e proteção dos<br />

sistemas vivos.<br />

SISTEMA IMUNOLÓGICO<br />

09. (Cesgranrio-RJ) Encontram-se listadas abaixo<br />

algumas propriedades, características ou funções dos<br />

elementos figurados do sangue humano.<br />

Associe um número a cada uma, utilizando o seguinte<br />

código:<br />

I. Referente a hemácias.<br />

II. Referente a leucócitos.<br />

III. Referente a plaquetas.<br />

• Transporte de oxigênio.<br />

• Defesa fagocitária e imunitária.<br />

• Coagulação do sangue.<br />

• Riqueza em hemoglobina.<br />

• Capacidade de atravessar a parede dos capilares intactos<br />

para atingir uma região infectada do organismo.<br />

Escolha dentre as possibilidades abaixo a que contiver a<br />

seqüência numérica correta:<br />

a) I, II, III, I, II.<br />

b) II, II, III, I, I.<br />

c) III, I, III, I, II.<br />

d) I, lI, lI, I, III.<br />

e) I, lI, III, lI, III.<br />

355


agranulócitos. Os granulócitos, por apresentarem afinidades<br />

ou neutralidade em relação a corantes ácidos, básicos ou<br />

neutros são classificados como acidófilos, basófilos e<br />

neutrófilos.<br />

Leucócitos granulócitos<br />

Acidófilos: por corarem em presença do indicador ácido<br />

eosina, são também denominados de<br />

eosinófilos. Apresentam núcleo bilobado<br />

e finas granulações citoplasmáticas. É<br />

especialista em combater invasores de<br />

grande porte – vermes, liberam o<br />

conteúdo de seus grânulos<br />

citoplasmáticos que são proteínas tóxicas<br />

para esses invasores; liberam substâncias anti-histamínicas,<br />

realizam *diapedese e apresentam baixa capacidade<br />

fagocitária.<br />

Tipos de defesas:<br />

Inespecíficas: são mecanismos de defesa que não fazem<br />

diferença entre os tipos de invasores. Atacam<br />

indiscriminadamente qualquer fator interpretado como<br />

estranho ao organismo.<br />

São elas:<br />

Pele: comporta-se como uma barreira que dificulta a<br />

penetração de microrganismos e substâncias nocivas ao<br />

organismo. O suor estabelece um ambiente ácido que<br />

impede o desenvolvimento de microorganismos ao mesmo<br />

tempo em que a lisozima digere a parede celular de<br />

bactérias. Internamente, diversos órgãos apresentam<br />

revestimento – as mucosas – que atuam como barreiras<br />

físicas. Em geral essas mucosas produzem um tipo de muco<br />

que aprisionam microorganismos.<br />

Células e substâncias químicas: diversos tecidos<br />

apresentam células com capacidade de realizar fagocitose –<br />

os macrófagos – ao mesmo tempo em que produzem<br />

substância que digerem microrganismos, dificultam sua<br />

reprodução ou estimulam as atividades de defesas celulares<br />

são, respectivamente a lisozimas e os interferons.<br />

Específicas: neste tipo de mecanismos, as respostas são<br />

dadas a alvos específicos sendo, ao mesmo tempo,<br />

armazenadas sob a forma de mecanismos denominados de<br />

memória genética. Para a concretização dessa linha de<br />

defesa participam diversos órgãos e diferentes tipos<br />

celulares. Assim estas células e órgãos constituem o sistema<br />

imune ou imunitário. Quando a defesa é realizada por uma<br />

célula, a imunidade é dita imunidade celular. Quando, no<br />

entanto, a imunidade é estabelecida via produção de<br />

substâncias – anticorpos - a imunidade é do tipo humoral.<br />

Células de defesa: Os leucócitos. Originam-se a partir de<br />

células tronco pluripotentes localizadas na medula óssea<br />

vermelha por meio do processo de hemocitopoise. Em<br />

função de apresentarem ou não, granulações no citoplasma<br />

são respectivamente denominados de granulócitos e<br />

356<br />

Basófilos: reagem a corantes de caráter<br />

básico. Os grânulos citoplasmáticos são de<br />

grande volume ocupando grande volume<br />

do citoplasma. Produzem e liberam<br />

histamina, substância vasodilatador que<br />

favorece o fenômeno da diapedese;<br />

liberam heparina, substância<br />

anticoagulante. Recebem a denominação<br />

específica de monócitos e são encontrados, também, na<br />

matriz fundamental do tecido conjuntivo.<br />

Neutrófilos: identificados quimicamente<br />

com a utilização de corantes neutros.<br />

Apresentam núcleo grande e trilobado.<br />

Apresentam grande mobilidade, fato que<br />

possibilita sua migração para fora da<br />

corrente sanguínea em direção às regiões com focos<br />

infecciosos, local onde realizam grande atividade<br />

fagocitária. Ao morrerem formam, juntamente com<br />

resíduos resultantes de sua atividade, o pus.<br />

Leucócitos agranulócitos<br />

Monócitos: são células grandes e de<br />

núcleo em foram de ferradura. Formamse<br />

no interior da medula óssea vermelha<br />

(tecido mielóide) e migram para os<br />

órgãos linfóides onde se diferenciam<br />

em macrófagos. Os macrófagos além de realizarem grande<br />

atividade fagocitária, produzem interleucina, substância<br />

que estimula multiplicação dos linfócitos. Os fragmentos<br />

resultantes da fagocitose são “apresentados” aos linfócitos<br />

T auxiliares, que tornam assim capazes de reconhecer os<br />

componentes típicos do invasor. Tais componentes são os<br />

antígenos. Os macrófagos distribuem-se por diversos<br />

tecidos e órgão tendo, por esse motivo, designações<br />

especificas: no fígado, células de Kupffer; no tecido<br />

conjuntivo propriamente dito (TCPD), histiócitos; nos rins,<br />

células mesangiais; no encéfalo, microglia.


Linfócitos: são células pequenas e de<br />

grande diversidade funcional e em geral<br />

classificados como linfócitos T e<br />

linfócitos B. Os linfócitos T apresentam,<br />

na superfície da membrana, substâncias<br />

especiais denominadas de receptores de<br />

membrana, que reconhecem os antígenos. Uma vez o<br />

antígeno ligando-se a um receptor específico, o linfócito<br />

multiplica, diferencia-se produzindo um exército de<br />

linfócitos específicos. Dessa forma é produzida uma<br />

infinidade de tipos de linfócitos a cada novo contato com<br />

diversos antígenos.<br />

Os linfócitos B, respondem ao contato com<br />

antígenos específicos de modo semelhante aos linfócitos T.<br />

No entanto, os linfócitos B ao se multiplicarem, diferenciam<br />

em plasmócitos que passam a produzir e liberar para o<br />

plasma<br />

sanguíneo,<br />

grandes<br />

quantidades<br />

de<br />

anticorpos.<br />

Estabelecese<br />

assim, a<br />

imunidade<br />

humoral.<br />

*Diapedese:<br />

refere-se à<br />

capacidade<br />

dos glóbulos<br />

brancos<br />

saírem dos<br />

vasos<br />

sanguíneos em direção a focos infecciosos nos diversos<br />

tecidos. Essa migração é possibilitada pela atração do<br />

macrófago por substâncias químicas liberadas pelo agente<br />

infeccioso e/ou pelo tecido infectado, num fenômeno<br />

denominado de quimotaxia.<br />

Interações ente os diversos tipos de leucócitos.<br />

Os leucócitos apresentam extensa rede de<br />

interações funcionas em função de sua grande capacidade<br />

de especialização e consequente diversificação como<br />

apresenta o esquema abaixo:<br />

Interação entre os leucócitos e suas atividades especifica<br />

a- Os Monócitos migram para os tecidos, diferenciam-se<br />

em macrófagos.<br />

b- As células natural Killer(NK) atacam preferencialmente<br />

células tumorais, infectadas ou proveniente de transplantes.<br />

c- Os linfócitos T diferenciam-se no timo originando:<br />

células de memória, reconhecedoras de antígenos em uma<br />

segunda invasão, possibilitando uma resposta imunológica<br />

(secundária) mais rápida; linfócitos T citotóxicos (CD8),<br />

atacam células estranhas; e linfócitos T helper (auxiliares<br />

CD4), que liberam interleucinas, estimulando a produção de<br />

linfócitos B.<br />

d- Os linfócitos B maturam na medula vermelha, após<br />

serem sensibilizados por antígenos específicos,<br />

diferenciam-se em plasmócitos,passando a liberar<br />

anticorpos para o sangue.<br />

TIPOS de IMUNIDADE<br />

Imunidade inata ou natural: oferece proteção contra<br />

determinados agentes patogênicos. Não é específica e não<br />

muda de intensidade em resposta a estímulos. Depende da<br />

produção de substâncias protetoras como ácidos e enzimas.<br />

Ex.: a lisozima na saliva e lágrimas. Essa imunidade já está<br />

presente no recém nascido.<br />

Imunidade adquirida ou adaptativa: trata-se da<br />

imunidade estabelecida por estímulos específicos, podendo<br />

variar de intensidade de em função da intensidade do<br />

estímulo. Pode ser ativa ou passiva.<br />

Na imunidade ativa, o sistema imune é estimulado<br />

a produzir anticorpos que reagirão contra um antígeno<br />

específico, bactéria, vírus, fungos, protozoários ou<br />

substâncias diversas, fala-se nesse caso de imunidade ativa<br />

natural. Quando, no entanto, o sistema imunológico é<br />

estimulado artificialmente e intencional, a imunidade é do<br />

tipo ativa artificial. É essa imunização que se objetiva com<br />

as vacinas.<br />

A imunidade é do tipo passiva quando, por algum<br />

motivo aplicam-se anticorpos, provenientes de organismos<br />

previamente imunizados, em organismos não imunizados.<br />

Durante a gestação esse processo ocorre de modo natural- o<br />

embrião recebe anticorpos maternos via conexão<br />

placentária. Na imunização passiva artificial, aplicamos<br />

anticorpos presentes em substância denominadas de soros<br />

terapêuticos, a exemplo dos soros contra picadas de cobra e<br />

outros animais peçonhentos.<br />

Respostas imunitária: primária e secundária.<br />

Quando somos vacinados, estamos sendo estimulados<br />

a produzir anticorpos contra um antígeno específico. Essa<br />

357


estimulação consiste em introduzir no organismo patógenos<br />

(vírus/bactérias) inativos ou fragmentos desses patógenos.<br />

Após alguns <strong>dias</strong> da aplicação da vacina, nosso organismo<br />

inicia a produção dos anticorpos desejados. Essa produção<br />

muitas vezes confirmada com um leve estado febril – tratase<br />

de resposta imune primária.<br />

Com base nas respostas de cada um deles ao antígeno,<br />

suspeitou-se de que um dos indivíduos fosse originário de<br />

uma região onde a infecção pelo vírus X atinge grande<br />

número de indivíduos. Qual dos dois indivíduos é originário<br />

da região com alta incidência do vírus X?<br />

Numa segunda aplicação da vacina, a produção de<br />

anticorpos ocorre em menor período de tempo e numa<br />

quantidade ainda a maior de anticorpos – é a resposta<br />

imune secundária. Assim justificam-se as chamadas doses<br />

de reforços nas campanhas de vacinação. A resposta imune<br />

secundária é mais rápida porque nosso sistema imunológico<br />

memorizou o “perfil” do referido antígeno.<br />

03. Analise atentamente a ilustração que resume o<br />

mecanismo de uma reação alérgica, seguindo a sequência<br />

de 1 a 6.<br />

Exercícios:<br />

01. (Fuvest-SP) As bactérias podem vencer a barreira da<br />

pele, por exemplo num ferimento, e entrar em nosso corpo.<br />

O sistema imunitário age para combatê-las.<br />

a) Nesse combate, uma reação inicial inespecífica é<br />

efetuada por células do sangue. Indique o processo que leva<br />

à destruição do patógeno bem como as células que o<br />

realizam.<br />

b) Indique a reação de combate que é específica para cada<br />

agente infeccioso e as células diretamente responsáveis por<br />

esse tipo de resposta.<br />

02. (Uerj) As curvas abaixo mostram a produção de<br />

anticorpos específicos de dois indivíduos inoculados com<br />

antígenos protéicos do vírus X no dia 0.<br />

Responda:<br />

a) Quais são, em sequência, as células envolvidas na reação<br />

alérgica?<br />

b) Quais são as células produtoras de anticorpos e de<br />

histamina?<br />

c) A reação<br />

inflamatória é<br />

específica para<br />

determinados<br />

alérgenos?<br />

04. (Vunesp) O<br />

gráfico<br />

representa o<br />

resultado de duas<br />

aplicações de um mesmo antígeno, em intervalos diferentes.<br />

a) A que tipo de imunização se referem as aplicações?<br />

b) Analise os resultados apresentados pelo gráfico e<br />

explique o fato observado com a 2 a aplicação do antígeno.<br />

05. (Efoa-MG) O sistema imune é formado por vário<br />

órgãos, tecidos e células.<br />

Considerando este sistema, cite:<br />

358<br />

a) a função do timo.


) o nome da célula que produz anticorpos.<br />

c) o nome de uma célula capaz de fagocitar, processar e<br />

apresentar antígenos aos linfócitos.<br />

d) o nome do órgão linfóide capaz de filtrar o sangue.<br />

e) o nome de um órgão linfóide associado ao sistema<br />

digestivo.<br />

06. (UFRJ) A febre aftosa é uma doença virótica que afeta<br />

diversos animais de importância econômica, tais como<br />

vacas e ovelhas. Países que não vacinam seus rebanhos<br />

contra febre aftosa restringem a importação de carne de<br />

países onde a vacinação ocorre, dificultando as relações<br />

comerciais internacionais. As restrições à importação de<br />

carne se baseiam no fato de que os testes disponíveis<br />

utilizam a detecção de anticorpos contra o vírus, e não a<br />

detecção do próprio vírus na carne. Esses testes geram<br />

resultados semelhantes para animais vacinados e animais<br />

que contraíram a doença.<br />

Determine se os resultados dos testes seriam positivos ou<br />

negativos tanto para animais infectados quanto para<br />

vacinados. Justifique sua resposta.<br />

07. (Efoa-MG) A resposta<br />

imunológica é uma das<br />

adaptações mais importantes<br />

dos seres vivos, uma vez que<br />

tem a capacidade de<br />

reconhecer substâncias<br />

estranhas ao organismo e<br />

produzir células e anticorpos<br />

contra elas. O desenho abaixo<br />

exemplifica uma célula<br />

produtora de anticorpos contra patógenos extracelulares em<br />

humanos. Observe o desenho e cite:<br />

a) o nome desta célula.<br />

b) duas características citológicas bem desenvolvidas dessa<br />

célula que sugerem atividade direta e intensa com a<br />

produção de anticorpos.<br />

c) o tipo de imunidade conferida por esta célula.<br />

d) o nome da célula precursora que se transforma, sob ação<br />

das interleucinas, na célula representada no desenho.<br />

e) o nome da célula, que também pode se transformar no<br />

tipo representado no desenho, durante a fase secundária da<br />

resposta imune.<br />

08. (Ufpel-RS)<br />

O corpo ensina a<br />

combater o câncer.<br />

O corpo<br />

humano tem suas<br />

defesas, que formam o<br />

sistema imunológico.<br />

Esse sistema constituído<br />

por diversas células e moléculas que trabalham<br />

monitorando constantemente todo o organismo, é ativado<br />

por sinais (ou informações) como a morte ou a infecção de<br />

células, e a lesão ou a alteração de tecidos. A consequência<br />

é a geração de respostas imunes, cujos objetivos principais<br />

são eliminar os agentes causadores dessas alterações e<br />

reparar as áreas danificadas.<br />

O câncer é o resultado de modificações genéticas<br />

produzidas em células. Mas, afinal, o organismo pode ou<br />

não se defender do câncer? Na verdade, ele faz isso<br />

constantemente. Alterações genéticas com potencial para<br />

gerar tumores ocorrem diariamente em nossas células,<br />

como é mostrado na figura. E o organismo é capaz de<br />

detectar essas transformações.<br />

(Ciência Hoje, vol. 35, n. 207, 2004)<br />

Com base no texto e em seus conhecimentos sobre<br />

imunidade, faça o que se pede.<br />

a) Justifique por que os linfócitos são considerados as<br />

"unidades móveis" do sistema imunológico.<br />

b) O sistema imunitário apresenta as propriedades de<br />

especificidade e de memória. Identifique o modo como<br />

essas propriedades auxiliam na imunidade.<br />

c) No câncer, observa-se o desencadeamento de um tipo de<br />

imunidade celular representado pelo número aumentado<br />

dos linfócitos T. Indique os tipos de linfócitos T utilizados<br />

pelo organismo afetado por essa enfermidade.<br />

09. (UFSC) Nos últimos 10 anos, os imunologistas<br />

realizaram avanços impressionantes no conhecimento<br />

sobre, a geração de respostas imunes para a defesa do<br />

organismo. Um dos resultados mais promissores levou à<br />

retomada dos estudos de imunoterapia para controlar o<br />

crescimento de tumores.<br />

(Ciência Hoje, vol. 35, n. 207, p. 28, ago. 2004)<br />

Com relação aos assuntos citados no texto acima, é correto<br />

afirmar que:<br />

01) o corpo humano tem suas defesas, que formam o<br />

chamado sistema fisiológico.<br />

02) o câncer é o resultado de modificações genéticas<br />

produzidas em células, seja por vírus ou por agentes<br />

externos, como radiação ou substâncias químicas.<br />

04) os leucócitos (células brancas) e as hemácias; (células<br />

vermelhas) são "unidades móveis" que atuam na defesa dos<br />

organismos.<br />

08) as células imunes, ricas em lisossomos, penetram nos<br />

tecidos de todo o corpo através da intermediação de<br />

enzimas especiais que possibilitam a realização do<br />

transporte ativo.<br />

16) a medula óssea está envolvida com a produção de<br />

células do sistema imune.<br />

32) quando do surgimento de um tumor, células normais<br />

sofrem alterações que afetam sua capacidade de divisão.<br />

10-(Unicamp-SP) Os médicos verificam se os gânglios<br />

linfáticos estão inchados e doloridos para avaliar se o<br />

paciente apresenta algum processo infeccioso. O sistema<br />

imunitário, que atua no combate a infecções, é constituído<br />

por diferentes tipos de glóbulos brancos e pelos órgãos<br />

responsáveis produção e maturação desses glóbulos.<br />

a) Explique como macrófagos, linfócitos T e linfócitos B<br />

atuam no sistema imunitário.<br />

b) Explique que mecanismos induzem a proliferação de<br />

linfócitos nos gânglios linfáticos.<br />

359


Questões 11 e 12 – UFBA-1998<br />

QUESTÕES 13 e 14 – UEFS 2003<br />

As células dendríticas são um<br />

tipo de glóbulos brancos do<br />

sangue que inclui alguns do<br />

atores menos conhecidos e mais<br />

fascinantes do sistema<br />

imunológico.<br />

13. A ilustração refere-se a uma dessas células e suas<br />

atividades.<br />

360<br />

11. A habilidade do macrófago em reconhecer, aprender e<br />

destruir bactérias está ilustrada na figura abaixo.<br />

A análise da situação apresentada, à luz dos conhecimentos<br />

sobre os níveis de organização da matéria viva, permite<br />

concluir:<br />

(01) Eventos moleculares condicionam as características<br />

exibidas pelo macrófago.<br />

(02) Macrófago e bactérias pertencem ao mesmo nível de<br />

organização da matéria viva.<br />

(04) As células ilustradas se associam para constituir o nível<br />

de nível imediatamente superior de organização biológica.<br />

(08) As propriedades presentes em um determinado nível de<br />

organização são fundamentais para o estabelecimento dos<br />

níveis hierárquicos superiores.<br />

(16) A função exibida pelo macrófago pode ser deduzida<br />

pela análise individual das biomoléculas constituintes.<br />

(32) A vida pode se definida como a soma das propriedades<br />

de seus elementos constituintes.<br />

12. As funções celulares dependem da cooperação das<br />

diversas estruturas presentes no interior da célula.<br />

Considerando-se o exemplo ilustrado, esta cooperação está<br />

expressa em:<br />

(01) Elementos do citoesqueleto subjacentes à membrana<br />

plasmática contribuem para a captura de bactérias.<br />

(02) a presença de enzimas hidrolíticas no lisossomo é<br />

programada por mensagens genéticas no DNA.<br />

(04) Proteínas específicas da membrana, construídas no<br />

retículo endoplasmático rugoso, possibilitam o<br />

reconhecimento das bactérias.<br />

(08) A destruição das bactérias pelo macrófago é<br />

determinada por eventos moleculares na membrana<br />

plasmática.<br />

(16) A energia requerida para a função de defesa do<br />

organismo resulta da atividade mitocondrial na síntese de<br />

ATP.<br />

(32) Ribossomos livres estão envolvidos na síntese de<br />

proteínas com função de digestão dôo material genético<br />

englobado pelo macrófago.<br />

(64) A habilidade do macrófago é uma atividade<br />

coordenada da célula como um todo.<br />

Considerando-se a natureza dessas células, é correto afirmar<br />

que elas:<br />

A) possuem estruturas membranosas que associam<br />

bicamadas lipídicas e proteínas.<br />

B) perdem o núcleo no processo de diferenciação,<br />

estimulado pela presença de microorganismos invasores.<br />

C) necessitam de número reduzido de ribossomos para o<br />

suprimento proteico.<br />

D) exercem seu papel biológico integralmente no interior<br />

do sistema circulatório.<br />

E) apresentam envoltório rígido adaptado à função de<br />

defesa.<br />

14. A participação dessas células na defesa orgânica tem<br />

como base aspectos morfofisiológicos da organização<br />

celular, como:<br />

A) transporte interno dependente de batimentos ciliares.<br />

B) atividade lisossômica associada a um fagossomo.<br />

C) destruição das bactérias por processos de exocitose.<br />

D) dinâmica citoplasmática ligada a processos anaeróbicos.<br />

E) inespecificidade da superfície celular em eventos<br />

endocíticos.<br />

15. A ilustração localiza, no<br />

organismo humano,<br />

a) a produção de hormônios.<br />

b) a produção de hemácias.<br />

c) o mecanismo de defesa<br />

fagocitária.<br />

d) a atuação das plaquetas.<br />

e) a produção de linfócitos.<br />

TECIDO MUSCULAR<br />

Sendo de origem mesodérmica, a principal<br />

característica deste tecido é sua capacidade de contração e<br />

distensão, fato que possibilita a movimentação de membros<br />

e órgãos viscerais.<br />

Suas células são denominadas de fibra muscular e são<br />

de três tipos: fibra muscular lisa, estriada esquelética e<br />

estriada cardíaca. Por serem tipos celulares de elevado grau<br />

de especialização, algumas estruturas recebem designações<br />

específicas assim membrana plasmática e retículo<br />

endoplasmático são, respectivamente, sarcolema e retículo<br />

sarcoplasmático.


Características gerais das fibras musculares<br />

Características Lisa<br />

Estriada Estriada<br />

esquelética cardíaca<br />

Forma Fusiforme Filamentar<br />

Filametar<br />

ramificada<br />

Estrias<br />

transversais<br />

Ausentes Presente Presente<br />

Discos<br />

intercalares<br />

Ausente Ausente Presente<br />

Contração<br />

Lenta, Rápida Rápida,<br />

involuntária voluntária involuntária<br />

Distribuição<br />

Órgãos Músculos Formam o<br />

viscerais esqueléticos coração<br />

Cor Branca Vermelha Vermelha<br />

Núcleos 1 central<br />

Vários<br />

periféricos<br />

1 central<br />

Estrutura da fibra muscular estriada esquelética<br />

Um músculo consiste num conjunto de feixes<br />

complexos de fibras musculares conforme o esquema<br />

abaixo.<br />

O padrão de estriação (listras) é justificado pela<br />

suposta distribuição das proteínas que compõem a<br />

miofibrila. O esquema destaca uma porção da miofibrila<br />

denominada de sarcômero ou miômero. Essa porção é a<br />

unidade funcional da fibra muscular (miofibrila). Trata-se<br />

da menor parte da miofibrila com capacidade de contração.<br />

A microscopia revelou ainda, que, a partir do sarcolema<br />

surgem<br />

invaginações<br />

que formam<br />

uma rede de<br />

túbulos<br />

anastomosados<br />

envolvendo as<br />

miofibrilas<br />

sendo<br />

denominada de<br />

sistema T.<br />

Entre os<br />

túbulos<br />

observa o<br />

retículo sarcoplasmático.<br />

Essas estruturas participam ativamente do transporte<br />

ativo de íons, fundamental para o desencadeamento das<br />

contrações musculares.<br />

As conexões entre os nervos e os músculos ocorrem em<br />

regiões específicas denominadas de sinapses motoras ou<br />

placas motoras. É nessa região, sob estímulo nervoso, que<br />

inicia-se a contração muscular.<br />

Uma túnica de tecido conjuntivo fibroso,<br />

epimísio, envolve todo o músculo externamente. Em<br />

seguida, mais internamente, observamos um conjunto de<br />

feixes grossos envolvido pelo mesmo tipo de tecido,<br />

perimísio. Por fim um feixe de fibras musculares<br />

envolvidas pelo endomísio. Internamente, a fibra muscular<br />

é estruturada com um conjunto de filamentos de duas<br />

proteínas, actina e miosina, denominados de miofibrilas.<br />

A análise, ao microscópio eletrônico, revela os<br />

padrões de estrutural das estrias. A seguir (imagem<br />

inferior), supostamente, o padrão de distribuição das<br />

proteínas na estruturação da miofibrila.<br />

A contração muscular<br />

O mecanismo de contração muscular consiste no<br />

encurtamento das fibras musculares e, consequentemente<br />

dos músculos. Ao nível da miofibrila, se dá a partir do<br />

deslizamento dos filamentos de actina por entre os<br />

filamentos de miosina, resultando no encurtamento do<br />

sarcômero.<br />

A química da contração<br />

Teoricamente, a fibra muscular recebe um estímulo<br />

nervoso que desencadeia um conjunto simultâneo de<br />

respostas:<br />

I- O retículo sarcoplasmático e o sistema T liberam íons<br />

cálcio (Ca ++) e magnésio(Mg ++ ) para o citoplasma.<br />

II- Em presença desses íons, a moisina adquire propriedade<br />

ATPásica, desfosoforilando o ATP.<br />

361


III - A energia libera provoca o deslizamento dos<br />

filamentos de actina por entre os filamentos de miosina,<br />

promovendo o encurtamento dos sarcômeros e,<br />

conseqüente das miofibrilas e da fibra muscular como um<br />

todo.<br />

Exercícios<br />

01. (UFSC) O tecido muscular liso possui células<br />

a) bifurcadas, plurinucleadas, de contração lenta e<br />

involuntária.<br />

b) fusiformes, uninucleadas, de contração lenta e<br />

involuntária.<br />

c) fusiformes, plurinucleada, de contração lenta e<br />

voluntária.<br />

d) cilíndricas, uninucleadas, de contração rápida e<br />

involuntária.<br />

e) cilíndricas, binucleadas, de contração rápida e voluntária.<br />

02. (UFMG) Todas as alternativas apresentam<br />

componentes do corpo humano que possuem tecido<br />

muscular na sua estrutura fundamental, exceto:<br />

a) as artérias.<br />

b) o coração.<br />

c) os alvéolos pulmonares.<br />

d) os brônquios.<br />

e) os intestinos.<br />

03. (UNEB-BA) O músculo cardíaco é:<br />

a) estriado e voluntário.<br />

b) estriado e involuntário.<br />

c) liso e voluntário.<br />

d) liso e involuntário.<br />

e) liso ou estriado e sempre involuntário.<br />

362<br />

Vias metabólica da contração muscular<br />

Preferencialmente, a atividade muscular é<br />

energeticamente sustentada pelo processo de respiração<br />

aeróbica. No entanto, nossos músculos não param! Assim a<br />

demanda energética é muito grande e, muitas vezes, apenas<br />

a respiração aeróbica não consegue suprir as necessidades<br />

da fibra muscular, obrigando a célula recorrer a processos<br />

anaeróbicos como a fermentação lática. Com a realização<br />

da fermentação e o acúmulo de seus resíduos – ácido lático<br />

advém as dores musculares, as cãibras.<br />

Em algumas circunstâncias, sob a ação da enzima<br />

mioquinase, duas moléculas de ATP reagem formando<br />

moléculas de ATP.<br />

Quando, ainda assim, a demanda energética é elevada,<br />

a fibra muscular pode recorre a outra via metabólica a partir<br />

a creatina-fosofato. Essa molécula funciona como reserva<br />

de energia, retendo íons P que podem ser utilizados para<br />

recompor o ATP a partir do ADP conforme esquema.<br />

04. (UERJ) Com o objetivo de<br />

demonstrar em laboratório a<br />

importância de certos fatores no<br />

processo de contração da célula<br />

muscular estriada, um<br />

pesquisador colocou células<br />

musculares em recipientes com<br />

solução fisiológica, aos quais diferentes fatores foram<br />

adicionados, conforme está representado no esquema<br />

abaixo:<br />

O número que indica o recipiente onde se observou a<br />

contração muscular é:<br />

a) I.<br />

b) 2.<br />

c) 3.<br />

c) 4.<br />

e) 5.<br />

05. (Cesgraririo-RJ) Usando o código abaixo, associe os<br />

tipos de fibras musculares com suas características<br />

estruturais, funcionais ou sua localização:<br />

I. Músculo liso


II. Músculo esquelétíco<br />

III. Músculo cardíaco<br />

( ) Não apresenta estriação transversa.<br />

( ) Existe Na parede dos vasos sangüíneos e das vísceras<br />

ocas abdominais.<br />

( ) Contrai-se sob controle voluntário. Existe no corpo em<br />

maior quantidade (massa) do que os outros tipos de<br />

músculo.<br />

( ) Apresenta estriação transversa mas não está sob controle<br />

voluntário,<br />

09. (UFSC) Qual dos<br />

gráficos abaixo melhor<br />

representa a resposta<br />

de uma única fibra<br />

muscular à variação da<br />

intensidade do<br />

estímulo sobre ela<br />

praticado?<br />

A seguir, indique entre as respostas abaixo a que apresentar<br />

a seqüência adequada de números:<br />

a) I, lI, lI, lII<br />

b) lI, lI, lI, II<br />

c) II, I, II, II<br />

d) III, I, I, III<br />

e) I, I, lI, lI<br />

06. (Cesgravirio-RJ) A energia imediata que supre o<br />

processo de contração muscular é derivada de ligações<br />

ricas em energia provenientes de:<br />

a) trifosfato de adenosina.<br />

b) creatina-fosfato.<br />

c) O ácido fosfoenol pirúvico.<br />

d) difosfato de adenosina.<br />

e) Nenhuma das anteriores.<br />

07. (UFOP-MG) O tecido muscular liso caracteriza-se por:<br />

a) ausência de estrias e contrações lentas e involuntárias,<br />

b) ausência de estrias e contrações rápidas e involuntárias,<br />

c) ausência de estrias e contrações lentas e voluntárias.<br />

d) presença de estrias e contrações lentas e voluntárias.<br />

e) presença de estrias e contrações rápidas e voluntárias.<br />

08. (Cesesp-PE) A estriação transversal das fibras<br />

musculares esqueléticas é uma expressão da natureza e<br />

organização das mioifibrílas. O sarcoplasma apresenta<br />

faixas claras (isotrópicas), em cuja porção central<br />

distinguimos a linha Z, e faixas mais densas (anisotrópicas),<br />

que apresentam em sua porção central a zona H. Podemos<br />

afirmar que o sarcômero está delimitado:<br />

a) por duas zonas H.<br />

b) por duas faixas A.<br />

c) pelos limites de cada faixa A.<br />

d) por duas linhas Z.<br />

e) pelos limites de cada faixa.<br />

10. (UFF-RJ) O esquema<br />

abaixo representa os<br />

componentes de um arco<br />

reflexo. Identifique as<br />

estruturas enumeradas e<br />

escolha a sequência<br />

adequada:<br />

( ) neurônio sensitivo<br />

( ) neurônio motor<br />

( ) neurônio intermediário<br />

( ) placa motora receptor sensitivo<br />

a) 1, 3, 2, 4, 5.<br />

b) 1, 2, 3, 4, 5.<br />

c ) 5, 2, 3, 4, 1.<br />

d) 2, 4, 3, 5, 1.<br />

e) 2, 3, 4, 5, 1.<br />

11. (UA-AM) No esquema,a<br />

seguir, A, B e C são,<br />

respectivamente, neurônios:<br />

a) motor, associativo e<br />

sensorial.<br />

b) sensorial, motor e associativo.<br />

c) sensorial, associativo e motor.<br />

d) motor, sensorial e associativo.<br />

12. (Cesgranrio-RJ) As<br />

características -estruturais<br />

das células, bem como a<br />

associação entre &as,<br />

servem como base<br />

morfológica para a<br />

classificação dos tecidos<br />

animais em quatro tipos.<br />

Foram desenhados abaixo quatro tipos de tecidos.<br />

Assinale a opção correta:<br />

I II III IV<br />

a Nervoso Conjuntiv Epitelial Muscular<br />

o<br />

363


364<br />

b Muscular Epitelial Conjuntiv Nervoso<br />

o<br />

c Epitelial Muscular Conjuntiv Nervoso<br />

o<br />

d Muscular Nervoso Epitelial Conjuntiv<br />

o<br />

e Conjuntiv<br />

o<br />

Epitelial muscular Nervoso<br />

13. (Unirio-RJ) Associe as colunas e assinale a alternativa<br />

correta.<br />

1. Tecido epitelial<br />

2. Tecido muscular<br />

3. Glândula endócrina<br />

4. Glândula exócrina<br />

5. Tecido sanguíneo<br />

t- Hipófise<br />

u. Células dotadas de contração<br />

v. Estratificado, queratinizado na superfície<br />

x. Tireóide<br />

z. Tecido mielóide<br />

A opção que apresenta a associação correta é:<br />

A) 1, t; 2, v; 3, u; 4, z; 5, x.<br />

b) 1, v; 2, u, 3, x; 4, t; 5, z.<br />

c )1, v; 2, v; 3, z; 4, x; 5, t.<br />

d) 1, v; 2, u; 3, t; 3, x; 5, z.<br />

e) 1, z; 2, v; 4, t; 4, x; 5, z.<br />

14. (UFV-MG) Preocupados com a boa forma física, os<br />

frequentadores de uma academia de ginástica discutiam<br />

sobre alguns aspectos da musculatura corporal. Nessa<br />

discussão, as seguintes afirmativas foram feitas.<br />

I– O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior<br />

parte da musculatura do corpo humano.<br />

II – O tecido muscular liso é responsável direto pelo<br />

desenvolvimento dos glúteos e coxas.<br />

III– O tecido muscular estriado cardíaco, por ser de<br />

contração involuntária, não se altera com o uso de<br />

esteróides anabolizantes.<br />

Analisando as afirmativas, pode-se afirmar que:<br />

a) I, I e III estão corretas.<br />

b) apenas II está correta.<br />

c) apenas I e II estão corretas.<br />

d) apenas I está correta.<br />

e) apenas II e III estão corretas.<br />

15. (UFMS) O tecido glandular, cujas células são altamente<br />

especializadas na secreção de determinadas substâncias, é<br />

uma variedade do tecido epitelial.<br />

Com relação ao tecido glandular e seus produtos de<br />

secreção é correto afirmar:<br />

01. Os testículos, produtores de testosterona, e os ovários,<br />

que produzem progesterona, são classificados como<br />

glândulas endócrinas, pois lançam essas substâncias<br />

diretamente na corrente sanguínea.<br />

02. A saliva é um tipo de secreção glandular.<br />

04. As glândulas sudoríparas são classificadas como<br />

exócrinas, pois lançam seu produto para o exterior do<br />

organismo.<br />

08. As secreções de todas as glândulas são denominadas<br />

hormônios.<br />

16. (UFF-RJ) O tecido epitelial do intestino apresenta<br />

microvilosidades, que correspondem a um recurso utilizado<br />

para:<br />

a) facilitar seu movimento.<br />

b) aumentar sua superfície de absorção.<br />

c) obter mais energia.<br />

d) manter sua morfologia.<br />

e) evitar a perda excessiva de água.<br />

17. (UFMG) Qual dos seguintes tecidos é capaz de realizar<br />

as funções de proteção, absorção e secreção?<br />

a) Conjuntivo propriamente dito.<br />

b) Epitelial.<br />

c) Nervoso.<br />

d) Ósseo.<br />

e) Nenhum desses tecidos.<br />

18. (PUC-SP) Indique a afirmativa incorreta.<br />

a) O tecido epitelial de revestimento caracteriza-se por<br />

apresentar células justapostas com muito pouco material<br />

intercelular.<br />

b) As principais funções do tecido epitelial são:<br />

revestimento, absorção e secreção.<br />

c) Na pele e nas mucosas encontramos epitélios de<br />

revestimento.<br />

d) A camada de revestimento interno dos vasos sangüíneos<br />

é chamada endotélio.<br />

e) Os epitélios são ricamente vascularizados no meio da<br />

substância intercelular.<br />

19. (Puccamp-SP) Tecido conjuntivo denso, com<br />

predominância de fibras colágenas orientadas<br />

paralelamente, portanto bastante resistente mas pouco<br />

elástico, é o que forma:<br />

a) os músculos.<br />

b) os tendões.<br />

c) as mucosas.<br />

d) as cartilagens.<br />

e) a derme.<br />

20. (Fuvest-SP) Além da sustentação do corpo, são funções<br />

dos ossos:<br />

a) armazenar cálcio e fósforo; produzir hemácias e<br />

leucócitos.<br />

b) armazenar cálcio e fósforo; produzir glicogênio.


c) armazenar glicogênio; produzir hemácias e leucócitos.<br />

d) armazenar vitaminas; produzir hemácias e leucócitos.<br />

e) armazenar vitaminas; produzir proteínas do plasma.<br />

21. (UFSC) Os tecidos conjuntivos são responsáveis,<br />

basicamente, pelo preenchimento dos espaços entre<br />

estruturas do nosso organismo.<br />

Indique a(s) proposição(ões) que é(são) verdadeira(s), em<br />

referência a esses tecidos.<br />

01. A pele e as glândulas são exemplos de estruturas<br />

formadas, exclusivamente, por esses tecidos.<br />

02. São ricos em substância intersticial.<br />

04. O tecido adiposo localiza-se abaixo do tecido muscular.<br />

08. O tecido ósseo apresenta substância intersticial muito<br />

fluida.<br />

16. O colágeno é uma proteína produzida por células do<br />

tecido conjuntivo propriamente dito.<br />

32. O tecido cartilaginoso forma o pavilhão da orelha e os<br />

anéis da traquéia.<br />

22. (Cesgranrio-RJ) O excesso de substâncias energéticas<br />

ingeridas pelos animais é transformado e armazenado no<br />

tecido:<br />

a) adiposo.<br />

b) ósseo.<br />

c) epitelial.<br />

d) glandular.<br />

e) cartilaginoso.<br />

23. (UCDB-MT) Considere as proposições:<br />

I. O tecido muscular estriado esquelético é de contrações<br />

rápidas e involuntárias.<br />

II. O tecido muscular estriado cardíaco é de contrações<br />

rápidas e voluntárias.<br />

III. O tecido muscular liso é de contrações lentas e<br />

involuntárias.<br />

É correto afirmar que:<br />

a) apenas I e II são verdadeiras.<br />

b) todas são falsas.<br />

c) apenas I e III são verdadeiras.<br />

d) todas são verdadeiras.<br />

e) somente III é verdadeira.<br />

24. (PUC-RS) Observando-se uma dada célula, pode-se<br />

verificar que seu citoplasma apresenta grande número de<br />

filamentos protéicos, destacando-se os de actina. Entre estes<br />

filamentos, encontram-se numerosos mitocôndrios.<br />

Essas características devem pertencer a uma célula<br />

especializada na:<br />

a) nutrição.<br />

b) reprodução.<br />

c) secreção.<br />

d) excreção.<br />

e) contração.<br />

25. (PUC-MG) São dadas, abaixo, algumas características<br />

de três tipos de tecidos musculares animais:<br />

I. Possui apenas um núcleo, com contração relativamente<br />

lenta.<br />

II. Apresenta células cilíndricas extremamente longas,<br />

multinucleadas, de contração rápida e voluntária.<br />

III. Tem células normalmente mononucleadas, de<br />

contrações rápidas e involuntárias, com presença de discos<br />

intercalares.<br />

As características se referem, respectivamente, aos<br />

seguintes tecidos musculares:<br />

a) liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.<br />

b) estriado esquelético, liso e estriado cardíaco.<br />

c) estriado cardíaco, liso e estriado esquelético.<br />

d) liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.<br />

e) estriado cardíaco, estriado esquelético e liso.<br />

26. (MACK-SP) Indique a alternativa incorreta a respeito<br />

do tecido nervoso:<br />

a) As extremidades dos axônios apresentam vesículas<br />

contendo substâncias chamadas neurotransmissores.<br />

b) Os dendritos recebem os impulsos vindos dos axônios.<br />

c) As células de Schwann formam a bainha de mielina nos<br />

axônios.<br />

d) Os neurônios amielínicos conduzem estímulos mais<br />

rapidamente que os neurônios mielínicos.<br />

e) O impulso nervoso se baseia no mecanismo de transporte<br />

ativo da bomba de sódio e potássio.<br />

27. (Unifor-CE) Considere os componentes de um<br />

neurônio:<br />

I. Axônio<br />

II. Dendrito<br />

III. Corpo celular<br />

Um impulso nervoso chega a um músculo percorrendo a<br />

seqüência:<br />

a) I II III<br />

b) I III II<br />

c) II I III<br />

d) II III I<br />

e) III II I<br />

28. (UFV-MG) Indique a alternativa que contém tecidos<br />

com maior capacidade de regeneração.<br />

a) conjuntivo e epitelial<br />

b) nervoso e ósseo<br />

c) epitelial e cartilaginoso<br />

d) muscular e nervoso<br />

e) muscular e ósseo<br />

365


29. (UFV-MG) A tabela abaixo relaciona quatro tipos de<br />

tecidos animais (I, II, III e IV) e algumas de suas<br />

Tecidos Características<br />

Células separadas por grande quantidade<br />

I<br />

de material intercelular.<br />

Células que possuem extensos prolongamentos<br />

II<br />

e liberam substâncias neurotransmissoras.<br />

Células fusiformes que apresentam em seu<br />

III citoplasma inúmeros microfilamentos<br />

constituídos por actina e miosina.<br />

Células justapostas e unidas por pouca<br />

IV<br />

quantidade de material intercelular.<br />

características.<br />

Das alternativas abaixo, aquela cuja seqüência de tecidos<br />

corresponde, respectivamente, aos números I, II, III e IV é:<br />

a) conjuntivo, nervoso, epitelial, muscular.<br />

b) epitelial, muscular, nervoso, conjuntivo.<br />

c) conjuntivo, nervoso, muscular, epitelial.<br />

d) muscular, epitelial, nervoso, conjuntivo.<br />

e) epitelial, nervoso, muscular, conjuntivo.<br />

30. A coagulação do sangue decorre de reações químicas<br />

com forma de evitar a perda de sangue quando das lesões<br />

dos tecidos. Já a aglutinação decorre da reação entre<br />

antígeno e anticorpo, esta última caracteriza o mecanismo<br />

básico de defesa do organismo pelo sistema imunológico.<br />

Sobre os dois processo acima definidos podemos inferir.<br />

(01) A coagulação depende da conversão de fibrinogênio<br />

em fibrina através da tromboquinase.<br />

(02) A coagulação do sangue, é naturalmente impedida pela<br />

ação da heparina.<br />

(04) A reação antígeno anticorpo obedece ao mecanismo<br />

chave-fechadura das reações enzimáticas.<br />

(08) O sistema de defesa do organismo atua exclusivamente<br />

do modo descrito acima.<br />

(16) O processo de coagulação depende de atividade do<br />

tecido ósseo.<br />

(32) A vitamina K é dita anti-hemorrágica. Atua<br />

especificamente na conversão de fibrinogênio em fibrina.<br />

366


BOTÂNICA<br />

CLASSIFICAÇÃO VEGETAL – VISÃO<br />

GERAL E SIMPLIFICADA<br />

A botânica é o ramo da biologia que estuda os vegetais.<br />

Consideraremos como sendo vegetais, todos os organismos<br />

eucariontes, pluricelulares e autótrofos fotossintetizantes.<br />

Para uma melhor compreensão da estrutura desse reino<br />

de grande diversidade, torna-se necessário considerarmos<br />

uma classificação dos principais grupos e dos critérios que<br />

levaram á essa classificação.<br />

Os vegetais podem quando considerados os aspectos<br />

estruturais e reprodutivos, serem classificados em dois<br />

grandes grupos: inferiores ou criptógamas e superiores<br />

fanerógamas. São considerados vegetais inferiores, os<br />

organismos que não apresentam estruturas reprodutoras do<br />

tipo flor, não obstante outras estruturas reprodutoras<br />

estarem presentes. A denominação de criptógamas está<br />

associada ao fato das estruturas reprodutoras não serem<br />

facilmente observáveis – crypto = escondido / gamas =<br />

gametas. Estruturalmente, os vegetais inferiores podem ou<br />

não apresentar divisões funcionais – órgãos. As algas não<br />

apresentam folha, caule, raiz e flores. Esses vegetais são<br />

constituídos simplesmente por um conjunto de células sem<br />

diferenciação tecidual ou de órgãos. Nas briófitas,<br />

primeiros vegetais a avançar no continente, no sentido de<br />

conquistar o ambiente terrestre, observamos estruturas que<br />

se assemelham às folhas caules e raízes que, por não<br />

apresentaram um sistema de transporte de nutrientes, são<br />

denominadas respectivamente de filóide, caulóide e<br />

rizóides. O fato de não possuírem um sistema vascular,<br />

limita o seu crescimento, sendo, portanto vegetais de<br />

pequeno porte, cuja distribuição de nutrientes depende dos<br />

lentos mecanismos de difusão. Outro grupo de vegetais – as<br />

pteridófitas, evolutivamente melhor sucedida, conquista o<br />

ambiente terrestre, sobretudo por apresentar uma inovação<br />

fisiológica – o sistema vascular. Esse sistema possibilita o<br />

desenvolvimento de vegetais de maior porte e as<br />

denominações para folhas, caules e raízes verdadeiras.<br />

Os vegetais inferiores, por não apresentarem flores,<br />

apresentam consideráveis limitações para ocuparem os<br />

ambientes terrestres, uma vez que a ocorrência dos<br />

processos reprodutivos dependerem da água para o<br />

transporte dos gametas que são flagelados.<br />

Assim, conclui-se que a evolução dos vegetais e a<br />

conquista do ambiente terrestre ocorreram no sentido de<br />

“desenvolver” estruturas para o transporte de nutrientes e de<br />

não mais depender da água para a reprodução.<br />

A postulada independência da água é conseguida a partir<br />

do grupo das gimnospermas, que passam a apresentar, pela<br />

primeira vez, na escala evolutiva vegetal, um órgão<br />

especializado para a reprodução – a flor, denominada de<br />

estróbilo. Paralelamente ao surgimento da flor, os vegetais<br />

passam a apresentar grãos de pólen e sementes. É o grão de<br />

pólen que, através do vento, transporta o gameta masculino<br />

até a estrutura feminina – o óvulo, que após o processo de<br />

fecundação guardará no seu interior um embrião latente<br />

com reservas nutritivas para a sua germinação – a semente.<br />

O próximo passo evolutivo é conseguido pelo grupo das<br />

angiospermas que apresenta nas suas flores a estrutura<br />

denominada de ovário. O ovário após a fecundação<br />

desenvolve-se e revestindo a semente converte-se em fruto.<br />

As flores das angiospermas apresentam uma série de<br />

estruturas que atraem insetos, pássaros e por despertarem<br />

interesse nutritivo e econômico para o homem conseguiram,<br />

mais facilmente que as gimnospermas, se dispersarem pelo<br />

planeta, sendo um grupo evolutivamente melhor sucedido.<br />

As angiospermas constituem dois grupos vegetais, que<br />

em função de apresentarem um ou dois cotilédones são<br />

denominadas, respectivamente, de monocotiledôneas e<br />

dicotiledôneas(eudicotiledoneas).<br />

Cotilédones são estruturas existentes nas sementes,<br />

constituindo-se numa reserva nutritiva ou promovendo a<br />

transferência desses nutrientes do endosperma para o<br />

embrião.<br />

367


diferenciam-se em gametas masculinos ou femininos.<br />

Da união entre esses gametas resulta uma célula ovo ou<br />

zigoto (2n). Esse zigoto sofre meiose ou divisão<br />

reducional (R!), dando origem a 4 células haplóides (n)<br />

. Estas células sofrem várias mitoses originando assim<br />

um indivíduo haplóide que reinicia o ciclo. Os<br />

organismos que realizam esse tipo de ciclo de vida, a<br />

meiose é dita zigótica ou inicial. Esse ciclo ocorre em<br />

algas.<br />

b) Diplontes ou diplobiontes: os indivíduos do ciclo são<br />

diplóides. Eles produzem gametas haplóides por<br />

meiose, após a fecundação origina-se o zigoto diplóide<br />

que por mitoses sucessivas dá origem ao indivíduo<br />

diplóide que reiniciará o ciclo. A meiose, nesse caso,<br />

por ocorrer no indivíduo diplóide, é dita gamética ou<br />

final. Esse ciclo ocorre em certas algas, fungos em todos<br />

os animais.<br />

OBS.: Briófitas, pteridófitas e fanerógamas, por passarem por um<br />

estágio de embrião durante seus ciclos de vida, são denominadas<br />

de EMBRIÓFITAS.<br />

Pteridófitas e fanerógamas, por possuírem sistema vascular, são<br />

denominadas de TRAQUEÓFITAS.<br />

As fanerógamas, por produzirem sementes, são denominadas<br />

de ESPERMATÓFITAS.<br />

ENDOSPERMA: Tecido presente dentro da semente cuja função<br />

é nutrir o embrião das fanerógamas. Nas gimnospermas o<br />

endosperma é representado pelos tecidos do gametófito feminino<br />

haplóide (endosperma primário); nas angiospermas o<br />

endosperma é um tecido triplóide, resultante das duas células<br />

polares femininas com uma das células espermáticas do pólen<br />

(endosperma secundário).<br />

CICLOS REPRODUTORES<br />

Em relação aos tipos de ciclos reprodutores os seres vivos<br />

podem ser:<br />

a) Haplontes ou haplobiontes: os indivíduos do ciclo são<br />

haplóides(n). Algumas células desses indivíduos<br />

c) Haplonte-diplonte ou haplodiplobionte: Em um<br />

mesmo ciclo de vida há alternância de uma fase em que<br />

os indivíduos são haplóides e outra em que os indivíduos<br />

são diplóides. Este fenômeno é denominado de<br />

alternância de gerações ou metagênese. Os indivíduos<br />

diplóides. Possuem células que ao realizarem meiose dá<br />

origem a células haplóides denominadas de esporos(n).<br />

Estes esporos ao serem liberados, fixam-se e, em<br />

condições propícias, dão origem a indivíduos haplóides.<br />

Outras células desses indivíduos haplóides diferenciamse<br />

em gametas(n). Um gameta feminino ao ser<br />

fecundado por um gameta masculino origina um zigoto<br />

368


diplóide que, por sucessivas mitoses, dará origem a<br />

indivíduos diplóides, reiniciando o ciclo.<br />

Neste ciclo, a meiose é dita espórica ou intermediária uma<br />

vez que ela ocorre entra as duas fases da metagênese. Este<br />

ciclo ocorre em muitas algas e em todos os vegetais. Os<br />

Exercícios:<br />

01. (UNIT-2013/2) Em relação às características dos quatro<br />

grupos do Reino Plantae, é correto afirmar:<br />

A) O fato de as briófitas não atingirem grande tamanho<br />

deve-se à dependência de água para reprodução.<br />

B) Apenas nas gimnospermas e angiospermas o transporte<br />

de água é rápido, por difusão de célula a célula.<br />

C) Nas briófitas, o gametófito haploide é a geração mais<br />

desenvolvida e predominante.<br />

D) O xilema é o tecido responsável pelo transporte de seiva<br />

elaborada das folhas para as demais partes da planta.<br />

E) Evolutivamente, o grão de pólen, as flores e frutos<br />

surgem nas angiospermas.<br />

02. ( UNICISAL30-2013) O Ouricuri é uma planta, mas é<br />

também um Ritual Religioso praticado pelos índios do<br />

Nordeste do Brasil. A celebração é realizada num espaço<br />

físico próprio, também denominado Ouricuri, situado no<br />

meio da mata, de caráter restrito, fechado à visitação<br />

pública, exclusiva apenas aos índios e seus convidados. A<br />

prática do Toré, dança ritual consubstanciada da prática do<br />

Ouricuri, além de sua ritualidade, representa aspecto social<br />

e lúdico caracterizado por seus trajes típicos e pinturas<br />

corporal específica de cada etnia. O Ouricurizeiro é<br />

utilizado no artesanato, de cujo material tecem seus trajes<br />

rituais, utensílios cerâmicos, armas de caça e guerra,<br />

adereços, além de instrumentos musicais como o maracá e<br />

a gaita. (funaialagoas.blogspot.com.br).<br />

O Ouricuri, ou licuri (Syagrus coronata), é uma palmeira<br />

bem adaptada às regiões secas e áridas da caatinga que<br />

possui grande potencial alimentício, ornamental e<br />

forrageiro. Sobre as características botânicas desta planta,<br />

marque a opção correta.<br />

A) Seu caule é tipo estipe, geralmente não ramificado,<br />

nitidamente dividido em gomos, apresentando no ápice um<br />

tufo de folhas pinadas com bainha basal, característico das<br />

palmeiras.<br />

B) Por pertencer ao grupo das Gimnospermas, que inclui os<br />

pinheiros, as palmeiras e os ciprestes, não desenvolvem<br />

frutos verdadeiros.<br />

C) A propagação do Ouricuri é feita exclusivamente de<br />

forma sexuada. Após a fecundação, enquanto o zigoto<br />

forma o embrião e dois cotilédones, o núcleo triploide<br />

produz um tecido de reserva, o endosperma, que tem como<br />

função nutrir o embrião. O óvulo fecundado e desenvolvido<br />

origina a semente.<br />

D) Seu sistema radicular fasciculado é típico das<br />

monocotiledôneas.<br />

E) Suas flores não são únicas, apresentando-se reunidas em<br />

inflorescências ou estróbilos.<br />

indivíduos diplóides produtores de esporos são<br />

denominados de esporófitos (2n) enquanto que os<br />

haplóides, produtores de gametas são denominados de<br />

gametófitos (n).<br />

03. Todas as afirmativas estão corretas sobre o esquema<br />

acima, EXCETO.<br />

(A) 1 depende de água para a reprodução.<br />

(B) 2 possui flores dotadas de ovários.<br />

(C) 3 apresenta flores.<br />

(D) 4 tem folhas com nervuras paralelas.<br />

(E) 5 possui raízes pivotantes.<br />

04. Analise e identifique as estruturas abaixo:<br />

Sobre elas escreveu-se correto em:<br />

(a) 1, 2 e 3 são típicas de briófitas<br />

(b) 1, 3 e 6 são típicas de monocotiledôneas.<br />

(c) 3, 4 e 2 são típicas de gimnospermas<br />

(d) 3, 4 e 6 são típicas de gramíneas.<br />

(e) São típicas de fanerógamas, indistintamente.<br />

05. Chamaremos de H o ciclo de vida haplobiôntico, D o<br />

diplobiôntico e HD o haplo-diplobiôntico. Os tipos de<br />

meiose zigótica ou inicial, espórica ou intermediária e<br />

gamética ou final ocorrem, respectivamente, nos<br />

organismos cujos ciclos de vida sejam:<br />

A) D H HD<br />

B) H HD D<br />

C) D HD H<br />

D) HD H D<br />

E) H D HD<br />

06. A conquista definitiva da terra pelas plantas só foi<br />

possível quando estas adquiriram verdadeiros tecidos<br />

condutores. Do ponto de vista geocronológico, as<br />

primeiras plantas com esses tecidos foram as:<br />

A) briófitas B) pteridófitas C) algas D) gimnospermas<br />

E) angiospermas<br />

07. A presença de semente é uma adaptação importante de<br />

certos grupos vegetais ao ambiente terrestre.<br />

369


Caracterizam-se por apresentar sementes:<br />

A) pinheiros e leguminosas<br />

B) gramíneas e avencas<br />

C) samambaias e pinheiros<br />

D) musgos e samambaias<br />

E) gramíneas e musgos<br />

08. Comparando-se uma gimnosperma com uma<br />

angiosperma, foram feitas as seguintes afirmações:<br />

I- Gimnospermas e angiospermas apresentam<br />

polinização.<br />

II- Gimnospermas e angiospermas têm flor e fruto.<br />

III- Apenas angiospermas têm flor e fruto.<br />

Pode-se considerar:<br />

a) apenas I é verdadeira.<br />

b) apenas II é verdadeira.<br />

c) apenas III é verdadeira.<br />

d) I e II são verdadeiras.<br />

e) I e III são verdadeiras.<br />

09. (UESC-2011) A imagem apresentada ilustra o ciclo<br />

reprodutivo presente no grupo dos vegetais.<br />

Considerando-se as características desse tipo de ciclo e as<br />

relações com a evolução do grupo dos vegetais, é possível<br />

afirmar:<br />

01) O ciclo apresenta uma metagênese por alternar uma<br />

etapa assexuada — esporofítica — a partir de uma outra<br />

etapa sexuada — gametofítica.<br />

02) Os esporos, ao serem fecundados, permitem gerar<br />

organismos com o dobro da quantidade de cromossomos em<br />

suas células.<br />

03) O indivíduo gametófito é responsável pela produção de<br />

gametas por uma meiose denominada de espórica.<br />

Após a retirada de um anel completo da casca de um tronco<br />

(anel de Malpighi), analise.<br />

I. A ascensão da seiva elaborada não será prejudicada, ao<br />

contrario do que ocorre com a seiva bruta.<br />

II. Ocorre acumulo da seiva elaborada e formação de um<br />

tecido local.<br />

Estão corretas apenas as afirmativas<br />

A) II e IV.<br />

B) III e V.<br />

C) I, II e V.<br />

D) I, III e IV<br />

12. (UEFS-2008) O cladograma simplificado apresentado a<br />

seguir resume alguns passos da evolução do grupo vegetal.<br />

370<br />

04) A prevalência da etapa esporofítica sobre a etapa<br />

gametofítica, nos principais grupos vegetais, reflete,<br />

provavelmente, uma melhor adaptação desse grupo ao<br />

ambiente terrestre.<br />

05) A etapa esporofítica é haploide como consequência da<br />

germinação de esporos por uma divisão equacional, que<br />

mantêm inalterada o número cromossômico original.<br />

10. (FUVEST-2013) A prática conhecida como Anel de<br />

Malpighi consiste na retirada de um anel contendo alguns<br />

tecidos do caule ou dos ramos de uma angiosperma. Essa<br />

prática leva à morte da planta nas seguintes condições:<br />

11. (UERN-2014) Observe a figura.<br />

III. Ocorre acumulo de seiva bruta e formação de um tecido<br />

local.<br />

IV. As raízes e as demais partes abaixo do corte deixarão<br />

de receber a seiva elaborada.<br />

V. A planta deixa de receber a seiva bruta e perde a fonte<br />

de obtenção de agua e sais, morrendo.<br />

A respeito da evolução desse grupo, é correto afirmar que


A) a história evolutiva do grupo vegetal está associada a<br />

uma migração do ambiente terrestre para o ambiente<br />

aquático.<br />

B) a presença de raiz, caule, folha, flor e semente é inerente<br />

a todos os indivíduos dos grupos representados.<br />

C) a presença de vasos condutores, como uma inovação por<br />

homologia a partir das briofitas, permitiu o aumento do<br />

porte dessas e de todos os outros grupos posteriores.<br />

D) a presença de determinadas inovações evolutivas - como<br />

a independência da água da chuva para a reprodução -<br />

permitiu ao grupo das fanerógamas uma melhor adaptação<br />

ao ambiente terrestre.<br />

E) o advento evolutivo de um embrião protegido pode ser<br />

considerado como um exemplo de analogia entre os grupos<br />

ilustrados.<br />

Questões 13 e 14 - UNEB.<br />

O diagrama mostra a tendência evolutiva em diversos<br />

grupos de vegetais.<br />

13 A partir da análise da ilustração, é possível dizer:<br />

01) Em plantas avasculares, o indivíduo duradouro produz<br />

esporos.<br />

02) A fase esporofítica é transitória na grande maioria dos<br />

vegetais,<br />

03) Alternância de gerações é restrita aos grupos mais<br />

simples de vegetais.<br />

04) A fase gametofítica, em gimnospermas e angiospermas,<br />

é dependente do vegetal adulto.<br />

05) Indivíduos haplóides produzem esporos por divisão<br />

mitótica.<br />

14. Uma tendência evolutiva marcante, dos diversos grupos<br />

de vegetais, está associada.<br />

01) à redução da fase diplóide.<br />

02) à formação de isogametas.<br />

03) à independência de água na fecundação.<br />

04) à preponderância de cicio haplobionte.<br />

05) ao surgimento de anterídeos e arquegônios.<br />

15. (FMTM) Sobre a relação de dependência entre<br />

gametófito e esporófito no ciclo de vida das briófitas e<br />

pteridófitas, pode-se dizer que<br />

(A) nas briófitas, predomina a geração esporofítica, que é<br />

altamente dependente da incipiente geração gametofítica.<br />

(B) nas briófitas, a geração esporofítica é incipiente e<br />

altamente dependente da geração gametofítica.<br />

(C) nas pteridófitas, o predomínio é da geração gametofítica<br />

que depende do esporófito apenas nas primeiras fases da<br />

vida.<br />

(D) tanto em pteridófitas quanto em briófitas, a geração<br />

esporofítica é incipiente e não depende da geração<br />

gametofítica.<br />

(E) nas briófitas, a geração gametofítica é incipiente e<br />

depende do esporófito apenas nas primeiras fases da vida.<br />

.<br />

371


CICLO REPRODUTOR DE UMA<br />

BRIÓFITA<br />

Para demonstrar o ciclo<br />

reprodutor de uma briófita,<br />

tomaremos como referência, o<br />

ciclo reprodutivo de um musgo.<br />

Nesse tipo de musgo, os<br />

gametófitos, estruturas haplóides<br />

e produtoras de gametas, são de<br />

sexos separados (dióicos).<br />

Assim existem gametófitos<br />

masculinos e femininos. Os<br />

gametângios, estruturas<br />

produtoras de gametas,<br />

desenvolvem-se no ápice da<br />

planta, dentro de uma taça<br />

folhosa. Os gametângios<br />

masculinos e femininos são<br />

denominados, respectivamente de<br />

anterídio e arquegônio.<br />

A fecundação ocorre no<br />

período das chuvas ou neblinas,<br />

cujas gotas, servem de meio de<br />

transporte para os anterozóides –<br />

gametas masculinos - atingirem o ápice da planta feminina,<br />

onde já existe água acumulada, esses anterozóides nadam<br />

na direção das oosferas, atraídos, provavelmente pelo<br />

líquido que se forma no canal do arquegônio. Do encontro<br />

com a oosfera, resulta a fecundação e a célula ovo ou zigoto<br />

que é diplóide. O desenvolvimento do zigoto se dá no<br />

interior do arquegônio e, portanto, sobre a planta feminina.<br />

Como conseqüência do desenvolvimento do zigoto, formase<br />

o embrião, que por sua vez dará origem ao esporófito<br />

diplóide. O esporófito é constituído de uma porção basal,<br />

denominada pé, por uma haste ou seta longa e por uma<br />

cápsula apical. Essa cápsula possui uma espécie de capuz<br />

absorvendo umidade do ar e com posterior ressecamento,<br />

abre-se promovendo a liberação dos esporos. Estes esporos<br />

(haplóides) ao caírem no solo propício, geminarão, dando<br />

origem a um sistema de filamentos ramificados<br />

denominados de protonema. O protonema é haplóide e<br />

desenvolve, de pontos em pontos, gemas de onde surgem<br />

novos gametófitos que, após o crescimento e<br />

amadurecimento reinicia o ciclo.<br />

CICLO REPRODUTOR DE UMA PTERIDÓFITA<br />

Na época da reprodução, essas plantas (esporófitos)<br />

produzem esporos no interior de esporângios localizados<br />

nas folhas. Os esporângios ficam reunidos em estruturas<br />

denominados soros, que podem ou não apresentar uma<br />

estrutura de proteção denominada de indúsio.<br />

Os soros geralmente ocorrem na face inferior da folha,<br />

distribuindo-se de várias maneiras, dependendo do tipo de<br />

filicínea. Nas avencas e em algumas samambaias, eles<br />

localizam-se nos bordos da folhas, enquanto, em outras<br />

espécies, ocorrem ao longo das nervuras principais da folha.<br />

Quando maduros, os esporos são liberados dos<br />

esporângios. Esporângios são estruturas diplóides que se<br />

localizam sobre a planta adulta - o esporófito. Após a<br />

eliminação, estes esporos, caindo em substrato adequado,<br />

germinam e dão origem ao gametófito (n), denominado de<br />

prótalo. Como o gametófito das samambaias possui os dois<br />

gametângios (masculino e feminino), ele é dito<br />

hermafrodita ou monóica. Os gametângios femininos<br />

(arquegônios) desenvolvem-se na região superior do<br />

prótalo e os anterídios, na inferior. Quando da maturação,<br />

os gametas masculinos, flagelados (anterozóides), são<br />

eliminados e nadam sobre a lâmina úmida do prótalo,<br />

buscando atingir a oosfera no interior do arquegônio. Ao ser<br />

fecundada, a oosfera dá origem a um zigoto e<br />

posteriormente em um novo esporófito, reiniciando o ciclo.<br />

CICLO REPRODUTIVO DE PTERIDÓFITA<br />

HETEROSPORADA (Selaginella)<br />

372<br />

externo denominada de caliptra, resultante de resquícios<br />

dos tecidos haplóides do arquegônio e recobre a cápsula.<br />

Ao cair, a caliptra descobre o ápice da cápsula, onde existe<br />

o opérculo. Este último, caindo, expõe a abertura da<br />

cápsula, o peristômio, às intempéries do tempo que,<br />

Como exemplo de ciclo de vida de pteridófita<br />

heterosporada, será descrito o da Selaginella. Essas<br />

plantas, do ponto de vista reprodutivo, podem ser<br />

consideradas como sendo um estágio intermediário entre os<br />

vegetais inferiores e os superiores, uma vez que<br />

apresentarem características que indicam a tendência<br />

evolutiva dos processo reprodutivos.<br />

O esporófito produz dois tipos de esporos megásporos e<br />

micrósporos. Estes esporos, ao contrário do que ocorre em<br />

samambaias, não são eliminados dos esporângios quando<br />

estão maduros, iniciando a germinação ainda ligados ao<br />

esporófito. No seu interior, ocorre a formação do<br />

gametófito, fenômeno esse denominado desenvolvimento<br />

endospórico do gametófito, fato ausente nas briófitas e<br />

pteridófitas. Em algumas espécies de Selaginella, o<br />

gametófito desenvolve-se totalmente ligado ao esporófito.<br />

Os megásporos originam megaprótalos, gametófitos<br />

femininos, e os micrósporos originam microprótalos,


gametófitos masculinos. Sendo, portanto, prótalos dióicos.<br />

Nos megaprótalos, formam-se arquegônios, que continuam<br />

produzindo oosferas, enquanto nos microprótalos,<br />

diferenciam-se anterídios, que também continuam<br />

produzindo anterozóides flagelados. Esses gametas são<br />

levados até as oosferas através de respingos de água,<br />

fecundando-as. Após a fecundação, os zigotos formam-se<br />

ainda ligados ao esporófito e, só após a fecundação é que<br />

Este poderia ser um esboço evolutivo do aparecimento de<br />

sementes semelhantemente ao que ocorre com as das<br />

gimnospermas, primeiras fanerógamas a conquistar a<br />

independência da água para reprodução.<br />

os gametófitos, contendo zigotos já formados, e em<br />

desenvolvimento, desprendem-se do esporófito. Ao cair em<br />

solos contendo condições adequadas, dão origem a outros<br />

esporófitos (2n), que reiniciam o ciclo.<br />

Alguns aspectos desse ciclo de vida permitem-nos<br />

compreender como poderia ter ocorrido a passagem<br />

evolutiva das criptógamas para as fanerógamas.<br />

Nesses vegetais já existe uma estrutura que pode ser<br />

considerada um “esboço” de flor: folhas especiais<br />

relacionadas com a reprodução e reunidas em estruturas<br />

denominadas estróbilos, devido à semelhança com as flores<br />

das gimnospermas. Os estróbilos das selaginellas, no<br />

entanto não são flores verdadeiras, pois estas são definidas<br />

como ramos modificados que possuem folhas férteis,<br />

dotadas de estruturas reprodutoras.<br />

Outro aspecto evolutivo interessante, no ciclo de vida das<br />

selaginellas, é a produção de esporos diferentes quanto ao<br />

tamanho e o desenvolvimento endospórico do gametófito,<br />

especialmente do feminino que permanece ligado ao<br />

esporófito até o início do desenvolvimento do embrião.<br />

373


Exercícios<br />

01. (UNIT-2013)<br />

Assinale a afirmativa correta.<br />

A ilustração representa, de forma simplificada, o ciclo de vida<br />

de uma planta do tipo samambaia.<br />

A respeito das características que identificam o ciclo<br />

reprodutivo presente nos vegetais, é correto afirmar:<br />

A) A etapa esporofítica é uma etapa haploide geradora de<br />

esporos através da mitose.<br />

B) Os esporos fecundados dão origem a uma etapa<br />

gametofítica duradoura nas pteridófitas.<br />

C) A meiose é espórica e ocorre no indivíduo diploide,<br />

característico da etapa esporofítica.<br />

D) A metagênese alterna uma etapa sexuada (esporofítica)<br />

com uma etapa assexuada (gametofítica).<br />

E) O prótalo produz gametas por meiose que, ao serem<br />

fecundados, dão origem ao esporófito.<br />

02. (Fuvest-2013) No morango, os frutos verdadeiros são as<br />

estruturas escuras e rígidas que se encontram sobre a parte<br />

vermelha e suculenta. Cada uma dessas estruturas resulta,<br />

diretamente,<br />

a) da fecundação do óvulo pelo núcleo espermático do grão<br />

de pólen.<br />

b) do desenvolvimento do ovário, que contém a semente com<br />

o embrião.<br />

c) da fecundação de várias flores de uma mesma<br />

inflorescência.<br />

d) da dupla fecundação, que é exclusiva das angiospermas.<br />

e) do desenvolvimento do endosperma que nutrirá o embrião.<br />

03. (UERN-2014) No ciclo de vida das pteridófitas, os<br />

esporos liberados atingem o solo e podem desenvolver os<br />

gametângios, também conhecidos como prótalos. No mesmo<br />

individuo, os prótalos diferenciam-se em masculinos e<br />

femininos sendo, portanto, hermafrodita. A figura representa<br />

o prótalo e suas estruturas. Observe.<br />

A) Os arquegônios (II) produzem as oosferas – gametas<br />

femininos.<br />

B) Os arquegônios (I) produzem os anterozoides – gametas<br />

masculinos.<br />

C) Na posição II estão os anterídios, que produzem os<br />

anterozoides – gametas masculinos.<br />

D) Os anterídios estão na posição I, o arquegônio na posição<br />

II e os rizóides na posição III.<br />

04. Na geração alternante esquematizada abaixo:<br />

As estruturas 1, 2, 3, 4 e 5 correspondem, respectivamente, a:<br />

(A) esporófito, esporo, zigoto, gametófito, gameta<br />

(B) esporófito, gameta, zigoto, gametófito, esporo<br />

(C) gametófito, gameta, zigoto, esporófito, gameta<br />

(D) gametófito, gameta, zigoto, esporófito, esporo<br />

(E) gametófito, esporo, esporófito, zigoto, gameta.<br />

05. O diagrama abaixo<br />

representa o ciclo reprodutivo de<br />

certas plantas:<br />

Podemos afirmar corretamente:<br />

(A) V é uma estrutura haplóide<br />

(B) III e IV são órgãos diplóides<br />

(C) A meiose é do tipo espórica<br />

(D) A meiose é do tipo zigótica<br />

(E) II representa o esporângio<br />

06. As figuras I, II e III abaixo esquematizam o ciclo vital de<br />

3 vegetais:<br />

374


Considerando-se a posição da fecundação e da meiose em<br />

cada ciclo, a ordem decrescente de duração relativa da fase<br />

haplóide é:<br />

a) I, II e III<br />

b) I, III e II<br />

c) II, I e III<br />

d) II, III e I<br />

e) III, I e II<br />

07. Os diagramas abaixo esquematizam estágios da evolução<br />

do ciclo vital dos vegetais:<br />

10. As algas apresentam<br />

os três tipos básicos de<br />

ciclos de vida que<br />

ocorrem na natureza.<br />

Esses ciclos diferem<br />

quanto ao momento em<br />

que ocorre a meiose e<br />

quanto à ploidia dos<br />

indivíduos adultos. O<br />

esquema está representado um desses ciclos:<br />

Sobre o ciclo pode-se afirmar:<br />

[a] A célula do tipo I é um esporo haplóide.<br />

[b] O indivíduo X é o esporófito.<br />

[c] O indivíduo X surge por meiose.<br />

[d] A meiose é do tipo zigótica.<br />

[e] A célula do tipo I surge por mitose.<br />

Da análise desses diagramas, conclui-se que a tendência<br />

evolutiva foi:<br />

(A) a predominância da fase gametofítica<br />

(B) a predominância da fase esporofítica<br />

(C) a extinção da fase esporofítica<br />

(D) o desenvolvimento aproximadamente igual das duas<br />

fases GAMETOFÍTICA e ESPOROFÍTICA<br />

(E) o desenvolvimento apenas da fase gametofítica ou da<br />

fase esporofítica, a depender da espécie vegetal.<br />

08. No ciclo de vida dos vegetais há alternância de uma<br />

geração esporofítica com uma gametofítica. Na evolução dos<br />

vegetais pluricelulares, o gametófito:<br />

(A) Desenvolveu-se, mantendo-se autótrofo<br />

(B) Desenvolveu-se e passou de heterótrofo a autótrofo<br />

(C) Reduziu-se, mantendo-se autótrofo<br />

(D) Reduziu-se, mantendo-se heterótrofo<br />

(E) Reduziu-se e passou de autótrofo a heterótrofo<br />

09. É errado dizer que as briófitas, como conseqüência do<br />

fato de não possuírem vasos condutores:<br />

(A) atingem um tamanho pequeno<br />

(B) apresentam uma acentuada metagênese<br />

(C) transportam a água lentamente, por difusão<br />

(D) vivem preferencialmente em locais úmidos<br />

(E) são menos evoluídas que as pteridófitas<br />

11. O esquema abaixo é o ciclo de vida de uma pteridófita.<br />

Baseado nele escolha a alternativa correta.<br />

a) 1 é denomina-se<br />

esporófito e é<br />

uma<br />

forma diplóide<br />

b)2<br />

denomina-se arquegônio e é uma forma diplóide<br />

c) 3 denomina-se gametófito feminino e é uma<br />

forma diplóide<br />

d) 4 denomina-se gametófito masculino e é uma<br />

forma diplóide<br />

e) 1, 2, 3 e são formas haplóides.<br />

12. As briófitas e as pteridófitas são vegetais que se<br />

reproduzem por metagênese, alternando as fases de<br />

esporófito e gametófito.<br />

Assinale, entre as alternativas abaixo, a que for correta.<br />

a) nas briófitas, o esporófito é a fase mais desenvolvida e<br />

duradoura.<br />

b) nas pteridófitas, o gametófito é a fase mais desenvolvida e<br />

duradoura.<br />

c) nas pteridófitas, o gametófito é o prótalo, sendo a fase mais<br />

duradoura.<br />

d) nas briófitas, o esporófito é o protonema, sendo diplóide.<br />

375


e) nas briófitas, o gametófito é a fase assexuada e haplóide.<br />

13.(ENEM-2012) A imagem representa o processo de<br />

evolução das plantas e algumas de suas estruturas. Para o<br />

sucesso desse processo, a partir de um ancestral simples, os<br />

diferentes grupos vegetais desenvolveram estruturas<br />

adaptativas que lhes permitiram sobreviver em diferentes<br />

ambientes.<br />

Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para<br />

uma maior diversidade genética?<br />

A As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea.<br />

B Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular.<br />

C Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada.<br />

D Os frutos, que promovem uma maior eficiência<br />

reprodutiva.<br />

E Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da seiva<br />

bruta.<br />

CICLO REPRODUTOR DE GIMNOSPERMAS<br />

Como referência do ciclo de vida das gimnospermas,<br />

abordaremos o ciclo do pinheiro do gênero Pinus.<br />

Nesses vegetais as<br />

estruturas<br />

envolvidas com a<br />

reprodução sexuada<br />

são os estróbilos.<br />

Observamos nesse<br />

ciclo, assim como<br />

nas pteridófitas<br />

heterosporadas e nas<br />

angiospermas, a<br />

formação de<br />

micrósporos e de<br />

megásporos. No<br />

entanto, nas<br />

gimnospermas, ao<br />

contrário do que<br />

ocorre nas<br />

Selaginellas, não há<br />

os dois tipos de esporos em um mesmo estróbilo: existem os<br />

estróbilos produtores de micrósporos denominados de<br />

microstróbilos ou estróbilos masculinos, e os estróbilos<br />

produtores de megásporos, denominados megastróbilos ou<br />

estróbilos femininos. Os estróbilos das gimnospermas são<br />

flores.<br />

Os estróbilos masculinos e os femininos nos Pinus<br />

ocorrem em um mesmo indivíduo. Nos microstróbilos<br />

desenvolvem-se microesporângios, no interior dos quais<br />

formam-se, vários micrósporos. Protegidos pela parede do<br />

esporo, os micrósporos dão origem aos gametófitos<br />

masculinos, falando-se, nesse caso, em desenvolvimento<br />

endospórico do gametófito. O gametófito masculino é<br />

formado inicialmente por quatro células. Duas degeneram,<br />

ficando apenas a célula do tubo, ou vegetativa, e a célula<br />

geradora. A parede do micrósporo desenvolve duas<br />

projeções laterais em formas de asas. Sob essa forma, o<br />

micrósporo é denominado de grão de pólen sendo, portanto<br />

o<br />

gametófito<br />

masculino.<br />

Nos<br />

megastróbilos, desenvolvem-se os megasporângios, cada<br />

um deles revestido por tegumento. Esses megasporângios<br />

revestidos por tegumento recebe o nome de óvulo. Em<br />

gimnospermas, portando, o óvulo não é o gameta feminino.<br />

376


Em cada óvulo existe um orifício no tegumento denominado<br />

micrópila e no seu interior, uma única célula origina quatro<br />

células haplóides, ao sofrer meiose. Destas, três degeneram e<br />

apenas uma passa a ser o megásporo funcional (n).<br />

Quando do período de reprodução, ocorrendo a<br />

polinização: os grãos de pólen são liberados, e em função de<br />

suas projeções laterais são, facilmente transportados pelo<br />

vento; e alguns deles podem passar através da micrópila do<br />

óvulo, atingindo uma pequena cavidade do ápice do<br />

megasporângio, denominada de câmara polínica, que<br />

contém líquido secretado pelo óvulo.<br />

Após a polinização, o megásporo funcional, por mitose,<br />

origina um gametófito feminino, onde se diferenciam dois ou<br />

três arquegônios, na região próxima à micrópila. Em cada<br />

arquegônio, diferencia-se apenas um gameta feminino: a<br />

oosfera. Enquanto isso, o grão de pólen, localizado na<br />

câmara polínica, inicia sua germinação. A célula do tubo<br />

desenvolve-se, dando origem a uma estrutura longa<br />

denominada tubo polínico. Essa estrutura perfura os tecidos<br />

do megasporângio até atingir o arquegônio. A célula<br />

geradora divide-se, originando dois, núcleos espermáticos,<br />

que se dirigem para o tubo polínico. Esses núcleos<br />

espermáticos são os gametas masculinos das gimnospermas.<br />

Um deles fecunda a oosfera, gerando um zigoto diplóide; o<br />

outro sofre degeneração. O embrião (2n) permanece no<br />

interior do gametófito feminino (n), que acumula substâncias<br />

nutritivas, dando origem a um tecido nutritivo haplóide<br />

denominado endosperma. Enquanto isso, os tegumentos<br />

endurecem, passando a formar uma casca ou tegumento. Ao<br />

conjunto de casca, megasporângio, endosperma e embrião<br />

dá-se o nome de semente. Esta permanece presa ao estróbilo<br />

até amadurecer, quando ao se desprender e cair no solo,<br />

encontrando condições adequadas, inicia a germinação,<br />

originando um novo indivíduo diplóide, o esporófito que<br />

reiniciará o ciclo.<br />

ÓVULO: megasporângio revestido por tegumento.<br />

SEMENTE: óvulo fecundado e desenvolvido - porta um<br />

embrião (2n).<br />

Partes<br />

constituintes<br />

da semente:<br />

. Casca ou<br />

tegumento<br />

da semente<br />

(2n):<br />

resultante do<br />

espessamento<br />

do tegumento<br />

do óvulo;<br />

.<br />

Megasporângio (2n)<br />

. Embrião (2n): resultante da fusão entre núcleo<br />

espermático e<br />

oosfera - é o esporófito jovem.<br />

. Tecido nutritivo ou endosperma (n): corresponde ao<br />

gametófitofeminino.<br />

ESTRUTURAS QUE SE FORMAM APÓS A<br />

FECUNDAÇÃO E A GERMINAÇÃO<br />

ESPORÓFITO: planta desenvolvida (2n). Possui raiz,<br />

caule, folha, flores e sementes.<br />

MICROSTRÓBILO: flor masculina.<br />

MEGASTRÓBILO: flor feminina.<br />

GAMETÓFITO MASCULINO (n): GRÃO de pólen:<br />

núcleos espermáticos / tubo polínico.<br />

GAMETA FEMININO (n): oosfera.<br />

GAMETÓFITO FEMININO (n): tecido nutritivo ou<br />

endosperma.<br />

377


CICLO REPRODUTOR DE ANGIOSPERMA<br />

Nas angiospermas, as estruturas reprodutoras - as flores,<br />

são bem mais complexas do que os estróbilos das<br />

gimnospermas.<br />

Tal complexidade<br />

se deve à presença<br />

de uma série de<br />

estrutura - os<br />

verticilos florais:<br />

cálice (conjunto<br />

de sépalas),<br />

corola (conjunto<br />

se pétalas),<br />

androceu<br />

(conjunto de<br />

estames) e<br />

gineceu (conjunto de pistilos) As sépalas, geralmente verdes,<br />

servem de suporte para a corola. A corola constitui a parte<br />

colorida da flor e sua beleza ao atrair polinizadores,<br />

possibilitou a co-evolução entre insetos e pássaros. Os<br />

estames correspondem à estrutura reprodutora masculina e<br />

apresentam as estruturas filete e antera. O filete serve de<br />

sustentação para a antera e esta última corresponde ao<br />

esporângio (microsporângios ou sacos polínicos) de onde<br />

originarão os micrósporos e o gametófito que, após<br />

involução, converteu-se em grão de pólen.<br />

A estrutura reprodutora feminina é o pistilo. Cada pistilo<br />

apresenta-se constituído de estigma, estilete e ovário, no<br />

interior do qual encontra-se um ou mais óvulos semelhantes<br />

aos óvulos das<br />

gimnospermas.<br />

O estigma é o ápice do<br />

pistilo e apresenta<br />

pegajoso e retém os grãos<br />

de pólen quando da<br />

polinização. É sobre o<br />

estigma que o pólen inicia<br />

a germinação. O estilete<br />

consiste na região do<br />

pistilo compreendida<br />

entre o estigma e o ovário<br />

– porção basal e dilatada<br />

do pistilo.<br />

As flores podem<br />

apresentar apenas o<br />

androceu ou apenas o<br />

gineceu, respectivamente, plantas estaminadas ou pistiladas,<br />

sendo, portanto flores díclinas ou dióicas. Entretanto, a<br />

maioria delas apresentam androceu e gineceu, sendo assim<br />

denominadas flores monóclinas ou monóicas. Estes tipos,<br />

geralmente apresentam mecanismos que impedem a<br />

autofecundação.<br />

Esse conjunto de verticilos encontra-se inseridos nas<br />

estruturas denominadas de receptáculo floral e no pedicelo.<br />

Quando as flores maturam para reprodução, a célula mãe<br />

do megasporócito<br />

entra em meiose e<br />

origina 4 células<br />

haplóides. Destas,<br />

três degeneram e<br />

uma delas, o<br />

megásporo<br />

funcional, e por<br />

mitoses de seu<br />

núcleo, originam 8<br />

núcleos<br />

haplóides. Esse<br />

conjunto de<br />

células, no interior<br />

do óvulo, é o gametófito feminino ou saco embrionário.<br />

Três desses núcleos dispõem-se na região oposta á<br />

abertura do óvulo – a micrópila, sendo denominadas de<br />

antípodas. Dois deles posicionam-se na região central do<br />

óvulo constituindo os núcleos polares.<br />

Os 3 núcleos restantes vão localizar-se próximo à<br />

micrópila e aí originam três células: 2 laterais, denominadas<br />

sinérgides, e 1 central, denominada oosfera, que é o gameta<br />

feminino.<br />

As estruturas masculinas, pó sua vez liberam os grãos de<br />

pólen. Estes, ao atingirem o estigma flor, aderem-se a ele e<br />

começam a formar o tubo polínico, que penetra no estilete<br />

e cresce até atingir a micrópila de um óvulo. Por meio do<br />

tubo polínico caminham os dois núcleos espermáticos do grão<br />

de pólen, um dos quais fecundará a oosfera, formando o<br />

zigoto diplóide.<br />

O outro núcleo espermático fundir-se-á com os dois<br />

núcleos polares, originando um núcleo triplóide (3n), que se<br />

dividirá intensamente, originando um tecido triplóide, que,<br />

em muitos casos, nutrirá o embrião no início do seu<br />

desenvolvimento. Esse tecido triplóide é o endosperma. As<br />

sinérgides e as antípodas degeneram após a fecundação, o<br />

zigoto divide-se por mitoses sucessivas, formando o<br />

embrião.<br />

Os tegumentos do óvulo sofrem modificações e se<br />

espessam, surgindo, assim a semente, que contém um<br />

esporófito jovem no seu interior. O ovário, por sua vez,<br />

acumula reservas convertendo-se em fruto que guarda a<br />

semente.<br />

TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DOS CICLOS<br />

REPRODUTIVOS DOS VEGETAIS<br />

Da análise comparativa entre os ciclos de<br />

briófitas e pteridófitas, percebemos de imediato uma<br />

diferença: enquanto nas briófitas a geração predominante<br />

é representada pelos gametófitos (G) , nas pteridófitas a<br />

378


fase predominante é a esporofítica (E). Diz-se que G ><br />

E.<br />

com o aumento da quantidade de grãos de pólen no ar, ficam<br />

mais comuns os casos de alergia na população. O pólen,<br />

assim, torna-se um incômodo a mais para aqueles que já<br />

sofrem de alergia a outros elementos, como ácaros e fungos.<br />

Essas alergias são conhecidas como sazonais ou primaveris e<br />

costumam atingir mais os adolescentes e jovens adultos do<br />

que as crianças, provocando crises de asma e rinite alérgica,<br />

sucessão de espirros, coriza e congestão nasal. Marque a<br />

opção incorreta.<br />

A dominância da fase esporofítica sobre a gametofítica é<br />

um marco evolutivo na reprodução dos vegetais. É observado<br />

pela primeira vez nas pteridófitas e assim se mantém até os<br />

vegetais superiores (E > G). O gametófito, que nas briófitas<br />

era a planta do musgo, regride gradativamente, passando de<br />

autótrofo para heterótrofo convertendo-se em estruturas<br />

simples como o grão de pólen e saco embrionário.<br />

Outro aspecto em que diferem os ciclos de vida de<br />

briófitas e pteridófitas refere-se à relação de dependência<br />

entre as gerações gametofítica e esporofítica. No musgo, o<br />

esporófito é uma pequena estrutura, com cápsula (ou<br />

esporângio) na extremidade, que depende em alto grau do<br />

gametófito para sua nutrição. Esta nutrição se dá por meio do<br />

pé do esporófito, enterrado no ápice do gametófito. Já no caso<br />

das pteridófitas, o esporófito é bastante desenvolvido e<br />

independente do gametófito - o prótalo.<br />

No que se refere especificamente à fecundação, tanto<br />

as briófitas quanto as pteridófitas possuem anterozóides<br />

flagelados. Tal fato caracteriza seus ciclos como sendo<br />

dependentes da água para a fecundação, já que esta última<br />

servirá de veículo para os gametas masculinos encontrarem<br />

as oosferas. A Independência da água é “conquistada”,<br />

quando do surgimento da flor e do grão de pólen, quando,<br />

através do tubo polínico os núcleos espermáticos conseguem<br />

fecundar o gameta feminino. As plantas que desenvolvem<br />

tubo polínico são denominadas de sifonógamas.<br />

Exercícios<br />

01. (UNICISAL-2013) A primavera é um período de intensa<br />

florescência das árvores e polinização das plantas. Durante<br />

esse processo, os grãos de pólen, que são estruturas<br />

masculinas de reprodução, são levados até as partes femininas<br />

das flores por diversos meios. Nesta época do ano, portanto,<br />

A) Na Figura 2, observamos um estame, órgão reprodutor<br />

masculino da flor, formado pela antera e estilete. Na antera,<br />

os grãos de pólen, haploides, são produzidos no interior de<br />

sacos polínicos.<br />

B) O número de estames de uma flor varia de nenhum a<br />

dezenas, de acordo com a espécie.<br />

C) A polinização geralmente ocorre entre flores da mesma<br />

planta ou entre flores de duas plantas da mesma espécie,<br />

caracterizando a polinização ou fecundação cruzada (Figura<br />

1).<br />

D) A anemofilia é a polinização pelo vento, que ocorre<br />

geralmente em flores pequenas, com perianto não atrativo,<br />

apresentando grandes anteras e uma superprodução de pólen.<br />

É a mais temida pelos alérgicos.<br />

E) Dicogamia é um mecanismo desenvolvido pela planta, que<br />

evita a autopolinização. Neste caso, o amadurecimento dos<br />

estames e óvulos ocorre em épocas diferentes.<br />

02. (Viçosa-96) Para o cultivo de plantas de diferentes grupos<br />

taxonômicos, foram construídos 4 canteiros, com se segue:<br />

1- BRIÓFITA<br />

2- 2- PTERIDÓFITA<br />

3- GIMNOSPERMAS<br />

4- 4-ANGIOSPERMAS<br />

Considerando as características acima mencionadas assinale<br />

a alternativa correta.<br />

[a] As plantas de todos os canteiros foram cultivadas a partir<br />

de sementes coletadas nos seus respectivos habitats.<br />

[b] Os canteiros 2, 3 e 4 são de grandes dimensões, pois as<br />

plantas apresentam crescimento secundário.<br />

[c] As plantas dos canteiros 3 e 4 apresentam sementes com<br />

um ou dois cotilédones.<br />

379


[d] Em todos os canteiros foram cultivadas plantas monóicas<br />

e dióicas, para garantir a polinização das espécies.<br />

[e] As plantas dos canteiros 1 e 2 cultivadas em ambientes<br />

úmidos e sombreados, em virtude das particularidades de<br />

seus ciclos de vida.<br />

03.(UESB-2009/1) O esquema ilustra o ciclo reprodutivo de<br />

determinado grupo vegetal<br />

02. As primeiras plantas terrestres provavelmente foram algas<br />

pluricelulares verdes e briófitas e, só após o estabelecimento<br />

completo desses indivíduos, surgiram as pteridófitas;<br />

04. Para a conquista do meio terrestre (solo), as plantas<br />

tiveram que desenvolver diferentes estruturas para obter água<br />

e controlar o processo de transpiração, entre as quais estão a<br />

cutícula e a epiderme;<br />

08. O estudo da reprodução nos vegetais é bastante<br />

importante, pois através dele é possível se observar diversas<br />

tendências evolutivas como, por exemplo, a conquista do<br />

meio terrestre por plantas com geração esporofítica mais<br />

desenvolvida que a geração gametofítica;<br />

16. Dentro da escala evolutiva, acredita-se atualmente que os<br />

vegetais superiores mais evoluídos são os grupos das<br />

briófitas e pteridófitas, que se originaram a partir de algas<br />

unicelulares verdes terrestres;<br />

32. Em sua grande maioria, as plantas não vasculares foram<br />

as que tiveram maior sucesso na conquista dos ambientes não<br />

aquáticos e, por essa razão, são dominantes nos hábitats<br />

terrestres.<br />

A análise da ilustração, juntamente com o conhecimento a<br />

respeito do tema, permite afirmar:<br />

01) O ciclo representa uma planta do grupo das<br />

gimnospermas por apresentar uma flor com polinização<br />

cruzada e ovário inserido no receptáculo.<br />

02) A estrutura floral nas angiospermas propiciou o<br />

estabelecimento de interações co-evolutivas com<br />

biopolinizadores que potencializando estratégias<br />

reprodutivas, contribuíram para a evolução e dispersão do<br />

grupo.<br />

03) A meiose, nesse ciclo, ocorre no interior da antera e<br />

permite a formação de um pólen diplóide que, ao se unir à<br />

oosfera, dará origem a um embrião triplóide (3n).<br />

04) O fruto é resultado de modificações que ocorrem em um<br />

ovário fecundado e, por fazer parte da cadeia alimentar de<br />

vários animais, dificulta a dispersão desse grupo vegetal no<br />

ambiente.<br />

05) O grupo representado no esquema é o das angiospermas<br />

que se diferencia do grupo das gimnospermas, dentre outros<br />

motivos, por apresentar a etapa gametofítica como a etapa<br />

duradoura do ciclo reprodutivo.<br />

04. (UFMS) Quanto à origem e evolução dos diferentes<br />

grupos vegetais que compõem a flora atual, é correto afirmar<br />

que:<br />

01. Entre as possíveis razões do sucesso das Angiospermas<br />

nos diferentes ambientes, pode-se considerar as suas várias<br />

adaptações de resistência à seca e a evolução dos mecanismos<br />

de polinização e dispersão;<br />

05. Bahiana 2008.<br />

Análise o<br />

cladograma<br />

simplificado<br />

das relações<br />

filogenéticas<br />

e assinale a<br />

alternativa<br />

que apresenta<br />

a associação correta entre o número e o aparecimento da<br />

característica evolutiva.<br />

(A) 1- presença de tecidos de sustentação.<br />

(B) 2- presença de vasos condutores de seivas.<br />

(C) 3- presença de vasos condutores de seivas.<br />

(D) 3- presença de sementes.<br />

(E) 4- presença de flores e frutos.<br />

06. Bahiana 2006 Em um canteiro de samambaias<br />

ornamentais surgem insetos que se alimentam dos prótalos<br />

formados. Como conseqüência imediata, pode-se esperar<br />

que<br />

(A) haverá formação de arquegônios e esporângios,<br />

interrompendo o ciclo reprodutivo.<br />

(B) não haverá mais produção de esporângios e a formação<br />

de esporos diplóides.<br />

(C) haverá redução na formação de soros e,<br />

conseqüentemente, novos prótalos não serão formados.<br />

(D) não haverá a formação de zigotos e, como resultado,<br />

novos esporófitos não serão formados.<br />

380


(E) não haverá formação de anterídios e, portanto, novos<br />

esporos não serão formados.<br />

Questões 07 e 08 (UESB-2012/1)<br />

A ilustração representa relações filogenéticas entre grupos de<br />

eucariotos fotossintetizantes.<br />

03) A diversificação em gimnospermas<br />

e angiospermas foi condicionada à<br />

aquisição de tecidos de condução,<br />

ocorrida no Cenozoico.<br />

04) A alternância de gerações com fases<br />

gametofítica dominante e esporofítica<br />

transitória foi inaugurada pelas<br />

pteridófitas no Siluriano.<br />

05) As primeiras plantas<br />

verdadeiramente terrestres datam do<br />

Pré-cambriano.<br />

09. (UNIFESP) A figura mostra uma<br />

espiga de milho em que cada grão é um<br />

ovário desenvolvido e contém grande quantidade de amido,<br />

um polímero que é formado a partir de precursores<br />

produzidos pela planta.<br />

Considerando a origem da espiga e do amido, é correto<br />

afirmar que cada grão de milho:<br />

07. Marque com V as afirmativas verdadeiras e com F, as<br />

falsas.<br />

Considerando-se características anatomofisiológicas da<br />

reprodução em angiospermas, plantas dominantes no planeta,<br />

é correto afirmar:<br />

( ) O tubo polínico é a estrutura reprodutiva onde ocorre a<br />

fusão da oosfera com o gameta masculino.<br />

( ) A autopolinização é um mecanismo que garante a<br />

reprodução e consequente variabilidade no grupo.<br />

( ) A dupla fecundação origina o embrião e o endosperma<br />

triploide relacionado à nutrição do embrião.<br />

( ) O fruto constitui a novidade evolutiva fundamental à<br />

dispersão das sementes.<br />

a) é um fruto e o amido ali presente teve sua origem em<br />

precursores formados a partir da fecundação da oosfera e<br />

dos estames.<br />

b) é uma semente e o amido ali presente teve sua origem<br />

em precursores formados a partir da dupla fecundação e do<br />

ovário.<br />

c) é um fruto e o amido ali presente teve sua origem em<br />

precursores que procedem do ovário e de qualquer outro<br />

órgão da planta.<br />

d) é uma semente e o amido ali presente teve sua origem em<br />

precursores que procedem do fruto e das folhas.<br />

e) é uma semente e o amido ali presente teve sua origem em<br />

precursores que procedem do único cotilédone que o<br />

embrião possui.<br />

10. (UEL) A figura a seguir representa uma flor de<br />

angiosperma.<br />

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para<br />

baixo, é a<br />

01) V V V V 03) V V F F 05) V F F F<br />

02) F V V F 04) F F V V<br />

08. Com base na análise da ilustração e nos conhecimentos<br />

sobre a evolução dos grandes grupos vegetais, pode-se<br />

afirmar:<br />

01) As briófitas, representadas pelos musgos e hepáticas,<br />

constituem o grupo ancestral das plantas.<br />

02) A ancestralidade mais recente nos vegetais é evidenciada<br />

entre gimnospermas e angiospermas.<br />

Com base na figura e nos conhecimentos sobre o assunto,<br />

considere as afirmativas a seguir.<br />

I. As setas 2 e 4 indicam estruturas pertencentes ao aparelho<br />

reprodutor masculino da flor.<br />

II. A seta 3 indica o local de produção do grão de pólen.<br />

381


III. No interior da estrutura indicada pela seta 1 ocorre o<br />

crescimento do tubo polínico.<br />

IV. As setas 1 e 3 indicam estruturas pertencentes ao aparelho<br />

reprodutor feminino da flor.<br />

V. No interior da estrutura indicada pela seta 4 ocorre a<br />

fecundação dos gametas.<br />

Estão corretas apenas as afirmativas:<br />

a) I e II.<br />

b) II e IV.<br />

c) III e V.<br />

d) I, III e IV.<br />

e) II, IV e V.<br />

b] II, IV e V<br />

c] II, IV e VII<br />

d] IV, V e VII<br />

e] VI, VII e VIII<br />

14. (U.Alfenas-MG) Considere as seguintes características<br />

encontradas em vegetais:<br />

I. Ocorrência de meiose espórica.<br />

II. Geração gametofítica predominante.<br />

III. Água é indispensável para que ocorra a fecundação.<br />

IV. Semente apresenta-se desprovida de proteção.<br />

V. Apresentam flores.<br />

VI. Atingem grande porte.<br />

Podemos afirmar que:<br />

11. Bahiana 2006 Esquema de uma flor completa de<br />

angiosperma.<br />

A estrutura onde fica armazenado o<br />

grão de pólen até à época da<br />

reprodução é<br />

(A) antera.<br />

(B) estilete.<br />

(C) ovário.<br />

(D) estigma.<br />

(E) sépala.<br />

12. (Viçosa 96) Considerando as estruturas reprodutivas das<br />

fanerógamas, numere a segunda coluna de acordo com a<br />

primeira.<br />

1- Célula mãe dos micrósporos ( ) megasporófilo<br />

2- Carpelo ( ) microsporófilo<br />

3- Saco embrionário ( ) microsporângio<br />

4- Saco polínico ( ) microsporócito<br />

5- Estames ( ) Gametófito<br />

A seqüência correta é:<br />

[a] 5, 4, 3, 2 e 1<br />

[b] 2, 5, 4, 1 e 3<br />

[c] 2, 5, 1, 3 e 4<br />

[d] 5, 4, 1, 2 e 3<br />

[e] 4, 3, 2, 5 e 1<br />

13. O esquema a seguir representa um corte através do óvulo<br />

de uma flor. Na fecundação, os gametas masculinos unir-seão<br />

aos núcleos:<br />

a] I, II e III<br />

a) todos os vegetais apresentam as características I, III e VI;<br />

b) todas as fanerógamas apresentam as características I, III e<br />

V;<br />

c) as briófitas apresentam as características I, II e III;<br />

d) somente as pteridófitas apresentam as características II, III<br />

e IV;<br />

e) as criptógamas apresentam as características IV, V e VI.<br />

15. O endosperma das sementes de gimnospermas contém:<br />

a) material genético de cada genitor em quantidades iguais.<br />

b) somente material genético materno.<br />

c) somente material genético paterno.<br />

d) maior quantidade de material genético materno.<br />

e) maior quantidade de material genético paterno.<br />

16. (Mackenzie-SP) Quanto às etapas do ciclo de vida de um<br />

musgo e de uma samambaia, representadas acima, é correto<br />

afirmar que:<br />

a) 1 e 3 representam a fase gametofítica.<br />

b) em 2 são produzidos somente gametas masculinos.<br />

c) 2 e 3 são fases haplóides.<br />

d) a meiose ocorre em 1 e 3.<br />

e) a meiose ocorre em 2 e 3.<br />

17. (UFMG-96) Esta figura representa uma espiga de milho<br />

preso à planta mãe. Na espiga efetuou-se uma abertura e<br />

indicaram-se vários de seus componentes por número.<br />

Com relação aos componentes dessa figura, é incorreto<br />

afirmar:<br />

382


a) 1- Realiza transporte<br />

de seiva.<br />

b) 2- É formado de folhas<br />

modificadas.<br />

c) 3- Suas células<br />

apresentam a mesma<br />

ploidia.<br />

d) 4- Relaciona-se com a<br />

polinização.<br />

18. De acordo com a figura<br />

abaixo, o microsporângio,<br />

estilete, o micrósporo,<br />

gametófito feminino, estigma e<br />

microsporófilo correspondem<br />

respectivamente aos números:<br />

a) 2 7 4 1 5 6<br />

b) 4 7 1 3 5 6<br />

c) 2 3 4 1 5 6<br />

d) 2 5 4 3 7 6<br />

e) 4 6 1 3 7 5<br />

Questões 19 e 20 – UESC<br />

A figura ilustra<br />

aspectos que se<br />

desenvolvem no<br />

ciclo vital de uma<br />

planta<br />

19. A partir da análise da ilustração, pode-se concluir:<br />

01) O diagrama esquematiza o ciclo vital de uma planta<br />

gimnosperma.<br />

02) O ciclo envolve uma fase haplóide permanente e uma fase<br />

diplóide transitória.<br />

03) Os estames são utilizados para a formação do fruto.<br />

04) O tubo polínico corresponde ao megagametófito.<br />

05) O desenvolvimento do ciclo proporciona multiplicação e<br />

variabilidade da população.<br />

Questões 21 a 23 UESC<br />

"As flores de diversas espécies de plantas superiores<br />

apresentam características morfológicas e funcionais que<br />

favorecem a ação de mamíferos como agentes de polinização.<br />

Dentre os mamíferos, destaca-se a ordem Quiróptera, com<br />

grande número de espécies de hábitos noturnos que<br />

‘aprenderam' a visitar as flores e estabeleceram se como<br />

importantes agentes de polinização." (CIÊNCIA HOJE, p. 23)<br />

21. Um trabalho realizado pelo morcego, que beneficia a<br />

planta, é<br />

01) colocar os grãos de pólen de uma flor no ovário de outra<br />

flor.<br />

02) transferir o néctar das flores masculinas para as flores<br />

femininas.<br />

03) veicular os gametas femininos juntamente com o pólen.<br />

04) transportar o pólen de uma antera para outra antera.<br />

05) depositar o pólen em local adequado ao desenvolvimento<br />

do microgametófito.<br />

22. E uma característica de plantas polinizadas por morcegos<br />

01) produzir grãos de pólen pequenos adaptados à dispersão<br />

pelo vento.<br />

02) secretar um néctar rico em nutrientes energéticos,<br />

adaptado às exigências de um animal homeotérmico.<br />

03) apresentar corolas de cores escuras e inodoras.<br />

04) desenvolver mecanismos que favorecem a<br />

autopolinização.<br />

05) estabelecer abertura do botão floral nas primeiras horas<br />

da manhã.<br />

23. A polinização é útil à planta, favorecendo-lhe a evolução,<br />

porque<br />

01) restringe o fluxo gênico nas populações.<br />

02) aumenta a competição intraespecífica.<br />

03) reduz a variação na descendência.<br />

04) possibilita à espécie explorar novos hábitats.<br />

05) proporciona um aumento da densidade populacional.<br />

Questões 24 E 25 UESB<br />

A ilustração esquematiza o ciclo de vida de angiosperma.<br />

20. Uma característica do ciclo que evidencia adaptação<br />

planta ao meio terrestre é<br />

01) a produção limitada dos grãos de pólen.<br />

02) a resistência das pétalas à dissecação.<br />

03) o tempo de vida bastante limitado do embrião.<br />

04) a formação do tubo polínico para o transporte dos<br />

gametas.<br />

05) a manutenção, nas sementes, de um alto teor de água.<br />

383


(01) O processo de lignificação foi uma aquisição<br />

fundamental para a evolução das plantas terrestres.<br />

(02) A manutenção de um meio hipotônico intracelular, nos<br />

pelos absorventes das raízes, garante o fluxo osmótico da<br />

água, do solo para a planta.<br />

(04) O revestimento ceroso das partes aéreas das plantas é um<br />

mecanismo de preservação da água que permitiu a expansão<br />

do sistema foliar.<br />

25. A partir da análise da ilustração, pode-se afirmar:<br />

01) As flores produzidas possuem androceu, apenas.<br />

02) O esporófito corresponde ao vegetal transitório.<br />

03) A sobrevivência do gametófito feminino está<br />

desvinculada do vegetal esporofítico.<br />

04) O tubo polínico possibilita a fertilização sem dependência<br />

da água para o transporte dos gametas.<br />

05) A formação do fruto ocorre em flores não polinizadas.<br />

26. São estruturas haplóides:<br />

01) Célula ovo e parede celular.<br />

02) Pétalas e sépalas.<br />

03) Endosperma e óvulo.<br />

04) Raiz e caule.<br />

05) Tubo polínico e saco embrionário.<br />

27. (UESB) Aspectos da fisiologia vegetal plantas nas<br />

angiospermas, como o arroz, incluem:<br />

01) a ocorrência de trocas gasosas com o meio por toda a<br />

superfície da planta.<br />

02) o transporte de produtos orgânicos da fotossíntese através<br />

dos vasos lenhosos.<br />

03) a produção de sementes nuas para facilitar a dispersão.<br />

04) a ausência de tecidos diferenciados na raiz, encarregados<br />

de absorção.<br />

05) a independência de um ambiente externo aquoso para o<br />

encontro das células reprodutivas.<br />

Questão 28 a 29 UFBA 93<br />

Só é possível avaliar a magnitude das etapas<br />

evolucionárias do mar para a terra firme quando se<br />

consideram os tipos de modificações necessárias a uma<br />

planta que normalmente vivia em um ambiente aquático e<br />

deve sobreviver na terra. (DELEVORYAS, p. 77)<br />

28. Quanto à adaptação das plantas ao ambiente terrestre<br />

pode-se dizer:<br />

8<br />

(08) O desenvolvimento do tubo polínico representa uma<br />

aquisição evolutiva que proporcionou a ocorrência da<br />

fecundação, sem a dependência de condições externas de<br />

umidade.<br />

(16) O surgimento da semente, protegendo do o embrião<br />

contra o dessecamento e as variações ambientais, permitiu às<br />

plantas a exploração de ambientes mais diversificados.<br />

(32) Nas plantas mais primitivas, a dependência da água para<br />

a fecundação limita a ocupação de habitats variados.<br />

29.<br />

As angiospermas formam um grupo de plantas de grande<br />

significação. Evidências fósseis parecem sugerir que,<br />

após o seu surgimento, seguiu-se um período de<br />

expansão bastante rápida do grupo. Isso deveu-se,<br />

provavelmente, às condições do ambiente e as<br />

características adaptativas inerentes a essas plantas<br />

que tenham coincidido fortuitamente. Atualmente, as<br />

angiospermas são o grupo dominante das plantas<br />

superiores, na superfície da terra.<br />

(DELEVORYAS, p.137 - adaptação)<br />

Sendo assim, é verdade:<br />

(01) Em relação às outras plantas o esporófito das<br />

angiospermas apresenta o maior grau de<br />

redução.<br />

maior grau de redução.<br />

(02) Nas monocotiledôneas, o principal tecido de reserva<br />

nutritiva da semente resulta de uma célula haplóide.<br />

(04) A relação entre a estrutura da flor e o inseto polinizador<br />

evidencia uma evolução, estreitamente interligada, da planta<br />

e do animal.<br />

(08) A formação do fruto é uma aquisição evolutiva das<br />

angiospermas que assegura proteção à semente, até atingir a<br />

maturidade.<br />

(16) O grão de pólen representa o gametófito masculino, que<br />

é bastante reduzido.<br />

(32) Os mecanismos de dispersão de sementes favorecem a<br />

diversidade das angiospermas, possibilitando lhes a<br />

exploração de novos habitats.<br />

384


30. (UFBA-99) A figura abaixo apresenta o possível curso da<br />

evolução das plantas.<br />

A partir de sua análise, e considerando os sistemas de<br />

distribuição da água e de nutrientes nesses grupos, pode-se<br />

dizer:<br />

(01) Plantas vasculares e não vasculares tiveram origens<br />

independentes.<br />

(02) A evolução de um sistema de condução possibilitou a<br />

exploração de ambientes terrestres pelas plantas.<br />

(04) A tendência de plantas terrestres a atingirem grande<br />

porte decorre da presença do sistema vascular.<br />

(08) As gimnospermas constituem o mais antigo grupo de<br />

plantas vasculares,<br />

(16) A ausência de tecido vascular diferenciado é uma<br />

característica das algas e das briófitas.<br />

(32) As plantas vasculares desenvolveram, de modo<br />

integrado, os sistemas de condução e o sistema radicular.<br />

(64) A pluricelularidade no reino vegetal é conseqüência da<br />

evolução dos sistemas condutores.<br />

21. Considerando-se as relações de parentesco entre as<br />

plantas terrestres evidenciadas na ilustração, admite-se como<br />

correto:<br />

01) As briófitas são ancestrais das plantas superiores.<br />

02) As pteridófitas e angiospermas surgiram<br />

simultaneamente no curso da evolução.<br />

03) O surgimento de plantas vasculares definiu a eficiência<br />

na ocupação do meio terrestre.<br />

04) A radiação adaptativa é uma característica marcante em<br />

gimnospermas.<br />

05) Os quatro grandes grupos de vegetais já se haviam<br />

estabelecido na Era Paleozóica.<br />

32. Em relação a aspectos anatomomorfológicos dos grupos<br />

representados, pode-se afirmar:<br />

01) As primeiras plantas com sementes se caracterizam por<br />

terem pequeno porte.<br />

02) As estruturas especializadas para condução já estão<br />

presentes nas briófitas.<br />

03) Em pteridófitas, as sementes se localizam usualmente no<br />

dorso das folhas.<br />

04) As coníferas, na sua maioria, apresentam as estruturas<br />

reprodutivas masculinas e femininas numa mesma planta.<br />

05) A presença de sementes é a característica que define as<br />

angiospermas<br />

QUESTÕES de 33 a 32 Consultec<br />

A figura ilustra plantas com destaque para as diferentes<br />

possibilidades de polinização.<br />

Questões 31 e 32 Consultec<br />

O diagrama apresenta uma árvore filogenética para os<br />

grandes grupos vegetais.<br />

33. Do ponto de vista genético, a polinização cruzada implica.<br />

A) transferência de gametas femininos de uma planta para<br />

outra.<br />

B) redução das qualidades das plantas exigidas pela<br />

heterozigose.<br />

C) aumento de variabilidade pela participação de diferentes<br />

genitores.<br />

D) expressão de genes recessivos deletérios na F 1 .<br />

E) elevação de homozigose na descendência.<br />

385


34. Sobre a biologia reprodutiva do grupo vegetal<br />

representado, é correto afirmar:<br />

A) A passagem do pólen das anteras para o estigma revela a<br />

ocorrência de fecundação externa.<br />

B) Os frutos representam a possibilidade de dispersão da<br />

espécie.<br />

C) O encontro de gametas nas plantas com sementes depende<br />

de água do meio ambiente para se realizar.<br />

D) As pétalas são estruturas reprodutivas essenciais à<br />

fecundação.<br />

E) Óvulos e grãos de pólen constituem os gametas entre as<br />

angiospermas.<br />

35. Entre os aspectos morfofisiológicos associados à nutrição<br />

vegetal, destaca-se<br />

A) a realização de fotossíntese por um processo autotrófico<br />

que ocorre na ausência de enzimas.<br />

B) ocorrência de respiração aeróbica limitada aos períodos de<br />

baixa insolação.<br />

C) incorporação de nitrogênio diretamente da atmosfera pelos<br />

estômatos presentes nas folhas.<br />

D) síntese de clorofila na dependência de magnésio presente<br />

na seiva bruta.<br />

E) absorção de água através de finíssimos vasos liberianos.<br />

36. A conquista da terra pelos vertebrados, a partir de meios<br />

aquáticos, exigiu dos organismos um período de transição e<br />

grandes mudanças estruturais e funcionais, para se adaptarem<br />

a ambientes mais diversificados e menos estáveis.<br />

Em relação a essas mudanças estruturais e funcionais, sabese:<br />

(01) A excreção da uréia como principal resíduo nitrogenado<br />

é, nos mamíferos, um mecanismo adaptado ao<br />

desenvolvimento vivíparo.<br />

(02) O teor de oxigênio na atmosfera possibilitou a evolução<br />

do sistema locomotor, favorecendo diferenciação.<br />

de grupos. (04)A A evolução de um sistema de transporte,<br />

que proporcionou maior suprimento de 0 2 às células, permitiu<br />

o estabelecimento da pecilotermia.<br />

(32) A realização de respiração cutânea, para complementar<br />

uma respiração pulmonar deficiente, restringe os anfíbios a<br />

ambientes úmidos e limita o seu crescimento corporal.<br />

37. (UFBA-2001) A análise de aspectos da biologia de<br />

plantas como o milho e a soja permite afirmar:<br />

(01) A presença de uma membrana celulósica, característica<br />

da célula vegetal, garante a manutenção da forma das células<br />

da planta, mesmo quando em diferentes concentrações de<br />

sais.<br />

(02) A soja e o milho, ao serem geneticamente modificados,<br />

passam a dispensar nutrientes minerais, normalmente<br />

absorvidos pelas raízes.<br />

(04) No milho, aspectos particulares da estrutura das flores<br />

favorecem a polinização cruzada, com o auxílio do vento.<br />

(08) As plantas transgênicas de soja realizam, diretamente, a<br />

fixação do nitrogênio atmosférico, dispensando o<br />

estabelecimento de relações ecológicas com bactérias<br />

específicas.<br />

(16) A soja e o milho, como espermatófitas, produzem<br />

sementes que requerem um suprimento hídrico para<br />

desencadear o desenvolvimento do embrião.<br />

(32) A soja e o milho apresentam uma fase esporofítica<br />

duradoura e uma fase gametofítica reduzida a poucas<br />

gerações celulares.<br />

38. (UFBA 2006) As plantas exerceram um papel essencial<br />

no cenário da evolução. Ao colonizarem a Terra há<br />

aproximadamente 430 milhões de anos, elas abriram o<br />

caminho para os animais e para os primeiros ecossistemas<br />

terrestres.<br />

A figura I ilustra Pecopteris miltani (fóssil, 390 milhões de<br />

anos) e Dryopteris filix - mas (atual), e a II mostra um cone<br />

fossilizado (240 milhões de anos) e Picea abies (atual).<br />

A partir dessas<br />

informações e da<br />

análise das figuras,<br />

identifique os grupos<br />

representados e indique<br />

a característica que<br />

marca a transição entre<br />

eles, destacando a<br />

importância do registro<br />

fóssil para a<br />

consolidação da Teoria da Evolução.<br />

¡ [ (08) A estrutura do ovo dos répteis e seu comportamento<br />

de postura representam aquisições evolutivas que garantiram<br />

a conquista da terra pelos verte brados.<br />

(16) Nos vertebrados mais evoluídos, o aumento da<br />

autonomia dá medula espinhal reflete as funções do cérebro.<br />

386


CONTROLE DO CRESCIMENTO E<br />

DESENVOLVIMENTO VEGETAL<br />

Apesar de não parecer, crescimento e desenvolvimento<br />

são dois processos distintos. Entende-se por crescimento o<br />

aumento em volume do vegetal decorrente das diversas<br />

multiplicações celulares, enquanto que o desenvolvimento<br />

implica em aquisição de novas estruturas que capacitam o<br />

vegetal a desempenhar um conjunto de atividades que lhe<br />

proporcione a sobrevivência e perpetuação. Não obstante, o<br />

desenvolvimento depende do crescimento e trata-se de um<br />

fenômeno mais abrangente decorrente do crescimento e da<br />

diferenciação celular.<br />

O controle e o crescimento estão sob a regência de<br />

substâncias como vitaminas, enzimas e hormônios. Estes<br />

últimos, objeto central da nossa abordagem, por serem de<br />

origem vegetal, são frequentemente denominados de<br />

fitormônios. Dentre eles destacam se as auxinas, as<br />

giberelinas, as citocininas, o ácido abscísico e o gás etileno.<br />

As auxinas, primeiramente encontradas nas extremidades<br />

dos caules e raízes, também ocorrem nas sementes em<br />

germinação, folhas jovens, nas regiões em cicatrização, nos<br />

meristemas (tecidos embrionários) e até mesmo em fungos.<br />

Sua ação promove uma reorganização nas microfibrilas de<br />

celulose, desta forma o vegetal sofre um alongamento, um<br />

tipo de “crescimento” em que não ocorrem divisões celulares.<br />

O tipo de auxina mais conhecido é o AIA [ácido-indolacético]<br />

cuja produção se dá às custas do aminoácido<br />

triptofano pelos tecidos meristemáticos apicais. Com a<br />

continuidade dos estudos vários outros tipos de auxinas<br />

naturais foram isolados e outras tantas têm sido sintetizadas<br />

em laboratórios.<br />

AUXINA<br />

a) Crescimento do coleóptile*<br />

O crescimento de plantas<br />

jovens é possibilitado pela<br />

extremidade do coleóptile.<br />

Quando retirado o ápice (1), o<br />

coleóptile cessa o crescimento.<br />

Sua reposição o restabelece (2).<br />

Em outro experimento foi possível demonstrar a existência de<br />

que uma substância química poderia estar relacionada com o<br />

crescimento da plântula:<br />

Ao transferir a ponta do<br />

coleóptile para um bloco de ágar<br />

(1), a tal substância teria<br />

difundindo-se para o bloco de<br />

ágar (2) que, posteriormente, ao<br />

ser colocado sobre a coleóptile<br />

decapitada (3), o crescimento<br />

reinicia-se, sugerindo a passagem<br />

da suposta substância do bloco para plântula. Posteriormente<br />

a referida substância foi isolada e constatou-se que se tratava<br />

da auxina.<br />

b) O comportamento da planta em resposta à incidência de<br />

luz<br />

Outras análises em plantas de alpiste possibilitaram<br />

constatar que a luz induzia a curvatura dos caules.<br />

Assim, a exposição de dois<br />

grupos de plantas, um deles<br />

com a extremidade coberta<br />

por uma película de estanho,<br />

opaco à incidência lateral de<br />

luz, impediu a sua curvatura,<br />

porém o manteve crescendo<br />

verticalmente. Já os do grupo<br />

descoberto curvaram-se em direção à luz. Aparentemente a<br />

extremidade do coleóptile deve exercer alguma influência na<br />

curvatura, e tal influência deve ser exercida de cima para<br />

baixo.<br />

Posteriormente, o cientista Went demonstrou que a<br />

curvatura ocorria devido à atuação da auxina, como segue:<br />

Ao colocar o bloco de ágar<br />

sobre a coleóptile decapitada,<br />

ligeiramente deslocada para a<br />

esquerda (1), Went observou<br />

que a plântula curvou para o<br />

lado oposto à região onde se<br />

encontrava o bloco de ágar.<br />

A curvatura do caule em<br />

direção à luz pode assim ser explicada: a luz “força” a<br />

migração da auxina para o lado escuro que, contendo maior<br />

concentração de auxina, tem com o crescimento mais rápido<br />

(lado sombrio), e o caule se curva em direção à fonte de luz.<br />

Esse fenômeno é denominado de fototropismo positivo. Na<br />

ausência de luz ou com iluminação uniforme a coleóptile<br />

cresce em linha reta ascendente.<br />

c) O crescimento em função da concentração de auxina<br />

A concentração de auxina<br />

pode variar nas diversas partes<br />

da planta. Essa variação, a<br />

depender da região da planta,<br />

pode induzir ou inibir o<br />

crescimento como sugere a<br />

ilustração.<br />

A força gravitacional, por atrair<br />

a auxina, cria uma diferença de concentração entre o lado<br />

inferior e superior do coleóptile. Na extremidade superior<br />

(caule), a elevada taxa de auxina induz o crescimento e a<br />

planta se curva para cima. Na extremidade inferior (raiz) a<br />

387


concentração elevada, á princípio, induz o crescimento e a<br />

plântula curva-se para baixo. No entanto, por ser mais<br />

sensível à auxina, a parte inferior, tem o crescimento inibido<br />

em função dos elevados níveis de auxina. Como o lado<br />

superior, por ter menor concentração de auxina, cresce mais<br />

rápido, a raiz curva-se em direção ao solo. Diz-se então, que<br />

a raiz possui geotropismo positivo e o caule geotropismo<br />

negativo.<br />

ESTÍMULO E INIBIÇÃO X CONCENTRAÇÃO DE<br />

AUXINA<br />

formando uma camada de abscisão que leva à queda das<br />

folhas. Sendo a taxa de auxina inversamente proporcional à<br />

idade da folha, compreende-se a queda senescente (na<br />

“velhice”). É esse mecanismo que possibilita a queda das<br />

folhas no outono.<br />

Dois outros hormônios promovem a queda das folhas: o<br />

etileno e o ácido abscísico.<br />

g) Formação do fruto<br />

As aplicações de AIA sobre as flores estimulam o<br />

desenvolvimento do ovário e a consequente formação de<br />

frutos partenocárpicos (frutos sem ocorrência de fecundação,<br />

ou seja, sem sementes).<br />

GIBERELINA<br />

Perceba que a mesma taxa de auxina que estimula o<br />

crescimento do caule, inibe o crescimento da raiz.<br />

d) Dominância ou inibição apical.<br />

O corte da extremidade (broto) dos vegetais provoca um<br />

crescimento lateral bastante intenso. O fenômeno em questão<br />

está diretamente relacionado com a concentração de auxina<br />

ao longo do caule da planta. Como a auxina é produzida nas<br />

extremidades (brotos), sua migração para as partes inferiores<br />

laterais inibe o crescimento de ramos axilares. Tal inibição é<br />

denominada de dominância apical. A técnica de cortar os<br />

brotos visa estimular o crescimento lateral é hoje amplamente<br />

difundida e conhecida como podação.<br />

e) Enraizamento de estacas<br />

Estacas são pedaços de galhos que ao serem enterrados<br />

podem originar, por reprodução vegetativa, outra planta.<br />

Quando banhamos as estacas com auxina, a porcentagem de<br />

“pega” aumenta consideravelmente. As auxinas promovem a<br />

cicatrização da região lesada estimulando, simultaneamente,<br />

a formação de tecidos meristemáticos e a consequente<br />

formação de raízes.<br />

f) Abscisão foliar<br />

A manutenção das folhas é possibilitada pela auxina. Se<br />

no local de inserção da folha no caule (o pecíolo), a<br />

concentração de auxina for pequena, suas células atrofiam,<br />

Após observar que plantas de arroz contaminadas pelo<br />

fungo Gibberela fujikuroi crescia exageradamente,<br />

Kurosawa passou a cultivar o fungo e aplicar seu extrato em<br />

diversas plantas. Constatada a ação do extrato sobre outros<br />

vegetais, o próximo passo foi o isolamento do princípio ativo<br />

responsável pelo crescimento, fato ocorrido em 1935 e o fator<br />

estimulante denominado de giberelina.<br />

Plantas anãs tratadas por pulverização de giberelina têm<br />

seu desenvolvimento normal retomado. Aplicada em frutos,<br />

o ácido giberélico estimula a formação de frutos sem<br />

sementes – partenocárpicos.<br />

Essa fantástica substância ainda atua na quebra da<br />

dormência das sementes (“dificuldade para germinar”).<br />

Acredita-se que a giberelina mobiliza as reservas nutritivas<br />

do embrião, induzindo a produção de enzimas que utilizam o<br />

amido.<br />

CITOCININA<br />

Extratos de tecidos liberianos e soluções de diversos<br />

órgãos de plantas, durante anos foram utilizados como<br />

estimuladores do crescimento vegetal. Figurando entre estas<br />

soluções destacam-se o leite e a água-de-coco. De outro<br />

composto, de origem animal, foi isolada a substância cinetina<br />

de ação semelhante a das soluções vegetais. De plantas do<br />

milho em germinação foi obtida a substância denominada<br />

zeatina, de efeito similar às anteriores. Tais substâncias, por<br />

estimularem as divisões celulares, naturais ou sintéticas,<br />

foram conjuntamente denominadas de citocininas.<br />

ETILENO<br />

Sabemos que frutos em maturação induzem esse<br />

fenômeno em outros frutos e que a fumaça dos antigos<br />

lampiões bem como a fumaça da queima da serragem<br />

produzem o mesmo efeito sobre frutos verdes.<br />

388


Constatado, posteriormente, que tanto os frutos em<br />

maturação como a fumaça liberam o gás etileno, cientistas<br />

atribuíram a esse gás o poder de induzir a maturação dos<br />

frutos. Sendo produzida pelos vegetais, tal substância é hoje<br />

considerada mais um, dentre os diversos fitormônios.<br />

Independentemente da origem, exógena (pela fumaça) ou<br />

endógena (produzida pela planta), o etileno é bastante<br />

utilizado para induzir a floração em diversos frutos. Esse gás<br />

também induz a abscisão foliar, de frutos e flores. A abscisão<br />

é mais efetiva em estruturas senescentes, que possuem baixa<br />

concentração de auxina.<br />

Práticas agrícolas decorrentes dos conhecimentos sobre a<br />

ação do etileno:<br />

a) Pulverização do fitormônio durante a colheita<br />

b) Desfolhante<br />

c) Indutor da floração<br />

d) Conservação de frutos para longas viagens: vegetais<br />

mantidos em ambientes frios e ricos em CO 2 têm o seu<br />

processo de maturação retardado. Tais condições inibem<br />

a produção do fitormônio.<br />

e) Clonagem: é possível, com a aplicação balanceada dos<br />

fitormônios citocininas e auxina, a obtenção de um<br />

vegetal completo a partir de fragmentos de plantas.<br />

Exercícios<br />

01. (Fuvest-SP) Em determinada condição de luminosidade<br />

(ponto de compensação fótico), uma planta devolve para o<br />

ambiente, na forma de gás carbônico, a mesma quantidade de<br />

carbono que fixa, na forma de carboidrato, durante a<br />

fotossíntese. Se o ponto de compensação fótico é mantido por<br />

certo tempo, a planta:<br />

a) morre rapidamente, pois não consegue o suprimento<br />

energético de que necessita.<br />

b) continua crescendo, pois mantém a capacidade de retirar<br />

água e alimento do solo.<br />

c) continua crescendo, pois mantém a capacidade de<br />

armazenar o alimento que sintetiza.<br />

d) continua viva, mas não cresce, pois consome todo o<br />

alimento que produz.<br />

e) continua viva, mas não cresce, pois perde a capacidade de<br />

retirar do solo os nutrientes de que necessita.<br />

02. (PUC-RS) Os tropismos observados em plantas<br />

superiores são crescimentos induzidos por hormônios<br />

vegetais e direcionados por influências do ambiente. A<br />

curvatura do caule em direção à luz e da raiz em direção ao<br />

solo são exemplos típicos de fototropismo e geotropismo<br />

positivos, respectivamente. Tais movimentos ocorrem em<br />

decorrência da concentração diferencial de fitormônios como<br />

a (...) nas diferentes estruturas da planta. Altas taxas deste<br />

fitormônio, por exemplo, (...) o crescimento celular, o qual<br />

(...) a curvatura do caule em direção à luz.<br />

a) citocina promovem induz.<br />

b) auxina induzem provoca.<br />

c) giberilina inibem impede.<br />

d) auxina bloqueia inibe.<br />

e) citocina impedem bloqueia.<br />

03. (MACK-SP)<br />

I – É produzido principalmente no meristema apical da<br />

raiz.<br />

II – O seu principal efeito é promover o crescimento das<br />

raízes e caules.<br />

III – Inibe o desenvolvimento das gemas laterais.<br />

IV – Estimula o crescimento e amadurecimento dos frutos.<br />

Das afirmações acima, a respeito do hormônio vegetal<br />

auxina, são verdadeiras:<br />

a) I, II, III e IV.<br />

b) apenas I, III e IV.<br />

c) apenas III e IV.<br />

d) apenas I, II e III.<br />

e) apenas II, III e IV.<br />

04. (Fuvest-SP) Para se obter a ramificação do caule de uma<br />

planta, como a azaléia, por exemplo, deve-se:<br />

a) aplicar adubo com alto teor de fosfato na planta, de modo<br />

a estimular a síntese de clorofila e maior produção de ramos.<br />

b) aplicar hormônio auxina nas gemas laterais, de modo a<br />

estimular o seu desenvolvimento e consequente produção de<br />

ramos.<br />

c) manter a planta por algum tempo no escuro, de modo a<br />

estimular a produção de gás etileno, um indutor de<br />

crescimento caulinar.<br />

d) cortar as pontas das raízes, de modo a evitar seu<br />

desenvolvimento e permitir maior crescimento das outras<br />

partes da planta.<br />

e) cortar as pontas dos ramos, de modo a eliminar as gemas<br />

apicais que produzem hormônios inibidores do<br />

desenvolvimento das gemas laterais.<br />

05.(UFMA) Observe as sentenças abaixo sobre hormônios<br />

vegetais:<br />

I – O etileno é um fitormônio encontrado em todas as partes<br />

do vegetal, principalmente na base do ovário. Inibe a<br />

multiplicação e o crescimento das células, estimula a<br />

dormência de gemas e sementes e promove a abscisão de<br />

folhas, flores e frutos.<br />

II – As citocininas são hormônios responsáveis pela<br />

multiplicação celular e, em alguns casos, pelo<br />

desenvolvimento de gemas laterais.<br />

389


III – As giberelinas são hormônios presentes em quase todo<br />

vegetal, sendo mais abundantes nas sementes jovens. São<br />

responsáveis pelo alongamento do caule, crescimento das<br />

folhas, floração, desenvolvimento dos frutos e interrupção da<br />

dormência.<br />

IV – O ácido abscísico é responsável pelo amadurecimento<br />

e pela abscisão dos frutos, além de promover a floração e a<br />

abscisão de folhas e flores.<br />

Indique a opção que contém somente as sentenças corretas.<br />

a) II e III<br />

b) I, III e IV<br />

c) I, II e III<br />

d) I e IV<br />

e) II e IV<br />

06. (Unesp) Ao se fazer uma cerca viva podam-se os ápices<br />

das plantas. Essa técnica, desenvolvida pelos agricultores<br />

muito antes de se conhecer os hormônios vegetais, consiste<br />

em:<br />

a) estimular a dominância apical.<br />

b) estimular a dormência das gemas laterais.<br />

c) estimular a produção de auxina para manter a dominância<br />

apical.<br />

d) impedir a quebra da dormência das gemas laterais.<br />

e) impedir a produção de auxinas pelas gemas apicais, que<br />

inibem as gemas laterais.<br />

07. (UFES) Dentre os fitormônios<br />

conhecidos, o etileno é um dos<br />

principais responsáveis pelo<br />

amadurecimento dos frutos. Para<br />

evitar que os frutos amadureçam<br />

durante o transporte, um produtor<br />

que queira exportar mamões para<br />

outro Estado deve:<br />

a) utilizar carros frigoríficos com baixas temperaturas e altas<br />

taxas de CO 2 .<br />

b) armazenar os frutos em temperaturas elevadas e com altas<br />

taxas de O 2 .<br />

c) diminuir a concentração de CO 2 no interior dos carros<br />

frigoríficos.<br />

d) manter os veículos de transporte em temperatura ambiente.<br />

e) colocar alguns frutos já maduros entre os outros ainda<br />

verdes.<br />

08. (U.Católica de Brasília-DF) Hormônios vegetais ou<br />

fitormônios são substâncias orgânicas, ativas, em quantidades<br />

mínimas, elaboradas por determinadas partes do vegetal que,<br />

transportadas para outras, induzem efeitos especiais no<br />

crescimento e desenvolvimento.<br />

Esses compostos, também denominados reguladores do<br />

crescimento e desenvolvimento vegetal, podem tanto<br />

estimular como inibir esses fenômenos.<br />

Sobre esses hormônios e seus efeitos no crescimento e<br />

desenvolvimento dos vegetais, assinale V para as alternativas<br />

verdadeiras e F para as falsas.<br />

( ) As auxinas podem promover ou inibir o crescimento e o<br />

desenvolvimento vegetal, pois sua ação, nos diferentes órgãos<br />

vegetais, varia de acordo com a sua concentração.<br />

( ) Uma banana podre, no meio de outras sa<strong>dias</strong>, pode<br />

determinar a deterioração dessas últimas. Isso ocorre porque<br />

a banana estragada produz e libera etileno, que induz<br />

alterações nos frutos sadios mais próximos.<br />

( ) A retirada da gema apical de uma planta inibe o<br />

desenvolvimento dos ramos laterais, pois para que esses<br />

últimos se desenvolvam é necessário o fornecimento de<br />

auxinas produzidas pela gema apical.<br />

( ) A queda das folhas (abscisão) depende da relação<br />

existente entre os teores de auxinas da folha e do caule. A<br />

folha cai quando o seu teor de auxina se torna menor que o<br />

teor de auxina do caule.<br />

( ) O crescimento das raízes é diretamente proporcional à<br />

concentração de auxinas, enquanto que, nos caules, esse<br />

crescimento é inversamente proporcional.<br />

09. Abaixo está representado, esquematicamente, o ápice de<br />

um caule. A seta indica a o ponto onde a luz incide. Podese,<br />

então, deduzir que a concentração maior de auxina será<br />

na região numerada por:<br />

a) 1, mantendo-se o crescimento para cima.<br />

b) 2, o que explicará o geotropismo negativo dos caules.<br />

c) 3, o que fará com que o caule cresça no sentido da fonte<br />

luminosa.<br />

d) 3, o que explicará o fototropismo positivo do caule.<br />

e) 4, o que fará com que o caule cresça no sentido da fonte<br />

luminosa.<br />

10. Cultivando uma plantinha num ambiente escuro provido<br />

de uma pequena abertura, de modo a permitir uma iluminação<br />

unilateral, verifica-se que o vegetal cresce inclinando-se em<br />

direção à fonte luminosa. Tal curvatura é explicada:<br />

a) pela maior concentração de clorofila na face iluminada.<br />

b) pela ausência de um tecido de sustentação, suficientemente<br />

desenvolvido capaz de manter o vegetal em sua posição<br />

normal.<br />

c) pela maior concentração de auxinas na face iluminada,<br />

provocando seu maior crescimento e conseqüente inclinação<br />

do vegetal.<br />

d) pela maior atividade meristemática na face iluminada<br />

390


esultante da presença de pigmentos.<br />

e) pela distribuição desigual de auxinas nas faces iluminadas<br />

e escura do vegetal, ocorrendo maior concentração hormonal<br />

na face sombria.<br />

11. Blocos de ágar contendo solução de auxinas em grande<br />

concentração, colocados sobre toda a superfície de<br />

coleóptiles decapitadas, provocam, provavelmente:<br />

a) Inibição do crescimento. b) geotropismo negativo.<br />

c) geotropismo positivo. d) geotropismo positivo.<br />

e) fototropismo negativo.<br />

15. Unifor-CE O gráfico abaixo mostra o efeito de<br />

aplicação de AIA sobre crescimento de órgãos vegetais.<br />

12. Um comerciante de maçãs, após transportá-las ainda<br />

verdes, por 10 <strong>dias</strong>, em uma câmara frigorífica, deixou-as em<br />

ambiente natural e mandou que fossem queimados 100 quilos<br />

de serragem, de tal forma que a fumaça entrasse em contato<br />

com as frutas.<br />

Este procedimento acelerou o amadurecimento das maçãs<br />

porque:<br />

a) Diminui a quantidade de O 2 no ambiente.<br />

b) A fumaça da queima inativou os hormônios do<br />

amadurecimento nas maçãs.<br />

c) aumentou a quantidade de CO 2 no ambiente.<br />

d) A queima da serragem liberou acetileno.<br />

e) Para amadurecer mais rapidamente 1 quilo de maçãs, devese<br />

queimar 10 quilos de serragem.<br />

13. Aplicando-se experimentalmente, uma solução de AIA<br />

(auxina) no ovário da flor de tomateiro, pode-se obter fruto<br />

partenocárpicos, ou seja, desprovido de semente. Nesse<br />

processo:<br />

a) há polinização e fecundação normais.<br />

b) Os óvulos fecundados provocam aumento das paredes do<br />

ovário, resultando no fruto.<br />

c) A auxina inibe o desenvolvimento do fruto.<br />

d) Não há fecundação e a auxina promove o<br />

desenvolvimento do fruto.<br />

e) Não há fecundação, pois a auxina repele os insetos<br />

polarizadores.<br />

14. Coleóptiles de aveia foram<br />

tratadas de acordo com a figura<br />

a seguir:<br />

Após seis horas em luz difusa,<br />

as coleóptiles provavelmente<br />

terão o aspecto representado em:<br />

Sobre ele fizeram-se as seguintes afirmações:<br />

I. As taxas de crescimento da raiz e do caule são<br />

diretamente proporcionais ao aumento da concentração de<br />

AIA.<br />

II. A concentração “ótima” de AIA para o crescimento do<br />

caule provoca inibição do crescimento da raiz.<br />

III. A concentração “ótima” de AIA é maior para o<br />

crescimento da raiz do que para o crescimento do caule.<br />

Dessas afirmações SOMENTE:<br />

a) I é correta.<br />

b) II é correta.<br />

c) III é correta.<br />

d) I e II são corretas.<br />

e) II e III são corretas.<br />

16. (U. F. Viçosa-MG) Sabe-se que os hormônios vegetais<br />

são substâncias orgânicas, simples ou complexas; que atuam<br />

em baixíssimas concentrações; que estimulam, inibem ou<br />

modificam, de algum modo, processos fisiológicos<br />

específicos; e que atuam à distância, ou não, do seu local de<br />

síntese. Associe a segunda coluna de acordo com a primeira<br />

e assinale a opção que contém a seqüência correta:<br />

I. auxina ( ) divisão e crescimento celular<br />

II. giberelina ( ) amadurecimento de frutos<br />

III. ácido abscísico ( ) estímulo à germinação de<br />

sementes<br />

IV. etileno ( ) alongamento de caule e tropismos<br />

V. citocinina ( ) inibição da geminação de sementes<br />

a) V, II, III, IV, I<br />

391


) II, V, I, IV, III<br />

c) V, IV, III, I, II<br />

d) V, IV, II, I, III<br />

e) II, I, IV, V, III<br />

17. ( PUC-PR) Observando a<br />

planta no vaso, conclui-se que se<br />

trata de um caso de:<br />

a) geotropismo positivo.<br />

b) geotropismo negativo.<br />

c) fototropismo positivo.<br />

d) fototropismo negativo.<br />

e) quimiotropismo.<br />

18. São hormônios relacionados com a partenocarpia:<br />

[01] Giberelina<br />

[02] Citocininas<br />

[04] Ácido abscísico<br />

[08] Etileno<br />

[16] Ácido idol-acético.<br />

[32] Ácido alfa-naftalênico<br />

c) salada do “chef”, contendo inhame, cenoura, beterraba e<br />

almeirão.<br />

d) salada à moda, contendo espinafre, chuchu, pepino e<br />

vagem.<br />

e) salada verde, contendo alface, agrião, escarola e rúcula.<br />

22. Sobre um fruto que possui 5 sementes podemos concluir<br />

sobre o vegetal que o originou:<br />

[01] Trata-se de um vegetal do grupo das dicotiledôneas.<br />

[02] Deve ter ocorrido 10 fecundações.<br />

[04] A flor que o originou deveria conter 5 óvulos.<br />

[08] A germinação do grão de pólen se deu sobre o óvulo.<br />

[16] Possui 5 sépalas.<br />

[32] No fruto existe maior quantidade de material genético de<br />

origem materna.<br />

[64] A reserva nutritiva encontra-se no endosperma primário<br />

23. (UFMG – 2002) Observe estes dois grupos de frutos:<br />

19. A produção de auxina AIA no meristema apical das<br />

plantas e sua gradiente de distribuição no caule são<br />

responsáveis por:<br />

a) formação das raízes.<br />

b) dominância apical.<br />

c) geotropismo.<br />

d) abscisão foliar.<br />

e) nenhuma das alternativas anteriores.<br />

20. Assinale a alternativa que apresenta, do ponto de vista<br />

botânico, apenas frutos.<br />

a) laranja — vagem — beterraba<br />

b) batata — maçã — laranja<br />

c) tomate — pepino — laranja<br />

d) pepino — beterraba — uva<br />

e) tomate — cebola — maçã<br />

A existência de frutos como os do Grupo II pode ser<br />

explicada<br />

A) como resultado de tratamentos hormonais.<br />

B) pela redução do uso de adubo químico.<br />

C) pela utilização de estufas para produção de muda.<br />

D) por uma maior resistência das plantas.<br />

21. (Mogi-SP-98) Como todos sabem, existem muitas<br />

espécies de plantas cujos órgãos possuem valor alimentício.<br />

Um vegetal superior possui quatro órgãos básicos: raiz, caule,<br />

folhas e frutos (estes últimos derivam das flores). Se você for<br />

a um restaurante e quiser comer uma salada que contenha<br />

representantes dos quatro órgãos descritos acima, você<br />

pedirá:<br />

a) salada mista, contendo agrião, tomate, batata e palmito.<br />

b) salada especial, contendo alface, milho, azeitonas e<br />

pimentão.<br />

392


O TRANSPORTE DAS SEIVAS VEGETAIS<br />

OS CAMINHOS DAS SEIVAS<br />

A água<br />

encontrada no<br />

solo está sob a<br />

forma de uma<br />

fina película<br />

em torno das<br />

partículas de<br />

solo – água de<br />

adsorção. Já a<br />

água que<br />

ocupa os<br />

espaços<br />

capilares entre as partículas do solo é denominada de água<br />

capilar.<br />

A absorção de água, pela planta, é a forma pela qual o<br />

vegetal consegue se abastecer de nutrientes minerais<br />

encontrados no solo. Tal absorção se dá através da raiz e pode<br />

seguir dois caminhos distintos: pelos meatos (espaços entre<br />

as células) ou célula a célula. No primeiro, a seiva, através<br />

dos espaços intercelulares (A), atinge as células de passagem<br />

da endoderme entrando no lenho (sistema de vasos que<br />

transportam seiva bruta). Esse trajeto é mais rápido e<br />

objetivo, no entanto, a água absorvida não passa pelo<br />

processo de filtração que ocorreria caso a sua passagem se<br />

desse célula a célula - através das membranas celulares. No<br />

segundo (B), antes de atingir a endoderme, a água atravessa<br />

cada uma das células que encontra pelo caminho e, ao longo<br />

do trajeto até os vasos lenhoso vai sendo filtrada é purificada.<br />

OBS.: A endoderme é uma camada de células que delimita o<br />

córtex da raiz e o cilindro central.<br />

O TRANSPORTE DA SEIVA BRUTA<br />

A ascensão da seiva<br />

bruta pode se dá por três<br />

processos distintos:<br />

efeito capilar, pressão<br />

positiva da raiz e<br />

sucção foliar.<br />

O efeito capilar é<br />

conseqüência das forças<br />

de atração que os<br />

pequenos túbulos<br />

(capilares lenhosos)<br />

exercem sobre as<br />

moléculas de água.<br />

Essas últimas por<br />

apresentarem grandes<br />

forças de coesão e não<br />

se separarem formam<br />

uma coluna (filete de água) e ascendem em direção às<br />

folhas. Experimentos sugerem que a água seria “empurrada”<br />

em direção às folhas. Tal evidência é verificada quando, do<br />

corte de caules, a seiva ascende, sendo expulsa dos vasos.<br />

Esse fenômeno seria explicado pelo fato da solução no<br />

interior dos tecidos das raízes, por apresentar maior<br />

concentração salina que a água<br />

do solo, determinar uma<br />

pressão osmótica que puxaria a<br />

água de adsorção que, não<br />

podendo retornar sobe<br />

(“empurra”) em direção à copa.<br />

É essa força que denominamos<br />

de pressão positiva da raiz.<br />

Colocando-se um túbulo de<br />

vidro, com mercúrio no<br />

interior, conectado ao caule<br />

“decapitado”, é possível estabelecer valores para essa<br />

pressão.<br />

A hipótese da sucção foliar sugere que a seiva bruta é<br />

“puxada” pelas folhas e pode ser formulada a partir de<br />

algumas observações práticas: pela manhã, o movimento de<br />

água no xilema ocorre inicialmente nas partes superiores da<br />

planta e, em seguida, nas regiões inferiores; medidas no<br />

tronco das árvores constatou que o seu diâmetro é<br />

sensivelmente menor nas horas de intensa transpiração. Essas<br />

observações seriam explicadas da seguinte forma: o<br />

movimento da água primeiramente nas partes superiores<br />

indicaria que a mesma seria puxada pelas folhas e, o lenho<br />

sob tensão decorrente da sucção, se apresentaria esticado, fato<br />

que determina seu afinamento durante os períodos de máxima<br />

transpiração. A força de sucção é criada em função da perda<br />

de água por transpiração das folhas.<br />

Esse efeito pode ser facilmente demonstrado cortando se<br />

o caule de uma planta, submetida à intensa transpiração,<br />

mergulhada numa cuba contendo mercúrio, conforme sugere<br />

a ilustração:<br />

Após o corte do caule a coluna de água, em direção à folha, é<br />

rompida e recua em dois sentidos (A) – corte/raiz e<br />

corte/folhas, possibilitando a entrada de mercúrio nos dois<br />

sentidos (B), demonstrando que, em relação às folhas, o<br />

mercúrio foi puxado (C). O mercúrio que se infiltrou em<br />

direção à raiz, o fez em virtude da força de sucção gerada pela<br />

393


etração das moléculas de água em função das forças de<br />

coesão entre suas moléculas. Romper o filete de água seria<br />

semelhante a realizarmos um corte num elástico esticado.<br />

Esse conjunto de fatos, bem como, suas explicações<br />

recebem a denominação de teoria da coesão-tensãotranspiração<br />

ou teoria de Dixon.<br />

Como a ocorrência da ascensão da água é verificada, até<br />

mesmo, em raízes mortas ou em plantas sem raízes (flores em<br />

vasos), fica evidente de que a absorção e condução (ascensão)<br />

da água estão diretamente relacionadas com a transpiração.<br />

Assim, parecendo contra-senso e, até certo limite, quanto<br />

mais a planta transpira, mais ela absorve água.<br />

Acredita-se que a teoria de Dixon, apesar de ser o principal<br />

mecanismo que possibilita a hidratação dos vegetais, também<br />

tenha como co-adjuvantes, os fenômenos da capilaridade e da<br />

pressão positiva da raiz, independente de, respectivamente,<br />

não elevar água acima dos 90cm e não serem verificados em<br />

todos os vegetais.<br />

TRANSPIRAÇÃO<br />

De um modo geral, o fenômeno da transpiração está<br />

associado ao controle da temperatura interna dos seres vivos<br />

– perder água sob forma de vapor significa perder calor. Não<br />

obstante essa particularidade, é necessário considerar que o<br />

vegetal para obter gás carbônico afim de realizar a<br />

fotossíntese, perde, simultaneamente, uma boa quantidade de<br />

água. Tal fato se justifica pelo porque a estrutura responsável<br />

pelas trocas gasosas também controla a taxa de transpiração.<br />

Ao se manter aberto para a captação de CO 2 , o estômato<br />

permite a liberação de água, assim, a planta paga com água o<br />

precioso CO 2 . Por outro lado, como observamos na teoria de<br />

Dixon, para ganhar água o vegetal precisa perdê-la – em<br />

outras palavras o aumento na taxa de transpiração é<br />

compensado com a intensificação da taxa de absorção.<br />

CONDUÇÃO DA SEIVA ELABORADA<br />

A constatação de que os insetos sugadores de seiva<br />

elaborada das plantas, quando o fazem, eliminam boa parte<br />

dessa seiva pelo ânus, sugere a existência de uma pressão que<br />

impulsiona o seu deslocamento ao longo do floema. Não<br />

obstante, medidas da velocidade de deslocamento da referida<br />

seiva, apresentaram valores maiores do que aqueles<br />

proporcionados pela força gravitacional. Assim, por volta de<br />

1930, Munch formulou uma teoria que explicasse o<br />

mecanismo de deslocamento da seiva elaborada.<br />

Munch sugeriu que o deslocamento da seiva no floema se<br />

dava em decorrência de um fluxo de pressão, em função de<br />

diferença de concentração entre as soluções do floema e do<br />

xilema e, para explicá-la, elaborou o osmômetro representado<br />

acima.<br />

Segundo ele, a solução A, por ser mais concentrada que a<br />

água, por osmose, “puxaria” água da cuba 1, determinando<br />

um aumento de volume e geraria um fluxo dessa solução em<br />

direção ao balão B. A pressão exercida pela chegada da seiva<br />

no balão B, força um deslocamento de água em direção à cuba<br />

1.<br />

Assim, enquanto a diferença de concentração se mantiver,<br />

o deslocamento das seivas, em sentidos contrários,<br />

continuaria ocorrendo.<br />

Se considerássemos o balão A como sendo o tecidos<br />

fotossintetizantes (parênquimas clorofilianos das folhas),<br />

portanto, produtores de açucares e o balão B, o parênquima<br />

das raízes, consumidores de açucares, à medida que essa seiva<br />

se deslocasse, em direção a cuba 2, o consumo de açucares<br />

terminaria por manter a referida diferença de concentração e<br />

o deslocamento persistiria através dos tubos F e X, que se<br />

equivaleriam, respectivamente, ao floema e ao xilema.<br />

Não obstante a engenhosidade da teoria, ela sozinha não<br />

explica os valores da velocidade de deslocamento entre 10 e<br />

100 cm por hora, incompatíveis com mecanismos<br />

gravitacionais e osmóticos. Acredita-se que devam existir<br />

outros mecanismos ativos, ainda não esclarecidos, que<br />

explique de forma satisfatória o fenômeno.<br />

Em geral, o deslocamento da seiva elaborada se dá no<br />

sentido folha-raiz. No entanto, com a chegada do outono e a<br />

queda das folhas, o amido armazenado nas raízes, ao ser<br />

convertido em glicose, faz com que as regiões inferiores se<br />

mantenham mais concentradas que as regiões superiores e<br />

observa-se o deslocamento da seiva elaborada no sentido<br />

raiz/caule. Com a chegada da primavera e o rebrotamento das<br />

folhas, o mecanismo natural de restabelece.<br />

394


Exercícios<br />

01. (Consultec) A ilustração esquematiza um experimento,<br />

no qual se analisa um aspecto da fisiologia vegetal.<br />

O texto refere-se ao processo de:<br />

a) fotossíntese, e os estômatos encontram-se abertos.<br />

b) transpiração, e os estômatos encontram-se fechados.<br />

c) fotossíntese, e os estômatos encontram-se fechados.<br />

d) transpiração, e os estômatos encontram-se abertos.<br />

e) fotossíntese e de transpiração, e os estômatos permanecem<br />

sempre fechados.<br />

hídricas no vegetal, pode-se afirmar:<br />

Com base<br />

na<br />

ilustração e<br />

nas<br />

relações<br />

04. (Uesb-99) A<br />

relação entre a<br />

taxa de<br />

transpiração t e a<br />

abertura dos<br />

estômatos s está<br />

representada no<br />

gráfico abaixo:<br />

[01] A bolha de ar, em <strong>dias</strong> frios e com pouca ventilação,<br />

deverá se mover de A para B, fato conhecido como a inversão<br />

do deslocamento da seiva.<br />

[02] O movimento de abertura e fechamento dos estômatos<br />

independe das condições experimentais.<br />

[04] O volume de água retirado do recipiente reflete a<br />

velocidade da transpiração.<br />

[08] O movimento ascendente de água, na planta, ocorre pela<br />

interação entre vasos liberianos e folhas.<br />

[16] A perda de água sob forma de vapor, pelas folhas,<br />

caracteriza a gutação.<br />

[32] O deslocamento da bolha de água está de acordo com a<br />

teoria de Munch.<br />

[64] A bolha de ar pode dificultar a ascensão da seiva bruta.<br />

02. (Fuvest-SP) Nas grandes árvores, a seiva bruta sobe pelos<br />

vasos lenhosos, desde as raízes até as folhas:<br />

[01] bombeada por contrações rítmicas das paredes dos vasos.<br />

[02] apenas por capilaridade.<br />

[04] impulsionada pela pressão positiva da raiz.<br />

[08] por diferença de pressão osmótica entre as células da raiz<br />

e as do caule.<br />

[16] sugada pelas folhas, que perdem água por transpiração.<br />

03. (U.F. Santa Maria-RS) “Nas folhas, a água evaporada a<br />

partir das células do mesófilo difunde-se e vai para os espaços<br />

intercelulares, saturando-os, praticamente. Desses espaços, o<br />

vapor de água move-se, a favor de um gradiente, para as<br />

câmaras subestomáticas.<br />

Finalmente, difunde-se, através dos estômatos, em direção à<br />

atmosfera.”<br />

A partir da sua<br />

análise e com base<br />

nos seus<br />

conhecimentos de<br />

fisiologia vegetal podemos afirmar:<br />

01) A abertura dos estômatos é essencial para que o vegetal<br />

ganhe água.<br />

02) A taxa de transpiração, durante a noite, independe da<br />

abertura dos estômatos.<br />

03) Superfícies cutinizadas aumentam a perda de água sob a<br />

forma de vapor entre 9 e 12 horas da manhã.<br />

04)] As maiores taxas de transpiração coincidem com<br />

aberturas mais amplas dos estômatos.<br />

05) A abertura e o fechamento dos estômatos são processos<br />

totalmente dissociados da pressão do vapor d’água.<br />

05. As estruturas do xilema e do floema responsáveis pela<br />

condução de seiva são, respectivamente:<br />

[a] fibras e elementos crivados<br />

[b] elementos de vasos e traqueídeos<br />

[c] elementos traqueais e elementos crivados<br />

[d] fibras e células de parênquimas<br />

[e] fibras e células crivadas<br />

06. Os elementos traqueais são células mortas e podem ser<br />

de dois tipos:<br />

[a] Traqueídeos e elementos de vasos<br />

[b] Traqueídeos e células crivadas<br />

[c] Elementos de vaso e elementos de tubos crivados<br />

[d] Elementos de tubos crivados e células crivadas<br />

[e] Elementos de vaso e fibras<br />

395


07. Os elementos crivados são os responsáveis pela<br />

condução da seiva elaborada no floema Esses elementos são<br />

células vivas que no entanto, perderam o núcleo. São eles:<br />

[a] Traqueídeos e elementos de vasos<br />

[b] Traqueídeos e células crivadas<br />

[c] Elementos de vaso e elementos de tubos crivados<br />

[d] Elementos de tubos crivados e células crivadas<br />

[e] Elementos de vaso e fibras<br />

08. (U. F. Juiz de Fora-MG) Nos vasos velhos ou<br />

temporariamente não funcionais do floema, a seiva elaborada<br />

não pode circular, uma vez que:<br />

a) os poros das placas crivadas são obstruídos pela formação<br />

de tilas.<br />

b) os poros dos traqueídeos são obstruídos pelo acúmulo de<br />

calose.<br />

c) os poros das placas crivadas são obstruídos pelo acúmulo<br />

de calose.<br />

d) os poros dos traqueídeos são obstruídos pela formação de<br />

tilas.<br />

09. UFR-RJ Sobre o esquema a seguir são feitas algumas<br />

afirmativas:<br />

10. VUNESP A análise do líquido coletado pelo aparelho<br />

bucal de certos pulgões, que o inseriram no caule de um<br />

feijoeiro adulto, revelou quantidades apreciáveis de açúcares,<br />

além de outras substâncias orgânicas.<br />

Plântulas de feijão, recém-germinadas, que se desenvolveram<br />

sobre algodão umedecido apenas com água e sob iluminação<br />

natural, tiveram seus órgãos de reserva alimentar (folhas<br />

primordiais modificadas) sugadas por outros pulgões. A<br />

análise do líquido coletado dos aparelhos bucais destes<br />

pulgões também revelou a presença de nutrientes orgânicos.<br />

Os resultados destas análises indicam que os pulgões que<br />

sugaram o feijoeiro adulto e os que sugaram as plântulas<br />

recém-germinadas inseriram seus aparelhos bucais,<br />

respectivamente, no<br />

a) parênquima clorofiliano e súber.<br />

b) xilema e cotilédones.<br />

c) esclerênquima e xilema.<br />

d) floema e súber.<br />

e) floema e cotilédones.<br />

11. (UFMG) Esta figura representa um fenômeno observado<br />

após a poda anual das videiras.<br />

A alternativa que melhor explica o fenômeno é<br />

I. O esquema representa o tecido vegetal de sustentação.<br />

II. Neste sistema movimenta-se uma solução orgânica onde<br />

predominam<br />

açúcares solúveis.<br />

III. Este tecido está presente em todos os vegetais terrestres.<br />

IV. A movimentação de solução orgânica neste sistema fazse<br />

da<br />

região mais concentrada para a menos concentrada.<br />

a) a abertura dos estômatos provocando a eliminação da<br />

seiva.<br />

b) a sucção de água pelas células dos ramos da planta.<br />

c) o deslocamento da seiva elaborada devido à pressão de<br />

raiz.<br />

d) o transporte ativo da seiva pelas células das raízes da<br />

videira.<br />

12. UEGO A figura a seguir, representa um corte transversal<br />

de uma raiz, em estrutura primária. Os números representam<br />

tecidos e estruturas anatômicas. A linha contínua e a tracejada<br />

representam as vias pelas quais a água, juntamente com os<br />

sais minerais seguem no interior da raiz, após a absorção:<br />

Sobre as afirmativas, pode-se concluir que apenas<br />

a) II e III estão corretas. d) I e II estão corretas.<br />

b) II e IV estão corretas. e) I e III estão corretas.<br />

c) I e IV estão corretas.<br />

396


( ) Os números 1 e 2 correspondem na figura, respectivamente<br />

a exoderme e endoderme.<br />

( ) Em 2, o fluxo de água pode ser facilitado pela existência<br />

das chamadas estrias de Caspary.<br />

( ) Em B, o caminho percorrido pela água é mais demorado,<br />

pois depende do transporte ativo.<br />

( ) Fatores ambientais, tais como a concentração de oxigênio,<br />

do gás carbônico e a temperatura, bem como a concentração<br />

de solutos na solução do solo, irão influenciar na absorção da<br />

água pelas raízes.<br />

( ) A absorção de água pela raiz está diretamente relacionada<br />

com a perda de água através das folhas, durante a<br />

transpiração.<br />

13. UFMS No transporte das soluções no interior da planta,<br />

desde a absorção pelas raízes até a perda pelas superfícies<br />

foliares, é correto afirmar que:<br />

(01) de modo geral, o floema, que é um tecido vivo, é<br />

responsável pelo transporte descendente, ou seja, pela<br />

distribuição dos nutrientes orgânicos produzidos nas folhas<br />

pela fotossíntese, para todo o vegetal.<br />

(02) o xilema, que é um tecido morto, é responsável pelo<br />

transporte ascendente e que está ligado ao processo de<br />

respiração, ou seja, à perda de água na forma de vapor.<br />

(04) o xilema e o floema constituem o sistema vascular que<br />

percorre o corpo vegetal desde as raízes até as folhas.<br />

(08) entre as hipóteses para explicar os mecanismos de<br />

transporte que ocorrem no floema, está a Hipótese de Münch<br />

ou do Transporte em Massa.<br />

(16) ao se retirar um anel do caule de uma árvore qualquer,<br />

após um determinado tempo ela pode morrer porque nesse<br />

anel foi retirado o floema ou líber.<br />

(32) entre as hipóteses para explicar os mecanismos de<br />

transporte que ocorre no xilema, pode-se citar a Teoria da<br />

Tensão-Coesão.<br />

(64) segundo a Teoria de Dixon, o transporte no xilema<br />

ocorre porque a transpiração diminui a pressão osmótica das<br />

células foliares e a água que está submetida a uma ausência<br />

de pressão circula numa coluna não-contínua.<br />

14. (UESB-2008) Uma das<br />

grandes ambições do ser humano<br />

é encontrar meios de prolongar<br />

sua própria vida. A aspiração à<br />

vida longa aguça-se ainda mais<br />

diante da constatação de que<br />

várias espécies da flora e da<br />

fauna são capazes de viver por<br />

séculos. Há espécies, no reino<br />

vegetal, cuja capacidade de<br />

renovação das células se estende<br />

por milhares de anos. O Parque<br />

Estadual de Vassununga(SP)<br />

abriga um dos melhores exemplos dessa capacidade. Lá o<br />

visitante poderá ver um jequitibá-rosa com mais de 3.000<br />

anos de idade.<br />

(VIEIRA; LIMA, 2007, p.134-135)<br />

A maior longevidade em muitas espécies vegetais, a exemplo<br />

do jequitibá rosa, acontece, dentre outros fatores, porque<br />

01) apresentam um câmbio vascular, responsável pela<br />

formação do xilema e do floema secundários, que garantem o<br />

alongamento do caule e das raízes.<br />

02) possuem células endodérmicas com paredes celulares<br />

suberificadas, que estabelecem, totalmente, uma barreira<br />

impermeável à água.<br />

03) preservam os meristemas primários nos ápices caulinares<br />

e radiculares, possibilitando o crescimento e a reposição de<br />

órgãos.<br />

04) são revestidas por um sistema dérmico, que as protege das<br />

intempéries do ambiente.<br />

05) desenvolvem um sistema fundamental, que funciona no<br />

armazenamento de alimentos pelas folhas e na produção de<br />

substâncias defensivas.<br />

15. (UESC-95)<br />

“Numa grande árvore, o que chama a atenção é o porte; numa<br />

planta baixa, é a flor. Mas pouca gente repara no órgão mais<br />

nobre do vegetal, ao mesmo tempo seu coração, seu pulmão,<br />

seu estômago e sua mente: a folha."<br />

(Costa, p. 4)<br />

A folha identifica-se com o "coração", quando<br />

A) impulsiona a seiva elaborada para as diversas partes da<br />

planta, através de contrações.<br />

B) proporciona as trocas de CO 2 e O 2 entre as células do<br />

parênquima foliar e o ambiente.<br />

C) produz matéria mineral, que fornece a energia para o<br />

transporte de nutrientes da raiz até as folhas.<br />

397


D) condiciona, pela transpiração, o deslocamento de um fluxo<br />

de água e nutrientes.<br />

E) percebe estímulos mecânicos, gerando respostas úteis à<br />

planta.<br />

16.(UESB-2009) A figura ilustra uma árvore com destaque para<br />

o local onde foi feito um anel de Malpighi (A), bem como o detalhe<br />

de um corte longitudinal do tronco para mostrar, através das setas,<br />

a movimentação da seiva bruta e da seiva elaborada (B).<br />

Com base em aspectos morfofisiológicos da planta, pode-se inferir<br />

que a remoção do anel de Malpighi<br />

01) provoca um acúmulo de seiva inorgânica na borda superior do<br />

caule, acima do anel.<br />

02) impede o deslocamento da seiva contida no floema para a<br />

porção superior da planta.<br />

03) compromete a nutrição das células da raiz, ao bloquear o<br />

deslocamento da seiva elaborada.<br />

04) inviabiliza a transpiração da planta, impedindo, de imediato, o<br />

fluxo ascendente dos nutrientes inorgânicos.<br />

05) mantém o movimento descendente da seiva mineral, permitindo<br />

a preservação da vitalidade dos vasos condutores do xilema.<br />

398


HISTOLOGIA VEGETAL<br />

Histologia é a parte da biologia que estuda os tecidos.<br />

Tecidos são conjunto de células que se assemelham quanto à<br />

origem embrionária, os tipos celulares e à função que<br />

exercem.<br />

Em geral, é possível estabelecer relações acerca da<br />

origem e da funcionabilidade entre os tecidos vegetais e<br />

animais.<br />

HISTOLOGIA ANIMAL X VEGETAL<br />

Meristemas: são os tecidos embrionários vegetais.<br />

Características gerais:<br />

Tipos:<br />

- Paredes finas<br />

- Vacúolos bastante reduzidos<br />

- Protoplasma abundante<br />

- Núcleo grande<br />

- Grande capacidade mitótica<br />

- Células indiferenciadas<br />

Primários<br />

Secundários<br />

Meristema fundamental (periblema): a partir desse<br />

meristema forma-se um conjunto de tecidos de diversidade<br />

funcional denominados de parênquimas.<br />

Procâmbio: origina o xilema e o floema primário e o câmbio<br />

fascicular.<br />

Câmbio fascicular: garante a formação dos primeiros feixes<br />

de vasos condutores (xilema e floema).<br />

Pleroma: Promove a formação do cilindro central.<br />

Caliptrogênio: (especial): esse tecido ocorre exclusivamente<br />

na extremidade das raízes, promovendo a formação de um<br />

capuz de proteção do meristema apical desse órgão,<br />

denominado de caliptra.<br />

Os tecidos secundários, ao contrário dos primários,<br />

promovem o crescimento horizontal (em espessura). São de<br />

dois tipos o câmbio interfascicular e o felogênio. Localizamse<br />

entre os feixes vasculares e no córtex (casca) de caules e<br />

raízes, respectivamente. Quanto às mitoses, esses tecidos<br />

passam por períodos sem sofrer divisões e em outros<br />

readquirem essa capacidade, em certos órgãos, promovendo<br />

o crescimento secundário via um processo denominado de<br />

desdiferenciação.<br />

Câmbio interfascicular: promove a formação de novos<br />

vasos condutores na medida em que o vegetal cresce em<br />

espessura.<br />

Felogênio: em direção à periferia do córtex promove a<br />

formação do felema – tecido rico em uma<br />

substância impermeabilizante e isolante térmico denominada<br />

de suberina ou súber. É o súber que origina a cortiça. Em<br />

direção ao cilindro central, forma-se a partir do felogênio o<br />

feloderma – tecido de preenchimento e de reserva. Ao<br />

conjunto felema, felogênio e feloderma denominamos<br />

periderma.<br />

Os tecidos primários são responsáveis pelo crescimento<br />

primário, como nome sugere, e consiste no crescimento em<br />

sentido longitudinal (vertical). Quanto à localização podem<br />

ser apical, localizado nas extremidades de caules e raízes ou<br />

câmbio fascicular, localizado no interior dos feixes<br />

vasculares.<br />

Os tecidos primários mantém sua capacidade mitótica<br />

ao longo de toda a vida do vegetal.<br />

Tipos:<br />

Protoderma: (dermatogênio): origina os tecidos de<br />

revestimento ou tegumentar e todos seus anexos.<br />

Tecidos permanentes:<br />

Os tecidos permanentes se originam a partir da<br />

diferenciação dos meristemas.<br />

399


se ainda que as células desses tecidos realizam fotossíntese,<br />

sendo muitas vezes denominados de clorênquima. A<br />

disposição das células abaixo da epiderme inferior sob forma<br />

de paliçada justifica a denominação de parênquima<br />

paliçádico. Esse último por suas células realizarem<br />

fotossíntese também se configura como sendo um<br />

clorênquima.<br />

Tecido tegumentar de<br />

revestimento ou de<br />

proteção<br />

Abrange a epiderme e<br />

todas as estruturas anexas.<br />

Sua aquisição foi decisiva<br />

para a adaptação dos vegetais ao meio terrestre.<br />

Parênquimas: equivale, nos<br />

animais, aos tecidos<br />

conjuntivos. Em geral ao<br />

considerados tecidos de<br />

preenchimento com as mais<br />

diversificadas funções.<br />

Características:<br />

- Paredes finas e sem reforço<br />

- Isodiamétricas e poliédricas (em geral)<br />

- Formam simplastos - Plasmodesmos<br />

Tipos de parênquimas:<br />

Parênquimas aqüífero: acumula água entre os espaços<br />

celulares Ex.: cactos<br />

Parênquimas aerífero: semelhante ao aquífero, no entanto,<br />

armazena ar: Ex.: plantas aquáticas que flutuam<br />

Parênquimas assimilador ou clorofiliano ou paliçádico: as<br />

células desses parênquimas são especializadas pra realizar<br />

fotossíntese.<br />

Parênquimas de reserva: formado por células que<br />

armazenam as mais diversas substâncias: açúcares (amido),<br />

proteínas, óleos etc.<br />

Parênquimas cortical e medular: a denominação decorre da<br />

localização no córtex e na medula respectivamente. Em geral<br />

acumular reserva. Ex.: caules e raízes comestíveis.<br />

Obs.: A expressão parênquima lacunoso está relacionada ao<br />

fato de que nesse tecido existem grandes espaços entre as<br />

células. Entre esses espaços pode se acumular água<br />

(parênquima aquífero) ou ar (parênquima aerífero). Observa-<br />

Características:<br />

- Células achatadas, poliédricas e justapostas<br />

- Ausência de espaços intercelular<br />

- Células grandes com grandes vacúolos<br />

- Impregnações impermeáveis* (funções diversas)<br />

*As impregnações reduzem as perdas de água por<br />

transpiração e impede que formem poças de água sobre as<br />

folhas evitando assim o apodrecimento dos tecidos. Essas<br />

impregnações dá às folhas e caule um aspecto esbranquiçado.<br />

Ex.: ceras e substâncias de caráter lipídicas.<br />

Estruturas anexas:<br />

Papilas: são projeções que dão<br />

às pétalas o aspecto aveludado.<br />

- Pêlos ou tricomas: projeções<br />

mais longas que as papilas e se<br />

distribuem ao longo de caules e<br />

folhas conferindo-lhes um<br />

aspecto aveludado. Possibilitam<br />

a aeração desses órgãos,<br />

contribuindo com a redução na perda de água por<br />

transpiração. Alguns eliminam substâncias urticantes e ou<br />

perfuram quem os toque, conferindo proteção a planta.<br />

Estômatos: estruturas formadas<br />

por duas células – células guarda -<br />

estão relacionados com as trocas<br />

gasosas da respiração e<br />

fotossíntese, promovendo ainda a<br />

transpiração estomatar. A liberação<br />

de água sob a forma de vapor realizada pelos estômatos e<br />

denominada de sudação.<br />

400


Hidatódios: é a região das<br />

bordas das folhas para<br />

onde convergem os vasos<br />

lenhosos. Os hidatódios<br />

eliminam pequena<br />

quantidade de água sob a<br />

forma de gotas, fenômeno<br />

denominado de gutação.<br />

Lentícelas: a epiderme<br />

vegetal muitas vezes é<br />

revestida por suberina.<br />

Existem sobre essa camada<br />

denominada de súber,<br />

orifícios que permitem as<br />

trocas gasosas. Esses orifícios<br />

por se assemelhar com lentes originou a denominação de<br />

lenticelas (diminutivo de lente).<br />

Ritidoma: o súber quando começa a descamar sob a forma<br />

de camadas denominadas de ritidoma.<br />

Acúleos: são projeções epidérmicas<br />

pontiagudas que conferem proteção<br />

ao vegetal. Não confundir com<br />

espinhos. Esses últimos são estruturas<br />

do caule e de difícil remoção. Os<br />

acúleos desprendem-se com<br />

facilidade uma vez que são superficiais. Ex.: roseiras.<br />

Tecidos secretores.<br />

Ao contrário do que ocorre nos animais, os tecidos<br />

secretores vegetais, nem sempre se originam a partir da<br />

epiderme. Muitas das secreções não possuem, aparentemente,<br />

nenhuma importância para os vegetais. Acredita-se que,<br />

nesses casos, as secreções seriam resíduos tóxicos do<br />

metabolismo vegetal que, de alguma forma as células as<br />

isolam sob diversas formas.<br />

Estruturas secretoras:<br />

Nectários: estruturas que produzem néctar. O néctar, por sua<br />

vez, atrai animais polinizadores e ou animais que, por se<br />

utilizar do néctar como alimento, termina por defender a<br />

planta de invasores (lagartas,<br />

cupins etc.)<br />

Canais resiníferos: produzem resinas. Essas resinas<br />

protegem as plantas de parasitas.<br />

Bolsas secretoras: produzem as<br />

mais diversificadas secreções (óleos,<br />

essências etc.)<br />

Secreção de cristais: supostamente,<br />

são substâncias que a planta isola do<br />

metabolismo celular. Apresentam-se<br />

sob diversas formas e constituição -<br />

em geral de cálcio e silício. Essas<br />

secreções conferem aspereza às<br />

folhas, outras tornam as folhas<br />

cortantes ou de sabor desagradável<br />

e, de certa forma proteja a planta de<br />

boa parte dos herbívoros.<br />

Ex.: ráfides, cistólitos e drusas.<br />

Tecidos de sustentação ou mecânico<br />

Células:<br />

- Vivas ou mortas- os esclerídeos.<br />

- Células com reforço de celulose e ou lignina.<br />

- Grandes alongadas ou pequenas multiformas.<br />

*A lignina é um carboidrato nitrogenado que confere<br />

resistência à madeira.<br />

Tipos:<br />

Colênquimas:<br />

Angular: com reforços de celulose<br />

nos ângulos formados pelas paredes<br />

das células.<br />

Tabular ou laminar: os reforços<br />

de celulose ocorre nos lados da<br />

célula.<br />

- Tecido vivo com<br />

reforço de celulose<br />

- Possibilita o crescimento secundário –<br />

crescimento em espessura.<br />

Tubos laticíferos: produz o<br />

látex. Ex.: seringueira.<br />

401


Esclerênquima<br />

- Tecido morto com reforço de<br />

lignina<br />

- Células: fibras e escleritos ou<br />

esclerídeos<br />

- Limita o crescimento secundário<br />

São os tecidos de sustentação que fornecem fibras para<br />

produção de tecidos e cordas (juta, sisal, rami etc.). A madeira<br />

também é constituída por tecidos de sustentação com grande<br />

quantidade de lignina e muitas vezes, com impregnações que<br />

impede a ação de cupins e fungos.<br />

Tecidos de condução ou vascular<br />

Tipos:<br />

Lenho ou xilema: transportam seiva bruta<br />

no sentido raiz-caule. A seiva bruta é a<br />

solução de água e sais minerais absorvidas<br />

pela raiz.<br />

- Vasos lenhosos ou traquéias com reforço<br />

de lignina – células mortas<br />

- Traqueídes (células) com pontuações<br />

areoladas (toro e poro) típicos de<br />

gimnospermas.<br />

- Formação de tilas e cerne*<br />

- Anéis anuais - coníferas<br />

*Em torno dos vasos lenhosos existe um conjunto de<br />

células parenquimáticas denominadas de parênquima<br />

lenhoso. Em algumas situações, essas células se projetam<br />

para o interior dos vasos bloqueando completamente o<br />

transporte da seiva bruta. São essas projeções que<br />

denominamos de tilas. O conjunto desses vasos inativos vai<br />

formar, internamente, o cerne ou madeira. Simultaneamente<br />

à inativação desses vasos, novas estruturas condutoras são<br />

formadas a partir dos câmbios. O novo lenho funcional<br />

dispõe-se perifericamente sendo denominado de lenho<br />

secundário ou alburno.<br />

Em coníferas ou pinheiros (gimnospermas), nos<br />

períodos favoráveis (primavera e verão) as traqueídes são<br />

grandes e formam um anel largo e claro – o lenho primaveril.<br />

Nos períodos desfavoráveis do ano (outono e primavera) as<br />

traqueídes são pequenas e de paredes grossas formando um<br />

anel estreito e escuro – lenho estival. A contagem desses anéis<br />

permite determinar a idade da árvore: a soma de um anel claro<br />

e um escuro corresponde a um ano de idade, fato que justifica<br />

a expressão anéis anuais.<br />

Líber ou floema: transportam a seiva elaborada ou líber. A<br />

seiva elaborada consiste em água e<br />

substâncias produzidas a partir da<br />

fotossíntese. Em geral o sentido desse<br />

transporte se dá da folha em direção à<br />

raiz. Quando, no outono ou no<br />

inverno, as plantas de clima<br />

temperado perdem ás folhas em<br />

função da baixa luminosidade, sua<br />

nutrição se dá às custas das reservas<br />

nutritivas localizada nas raízes. Logo,<br />

o sentido de transporte da seiva<br />

elaborada ocorre da raiz para o caule.<br />

- Vasos crivados ou elementos<br />

crivados e células companheiras – células vivas.<br />

Calose<br />

Nos vasos velhos ou temporariamente inativos (inverno)<br />

acumula-se um carboidrato especial que os obstrui. Esse<br />

carboidrato e denominado de calose.<br />

Exercícios<br />

ESTRUTURA DO TRONCO<br />

01. As regiões do embrião onde se localizam células<br />

meristemáticas responsáveis pelo crescimento da planta são:<br />

a) ápice caulinar e cotilédones.<br />

b) ápice radicular e cotilédones.<br />

c) ápice caulinar e ápice radicular.<br />

d) ápice radicular e folhas jovens.<br />

e) cotilédones e folhas jovens.<br />

02. Das características a seguir, assinale a que não pode ser<br />

empregada na caracterização de células meristemáticas.<br />

a) Possuem núcleo relativamente grande.<br />

b) São indiferenciadas.<br />

c) Têm parede celular espessa<br />

d) Apresentam altas taxas de mitose.<br />

e) Não têm substâncias de reservas.<br />

402


03. Os meristemas primários localizados nos ápices de<br />

caule e raiz são:<br />

a) procâmbio / protoderme / meristema fundamental<br />

b)câmbio fascicular / meristema / fundamental<br />

c)câmbio interfascicular / meristema fundamental /e<br />

felogênio<br />

d) procâmbio / câmbio fascicular / câmbio interfascicular<br />

e) protoderme / meristema fundamental / câmbio<br />

f) procâmbio / dermatogênio / meristema fundamental<br />

g) procâmbio / protoderma / periblema<br />

04. O crescimento da planta originado a partir dos<br />

meristemas apicais é denominado......... e corresponde ao<br />

crescimento ......da planta<br />

a) primário / em espessura<br />

b) secundário / em espessura<br />

c) primário / longitudinal<br />

d) secundário / longitudinal<br />

e) primitivo / espessura<br />

05. Os meristemas envolvidos no crescimento em espessura<br />

do caule são (...) meristemas primários localizado dentro dos<br />

feixes vasculares,......, meristema secundário localizado entre<br />

os feixes vasculares, e<br />

........., meristema<br />

secundário localizado no<br />

córtex.<br />

a) Felogênio/ felema /<br />

feloderma<br />

b) Câmbio interfascicular /<br />

felogênio / câmbio fascicular<br />

c) Felogênio / protoderme / súber<br />

d) Câmbio fascicular /câmbio interfascicular / felogênio<br />

e) Câmbio fascicular / felogênio / feloderma<br />

06. Na raiz a função da coifa é:<br />

a) proteger a zona lisa da raiz<br />

b) absorver água<br />

c) absorver substâncias orgânicas<br />

d) originar novas células de crescimento<br />

e) dar origem aos pêlos absorventes<br />

07. O felogênio dá origem ao......., tecido morto, e ao .......<br />

tecido vivo, e os câmbios dão origem ao ...... e ao ......... .<br />

Felema / súber / xilema primário / floema primário<br />

b) Súber / feloderme / xilema secundário / floema secundário<br />

c) Felema / feloderme / xilema secundário / floema primário<br />

d) Felema / parênquima clorofiliano / xilema P. / floema S.<br />

e) Feloderme / súber/ xilema secundário / floema secundário<br />

f) Felema / feloderme / xilema secundário / floema secundário<br />

08. Dentre as características citadas a seguir, qual não<br />

caracteriza a epiderme.<br />

a) Tecido geralmente uniestratificado.<br />

b) Tecido formado por células desprovidas de cloroplastos.<br />

c) Células com grandes vacúolos.<br />

d) Células que apresentam diferenciações tais como:<br />

estômatos, papilas e pêlos.<br />

e) Tecido formado por células frouxamente entrelaçadas,<br />

havendo muitos espaços intercelulares.<br />

09. Fazem parte do sistema dérmico os tecidos:<br />

a) xilema e floema<br />

b) súber e floema<br />

c) epiderme e periderme<br />

d) parênquima e colênquima<br />

e)esclerênquima e colênquima<br />

10. Os tecidos vegetais que constituem o sistema fundamental<br />

são:<br />

a) parênquimas / colênquimas / esclerênquimas<br />

b) parênquima / epiderme / colênquima<br />

c) xilema / floema<br />

d) epiderme / periderme<br />

e) parênquimas, xilema e floema<br />

A figura a seguir mostra um corte transversal de folha e diz<br />

respeito às questões 11 e 12:<br />

11. Os parênquimas clorofilianos ou clorênquimas estão<br />

representados pelos algarismos:<br />

a) I e II b) II e III c) III e IV d) I e IV e) I e V<br />

12. As setas I, IV e VI dizem respeito, respectivamente, a:<br />

a) parênquima paliçádico / pêlos / ráfides<br />

b) epiderme / cistólito / estômato<br />

c) epiderme / estômato / pelo<br />

d) epiderme / estômato / cistólito<br />

e) epiderme / estômato / e drusa<br />

13. Podem se considerados parênquimas de reserva:<br />

a) paliçádico / lacunoso / amilífero<br />

b) amilífero / clorênquima / aerífero<br />

c) cortical / medular / lacunoso<br />

d) amilífero / aerífero / aquífero<br />

e) cortical / amilífero / aquífero<br />

403


14. As estruturas do xilema e do floema responsáveis pela<br />

condução de seiva são, respectivamente:<br />

a) fibras e elementos crivados<br />

b) elementos de vasos e traqueídeos<br />

c) elementos traqueais e elementos crivados<br />

d) fibras e células de parênquimas<br />

e) fibras e células crivadas<br />

15. Os elementos traqueais são células mortas e podem ser<br />

de dois tipos:<br />

a) Traqueídeos e elementos de vasos<br />

b) Traqueídeos e células crivadas<br />

c) Elementos de vaso e elementos de tubos crivados<br />

d) Elementos de tubos crivados e células crivadas<br />

e) Elementos de vaso e fibras<br />

16. Os elementos crivados são os responsáveis pela condução<br />

da seiva elaborada no floema Esses elementos são células<br />

vivas que no entanto, perderam o núcleo. São eles:<br />

a) Traqueídeos e elementos de vasos<br />

b) Traqueídeos e células crivadas<br />

c) Elementos de vaso e elementos de tubos crivados<br />

d) Elementos de tubos crivados e células crivadas<br />

e) Elementos de vaso e fibras<br />

17. A periderme ocorre em nos caules e raízes de plantas<br />

que crescem em espessura, atuando como importante<br />

sistema de proteção. Os tecidos que a compõem são:<br />

a) felema / felogênio / feloderme.<br />

b) súber / câmbio / protoderme.<br />

c) súber / felogênio / epiderme.<br />

d) felogênio / epiderme / lenho.<br />

e) súber / câmbio / epiderme.<br />

f] súber / felogênio /feloderme.<br />

18. Na estrutura primária de uma raiz subterrânea existe uma<br />

camada de células prismáticas, parcialmente suberificadas<br />

(estrias de Gaspary), chamada endoderme. A função desta<br />

camada é:<br />

a. Promover o crescimento secundário da raiz por sucessivas<br />

divisões mitóticas.<br />

b. Proteger a raiz contra o ataque de microorganismos do<br />

solo.<br />

c. Originar as ramificações da raiz por sucessivas divisões<br />

mitóticas.<br />

d. Servir de "canal" por onde circula ar, permitindo a<br />

respiração da raiz.<br />

e. Controlar a passagem da seiva bruta da casca para o<br />

cilindro central da raiz.<br />

19. Assinale a alternativa correta:<br />

a. Em geral, as monocotiledôneas apresentam crescimento<br />

secundário e as dicotiledôneas não.<br />

b. Na raiz os elementos do xilema e do floema reúnem-se em<br />

feixes liberolenhosos enquanto no caule têm disposição<br />

alterna.<br />

c. Colênquima e esclerênquimas são tecidos secretores das<br />

plantas superiores.<br />

d. Nas angiospermas as raízes laterais têm origem no córtex.<br />

e. De modo geral, as células do câmbio vascular no caule<br />

dividem-se para fora o floema e para dentro o xilema.<br />

20. UFR-RJ Sobre o<br />

esquema a seguir são<br />

feitas algumas<br />

afirmativas:<br />

I. O esquema<br />

representa o tecido<br />

vegetal de sustentação.<br />

II. Neste sistema<br />

movimenta-se uma solução orgânica onde predominam<br />

açúcares solúveis.<br />

III. Este tecido está presente em todos os vegetais terrestres.<br />

IV. A movimentação de solução orgânica neste sistema fazse<br />

da<br />

região mais concentrada para a menos concentrada.<br />

Sobre as afirmativas, pode-se concluir que apenas<br />

a)II e III estão corretas. d) I e II estão corretas.<br />

b) II e IV estão corretas. e) I e III estão corretas.<br />

c) I e IV estão corretas.<br />

21. (U.F.J.F-MG) Nos vasos velhos ou temporariamente não<br />

funcionais do floema, a seiva elaborada não pode circular,<br />

uma vez que:<br />

a) os poros das placas crivadas são obstruídos pela formação<br />

de tilas.<br />

b) os poros dos traqueídeos são obstruídos pelo acúmulo de<br />

calose.<br />

c) os poros das placas crivadas são obstruídos pelo acúmulo<br />

de calose.<br />

d) os poros dos traqueídeos são obstruídos pela formação de<br />

tilas.<br />

22. (VUNESP) A análise do líquido coletado pelo aparelho<br />

bucal de certos pulgões, que o inseriram no caule de um<br />

feijoeiro adulto, revelou quantidades apreciáveis de açúcares,<br />

além de outras substâncias orgânicas.<br />

404


Plântulas de feijão, recém- geminadas, que se desenvolveram<br />

sobre algodão umedecido apenas com água e sob iluminação<br />

natural, tiveram seus órgãos de reserva alimentar (folhas<br />

primordiais modificadas) sugadas por outros pulgões. A<br />

análise do líquido coletado dos aparelhos bucais destes<br />

pulgões também revelou a presença de nutrientes orgânicos.<br />

Os resultados destas análises indicam que os pulgões que<br />

sugaram o feijoeiro adulto e os que sugaram as plântulas<br />

recém-germinadas inseriram seus aparelhos bucais,<br />

respectivamente, no parênquima clorofiliano e súber.<br />

a) floema e súber.<br />

b) xilema e cotilédones.<br />

c) floema e cotilédones.<br />

d) esclerênquima e xilema.<br />

REVISÃO ENTENSIVA ENEM 2015<br />

ENEM 1998<br />

1. O sol participa do ciclo da água, pois além de aquecer a<br />

superfície da Terra dando origem aos ventos, provoca a<br />

evaporação da água dos rios, lagos e mares. O vapor da água,<br />

ao se resfriar, condensa em minúsculas gotinhas, que se<br />

agrupam formando as nuvens, neblinas ou névoas úmidas. As<br />

nuvens podem ser levadas pelos ventos de uma região para<br />

outra. Com a condensação e, em seguida, a chuva, a água<br />

volta à superfície da Terra, caindo sobre o solo, rios, lagos e<br />

mares. Parte dessa água evapora retornando à atmosfera,<br />

outra parte escoa superficialmente ou infiltra-se no solo, indo<br />

alimentar rios e lagos. Esse processo é chamado de ciclo da<br />

água.<br />

Considere, então, as seguintes afirmativas:<br />

I. a evaporação é maior nos continentes, uma vez que o<br />

aquecimento ali é maior do que nos oceanos.<br />

II. a vegetação participa do ciclo hidrológico por meio da<br />

transpiração.<br />

III. o ciclo hidrológico condiciona processos que ocorrem na<br />

litosfera, na atmosfera e na biosfera.<br />

IV. a energia gravitacional movimenta a água dentro do seu<br />

ciclo.<br />

V. o ciclo hidrológico é passível de sofrer interferência<br />

humana, podendo apresentar desequilíbrios.<br />

a) somente a afirmativa III está correta.<br />

b) somente as afirmativas III e IV estão corretas<br />

c) somente as afirmativas I, II e V estão corretas.<br />

d) somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas.<br />

e) todas as afirmativas estão corretas.<br />

2. Matéria publicada em jornal diário discute o uso de<br />

anabolizantes (apelidados de “bombas”) por praticantes de<br />

musculação. Segundo o jornal, “os anabolizantes são<br />

hormônios que dão uma força extra aos músculos. Quem<br />

toma consegue ganhar massa muscular mais rápido que<br />

normalmente. Isso porque uma pessoa pode crescer até certo<br />

ponto, segundo sua herança genética e independentemente do<br />

quanto ela se exercite”. Um professor de musculação, diz:<br />

“Comecei a tomar bomba por conta própria. Ficava nervoso<br />

e tremia. Fiquei impotente durante uns seis meses. Mas como<br />

sou lutador de vale tudo, tenho que tomar”.<br />

A respeito desta matéria, dois amigos fizeram os seguintes<br />

comentários:<br />

I. o maior perigo da auto-medicação é seu fator<br />

anabolizante, que leva à impotência sexual.<br />

II. o crescimento corporal depende tanto dos fatores<br />

hereditários quanto do tipo de alimentação da pessoa, se<br />

pratica ou não esportes, se dorme as 8 horas diárias.<br />

III. os anabolizantes devem ter mexido com o sistema<br />

circulatório do professor de musculação, pois ele até ficou<br />

impotente.<br />

IV. os anabolizantes são mais perigosos para os homens, pois<br />

as Mulheres, além de não correrem o risco da impotência,<br />

são protegidas pelos hormônios femininos.<br />

Tomando como referência as informações da matéria do<br />

jornal e o que se conhece da fisiologia humana, pode-se<br />

considerar que estão corretos os comentários:<br />

a) I, II, III e IV.<br />

b) I, II e IV, apenas.<br />

c) III e IV, apenas.<br />

d) II e III, apenas.<br />

e) I, II e III, apenas.<br />

Para responder às questões 3 e 4, considere o texto e a<br />

ilustração abaixo.<br />

O assunto na aula de <strong>Biologia</strong> era a evolução do Homem. Foi<br />

apresentada aos alunos uma árvore filogenética, igual à<br />

mostrada na ilustração, que relacionava primatas atuais e seus<br />

ancestrais.<br />

405


_______________________________________________<br />

III<br />

U A G G C C U A C G A A<br />

⇓<br />

Metionina Alanina Leucina Glutamato<br />

Bases nitrogenadas:<br />

A = Adenina T = Timina C = Citosina G = Guanina U<br />

= Uracila<br />

5. Analisando-se o DNA de um animal, detectou-se que 40%<br />

de suas bases nitrogenadas eram constituídas por Adenina.<br />

Relacionando esse valor com o emparelhamento específico<br />

das bases, os valores encontrados para as outras bases<br />

nitrogenadas foram:<br />

3. Foram feitas comparações entre DNA e proteínas da<br />

espécie humana com DNA e proteínas de diversos primatas.<br />

Observando a árvore filogenética, você espera que os dados<br />

bioquímicos tenham apontado, entre os primatas atuais, como<br />

nosso parente mais próximo o:<br />

a) Australopithecus.<br />

b) Chimpanzé.<br />

c) Ramapithecus.<br />

d) Gorila.<br />

e) Orangotango.<br />

4. Se fosse possível a uma máquina do tempo percorrer a<br />

evolução dos primatas em sentido contrário,<br />

aproximadamente quantos milhões de anos precisaríamos<br />

retroceder, de acordo com a árvore filogenética apresentada,<br />

para encontrar o ancestral comum do homem e dos macacos<br />

antropóides (gibão, orangotango, gorila e chimpanzé)?<br />

a) 5 b) 10 c) 15 d) 30 e) 60<br />

Para responder às questões 5 e 6, considere o texto abaixo.<br />

João ficou intrigado com a grande quantidade de notícias<br />

envolvendo DNA: clonagem da ovelha Dolly, terapia gênica,<br />

testes de paternidade, engenharia genética, etc. Para<br />

conseguir entender as notícias, estudou a estrutura da<br />

molécula de DNA e seu funcionamento e analisou os dados<br />

do quadro a seguir.<br />

_______________________________________________<br />

I<br />

A T C C G G A T G C T T<br />

T A G G C C T A C G A A<br />

_______________________________________________<br />

II<br />

A T C C G G A T G C T T<br />

⇓<br />

U A G G C C U A C G A A<br />

a) T = 40%; C = 20%; G = 40% b) T = 10%; C = 10%; G<br />

= 40%<br />

c) T = 10%; C = 40%; G = 10%<br />

d) T = 40%; C = 10%; G = 10% e) T = 40%; C = 60%; G =<br />

60%<br />

6. Em I está representado o trecho de uma molécula de DNA.<br />

Observando o quadro, pode-se concluir que:<br />

a) a molécula de DNA é formada por 2 cadeias<br />

caracterizadas por seqüências de bases nitrogenadas.<br />

b) na molécula de DNA, podem existir diferentes tipos de<br />

complementação de bases nitrogenadas.<br />

c) a quantidade de A presente em uma das cadeias é<br />

exatamente igual à quantidade de A da cadeia complementar.<br />

d) na molécula de DNA, podem existir 5 diferentes tipos de<br />

bases nitrogenadas.<br />

e) no processo de mitose, cada molécula de DNA dá origem<br />

a 4 moléculas de DNA exatamente iguais.<br />

7. Um dos índices de qualidade do ar diz respeito à<br />

concentração de monóxido de carbono (CO), pois esse gás<br />

pode causar vários danos à saúde. A tabela abaixo mostra a<br />

relação entre a qualidade do ar e a concentração de CO.<br />

* ppm (parte por milhão) = 1 micrograma de CO por<br />

grama de ar 10 –6 g<br />

Para analisar os efeitos do CO sobre os seres humanos,<br />

dispõe-se dos seguintes dados:<br />

406


a) 1 e 2 b) 3 e 5 c) 4 e 6 d) 1 e 3 e) 2 e 3<br />

Para responder às questões 11 e 12, considere o texto abaixo.<br />

Suponha que você tenha lido em um jornal que na cidade de<br />

São Paulo foi atingido um péssimo nível de qualidade do ar.<br />

Uma pessoa que estivesse nessa área poderia:<br />

a) não apresentar nenhum sintoma.<br />

b) ter sua capacidade visual alterada.<br />

c) apresentar fraqueza muscular e tontura.<br />

d) ficar inconsciente.<br />

e) morrer.<br />

Para responder às questões 8, 9 e 10, considere as<br />

informações abaixo.<br />

Em uma aula de <strong>Biologia</strong>, o seguinte texto é apresentado:<br />

8. Em relação à Esquistossomose, a situação é complexa, pois<br />

o ciclo de vida do verme que causa a doença tem vários<br />

estágios, incluindo a existência de um hospedeiro<br />

intermediário, um caramujo aquático que é contaminado<br />

pelas fezes das pessoas doentes. Analisando as medidas<br />

propostas, o combate à doença terá sucesso se forem<br />

implementadas:<br />

a) 1 e 6, pois envolvem a eliminação do agente causador da<br />

doença e de seu hospedeiro intermediário.<br />

b) 1 e 4, pois além de eliminarem o agente causador da<br />

doença, também previnem o contato do transmissor com as<br />

pessoas sãs.<br />

c) 4 e 6, pois envolvem o extermínio do transmissor da<br />

doença.<br />

d) 1, 4 e 6, pois atingirão todas as fases do ciclo de vida do<br />

agente causador da doença, incluindo o seu hospedeiro<br />

intermediário.<br />

e) 3 e 5, pois prevenirão a contaminação do hospedeiro<br />

intermediário pelas fezes das pessoas doentes e a<br />

contaminação de pessoas sãs por águas contaminadas<br />

9. Para o combate da Ascaridíase, a proposta que trará maior<br />

benefício social, se implementada pela Prefeitura, será:<br />

a) 1 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6<br />

10. Você sabe que a Doença de Chagas é causada por um<br />

protozoário (Trypanosoma cruzi) transmitido por meio da<br />

picada de insetos hematófagos (barbeiros). Das medidas<br />

propostas no texto “A Lagoa Azul Está Doente”, as mais<br />

efetivas na prevenção dessa doença são:<br />

Alunos de uma escola no Rio de Janeiro são convidados a<br />

participar de uma excursão ao Parque Nacional de Jurubatiba.<br />

Antes do passeio, eles lêem o trecho de uma reportagem<br />

publicada em uma revista:<br />

“Jurubatiba será o primeiro parque nacional em área de<br />

restinga, num braço de areia com 31 quilômetros de extensão,<br />

formado entre o mar e dezoito lagoas. Numa área de 14.000<br />

hectares, ali vivem jacarés, capivaras, lontras, tamanduásmirins,<br />

além de milhares de aves e de peixes de água doce e<br />

salgada. Os peixes de água salgada, na época das cheias,<br />

passam para as lagoas, onde encontram abrigo, voltando ao<br />

mar na cheia seguinte. Nos terrenos mais baixos, próximos<br />

aos lençóis freáticos, as plantas têm água suficiente para<br />

agüentar longas secas. Já nas áreas planas, os cactos são um<br />

dos poucos vegetais que proliferam, pintando o areal com um<br />

verde pálido.”<br />

LAGOA AZUL ESTÁ DOENTE<br />

Os vereadores da pequena cidade de Lagoa Azul<br />

estavam discutindo a situação da Saúde no Município.<br />

A situação era mais grave com relação a três doenças:<br />

Doença de Chagas, Esquistossomose e Ascaridíase<br />

(lombriga). Na tentativa de prevenir novos casos, foram<br />

apresentadas várias propostas:<br />

Proposta 1: Promover uma campanha de vacinação.<br />

Proposta 2: Promover uma campanha de educação da<br />

população com relação a noções básicas de higiene,<br />

incluindo fervura de água.<br />

Proposta 3: Construir rede de saneamento básico.<br />

Proposta 4: Melhorar as condições de edificação das<br />

mora<strong>dias</strong> e estimular o uso de telas nas portas e janelas<br />

e mosquiteiros de filó.<br />

Proposta 5: Realizar campanha de esclarecimento sobre<br />

os perigos de banhos nas lagoas.<br />

Proposta 6: Aconselhar o uso controlado de inseticidas.<br />

Proposta 7: Drenar e aterrar as lagoas do município.<br />

11. Depois de ler o texto, os alunos podem supor que, em<br />

Jurubatiba, os vegetais que sobrevivem nas áreas planas têm<br />

características tais como:<br />

a) quantidade considerável de folhas, para aumentar a área de<br />

contato com a umidade do ar nos <strong>dias</strong> chuvosos.<br />

b) redução na velocidade da fotossíntese e realização<br />

ininterrupta desse processo, durante as 24 horas.<br />

407


c) caules e folhas cobertos por espessas cutículas que<br />

impedem o ressecamento e a conseqüente perda de água.<br />

d) redução do calibre dos vasos que conduzem a água e os<br />

sais minerais da raiz aos centros produtores do vegetal, para<br />

evitar perdas.<br />

e) crescimento sob a copa de árvores frondosas, que impede<br />

o ressecamento e conseqüente perda de água.<br />

12. O texto anterior cita alguns exemplos de animais que<br />

vivem em Jurubatiba e podem ser classificados como:<br />

a) mamíferos, peixes e aves, apenas.<br />

b) mamíferos, peixes, aves e anfíbios.<br />

c) répteis, aves e anfíbios apenas.<br />

d) mamíferos, répteis, peixes e aves.<br />

e) animais pertencentes a uma só classe.<br />

Para responder às questões 13 e 14, considere o texto abaixo.<br />

Um dos problemas ambientais decorrentes da<br />

industrialização é a poluição atmosférica. Chaminés altas<br />

lançam ao ar, entre outros materiais, o dióxido de enxofre<br />

(SO 2 ) que pode ser transportado por muitos quilômetros em<br />

poucos <strong>dias</strong>. Dessa forma, podem ocorrer precipitações<br />

ácidas em regiões distantes, causando vários danos ao meio<br />

ambiente (chuva ácida).<br />

13. Um dos danos ao meio ambiente diz respeito à corrosão<br />

de certos materiais. Considere as seguintes obras:<br />

I. monumento Itamarati - Brasília (mármore).<br />

II. esculturas do Aleijadinho - MG (pedra sabão, contém<br />

carbonato de cálcio).<br />

III. grades de ferro ou alumínio de edifícios.<br />

A ação da chuva ácida pode acontecer em:<br />

a) I, apenas.<br />

b) I e II, apenas.<br />

c) I e III, apenas.<br />

d) II e III, apenas.<br />

e) I, II e III.<br />

14. Com relação aos efeitos sobre o ecossistema, pode-se<br />

afirmar que:<br />

I. as chuvas ácidas poderiam causar a diminuição do pH da<br />

água de um lago, o que acarretaria a morte de algumas<br />

espécies, rompendo a cadeia alimentar.<br />

II. as chuvas ácidas poderiam provocar acidificação do solo,<br />

o que prejudicaria o crescimento de certos vegetais.<br />

III. as chuvas ácidas causam danos se apresentarem valor de<br />

pH maior que o da água destilada.<br />

Dessas afirmativas está(ão) correta(s):<br />

a) I, apenas.<br />

b) III, apenas.<br />

c) I e II, apenas.<br />

d) II e III, apenas.<br />

e) I e III, apenas.<br />

15. No início deste século, com a finalidade de possibilitar o<br />

crescimento da população de veados no planalto de Kaibab,<br />

no Arizona (EUA), moveu-se uma caçada impiedosa aos seus<br />

predadores – pumas, coiotes e lobos. No gráfico abaixo, a<br />

linha cheia indica o crescimento real da população de veados,<br />

no período de 1905 a 1940; a linha pontilhada indica a<br />

expectativa quanto ao crescimento da população de veados,<br />

nesse mesmo período, caso o homem não tivesse interferido<br />

em Kaibab.<br />

Número de veados<br />

100.000<br />

50.000<br />

Eliminação dos predadores<br />

Proibição da caça<br />

Primeiros filhotes<br />

morrem de fome<br />

100.000<br />

Morte de 60% dos filhotes<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

1905 1910<br />

1920<br />

1930<br />

1940<br />

Extraído de Amabis & Martho, Fundamentos de Psicologia Moderna, pag. 42<br />

Tempo (ano)<br />

Para<br />

explicar o fenômeno que ocorreu com a população de<br />

veados após a interferência do homem, o mesmo estudante<br />

elaborou as seguintes hipóteses e/ou conclusões:<br />

I. lobos, pumas e coiotes não eram, certamente, os únicos e<br />

mais vorazes predadores dos veados; quando estes<br />

predadores, até então desapercebidos, foram favorecidos pela<br />

eliminação de seus competidores, aumentaram<br />

numericamente e quase dizimaram a população de veados.<br />

II. a falta de alimentos representou para os veados um mal<br />

menor que a predação.<br />

III. ainda que a atuação dos predadores pudesse representar a<br />

morte para muitos veados, a predação demonstrou-se um<br />

fator positivo para o equilíbrio dinâmico e sobrevivência da<br />

população como um todo.<br />

IV. a morte dos predadores acabou por permitir um<br />

crescimento exagerado da população de veados, isto levou à<br />

degradação excessiva das pastagens, tanto pelo consumo<br />

excessivo como pelo seu pisoteamento.<br />

O estudante, desta vez, acertou se indicou as alternativas:<br />

a) I, II, III e IV.<br />

b) I, II e III, apenas.<br />

c) I, II e IV, apenas.<br />

408


d) II e III, apenas.<br />

e) III e IV, apenas.<br />

ENEM 1999<br />

1. Se compararmos a idade do planeta Terra, avaliada em<br />

quatro e meio bilhões de anos (4,5 x 10 9 anos), com a de uma<br />

pessoa de 45 anos, então, quando começaram a florescer os<br />

primeiros vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu<br />

com o homem moderno nas últimas quatro horas e, há cerca<br />

de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há menos de<br />

um minuto percebeu o ruído de máquinas e de indústrias e,<br />

como denuncia uma ONG de defesa do meio ambiente, foi<br />

nesses últimos sessenta segundos que se produziu todo o lixo<br />

do planeta!<br />

O texto acima, ao estabelecer um paralelo entre a idade da<br />

Terra e a de uma pessoa, pretende mostrar que<br />

a) a agricultura surgiu logo em seguida aos vegetais,<br />

perturbando desde então seu desenvolvimento.<br />

b) o ser humano só se tornou moderno ao dominar a<br />

agricultura e a indústria, em suma, ao poluir.<br />

c) desde o surgimento da Terra, são devidas ao ser humano<br />

todas as transformações e perturbações.<br />

d) o surgimento do ser humano e da poluição é cerca de dez<br />

vezes mais recente que o do nosso planeta.<br />

e) a industrialização tem sido um processo vertiginoso, sem<br />

precedentes em termos de dano ambiental.<br />

d) Z e da W, apenas.<br />

e) Z, W e Y.<br />

3. Se a vaca Y, utilizada como “mãe de aluguel”, for a mãe<br />

biológica da vaca W, a porcentagem de genes da “mãe de<br />

aluguel”, presente no clone será<br />

a) 0% b) 25% c) 50% d) 75% e) 100%<br />

4. A variação da quantidade de anticorpos específicos foi<br />

medida por meio de uma experiência controlada, em duas<br />

crianças durante um certo período de tempo. Para a<br />

imunização de cada uma das crianças foram utilizados dois<br />

procedimentos diferentes:<br />

Criança I: aplicação de soro imune.<br />

Criança II: vacinação.<br />

O gráfico que melhor representa as taxas de variação da<br />

quantidade de anticorpos nas crianças I e II é:<br />

Para responder às questões 2 e 3, considere o seguinte texto.<br />

A seqüência abaixo indica de maneira simplificada os passos<br />

seguidos por um grupo de cientistas para a clonagem de uma<br />

vaca:<br />

I. Retirou-se um óvulo da vaca Z. O núcleo foi desprezado,<br />

obtendo-se um óvulo anucleado.<br />

II. Retirou-se uma célula da glândula mamária da vaca W. O<br />

núcleo foi isolado e conservado, desprezando-se o resto da<br />

célula.<br />

III. O núcleo da célula da glândula mamária foi introduzido<br />

no óvulo anucleado. A célula reconstituída foi estimulada<br />

para entrar em divisão.<br />

IV. Após algumas divisões, o embrião foi implantado no<br />

útero de uma terceira vaca Y, mãe de aluguel. O embrião se<br />

desenvolveu e deu origem ao clone.<br />

2. Considerando-se que os animais Z, W e Y não têm<br />

parentesco, pode-se afirmar que o animal resultante da<br />

clonagem tem as características genéticas da vaca<br />

a) Z, apenas.<br />

b) W, apenas.<br />

c) Y, apenas.<br />

5. Um agricultor, que possui uma plantação de milho e uma<br />

criação de galinhas, passou a ter sérios problemas com os<br />

cachorros-do-mato que atacavam sua criação. O agricultor,<br />

ajudado pelos vizinhos, exterminou os cachorros-do-mato da<br />

região. Passado pouco tempo, houve um grande aumento no<br />

número de pássaros e roedores que passaram a atacar as<br />

lavouras. Nova campanha de extermínio e, logo depois da<br />

destruição dos pássaros e roedores, uma grande praga de<br />

gafanhotos, destruiu totalmente a plantação de milho e as<br />

galinhas ficaram sem alimento. Analisando o caso acima,<br />

podemos perceber que houve desequilíbrio na teia alimentar<br />

representada por:<br />

6. Apesar da riqueza das florestas tropicais, elas estão<br />

geralmente baseadas em solos inférteis e improdutivos.<br />

Grande parte dos nutrientes é armazenada nas folhas que<br />

caem sobre o solo, não no solo propriamente dito. Quando<br />

esse ambiente é intensamente modificado pelo ser humano, a<br />

409


vegetação desaparece, o ciclo dos nutrientes é alterado e a<br />

terra se torna rapidamente infértil.<br />

(CORSON, Walter H. Manual Global de Ecologia,1993)<br />

No texto acima, pode parecer uma contradição a existência de<br />

florestas tropicais exuberantes sobre solos pobres. No<br />

entanto, este fato é explicado pela:<br />

a) profundidade do solo, pois, embora pobre, sua espessura<br />

garante a disponibilidade de nutrientes para a sustentação dos<br />

vegetais da região.<br />

b) boa iluminação das regiões tropicais, uma vez que a<br />

duração regular do dia e da noite garante os ciclos dos<br />

nutrientes nas folhas dos vegetais da região.<br />

c) existência de grande diversidade animal, com número<br />

expressivo de populações que, com seus dejetos, fertilizam o<br />

solo.<br />

d) capacidade de produção abundante de oxigênio pelas<br />

plantas das florestas tropicais, consideradas os “pulmões” do<br />

mundo.<br />

e) rápida reciclagem dos nutrientes, potencializada pelo calor<br />

e umidade das florestas tropicais, o que favorece a vida dos<br />

decompositores.<br />

7. O crescimento da população de uma praga agrícola está<br />

representado em função do tempo, no gráfico a seguir, onde<br />

a densidade populacional superior a P causa prejuízo à<br />

lavoura.<br />

No momento apontado pela seta 1, um agricultor introduziu<br />

uma espécie de inseto que é inimigo natural da praga, na<br />

tentativa de controlá-la biologicamente.<br />

No momento indicado pela seta 2, o agricultor aplicou grande<br />

quantidade de inseticida, na tentativa de eliminar totalmente<br />

a praga.<br />

A análise do gráfico permite concluir que<br />

a) se o inseticida tivesse sido usado no momento marcado<br />

pela seta 1, a praga teria sido controlada definitivamente, sem<br />

necessidade de um tratamento posterior.<br />

b) se não tivesse sido usado o inseticida no momento marcado<br />

pela seta 2, a população de praga continuaria aumentando<br />

rapidamente e causaria grandes danos à lavoura.<br />

c) o uso do inseticida tornou-se necessário, uma vez que o<br />

controle biológico aplicado no momento 1 não resultou na<br />

diminuição da densidade da população da praga.<br />

d) o inseticida atacou tanto as pragas quanto os seus<br />

predadores; entretanto, a população de pragas recuperou-se<br />

mais rápido voltando a causar dano à lavoura.<br />

e) o controle de pragas por meio do uso de inseticidas é muito<br />

mais eficaz que o controle biológico, pois os seus efeitos são<br />

muito mais rápidos e têm maior durabilidade.<br />

8. A deterioração de um alimento é resultado de<br />

transformações químicas que decorrem, na maioria dos casos,<br />

da interação do alimento com microrganismos ou, ainda, da<br />

interação com o oxigênio do ar, como é o caso da rancificação<br />

de gorduras. Para conservar por mais tempo um alimento<br />

deve-se, portanto, procurar impedir ou retardar ao máximo a<br />

ocorrência dessas transformações.<br />

Os processos comumente utilizados para conservar alimentos<br />

levam em conta os seguintes fatores:<br />

I. microrganismos dependem da água líquida para sua<br />

sobrevivência.<br />

II. microrganismos necessitam de temperaturas adequadas<br />

para crescerem e se multiplicarem. A multiplicação de<br />

microrganismos, em geral, é mais rápida entre 25 ºC e 45 ºC,<br />

aproximadamente.<br />

III. transformações químicas têm maior rapidez quanto maior<br />

for a temperatura e a superfície de contato das substâncias que<br />

interagem.<br />

IV. há substâncias que acrescentadas ao alimento dificultam<br />

a sobrevivência ou a multiplicação de microrganismos.<br />

V. no ar há microrganismos que encontrando alimento, água<br />

líquida e temperaturas adequadas crescem e se multiplicam.<br />

Em uma embalagem de leite “longa-vida”, lê-se:<br />

“Após aberto é preciso guardá-lo em geladeira”<br />

Caso uma pessoa não siga tal instrução, principalmente no<br />

verão tropical, o leite se deteriorará rapidamente, devido a<br />

razões relacionadas com<br />

a) o fator I, apenas.<br />

b) o fator II, apenas.<br />

c) os fatores II ,III e V , apenas.<br />

d) os fatores I,II e III, apenas.<br />

e) os fatores I, II ,III , IV e V.<br />

410


9. Casos de leptospirose crescem na região<br />

M.P.S. tem 12 anos e está desde janeiro em tratamento de<br />

leptospirose. Ela perdeu a tranqüilidade e encontrou nos<br />

ratos, (...), os vilões de sua infância. “Se eu não os matar, eles<br />

me matam”, diz. Seu medo reflete um dos maiores problemas<br />

do bairro: a falta de saneamento básico e o acúmulo de lixo...<br />

(O Estado de S. Paulo, 31/07/1997)<br />

Oito suspeitos de leptospirose<br />

A cidade ficou sob as águas na madrugada de anteontem e,<br />

além de 120 desabrigados, as inundações estão fazendo outro<br />

tipo de vítimas: já há oito suspeitas de casos de leptospirose<br />

(...) transmitida pela urina de ratos contaminados.<br />

(Folha de S. Paulo, 12/02/1999)<br />

As notícias dos jornais sobre casos de leptospirose estão<br />

associadas aos fatos:<br />

I. Quando ocorre uma enchente, as águas espalham, além do<br />

lixo acumulado, todos os dejetos dos animais que ali vivem.<br />

II. O acúmulo de lixo cria ambiente propício para a<br />

proliferação dos ratos.<br />

III. O lixo acumulado nos terrenos baldios e nas margens de<br />

rios entope os bueiros e compromete o escoamento das águas<br />

em <strong>dias</strong> de chuva.<br />

IV. As pessoas que vivem na região assolada pela enchente,<br />

entrando em contato com a água contaminada, têm grande<br />

chance de contrair a leptospirose.<br />

A seqüência de fatos que relaciona corretamente a<br />

leptospirose, o lixo, as enchentes e os roedores é:<br />

“A bola de massa torna-se menos densa que o líquido e sobe.<br />

A alteração da densidade deve-se à fermentação, processo<br />

que pode ser resumido pela equação”<br />

C 6 H 12 O 6 → 2 C 2 H 5 OH + 2 CO 2 + energia<br />

glicose álcool comum gás carbônico”<br />

Considere as afirmações abaixo.<br />

I. A fermentação dos carboidratos da massa de pão ocorre<br />

de maneira espontânea e não depende da existência de<br />

qualquer organismo vivo.<br />

II. Durante a fermentação, ocorre produção de gás carbônico,<br />

que se vai acumulando em cavidades no interior da massa, o<br />

que faz a bola subir.<br />

III. A fermentação transforma a glicose em álcool. Como o<br />

álcool tem maior densidade do que a água, a bola de massa<br />

sobe.<br />

Dentre as afirmativas, apenas:<br />

a) I está correta.<br />

b) II está correta.<br />

c) I e II estão corretas.<br />

d) II e III estão corretas.<br />

e) III está correta.<br />

2. A energia térmica liberada em processos de fissão nuclear<br />

pode ser utilizada na geração de vapor para produzir energia<br />

mecânica que, por sua vez, será convertida em energia<br />

elétrica. Abaixo está representado um esquema básico de uma<br />

usina de energia nuclear.<br />

a) I, II, III e IV d) II, IV, I e III<br />

b) I, III, IV e II e) II, III, I e IV<br />

c) IV, III, II e I<br />

ENEM 2000<br />

1. No processo de fabricação de pão, os padeiros, após<br />

prepararem a massa utilizando fermento biológico, separam<br />

uma porção de massa em forma de “bola” e a mergulham num<br />

recipiente com água, aguardando que ela suba, como pode ser<br />

observado, respectivamente, em I e II do esquema abaixo.<br />

Quando isso acontece, a massa está pronta para ir ao forno.<br />

Um professor de Química explicaria esse procedimento da<br />

seguinte maneira:<br />

Com relação ao impacto ambiental causado pela poluição<br />

térmica no processo de refrigeração da usina nuclear, são<br />

feitas as seguintes afirmações:<br />

411


I. o aumento na temperatura reduz, na água do rio, a<br />

quantidade de oxigênio nela dissolvido, que é essencial para<br />

a vida aquática e para a decomposição da matéria orgânica.<br />

II. o aumento da temperatura da água modifica o<br />

metabolismo dos peixes.<br />

III. o aumento na temperatura da água diminui o crescimento<br />

de bactérias e de algas, favorecendo o desenvolvimento da<br />

vegetação.<br />

Das afirmativas acima, somente está(ão) correta(s):<br />

b) a atmosfera primitiva apresentava 1% de teor de oxigênio.<br />

c) após o início da fotossíntese, o teor de oxigênio na<br />

atmosfera mantém-se estável.<br />

a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.<br />

3. O gráfico abaixo representa o fluxo (quantidade de água<br />

em movimento) de um rio, em três regiões distintas, após<br />

certo tempo de chuva.<br />

Comparando-se, nas três regiões, a interceptação da água da<br />

chuva pela cobertura vegetal, é correto afirmar que tal<br />

interceptação:<br />

a) é maior no ambiente natural preservado.<br />

b) independe da densidade e do tipo de vegetação.<br />

c) é menor nas regiões de florestas.<br />

d) aumenta quando aumenta o grau de intervenção humana.<br />

e) diminui à medida que aumenta a densidade da vegetação.<br />

4. No ciclo da água, usado para produzir eletricidade, a água<br />

de lagos e oceanos, irradiada pelo Sol, evapora-se dando<br />

origem a nuvens e se precipita como chuva. É então<br />

represada, corre de alto a baixo e move turbinas de uma usina,<br />

acionando geradores. A eletricidade produzida é transmitida<br />

através de cabos e fios e é utilizada em motores e outros<br />

aparelhos elétricos.<br />

Assim, para que o ciclo seja aproveitado na geração de<br />

energia elétrica, constrói-se uma barragem para represar a<br />

água.<br />

Entre os possíveis impactos ambientais causados por essa<br />

construção, devem ser destacados:<br />

a) aumento do nível dos oceanos e chuva ácida.<br />

b) chuva ácida e efeito estufa.<br />

c) alagamentos e intensificação do efeito estufa.<br />

d) alagamentos e desequilíbrio da fauna e da flora.<br />

e) alteração do curso natural dos rios e poluição atmosférica.<br />

5. O gráfico abaixo representa a evolução da quantidade de<br />

oxigênio na atmosfera no curso dos tempos geológicos. O<br />

número 100 sugere a quantidade atual de oxigênio na<br />

atmosfera, e os demais valores indicam diferentes<br />

porcentagens dessa quantidade.<br />

De acordo com o gráfico é correto afirmar que:<br />

d) desde o Pré-cambriano, a atmosfera mantém os mesmos<br />

níveis de teor de oxigênio.<br />

e) na escala evolutiva da vida, quando surgiram os anfíbios,<br />

o teor de oxigênio atmosférico já se havia estabilizado.<br />

6. O gráfico abaixo refere-se às variações das concentrações<br />

de poluentes na atmosfera, no decorrer de um dia útil, em um<br />

grande centro urbano.<br />

(Adaptado de NOVAIS, Vera. Ozônio: aliado ou inimigo. São Paulo:<br />

Scipione, 1998)<br />

As seguintes explicações foram dadas para essas variações:<br />

I. A concentração de NO diminui, e a de NO 2 aumenta em<br />

razão da conversão de NO em NO 2 .<br />

II. A concentração de monóxido de carbono no ar está ligada<br />

à maior ou à menor intensidade de tráfego.<br />

III. Os veículos emitem óxidos de nitrogênio apenas nos<br />

horários de pico de tráfego do período da manhã.<br />

IV. Nos horários de maior insolação, parte do ozônio da<br />

estratosfera difunde-se para camadas mais baixas da<br />

atmosfera.<br />

Dessas explicações, são plausíveis somente:<br />

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV.<br />

a) as primeiras formas de vida surgiram na ausência de O 2 .<br />

412


7. O esquema abaixo representa os diversos meios em que se<br />

alimentam aves, de diferentes espécies, que fazem ninho na<br />

mesma região.<br />

A relação correta entre cada um dos processos para a<br />

disposição do lixo e as vantagens apontadas é:<br />

Com base no esquema, uma classe de alunos procurou<br />

identificar a possível existência de competição alimentar<br />

entre essas aves e concluiu que:<br />

a) não há competição entre os quatro tipos de aves porque<br />

nem todas elas se alimentam nos mesmos locais.<br />

b) não há competição apenas entre as aves dos tipos 1, 2 e 4<br />

porque retiram alimentos de locais exclusivos.<br />

c) há competição porque a ave do tipo 3 se alimenta em todos<br />

os lugares e, portanto, compete com todas as demais.<br />

d) há competição apenas entre as aves 2 e 4 porque retiram<br />

grande quantidade de alimentos de um mesmo local.<br />

e) não se pode afirmar se há competição entre as aves que se<br />

alimentam em uma mesma região sem conhecer os tipos de<br />

alimento que consomem.<br />

8. Um dos grandes problemas das regiões urbanas é o<br />

acúmulo de lixo sólido e sua disposição. Há vários processos<br />

para a disposição do lixo, dentre eles o aterro sanitário, o<br />

depósito a céu aberto e a incineração. Cada um deles<br />

apresenta vantagens e desvantagens.<br />

Considere as seguintes vantagens de métodos de disposição<br />

do lixo:<br />

I. diminuição do contato humano direto com o lixo;<br />

II. produção de adubo para agricultura;<br />

III. baixo custo operacional do processo;<br />

IV. redução do volume de lixo.<br />

9. O metabolismo dos carboidratos é fundamental para o ser<br />

humano, pois a partir desses compostos orgânicos obtém-se<br />

grande parte da energia para as funções vitais. Por outro lado,<br />

desequilíbrios nesse processo podem provocar hiperglicemia<br />

ou diabetes.<br />

O caminho do açúcar no organismo inicia-se com a ingestão<br />

de carboidratos que, chegando ao intestino, sofrem a ação de<br />

enzimas, “quebrando-se” em moléculas menores (glicose, por<br />

exemplo) que serão absorvidas.<br />

A insulina, hormônio produzido no pâncreas, é responsável<br />

por facilitar a entrada da glicose nas células. Se uma pessoa<br />

produz pouca insulina, ou se sua ação está diminuída,<br />

dificilmente a glicose pode entrar na célula e ser consumida.<br />

Com base nessas informações, pode-se concluir que:<br />

a) o papel realizado pelas enzimas pode ser diretamente<br />

substituído pelo hormônio insulina.<br />

b) a insulina produzida pelo pâncreas tem um papel<br />

enzimático sobre as moléculas de açúcar.<br />

c) o acúmulo de glicose no sangue é provocado pelo aumento<br />

da ação da insulina, levando o indivíduo a um quadro clínico<br />

de hiperglicemia.<br />

d) a diminuição da insulina circulante provoca um acúmulo<br />

de glicose no sangue.<br />

e) o principal papel da insulina é manter o nível de glicose<br />

suficientemente alto, evitando, assim, um quadro clínico de<br />

diabetes.<br />

10. Os esgotos domésticos constituem grande ameaça aos<br />

ecossistemas de lagos ou represas, pois deles decorrem graves<br />

desequilíbrios ambientais. Considere o gráfico abaixo, no<br />

qual no intervalo de tempo entre t 1 e t 3 , observou-se a<br />

estabilidade em ecossistema de lago, modificado a partir de t 3<br />

pelo maior despejo de esgoto.<br />

413


2. Algumas medidas podem ser propostas com relação aos<br />

problemas da água:<br />

Assinale a interpretação que está de acordo com o gráfico.<br />

a) Entre t 3 e t 6 , a competição pelo oxigênio leva à<br />

multiplicação de peixes, bactérias e outros produtores.<br />

b) A partir de t 3 , a decomposição do esgoto é impossibilitada<br />

pela diminuição do oxigênio disponível.<br />

c) A partir de t 6 , a mortandade de peixes decorre da<br />

diminuição da população de produtores.<br />

d) A mortandade de peixes, a partir de t 6 , é devida à<br />

insuficiência de oxigênio na água.<br />

e) A partir de t 3 , a produção primária aumenta devido à<br />

diminuição dos consumidores.<br />

ENEM 2001<br />

Para responder às questões 1 e 2, considere o texto abaixo.<br />

A possível escassez de água é uma das maiores preocupações<br />

da atualidade, considerada por alguns especialistas como o<br />

desafio maior do novo século. No entanto, tão importante<br />

quanto aumentar a oferta é investir na preservação da<br />

qualidade e no reaproveitamento da água de que dispomos<br />

hoje.<br />

1. A ação humana tem provocado algumas alterações<br />

quantitativas e qualitativas da água:<br />

I. Contaminação de lençóis freáticos.<br />

II. Diminuição da umidade do solo.<br />

III. Enchentes e inundações.<br />

Pode-se afirmar que as principais ações humanas associadas<br />

às alterações I, II e III são, respectivamente,<br />

a) uso de fertilizantes e aterros sanitários / lançamento de<br />

gases poluentes / canalização de córregos e rios.<br />

b) lançamento de gases poluentes / lançamento de lixo nas<br />

ruas / construção de aterros sanitários.<br />

c) uso de fertilizantes e aterros sanitários / desmatamento /<br />

impermeabilização do solo urbano.<br />

d) lançamento de lixo nas ruas / uso de fertilizantes /<br />

construção de aterros sanitários.<br />

e) construção de barragens / uso de fertilizantes / construção<br />

de aterros sanitários.<br />

I. Represamento de rios e córregos próximo às cidades de<br />

maior porte.<br />

II. Controle da ocupação urbana, especialmente em torno dos<br />

mananciais.<br />

III. Proibição do despejo de esgoto industrial e doméstico<br />

sem tratamento nos rios e represas.<br />

IV. Transferência de volume de água entre bacias<br />

hidrográficas para atender as cidades que já apresentam alto<br />

grau de poluição em seus mananciais.<br />

As duas ações que devem ser tratadas como prioridades para<br />

a preservação da qualidade dos recursos hídricos são<br />

a) I e II. b) I e IV. c) II e III.<br />

d) II e IV. e) III e IV.<br />

3. “Os progressos da medicina condicionaram a<br />

sobrevivência de número cada vez maior de indivíduos com<br />

constituições genéticas que só permitem o bem-estar quando<br />

seus efeitos são devidamente controlados através de drogas<br />

ou procedimentos terapêuticos. São exemplos os diabéticos e<br />

os hemofílicos, que só sobrevivem e levam vida<br />

relativamente normal ao receberem suplementação de<br />

insulina ou do fator VIII da coagulação sanguínea”.<br />

SALZANO, M. Francisco. Ciência Hoje: SBPC: 21(125), 1996.<br />

Essas afirmações apontam para aspectos importantes que<br />

podem ser relacionados à evolução humana. Pode-se afirmar<br />

que, nos termos do texto,<br />

a) os avanços da medicina minimizam os efeitos da seleção<br />

natural sobre as populações.<br />

b) os usos da insulina e do fator VIII da coagulação sanguínea<br />

funcionam como agentes modificadores do genoma humano.<br />

c) as drogas medicamentosas impedem a transferência do<br />

material genético defeituoso ao longo das gerações.<br />

d) os procedimentos terapêuticos normalizam o genótipo dos<br />

hemofílicos e diabéticos.<br />

e) as intervenções realizadas pela medicina interrompem a<br />

evolução biológica do ser humano.<br />

Para responder às questões 4 e 5, veja as informações abaixo.<br />

414


I. As águas de escoamento superficial e de precipitação que<br />

atingem o manancial poderiam causar aumento de acidez da<br />

4. O ciclo representado mostra que a atmosfera, a litosfera, a<br />

hidrosfera e a biosfera, naturalmente,<br />

I. são poluídas por compostos de enxofre.<br />

II. são destinos de compostos de enxofre.<br />

III. transportam compostos de enxofre.<br />

IV. são fontes de compostos de enxofre.<br />

Dessas afirmações, estão corretas, apenas,<br />

a) I e II.<br />

b) I e III.<br />

c) II e IV.<br />

d) I, II e III.<br />

e) II, III e IV.<br />

5. Algumas atividades humanas interferiram<br />

significativamente no ciclo natural do enxofre, alterando as<br />

quantidades das substâncias indicadas no esquema. Ainda<br />

hoje isso ocorre, apesar do grande controle por legislação.<br />

Pode-se afirmar que duas dessas interferências são<br />

resultantes da<br />

a) queima de combustíveis em veículos pesados e da<br />

produção de metais a partir de sulfetos metálicos.<br />

b) produção de metais a partir de óxidos metálicos e da<br />

vulcanização da borracha.<br />

c) queima de combustíveis em veículos leves e da produção<br />

de metais a partir de óxidos metálicos.<br />

d) queima de combustíveis em indústria e da obtenção de<br />

matérias-primas a partir da água do mar.<br />

e) vulcanização da borracha e da obtenção de matérias-primas<br />

a partir da água do mar.<br />

6. Uma região industrial lança ao ar gases como o dióxido de<br />

enxofre e óxidos de nitrogênio, causadores da chuva ácida. A<br />

figura mostra a dispersão desses gases poluentes.<br />

Considerando o ciclo da água e a dispersão dos gases, analise<br />

as seguintes possibilidades:<br />

água do manancial e provocar a morte de peixes.<br />

II. A precipitação na região rural poderia causar aumento de<br />

acidez do solo e exigir procedimentos corretivos, como a<br />

calagem.<br />

III. A precipitação na região rural, embora ácida, não afetaria<br />

o ecossistema, pois a transpiração dos vegetais neutralizaria<br />

o excesso de ácido.<br />

Dessas possibilidades,<br />

a) pode ocorrer apenas a I. d) podem ocorrer tanto a I<br />

quanto a III.<br />

b) pode ocorrer apenas a II. e) podem ocorrer tanto a<br />

II quanto a III.<br />

c) podem ocorrer tanto a I quanto a II.<br />

7. Várias estratégias estão sendo consideradas para a<br />

recuperação da diversidade biológica de um ambiente<br />

degradado, dentre elas, a criação de vertebrados em cativeiro.<br />

Com esse objetivo, a iniciativa mais adequada, dentre as<br />

alternativas abaixo, seria criar<br />

a) machos de umas espécies e fêmeas de outras, para<br />

possibilitar o acasalamento entre elas e o surgimento de novas<br />

espécies.<br />

b) muitos indivíduos da espécie mais representativa, de forma<br />

a manter a identidade e a diversidade do ecossistema.<br />

c) muitos indivíduos de uma única espécie, para garantir uma<br />

população geneticamente heterogênea e mais resistente.<br />

d) um número suficiente de indivíduos, do maior número de<br />

espécies, que garanta a diversidade genética de cada uma<br />

delas.<br />

e) vários indivíduos de poucas espécies, de modo a garantir,<br />

para cada espécie, uma população geneticamente homogênea.<br />

8. Um produtor de larvas aquáticas para alimentação de<br />

peixes ornamentais usou veneno para combater parasitas, mas<br />

suspendeu o uso do produto quando os custos se revelaram<br />

antieconômicos.<br />

O gráfico registra a evolução das populações de larvas e<br />

parasitas.<br />

O aspecto biológico, ressaltado a partir da leitura do gráfico,<br />

que pode ser considerado o melhor argumento para que o<br />

produtor não retome o uso do veneno é:<br />

415


d) cerca de um terço do total da água restituída sem qualidade<br />

é proveniente das atividades energéticas.<br />

e) o consumo doméstico, dentre as atividades humanas, é o<br />

que mais consome e repõe água com qualidade.<br />

a) A densidade populacional das larvas e dos parasitas não é<br />

afetada pelo uso do veneno.<br />

b) A população de larvas não consegue se estabilizar durante<br />

o uso do veneno.<br />

c) As populações mudam o tipo de interação estabelecida ao<br />

longo do tempo.<br />

d) As populações associadas mantêm um comportamento<br />

estável durante todo o período.<br />

e) Os efeitos das interações negativas diminuem ao longo do<br />

tempo, estabilizando as populações.<br />

9. Numa região, originalmente ocupada por Mata Atlântica,<br />

havia, no passado, cinco espécies de pássaros de um mesmo<br />

gênero. Nos <strong>dias</strong> atuais, essa região se reduz a uma reserva de<br />

floresta primária, onde ainda ocorrem as cinco espécies, e a<br />

fragmentos de floresta degradada, onde só se encontram duas<br />

das cinco espécies.<br />

O desaparecimento das três espécies nas regiões degradadas<br />

pode ser explicado pelo fato de que, nessas regiões, ocorreu<br />

a) aumento do volume e da freqüência das chuvas.<br />

b) diminuição do número e da diversidade de hábitats.<br />

c) diminuição da temperatura média anual.<br />

d) aumento dos níveis de gás carbônico e de oxigênio na<br />

atmosfera.<br />

e) aumento do grau de isolamento reprodutivo<br />

interespecífico.<br />

10. Boa parte da água utilizada nas mais diversas atividades<br />

humanas não retorna ao ambiente com qualidade para ser<br />

novamente consumida. O gráfico mostra alguns dados sobre<br />

esse fato, em termos dos setores de consumo.<br />

Com base nesses dados, é possível afirmar que<br />

a) mais da metade da água usada não é devolvida ao ciclo<br />

hidrológico.<br />

b) as atividades industriais são as maiores poluidoras de água.<br />

c) mais da metade da água restituída sem qualidade para o<br />

consumo contém algum teor de agrotóxico ou adubo.<br />

11. A Mata Atlântica, que originalmente se estendia por todo<br />

o litoral brasileiro, do Ceará ao Rio Grande do Sul, ostenta<br />

hoje o triste título de uma das florestas mais devastadas do<br />

mundo. Com mais de 1 milhão de quilômetros quadrados,<br />

hoje restam apenas 5% da vegetação original, como mostram<br />

as figuras.<br />

Considerando as características histórico-geográficas do<br />

Brasil e a partir da análise das figuras é correto afirmar que<br />

a) as transformações climáticas, especialmente na Região<br />

Nordeste, interferiram fortemente na diminuição dessa<br />

floresta úmida.<br />

b) nas três últimas décadas, o grau de desenvolvimento<br />

regional impediu que a devastação da Mata Atlântica fosse<br />

maior do que a registrada.<br />

c) as atividades agrícolas, aliadas ao extrativismo vegetal, têm<br />

se constituído, desde o período colonial, na principal causa da<br />

devastação da Mata Atlântica.<br />

d) a taxa de devastação dessa floresta tem seguido o sentido<br />

oposto ao do crescimento populacional de cada uma das<br />

Regiões afetadas.<br />

e) o crescimento industrial, na década de 50, foi o principal<br />

fator de redução da cobertura vegetal na faixa litorânea do<br />

Brasil, especialmente da região Nordeste.<br />

ENEM 2002<br />

1. O milho verde recém-colhido tem um sabor adocicado. Já<br />

o milho verde comprado na feira, um ou dois <strong>dias</strong> depois de<br />

colhido, não é mais tão doce, pois cerca de 50% dos<br />

carboidratos responsáveis pelo sabor adocicado são<br />

convertidos em amido nas primeiras 24 horas.<br />

Para preservar o sabor do milho verde pode-se usar o seguinte<br />

procedimento em três etapas:<br />

416


1º. descascar e mergulhar as espigas em água fervente por<br />

alguns minutos;<br />

2º. resfriá-las em água corrente;<br />

3º. conservá-las na geladeira.<br />

A preservação do sabor original do milho verde pelo<br />

procedimento descrito pode ser explicada pelo seguinte<br />

argumento:<br />

a) O choque térmico converte as proteínas do milho em amido<br />

até a saturação; este ocupa o lugar do amido que seria<br />

formado espontaneamente.<br />

b) A água fervente e o resfriamento impermeabilizam a casca<br />

dos grãos de milho, impedindo a difusão de oxigênio e a<br />

oxidação da glicose.<br />

c) As enzimas responsáveis pela conversão desses<br />

carboidratos em amido são desnaturadas pelo tratamento com<br />

água quente.<br />

d) Microrganismos que, ao retirarem nutrientes dos grãos,<br />

convertem esses carboidratos em amido, são destruídos pelo<br />

aquecimento.<br />

e) O aquecimento desidrata os grãos de milho, alterando o<br />

meio de dissolução onde ocorreria espontaneamente a<br />

transformação desses carboidratos em amido.<br />

2. Na charge, a arrogância do gato com relação ao<br />

comportamento alimentar da minhoca, do ponto de vista<br />

biológico,<br />

a) não se justifica, porque ambos, como consumidores,<br />

devem “cavar” diariamente o seu próprio alimento.<br />

b) é justificável, visto que o felino possui função superior à<br />

da minhoca numa teia alimentar.<br />

c) não se justifica, porque ambos são consumidores primários<br />

em uma teia alimentar.<br />

d) é justificável, porque as minhocas, por se alimentarem de<br />

detritos, não participam das cadeias alimentares.<br />

e) é justificável, porque os vertebrados ocupam o topo das<br />

teias alimentares.<br />

3. O Protocolo de Kyoto — uma convenção das Nações<br />

Unidas que é marco sobre mudanças climáticas, — estabelece<br />

que os países mais industrializados devem reduzir até 2012 a<br />

emissão dos gases causadores do efeito estufa em pelo menos<br />

5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta estabelece<br />

valores superiores ao exigido para países em<br />

desenvolvimento. Até 2001, mais de 120 países, incluindo<br />

nações industrializadas da Europa e da Ásia, já haviam<br />

ratificado o protocolo. No entanto, nos EUA, o presidente<br />

George W. Bush anunciou que o país não ratificaria “Kyoto”,<br />

com os argumentos de que os custos prejudicariam a<br />

economia americana e que o acordo era pouco rigoroso com<br />

os países em desenvolvimento.<br />

Adaptado do Jornal do Brasil, 11/04/2001<br />

Na tabela encontram-se dados sobre a emissão de CO 2<br />

Considerando os dados da tabela, assinale a alternativa que<br />

representa um argumento que se contrapõe à justificativa dos<br />

417


EUA de que o acordo de Kyoto foi pouco rigoroso com países<br />

em desenvolvimento.<br />

a) A emissão acumulada da União Européia está próxima à<br />

dos EUA.<br />

b) Nos países em desenvolvimento as emissões são<br />

equivalentes às dos EUA.<br />

c) A emissão per capita da Rússia assemelha-se à da União<br />

Européia.<br />

d) As emissões de CO 2 nos países em desenvolvimento<br />

citados são muito baixas.<br />

e) A África do Sul apresenta uma emissão anual per capita<br />

relativamente alta.<br />

4. Artemia é um camarão primitivo que vive em águas<br />

salgadas, sendo considerado um fóssil vivo.<br />

Surpreendentemente, possui uma propriedade semelhante à<br />

dos vegetais que é a diapausa, isto é, a capacidade de manter<br />

ovos dormentes (embriões latentes) por muito tempo. Fatores<br />

climáticos ou alterações ambientais podem subitamente<br />

ativar a eclosão dos ovos, assim como, nos vegetais, tais<br />

alterações induzem a germinação de sementes.<br />

Vários estudos têm sido realizados com artemias, pois estes<br />

animais apresentam características que sugerem um potencial<br />

biológico: possuem alto teor de proteína e são capazes de se<br />

alimentar de partículas orgânicas e<br />

inorgânicas em suspensão. Tais características podem servir<br />

de parâmetro para uma avaliação do potencial econômico e<br />

ecológico da artemia.<br />

Em um estudo foram consideradas as seguintes<br />

possibilidades:<br />

I. A variação da população de artemia pode ser usada como<br />

um indicador de poluição aquática.<br />

II. A artemia pode ser utilizada como um agente de<br />

descontaminação ambiental, particularmente em ambientes<br />

aquáticos.<br />

III. A eclosão dos ovos é um indicador de poluição química.<br />

IV. Os camarões podem ser utilizados como fonte alternativa<br />

de alimentos de alto teor nutritivo.<br />

É correto apenas o que se afirma em<br />

a) I e II.<br />

b) II e III.<br />

c) I, II e IV.<br />

d) II, III e IV.<br />

e) I, II, III e IV.<br />

5. Nativas do Brasil, as várias espécies das plantas conhecidas<br />

como fava d’anta têm lugar garantido no mercado mundial de<br />

produtos cosméticos e farmacêuticos. Elas praticamente não<br />

têm concorrentes, pois apenas uma outra planta chinesa<br />

produz os elementos cobiçados pela indústria mundial. As<br />

plantas acham-se dispersas no cerrado e a sua exploração é<br />

feita pela coleta manual das favas ou, ainda, com<br />

instrumentos rústicos (garfos e forquilhas) que retiram os<br />

frutos das pontas dos galhos. Alguns catadores quebram<br />

galhos ou arbustos para facilitar a coleta. Depois da coleta, as<br />

vagens são vendidas aos atacadistas locais que as revendem a<br />

atacadistas regionais, estes sim, os revendedores de fava para<br />

as indústrias. Depois de processados, os produtos são<br />

exportados.<br />

Embora os moradores da região tenham um vasto<br />

conhecimento sobre hábitos e usos da fauna e flora locais,<br />

pouco ou nada sabem sobre a produção de mudas de espécies<br />

nativas e, ainda, sobre o destino e o aproveitamento da<br />

matéria-prima extraída da fava d’anta.<br />

Adaptado de: Extrativismo e biodiversidade: o caso da<br />

fava d’anta.<br />

Ciência Hoje, junho, 2000.<br />

Ainda que a extração das vagens não seja prejudicial às<br />

árvores, a estratégia usada na sua coleta, aliada à eventual<br />

pressão de mercado, são fatores que podem prejudicar a<br />

renovação natural da fava d’anta. Uma proposta viável para<br />

que estas plantas nativas não corram nenhum risco de<br />

extinção é<br />

a) introduzir a coleta mecanizada das favas, reduzindo tanto<br />

as perdas durante a coleta quanto aos eventuais danos às<br />

plantas.<br />

b) conservar o solo e aumentar a produtividade dessas plantas<br />

por meio de irrigação de reposição de sais minerais.<br />

c) domesticar a espécie, introduzindo viveiros que possam<br />

abastecer a região de novas mudas, caso isto se torne<br />

necessários.<br />

d) proibir a coleta das favas, aplicando pesadas multas aos<br />

infratores.<br />

e) diversificar as atividades econômicas na região do cerrado<br />

para aumentar as fontes de renda dos trabalhadores.<br />

Para as questões 6 e 7, considere as informações abaixo.<br />

418


As áreas numeradas no gráfico mostram a composição em<br />

volume, aproximada, dos gases na atmosfera terrestre, desde<br />

a sua formação até os <strong>dias</strong> atuais.<br />

6. Considerando apenas a composição atmosférica, isolando<br />

outros fatores, pode-se afirmar que:<br />

I. não podem ser detectados fósseis de seres aeróbicos<br />

anteriores a 2,9 bilhões de anos.<br />

II. as grandes florestas poderiam ter existido há<br />

aproximadamente 3,5 bilhões de anos.<br />

III. o ser humano poderia existir há aproximadamente 2,5<br />

bilhões de anos.<br />

É correto o que se afirma em<br />

a) I, apenas.<br />

b) II, apenas.<br />

c) I e II, apenas.<br />

d) II e III, apenas.<br />

e) I, II e III.<br />

7. No que se refere à composição em volume da atmosfera<br />

terrestre há 2,5 bilhões de anos, pode-se afirmar que o volume<br />

de oxigênio, em valores percentuais, era de,<br />

aproximadamente,<br />

a) 95%. b) 77%. c) 45%. d) 21%. e) 5%.<br />

Para as questões 8 e 9, considere as informações abaixo.<br />

A corvina é um peixe carnívoro que se alimenta de<br />

crustáceos, moluscos e pequenos peixes que vivem no fundo<br />

do mar. É bastante utilizada na alimentação humana, sendo<br />

encontrada em toda a costa brasileira, embora seja mais<br />

abundante no sul do País. A tabela registra a concentração<br />

média anual de mercúrio no tecido muscular de corvinas<br />

capturadas em quatro áreas.<br />

8. Comparando as características das quatro áreas de coleta às<br />

respectivas concentrações mé<strong>dias</strong> anuais de mercúrio nas<br />

corvinas capturadas, pode-se considerar que, à primeira vista,<br />

os resultados<br />

a) correspondem ao esperado, uma vez que o nível de<br />

contaminação é proporcional ao aumento da atividade<br />

industrial e do volume de esgotos domésticos.<br />

b) não correspondem ao esperado, especialmente no caso da<br />

Lagoa da Conceição, que não apresenta contaminação<br />

industrial por mercúrio.<br />

c) não correspondem ao esperado no caso da Baía da Ilha<br />

Grande e da Lagoa da Conceição, áreas nas quais não há<br />

fontes industriais de contaminação por mercúrio.<br />

d) correspondem ao esperado, ou seja, corvinas de regiões<br />

menos poluídas apresentam as maiores concentrações de<br />

mercúrio.<br />

e) correspondem ao esperado, exceção aos resultados da Baía<br />

de Sepetiba, o que exige novas investigações sobre o papel<br />

das marés no transporte de mercúrio.<br />

9. Segundo a legislação brasileira, o limite máximo permitido<br />

para as concentrações de mercúrio total é de 500 nanogramas<br />

por grama de peso úmido. Ainda levando em conta os dados<br />

da tabela e o tipo de circulação do mercúrio ao longo da<br />

cadeia alimentar, pode-se considerar que a ingestão, pelo ser<br />

humano, de corvinas capturadas nessas regiões,<br />

a) não compromete a sua saúde, uma vez que a concentração<br />

de mercúrio é sempre menor que o limite máximo permitido<br />

pela legislação brasileira.<br />

419


) não compromete a sua saúde, uma vez que a concentração<br />

de poluentes diminui a cada novo consumidor que se<br />

acrescenta à cadeia alimentar.<br />

c) não compromete a sua saúde, pois a concentração de<br />

poluentes aumenta a cada novo consumidor que se acrescenta<br />

à cadeia alimentar.<br />

d) deve ser evitada, apenas quando entre as corvinas e eles se<br />

interponham outros consumidores, como, por exemplo,<br />

peixes de maior porte.<br />

e) deve ser evitada sempre, pois a concentração de mercúrio<br />

das corvinas ingeridas se soma à já armazenada no organismo<br />

humano.<br />

10. Uma nova preocupação atinge os profissionais que<br />

trabalham na prevenção da AIDS no Brasil. Tem-se<br />

observado um aumento crescente, principalmente entre os<br />

jovens, de novos casos de AIDS, questionando-se, inclusive,<br />

se a prevenção vem sendo ou não relaxada. Essa temática vem<br />

sendo abordada pela mídia:<br />

“Medicamentos já não fazem efeito em 20% dos infectados<br />

pelo vírus HIV.<br />

Análises revelam que um quinto das pessoas recéminfectadas<br />

não haviam sido submetidas a nenhum tratamento<br />

e, mesmo assim, não responderam às duas principais drogas<br />

anti-AIDS.<br />

11. Na solução aquosa das substâncias orgânicas prebióticas<br />

(antes da vida), a catálise produziu a síntese de moléculas<br />

complexas de toda classe, inclusive proteínas e ácidos<br />

nucléicos. A natureza dos catalisadores primitivos que agiam<br />

antes não é conhecida. É quase certo que as argilas<br />

desempenharam papel importante: cadeias de aminoácidos<br />

podem ser produzidas no tubo de ensaio mediante a presença<br />

de certos tipos de argila. (...)<br />

Mas o avanço verdadeiramente criativo – que pode, na<br />

realidade, ter ocorrido apenas uma vez – ocorreu quando uma<br />

molécula de ácido nucléico “aprendeu” a orientar a reunião<br />

de uma proteína, que, por sua vez, ajudou a copiar o próprio<br />

ácido nucléico. Em outros termos, um ácido nucléico serviu<br />

como modelo para a reunião de uma enzima que poderia<br />

então auxiliar na produção de mais ácido nucléico. Com este<br />

desenvolvimento apareceu o primeiro mecanismo potente de<br />

realização. A vida tinha começado.<br />

Adaptado de: LURIA, S.E. Vida: experiência inacabada.<br />

BeloHorizonte:<br />

Editora Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1979.<br />

Considere o esquema a seguir:<br />

Dos pacientes estudados, 50% apresentavam o vírus FB, uma<br />

combinação dos dois subtipos mais prevalentes no país, F e<br />

B.”<br />

Adaptado do Jornal do Brasil, 02/10/2001.<br />

Dadas as afirmações acima, considerando o enfoque da<br />

prevenção, e devido ao aumento de casos da doença em<br />

adolescentes, afirma-se que<br />

I. O sucesso inicial dos coquetéis anti-HIV talvez tenha<br />

levado a população a se descuidar e não utilizar medidas de<br />

proteção, pois se criou a idéia de que estes remédios sempre<br />

funcionam.<br />

II. Os vários tipos de vírus estão tão resistentes que não há<br />

nenhum tipo de tratamento eficaz e nem mesmo qualquer<br />

medida de prevenção adequada.<br />

III. Os vírus estão cada vez mais resistentes e, para evitar sua<br />

disseminação, os infectados também devem usar camisinhas<br />

e não apenas administrar coquetéis.<br />

Está correto o que se afirma em<br />

a) I, apenas.<br />

b) II, apenas.<br />

c) I e III, apenas.<br />

d) II e III, apenas.<br />

e) I, II e III.<br />

Adaptado de GEPEQ – Grupo de Pesquisa em Educação Química. USP – Interações e<br />

Transformações III – atmosfera: fonte de materiais extrativos e sintéticos. São Paulo:<br />

EDUSP, 1998.<br />

O “avanço verdadeiramente criativo” citado no texto deve ter ocorrido no<br />

período (em bilhões de anos) compreendido aproximadamente entre<br />

a) 5,0 e 4,5.<br />

b) 4,5 e 3,5.<br />

c) 3,5 e 2,0.<br />

d) 2,0 e 1,5.<br />

e) 1,0 e 0,5.<br />

12. Nos peixamentos – designação dada à introdução de<br />

peixes em sistemas aquáticos, nos quais a qualidade da água<br />

reduziu as populações nativas de peixes – podem ser<br />

utilizados peixes importados de outros países, peixes<br />

produzidos em unidades de piscicultura ou, como é o caso da<br />

grande maioria dos peixamentos no Brasil, de peixes<br />

420


capturados em algum ambiente natural e liberados em outro.<br />

Recentemente começaram a ser utilizados peixes híbridos,<br />

como os “paquis”, obtidos por cruzamentos entre pacu e<br />

tambaqui; também é híbrida a espécie conhecida como<br />

surubim ou pintado, piscívoro de grande porte.<br />

Em alguns julgamentos de crimes ambientais, as sentenças,<br />

de modo geral, condenam empresas culpadas pela redução da<br />

qualidade de cursos d’água a realizarem peixamentos. Em<br />

geral, os peixamentos tendem a ser repetidos muitas vezes<br />

numa mesma área.<br />

A respeito da realização de peixamentos pelas empresas<br />

infratoras, pode-se considerar que essa penalidade<br />

a) não leva mais em conta os efeitos da poluição industrial,<br />

mas sim as suas causas.<br />

b) faz a devida diferenciação entre quantidade de peixes e<br />

qualidade ambiental.<br />

c) é indutora de ação que reverte uma das causas básicas da<br />

poluição.<br />

d) confunde quantidade de peixes com boa qualidade<br />

ambiental dos cursos d’água.<br />

e) obriga o poluidor a pagar pelos prejuízos ambientais que<br />

causa e a deixar de poluir.<br />

13. O Puma concolor (suçuarana, puma, leão da montanha) é<br />

o maior felino das Américas, com uma distribuição<br />

biogeográfica que se estende da Patagônia ao Canadá.<br />

O padrão de distribuição mostrado na figura está associado a<br />

possíveis características desse felino:<br />

I. É muito resistente a doenças.<br />

II. É facilmente domesticável e criado em cativeiro.<br />

III. É tolerante a condições climáticas diversas.<br />

IV. Ocupa diversos tipos de formações vegetais.<br />

Características desse felino compatíveis com sua distribuição<br />

biogeográfica estão evidenciadas apenas em<br />

d) I, II e IV.<br />

e) II, III e IV.<br />

ENEM 2003<br />

1. Na embalagem de um antibiótico, encontra-se uma bula<br />

que, entre outras informações, explica a ação do remédio do<br />

seguinte modo:<br />

O medicamento atua por inibição da síntese protéica<br />

bacteriana.<br />

Essa afirmação permite concluir que o antibiótico<br />

a) impede a fotossíntese realizada pelas bactérias causadoras<br />

da doença e, assim, elas não se alimentam e morrem.<br />

b) altera as informações genéticas das bactérias causadoras<br />

da doença, o que impede manutenção e reprodução desses<br />

organismos.<br />

c) dissolve as membranas das bactérias responsáveis pela<br />

doença, o que dificulta o transporte de nutrientes e provoca a<br />

morte delas.<br />

d) elimina os vírus causadores da doença, pois não<br />

conseguem obter as proteínas que seriam produzidas pelas<br />

bactérias que parasitam.<br />

e) interrompe a produção de proteína das bactérias causadoras<br />

da doença, o que impede sua multiplicação pelo bloqueio de<br />

funções vitais.<br />

2. O botulismo, intoxicação alimentar que pode levar à morte,<br />

é causado por toxinas produzidas por certas bactérias, cuja<br />

reprodução ocorre nas seguintes condições: é inibida por pH<br />

inferior a 4,5 (meio ácido), temperaturas próximas a 100 ºC,<br />

concentrações de sal superiores a 10% e presença de nitritos<br />

e nitratos como aditivos.<br />

A ocorrência de casos recentes de botulismo em<br />

consumidores de palmito em conserva levou a Agência<br />

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a implementar<br />

normas para a fabricação e comercialização do produto.<br />

No rótulo de uma determinada marca de palmito em conserva,<br />

encontram-se as seguintes informações:<br />

I. Ingredientes: Palmito açaí, sal diluído a 12% em água,<br />

ácido cítrico;<br />

II. Produto fabricado conforme as normas da ANVISA;<br />

III. Ecologicamente correto.<br />

As informações do rótulo que têm relação com as medidas<br />

contra o botulismo estão contidas em:<br />

a) I e II.<br />

b) I e IV.<br />

c) III e IV.<br />

a) II, apenas. d) II e III, apenas.<br />

b) III, apenas. e) I, II e III.<br />

c) I e II, apenas.<br />

421


3. Levando-se em conta os fatores que favorecem a<br />

reprodução das bactérias responsáveis pelo botulismo,<br />

mencionadas no item anterior, conclui-se que as toxinas que<br />

o causam têm maior chance de ser encontradas<br />

a) em conservas com concentração de 2 g de sal em 100 g de<br />

água.<br />

b) nas lingüiças fabricadas com nitrito e nitrato de sódio.<br />

c) nos alimentos logo após terem sido fervidos.<br />

d) no suco de limão, cujo pH varia de 2,5 a 3,6.<br />

e) no charque (carne salgada e seca ao sol).<br />

4. A malária é uma doença típica de regiões tropicais. De<br />

acordo com dados do Ministério da Saúde, no final do século<br />

XX, foram registrados mais de 600 mil casos de malária no<br />

Brasil, 99% dos quais na região amazônica.<br />

Os altos índices de malária nessa região podem ser explicados<br />

por várias razões, entre as quais:<br />

a) as características genéticas das populações locais facilitam<br />

a transmissão e dificultam o tratamento da doença.<br />

b) a falta de saneamento básico propicia o desenvolvimento<br />

do mosquito transmissor da malária nos esgotos não tratados.<br />

c) a inexistência de predadores capazes de eliminar o<br />

causador e o transmissor em seus focos impede o controle da<br />

doença.<br />

d) a temperatura elevada e os altos índices de chuva na<br />

floresta equatorial favorecem a proliferação do mosquito<br />

transmissor.<br />

e) o Brasil é o único país do mundo que não implementou<br />

medidas concretas para interromper sua transmissão em<br />

núcleos urbanos.<br />

5. Houve uma grande elevação do número de casos de malária<br />

na Amazônia que, de 30 mil casos na década de 1970, chegou<br />

a cerca de 600 mil na década de 1990. Esse aumento pode ser<br />

relacionado a mudanças na região, como<br />

a) as transformações no clima da região decorrentes do efeito<br />

estufa e da diminuição da camada de ozônio.<br />

b) o empobrecimento da classe média e a consequente falta<br />

de recursos para custear o caro tratamento da doença.<br />

c) o aumento na migração humana para fazendas, grandes<br />

obras, assentamentos e garimpos, instalados nas áreas de<br />

floresta.<br />

d) as modificações radicais nos costumes dos povos<br />

indígenas, que perderam a imunidade natural ao mosquito<br />

transmissor.<br />

e) a destruição completa do ambiente natural de reprodução<br />

do agente causador, que o levou a migrar para os grandes<br />

centros urbanos.<br />

6. A biodiversidade é garantida por interações das várias<br />

formas de vida e pela estrutura heterogênea dos habitats.<br />

Diante da perda acelerada de biodiversidade, tem sido<br />

discutida a possibilidade de se preservarem espécies por meio<br />

da construção de “bancos genéticos” de sementes, óvulos e<br />

espermatozóides.<br />

Apesar de os “bancos” preservarem espécimes (indivíduos),<br />

sua construção é considerada questionável do ponto de vista<br />

ecológico-evolutivo, pois se argumenta que esse tipo de<br />

estratégia<br />

I. não preservaria a variabilidade genética das populações;<br />

II. dependeria de técnicas de preservação de embriões, ainda<br />

desconhecidas;<br />

III. não reproduziria a heterogeneidade dos ecossistemas.<br />

Está correto o que se afirma em<br />

a) I, apenas.<br />

b) II, apenas.<br />

c) I e III, apenas.<br />

d) II e III, apenas.<br />

e) I, II e III<br />

7. A biodiversidade diz respeito tanto a genes, espécies,<br />

ecossistemas, como a funções, e coloca problemas de gestão<br />

muito diferenciados. É carregada de normas de valor.<br />

Proteger a biodiversidade pode significar:<br />

– a eliminação da ação humana, como é a proposta da<br />

ecologia radical;<br />

– a proteção das populações cujos sistemas de produção e<br />

cultura repousam num dado ecossistema;<br />

– a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a<br />

biodiversidade como matéria-prima, para produzir<br />

mercadorias.<br />

(Adaptado de GARAY, I. & DIAS, B. Conservação da biodiversidade<br />

em ecossistemas tropicais)<br />

De acordo com o texto, no tratamento da questão da<br />

biodiversidade no Planeta,<br />

a) o principal desafio é conhecer todos problemas dos<br />

ecossistemas, para conseguir protegê-los da ação humana.<br />

b) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem<br />

ser defendidos, independentemente do equilíbrio ecológico.<br />

c) deve-se valorizar o equilíbrio do meio ambiente,<br />

ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus<br />

recursos.<br />

d) o enfoque ecológico é mais importante do que o social,<br />

pois as necessidades das populações não devem constituir<br />

preocupação para ninguém.<br />

422


e) há diferentes visões em jogo, tanto as que só consideram<br />

aspectos ecológicos, quanto as que levam em conta aspectos<br />

sociais e econômicos.<br />

8. Sabe-se que uma área de quatro hectares de floresta, na<br />

região tropical, pode conter cerca de 375 espécies de plantas<br />

enquanto uma área florestal do mesmo tamanho, em região<br />

temperada, pode apresentar entre 10 e 15 espécies.<br />

O notável padrão de diversidade das florestas tropicais se<br />

deve a vários fatores, entre os quais é possível citar<br />

a) altitudes elevadas e solos profundos.<br />

b) a ainda pequena intervenção do ser humano.<br />

c) sua transformação em áreas de preservação.<br />

d) maior insolação e umidade e menor variação climática.<br />

e) alternância de períodos de chuvas com secas prolongadas.<br />

9. A falta de água doce no Planeta será, possivelmente, um<br />

dos mais graves problemas deste século. Prevê-se que, nos<br />

próximos vinte anos, a quantidade de água doce disponível<br />

para cada habitante será drasticamente reduzida.<br />

Por meio de seus diferentes usos e consumos, as atividades<br />

humanas interferem no ciclo da água, alterando<br />

a) a quantidade total, mas não a qualidade da água disponível<br />

no Planeta.<br />

b) a qualidade da água e sua quantidade disponível para o<br />

consumo das populações.<br />

c) a qualidade da água disponível, apenas no sub-solo<br />

terrestre.<br />

d) apenas a disponibilidade de água superficial existente nos<br />

rios e lagos.<br />

e) o regime de chuvas, mas não a quantidade de água<br />

disponível no Planeta.<br />

10. Considerando a riqueza dos recursos hídricos brasileiros,<br />

uma grave crise de água em nosso país poderia ser motivada<br />

por<br />

a) reduzida área de solos agricultáveis.<br />

b) ausência de reservas de águas subterrâneas.<br />

c) escassez de rios e de grandes bacias hidrográficas.<br />

d) falta de tecnologia para retirar o sal da água do mar.<br />

e) degradação dos mananciais e desperdício no consumo.<br />

11. Considerando os custos e a importância da preservação<br />

dos recursos hídricos, uma indústria decidiu purificar parte da<br />

água que consome para reutilizá-la no processo industrial.<br />

De uma perspectiva econômica e ambiental, a iniciativa é<br />

importante porque esse processo<br />

a) permite que toda água seja devolvida limpa aos<br />

mananciais.<br />

b) diminui a quantidade de água adquirida e comprometida<br />

pelo uso industrial.<br />

c) reduz o prejuízo ambiental, aumentando o consumo de<br />

água.<br />

d) torna menor a evaporação da água e mantém o ciclo<br />

hidrológico inalterado.<br />

e) recupera o rio onde são lançadas as águas utilizadas.<br />

12. Na música Bye, bye, Brasil, de Chico Buarque de Holanda<br />

e Roberto Menescal, os versos<br />

"puseram uma usina no mar<br />

talvez fique ruim pra pescar"<br />

poderiam estar se referindo à usina nuclear de Angra dos<br />

Reis, no litoral do Estado do Rio de Janeiro.<br />

No caso de tratar-se dessa usina, em funcionamento normal,<br />

dificuldades para a pesca nas proximidades poderiam ser<br />

causadas<br />

a) pelo aquecimento das águas, utilizadas para refrigeração da<br />

usina, que alteraria a fauna marinha.<br />

b) pela oxidação de equipamentos pesados e por detonações<br />

que espantariam os peixes.<br />

c) pelos rejeitos radioativos lançados continuamente no mar,<br />

que provocariam a morte dos peixes.<br />

d) pela contaminação por metais pesados dos processos de<br />

enriquecimento do urânio.<br />

e) pelo vazamento de lixo atômico colocado em tonéis e<br />

lançado ao mar nas vizinhanças da usina.<br />

13. A caixinha utilizada em embalagens como as de leite<br />

“longa vida” é chamada de “tetra brick”, por ser composta de<br />

quatro camadas de diferentes materiais, incluindo alumínio e<br />

plástico, e ter a forma de um tijolo (brick, em inglês).<br />

Esse material, quando descartado, pode levar até cem anos<br />

para se decompor.<br />

Considerando os impactos ambientais, seria mais adequado<br />

a) utilizar soda cáustica para amolecer as embalagens e só<br />

então descartá-las.<br />

b) promover a coleta seletiva, de modo a reaproveitar as<br />

embalagens para outros fins.<br />

c) aumentar a capacidade de cada embalagem, ampliando a<br />

superfície de contato com o ar para sua decomposição.<br />

d) constituir um aterro específico de embalagens “tetra<br />

brick”, acondicionadas de forma a reduzir seu volume.<br />

e) proibir a fabricação de leite “longa vida”, considerando que<br />

esse tipo de embalagem não é adequado para conservar o<br />

produto.<br />

423


14. Um grupo de estudantes, saindo de uma escola, observou<br />

uma pessoa catando latinhas de alumínio jogadas na calçada.<br />

Um deles considerou curioso que a falta de civilidade de<br />

quem deixa lixo pelas ruas acaba sendo útil para a<br />

subsistência de um desempregado. Outro estudante comentou<br />

o significado econômico da sucata recolhida, pois ouvira<br />

dizer que a maior parte do alumínio das latas estaria sendo<br />

reciclada. Tentando sintetizar o que estava sendo observado,<br />

um terceiro estudante fez três anotações, que apresentou em<br />

aula no dia seguinte:<br />

I. A catação de latinhas é prejudicial à indústria de alumínio;<br />

II. A situação observada nas ruas revela uma condição de<br />

duplo desequilíbrio: do ser humano com a natureza e dos<br />

seres humanos entre si;<br />

III. Atividades humanas resultantes de problemas sociais e<br />

ambientais podem gerar reflexos (refletir) na economia.<br />

Dessas afirmações, você tenderia a concordar, apenas, com<br />

a) I e II b) I e III c) II e III d) II e) III<br />

15. Os gases liberados pelo esterco e por alimentos em<br />

decomposição podem conter sulfeto de hidrogênio (H 2 S), gás<br />

com cheiro de ovo podre, que é tóxico para muitos seres<br />

vivos. Com base em tal fato, foram feitas as seguintes<br />

afirmações:<br />

I. Gases tóxicos podem ser produzidos em processos<br />

naturais;<br />

II. Deve-se evitar o uso de esterco como adubo porque polui<br />

o ar das zonas rurais;<br />

III. Esterco e alimentos em decomposição podem fazer parte<br />

no ciclo natural do enxofre (S).<br />

Está correto, apenas, o que se afirma em<br />

a) I b) II c) III d) I e III e) II e III<br />

16. Em um debate sobre o futuro do setor de transporte de<br />

uma grande cidade brasileira com trânsito intenso, foi<br />

apresentado um conjunto de propostas.<br />

Entre as propostas reproduzidas abaixo, aquela que atende, ao<br />

mesmo tempo, a implicações sociais e ambientais presentes<br />

nesse setor é<br />

a) proibir o uso de combustíveis produzidos a partir de<br />

recursos naturais.<br />

b) promover a substituição de veículos a diesel por veículos a<br />

gasolina.<br />

c) incentivar a substituição do transporte individual por<br />

transportes coletivos.<br />

d) aumentar a importação de diesel para substituir os veículos<br />

a álcool.<br />

e) diminuir o uso de combustíveis voláteis devido ao perigo<br />

que representam.<br />

17. Do ponto de vista ambiental, uma distinção importante<br />

que se faz entre os combustíveis é serem provenientes ou não<br />

de fontes renováveis. No caso dos derivados de petróleo e do<br />

álcool de cana, essa distinção se caracteriza<br />

a) pela diferença nas escalas de tempo de formação das<br />

fontes, período geológico no caso do petróleo e anual no da<br />

cana.<br />

b) pelo maior ou menor tempo para se reciclar o combustível<br />

utilizado, tempo muito maior no caso do álcool.<br />

c) pelo maior ou menor tempo para se reciclar o combustível<br />

utilizado, tempo muito maior no caso dos derivados do<br />

petróleo.<br />

d) pelo tempo de combustão de uma mesma quantidade de<br />

combustível, tempo muito maior para os derivados do<br />

petróleo do que do álcool.<br />

e) pelo tempo de produção de combustível, pois o refino do<br />

petróleo leva dez vezes mais tempo do que a destilação do<br />

fermento de cana.<br />

18. Para o registro de processos naturais e sociais devem ser<br />

utilizadas diferentes escalas de tempo. Por exemplo, para a<br />

datação do sistema solar é necessária uma escala de bilhões<br />

de anos, enquanto que, para a história do Brasil, basta uma<br />

escala de centenas de anos.<br />

Assim, para os estudos relativos ao surgimento da vida no<br />

Planeta e para os estudos relativos ao surgimento da escrita,<br />

seria adequado utilizar, respectivamente, escalas de<br />

Enem- 2012<br />

Vida no planeta Escrita<br />

(A) Milhares e anos Centenas de anos<br />

(B) Milhões de anos Centenas de anos<br />

(C) Milhões de anos Milhares de anos<br />

(D) Bilhões de anos Milhões de anos<br />

(E) Bilhões de anos Milhares de anos<br />

QUESTÃO 48<br />

O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do<br />

milho original, com a transferência, para este, de um gene de<br />

interesse retirado de outro organismo de espécie diferente.<br />

A característica de interesse será manifestada em decorrência<br />

A do incremento do DNA a partir da duplicação do gene<br />

transferido.<br />

B da transcrição do RNA transportador a partir do gene<br />

transferido.<br />

424


C da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não<br />

hibridizado.<br />

D da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do<br />

milho original.<br />

E da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do<br />

DNA recombinante.<br />

QUESTÃO 51<br />

Pesticidas são contaminantes ambientais altamente tóxicos<br />

aos seres vivos e, geralmente, com grande persistência<br />

ambiental. A busca por novas formas de eliminação dos<br />

pesticidas tem aumentado nos últimos anos, uma vez que as<br />

técnicas atuais são economicamente dispendiosas e<br />

paliativas. A biorremediação de pesticidas utilizando<br />

microrganismos tem se mostrado uma técnica muito<br />

promissora para essa finalidade, por apresentar vantagens<br />

econômicas e ambientais.<br />

A figura representa um dos modelos de um sistema de<br />

interações entre seres vivos. Ela apresenta duas propriedades,<br />

P1 e P2, que interagem em I, para afetar uma terceira<br />

propriedade, P3, quando o sistema é alimentado por uma<br />

fonte de energia, E. Essa figura pode simular um sistema de<br />

campo em que P1 representa as plantas verdes; P2 um animal<br />

herbívoro<br />

e P3, um animal onívoro.<br />

Para ser utilizado nesta técnica promissora, um<br />

microrganismo deve ser capaz de<br />

A transferir o contaminante do solo para a água.<br />

B absorver o contaminante sem alterá-lo quimicamente.<br />

C apresentar alta taxa de mutação ao longo das gerações.<br />

D estimular o sistema imunológico do homem contra o<br />

contaminante.<br />

E metabolizar o contaminante, liberando subprodutos menos<br />

tóxicos ou atóxicos.<br />

QUESTÃO 52<br />

Medidas de saneamento básico são fundamentais no processo<br />

de promoção de saúde e qualidade de vida da população.<br />

Muitas vezes, a falta de saneamento está relacionada com o<br />

aparecimento de várias doenças.<br />

Nesse contexto, um paciente dá entrada em um pronto<br />

atendimento relatando que há 30 <strong>dias</strong> teve contato com águas<br />

de enchente. Ainda informa que nesta localidade não há rede<br />

de esgoto e drenagem de águas pluviais e que a coleta de lixo<br />

é inadequada. Ele apresenta os seguintes sintomas: febre, dor<br />

de cabeça e dores musculares.<br />

Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 27<br />

fev. 2012 (adaptado).<br />

Relacionando os sintomas apresentados com as condições<br />

sanitárias da localidade, há indicações de que o paciente<br />

apresenta um caso de<br />

A difteria.<br />

B botulismo.<br />

C tuberculose.<br />

D leptospirose.<br />

E meningite meningocócica.<br />

A função interativa I representa a proporção de<br />

A herbivoria entre P1 e P2.<br />

B polinização entre P1 e P2.<br />

C P3 utilizada na alimentação de P1 e P2.<br />

D P1 ou P2 utilizada na alimentação de P3.<br />

E energia de P1 e de P2 que saem do sistema.<br />

QUESTÃO 57<br />

Muitas espécies de plantas lenhosas são encontradas no<br />

cerrado brasileiro. Para a sobrevivência nas condições de<br />

longos períodos de seca e queimadas periódicas, próprias<br />

desse ecossistema, essas plantas desenvolveram estruturas<br />

muito peculiares.<br />

As estruturas adaptativas mais apropriadas para a<br />

sobrevivência desse grupo de plantas nas condições<br />

ambientais do referido ecossistema são:<br />

A Cascas finas e sem sulcos ou fendas.<br />

B Caules estreitos e retilíneos.<br />

C Folhas estreitas e membranosas.<br />

D Gemas apicais com densa pilosidade.<br />

E Raízes superficiais, em geral, aéreas.<br />

QUESTÃO 62<br />

Não é de hoje que o homem cria, artificialmente, variedades<br />

de peixes por meio da hibridação. Esta é uma técnica muito<br />

usada pelos cientistas e pelos piscicultores porque os híbridos<br />

resultantes, em geral, apresentam maior valor comercial do<br />

que a média de ambas as espécies parentais, além de reduzir<br />

a sobrepesca no ambiente natural.<br />

Terra da Gente, ano 4, n. 47, mar. 2008 (adaptado).<br />

425


Sem controle, esses animais podem invadir rios e lagos<br />

naturais, se reproduzir e<br />

A originar uma nova espécie poliploide.<br />

B substituir geneticamente a espécie natural.<br />

C ocupar o primeiro nível trófico no hábitat aquático.<br />

D impedir a interação biológica entre as espécies parentais.<br />

E produzir descendentes com o código genético modificado.<br />

QUESTÃO 63<br />

Há milhares de anos o homem faz uso da biotecnologia para<br />

a produção de alimentos como pães, cervejas e vinhos. Na<br />

fabricação de pães, por exemplo, são usados fungos<br />

unicelulares, chamados de leveduras, que são<br />

comercializados como fermento biológico. Eles são usados<br />

para promover o crescimento da massa, deixando-a leve e<br />

macia.<br />

O crescimento da massa do pão pelo processo citado é<br />

resultante da<br />

A liberação de gás carbônico.<br />

B formação de ácido lático.<br />

C formação de água.<br />

D produção de ATP.<br />

E liberação de calor.<br />

QUESTÃO 65<br />

Os vegetais biossintetizam determinadas substâncias (por<br />

exemplo, alcaloides e flavonoides), cuja estrutura química e<br />

concentração variam num mesmo organismo em diferentes<br />

épocas do ano e estágios de desenvolvimento. Muitas dessas<br />

substâncias são produzidas para a adaptação do organismo às<br />

variações ambientais (radiação UV, temperatura, parasitas,<br />

herbívoros, estímulo a polinizadores etc.) ou fisiológicas<br />

(crescimento, envelhecimento etc.).<br />

As variações qualitativa e quantitativa na produção dessas<br />

substâncias durante um ano são possíveis porque o material<br />

genético do indivíduo<br />

A sofre constantes recombinações para adaptar-se.<br />

B muda ao longo do ano e em diferentes fases da vida.<br />

C cria novos genes para biossíntese de substâncias<br />

específicas.<br />

D altera a sequência de bases nitrogenadas para criar novas<br />

substâncias.<br />

E possui genes transcritos diferentemente de acordo com cada<br />

necessidade.<br />

QUESTÃO 68<br />

O menor tamanduá do mundo é solitário e tem hábitos<br />

noturnos, passa o dia repousando, geralmente em um<br />

emaranhado de cipós, com o corpo curvado de tal maneira<br />

que forma uma bola. Quando em atividade, se locomove<br />

vagarosamente e emite som semelhante a um assobio. A cada<br />

gestação, gera um único filhote. A cria é deixada em uma<br />

árvore à noite e é amamentada pela mãe até que tenha idade<br />

para procurar alimento. As fêmeas adultas têm territórios<br />

grandes e o território de um macho inclui o de várias<br />

fêmeas, o que significa que ele tem sempre diversas<br />

pretendentes à disposição para namorar!<br />

Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 174, nov. 2006<br />

(adaptado).<br />

Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao seu<br />

A hábitat.<br />

B biótopo.<br />

C nível trófico.<br />

D nicho ecológico.<br />

E potencial biótico.<br />

QUESTÃO 75<br />

Em certos locais, larvas de moscas, criadas em arroz cozido,<br />

são utilizadas como iscas para pesca. Alguns criadores, no<br />

entanto, acreditam que essas larvas surgem espontaneamente<br />

do arroz cozido, tal como preconizado pela teoria da geração<br />

espontânea.<br />

Essa teoria começou a ser refutada pelos cientistas ainda no<br />

século XVII, a partir dos estudos de Redi e Pasteur, que<br />

mostraram experimentalmente que<br />

A seres vivos podem ser criados em laboratório.<br />

B a vida se originou no planeta a partir de microrganismos.<br />

C o ser vivo é oriundo da reprodução de outro ser vivo<br />

pré-existente.<br />

D seres vermiformes e microrganismos são evolutivamente<br />

aparentados.<br />

E vermes e microrganismos são gerados pela matéria<br />

existente nos cadáveres e nos caldos nutritivos,<br />

respectivamente.<br />

A condição física apresentada pelo personagem da tirinha é<br />

um fator de risco que pode desencadear doenças como<br />

A anemia. B beribéri.<br />

C diabetes. D escorbuto. E fenilcetonúria.<br />

426


QUESTÃO 81<br />

Paleontólogos estudam fósseis e esqueletos de dinossauros<br />

para tentar explicar o desaparecimento desses animais. Esses<br />

estudos permitem afirmar que esses animais foram extintos<br />

há cerca de 65 milhões de anos. Uma teoria aceita atualmente<br />

é a de que um asteroide colidiu com a Terra, formando uma<br />

densa nuvem de poeira na atmosfera.<br />

De acordo com essa teoria, a extinção ocorreu em função de<br />

modificações no planeta que<br />

A desestabilizaram o relógio biológico dos animais, causando<br />

alterações no código genético.<br />

B reduziram a penetração da luz solar até a superfície da<br />

Terra, interferindo no fluxo energético das teias tróficas.<br />

C causaram uma série de intoxicações nos animais,<br />

provocando a bioacumulação de partículas de poeira<br />

nos organismos.<br />

D resultaram na sedimentação das partículas de poeira<br />

levantada com o impacto do meteoro, provocando o<br />

desaparecimento de rios e lagos.<br />

E evitaram a precipitação de água até a superfície da Terra,<br />

causando uma grande seca que impediu a retroalimentação do<br />

ciclo hidrológico.<br />

QUESTÃO 85<br />

A imagem representa o processo de evolução das plantas e<br />

algumas de suas estruturas. Para o sucesso desse processo, a<br />

partir de um ancestral simples, os diferentes grupos vegetais<br />

desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram<br />

sobreviver em diferentes ambientes.<br />

A As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea.<br />

B Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular.<br />

C Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada.<br />

D Os frutos, que promovem uma maior eficiência<br />

reprodutiva.<br />

E Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da seiva<br />

bruta.<br />

QUESTÃO 89<br />

Quando colocados em água, os fosfolipídeos tendem a formar<br />

lipossomos, estruturas formadas por uma bicamada lipídica,<br />

conforme mostrado na figura. Quando rompida, essa estrutura<br />

tende a se reorganizar em um novo lipossomo.<br />

Disponível em: http://course1.winona.edu. Acesso em: 1<br />

mar. 2012 (adaptado).<br />

Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídios<br />

apresentarem uma natureza<br />

A polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água.<br />

B apolar, ou seja, não serem solúveis em solução aquosa.<br />

C anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos<br />

e bases.<br />

D insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações em sua<br />

estrutura.<br />

E anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e outra<br />

hidrofóbica.<br />

ENEM 2013<br />

Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para<br />

uma maior diversidade genética?<br />

QUESTÃO 50<br />

Milhares de pessoas estavam morrendo de varíola humana no<br />

final do século XVIII. Em 1796, o médico Edward Jenner<br />

(1749-1823) inoculou em um menino de 8 anos o pus extraído<br />

de feridas de vacas contaminadas com o vírus da varíola<br />

bovina, que causa uma doença branda em humanos. O garoto<br />

contraiu uma infecção benigna e, dez <strong>dias</strong> depois, estava<br />

recuperado. Meses depois, Jenner inoculou, no mesmo<br />

menino, o pus varioloso humano, que causava muitas mortes.<br />

O menino não adoeceu.<br />

427


Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 5 dez. 2012 (adaptado).<br />

Considerando o resultado do experimento, qual a<br />

contribuição desse médico para a saúde humana?<br />

A) A prevenção de diversas doenças infectocontagiosas em<br />

todo o mundo.<br />

B) A compreensão de que vírus podem se multiplicar em<br />

matéria orgânica.<br />

C) O tratamento para muitas enfermidades que acometem<br />

milhões de pessoas.<br />

D) O estabelecimento da ética na utilização de crianças em<br />

modelos experimentais.<br />

E) A explicação de que alguns vírus de animais podem ser<br />

transmitidos para os humanos.<br />

QUESTÃO 53<br />

As serpentes que habitam regiões de seca podem ficar em<br />

jejum por um longo período de tempo devido à escassez de<br />

alimento. Assim, a sobrevivência desses predadores está<br />

relacionada ao aproveitamento máximo dos nutrientes<br />

obtidos com a presa capturada.<br />

De acordo com essa situação, essas serpentes apresentam<br />

alterações morfológicas e fisiológicas, como o aumento das<br />

vilosidades intestinais e a intensificação da irrigação<br />

sanguínea na porção interna dessas estruturas.<br />

A função do aumento das vilosidades intestinais para essas<br />

serpentes é maximizar o(a)<br />

A) comprimento do trato gastrointestinal para caber mais<br />

alimento.<br />

B) área de contato com o conteúdo intestinal para absorção<br />

dos nutrientes.<br />

C) liberação de calor via irrigação sanguínea para controle<br />

térmico do sistema digestório.<br />

D) secreção de enzimas digestivas para aumentar a<br />

degradação proteica no estômago.<br />

E) processo de digestão para diminuir o tempo de<br />

permanência do alimento no intestino.<br />

QUESTÃO 55<br />

A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos<br />

de maior segurança, sendo constituída basicamente de dois<br />

hormônios sintéticos semelhantes aos hormônios produzidos<br />

pelo organismo feminino, o estrogênio (E) e a progesterona<br />

(P). Em um experimento médico, foi analisado o sangue de<br />

uma mulher que ingeriu ininterruptamente um comprimido<br />

desse medicamento por dia durante seis meses.<br />

Qual gráfico representa a concentração sanguínea desses<br />

hormônios durante o período do experimento?<br />

428


QUESTÃO 56<br />

A imagem representa uma ilustração retirada do livro De<br />

Motu Cordis, de autoria do médico inglês Willian Harvey,<br />

que fez importantes contribuições para o entendimento do<br />

processo de circulação do sangue no corpo humano. No<br />

experimento ilustrado, Harvey, após aplicar um torniquete<br />

(A) no braço<br />

de um<br />

voluntário e<br />

esperar<br />

alguns vasos<br />

incharem,<br />

pressionavaos<br />

em um<br />

ponto (H).<br />

Mantendo o<br />

ponto<br />

pressionado, deslocava o conteúdo de sangue em direção ao<br />

cotovelo, percebendo que um trecho do vaso sanguíneo<br />

permanecia vazio após esse processo (H-O).<br />

Disponível em: www.answers.com. Acesso em: 18 dez.<br />

2012 (adaptado).<br />

A demonstração de Harvey permite estabelecer a relação<br />

entre circulação sanguínea e<br />

A) pressão arterial.<br />

B) válvulas venosas.<br />

C) circulação linfática.<br />

D) contração cardíaca.<br />

E) transporte de gases.<br />

QUESTÃO 59<br />

Plantas terrestres que ainda estão em fase de crescimento<br />

fixam grandes quantidades de CO 2 , utilizando-o para formar<br />

novas moléculas orgânicas,<br />

e liberam grande quantidade de O 2 . No entanto, em florestas<br />

maduras, cujas árvores já atingiram o equilíbrio, o consumo<br />

de O 2 pela respiração tende a igualar sua produção pela<br />

fotossíntese. A morte natural de árvores nessas florestas afeta<br />

temporariamente a concentração de O 2 e de CO 2 próximo à<br />

superfície do solo onde elas caíram.<br />

A concentração de O 2 próximo ao solo, no local da queda,<br />

será<br />

A) menor, pois haverá consumo de O 2 durante a<br />

decomposição dessas árvores.<br />

B) maior, pois haverá economia de O 2 pela ausência das<br />

árvores mortas.<br />

C) maior, pois haverá liberação de O 2 durante a fotossíntese<br />

das árvores jovens.<br />

D) igual, pois haverá consumo e produção de O 2 pelas árvores<br />

maduras restantes.<br />

E) menor, pois haverá redução de O 2 pela falta da fotossíntese<br />

realizada pelas árvores mortas.<br />

QUESTÃO 60<br />

As fêmeas de algumas espécies de aranhas, escorpiões e de<br />

outros invertebrados predam os machos após a cópula e<br />

inseminação. Como exemplo, fêmeas canibais do inseto<br />

conhecido como louva-a-deus, Tenodera aridofolia,<br />

possuem até 63% da sua dieta composta por machos<br />

parceiros. Para as fêmeas, o canibalismo sexual pode<br />

assegurar a obtenção de nutrientes importantes na<br />

reprodução.<br />

Com esse incremento na dieta, elas geralmente produzem<br />

maior quantidade de ovos.<br />

BORGES, J. C. Jogo mortal. Disponível em:<br />

http://cienciahoje.uol.com.br.<br />

Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).<br />

Apesar de ser um comportamento aparentemente<br />

desvantajoso para os machos, o canibalismo sexual evoluiu<br />

nesses táxons animais porque<br />

A) promove a maior ocupação de diferentes nichos<br />

ecológicos pela espécie.<br />

B) favorece o sucesso reprodutivo individual de ambos os<br />

parentais.<br />

C) impossibilita a transmissão de genes do macho para a<br />

prole.<br />

D) impede a sobrevivência e reprodução futura do macho.<br />

E) reduz a variabilidade genética da população.<br />

QUESTÃO 62<br />

A estratégia de obtenção de plantas transgênicas pela inserção<br />

de transgenes em cloroplastos, em substituição à metodologia<br />

clássica de inserção do transgene no núcleo da célula<br />

hospedeira, resultou no aumento quantitativo da produção de<br />

proteínas recombinantes com diversas finalidades<br />

biotecnológicas. O mesmo tipo de estratégia poderia ser<br />

utilizada para produzir proteínas recombinantes em células de<br />

organismos eucarióticos não fotossintetizantes, como as<br />

leveduras, que são usadas para produção comercial de várias<br />

proteínas recombinantes e que podem ser cultivadas em<br />

grandes fermentadores.<br />

Considerando a estratégia metodológica descrita, qual<br />

organela celular poderia ser utilizada para inserção de<br />

transgenes em leveduras?<br />

A) Lisossomo.<br />

B) Mitocôndria.<br />

C) Peroxissomo.<br />

D) Complexo golgiense.<br />

E) Retículo endoplasmático.<br />

429


QUESTÃO 63<br />

No Brasil, cerca de 80% da energia elétrica advém de<br />

hidrelétricas, cuja construção implica o represamento de rios.<br />

A formação de um reservatório para esse fim, por sua vez,<br />

pode modificar a ictiofauna local.<br />

Um exemplo é o represamento do Rio Paraná, onde se<br />

observou o desaparecimento de peixes cascudos quase que<br />

simultaneamente ao aumento do número de peixes de<br />

espécies exóticas introduzidas, como<br />

o mapará e a corvina, as três espécies com nichos ecológicos<br />

semelhantes.<br />

PETESSE, M. L.; PETRERE JR., M. Ciência Hoje, São Paulo, n. 293, v.<br />

49, jun. 2012 (adaptado).<br />

Nessa modificação da ictiofauna, o desaparecimento de<br />

cascudos é explicado pelo(a)<br />

A) redução do fluxo gênico da espécie nativa.<br />

B) diminuição da competição intraespecífica.<br />

C) aumento da competição interespecífica.<br />

D) isolamento geográfico dos peixes.<br />

E) extinção de nichos ecológicos.<br />

QUESTÃO 67<br />

Sabe-se que o aumento da concentração de gases como CO 2 ,<br />

CH 4 e N 2 O na atmosfera é um dos fatores responsáveis pelo<br />

agravamento do efeito estufa. A agricultura é uma das<br />

atividades humanas que pode contribuir tanto para a emissão<br />

quanto para o sequestro desses gases, dependendo do manejo<br />

da matéria orgânica do solo.<br />

ROSA, A. H.; COELHO, J. C. R. Cadernos Temáticos de Química<br />

Nova na Escola, São Paulo, n. 5, nov. 2003 (adaptado).<br />

Que casal pode ser considerado como pais biológicos do<br />

bebê?<br />

A) 1<br />

B) 2<br />

C) 3<br />

D) 4<br />

E) 5<br />

QUESTÃO 73<br />

Uma indústria está escolhendo uma linhagem de microalgas<br />

que otimize a Secreção de polímeros comestíveis, os quais<br />

são obtidos do meio de cultura de crescimento. Na figura<br />

podem ser observadas as proporções de algumas organelas<br />

presentes no citoplasma de cada linhagem.<br />

De que maneira as práticas agrícolas podem ajudar a<br />

minimizar o agravamento do efeito estufa?<br />

A) Evitando a rotação de culturas.<br />

B) Liberando o CO 2 presente no solo.<br />

C) Aumentando a quantidade de matéria orgânica do solo.<br />

D) Queimando a matéria orgânica que se deposita no solo.<br />

E) Atenuando a concentração de resíduos vegetais do solo.<br />

QUESTÃO 70<br />

Cinco casais alegavam ser os pais de um bebê. A confirmação<br />

da paternidade foi obtida pelo exame de DNA. O resultado do<br />

teste está esquematizado na figura, em que cada casal<br />

apresenta um padrão com duas bandas de DNA (faixas, uma<br />

para o suposto pai e outra para a suposta mãe), comparadas à<br />

do bebê.<br />

Qual é a melhor linhagem para se conseguir maior<br />

rendimento de polímeros secretados no meio de cultura?<br />

A) I<br />

B) II<br />

C) III<br />

D) IV<br />

E) V<br />

430


QUESTÃO 78<br />

A contaminação pelo vírus da rubéola é especialmente<br />

preocupante em grávidas, devido à síndrome da rubéola<br />

congênita (SRC), que pode levar ao risco de aborto e<br />

malformações congênitas. Devido a campanhas de<br />

vacinação específicas, nas últimas décadas houve uma grande<br />

diminuição de casos de rubéola entre as mulheres, e, a partir<br />

de 2008, as campanhas se intensificaram e têm dado maior<br />

enfoque à vacinação de homens jovens.<br />

BRASIL. Brasil livre da rubéola: campanha nacional de vacinação<br />

para eliminação da<br />

rubéola. Brasília: Ministério da Saúde, 2009 (adaptado).<br />

Considerando a preocupação com a ocorrência da SRC, as<br />

campanhas passaram a dar enfoque à vacinação dos homens,<br />

porque eles<br />

A) ficam mais expostos a esse vírus.<br />

B) transmitem o vírus a mulheres gestantes.<br />

C) passam a infecção diretamente para o feto.<br />

D) transferem imunidade às parceiras grávidas.<br />

E) são mais sucetíveis a esse vírus que as mulheres.<br />

QUESTÃO 80<br />

Estudos de fluxo de energia em ecossistemas demonstram<br />

que a alta produtividade nos manguezais está diretamente<br />

relacionada às taxas de produção primária líquida e à rápida<br />

reciclagem dos nutrientes.<br />

Como exemplo de seres vivos encontrados nesse ambiente,<br />

temos: aves, caranguejos, insetos, peixes e algas.<br />

Dos grupos de seres vivos citados, os que contribuem<br />

diretamente para a manutenção dessa produtividade no<br />

referido ecossistema são<br />

A) aves.<br />

B) algas.<br />

C) peixes.<br />

D) insetos.<br />

E) caranguejos.<br />

QUESTÃO 84<br />

Apesar de belos e impressionantes, corais exóticos<br />

encontrados na Ilha Grande podem ser uma ameaça ao<br />

equilíbrio dos ecossistemas do litoral do Rio de Janeiro.<br />

Originários do Oceano Pacífico, esses organismos foram<br />

trazidos por plataformas de petróleo e outras embarcações,<br />

provavelmente na década de 1980, e disputam com as<br />

espécies nativas elementos primordiais para a sobrevivência,<br />

como espaço e alimento. Organismos invasores são a segunda<br />

maior causa de perda de biodiversidade, superados somente<br />

pela destruição direta de hábitats pela ação do homem. As<br />

populações de espécies invasoras crescem indefinidamente e<br />

ocupam o espaço de organismos nativos.<br />

LEVY, I. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 5<br />

dez. 2011 (adaptado).<br />

As populações de espécies invasoras crescem bastante por<br />

terem a vantagem de<br />

A) não apresentarem genes deletérios no seu pool gênico.<br />

B) não possuírem parasitas e predadores naturais presentes no<br />

ambiente exótico.<br />

C) apresentarem características genéticas para se adaptarem a<br />

qualquer clima ou condição ambiental.<br />

D) apresentarem capacidade de consumir toda a variedade de<br />

alimentos disponibilizados no ambiente exótico.<br />

E) apresentarem características fisiológicas que lhes<br />

conferem maior tamanho corporal que o das espécies nativas.<br />

QUESTÃO 88<br />

Para a identificação de um rapaz vítima de acidente,<br />

fragmentos de tecidos foram retirados e submetidos à<br />

extração de DNA nuclear, para comparação com o DNA<br />

disponível dos possíveis familiares (pai, avô materno, avó<br />

materna, filho e filha). Como o teste com o DNA nuclear não<br />

foi conclusivo, os peritos optaram por usar também DNA<br />

mitocondrial, para dirimir dúvidas.<br />

Para identificar o corpo, os peritos devem verificar se há<br />

homologia entre o DNA mitocondrial do rapaz e o DNA<br />

mitocondrial do(a)<br />

A) pai.<br />

B) filho.<br />

C) filha.<br />

D) avó materna.<br />

E) avô materno.<br />

ENEM 2012<br />

QUESTÃO 48<br />

O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do<br />

milho original, com a transferência, para este, de um gene de<br />

interesse retirado de outro<br />

organismo de espécie diferente.<br />

A característica de interesse será manifestada em decorrência<br />

A) do incremento do DNA a partir da duplicação do gene<br />

transferido.<br />

B) da transcrição do RNA transportador a partir do gene<br />

transferido.<br />

C) da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não<br />

hibridizado.<br />

D) da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do<br />

milho original.<br />

E) da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do<br />

DNA recombinante.<br />

431


QUESTÃO 51<br />

Pesticidas são contaminantes ambientais altamente tóxicos<br />

aos seres vivos e, geralmente, com grande persistência<br />

ambiental. A busca por<br />

novas formas de eliminação dos pesticidas tem aumentado<br />

nos últimos anos, uma vez que as técnicas atuais são<br />

economicamente dispendiosas e paliativas. A biorremediação<br />

de pesticidas utilizando microrganismos tem se mostrado<br />

uma técnica muito promissora para essa finalidade, por<br />

apresentar vantagens econômicas e ambientais.<br />

Para ser utilizado nesta técnica promissora, um<br />

microrganismo deve ser capaz de<br />

A transferir o contaminante do solo para a água.<br />

B absorver o contaminante sem alterá-lo quimicamente.<br />

C apresentar alta taxa de mutação ao longo das gerações.<br />

D estimular o sistema imunológico do homem contra o<br />

contaminante.<br />

E metabolizar o contaminante, liberando subprodutos menos<br />

tóxicos ou atóxicos.<br />

QUESTÃO 52<br />

Medidas de saneamento básico são fundamentais no processo<br />

de promoção de saúde e qualidade de vida da população.<br />

Muitas vezes, a falta de saneamento está relacionada com o<br />

aparecimento de várias doenças.<br />

Nesse contexto, um paciente dá entrada em um pronto<br />

atendimento relatando que há 30 <strong>dias</strong> teve contato com águas<br />

de enchente. Ainda informa que nesta localidade não há rede<br />

de esgoto e drenagem de águas pluviais e que a coleta de lixo<br />

é inadequada. Ele apresenta os seguintes sintomas: febre, dor<br />

de cabeça e dores musculares.<br />

Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2012<br />

(adaptado).<br />

Relacionando os sintomas apresentados com as condições<br />

sanitárias da Localidade, há indicações de que o paciente<br />

apresenta um caso de<br />

A) difteria.<br />

B) botulismo.<br />

C) tuberculose.<br />

D) leptospirose.<br />

E) meningite meningocócica.<br />

QUESTÃO 56<br />

A figura representa um dos modelos de um sistema de<br />

interações entre seres vivos. Ela apresenta duas propriedades,<br />

P1 e P2, que interagem em I, para afetar uma terceira<br />

propriedade, P3, quando o sistema é alimentado por uma<br />

fonte de energia, E. Essa figura pode simular um sistema de<br />

campo em que P1 representa as plantas verdes; P2 um animal<br />

herbívoro e P3, um animal onívoro.<br />

A função interativa I representa a proporção de<br />

A) herbivoria entre P1 e P2.<br />

B) polinização entre P1 e P2.<br />

C) P3 utilizada na alimentação de P1 e P2.<br />

D) P1 ou P2 utilizada na alimentação de P3.<br />

E) energia de P1 e de P2 que saem do sistema.<br />

QUESTÃO 62<br />

Não é de hoje que o homem cria, artificialmente, variedades<br />

de peixes por meio da hibridação. Esta é uma técnica muito<br />

usada pelos cientistas e pelos piscicultores porque os híbridos<br />

resultantes, em geral, apresentam maior valor comercial do<br />

que a média de ambas as espécies parentais, além de reduzir<br />

a sobrepesca no ambiente natural.<br />

Terra da Gente, ano 4, n. 47, mar. 2008 (adaptado).<br />

Sem controle, esses animais podem invadir rios e lagos<br />

naturais, se reproduzir e<br />

A) originar uma nova espécie poliploide.<br />

B) substituir geneticamente a espécie natural.<br />

C) ocupar o primeiro nível trófico no hábitat aquático.<br />

D) impedir a interação biológica entre as espécies parentais.<br />

E) produzir descendentes com o código genético modificado.<br />

QUESTÃO 65<br />

Os vegetais biossintetizam determinadas substâncias (por<br />

exemplo, alcaloides e flavonoides), cuja estrutura química e<br />

concentração variam num mesmo organismo em diferentes<br />

épocas do ano e estágios de desenvolvimento. Muitas dessas<br />

substâncias são produzidas para a adaptação do organismo às<br />

variações ambientais (radiação UV, temperatura, parasitas,<br />

herbívoros, estímulo a polinizadores etc.) ou fisiológicas<br />

(crescimento, envelhecimento etc.).<br />

As variações qualitativa e quantitativa na produção dessas<br />

substâncias durante um ano são possíveis porque o material<br />

genético do indivíduo<br />

432


A) sofre constantes recombinações para adaptar-se.<br />

B) muda ao longo do ano e em diferentes fases da vida.<br />

C) cria novos genes para biossíntese de substâncias<br />

específicas.<br />

D) altera a sequência de bases nitrogenadas para criar novas<br />

substâncias.<br />

E) possui genes transcritos diferentemente de acordo com<br />

cada necessidade.<br />

QUESTÃO 68<br />

O menor tamanduá do mundo é solitário e tem hábitos<br />

noturnos, passa o dia repousando, geralmente em um<br />

emaranhado de cipós, com o corpo curvado de tal maneira<br />

que forma uma bola. Quando em atividade, se locomove<br />

vagarosamente e emite som semelhante a um assobio. A cada<br />

gestação, gera um único filhote. A cria é deixada em uma<br />

árvore à noite<br />

e é amamentada pela mãe até que tenha idade para procurar<br />

alimento. As fêmeas adultas têm territórios grandes e o<br />

território de um macho inclui o de várias fêmeas, o que<br />

significa que ele tem sempre diversas pretendentes à<br />

disposição para namorar!<br />

Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 174, nov. 2006 (adaptado).<br />

Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao seu<br />

A) hábitat.<br />

B) biótopo.<br />

C) nível trófico.<br />

D) nicho ecológico.<br />

E) potencial biótico.<br />

QUESTÃO 75<br />

Em certos locais, larvas de moscas, criadas em arroz cozido,<br />

são utilizadas como iscas para pesca. Alguns criadores, no<br />

entanto, acreditam que essas larvas surgem espontaneamente<br />

do arroz cozido, tal como preconizado pela teoria da geração<br />

espontânea.<br />

Essa teoria começou a ser refutada pelos cientistas ainda no<br />

século XVII, a partir dos estudos de Redi e Pasteur, que<br />

mostraram experimentalmente que<br />

A) seres vivos podem ser criados em laboratório.<br />

B) a vida se originou no planeta a partir de microrganismos.<br />

C) o ser vivo é oriundo da reprodução de outro ser vivo préexistente.<br />

D) seres vermiformes e microrganismos são evolutivamente<br />

aparentados.<br />

E) vermes e microrganismos são gerados pela matéria<br />

existente nos cadáveres e nos caldos nutritivos,<br />

respectivamente.<br />

QUESTÃO 80<br />

DAVIS, J. Garfield está de dieta. Porto Alegre: L&PM, 2006.<br />

A condição física apresentada pelo personagem da tirinha é<br />

um fator de risco que pode desencadear doenças como<br />

A) anemia.<br />

B) beribéri.<br />

C) diabetes.<br />

D) escorbuto.<br />

E) fenilcetonúria.<br />

QUESTÃO 81<br />

Paleontólogos estudam fósseis e esqueletos de dinossauros<br />

para tentar explicar o desaparecimento desses animais. Esses<br />

estudos permitem afirmar que esses animais foram extintos<br />

há cerca de 65 milhões de anos. Uma teoria aceita atualmente<br />

é a de que um asteroide colidiu com a Terra, formando uma<br />

densa nuvem de poeira na atmosfera.<br />

De acordo com essa teoria, a extinção ocorreu em função de<br />

modificações no planeta que<br />

A) desestabilizaram o relógio biológico dos animais,<br />

causando alterações no código genético.<br />

B) reduziram a penetração da luz solar até a superfície da<br />

Terra, interferindo no fluxo energético das teias tróficas.<br />

C) causaram uma série de intoxicações nos animais,<br />

provocando a bioacumulação de partículas de poeira nos<br />

organismos.<br />

D) resultaram na sedimentação das partículas de poeira<br />

levantada com o impacto do meteoro, provocando o<br />

desaparecimento de rios e lagos.<br />

E) evitaram a precipitação de água até a superfície da Terra,<br />

causando uma grande seca que impediu a retroalimentação do<br />

ciclo hidrológico.<br />

QUESTÃO 85<br />

A imagem representa o processo de evolução das plantas e<br />

algumas de suas estruturas. Para o sucesso desse processo, a<br />

partir de um ancestral simples, os diferentes grupos vegetais<br />

desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram<br />

sobreviver em diferentes ambientes.<br />

Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para<br />

uma maior diversidade genética?<br />

A) As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea.<br />

433


B) Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular.<br />

C) Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada.<br />

D) Os frutos, que promovem uma maior eficiência<br />

reprodutiva.<br />

E) Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da<br />

seiva bruta.<br />

QUESTÃO 86<br />

Osmose é um processo espontâneo que ocorre em todos os<br />

organismos vivos e é essencial à manutenção da vida. Uma<br />

solução 0,15 mol/L de NaCl (cloreto de sódio) possui a<br />

mesma pressão osmótica das soluções<br />

presentes nas células humanas.<br />

A imersão de uma célula humana em uma solução 0,20 mol/L<br />

de NaCl tem, como consequência, a<br />

A) adsorção de íons Na+ sobre a superfície da célula.<br />

B) difusão rápida de íons Na+ para o interior da célula.<br />

C) diminuição da concentração das soluções presentes na<br />

célula.<br />

D) transferência de íons Na+ da célula para a solução.<br />

E) transferência de moléculas de água do interior da célula<br />

para a solução.<br />

QUESTÃO 87<br />

A doença de Chagas afeta mais de oito milhões de brasileiros,<br />

sendo comum em áreas rurais. É uma doença causada pelo<br />

protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida por insetos<br />

conhecidos como barbeiros ou chupanças.<br />

Uma ação do homem sobre o meio ambiente que tem<br />

contribuído para o aumento dessa doença é<br />

A) o consumo de carnes de animais silvestres que são<br />

hospedeiros do vetor da doença.<br />

B) a utilização de adubos químicos na agricultura que<br />

aceleram o ciclo reprodutivo do barbeiro.<br />

C) a ausência de saneamento básico que favorece a<br />

proliferação do protozoário em regiões habitadas por<br />

humanos.<br />

D) a poluição dos rios e lagos com pesticidas que exterminam<br />

o predador das larvas do inseto transmissor da doença.<br />

E) o desmatamento que provoca a migração ou o<br />

desaparecimento dos animais silvestres dos quais o barbeiro<br />

se alimenta.<br />

434


435

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!