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GEOGRAFIA<br />
3
Coordenação editorial: Estúdio Conejo, Zênite.<br />
Preparação de texto: Zênite, Alexandre Anselmo - XANDÃO.<br />
Coordenação de design e projetos visuais: Pedro Yañez.<br />
Revisão: Geisa Teixeira.<br />
Impressão: Gráfica Brasil.<br />
Organizador: Estúdio Conejo<br />
Obra coletiva concebida, desenvolvida<br />
e produzida pelo estúdio Conejo, Zênite.<br />
Editor Executivo:<br />
Pedro Yañez.<br />
Livro do professor:<br />
Alexandre Anselmo - XANDÃO<br />
4
Querido estudante, bem vindo ao misterioso e mutável mundo da geografia.<br />
Nas próximas paginas, você terá acesso a uma seleção de textos,<br />
sínteses e análises acerca das diversas áreas pelas quais vagueia o conhecimento<br />
geográfico. Quanto a este trabalho, não tenho o objetivo de<br />
que seja a pioneira e nem a única fonte de estudo. Pelo contrário, este<br />
material pretende ser uma ferramenta de suporte, uma âncora de base<br />
e uma catapulta para estudos mais aprofundados sobre os temas aqui<br />
abordados. Neste caso, há ainda um objetivo em particular: facilitar o<br />
seu estudo para o ENEM e para os diversos vestibulares tradicionais<br />
espalhados pelo Brasil.<br />
Este material, assim, aborda as linhas de conhecimento da geografia<br />
física e da geografia humana, do Brasil e do mundo, em uma ordem geológica(para<br />
a geofísica) e cronológica(para a geografia humana), que<br />
torna fáceis o entendimento e a revisão daqueles conteúdos já vistos<br />
por todos vocês durante o ensino médio.<br />
Por fim, convido a todos a direcionar os seus (e os nossos) esforços a<br />
fim de que nossas metas sejam alcançadas e nossos sonhos renovados,<br />
para que novos desafios sejam arquitetados no imenso canteiro particular<br />
de nossas vidas.<br />
Professor e parceiro de batalha<br />
Alexandre Anselmo - XANDÃO<br />
Bom estudo!<br />
;)<br />
5
SUMÁRIO<br />
PAISAGEM NATURAL E ESPAÇO GEOGRAFICO ..............................<br />
CARTOGRAFIA .....................................................................................<br />
COORDENADAS E FUSOS HORÁRIOS ...............................................<br />
CLIMATOLOGIA GERAL ......................................................................<br />
NOÇÕES DE GEOLOGIA ......................................................................<br />
O CICLO DAS ROCHAS .........................................................................<br />
VEGETAÇÃO ..........................................................................................<br />
HIDROGRAFIA ......................................................................................<br />
A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL ...............................<br />
AS MULTINACIONAIS OU TRANSNACIONAIS .................................<br />
PRODUÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL ...............................................<br />
SISTEMA DE TRANSPORTES ...............................................................<br />
POPULAÇÃO .........................................................................................<br />
TEORIA DE GAIA ..................................................................................<br />
BIODIVERSIDADE ................................................................................<br />
ECOLOGIA .............................................................................................<br />
AGENDA 21 ............................................................................................<br />
DÍVIDA EXTERNA DO BRASIL ............................................................<br />
XENOFOBIA ..........................................................................................<br />
RACISMO ...............................................................................................<br />
AS ORIGENS DA CRISE ENERGÉTICA BRASILEIRA .........................<br />
A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL ....................................................<br />
BIODIESEL NO BRASIL ........................................................................<br />
PROÁLCOOL - PROGRAMA BRASILEIRO DE ÁLCOOL ...................<br />
GLOBALIZAÇÃO ...................................................................................<br />
HISTÓRIA ..............................................................................................<br />
NOVA ORDEM MUNDIAL ....................................................................<br />
BLOCOS ECONÔMICOS E OS MEGABLOCOS ...................................<br />
MERCOSUL ............................................................................................<br />
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195<br />
7
PAISAGEM NATURAL e ESPAÇO GEOGRAFICO<br />
Prezado aluno e aluna do mundo Zênite, sabemos<br />
que em todos os ramos científico existe um foco, uma<br />
espécie de fio condutor, algo que, independente da<br />
abordagem a ser feita, este caminho “base” deverá ser<br />
trilhado. No caso da geografia, o conceito individual de<br />
lugar, espaço e paisagem é de extrema importância para a<br />
compreensão de tudo aquilo que esta ciência irá abordar. A<br />
paisagem, por exemplo, de forma alguma poderá ser<br />
resumida naquilo que vemos e apreciamos, mas sim no<br />
somatório de todas as relações que levou à modificação do<br />
meio natural, outrora ali existente, e a construção da<br />
paisagem da qual agora fazemos parte.<br />
diferenciado, pois resulta de um passado histórico, da<br />
densidade demográfica, da organização social e econômica<br />
e dos recursos técnicos dos povos que habitam os<br />
diferentes lugares.<br />
Paisagem: o retrato dos lugares que compõem o<br />
espaço geográfico<br />
Se estivermos viajando de avião, a uma altitude não muito<br />
elevada, teremos ampla visão da porção do<br />
espaço geográfico que estamos sobrevoando. Em uma<br />
região bastante transformada pelo homem, poderemos<br />
perceber, entre outras coisas, campos cultivados,<br />
pastagens, cidades grandes, médias ou pequenas, ligadas<br />
por uma rede de rodovias e ferrovias. Todos essas<br />
realizações humanas ocupam as mais variadas formas de<br />
relevo, cortadas por rios e lagos. Nas paisagens estão<br />
inseridos todos os elementos presentes no espaço<br />
geográfico:<br />
Elementos naturais: relevo, clima, vegetação, rios,<br />
oceanos.<br />
Elementos culturais: plantações, cidades, estradas,<br />
indústrias e outras realizações da sociedade.<br />
geografia-rizzardi.blogspot.com.br<br />
O conceito de lugar, um dos principais da<br />
geografia, está ligado a espaços que nos são familiares e<br />
que fazem parte da nossa vida. Desde muito cedo,<br />
começamos a construir e organizar nosso próprio espaço e<br />
a conhecer o espaço das pessoas com as quais convivemos.<br />
A princípio, nos familiarizamos com a nossa casa para mais<br />
tarde explorar outros ambientes, como a rua onde<br />
moramos, o caminho para a escola, para o centro da cidade,<br />
para cidades próximas ou mais distantes. Dessa maneira<br />
vamos construindo a nossa própria "geografia" ou a nossa<br />
geografia Individual. Durante a nossa vida, podemos<br />
mudar de lugar várias vezes. Cada mudança exige que<br />
passemos por um processo de adaptação, sem, no entanto,<br />
perder nossa identidade, que está ligada ao nosso lugar de<br />
origem. Portanto, o conhecimento geográfico não é<br />
exclusivo de geógrafos e cientistas. Envolve também as<br />
impressões que vamos adquirindo à medida que nos<br />
relacionamos com os lugares que compõem o espaço que<br />
nos rodeia.<br />
O nosso lugar não é uma realidade isolada. Ele faz<br />
parte de um conjunto de lugares, marcados por diferentes<br />
aspectos naturais, que passaram por vários processos<br />
históricos. Esses lugares estão unidos por uma complexa<br />
rede de relações políticas, econômicas e sociais. A esse<br />
conjunto de lugares e suas relações com outros lugares<br />
denominamos espaço geográfico. O espaço geográfico é<br />
TEORIAS E PENSAMENTOS QUE<br />
“NORTEIAM” A GEOGRAFIA<br />
Determinismo geográfico<br />
O determinismo geográfico enxerga e trabalha com a<br />
perspectiva de que os elementos da natureza e do meio em<br />
que vivemos são condições determinantes na formação do<br />
caráter pessoal e consequentemente do meio social que<br />
9
estamos inseridos. A máxima de que somos todos somos<br />
frutos da natureza e resultados daquilo que nos<br />
alimentamos, ganhou grande impulso com as ideias do<br />
pensador alemão Frederich Ratzel,<br />
que foram empregadas para a reunificação alemã e inha<br />
que desenvolver-se em um ambiente típico da zona<br />
temperada, ou seja, estava submetido às quatro estações do<br />
ano. As pessoas que consumissem este tipo de alimento<br />
tenderiam a serem fortes e dominadores, pessoas aptas para<br />
o sucesso, o que explicaria facilmente a superioridade dos<br />
povos europeus sobre outras culturas. Já o segundo grupo,<br />
os que se alimentam de forma desiquilibrada, ou seja, cujo<br />
o ciclo de crescimento limita-se à uma única estação (<br />
verão nos trópicos), teria como consequência um povo<br />
também desequilibrado, com vigor físico para o trabalho,<br />
porem sem tirocínio para desenvolver cargos de comando.<br />
Isto ficou claro, para a época, quando se observava a<br />
discrepância entre o desenvolvimento das colônias da<br />
América do norte e América do Sul. A partir disso,<br />
difundiu-se a ideia da indolência entre os povos localizados<br />
na faixa da linha do equador, e usaram-se argumentos<br />
científicos como localização e incidência dos raios solares<br />
na superfície da terra para justificar a dominação.<br />
As teorias criadas entre os séculos XIX e XX procuravam<br />
afirmar que o desenvolvimento das nações e as<br />
características genéticas das diferentes culturas eram<br />
determinados por padrões geográficos. Na época, o<br />
principal argumento utilizado para basear as leis gerais do<br />
determinismo geográfico era a condição climática dos<br />
lugares. No entanto, outros elementos da geografia física<br />
ganharam status científico, tais como a posição e<br />
localização da rede hidrográfica, o desenho dos litorais, a<br />
qualidade do solo e a morfologia do relevo, sendo usados<br />
para esboçar algumas teorias nesse período. Ainda assim<br />
não é possível afirmar que fatores climáticos determinem<br />
se um país será rico ou pobre, pois o que estabelece isso é<br />
o âmbito político e não climático, sendo assim<br />
entendemos que não há uma relação direta entre as<br />
condições geográficas e o tipo de desenvolvimento de uma<br />
nação.<br />
O Possibilismo geográfico<br />
10
CARTOGRAFIA<br />
É a ciência que trata da concepção, produção, difusão,<br />
utilização e estudo dos mapas. Na cartografia, as<br />
representações de área podem ser acompanhadas de<br />
diversas informações, como símbolos, cores, entre outros<br />
elementos. A cartografia é essencial para o ensino da<br />
<strong>Geografia</strong> e tornou-se muito importante na educação<br />
contemporânea, tanto para as pessoas atenderem às<br />
necessidades do seu cotidiano quanto para estudarem o<br />
ambiente em que vivem.<br />
A confecção de um mapa normalmente começa a partir da<br />
redução da superfície da Terra em seu tamanho. Em mapas<br />
que figuram a Terra por inteiro em pequena escala, o globo<br />
se apresenta como a única maneira de representação exata.<br />
A transformação de uma superfície esférica em uma<br />
superfície plana recebe a denominação de projeção<br />
cartográfica.<br />
Na pré-história, a Cartografia era usada para delimitar<br />
territórios de caça e pesca. Na Babilônia, os mapas do<br />
mundo eram impressos em madeira, mas foram<br />
Eratosthenes de Cirene e Hiparco (século III a.C.) que<br />
construíram as bases da cartografia moderna, usando um<br />
globo como forma e um sistema de longitudes e latitudes.<br />
Ptolomeu desenhava os mapas em papel com o mundo<br />
dentro de um círculo. Com a era dos descobrimentos, os<br />
dados coletados durante as viagens tornaram os mapas<br />
mais exatos. Após a descoberta do novo mundo, a<br />
cartografia começou a trabalhar com projeções de<br />
superfícies curvas em impressões planas.<br />
O surgimento<br />
Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos<br />
gregos que, em função de suas expedições militares e de<br />
navegação, criaram o principal centro de conhecimento<br />
geográfico do mundo ocidental. O mais antigo mapa já<br />
encontrado foi confeccionado na Suméria, em uma<br />
pequena tábua de argila, representando um Estado.<br />
11
COORDENADAS E FUSOS HORÁRIOS.<br />
Atualmente...<br />
Hoje, a cartografia é feita por meios modernos, como as<br />
fotografias aéreas (realizadas por aviões) e o<br />
sensoriamento remoto por satélite. Além disso, com os<br />
recursos dos computadores, os geógrafos podem obter<br />
maior precisão nos cálculos, criando mapas que chegam a<br />
ter precisão de até 1 metro. As fotografias aéreas são feitas<br />
de maneira que, sobrepondo-se duas imagens do mesmo<br />
lugar, obtém-se a impressão de uma só imagem em relevo.<br />
Assim, representam-se os detalhes da superfície do solo.<br />
Depois, o topógrafo completa o trabalho sobre o terreno,<br />
revelando os detalhes pouco visíveis nas fotografias.<br />
O que é Latitude e Longitude:<br />
Latitude e longitude são descrições da localização, ou<br />
coordenadas geográficas, de um determinado lugar na<br />
Terra. O modo como a latitude é definida depende da<br />
superfície de referência utilizada, e longitude é medido em<br />
graus, de zero a 180 para leste ou para oeste, a partir do<br />
Meridiano de Greenwich, e não há uma posição inicial<br />
natural para marcar a longitude.<br />
Latitude é o ângulo entre o plano do equador à superfície<br />
de referência. A latitude mede-se para norte e para sul do<br />
equador, entre 90º sul, no Polo Sul e 90º norte, no Pólo<br />
Norte. A latitude é a distância ao Equador medida ao longo<br />
do meridiano de Greenwich, esta distância mede-se em<br />
graus, podendo variar entre 0º e 90º para Norte ou para Sul.<br />
sol, choca-se com mais intensidade na zona tropical,<br />
percorrendo assim uma área menor, ele terá uma<br />
capacidade de converter-se em ondas longas com mais<br />
intensidade, gerando mais calor. Conteúdo que<br />
estudaremos com mais afinco no próximo assunto<br />
(climatologia – processo de aquecimento).<br />
Lat. Baixa = temp. alta<br />
Lat. Alta = Temp. baixa<br />
Longitude:<br />
A medição da longitude é importante tanto para a<br />
cartografia como para uma navegação segura no oceano.<br />
Ao longo da história, muitos exploradores lutaram para<br />
encontrar um método de determinar a longitude, como<br />
Américo Vespúcio e Galileu. Porém, o cálculo da longitude<br />
sempre apresentou sérios problemas, principalmente no<br />
alto mar. Determinar a latitude é mais simples, basta medir<br />
o ângulo entre o horizonte e a Estrela Polar com ajuda de<br />
um quadrante, astrolábio ou sextante.<br />
A nossa posição sobre a Terra é referenciada em relação ao<br />
equador e ao meridiano de Greenwich e baseia-se em três<br />
denominações: a latitude, a longitude e a altitude.<br />
Linhas latitudinais<br />
Círculos completos – estas são as únicas linhas a<br />
percorrerem uma volta completa no globo terrestre.<br />
Linha Base – Equador, tem como referencial base a linha<br />
do equador, que assim como qualquer outra linha base,<br />
equivale à 0º.<br />
Variação Padrão – 10º, o autor poderá utilizar qualquer<br />
unidade de medida, porem quando nenhuma vier<br />
especificada, fica subtendido que está usando a distancia<br />
padrão entre meridianos que é 10º de latitude.<br />
Sentido – Norte/Sul, tendo como base a linha do equador,<br />
maior de todos os paralelos, teremos então uma variação<br />
de 90º para norte e de 90º para sul.<br />
Inversamente Proporcional a temperatura – levando em<br />
consideração o processo de aquecimento da atmosfera<br />
terrestre, como a radiação de ondas curtas, proveniente do<br />
Linhas longitudinais<br />
Meridianos – estas linhas não percorrerem uma volta<br />
completa no globo terrestre, simplesmente ligam um polo<br />
à outro.<br />
Linha Base – meridiano do tempo de Greenwich, que assim<br />
como qualquer outra linha base, equivale à 0º.<br />
Variação Padrão – 15º, o autor poderá utilizar qualquer<br />
unidade de medida, porem quando nenhuma vier<br />
13
especificada, fica subtendido que está usando a distancia<br />
padrão entre meridianos que é 15º de longitude.<br />
Fuso – distancia entre os meridianos, equivale a 15º ou<br />
correspondem a 1:00h, a mais ou a menos a depender do<br />
sentido do trajeto, leste ou oeste, respectivamente.<br />
Sentido – Leste/Oeste, tendo a linha GMT, meridiano base,<br />
teremos então uma variação de 180º para leste e de 180º<br />
para oeste.<br />
Não interfere na temperatura, porem é vital para o calculo<br />
do tempo cronológico.<br />
Outros significados e conceitos que podem<br />
interessar<br />
• Sentido W/E<br />
• Linha Base Meridiano<br />
• GMT = 0º<br />
• Fuso = Distância em graus que existe entre os<br />
meridianos.<br />
Padrão de fuso horário brasileiro<br />
O território brasileiro, por se encontrar no hemisfério<br />
ocidental, possui o seu horário atrasado em relação ao<br />
meridiano mencionado. Além disso, em razão de o país<br />
possuir uma ampla extensão, sua localização é dividida em<br />
quatro fusos horários, cuja demarcação oficial (a hora<br />
legal) é estabelecida conforme o mapa a seguir:<br />
Mapa com os fusos horários brasileiros. As linhas<br />
representam a hora real, e as cores indicam a hora legal.<br />
As linhas verticais traçadas acima representam o horário<br />
“real” dos fusos, isto é, a hora exata em relação ao<br />
distanciamento de cada um dos fusos horários. No entanto,<br />
se essa divisão fosse adotada à risca, ficaria muito<br />
complicado para certas localidades que estariam<br />
posicionadas em dois fusos diferentes ao mesmo tempo.<br />
Por isso, estabelece-se no Brasil – e também no mundo – a<br />
hora legal, que é adotada oficialmente pelos governos,<br />
representada pelas diferenças de cores no mapa acima.<br />
O primeiro fuso horário brasileiro encontra-se duas horas<br />
atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich e uma<br />
hora adiantado em relação ao horário de Brasília. Esse fuso<br />
abrange apenas algumas ilhas oceânicas pertencentes ao<br />
Brasil, como Fernando de Noronha e Penedos de São Pedro<br />
e São Paulo.<br />
O segundo fuso horário do país encontra-se três horas<br />
atrasado em relação a Greenwich e abrange a maior parte<br />
do território nacional, com a totalidade das regiões<br />
Nordeste, Sudeste e Sul, além dos estados do Pará, Amapá,<br />
Tocantins, Goiás e o Distrito Federal. É o horário oficial de<br />
Brasília.<br />
O terceiro fuso horário encontra-se quatro horas atrasado<br />
em relação a Greenwich e uma hora em relação ao horário<br />
de Brasília. No horário de verão, essa diferença aumenta<br />
para duas horas, pois os estados abrangidos (Mato Grosso,<br />
Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia e a maior parte do<br />
Amazonas) não fazem parte desse horário especial.<br />
O quarto fuso horário encontra-se cinco horas atrasado<br />
em relação a Greenwich e duas horas em relação ao horário<br />
de Brasília, aumentando para três horas durante o horário<br />
de verão. Abrange somente o estado do Acre e uma<br />
pequena parte oeste do Amazonas. Esse fuso foi extinto no<br />
ano de 2008, onde a área passou a integrar o fuso de -4, no<br />
entanto, em setembro de 2013, essa extinção foi revogada<br />
após aprovação em um referendo promulgado em 2010.<br />
Exercícios<br />
01- O mercado financeiro mundial funciona 24 horas por<br />
dia. As bolsas de valores estão articuladas, mesmo abrindo<br />
e fechando em diferentes horários, como ocorre com as<br />
bolsas de Nova York, Londres, Pequim e São Paulo. Todas<br />
as pessoas que, por exemplo, estão envolvidas com<br />
exportações e importações de mercadorias precisam<br />
conhecer os fusos horários para fazer o melhor uso dessas<br />
informações.<br />
14
Considerando que as bolsas de valores começam a<br />
funcionar às 09:00 horas da manhã e que um investidor<br />
mora em Porto Alegre, pode-se afirmar que os horários em<br />
que ele deve consultar as bolsas e a sequência em que as<br />
informações são obtidas estão corretos na alternativa:<br />
a) Pequim (20:00 horas), Nova York (07:00 horas) e<br />
Londres (12:00horas).<br />
b) Nova York (07:00 horas), Londres (12:00 horas) e<br />
Pequim (20:00 horas).<br />
c) Pequim (20:00 horas), Londres (12:00 horas) e Nova<br />
York (07:00 horas).<br />
d) Nova York (07:00 horas), Londres (12:00 horas),<br />
Pequim (20:00 horas).<br />
e) Nova York (07:00 horas), Pequim (20:00 horas),<br />
Londres (12:00 horas).<br />
Rotação: A Terra gira em torno de si mesma O movimento<br />
da terra em torno de si mesma é chamado de rotação, este<br />
período de rotação é de um dia, isto é, 24 horas. Isso quer<br />
dizer que a Terra demora 1 dia para completar uma volta<br />
em torno de si mesma.<br />
O movimento de rotação da Terra explica a existência dos<br />
dias e das noites. De dia, uma parte dos habitantes da Terra<br />
recebe luz solar, porque a parte da superfície da Terra onde<br />
vivem está virada para o Sol, mas os habitantes da Terra<br />
que estão do outro lado não recebem essa luz. Enquanto<br />
estudantes japoneses se preparam para dormir, os<br />
estudantes do Colégio Oficina, em Vitoria da Conquista,<br />
ainda se preparam para um dia de atividades... A Terra vai<br />
girando e, em certos lugares, passa a ser noite quando era<br />
dia e, noutros lugares, do outro lado da Terra, passa a ser<br />
de dia quando era noite. E isto sem nunca parar!<br />
Observe esta imagem:<br />
02 A linguagem cartográfica é essencial à geografia. Neste<br />
âmbito, CONSIDERE as afirmações adiante.<br />
I. O mapa é uma reprodução idêntica da realidade.<br />
II. São elementos que compõem os mapas: escala, projeção<br />
cartográfica, símbolo ou convenção e título.<br />
III. A escala é a relação entre a distância ou comprimento<br />
no mapa e a distância real correspondente à área mapeada.<br />
Considerando as três assertivas, PODE-SE AFIRMAR<br />
CORRETAMENTE que:<br />
a) apenas I é verdadeira<br />
b) apenas II é verdadeira.<br />
c) apenas III é verdadeira.<br />
d) apenas I e III são verdadeiras.<br />
e) apenas II e III são verdadeiras.<br />
Movimentos da Terra<br />
Translação: A Terra gira em torno do Sol<br />
O movimento da Terra em torno do Sol é chamado de<br />
translação.<br />
O tempo que a Terra demora para dar uma volta completa<br />
em volta do Sol é de aproximadamente um ano, mas<br />
precisamente 365 dias e 6 horas, é por isso que de quatro<br />
em quatro anos, existe um ano com um dia a mais no<br />
calendário, sempre o último de Fevereiro. Esses anos são<br />
chamados bissextos.<br />
Observe nesta imagem os movimentos de rotação e<br />
translação da Terra.<br />
15
Astronomicamente isto se dá quando a Terra<br />
atinge uma posição em sua órbita onde o Sol parece estar<br />
situado exatamente na intersecção do círculo do Equador<br />
Celeste com o círculo da Eclíptica; ou seja, instante em que<br />
o Sol no seu movimento anual aparente pela Eclíptica,<br />
corta o Equador Celeste, apresentando declinação de 0º.<br />
O que acontece na Terra no período de translação<br />
Sabemos que os vários meses do ano têm climas diferentes,<br />
devido às estações do ano, Primavera, Verão, Outono e<br />
Inverno.<br />
No Verão, está mais quente e no Inverno mais frio. Mas o<br />
Verão e o Inverno ocorrem em épocas diferentes do ano no<br />
hemisfério Norte e no hemisfério<br />
Sul, pois a Terra mantém sempre a mesma inclinação<br />
enquanto gira em torno do Sol. No hemisfério Norte, o<br />
Verão vai de 21 de Junho a 23 de Setembro e o Inverno de<br />
21 de Dezembro a 21 de Março. Mas, no hemisfério Sul, o<br />
Verão vai de 21 de Dezembro a 21 de Março e o Inverno<br />
de 21 de Junho a 23 de Setembro.<br />
O mesmo acontece com as outras estações, quando é<br />
primavera em um hemisfério, no outro é outono.<br />
O Equinócio Vernal (21/03), assinala a entrada da<br />
primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério<br />
sul. É especialmente considerado pelos Astrólogos, pois<br />
este “Ponto Vernal”, marca o início do Signo de Áries, a<br />
entrada do Sol no Signo de Áries, que marca o início do<br />
Zodíaco. É quando o Sol, no seu movimento aparente,<br />
passa do hemisfério sul para o hemisfério norte.<br />
Na figura abaixo, veja uma representação da insolação<br />
terrestre relativa a este Equinócio. Neste período a Terra<br />
recebe em ambos hemisférios a mesma intensidade de luz<br />
solar.<br />
Observe esta imagem:<br />
O Equinócio Outonal (23/09), marca a entrada do outono<br />
no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul,<br />
chamado também de “Ponto de Libra”; instante em que o<br />
Sol passa do hemisfério norte para o hemisfério sul.<br />
Na figura abaixo, veja uma representação da insolação<br />
terrestre relativa a este Equinócio. Neste período a Terra<br />
recebe em ambos hemisférios a mesma intensidade de luz<br />
solar.<br />
Equinócio é uma palavra que deriva do latim<br />
(aequinoctium), e significa “noite igual”, e refere-se ao<br />
momento do ano em que a duração do dia é igual à da noite<br />
sobre toda a Terra.<br />
16
A palavra Solstício, deriva do latim, sol + sistere<br />
(solstitium), que significa parado, imobilizado e está<br />
associada à ideia de que o Sol estaria como que<br />
estacionário.<br />
No quadro abaixo, estão representadas as posições do<br />
nosso planeta em relação ao Sol, nos momentos de<br />
Solstícios e Equinócios, que definem as quatro estações do<br />
ano.<br />
Marca a época do ano em o Sol, no seu movimento<br />
aparente na esfera celeste, atinge o máximo afastamento<br />
angular do Equador.<br />
É considerado Solstício de Verão (22/06) no hemisfério<br />
norte e de inverno no hemisfério sul, quando o Sol ingressa<br />
a 0º do Signo de Câncer, quando o Sol alcança sua máxima<br />
declinação norte,23º27'. Neste momento, o Sol “imobiliza”<br />
seu movimento gradual para o sentido sul e passa a dirigirse<br />
na direção do polo norte.<br />
Na figura abaixo, veja uma representação da insolação<br />
terrestre relativa a este Solstício. Neste período a Terra<br />
recebe maior intensidade de luz solar no hemisfério norte.<br />
No dia do Solstício de Inverno (21/12) no hemisfério norte<br />
e de verão no hemisfério sul, quando marca a entrada do<br />
Sol no Signo de Capricórnio, quando o Sol alcança sua<br />
máxima declinação sul,23º27'. O Sol “imobiliza” seu<br />
movimento para o sentido norte e começa a dirigir-se na<br />
direção do hemisfério sul.<br />
Na figura abaixo, veja uma representação da insolação<br />
terrestre relativa a este Solstício. Neste período a Terra<br />
recebe maior intensidade de luz solar no hemisfério sul.<br />
Vale lembrar que como as estações do ano são opostas nos<br />
dois hemisférios, as denominações s e invertem. E<br />
também, que poderá haver variação de um ou dois dias nas<br />
datas descritas.<br />
Projeções cartográficas<br />
Sabemos que a maneira mais adequada de representar a<br />
Terra como um todo é por meio de um globo. Porém,<br />
precisamos de mapas planos para estudar a superfície do<br />
planeta. Transformar uma esfera em uma área plana do<br />
mapa seria impossível se os cartógrafos não utilizassem<br />
uma técnica matemática chamada projeção. No entanto,<br />
imagine como seria se abríssemos uma esfera e a<br />
achatássemos para a forma de um plano. Com isso, as<br />
partes da esfera original teriam que ser esticadas,<br />
principalmente nas áreas mais próximas aos os pólos,<br />
criando grandes deformações de área. Então, para chegar a<br />
uma representação mais fiel possível, os cartógrafos<br />
desenvolveram vários métodos de projeções cartográficas,<br />
ou seja, maneiras de representar um corpo esférico sobre<br />
uma superfície plana.<br />
Como toda projeção resulta em deformações e incorreções,<br />
às vezes algumas características precisam ser distorcidas<br />
para representarmos corretamente as outras. As<br />
deformações podem acontecer em relação às distâncias, às<br />
áreas ou aos ângulos. Conforme o sistema de projeção<br />
utilizado, as maiores alterações da representação<br />
localizam-se em uma ou outra parte do globo: nas regiões<br />
polares, nas equatoriais ou nas latitudes médias. É o<br />
cartógrafo define qual é a projeção que vai atender aos<br />
objetivos do mapa.<br />
A projeção mais simples e conhecida é a de Mercator<br />
(nome do holandês que a criou). Outras técnicas foram<br />
evoluindo e muitas outras projeções tentaram desfazer as<br />
desigualdades de área perto dos polos com as de perto do<br />
17
equador, como por exemplo a projeção de Gall. Como não<br />
há como evitar as deformações, classifica-se cada tipo de<br />
projeção de acordo com a característica que permanece<br />
correta. Temos então:<br />
• Projeções equidistantes = distâncias corretas<br />
• Projeções conformes = igualdade dos ângulos e das<br />
formas dos continentes<br />
É a projeção do globo terrestre sobre um cone, que<br />
posteriormente é planificado. São mais usadas para<br />
representar as latitudes médias, pois apenas as áreas<br />
próximas ao Equador aparecem retas.<br />
Azimutais:<br />
• Projeções equivalentes = mostram corretamente a<br />
distância e a proporção entre as áreas<br />
Os três principais tipos de projeção são:<br />
Cilíndricas<br />
É a projeção da superfície terrestre sobre um plano a partir<br />
de um determinado ponto (ponto de vista). Também<br />
chamadas planas ou zenitais, essas projeções deformam<br />
áreas distantes desse ponto de vista central. São bastante<br />
usadas para representar as áreas polares.<br />
18<br />
Consistem na projeção dos paralelos e meridianos sobre<br />
um cilindro envolvente, que é posteriormente desenvolvido<br />
(planificado). Uma das projeções cilíndricas mais<br />
utilizadas é a de Mercator, com uma visão do planeta<br />
centrada na Europa.<br />
Cônicas:<br />
Escala Cartográfica<br />
Já sabemos que o mapa representa, de forma reduzida, o<br />
espaço geográfico. Para representar corretamente o que<br />
existe na Terra é necessário a utilização de escala nos<br />
mapas. Tomando-se como base a escala apresentada pelo<br />
mapa, podemos com isso, avaliar distâncias e obter<br />
medidas.<br />
Escala é uma relação matemática existente entre as<br />
dimensões ( tamanho ) verdadeiras de um objeto e sua
epresentação ( mapa ). Essa relação deve ser proporcional<br />
a um valor estabelecido.<br />
A cartografia trabalha somente com uma escala de redução,<br />
ou seja, as dimensões naturais sempre se apresentam nos<br />
mapas de forma reduzida. Você vai encontrar nos mapas<br />
dois tipos de escalas: escala numérica e escala gráfica.<br />
Escala Numérica: é representa da por uma fração, onde o<br />
numerador corresponde à distância no mapa ( 1 cm ) , e o<br />
denominador à distância real, no terreno. Pode ser escrita<br />
das seguintes maneiras:<br />
ex.____1___ /300 000 e 1:300 000<br />
300000<br />
Nos três casos lê-se a escala da seguinte forma: um por<br />
trezentos mil, significando que a distância real sofreu uma<br />
redução de 300 000 vezes, para que coubesse no papel.<br />
No exemploacima de escala numérica, a fração tem o<br />
seguinte significado:<br />
numerador distância medida no mapa ( 1 cm )<br />
denominador distância real ( 300 000 cm )<br />
O aluno sabendo que cada 1 cm medido no mapa,<br />
corresponde a uma medida real ( ex. 300 000 cm ), deverá<br />
agora aprender a converter os 300 000 cm em Quilômetros<br />
( Km ), que é a unidade de medida usual para grandes<br />
distâncias.<br />
Para fazer a transformação de cm ( centímetro ) para km<br />
( quilômetro ) ,devemos utilizar uma tabela com os<br />
submúltiplos e múltiplos do metro:<br />
submúltiplos<br />
metro<br />
mmmilím<br />
etro<br />
cmcentím<br />
etro<br />
do<br />
<br />
dmdecím<br />
etro<br />
met<br />
ro<br />
damdecâm<br />
etro<br />
múltiplos do metro<br />
hmhectôm<br />
etro<br />
kmquilôm<br />
etro<br />
O estudante observando a tabela acima, deverá verificar<br />
que um número que esteja na casa do cm ( centímetro ), e<br />
para ser transformado em km ( quilômetro ), deverá<br />
deslocar-se por 5 ( cinco ) casas.<br />
Retornando a escala do nosso exemplo;<br />
1:300 000 ---> 1 cm no mapa equivale 300 000 cm na<br />
realidade ou ( 3 00000 ) 3(três) km.<br />
1:20 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale 20 000 000 cm<br />
na realidade ou ( 200 00 000 ) 200 km.<br />
1:200 000 ---> 1 cm no mapa equivale 200 000 cm naa<br />
realidade ou ( 2 00 000 ) 2 km.<br />
1:154 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale a 154 000 000<br />
cm na realidade ou ( 1540 00000 ) 1540 km.<br />
1:100 ---> 1 cm no mapa equivale a 100 cm na realidade<br />
ou ( 0,001 00 ) 0,001 km.<br />
ESCALA GRÁFICA: é representada por uma linha reta<br />
graduada.<br />
0 10 20 30 40 50 60<br />
|____|____|____|____|____|____| ,<br />
( km - quilômetros )<br />
cada intervalo da reta graduada no mapa corresponde a 1<br />
cm, que na realidade , neste exemplo utilizado, representa<br />
no terreno 10 km. A escala gráfica é mais simples que<br />
escala numérica. É que na escala gráfica não há<br />
necessidade de conversão de cm ( centímetro ) para km (<br />
quilômetros ). A escala já demonstra quantos quilômetros<br />
corresponde cada centímetro.<br />
EXERCÍCIOS<br />
03 - O texto a seguir revela como a modernização dos<br />
agronegócios pede por novas tecnologias, tal como o<br />
monitoramento via satélites.<br />
Algumas técnicas de geografia e cartografia vêm sendo<br />
empregadas na análise e gestão agrícola, uma vez que<br />
novos satélites comerciais oferecem imagens cada vez<br />
mais precisas, detalhadas e atualizadas de qualquer<br />
localidade do território nacional brasileiro.<br />
Conhecido como Sensoriamento Remoto, esse conjunto de<br />
técnicas possibilita a obtenção de informações sobre alvos<br />
na superfície terrestre (objetos, áreas, fenômenos), através<br />
do registro da interação da radiação eletromagnética com a<br />
superfície, realizado por sensores distantes, ou remotos.<br />
Geralmente esses sensores estão presentes em plataformas<br />
orbitais ou satélites(...).<br />
SEABRA, Felipe. http://www.digibase.com.br<br />
O texto aponta para aspectos importantes, que podem ser<br />
relacionados à evolução moderna dos agronegócios.<br />
Pode-se afirmar CORRETAMENTE que, nos termos do<br />
texto,<br />
a) as informações obtidas por imagens de satélites não<br />
19
influenciam outras áreas, como as de<br />
abastecimento e distribuição de alimentos.<br />
b) além da agricultura extensiva, os segmentos de meio<br />
ambiente, recursos hídricos e segurança pública estão<br />
sendo beneficiados com a nova geração de satélites.<br />
c) o monitoramento de safras a partir de imagens de<br />
satélites é, atualmente, uma fonte importante de<br />
informações para melhor aproveitamento das áreas das<br />
lavouras modernas.<br />
d) o Sensoriamento Remoto favorece o manejo e o<br />
monitoramento das safras agrícolas, sem promover<br />
interferências na gestão logística da produção.<br />
04 - Observando-se a projeção cartográfica apresentada,<br />
conclui-se que:<br />
Adaptado de O Globo, 08/03/2011<br />
O fenômeno natural descrito acima não afeta os aparelhos<br />
de GPS - em português, Sistema de Posicionamento<br />
Global. Isso se explica pelo fato de esses aparelhos<br />
funcionarem tecnicamente com base na:<br />
a) recepção dos sinais de rádio emitidos por satélites<br />
b) gravação prévia de mapas topográficos na memória<br />
digital<br />
c) programação do sistema com as tabelas da variação do<br />
Polo Norte<br />
d) emissão de ondas captadas pela rede analógica de<br />
telefonia celular<br />
06 -<br />
a) o planeta Terra é uma esfera dividida somente por<br />
paralelos.<br />
Figura I: Globo Terrestre. CARRARO, Fernando. Atividades com mapa.<br />
São Paulo: FTD, 1996.<br />
b) na latitude de 90° N, os meridianos se encontram no polo<br />
norte.<br />
c) as representações latitudinais e longitudinais se<br />
encontram sempre a 0°.<br />
d) há um maior distanciamento entre os paralelos nas<br />
faixas mais setentrionais da Terra.<br />
e) a dimensão territorial dos EUA e do Canadá se deforma<br />
devido aos meridianos e paralelos.<br />
20<br />
05 - Parece improvável, mas é verdade: o Polo Norte<br />
Magnético está se movendo mais depressa do que em<br />
qualquer outra época da história da humanidade,<br />
ameaçando mudar de meios de transporte a rotas<br />
tradicionais de migração de animais. O ritmo atual de<br />
distanciamento do norte magnético da Ilha de Ellesmere,<br />
no Canadá, em direção à Rússia, está fazendo as bússolas<br />
errarem em cerca de um grau a cada cinco anos.<br />
Figura II: Planisfério. CARRARO, Fernando. Atividades com mapa. São<br />
Paulo: FTD, 1996.<br />
Planisférios e globos terrestres são representações da Terra<br />
que permitem conhecê-la em sua totalidade, indicando o<br />
domínio da espécie humana sobre o mundo.<br />
Com base no globo terrestre, no planisfério e nos<br />
conhecimentos cartográficos, considere as afirmativas a<br />
seguir.
I. Pela rede de coordenadas geográficas, com a<br />
identificação de pontos onde se cruzam paralelos e<br />
meridianos, é possível localizar qualquer ponto na<br />
superfície terrestre.<br />
II. A medida angular de longitude varia de 0°, em<br />
Greenwich, a 180°, em posição oposta, o antimeridiano,<br />
onde se localiza a Linha Internacional de Mudança de Data<br />
(LIMD).<br />
III. O Equador é o paralelo principal, traçado a igual<br />
distância dos polos, que divide a Terra horizontalmente em<br />
dois hemisférios: o Setentrional ou Boreal e o Meridional<br />
ou Austral.<br />
IV. A representação da Terra, tanto pelo globo quanto pelo<br />
planisfério, permite visualizar toda a superfície terrestre de<br />
uma só vez, com a distribuição uniforme de superfícies<br />
continentais e oceânicas.<br />
A Digital Globe divulgou em seu site, nesta quinta-feira,<br />
imagens de satélite da região de Abbottabad, Paquistão,<br />
onde Osama Bin Laden estava refugiado. De acordo com a<br />
agência Fox News, uma equipe de 40 soldados Seal da<br />
marinha dos Estados Unidos capturou e matou o terrorista<br />
responsável pela morte de milhares de cidadãos<br />
americanos. A comparação de imagens de satélite de junho<br />
de 2005 e janeiro de 2011, feita pela Digital Globe, revela<br />
a expansão da mansão onde Osama se escondia.<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.<br />
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.<br />
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.<br />
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.<br />
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.<br />
Sobre o tipo de imagem de satélite mostrado na reportagem<br />
acima, assinale a alternativa correta.<br />
07 - Às 16h30 em Pequim (capital da China), localizada<br />
nas coordenadas 39°50’N e 116°20’E, em uma reunião de<br />
empresários, foi tomada a decisão de instalar uma filial de<br />
uma indústria em Londrina (Paraná), que tem como<br />
coordenadas 23°18’S e 51°10’O. Duas horas após o<br />
término da reunião, a decisão foi comunicada para o<br />
representante da indústria em Londrina.<br />
A que horas, em Londrina, o representante recebeu o<br />
comunicado? (Apresente o desenvolvimento dos cálculos.)<br />
08 - Leia o texto.<br />
Digital Globe divulga imagens de satélite do local da<br />
captura de Osama Bin Laden<br />
a) É usado para monitorar espaços menores, uma vez que<br />
tem alta resolução espacial.<br />
b) Está disponível apenas para uso militar, por isso não<br />
pode ser comercializado.<br />
c) É obtido através de um sensor transportado por aviões<br />
que voam em baixa altitude.<br />
d) É um produto da tecnologia do Sistema de<br />
Posicionamento Global – GPS.<br />
09 - Localizar-se no espaço geográfico sempre foi uma<br />
necessidade para os seres humanos. Todos eles – e talvez<br />
até alguns animais – possuem os seus mapas mentais, que<br />
são esquemas de orientação.<br />
Fonte: VESENTINI, J. W. <strong>Geografia</strong>: Série Brasil. São Paulo: Ática,<br />
2003.<br />
Considerando o texto e seus conhecimentos sobre<br />
cartografia, assinale a alternativa incorreta.<br />
a) A invenção da bússola pelos ingleses foi um importante<br />
marco para a cartografia, pois permitiu encontrar as<br />
coordenadas geográficas do lugar onde se está.<br />
b) As inovações tecnológicas do final do século XX<br />
permitiram o uso dos mapas digitais, ou seja, o mapa<br />
visualizado em computadores.<br />
21
c) A elaboração de um mapa pressupõe a necessidade de<br />
ter informações sobre a área a ser mapeada e os fenômenos<br />
a representar.<br />
d) O tamanho da escala de um mapa depende do tamanho<br />
da área mapeada e, também, do nível de detalhamento que<br />
se quer alcançar.<br />
10 - Para facilitar a comunicação entre os diversos pontos<br />
do planeta, convencionou-se um sistema de fusos horários,<br />
baseado nos meridianos. Considerando estes fusos horários<br />
mundiais, quando for 14h do dia 25 de dezembro de 2011,<br />
na cidade de Londres, na Inglaterra, será 11h na cidade de<br />
Vitória, no Brasil, e 23h na cidade de Tóquio, no Japão.<br />
Observe o Mapa a seguir:<br />
Disponível em: Acesso em: 15 ago. 2011. [Adaptado]<br />
A diferença de horários entre as cidades mencionadas está<br />
associada aos fusos horários, que foram definidos, entre<br />
outras razões, pelo<br />
a) movimento de translação da Terra, que é executado no<br />
sentido oeste-leste, de modo que os lugares situados a leste<br />
têm horário atrasado em relação aos lugares a oeste.<br />
c) movimento de rotação da Terra, que é executado no<br />
sentido oeste-leste, de modo que os lugares situados a leste<br />
têm horário adiantado em relação aos lugares a oeste.<br />
d) movimento de translação da Terra, que é executado no<br />
sentido Leste-Oeste, de modo que os lugares situados a<br />
oeste têm horário atrasado em relação aos lugares a leste.<br />
b) movimento de rotação da Terra, que é executado no<br />
sentido Leste-Oeste, de modo que os lugares situados a<br />
oeste têm horário adiantado em relação aos lugares a leste.<br />
22
11 - Zonas Climáticas da Terra<br />
c) O Brasil possui três fusos horários, o primeiro é o<br />
oceânico.<br />
d) O segundo fuso horário brasileiro é o que marca a hora<br />
oficial do Brasil.<br />
e) O fuso horário inicial é o de zero grau de longitude, ou<br />
seja, a linha correspondente ao Meridiano de Greenwich.<br />
13- Sobre o movimento de rotação, pode-se afirmar que:<br />
As Regiões ou Zonas Temperadas, em termos climáticos,<br />
são aquelas que estão situadas entre os trópicos e os<br />
círculos polares. Com relação às Zonas Temperadas da<br />
terra, é correto afirmar que:<br />
a) a Zona Temperada do Norte pode ser melhor<br />
caracterizada, porque é constituída, em sua maior parte, de<br />
terras emersas, enquanto, no sul, as terras emersas ocorrem<br />
apenas no extremo sul da África, parte da América do Sul<br />
e Oceania.<br />
b) a Zona Temperada Norte está situada entre o trópico de<br />
Capricórnio e o Círculo Polar Ártico, onde o clima<br />
temperado é caracterizado pela forte ocorrência de neve no<br />
inverno.<br />
c) o clima Temperado Continental, entre as latitudes de 45°<br />
e 55°, aproximadamente, possui verões moderadamente<br />
quentes e os invernos são amenizados pelas correntes<br />
marítimas.<br />
d) a vegetação predominante nos domínios do clima<br />
Temperado são os campos e as florestas intertropicais que,<br />
no inverno, costumam ficar cobertas pela neve.<br />
e) as Zonas Temperadas da Terra possuem a vegetação<br />
original bastante preservada, tendo em vista a fraca<br />
ocupação humana nessas áreas em virtude dos rigores do<br />
clima.<br />
12 - Com relação aos fusos horários, assinale a alternativa<br />
incorreta.<br />
a) Como o movimento de rotação é de oeste para leste, os<br />
lugares localizados a leste estão mais adiantados do que os<br />
lugares localizados a oeste do globo.<br />
b) Fuso horário é o conjunto de 24 graus de longitude.<br />
I. consiste na volta que a terra dá em torno do seu próprio<br />
eixo (de si mesma) e é realizado de oeste para leste;<br />
II. tem duração de aproximadamente 24 horas e é<br />
responsável pela incidência da luz solar por todo o<br />
Equador;<br />
III. é responsável pela alternância entre os dias e as noites.<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.<br />
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.<br />
c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.<br />
d) Somente a afirmativa II é verdadeira.<br />
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.<br />
14 - Observe as figuras a seguir.<br />
Disponível em: . Ilustração esquemática, sem escala. Acesso em:<br />
18 set. 2010. [Adaptado]<br />
Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a<br />
superfície da Terra, demonstrados nas figuras, apresentam<br />
duas situações distintas, que caracterizam os solstícios e os<br />
equinócios. Em ambas as figuras, o ponto A representa uma<br />
cidade sobre a linha do equador, ao meio-dia. A Figura 2<br />
mostra a incidência do sol três meses após a situação<br />
ilustrada na Figura 1. A Figura 1 representa o<br />
23
a) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a<br />
incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra<br />
em A.<br />
b) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a<br />
incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da<br />
Terra em A.<br />
c) equinócio de outono no hemisfério sul, quando a<br />
incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da<br />
Terra em A.<br />
d) solstício de verão no hemisfério norte, quando a<br />
incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra<br />
em A.<br />
e) solstício de inverno no hemisfério sul, quando a<br />
incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra<br />
em A.<br />
16 - Observe atentamente a figura a seguir.<br />
15 - Vários estudantes viajaram para o Hemisfério Norte,<br />
mais especificamente para a Europa Ocidental. Passaram<br />
alguns meses, em grupo, estudando numa determinada<br />
universidade europeia, e constataram que naquela parte do<br />
planeta a duração dos dias e das noites era muito diferente<br />
da que se observava em Alagoas. O que justifica essa<br />
diferença?<br />
a) O Hemisfério Norte recebe sempre mais insolação que<br />
o Hemisfério Sul.<br />
b) O Hemisfério Sul, onde se situa o Estado de Alagoas,<br />
possui mais águas do que continentes.<br />
c) A Europa tem relevo mais elevado do que as terras do<br />
Hemisfério Sul.<br />
d) O movimento de translação da Terra e a inclinação do<br />
eixo terrestre justificam a desigualdade de duração dos dias<br />
e das noites.<br />
e) A desigualdade de duração dos dias e das noites é mais<br />
pronunciada durante os equinócios; o grupo de estudantes<br />
chegou àquele continente numa época equinocial.<br />
As informações contidas na figura acima mostram:<br />
a) o mecanismo de formação dos ventos alísios no<br />
Hemisfério Norte.<br />
b) a profundidade das geoesferas.<br />
c) o desvio de Coriolis.<br />
d) o conceito de latitude<br />
e) a formação das marés.<br />
17 - Observe a imagem e a legenda abaixo:<br />
Veículo equipado com GPS de bordo e um software com<br />
mapas, que indicam a posição do veículo e o caminho a<br />
percorrer até um determinado ponto.<br />
As afirmativas abaixo mantêm relação com a imagem e a<br />
legenda apresentada, EXCETO:<br />
24<br />
a) Essas tecnologias associam-se aos satélites artificiais.<br />
b) As informações sobre a localização do veículo são<br />
transferidas para um mapa digitalizado.<br />
c) O GPS funciona somente no ambiente urbano, devido à<br />
presença de torres de telefonia.
d) Esse sistema de localização tem como princípio o uso<br />
das coordenadas geográficas.<br />
18 - Parte considerável da energia que atinge a Terra é<br />
proveniente do Sol. A distribuição da insolação na<br />
superfície é condicionada, dentre outros fatores, pelo grau<br />
de inclinação da Terra em relação ao Sol.<br />
Observe a figura abaixo.<br />
19 - Analise o mapa dos fusos horários.<br />
(Maria E. M. Simielli. Geoatlas, 2009. Adaptado.)<br />
Você embarcou em Brasília no dia 18 às 22h00 locais. A<br />
rota a ser seguida passa sobre o continente Africano, o que<br />
estabelece 23 horas de viagem.<br />
Que dia e horário você chegará em Melbourne, Austrália?<br />
IBEP. Atlas geográfico escolar. São Paulo, 2008, p. 16.<br />
[Adaptado].<br />
Considerando as informações da Figura e os fatores<br />
“incidência da radiação solar” e “latitude”:<br />
a) justifique por que ocorrem diferenças de temperatura<br />
entre Natal e Murmansk.<br />
b) apresente um exemplo de uma atividade econômica na<br />
Cidade de Natal que é diretamente favorecida pela<br />
incidência de radiação solar. Justifique.<br />
a) Dia 20 às 18h00.<br />
b) Dia 20 às 10h00.<br />
c) Dia 18 às 11h00.<br />
d) Dia 19 às 21h00.<br />
e) Dia 19 às 11h00.<br />
20 - Analise as informações abaixo:<br />
- São linhas imaginárias traçadas paralelamente ao<br />
Equador.<br />
- É a distância medida em graus de qualquer ponto da<br />
superfície terrestre ao Equador.<br />
- São linhas imaginárias que cortam perpendicularmente o<br />
globo e vão de um pólo a outro.<br />
- É a distância medida em graus de qualquer ponto da Terra<br />
ao meridiano de Greenwich.<br />
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao tema a que se<br />
referem tais informações.<br />
a) Dizem respeito ao entendimento da cartografia<br />
(projeções, escalas e outros).<br />
b) Dizem respeito ao sistema de localização baseado nas<br />
coordenadas geográficas.<br />
c) Dizem respeito ao sistema de fusos horários.<br />
d) Ajudam a definir diferentes zonas de temperatura do<br />
planeta.<br />
25
21- Cada faixa de latitude apresenta dificuldades próprias<br />
que repercutem na vida das sociedades e na sua forma de<br />
organização do espaço.<br />
Observe a imagem feita por satélite de uma erupção<br />
vulcânica ocorrida em 2004 na Oceania:<br />
Sobre esse tema, avalie as opções abaixo. Em seguida,<br />
marque com V as verdadeiras e com F as falsas.<br />
(___) Nas latitudes equatoriais a variação térmica anual é<br />
pequena; há um ciclo diário bem definido. A partir do<br />
nascer do sol, a temperatura aumenta paulatinamente,<br />
assim, por volta das 15 horas/16 horas, ocorrem<br />
tempestades e aguaceiros. São as chuvas do ‘”fim da tarde”<br />
que servem para regular a rotina diária dos habitantes.<br />
(___) Na faixa em torno dos 30° de latitude, em ambos os<br />
hemisférios, situam-se os desertos quentes, que ocupam<br />
áreas vastíssimas. Suas populações convivem com ventos<br />
destruidores que levantam tempestades de areia,<br />
responsáveis pela aridez sobre as regiões adjacentes,<br />
fenômeno conhecido como desertificação.<br />
(___) Na região tropical, basicamente em torno do oceano<br />
Índico, ocorre o fenômeno das monções, que se caracteriza<br />
por um contraste acentuado entre a estação seca e úmida.<br />
Longas estiagens alternam-se com chuvas intensas e<br />
destruidoras.<br />
(___) Nas altas latitudes, os habitantes estão acostumados<br />
a frequentes mudanças de tipos de tempo, embora<br />
raramente se registrem excessos de calor ou de frio. É a<br />
zona onde se revezam as influências do ar tropical e do ar<br />
polar, com avanços e recuos das frentes durante todo o ano.<br />
É ali que as quatro estações são bem caracterizadas.<br />
(___) Nas médias latitudes, os habitantes estão preparados<br />
para o frio rigoroso. O vento sopra com frequência a mais<br />
de 100 km/hora, varrendo os flocos de neve de maneira a<br />
reduzir a visibilidade a quase zero. As tempestades geladas<br />
representam um dos maiores perigos e ameaças aos<br />
cientistas e aos moradores das regiões Ártica e Antártica.<br />
Assinale a alternativa CORRETA:<br />
a) V – V – F – F – F<br />
b) F – V – F – V – V<br />
c) V – V – V – F – F<br />
d) F – F – F – V – V<br />
e) V – F – F – F – V<br />
22 - A obtenção de imagens aéreas da superfície terrestre<br />
representou um grande impulso para as técnicas de<br />
mapeamento, dando-lhes maior precisão e aplicabilidade.<br />
Essas inovações só se tornaram possíveis no século XX,<br />
com a invenção do avião e, posteriormente, com a<br />
utilização de satélites artificiais.<br />
www.apolo11.com<br />
Considerando o processo de representação cartográfica,<br />
indique duas vantagens da obtenção de imagens da<br />
superfície terrestre por satélites em comparação com as<br />
imagens obtidas por fotografias aéreas. Em seguida, aponte<br />
duas utilizações das imagens de satélite para o estudo da<br />
superfície terrestre.<br />
23 - Ainda é 31 de dezembro no Brasil quando a televisão<br />
noticia a chegada do ano Novo em diferentes países. Entre<br />
os países que comemoram a chegada do Ano Novo antes<br />
do Brasil, encontram-se a Austrália, a Nova Zelândia e o<br />
Japão.<br />
Este fato se deve<br />
a) à inclinação do eixo terrestre.<br />
b) ao movimento de rotação terrestre.<br />
c) ao movimento de translação terrestre.<br />
d) à maior proximidade do sol no verão.<br />
e) a diferença de latitude entre esses países e o Brasil.<br />
24 - Um avião que parte de Tóquio, no Japão, às 18h20min<br />
de uma quarta-feira, aterrissa em São Francisco, costa oeste<br />
26
dos Estados Unidos da América do Norte, às 10h50min do<br />
mesmo dia, após um tempo de vôo de 9 horas e meia.<br />
Sobre essa situação, é correto afirmar que ela<br />
a) não é verdadeira, porque há uma diferença de 24 horas<br />
entre Tóquio e São Francisco.<br />
b) é possível, pois o avião atravessou a Linha Internacional<br />
de Data no sentido de oeste para leste.<br />
c) é verdadeira, e só foi possível porque tanto os Estados<br />
Unidos da América do Norte quanto o Japão estão<br />
localizados no Hemisfério Sul.<br />
d) é verdadeira, e só pode acontecer porque Tóquio está<br />
localizada no hemisfério oriental e São Francisco está no<br />
hemisfério ocidental, e a rota utilizada pela aeronave é a de<br />
menor distância entre os aeroportos, cruzando a Linha<br />
Internacional de Data.<br />
e) não seria possível porque, ao passar pela Linha<br />
Internacional de Data, necessariamente os relógios devem<br />
ser adiantados ou atrasados em um dia, portanto o avião<br />
chegaria somente no dia seguinte a São Francisco.<br />
25 - Observe o gráfico a seguir. Considerando que o eixo<br />
X corresponde à Linha do Equador e o eixo Y corresponde<br />
ao Meridiano de Greenwich, responda as questões a seguir.<br />
Levando em consideração o horário, a posição do sol, a<br />
posição da sombra e a latitude, é possível concluir que o<br />
menino do desenho se encontra no Hemisfério _________,<br />
pois ___________________.<br />
a) Norte – o sol encontra-se ao norte, posição permanente,<br />
nesse horário, nos equinócios<br />
b) Sul – a sombra, nesse horário, está ao sul, local de<br />
entrada de luminosidade em todas as estações do ano<br />
c) Norte – o sol encontra-se ao norte, lugar de entrada da<br />
luminosidade no verão<br />
d) Sul – o sol encontra-se ao norte, lugar de entrada de<br />
maior luminosidade, em todas as estações do ano<br />
e) Norte – a sombra encontra-se ao norte, lugar de entrada<br />
de maior luminosidade em todas as estações do ano<br />
27-Identifique as coordenadas geográficas<br />
correspondentes, respectivamente, aos pontos B e A:<br />
Considerando que no ponto A são 14 horas, calcule o<br />
horário local do Ponto B. Em sua resposta, desconsidere a<br />
possibilidade da existência de horário de verão e de horas<br />
cifradas:<br />
a) 20 horas<br />
b) 18 horas<br />
c) 17 horas<br />
d) 8 horas<br />
26 –<br />
a) 30° de Lat. Sul e 45° de Long. Leste; 90° de Lat. Sul e<br />
60° de Long. Leste<br />
b) 45° de Lat. Norte e 30° de Long. Oeste; 90° de Lat. Sul<br />
e 60° de Long. Leste<br />
27
c) 30° de Lat Norte e 45° de Long. Oeste; 60° de Lat. Sul<br />
e 90° de Long. Leste<br />
d) 30° de Lat. Sul e 45° de Long. Leste; 6o° de Lat. Norte<br />
e 90° de Long. Leste<br />
na cidade de Manaus (60°W) pega um voo, em direção a<br />
Moscou (45°E), às 6 horas. Supondo-se que o tempo de voo<br />
entre as duas cidades é de 18 horas, o passageiro iria<br />
desembarcar no destino final, no horário de Greenwich, às:<br />
28 - Observe o mapa abaixo, contendo os fusos horários<br />
globais. Numa situação hipotética, um indivíduo que reside<br />
a) 04:00h.<br />
b) 24:00h.<br />
c) 18:00h.<br />
d) 06:00h<br />
29 - A novela da Rede Globo “Caminho das Índias”,<br />
mostrou na cena do dia 23 de maio, a seguinte situação:<br />
“Após ganhar alguns presentes e flores de Ramiro, Melissa<br />
fica muito desconfiada da atitude<br />
‘bondosa’ e pega o carro dele para ver no GPS os lugares<br />
que o marido foi – assim, descobre que o presidente da<br />
Cadore estacionou o carro em frente ao prédio de Gaby<br />
tarde da noite”.<br />
http://www.tudoagora.com.br/noticia/19231/Novelas-da-Globo-Caminho-das-<br />
Indias-Melissa-descobre- icao-de-Ramiro-eagride-Gaby.html - Acesso em: 1 set.<br />
2009<br />
Sobre o GPS, leia as assertivas abaixo e assinale somente<br />
as que estão corretas:<br />
I. O GPS é considerado, atualmente, a mais moderna e<br />
precisa ferramenta de determinação da posição de um<br />
ponto da superfície terrestre. É um termo em inglês que<br />
significa Global Positioning System.<br />
II. O GPS permite apenas o monitoramento de<br />
deslocamentos realizados em pequenas distâncias de um<br />
ponto para outro, em linha reta.<br />
III. O GPS é um instrumento de orientação utilizado apenas<br />
em automóveis importados.<br />
IV. O GPS representa uma tecnologia desenvolvida<br />
inicialmente para fins bélicos. Foi durante a Guerra do<br />
Golfo que sua aplicação obteve sucesso.<br />
V. GPS é um sistema que se baseia na utilização de mapas<br />
e cartas milimetricamente representadas em um gráfico de<br />
escalas pequenas.<br />
a) Apenas I e IV são corretas.<br />
b) Apenas II e V são corretas.<br />
c) Apenas I e III são corretas.<br />
28
d) Apenas II e III são corretas.<br />
e) Apenas IV e V são corretas.<br />
33 - A África do Sul está a 2 horas adiantada em relação<br />
ao Meridiano de Greenwich. Sabendo-se que o jogo de<br />
abertura da Copa do Mundo de 2010 foi realizado no dia<br />
11 de junho, às 16 horas (horário sulafricano), que horas<br />
eram na capital alagoana na hora do início do jogo?<br />
mentirinhas. MARK MONMONIER Traduzido de How to<br />
lie with maps. Chicago/London:<br />
www.nationalgeographic.com The University of Chicago<br />
Press, 1996.<br />
a) 11 horas<br />
b) 13 horas<br />
c) 16 horas<br />
d) 18 horas<br />
e) 21 horas<br />
34 - O movimento de translação é a órbita que a Terra<br />
percorre ao redor do Sol. Essa trajetória é realizada em 365<br />
dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos, a uma velocidade<br />
média de 29,9 km/s.<br />
Devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano<br />
de sua órbita, o planeta é iluminado de maneira diferente<br />
pelo Sol, em determinadas e diferentes épocas do ano, o<br />
que ocasiona as quatro estações do ano.<br />
Com relação ao movimento de translação da Terra, é<br />
correto afirmar que<br />
a) as ocorrências dos solstícios se dão nos momentos em<br />
que o Sol, a partir da Terra, se encontra o mais distante<br />
possível do “Equador celeste”, para norte ou para o sul.<br />
b) os momentos em que a Terra está no periélio coincidem<br />
com o início dos solstícios de inverno e de verão.<br />
c) os momentos em que a Terra está no afélio coincidem<br />
com o início dos equinócios de primavera e do de outono.<br />
d) a incidência da luz do Sol de maneira igual sobre os dois<br />
hemisférios, em determinada época do ano, caracteriza os<br />
solstícios.<br />
e) a maior incidência da luz do Sol em uma época do ano<br />
sobre o hemisfério norte, e em outra sobre o hemisfério sul,<br />
caracteriza os equinócios.<br />
Observe o planisfério acima, considerando as ressalvas<br />
presentes no texto.<br />
Para deslocar-se sequencialmente, sem interrupções, pelos<br />
pontos A, B, C e D, percorrendo a menor distância física<br />
possível em rotas por via aérea, as direções aproximadas a<br />
serem seguidas seriam:<br />
a) Leste – Norte – Oeste<br />
b) Oeste – Norte – Leste<br />
c) Leste – Noroeste – Leste<br />
d) Oeste – Noroeste – Oeste<br />
36 - Quando observamos o céu, temos a impressão de que<br />
nosso planeta está parado e que os outros astros é que se<br />
movem. Entretanto, a Terra realiza diversos movimentos,<br />
que afetam nossas vidas. O movimento de translação e a<br />
inclinação do eixo terrestre, por exemplo, determinam a<br />
desigualdade na distribuição de luminosidade e calor na<br />
Terra, conforme os períodos do ano.<br />
Assinale a alternativa, no quadro abaixo, que apresenta<br />
corretamente os dados do movimento de translação com<br />
relação às estações do ano.<br />
35 - Se uma imagem vale mais do que mil palavras, um<br />
mapa pode valer um milhão – mas cuidado. Todos os<br />
mapas distorcem a realidade. (...) Todos os cartógrafos<br />
procuram retratar o complexo mundo tridimensional em<br />
uma folha de papel ou em uma televisão ou tela de vídeo.<br />
Em resumo, o autor avisa, todos os mapas precisam contar<br />
29
37 - A figura abaixo representa uma rede geográfica de uma<br />
determinada área da superfície terrestre. Quais as<br />
coordenadas geográficas das cidades A e B,<br />
respectivamente?<br />
4. Um observador que esteja situado no ponto A verá o Sol<br />
nascer antes do observador B, que se encontra ao Sul do<br />
Equador geográfico.<br />
Estão corretas apenas:<br />
a) 1 e 4<br />
b) 2 e 3<br />
c) 1 e 2<br />
d) 1 e 3<br />
e) 2, 3 e 4<br />
a) 20° 30’ de longitude leste; 2° 00’ de latitude sul e 22°<br />
00’ de longitude leste; 0° 30’ de latitude sul<br />
b) 20° 30’ de latitude oeste; 2° 00’ de longitude sul e 22°<br />
00’ de latitude oeste; 0° 30’ de longitude sul<br />
c) 20° 30’ de longitude leste; 2° 00’ de latitude norte e 22°<br />
00’ de longitude leste; 0° 30’ de latitude norte<br />
d) 20° 30’ de longitude oeste; 2° 00’ de latitude norte e 22°<br />
00’ de longitude oeste; 0° 30’ de latitude norte<br />
e) 20° 30’ de latitude leste; 2° 00’ de longitude norte e 22°<br />
30’ de latitude leste; 0° 30’ de longitude norte<br />
38 - Observe a figura e as afirmações a seguir.<br />
39 - Sobre o tema Movimentos da Terra, são apresentadas<br />
a seguir cinco afirmações. Uma delas, contudo, é incorreta.<br />
Assinale-a.<br />
a) O afélio é o momento em que a Terra, em sua órbita em<br />
torno do Sol, mais dele se afasta.<br />
b) O desvio dos ventos alísios dos hemisférios Norte e Sul<br />
é uma das consequências do movimento de rotação.<br />
c) As estações do ano, que são bem marcadas na faixa das<br />
latitudes médias, decorrem do movimento de rotação<br />
anual, da inclinação do eixo terrestre e da atração<br />
gravitacional da Lua.<br />
d) A Terra encontra-se no solstício quando o Sol, em seu<br />
movimento aparente anual em torno da Terra, “atinge” o<br />
Trópico de Capricórnio ou de Câncer.<br />
e) As correntes marinhas sofrem, em suas trajetórias,<br />
influências nítidas do movimento de rotação.<br />
1. A inclinação do eixo da Terra não é uma das causas<br />
principais do mecanismo das estações do ano verificadas<br />
nas áreas de latitudes médias.<br />
2. A situação indicada na figura corresponde à época em<br />
que o Hemisfério Boreal se encontra no verão.<br />
3. Na época considerada na figura, o Pólo Sul encontra-se<br />
na Grande Noite Polar, ocasião em que as temperaturas<br />
baixam consideravelmente.<br />
40 - "Nos primeiros dias do outono subitamente entrado,<br />
quando o escurecer toma uma evidência de qualquer coisa<br />
prematura, e parece que tardamos muito no que fazemos de<br />
dia, gozo, mesmo entre o trabalho quotidiano, essa<br />
antecipação de não trabalhar..."(Fernando Pessoa, "Livro<br />
do Desassossego". Campinas: Editora da Unicamp, 1994,<br />
vol. II, p. 55).<br />
a) Compare as características do outono em Portugal (terra<br />
natal de Fernando Pessoa) com o outono da região nordeste<br />
do Brasil.<br />
b) Diferencie "solstício" de "equinócio".<br />
30
porque, nos locais mais ao norte do país, a variação do foto<br />
período (parte do dia iluminado pela luz solar) é pequena<br />
entre as estações.<br />
41 - Durante a translação da Terra e em função da sua<br />
obliquidade e esfericidade, o ângulo de incidência dos raios<br />
solares se modifica durante o ano. Assinale a única<br />
alternativa correta sobre os fenômenos observados quando<br />
ocorrem os equinócios durante o ano.<br />
a) A incidência do Sol é vertical sobre o Equador e mais<br />
oblíqua perto dos polos.<br />
b) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de Câncer<br />
e oblíqua no Equador.<br />
c) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de<br />
Capricórnio e oblíqua na latitude 23ºS.<br />
d) A duração do dia é maior que a duração da noite no<br />
Hemisfério Sul.<br />
e) A duração do dia é menor que a duração da noite no<br />
Hemisfério Sul.<br />
III) Durante a vigência do horário de verão de 2006/2007,<br />
os relógios dos Estados do centro-sul foram adiantados em<br />
1 hora. Logo, se os relógios em Brasília marcassem 14<br />
horas, nessa situação, no Acre seriam 15 horas e, nos<br />
estados da região nordeste, mais ao leste, seriam 12 horas.<br />
IV) O horário de verão apresenta muitos benefícios em<br />
relação a economia no consumo de energia, e por isso é<br />
adotado também em muitos países da Europa e América do<br />
Norte, que encontram-se em latitudes mais elevadas que o<br />
Brasil.<br />
Estão corretas apenas as afirmações:<br />
a) I, II e IV.<br />
b) II e IV.<br />
c) III e IV.<br />
d) I, II e III.<br />
e) I e II.<br />
42 - Por possuir uma grande extensão no sentido Leste-<br />
Oeste, o Brasil abrange três fusos horários, sendo que o<br />
horário de Brasília é adotado como a hora legal do país. A<br />
esse respeito analise as afirmações abaixo:<br />
I) A hora de Brasília encontra-se 3 horas defasada em<br />
relação à hora de Greenwich, sendo que durante o horário<br />
de verão, no Brasil, essa diferença diminui para 2 horas.<br />
II) Geralmente, o horário de verão é adotado apenas nos<br />
estados brasileiros mais distantes da Linha do Equador<br />
43 - O horário de verão é um recurso adotado em vários<br />
países para evitar sobrecarga do sistema de produção e<br />
distribuição de energia elétrica nos períodos de pico. No<br />
Brasil o horário de verão é adotado nos meses de outubro a<br />
fevereiro, quando os relógios são adiantados em uma hora.<br />
Em relação ao horário de verão, é incorreto afirmar:<br />
a) Próximo a linha do Equador o horário de verão não é<br />
adotado, pois a variação de foto período, quando existe, é<br />
muito pequena.<br />
31
) Nos meses iniciais e finais do ano, o dia tende a ser mais<br />
longo do que a noite, principalmente nos estados mais ao<br />
sul do Brasil.<br />
c) A economia de energia total é muito grande, acima de<br />
15%.<br />
d) Além do Distrito Federal, o horário de verão é adotado<br />
nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina,<br />
Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas<br />
Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<br />
44 - Levando-se em consideração que, no dia em que esta<br />
foto foi tirada, o Sol se pôs exatamente atrás da estátua do<br />
Cristo Redentor, podemos AFIRMAR que:<br />
a) Pará, Mato Grosso e Amapá, que passaram de 2 para 1<br />
hora a menos de diferença em relação a Brasília, em todos<br />
os seus municípios.<br />
b) Amazonas, Mato Grosso e Roraima, que passaram a ter<br />
a mesma hora de Brasília, em todos os seus municípios.<br />
c) Acre, Roraima e Amapá, que passaram para 1 hora a<br />
menos de diferença em relação a Brasília e Pará, estado que<br />
passou a ter a mesma hora da capital do país.<br />
d) Acre, Roraima e Amapá, que passaram de 2 para 1 hora<br />
de diferença em relação a Brasília.<br />
e) Pará, Mato Grosso e Amapá, que passaram de 1 para 2<br />
horas a mais de diferença em relação a Brasília, em todos<br />
os seus municípios.<br />
46 - Observe o mapa do Brasil abaixo.<br />
a) o Pão de Açúcar está situado ao norte da parte frontal da<br />
estátua do Cristo Redentor.<br />
b) o braço direito do Cristo Redentor está apontando para<br />
a direção sul.<br />
c) o leste está na direção da parte de trás da estátua do<br />
Cristo Redentor.<br />
d) a enseada de Botafogo está ao sul da parte frontal da<br />
estátua do Cristo Redentor.<br />
e) o braço esquerdo do Cristo Redentor está apontando para<br />
a direção oeste.<br />
45 - Recentemente, o governo federal reduziu de quatro<br />
para três o número de fusos horários existentes no país.<br />
Com base nos conhecimentos sobre fusos horários no<br />
Brasil, é correto afirmar que os estados atingidos pela<br />
mudança foram:<br />
Sobre as capitais brasileiras representadas nesse mapa, é<br />
CORRETO afirmar que<br />
a) com as mudanças ocorridas este ano no fuso horário<br />
brasileiro, a região norte não possui mais nenhuma capital<br />
que segue o fuso horário de Brasília.<br />
b) todas as capitais do território brasileiro localizam-se no<br />
hemisfério meridional e possuem horas atrasadas em<br />
relação ao Meridiano de Greenwich.<br />
c) as capitais localizadas na porção oriental do nosso<br />
território, como as capitais nordestinas, estão sob a<br />
influência do segundo fuso-horário brasileiro.<br />
d) como a Terra gira de leste para oeste, as capitais<br />
litorâneas são as primeiras a receber a luz do Sol.<br />
32
47 - Observe a figura abaixo.<br />
A partir da análise da figura é CORRETO afirmar que:<br />
a) o hemisfério sul é mais iluminado pelos raios solares;<br />
nesse hemisfério, os dias são maiores e as noites menores.<br />
b) devido ao movimento de translação da Terra, no mesmo<br />
dia, quando amanhece no hemisfério ocidental ainda é<br />
noite no hemisfério oriental.<br />
c) os polos terrestres recebem a mesma quantidade de luz<br />
ao longo do ano, enquanto é dia no polo norte é noite no<br />
polo sul.<br />
d) os raios solares atingem perpendicularmente a linha<br />
imaginária do Trópico de Câncer.<br />
33
CLIMATOLOGIA GERAL<br />
Tipos de Radiação<br />
Aquecimento da terra<br />
Radiação ondas curtas<br />
Fonte Luz<br />
Fonte Energia<br />
Não é Fonte calor<br />
Radiação ondas longas<br />
Fonte Luz<br />
Fonte Energia<br />
Fonte É calor<br />
Fatores climáticos - atuam indiretamente<br />
O processo de radiação e o aquecimento do planeta Terra.<br />
O planeta Terra recebe energia do Sol, são ondas<br />
eletromagnéticas que viajam a velocidade da luz. Ao<br />
chegarem à Terra desencadeiam uma série de fenômenos<br />
que são responsáveis pela existência da vida no planeta. É<br />
o chamado efeito estufa natural, que mantém a temperatura<br />
habitável na Terra.<br />
Quando a energia solar atinge a Terra apenas 50% dela<br />
chega à superfície, o restante é absorvido pelo caminho<br />
percorrido na atmosfera. Desse percentual, 47% é<br />
absorvido pela superfície e 3% é refletido de volta a<br />
atmosfera. Esses 3% é de suma importância para o<br />
aquecimento do planeta, é a chamada contra radiação, ou<br />
efeito estufa.<br />
A parte absorvida pela superfície (47%) emite ondas curtas<br />
e interage com a contra radiação, essa interação resulta<br />
numa quantidade superior de energia àquela que entra no<br />
topo da atmosfera. É a própria atmosfera que permite esse<br />
fenômeno, na ausência desta temperatura do planeta não<br />
proporcionaria a ocorrência de vida.<br />
Todo esse processo de troca de energia resulta num<br />
equilíbrio. A equação envolve energia recebida e energia<br />
dispersada que resulta em zero no final. Porém, as<br />
alterações provocadas pelos seres humanos através de suas<br />
ações repercutem na modificação desse balanço<br />
energético, contribuindo para ocorrência de impactos no<br />
clima.<br />
MENDONÇA, Francisco; OLIVEIRA-DANI, Inês<br />
Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil.<br />
São Paulo: Oficina de Textos, 2007.<br />
1. Altitude - quanto mais alto, mais diminui a temperatura<br />
visto que a irradiação do calor é feita pela superfícies<br />
sólidas e líquidas da Terra e, também, porque os<br />
componentes gasosos da atmosfera se vão dispersando na<br />
medida em que se sobe. Latitude - quanto maior é a<br />
latitude, menor é a temperatura. A cada 1000 m / altitude<br />
ocorre uma redução média de 7º C.<br />
2. Latitude – também é inversamente proporcional, quanto<br />
maior a distancia do equador, menor será á temperatura,<br />
visto que estamos nos aproximando dos polos.<br />
3. Poluição – Quanto maior for a concentração de agentes<br />
poluentes, maior deverá ser a concentração de calor na<br />
atmosfera, quando este ocorre em escala regional será<br />
definido como efeito estufa. Já quando expande-se e ganha<br />
proporções mundiais é taxado de aquecimento global.<br />
O efeito estufa é diretamente proporcional a temperatura e<br />
divide-se em duas categorias:<br />
Efeito estufa Bom<br />
Tem ação pouco duradoura e é formado basicamente por<br />
partículas de vapor d’água, assim que chove, a temperatura<br />
volta a sua normalidade. Aqui no sudoeste da Bahia,<br />
costuma-se chamar de mormaço.<br />
34
Efeito estufa Ruim<br />
Tem sua origem na concentração de diversos agentes<br />
poluentes na atmosfera, elementos estes atmosfera,<br />
elementos estes que nem sempre vem à superfície com a<br />
precipitação, podendo assim gerar um aquecimento mais<br />
duradouro.<br />
Continentalidade<br />
Maritimidade –<br />
Na medida em que distanciamos do litoral a variação de<br />
temperatura aumenta. Em regiões distantes de oceanos e<br />
mares o clima sofre influência da continentalidade. Nesse<br />
caso, a superfície terrestre absorve calor e se aquece<br />
rapidamente, entretanto, o resfriamento é rápido, o que<br />
favorece uma variação de temperatura durante o dia<br />
(amplitude térmica).<br />
Mecanismo dos ventos ou lei do holandês Buys Ballot<br />
Essa influência ocorre de acordo com a proximidade de<br />
uma área do litoral. Em áreas costeiras o clima está sujeito<br />
a uma grande influência das águas marítimas e oceânicas.<br />
Isso ocorre por que as águas possuem a capacidade de reter<br />
calor e liberá-lo de forma lenta. Em áreas sujeitas aos<br />
efeitos da maritimidade, a amplitude térmica é baixa<br />
durante o dia.<br />
Regra: Para cada vento que se movimenta em baixa altitude<br />
(abaixo de 1000 m de altura) sempre irá existir um<br />
contravento que se movimenta em direção oposto ao vento<br />
em altitudes elevadas (acima de 1000 m de altura)<br />
Zona anticiclonal<br />
Temp. = Baixa<br />
P. atm. = Alta<br />
Zona ciclonal<br />
Temp. = Alta<br />
P. atm. = Baixa<br />
35
Ventos Constantes:<br />
Muda a sua direção, graças a um mecanismo particular.<br />
Brisas – vento litorâneo , cuja direção varia de acordo com<br />
o dia e a noite, graças ao processo diferenciado de<br />
aquecimento da superfície liquida e solida. Divide-se em<br />
duas categorias.<br />
Sopram durante todos os meses do ano, embora a sua<br />
velocidade possa sofrer alteração a sua direção sempre<br />
continuará a mesma. Estão diretamente ligados às diversas<br />
zonas de convergência do globo.<br />
Principais Ventos Constantes ou Planetários<br />
Alísios<br />
Zona de convergência<br />
intertropical<br />
Sopram dos trópicos<br />
para o equador, em<br />
baixa altitude<br />
Linha do equador<br />
Contra-alísios Sopram do equador<br />
para os trópicos em<br />
altitudes elevadas<br />
Vento Polar<br />
Zona de convergência<br />
extratropical<br />
Contra polar<br />
Ventos Periódicos / local<br />
Sopram dos polos em<br />
direção aos trópicos,<br />
sempre em baixa<br />
altitude<br />
Proximidade do tropico<br />
de câncer e do tropico<br />
de capricórnio<br />
Migram dos trópicos<br />
para os polos, são os<br />
principais responsáveis<br />
pelo transporte de gases<br />
e partículas de poluição<br />
para a Antártida e para<br />
o Ártico.<br />
Brisas marítimas , ocorre durante o dia, onde o vento se<br />
movimenta do mar para o continente.<br />
Brisa Continental, ocorre durante a noite, onde o vento se<br />
movimenta do continente em direção ao mar.<br />
Monções - As monções no sudeste asiático são brisas<br />
marítimas de grande escala. Variam a sua direção entre as<br />
estações porque as massas de terra são aquecidas ou<br />
arrefecidas mais rapidamente que o mar. Assim como as<br />
brisas, divide-se em duas categorias:<br />
Monções de Verão (junho/setembro) - do oceano indico<br />
em direção ao sudeste da Ásia, onde precipita em forma de<br />
chuvas orográficas, em virtude do choque com a<br />
cordilheira do Himalaia. Neste período (três meses), chove<br />
o equivalente a um ano inteiro na floresta amazônica.<br />
Monções de Inverno (dezembro/março)– o vento migra<br />
do continente frio para o oceano Indico, agora aquecido,<br />
reduzindo assim a quantidade de chuva nesta região do<br />
continente asiático.<br />
Informações importantes<br />
Altitude de cruzeiro<br />
das massas de ar<br />
Quantidade de clima<br />
normal<br />
Regiões do mundo que<br />
mais chove<br />
Floresta Amazônica e<br />
Selva Africana em 12<br />
meses<br />
Sudeste da Ásia, em<br />
apenas três meses<br />
entre 1000 metros /<br />
altitude<br />
Aproximadamente 1000<br />
mm/anual<br />
Quantidade de chuva em<br />
mm/ano<br />
2900<br />
2900<br />
36
Tipos de Nuvens<br />
Através da observação das nuvens podemos observar, ou<br />
identificar, as condições atmosféricas de determinado<br />
local, pois estas refletem em sua quantidade, forma e<br />
estrutura.<br />
topo arredondado; fractocumulus, quando se desmancham<br />
por causa de alguma turbulência.<br />
Congestus<br />
Para que haja a formação de nuvens é necessário que parte<br />
do vapor d’agua contido na atmosfera se condense,<br />
formando pequenas gotículas de água, ou solidifique,<br />
formando minúsculos cristais de gelo. A esta formação, ou<br />
aglomerado de cristais de gelo e gotículas damos o nome<br />
de nebulosidade.<br />
Uma característica que diferencia os variados tipos de<br />
nuvens é a altura em que elas se formam, ou onde se<br />
encontra sua base e seu topo. Mas, é importante lembrar,<br />
que esta altura varia conforme a posição geográfica<br />
(latitudinal) da região considerada. Por exemplo, na região<br />
tropical a altura mínima (estágio baixo) e máxima (estágio<br />
alto) de uma nuvem costuma ser a 2 km e 18 km de altura<br />
da superfície respectivamente, enquanto que nas regiões<br />
polares e temperadas as distâncias são, respectivamente, 2<br />
km e 8 km, e 2 km e 13 km.<br />
Internacionalmente, existem cinco denominações para<br />
tipos de nuvens que se encontram no estágio baixo, a 2 km<br />
da superfície.<br />
Congestus: tem bordas protuberantes no topo e<br />
considerável desenvolvimento vertical, indica profunda<br />
instabilidade e favorecimento por escoamento ciclônico<br />
em altitude.<br />
Cumulonimbus<br />
Cumulus<br />
Cumulus – Cu: nuvens isoladas que apresentam uma base<br />
sensivelmente horizontal, tem contornos bem definidos,<br />
uma cor bem branca quando iluminada pelo sol, provoca<br />
chuvas na forma de pancadas, constituídas principalmente<br />
por gotículas de água, mas podem conter cristais de gelo<br />
no topo. Variações: humilis, quando apresentam<br />
desenvolvimento vertical; mediocris, quando possuem o<br />
Cumulonimbus – Cb: com grande desenvolvimento<br />
vertical apresenta a forma de uma montanha e sua forma só<br />
pode ser vista de longe devido ao seu tamanho. No topo,<br />
geralmente apresenta a forma característica de uma<br />
bigorna. É uma nuvem mais escura formada por grandes<br />
gotas de água e granizo, podendo conter cristais de gelo no<br />
topo. Está associada a tempestades fortes com raios e<br />
trovões.<br />
37
Stratocumulus<br />
Nimbostratus<br />
Stratocumulus – Sc: cinzentas ou esbranquiçadas é<br />
formada por gotículas de água e estão associadas a chuvas<br />
fracas. Variações: cumulusgenitus, vesperalis.<br />
Nimbostratus – Ns: nuvens de grande extensão e base<br />
difusa formadas por gotas de chuva, cristais ou flocos de<br />
gelo com cor bastante escura.<br />
Stratus<br />
Altostratus<br />
Stratus – St: nuvem cinzenta que provoca chuvisco. De cor<br />
cinza forte com base uniforme, costuma encobrir o sol ou<br />
a lua.<br />
A seguir, três denominações para as situadas em estágio<br />
médio, de 2 a 8 km em latitude tropical, 2 a 7 km em região<br />
temperada e de 2 a 4 km na região polar…<br />
Altostratus – As: assemelham-se a um lençol cinzento, às<br />
vezes azulado, sempre tem umas partes finas que permitem<br />
ver o sol. É formada por gotas de chuvas e cristais de gelo.<br />
38
Altocumulus<br />
Cirrocumulus<br />
Altocumulus – Ac: nuvem cinza (às vezes branca) que<br />
apresenta sombras próprias e tem a forma de rolos ou<br />
lâminas fibrosas ou difusas. Raramente contém cristais de<br />
gelo e por entre as nuvens deste tipo é possível enxergar<br />
pedaços do céu claro. Variações: lenticularis, radiatus,<br />
cumulusgenitus, opacus, plocus ou castellatus.<br />
Cirrocumulus – Cc: nuvens braças compostas quase<br />
exclusivamente por cristais de gelo agrupados em grânulos<br />
semitransparentes. Variações: stratiformis, lenticularis,<br />
castellatus.<br />
Cirrostratus<br />
E por fim, três denominações para formações em estágios<br />
altos, de 6 a 18 km na região tropical, 5 a 14 km na região<br />
temperada e 3 a 8 km na região polar.<br />
Cirrus<br />
Cirrostratus – Cs: nuvens parecidas com um véu<br />
transparente que dão ao céu um aspecto leitoso.<br />
Constituída por cristais de gelo. Variações: fibratus,<br />
nebulosos. Fontes http://www.master.iag.usp.br<br />
Tipos de Chuvas<br />
Podemos entender por precipitação como sendo o retorno<br />
do vapor d’água atmosférica no estado líquido ou sólido à<br />
superfície da terra. Formas de precipitação: chuva, neve,<br />
granizo, orvalho e geada. Sendo que os dois últimos<br />
ocorrem por deposição na superfície terrestre.<br />
Cirrus – Ci: nuvens com brilho sedoso, isoladas e<br />
formadas por cristais de gelo parecendo convergir para o<br />
horizonte. Podem se formar da evolução da bigorna da<br />
cumulusnimbus. Variações: filosus ou fibratus, uncinus,<br />
spissatus ou nothus, ou densus.<br />
Existem três principais tipos de chuvas, que estão<br />
relacionados com fatores que a originaram. As chuvas<br />
podem ser orográficas, ciclônicas ou convectivas.<br />
39
Chuvas orográficas<br />
É originada quando uma massa de ar úmido que se desloca,<br />
encontra uma barreira topográfica (serra, montanha, etc), e<br />
é forçada a elevar-se, ocorrendo queda de temperatura<br />
seguida da condensação do vapor d’água e formação de<br />
nuvens. Chuvas orográficas apresentam pequena<br />
intensidade, e longa duração. Veja abaixo um esquema de<br />
como ocorrem:<br />
Chuva ciclônica ou frontal<br />
Chuvas convectivas<br />
São chuvas causadas pelo movimento de massas de ar mais<br />
quentes que sobem e condensam. As chuvas convectivas<br />
ocorrem principalmente, devido à diferença de temperatura<br />
nas em camadas próximas da atmosfera terrestre. São<br />
caracterizadas por serem de curta duração porém de alta<br />
intensidade e abrangem pequenas áreas.<br />
Chuva orográfica<br />
Chuvas ciclônicas ou Frontais<br />
Ocorrem no encontro de massas de ar de características<br />
distintas (ar quente + ar frio). São caracterizadas por, serem<br />
contínuas, apresentarem intensidade baixa a moderada e<br />
abrangem grande área. Abaixo seguem as maneiras com<br />
que as frentes quentes e frentes frias se distribuem,<br />
originando a precipitação (chuva).<br />
Chuva de convecção<br />
Referências bibliográficas: RONDON, Manoel Afonso Costa.<br />
Hidrologia Aplicada. Capítulo 1.<br />
Massas de ar que atuam no brasil<br />
40
3.Massa Tropical Atlântica (mTa)<br />
Origina-se no Oceano Atlântico e atua na faixa litorânea<br />
do Nordeste ao Sul do país. Quente e úmida, provoca as<br />
chuvas frontais de inverno na região Nordeste a partir do<br />
seu encontro com a Massa Polar Atlântica e as chuvas de<br />
relevo nos litorais sul e sudeste, a partir do choque com a<br />
Serra do Mar. Também é formadora dos ventos alísios de<br />
sudeste.<br />
4.Massa Polar Atlântica (mPa)<br />
Forma-se no Oceano Atlântico sul (próximo à Patagônia),<br />
sendo fria e úmida e atuando sobretudo no inverno no<br />
litoral nordestino (causa chuvas frontais), nos estados<br />
sulinos (causa queda de temperatura e geadas) e na<br />
Amazônia Ocidental (causa fenômeno da friagem, queda<br />
brusca na temperatura).<br />
Um dos fatores mais decisivos na caracterização do clima<br />
de uma dada região é a atuação das massas de ar, pois<br />
“emprestam” suas características ao tempo e ao clima dos<br />
lugares por onde circulam. A origem quanto às zonas<br />
climáticas determinará a temperatura das massas, assim,<br />
as que se formarem na zona polar serão frias e as das<br />
zonas tropical e equatorial, serão quentes. Da mesma<br />
forma, a origem oceânica ou continental irá determinar<br />
sua umidade que poderá, entretanto, variar com o<br />
deslocamento da massa por sobre regiões de umidade<br />
distinta.<br />
As zonas climáticas brasileiras são influenciadas pela<br />
atuação de cinco massas de ar:<br />
1.Massa Equatorial Contineltal (mEc)<br />
É uma massa quente e instável originada na Amazônia<br />
Ocidental, que atua sobre todas as regiões do país. Apesar<br />
de continental é uma massa úmida, em razão da presença<br />
de rios caudalosos e da intensa transpiração da massa<br />
vegetal da Amazônia, região em que provoca chuvas<br />
abundantes e quase diárias, principalmente no verão e no<br />
outono. No verão, avança para o interior do país<br />
provocando as “chuvas de verão”.<br />
2.Massa Equatorial Atlântica (mEa)<br />
É quente, úmida e originária do Atlântico Norte (próximo<br />
à Ilha de Açores). Atua nas regiões litorâneas do Norte do<br />
Nordeste, principalmente no verão e na primavera, sendo<br />
também formadoras dos ventos alísios de nordeste.<br />
5.Massa Tropical Continental (mTc)<br />
Originada na Depressão do Chaco, é quente e seca e atua<br />
basicamente em sua área de origem, causando longos<br />
períodos quentes e secos no sul da região Centro-oeste e<br />
no interior das regiões Sul e Sudeste.<br />
Para lembrar: sobre massas de ar no Brasil<br />
mEc = Massa Equatorial Continental<br />
Temperatura alta<br />
Umidade 2900 mm/a<br />
Pressão atmosférica baixa<br />
mEa = Massa Equatorial Atlântica<br />
Temperatura alta<br />
Umidade 2900 mm/a<br />
Pressão atmosférica alta<br />
mTa = Massa Tropical Atlântica<br />
Temperatura alta<br />
Umidade 1500 a 2000 mm/a<br />
Pressão atmosférica alta<br />
mTc = Massa Tropical Continental<br />
41
Temperatura alta<br />
Umidade 900 mm/a<br />
Pressão atmosférica baixa<br />
mPA = Massa Polar Antártida<br />
Temperatura baixa (- 32º C)<br />
Umidade baixa<br />
Pressão atmosférica alta<br />
mPa = Frente Polar Atlântica<br />
Temperatura baixa<br />
Umidade baixa<br />
Pressão atmosférica alta.<br />
Os diversos tipos de climas espalhados pelo mundo<br />
A variação climática na Terra é decorrente da junção de<br />
vários fatores, entre eles: latitude, altitude, circulação de<br />
massas de ar, pressão e correntes marítimas. Abaixo estão<br />
os tipos climáticos do planeta e sua ocorrência:<br />
Subtropical:<br />
Clima quente e frio com estações mais definidas, em que o<br />
verão é quente (média 20-25°C) e o inverno mais rigoroso<br />
(0-10°C). Precipitações médias de 1.000 mm a 1.500 mm<br />
distribuídas ao longo do ano.<br />
Mediterrâneo:<br />
Clima com verões quentes (média 25°C) e invernos<br />
brandos (0-15°C). As chuvas acontecem no inverno e o<br />
verão é quente e seco, com médias variando de 500 a 1.000<br />
mm<br />
Desértico:<br />
Clima muito quente durante o dia, com média de 30°C, e<br />
noites com temperaturas frias, pois a amplitude térmica é<br />
bem alta (15-20°C). As chuvas são raras e podem demorar<br />
anos para acontecer. A umidade do ar é muito baixa,<br />
aproximadamente de 15%.<br />
Semiárido:<br />
42<br />
Clima Tropical, Desértico e Temperado<br />
Equatorial:<br />
Clima quente e úmido durante o ano todo, em regiões<br />
localizadas próximas à linha do Equador, com temperatura<br />
média anual de 25°C e chuvas com médias acima de 2.000<br />
mm anual.<br />
Tropical:<br />
Clima quente com variações de umidade com localização<br />
entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, podendo ser<br />
mais seco (tropical seco) ou mais chuvoso (tropical<br />
úmido). Temperaturas médias de 20°C e precipitações de<br />
1.000 a 2.000 mm bem distribuídas durante o ano, mas com<br />
mais concentração no verão.<br />
Clima quente durante todo o dia, com média de 25°C.<br />
Chuvas escassas com média de 300 mm ao ano. Umidade<br />
do ar baixa, mas mais alta que no clima desértico, cerca de<br />
40%.<br />
Temperado:<br />
Clima com invernos frios (-5°C) e verões amenos (15°C).<br />
Precipitações anuais médias entre 1.000 a 2.000 mm<br />
Frio de montanha ou de altitude:<br />
Frio constante durante todo o ano em razão das altas<br />
altitudes das montanhas, com médias anuais de 0°C e<br />
abaixo de zero, com presença de neve constante em<br />
altitudes mais elevadas. Precipitações anuais médias de<br />
1.500 mm<br />
Polar:<br />
Frio extremo com temperaturas sempre abaixo de 0°C, com<br />
umidade do ar muito alta em face da constante presença de<br />
neve o ano todo.
Por Suelen Alonso. Mestre em <strong>Geografia</strong><br />
Climas do Brasil<br />
O Brasil tem relativa diversidade climática. Isso se deve à<br />
dimensão do território, à extensão de sua faixa litorânea, à<br />
variação de altitude e, principalmente, à presença de<br />
diferentes massas de ar que modificam as condições de<br />
temperatura e umidade das regiões em que atuam.<br />
A posição geográfica da maior parte de suas terras, em uma<br />
zona de baixa latitude, determina o domínio de climas mais<br />
quentes. Cerca de 92% do território está situado na zona<br />
intertropical cujas médias anuais de temperaturas estão<br />
acima de 20ºC.<br />
Não existe uma única classificação para os climas. A<br />
classificação mais utilizada para os tipos de clima do Brasil<br />
é baseada no geógrafo Arthur Strahler, que considera a<br />
circulação das massas de ar como o fator mais importante<br />
para a caracterização climática.<br />
A classificação de Arthur Strahler, adaptada ao Brasil,<br />
reconhece cinco regiões climáticas, definidas pela atuação<br />
de massas de ar equatorial, tropical e polar.<br />
Basicamente, pode-se dizer que o Brasil tem seis domínios<br />
climáticos: Clima Equatorial, tropical, tropical de altitude,<br />
tropical úmido, tropical semiárido e subtropical.<br />
1- Equatorial<br />
Temperatura alta<br />
Umidade 2900 mm/a<br />
Distribuição 12 meses<br />
2 - Tropical, Tropical Continental ou Tropical<br />
tradicional<br />
Temperatura alta<br />
Umidade 900 mm/a<br />
Distribuição 2 períodos<br />
Período úmido – primavera e verão.<br />
Período seco – outono e inverno.<br />
3 – Semiárido (Sertão nordestino)<br />
Temperatura: alta<br />
Umidade: 300 mm/a à 600mm/a<br />
Distribuição: 3 meses úmidos (inverno), 9 meses seco<br />
(demais estações)<br />
4 - Tropical úmido (Região litorânea e Zona da<br />
mata)<br />
Temperatura: alta<br />
Umidade: entre 1500 e 2100 mm/a<br />
Distribuição: 2 períodos<br />
Período úmido (período com umidade acima do normal) –<br />
outono e inverno<br />
Período de umidade normal – primavera e verão<br />
5 - Subtropical (Sul do estado de São Paulo,<br />
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul)<br />
Temperatura: Estações bem definidas<br />
Umidade: 900 mm/a<br />
Distribuição: 3 meses de baixa umidade (Inverno) e 9<br />
meses de umidade normal (demais estações)<br />
43
6 - Tropical de altitude<br />
Temperatura: instável<br />
Umidade: 900 mm/a<br />
Distribuição: 2 períodos<br />
Período úmido – primavera e verão<br />
Desenvolvimento Sustentável<br />
Desenvolvimento sustentável é um conceito sistémico que<br />
se traduz num modelo de desenvolvimento global que<br />
incorpora os aspectos de desenvolvimento ambiental. Foi<br />
usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland,<br />
um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio<br />
Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983<br />
pela Assembleia das Nações Unidas.<br />
A definição mais usada para o desenvolvimento<br />
sustentável é:<br />
"O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades<br />
da geração atual, sem comprometer a capacidade das<br />
gerações futuras de satisfazerem as suas próprias<br />
necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e<br />
no futuro, atinjam um nível satisfatório de<br />
desenvolvimento social e económico e de realização<br />
humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso<br />
razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e<br />
os habitats naturais." Relatório Brundtland<br />
Protocolo de Kyoto<br />
Por ele se propõe um calendário pelo qual os paísesmembros<br />
(principalmente os desenvolvidos) têm a<br />
obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito<br />
estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis<br />
de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado<br />
de primeiro período de compromisso (para muitos países,<br />
como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo<br />
das emissões esperadas para 2008).<br />
As metas de redução não são homogêneas a todos os<br />
países, colocando níveis diferenciados para os 38 países<br />
que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento<br />
(como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam<br />
metas de redução, pelo menos momentaneamente.<br />
Cumprindo o seu objetivo de propor um modelo de<br />
desenvolvimento comprometido acima de tudo com a<br />
preservação da vida no planeta, a UNCED produziu<br />
importantes documentos. O maior e mais importante deles<br />
foi a Agenda 21 .<br />
Trata-se de um volume composto de 40 capítulos com mais<br />
de 800 páginas, um detalhado programa de ação em<br />
matéria de meio ambiente e desenvolvimento. Nele<br />
constam tratados em muitas áreas que afetam a relação<br />
entre o meio ambiente e a economia, como: atmosfera,<br />
energia, desertos, oceanos, água doce, tecnologia,<br />
comércio internacional, pobreza e população. O<br />
documento está dividido em quatro seções: a) dimensões<br />
sociais e econômicas (trata das políticas internacional que<br />
podem ajudar na viabilização do desenvolvimento<br />
sustentável, das estratégias de combate à pobreza e à<br />
miséria e da necessidade de introduzir mudanças nos<br />
padrões de produção e de consumo); b) conservação e<br />
gestão dos recursos para o desenvolvimento (trata do<br />
manejo dos recursos naturais e dos resíduos e substâncias<br />
tóxicas); c) fortalecimento do papel dos principais grupos<br />
sociais (indica as ações necessárias para promover a<br />
participação, principalmente das ONGs); meios de<br />
implementação (tratando dos mecanismos financeiros e<br />
dos instrumentos jurídicos para a implementação de<br />
projetos e programas com vistas ao desenvolvimento<br />
sustentável).<br />
Meio Ambiente: Os Impactos das Atividades<br />
Humanas<br />
Impacto ambiental é a alteração no meio ambiente ou em<br />
algum de seus componentes por determinada ação ou<br />
atividade humana. Estas alterações precisam ser<br />
quantificadas pois apresentam variações relativas, podendo<br />
ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas. O objetivo<br />
de se estudar os impactos ambientais é, principalmente, o<br />
de avaliar as consequências de algumas ações, para que<br />
possa haver a prevenção da qualidade de determinado<br />
ambiente que poderá sofrer a execução de certos projetos<br />
ou ações, ou logo após a implementação dos mesmos.<br />
Consumo e Natureza<br />
“Não consumas mais do que necessitas, respeita a<br />
Natureza!” Ghandi.<br />
44<br />
A Carta da Terra e Agenda 21
Poluição<br />
Águas dos Rios, Mares e Oceanos<br />
Os principais fatores de deterioração dos rios, mares, lagos<br />
e oceanos são: poluição e contaminação por produtos<br />
químicos e esgotos. O homem tem causado, desde a<br />
Revolução Industrial (segunda metade do século<br />
XVIII), todo este prejuízo à natureza, através dos lixos,<br />
esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem<br />
controle.<br />
Em função destes problemas, os governos com consciência<br />
ecológica, tem motivado a exploração racional de aquíferos<br />
(grandes reservas de água doce subterrâneas). Na América<br />
do Sul, temos o Aquífero Guarani, um dos maiores do<br />
mundo e ainda pouco utiliza de grande parte das águas<br />
deste aquífero situa-se em subsolo brasileiro (região sul).<br />
Pesquisas realizadas pela Comissão Mundial de Água e de<br />
outros órgão ambientais internacionais afirmam que cerca<br />
de três bilhões de habitantes em nosso planeta estão<br />
vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias.<br />
Cerca de um milhão não tem acesso à água potável. Em<br />
razão desses graves problemas, espalham-se diversas<br />
epidemias de doenças como diarreia, leptospirose,<br />
esquistossomose, hepatite e febre tifoide, que matam mais<br />
de 5 milhões de pessoas por ano, sendo que um número<br />
maior de doentes sobrecarregam os hospitais e postos de<br />
saúde destes países.<br />
Atmosférica<br />
A poluição atmosférica refere-se a mudanças<br />
da atmosfera susceptíveis de causar impacto a<br />
nível ambiental ou de saúde humana, através<br />
da contaminação por gases, partículas sólidas, liquidas em<br />
suspensão, material biológico ou energia. A adição dos<br />
contaminantes pode provocar danos diretamente na saúde<br />
humana ou no ecossistema, podendo estes danos ser<br />
causados diretamente pelos contaminantes, ou por<br />
elementos resultantes dos contaminantes. Para além de<br />
prejudicar a saúde, pode igualmente reduzir a visibilidade,<br />
diminuir a intensidade da luz ou provocar odores<br />
desagradáveis. Esta poluição causa ainda mais impactes no<br />
campo ambiental, tendo ação direta no aquecimento global,<br />
sendo responsável por degradação de ecossistemas e<br />
potenciada a de chuvas ácidas.<br />
A concentração dos contaminantes reduz-se à medida que<br />
estes são dispersos na atmosfera, o que depende de fatores<br />
climatológicos, como a temperatura, a velocidade do vento,<br />
o movimento de sistemas de alta e baixa pressão e a<br />
interação destes com a topografia local, montanhas e vales<br />
por exemplo. A temperatura normalmente diminui com<br />
a altitude, mas quando uma camada de ar frio fica sob uma<br />
camada de ar quente produzindo uma inversão térmica, a<br />
dispersão ocorre muito lentamente e os contaminantes<br />
acumulam-se perto do solo. Para analisar a dispersão,<br />
recorre-se a modelos de dispersão atmosférica, que são<br />
modelos computorizados onde através de formas<br />
matemáticas complexas são simulados os comportamentos<br />
físico e químicos dos contaminantes, podendo caracterizar<br />
ou prever a ação dos mesmos no meio envolvente.<br />
Poluição Urbana<br />
A poluição nas regiões urbanas, tem aumentado devido à<br />
crescente atividade industrial e ao aumento do número de<br />
veículos motorizados em circulação. A qualidade do ar<br />
urbano tem causado sérios problemas às condições de vida<br />
das pessoas, das plantas e dos animais que vivem nas<br />
cidades e arredores.<br />
Nas plantas, os poluentes prejudicam o processo químico.<br />
Danos na membrana celular, interferência no mecanismo<br />
de abertura e fechamento de estômatos e corrosão da<br />
cutícula das folhas e acículas são alguns dos efeitos dos<br />
poluentes químicos.<br />
A poluição sonora também deve merecer destaque, pois<br />
tornou-se um problema grave para muitos habitantes das<br />
grandes cidades. Construções de edifícios, ruas muito<br />
movimentadas, casas de shows e de eventos, e,<br />
eventualmente, até mesmo o som de cultos religiosos<br />
ultrapassam em muito os limites toleráveis de ruído para os<br />
ouvidos humanos.<br />
Ao se tratar de poluição, dificilmente as pessoas se<br />
recordam da poluição visual. Entende-se como poluição<br />
visual em áreas urbanas a proliferação indiscriminada de<br />
“outdoors”, cartazes, formas diversas de propaganda e<br />
outros fatores que causem prejuízos estéticos à paisagem<br />
urbana local<br />
Chuvas Ácidas<br />
A chuva ácida, ou com mais propriedade deposição ácida,<br />
é a designação dada à chuva, ou qualquer outra forma<br />
de precipitação atmosférica, cuja acidez seja<br />
substancialmente maior do que a resultante da dissociação<br />
do dióxido de carbono (CO 2) atmosférico dissolvido na<br />
água precipitada. A principal causa daquela acidificação é<br />
a presença na atmosfera terrestre de gases e partículas ricos<br />
45
em enxofre e azoto reativo cuja hidrólise no meio<br />
atmosférico produz ácidos fortes. Assumem particular<br />
importância os compostos azotados (NO x) gerados pelas<br />
altas temperaturas de queima dos combustíveis fósseis e os<br />
compostos de enxofre (SO x) produzidos pela oxidação das<br />
impurezas sulfurosas existentes na maior parte<br />
dos carvões e petróleos. Quimicamente, chuva ácida não<br />
seria uma expressão adequada, porque para a Química toda<br />
chuva é ácida devido à presença do ácido<br />
carbônico (H 2CO 3), mas para a <strong>Geografia</strong> toda chuva com<br />
Ph abaixo do N.T (Nível de tolerância(PH igual à<br />
aproximadamente 5,5)) é considerada ácida. Ela também<br />
pode acarretar sérios danos as trutas por exemplo, uma vez<br />
que se cair uma chuva ácida num ambiente lacustre de uma<br />
truta, abaixo ou acima do N.T, a truta morrerá. Os efeitos<br />
ambientais da precipitação ácida levaram à adopção, pela<br />
generalidade dos países, de medidas legais restritivas da<br />
queima de combustíveis ricos em enxofre e obrigando à<br />
adopção de tecnologias de redução das emissões de azoto<br />
reativo para a atmosfera.<br />
Em compensação, a produção de CFC em outros produtos,<br />
que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil<br />
em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás<br />
em nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar uma<br />
solução para o problema.<br />
Buraco na Camada de Ozônio<br />
Buraco na Camada de Ozônio<br />
O buraco na camada de ozônio vem sendo amplamente<br />
discutido depois dos relatórios sobre o aquecimento global.<br />
A camada de ozônio é uma capa desse gás que envolve a<br />
Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a<br />
principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal<br />
causadora de câncer de pele. No último século, devido ao<br />
desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados<br />
produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que<br />
ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a<br />
formam (O3), causando assim a destruição dessa camada<br />
da atmosfera.<br />
Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas<br />
nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as<br />
chances de contração de câncer.<br />
Nos últimos anos tentou-se evitar ao máximo a utilização<br />
do CFC e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio<br />
continua aumentando, preocupando cada vez mais a<br />
população mundial. As ineficientes tentativas de se<br />
diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se<br />
substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores,<br />
provavelmente vêm fazendo com que o buraco continue<br />
aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade.<br />
Um exemplo do fracasso na tentativa de se eliminar a<br />
produção de CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse<br />
gás em todo planeta.<br />
Em 1978 os EUA produziam, em aerosóis, 470 mil<br />
toneladas de CFC, aumentando para 235 mil em 1988.<br />
Efeito Estufa<br />
O efeito estufa é um processo que ocorre quando uma parte<br />
da radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre<br />
é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera.<br />
Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo<br />
libertado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma<br />
determinada faixa é de vital importância pois, sem ele,<br />
a vida como a conhecemos não poderia existir. Serve para<br />
manter o planeta aquecido, e assim, garantir a manutenção<br />
da vida.<br />
Opinião do professor<br />
Na opinião do grupo, o problema ambiental de maior<br />
impacto é o Efeito Estufa. Apesar de ser o que nos mantém<br />
vivo, ele está superaquecimento do planeta.<br />
Uma possível solução seria a diminuição do consumo<br />
exagerado, e uma diminuição na utilização de veículos.<br />
Utilizando transporte coletivo, bicicleta, caminhar, além de<br />
ser saudável faz bem ao meio ambiente.<br />
46
EXERCÍCIOS<br />
49 - Observe a imagem para responder à questão.<br />
48 - As “ilhas de calor” as imagens de satélite constituem<br />
hoje um instrumento essencial ao conhecimento das<br />
mudanças ambientais que ocorrem na superfície da Terra.<br />
As figuras a seguir são da cidade de Atlanta (EUA) e foram<br />
feitas pela NASA em 2000.<br />
(ecourbana.wordpress.com)<br />
A leitura da imagem e os conhecimentos sobre os<br />
problemas ambientais nos centros urbanos revelam que<br />
a) os transportes coletivos são os grandes responsáveis pela<br />
poluição atmosférica dos grandes centros urbanos,<br />
emitindo monóxido de carbono.<br />
b) as grandes aglomerações humanas produzem toneladas<br />
de subprodutos, que não sendo reciclados, vão se<br />
acumulando na atmosfera.<br />
c) a poluição do ar é resultado da destruição da fauna e<br />
causa graves problemas de saúde a milhões de pessoas.<br />
d) os efeitos da poluição atmosférica interferem<br />
diretamente nos ecossistemas agrícolas, atraindo a fauna<br />
para as cidades.<br />
e) entre os principais fatores responsáveis pela poluição<br />
atmosférica, estão os poluentes lançados pelas chaminés<br />
das fábricas.<br />
A partir da observação das figuras, aponte dois fatores<br />
responsáveis pela formação de “ilhas de calor” em áreas<br />
urbanas.<br />
50 - O processo de industrialização e urbanização, nas<br />
grandes aglomerações urbanas, tem contribuído para o<br />
aumento de problemas e impactos ambientais. A respeito<br />
desses impactos, é correto afirmar que:<br />
a) a grande extensão de asfaltos e cimentos em áreas<br />
urbanas, além de reter o calor, regulariza as temperaturas e<br />
minimiza a formação de ilhas de calor.<br />
b) a poluição de resíduos industriais e esgotos, nos<br />
mananciais hídricos, pouco influencia na qualidade e na<br />
quantidade de água para o consumo humano.<br />
c) a presença da poluição atmosférica gerada pelas<br />
indústrias e veículos motorizados é responsável por<br />
inúmeros problemas de saúde como alergias, doenças<br />
respiratórias, entre outros.<br />
d) o aumento da liberação de gás carbônico por indústrias,<br />
veículos e agropecuária é responsável pelo<br />
desaparecimento do fenômeno natural conhecido como<br />
efeito estufa.<br />
47
e) a preservação das geleiras e consequentes reduções do<br />
nível do mar tem contribuído para o aumento de furacões,<br />
inundações e secas em cidades litorâneas industrializadas.<br />
51 –<br />
Compreende-se hoje que os desertos são domínios<br />
morfoclimáticos fundamentais para o equilíbrio ecológico<br />
do planeta.<br />
a) Explique a tendência às altas amplitudes térmicas diárias<br />
nesses ambientes.<br />
b) Justifique como a baixa pluviosidade média nos desertos<br />
impede que os seus solos sejam bem desenvolvidos para a<br />
agricultura.<br />
Em algumas cidades, pode-se observar no horizonte, em<br />
certos dias, a olho nu, uma camada de cor marrom. Essa<br />
condição afeta a saúde, principalmente, de crianças e de<br />
idosos, provocando, entre outras, doenças respiratórias e<br />
cardiovasculares.<br />
http://tempoagora.uol.com.br/noticias. Acessado em 20/06/2009. Adaptado.<br />
As figuras e o texto acima referem-se a um processo de<br />
formação de um fenômeno climático que ocorre, por<br />
exemplo, na cidade de São Paulo. Trata-se de<br />
a) ilha de calor, caracterizada pelo aumento de<br />
temperaturas na periferia da cidade.<br />
b) zona de convergência intertropical, que provoca o<br />
aumento da pressão atmosférica na área urbana.<br />
c) chuva convectiva, caracterizada pela formação de<br />
nuvens de poluentes que provocam danos ambientais.<br />
d) inversão térmica, que provoca concentração de<br />
poluentes na baixa camada da atmosfera.<br />
e) ventos alísios de sudeste, que provocam o súbito<br />
aumento da umidade relativa do ar.<br />
52 - DESERTOS: Domínios que cobrem 2/9 da superfície<br />
continental da Terra<br />
53 - Sobre o clima mundial, os fatores e os processos que<br />
o condicionam, assinale a alternativa INCORRETA.<br />
I. A latitude influencia na distribuição espacial das<br />
temperaturas. Dessa forma, quanto maior for latitude,<br />
menores serão as temperaturas.<br />
II. A pressão atmosférica varia em função da altitude e da<br />
temperatura. Assim, quanto maior for a altitude, menor será<br />
a pressão atmosférica e quanto mais alta a temperatura,<br />
menor será a pressão.<br />
III. O planeta Terra é aquecido uniformemente, tanto ao<br />
longo da sua superfície quanto ao longo do tempo (anos), e<br />
isto condiciona a circulação atmosférica com a produção<br />
de centros de alta e de baixa pressão, que se alteram<br />
continuadamente.<br />
IV. Dependendo das condições locais, a precipitação pode<br />
ocorrer na forma de chuva, granizo ou neve e está<br />
relacionada, principalmente, à umidade atmosférica.<br />
V. A diferença entre as temperaturas máxima e mínima é<br />
maior no interior dos continentes e a continentalidade<br />
exerce grande influência sobre essa amplitude térmica.<br />
48<br />
Fonte: google.imagens.com.br<br />
a) Estão incorretas as afirmativas I, III e V.
) Estão incorretas as afirmativas II, IV.<br />
c) Estão incorretas as alternativas I, IV e V.<br />
d) Apenas a afirmativa III está incorreta.<br />
e) Todas as afirmativas estão incorretas.<br />
54 - Depois de aproximadamente 11 minutos, a energia do<br />
Sol chega à Terra. Já que o Sol é muito maior que a Terra,<br />
os raios chegam praticamente paralelos entre si.<br />
Essa energia emitida pela estrela, importantíssima para a<br />
compreensão dos fenômenos meteorológicos e climáticos,<br />
é também denominada de:<br />
a) radiação de ondas longas.<br />
b) convecção solar.<br />
c) advecção solar.<br />
d) radiação de ondas curtas.<br />
e) irradiação turbulenta.<br />
55 - Observe o mapa abaixo.<br />
Analise as proposições sobre as massas de ar que atuam no<br />
Brasil, representadas no mapa pelos números arábicos.<br />
I. O número 1 representa a Massa Equatorial Atlântica.<br />
II. O número 2 representa a Massa Equatorial Amazônica.<br />
III. O número 3 representa a Massa Tropical Atlântica.<br />
IV. O número 4 representa a Massa Tropical Continental.<br />
V. O número 5 representa a Massa Polar Atlântica.<br />
c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.<br />
d) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.<br />
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.<br />
56 - Foi da junção de duas palavras gregas, Átmos (vapor)<br />
e Sphaîra (esfera), que surgiu o nome dado a estrutura de<br />
gás que envolve um satélite ou planeta: a Atmosfera. Em<br />
tempos de aquecimento global, passou a ser mais estudada,<br />
mais valorizada no meio acadêmico, pois é nela que<br />
diversos fenômenos relacionados aos distúrbios climáticos<br />
atuais ocorrem. No nosso planeta, ela é formada por<br />
diversas camadas e, em sua porção mais densa, chega a até<br />
800 quilômetros de altitude a partir do nível do mar. É tida<br />
como irrisória, se considerarmos o tamanho do globo<br />
terrestre, que mede aproximadamente 12,8 mil quilômetros<br />
de diâmetro.<br />
A respeito das camadas que compõem a atmosfera<br />
terrestre, considere as afirmações I, II, III e IV.<br />
I. A Troposfera é a camada mais baixa da atmosfera e, é<br />
nela, que os principais fenômenos meteorológicos<br />
ocorrem, tais como tempestades, chuvas, precipitações de<br />
neve ou granizo e formação de geadas.<br />
II. A camada de ozônio (O3) concentra-se na Termosfera.<br />
Formada a cerca de 400 milhões de anos, protege a Terra<br />
dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, nocivos à vida.<br />
Porém sabemos que, devido à emissão crescente de CO2<br />
pelas sociedades modernas, abriram-se buracos enormes<br />
nessa camada, permitindo a entrada de tais raios.<br />
III. A Mesosfera se estende da Estratosfera a até<br />
aproximadamente 80 quilômetros acima do nível do mar. É<br />
a faixa mais fria, porque nela não há nuvens nem gases<br />
capazes de absorver a energia do Sol. A temperatura varia<br />
de -5°C a -95°C.<br />
IV. O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém o<br />
planeta aquecido nos limites de temperatura necessários<br />
para a manutenção da vida. Nos últimos dois séculos, vem<br />
aumentando, na camada atmosférica que recobre a Terra, a<br />
concentração de dióxido de carbono, do metano, do óxido<br />
nitroso e de outros gases. Esse aumento anormal provoca a<br />
aceleração do aquecimento global.<br />
Estão corretas<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
a) Somente as afirmativas I, III, IV e V são verdadeiras.<br />
b) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.<br />
a) I e II, apenas.<br />
b) I, II e III, apenas.<br />
c) II, III e IV, apenas.<br />
d) I, III e IV, apenas.<br />
49
e) I, II, III e IV.<br />
57 - A poluição nos grandes centros urbanos, como<br />
Curitiba, pode causar determinadas doenças como rinite,<br />
alergias, asma, problemas de pele e cabelo. Pessoas<br />
sensíveis às partículas em suspensão no ar podem<br />
desenvolver tais doenças ao respirar o ar poluído dos<br />
grandes centros.<br />
Durante todo o ano essas doenças podem acontecer, mas é<br />
no inverno que ficam mais acentuadas.<br />
(Adaptado de Jornal do Estado, Curitiba, 01/06/2009.)<br />
Durante o inverno, em Curitiba, é comum a ação da Massa<br />
Polar Atlântica, que facilita a ocorrência de problemas<br />
respiratórios, pois<br />
a) aumenta a umidade relativa do ar e promove a inversão<br />
térmica, o que provoca a concentração de poluentes nas<br />
partes altas da cidade.<br />
b) aumenta a umidade relativa do ar e promove a inversão<br />
térmica, o que provoca a concentração de poluentes<br />
próximo da superfície do solo.<br />
c) reduz a umidade relativa do ar e promove um maior<br />
aquecimento da parte central da cidade, se comparado à<br />
periferia, o que concentra os poluentes.<br />
d) reduz a umidade relativa do ar e promove a inversão<br />
térmica, o que provoca a concentração de poluentes<br />
próximos da superfície do solo.<br />
c) Quando a massa de ar úmido (1) se desloca para o<br />
continente, refira-se ao passar sobre a corrente de<br />
Humboldt, atrasando o processo de precipitação e<br />
chegando ao continente como massa de ar seco (3).<br />
d) Ao chegar ao continente, as massas de ar estão quentes<br />
e úmidas e originam desertos, como o de Atacama (Chile)<br />
e o da Califórnia (Estados Unidos).<br />
e) A corrente do Golfo, por ser quente, impede o<br />
congelamento do Mar do Norte e ameniza os rigores<br />
climáticos do inverno na porção ocidental da Europa. Já a<br />
corrente de Humboldt causa queda da temperatura em áreas<br />
litorâneas, diminuindo o processo de condensação do ar e<br />
de chuvas no oceano.<br />
59 - De acordo com as condições atmosféricas, a<br />
precipitação pode ocorrer de várias formas: chuva, neve e<br />
granizo. Nas regiões de clima tropical ocorrem três tipos<br />
de chuvas: frontal, orográfica e convectiva (ou de verão):<br />
58 - Com base na figura, aponte a alternativa correta:<br />
A chuva demonstrada na figura é do tipo:<br />
MOREIRA, J.C. e SENE, E. <strong>Geografia</strong> Geral e do Brasil: espaço geográfico e<br />
globalização. São Paulo: Scipione, 2007, p.95. (adaptado).<br />
a) A massa de ar úmido (1), deslocando-se em direção ao<br />
continente, aumenta sua temperatura ao passar sobre a<br />
corrente de Humboldt, retardando as chuvas.<br />
b) A corrente fria de Humboldt, no Hemisfério Sul, causa<br />
queda da temperatura nas áreas litorâneas (2). Isso provoca<br />
condensação e precipitação. Ao chegar ao continente, a<br />
massa de ar se torna seca (3).<br />
a) Frontal – esse tipo de chuva resulta do deslocamento<br />
horizontal e eventual choque entre massas de ar com<br />
diferentes características de temperatura e pressão. O<br />
contato entre elas forma uma faixa de instabilidade, onde<br />
ocorrem as chuvas.<br />
b) Orográfica – barreiras no relevo levam as massas de ar<br />
a atingir grandes altitudes, o que causa queda de<br />
temperatura e condensação do vapor. As chuvas costumam<br />
ser localizadas, intermitentes e finas.<br />
c) Convectiva – atingindo altitudes elevadas, a temperatura<br />
aumenta e o vapor se condensa em gotículas que<br />
permanecem em suspensão. O ar fica mais denso, desce<br />
frio e seco para a superfície e inicia novamente o ciclo<br />
convectivo. Após a precipitação, o céu fica claro<br />
novamente.<br />
d) De verão ou convectiva – são causadas pela ascensão ou<br />
pela descida lenta (subsidência) do ar. O ar mais próximo<br />
50
da superfície terrestre se aquece e ascende na atmosfera ao<br />
atingir camadas mais frias da troposfera. O vapor d’água se<br />
condensa, formam-se nuvens e chove. Geralmente são<br />
chuvas torrenciais de curta duração acompanhadas de raios<br />
e trovões.<br />
e) Frontal – geralmente ocorre em zonas de contato entre<br />
duas massas de ar com características semelhantes. Logo,<br />
inicia processo de condensação do vapor e a precipitação<br />
da água na forma de chuva.<br />
61 - As colunas abaixo apresentam elementos climáticos e<br />
fatores climáticos. Associe as duas colunas.<br />
60 - Observe a imagem abaixo:<br />
Assinale a alternativa que apresenta a sequência<br />
CORRETA.<br />
a) 2 – 1 – 1 – 2 – 2<br />
b) 1 – 1 – 2 – 1 – 1<br />
c) 2 – 2 – 1 – 1 – 1<br />
d) 1 – 2 – 1 – 2 – 2<br />
ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil: Contradições, impasses e desafios<br />
sócio espaciais. São Paulo: Moderna, 1998, p.332. (adaptado).<br />
Com auxílio da figura, pode-se concluir que:<br />
a) Áreas frias (ou de alta pressão), como as polares e as<br />
subtropicais, são dispersoras de massas de ar e ventos e<br />
recebem o nome de áreas ciclonais.<br />
b) As áreas quentes ou de baixa pressão atmosférica, como<br />
as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos que<br />
recebem o nome de áreas ciclonais.<br />
c) O ar aquecido das zonas de baixas latitudes próximas ao<br />
equador se expande, torna-se leve e sobe (ascende), criando<br />
uma área de alta pressão ou ciclonal.<br />
d) Os movimentos do ar (massas de ar e ventos) resultam<br />
da distribuição homogênea de energia solar nas zonas de<br />
baixas, médias e altas latitudes.<br />
e) A diferença de temperatura do ar atmosférico exerce uma<br />
função muito importante na formação de áreas de baixa e<br />
alta pressão atmosférica, porém não interfere no<br />
movimento das massas de ar e dos ventos.<br />
62 - No dia 19 de junho de 2010, a cidade do Rio de Janeiro<br />
amanheceu sob a influência de um forte nevoeiro, que<br />
dificultava a visibilidade, interferindo no ritmo das<br />
atividades urbanas. O ar quente permaneceu acima da<br />
camada de ar frio, que ficou retida nas proximidades da<br />
superfície, favorecendo a concentração de poluentes. O que<br />
foi vivenciado nesta cidade é um fenômeno climático que<br />
pode ocorrer em qualquer época do ano, sendo mais<br />
comum no inverno. Nessa época, as chuvas são mais raras,<br />
dificultando, ainda mais, a dispersão dos poluentes, o que<br />
causa um problema ambiental.<br />
O fenômeno climático descrito no texto é conhecido como:<br />
a) efeito estufa.<br />
b) ilhas de calor.<br />
c) inversão térmica.<br />
d) chuva ácida.<br />
63 - A fotografia reproduzida a seguir mostra, com muita<br />
clareza, um importante fenômeno investigado pela<br />
<strong>Geografia</strong> Física. Assinale-o.<br />
51
poluentes que ficam retidos nas camadas baixas da<br />
atmosfera.<br />
( ) É um dos mais importantes sistemas meteorológicos<br />
que atuam nos trópicos. Ela é parte integrante da circulação<br />
geral da atmosfera.<br />
( ) Corresponde ao aumento da produção de calor na área<br />
urbana. É resultante da vegetação escassa, do excesso de<br />
concreto e asfalto.<br />
a) Formação de ciclones tropicais nas Antilhas.<br />
b) Gênese de chuvas frontológicas nas áreas de exceção.<br />
c) Formação de precipitações por imposição orográfica.<br />
d) Avanço de ciclones extratropicais.<br />
e) Desenvolvimento de nuvens estratificadas, decorrentes<br />
de uma ação anticíclica.<br />
64 - A evaporação da água absorve energia térmica, de<br />
forma que. quando a água evapora ou se transforma em<br />
vapor d'agua, as moléculas de água aprisionam uma certa<br />
quantidade dessa energia térmica. Nos ambientes<br />
climaticamente secos, como, por exemplo, o Sertão<br />
nordestino, esse fenômeno é mais intenso.<br />
Assinale a alternativa que denomina corretamente essa<br />
energia aprisionada.<br />
a) Evapotranspiração potencial.<br />
b) Calor latente.<br />
c) Ciclone latente.<br />
d) Frente oclusa.<br />
e) Calor específico do ar.<br />
( ) Produzida por gotas de água carregadas de ácidos,<br />
resultantes dos resíduos poluentes depositados na<br />
atmosfera pelas indústrias, automóveis etc. Esses resíduos<br />
entram em reação química com água formando o ácido<br />
sulfúrico, os quais se precipitam em forma de chuva.<br />
A alternativa que apresenta a sequência correta é:<br />
a) 2 4 1 3<br />
b) 4 2 1 3<br />
c) 1 3 2 4<br />
d) 4 1 2 3<br />
e) 3 1 2 4<br />
66 - Os gráficos apresentados foram elaborados pelo<br />
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e<br />
representam as diferentes situações climáticas em duas<br />
capitais brasileiras, Belém (PA) e Teresina (PI).<br />
65 - Estabeleça a correlação entre as características dos<br />
conceitos estabelecidos na coluna I.<br />
(1) Ilha de calor<br />
(2) Inversão térmica<br />
(3) Chuva ácida<br />
(4) Zona de convergência intertropical<br />
( ) É um fenômeno meteorológico que provoca grandes<br />
danos à saúde da população urbana, em decorrência dos<br />
52
Coluna 2<br />
( ) Ventos que se deslocam das áreas de alta pressão<br />
localizadas nos trópicos para as zonas de baixa pressão do<br />
Equador. Tais ventos são de nordeste no hemisfério norte e<br />
de sudeste no hemisfério sul; na sua zona de convergência<br />
são responsáveis pelos maiores índices pluviométricos do<br />
planeta.<br />
Considerando o conhecimento a cerca desse assunto e<br />
interpretando as informações apresentadas, indique qual<br />
das alternativas corresponde à análise correta sobre os<br />
gráficos.<br />
a) As cidades de Belém e Teresina encontram-se em<br />
mesma Longitude, portanto não apresentam diferenças<br />
significativas nos valores de temperatura durante o ano.<br />
b) Mesmo localizadas na zona intertropical, as duas<br />
cidades analisadas apresentam comportamento<br />
diferenciado quanto ao regime das chuvas, uma vez que a<br />
estação climática do inverno de Teresina é mais seca que a<br />
de Belém.<br />
c) A altitude é um fator determinante nos valores de<br />
precipitação; isso explica a redução da quantidade de<br />
chuvas entre os meses de junho a outubro nas duas cidades<br />
analisadas, localizadas na região costeira do país.<br />
d) Constata-se no gráfico que a amplitude térmica anual<br />
para Belém e Teresina é grande em virtude da proximidade<br />
ao Equador.<br />
e) Na estação climática do verão, tanto para Belém como<br />
para Teresina, observam-se temperaturas mais elevadas e<br />
baixo nível de precipitação.<br />
( ) Mecanismo global proveniente do aquecimento desigual<br />
da superfície terrestre através do qual o calor é distribuído<br />
pelo planeta e possibilita a formação das grandes zonas<br />
climática.<br />
( ) Ventos secos que perderam umidade e se aqueceram na<br />
zona equatorial, de onde retornam aos trópicos, latitude na<br />
qual contribuem para a formação da maioria dos grandes<br />
desertos do planeta.<br />
( ) Aquecimento das águas do Pacífico Sul, de causas ainda<br />
não conhecidas, com consequências globais ao provocar<br />
seca em algumas regiões do planeta e precipitações<br />
excessivas em outras.<br />
( ) Ventos sazonais que mudam de direção em função da<br />
alternância entre as áreas de alta e de baixa pressão<br />
atmosférica (continental e oceânica) e definem uma<br />
estação seca e outra chuvosa em grandes regiões tropicais<br />
e subtropicais do planeta.<br />
67 - Associe os fenômenos climáticos citados na coluna 1<br />
às suas respectivas características descritas na coluna 2.<br />
A sequência correta da enumeração é:<br />
Coluna 1<br />
(1) El Niño<br />
(2) Circulação geral da atmosfera<br />
(3) Monções<br />
(4) Alísios<br />
(5) Contra-alísios<br />
a) 4 2 5 1 3<br />
b) 3 2 1 5 4<br />
c) 2 1 3 5 4<br />
d) 5 2 4 1 3<br />
e) 1 3 2 4 5<br />
53
68 - Clima corresponde à sequência cíclica das variações<br />
das condições atmosféricas, no decorrer do ano. É essa<br />
sequência que nos permite afirmar o tipo climático de<br />
alguma região. Por influência de alguns fatores, o clima<br />
não é o mesmo em todo o planeta.<br />
70 - Na figura abaixo podem ser observadas médias<br />
térmicas mensais de algumas cidades indicadas no mapamúndi.<br />
Entre as cidades há uma significativa diferença<br />
entre temperaturas máximas e mínimas mensais. É correto<br />
afirmar que:<br />
a) Quais são os elementos que compõem o clima?<br />
b) Quais os principais fatores modificadores do clima?<br />
54<br />
69 - A Lei do Clima, uma lei ambiental municipal de São<br />
Paulo recentemente aprovada, previa, entre outras ações,<br />
que, a cada ano, 10% da frota de ônibus passasse a utilizar<br />
biocombustíveis (etanol ou biodiesel) em substituição aos<br />
movidos a combustíveis fósseis. No entanto, os novos<br />
ônibus adquiridos pela Prefeitura, desde então, continuam<br />
sendo movidos a diesel, (Folha de S. Paulo, 16/06/2010,<br />
p.C1), o que afeta o meio ambiente e a sociedade de<br />
diferentes formas.<br />
Assinale a alternativa que não descreve uma consequência<br />
da queima de combustíveis fósseis.<br />
a) Chuva ácida<br />
b) Efeito estufa<br />
c) Poluição atmosférica<br />
d) Doenças respiratórias<br />
e) Inversão térmica<br />
a) apesar de estarem em latitudes similares, Yakutsk<br />
apresenta uma amplitude térmica muito maior que<br />
Hamburgo, pois em Yakutsk a radiação anual é<br />
significativamente maior que em Hamburgo.<br />
b) a média de temperatura é praticamente constante em<br />
Manaus, porque apesar das grandes variações de insolação<br />
durante inverno e verão, a umidade e a Floresta Amazônica<br />
permitem a maior conservação da energia.<br />
c) Assuan apresenta uma amplitude térmica menor que<br />
Manaus, pois está situada no deserto do Saara (Egito), onde<br />
as temperaturas durante o dia são muito elevadas, mas, à<br />
noite, sofrem quedas bruscas.<br />
d) apesar de estarem em latitudes similares, Yakutsk<br />
apresenta uma amplitude térmica muito maior que<br />
Hamburgo, pois em Yakutsk o efeito da continentalidade é<br />
mais pronunciado que em Hamburgo, onde predomina a<br />
ação da maritimidade.<br />
71 - Segundo a base de dados internacional sobre<br />
desastres, da Universidade Católica de Louvain, Bélgica,<br />
entre 2000 e 2007, mais de 1,5 milhão de pessoas foram<br />
afetadas por algum tipo de desastre natural no Brasil. Os<br />
dados também mostram que, no mesmo período, ocorreram<br />
no país cerca de 36 grandes episódios de desastres naturais,<br />
com prejuízo econômico estimado em mais de US$ 2,5<br />
bilhões.<br />
Adaptado de C.Q.T. Maffra e M. Mazzola,<br />
“Vulnerabilidade Ambiental: Desastres Naturais ou<br />
Fenômenos Induzidos?”. In: Vulnerabilidade Ambiental.<br />
Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2007, p. 10.
É possível considerar que, no território nacional,<br />
a) os desastres naturais estão associados diretamente a<br />
episódios de origem tectônica.<br />
b) apenas a ação climática é o fator que justifica a marcante<br />
ocorrência dos desastres naturais.<br />
c) a concentração das chuvas e os processos tectônicos<br />
associados são responsáveis pelos desastres naturais.<br />
d) os desastres estão associados a fenômenos climáticos<br />
potencializados pela ação antrópica.<br />
72 - Na figura abaixo, está representado um fenômeno<br />
comum em grandes aglomerações urbanas, como a cidade<br />
de Londres.<br />
73 - “Uma das possíveis causas para o desaparecimento do<br />
Airbus A330 da Air France, que saiu do Rio de Janeiro com<br />
destino a Paris, é a condição climática da região onde o<br />
avião teria desaparecido. Trata-se da zona de convergência<br />
intertropical (ZCIT), onde há formação de muitas áreas de<br />
instabilidade, com raios e tempestades”.<br />
(Fonte: O Estado de S. Paulo, 01/06/2009)<br />
Sobre as condições climáticas que envolveram esse<br />
acidente aéreo, é correto afirmar:<br />
01) As tempestades foram provocadas por chuvas frontais,<br />
decorrentes do choque de uma massa de ar polar de alta<br />
intensidade com uma massa de ar equatorial, sob alta<br />
pressão atmosférica na zona intertropical e baixa<br />
temperatura do mar, o que permitiu um acúmulo de<br />
umidade nas mais altas altitudes.<br />
02) As condições climáticas adversas foram ocasionadas<br />
pelo efeito estufa, que provocou o aquecimento rápido das<br />
águas do oceano, associado à convergência dos ventos<br />
alísios que formaram nuvens carregadas na altura do<br />
Equador dissipando-se na altitude do voo do avião.<br />
04) As tempestades formadas foram provocadas por chuvas<br />
convectivas, decorrentes da ascensão vertical da massa de<br />
ar carregada de umidade que, ao atingirem as mais altas<br />
altitudes, se resfriaram, condensaram e precipitaram, sob<br />
forte instabilidade, e foi justamente na altitude de 11.000<br />
m em que o avião estava, que ele cruzou com essas<br />
tempestades.<br />
Explique a ocorrência do fenômeno representado na figura<br />
e cite duas ações do poder público sobre os espaços<br />
urbanos capazes de atenuar esse fenômeno.<br />
08) A convergência dos ventos alísios, que diminuíram a<br />
pressão do ar na região do acidente, favoreceu a formação<br />
de nuvens carregadas na direção do Equador, comparandose<br />
a um ciclone com fortes ventos circulares que se<br />
formaram sobre as águas quentes do oceano Atlântico.<br />
16) As tempestades intertropicais foram formadas pelas<br />
nuvens cúmulos nimbo; quanto mais altas são essas<br />
nuvens, mais forte é a tempestade (tempestade elétrica), e<br />
os ventos podem chegar a até 200 km/h.<br />
Soma ( )<br />
74 - El Niño é um fenômeno oceânico caracterizado pelo<br />
aquecimento incomum das águas superficiais nas porções<br />
central e leste do oceano pacífico, nas proximidades da<br />
América do Sul, mais particularmente na costa do Peru. A<br />
corrente de águas quentes que ali circula, em geral, na<br />
direção sul no início do verão, somente recebe o nome de<br />
El Niño quando a anomalia térmica atinge proporções<br />
elevadas (1ºC) ou muito elevadas (de 4 a 6ºC) acima da<br />
média térmica, que é de 23ºC. Este fenômeno se faz notar<br />
com maior evidência nas costas peruanas, pois as águas<br />
55
provenientes do fundo oceânico (fenômeno conhecido<br />
como ressurgência) e da corrente marinha de Humboldt são<br />
interceptadas por águas quentes oriundas do norte e oeste.<br />
Essa alteração regional assume dimensões continentais e<br />
planetárias à medida que provoca desarranjos de toda a<br />
ordem em vários climas da Terra.<br />
75 -<br />
Mendonça e Danni-Oliveira, 2007)<br />
Ainda sobre a influência do fenômeno El Niño na dinâmica<br />
climática mundial pode-se afirmar que:<br />
I. Afetando a dinâmica climática em escala global, a<br />
ocorrência do fenômeno gera bruscas alterações climáticas<br />
no mundo.<br />
II. Influenciando a dinâmica climática em escala global, o<br />
fenômeno gera impactos generalizados sobre as atividades<br />
humanas causados por inúmeras catástrofes ligadas a<br />
severas secas, inundações e ciclones.<br />
III. Mesmo com maior influência nas costas peruanas, o<br />
fenômeno não interfere na dinâmica climática local e<br />
regional.<br />
IV. Além de atuar na costa pacífica da América do Sul, o El<br />
Niño provoca graves perturbações climáticas (secas<br />
anormais ou, ao contrário, ciclones e chuvas com totais<br />
pluviométricos extremamente elevados em relação às<br />
normais locais e regionais) em regiões isentas de tais<br />
eventos.<br />
V. Apesar de atuar na costa pacífica da América do Sul este<br />
fenômeno não traz mudanças climáticas significativas para<br />
a região.<br />
Com base no texto, as alternativas verdadeiras são:<br />
a) I, II, III e IV<br />
b) I, III, IV e V<br />
c) II, IIII, e IV<br />
d) I, II, e IV<br />
e) II, IV e V<br />
Fonte: Geoatlas, Maria Elena Simielli<br />
Observando o mapa, considere as afirmações I, II e III<br />
abaixo.<br />
I. A corrente de Humboldt, no Hemisfério Sul, é muito fria,<br />
ocasionando queda da temperatura nas áreas litorâneas, o<br />
que favorece o fenômeno da ressurgência e a formação do<br />
deserto de Atacama.<br />
II. A corrente da Califórnia é quente, o que colabora com<br />
as altas temperaturas nas porções litorâneas, onde<br />
aparecem as estepes. É, ainda, responsável também pela<br />
formação do deserto da Califórnia.<br />
III. A corrente do Golfo, por ser quente, impede o<br />
congelamento do Mar do Norte e ameniza os rigores<br />
climáticos do inverno na porção ocidental da Europa.<br />
Dessa forma,<br />
a) apenas I e II estão corretas.<br />
b) apenas II e III estão corretas.<br />
c) apenas I e III estão corretas.<br />
d) apenas I está correta.<br />
e) apenas II está correta.<br />
76 - O mapa representa a amplitude térmica anual (em ºC)<br />
global. Sobre a sua leitura, NÃO se pode afirmar:<br />
56
a) as amplitudes térmicas são maiores no Hemisfério<br />
Norte, porque a concentração de terras nesse hemisfério as<br />
acentua.<br />
b) as amplitudes térmicas são mais baixas no Hemisfério<br />
Sul em função da predominância de oceanos,<br />
condicionando maior retenção de energia pela água.<br />
c) as amplitudes térmicas são iguais sobre oceanos e<br />
continentes.<br />
d) as amplitudes térmicas não são derivadas<br />
diretamente da exposição à insolação.<br />
77 - O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico que<br />
ocorre no oceano Pacífico Tropical, e que pode afetar o<br />
clima regional e global, porque altera padrões de vento em<br />
nível mundial. Desse modo, afeta regimes de chuva em<br />
regiões tropicais e de latitudes médias. Com o auxílio da<br />
figura abaixo, responda às questões:<br />
78 - Sobre os fatores e processos que condicionam o clima,<br />
assinale o que for correto.<br />
01) O principal fator de diferenciação das zonas climáticas<br />
(polar, temperada e tropical) é a variação longitudinal que<br />
condiciona a quantidade de radiação solar recebida pela<br />
superfície.<br />
02) Quanto maior é a altitude, o ar se torna mais rarefeito,<br />
com uma maior concentração de gases, o que gera uma<br />
diminuição da umidade e um aumento da temperatura.<br />
04) A maior concentração de terras emersas ocorre no<br />
hemisfério norte o que reduz, de maneira geral, as<br />
oscilações térmicas, comparando-se com o que ocorre no<br />
hemisfério sul.<br />
08) O planeta Terra não é aquecido uniformemente, tanto<br />
ao longo da sua superfície quanto ao longo do tempo (ano),<br />
e isto condiciona a circulação atmosférica com a produção<br />
de centros de alta e de baixa pressão, que se alteram<br />
continuadamente.<br />
a) O que acontece com a temperatura das águas do Oceano<br />
Pacífico quando ocorre o El Niño? Qual a razão para esse<br />
fenômeno ser denominado El Niño?<br />
b) Nos anos em que esse fenômeno ocorre, qual a<br />
consequência para a atividade pesqueira do Peru? Qual a<br />
alteração do tempo no Nordeste Brasileiro?<br />
16) Os principais tipos de chuva são: frontal, orográfica e<br />
convecção. A chuva orográfica é produzida pelo efeito do<br />
relevo, que obriga a massa de ar a se elevar, quando barrada<br />
por ele. É uma chuva, em geral, localizada, intermitente e<br />
fina.<br />
Soma ( )<br />
79 - O clima das cidades tem recebido atenção nos fóruns<br />
de discussão sobre meio ambiente. Quanto ao clima<br />
urbano, que apresenta característica peculiar decorrente<br />
das atividades da sociedade moderna, é correto afirmar:<br />
57
I. A inversão térmica é um fenômeno que ocorre quando a<br />
camada de ar mais fria se situa sob o ar mais quente, ou<br />
seja, é mais próxima do solo. Nas grandes cidades, essa<br />
situação favorece a concentração de poluentes porque o ar<br />
frio funciona como um tampão que impede a dissipação da<br />
poluição atmosférica.<br />
II. O fenômeno da ilha de calor, que é muito comum em<br />
cidades com elevado grau de urbanização e substituição de<br />
áreas verdes pelas construções, promove elevação da<br />
temperatura.<br />
III. A concentração de poluentes nas grandes cidades<br />
adensa a massa de micropartículas em suspensão e esta<br />
estimula o processo de condensação, proporcionando um<br />
ressecamento da atmosfera. Dessa maneira, as<br />
precipitações nas áreas urbanas costumam registrar índices<br />
menores que os do seu entorno.<br />
Está(ao) correta(s) a(s) seguinte(s) afirmativa(s)<br />
( ) Fenômeno natural, frequente nos meses de inverno,<br />
geralmente ocorre no final da madrugada e no início da<br />
manhã.<br />
( ) Fenômeno antrópico, típico de aglomerações urbanas,<br />
com elevação das temperaturas médias, se comparadas às<br />
das zonas rurais.<br />
Assinale a alternativa que preenche corretamente os<br />
parênteses, de cima para baixo.<br />
a) 3 – 1 – 2<br />
b) 1 – 2 – 3<br />
c) 2 – 1 – 3<br />
d) 3 – 2 – 1<br />
e) 1 – 3 – 2<br />
81 - A figura a seguir está representando um importante<br />
fenômeno climático. Assinale-o.<br />
a) I, II e III<br />
b) I e II<br />
c) I e III<br />
d) II e III<br />
e) apenas I<br />
80 - Entre as maiores causas da poluição atmosférica estão<br />
a queima dos combustíveis fósseis e os resíduos gasosos da<br />
indústria. Isso provoca hoje alguns fenômenos climáticos<br />
que estão sendo acompanhados por cientistas.<br />
Considerando os fenômenos climáticos, listados na Coluna<br />
A, associe-os às características que os identificam,<br />
elencadas na Coluna B<br />
COLUNA A<br />
1. Inversão Térmica<br />
2. Ilhas de Calor<br />
3. Efeito Estufa<br />
a) A formação de ciclones extratropicais.<br />
b) A gênese das chuvas frontais.<br />
c) A origem da Zona de Convergência Intertropical.<br />
d) A dispersão de uma frente fria.<br />
e) A formação de chuvas orogênicas.<br />
COLUNA B<br />
( ) Desequilíbrio da composição atmosférica com elevação<br />
de dióxido de carbono, causada pela queima de<br />
combustíveis fósseis, florestas e outros.<br />
82 - A respeito dos principais fenômenos climáticos<br />
recorrentes nas cidades, é correto afirmar:<br />
a) Friagem é o fenômeno natural mais frequente nos meses<br />
de verão, em períodos de penetração de massas de ar frio,<br />
acontecendo em escala local por apenas algumas horas.<br />
b) Efeito Estufa é um fenômeno natural e fundamental para<br />
a vida, que consiste na retenção de calor irradiado pela<br />
58
superfície terrestre, contribuindo para o equilíbrio térmico<br />
do planeta.<br />
c) Inversão Térmica é um fenômeno climático ocasionado<br />
por elevadas temperaturas, principalmente nas áreas<br />
centrais das cidades, onde existem poucas áreas verdes.<br />
d) El niño é o fenômeno climático resultante de alteração<br />
antropogênica, tais como verticalização, redução de áreas<br />
verdes, impermeabilização do solo, ocasionando a<br />
elevação da temperatura.<br />
e) La niña é o fenômeno natural mais frequente nos meses<br />
de verão, em períodos de penetração de massas de ar<br />
quente, acontecendo em escala local por apenas algumas<br />
semanas.<br />
d) Em maiores altitudes, o ar se torna mais rarefeito, ou<br />
seja, há mais concentração de gases e umidade, o que<br />
aumenta a retenção de calor.<br />
85 - A variação climática na superfície terrestre está<br />
diretamente ligada à localização de cada região nas<br />
diversas latitudes, sendo, portanto, resultante do<br />
comportamento dinâmico da atmosfera, em sua seqüência<br />
habitual, e influenciada pelos fatores geográficos regionais<br />
e locais.<br />
83 - O clima corresponde ao comportamento do tempo<br />
atmosférico durante um longo período. Com relação ao<br />
clima, analise as afirmativas e assinale a opção correta.<br />
I. São fatores climáticos a latitude, a altitude, as massas de<br />
ar, a continentalidade<br />
.II. Ilhas de calor são um fenômeno climático típico de<br />
grandes aglomerações urbanas.<br />
III. A ação diferenciada das massas de ar ao longo do ano é<br />
um dos fatores que explicam a variação do comportamento<br />
do tempo.<br />
IV. A inversão térmica é um fenômeno natural que pode<br />
ocorrer em qualquer parte do planeta e geralmente acontece<br />
no final da madrugada e no início da manhã,<br />
principalmente nos meses de inverno.<br />
a) Apenas I e III estão corretas.<br />
b) Apenas II e III estão corretas.<br />
c) Apenas I, II e III estão corretas.<br />
d) Todas estão corretas.<br />
84 - Pode-se afirmar que o clima corresponde ao<br />
comportamento do tempo atmosférico, ao longo do ano,<br />
num determinado lugar da Terra. O clima tem<br />
comportamento diversificado, que é caracterizado pela<br />
combinação de diferentes fatores. Com relação aos fatores<br />
climáticos, assinale a alternativa incorreta.<br />
a) A latitude é o mais evidente fator climático, e quanto<br />
mais se afastar do Equador, menores serão as temperaturas.<br />
b) As massas de ar influem diretamente nas condições<br />
climáticas.<br />
c) As massas de ar podem ser frias ou quentes, secas ou<br />
úmidas, e, ao se deslocarem, interagem umas com as<br />
outras, trocando e distribuindo calor pela terra.<br />
Com base nas informações do texto, na análise do mapa e<br />
nos conhecimentos sobre os elementos e fatores<br />
geográficos do clima,<br />
a) calcule as amplitudes térmicas anuais das cidades de<br />
Amiens (França), Praga (República Tcheca) e Kiev<br />
(Ucrânia), situadas em latitudes próximas;<br />
b) explique as causas das diferenças de amplitude térmica<br />
existentes entre essas cidades;<br />
c) identifique a zona climática onde as referidas cidades<br />
estão situadas.<br />
59
que el niño ocorre nas proximidades do Peru e la niña na<br />
parte do oceano Pacífico que banha a América Central.<br />
e) el niño é o aquecimento das águas oceânicas nas<br />
proximidades da Oceania, enquando que la niña é o<br />
resfriamento das águas oceânicas nas proximidades do<br />
Peru.<br />
88 - Observe a tabela.<br />
86 - A atmosfera terrestre é formada por diversos gases<br />
importantes para a vida. É na atmosfera que se desenvolve<br />
o clima e o tempo. Sobre o clima é correto afirmar que<br />
60<br />
a) é o estado momentâneo da atmosfera que influencia todo<br />
o Globo.<br />
b) à medida que a altitude aumenta, a temperatura diminui.<br />
c) quando nos afastamos da costa, encontramos amplitudes<br />
térmicas menores.<br />
d) as massas de ar influenciam apenas os climas frios, pois,<br />
nos climas quentes, elas não conseguem penetrar.<br />
e) quanto menor a latitude, menor é a temperatura em<br />
função da baixa umidade.<br />
87 - El niño e la niña são dois fenômenos ligados ao<br />
aquecimento e resfriamento das águas do oceano Pacífico<br />
na sua parte tropical. A respeito deles, é correto afirmar<br />
que:<br />
a) el niño liga-se ao resfriamento das águas oceânicas, ao<br />
passo que la niña diz respeito ao aquecimento dessas águas;<br />
a cada três anos, primeiro ocorre el niño e em seguida<br />
sempre ocorrerá la niña.<br />
b) o fenômeno la niña, de aquecimento das águas<br />
oceânicas, apesar de descoberto depois do el niño, sempre<br />
ocorre antes deste.<br />
c) el niño liga-se ao aquecimento das águas oceânicas e La<br />
niña diz respeito ao esfriamento dessas águas; a cada três<br />
anos, primeiro ocorre el niño e em seguida pode ou não<br />
ocorrer la niña.<br />
d) ambos os fenômenos dizem respeito ao aquecimento e<br />
posterior resfriamento das águas oceânicas; a diferença é<br />
Assinale que contém o nome atribuído ã variação<br />
verificada entre as duas séries de dados e as localidades que<br />
apresentam a maior e a menor variação.<br />
a) Variação climática; Liubliana e Atenas.<br />
b) Amplitude térmica; Kiev e Dublin.<br />
c) Mudança climática; Bucareste e Copenhague.<br />
d) Amplitude térmica; Berlim e Reikjavik.<br />
e) Variação climática; Madri e Atenas.<br />
89 - A dinâmica atmosférica é constituída pela relação<br />
entre os elementos e fatores climáticos. Com base nas 1<br />
informações do quadro abaixo, marque a alternativa<br />
INCORRETA.
d) diminuição da pressão atmosférica.<br />
e) diminuição dos valores de insolação.<br />
a) Como elemento climático, as latitudes interferem<br />
significativamente no clima.<br />
b) Trata-se da demonstração do efeito de um fator<br />
climático no comportamento das temperaturas.<br />
c) Observa-se que quanto maior a latitude, menor a<br />
temperatura.<br />
d) Latitudes menores determinam aumento nas médias de<br />
temperatura.<br />
90 - “Nos espaços altamente urbanizados, é significativa a<br />
diferença de temperatura entre a região central, mais<br />
quente, e a periferia, com menor temperatura. Em alguns<br />
casos, a diferença pode chegar a 9ºC. Isso ocorre porque<br />
nas áreas centrais os automóveis e indústrias lançam<br />
poluentes, que provocam o aumento da temperatura. O<br />
concreto e o asfalto absorvem rapidamente o calor, cuja<br />
dispersão é dificultada pela poluição”.<br />
Qual dos impactos abaixo representados está diretamente<br />
associado aos grandes centros urbanos conforme citado no<br />
texto acima? Assinale-o:<br />
a) Aquecimento Global.<br />
b) Ilhas de Calor.<br />
c) Efeito Estufa.<br />
d) Anticiclones Tropicais.<br />
e) Destruição da Camada de Ozônio.<br />
91 - A altitude é um fator que influencia condições<br />
ambientais e, por isso, é levada em consideração na prática<br />
esportiva. É CORRETO afirmar que o aumento da altitude<br />
causa<br />
a) aumento da longitude.<br />
b) diminuição da latitude.<br />
c) aumento da densidade do ar.<br />
92 - As ilhas de calor, repercussões locais do aquecimento<br />
global, têm sido foco de inúmeras investigações no mundo<br />
inteiro, tendo em vista que as cidades são mais quentes que<br />
seus arredores, com maiores amplitudes após o pôr-do-sol<br />
e no inverno com isotermas ao redor dos centros. Entre as<br />
suas consequências estão: o surgimento de uma circulação<br />
peculiar, maior demanda de material particulado e<br />
alterações na umidade, nebulosidade e precipitações.<br />
Com base no texto é CORRETO afirmar que não são<br />
implicações advindas do aquecimento global:<br />
a) Menor demanda de calefação em áreas mais frias e<br />
maior necessidade de refrigeração em centros urbanos<br />
tropicais.<br />
b) Ocorrência de violentos terremotos e ativação de<br />
vulcões adormecidos.<br />
c) Proliferação de espécies vegetais e animais mais<br />
adaptadas a esse ambiente e alteração no período de<br />
florescimento de várias espécies vegetais.<br />
d) Ocorrência de chuvas ácidas a partir de reações<br />
químicas de alguns poluentes e aumento de doenças<br />
respiratórias.<br />
93 - Existem diferenças entre clima e tempo. O clima é o<br />
conjunto de condições meteorológicas de uma região em<br />
determinado período. Já o tempo é a combinação<br />
passageira dos elementos do clima.<br />
Leia as descrições climáticas abaixo e assinale “T” para<br />
TEMPO e “C” para CLIMA.<br />
( ) A frente fria se afasta, mas parte de sua instabilidade<br />
ainda permanece sobre o centro-leste do Paraná. Nuvens<br />
carregadas provocam chuva desde cedo nestas regiões. Os<br />
demais setores paranaenses terão um dia de sol entre<br />
muitas nuvens com pancadas de chuva, principalmente à<br />
tarde.<br />
( ) Nublado, alguns períodos de melhoria e chuva a<br />
qualquer hora do dia.<br />
( ) Temperado, com verão ameno, chuvas uniformemente<br />
distribuídas, sem estação seca e a temperatura média do<br />
mês mais quente não chega a 22ºC. Precipitação de 1.100<br />
a 2.000 mm Geadas severas e frequentes, num período<br />
médio de ocorrência de dez a 25 dias anualmente.<br />
( ) Com sol forte e poucas nuvens. O ar seco que predomina<br />
no Estado ainda desfavorece a formação de áreas de<br />
instabilidade. Faz calor à tarde.<br />
( ) Está inserida na região de clima temperado de categoria<br />
subquente, com temperatura média oscilando entre 18 e<br />
15ºC no inverno e entre 26 e 24º C no verão. A temperatura<br />
61
média anual é de 20.4ºC. No inverno, a passagem da frente<br />
fria é sucedida por ondas de frio das massas polares, que<br />
baixam consideravelmente as temperaturas. O mesmo<br />
efeito no verão tem ação amenizadora.<br />
a) T, T, C, T, C.<br />
b) C, C, T, C, T.<br />
c) C, T, C, T, C.<br />
d) T, T, T, T, C.<br />
e) C, C, C, T, T.<br />
94 - A maior parte dos fenômenos meteorológicos, como<br />
as chuvas, os ventos e os deslocamentos de massas de ar,<br />
ocorre na:<br />
a) Estratosfera<br />
b) Troposfera<br />
c) Mesosfera<br />
d) Termosfera<br />
95 - Clima é a sucessão habitual dos estados do tempo<br />
meteorológico. A grande variação climática no planeta é<br />
resultante da interação dos fatores climáticos, que são os<br />
responsáveis pela grande heterogeneidade climática da<br />
Terra e estão diretamente relacionados com a geografia de<br />
cada porção da superfície terrestre. Em qual das<br />
alternativas a seguir há APENAS fatores climáticos, isto é,<br />
aqueles que contribuem para determinar as condições<br />
climáticas de uma região do globo?<br />
a) Correntes marítimas, temperatura do ar, umidade<br />
relativa do ar e grau geotérmico.<br />
III. A temperatura em cidades localizadas em áreas de serra<br />
é mais elevada que aquelas de cidades localizadas próximo<br />
ao litoral.<br />
IV. A pressão atmosférica diminui gradativamente ao<br />
escalarmos uma montanha.<br />
V. As queimadas no Brasil não contribuem para o processo<br />
do aquecimento global.<br />
São ERRADAS as afirmativas:<br />
a) I, III,V<br />
b) I, II, III<br />
c) II, III, IV<br />
d) II, IV, V<br />
e) III, IV, V<br />
97 - O El Niño é um fenômeno decorrente de um processo<br />
natural, envolvendo os sistemas atmosférico e oceânico. A<br />
sua ocorrência implica em diferentes tipos e níveis de<br />
impactos em diversas regiões do planeta. Tendo o El Niño<br />
como referência, apresente uma consequência<br />
socioambiental decorrente da influência desse fenômeno<br />
para a população na região Sul do território brasileiro e<br />
explique por que esse fenômeno causa a consequência<br />
apresentada.<br />
b) Temperatura do ar, pressão altitude, hidrografia e massas<br />
de ar.<br />
c) Hidrografia, correntes marítimas, latitude e relevo.<br />
d) Altitude, massas de ar, maritimidade e latitude.<br />
e) Temperatura do ar, umidade relativa do ar, insolação e<br />
grau geotérmico.<br />
96 - Considere as seguintes afirmativas:<br />
I. O crescimento urbano desordenado, comum em países<br />
desenvolvidos, contribui para o processo de aquecimento<br />
global.<br />
62<br />
II. A temperatura diminui do Equador em direção aos<br />
polos.
98 - Sobre o “El Niño” é correto afirmar que:<br />
a) É um grande causador de Tsunamis, juntamente com os<br />
ciclones no continente asiático.<br />
b) É causado pelo resfriamento das águas do Pacífico.<br />
c) É causado pelo aquecimento anormal das águas do<br />
oceano Atlântico norte e sul.<br />
d) É causado pelo aquecimento anormal das águas do<br />
oceano Pacífico central e oriental.<br />
e) É causador de Tsunamis e ciclones extratropicais.<br />
99 - No Brasil, anomalias climáticas, como o aumento<br />
exagerado da incidência pluviométrica combinado à<br />
ausência de precipitação nos meses de setembro e outubro,<br />
ocorrem, respectivamente, nas regiões<br />
a) Sul e Norte do país, devido ao aquecimento do oceano<br />
Pacífico.<br />
b) Sul e Sudeste do país, devido ao resfriamento do oceano<br />
Atlântico.<br />
c) Centro-Oeste e Sudeste do país, devido à penetração da<br />
Massa Polar.<br />
d) Norte e Nordeste do país, devido às emissões de gases<br />
de efeito estufa.<br />
e) Nordeste e Centro-Oeste do país, devido ao recuo da<br />
Massa Tropical Atlântica.<br />
100 - O espaço urbano é resultado de intensiva<br />
interferência social no meio. Modifica-se o solo, as formas<br />
do relevo, o padrão de drenagem e a qualidade das águas<br />
fluviais e, ainda, há mudanças significativas no clima. Nas<br />
metrópoles e polos industriais essas mudanças no clima são<br />
ainda mais perceptíveis.<br />
Relacione as colunas abaixo, associando os fenômenos<br />
climáticos urbanos com as suas devidas explicações:<br />
( ) Redoma climática sobre a cidade, fazendo que as<br />
temperaturas nas áreas centrais e de maior circulação de<br />
veículos, além das áreas industriais, sejam maiores do que<br />
nas áreas mais arborizadas e de menor concentração<br />
demográfica.<br />
( ) Paira como um nevoeiro constante sobre as cidades,<br />
especialmente quando estas estão cercadas por áreas de<br />
relevo mais elevadas, como Los Angeles, Santiago e São<br />
Paulo, causando irritação na vista e intensificando os<br />
problemas respiratórios de suas populações.<br />
( ) Ocorre com mais frequência em áreas de extração e<br />
industrialização de carvão e outros combustíveis fósseis,<br />
cujo processo libera enxofre para a atmosfera,<br />
concentrando-a com compostos sulfurosos, modificando a<br />
qualidade da precipitação pluvial.<br />
( ) Esse fenômeno se dá de forma mais intensa porque a<br />
cidade, sobretudo a sua área central, é uma verdadeira fonte<br />
de calor, devido ao grande consumo de combustíveis<br />
fósseis em aquecedores, automóveis e indústrias, de modo<br />
que as isotermas apresentam valores maiores na medida em<br />
que se aproximam das áreas mais centrais.<br />
A relação correta é:<br />
a) 3-2-4-1-2.<br />
b) 2-4-3-1-3.<br />
c) 2-3-4-3-1.<br />
d) 1-2-3-3-4.<br />
e) 4-3-2-2-1.<br />
101 –<br />
(1) Chuva ácida.<br />
(2) Ilha de calor.<br />
(3) Inversão térmica.<br />
(4) Smog fotoquímico.<br />
( ) Comum no inverno, quando uma camada de ar frio se<br />
situa muito embaixo na atmosfera, bem próximo à<br />
superfície, retendo e concentrando os poluentes sobre a<br />
área urbana, agravando a poluição atmosférica.<br />
LUCCI, Elian A; BRANCO, Anselmo L; MENDONÇA, Cláudio - <strong>Geografia</strong> Geral<br />
do Brasil, Cap. 14 . Espaço e Sociedade, Editora Saraiva.<br />
63
A língua portuguesa possui palavras com mais de um<br />
significado. Assim, é incorreto afirmar que a palavra tempo<br />
no<br />
a) significado de hora, dia, semana, mês, ano, decênio,<br />
século e milênio; dependendo do fato ou acontecimento a<br />
que estamos nos referindo, utiliza-se, por exemplo: Quanto<br />
tempo falta para chegar ao domingo?<br />
b) sentido atmosférico, seja o conjunto de variações ou os<br />
sucessivos estados do ar, registrados em um determinado<br />
lugar, depois de um longo período de observações.<br />
c) sentido de idade, que pode ser compreendido no tempo<br />
do ser humano, ou da história do ser humano, é o período<br />
desde o momento em que ele surgiu até os dias atuais.<br />
d) sentido das condições meteorológicas, seja um conjunto<br />
de valores que caracteriza o estado da atmosfera em um<br />
momento e em um certo lugar.<br />
e) sentido da natureza seja o tempo geológico, que é<br />
medido em milhões e bilhões de anos, e abrange um<br />
período de tempo muito mais longo do que o tempo do ser<br />
humano.<br />
64
NOÇÕES DE GEOLOGIA<br />
Estrutura da Terra<br />
A Terra-laboratório<br />
http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/<br />
Geologia/Estrutura_da_Terra_2009.pdf<br />
O sistema químico dinâmico da Terra<br />
Prof. Ian McReath<br />
A Terra sólida que fica ao nosso alcance – as rochas<br />
superficiais e os solos delas derivadas por desgaste físico e<br />
químico – é constituída por minerais, ou seja, compostos<br />
químicos inorgânicos. Os elementos destes compostos já se<br />
achavam presentes à época da formação da Terra, há cerca<br />
de 4,5 bilhões de anos atrás. A composição do interior<br />
terrestre possivelmente é similar na sua parte mais externa<br />
(a crosta e o manto; Figura 1) a algumas das rochas<br />
presentes na superfície, embora os minerais ali presentes<br />
sejam diferentes. Uma parte da contribuição da Química às<br />
Ciências Geológicas está na compreensão da estabilidade<br />
dos minerais, e das reações que podem ocorrer entre eles e<br />
seu meio.<br />
Imagine um edifício com vários laboratórios. No piso<br />
térreo, são realizadas experiências sob condições de<br />
pressão e temperatura compatíveis com aquelas da<br />
superfície terrestre. Investigam-se aqui os efeitos da<br />
atmosfera oxidante, da água da chuva (geralmente,<br />
levemente ácida) e dos organismos sobre os minerais e<br />
rochas que se encontram expostos na superfície da terra.<br />
São enfocados diferentes aspectos em cada caso, em<br />
reposta às seguintes questões: qual o destino dos elementos<br />
químicos, usados como nutrientes pelas plantas, durante a<br />
decomposição das rochas e dois minerais?; ou ainda, os<br />
elementos químicos que poluem o meio-ambiente em<br />
consequência da atividade industrial descontrolada são<br />
fixados em quais produtos formados na superfície?; Em<br />
que ponto do espaço e do tempo estes compostos<br />
superficiais se formam? No primeiro subsolo, em<br />
equipamentos diferentes, porém igualmente especiais,<br />
pesquisa-se o comportamento de óxidos de magnésio,<br />
alumínio, cálcio, sílico, ferro e outros elementos químicos<br />
sob temperaturas de até pouco menor que 2.000°C, e<br />
pressões de até umas centenas de milhares de vezes<br />
superior à pressão atmosférica, que é de 1 kg.cm-2,<br />
aproximadamente. Pesquisa-se, também, o comportamento<br />
de silicatos de magnésio, alumínio, cálcio e ferro.<br />
Novamente, busca-se saber quais os minerais estáveis sob<br />
cada condição de pressão e temperatura, quando teve início<br />
o processo de fusão das misturas de minerais investigadas.<br />
Finalmente, no segundo subsolo, as experiências são<br />
realizadas em equipamentos, sob condições de temperatura<br />
de milhares de graus centígrados e de pressão da ordem de<br />
milhões de vezes superior à da pressão atmosférica.<br />
Estuda-se aqui o comportamento de ligas metálicas, de<br />
ferro e níquel, na presença de pequenas quantidades de<br />
enxofre, oxigênio, e outros elementos químicos. Verificase,<br />
também, as condições de início de fusão das misturas, e<br />
a natureza dos compostos químicos produzidos em cada<br />
65
experiência. Em suma, neste edifício, os cientistas tentam<br />
simular os diferentes sistemas químicos que compõem a<br />
Terra, de acordo com sua estruturação em uma fina crosta<br />
superficial, um manto espesso e núcleo. No piso térreo,<br />
simulam-se as reações movidas predominantemente pela<br />
energia solar. No primeiro subsolo, as experiências<br />
objetivam estudar o manto e a crosta terrestre. No segundo<br />
subsolo, estudam-se os fenômenos que podem estar<br />
acontecendo na camada menos acessível do planeta, o<br />
núcleo. Nestas duas últimas camadas, a energia que<br />
movimenta os processos é fundamentalmente o calor<br />
interno do planeta. Como surgiu a estrutura interna da Terra<br />
Considera-se que o planeta Terra tenha se formado no<br />
interior de uma nebulosa solar quente (composta por gases<br />
e sólidos na forma de poeira) a partir de componentes<br />
químicos mais refratários, que se condensaram em<br />
temperaturas muito altas. Assim, os elementos químicos<br />
mais abundantes do planeta são bastante restritos, a saber:<br />
ferro (que pode existir como metal, como óxido, ou<br />
silicato, ou sulfeto), oxigênio (geralmente, combinado com<br />
outros elementos, especialmente com o silício), silício,<br />
magnésio (geralmente como óxido ou silicato), níquel<br />
(como liga junto ao ferro, silicato junto ao magnésio, ou<br />
sulfeto junto ao ferro), enxofre (nos sulfetos), cálcio (como<br />
óxido ou silicato) e alumínio (como óxido ou silicato).<br />
Estes oito elementos, juntos, compõem cerca de 90% da<br />
massa do nosso planeta. Durante o processo de formação<br />
da Terra, os condensados e as partículas de poeira colidem<br />
e unem-se, umas às outras. As massas dos aglomerados e<br />
as velocidades das colisões crescem rapidamente. Em<br />
contrapartida, o número de corpos presentes decresce.<br />
Surgem primeiro grande número de corpos planetesimais,<br />
muito menores que a Lua. Depois de múltiplas colisões,<br />
surgem os protoplanetas, com dimensões parecidas com a<br />
da Lua. A energia das colisões leva ao aquecimento dos<br />
corpos, e isto promoveu a fusão, pelo menos parcial, dos<br />
componentes de menor ponto de fusão: o ferro metálico e<br />
sulfetos de ferro e níquel líquidos, os quais, por serem mais<br />
densos, acumulam-se no centro do planeta, enquanto os<br />
outros materiais mais leves concentram-se ao redor deste<br />
núcleo, no manto espesso, e na crosta. Esta separação<br />
chama-se de diferenciação primária. Para onde foram os<br />
elementos químicos durante a diferenciação primária? E o<br />
que aconteceu depois?<br />
econômico, como o níquel, ouro e elementos do grupo de<br />
platina, apresentam grande afinidade química com ligas de<br />
ferro ou os sulfetos. Tais elementos podem ter sido<br />
concentrados no núcleo no momento da diferenciação<br />
primária, e desse modo são escassos nas outras camadas.<br />
De outra parte, elementos alcalinos, tais como o sódio e<br />
potássio, concentram-se em minerais silicáticos de maior<br />
facilidade de fusão, e tendem a concentrar-se na crosta<br />
terrestre. Após a diferenciação primária, o material do<br />
manto e da crosta sofre reciclagem e reprocessamento em<br />
decorrência da convecção que, durante o resfriamento,<br />
promove a transferência de calor do interior da Terra para<br />
a superfície. As transferências de calor são acompanhadas<br />
pelo transporte de material em direção à superfície. Em<br />
profundidades moderadas no interior da Terra, ocorrem<br />
processos de fusão parcial. Alguns elementos (tais como<br />
magnésio e níquel) tendem a ficar na parte refratária, não<br />
fundida, enquanto outros elementos tendem a se concentrar<br />
no fundido (a exemplo dos elementos alcalinos, como<br />
sódio e potássio). Os líquidos produzidos (ou seja, os<br />
magmas) migram e consolidam-se como componentes da<br />
crosta terrestre. Como compensação do processo de<br />
ascensão do material quente e menos denso, ocorre descida<br />
de material mais frio e mais denso que retorna ao interior<br />
da Terra parte dos componentes materiais da crosta e do<br />
manto superior raso. Os movimentos tridimensionais de<br />
ascensão e descida de matéria rochosa podem abranger<br />
toda a extensão do manto, como deve ocorrer, por exemplo,<br />
embaixo da ilhas Havaí no meio do Oceano Pacífico, ou<br />
podem envolver apenas a parte do manto raso, como deve<br />
acontecer embaixo do Oceano Atlântico. Os movimentos<br />
de fluxo térmico e materiais verticais são acompanhados<br />
por movimentos laterais que movimentam as placas<br />
litosféricas, que constituem os diversos segmentos da<br />
crosta da Terra (Fig. 2). Esta diferenciação secundária<br />
começou logo após a diferenciação primária da Terra, e<br />
continua até hoje.<br />
Com a estrutura precoce do planeta formou-se o<br />
núcleo metálico e o manto e a crosta silicáticos. O ferro<br />
participa de todas as “camadas”, enquanto magnésio,<br />
silício e oxigênio (por exemplo) participam essencialmente<br />
do manto e da crosta. Elementos de grande interesse<br />
66
Assim, tanto o manto quanto a crosta terrestre representam<br />
sistemas químicos dinâmicos. Por enquanto, não se se o<br />
núcleo pode representar um sistema fechado, que não<br />
interage quimicamente com as outras camadas do planeta,<br />
ou se existe troca de componentes químicos com o manto,<br />
acompanhando aevolução dinâmica da Terra.<br />
Os tipos de rochas<br />
As rochas são agregados minerais formados<br />
“naturalmente” com diferentes densidades e texturas,<br />
sendo divididas em três grandes grupos:<br />
• as magmáticas ou ígneas, que resultam da<br />
solidificação do magma. São, portanto, consideradas<br />
roantes de chegarem à superfície: são as rochas<br />
magmáticas intrusivas (como o granito e o<br />
diabásio).Quando grande resissustentá-culo de formas de<br />
relevo. Encontramos essas rochas quase todo o estado do<br />
RS, no planalto, na serra e no escudo sul rio grandense. As<br />
rochas magmáticas que se solidificam no exterior<br />
superfície (como o basalto), apresentam resfriamento<br />
relativamente rápido. Como o derramamento de magma é<br />
intermitente, vão se formando camadas de estratificação(<br />
em diversos estratos). Essas rochas vulcânicas apresentam<br />
menor resistência aos desgastes erosivos. No Brasil,<br />
principalmente na porção centro-sul do território, a<br />
decomposição formou o solo mais fértil do país, a terra<br />
roxa.<br />
• as rochas sedimentares são consideradas<br />
secundárias por se originarem de outras rochas, por isso<br />
ocorrem em extensas áreas da superfície terrestre. São<br />
geradas por detritos inorgânicos e orgânicos de idades<br />
geológicas diferentes.<br />
A decomposição desses detritos formam bacias<br />
sedimentares, que apresentam em suas bordas camadas<br />
inclinadas horizontalmente, como as costas e os morros<br />
com topos planos e vertentes escarpadas.<br />
• as rochas metamórficas representam o processo de<br />
transformações físicas e químicas de outras rochas, tanto<br />
sedimentares como magmáticas. As alterações decorrem<br />
das elevadas pressões e temperaturas da litosfera. Nas<br />
aglomerações de rochas metamórficas de baixa resistência,<br />
ocorrem as falhas e fraturas geológicas. Nesses locais, os<br />
vales, morros e serras ficam alinhados nas direções<br />
impostas pela acomodação das rochas.<br />
67
68<br />
O CICLO DAS ROCHAS
O ciclo das rochas é o resultado das interações de dois<br />
dentre os três sistemas fundamentais da Terra: o sistema da<br />
tectônica de placas e o sistema do clima. Controlados pelas<br />
interações desses dois sistemas, materiais e energia são<br />
trocados entre o interior da Terra, a superfície terrestre, os<br />
oceanos e a atmosfera. Por exemplo, a fusão de placas<br />
litosféricas em subducção e a formação de magma resultam<br />
de processos operantes dentro do sistema da tectônica de<br />
placas. Quando essas rochas fundidas extravasam, matéria<br />
e energia são transferidas para a superfície terrestre onde o<br />
material (as rochas recém-formadas) é submetido ao<br />
intemperismo pelo sistema do clima. O mesmo processo<br />
injeta cinza vulcânica e o gás dióxido de carbono nas<br />
porções superiores da atmosfera, onde eles podem afetar<br />
todo o clima do planeta. À medida que muda o clima<br />
global, talvez ficando mais quente ou mais frio, também<br />
muda a taxa de intemperismo da rocha, o que, por sua vez,<br />
influencia a taxa com que o material (sedimento) retorna<br />
para o interior da Terra.<br />
A ideia da Terra como um sistema ainda não havia sido<br />
proposta quando o escocês James Hutton descreveu o ciclo<br />
das rochas em uma apresentação oral em 1785, na<br />
Sociedade Real de Edimburgo. Dez anos depois, ele<br />
apresentou o ciclo em maior detalhe em seu livro Teoria da<br />
Terra, com provas e ilustrações.<br />
Como geralmente acontece na história da ciência, outros<br />
cientistas tanto da Inglaterra como do continente europeu<br />
também reconheceram os elementos da natureza cíclica da<br />
mudança geológica. O papel de Hutton foi o de sintetizar<br />
isso: ele apresentou o grande cenário que nos possibilitou<br />
entender o processo.<br />
Daremos atenção aqui a um ciclo em particular,<br />
reconhecendo que esses ciclos variam com o tempo e com<br />
o lugar.<br />
Começaremos com um magma na profundeza da Terra,<br />
onde as temperaturas e as pressões são altas o suficiente<br />
para fundir qualquer tipo de rocha: ígnea, metamórfica ou<br />
sedimentar (Ciclo das rochas I). Hutton chamou a fusão das<br />
rochas na profundeza da crosta de episódio plutônico, em<br />
referência a Plutão, o deus romano do mundo subterrâneo.<br />
Agora, referimos todas as intrusões ígneas como rochas<br />
plutônicas, enquanto as extrusivas são conhecidas como<br />
rochas vulcânicas. Quando uma rocha pré-existente se<br />
funde, todos os seus componentes minerais são destruídos<br />
e seus elementos químicos são homogeneizados,<br />
resultando em um líquido aquecido. À medida que o<br />
magma esfria, cristais de novos minerais crescem e<br />
formam novas rochas ígneas. A fusão e a formação de<br />
rochas ígneas ocorrem preferencialmente ao longo das<br />
bordas colisionais ou divergentes das placas tectônicas,<br />
bem como em plumas mantélicas.<br />
O ciclo começa com a subducção ( lembre-se da formação<br />
da cordilheira dos andes) de uma placa oceânica em uma<br />
placa continental. As rochas ígneas que se formam nas<br />
bordas onde as placas colidem, juntamente com as rochas<br />
sedimentares e metamórficas associadas, são então<br />
soerguidas para formar uma cadeia de montanhas à medida<br />
que uma secção de crosta terrestre dobra-se e deforma-se.<br />
Os geólogos chamam esse processo, o qual inicia com a<br />
colisão de placas e finaliza com a formação de montanhas,<br />
de orogenia. Após o soerguimento, as rochas da crosta que<br />
recobrem as rochas ígneas soerguidas são vagarosamente<br />
meteorizadas. O intemperismo cria um material<br />
desagregado, que, então, a erosão espalha para longe,<br />
expondo a rocha ígnea à superfície.<br />
As rochas ígneas assim expostas sofrem intemperismo e<br />
mudanças químicas ocorrem em alguns minerais. Os<br />
minerais de ferro, por exemplo, podem "enferrujar"( como<br />
na praia da ferrugem em Garopaba - SC) para formar<br />
óxidos. Os minerais de alta temperatura, como os<br />
feldspatos, podem tornar-se minerais argilosos de baixa<br />
temperatura. Os minerais, como o piroxênio, podem<br />
dissolver-se completamente à medida que as chuvas caem<br />
sobre eles. O intemperismo das rochas ígneas produz<br />
novamente vários tamanhos e tipos de detritos de rochas e<br />
material dissolvido, que são carregados pela erosão.<br />
Alguns desses materiais são transportados no terreno pela<br />
água e pelo vento. Muitos dos detritos são transportados<br />
pelos córregos para os rios e, por fim, para o oceano. No<br />
oceano, os detritos são depositados como camadas de areia,<br />
silte e outros sedimentos formados a partir de material<br />
dissolvido, tal como o carbonato de cálcio das conchas.<br />
Os sedimentos depositados no mar, assim como aqueles<br />
depositados no continente pela água e pelo vento, são<br />
soterrados por sucessivas camadas de sedimentos, onde<br />
litificam ( lembre-se do que ocorre com o concreto)<br />
vagarosamente para formar as rochas sedimentares. O<br />
soterramento é acompanhado de subsidência - uma<br />
depressão ou afundamento da crosta terrestre. Enquanto a<br />
subsidência continua, camadas adicionais de sedimentos<br />
vão sendo acumuladas.<br />
Em alguns casos - por exemplo, ao longo das margens<br />
ativas das placas tectônicas, a subducção força as rochas<br />
sedimentares a descerem progressivamente a maiores<br />
profundidades. À medida que a rocha sedimentar litificada<br />
é soterrada a profundidades maiores da crosta, fica mais<br />
quente. Quando a profundidade excede a l0 km e as<br />
temperaturas ficam maiores que 300°C, os minerais da<br />
69
ocha ainda sólida começam a se transformar em novos<br />
minerais, os quais são mais estáveis nas altas temperaturas<br />
e pressões das partes mais profundas da crosta. O processo<br />
que transforma as rochas sedimentares em rochas<br />
metamórficas é o metamorfismo. Com mais calor, as<br />
rochas podem fundir-se e formar um novo magma, a partir<br />
do qual as rochas ígneas irão cristalizar, recomeçando o<br />
ciclo.<br />
Como visto anteriormente, essa série de processos é apenas<br />
uma variação entre muitas que podem ocorrer no ciclo das<br />
rochas. Qualquer rocha - metamórfica, sedimentar ou ígnea<br />
pode ser soerguida durante uma orogênese e meteorizada e<br />
erodida para formar novos sedimentos. Certos estágios<br />
podem ser omitidos, por exemplo: quando uma rocha<br />
sedimentar é soerguida e paulatinamente erodida, o<br />
metamorfismo e a fusão não acontecem. Os estágios<br />
podem, também, estar fora de sequência, como no caso de<br />
uma rocha ígnea formada no interior que é metamorfizada<br />
depois de ser soerguida. Também, como sabemos das<br />
sondagens profundas, certas rochas ígneas, localizadas a<br />
muitos quilômetros de profundidade na crosta, podem<br />
nunca ser soerguidas ou expostas ao intemperismo e à<br />
erosão.<br />
O ciclo das rochas nunca tem fim. Está sempre operando<br />
em diferentes estágios em várias partes do mundo,<br />
formando e erodindo montanhas em um lugar e<br />
depositando e soterrando sedimentos em outro. As rochas<br />
que compõem a Terra sólida são recicladas continuamente,<br />
mas só podemos ver as partes do ciclo que ocorrem na<br />
superfície e, portanto, devemos deduzir a reciclagem da<br />
crosta profunda e do manto por evidências indiretas.<br />
Um processo que os geólogos não percebiam no tempo de<br />
Hutton é o intemperismo do fundo oceânico ou o<br />
metassomatismo, o qual foi reconhecido apenas após a<br />
descoberta da tectônica de placas. Os processos envolvem<br />
mudanças químicas entre a água do mar e o fundo<br />
submarino nas cadeias mesoceânicas. Esse processo<br />
suplementa de forma significativa o retorno de elementos<br />
importantes para o interior da Terra, que é causado pelo<br />
intemperismo comum de superfície. Se o metassomatismo<br />
do fundo submarino não ocorresse, as composições<br />
químicas do oceano e da atmosfera seriam bem diferentes.<br />
O que é relevo?<br />
O relevo consiste nas formas da superfície do planeta,<br />
podendo ser influenciado por agentes internos e externos.<br />
Ou seja, é o conjunto das formas da crosta terrestre,<br />
manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras<br />
emersas. Entre as principais formas apresentadas pelo<br />
relevo terrestre, os quatro tipos principais são:<br />
* Montanhas<br />
* Planaltos<br />
* Planícies<br />
* Depressões<br />
Os agentes modeladores<br />
Os agentes, também conhecidos como "escultores" do<br />
relevo, são forças que agiram no decorrer de milhões de<br />
anos, formando o relevo terrestre. Clique nos links a seguir<br />
para saber mais sobre cada um dos agentes.<br />
* Tectonismo<br />
* Vulcanismo<br />
* Abalos sísmicos ou terremotos<br />
* Intemperismo<br />
* Enxurradas<br />
* Geleiras<br />
* Abrasão marinha<br />
Agentes Modeladores do Relevo<br />
Tectonismo<br />
O tectonismo, também conhecido por diastrofismo,<br />
consiste em movimentos decorrentes de pressões vindas do<br />
interior da Terra, agindo na crosta terrestre. Quando as<br />
pressões são verticais, os blocos continentais sofrem<br />
levantamentos, abaixamentos ou sofrem fraturas ou falhas.<br />
Quando as pressões são horizontais, são formados<br />
dobramentos ou enrugamentos que dão origem às<br />
montanhas. As consequências do tectonismo podem ser<br />
várias, como por exemplo a formação de bacias oceânicas,<br />
continentes, platôs e cadeias de montanhas.<br />
70
Vulcanismo<br />
É a ação dos vulcões. Chamamos de vulcanismo o conjunto<br />
de processos através dos quais o magma e seus gases<br />
associados ascendem através da crosta e são lançados na<br />
superfície terrestre e na atmosfera. Os materiais expelidos<br />
podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e são acumulados<br />
em um depósito sob o vulcão, até que a pressão faça com<br />
que ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifício<br />
vulcânico, alterando e criando novas formas na paisagem.<br />
A maioria dos vulcões da Terra está concentrada no Círculo<br />
de Fogo do Pacífico, desde a Cordilheira dos Andes até as<br />
Filipinas.<br />
voçorocas, enormes buracos que destroem trechos de terra<br />
cultiváveis, prejudicando a agricultura.<br />
Geleiras<br />
São extensas massas de gelo que começam a se formar em<br />
locais muito frios, devido ao não-derretimento da neve<br />
durante o verão. O peso das camadas de neve acumuladas<br />
durante invernos seguidos acaba por transformá-la em<br />
gelo. Quando essa massa de gelo se desloca, realiza um<br />
trabalho de erosão nas rochas que as cercam, formando<br />
vales em forma de U.<br />
Abalos sísmicos ou terremotos<br />
Um terremoto ou sismo é um movimento súbito ou tremor<br />
na Terra causado pela liberação abrupta de esforços<br />
acumulados gradativamente. Esse movimento propaga-se<br />
pelas rochas através de ondas sísmicas (que podem ser<br />
detectadas e medidas pelos sismógrafos). O ponto do<br />
interior da Terra onde se inicia o terremoto é o hipocentro<br />
ou foco. O epicentro é o ponto da superfície terrestre onde<br />
ele se manifesta. A intensidade dos terremotos é dada pela<br />
Escala Richter, que mede a quantidade de energia liberada<br />
em cada terremoto.<br />
Intemperismo<br />
O intemperismo, também conhecido como meteorização, é<br />
o conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos<br />
que ocasionam a desintegração e a decomposição das<br />
rochas. A rocha decomposta transforma-se em um material<br />
chamado manto ou regolito. No caso da desintegração<br />
mecânica (ou física), as rochas podem partir-se sem que<br />
sua composição seja alterada. Nos desertos, as variações de<br />
temperatura acabam partindo as rochas, assim como nas<br />
zonas frias, onde a água se infiltra nas rachaduras das<br />
rochas.<br />
Enxurradas<br />
Enxurrada é uma grande quantidade de água que corre com<br />
violência, resultante de chuvas abundantes. Essa violência<br />
das águas tem um grande poder erosivo. Em terrenos<br />
inclinados, sem cobertura vegetal, as enxurradas podem<br />
desenhar desde sulcos superficiais até outros mais<br />
profundos, chamados ravinas. No Brasil, a ação combinada<br />
das enxurradas e das águas subterrâneas causa as<br />
Abrasão marinha<br />
É a erosão provocado pelo mar, devido à ação<br />
contínua das ondas que atacam a base e os paredões<br />
rochosos do litoral. Esse fenômeno acaba causando o<br />
desmoronamento de blocos de rochas e o consequente<br />
afastamento desses paredões. Daí originam-se as costas<br />
altas que são chamadas de falésias, como por exemplo<br />
aquelas existentes no nordeste, formadas por rochas<br />
sedimentares (barreiras).<br />
As classificações do relevo brasileiro - divisões do<br />
território em grandes unidades - baseiam-se em diferentes<br />
critérios, que refletem o estágio de conhecimento à época<br />
de sua elaboração e a orientação metodológica utilizada por<br />
seus autores. A primeira classificação brasileira, que<br />
identifica oito unidades de relevo, é elaborada, nos anos 40,<br />
por Aroldo de Azevedo. Em 1958 é substituída pela<br />
tipologia de Aziz Ab´Sáber, que acrescenta duas novas<br />
unidades de relevo. Uma das classificações mais recentes<br />
(1995), é a de Jurandyr Ross, do Departamento de<br />
<strong>Geografia</strong> da USP. Seu trabalho é baseado no projeto<br />
Radambrasil, um levantamento realizado entre 1970 e 1985<br />
que fotografou o solo brasileiro com um equipamento<br />
especial de radar instalado num avião. Ross considera 28<br />
unidades de relevo, divididas em planaltos, planícies e<br />
depressões.<br />
O relevo brasileiro tem formação antiga e resulta<br />
principalmente da ação das forças internas da Terra e da<br />
sucessão de ciclos climáticos. A alternância de climas<br />
quentes e úmidos com áridos ou semiáridos favoreceu o<br />
processo de erosão.<br />
71
72<br />
O relevo brasileiro apresenta-se em<br />
Região Centro-Oeste<br />
Planalto de topografias suaves. Ponto mais elevado: pico<br />
do Roncador na serra do Sobradinho (1.341 m).<br />
Região Nordeste<br />
Planície litorânea, planalto a N e depressão no centro.<br />
Ponto mais elevado: serra Santa Cruz (844 m).<br />
Região Norte<br />
Depressão na maior parte do território; planície estreita a<br />
N. Ponto mais elevado: serra do Divisor ou de Conta (609<br />
m).]<br />
Região Sudeste<br />
Baixada litorânea (40% do território) e serras (interior).<br />
Ponto mais elevado: pico da Bandeira na serra do Caparaó<br />
(2.889.8 m).<br />
Região Sul<br />
Baixada no litoral, planaltos a L e O, depressão no centro.<br />
Ponto mais elevado: pico Paraná, na serra do Mar (1.922<br />
m).<br />
O território brasileiro, de um modo geral, é constituído de<br />
estruturas geológicas muito antigas, apresentando,<br />
também, bacias de sedimentação recente. Essas bacias<br />
recentes datam do terciário e quaternário (Cenozóico 865<br />
milhões de anos) e correspondem aos terrenos do Pantanal<br />
Mato-grossense, parte da bacia Amazônica e trechos do<br />
litoral nordeste e sul do país. O restante do território tem<br />
idades geológicas que vão do Paleozóico ao Mesozóico (o<br />
que significa entre 570 milhões e 225 milhões de anos),<br />
para as grandes áreas sedimentares, e ao pré-cambriano<br />
(acima de 570 milhões de anos), para os terrenos<br />
cristalinos.<br />
As estruturas e formações rochosas são antigas, mas as<br />
formas de relevo são recentes, decorrentes do desgaste<br />
erosivo. Grande parte das rochas e estruturas do relevo<br />
brasileiro são anteriores à atual configuração do continente<br />
sul-americano, que passou a ter o formato atual depois do<br />
levantamento da cordilheira dos Andes, a partir do<br />
Mesozóico. Podemos identificar três grandes unidades<br />
geomorfológicas que refletem sua gênese: os planaltos, as<br />
depressões e as planícies.<br />
Cataratas do Iguaçu<br />
Patrimônio ecológico da humanidade, o parque nacional de<br />
Iguaçu, um dos últimos sobreviventes das grandes florestas<br />
fluviais subtropicais, no qual pontificam as suntuosas<br />
Cataratas do Iguaçu, é visitado anualmente por cerca de 1,4<br />
milhão de pessoas.<br />
Além da beleza natural proporcionada pela queda de 13<br />
milhões de litros d'água por segundo e de ser refúgio para<br />
mais de 500 espécies de aves, servem como atrativos para<br />
a região os cassinos e o ativo comércio existentes em<br />
Ciudad del Este, do lado paraguaio da fronteira entre Brasil<br />
e Paraguaii, cujo faturamento é de US$ 3 bilhões/ano.<br />
Também exerce grande fascínio sobre o visitante a<br />
hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo, dentro da qual há<br />
um gigantesco lago de1.350 km2 e 2.919 km de contorno.<br />
Para tornar a região ainda mais atraente, o governo do<br />
estado do Paraná começou a promover em 1997 as<br />
Olimpíadas da Natureza, cujas competições são<br />
basicamente dos chamados esportes radicais.<br />
Planaltos<br />
Os planaltos em bacias sedimentares são limitados por<br />
depressões periféricas ou marginais e se caracterizam por<br />
seus relevos escarpados representados por frentes de costas<br />
(borda escarpada e reverso suave). Nessa categoria estão os<br />
planaltos da Amazônia Oriental, os planaltos e chapadas da<br />
bacia do Parnaíba e os planaltos e chapadas da bacia do<br />
Paraná.<br />
Os planaltos em intrusões e coberturas residuais de<br />
plataforma constituem o resultado de ciclos erosivos<br />
variados e se caracterizam por uma série de morros e serras<br />
isolados, relacionados a intrusões graníticas, derrames<br />
vulcânicos antigos e dobramentos pré-cambrianos, a<br />
exceção do planalto e chapada dos Parecis, que é do<br />
Cretáceo (mais de 65 milhões de anos). Nessa categoria,<br />
destacam-se os planaltos residuais norte-amazônicos e os<br />
planaltos residuais sul-amazônicos.<br />
Os planaltos em núcleos cristalinos arqueados são<br />
representadas pelo planalto da Borborema e pelo planalto<br />
sul-rio-grandense. Ambos fazem parte do cinturão<br />
orogênico da faixa Atlântica.<br />
Planaltos em cinturões orogênicos ocorrem nas faixas de<br />
orogenia (movimento geológico de formação de<br />
montanhas) antiga e se constituem de relevos residuais<br />
apoiados em rochas geralmente metamórficas, associadas<br />
a intrusivas. Esses planaltos situam-se em áreas de
estruturas dobradas que abrangem os cinturões Paraguai-<br />
Araguaia, Brasília e Atlântico. Nesses planaltos, localizamse<br />
inúmeras serras, geralmente associadas a resíduos de<br />
estruturas intensamente dobradas e erodidas. Nessa<br />
categoria, destacam-se: os planaltos e serras do Atlântico<br />
Leste-Sudeste, associados ao cinturão do Atlântico,<br />
sobressaindo as serras do Mar, da Mantiqueira e do<br />
Espinhaço, e as fossas tectônicas como o vale do Paraíba<br />
do Sul; os planaltos e serras de Goiás e Minas, que estão<br />
ligados à faixa de dobramento do cinturão de Brasília,<br />
destacando-se as serras da Canastra e Dourada, entre<br />
outras; serras residuais do Alto Paraguai que fazem parte<br />
do chamado cinturão orogênico Paraguai-Araguaia, com<br />
dois setores, um ao sul e outro ao norte do Pantanal Matogrossense,<br />
com as denominações locais de serra da<br />
Bodoquena e Província Serrana, respectivamente.<br />
Depressões<br />
As depressões brasileiras, excetuada a amazônica<br />
ocidental, caracterizam-se por terem sido originadas por<br />
processos erosivos. Essas depressões se caracterizam ainda<br />
por possuir estruturas bastante diferenciadas, consequência<br />
das várias fases erosivas dos períodos geológicos.<br />
Podemos enumerar as várias depressões do<br />
território brasileiro:<br />
a) depressão amazônica ocidental<br />
b) depressões marginais amazônicas<br />
c) depressão marginal norte-amazônica<br />
d) depressão marginal sul-amazônica<br />
e) depressão do Araguaia<br />
f) depressão cuiabana<br />
g) as depressões do Alto Paraguai e Guaporé<br />
h) depressão do Miranda<br />
i) depressão do Tocantins<br />
j) depressão sertaneja do São Francisco<br />
l) depressão da borda leste da bacia do Paraná<br />
m) depressão periférica central ou sul-rio-grandense<br />
Monte Roraima<br />
Uma das formações geológicas mais antigas do mundo, o<br />
monte Roraima é uma grande meseta contornada por<br />
escarpas abruptas e em parte desnudas, que separa o Brasil<br />
da Guiana. Nos contrafortes centrais, estão as águas que<br />
dão origem ao rio Cotingo e a sudeste, brota a nascente do<br />
Surumu. Porém, o que atrai todo tipo de aventureiros para<br />
esta região não são as águas, mas o ouro e especialmente<br />
os diamantes encontrados nos leitos desses rios.<br />
Planícies<br />
Correspondem geneticamente às áreas predominantemente<br />
planas, decorrentes da deposição de sedimentos recentes de<br />
origem fluvial, marinha ou lacustre. Estão geralmente<br />
associadas aos depósitos quaternários, principalmente<br />
holocênicos (de 20 mil anos atrás). Nessa categoria<br />
podemos destacar a planície do rio Amazonas, onde se situa<br />
a ilha de Marajó, a do Araguaia com a ilha de Bananal, a<br />
do Guaporé, a do Pantanal do rio Paraguai ou Matogrossense,<br />
além das planícies das lagoas dos Patos e Mirim<br />
e as várias outras pequenas planícies e tabuleiros ao longo<br />
do litoral brasileiro.<br />
O território brasileiro pode ser dividido em grandes<br />
unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma<br />
das primeiras classificações do relevo brasileiro,<br />
identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940<br />
pelo geógrafo Aroldo de Azevedo.<br />
No ano de 1958, essa classificação tradicional foi<br />
substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que<br />
acrescentou duas novas unidades de relevo.<br />
Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de<br />
autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do<br />
Departamento de <strong>Geografia</strong> da USP ( Universidade de São<br />
Paulo).<br />
Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil,<br />
um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985.<br />
O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do<br />
território brasileiro, através de um sofisticado radar<br />
acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28<br />
unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos,<br />
planícies e depressões.<br />
O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta<br />
principalmente de atividades internas do planeta Terra e de<br />
vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi<br />
provocada pela mudança constante de climas úmido,<br />
quente, semiárido e árido.<br />
73
VEGETAÇÃO<br />
a dependência da vegetação, através de alimento, abrigo e<br />
remédios.<br />
Classificação<br />
Vegetação é um termo geral para a vida vegetal de uma<br />
região; isso se refere às formas de vida que cobrem<br />
os solos, as estruturas espaciais ou qualquer outra medida<br />
específica ou geográfica que possua<br />
características botânicas. É mais amplo que o termo flora,<br />
que se refere exclusivamente à composição das espécies.<br />
74<br />
É o conjunto de plantas nativa de certo local que se<br />
encontram em qualquer área terrestre, desde que nesta<br />
localidade haja condições para o seu desenvolvimento. Tais<br />
condições são: luz, calor, umidade e solos favoráveis, nos<br />
quais é indispensável a água. Além de possibilitar a<br />
existência da vegetação, esses fatores também<br />
condicionam suas características. A vegetação suporta<br />
funções críticas na biosfera, em todas as possíveis escalas<br />
espaciais. Primeiro, a vegetação regula o fluxo de<br />
numerosos ciclos biogeoquímicos (ver biogeoquímica),<br />
mais criticamente as de água, de carbonoe nitrogênio, além<br />
de ser um fator importante nos balanços energéticos. Esses<br />
ciclos são importantes não somente para os padrões globais<br />
de vegetação, mas também para os de clima. Em segundo<br />
lugar, a vegetação afeta as características do solo, incluindo<br />
seu volume, sua química e textura, por meio da<br />
produtividade e da estrutura da vegetação. Vegetação é<br />
também extremamente importante para a economia<br />
mundial, em especial no uso de combustíveis fósseis como<br />
fonte de energia, mas também na produção mundial de<br />
alimentos, madeira, combustível e outros materiais.<br />
Talvez o mais importante, e muitas vezes esquecido, na<br />
vegetação global (incluindo algas comunidades) tem sido a<br />
principal fonte de oxigênio na atmosfera, permitindo que o<br />
sistema de metabolismo aeróbico evolua e persista.<br />
Finalmente, a vegetação é psicologicamente importante<br />
para o homem, que evoluiu quando em contato direto com<br />
Grande parte do trabalho sobre a classificação vegetativa<br />
provém de ecologistas europeus e norte-americanos, e eles<br />
possuem diferentes abordagens. Na América do Norte, os<br />
tipos de vegetação são baseados em uma combinações dos<br />
seguintes critérios: clima padrão, comportamento do<br />
vegetal, fenologia e/ou formulário do crescimento, e<br />
espécies dominantes. Na Europa, a classificação baseia-se<br />
frequentemente, por vezes inteiramente, na atenção em<br />
relação à composição florística (espécie) sozinha, sem<br />
referência explícita ao clima, ao crescimento de fenologia<br />
ou outras formas. Na forma da América, os níveis<br />
hierárquicos, da forma mais geral à mais específica, são os<br />
seguintes: sistema, classe, subclasse, grupo, formação,<br />
aliança, associação.
Os vegetais necessitam de quantidades de água ou umidade<br />
variáveis. Dessa forma, pode se classificar três tipos de<br />
vegetação quanto à umidade:<br />
Vegetação hidrófila:<br />
Vegetação adaptada à grande umidade<br />
das raízes desses vegetais são pequenas e as suas folhas são<br />
grandes para facilitar a evapotranspiração, além de<br />
possuírem caules bastantes desenvolvidos.<br />
Exemplo: Bananeira.<br />
Exemplo: Caatinga.<br />
Vegetação tropófita: Vegetação adaptada à variações de<br />
umidade, segundo a estação, seca ou chuvosa. As plantas<br />
são de características caducifólias (plantas que perdem as<br />
folhas em estações secas ou frias). Exemplo: Cerrados<br />
Estrutura<br />
Vegetação xerófila:<br />
Vegetação adaptada à aridez. Possui raízes compridas,<br />
aprofundando-se bastante no solo para buscar água.<br />
Apresenta folhas pequenas e muitas vezes cobertas de<br />
ceras, para diminuir a evaporação (perda de água).<br />
Possuem também, folhas em forma de espinhos para<br />
diminuir a evaporação.<br />
75
76<br />
Zonas úmidas de mar doce.<br />
A principal característica da vegetação mundial é a sua<br />
estrutura tridimensional, por vezes referida como a sua<br />
fisionomia, ou arquitetura. A maioria das pessoas tem uma<br />
compreensão dessa ideia através da sua familiaridade com<br />
termos como "selva", "mata", "pradaria" ou "várzea"; estes<br />
termos evocam uma imagem mental de como é essa<br />
aparência vegetacional. Então, "prados" são relvadas,<br />
"região tropical" são densas florestas tropicais do mundo,<br />
"regiões altas e escuras", savanas de árvores com paisagem<br />
coberta de ervas, etc.<br />
Obviamente, uma floresta tem uma estrutura muito<br />
diferente da de um deserto ou um quintal gramado. Os<br />
ecologistas possuem uma visão de estrutura em níveis mais<br />
detalhados do que isso, mas o principio é o mesmo. Assim,<br />
uma floresta nunca é completamente igual a outra em<br />
relação á sua estrutura; as florestas tropicais são muito<br />
diferentes das florestas da savana, que diferem das florestas<br />
do alpino. As florestas subtropicais brasileiras, por<br />
exemplo, possui suas diferenças se comparadas às florestas<br />
tropicais, etc.<br />
A estrutura é determinada por uma combinação de<br />
interação em fatores históricos e ambientais, e de<br />
composição de espécies. Entre a formação da estrutura,<br />
conta principalmente a distribuição de vegetais, a altitude<br />
e, algumas vezes o clima .<br />
Vegetação do brasil<br />
A Vegetação do Brasil envolve o conjunto de formações<br />
vegetais distribuídas por todo o território brasileiro.<br />
O Brasil possui diferentes tipos de vegetação. Os<br />
principais são: a Floresta Amazônica no norte, a Mata dos<br />
Cocais no meio-norte, a Mata Atlântica desde o nordeste<br />
até o sul, a Mata das Araucárias no sul, a Caatinga no<br />
nordeste, o Cerrado no centro, o Complexo do Pantanal<br />
no sudoeste, os campos no extremo sul com manchas<br />
esparsas em alguns estados do país e a vegetação litorânea<br />
desde o Amapá até Rio Grande do Sul.<br />
Floresta Amazônica<br />
Também conhecida como Hileia ou floresta latifoliada<br />
equatorial, recobre cerca de 49,29% do território nacional,<br />
estendendo-se pela Amazônia e parte das regiões Centro-<br />
Oeste e Nordeste. Constitui uma das mais extensas áreas<br />
florestais do mundo.<br />
Muito densa e fechada, com grande variedade de espécies,<br />
a Floresta Amazônica caracteriza-se por grande umidade,<br />
altos índices de chuva, elevadas temperaturas e pequena<br />
amplitude térmica . O nome latifoliada deriva do latim<br />
(lati = "largo") e indica a predominância de espécies<br />
vegetais de folhas largas.<br />
Acompanhando essa floresta há uma emaranhada rede de<br />
rios, que correm num relevo onde predominam terras<br />
baixas (planícies e baixos- planaltos). Os solos são, em<br />
geral, pouco férteis.<br />
Apesar de sua aparente uniformidade, a Floresta<br />
Amazônica abriga três tipos de associações, assim<br />
divididas:<br />
• mata de igapó: constantemente inundada, é formada<br />
principalmente por palmeiras e árvores não muito altas,<br />
emaranhadas por cipós e lianas. É bastante rica em espécies<br />
vegetais;<br />
• mata de várzea: mais compacta, sofre inundações<br />
periódicas (cheias). Apresenta árvores maiores,<br />
sobressaindo as seringueiras, por seu valor econômico;<br />
• mata de terra firme: pouco inundada, é a que apresenta<br />
árvores mais altas. Nela são comuns o castanheiro, o<br />
guaraná e o caucho.<br />
As queimadas para a abertura de pastos, instalação de<br />
fazendas para criação de gado e plantações de diversos
produtos agrícolas, os desmatamentos para retirada de<br />
madeira e a mineração são os principais impactos<br />
provocados pela ocupação humana na Amazônia.<br />
A Floresta Amazônica é uma verdadeira farmácia natural<br />
ao ar livre, cujas árvores , cipós e outras espécies fornecem<br />
remédios para todos os males do corpo humano , desde<br />
doenças do coração até diabetes . Por isso tem sido<br />
cobiçada pelos maiores laboratórios do mundo, que têm<br />
extraído dela uma infinidade de medicamentos.<br />
• Carnaúba , cujo produto mais conhecido é a cera . Como<br />
tudo dessa palmeira pode ser aproveitado (folhas, caule,<br />
fibras), nordestino denominou-a "árvore da providência".<br />
Na Mata dos Cocais, as altas temperaturas são constantes.<br />
As pastagens representam o principal impacto ambiental<br />
nesse ecossistema.<br />
Mata Atlântica<br />
Mata dos Cocais<br />
Abrange predominantemente os estados do Maranhão e<br />
Piauí (Meio-Norte), mas distribui-se também pelo Ceará ,<br />
Rio Grande do Norte e Tocantins. Está numa zona de<br />
transição entre os ecossistemas da<br />
Floresta Amazônica e da caatinga .<br />
Mata dos Cocais<br />
Estende-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande<br />
do Sul, junto ao litoral, quase sem interrupções.<br />
Predominando em regiões de clima quente e úmido, com<br />
verões brandos, surge nas encostas das serras litorâneas.<br />
Topograficamente, surge em serras elevadas (escarpas<br />
doPlanalto Atlântico) em formas arredondadas, chamadas<br />
"mares de morros". Esta formação vegetal apresenta-se<br />
muito densa, emaranhada e com grande variedade de<br />
vegetais hidrófilos (adaptados a ambientes úmidos) e<br />
perenes.<br />
Devido à sua localização geográfica é a formação vegetal<br />
brasileira que mais devastações sofreu, principalmente em<br />
trechos menos elevados do relevo. Esse impacto ambiental<br />
é uma das consequências da intensa urbanização e<br />
industrialização que ocorreram no Brasil.<br />
Mata Intermediaria<br />
É classificada como uma formação florestal, mas, na<br />
realidade, constitui uma formação vegetal secundária, por<br />
seu acentuado desmatamento. Nesse ecossistema<br />
predominam dois tipos de palmeira muito importantes para<br />
a economia local:<br />
• Babaçu , de cuja amêndoa se extrai o óleo; as folhas são<br />
usadas para a cobertura de casas e o palmito como<br />
alimento para o gado. Um rico artesanato emprega suas<br />
fibras para confeccionar esteiras, cestos e bolsas. Da casca<br />
do coco, podem ser retirados o alcatrão e o acetato.<br />
Ver artigo principal: Mata Atlântica<br />
É a mesma floresta úmida da encosta, mas se desenvolve<br />
nas vertentes das serras, à retaguarda do mar, não<br />
influenciadas diretamente pela umidade marítima. Muito<br />
densa, apresenta espécies bastante altas e de troncos<br />
grossos. No entanto, quando se desenvolve em solos<br />
areníticos, ou de calcário, o aspecto da floresta modifica-se<br />
completamente: ela se torna menos densa, com árvores<br />
mais baixas e de troncos finos. Quase inteiramente<br />
devastada, por possuir solos férteis para a agricultura,<br />
77
estam, de sua formação original, apenas, alguns trechos<br />
esparsos.<br />
O nome latifoliada deriva do latim (lati = "largo") e indica<br />
a predominância de espécies vegetais de folhas<br />
Mata de Araucária<br />
As matas galerias ou ciliares são florestas que se<br />
desenvolvem ao longo dos cursos de água, cuja umidade as<br />
mantém. Praticamente devastadas pela ocupação humana,<br />
restringem-se a trechos do cerrado ou dos campos do Rio<br />
Grande do Sul.<br />
Calcula-se que 5% da área original dos pinheirais esteja<br />
preservada. A retirada da madeira, para a produção de<br />
móveis e papel de jornal, e a agropecuária são os principais<br />
fatores de sua devastação acentuada e complexa.<br />
Formações complexas<br />
Cerrado<br />
Predominando em regiões de clima subtropical e tropical<br />
de altitude, que apresentam regular distribuição das chuvas<br />
por todos meses do ano, estende-se desde o sul de São<br />
Paulo até o norte do Rio Grande do Sul , em trechos mais<br />
íngremes do relevo (Campos do Jordão , por exemplo). É<br />
muito comum no planalto Meridional , nos estados do<br />
Paraná e Santa Catarina.<br />
O nome aciculifoliada vem do latim (aciculi = "pequena<br />
agulha") e indica o predomínio de espécies que apresentam<br />
folhas pontiagudas. Destaca-se a Araucária angustifolia ,<br />
mais conhecida como pinheiro-do-paraná , mas aparecem<br />
ainda outras espécies, como a imbuia , ocedro , o ipê e a<br />
erva-mate.<br />
Os solos em que se desenvolve, em geral de origem<br />
vulcânica, são mais férteis que os das áreas tropicais o que<br />
explica a grande devastação sofrida por essa vegetação<br />
para o aproveitamento agrícola.<br />
Além dessas formações florestais aparecem ainda no<br />
Brasil alguns outros subtipos, merecendo destaque a mata<br />
dos Cocais e asmatas galerias ou ciliares.<br />
A mata dos Cocais é uma formação de transição entre a<br />
Floresta Amazônica e a Caatinga , abrangendo áreas do<br />
Maranhão , Piauí e Tocantins. O babaçu é a espécie<br />
predominante.<br />
Depois da Floresta Amazônica, é a formação vegetal<br />
brasileira que mais se espalhou, predominando no planalto<br />
Central , mas aparecendo também como manchas esparsas<br />
em outros pontos do país (Amazônia , região da caatinga<br />
do Nordeste , São Paulo e Paraná ), recobrindo mais de<br />
20% do território nacional. Predomina em áreas de clima<br />
tropical, com duas estações: verão chuvoso e inverno seco.<br />
Não é uma formação uniforme, o que permite identificar<br />
duas áreas: o cerradão e o cerrado propriamente dito. No<br />
cerradão existem mais árvores que arbustos. No cerrado,<br />
bastante ralo, aparecem poucos arbustos e árvores baixas,<br />
de troncos sinousos e casca espessa, que apresentam galhos<br />
retorcidos, com folhas muito duras; entre as árvores e os<br />
arbustos, espalha-se uma formação contínua de gramíneas<br />
altas.<br />
78
ios, em geralintermitentes. Desenvolvendo-se em solos<br />
quase rasos e salinos, apresenta-se muito heterogênea: em<br />
alguns trechos, predominam árvores esparsamente<br />
distribuídas; em outros, arbustos isolados; e em outros,<br />
ainda, apenas capões de gramíneas altas.<br />
A falta de água impõe múltiplas adaptações aos vegetais<br />
na caatinga , que vão desde a perda das folhas na estação<br />
mais seca até o aparecimento de longas raízes, em busca de<br />
lençois subterrâneos de água . Entre as principais espécies<br />
de árvores, estão o juazeiro , o angico , a barriguda , e, entre<br />
os arbustos, as cactáceas , como o xiquexique e<br />
omandacaru. Atualmente, a Caatinga vem sendo agredida<br />
ao sofrer<br />
o impacto da irrigação, drenagem, criação de pastos,<br />
latifúndios e da desertificação.<br />
O cerrado espalha-se pelos chapadões e por<br />
algumas escarpas acentuadas.<br />
Pantanal<br />
Dentre os fatores que explicam a fisionomia do<br />
cerrado, além da escassez de água , destacam-se a<br />
profundidade do lençol freático e a natureza dos solos,<br />
ácidos e com deficiências minerais.<br />
A expansão agropecuária, os garimpos, a<br />
construção de rodovias e cidades como Brasília e Goiânia,<br />
são os principais aspectos provocados pela ação humana,<br />
que reduziram esse ecossistema a pequenas manchas<br />
distribuídas por alguns estados brasileiros. O cerrado foi<br />
declarado "Sítio do Patrimônio Mundial " pela Unesco em<br />
13 de dezembro de 2001.<br />
Caatinga<br />
Ocupando a planície do Pantanal Mato- Grossense , é uma<br />
formação mista que apresenta espécies vegetais próprias<br />
das florestas, dos campos, dos cerrados e até da caatinga.<br />
Podem-se identificar nessa formação três áreas<br />
diferenciadas: as sempre alagadas, nas quais predominam<br />
as gramíneas; as periodicamente alagadas, nas quais se<br />
destacam diversos tipos de palmeiras (buritis , paratudos e<br />
carandás ); e as que não sofrem inundações e são mais<br />
densas, aparecendo nelas o quebracho e o angico.<br />
Predominando na região de clima semi-árido do Nordeste<br />
é uma formação vegetal tipicamente xerófita , ou seja,<br />
adaptada à escassez de água . É uma vegetação esparsa, que<br />
se espalha pelos maciços e tabuleiros, por onde correm<br />
79
Formações campestres<br />
Manguezais<br />
Campos meridionais<br />
Formações de campo limpo , ou seja, constituídos<br />
predominantemente por gramíneas, aparecem em manchas<br />
esparsas, a partir da latitude de 20ºS. Em São Paulo , no<br />
Paraná e em Santa Catarina recebem a denominação de<br />
campos do planalto; no Rio Grande do Sul , são conhecidos<br />
como campos da Campanha ou Campanha Gaúcha; e em<br />
Mato Grosso do Sul , onde aparecem em trechos esparsos,<br />
são chamados de campos de vacaria.<br />
No sudoeste do Rio Grande do Sul , os campos meridionais<br />
surgem num relevo dominado por colinas suaves e de<br />
vertentes pouco acentuadas conhecidas como coxilhas.<br />
Ocupando a planície do Pantanal Mato-Grossense , é uma<br />
formação mista que apresenta espécies vegetais próprias<br />
das florestas, dos campos, dos cerrados e até da caatinga.<br />
Podem-se identificar nessa formação três áreas<br />
diferenciadas: as sempre alagadas, nas quais<br />
predominam as gramíneas; as periodicamente<br />
alagadas, nas quais se destacam diversos tipos de<br />
palmeiras (buritis , paratudos e carandás ); e as que<br />
não sofrem inundações e são mais densas, aparecendo<br />
nelas o quebracho e o angico.<br />
Ocupam porções mais restritas do litoral, em reentrâncias<br />
da costa, onde as águas são pouco movimentadas, como os<br />
pântanos litorâneos, os alagadiços e as regiões inundadas<br />
pela maré alta. Neles predominam vegetações halófitas<br />
(que se adaptam a ambientes salinos), com raízes aéreas e<br />
respiratórias, dotadas de pneumatóforos que lhes permitem<br />
absorver o oxigênio mesmo em áreas alagadas. Conforme<br />
a topografia e a umidade do solo, é possível distinguir o<br />
mangue-vermelho , nas partes mais baixas, o manguesiriúba,<br />
onde as inundações são menos frequentes; e o<br />
mangue-branco, em solos firmes.<br />
Campos Sujos<br />
Apresentam uma emaranhada mistura de gramíneas e<br />
arbustos , geralmente decorrente da degradação dos<br />
cerrados. Seus limites são bastante indefinidos.<br />
Campos da Hileia<br />
Conhecidos como campos da várzea , caracterizam-se por<br />
serem inundados na época das cheias. Aparecem no baixo<br />
Amazonas e em trechos do estado do Pará ,<br />
principalmente na parte oeste da ilha de Marajó.<br />
Campos Serranos<br />
Surgem em porções mais elevadas do território nacional,<br />
em pontos onde o relevo ultrapassa 1.500 m, como nas<br />
serras da Bocaina e do Itatiaia. Menos densos que as outras<br />
formações campestres, apresentam algumas espécies<br />
vegetais adaptadas à altitude.<br />
Formações dos Litorais Arenosos<br />
As praias e as dunas aparecem em vastas extensões de<br />
nosso litoral e nelas surgem formações herbáceas e<br />
arbustivas. Nas praias, essas formações<br />
são pouco densas, mas, nas dunas , são relativamente<br />
compactas. Geralmente, entre o litoral arenoso e a serra<br />
aparece também o jundu , formação de transição da floresta<br />
ao solo salino, ao alcançar o litoral.<br />
Domínios florestados<br />
A paisagem natural brasileira vem sofrendo sérias<br />
devastações, diminuindo sua extensão territorial e sua<br />
biodiversidade.<br />
A Amazônia, desde muito tempo, sofre com as queimadas,<br />
efetivadas para práticas agrícolas, apesar de seu solo não<br />
ser adequado a tais atividades. Com as queimadas, as<br />
chuvas, constantes na região, terminam por atingir mais<br />
intensamente o solo (antes protegido pelas copas das<br />
árvores), que, consequentemente, sofre lixiviação,<br />
perdendo seu húmus, importante para a fertilidade da<br />
80
vegetação. Intenso desmatamento também é realizado na<br />
região para mineração e para extração de madeira.<br />
Também a Mata Atlântica, imprópria para a agricultura e<br />
para a criação de gado, sofre agressões antrópicas,<br />
principalmente na caça e pesca predatórias, nas queimadas<br />
e na poluição industrial. Em função disso, o governo<br />
federal estabeleceu que a Chapada Diamantina seria uma<br />
área de preservação ambiental. Sofrem ainda o Pantanal, os<br />
manguezais e as araucárias.<br />
Domínio do cerrado<br />
Localizado, em sua maior parte, na porção central do país,<br />
o Cerrado constitui, em geral, uma vegetação caducifólia ,<br />
ou seja, as plantas largam suas folhas sazonalmente para<br />
suportar um período de seca, exatamente porque o clima da<br />
região é o tropical típico, com duas estações bem definidas<br />
(típicas): verão úmido e inverno seco.<br />
A umidade do verão se deve principalmente à atuação da<br />
massa tropical atlântica, úmida, por se formar no<br />
arquipélago dos Açores, e quente, em função da<br />
tropicalidade. Na região encontram-se ainda os escudos<br />
cristalinos do Planalto Central.<br />
Domínio da caatinga<br />
A Caatinga está localizada na região Nordeste,<br />
apresentando depressões e clima semi- árido, caracterizado<br />
pelas altas temperaturas e pela má distribuição de chuvas<br />
durante o ano.<br />
A massa equatorial atlântica, formada no arquipélago dos<br />
Açores, ao chegar ao Nordeste, é barrada no barlavento do<br />
Planalto Nordestino (notadamente Borborema, Apodi e<br />
Araripe), onde ganha altitude e precipita (chuvas<br />
orográficas), chegando praticamente seca à Caatinga.<br />
Apesar de sua aparência, a vegetação da Caatinga é muito<br />
rica, variando a maioria delas conforme a época de chuvas<br />
e conforme a localização. Muitas espécies ainda não foram<br />
catalogadas. As<br />
bromélias e os cactos são as duas principais famílias da<br />
região, destacando-se os mandacarus, os caroás, os xiquexiques,<br />
as macambiras e outras mais.<br />
Domínio dos mares de morros<br />
Localizado em grande parte da porção leste, o domínio dos<br />
mares de morros é assim chamado por causa de sua forma,<br />
oriunda da erosão, gerada principalmente pela ação das<br />
chuvas.<br />
Encontram-se na região a floresta tropical, Mata Atlântica<br />
ou mata de encosta, caracterizada pela presença de uma<br />
grande variedade de espécies, a planície litorânea,<br />
largamente devastada, onde ainda se destacam as dunas, os<br />
mangues e as praias, e serras elevadas, como a Serra do<br />
Mar , a Serra do Espinhaço e a Serra da Mantiqueira.<br />
No litoral do Nordeste, encontra-se o solo de massapê,<br />
excelente para a prática agrícola, sendo historicamente<br />
ligado à monocultura latifundiária da cana-de-açúcar.<br />
Apresenta clima tropical típico e tropical litorâneo,<br />
caracterizado pela atuação da massa tropical atlântica,<br />
formada no arquipélago de Santa Helena.<br />
Domínio das Araucárias<br />
As araucárias se estendiam a grandes porções do Planalto<br />
Meridional , mas, por causa da intensa devastação gerada<br />
para o desenvolvimento da agropecuária e do extrativismo,<br />
hoje só são encontradas em áreas reflorestadas e áreas de<br />
preservação.<br />
Abrange planaltos e chapadas, constituindo uma vegetação<br />
aciculifoliada (folhas em forma de agulha), aberta e rica em<br />
madeira mole, utilizada na fabricação de papel e papelão.<br />
Destaca-se ainda na região o solo de terra roxa, localizado<br />
em praticamente toda porção ocidental da região sul,<br />
sudoeste de São Paulo e Sul do Mato Grosso do Sul.<br />
Altamente fértil e oriundo da decomposição de rochas<br />
basálticas, o solo de terra roxa, foi largamente utilizado no<br />
cultivo do café.<br />
Apresenta clima subtropical, caracterizado por chuvas<br />
bem distribuídas durante todo o ano, por verões quentes e<br />
pela atuação da massa polar atlântica, responsável pelos<br />
invernos frios, marcados pelo congelamento do orvalho<br />
(geada ).<br />
Domínio das pradarias<br />
Localizado no extremo sul do Brasil, também apresenta<br />
clima subtropical, sendo portanto marcado pela atuação da<br />
massa polar atlântica.<br />
Abrange os pampas , Campanha Gaúcha ou Campos<br />
Limpos, marcados pela presença do solo de brunizens,<br />
81
oriundo da decomposição de rochas sedimentares e ígneas,<br />
o que possibilita o desenvolvimento da agricultura e<br />
principalmente da pecuária bovina semiextensiva.<br />
É notável também a presença de coxilhas (colinas<br />
arredondadas e ricas em herbáceas e gramíneas) e das<br />
matas-galerias nas margens dos rios.<br />
82
QUESTÕES DE VESTIBULARES SOBRE<br />
VEGETAÇÃO<br />
103 - Observe a imagem e o mapa abaixo para responder<br />
a questão.<br />
102<br />
-<br />
LUCCI, E. A.; MENDONÇA, C; BRANCO, A. L. <strong>Geografia</strong> Geral e do Brasil -<br />
ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2005. p.326.<br />
Observando o mapa, é correto afirmar que o fenômeno<br />
apresentado pela foto corresponde:<br />
Em relação ao perfil da vegetação mostrado na figura, é<br />
correto afirmar que caracteriza o bioma de formação<br />
vegetal do tipo:<br />
a) Floresta Equatorial com dossel superior formado por<br />
árvores de grande porte e, no nível médio, por espécies<br />
arbóreas de médio porte e epífitas;<br />
b) Tundra com cobertura vegetal de pequeno porte,<br />
constituída de musgos, liquens e gramíneas de ciclo<br />
vegetativo curto;<br />
c) Floresta Boreal, caracterizada por uma vegetação de<br />
grande porte, relativamente homogênea, representada pela<br />
Taiga;<br />
d) Savana, composta por dois extratos, o arbóreoarbustivo,<br />
de caráter lenhoso, e o herbáceo-subarbustivo,<br />
formado pelas gramíneas e outras ervas.<br />
a) Ao processo de desmatamento para a expansão da<br />
agropecuária, sobretudo a soja e a criação de bovinos, que<br />
ocorre na Amazônia Legal, identificado pelo mapa 1;<br />
b) À uma das consequências que se pode notar com o<br />
desmatamento da Floresta de Araucárias para a produção<br />
de papel, identificado no mapa pelo número 5;<br />
c) Aos deslizamentos ou escorregamentos de solos,<br />
decorrentes de formas inadequadas de ocupação,<br />
frequentemente observados na região identificada pelo<br />
número 4;<br />
d) Ao processo de devastação do Cerrado em função da<br />
expansão de cultivos mecanizados de grãos para<br />
exportação, verificados na região identificada pelo número<br />
3.<br />
83
104 -<br />
Com relação a esse domínio, é correto afirmar que ele:<br />
a) Surge dominantemente em climas subtropicais secos,<br />
particularmente no Nordeste brasileiro;<br />
b) Apresenta uma vegetação tipicamente hidrófila,<br />
especialmente no Sertão;<br />
c) Possui solos bem desenvolvidos, sobretudo nas encostas<br />
e inselbergues, mas com pobreza de recurso nutrientes;<br />
d) Tem formações vegetais consideradas xerófilas,<br />
adaptadas, portanto, ao déficit hídrico.<br />
A imagem apresenta vegetação típica do cerrado brasileiro<br />
e, ao fundo, uma das formações características do seu<br />
relevo.<br />
Com base nessa informação, assinale a alternativa correta:<br />
a) O domínio do Cerrado corresponde, em geral, ao clima<br />
semiárido e à vegetação assemelhada ao deserto africano,<br />
e sua ocorrência corresponde ao Planalto Meridional com<br />
seus típicos "Mares de Morros";<br />
b) No domínio do Cerrado geralmente predomina o clima<br />
semiúmido, com presença de vegetação semelhante à<br />
savana africana, e sua ocorrência corresponde ao Planalto<br />
Central, com suas típicas "chapadas e chapadões";<br />
c) No domínio do Cerrado, geralmente predominam<br />
estações úmidas prolongadas (5 a 7 meses) e vegetação<br />
assemelhada à das estepes africanas e sua ocorrência<br />
corresponde ao Planalto das Guianas, com suas típicas<br />
"cuestas";<br />
d) O domínio do Cerrado corresponde em geral, à região<br />
de convergência dos alísios, com vegetação rasteira<br />
assemelhada à das pradarias africanas, e sua ocorrência<br />
corresponde ao Planalto Atlântico, com suas típicas<br />
"coxilhas".<br />
105 - O desenho a seguir retrata um importante domínio<br />
morfoclimático brasileiro.<br />
106 - Os lixões são o pior tipo de disposição final dos<br />
resíduos sólidos de uma cidade, representando um grave<br />
problema ambiental e de saúde pública. Nesses locais, o<br />
lixo é jogado diretamente no solo a céu aberto, sem<br />
nenhuma norma de controle, o que causa, entre outros<br />
problemas, a contaminação do solo e das águas pelo<br />
chorume (líquido escuro com alta carga poluidora,<br />
proveniente da decomposição da matéria orgânica<br />
presente no lixo).<br />
RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental, 2008. São<br />
Paulo, Instituto Socioambiental, 2007.<br />
Considere um município que deposita os resíduos sólidos<br />
produzidos por sua população em um lixão. Esse<br />
procedimento é considerado um problema de saúde pública<br />
porque os lixões:<br />
a) Causam problemas respiratórios, devido ao mau cheiro<br />
que provém da decomposição;<br />
b) São locais propícios a proliferação de vetores de<br />
doenças, além de contaminarem o solo e as águas;<br />
c) Provocam o fenômeno da chuva ácida, devido aos gases<br />
oriundos da decomposição da matéria orgânica;<br />
d) São responsáveis pelo desaparecimento das nascentes na<br />
região onde são instalados, o que leva à escassez de água.<br />
84
107 - Observe a imagem para responder a questão.<br />
TEIXEIRA, W. et.al. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo:<br />
Companhia Editora Nacional, 2009.<br />
O esquema representa um processo de erosão em encosta.<br />
Que prática realizada por um agricultor pode resultar em<br />
aceleração desse processo?<br />
a) Associação de culturas;<br />
b) Implantação de curvas de nível;<br />
c) Terraceamento na propriedade;<br />
d) Aração do solo, do topo ao vale.<br />
108 - Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas<br />
do Cerrado, um recente e marcante gesto simbólico: a<br />
realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti)<br />
em plena Avenida Paulista (SP), para denunciar o cerco de<br />
suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço<br />
do agronegócio.<br />
RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indígenas do Brasil: 2001-2005. São Paulo:<br />
Instituto Socioambiental, 2006 (adaptado).<br />
A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a<br />
relação dos usos socioculturais da terra com os atuais<br />
problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões<br />
entre:<br />
a) A expansão territorial do agronegócio, em especial nas<br />
regiões Centro-Oeste e Norte, e as leis de proteção indígena<br />
e ambiental;<br />
b) Os grileiros articuladores do agronegócio e os povos<br />
indígenas pouco organizados no Cerrado;<br />
c) As leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio<br />
ambiente e as severas leis sobre o uso capitalista do meio<br />
ambiente;<br />
d) Os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos<br />
representados pelas elites industriais paulistas.<br />
109 - A poluição e outras ofensas ambientais ainda não<br />
tinha esse nome, mas já eram largamente notadas no<br />
século XIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. E<br />
a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscitou<br />
protestos. A reação antimaquinista, protagonizada pelos<br />
diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos<br />
ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os<br />
miasmas urbanos.<br />
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão<br />
e emoção. São Paulo: EDUSP, 2002 (adaptado).<br />
O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe<br />
modificações na paisagem e nos objetos culturais<br />
vivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto,<br />
pode-se dizer que tais movimentos sociais emergiram e se<br />
expressaram por meio:<br />
a) Das ideologias conservacionistas, com milhares de<br />
adeptos no meio urbano;<br />
b) Das políticas governamentais de preservação dos<br />
objetos naturais e culturais;<br />
c) Da contestação à degradação do trabalho, das tradições<br />
e da natureza;<br />
d) Dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e<br />
poluentes.<br />
110 - O despejo de dejetos de esgotos domésticos e<br />
industriais vem causando sérios problemas aos rios<br />
brasileiros. Esses poluentes são ricos em substâncias que<br />
contribuem para a eutrofização de ecossistemas, que é o<br />
enriquecimento da água por nutrientes, o que provoca um<br />
grande crescimento bacteriano e, por fim, pode promover<br />
escassez de oxigênio. Uma maneira de evitar a diminuição<br />
da concentração de oxigênio no ambiente é:<br />
a) Aquecer as águas dos rios para aumentar a velocidade<br />
de decomposição dos dejetos;<br />
b) Retirar do esgoto os materiais ricos em nutrientes para<br />
diminuir a sua concentração nos rios;<br />
c) Adicionar bactérias anaeróbicas às águas dos rios para<br />
que elas sobrevivam mesmo sem oxigênio;<br />
d) Aumentar a solubilidade dos dejetos no esgoto para que<br />
os nutrientes fiquem mais acessíveis às bactérias.<br />
111 - As cidades industrializadas produzem grandes<br />
proporções de gases como o CO², o principal gás causador<br />
do efeito estufa. Isso ocorre por causa da quantidade de<br />
combustíveis fósseis queimados, principalmente no<br />
transporte, mas também em caldeiras industriais. Além<br />
disso, nessas cidades concentram-se as maiores áreas com<br />
85
solos asfaltados e concretados, o que aumenta a retenção<br />
de calor, formando o que se conhece por "ilhas de calor".<br />
Tal fenômeno ocorre porque esses materiais absorvem o<br />
calor e devolvem para o ar sob a forma de radiação térmica.<br />
Em áreas urbanas, devido à atuação conjunta do efeito<br />
estufa e das "ilhas de calor", espera-se que o consumo de<br />
energia elétrica:<br />
a) Diminua devido à utilização de caldeiras por indústrias<br />
metalúrgicas;<br />
b) Aumente, devido ao bloqueio da luz do sol pelos gases<br />
do efeito estufa;<br />
c) Diminua devido à não necessidade de aquecer a água<br />
utilizada em indústrias;<br />
d) Aumente, devido à necessidade de maior refrigeração de<br />
indústrias e residências.<br />
112- Observe a imagem abaixo:<br />
ZIEGLER, M. F. Energia Sustentável. Revista IstoÉ. 28 abr. 2010.<br />
A fonte de energia representada na figura, considerada uma das mais limpas e sustentáveis do mundo, é extraída pelo calor<br />
gerado:<br />
a) Pela circulação do magma no subsolo;<br />
b) Pelo sol que aquece as águas com radiação ultravioleta;<br />
c) Pela queima do carvão e combustíveis fósseis;<br />
d) Pelos detritos e cinzas vulcânicas.<br />
86
HIDROGRAFIA<br />
A densidade de rios de uma bacia está relacionada ao clima<br />
da região. Na Amazônia, que apresenta altos índices<br />
pluviométricos, existem muitos rios perenes e caudalosos.<br />
Em áreas de clima árido ou semi-árido, os rios secam no<br />
período em que não chove.<br />
As bacias brasileiras são divididas em dois tipos: Bacia de<br />
Planície, utilizada para navegação, e Bacia Planáltica, que<br />
permite aproveitamento hidrelétrico.<br />
A Hidrografia brasileira apresenta os seguintes aspectos:<br />
A Hidrografia é um elemento natural marcante na<br />
paisagem brasileira.<br />
Bacias Hidrográficas são regiões geográficas formadas por<br />
rios que deságuam num curso principal de água. Os rios<br />
possuem aproveitamento econômico diversificado,<br />
irrigando terras agrícolas, abastecendo reservatórios de<br />
água urbanos, fornecendo alimentos e produzindo energia<br />
elétrica.<br />
Os rios geralmente têm origem em regiões não muito<br />
elevadas, com exceção do rio Amazonas e alguns de seus<br />
afluentes que nascem na cordilheira dos Andes.<br />
O Brasil possui a rede hidrográfica mais extensa do Globo,<br />
com 55.457km2. Muitos de seus rios destacam-se pela<br />
profundidade, largura e extensão, o que constitui um<br />
importante recurso natural. Em decorrência da natureza do<br />
relevo, predominam os rios de planalto. A energia<br />
hidráulica é a fonte primária de geração de eletricidade<br />
mais importante do Brasil.<br />
Não possui lagos tectônicos, devido à transformação das<br />
depressões em bacias sedimentares. No território brasileiro<br />
só existem lagos de várzea e lagoas costeiras, como a dos<br />
Patos (RS) e a Rodrigo de Freitas (RJ), formadas por<br />
restingas.<br />
Com exceção do Amazonas, todos os rios brasileiros<br />
possuem regime fluvial. Uma quantidade de água do rio<br />
Amazonas é proveniente do derretimento de neve da<br />
cordilheira dos Andes, o que caracteriza um regime misto<br />
(pluvial e nival).<br />
Todos os rios são exorréicos, ou seja, têm como destino<br />
final o oceano.<br />
Só existem rios temporários no Sertão nordestino, que<br />
apresenta clima semiárido. No restante do país, os rios são<br />
perenes.<br />
Os rios de planalto predominam em áreas de elevado índice<br />
pluviométrico. A existência de desníveis no terreno e o<br />
grande volume de água contribuem para a produção de<br />
hidroeletricidade.<br />
Bacias hidrográficas brasileiras<br />
As principais bacias hidrográficas brasileiras são: Bacia<br />
Amazônica, Bacia do Araguaia/Tocantins, Bacia Platina,<br />
Bacia do São Francisco e Bacia do Atlântico Sul.<br />
87
88<br />
Bacia Amazônica<br />
Seus principais rios são:<br />
1. Rio Amazonas<br />
2. Rio Solimões<br />
3.Rio Negro<br />
4. Rio Xingu<br />
5. Rio Tapajós<br />
6. Rio Jurema<br />
7. Rio Madeira<br />
8. Rio Purus<br />
9. Rio Branco<br />
10. Rio Juruá<br />
11. Rio Trombetas<br />
12. Rio Uatumã<br />
13. Rio Mamoré<br />
Maior bacia hidrográfica do planeta<br />
É a maior bacia hidrográfica do planeta, com cerca de<br />
7.000.000 km2, dos quais aproximadamente 4.000.000<br />
km2 estão situados em território brasileiro, e o restante<br />
distribuído por oito países sul-americanos: Guiana<br />
Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru,<br />
Equador, Bolívia.<br />
Tem a sua vertente delimitada pelos divisores de água da<br />
cordilheira dos Andes, pelo Planalto das Guianas e pelo<br />
Planalto Central.<br />
Seu principal rio nasce no Peru, com o nome de Vilcanota,<br />
e depois recebe as denominações de Ucaiali, Urubamba e<br />
Marañon. Ao entrar no Brasil, passa a se chamar Solimões,<br />
até o encontro com o Rio Negro, passando a ser chamado<br />
a partir daí de Rio Amazonas.<br />
É o rio mais extenso do planeta, com 6.868 km de<br />
comprimento, e de maior volume de água, com drenagem<br />
superior a 5,8 milhões de km2.<br />
Sua largura média é de 5 km, chegando a mais de 50 km<br />
em alguns trechos. Possui cerca de 7 mil afluentes. Possui<br />
ainda, grande número de cursos de águas menores e canais<br />
fluviais criados pelos processos de cheia e vazante.<br />
A maioria de seus afluentes nasce nos escudos dos<br />
Planaltos das Guianas e Brasileiro na Venezuela,<br />
Colômbia, Peru e Bolívia. Possui o maior potencial<br />
hidrelétrico do país, mas a baixa declividade do seu terreno<br />
dificulta a instalação de Usinas Hidrelétricas.<br />
Na época das cheias, ocorre o fenômeno conhecido como<br />
"Pororoca", provocado pelo encontro de suas águas com o<br />
mar. Enormes ondas se formam, invadindo o continente.<br />
Localizada numa região de planície,a Bacia Amazônica<br />
possui cerca de 23 mil km de rios navegáveis,<br />
possibilitando o desenvolvimento do transporte<br />
hidroviário. O Rio Amazonas é totalmente navegável.<br />
A Bacia Amazônica abrange os estados do Amazonas,<br />
Pará, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso.<br />
O Rio Amazonas é atravessado pela linha do Equador,<br />
portanto possui afluentes nos dois hemisférios. Os<br />
principais afluentes da margem esquerda são o Japurá, o<br />
Negro e o Trombetas e da margem direita o Juruá, o Purus,<br />
o Madeira, o Xingu e o Tapajós.<br />
Bacia do Tocantins-Araguaia<br />
Seus principais rios são:<br />
1. Rio Araguaia<br />
2. Rio Tocantins<br />
É a maior bacia localizada inteiramente em terri 10.0pt;<br />
font-family: Verdana;"> Dentre os principais afluentes da<br />
bacia Tocantins-Araguaia, estão os rios do Sono, Palma e
Melo Alves, todos situados na margem direita do rio<br />
Araguaia.<br />
Seu rio principal, o Tocantins nasce na confluência dos rios<br />
Maranhão e Paraná, em Goiás, percorrendo 2.640 km até<br />
desembocar na foz do Amazonas.<br />
Durante o período de cheias, seu trecho navegável é de<br />
1.900 km, entre as cidades de Belém (PA) e Peixe (GO).<br />
Em seu curso inferior situa-se a Hidrelétrica de Tucuruí, a<br />
segunda maior do país, que abastece os projetos de<br />
mineração da Serra do Carajás e da Albrás.<br />
O rio Araguaia nasce na serra das Araras, no Mato Grosso,<br />
na fronteira com Goiás. Tem cerca de 2.600 km de<br />
extensão. Desemboca no rio Tocantins em São João do<br />
Araguaia, logo antes de Marabá.<br />
No extremo Nordeste de Mato Grosso, o rio divide-se em<br />
dois braços, pela margem esquerda o rio Araguaia e pela<br />
margem direita o rio Javaés, por aproximadamente 320 km,<br />
formando a ilha de Bananal, maior ilha fluvial do mundo.<br />
O rio é navegável por cerca de 1.100 km, entre São João do<br />
Araguaia e Beleza, porém, não possui nenhum centro<br />
urbano de destaque ao longo desse trecho.<br />
O regime hidrológico da bacia é bem definido. No<br />
Tocantins, a época de cheia estende-se de outubro a abril,<br />
com pico em fevereiro, no curso superior, e março, nos<br />
cursos médio e inferior.<br />
No Araguaia, as cheias são maiores e um mês atrasadas em<br />
decorrência do extravasamento da planície do Bananal. Os<br />
dois rios secam entre maio e setembro, com picos de seca<br />
em setembro.<br />
A construção da hidrovia Araguaia-Tocantins tem sido<br />
questionado por ONGs que criticam os impactos<br />
ambientais que poderão ser causados. Por exemplo, a<br />
hidrovia cortaria 10 áreas de conservação ambiental e 35<br />
áreas indígenas, afetando cerca de 10 mil índios.<br />
Bacia do São Francisco<br />
Divide-se em quatro regiões: Alto São Francisco, das<br />
nascentes até Pirapora-MG; Médio São Francisco, entre<br />
Pirapora e Remanso – BA; Submédio São Francisco, de<br />
Remanso até a Cachoeira de Paulo Afonso, e, Baixo São<br />
Francisco, de Paulo Afonso até a foz no oceano Atlântico.<br />
Possui área de aproximadamente 645.000 km2 e é<br />
responsável pela drenagem de 7,5% do território nacional.<br />
É a terceira bacia hidrográfica do Brasil, ocupando 8% do<br />
território nacional. É a segunda maior bacia localizada<br />
inteiramente em território nacional.<br />
A bacia encontra-se no estados da Bahia, Minas Gerais,<br />
Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Goiás e no Distrito<br />
Federal. Situa-se quase inteiramente em áreas de planalto.<br />
O rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na serra da<br />
Canastra e atravessa o sertão semi-árido mineiro e baiano,<br />
o que possibilita a sobrevivência da população ribeirinha<br />
de baixa renda, a irrigação de pequenas propriedades e a<br />
criação de gado. Possui grande aproveitamento<br />
hidrelétrico, abastecendo não só a região Nordeste, como<br />
também parte da região Sudeste.<br />
Até a sua foz, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe,<br />
o São Francisco percorre 3.160 km. Seus principais<br />
afluentes são os rios Paracatu, Carinhanha e Grande na<br />
margem esquerda e os rios Salitre, das Velhas e Verde<br />
Grande na margem direita.<br />
Embora atravesse um longo trecho em clima semiárido, é<br />
um rio perene e navegável por cerca de 1.800 km, desde<br />
Pirapora (MG) até a cachoeira de Paulo Afonso.<br />
Apresenta fortes quedas em alguns trechos, e tem seu<br />
potencial hidrelétrico aproveitado através das Usinas de<br />
Paulo Afonso, Sobradinho, Três Marias e Moxotó, entre<br />
outras. O rio São Francisco liga as duas regiões mais<br />
populosas e de mais antigo povoamento: Sudeste e<br />
Nordeste.<br />
Bacia Platina<br />
É constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai<br />
e Uruguai.<br />
Seus principais rios são:<br />
1. Rio Uruguai<br />
2. Rio Paraguai<br />
3. Rio Iguaçu<br />
4. Rio Paraná<br />
5. Rio Tietê<br />
6. Rio Paranapanema<br />
7. Rio Grande<br />
8. Rio Parnaíba<br />
9. Rio Taquari<br />
10. Rio Sepotuba<br />
89
90<br />
É a segunda maior bacia hidrográfica do planeta, com<br />
1.397.905 km2. Se estende por Brasil, Uruguai, Bolívia,<br />
Paraguai e Argentina. Possui cerca de 60,9% das<br />
hidrelétricas em operação ou construção do Brasil.<br />
O rio da Prata se origina do encontro dos três principais<br />
rios desta bacia: Paraná, Paraguai e Uruguai. Eles se<br />
encontram na fronteira entre a Argentina e o Uruguai.<br />
A bacia do Paraná possui localização geográfica<br />
privilegiada, situada na parte central do Planalto<br />
Meridional brasileiro.<br />
O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão e é o<br />
segundo em extensão na América. É formado pela junção<br />
dos rios Grande e Parnaíba. Apresenta o maior<br />
aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando a Usina<br />
de Itaipu, entre outras. Os afluentes do Paraná, como o<br />
Tietê e o Paranapanema, também apresentam grande<br />
potencial hidrelétrico. Sua navegabilidade e a de seus<br />
afluentes vem sendo aumentada pela construção da<br />
hidrovia Tietê-Paraná.<br />
A hidrovia serve para o transporte de cargas, pessoas e<br />
veículos, tornando-se uma importante ligação com os<br />
países do Mercosul. São 2.400 km de percurso navegável<br />
ligando as localidades de Anhembi e Foz do Iguaçu. Em<br />
função de suas diversas quedas, o rio Paraná possui<br />
navegação de porte até a cidade argentina de Rosário. O rio<br />
Paraná é o quarto do mundo em drenagem, drenando todo<br />
o centro-sul da América do Sul, desde as encostas dos<br />
Andes até a Serra do Mar.<br />
A bacia do Paraguai é típica de planície e sua área é de<br />
345.000 km2. Atravessa a Planície do Pantanal e é muito<br />
utilizada na navegação.<br />
O rio Paraguai possui cerca de 2.550 km de extensão ao<br />
longo dos territórios brasileiro e paraguaio. Tem sua<br />
origem na serra de Araporé, a 100 km de Cuiabá (MT).<br />
Seus principais afluentes são os rios Miranda, Taquari, Apa<br />
e São Lourenço. Antes de se juntar ao rio Paraná para<br />
formarem o rio da Prata, o rio Paraguai banha o Paraguai e<br />
a Argentina. O rio Paraguai drena áreas de importância,<br />
como o Pantanal mato-grossense.<br />
A bacia do Uruguai tem um trecho planáltico, com<br />
potencial hidrelétrico, e outro de planície, entre São Borja<br />
e Uruguaiana (RS).<br />
O rio Uruguai nasce pela fusão dos rios Canoas (SC) e<br />
Pelotas (RS), servindo de divisa entre Rio Grande do Sul e<br />
Santa Catarina, Brasil e Argentina, e mais ao sul, entre<br />
Uruguai e Argentina. Possui uma extensão de<br />
aproximadamente 1.500 km e deságua no Estuário do<br />
Prata.<br />
Seu curso superior é planáltico e possui expressivo<br />
potencial hidrelétrico. Os cursos médio e inferior são de<br />
planície e oferecem condições favoráveis para a<br />
navegação. É navegável desde sua foz até a cidade de Salto.<br />
Fazem parte de sua bacia os rios Peixe, Chapecó,<br />
Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini.<br />
O aproveitamento econômico da bacia do Uruguai é pouco<br />
expressivo quer seja em termos de navegação, quer seja em<br />
termos de produção hidrelétrica.<br />
Bacia do Atlântico Sul<br />
O Brasil possui ao longo de seu litoral três conjuntos de<br />
bacias secundárias denominadas bacias do Atlântico Sul,<br />
divididas em três trechos: Norte-Nordeste, Leste e Sudeste.<br />
Estes trechos não possuem ligação entre si, foram<br />
agrupados por possuírem rios que correm próximo ao<br />
litoral e deságuam no Oceano Atlântico.<br />
Seus principais rios são:<br />
1. Oiapoque<br />
2. Gurupi<br />
3. Parnaíba<br />
4. Jequitinhonha<br />
5. Doce<br />
O trecho Norte-Nordeste é formado por rios perenes que<br />
correm ao norte da bacia Amazônica e entre as fozes dos<br />
rios Tocantins e São Francisco. Entre seus rios, destacamse:<br />
Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una,<br />
Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru; Mearim e<br />
Parnaíba. São cinco braços principais, cobrindo uma área<br />
de 2.700 km2.<br />
O principal rio é o Parnaíba, com 970 km de extensão. Sua<br />
foz, localizada entre Piauí e Maranhão, forma o único Delta<br />
Oceânico da América. O rio Parnaíba é também uma<br />
importante hidrovia utilizada no transporte dos produtos<br />
agrícolas da região.<br />
O trecho Leste é formado pelas bacias dos rios que correm<br />
entre a foz do São Francisco e a divisa entre os estados do<br />
Rio de Janeiro e São Paulo. Seus rios de maior destaque<br />
são: Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris,<br />
Itapicuru, das Contas e Paraguaçu.
Seu rio mais importante é o Paraíba do Sul, localizado entre<br />
os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.<br />
Possui, ao longo de seu curso, grande aproveitamento<br />
hidrelétrico, bem como indústrias importantes como a<br />
Companhia Siderúrgica Nacional.<br />
O trecho Sudeste é formado pelas bacias dos rios que estão<br />
ao sul da divisa dos estados do Rio de Janeiro e de São<br />
Paulo. Entre eles, destacam-se: Jacuí, Itajaí e Ribeira do<br />
Iguape. Eles possuem importância regional pela<br />
participação em atividades como transporte hidroviário,<br />
abastecimento de água e geração de energia elétrica.<br />
113 - A figura adiante representa um perfil esquemático do<br />
Planalto Nordestino Brasileiro.<br />
Assinale a alternativa que expressa as características e o<br />
nome da unidade geográfica indicada com o número 3.<br />
a) Superfícies pouco elevadas, clima semi-árido, vegetação<br />
de caatinga, cultivo do cacau e cana-de-açúcar em grandes<br />
propriedades, denominada Agreste.<br />
b) Planície litorânea, presença de mangues, clima tropical<br />
úmido, resquícios de mata tropical, cultivo de cana-deaçúcar<br />
e cacau em grandes propriedades, denominada Zona<br />
da Mata.<br />
c) Área de transição, relevo de chapadas relativamente<br />
elevadas, presença de inúmeros rios, cultivo de produtos<br />
alimentares e criação de gado leiteiro em pequenas<br />
propriedades, denominada Agreste.<br />
d) Superfícies elevadas, densa hidrografia, clima tropical,<br />
resquícios de mata tropical, intensa atividade agrícola,<br />
denominada Sertão.<br />
a) um lago.<br />
b) altitudes acima de 800m.<br />
c) altitudes abaixo de 500m.<br />
d) rebaixamento do relevo e desaguadouro de rios.<br />
e) maiores altitudes e nascentes dos rios.<br />
115 -Considere as frases:<br />
I - Relevo de terras baixas, com predomínio de áreas de<br />
deposição sedimentar<br />
II - Clima marcado por duas estações, com verão chuvoso<br />
e inverno seco<br />
III - Hidrografia rica em rios, devido às condições naturais<br />
da região<br />
Sobre a Região Norte, são verdadeiras:<br />
a) I, II, III<br />
b) I, II<br />
c) I, III<br />
d) II, III<br />
e) nenhuma das frases<br />
116 - A divisão do Brasil apresentada no mapa a seguir<br />
relaciona-se com:<br />
e) Área deprimida, vastas planuras, clima semiárido,<br />
presença de "brejos", vegetação de caatinga, criação de<br />
gado em grandes propriedades, denominada Sertão.<br />
114 - Analisando a representação das diferentes altitudes<br />
e da hidrografia da área mapeada, podemos inferir que, no<br />
local assinalado pela letra A, temos:<br />
a) clima.<br />
b) relevo.<br />
c) hidrografia.<br />
d) regiões geográficas.<br />
e) vegetação.<br />
91
117 - A paisagem brasileira está dividida em domínios<br />
morfoclimáticos.<br />
a) Cite os estados brasileiros nos quais está presente o<br />
domínio das araucárias.<br />
b) Descreva as características desse domínio, considerando<br />
os elementos: clima, relevo, solo, vegetação e hidrografia.<br />
decorrência da predominância de climas secos, mesmo<br />
apresentando rios como o Nilo e o Congo, que estão entre<br />
os maiores do mundo.<br />
e) Apesar de apresentar um relevo com predomínio de<br />
terrenos de formação geológica antiga, aparecem alguns<br />
trechos mais elevados de origem recente, onde se<br />
encontram alguns vulcões.<br />
119 - Segundo José William Vesentini, "os seis domínios<br />
morfoclimáticos brasileiros têm por base a superposição do<br />
clima, relevo, solo, vegetação e hidrografia, ou seja, um<br />
certo "ar de família" em extensas áreas, onde o visual da<br />
paisagem é normalmente fornecido pela vegetação."<br />
Com base no texto anterior, é CORRETO afirmar que:<br />
(01) no domínio da Araucária, predomina o clima<br />
subtropical e o relevo é marcado pela presença do planalto<br />
Meridional.<br />
(02) o domínio da Pradaria localiza-se no sul do Brasil e<br />
trata-se do prolongamento dos campos (vegetação<br />
herbácea e típica de climas temperados e subtropicais) do<br />
Uruguai e da Argentina.]<br />
(04) o domínio da Caatinga caracteriza-se por um solo<br />
fraco em quantidade de minerais e muito profundo, o que,<br />
associado à falta de chuvas, ocasiona uma vegetação<br />
florestal de grande porte.<br />
(08) o domínio Amazônico, predomina a floresta<br />
latifoliada equatorial que aí encontra boas condições de<br />
crescimento, devido ao clima quente e à grande quantidade<br />
de chuvas.<br />
(16) o domínio do Cerrado localiza-se no Planalto Central<br />
do Brasil, onde predomina o clima tropical típico ou<br />
semiúmido.<br />
Soma ( )<br />
92<br />
118 - Em relação ao continente africano, todas as opções a<br />
seguir estão corretas, EXCETO uma. Assinale-a.<br />
a) Se, por um lado, o relevo predominantemente planáltico<br />
do continente torna seus rios pouco navegáveis, por outro,<br />
favorece seu potencial hidrelétrico, que é bastante grande.<br />
b) Seu litoral bastante extenso, porém pouco recortado,<br />
dificulta seu aproveitamento para a instalação de portos.<br />
c) Em toda a porção central o clima seco favorece o<br />
domínio de formações vegetais desérticas, sendo que<br />
apenas ao norte encontramos a mancha de floresta<br />
equatorial refletindo a maior umidade desta região.<br />
d) Em geral apresenta uma hidrografia pobre, em<br />
Explique por que o relevo é o elemento determinante da<br />
hidrografia.
c) na vegetação do Pantanal.<br />
d) na vegetação da região Centro-Oeste.<br />
e) no clima do Nordeste.<br />
123 - Quais as principais características da hidrografia<br />
brasileira?<br />
120 - É incorreto afirmar sobre a hidrografia brasileira que:<br />
a) o São Francisco é totalmente navegável e seu principal<br />
porto é Marabá.<br />
b) os rios brasileiros são quase todos de regime pluvial.<br />
c) o rio Doce banha importante região que abrange as<br />
"cidades do aço".<br />
d) os rios temporários do Nordeste são aproveitados para<br />
açudagem.<br />
e) a navegação fluvial é importante para o país, pois<br />
possuímos 45.000km de rios navegáveis.<br />
124 - Por que o Centro-Oeste é um grande divisor de águas<br />
da hidrografia brasileira?<br />
121 - O fato de ser o clima da região Sul do tipo subtropical<br />
é explicado:<br />
a) pelo relevo.<br />
b) pelo movimento de rotação da terra.<br />
c) pelas formações vegetais.<br />
d) pela posição geográfica<br />
e) pela hidrografia<br />
122 - O planalto da Borborema interfere:<br />
a) na hidrografia da região Sul.<br />
b) na hidrografia da Sudeste.<br />
93
125-<br />
127 - Sobre a HIDROGRAFIA da América do Sul, numere<br />
a coluna 2, de acordo com a coluna 1 (rios) e marque a<br />
alternativa que apresenta a numeração CORRETA.<br />
Coluna 1<br />
1 – Orenoco<br />
2 – Amazonas<br />
3 – Negro<br />
4 – Paraná<br />
5 – Paraguai<br />
Todas as alternativas apresentam características da área em<br />
destaque nesse mapa, EXCETO<br />
a) Presença de temperaturas médias anuais elevadas,<br />
pequena amplitude térmica, forte umidade relativa do ar e<br />
intensa nebulosidade.<br />
b) Presença de terras firmes ou baixos planaltos, os quais<br />
apresentam uma topografia monótona caracterizada por<br />
amplos interflúvios e colinas tabulares.<br />
c) Presença de tipos diferenciados de formações florestais<br />
perenifólias em função de variações climáticas,<br />
topográficas e variações de solo e de hidrografia.<br />
d) Presença de uma paisagem fluvial modelada em função<br />
de canais caracterizados, por trechos encachoeirados e<br />
corredeiras, onde a água escoa em alta velocidade.<br />
Coluna 2<br />
( ) Nasce no peru (Andes), onde é chamado de Marañon.<br />
( ) Na Venezuela drena uma extensa área dominada por<br />
planícies, sendo navegável até por navios de grande<br />
tonelagem.<br />
( ) Nasce no Brasil e deságua no Atlântico, formando um<br />
imenso estuário, o rio da Prata, entre a Argentina e o<br />
Uruguai.<br />
( ) Em sua confluência com o rio Solimões dá origem ao<br />
nome Amazonas para designar o maior rio do mundo em<br />
volume de água.<br />
( ) Sendo navegável, é de grande importância para o seu<br />
país que não dispõe de saída para o mar<br />
126 - Quanto à hidrografia brasileira, julgue os itens a<br />
seguir:<br />
I. Em sua maior parte, os rios brasileiros são perenes, com<br />
exceção de alguns rios da região semiárida do Nordeste,<br />
que podem desaparecer durante uma parte do ano.<br />
II. Por percorrer uma região de planalto, a maior parte da<br />
bacia do Paraguai apresenta-se encachoeirada, permitindo<br />
intenso aproveitamento hidroelétrico.<br />
III. Em função da característica climática da Região Sul,<br />
com chuvas concentradas numa determinada época do ano,<br />
seus rios apresentam uma vazante acentuada.<br />
Assinale:<br />
a) se for correta apenas a afirmativa I.<br />
b) se forem corretas apenas as afirmativas I e II.<br />
c) se forem corretas apenas as afirmativas I e III.<br />
d) se forem corretas apenas as afirmativas II e III.<br />
e) se forem corretas as afirmativas I, II e III.<br />
a) 5, 1, 4, 3, 2<br />
b) 4, 1, 2, 3, 5<br />
c) 3, 2, 1, 4, 5<br />
d) 2, 1, 4, 3, 5<br />
e) 1, 2, 4, 3, 5<br />
128 - Assinale a alternativa correta sobre a hidrografia da<br />
Europa.<br />
a) O rio Ródano escoa a produção agrícola do Norte da<br />
França.<br />
b) O rio Danúbio permite a ligação da Europa Central com<br />
o Atlântico.<br />
c) O rio Reno escoa a produção do Vale do Ruhr.<br />
d) O rio Pó permite a irrigação das áreas áridas do Sul da<br />
Itália.<br />
e) O rio Elba liga o interior da Alemanha ao Mar Negro.<br />
94
129 - Considere as seguintes afirmações sobre a<br />
hidrografia<br />
brasileira:<br />
I. Apresenta lagos tectônicos, formados pela ocupação das<br />
depressões pelo mar, como a lagoa dos Patos (RS) e a<br />
Rodrigo de Freitas (RJ).<br />
II. A ocorrência de rios temporários é predominante no<br />
sertão nordestino, onde o clima é semi-árido.<br />
III. Predominam rios de planície, facilitando o<br />
aproveitamento do potencial hidrelétrico.<br />
IV. Todos os rios brasileiros, com exceção do Amazonas,<br />
possuem regime pluvial.<br />
Estão corretas SOMENTE<br />
a) I e II<br />
b) I e III<br />
c) II e III<br />
d) II e IV<br />
e) III e IV<br />
baseados nas características dos ecossistemas europeus.<br />
(02) uma das primeiras respostas à escassez de água, nos<br />
desertos, é a ausência de vegetação.<br />
(04) a variedade botânica brasileira é resultado da expansão<br />
e retração das florestas, cerrados e caatingas, provocada<br />
pela alternância de climas úmidos e secos nas regiões<br />
tropicais, durante os períodos glaciais do Quaternário.<br />
(08) o aproveitamento econômico da Floresta Amazônica<br />
pela indústria madeireira é dificultado pela<br />
heterogeneidade e dispersão das espécies arbóreas.<br />
(16) a vegetação natural depende principalmente do clima<br />
e, em grau menor do solo, da hidrografia e do relevo.<br />
(32) as florestas espinhosas tropicais e subtropicais<br />
ocorrem em regiões de baixa pluviosidade das altas<br />
latitudes.<br />
(64) a madeira e a erva-mate da Floresta Subtropical<br />
pluvial passaram a ser exploradas, a partir do século XIX,<br />
no Oeste do Paraná, sendo exportadas para a Argentina e<br />
para a Europa, através do Rio Paraná.<br />
Soma ( )<br />
130 - NÃO se refere ao quadro econômico e ambiental da<br />
Amazônia:<br />
a) A Serra dos Carajás, rica em recursos minerais, atraiu<br />
grandes investimentos para sua exploração.<br />
b) A ação predatória dos garimpos provoca grave poluição,<br />
por mercúrio, nos leitos fluviais.<br />
c) A associação do clima, hidrografia e relevo é<br />
determinante na formação da sua cobertura vegetal natural.<br />
d) A formação de pastagens condiciona o intenso<br />
desmatamento de imensas áreas florestais.<br />
e) O extrativismo vegetal, principal atividade regional, é a<br />
base da economia amazônica.<br />
131 - "Dependemos das florestas para cada passo de nossas<br />
vidas." (ROSS, J.L.S. "<strong>Geografia</strong> do Brasil". São Paulo:<br />
Edusp, 1995, p.143)<br />
Além das inúmeras utilidades das florestas, é correto<br />
afirmar que<br />
(01) as áreas de florestas tropicais têm demonstrado que<br />
seus solos são impróprios para métodos de cultivo<br />
95
A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESPAÇO<br />
MUNDIAL<br />
As origens do processo de industrialização remontam ao<br />
século XVlll, quando na sua segunda metade, emergem na<br />
Inglaterra, grande potência daquele período, uma série de<br />
transformações de ordem econômica, política, social e<br />
técnica, que convencionou-se chamar de Revolução<br />
Industrial.<br />
Hoje esse processo já é conhecido como 1ª Revolução<br />
Industrial, pois nos séculos XlX, e no XX, novas<br />
transformações geraram a emergência das 2ª e 3ª<br />
Revoluções Industriais.<br />
As transformações de ordem espacial a partir da indústria<br />
foram enormes, podemos citar como exemplo as próprias<br />
mudanças ocorridas na Inglaterra do século XlX, onde a<br />
indústria associada a modernização do campo, gerou a<br />
expulsam de milhares de camponeses em direção das<br />
cidades, o que gerou a constituição de cidades industriais<br />
que nesse mesmo século ficaram conhecidas como cidades<br />
negras, em decorrência da poluição atmosférica gerada<br />
pelas indústrias. Além disso, ocorreu uma grande mudança<br />
nas relações sociais, as classes sociais do capitalismo<br />
ficaram mais claras, de um lado os donos dos meios de<br />
produção ( burguesia), que objetivavam em primeiro lugar<br />
lucros cada vez maiores, através da exploração da mão de<br />
obra dos trabalhadores que ganhavam salários miseráveis,<br />
e trabalhavam em condições precárias, esses por sua vez<br />
constituindo o chamado proletariado, (classe que vende sua<br />
força de trabalho em troca de um salário), que só vieram<br />
conseguir melhorias a partir do século XX, e isso fruto de<br />
muitas lutas, através de greves que forçaram os patrões e<br />
Estados a concederem benefícios a essa camada da<br />
sociedade.<br />
O avanço da indústria, especialmente a partir do século<br />
XlX, deu-se em direção de outros países europeus como a<br />
França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha, a Itália, e de<br />
países fora da Europa, como os EUA na América e o Japão<br />
na Ásia, a grosso modo esses países viriam a ser no século<br />
vindouro, as potências que iriam dominar o mundo, em<br />
especial os EUA, que hoje sem sombra de dúvidas são a<br />
maior potência não apenas econômica, industrial, mas<br />
também militar do planeta.<br />
A partir do século XX, especialmente após a 2ª Guerra<br />
Mundial, países do chamado terceiro mundo, também<br />
passaram por processos de industrialização, como é o caso<br />
do Brasil. Nesses países foi muito marcante a presença do<br />
Estado nacional no processo de industrialização, e das<br />
empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que<br />
impulsionaram esse processo, e fizeram que alguns países<br />
da periferia do mundo hoje sejam potências industriais. Só<br />
que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo<br />
desenvolvido, a industrialização não resultou<br />
necessariamente na melhoria de vida das populações, ou no<br />
desenvolvimento do país, pois esse processo nos países<br />
subdesenvolvidos se deu de forma dependente de capitais<br />
internacionais, o que gerou um aprofundamento da<br />
dependência externa, como o que é expresso através das<br />
dívidas externas, além do que, as indústrias que para cá<br />
vieram por já serem relativamente modernas não geraram<br />
o número de empregos necessários para absorver a mão de<br />
obra cada vez mais numerosa que vinha do campo para as<br />
cidades, isso fez com que ocorresse um processo de<br />
metropolização acelerado, que não foi acompanhado de<br />
implantação de infra- estrutura e da geração de empregos,<br />
o que gerou um dos maiores problemas dos países<br />
subdesenvolvidos hoje o inchaço das grandes cidades, com<br />
os problemas decorrentes do mesmo.<br />
A industrialização brasileira<br />
Pensar na origem da indústria no Brasil, tem que se incluir<br />
necessariamente, a economia cafeeira desenvolvida no pais<br />
durante o século XlX e boa parte do XX, pois ela foi quem<br />
96
deu as bases para o surgimento da indústria no país, que<br />
começou a ocorrer ainda na Segunda metade do século<br />
XlX. Dentre as contribuições da economia cafeeira para a<br />
industrialização, podemos mencionar:<br />
a) Acumulação de capital necessário para o processo;<br />
b) Criação de infraestrutura;<br />
c) Formação de mercado de consumo;<br />
d) Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes<br />
europeus não portugueses, como os italianos.<br />
No início do século XX, a industrialização brasileira ainda<br />
era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por<br />
exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo<br />
da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de<br />
Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na<br />
chamada era Vargas, o processo de industrialização é<br />
impulsionado, com base nas políticas de caráter<br />
keynesiano. O intervencionismo estatal na economia é cada<br />
vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD,<br />
Petrobrás, Eletrobrás, etc., com o objetivo de industrializar<br />
o país.<br />
No governo de JK, se dá a abertura ao capital internacional,<br />
representado pelas empresas multinacionais e pelos<br />
enormes empréstimos para o estabelecimento de infra<br />
estrutura e de grandes obras como a construção da capital<br />
federal no centro do país, no planalto central, Brasília.<br />
Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK é<br />
continuado, grandes projetos são estabelecidos, a<br />
economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo.<br />
Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a<br />
economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce,<br />
essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do<br />
petróleo, que se dá a partir de 1973.<br />
A grande contradição desse crescimento se deve ao fato<br />
que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento<br />
externo, e por outro através de grande repressão ( vide o AI<br />
5), e arrocho salarial , sobre a classe trabalhadora brasileira,<br />
confirmando a tendência de Modernização conservadora<br />
da economia nacional.<br />
A partir da década de 90, e da emergência das idéias<br />
neoliberais, o processo de industrialização do país toma<br />
novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais<br />
e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital<br />
internacional, além da retirada de direitos trabalhistas<br />
históricos.<br />
Mudanças espaciais também são verificadas na<br />
distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início<br />
da industrialização, a tendência foi de concentração<br />
espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo, isso<br />
fez com que esse estado se torna-se o grande centro da<br />
economia nacional e em decorrência disso recebesse os<br />
maiores fluxos migratórios, mas o que se verifica<br />
atualmente é que a tendência mundial atual de<br />
desconcentração industrial também tem se abalado sobre o<br />
Brasil, pois localidades do interior de São Paulo, do Sul do<br />
país e até mesmo estados nordestinos começam a receber<br />
plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem<br />
sombra de dúvidas para a capital paulista. Esse processo se<br />
deve em especial a globalização da economia que tem<br />
acirrado a competição entre as empresas, que com isso<br />
buscam a redução dos custos de produção buscando<br />
produzir onde é mais barato. Esse processo todo tende a<br />
redesenhar não apenas o espaço industrial brasileiro, mas<br />
de várias áreas do mundo. O mais interessante no caso<br />
brasileiro, é que ele não tem enfraquecido o papel de São<br />
Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas<br />
pelo contrário fortalece, pois o que se desconcentra é a<br />
produção e não a decisão.<br />
97
Classificação das indústrias<br />
3-Tecnologia empregada:<br />
a) Indústrias tradicionais;<br />
b) Indústrias dinâmicas.<br />
Os fatores locacionais<br />
Fatores locacionais devem ser entendidos como as<br />
vantagens que um determinado local pode oferecer para a<br />
instalação de uma indústria.<br />
As indústrias podem ser classificadas com bases em vários<br />
critérios, em geral o mais utilizado é o que leva em<br />
consideração o tipo e destino do bem produzido:<br />
a) Indústrias de base: são aquelas que produzem bens que<br />
dão a base para o funcionamento de outras indústrias, ou<br />
seja, as chamadas matérias primas industrias ou insumos<br />
industriais, como o aço.<br />
b) Indústrias de bens de capital ou intermediárias: são<br />
aquelas que produzem equipamentos necessários para o<br />
funcionamento de outras indústrias, como as de máquinas.<br />
c) Indústrias de bens de consumo: são aquelas que<br />
produzem bens para o consumidor final, a população<br />
comum, elas subdividem-se em:<br />
Podem ser eles:<br />
- Matéria prima abundante e barata;<br />
- Mão de obra abundante e barata;<br />
- Energia abundante e barata;<br />
- Mercados consumidores;<br />
- Infra estrutura;<br />
- Vias de transporte e comunicações;<br />
- Incentivos fiscais;<br />
- Legislações fiscais, tributárias e ambientais amenas.<br />
c.1) Bens duráveis: as que produzem bens para consumo a<br />
longo prazo, como automóveis.<br />
c.2) Bens não duráveis: as que produzem bens para<br />
consumo em geral imediato, como as de alimentos.<br />
Se levarmos em consideração outros critérios como por<br />
exemplo:<br />
1-Maneira de produzir:<br />
a) Indústrias extrativas;<br />
b) Indústrias de processamento ou beneficiamento;<br />
98<br />
c) Indústria de construção;<br />
d) Indústria de transformação ou manufatureira.<br />
2-Quantidade de matéria prima e energia<br />
utilizada:<br />
a) Indústrias leves;<br />
b) Indústrias pesadas.<br />
Durante a 1ª Revolução industrial as indústrias inglesas se<br />
concentraram nas proximidades das bacias carboníferas, o<br />
que fez com que ali surgissem importantes cidades<br />
industriais, que ganharam o apelido de cidades negras, isso<br />
se deu em decorrência do pequeno desenvolvimento em<br />
especial dos meios de transporte. Na 2ª Revolução<br />
Industrial do final do século XlX, com o desenvolvimento<br />
de novos meios de transporte ( ferrovia) e a utilização de
novas fontes de energia ( eletricidade, petróleo, etc.) houve<br />
uma maior liberdade na implantação de indústrias que fez<br />
com que surgissem novas áreas industriais.<br />
No século XX as metrópoles urbano industriais passaram a<br />
concentrar as maiores e mais importantes indústrias, o que<br />
as tornou o centro da economia de vários países do planeta,<br />
como é o caso da região metropolitana de São Paulo no<br />
Brasil, ou do Manufacturing Belt nos EUA. Atualmente a<br />
tendência é a da desconcentração industrial, onde as<br />
indústrias buscam novos locais onde os custos de produção<br />
sejam menores, como ocorre com o chamado Sun Belt nos<br />
EUA, ou na relocalização produtiva que estamos<br />
verificando no Brasil, isso gera uma mudança significativa<br />
dos fluxos migratórios, cidades como São Paulo ou Rio de<br />
Janeiro, deixam de ser as maiores captadoras de pessoas,<br />
cedendo esse posto para cidades do interior de São Paulo<br />
dentre outras localidades.<br />
Na década de 1970, a crise do petróleo fez com que<br />
emergisse para o mundo algo que já vinha sendo gerado no<br />
decorrer do século XX, a 3ª Revolução Industrial, também<br />
chamada de Revolução tecnocientífica informacional.<br />
Esta por sua vez correspondia aos avanços tecnológicos em<br />
especial da informação e dos transportes, representado por<br />
invenções como por exemplo Internet, e os aviões<br />
supersônicos. Os avanços nesses setores tornaram o mundo<br />
menor, encurtaram as distâncias e em alguns casos<br />
aniquilaram o espaço em relação ao tempo, como o que<br />
vemos com a telefonia, dentre tantos outros exemplos.<br />
Tudo isso gerou e tem gerado transformações colossais no<br />
espaço geográfico mundial, as indústrias buscam a<br />
inovação, investem em novas tecnologias, em especial<br />
naquelas que poupem mão de obra como a robótica, o<br />
desemprego estrutural se expande. Antigas regiões<br />
industriais entram em decadência com o processo de<br />
desconcentração industrial, surgem novas regiões<br />
industriais. Surge a fábrica global, que se constitui na<br />
estratégia utilizada pelas grandes empresas internacionais<br />
de produzir se utilizando das vantagens comparativas que<br />
oferecem os variados países do mundo. A terceirização,<br />
também torna-se algo comum, como o que ocorre com<br />
empresas de calçados como a NIKE, que não tem um único<br />
operário em linhas de produção, pois não produz apenas<br />
compra de empresas menores.<br />
Fruto também da revolução tecnocientífica informacional,<br />
surgem os chamados Técnopolos, locais, que podem ser<br />
cidades ou até mesmo bairros onde se instalam empresas<br />
de alta tecnologia como uma Microsoft, em geral<br />
associadas a instituições de pesquisa como universidades.<br />
É o caso do Vale do Silício nos EUA, Tsukuba no Japão, e<br />
cidades como Campinas e São Carlos no Brasil.<br />
A terceira revolução industrial<br />
99
AS MULTINACIONAIS OU<br />
TRANSNACIONAIS<br />
drenagem de capitais que saem do país através das<br />
remessas de lucros.<br />
Modelos produtivos<br />
( Da Segunda revolução industrial à revolução Técnicocientífica).<br />
TAYLORISMO<br />
- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos.<br />
- Racionalização da produção.<br />
- Controle do tempo.<br />
- Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade.<br />
A partir do final do século XlX, começam a surgir os<br />
primeiros trustes (modalidade de concentração e<br />
centralização do capital), os quais dão origem a empresas<br />
multinacionais, que correspondem aquelas que se<br />
expandem para além das fronteiras onde surgiram, algumas<br />
tornando-se verdadeiras empresas globais, como é o caso<br />
da Coca-Cola.<br />
A grande arrancada das multinacionais em direção dos<br />
países subdesenvolvidos se deu a partir do pós 2ª Guerra<br />
mundial, quando várias empresas dos EUA, Europa e<br />
Japão, passaram a se aproveitar das vantagens locacionais<br />
oferecidas por esses países.<br />
Hoje a presença de multinacionais já faz parte do cotidiano<br />
de milhões de pessoas no mundo todo, elas comandam os<br />
fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a<br />
administrar receitas muito superiores a de vários países do<br />
mundo.<br />
As maiores multinacionais do mundo são dos EUA,<br />
seguidas de japonesas e europeias. Empresas desse tipo<br />
surgidas em países do mundo subdesenvolvido ainda são<br />
poucas, e não tão poderosas como dos primeiros.<br />
No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a partir<br />
do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital<br />
internacional proporcionando grande internacionalização<br />
da economia, por outro lado também beneficiou<br />
multinacionais como por exemplo na opção pela via<br />
rodoviárias de transportes para o Brasil, que naquele<br />
momento atraiu várias multinacionais produtoras de<br />
automóveis, mas que condenou os brasileiros a pagarem os<br />
custos mais elevados desse tipo de transporte.<br />
FORDISMO<br />
- Produção e consumo em massa.<br />
- Extrema especialização do trabalho.<br />
- Rígida padronização da produção.<br />
- Linha de montagem.<br />
PÓS-FORDISMO<br />
- Estratégias de produção e consumo em escala planetária.<br />
- Valorização da pesquisa científica.<br />
- Desenvolvimento de novas tecnologias.<br />
- Flexibilização dos contratos de trabalho.<br />
A Industrialização no Brasil<br />
História da industrialização brasileira, momentos mais<br />
importantes do desenvolvimento industrial do Brasil, a<br />
indústria brasileira atualmente.<br />
Hoje a presença delas no Brasil é muito intensa e<br />
numerosa, elas sendo responsáveis por grande parte da<br />
100
Introdução<br />
Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822)<br />
não houve desenvolvimento industrial em nosso país. A<br />
metrópole proibia o estabelecimento de fábricas em nosso<br />
território, para que os brasileiros consumissem os produtos<br />
manufaturados portugueses. Mesmo com a chegada da<br />
família real (1808) e a Abertura dos Portos às Nações<br />
Amigas, o Brasil continuou dependente do exterior, porém,<br />
a partir deste momento, dos produtos ingleses.<br />
Começo da industrialização<br />
Foi somente no final do século XIX que começou o<br />
desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores<br />
passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a<br />
exportação do café, no estabelecimento de indústrias,<br />
principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram<br />
fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de<br />
fabricação mais simples. A mão-de-obra usadas nestas<br />
fábricas eram, na maioria, formada por imigrantes<br />
italianos.<br />
Porém, este desenvolvimento continuou restrito aos<br />
grandes centros urbanos da região sudeste, provocando<br />
uma grande disparidade regional.<br />
Durante este período, a indústria também se beneficiou<br />
com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), pois,<br />
os países europeus, estavam com suas indústrias arrasadas,<br />
necessitando importar produtos industrializados de outros<br />
países, entre eles o Brasil.<br />
Com a criação da Petrobrás (1953), ocorreu um grande<br />
desenvolvimento das indústrias ligadas à produção de<br />
gêneros derivados do petróleo (borracha sintética, tintas,<br />
plásticos, fertilizantes, etc).<br />
Período JK<br />
Era Vargas e desenvolvimento industrial<br />
Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) o<br />
desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos<br />
e feições. JK abriu a economia para o capital internacional,<br />
atraindo indústrias multinacionais. Foi durante este período<br />
que ocorreu a instalação de montadoras de veículos<br />
internacionais (Ford, General Motors, Volkswagen e<br />
Willys) em território brasileiro.<br />
Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-<br />
1945) que a indústria brasileira ganhou um grande impulso.<br />
Vargas teve como objetivo principal efetivar a<br />
industrialização do país, privilegiando as indústrias<br />
nacionais, para não deixar o Brasil cair na dependência<br />
externa. Com leis voltadas para a regulamentação do<br />
mercado de trabalho, medidas protecionistas e<br />
investimentos em infra-estrutura, a indústria nacional<br />
cresceu significativamente nas décadas de 1930-40.<br />
Últimas décadas do século XX<br />
Nas décadas 70, 80 e 90, a industrialização do Brasil<br />
continuou a crescer, embora, em alguns momentos de crise<br />
econômica, ela tenha estagnado. Atualmente o Brasil<br />
possui uma boa base industrial, produzindo diversos<br />
produtos como, por exemplo, automóveis, máquinas,<br />
roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios<br />
industrializados, eletrodomésticos, etc. Apesar disso, a<br />
101
indústria nacional ainda é dependente, em alguns setores,<br />
(informática, por exemplo) de tecnologia externa.<br />
Getúlio Vargas e a Era Vargas<br />
Vida de Getúlio Vargas, Revolução de 1930, Estado Novo,<br />
Era Vargas, história do Brasil República, nacionalismo,<br />
desenvolvimento econômico, "o petróleo é nosso", direitos<br />
trabalhistas, industrialização, desenvolvimento industrial<br />
brasileiro, suicídio de Vargas<br />
Getúlio Vargas<br />
DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) para<br />
controlar e censurar manifestações contrárias ao seu<br />
governo.<br />
Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários<br />
do comunismo. Enviou Olga Benário , esposa do líder<br />
comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.<br />
Realizações<br />
Vargas criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o<br />
salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho,<br />
também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas<br />
também são frutos de seu governo: carteira profissional,<br />
semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.<br />
GV investiu muito na área de infra-estrutura, criando a<br />
Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio<br />
Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco<br />
(1945). Em 1938, criou o IBGE ( Instituto brasileiro de<br />
<strong>Geografia</strong> e estatística). Saiu do governo em 1945, após um<br />
golpe militar.<br />
O Segundo Mandato<br />
Vargas: uma das figuras políticas mais importantes da<br />
História do Brasil<br />
Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições<br />
democráticas. Neste governo continuou com uma política<br />
nacionalista. Criou a campanha do " Petróleo é Nosso" que<br />
resultaria na criação da Petrobrás.<br />
Biografia<br />
Getúlio Dornelles Vargas (19/4/1882 - 24/8/1954) foi o<br />
presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois<br />
mandatos. De origem gaúcha (nasceu na cidade de São<br />
Borja), Vargas foi presidente do Brasil entre os anos de<br />
1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou<br />
a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.<br />
Revolução de 1930 e entrada no poder<br />
Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar<br />
a Revolução de 1930, que derrubou o governo de<br />
Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes,<br />
caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu<br />
governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o<br />
Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e<br />
passa a governar com poderes ditatoriais. Sua forma de<br />
governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o<br />
O suicídio de Vargas<br />
Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do<br />
Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento<br />
com uma frase que entrou para a história : "Deixo a vida<br />
para entrar na História." Até hoje o suicídio de Vargas gera<br />
polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de<br />
governo foram marcados por forte pressão política por<br />
parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do<br />
país não era positiva o que gerava muito descontentamento<br />
entre a população.<br />
Conclusão<br />
Embora tenha sido um ditador e governado com medidas<br />
controladoras e populistas, Vargas foi um presidente<br />
marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras<br />
de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial<br />
brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores.<br />
102
Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada.<br />
Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas<br />
medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores<br />
brasileiros.<br />
Senado, Nereu Ramos, que se encarregou de transmitir os<br />
cargos a Juscelino Kubitschek e João Goulart, a 31 de<br />
janeiro de 1956. A intervenção militar assegurou, portanto,<br />
as condições para posse dos eleitos.<br />
O Plano de Metas<br />
Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961)<br />
"Anos dourados" e Brasília<br />
O governo de Juscelino Kubitschek entrou para história do<br />
país como a gestão presidencial na qual se registrou o mais<br />
expressivo crescimento da economia brasileira. Na área<br />
econômica, o lema do governo foi "Cinquenta anos de<br />
progresso em cinco anos de governo".<br />
Para cumprir com esse objetivo, o governo federal<br />
elaborou o Plano de Metas, que previa um acelerado<br />
crescimento econômico a partir da expansão do setor<br />
industrial, com investimentos na produção de aço,<br />
alumínio, metais não-ferrosos, cimento, álcalis, papel e<br />
celulose, borracha, construção naval, maquinaria pesada e<br />
equipamento elétrico.<br />
O Plano de Metas teve pleno êxito, pois no transcurso da<br />
gestão governamental a economia brasileira registrou taxas<br />
de crescimento da produção industrial (principalmente na<br />
área de bens de capital) em torno de 80%.<br />
Na eleição presidencial de 1955, o Partido Social<br />
Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro<br />
(PTB) se aliaram, lançando como candidato Juscelino<br />
Kubitschek para presidente e João Goulart para vicepresidente.<br />
A União Democrática Nacional (UDN) e o<br />
Partido Democráta Cristão (PDC) disputaram o pleito com<br />
Juarez Távora.<br />
Também concorreram os candidatos Adhemar de Barros e<br />
Plínio Salgado. Juscelino Kubitschek venceu as eleições. O<br />
vice-presidente Café Filho havia substituído Getúlio<br />
Vargas na presidência da República.<br />
Porém, antes de terminar o mandato, problemas de saúde<br />
provocaram o afastamento de Café Filho. Quem assumiu o<br />
cargo foi o presidente da Camara dos Deputados, Carlos<br />
Luz.<br />
A ameaça de golpe<br />
Rumores de um suposto golpe, tramado pelo presidente em<br />
exercício Carlos Luz, por políticos e militares pertencentes<br />
a UDN contra a posse de Juscelino Kubitschek fizeram<br />
com que o ministro da Guerra, general Henrique Teixeira<br />
Lott, mobilizasse tropas militares que ocuparam<br />
importantes prédios públicos, estações de rádio e jornais.<br />
O presidente em exercício Carlos Luz foi deposto. Foi<br />
empossado provisoriamente no governo o presidente do<br />
Desenvolvimento e dependência externa<br />
A prioridade dada pelo governo ao crescimento e<br />
desenvolvimento econômico do país recebeu apoio de<br />
importantes setores da sociedade, incluindo os militares, os<br />
empresários e sindicatos trabalhistas. O acelerado processo<br />
de industrialização registrado no período, porém, não<br />
deixou de acarretar uma série de problemas de longo prazo<br />
para a econômica brasileira.<br />
O governo realizava investimentos no setor industrial a<br />
partir da emissão monetária e da abertura da economia ao<br />
capital estrangeiro. A emissão monetária (ou emissão de<br />
papel moeda) ocasionou um agravamento do processo<br />
inflacionário, enquanto que a abertura da economia ao<br />
capital estrangeiro gerou uma progressiva<br />
desnacionalização econômica, porque as empresas<br />
estrangeiras (as chamadas multinacionais) passaram a<br />
controlar setores industriais estratégicos da economia<br />
nacional.<br />
O controle estrangeiro sobre a economia brasileira era<br />
preponderante nas indústrias automobilísticas, de cigarros,<br />
farmacêutica e mecânica. Em pouco tempo, as<br />
multinacionais começaram a remeter grandes remessas de<br />
lucros (muitas vezes superiores aos investimentos por elas<br />
realizados) para seus países de origem. Esse tipo de<br />
103
104<br />
procedimento era ilegal, mas as multinacionais burlavam<br />
as próprias leis locais.<br />
Portanto, se por um lado o Plano de Metas alcançou os<br />
resultados esperados, por outro, foi responsável pela<br />
consolidação de um capitalismo extremamente dependente<br />
que sofreu muitas críticas e acirrou o debate em torno da<br />
política desenvolvimentista.<br />
O programa de obras públicas e a construção de<br />
Brasília<br />
A gestão de Juscelino Kubitschek também foi marcada pela<br />
implementação de um ambicioso programa de obras<br />
públicas com destaque para construção da nova capital<br />
federal, Brasília. Em 1956, já estava à disposição do<br />
governo a lei nº 2874 que autorizada o Executivo Federal a<br />
começar as obras de construção da futura capital federal.<br />
Em razão de seu arrojado projeto arquitetônico, a<br />
construção da cidade de Brasília tornou-se o mais<br />
importante ícone do processo de modernização e<br />
industrialização do Brasil daquele período histórico. A<br />
nova cidade e capital federal foi o símbolo máximo do<br />
progresso nacional e foi considerada Patrimônio Cultural<br />
da Humanidade.<br />
O responsável pelo projeto arquitetônico de Brasília foi<br />
Oscar Niemeyer, que criou as mais importantes edificações<br />
da cidade, enquanto que o projeto urbanístico ficou a cargo<br />
de Lúcio Costa. Por conta disso, destacam-se essas duas<br />
personalidades, mas é preciso ressaltar que<br />
administradores ligados ao presidente Juscelino<br />
Kubitschek, como Israel Pinheiro, Bernardo Saião e<br />
Ernesto Silva também foram figuras importantes no<br />
projeto. As obras de construção de Brasília duraram três<br />
anos e dez meses. A cidade foi inaugurada pelo presidente,<br />
a 21 de abril de 1960.<br />
Denúncias da oposição<br />
A gestão de Juscelino Kubitschek, popularmente chamado<br />
de JK, em particular a construção da cidade de Brasília, não<br />
esteve a salvo de críticas dos setores oposicionistas. No<br />
Congresso Nacional, a oposição política ao governo de JK<br />
vinha da União Democrática Nacional (UDN).<br />
A oposição ganhou maior força no momento em que as<br />
crescentes dificuldades financeiras e inflacionárias<br />
(decorrentes principalmente dos gastos com a construção<br />
de Brasília) fragilizaram o governo federal. A UDN fazia<br />
um tipo de oposição ao governo baseada na denúncia de<br />
escândalos de corrupção e uso indevido do dinheiro<br />
público. A construção de Brasília foi o principal alvo das<br />
críticas da oposição. No entanto, a ação de setores<br />
oposicionistas não prejudicou seriamente a estabilidade<br />
governamental na gestão de JK.<br />
Governabilidade e sucessão presidencial<br />
Em comparação com os governos democráticos que<br />
antecederam e sucederam a gestão de JK na presidência da<br />
República, o mandato presidencial de Juscelino apresenta<br />
o melhor desempenho no que se refere à estabilidade<br />
política. A aliança entre o PSD e o PTB garantiu ao<br />
Executivo Federal uma base parlamentar de sustentação e<br />
apoio político que explica os êxitos da aprovação de<br />
programas e projetos governamentais.<br />
O PSD era a força dominante no Congresso Nacional, pois<br />
possuía o maior número de parlamentares e o maior<br />
número de ministros no governo. O PSD era considerado<br />
um partido conservador, porque representava interesses de<br />
setores agrários (latifundiários), da burocracia estatal e da<br />
burguesia comercial e industrial.<br />
O PTB, ao contrário, reunia lideranças sindicais<br />
representantes dos trabalhadores urbanos mais organizados<br />
e setores da burguesia industrial. O êxito da aliança entre<br />
os dois partidos deveu-se ao fato de que ambos evitaram<br />
radicalizar suas respectivas posições políticas, ou seja,<br />
conservadorismo e reformismo radicais foram<br />
abandonados.<br />
Na sucessão presidencial de 1960, o quadro eleitoral<br />
apresentou a seguinte configuração: a UDN lançou Jânio<br />
Quadros como candidato; o PTB com o apoio do PSB<br />
apresentou como candidato o marechal Henrique Teixeira<br />
Lott; e o PSP concorreu com Adhemar de Barros.<br />
A vitória coube a Jânio Quadros, que obteve expressiva<br />
votação. Naquela época, as eleições para presidente e vicepresidente<br />
ocorriam separadamente, ou seja, as<br />
candidaturas eram independentes. Assim, o candidato da<br />
UDN a vice-presidente era Milton Campos, mas quem<br />
venceu foi o candidato do PTB, João Goulart. Desse modo,<br />
João Goulart iniciou seu segundo mandato como vicepresidente.
Questões para treinamento<br />
132 - As proposições abaixo tratam da dinâmica espacial<br />
da indústria brasileira. Analise-as e escreva F ou V<br />
conforme sejam Falsas ou Verdadeiras.<br />
( ) Inicialmente o crescimento industrial e os investimentos<br />
em infraestrutura concentraram-se no Sudeste do país. Esse<br />
fenômeno reforçou a tendência de concentração espacial da<br />
indústria e acentuou as desigualdades regionais.<br />
( ) Até a década de 1960 o Sul e o Nordeste eram regiões<br />
industriais periféricas e no Norte e no Centro-Oeste havia<br />
apenas núcleos locais isolados, os chamados enclaves<br />
industriais.<br />
( ) A partir da década de 1940, a fim de impulsionar o<br />
crescimento econômico regional, o governo federal iniciou<br />
a implantação de medidas para descentralizar os<br />
investimentos públicos e privados, entre os quais, com<br />
destaque, os investimentos fiscais.<br />
( ) A partir de 1990, intensificou-se o processo de<br />
desconcentração industrial. Muitas indústrias deixaram<br />
áreas tradicionais e instalaram unidades fabris em novos<br />
espaços geográficos, na busca de vantagens econômicas,<br />
incentivos fiscais, menores custos de produção, mão-deobra<br />
barata, mercado consumidor significativo e atuação<br />
sindical pouco expressiva.<br />
134 - Comparando-se dois momentos do processo de<br />
industrialização brasileira, a década de 1930 e a década de<br />
1950, responda:<br />
a) Quais são as diferenças, com relação ao mercado<br />
externo, entre esses dois momentos?<br />
b) Quais transformações a industrialização trouxe para a<br />
organização espacial brasileira?<br />
A alternativa que apresenta a sequência correta é:<br />
a) V V F F<br />
b) V V V F<br />
c) F F F V<br />
d) V V F V<br />
e) F F V V<br />
133 - Nos últimos 20 anos, os estados nordestinos<br />
ofereceram boas oportunidades para investimentos<br />
nacionais e estrangeiros, resultantes de políticas de isenção<br />
de impostos, subsídios e empréstimos especiais. Os três<br />
estados nordestinos que apresentaram o maior crescimento<br />
no período indicado foram:<br />
a) Sergipe, Piauí e Ceará.<br />
b) Alagoas, Piauí e Sergipe.<br />
c) Bahia, Maranhão e Pernambuco.<br />
d) Ceará, Pernambuco e Bahia.<br />
135 - Sobre o processo industrial brasileiro, são feitas as<br />
seguintes afirmações:<br />
I. A concentração de capitais proporcionada pela economia<br />
cafeeira, favoreceu o desenvolvimento industrial paulista.<br />
II. A ocorrência de combustíveis fósseis, em especial o<br />
carvão, foi um dos motivos que levou à concentração<br />
industrial no Sudeste.<br />
III. A designada “guerra fiscal” e a organização sindical,<br />
contribuíram para a desconcentração verificada a partir do<br />
último quartel do século XX.<br />
IV. O desenvolvimento desigual brasileiro reflete-se na<br />
disparidade da espacialização industrial do país.<br />
V. Responsável pela maior fatia do parque industrial<br />
brasileiro, igualmente, a maior concentração siderúrgica do<br />
país localiza-se no estado de São Paulo.<br />
105
São corretas:<br />
a) I, II e III<br />
b) I, III e IV<br />
c) I, III e V<br />
d) II, III e V<br />
e) III, IV e V<br />
136 –<br />
As Revoluções Industriais constituem uma das bases<br />
fundamentais para todo tipo de construção moderna, tais<br />
como prédios, estradas, viadutos, estádios e sistemas de<br />
esgoto. Tornam-se, assim, uma alavanca para a<br />
urbanização e a produção dos espaços nacionais.<br />
Enquanto a industrialização moderna, na Europa, teve<br />
início por volta de 1750, o primeiro surto industrial no<br />
Brasil data aproximadamente de 1880. Nesse primeiro<br />
momento, predominava no Brasil a indústria de bens<br />
.......(I)......., tais como a de produtos têxteis e alimentícios.<br />
Numa segunda etapa, entre 1930-1954, a industrialização<br />
brasileira toma impulso por meio de um processo<br />
conhecido como .......(II)......., através do qual mercadorias<br />
estrangeiras eram estimuladas a serem produzidas<br />
internamente, por meio de políticas comerciais favoráveis<br />
ao nosso país.<br />
Nesta etapa, foi implantada uma parte da chamada<br />
indústria de bens .......(III)......., importantíssima para a<br />
urbanização e para a continuação da industrialização.<br />
Na próxima etapa, entre 1955-1980, há uma forte entrada<br />
de capital estrangeiro através de indústrias da Segunda<br />
Revolução Industrial, tais como as dos setores<br />
........(IV)........<br />
A figura representa uma política desenvolvimentista do<br />
governo Juscelino Kubitschek, vivenciada pelos brasileiros<br />
entre 1956-1961.<br />
A leitura da figura e do texto permite concluir que a política<br />
desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek é:<br />
106<br />
a) modernizadora, mas não é nacionalista e, por isso,<br />
desvaloriza o capital estrangeiro.<br />
b) desnacionalizadora, pois representa um momento de<br />
entrada significativa de multinacionais no Brasil.<br />
c) modernizadora, pois incrementa as indústrias nacionais<br />
com capitais oriundos das multinacionais norteamericanas.<br />
d) desnacionalizadora, já que conquista o mercado externo,<br />
no mundo globalizado.<br />
e) modernizadora e, ao mesmo tempo, desnacionalizadora,<br />
por não ter sido implantada por nacionalistas e por ter<br />
provocado um aumento da tecnologia nas empresas<br />
nacionais.<br />
137 - Leia o texto e complete as lacunas com as palavras<br />
adequadas.<br />
A construção do espaço e as etapas da<br />
industrialização brasileira<br />
138 - A ocorrência da Primeira Guerra Mundial trouxe para<br />
o Brasil uma importante consequência econômica.<br />
Assinale-a:<br />
a) a introdução de novas culturas, como a da borracha, para<br />
atender aos interesses do mercado externo;<br />
b) a assinatura do Convênio de Taubaté, como forma de<br />
estabilizar o preço do café;<br />
c) o desenvolvimento de um surto de substituição de<br />
importações, resultado das dificuldades geradas no<br />
comércio internacional;<br />
d) a busca de mercados consumidores alternativos no<br />
Oriente, em função das dificuldades para a execução do<br />
comércio com os europeus e norte-americanos;<br />
e) um forte intervencionismo estatal, como forma de<br />
superar as dificuldades do empresariado nacional para a
ealização de investimentos no setor produtivo.<br />
139 - A chegada ao poder de Juscelino Kubitschek, em<br />
1956, possibilitou uma mudança significativa em relação à<br />
economia brasileira, tomando como parâmetro os governos<br />
anteriores. Leia as seguintes afirmativas:<br />
I – Foram concedidas amplas facilidades para o ingresso<br />
em nosso país de investimentos estrangeiros;<br />
II – O Estado passou a não mais intervir em nenhum setor<br />
econômico;<br />
III – Importantes setores da economia foram<br />
desnacionalizados, como o de transportes e o energético;<br />
IV – Coube ao Estado, apenas, o controle sobre o setor de<br />
bens de produção, ficando com os investidores estrangeiros<br />
a produção de bens de consumo duráveis.<br />
Assinale:<br />
b) caracterize o parque industrial da região Sudeste.<br />
a) se as afirmativas I e II forem corretas;<br />
b) se as afirmativas II e III forem corretas;<br />
c) se as afirmativas I e IV forem corretas;<br />
d) se as afirmativas II e IV forem corretas;<br />
e) se as afirmativas I e III forem corretas.<br />
140 -<br />
141 - Após a Segunda Guerra Mundial, a maioria i dos<br />
países latino-americanos implementou políticas de<br />
industrialização por substituição de importações que<br />
tiveram resultados diversos.<br />
Considere as seguintes afirmações sobre os efeitos que a<br />
implementação dessas políticas:<br />
I -Ela acelerou a migração campo-cidade.<br />
II - Ela favoreceu a industrialização nas regiões Sudeste e<br />
Sul.<br />
III - Ela reforçou o papel do Estado brasileiro nas políticas<br />
territoriais.<br />
Quais estão corretas?<br />
Com base no mapa acima e em seus conhecimentos,<br />
a) identifique o tipo de indústria predominante na região<br />
Nordeste, considerando sua capacidade geradora de<br />
emprego.<br />
a) Apenas I.<br />
b) Apenas II.<br />
c) Apenas III.<br />
d) Apenas II e III.<br />
e) I. II e III.<br />
142 - É possível afirmar através de uma visão de síntese<br />
do processo histórico da industrialização no Brasil entre<br />
107
1880 a 1980, que esta foi retardatária cerca de 100 anos em<br />
relação aos centros mundiais do capitalismo. Podemos<br />
identificar cinco fases que definem o panorama brasileiro<br />
de seu desenvolvimento industrial: 1880 a 1930, 1930 a<br />
1955, 1956 a 1961, 1962 a 1964 e 1964 a 1980.<br />
Leia com atenção as afirmações a seguir, identificando-as<br />
com a sua fase de desenvolvimento industrial.<br />
“O fenômeno da desconcentração industrial está<br />
modificando o perfil da economia da Região Sudeste.<br />
Durante boa parte do Século XX, de cada quatro indústrias,<br />
três ficavam no Sudeste. Hoje, embora ainda exista forte<br />
concentração de empresas, a realidade é outra. As<br />
indústrias estão se espalhando pelo país.”<br />
Almanaque Abril 2009<br />
I. Modelo de desenvolvimento associado ao capital<br />
estrangeiro, sem descentralizar a indústria do Sudeste de<br />
forma significativa em direção a outras regiões brasileiras;<br />
corresponde ao período de Juscelino Kubitschek, com<br />
incremento da indústria de bens de consumo duráveis e de<br />
setores básicos.<br />
108<br />
II. Modelo de política nacionalista da Era Vargas, com o<br />
desenvolvimento autônomo da base industrial<br />
demonstrado através da construção da Companhia<br />
Siderúrgica Nacional (CSN). Ressalta-se que, neste<br />
período, a Segunda Guerra Mundial impulsionou a<br />
industrialização.<br />
III. Período de desaceleração da economia e do processo<br />
industrial motivados pela instabilidade e tensão política no<br />
Brasil.<br />
IV. Implantação dos principais setores da indústria de bens<br />
de consumo não duráveis ou indústria leve, mantendo-se a<br />
dependência brasileira em relação aos países mais<br />
industrializados. O Brasil não possuía indústrias de bens de<br />
capital ou de produção.<br />
V. Período em que o Brasil esteve submetido a<br />
constrangimentos econômicos, financeiros e sociais devido<br />
a seu endividamento no exterior com o objetivo de atingir<br />
o crescimento econômico de 10% ao ano. Mesmo assim,<br />
não houve muitos avanços na área social. Modernização<br />
conservadora com o Governo Militar.<br />
(Secretaria da Educação. <strong>Geografia</strong>, Ensino Médio. São<br />
Paulo, 2008. Adaptado.)<br />
A sequência das fases do desenvolvimento industrial<br />
brasileiro descritas nas afirmações é:<br />
a) IV, II, I, III, V.<br />
b) I, II, V, IV, III.<br />
c) III, IV, V, I, II.<br />
d) I, III, II, V, IV.<br />
e) III, IV, II, V, I.<br />
143 - A desconcentração industrial muda o Sudeste<br />
Brasileiro<br />
Fonte: Cadastro Central de Empresas 2006/IBGE<br />
Em relação à desconcentração industrial brasileira nos<br />
últimos anos, considere I, II e III a seguir.<br />
I. Os governos estaduais oferecem vantagens, como<br />
isenção de impostos e mais infraestrutura, às empresas que<br />
se instalem em seu território. A competição é chamada de<br />
“Guerra Fiscal”.<br />
II. Os mercados das regiões norte e nordeste tornaram-se<br />
mais exigentes nas últimas décadas, buscando maior<br />
qualidade e diversidade comercial. Assim sendo, as<br />
empresas se mobilizam com vistas a rendimentos<br />
regionais.<br />
III. Os estados da Região Sul e o Mato Grosso do Sul, no<br />
Centro – Oeste, ficam mais próximos dos integrantes do<br />
bloco Argentina, Uruguai e Paraguai, o que facilita o<br />
transporte de mercadorias, ampliando as relações<br />
comerciais com o Mercosul.<br />
Dessa forma,<br />
a) apenas I está correta.<br />
b) apenas I e II estão corretas.<br />
c) apenas II e III estão corretas.<br />
d) apenas I e III estão corretas.<br />
e) I, II e III estão corretas.
144 - Uma das características da economia brasileira<br />
posterior aos anos 1950 foi a consolidação da chamada<br />
sociedade de consumo, acompanhada pelo<br />
desenvolvimento da propaganda. Apesar de a crise<br />
econômica ter marcado o período 1962-1967, o aumento<br />
do consumo de eletrodomésticos nos domicílios de<br />
trabalhadores de baixa renda mostrou-se constante, até,<br />
pelo menos, a crise do “milagre” brasileiro, na década de<br />
1970.<br />
Uma das explicações para esse aumento do consumo<br />
envolveu:<br />
a) o favorecimento, pelo então Ministro Roberto Campos,<br />
das empresas industriais estatais, que puderam baratear o<br />
custo dos bens de consumo duráveis que produziam.<br />
b) o aumento do salário real das classes trabalhadoras,<br />
beneficiadas pela nova política salarial do governo Castelo<br />
Branco, voltada para a desconcentração da renda no país.<br />
b) A partir dos anos 70, observa-se um processo de<br />
desconcentração industrial no Brasil, com uma redução do<br />
poder relativo da indústria paulista sobre a produção total<br />
brasileira.<br />
c) Mesmo que haja um processo de desconcentração<br />
industrial em curso no Brasil, ainda predomina, na<br />
atualidade, uma forte concentração no sudeste brasileiro,<br />
com mais de 50% da produção industrial total.<br />
d) Nas regiões Sul e Nordeste, verifica-se uma estabilidade<br />
na distribuição da produção industrial, mantendo-se em<br />
posições de absoluto destaque a indústria gaúcha e a<br />
pernambucana.<br />
1 46 -<br />
c) o fortalecimento das pequenas e médias empresas<br />
industriais nacionais, as maiores produtoras de bens de<br />
consumo duráveis, favorecidas pela criação do Imposto<br />
sobre a Produção Industrial, nos anos 1960.<br />
d) as facilidades do crédito concedidas ao consumidor,<br />
após 1964, de modo a preservar a rentabilidade das<br />
indústrias produtoras de bens de consumo duráveis, alvos<br />
da política econômica, então inaugurada.<br />
e) os constrangimentos tributários impostos pelo governo<br />
às multinacionais produtoras de bens de consumo duráveis,<br />
que perderam a concorrência para as estatais desse mesmo<br />
setor.<br />
145 - Analise o quadro abaixo, relativo à distribuição da<br />
produção industrial no Brasil e, em seguida, marque a<br />
afirmativa INCORRETA:<br />
Gráfico elaborado a partir de dados do IBGE, Anuário Estatístico do Brasil, jan.<br />
2001. (Adaptado)<br />
Com base no gráfico acima, Brasil: Valor da produção<br />
industrial, pode-se afirmar CORRETAMENTE que:<br />
01. os estados da Região Sudeste participam com o maior<br />
valor gerado pela atividade industrial no Brasil.<br />
02. a baixa participação da Região Sul no valor total da<br />
produção industrial brasileira deve-se sobretudo à forte<br />
presença de indústrias transnacionais.<br />
04. os estados mais industrializados do Brasil estão<br />
concentrados no Complexo Regional do Centro-Sul.<br />
08. as condições climáticas, a falta de mão de obra<br />
qualificada e a carência de matérias-primas justificam a<br />
baixa participação do estado do Amazonas no valor total da<br />
produção industrial brasileira.<br />
16. Bahia e Pernambuco, na Região Nordeste, contribuem<br />
mais do que os estados do Sul para o valor da produção<br />
industrial do Brasil.<br />
a) Até os anos 70, observa-se um forte processo de<br />
concentração industrial em São Paulo, Rio de Janeiro e<br />
Minas Gerais, que respondiam por cerca de 80% de toda a<br />
produção industrial brasileira.<br />
Soma ( )<br />
109
147 - Durante o Estado Novo (1937-1945), foram criadas<br />
as bases necessárias para o desenvolvimento industrial<br />
brasileiro a partir dos anos 50. O Estado tornou-se o grande<br />
investidor na indústria de base, criando empresas que<br />
foram fundamentais para o surto industrial posterior. Entre<br />
essas empresas, destacamos o (a):<br />
a) Eletrobrás<br />
b) Banco Central<br />
c) Companhia Siderúrgica Nacional<br />
d) Banco do Brasil<br />
e) Petrobras<br />
148 - O desenvolvimento industrial brasileiro, que teve<br />
início no final do século XIX, ocorreu de forma desigual<br />
nas diferentes regiões do Brasil, pois houve uma<br />
concentração da atividade industrial, particularmente, nos<br />
Municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. Dentre outras<br />
razões, explicam esse fato:<br />
a) a formação de um mercado externo na região Sudeste e<br />
a criação de casas de importação por emigrantes<br />
estrangeiros.<br />
b) o domínio da cafeicultura no Sudeste, a consequente<br />
acumulação de capital e a imigração estrangeira que se<br />
erigiu para essa região.<br />
c) o domínio da mineração em São Paulo e a fundação de<br />
casas de exportação que tinham como objetivo abastecer o<br />
mercado brasileiro de produtos nacionais.<br />
d) o desenvolvimento de empresas de extração mineral em<br />
São Paulo, que permitiu a acumulação de capital, e o<br />
consequente fluxo de emigrantes que para lá se dirigiu.<br />
e) a abolição da escravidão e a concentração da população<br />
na região Sudeste, fato que estimulou a criação de casas de<br />
importação.<br />
149 - Juscelino Kubitschek assumiu a presidência do<br />
Brasil em 31 de janeiro de 1956. Seu governo foi marcado<br />
pela ênfase na necessidade de promover o<br />
desenvolvimento econômico sem criar o risco de perturbar<br />
a ordem social, embalado pelo otimismo do lema<br />
“cinquenta anos em cinco”. A política econômica do<br />
governo JK, voltada para os transportes, a educação, a<br />
produção de alimentos, o desenvolvimento da indústria de<br />
base e a construção de Brasília, foi definida em um<br />
documento que sintetizava 31 objetivos.<br />
Marque a opção que contém o nome desse plano.<br />
a) Plano de Metas<br />
b) Plano Collor<br />
c) Plano Cruzado<br />
150 - Por todos os continentes e países do mundo<br />
encontramos inúmeros produtos oriundos da indústria.<br />
Mas, não precisamos viajar para conhecê-los. Em cada<br />
espaço de nossa casa temos esses exemplos: a cama, a<br />
roupa, o som e a TV estão entre eles. Todos esses produtos<br />
são o resultado da transformação de matérias-primas, com<br />
suprimento de energia, em produtos industrializados. Até<br />
consolidar esse processo, a indústria passou por vários<br />
estágios de produção.<br />
(ALMEIDA; RIGOLIN, 2005, p. 123).<br />
Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre a<br />
evolução, os tipos e a localização das indústrias no Brasil e<br />
no Mundo, pode-se afirmar:<br />
(01) A Primeira Revolução Industrial foi marcada pela<br />
hegemonia alemã, pelo uso do carvão vegetal, como<br />
principal fonte de energia, e pela grande dispersão da<br />
atividade industrial em termos do espaço mundial.<br />
(02) A Segunda Revolução Industrial começou no final do<br />
século XIX com o surgimento das indústrias de vanguarda<br />
como a metalúrgica, a siderúrgica, a automobilística e a<br />
petroquímica, sendo o petróleo a sua principal fonte de<br />
energia.<br />
(04) O avanço da Revolução Técnico-Científica-<br />
Informacional já é marcante no Japão, na Alemanha, nos<br />
Estados Unidos e em outros países, embora ainda haja a<br />
permanência de inúmeros traços da Segunda Revolução<br />
Industrial.<br />
(08) A indústria de bens de produção utiliza grande<br />
quantidade de matéria-prima e alto consumo de energia,<br />
visando abastecer outros tipos de indústrias, como as<br />
siderúrgicas.<br />
(16) O vale do Silício brasileiro localiza-se em Pirapora, no<br />
interior de Minas Gerais e, assim como o original norteamericano,<br />
concentra, atualmente, indústrias consideradas<br />
de tecnologia de ponta, especialmente de informática,<br />
eletrônica e de telecomunicações.<br />
(32) O Sudeste afirmou-se como polo da industrialização<br />
brasileira, sobretudo graças à infraestrutura urbana e de<br />
transportes desenvolvida em função da cafeicultura, devido<br />
à chegada do imigrante e pela concentração de<br />
consumidores urbanos.<br />
(64) As usinas termonucleares Angra I, Angra II e Angra<br />
III fornecem a maior parte da energia consumida no sudeste<br />
do Brasil, utilizam tecnologia americana e,<br />
consequentemente, geram pequena quantidade de resíduos<br />
radioativos.<br />
Soma ( )<br />
110
VESTIBULAR 2008<br />
152 - A questão está relacionada aos mapas e às afirmações<br />
a seguir.<br />
151 - Observe o quadro abaixo.<br />
(Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005.p.<br />
159)<br />
Quadro Operários, de Tarsila do Amaral, 1933. Óleo sobre<br />
tela 150 X 205 cm. Acervo Artístico-Cultural dos Palácios<br />
do Governo do Estado de São Paulo Coleção Governo do<br />
Estado de São Paulo.<br />
Tarsila do Amaral (1886-1973) é considerada a primeiradama<br />
do modernismo brasileiro e uma das responsáveis<br />
pela arte genuinamente nacional. Os temas que mais a<br />
interessavam eram os sociais e entre toda a sua obra, se<br />
destaca a tela Operários.<br />
A respeito do processo da industrialização brasileira, é<br />
correto afirmar que<br />
I. Ocorreu de forma tardia, tendo por base o processo de<br />
Substituição de Importações.<br />
II. Seu maior polo, a partir dos anos 1920, foi São Paulo<br />
devido à infraestrutura advinda da economia cafeeira.<br />
III. O primeiro e principal meio de transporte industrial foi<br />
o automotor, favorecido por eficiente malha rodoviária,<br />
que dinamizou a circulação dos mercados desde o início da<br />
economia cafeeira.<br />
IV. Através dele, o êxodo rural foi intenso, transformando<br />
cidades, como São Paulo, em grandes centros<br />
metropolitanos.<br />
Estão corretas,<br />
a) apenas, I, II e III.<br />
b) apenas, II, III e IV.<br />
c) apenas, I e IV.<br />
d) apenas, I, II e IV.<br />
e) I, II, III e IV.<br />
I. As novas unidades produtivas implantadas fora do<br />
Sudeste não conseguiram diminuir as diferenças regionais<br />
de industrialização.<br />
II. Com a redistribuição das indústrias automobilísticas,<br />
São Paulo perdeu a liderança nacional no quesito pessoal<br />
empregado na indústria.<br />
III. Há uma verdadeira guerra fiscal entre os estados e<br />
inúmeras empresas são atraídas para outras regiões do país.<br />
IV. Vários tecnopólos foram implantados no Nordeste,<br />
associados à indústria automobilística.<br />
A leitura dos mapas e os conhecimentos sobre a dinâmica<br />
industrial brasileira permitem afirmar que estão corretos<br />
SOMENTE<br />
a) I e II.<br />
b) I e III.<br />
c) I e IV.<br />
d) II e III.<br />
e) III e IV.<br />
153 - Leia o texto e responda:<br />
A grande guerra de 1914-1918 dará grande impulso à<br />
indústria brasileira. No primeiro grande censo posterior à<br />
guerra realizado em 1920, os estabelecimentos industriais<br />
arrolados somarão 13.336, com 1.815.156 contos de capital<br />
e 275.512 operários. Destes estabelecimentos, 5.936<br />
tinham sido fundados no quinqüênio 1915-1919, o que<br />
revela claramente a influência da guerra.<br />
(Caio Prado Jr. História Econômica do Brasil)<br />
Sobre a relação entre o Brasil e a Primeira Guerra Mundial<br />
é correto afirmar que:<br />
a) A guerra desenrolada na Europa produziu pobreza e<br />
miséria generalizada nos países da América Latina.<br />
111
) Os países latino-americanos, o Brasil entre eles,<br />
tornaram-se exportadores de armamentos para os países<br />
envolvidos no conflito.<br />
c) Durante a Primeira Guerra Mundial, o Brasil conseguiu<br />
manter a neutralidade até o final do conflito, obtendo com<br />
tal postura grandes vantagens ao vender manufaturas para<br />
os dois blocos em conflito.<br />
d) A guerra levou o Brasil a diminuir as exportações e a<br />
aumentar as importações de novos fornecedores, como os<br />
Estados Unidos, o que impediu nossa industrialização.<br />
e) A guerra levou o Brasil a diminuir as importações e a<br />
aumentar as exportações, tendo crescido bastante no eixo<br />
Rio-São Paulo o número de estabelecimentos industriais.<br />
154 - Sobre o processo de industrialização no Brasil,<br />
analise as afirmações a seguir:<br />
I. Até a década de 1930, não se desenvolveu uma política<br />
de industrialização, pois as atenções estavam voltadas para<br />
o setor agrário-exportador.<br />
II. Um período importante para o desenvolvimento<br />
industrial ocorreu após 1945, com o início da crise da<br />
cafeicultura brasileira.<br />
III. Após 1950, o desenvolvimento se fez com grande<br />
participação de capitais estrangeiros, iniciando-se a<br />
internacionalização da economia do país.<br />
IV. Os governantes militares, após 1964, interromperam o<br />
processo de internacionalização, principalmente pela<br />
abertura política e democratização do país.<br />
Está correto o que se afirma em:<br />
a) I e II<br />
b) I e III<br />
c) II e IV<br />
d) I, II e III<br />
e) II, III e IV<br />
155 - Desempenho Industrial Estadual – Taxas anuais reais<br />
de crescimento<br />
representado,<br />
a) a região Sul mostra sensível decréscimo das taxas de<br />
produção industrial, fato que provoca êxodo da população<br />
em busca de emprego nas atividades agrárias.<br />
b) a região Sul apresenta taxas altas e baixas de<br />
crescimento, devido ao esgotamento do modelo baseado<br />
em indústrias alimentícias.<br />
c) os estados selecionados do Nordeste revelam tendência<br />
à estagnação da produção industrial e à retração das<br />
atividades agrárias.<br />
d) os dados apontam para o fenômeno da desconcentração<br />
industrial no Sudeste, em razão da liderança assumida pelo<br />
agronegócio nessa região.<br />
e) a região Sudeste ainda apresenta concentração industrial<br />
expressiva, apesar da diminuição das taxas de crescimento<br />
de parte de seus estados.<br />
156 - No contexto industrial brasileiro, a região Nordeste<br />
do Brasil ocupa a terceira posição. Sobre a atividade<br />
industrial da Região afirma-se:<br />
I. Recentemente, a participação do Estado foi decisiva para<br />
a instalação de uma grande siderúrgica em Pernambuco.<br />
II. O processo de industrialização é antigo e data da<br />
segunda metade do século XIX.<br />
III. Dois estados são responsáveis pela produção industrial<br />
na região: Bahia e Pernambuco.<br />
IV. No estado da Bahia destacam-se as indústrias<br />
petroquímicas que utilizam o petróleo extraído do<br />
Recôncavo Baiano.<br />
Está correto o que se afirma SOMENTE em<br />
a) I e II.<br />
b) I e III.<br />
c) I e IV.<br />
d) II e III.<br />
e) III e IV.<br />
112<br />
Com o auxílio do gráfico e considerando seus<br />
conhecimentos, é possível afirmar que, no período
157 - Leia as seguintes proposições e analise o mapa a<br />
seguir:<br />
c) cassação do Partido Comunista; implantação de uma<br />
política econômica liberal; rompimento das relações<br />
diplomáticas com a União Soviética;<br />
d) definição de uma política denominada Plano de Metas;<br />
incentivo à industrialização.<br />
e) proibição do lança-perfume, do biquíni e das brigas de<br />
galos; implantação de um plano de desvalorização cambial<br />
e contenção de gastos públicos; diminuição de subsídios<br />
para os setores agrícolas.<br />
159 - Durante o governo Médici, o Brasil assistiu a um<br />
vigoroso desenvolvimento que as manifestações ufanistas<br />
patrocinadas pelo governo batizaram de “milagre<br />
econômico”. A esse respeito, pode-se afirmar que:<br />
I. Devido ao seu rico subsolo em minérios, instalaram na<br />
região empresas de extração mineral e siderúrgicas.<br />
II. Nessa região formou-se uma importante zona<br />
siderúrgica e metalúrgica no alto Vale do Rio Doce.<br />
III. Essa região é também um polo industrial, pois abriga<br />
indústrias têxteis, de confecções, de produtos alimentícios<br />
e sedia a Refinaria Gabriel Passos, da Petrobrás.<br />
Adaptado de Panorama Geográfico do Brasil. Melhem<br />
Adas. Ed Moderna, 2004. págs 87 a 89.<br />
As proposições indicam a região assinalada no mapa pela<br />
letra<br />
a) A<br />
b) B<br />
c) C<br />
d) D<br />
158 - São características do governo de Juscelino<br />
Kubitschek:<br />
a) fortalecimento das Forças Armadas; outorga de uma<br />
nova Constituição; repressão do Partido Comunista.<br />
b) modernização por meio de uma política autoritária;<br />
implantação da Usina de Volta Redonda; estabelecimento<br />
do salário mínimo.<br />
a) O sucesso das cifras econômicas deveu-se à criação do<br />
Plano de Metas, idealizado pelo então ministro Antônio<br />
Delfim Neto.<br />
b) Enquanto o PIB subia a taxas em torno de 10% ao ano,<br />
ocorreu, paradoxalmente, um aumento da concentração de<br />
renda e da pobreza.<br />
c) O “milagre” foi decorrência direta da transformação da<br />
economia brasileira, que então abandonava suas bases<br />
rurais e passava a se concentrar na produção urbano<br />
industrial.<br />
d) A arrancada econômica foi fruto do abandono da<br />
indústria de base e da adoção de uma política de<br />
substituição de importações que tornou o Brasil menos<br />
dependente do mercado mundial.<br />
e) Favorecido pela política de recuperação salarial da<br />
classe média posta em prática nos anos sessenta, o<br />
“milagre” chega ao fim com o arrocho salarial imposto<br />
pelo governo Geisel.<br />
160 - Os maiores centros industriais da região Nordeste<br />
são:<br />
a) Recife, Maceió e São Luís.<br />
b) João Pessoa, Maceió e Salvador.<br />
c) São Luís, Natal e Teresina.<br />
d) Fortaleza, Salvador e Recife.<br />
e) Salvador, Fortaleza e João Pessoa.<br />
161 - A maior parte do capital aplicado na industrialização<br />
brasileira, a partir de 1930, teve origem nos lucros obtidos<br />
com a exportação de:<br />
a) soja<br />
b) açúcar<br />
c) café<br />
d) petróleo<br />
e) carvão<br />
113
162 - O setor de leite e derivados, de longa tradição em<br />
Minas, é responsável por mais de 30% da produção<br />
brasileira. A Itambé (Cooperativa Central dos Produtores<br />
Rurais de Minas Gerais), maior empresa do ramo, em<br />
meados de 2000, anunciou que estudava a transferência de<br />
sua produção para Goiás, onde mantém duas fábricas.<br />
Alegava que o governo de Minas cobra 7% de ICMS sobre<br />
o leite longa-vida, ao passo que o estado de Goiás oferece<br />
isenção de 80% para o mesmo produto.<br />
Fonte: Adaptado de http://www.scielo.br/scielo<br />
Este processo envolvendo diferentes interesses de<br />
agricultores e empresas, cuja atribuição é de<br />
responsabilidade dos governos estaduais, recebe o nome<br />
de:<br />
a) guerra fiscal.<br />
b) tarifa aduaneira.<br />
c) isenção de imposto de renda.<br />
d) taxa de câmbio.<br />
e) guerra fria.<br />
a) Garibaldi, Londrina e Maringá.<br />
b) Porto Alegre, Brusque e Garibaldi.<br />
c) Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul.<br />
d) Joinville, Garibaldi e Blumenau.<br />
e) Bento Gonçalves, Garibaldi e Joinville.<br />
165 - O período comumente denominado de “anos<br />
dourados” marcaram uma etapa da recente história<br />
brasileira associada ao desenvolvimentismo (abertura de<br />
rodovias, expansão da rede hidrelétrica, implantação da<br />
indústria automobilística, descentralização da capital) e à<br />
atmosfera cultural marcada pelo surgimento da Bossa<br />
Nova. A que governo tal período está associado:<br />
a) Juscelino Kubistchek<br />
b) João Goulart<br />
c) Getúlio Vargas<br />
d) Eurico Gaspar Dutra<br />
e) Jânio da Silva Quadros<br />
163 - O Brasil é considerado por muitos estudiosos como<br />
um país de industrialização tardia ou país subdesenvolvido<br />
industrializado. Denominações à parte, é certo que o Brasil<br />
tem aumentado a participação dos produtos industriais na<br />
pauta das exportações. Analise as afirmações sobre o<br />
processo de industrialização brasileiro.<br />
166<br />
-<br />
( ) Apesar de vir perdendo indústrias nas últimas duas<br />
décadas, a região Sudeste ainda mantém a liderança<br />
nacional tanto no que se refere ao valor de produção como<br />
quanto ao número de empregados no setor industrial.<br />
( ) Um novo modelo de industrialização tem sido instalado<br />
no Brasil. Trata-se da criação de Zonas Especiais de<br />
Exportação em áreas densamente povoadas como o litoral<br />
da região Norte e na área central da região Sul.<br />
( ) Até a década de 1990, a metrópole de São Paulo<br />
concentrava ¾ da produção nacional de veículos. Na última<br />
década, as transnacionais automobilísticas optaram pela<br />
descentralização e surgiram unidades produtivas em outras<br />
regiões como o Sul e o Nordeste.<br />
( ) Permanece em vigor o modelo de substituição de<br />
importações da década de 1950; apesar das políticas<br />
neoliberais e do processo de globalização, a produção<br />
nacional continua protegida das importações de bens<br />
industriais concorrentes aos nacionais.<br />
( ) A internacionalização do processo de industrialização<br />
ocorreu em fases sucessivas: uma delas foi no período JK<br />
quando se instalaram no País indústrias de bens de<br />
consumo duráveis; a mais recente está associada às<br />
privatizações das estatais na década de 1990.<br />
www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm/album<br />
O governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-<br />
1961) costuma ser lembrado como o dos “anos dourados”.<br />
As classes médias urbanas viviam em clima de grande<br />
otimismo, marcado especialmente pelo acesso a bens de<br />
consumo que transformavam seu estilo de vida. Contudo,<br />
a política desenvolvimentista que caracterizou o período<br />
também causou indesejáveis modificações na economia do<br />
país.<br />
Indique duas consequências negativas da adoção dessa<br />
política para a economia brasileira da época.<br />
114<br />
164 - As indústrias de bebidas na região Sul do Brasil estão<br />
estabelecidas no interior das áreas de pequenos e médios<br />
produtores de uva. As cidades que apresentam a maior<br />
concentração de indústrias de bebidas do Brasil são:
167 - As considerações a seguir dizem respeito à cidade<br />
localizada no mapa.<br />
Está correto o que se afirma em:<br />
a) apenas I e II.<br />
b) apenas II e III.<br />
c) apenas I e III.<br />
d) apenas III.<br />
e) I, II e III.<br />
169 - Estado de SP fica com peso menor no setor<br />
A Pesquisa Industrial Anual do IBGE confirma a<br />
continuidade do processo de desconcentração regional da<br />
indústria no Brasil. O peso da indústria paulista caiu de<br />
46,4% em 2000 para 42,5% em 2003. São Paulo, porém,<br />
ainda está bem à frente do segundo colocado – Minas<br />
Gerais, com 10%.<br />
Em contrapartida ao desempenho de São Paulo, ganharam<br />
espaço, na estrutura industrial do país, Rio de Janeiro (por<br />
causa do petróleo), Paraná, Bahia, Amazonas, Goiás e Pará.<br />
I. Seu pólo industrial é fruto de um Decreto-lei da época do<br />
regime militar, portanto, imposto à sociedade brasileira.<br />
II. Suas empresas realizam operações básicas de montagem<br />
incorporando, gradativamente, componentes de fabricação<br />
nacional.<br />
III. A produção industrial é altamente subsidiada.<br />
IV. O regime tributário estabelece concorrência desleal<br />
com os produtores de outras regiões do país.<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
a) Polo Têxtil de Belém.<br />
b) Distrito Industrial de Santarém.<br />
c) Zona Franca de Manaus.<br />
d) Polo Siderúrgico de Porto Velho.<br />
e) Zona Petroquímica de Palmas.<br />
168 - Entre as causas que explicam a relativa diminuição<br />
de concentração industrial na área metropolitana de São<br />
Paulo podemos considerar.<br />
I. A deseconomia de escala na região, em face dos baixos<br />
custos de produção.<br />
II. Um sindicalismo forte e atuante na Grande São Paulo e<br />
nos arredores.<br />
III. Incentivos Fiscais oferecidos por outras regiões.<br />
Fonte: Adaptado de Folha de S. Paulo, 22/06/2005.<br />
a) Cite e explique dois motivos do processo de<br />
desconcentração mencionado no texto.<br />
b) Identifique e explique um fenômeno geográfico<br />
decorrente da desconcentração industrial.<br />
Resposta:<br />
a) O processo de desconcentração industrial se dá em<br />
função, principalmente, da guerra fiscal (isenção e<br />
facilidades fiscais) e da busca da diminuição do custo da<br />
produção (menor carga tributária, mão-de-obra mais barata<br />
e infra-estrutura menos saturada, etc.). Acrescenta-se,<br />
ainda, o desenvolvimento das telecomunicações.<br />
b) Um fenômeno geográfico decorrente da<br />
desconcentração industrial é a maior distribuição da<br />
riqueza e da população ao longo do território nacional, a<br />
partir da expansão da estrutura e do dinamismo do setor<br />
industrial em direção a outras regiões do país.<br />
170 - A conseqüência geral do desemprego na Europa e<br />
nos Estados Unidos foi uma drástica redução no comércio<br />
internacional, que regrediu ao nível de 1913. Não havia<br />
compradores para o café do Brasil, o trigo da Argentina, a<br />
lã da Austrália e a seda do Japão. Assim, a crise espalhavase<br />
pelo mundo, com seu trágico cortejo de falências,<br />
desemprego e fome. Apenas a União Soviética não foi<br />
atingida, uma vez que estava isolada do mercado<br />
internacional pelo boicote dos países capitalistas.<br />
(Mariana Martins, (ed.). Grandes Fatos do Século XX.<br />
Adaptado)<br />
Tanto no Brasil, sob a presidência de Getúlio Vargas,<br />
115
quanto nos Estados Unidos, sob a presidência de<br />
Roosevelt, foram tomadas medidas, até certo ponto<br />
semelhantes, para se combaterem os efeitos da Crise de 29.<br />
Sobre tais medidas, pode-se dizer que foram baseadas<br />
a) no liberalismo econômico, ou seja, na total ausência do<br />
Estado na organização econômica dos países, pois se<br />
acreditava na tese desenvolvida por Adan Smith de que o<br />
Estado não deve interferir na economia.<br />
b) no intervencionismo estatal, a partir da criação de uma<br />
legislação trabalhista e da injeção de dinheiro público na<br />
economia, com a realização de grandes obras nos Estados<br />
Unidos e com a compra e queima de estoques de café no<br />
Brasil.<br />
c) em processos de privatizações que, ao mesmo tempo em<br />
que capitalizaram o Estado e permitiram ao governo<br />
desenvolver programas de combate à miséria, tornaram as<br />
empresas mais competitivas.<br />
d) no incentivo às atividades agrícolas que visavam tornar<br />
o país auto-suficiente e, por consequência, menos<br />
dependente das relações comerciais com os demais países,<br />
seriamente atingidos pela crise.<br />
e) na busca, por parte do Brasil, de uma balança comercial<br />
favorável que gerasse superávit para o governo pagar, aos<br />
Estados Unidos, a dívida acumulada desde o término da 1.a<br />
Guerra Mundial.<br />
brasileiras estimulava a indústria nacional, mas, ao mesmo<br />
tempo, tornava mais cara a importação de máquinas de que<br />
o parque industrial dependia.<br />
c) O setor cafeeiro estimulou a industrialização ao<br />
promover a imigração e os empregos urbanos vinculados<br />
ao complexo cafeeiro, criando um mercado para os<br />
produtos manufaturados. Assim, o principal ramo<br />
industrial era o da indústria de base (ferro), seguido das<br />
indústrias alimentícias.<br />
d) As máquinas utilizadas nas indústrias eram produzidas<br />
no Brasil, e os principais industriais eram brasileiros,<br />
marcando o caráter nacional da industrialização. A política<br />
do Estado, no sentido de favorecer a queda da taxa de<br />
câmbio, estimulava a indústria nacional.<br />
e) No início do século XX, no censo de 1907, São Paulo<br />
surgia na frente dos estados com 35% da produção<br />
industrial, seguido do Distrito Federal com 16,6% e do Rio<br />
Grande do Sul com 14,9%.<br />
172 - Considere o mapa apresentado.<br />
116<br />
171 - “O Armazém Progresso de São Paulo começou com<br />
uma porta no lado par da Rua da Abolição. Agora tinha<br />
quatro no lado ímpar. Também o Natale não despregava do<br />
balcão de madrugada a madrugada.<br />
Trabalhava como um danado. E dona Bianca suando firma<br />
na cozinha e no bocce.<br />
- Se não é essa cousa de imposto, puxa vida!<br />
Mas a caderneta da Banca Francese ed Italiana per<br />
L’America Del Sud ria dessa cousa de imposto.”<br />
MACHADO, Antônio de Alcântara. Brás, Bexiga e Barra<br />
Funda. São Paulo: Klick, 1997, p.65.<br />
Sobre a industrialização em São Paulo, na Primeira<br />
República, é correto afirmar:<br />
a) O crescimento industrial resultou da abolição da<br />
escravatura. O declínio do setor agrário e da exportação de<br />
café e a oferta abundante de mão-de-obra estimularam o<br />
surto industrial paulista.<br />
b) O crescimento industrial originou-se pelo menos de duas<br />
fontes inter-relacionadas: o setor cafeeiro e os imigrantes.<br />
A desvalorização da moeda praticada pelas finanças<br />
Assinale a alternativa que interpreta corretamente as<br />
informações expressas.<br />
a) Os eixos rodoviários pouco interferiram como fatores<br />
locacionais das indústrias, já que as ferrovias sempre foram<br />
o principal meio de circulação no Estado desde o ciclo do<br />
café.<br />
b) A hidrovia do Tietê é um fator importante para a<br />
localização dos parques industriais, principalmente no<br />
escoamento da produção automobilística, visando às<br />
exportações do Mercosul.
c) O sistema Anchieta-Imigrantes liga a metrópole de São<br />
Paulo à aglomeração industrial da Baixada Santista,<br />
passando pelo ABCD, a maior aglomeração industrial da<br />
América Latina.<br />
d) Na direção do Rio de Janeiro, o eixo da Via Dutra<br />
apresenta uma importante aglomeração no município de<br />
Guarulhos, interligando os polos industriais de alta<br />
tecnologia no Vale do Ribeira Paulista.<br />
e) Entre as cidades de Osasco e Carapicuíba, na Grande<br />
São Paulo, estrutura-se um importante corredor industrial,<br />
atravessado pelo sistema rodoviário Bandeirantes-<br />
Anhanguera.<br />
Introdução – Fontes de Energia<br />
Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de<br />
energia. Elas podem ser renováveis ou esgotáveis. Por<br />
exemplo, a energia solar e a eólica (obtida através dos<br />
ventos) fazem parte das fontes de energia inesgotáveis. Por<br />
outro lado, os combustíveis fosseis (derivados do petróleo<br />
e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em<br />
nosso planeta, podendo acabar caso não haja um consumo<br />
racional.<br />
Principais fontes de Energia<br />
· Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em<br />
função da grande quantidade de rios em nosso país. A agua<br />
possui um potencial energético e quando represada ele<br />
aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na<br />
queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico,<br />
produzindo energia. Embora a implantação de uma usina<br />
provoque impactos ambientais, na fase de construção da<br />
represa, esta é uma fonte considerada limpa.<br />
· Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do<br />
acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de<br />
energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e<br />
esta, contribui com o aumento do efeito estufa e<br />
aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos<br />
dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão<br />
mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é<br />
bem menor.<br />
· Energia de biomassa – é a energia gerada a partir<br />
da decomposição, em curto prazo, de materiais orgânicos<br />
(esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas).<br />
O gás metano produzido é usado para gerar energia.<br />
· Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes<br />
hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os<br />
movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte<br />
limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.<br />
· Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que<br />
possui muita energia. Quando o núcleo é desintegrado, uma<br />
enorme quantidade de energia é liberada. As usinas<br />
nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade.<br />
Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo<br />
nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas<br />
nucleares, embora raros, representam um grande perigo.<br />
· Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta<br />
terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas regiões,<br />
a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem<br />
utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar<br />
energia. Ainda é pouco utilizada.<br />
· Energia gravitacional – gerada a partir do movimento<br />
das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado de<br />
implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em<br />
energia afirmam que, no futuro, esta, será uma das<br />
principais fontes de energia do planeta.<br />
· Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em<br />
função do custo elevado de implantação, é uma fonte<br />
limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais.<br />
A radiação solar é captada e transformada para gerar calor<br />
ou eletricidade.<br />
117
118<br />
PRODUÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL<br />
Resumo: neste tutorial será mostrado o desenvolvimento<br />
do Brasil nas várias formas de obtenção de energia, como<br />
foi beneficiado por ter potencial hidrelétrico, e qual o<br />
beneficio e objetivo da criação do programa Proálcool.<br />
Consumo de energia<br />
A estrutura geológica do Brasil é privilegiada em<br />
comparação com outros países. O potencial hidrelétrico<br />
brasileiro é elevado, as possibilidades de obtenção de<br />
energia usando a biomassa como parte primária são<br />
enormes e a produção do petróleo e gás natural vem<br />
aumentando gradualmente. O que falta para atingir a<br />
autossuficiência energética é a política energética com<br />
planejamento e execução bem intencionados. No setor<br />
petrolífero o Brasil já é autossuficiente.<br />
Petróleo<br />
Em 1938, foi perfurado o primeiro poço de petróleo em<br />
território nacional. Foi no município de Lobato, na bacia<br />
do Recôncavo Baiano, que a cidade de Salvador. Com a<br />
criação do CNP (Conselho de Petróleo) o governo passou<br />
a planejar, organizar e finalizar o setor petrolífero.<br />
Em 1953, Getúlio Vargas criou a Petrobrás e instituiu o<br />
monopólio estatal na extração, transporte e refino de<br />
petróleo no Brasil; monopólio exercido em 1995. Com a<br />
crise do petróleo, em 1973, houve a necessidade de se<br />
aumentar a produção interna para diminuir o petróleo<br />
importado, mas a Petrobrás não tinha capacidade de<br />
investimento.<br />
O governo brasileiro, diante dessa realidade, autorizou a<br />
extração por parte de grupos privados, através da lei dos<br />
contratos de risco. Se uma empresa encontrasse petróleo,<br />
os investimentos feitos seriam reembolsados e ela se<br />
tornaria sócia da Petrobrás naquela área. Caso a procura<br />
resultasse em nada, a empresa arcaria sozinha com os<br />
prejuízos da prospecção, por isso o nome contratado de<br />
risco.<br />
Foram feitos dez contratos com empresas nacionais e<br />
estrangeiras, mas nenhuma achou petróleo. Desde 1988,<br />
com promulgação da última Constituição, esses contratos<br />
estão proibidos, o que significa a volta do monopólio de<br />
extração da Petrobrás.<br />
Em 1995, foi quebrado o monopólio da Petrobrás na<br />
extração, transporte, refino e importação de petróleo e seus<br />
derivados. O estado pode contratar empresas privadas ou<br />
estatais que queriam atuar no setor.<br />
Possuindo treze refinarias, onze delas pertencendo a União,<br />
o Brasil é autossuficiente no setor, precisando importar<br />
pequenas quantidades que não são produzidas<br />
internamente. O petróleo sempre é refinado junto aos<br />
centros, ou seja, próximo aos grandes centros<br />
consumidores, isso ajuda a diminuir os gastos com<br />
transportes.<br />
O consumo interno vem diminuindo desde 1979, com o<br />
segundo choque mundial. O governo passou a incentivar<br />
industrias que substituíssem esse combustível por energia<br />
elétrica.<br />
Em 1973, o Brasil produzia apenas 14% do petróleo que<br />
consumia, o que nos colocava nessa posição bastante frágil<br />
e tornava a nossa economia muito suscetível as oscilações<br />
externas no preço do barril do petróleo. Já em 1999, o país<br />
produzia aproximadamente 62% das necessidades<br />
nacionais de consumo.<br />
Essa diminuição da dependência externa, relaciona-se a<br />
descoberta de uma importante bacia petrolífera em altomar,<br />
na plataforma continental de Campos, litoral norte do<br />
estado do Rio de janeiro. Essa bacia é responsável por mais<br />
de 65% da população nacional de petróleo.<br />
Ainda na plataforma continental, destaca-se nos estados de<br />
Alagoas, Sergipe e Bahia, que juntos são responsáveis por<br />
cerca de 14% da produção do petróleo bruto. No continente<br />
a área mais importante é Massoró, seguida do Recôncavo<br />
baiano.<br />
Mais da metade do petróleo consumido no Brasil é gasto<br />
no setor de transporte, cujo modelo de desenvolvimento é<br />
o rodoviário. Essa opção é a que mais consome energia no<br />
transporte de mercadorias e pessoas pelo território. Por isso<br />
há uma necessidade de o país investir nos transportes<br />
ferroviários e hidroviários para diminuir custos e o<br />
consumo de uma fonte não-renovável de energia.<br />
Energia Elétrica<br />
Em 1994, estimava-se que o país possuía potencial<br />
hidrelétrico em mais de 260 mil MW e a capacidade<br />
nominal instalada de produção encontrava-se na casa dos<br />
60 mil MW de energia elétrica. Desse total, 90% era obtido<br />
em usinas hidrelétricas e 10% em termelétricas.<br />
O Rio Grande do Sul e Santa Catarina, possuem usinas<br />
termelétricas devido a disponibilidade de carvão mineral,<br />
tornando básicos os gastos com transportes. Há usinas
termelétricas também, em São Paulo, por apresentar duas<br />
vantagens: o custo de instalação de uma usina termelétrica<br />
é bem menor do que de uma hidrelétrica, e a localização de<br />
uma usina hidrelétrica é determinada pela topografia do<br />
terreno, enquanto uma termelétrica pode ser instalada em<br />
locais mais convenientes.<br />
Atualmente, no estado de São Paulo, muitas usinas de<br />
açúcar e álcool estão usando a queima de bagaço da canade-açúcar<br />
como fonte primaria para a produção de energia<br />
e tornaram-se autossuficientes.<br />
O maior potencial hidrelétrico instalado no Brasil<br />
encontra-se na bacia do rio Paraná. Essa bacia drena a<br />
região onde se iniciou efetivamente o processo de<br />
industrialização brasileiro e que por isso conseguiu receber<br />
mais recursos investidos em infraestrutura. Mas, o maior<br />
potencial disponível do país está nos afluente do rio<br />
Amazonas, na região norte, onde a básico adensamento de<br />
ocupação humana e econômica não atraiu investimentos.<br />
Durante a década de 70 e inicio da década de 80, foi dão<br />
grande impulso ao setor. A partir dos dois choques do<br />
petróleo de 1973 e 1979, a produção de energia elétrica<br />
passou a receber grandes investimentos, por se tratar de<br />
fonte alternativa ao petróleo. Apolítica governamental<br />
estabeleceu como prioridade a construção de grandes<br />
usinas.<br />
Quando analisamos seus aspectos técnicos essas obras são<br />
polemicas e questionáveis. Usinas com grande potencial<br />
exigem a construção de uma enorme represa, que causa<br />
sérios danos ambientais, além de exigir a instalação de uma<br />
extensa, sofisticada e caríssima rede de transmissão de<br />
energia, que chega a estender-se por um raio de mais de 2<br />
mil quilômetros.<br />
A construção de pequenas e medias usinas ao longo da área<br />
atendida pelos grandes projetos de extensão mineral e<br />
siderúrgicas causaria um impacto ambiental menor e<br />
diminuiriam as perdas na transmissão da energia.<br />
O Álcool<br />
O álcool é uma fonte renovável de energia e sua queima em<br />
motores a explosão é menos poluentes, se comparada com<br />
a queima dos derivados do petróleo.<br />
Em 1975, o Brasil criou o Programa Nacional do Álcool<br />
(Proálcool), com a intenção de substituir o petróleo por<br />
outras fontes de energia. Tratou-se de um programa bem<br />
custoso aos cofres públicos, que só se estruturou e continua<br />
existindo a custa de enormes subsídios. A partir de 1989,<br />
quando o governo diminuiu os subsídios para a produção e<br />
consumo do álcool, o setor entrou em crise e o país passou<br />
a importar o combustível da Europa.<br />
No interesse de enfrentar a crise do petróleo, foram dados<br />
empréstimos a juros subsidiados aos maiores produtoras de<br />
cana-de-açúcar, para que construíssem usinas de grande<br />
porte para a produção de álcool<br />
Em função do Proálcool, as alterações ocorridas no campo<br />
para que alguns cidadãos circulassem com carros a álcool<br />
foram desastrosas. Por não estabelecer preço mínimo para<br />
a tonelada cana-de-açúcar até 1989, o governo<br />
praticamente abandonou os pequenos e médios produtores<br />
as mãos da ganância dos grandes usineiros. O governo não<br />
compra cana apenas álcool produzido nas usinas. Os donos<br />
das usinas costumavam pagar um preço muito baixo pela<br />
cana-de-açúcar, levando milhares de pequenos e médios<br />
proprietários a falência, obrigando-os a vender suas terras.<br />
Essa dinâmica provocou o aumento do mínimo de<br />
trabalhadores diaristas, incentivo maior a monocultura e<br />
êxodo rural.<br />
O programa foi implantado, em escala nacional, em uma<br />
época em que sua produção e consumo apresentam custos<br />
maiores que os verificados pela gasolina, por isso a<br />
necessidade de subsídios. Atualmente, após o<br />
desenvolvimento tecnológico obtido no setor, o álcool<br />
tornou-se economicamente viável, pelo menos se for<br />
consumida próxima a região produtora. Mas, seu consumo<br />
está espalhado por todo o Brasil, e seu transporte é feito em<br />
caminhões movidos a diesel, analisar a sua totalidade,<br />
causa enormes prejuízos aos cofres públicos.<br />
119
EXERCÍCIO<br />
173 - Que outra fonte de energia vem substituindo o<br />
petróleo? E porque?<br />
----------------------------------------------------------------------<br />
----------------------------------------------------------------------<br />
-----------------------------------------------------------<br />
174 - Onde se encontra o maior potencial hidrelétrico no<br />
Brasil, e porque?<br />
---------------------------------------------------------------------<br />
----------------------------------------------------------------------<br />
-----------------------------------------------------------<br />
175 - Com que objetivo foi criado o Proálcool, e o que<br />
custou ao governo?<br />
---------------------------------------------------------------------<br />
----------------------------------------------------------------------<br />
-----------------------------------------------------------<br />
120
SISTEMA DE TRANSPORTES<br />
Síntese<br />
Nos últimos anos a economia mundial e a economia<br />
brasileira têm sofrido mudanças importantes, apresentando<br />
nos últimos 10 anos taxas de expansão de 46 %, enquanto<br />
o Brasil acumulou no mesmo período uma taxa de 25 %. O<br />
presente trabalho denominado Análise dos entraves do<br />
setor de transportes às exportações do Brasil, tem como<br />
objetivo evidenciar a importância da infraestrutura de<br />
transportes para o desenvolvimento do país. A pesquisa<br />
realizada foi de caráter exploratório através de estudos já<br />
realizados, pesquisas em sites da internet, revistas, livros e<br />
artigos. Esta dissertação mostra uma visão ampla dos<br />
entraves às exportações brasileiras tendo focado<br />
principalmente na infraestrutura de transportes, que<br />
atualmente apresenta uma matriz totalmente distorcida do<br />
que é recomendado, predominando o transporte rodoviário<br />
com cerca de 60% de tudo que é transportado no Brasil,<br />
acarretando no custo país, tornando o menos competitivo<br />
no mercado internacional que Com o estudo realizado<br />
chegou-se a conclusão de que é extremamente necessário<br />
maiores investimento no sistema de transportes,<br />
proporcionando manutenção as rodovias, restaurando as<br />
ferrovias e principalmente investimento na criação de vias<br />
navegáveis. Desta maneira adequando melhor a matriz de<br />
transportes brasileira, melhorando a qualidade de<br />
escoamento da produção e assim, torna-se mais<br />
competitivo no mercado mundial.<br />
Palavras-chave: Brasil, ferroviário, infraestrutura,<br />
rodoviário<br />
Introdução<br />
As facilidades de comunicação, tecnológicas e de<br />
transporte, impulsionaram a globalização. Hoje é possível<br />
ter informações do mercado mundial com a mesma<br />
facilidade do que do comércio doméstico, possibilitando<br />
um conhecimento profundo de um mercado em potencial,<br />
que antes era difícil atender.<br />
O Brasil é a décima economia mundial, analisado através<br />
dos critérios do Produto Interno Bruto e, atualmente, está<br />
entre os 20 maiores exportadores mundiais, segundos<br />
dados do Instituto de Matemática e Estatística da USP<br />
(2006). O crescimento econômico brasileiro depende das<br />
exportações, uma vez que esta atividade remete divisas em<br />
moeda estrangeira equilibrando as contas públicas.<br />
O crescimento econômico brasileiro, se comparado com a<br />
média mundial, está muito aquém das suas potencialidades.<br />
Enquanto o mundo acumulou uma taxa de expansão de<br />
46%, nos últimos 10 anos, o país registrou nos mesmo<br />
período somente 25%. Recentemente, o país alcançou a<br />
meta de 100 bilhões de dólares exportados, porém está<br />
marca tem pouca representatividade quando se traça um<br />
comparativo com a situação mundial. O Brasil, mesmo<br />
estando entre os 20 maiores exportadores e tendo<br />
121
apresentado recordes de exportação possui uma<br />
participação de 1% do fluxo mundial.<br />
As dificuldades encontradas para o maior crescimento<br />
estão ligadas diretamente a entraves internos, que há<br />
muitos governos se repetem sem solução, entre elas estão<br />
a burocracia excessiva, a falta de tecnologia, a carência de<br />
educação e principalmente a infraestrutura inadequada e<br />
insuficiente.<br />
A falta de infraestrutura para quem trabalha diariamente<br />
com o comércio exterior é o maior problema,<br />
principalmente no que se refere à infraestrutura de<br />
transportes. Faltam linhas aéreas, contêineres, há excessivo<br />
gasto no deslocamento da produção, há perdas ocorridas<br />
por avarias no transporte, além de existir a distorção da<br />
matriz de transportes, havendo uma sobrecarga do modal<br />
rodoviário.<br />
A área de transporte brasileiro acarreta grandes limitações<br />
para o crescimento e expansão da economia brasileira. Essa<br />
deterioração está fundamentada nos investimentos<br />
insuficientes em infraestrutura, pelo menos nas duas<br />
últimas décadas. Hoje, são necessárias providências<br />
imediatas, pois com o bom desempenho do mercado de<br />
cargas pesadas que país vem tendo, é notória a necessidade<br />
urgente de se investir no transporte aéreo, nas rodovias,<br />
ferrovias e hidrovias.<br />
Portanto, o objetivo deste trabalho é evidenciar a<br />
importância da infraestrutura de transportes, mostrando<br />
que sua melhoria poderá auxiliar a reduzir os custos,<br />
inserindo os produtos no mercado mundial com maior<br />
competitividade.<br />
O trabalho foi baseado em uma pesquisa descritiva com<br />
fundamento teórico. A coleta de informações sobre a<br />
situação brasileira e os modais de transporte foi realizada<br />
através de sites da internet, revistas e artigos, sendo<br />
estruturado através de conteúdos teóricos dos livros de<br />
comércio exterior, logística e transportes.<br />
O apontamento de possíveis soluções foi fundamentado em<br />
estudos já realizados por órgãos de renome no país como<br />
MDIC, Fiesp, CNT, FIRJAN entre outros e tendo como<br />
base os conhecimentos adquiridos ao longo dos semestres<br />
do curso de Administração Habilitação Comércio Exterior.<br />
O quadro atual da estrutura de transportes de cargas<br />
brasileiro tem apresentado importantes limitações à<br />
expansão e ao crescimento econômico do País. Esse<br />
cenário é uma realidade reconhecida pelas autoridades, no<br />
entanto, principalmente, o setor produtivo brasileiro, que<br />
depende da infraestrutura presente em todo o Brasil.<br />
Essa situação não é um problema atual, há vários anos o<br />
transporte de cargas brasileiro vem apresentando sintomas<br />
que apontam para graves problemas de deterioração,<br />
decorrentes da falta de investimentos, pelo menos nas duas<br />
últimas décadas. Os problemas estruturais comprometem a<br />
eficiência operacional, tornando-se um entrave ao<br />
desenvolvimento econômico e social do país.<br />
Com os problemas de transportes existentes, o Brasil acaba<br />
desperdiçando bilhões de reais, devido aos acidentes, aos<br />
roubos de carga, á ineficiências operacionais e energéticas.<br />
Como pilares do caos, no setor de transporte, estão as<br />
enormes deficiências de regulação, as políticas<br />
governamentais de investimento e, também, a distorção da<br />
matriz de transporte, acarretando em significativa perda<br />
econômica e de competitividade e consequente reflexo no<br />
custo Brasil.<br />
O uso inadequado dos modais gerou uma enorme<br />
dependência do modal rodoviário, que acaba suprindo<br />
lacunas dos demais modais, porém apresenta um frota<br />
ultrapassada e as rodovias em condições precárias. A malha<br />
ferroviária existente, em boa parte construída no início do<br />
século passado, sofre resquícios de falhas no processo da<br />
recente privatização que a impede de impulsos maiores. A<br />
participação dos modais hidroviário e aéreo é praticamente<br />
inexistente.<br />
O sistema de transporte é essencial para a movimentação<br />
da economia de um país. Sem este sistema os produtos não<br />
chegariam até seus consumidores, as indústrias não teriam<br />
acesso as matérias-primas e nem teriam condições de<br />
escoar sua produção. É um setor totalmente<br />
horizontalizado viabilizando todos os outros setores da<br />
economia.<br />
A situação brasileira atual da matriz de transportes de<br />
cargas acarreta perda de competitividade para as empresas<br />
nacionais, uma vez que a ineficiência dos modais gera um<br />
elevado Custo País, se tornando um fator limitante para o<br />
desenvolvimento regional e internacional do Brasil.<br />
A falta de um planejamento e de investimentos do setor de<br />
transporte nacional, implica numa incapacidade de<br />
acompanhar a demanda nacional podendo gerar um<br />
colapso deste sistema. Alguns fatores deste risco já podem<br />
ser percebidos como uma frota de caminhões e locomotivas<br />
antigas tendo uma idade média, respectivamente, de 19 e<br />
25 anos, a grande maioria das rodovias em condições<br />
péssima, pouca disponibilidade de infraestrutura<br />
ferroviária e o sistema aéreo e hidroviário tendo baixa<br />
participação.<br />
122
Uma das principais causas da ineficiência da matriz de<br />
transportes de carga brasileira está baseada no uso<br />
inadequado dos modais. Existe uma sobrecarga no<br />
transporte rodoviário, figura abaixo, em função dos baixos<br />
preços de frete, o que acaba servindo como uma barreira ao<br />
uso dos demais modais.<br />
1970/1980 1981/ 1990 1991/2000 2001/2003 200<br />
4<br />
1,2% 0,6% 0,3% 0,25%<br />
0,1<br />
%<br />
Com o cenário atual do sistema de transportes é necessário<br />
ser implantado diversas melhorias nos modais, de maneira<br />
que haja uma igual disponibilidade e qualidade dos meios<br />
de transportes, garantindo um desenvolvimento adequado<br />
de todo o sistema de transportes.<br />
O poder púbico precisa dirigir mais ações para a melhoria<br />
da infraestrutura de transportes, englobando investimentos<br />
nos diferente modais, viabilizando o aumento da eficiência<br />
e proporcionando a intermodalidade.<br />
É importante ressaltar que os recursos para estes<br />
investimentos já são gerados através da CIDE<br />
(Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico),<br />
porém é preciso que haja uma adequação dos investimentos<br />
para a melhoria e modernização da infraestrutura de<br />
transportes, pois os investimentos nesta área estão muito<br />
baixos, como analisado na tabela abaixo:<br />
TABELA 3: PORCENTAGEM DO PIB INVESTIDO EM<br />
INFRAESTRUTURA<br />
123
124<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
A abertura econômica dos países já se tornou uma<br />
realidade, porém para ser vantajoso o Brasil precisa ter uma<br />
economia nacional eficiente, uma infraestrutura adequada<br />
e ter processos menos burocráticos, assim dando<br />
capacidade de competição no setor privado.<br />
O desenvolvimento do setor de infraestrutura é primordial<br />
para a integração do país. Com uma infraestrutura<br />
adequada, a produção brasileira se fortalece, conseguindo<br />
diminuir custos, proporcionando preços mais competitivos<br />
aos produtos, gerando um maior desenvolvimento<br />
econômico.<br />
Para que haja a melhoria das condições transportes de fato,<br />
é necessário um maior comprometimento do governo em<br />
definir políticas e planejamentos mais claros, melhores<br />
definidos e específico para cada modal, priorizando<br />
parcerias público-privado.<br />
A problema das rodovias se dá, principalmente, nas<br />
estradas não concessionadas, as quais estão em péssimo<br />
estado e não recebem investimentos em proporções<br />
adequadas. No que diz respeito as concessionadas as<br />
condições encontram-se em melhores estados, porém o<br />
custo que se agrega ao valor final por usufruir destas vias é<br />
grande.<br />
No Brasil a malha férrea é pequena e atinge pontos isolados<br />
do território nacional, os investimentos provem na grande<br />
maioria apenas do setor privado e com interesse próprio. O<br />
modal ferroviário deveria ter maior atenção por parte do<br />
Governo, pois é o que possui um dos menores custos para<br />
o transporte de mercadorias e poderia aumentar o nível de<br />
competitividade do Brasil.<br />
A importância do modal ferroviário é evidenciada quando<br />
se traça um comparativo entre a malha ferroviária brasileira<br />
e a malha de um país desenvolvido, como os Estados<br />
Unidos, onde se percebe a melhor distribuição, a qual<br />
atinge todo o país.<br />
O modal aquaviário, principalmente o transporte<br />
hidroviário requer maiores cuidados. A capacidade de<br />
transportar grandes volumes faz com que este seja a<br />
modalidade adequada para o escoamento de produtos<br />
agrícolas, porém há alguns empecilhos de cunho ambiental<br />
que acarretam no lento desenvolvimento do setor. Portanto,<br />
é preciso maior atenção do governo para a viabilização de<br />
projetos, de maneira que este não traga prejuízos para o<br />
meio ambiente.<br />
O modal aéreo quase não é utilizado no Brasil, vários<br />
fatores implicam para isto ocorra, principalmente o fato das<br />
tarifas serem muito altas, diferente de países de primeiro<br />
mundo que tem uma política de tarifação adequada. Porém<br />
é preciso que haja crescimento deste modal na matriz de<br />
transportes do Brasil, pois ele tem a vantagem de atingir<br />
altas velocidades, podendo efetuar a entrega quase<br />
imediata.<br />
Para que o Brasil apresente índices mais<br />
consideráveis no mercado mundial é preciso uma<br />
reavaliação de vários setores da economia. A infraestrutura<br />
de transporte é um setor crucial e precisar ter investimentos<br />
urgentes para que o país possa diminuir seus custos e assim<br />
poder competir igualmente com outros países.<br />
Meios de transporte e telecomunicações<br />
Meios de transporte<br />
Venda de carros sobe, Brasil mira novo recorde e<br />
consumidor abandona carro 1.0<br />
O mercado brasileiro de automóveis fechou o primeiro<br />
semestre do ano com números consideráveis, revelou,<br />
nesta segunda-feira (1o), a Fenabrave (entidade que<br />
representa os revendedores), a ponto de esses números<br />
forçarem a revisão para cima do aumento total previsto<br />
para 2011. Isso quer dizer que, de janeiro a julho deste ano,<br />
foram emplacadas 1.926.020 unidades de carros de passeio<br />
e veículos comerciais leves, que, juntos, formam o<br />
principal filão automotivo, representando alta de 8,15% em<br />
relação ao primeiro semestre de 2010 (1.780.924<br />
unidades). Ao final de dezembro, segundo prevê a<br />
entidade, o Brasil terá vendido 5,5% a mais do que no<br />
último ano (pouco mais de 3,5 milhões de unidades contra<br />
3,2 milhões de 2010) e o setor estará comemorando um<br />
novo recorde histórico.<br />
(Disponível em:. Acesso em: 5 ago.<br />
2011. Adaptado)<br />
Resolução:<br />
O aumento do consumo de automóveis afeta a circulação e<br />
o modo de vida nas cidades de inúmeras formas. Podemos<br />
destacar algumas delas, tais como: engarrafamentos e o<br />
aumento do tempo de deslocamento nas cidades, além da<br />
piora na qualidade de vida por causa da poluição, tanto<br />
sonora quanto do ar, contribuindo, por exemplo, para o<br />
desencadeamento de doenças como o estresse e doenças<br />
respiratórias.
176<br />
-<br />
b) Cite um impacto ambiental provocado pelo aumento do<br />
transporte individual motorizado no Brasil.<br />
Adaptado de BOMENY, Helena e outros. Tempos modernos,<br />
tempos de sociologia. São Paulo: Editora do Brasil, 2010.<br />
178 - Denomina-se intermodalidade a estratégia de<br />
integração entre diferentes meios de transporte, como nos<br />
exemplos abaixo:<br />
As invenções apresentadas no quadro afetaram o mundo<br />
contemporâneo, em especial, no que se refere à circulação<br />
de ideias, pessoas e mercadorias. Em conjunto, essas<br />
invenções tiveram efeito principalmente sobre a ampliação<br />
da:<br />
a) intervenção estatal<br />
b) integração territorial<br />
c) distribuição da riqueza<br />
d) mobilidade ocupacional<br />
177 - Vinte e sete dias por ano preso em um<br />
congestionamento? Pois esta é a média de dias que a<br />
população da cidade de São Paulo perde por ano em<br />
congestionamentos diários de 2 horas e 42 minutos. O tema<br />
não sai dos noticiários, nem das rodas de conversas entre<br />
paulistanos. E, assim, constitui-se uma espécie de<br />
percepção pública da crise de mobilidade na cidade como<br />
“problema de trânsito”. Será?<br />
a) Por que prevalece a ampliação física e modernização da<br />
gestão do sistema viário, em detrimento da ampliação e<br />
modernização dos transportes coletivos?<br />
adaptado de Atlas do Meio Ambiente Le Monde Diplomatique. São paulo: Instituto<br />
pólis, 2009.<br />
Cite quatro consequências da intermodalidade para a<br />
organização da produção industrial em escala global.<br />
125
179 - Analise os gráficos sobre meios de transporte no<br />
Brasil.<br />
(http://exame.abril.com.br/arquivos/img_958/grandesnumeros1.jpg)<br />
Comparando os gráficos, pode-se concluir que:<br />
(A) sob o aspecto de custo do frete, a diferença entre a<br />
matriz I e a II é mínima.<br />
(B) a matriz II favorece a economia dos fretes e é menos<br />
poluidora que a matriz I.<br />
(C) a matriz I emite menos gases poluidores do que a II,<br />
que, por sua vez, é mais econômica.<br />
(D) ambas oferecem vantagens: a matriz I é mais<br />
expandida, e a II garante economia de combustível.<br />
(E) ambas têm pontos positivos: a matriz I, maior<br />
capacidade de expansão, e a II permite maiores<br />
velocidades.<br />
180- As estradas de ferro brasileiras nunca constituíram<br />
uma rede nacional. Mesmo durante seu tempo de<br />
(modesto) esplendor, resumiam-se a uma coleção de linhas<br />
de exportação de minerais e produtos agrícolas, que<br />
raramente tomavam a forma de uma rede regional, exceto,<br />
parcialmente, no Nordeste ou no Estado de São Paulo.<br />
(Adaptado de Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello, Atlas do Brasil: disparidades<br />
e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP/Imprensa Oficial, 2005, p. 204 e 205.)<br />
A malha ferroviária no Brasil nunca constituiu uma rede<br />
nacional porque<br />
a) possui uma malha com diferentes bitolas e interliga<br />
especialmente áreas do interior do país, visando a<br />
integração regional.<br />
b) apesar de apresentar grande integração das malhas, liga<br />
preferencialmente o interior aos portos, visando a<br />
exportação.<br />
c) possui uma malha com diferentes bitolas e interliga<br />
especialmente áreas do interior aos portos, visando a<br />
exportação.<br />
d) apesar de apresentar grande integração das malhas, liga<br />
preferencialmente as regiões interiores do país.<br />
181 - Sobre a matriz de transportes brasileira, afirma-se:<br />
I - Há uma concentração de ferrovias na região Centro-<br />
Oeste devido à ampliação dos investimentos<br />
internacionais.<br />
II - O incremento estatal na infra-estrutura aérea<br />
possibilitará um escoamento significativo da exportação<br />
dos produtos agrícolas.<br />
III - A preferência pelas ferrovias em detrimento da<br />
navegação de cabotagem, deve-se à sua maior capacidade<br />
de carga.<br />
IV - A modalidade rodoviária apresenta um percentual de<br />
utilização superior às demais tipologias.<br />
126
V - A expansão da rede duto viária, a partir do final do<br />
século XX, efetivou-se em consonância com o processo de<br />
diversificação da matriz energética brasileira.<br />
Estão corretas apenas as afirmativas<br />
a) I e II.<br />
b) I e III.<br />
c) II e IV.<br />
d) III e V.<br />
e) IV e V.<br />
184 –<br />
b) descreva os circuitos produtivos de cada um desses<br />
portos.<br />
- de Tubarão – ligado às jazidas de Minas Gerais, pela<br />
Estrada de Ferro Vitória-Minas, ferrovia especializada e de<br />
uso privativo da CVRD;<br />
- de Itaqui – ligado às jazidas de ferro de Carajás pela<br />
Estrada de Ferro Carajás, ferrovia especializada e de uso<br />
privativo da CVRD.<br />
182-<br />
Fonte: MAGNOLI, Demetrio - <strong>Geografia</strong>: a construção do<br />
mundo: <strong>Geografia</strong> geral e do Brasil. São<br />
185 - A maior integração da Amazônia Legal à economia<br />
brasileira está baseada na estruturação de um sistema de<br />
circulação, envolvendo, principalmente, hidrovias e<br />
rodovias, conforme esquema abaixo.<br />
183-<br />
a) identifique os dois maiores portos brasileiros em<br />
movimentação de cargas e aponte as especializações de<br />
cada um;<br />
Fonte: Huertas, D. M., Da fachada atlântica à imensidão amazônica, 2009.<br />
Adaptado.<br />
127
Com base nesse esquema e em seus conhecimentos,<br />
identifique o eixo<br />
a) hidroviário A e analise sua relação com os mercados<br />
interno e externo.<br />
c) O conhecimento científico e a tecnologia sísmica foram<br />
capazes de prever a atividade vulcânica com bastante<br />
antecedência. Assim foi possível evacuar a população das<br />
áreas de risco, fator que causou o congestionamento dos<br />
principais aeroportos da Europa.<br />
d) O verdadeiro caos no transporte aéreo decorreu do<br />
intenso movimento de passageiros nos aeroportos da<br />
Europa, pois o derrame das lavas vulcânicas comprometeu<br />
a estrutura das principais rodovias do continente e fechou<br />
as estações de trens.<br />
e) Nenhuma das alternativas anteriores é correta.<br />
187 - Analise os dados das tabelas a seguir.<br />
b) rodoviário B e analise a polêmica em torno da<br />
pavimentação dessa rodovia, considerando um impacto<br />
ambiental e um social.<br />
Fonte: Ministério dos Transportes, 2007.<br />
Tendo em vista essas informações e as características da<br />
infraestrutura de circulação do Brasil, pode-se afirmar que<br />
186 - Em abril de 2010 um vulcão entrou em erupção na<br />
Islândia. Apesar da sua localização geográfica, as fumaças<br />
lançadas na atmosfera levaram ao fechamento de vários<br />
aeroportos da Europa, provocando atrasos e cancelamentos<br />
de viagens em escala mundial. Essa situação demonstra<br />
que:<br />
a) No mundo globalizado a dependência dos transportes<br />
aéreos e a necessidade da rapidez nos deslocamentos de<br />
pessoas e no transporte de cargas são tamanhas, que mesmo<br />
os trens de alta velocidade, existentes em vários países<br />
europeus, não conseguem suportar o volume a ser<br />
transportado, o que pode causar um verdadeiro “caos<br />
aéreo”.<br />
b) Os aeroportos do norte da Europa foram fechados para<br />
servir de alojamento à população que precisou ser<br />
evacuada das áreas de risco nas imediações do vulcão,<br />
afetando, dessa forma, o transporte aéreo mundial.<br />
a) houve, no período 1985-2006, investimentos<br />
significativos na infraestrutura do transporte ferroviário, o<br />
que explica o crescimento do percentual de cargas<br />
transportado por esse modal.<br />
b) o transporte hidroviário é pouco utilizado no Brasil em<br />
virtude de seu custo ser superior ao do transporte<br />
rodoviário.<br />
c) o transporte rodoviário caracteriza-se pelo baixo custo e<br />
rapidez nos deslocamentos, o que explica o predomínio<br />
deste na dinâmica de transportes no Brasil.<br />
d) o predomínio do modal rodoviário na dinâmica de<br />
transportes no Brasil relaciona-se às políticas implantadas<br />
a partir da segunda metade do século XX, que<br />
concentraram recursos neste setor.<br />
e) o modal rodoviário é o mais adequado para o transporte<br />
de grãos (maior quantidade transportada com menor custo),<br />
daí seu predomínio em relação aos demais modais no<br />
Brasil.<br />
128
188 - Observe o gráfico a seguir.<br />
189 - DE VOLTA AOS TRILHOS<br />
“Os chineses repetem hoje os maciços investimentos que<br />
os Estados Unidos e países europeus fizeram em ferrovias<br />
no século XIX e dos quais até hoje se beneficiam.<br />
Mostram, com isso, que ter perdido o trem no passado não<br />
implica ficar acomodado no atraso - uma lição para a qual<br />
o Brasil deve prestar atenção, considerando que as<br />
ferrovias, ainda, são a principal solução para o<br />
deslocamento em massa de cargas e de pessoas em países<br />
de grande dimensão.”<br />
A ilustração, a seguir, mostra a distribuição da malha<br />
ferroviária em alguns países.<br />
a) Analise a matriz brasileira dos transportes, em 2005,<br />
considerando aspectos históricos e políticos.<br />
Revista Exame – 05/03/2009<br />
b) Explique a previsão da matriz brasileira dos transportes,<br />
para o ano de 2025, considerando aspectos ambientais<br />
implícitos.<br />
Com base nas informações obtidas no texto e nos desenhos,<br />
acima, só é CORRETO afirmar que<br />
a) as ferrovias representam uma das mais eficientes opções<br />
de transporte de carga, em países com dimensões<br />
continentais.<br />
b) a metade da malha ferroviária russa está concentrada na<br />
porção oriental do país, nas áreas de maior movimentação<br />
de cargas.<br />
c) o uso das ferrovias nos diversos países ajuda a<br />
descongestionar as principais rodovias, liberando espaço<br />
para o transporte de passageiros e de cargas mais pesadas.<br />
d) a utilização das ferrovias promove distúrbios ambientais<br />
atmosféricos, pois os trens consomem menos combustível<br />
que os caminhões.<br />
129
190 - Considerando-se as redes que compõem as<br />
diferentes modalidades de transporte no Brasil, é<br />
INCORRETO afirmar que:<br />
a) as ferrovias são, em sua grande extensão, utilizadas<br />
sobretudo para o escoamento da produção mineral e<br />
subutilizadas no transporte interurbano e inter-regional de<br />
passageiros.<br />
b) as hidrovias tornariam o preço do produto agrícola<br />
brasileiro mais competitivo no mercado internacional, mas<br />
têm sua implementação dificultada pelo custo e pelos<br />
impactos ambientais decorrentes de seus projetos.<br />
c) as rodovias, principal modalidade de transporte do País,<br />
assumem, com alto custo, elevada tonelagem no<br />
deslocamento de mercadorias diversas e maior percentual<br />
de tráfego de passageiros.<br />
d) o transporte aéreo registra um uso mais intenso nas<br />
regiões do País onde há grandes distâncias entre os<br />
principais centros urbanos e fraca densidade das redes<br />
rodoviária e ferroviária<br />
.<br />
191 -<br />
130
UM DOMÍNIO DA AMAZÔNIA LEGAL<br />
“É o domínio da lavoura tecnificada. Trata-se de uma<br />
porção onde predominam os cerrados, e não as florestas, e<br />
onde foi mais patente o progresso técnico na agricultura<br />
brasileira, tendo em vista a expansão do cultivo da soja<br />
com alta produtividade.”<br />
BECKER, Bertha. Amazônia. Geopolítica na virada do III<br />
milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2004, p. 82.<br />
É possível associar o transporte de grãos de soja<br />
provenientes da porção amazônica, descrita acima, a uma<br />
das três estradas apresentadas no mapa.<br />
O trecho de estrada que torna essa associação possível é<br />
a) Mato Grosso – Pará, BR–163.<br />
b) Maranhão – Pará, BR–230.<br />
c) Tocantins – Pará, BR–230.<br />
d) Pará – Amazonas, BR–230.<br />
e) Rondônia – Amazonas, BR–319.<br />
192 - Leia abaixo o trecho da música Tropicália, de<br />
Caetano Veloso (1968). A seguir responda às questões:<br />
“Sobre a cabeça os aviões<br />
Sob os meus pés os caminhões<br />
Aponta contra os chapadões<br />
Meu nariz.<br />
Eu organizo o movimento<br />
Eu oriento o carnaval<br />
Eu inauguro o monumento no planalto central do país.”<br />
O movimento tropicalista, do qual Caetano Veloso foi um<br />
representante, traça um retrato “cantado” do<br />
Brasil. Segundo algumas interpretações, na música<br />
Tropicália o autor contesta a ideologia que dominava o<br />
pensamento político do Brasil, principalmente entre as<br />
décadas de 1930 e 1960, mostrando as contradições da<br />
modernização subdesenvolvida do Brasil. A que fatos se<br />
referem os versos segundo e sétimo do trecho da música<br />
Tropicália acima reproduzida?<br />
193 - Sobre os blocos econômicos é correto afirmar,<br />
exceto:<br />
a) As Zonas de Livre Comércio são acordos comerciais que<br />
visam a redução ou eliminação de tarifas aduaneiras entre<br />
os países membros do bloco, como é o caso do NAFTA.<br />
b) O Acordo de Livre Comércio da América do Norte<br />
(NAFTA) é uma associação de expressão mundial reduzida<br />
e se caracteriza pela livre circulação de mercadorias,<br />
pessoas, serviços e capitais.<br />
c) Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países integrantes<br />
do MERCOSUL, compõem um bloco econômico que<br />
estabelece as mesmas tarifas de exportação e importação<br />
para o comércio internacional fora do bloco.<br />
d) O bloco econômico com maior nível de avanço e de<br />
integração econômica é a União Europeia, pois, além de<br />
participar dos acordos do mercado comum, encontra-se na<br />
etapa da união econômica e monetária.<br />
194 - Observe a matéria:<br />
Mesmo que o TAV (trem de alta velocidade) nacional saísse<br />
por US$ 21 bilhões, o que especialistas consideram<br />
improvável, o valor bastaria para construir 170 km de<br />
metrô. Parece óbvio que é mais urgente completar as redes<br />
de metrópoles mal servidas de transporte público como<br />
São Paulo e Rio.<br />
(Folha de São Paulo, 19/08/09)<br />
A matéria aborda o projeto de construção do “trem-bala”<br />
ligando Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Sobre o<br />
assunto e a realidade do sistema de transporte nacional, é<br />
correto afirmar que:<br />
a) a construção do trem-bala vem suprir uma lacuna no<br />
setor ferroviário brasileiro e a viabilidade no trecho<br />
escolhido justifica-se pela ausência de barreiras<br />
topográficas e a suavidade do relevo.<br />
b) Além da necessária linha em construção, o projeto<br />
consolidaria a supremacia das ferrovias no sistema de<br />
transporte brasileiro, seguindo a tendência internacional.<br />
c) o Brasil é um raríssimo caso de grandes nações que<br />
optaram pelo transporte rodoviário como modelo principal<br />
e especialistas apontam a necessidade de rever essa<br />
realidade.<br />
d) ao seguir a sugestão da matéria em se transferir para o<br />
metrô o investimento do TAV, o Brasil superaria as<br />
principais cidades do mundo em quilômetros construídos.<br />
e) o TAV se enquadra dentro do PAC do atual governo,<br />
cujas obras já eliminaram as precárias condições das<br />
estradas brasileiras.<br />
195 - Os problemas com a infraestrutura de transportes são<br />
apontados como um dos principais responsáveis pelo<br />
131
elevado custo das mercadorias fabricadas no Brasil, com<br />
participação diferenciada de acordo com o meio de<br />
transporte utilizado (quadro abaixo).<br />
Para a Agência Nacional de Transporte Terrestre, a<br />
utilização do transporte multimodal de cargas (duas ou<br />
mais modalidades de transporte, do recebimento da carga<br />
na origem até seu destino final) é uma solução para esses<br />
problemas.<br />
a) Com base na composição da matriz de transportes no<br />
Brasil, explique uma razão política para a elevada<br />
participação dos transportes no custo final dos produtos.<br />
a) as ferrovias são, em sua grande extensão, utilizadas<br />
sobretudo para o escoamento da produção mineral e<br />
subutilizadas no transporte interurbano e inter-regional de<br />
passageiros.<br />
b) as hidrovias tornariam o preço do produto agrícola<br />
brasileiro mais competitivo no mercado internacional, mas<br />
têm sua implementação dificultada pelo custo e pelos<br />
impactos ambientais decorrentes de seus projetos.<br />
c) as rodovias, principal modalidade de transporte do País,<br />
assumem, com alto custo, elevada tonelagem no<br />
deslocamento de mercadorias diversas e maior percentual<br />
de tráfego de passageiros.<br />
d) o transporte aéreo registra um uso mais intenso nas<br />
regiões do País onde há grandes distâncias entre os<br />
principais centros urbanos e fraca densidade das redes<br />
rodoviária e ferroviária.<br />
197 - No passado, a Bacia do Prata foi uma das principais<br />
rotas de escoamento dos metais preciosos da região andina.<br />
Apresente um fator que explique a importância da Bacia do<br />
Prata para a integração da América do Sul aos mercados<br />
internacionais, na atualidade.<br />
b) Apresente uma vantagem do transporte rodoviário sobre<br />
o ferroviário que justificaria a opção pela<br />
multimodalidade.<br />
196 - Considerando-se as redes que compõem as diferentes<br />
modalidades de transporte no Brasil, é INCORRETO<br />
afirmar que<br />
198 - Leia o fragmento de texto a seguir.<br />
“A Hidrovia Tietê-Paraná compreende uma via de<br />
navegação que liga a região sul, sudeste e centro-oeste do<br />
país. Nessa hidrovia ocorre o transporte de cargas e<br />
pessoas, esse fluxo é desenvolvido ao longo dos rios Paraná<br />
e Tietê. Nos locais que apresentam desníveis foram<br />
construídas represas para nivelar as águas. Essa hidrovia é<br />
de extrema importância para o escoamento de grãos dos<br />
Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e<br />
parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais.”<br />
Fonte:http://www.brasilescola.com/brasil/hidrovia-tieteparana.htm.<br />
15/01/2009.<br />
Acesso<br />
A hidrovia Tietê-Paraná escoa mercadorias, produtos<br />
agrícolas e pessoas até os países vizinhos do<br />
Brasil. Portanto, essa hidrovia integra os países<br />
132
a) da Alca.<br />
b) da Apasul.<br />
c) do Mercosul.<br />
d) do Nafta.<br />
e) do Unisul.<br />
199 - Uma das características atuais do processo de<br />
globalização é a exigência, cada vez maior, de fluidez de<br />
informações e mercadorias, ou, em essência, do próprio<br />
capital. Tal exigência tem conduzido os países à<br />
reestruturação de seus sistemas de circulação. Nesse<br />
sentido, no Estado brasileiro, nos últimos anos,<br />
a) priorizou-se o transporte público urbano, com a<br />
ampliação do número de linhas do Metropolitano em todas<br />
as capitais dos Estados.<br />
b) houve uma ampla recuperação da malha ferroviária,<br />
com a construção de novos trechos, a exemplo da<br />
Transnordestina.<br />
c) privilegiou-se o sistema de cabotagem, valorizando-se o<br />
transporte de passageiros pelo território nacional e<br />
interligando as áreas costeiras do país.<br />
d) priorizou-se o transporte hidroviário, voltado à<br />
exportação de grãos, conforme atestam as hidrovias Tietê-<br />
Paraná e do Rio São Francisco.<br />
e) intensificou-se a modernização do sistema portuário,<br />
incluindo a construção de portos como os de Sepetiba (RJ)<br />
e Pecém (CE).<br />
b) O sistema aquaviário ocupa a terceira colocação no<br />
deslocamento de cargas, devido à profundidade dos portos<br />
e à facilidade na ancoragem das embarcações.<br />
c) A malha ferroviária está sendo modernizada para<br />
deslocar, preferencialmente, passageiros.<br />
d) O plano da CNT deverá ser concentrado no transporte<br />
fluvial, devido à predominância de rios de planície, no país.<br />
e) O transporte aéreo, apesar da crise em que vive o setor,<br />
compete com o transporte rodoviário, por ser mais<br />
eficiente, mais econômico, devido à redução de preços das<br />
tarifas, e possui uma capacidade maior de transportar<br />
cargas em relação ao transporte rodoviário e o ferroviário.<br />
201 - O aquecimento da economia já provoca gargalos no<br />
setor de transporte e logística do país. Há aumentos<br />
superiores a 20% nos custos de fretes rodoviários, filas de<br />
meses nas montadoras para a compra de caminhões novos<br />
e perda de negócios por falhas na entrega de mercadorias<br />
no prazo.<br />
(CANZIAN, 2007, p. B3).<br />
200 - O Plano de Logística para o Brasil, lançado pela<br />
Confederação Nacional do Transporte (CNT), no dia 5 de<br />
setembro, prevê 496 projetos e estima investimentos de R$<br />
223,8 bilhões ao longo dos próximos anos. “O Plano<br />
contempla a integração logística do Brasil. Ou seja, a<br />
integração da ferrovia com a rodovia, com o setor aéreo,<br />
com os portos, colocando o Brasil mais eficiente e criando<br />
as condições para que o Brasil possa crescer”, destacou o<br />
presidente da CNT, Clésio Andrade, nolançamento do<br />
Plano.<br />
CNT PROPÕE Plano de Logística para o Brasil com 496 projetos. Disponível em:<br />
http://www.cnt.org.br/ . Acesso em: 01/10/2007.<br />
Com base no texto, na análise do gráfico e nos<br />
conhecimentos sobre o sistema de transportes, no Brasil, é<br />
correto afirmar:<br />
a) O investimento do governo, a partir do governo de<br />
Juscelino Kubitschek, priorizou a rodovia em detrimento<br />
da ferrovia.<br />
202 - Considerando-se o texto, a análise do gráfico e os<br />
conhecimentos sobre a precária infra-estrutura dos<br />
transportes, da logística e das redes informacionais no<br />
Brasil, pode-se concluir:<br />
(01) O crescimento da economia traz à tona problemas<br />
graves do país, como deficiência da rede de transportes e<br />
logística, demonstrando a sua precária infraestrutura, o que<br />
resulta em perda de competitividade.<br />
133
(02) A maioria das indústrias brasileiras, em particular as<br />
que produzem bens de consumo, utiliza as rodovias como<br />
meios de transporte principais.<br />
(04) A malha rodoviária brasileira se encontra em estado<br />
deficiente de conservação, devido ao baixo padrão<br />
tecnológico de sua construção associado ao desgaste<br />
ocasionado pelos caminhões com excesso de cargas.<br />
(08) O declínio das ferrovias, no Brasil, se deu a partir do<br />
fim do ciclo da cana-de-açúcar e, atualmente, as ferrovias<br />
mais importantes estão ligadas às zonas de destaque da<br />
agricultura.<br />
(16) As redes informacionais — satélites, sistemas de<br />
transmissão, antenas, dentre outras — e as de meios de<br />
transporte de cargas e de pessoas — rodoviário, aeroviário,<br />
hidroviário, etc. — são sustentáculos nas relações sociais e<br />
econômicas do país.<br />
(32) A falta de investimentos, de manutenção e de<br />
expansão da infraestrutura brasileira revela um sistema<br />
sucateado em relação às rodovias, ferrovias e aerovias.<br />
(64) Os grandes espaços bem povoados do Norte e do<br />
Centro-Oeste foram integrados, nas últimas décadas, pelas<br />
hidrovias e ferrovias, mas esse modelo está se tornando<br />
insustentável pelo alto custo dos combustíveis.<br />
Soma ( )<br />
203 - Observe o gráfico abaixo e leia as afirmativas a<br />
seguir.<br />
integração com outros meios de transporte e das péssimas<br />
condições para o tráfego de veículos.<br />
II −Percebe-se que as diferenças entre os países são<br />
gritantes: o Brasil é o campeão no uso da modalidade<br />
rodoviária para a transferência de cargas dificultando a<br />
competitividade de muitos produtos nacionais,<br />
principalmente pelo custo excessivo na relação<br />
combustível – tonelada – tempo.<br />
III −Os EUA utilizam mais o modal hidroviário se<br />
comparados aos outros países. Isto se deve, em grande<br />
parte, às suas políticas públicas para o setor e à<br />
proximidade das suas áreas produtivas de rios/canais<br />
navegáveis.<br />
IV −Constata-se que a intermodalidade de transporte está<br />
mais avançada na Austrália, Canadá, Rússia e EUA.<br />
Assinale a opção que apresenta as afirmativas corretas.<br />
a) II e III<br />
b) II e IV<br />
c) III e IV<br />
d) I e II<br />
e) I e IV<br />
204 - A política de transportes no Brasil se caracteriza por:<br />
I. Concentrar grandes investimentos nos transportes<br />
ferroviários gerando um encarecimento dos produtos<br />
transportados.<br />
II. Consumir excessivamente os derivados do petróleo<br />
arcando assim com o ônus da importação e uma<br />
consequente queima de divisas.<br />
III. Manter uma ineficiente rede de transportes,<br />
provocando o encarecimento dos preços dos produtos<br />
transportados.<br />
Assinale a alternativa correta:<br />
a) As afirmativas I e II estão corretas.<br />
b) As afirmativas II e III estão corretas.<br />
c) As afirmativas I, II e III estão corretas.<br />
d) Apenas a afirmativa II está correta.<br />
e) As afirmativas I e III estão corretas.<br />
I −Dos países selecionados, somente o Brasil possui a mais<br />
extensa rede de rodovias, apesar da falta de<br />
134
205 - Observe atentamente as informações a seguir:<br />
UM RETROCESSO INEXPLICÁVEL*<br />
“A involução da malha ferroviária ilustra com perfeição a<br />
situação da infra -estrutura brasileira. O ideal seria que ela<br />
tivesse, pelo menos, 55.000 quilômetros de extensão.”<br />
d) Direcionadas quase sempre no sentido interior ― litoral,<br />
as ferrovias não integravam as diversas regiões do país.<br />
e) Não houve investimentos para sanar problemas<br />
apresentados pelas ferrovias, como, por exemplo, os<br />
diferentes tipos de bitolas (espaço entre os trilhos) ― não<br />
permitindo a integração das ferrovias.<br />
206 - A respeito do tema comunicações e transportes no<br />
mundo atual, assinale o que for correto.<br />
BAIXA CAPACIDADE<br />
“Maquinas e linhas obsoletas limitam o total de carga<br />
transportada pelas ferrovias existentes. No Brasil, o índice<br />
é semelhante ao dos Estados Unidos – na decada de 1930.”<br />
* Informações extraídas da “Revista Sala de Aula – a revista do<br />
Ensino Médio”, ano 2, n°13, setembro de 2007.<br />
A decadência do transporte ferroviário está associada a<br />
problemas inerentes de seu próprio desempenho e,<br />
especialmente, da concorrência do ramo rodoviário.<br />
Contribuem para compreendermos a atual situação do<br />
sistema ferroviário, exceto:<br />
a) O sistema ferroviário é mais caro quando comparado<br />
com o rodoviário, além do segundo ser ideal para atuar no<br />
deslocamento de grandes distâncias e carregamento de<br />
quantidades mais expressivas de cargas.<br />
b) Forte pressão por parte da presença das montadoras de<br />
veículos (carros, caminhões e ônibus), a partir da década<br />
de 1950, para aumentar os investimentos públicos em<br />
rodovias.<br />
c) As ferrovias não foram estruturadas para atender com<br />
rapidez e eficiência à nova realidade do país, pois a partir<br />
da década de 1930, a economia nacional começava a se<br />
transformar de agroexportadora para predominantemente<br />
industrial, alterando significativamente os tipos de carga.<br />
(01) Os telefones celulares, hoje, utilizam tecnologias que<br />
permitem a comunicação entre esses aparelhos e<br />
computadores. A tecnologia digital alterou a transmissão<br />
de áudio, vídeo e textos, e as conexões de internet de<br />
"banda larga" surgiram quando os volumes de dados<br />
transmitidos pelas linhas e comunicação internacionais<br />
começaram a exceder os das chamadas telefônicas.<br />
(02) Os trens de alta velocidade, que chegam a velocidades<br />
acima de 300 km/h, são utilizados em países como Japão,<br />
França, Alemanha e Espanha. No Brasil, um trem de alta<br />
velocidade entre São Paulo e Rio de Janeiro aliviaria o<br />
transporte da ponte aérea entre essas duas grandes cidades.<br />
(04) Os transportes aéreos procuram utilizar-se da rota<br />
antártica, passando sobre o continente da Antártida, porque<br />
ali existem instalações diversas para pousos emergenciais<br />
e missões de salvamento, além de não haver necessidade<br />
de se evitar a poluição do meio ambiente local.<br />
(08) O transporte coletivo mais eficiente nas cidades de<br />
hoje, tendo em conta os constantes congestionamentos pelo<br />
crescente número de carros, é o metrô. Algumas cidades<br />
adotam o metrô de superfície e, no caso de Sydney, na<br />
Austrália, o monotrilho, com trens que correm sobre um<br />
único trilho.<br />
(16) As transmissões analógicas de TV e rádio substituirão<br />
as transmissões digitais. O Brasil implantará o sistema<br />
analógico japonês nas suas transmissões de televisão.<br />
Soma ( )<br />
207 - A caixa que encolheu a Terra<br />
Convencionou-se dizer que o avião, as telecomunicações<br />
e a Internet viabilizaram a globalização ao derrubar<br />
fronteiras e encurtar distâncias. Do ponto de vista do<br />
comércio mundial, no entanto, nenhuma invenção teve<br />
mais impacto que o contêiner - aquela grande caixa<br />
metálica com tamanho padronizado internacionalmente<br />
que pode transportar, por trens, navios e caminhões,<br />
produtos tão distintos como grãos de café e iPods. Os<br />
135
contêineres são uma espécie de herói esquecido da<br />
globalização (...).<br />
("Veja", 04/04/2007)<br />
b) Indique dois problemas ambientais agravados pela<br />
adoção do modelo de transporte evidenciado pelos dados<br />
da tabela.<br />
Aponte uma consequência do uso de contêineres para o<br />
transporte marítimo mundial e explique por que a sua<br />
utilização levou várias áreas portuárias à decadência.<br />
208 - Observe as informações.<br />
209 - Programa de Integração Nacional (PIN), implantado<br />
pelo Governo Federal a partir de 1971, previa abertura de<br />
grandes rodovias e desenvolver um programa de<br />
colonização dirigida na Amazônia. Ao longo das rodovias,<br />
principalmente nos trechos Marabá-Altamira e Altamira-<br />
Itaituba deveriam ser implantadas propriedades individuais<br />
(100 ha) destinadas aos colonos assentados para atividade<br />
agrícola. Esse conjunto de lotes recebeu a denominação<br />
de:<br />
a) minifúndio<br />
b) agrópolis<br />
c) agrovila<br />
d) assentamento<br />
e) Rurópolis<br />
(Vitale & Oliveira. Correio Brasiliense, 22.05.2002. Apud Lucci, Branco &<br />
Mendonça. <strong>Geografia</strong> Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 277.)<br />
a) Quais problemas no sistema de transporte, sobretudo das<br />
grandes metrópoles, explicam a ocorrência de tantos<br />
congestionamentos?<br />
210 - O período comumente denominado de “anos<br />
dourados” marcaram uma etapa da recente história<br />
brasileira associada ao desenvolvimentismo (abertura de<br />
rodovias, expansão da rede hidrelétrica, implantação da<br />
indústria automobilística, descentralização da capital) e à<br />
atmosfera cultural marcada pelo surgimento da Bossa<br />
Nova. A que governo tal período está associado:<br />
a) Juscelino Kubistchek<br />
b) João Goulart<br />
c) Getúlio Vargas<br />
d) Eurico Gaspar Dutra<br />
e) Jânio da Silva Quadros<br />
136
211 - O mapa a seguir ilustra o movimento de exportação<br />
e importação dos principais portos brasileiros em 2000.<br />
a) Apresente a razão do predomínio quase absoluto de<br />
movimento de exportação nos portos de Itaqui e Tubarão.<br />
212 - O transporte rodoviário é o principal sistema de<br />
transporte no Brasil. Por ele passam aproximadamente<br />
56% das cargas movimentadas no País, contra 21% por<br />
ferrovia e 18% por hidrovia, conforme dados do Ministério<br />
dos Transportes. Analisando o sistema de transporte<br />
rodoviário no Brasil:<br />
a) pode-se afirmar que, durante a década de 1950, houve<br />
grandes investimentos no setor.<br />
b) não é possível concluir que o Estado diminuiu sua<br />
participação no setor após o processo de concessões à<br />
iniciativa privada nas últimas duas décadas.<br />
c) conclui-se que, devido aos baixos investimentos<br />
privados, passou por um processo de estatização durante a<br />
década de 1990.<br />
d) é correto dizer que o país tem uma distribuição<br />
equitativa entre rodovias e hidrovias, dado o seu reduzido<br />
potencial hidroviário.<br />
e) é incorreto afirmar que seu potencial está esgotado, já<br />
que não existem novos investimentos na área desde os<br />
governos militares.<br />
213 - Observe os dados da tabela a seguir:<br />
b) Explique por que, no porto de Santos, o volume<br />
exportado não difere muito do volume importado.<br />
De acordo com a tabela e seus conhecimentos, assinale a<br />
alternativa que encerra corretamente a correspondência dos<br />
países:<br />
a) I Japão – II Rússia<br />
b) II Austrália – V Alemanha<br />
c) III Brasil – IV Estados Unidos<br />
d) I Suécia – II Suíça<br />
e) II Japão – V Brasil<br />
137
TELECOMUNICAÇÕES<br />
214 - Espaço, território e rede geográfica são palavraschaves<br />
na <strong>Geografia</strong>. A rede geográfica tem o poder de<br />
ultrapassar as fronteiras nacionais através da internet.<br />
Analise o mapa com os usuários da internet no mundo.<br />
(www.wellmedicated.com/inspiration. Adaptado.)<br />
No contexto da matéria publicitária, pode-se afirmar que<br />
A partir dessa análise, pode-se afirmar que<br />
a) os EUA, o Reino Unido e a Índia lideram os índices de<br />
usuários da internet.<br />
b) o Brasil e o Canadá apresentam número semelhante de<br />
internautas.<br />
c) a África Subsaariana tem o número total de internautas<br />
superior ao da América Latina.<br />
d) a China, a Coreia do Sul e o Japão têm o mesmo número<br />
de internautas.<br />
e) o número de usuários da internet da Austrália supera o<br />
do Mercosul.<br />
a) os valores e os comportamentos sociais foram, ao longo<br />
da história da humanidade, afetados pelos meios de<br />
comunicação de massa.<br />
b) o controle social exercido sobre a técnica impede que<br />
esta altere a nossa percepção do mundo.<br />
c) as sociedades industrializadas contemporâneas<br />
libertaram-se da dependência da tecnologia e de seus<br />
produtos.<br />
d) as inovações no campo da comunicação aceleraram-se a<br />
ponto de alterar a nossa relação com o tempo e o espaço.<br />
e) graças aos programas sociais, foi possível assegurar um<br />
patamar tecnológico mínimo a todos os seres humanos.<br />
216 –<br />
215 - Na década de 1960, a empresa Sony lançou o seu<br />
televisor portátil. Uma das primeiras propagandas deste<br />
produto, difundidas nos EUA, é reproduzida abaixo. Nela<br />
afirmava-se: Segure o futuro em suas mãos com Sony.<br />
138
Com base nas informações e em seus conhecimentos,<br />
escolha a alternativa que melhor explica a afirmativa<br />
apresentada.<br />
As reportagens ilustram uma importante característica do<br />
mundo atual apresentada na opção:<br />
a) Ampliação da inclusão social, consequência do<br />
desinteresse das classes mais pobres pelas novas<br />
tecnologias da informação.<br />
b) Redução das desigualdades sociais, possibilitada pelo<br />
acesso irrestrito às novas tecnologias de comunicação em<br />
todas as partes do mundo.<br />
c) Expansão dos fluxos materiais, resultado da<br />
consolidação das redes mundiais de produção que<br />
garantem o acesso às redes globais de informação.<br />
d) Consolidação de velhas redes sociais, acessíveis a todos<br />
e plenamente no mundo graças à rapidez na troca de<br />
informações em escala planetária.<br />
e) Aumento das possibilidades de interatividade com o<br />
mundo, resultado da facilitação do acesso à informação e<br />
da intensificação dos fluxos imateriais.<br />
VESTIBULAR 2009<br />
217 - Uma malha digital que cresce em velocidade<br />
vertiginosa está cobrindo nosso planeta: é a internet, a rede<br />
mundial de computadores. Considerando essa importante<br />
inovação tecnológica contemporânea, analise a<br />
informação:<br />
A integração econômica global é facilitada pelo uso das<br />
mesmas técnicas, contudo, integrar não significa incluir a<br />
todos.<br />
a) A era da informação e da revolução científica prioriza a<br />
qualificação da mão de obra e a incorporação de novas<br />
habilidades, reconhecendo a diferença existente entre ricos<br />
e pobres.<br />
b) A velocidade da informação é o benefício apresentado<br />
pela internet para a globalização, pois reduz o espaço<br />
mundial a um espaço virtual, sem a necessidade de integrar<br />
a todos os internautas.<br />
c) A internacionalização da rede e a incorporação de<br />
centenas de milhões de usuários por todo o planeta<br />
excluem as diferenças culturais e econômicas devido à<br />
mundialização dos padrões de consumo.<br />
d) A internet dinamizou e tornou imediatas transações e<br />
negociações em escala mundial, evitando a exclusão digital<br />
pelas parcerias com empresas e investimentos em<br />
inovações tecnológicas.<br />
e) Ao mesmo tempo em que a internet facilita o processo<br />
de integração econômica global, é também responsável<br />
pela chamada exclusão digital, pois acentua a distância<br />
entre os usuários e aqueles que já viviam em situação de<br />
marginalidade econômica e social.<br />
218 - Com base nos seus conhecimentos e com o auxílio<br />
do texto apresentado na questão anterior, assinale com V<br />
ou com F as proposições, conforme sejam respectivamente<br />
verdadeiras ou falsas em relação à atual globalização do<br />
capitalismo.<br />
( ) O progresso técnico e o acesso indiscriminado de todos<br />
os povos e classes sociais aos computadores e à Internet<br />
fazem com que o mundo se apresente sem fronteiras entre<br />
povos e nações, havendo hoje uma só realidade para todos.<br />
( ) A cultura é um elemento diferenciador entre os povos,<br />
o que não permite a completa homogeneização do espaço<br />
num mundo globalizado pela informação instantânea e<br />
planetária.<br />
( ) A relação tempo cronológico/ distância é<br />
redimensionada com o meio técnico-científicoinformacional,<br />
já que pessoas, objetos e informações<br />
circulam com uma rapidez até então inimagináveis.<br />
( ) Os modernos sistemas de comunicações tornaram<br />
possível a instantaneidade da informação e com isso o<br />
conhecimento dos eventos longínquos, o que faz com que<br />
todos os lugares se tornem espaços da globalização.<br />
A sequência correta das assertivas é<br />
139
a) V V V V<br />
b) F F V F<br />
c) F V V V<br />
d) V F V V<br />
e) V V V F<br />
[...] Que leve meu e-mail até Calcutá<br />
Depois de um hot-link<br />
Juntar via Internet<br />
Num site de Helsinque [...]<br />
Eu quero entrar na rede<br />
Promover um debate [...]<br />
219 - O esboço esquemático, apresentado a seguir, é<br />
característico das sociedades:<br />
[...] Um haker mafioso acaba de soltar<br />
Um vírus pra atacar programas no Japão<br />
Eu quero entrar na rede pra conectar<br />
Os lares do Nepal, os bares do Gabão<br />
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular<br />
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar<br />
(grifos nossos)<br />
( 1 Oriki palavra da língua Yorùbá, que tem vários<br />
significados, um deles pode-se traduzir como literatura ou<br />
textos para a língua portuguesa.<br />
(http://pt.wikipedia.org))<br />
a) socialistas.<br />
b) fordistas.<br />
c) informacionais.<br />
d) comunistas.<br />
e) monárquicas.<br />
220 - Pela Internet (Gilberto Gil)<br />
In: CD Quanta. Gilberto Gil. Warner Music Brasil Ltda,<br />
1997, faixa 11. CD 1.<br />
Criar meu web sit<br />
Fazer minha home-page<br />
Com quantos gigabytes<br />
Um barco que veleje<br />
Que veleje nesse informar<br />
Que aproveite a vazante da infomaré<br />
Que leve um oriki 1 do meu velho orixá<br />
Ao porto de um disquete de um micro em Taipe<br />
A partir dos fragmentos da letra da música, é possível<br />
perceber as transformações que o meio técnico-científicoinformacional<br />
introduz na sociedade contemporânea, tais<br />
como:<br />
I - A necessidade do domínio de um vocabulário específico<br />
e universal para se ter acesso ao sistema informacional e<br />
dele poder participar.<br />
II - A permanente necessidade de atualização a partir da<br />
rapidez das transformações e da constante obsolescência<br />
dos objetos que são lançados no mercado.<br />
III - O surgimento dos crimes virtuais e de novas formas de<br />
arbitrariedades só possíveis com o advento dessas novas<br />
tecnologias.<br />
IV - O conhecimento do mundo ocorrendo em tempo real<br />
e simultâneo, o que permite não só a globalização<br />
econômica mais também cultural.<br />
Estão corretas as proposições<br />
a) I, II, III e IV.<br />
b) I e III, apenas.<br />
c) I, II e III, apenas.<br />
d) II, III e IV, apenas.<br />
e) I, II e IV, apenas.<br />
140
VESTIBULARES ANTERIORES<br />
221 -<br />
na transmissão de sinais de TV e em telefonia a grandes<br />
distâncias.<br />
e) As tecnologias da informação e da comunicação<br />
possibilitam a implantação de um capitalismo global, em<br />
que é possível produzir e distribuir informações e produtos<br />
para diferentes pontos do planeta em tempo real.<br />
O mapa acima representa as áreas de cobertura dos satélites<br />
utilizados pela CNN, uma das principais redes mundiais de<br />
comunicação. Com auxílio do mapa, é possível afirmar que<br />
as grandes redes de comunicação<br />
a) têm como principal meta a divulgação das diferentes<br />
perspectivas de compreensão acerca de distintos problemas<br />
mundiais.<br />
b) mantêm independência entre o conteúdo da informação<br />
e os interesses geopolíticos dos principais governos do<br />
mundo.<br />
c) contribuem para a criação de uma cultura mundial,<br />
desenvolvendo padronização da percepção de conjunturas<br />
internacionais.<br />
d) favorecem a criação de um mercado mundial,<br />
permitindo intercâmbio paritário entre culturas.<br />
e) foram implantadas para se obter livre acesso à<br />
informação, resolvendo o problema do isolamento<br />
cultural.<br />
222 - Sobre as comunicações e sobre o fluxo de<br />
informações no espaço geográfico mundial, assinale-a<br />
alternativa incorreta.<br />
a) Na atualidade, os fluxos de comunicação e de<br />
informação se dão em rede e atingem, independentemente<br />
da infraestrutura existente, todos os lugares do mundo.<br />
b) Quando se assiste a um programa "via satélite", o sinal<br />
é emitido da estação geradora, por meio de uma antena<br />
parabólica, em direção ao satélite, de onde é retransmitido<br />
de volta à Terra, sendo recebido por outra antena.<br />
c) Embora o lançamento de satélites artificiais utilizados<br />
nas comunicações seja uma conquista<br />
da tecnologia moderna, as ideias básicas da física<br />
referentes a esse problema já tinham sido analisadas por<br />
Newton (1642-1727).<br />
d) Os satélites geoestacionários, uma das muitas<br />
tecnologias da informação, são hoje amplamente utilizados<br />
223 - “A penetração intensa da televisão no Brasil está<br />
inscrita na paisagem urbana e rural, nas páginas de revista,<br />
na profusão de aparelhos nos interiores das casas, nas<br />
mansões de alto luxo, nos barracos das favelas das cidades<br />
grandes, nas casas modestas e nas praças públicas de<br />
cidades pequenas. Os recordes nas vendas de televisores se<br />
explicam pela presença de diversos aparelhos por<br />
domicílio, cuidadosamente dispostos em vários cômodos<br />
das residências, às vezes em meio a altares domésticos. ”<br />
(HAMBURGER, Esther. Diluindo fronteiras: a televisão e as novelas no cotidiano.<br />
In: SCHAWRCZ, Lilia Moritz (Org.) História da vida privada no Brasil: contrastes<br />
da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 440.)<br />
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação da<br />
televisão com a sociedade moderna,<br />
Considere as afirmativas a seguir.<br />
I. A penetração intensa da televisão no Brasil rompeu as<br />
fronteiras das diferenças sociais e gerou uma sociedade<br />
livre da exclusão social.<br />
II. O ato alienado de assistir à televisão promove uma falsa<br />
ideia de inclusão social e de equidade entre as etnias.<br />
III. A difusão do sistema de TV por assinatura é expressão<br />
do apartheid social, pois permite a poucos o acesso a<br />
informações sobre outras culturas.<br />
IV. Nas sociedades capitalistas, a televisão incita ao<br />
consumismo devido a sua forma de atração e seu poder de<br />
penetração junto às diversas classes sociais.<br />
Estão corretas apenas as afirmativas:<br />
a) I e II.<br />
b) I e IV.<br />
c) II e III.<br />
d) I, III e IV.<br />
e) II, III e IV.<br />
141
224 - “A penetração intensa da televisão no Brasil está<br />
inscrita na paisagem urbana e rural, nas páginas de revista,<br />
na profusão de aparelhos nos interiores das casas, nas<br />
mansões de alto luxo, nos barracos das favelas das cidades<br />
grandes, nas casas modestas e nas praças públicas de<br />
cidades pequenas. Os recordes nas vendas de televisores se<br />
explicam pela presença de diversos aparelhos por<br />
domicílio, cuidadosamente dispostos em vários cômodos<br />
das residências, às vezes em meio a altares domésticos. ”<br />
225 - Observe o quadro a seguir:<br />
(HAMBURGER, Esther. Diluindo fronteiras: a televisão e as novelas no cotidiano.<br />
In: SCHAWRCZ, Lilia Moritz (Org.) História da vida privada no Brasil: contrastes<br />
da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 440.)<br />
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação da<br />
televisão com a sociedade moderna, considere as<br />
afirmativas a seguir.<br />
I. A penetração intensa da televisão no Brasil rompeu as<br />
fronteiras das diferenças sociais e gerou uma sociedade<br />
livre da exclusão social.<br />
II. O ato alienado de assistir à televisão promove uma falsa<br />
ideia de inclusão social e de equidade entre as etnias.<br />
III. A difusão do sistema de TV por assinatura é expressão<br />
do apartheid social, pois permite a poucos o acesso a<br />
informações sobre outras culturas.<br />
IV. Nas sociedades capitalistas, a televisão incita ao<br />
consumismo devido a sua forma de atração e seu poder de<br />
penetração junto às diversas classes sociais.<br />
Estão corretas apenas as afirmativas:<br />
a) I e II.<br />
b) I e IV.<br />
c) II e III.<br />
d) I, III e IV.<br />
e) II, III e IV.<br />
Fonte: "Internacional Communications Union" (conforme Magnoli, D e outros<br />
Visões do Mundo 2 - Moderna, São Paulo, 2002.)<br />
O avanço tecnológico e do papel representado pelas<br />
telecomunicações são marcas significativas da "Era da<br />
Globalização". A respeito dessa relação, confira as<br />
seguintes afirmações:<br />
I. O mundo globalizado, sobretudo após 1990, tem<br />
diminuído as diferenças entre países desenvolvidos e<br />
países subdesenvolvidos, no que se refere a sua<br />
importância econômica, ao desenvolvimento das pesquisas<br />
e da tecnologia de ponta e a qualidade de vida de suas<br />
populações.<br />
II. Muitas das grandes empresas de telefonia cresceram<br />
ainda mais nesse período da globalização (após 1990),<br />
devido aos processos de privatização que ocorreram na<br />
América Latina e em outras regiões do mundo, bem como<br />
pelas fusões de empresas e de seus capitais.<br />
III. As maiores empresas globais do setor de telefonia têm<br />
a sua origem nos países desenvolvidos e integrantes do G8<br />
- o grupo dos oito mais ricos países do mundo.<br />
IV. A velocidade com que circulam as informações, as<br />
conexões e dependências entre as bolsas de valores e o<br />
acirramento da concorrência entre as empresas, algumas<br />
das características da globalização, estão diretamente<br />
relacionadas à revolução dos meios de comunicação.<br />
Estão corretas:<br />
a) I, II e IV<br />
b) I e III<br />
c) apenas I e II<br />
d) II, III e IV<br />
e) apenas II e IV<br />
142
POPULAÇÃO<br />
população absoluta, que corresponde ao número total de<br />
habitantes de um determinado lugar (município, estado,<br />
país, continente ou no mundo); e população relativa, que<br />
corresponde à densidade demográfica, que é resultado do<br />
total de habitantes dividido pela área territorial.<br />
Exemplo: O Japão possui uma área de 372.812 Km2 e uma<br />
população de 127,9 milhões de habitantes.<br />
D= nº de habitantes área D= 127,9 milhões de<br />
habitantes 372.812 km2<br />
D= 341 habitantes por cada quilômetro quadrado.<br />
Países com elevado número de população absoluta são<br />
considerados populosos, no entanto, se analisarmos o<br />
número de habitantes por quilômetro quadrado e se esse<br />
resultar em números baixos, o país é denominado de<br />
restritamente ou intensamente povoado.<br />
Outro fator analisado no estudo da população é quanto às<br />
taxas de natalidade ou percentual de nascimentos.<br />
CRESCIMENTO POPULACIONAL AO<br />
LONGO DA HISTORIA<br />
1 DC 250 milhões de habitantes<br />
1650 500 milhões de habitantes<br />
1850 1 bilhão de habitantes<br />
1950 2,5 bilhões de habitantes<br />
2000 6,4 bilhões de habitantes<br />
2015 7,1 bilhões de habitantes<br />
A população pode ser classificada em:<br />
Populosos: número de habitantes, população absoluta;<br />
Povoado: número de habitantes, densidade, população<br />
relativa.<br />
Crescimento Vegetativo: nascimentos - mortalidades.<br />
Conceitos demográficos são importantes no estudo da<br />
população.<br />
Entender a configuração de uma população é algo<br />
necessário em virtude de diversos aspectos, por isso ao<br />
realizar estudos sobre esse tema é preciso considerar os<br />
conceitos demográficos que são informações temáticas que<br />
servem para observar as carências em determinados<br />
seguimentos sociais. Desse modo, a população pode ser:<br />
- A Taxa de natalidade é calculada através da divisão entre<br />
o número de nascidos vivos pelo número da população<br />
absoluta ou total.<br />
Exemplo: Taxa de natalidade = número de nascidos vivos<br />
população absoluta.<br />
- Taxa de mortalidade é resultado da divisão entre o número<br />
de óbitos e a população absoluta.<br />
Exemplo: Taxa de mortalidade = número de óbitos<br />
população absoluta<br />
- Taxa de fecundidade corresponde às estimativas em<br />
relação ao número de filhos que uma mulher pode ter ao<br />
longo do período de fertilidade, entre as idades de 15 e 49<br />
anos. Esse processo é interessante para saber a quantidade<br />
de filhos ou média do mesmo para cada mulher.<br />
Crescimento populacional representa o crescimento<br />
vegetativo que é calculado a partir da subtração entre o<br />
número de nascidos em um ano pelo número de óbitos no<br />
mesmo período. Desse modo, se uma cidade possui 1.000<br />
habitantes e em um ano houver 30 nascimentos e 13<br />
falecimentos, o cálculo é feito da seguinte forma:<br />
Crescimento vegetativo = 30 nascidos<br />
13 mortos<br />
Crescimento vegetativo = 17<br />
A partir desse resultado fica claro que houve crescimento,<br />
pois esse foi positivo.<br />
O crescimento populacional não se baseia somente no<br />
número de nascimentos e de falecimentos, é preciso levar<br />
143
em consideração a taxa de migração, pois há um grande<br />
fluxo migratório (pessoas saem do país enquanto outras<br />
entram), essa variação corresponde à taxa citada a cima, ou<br />
seja, a diferença entre imigrantes e emigrantes.<br />
Por Eduardo de Freitas Graduado em <strong>Geografia</strong> - Equipe<br />
Brasil Escola<br />
Teorias Demográficas<br />
o índice de crescimento populacional tenderia a seguir um<br />
ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos<br />
cresceria segundo uma progressão aritmética. Assim, a<br />
população tenderia a crescer além dos limites de sua<br />
sobrevivência, e disso resultaria a fome e a miséria.<br />
Diante dessa constatação e para evitar uma catástrofe,<br />
Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, o<br />
que significaria: proibir o casamento entre pessoas muitos<br />
jovens; limitar o número de filhos entre as populações mais<br />
pobres; elevar o preço das mercadorias e reduzir os<br />
salários, a fim de pressionar os mais pobres; elevar o preço<br />
das mercadorias e reduzir os salários, a fim de pressionar<br />
os mais humildes a ter uma prole numerosa.<br />
Ao lançar suas ideias, Malthus desconsiderou as<br />
possibilidades de aumento da produção agrícola como o<br />
avanço tecnológico. Aos poucos esta teoria foi caindo em<br />
descrédito de desmentida pela própria realidade.<br />
Teoria Malthusiana<br />
Bases da Teoria de Malthus:<br />
- O individuo só deveria casar se para isso não tivesse que<br />
diminuir seu padrão de vida; - O individuo só deveria ter o<br />
número de filhos que pudesse sustentar sem o auxilio do<br />
Estado; - Após conceber os filhos sustentáveis deveria<br />
praticar abstinência; - Malthus era pastor protestante e<br />
defendia o princípio bíblico da não utilização de<br />
anticonceptivos.<br />
Neomalthusianos (a partir de 1950. Explosão<br />
demográfica - planejamento familiar).<br />
A segunda aceleração do crescimento populacional<br />
ocorreu a partir de 1950, particularmente nos países<br />
subdesenvolvidos.<br />
144<br />
Malthus afirmava que população cresceria em progressão<br />
geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...) enquanto a produção<br />
de os alimentos em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6,<br />
7...).<br />
Para Malthus a pobreza era gerada a partir do crescimento<br />
demográfico.<br />
Nos países que se industrializaram, a produção de<br />
alimentos aumentou e a população que migrava do campo<br />
encontrava na cidade uma situação socioeconômica e<br />
sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e
Esse período, imediatamente posterior à Segunda Guerra<br />
Mundial, foi marcado pelo surgimento de novos países<br />
independentes africanos e asiáticos e por grandes<br />
conquistas na área da saúde, como a produção de<br />
antibióticos e de vacinas contra uma série de doenças. Os<br />
remédios se tornaram mais acessíveis e baratos. Esse<br />
processo denominado revolução médico sanitária, inclui<br />
também a ampliação dos serviços médicos, as campanhas<br />
de vacinação, a implantação de postos de saúde publica em<br />
zonas urbanas e rurais e a ampliação das condições de<br />
higiene social. Estes fatores resultariam num grande<br />
crescimento demográfico, que atingiu seu apogeu na<br />
década de 1960 e ficou conhecido como explosão<br />
demográfica.<br />
Para os Neomalthusianos, uma população numerosa seria<br />
um obstáculo ao desenvolvimento e levaria ao esgotamento<br />
dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza. Enfim<br />
ao caos social. A desordem social poderia levar os países<br />
subdesenvolvidos a se alinhar com os países socialistas,<br />
que se expandiam naquele momento. Para evitar o risco<br />
propunham a adoção de políticas de controle de natalidade,<br />
que se popularizavam com a denominação de planejamento<br />
familiar.<br />
Teoria reformista ou marxista<br />
Sobrevivência do capitalismo exige um excesso relativo<br />
de população.<br />
como a principal causa do acelerado crescimento<br />
populacional. Assim defendem a necessidade de reformas<br />
sócioeconômicas que permitam a melhoria do padrão de<br />
vida da população mais pobre.<br />
Marxistas ou reformistas – A questão está na má<br />
distribuição de renda.<br />
A transição demográfica Em oposição às teorias descritas<br />
anteriormente, para as quais o mundo vive um processo de<br />
explosão demográfica, tem sido cada vez mais aceita a<br />
teoria da transição demográfica. Formulada em 1929,<br />
defende que o crescimento populacional tende a se<br />
equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de<br />
natalidade e mortalidade.<br />
Esse processo se daria em três distintas fases:<br />
- Primeira Fase ou Pré-Industrial: Caracterizada pelo<br />
equilíbrio demográfico e por baixos índices de crescimento<br />
vegetativo, apoiados em elevadas taxas de natalidade e<br />
mortalidade. Nascem muitos, mas morrem muitos. A<br />
elevada mortalidade era decorrente principalmente das<br />
precárias condições higiênico- sanitárias, das epidemias,<br />
das guerras, fome, etc. - Segunda Fase ou transicional:<br />
Num primeiro momento a redução da mortalidade com o<br />
fim das epidemias e os avanços médicos (decorrentes da<br />
Revolução Industrial), porém a natalidade ainda sem<br />
mantém elevada, ocasionando um grande crescimento<br />
populacional; num segundo momento, a natalidade começa<br />
a cair, reduzindo-se então o crescimento populacional. -<br />
Terceira Fase ou Evoluída: A transição demográfica se<br />
completa, com a retomada do equilíbrio demográfico,<br />
agora apoiado em baixas taxas de natalidade e mortalidade.<br />
Atualmente estão nessa fase os paises desenvolvidos, a<br />
maior parte dos quais apresenta taxas de crescimento<br />
inferiores a 1% e até negativa. Paises cujo crescimento<br />
vegetativo se encontra estagnado.<br />
Seguidores do filósofo socialista Karl Marx, os teóricos<br />
desse pensamento afirmam que a causa da superpopulação<br />
é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do<br />
capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da<br />
população. Em outras palavras, ao contrario dos<br />
neomalthusianos, os reformistas consideram a miséria<br />
145
146<br />
MIGRAÇÕES POPULACIONAIS<br />
As migrações populacionais remontam aos tempos pré –<br />
históricos. O homem parece estar constantemente à procura<br />
de novos horizontes. No passado, milhões e milhões de<br />
europeus e asiáticos migraram para todas as partes do<br />
mundo, conquistando e povoando continentes como a<br />
América, a Oceania e a África.<br />
Ultimamente, tem–se verificado a migração espontânea de<br />
milhões de pessoas de quase todas as partes do mundo em<br />
direção à Europa e até mesmo à Ásia, entre as quais<br />
grandes números de descendentes aos países de origem dos<br />
seus antepassados.<br />
Milhares de brasileiros argentinos migraram nos últimos<br />
anos, em decorrência da crise econômica que seus países<br />
atravessam, sobretudo em direção à Europa e à América do<br />
Norte.<br />
As razões que explicam as migrações são inúmeras<br />
(político – ideológicas, étnico – raciais, profissionais,<br />
econômicos, catástrofes naturais etc.), embora razões<br />
econômicas sejam predominantes. A grande maioria das<br />
pessoas migra em busca de melhores condições de vida.<br />
Todo ato migratório apresenta causas repulsivas(o<br />
indivíduo é forçado a migrar) e/ou atrativas ( o indivíduo é<br />
atraído por determinado lugar ou país).<br />
Até antes da Segunda Guerra Mundial, as principais áreas<br />
de repulsão populacional eram a Europa e a Ásia (fome,<br />
guerra, epidemias, perseguições políticas e religiosas), e as<br />
principais de atração eram a América e a Oceania<br />
(colonização, crescimento econômico, possibilidade de<br />
enriquecimento etc.).<br />
Entretanto, devido à enorme prosperidade do Japão e da<br />
Europa no período pós – Guerra , essas áreas tornam – se<br />
importantes focos de atração populacional, além, é claro,<br />
dos EUA, que sempre foram e continuam sendo um pólo<br />
atrativo.<br />
Além das migrações externas que implicam a<br />
movimentação de milhões de pessoas anualmente, há<br />
também as não menos importantes migrações internas,<br />
movimentos populacionais de variados tipos que se<br />
processam no interior dos diferentes países de todo o<br />
mundo.<br />
Dentre as diversas migrações internas, temos:<br />
Êxodo rural: Deslocamento de pessoas do meio rural para<br />
o meio urbano. Ocorre principalmente nos países<br />
subdesenvolvidos e sobretudo naqueles que experimentam<br />
um processo rápido de industrialização.<br />
Transumância: Migração periódica (sazonal) e reversível<br />
(ida e volta) determinada pelo clima.<br />
Migração Interna – Deslocamento feito dentro de um<br />
mesmo país. O indivíduo que realiza este movimento é<br />
conhecido como migrante. Migração Externa –<br />
Deslocamento feito entre os países. Ao sair o indivíduo é<br />
conhecido como emigrante, ao entrar ele será conhecido<br />
como imigrante. Migração diversas: Entre zonas rurais,<br />
entre áreas urbanas, migrações em direção às áreas de<br />
descobertas de minerais, migração de fim de semana e<br />
outras mais.<br />
Movimentos populacionais<br />
Causas: políticas (perseguições), sociais (questões raciais<br />
e étnicas), religiosas (perseguições), naturais e econômicas<br />
Tipos: Internas (quando ocorrem em um mesmo país) e<br />
Externas ou Internacionais (quando ocorrem de um país<br />
para outro)<br />
Migrações Internas<br />
Diárias ou perpendiculares à migração diária feita da<br />
periferia para o centro das metrópoles Transumância à<br />
Migração sazonal, na Europa, Ásia e África pode ser<br />
representado pelos pastores que se mudam no inverno para<br />
as planícies e no verão para as montanhas. No Brasil é<br />
representado pelos nordestinos que fogem do Agreste para<br />
a zona da Mata<br />
O grande Êxodo rural acarretou o crescimento caótico da<br />
cidade, desemprego, subemprego, favelas e etc.<br />
Migrações Externas<br />
Imigração à do séc. XVI ao XIX, predominou a imigração<br />
de negros (escravos), logo após, predomina a imigração<br />
branca europeia, e início do século XX, a imigração de<br />
Japoneses.<br />
Localização:<br />
Alemães à Vale do Itajaí (SC) e Canela, Gramado, Novo<br />
Hamburgo e São Leopoldo (RS) Eslavosà Ponta Grossa<br />
(PR) Italianos à (1ª fase) encosta do planalto gaúcho<br />
(Garibaldi, Farroupilha, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, e<br />
Flores da Cunha) e o Vale do Tubarão (SC) (2ª fase) São<br />
Paulo Japoneses à São Paulo, norte do Paraná e Amazônia
A crise econômica brasileira levou mais de 1000000 de<br />
brasileiros a migrar para os EUA, Japão e Europa, outros<br />
atravessaram as fronteiras próximas: Paraguai, Uruguai,<br />
Bolívia, Peru, Guiana Francesa e Venezuela<br />
Urbanização<br />
Nos países desenvolvidos:<br />
Com o desemprego, poluição, criminalidade,<br />
deterioração dos centros históricos, tensões sociais,<br />
conflitos raciais e os grandes congestionamentos, as<br />
pessoas acabaram se mudando para os subúrbios, onde<br />
encontram mais moradias e mais tranqüilidade.<br />
Movimentos da População Brasileira<br />
Brasileiros em fuga A via mexicana tem sido a alternativa<br />
dos imigrantes que desistiram de obter o visto americano<br />
ou não tiveram coragem de recorrer a falsificações. Para<br />
chegar lá, o viajante pode contratar os serviços dos<br />
traficantes de gente ainda no Brasil ou ir por conta própria.<br />
Somando-se gastos com passagem aérea, transporte até a<br />
fronteira, hospedagem e alimentação, os custos da aventura<br />
podem chegar aos 10 mil reais.<br />
Quem está indo embora<br />
Até o fim da década de 1970, os movimentos populacionais<br />
no Brasil se caracterizaram pela grande mobilidade<br />
populacional dentro do próprio país e pelo recebimento de<br />
imigrantes europeus e asiáticos nos séculos XIX e XX.<br />
No início da década de 1980, conhecida como "década<br />
perdida", o baixo crescimento econômico fez o Brasil<br />
conhecer um processo novo em sua dinâmica populacional<br />
- a emigração de brasileiros, principalmente para os<br />
Estados Unidos, Japão, Europa e América Latina. Antes<br />
disso, o país tinha conhecido as "migrações forçadas", por<br />
motivos políticos, principalmente nas ditaduras de Getúlio<br />
Vargas (1930-1945) e do regime militar (1964-1985). Na<br />
"década perdida", as altas taxas de inflação, de desemprego<br />
e a busca de melhores perspectivas de vida foram os<br />
principais motivos que levaram a uma evasão de brasileiros<br />
para outras partes do mundo.<br />
Depois de alguns anos de estabilidade do plano real, essas<br />
saídas diminuíram um pouco, mas foram retomadas após a<br />
desvalorização da moeda em 1999. Infelizmente, esses<br />
movimentos envolvem aspectos preocupantes, como o<br />
tráfico de imigrantes (veja a notícia acima) e o tráfico de<br />
mulheres, que, seduzidas com promessas de altos salários,<br />
acabam envolvidas em redes de prostituição.<br />
As estatísticas sobre brasileiros no exterior são que<br />
trabalham e vivem irregularmente em outros países.<br />
Estima-se que aproximadamente 2 milhões de brasileiros<br />
vivam no exterior.<br />
Nos estados da Flórida, Nova York e Massachusetts<br />
(Estados Unidos) e nas cidades de Nagoya, Shizuoka e<br />
Guma (Japão), há milhares de brasileiros trabalhando,<br />
estudando ou mesmo residindo em caráter definitivo.<br />
Quem veio para ficar<br />
O Brasil foi o quarto país a receber pessoas de outros países<br />
na América, ficando atrás dos Estados Unidos, da<br />
Argentina e do Canadá. O marco do início da imigração em<br />
nosso país foi o decreto assinado em 1808 por Dom João<br />
VI, que permitia a posse de terras por estrangeiros. A partir<br />
daí, grandes contingentes de portugueses, italianos,<br />
alemães, espanhóis, eslavos e japoneses, entre outros,<br />
procuraram o Brasil como nova pátria.<br />
O fim da escravidão, o apogeu da economia cafeeira e a<br />
imigração estrangeira.<br />
Foi durante a segunda metade do século XIX e o início do<br />
século XX (1850-1930) que o Brasil recebeu o maior<br />
número de imigrantes. A Inglaterra proibira o tráfico<br />
negreiro em 1850, e o Brasil era uma nação essencialmente<br />
agrícola, totalmente dependente de mão-de-obra escrava.<br />
Isso ocorreu exatamente quando a cultura cafeeira já fizera<br />
a riqueza do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro e São<br />
Paulo).Após a Abolição da Escravatura, decretada cm 13<br />
de maio de 1888, fazendeiros que iniciavam a expansão<br />
dessa cultura em outras regiões no estado de São Paulo<br />
estimularam a vinda de imigrantes, principalmente colonos<br />
italianos, para substituir a mão-de-obra escrava.<br />
Outros fatores, como as crises econômicas na Europa,<br />
nessa mesma época, e a possibilidade de ascensão social na<br />
América, também motivaram essas grandes correntes<br />
migratórias ao Brasil.<br />
Podemos traçar um perfil geral desses imigrantes. Eram em<br />
sua maioria jovens, pobres, do sexo masculino, em idade<br />
produtiva e com habilidades técnicas e manuais que<br />
desenvolveram ao trabalhar nas lavouras de seus<br />
respectivos países. Alguns traziam também a mentalidade<br />
empresarial, uma vez que vinham de potências<br />
147
148<br />
industrializadas, o que foi fundamental, alguns anos<br />
depois, para as primeiras experiências realizadas nesse<br />
setor em nosso país.<br />
Quem veio para o Sul<br />
Após a iniciativa pioneira, em 1824, em São Leopoldo<br />
(RS), muitos outros imigrantes alemães dirigiram-se para a<br />
Região Sul. Em 1850 e 1851 fundaram importantes<br />
colônias no estado de Santa Catarina, como a que deu<br />
origem a Blumenau, hoje importante centro industrial e<br />
comercial. A outra foi a colônia D. Francisca, a atua!<br />
progressista cidade de Joinville.<br />
Erechim e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e<br />
Brusque, em Santa Catarina, também surgiram da<br />
colonização alemã. Os italianos se estabeleceram na região<br />
de Garibaidi, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, no<br />
Rio Grande do Sul, onde se dedicaram ao cultivo da uva e<br />
à fabricação do vinho. Também se estabeleceram em Santa<br />
Catarina, nas cidades de Orleans, Nova Veneza, Urussanga<br />
e Criciúma.<br />
O Paraná recebeu, principalmente, povos eslavos (russos,<br />
ucranianos e poloneses), que se fixaram em Rio Negro, Ivaí<br />
e arredores de Curitiba.<br />
A colonização estrangeira no Sul fundamentou-se na<br />
pequena propriedade, na policultura e na mão-de-obra<br />
familiar.<br />
Quem veio para o Sudeste<br />
Sem dúvida, a lavoura cafeeira carente de mão-de-obra foi<br />
a maior responsável pela vinda de imigrantes estrangeiros<br />
para a região. Entretanto atividades urbanas, como o<br />
comércio e outros cultivos agrícolas, foram implantadas<br />
por esses grupos, nos estados do Sudeste. Podemos dizer<br />
que cada nacionalidade teve uma característica diferente<br />
quanto à ocupação escolhida.<br />
Os italianos, nos primeiros anos, dedicaram-se às lavouras<br />
cafeeiras do estado de São Paulo, que recebeu o maior<br />
número deles. Cidades como Tietê, Orlândia, Ribeirão<br />
Preto, Araraquara guardam até hoje, em sua população,<br />
descendentes de imigrantes italianos. No Espírito Santo,<br />
fixaram-se na região da cidade de Colatina.<br />
Os espanhóis, sírio-libaneses e portugueses exerceram<br />
atividades tipicamente urbanas, como o comércio.<br />
No período 1890 a 1930, os portugueses formaram o grupo<br />
mais numeroso de imigrantes que chegaram ao Brasil, pois<br />
não sofreram as restrições impostas aos demais grupos. Os<br />
estados de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente,<br />
receberam o maior número deles, que também se<br />
encontram espalhados por todo o Brasil.<br />
Belém, Florianópolis, entre outras, têm importantes<br />
comunidades portuguesas.<br />
A chegada dos japoneses<br />
A partir de 1908, vieram os japoneses que se fixaram nos<br />
estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Pará.<br />
Em São Paulo, dedicaram-se a variadas atividades<br />
agrícolas, em regiões diferentes;<br />
- Vale do Paraíba: cultivo do arroz.<br />
-Vale do Rio Ribeira do Iguape: cultivo do chá e da banana.<br />
- Alta Paulista e Alta Sorocabana: criação do bicho da seda<br />
e avicultura.<br />
- Cinturões verdes (Grande São Paulo e arredores):<br />
atividades hortifrutigranjeiras. Também estabeleceram-se<br />
em outros estados:<br />
- Paraná: agricultura (café, soja) e criação do bicho-daseda.<br />
- Mato Grosso: agricultura.<br />
- Pará: cultivo de pimenta-do-reino e juta. Na década de<br />
1930, a vinda de imigrantes para o Brasil começou a<br />
diminuir sensivelmente. Isso foi causado por um conjunto<br />
de fatores, dentre os quais podemos citar:<br />
- O não cumprimento das promessas feitas pelos<br />
agenciadores desses imigrantes que não encontravam aqui<br />
o que lhes era prometido, como terra própria para cultivar.<br />
- A queda da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, que<br />
causou instabilidade econômica mundial c a queda do<br />
preço do café, principal fonte de divisas para o Brasil.<br />
- A instabilidade política motivada pela Revolução de<br />
1930, quando Vargas tomou o poder.<br />
- A Lei de Cotas da Imigração, instituída em 1934 no<br />
governo Vargas. Ficou estabelecido pelas Constituições de<br />
1934 e reiterado na Constituição de 1937 um limite de 2%<br />
do total de novos imigrantes que poderiam vir para o Brasil<br />
a cada ano, segundo a nacionalidade. Esses 2% eram<br />
calculados sobre o total de imigrantes que haviam<br />
entrado nos últimos cinquenta anos.<br />
Os portugueses eram a única exceção à Lei de Cotas da<br />
Imigração. Outras restrições juntaram-se à Lei de Cotas,
como a de obrigar que 80% dos novos imigrantes fossem<br />
agricultores.<br />
- Durante e após a Segunda Guerra Mundial (1939 -1945),<br />
a emigração diminuiu. Com a reestruturação econômica do<br />
pós-guerra, as migrações europeias passaram a ser<br />
predominantemente internas (dos países mais pobres para<br />
os países mais ricos e industrializados) e menos<br />
intercontinentais (da Europa para a América, por exemplo).<br />
- O golpe militar de 1964, período de instabilidade política<br />
e social no país.<br />
- O aumento da dívida externa e a repressão política, que<br />
desestimularam as migrações internacionais.<br />
Quem mudou de estado ou região<br />
A mobilidade interna do povo brasileiro sempre esteve<br />
ligada ao processo de povoamento do nosso enorme<br />
território, A própria sucessão dos ciclos ou períodos da<br />
economia brasileira, sempre ligados a um determinado<br />
produto ou atividade, favoreceu essa mobilidade, pois as<br />
pessoas são sempre atraídas por fatores, como emprego,<br />
facilidade de obtenção de terras ou enriquecimento rápido.<br />
Décadas de 1960 e 1970 - Salda de nordestinos que<br />
continuaram migrando para o Sudeste, o Centro-Oeste<br />
(Mato Grosso) e o Sul (Paraná). A partir de 1967, com a<br />
criação da Zona Franca de Manaus, ocorreu intensa<br />
migração de nordestinos rumo à Amazônia (principalmente<br />
Manaus). Em grande parte foi uma migração orientada pelo<br />
Governo<br />
Federal.<br />
Décadas de 1970 a 1990 - Migrações de sulistas rumo ao<br />
Centro-Oeste (agropecuária) e de nordestinos rumo à<br />
Amazônia (agropecuária e garimpes). Em consequência, o<br />
Nordeste e o Centro-Oeste foram, respectivamente as<br />
regiões que apresentaram o maior crescimento<br />
populacional do Brasil, nas últimas décadas.<br />
Os movimentos internos da população brasileira<br />
Os números anteriores são impressionantes: éramos 146,8<br />
milhões de habitantes e 53,3 milhões de migrantes em<br />
1991, isto é, quase 40% do total da população. Essa grande<br />
migração interna ou grande mobilidade espacial<br />
populacional é um dos traços marcantes da população<br />
brasileira. As migrações internas no Brasil caracterizam-se<br />
por dois tipos principais; a inter-regional e a inter-regional.<br />
Por esse motivo, podemos verificar que sempre houve uma<br />
coincidência entre os grandes surtos migratórios<br />
internos, a evolução da economia e o processo de<br />
urbanização no Brasil.<br />
Breve histórico das migrações internas no brasil<br />
XVI e XVI l-Saída de nordestinos da Zona da Mata rumo<br />
ao Sertão atraídos pela expansão da pecuária.<br />
XVIII-Saída de nordestinos e paulistas rumo à região<br />
mineradora (Minas Gerais).<br />
XIX-Saída de mineiros rumo ao interior paulista atraídos<br />
pela expansão do café.<br />
XIX-Saída de nordestinos rumo à Amazônia para trabalhar<br />
na extração da borracha.<br />
XX-Década de 1950 - Saída de nordestinos rumo ao<br />
Centro-Oeste (Goiás) para trabalhar na construção de<br />
Brasília, Esse período ficou conhecido como a "Marcha<br />
para o Oeste", e os migrantes foram chamados de<br />
"candangos".<br />
Décadas de 1950 e 1960 - Saída de nordestinos<br />
(principalmente) rumo ao Sudeste, motivada pela<br />
industrialização. As cidades de São Paulo e do Rio de<br />
Janeiro receberam o maior fluxo de imigrantes.<br />
A migração inter-regional<br />
Significa a migração de pessoas dentro de uma mesma<br />
região. Destacamos dois exemplos reiterados pelos<br />
resultados preliminares do Censo 2000:<br />
- A saída de pessoas das pequenas cidades nordestinas<br />
rumo às suas respectivas capitais, onde a possibilidade de<br />
novas oportunidades é maior do que em suas cidades de<br />
origem.<br />
- A saída de pessoas das metrópoles nacionais localizadas<br />
no Sudeste, isto é, São Paulo e Rio de Janeiro, rumo às<br />
cidades médias do próprio Sudeste, em busca de melhor<br />
qualidade de vida (menos violência, áreas de lazer, menor<br />
custo de vida, menor trânsito, ar mais puro, etc.). Novos<br />
polos de desenvolvimento, como Ribeirão Preto,<br />
Campinas, São José dos Campos, São Carlos, São José do<br />
Rio Preto, Uberlândia, Juiz de Fora, Belo Horizonte, têm<br />
atraído esses migrantes. Em outras regiões brasileiras<br />
também ocorre crescimento migratório em direção aos<br />
novos pólios de desenvolvimento, como Londrina e<br />
Curitiba (Paraná), Fortaleza (Ceará), Recife (Pernambuco)<br />
149
150<br />
e Salvador (Bahia).<br />
Um tipo muito comum de migração inter-regional é a<br />
transumância, ou seja, o deslocamento periódico ou<br />
temporário da população motivado por mudanças<br />
climáticas (sazonal) ou econômicas. As pessoas retornam<br />
ao local de origem quando as condições<br />
que motivaram sua saída temporária são resolvidas.<br />
Um exemplo desse tipo de migração ocorre entre os<br />
trabalhadores sem qualificação profissional que residem<br />
entre o Agreste e o Sertão nordestino (os corumbás) e se<br />
deslocam para a Zona da Mata (faixa litorânea) para<br />
realizar o corte da cana. Após a safra, geralmente depois de<br />
alguns meses, retomam aos seus locais de origem.<br />
A migração inter-regional<br />
A migração de pessoas entre as regiões brasileiras foi e<br />
continua sendo a mais típica e a quantitativamente mais<br />
expressiva dentre as transferências populacionais no<br />
interior do nosso país.<br />
Durante meio século de história, a região Nordeste que<br />
nunca recuperou a importância econômica após o declínio<br />
da economia açucareira (nos séculos XVI e XVII),<br />
caracterizou-se como região de expulsão populacional.<br />
Primeiro, para a região Sudeste; depois, para as novas<br />
"fronteiras agrícolas" das regiões Norte e Centro-Oeste. A<br />
região Sudeste, ao contrário, viveu dois momentos<br />
fundamentais para a economia brasileira - a economia<br />
cafeeira e a industrialização - além da descoberta do ouro,<br />
em tempos coloniais. Por esses fatores e por ter abrigado a<br />
capital federal (a cidade do Rio de Janeiro) até o início da<br />
década de 1960, o Sudeste tornou-se o "coração econômico<br />
do país" e, em consequência, a maior região de atração<br />
populacional do Brasil, principalmente até a década de<br />
1980.<br />
Porque sair do campo e ir para as cidades<br />
A saída da população das zonas rurais para as zonas<br />
urbanas - êxodo rural - é o principal movimento<br />
populacional interno brasileiro.<br />
As péssimas condições dos moradores das áreas rurais,<br />
como a alimentação insuficiente, super-exploração da<br />
mão-de-obra, poucas oportunidades de trabalho para os<br />
jovens, secas prolongadas, baixos salários, mecanização de<br />
algumas lavouras e, principalmente, a industrialização que<br />
se acentuou após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)<br />
constituem as principais causas do intenso êxodo rural<br />
brasileiro.<br />
A vez do Norte e do Centro-Oeste<br />
A partir da década de 1960 ocorreram grandes fluxos<br />
migratórios rumo às regiões Norte e Centro Oeste, que se<br />
refletiram nos expressivos crescimentos populacionais.<br />
Esses significativos crescimentos demográficos tiveram<br />
nas migrações sua causa mais importante. Os principais<br />
contextos históricos que envolveram essas migrações para<br />
as duas regiões anteriormente destacadas foram: a partir da<br />
década de 1970, as migrações internas para o Norte e o<br />
Centro-Oeste foram provocadas pelo Governo Federal. Era<br />
o período militar (1964-1984), quando a ênfase nas grandes<br />
obras ocultava a repressão política interna. Entre essas<br />
grandes obras estavam as construções das rodovias<br />
Transamazônica (região Norte) e Cuiabá-Santarém<br />
(regiões Centro-Oeste e Norte, respectivamente) e um<br />
projeto de colonização que fixaria os novos migrantes em<br />
uma faixa de 10 km ao longo dessas rodovias. Era inclusive<br />
uma maneira de desviar o fluxo migratório do Sudeste, que<br />
já apresentava sinais de saturação.<br />
Posteriormente, projetos agropecuários, de mineração,<br />
tanto do governo brasileiro quanto estrangeiros, e a<br />
possibilidade de enriquecimento através de garimpes,<br />
atraíram milhares de nordestinos e sulistas,<br />
respectivamente, para essas regiões.<br />
Esses intensos fluxos migratórios para essas áreas, que<br />
ficaram conhecidas como novas fronteiras agrícolas, foram<br />
os responsáveis por torná-las as de maior crescimento<br />
populacional no Brasil.<br />
As migrações internas no século XXI<br />
Mais recentemente, a partir das décadas de 1980 e 1990,<br />
novas tendências passaram a contradizer o que antes<br />
parecia imutável, isto é:<br />
- diminuição da migração interna rumo ao Sudeste, como<br />
reflexo do aumento das migrações inter-regionais;<br />
- diminuição da migração interna rumo às duas metrópoles<br />
nacionais: São Paulo e Rio de Janeiro. Verifica-se essa<br />
tendência a partir de uma comparação com outras capitais.<br />
As cidades que apresentaram maior crescimento foram as<br />
que receberam, entre outros fatores, maior fluxo<br />
migratório, como Boa Vista, Curitiba, Porto Velho e outras.<br />
A volta de nordestinos aos seus estados de origem também<br />
foi significativa, e principalmente a busca das capitais da<br />
região, como Fortaleza, Salvador e Recife, começa a mudar<br />
o seu perfil de área de expulsão populacional, embora<br />
paradoxalmente isso não signifique diminuição da pobreza<br />
de sua população.
Exercícios sobre População<br />
226 - Analise o gráfico<br />
A partir dos índices apontados no gráfico e de<br />
conhecimentos sobre os países mais populosos do mundo,<br />
as letras A, B, C, D e E correspondem, respectivamente, a<br />
:<br />
a) Estados Unidos, China, Índia, Indonésia e Brasil.<br />
b) China, Índia, Estados Unidos, Indonésia e Brasil.<br />
c) Brasil, Índia, Estados Unidos, China e Indonésia.<br />
d) China, Índia, Indonésia, Brasil e Estados Unidos.<br />
e) Estados Unidos, Brasil, Índia, China e Indonésia.<br />
227 - Sobre a População Brasileira é correto afirmar.<br />
a) Apresenta alto grau de movimentação interna, sendo o<br />
Centro-Oeste a região de maior repulsão populacional.<br />
b) A taxa de fecundidade da população brasileira vem<br />
aumentando significativamente no país.<br />
c) A maioria da população brasileira está concentrada na<br />
faixa oeste do país, em que podem ser encontradas áreas<br />
com densidades superiores a 100 hab./km2. Já a porção<br />
leste do país é bem menos povoada, com predomínio de<br />
densidades inferiores a 10 hab./km 2 .<br />
d) A partir de meados da década de 1960, a população<br />
urbana passa a ser mais numerosa que a população rural,<br />
em razão da industrialização que se acentua desde o final<br />
da década de 1950, provocando migrações do campo para<br />
a cidade.<br />
e) A população absoluta do Brasil e sua grande extensão<br />
territorial permitem-nos classificar o país como muito<br />
povoado, porém pouco populoso.<br />
228 - Os gráficos abaixo apresentam as expectativas de<br />
vida de homens e de mulheres nascidos nos anos de 1920 a<br />
2000 no Brasil e de 1830 a 1990, na França.<br />
A partir desses gráficos, podemos concluir que a diferença<br />
verificada na expectativa de vida entre os gêneros, na<br />
segunda metade do século XX,<br />
a) foi uma característica dos países mais industrializados,<br />
como a França.<br />
b) diminuiu quando os países se industrializaram, uma vez<br />
que as mulheres passaram a ter mais direitos e<br />
oportunidades.<br />
c) ocorreu apenas em países com altas taxas de<br />
criminalidade entre jovens adultos do sexo masculino,<br />
como o Brasil) aumentou quando a expectativa de vida<br />
alcançou níveis mais altos.<br />
229 - O Brasil em 2020<br />
Será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A<br />
maior parte deles, imprevisível. Uma década é um período<br />
longo o suficiente para derrubar certezas absolutas<br />
(ninguém prediz uma Revolução Francesa, uma queda do<br />
Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova<br />
York). Mas é também um período de maturação dos<br />
grandes fenômenos incipientes — dez anos antes da<br />
popularização da internet já era possível imaginar como ela<br />
mudaria o mundo. Da mesma forma, fenômenos<br />
151
detectáveis hoje terão seus efeitos mais fortes a partir de<br />
2020.<br />
David Cohen, Revista Época, 25/05/2009<br />
Com base no enunciado, observe as afirmações abaixo,<br />
assinalando V (verdadeiro) ou F (falso).<br />
( ) A diminuição da fecundidade no Brasil deve-se às<br />
transformações econômicas e sociais que se acentuaram na<br />
primeira metade do século XX devido à intensa<br />
necessidade de mão de obra no campo, inclusive de<br />
mulheres, fato este que elevou o país ao patamar de<br />
agrário-exportador.<br />
( ) Devido à mudança do papel social da mulher do século<br />
XX, ela deixa de viver, exclusivamente, no núcleo familiar,<br />
ingressando no mercado de trabalho e passando a ter acesso<br />
ao planejamento familiar e a métodos contraceptivos. Esses<br />
aspectos, conjugados, explicam a diminuição vertiginosa<br />
das taxas de fecundidade no Brasil.<br />
( ) As quedas nas taxas de natalidade de um país levam, ao<br />
longo do tempo, ao envelhecimento da população<br />
(realidade da maioria dos países desenvolvidos). Neste<br />
sentido, verifica-se uma forte tendência a um mercado de<br />
trabalho menos competitivo e exigente, demandando<br />
menos custos do Estado com os aspectos sociais.<br />
Dessa forma, a sequência correta, de cima para baixo é<br />
Com base nos conhecimentos sobre a dinâmica do<br />
crescimento vegetativo da população no Brasil, ao longo<br />
desses 40 anos, assinale a alternativa correta.<br />
a) A taxa de crescimento anual da população brasileira foi<br />
maior na primeira década do século XXI que nos anos<br />
1970, apesar da estabilização da taxa bruta de mortalidade.<br />
b) A contínua redução da taxa de fecundidade explica a<br />
queda na taxa de crescimento anual da população, apesar<br />
de o número total de habitantes ter mais que dobrado.<br />
c) Nas duas últimas décadas, apesar do aumento das taxas<br />
brutas de natalidade, as taxas anuais de crescimento<br />
vegetativo da população brasileira se estabilizaram devido<br />
ao comportamento do saldo migratório.<br />
d) O crescimento absoluto de aproximadamente 100<br />
milhões de habitantes foi proporcionado pela elevação das<br />
taxas de fecundidade no Brasil ao longo do período.<br />
e) O fato de a população absoluta ter mais que dobrado no<br />
período se deve ao saldo migratório positivo ocasionado<br />
pela absorção de centenas de milhares de imigrantes<br />
italianos e japoneses.<br />
231- Observe os gráficos abaixo:<br />
a) VVV.<br />
b) FVV.<br />
c) VVF.<br />
d) FVF.<br />
e) VFV.<br />
230 - Da Copa de 1970 à Copa de 2010, a população<br />
brasileira passou de 93.139.037 para uma população<br />
estimada em 193.114.840 habitantes (IBGE – Popclock em<br />
23 jun. 2010).<br />
Os gráficos acima dizem respeito às pirâmides etárias<br />
brasileiras organizadas de acordo com os dados divulgados<br />
152
nos censos de 1980 e 2000 realizados pelo IBGE. Na<br />
comparação, observa-se que a base da pirâmide etária da<br />
população brasileira está se tornando cada vez mais estreita<br />
e o ápice mais largo. Verifica-se também que o corpo está<br />
cada vez maior, o que reflete a diminuição das taxas de<br />
crescimento vegetativo, o que provocou uma mudança no<br />
perfil da pirâmide etária brasileira nessa comparação entre<br />
1980 e 2000. A respeito da análise das pirâmides etárias<br />
apresentadas acima, é CORRETO afirmar que<br />
a) a analise das pirâmides etárias permite verificar a<br />
composição etária de uma população e seu reflexo na<br />
estrutura da População Economicamente Ativa (PEA), a<br />
qual é formada por pessoas que exercem atividades<br />
remuneradas.<br />
b) a análise das pirâmides etárias servem como subsídios<br />
para a elaboração de políticas previdenciárias e influencia<br />
diretamente em questões que dizem respeito à concessão<br />
de benefícios, na medida em que diminui o numero de<br />
pessoas aposentadas.<br />
c) a análise das pirâmides etárias subsidia o Estado na<br />
elaboração de políticas públicas nas áreas de educação,<br />
saúde, saneamento e cultura, de modo que possam ser<br />
elaboradas ações que atendam às expectativas de uma<br />
população cada vez mais jovem.<br />
d) a análise das pirâmides etárias permite verificar a<br />
composição da população feminina brasileira e serve como<br />
subsídio para a elaboração de políticas públicas de gênero<br />
para uma população feminina cada vez mais jovem.<br />
e) a análise das pirâmides etárias auxilia o Estado na<br />
elaboração de programas sociais que objetivam a inclusão<br />
social e a distribuição de renda na intenção de corrigir as<br />
distorções do crescimento desigual entre a população<br />
brasileira.<br />
232-<br />
Assinale a interpretação correta para o cartograma acima.<br />
a) As taxas de mortalidade infantil no continente africano<br />
são elevadíssimas.<br />
b) O continente africano é o que possui a menor<br />
expectativa de vida do mundo.<br />
c) A África é um continente com baixa presença de mão de<br />
obra infanto-juvenil.<br />
d) O fluxo migratório interno do continente africano é<br />
limitado à sua faixa central.<br />
e) A natalidade nos extremos sul e norte da África é menor<br />
do que a da sua região central.<br />
233 - Leia o fragmento de texto a seguir.<br />
Retrocedendo no tempo, verifica-se que para os homens, já<br />
em 1940, a média de idade no ato do casamento legal era<br />
de 27,1 anos, a qual se manteve quase inalterada até nossos<br />
dias [1998]. Com as mulheres não ocorreu o mesmo. Em<br />
1940, elas se casavam no civil mais cedo, em média aos<br />
153
21,7 anos, idade que veio crescendo sistematicamente e<br />
passou a 23,3 anos em 1950, 23,8 em 1960 e 24 em 1970.<br />
235-<br />
BERQUÓ, Elza. Arranjos familiares no Brasil: uma visão demográfica. In:<br />
SCHWARCZ, Lilia M. História da vida privada no Brasil. Contrastes da intimidade<br />
contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v. 4. p. 416-417.<br />
[Adaptado]<br />
O texto retrata diferenças na idade média das mulheres, em<br />
relação à dos homens, no que se refere ao casamento civil.<br />
No Brasil, o aumento progressivo da idade de casamento<br />
das mulheres entre as décadas de 1940 e 1970 se deve,<br />
sobretudo, à<br />
a) instituição do divórcio, que deu aos divorciados o direito<br />
de contrair novo matrimônio.<br />
b) aprovação do código eleitoral, que garantiu a<br />
participação política das mulheres.<br />
c) elevação da escolaridade, que possibilitou maior<br />
inclusão das mulheres no mercado de trabalho.<br />
d) ampliação da longevidade feminina, que influenciou na<br />
nupcialidade e nas parturições.<br />
e) implementação de políticas de saúde pública, que<br />
permitiu o acesso à contracepção e à esterilização.<br />
234 - Atente para o quadro abaixo:<br />
Fonte: Censo Demográfico 2000 e Contagem da População 2007.<br />
As alternativas abaixo expressam análises possíveis para os<br />
dados apresentados no quadro, EXCETO:<br />
a) O uso de anticoncepcionais e a legalização do aborto nas<br />
regiões mais povoadas contribuíram, significativamente,<br />
para a redução da taxa de natalidade.<br />
b) A melhoria nas condições sanitárias e higiênicas<br />
promoveu a queda da taxa de mortalidade.<br />
c) O aumento da idade média para o casamento reduziu o<br />
período de fertilidade em um matrimônio, afetando a taxa<br />
de fertilidade.<br />
d) A redução das doenças infecciosas, parasitárias, do<br />
sistema respiratório e digestivo promoveu a queda da taxa<br />
de mortalidade.<br />
A estrutura etária da população tem reflexos importantes<br />
na economia de um país. Logo, a tendência dos grupos<br />
etários representados no gráfico nos leva à reflexão de<br />
que:<br />
I – Em 1980, 38% da população tinham entre 0 a 14 anos<br />
de idade, em 2000 esse percentual cai para 29%, e, de<br />
acordo com as projeções do IBGE, em 2020 as crianças e<br />
jovens menores de 14 anos serão apenas 23% da população<br />
do país.<br />
II – A participação relativa de idosos na população total<br />
vem aumentando significativamente. Em 1980, as pessoas<br />
com mais de 60 anos de idade representavam apenas 6%;<br />
em 2000 já perfaziam 7% e em 2020 totalizarão 13%.<br />
III – As estatísticas oficiais afirmam que em 2006, 97% das<br />
população entre 7 a 14 anos frequentavam a escola. Como<br />
a população, nessa faixa etária, tende a diminuir em termos<br />
relativos e a permanecer estável em termos absolutos, não<br />
será necessário ampliar o número de vagas já existentes nas<br />
escolas fundamentais e sim melhorar a universalização do<br />
ensino médio e a qualidade das escolas, em todos os níveis.<br />
IV – A projeção nos mostra que nas próximas décadas<br />
haverá um acelerado crescimento da população de idosos,<br />
resultante do aumento da expectativa de vida. Essas<br />
alterações no padrão demográfico brasileiro agravam a<br />
crise estrutural do sistema de previdência social no Brasil,<br />
mas, por outro lado, aumentam de maneira significativa a<br />
importância dos idosos no mercado de consumo (casas de<br />
repouso, atividades recreativas, educação continuada na<br />
área de informática, ensino de línguas estrangeiras e uma<br />
boa pedida para a indústria do turismo.<br />
Estão corretas:<br />
a) Apenas as proposições II e III<br />
b) Apenas as proposições I e II<br />
c) Todas as proposições<br />
d) Apenas as proposições II e IV<br />
e) Apenas as proposições I e IV<br />
154
236 - O mapa da distribuição da população mundial mostra<br />
a irregularidade de ocupação humana pelo espaço, que de<br />
um modo geral está associada a três fatores principais:<br />
físico ou natural, histórico e econômico. Identifique as<br />
áreas assinaladas pelos numerais de 1 a 5 com os seus<br />
respectivos fatores favoráveis ou não à ocupação humana.<br />
237 - Observe e compare o mapa da questão anterior com<br />
o gráfico e o quadro, e, com base na observação destes,<br />
assinale a leitura plausível a partir das referidas figuras e<br />
dados.<br />
( ) Norte do Canadá, que deve sua baixa densidade<br />
demográfica ao fator climático de influência polar.<br />
( ) Nordeste dos Estados Unidos e Região dos Grandes<br />
Lagos, que devem sua intensa densidade demografia à<br />
presença da maior concentração industrial norteamericana.<br />
( ) Leste da China, tem na história muito antiga da sua<br />
ocupação um dos motivos para apresentar uma alta<br />
densidade demográfica.<br />
( ) Bangladesh, c u j a localização no delta dos rios Ganges,<br />
Brahmaputra e Meghna, deve a esses rios as terras de<br />
aluvião muito férteis que atraíram uma das maiores<br />
concentrações populacionais do mundo.<br />
( ) Planalto do Tibete na Ásia Central, cuja grande altitude<br />
e consequente associação de baixa temperatura e pressão<br />
atmosférica dificultam a ocupação humana.<br />
A sequência correta da numeração é:<br />
a) 5 3 1 4 2<br />
b) 4 3 2 4 5<br />
c) 3 2 5 1 4<br />
d) 3 4 1 5 2<br />
e) 4 3 2 1 5<br />
I – O século XX apresentou o mais rápido processo d e<br />
urbanização conhecido pela humanidade, fazendo com que<br />
ao final deste período a população mundial já fosse<br />
majoritariamente urbana.<br />
II – As megacidades com mais de dez milhões de habitantes<br />
se concentram majoritariamente nos países onde o<br />
processo de industrialização clássica favoreceu a<br />
urbanização acelerada e uma rede urbana macrocefálica.<br />
III – Os países subdesenvolvidos, em grande parte agrários,<br />
apresentam um crescimento mais acelerado das suas<br />
metrópoles que os países centrais mais urbanizados,<br />
motivo pelo qual o maior número de megacidades tende a<br />
se intensificar nesse grupo de países.<br />
IV – O crescimento explosivo das cidades no terceiro<br />
mundo transfere a pobreza presente no campo para suas<br />
metrópoles, cujo crescimento é concomitante com a falta<br />
de infraestrutura, desemprego ou subemprego, aumento da<br />
violência, surgimento de favelas e outros tantos problemas<br />
geralmente denominados de urbanos.<br />
Estão corretas apenas as proposições:<br />
a) I, III e IV<br />
b) II, III e IV<br />
c) I, II e IV<br />
d) II e III<br />
e) I e III<br />
155
238 - Em 01 de agosto de 2010, teve início o 12º Censo<br />
Demográfico brasileiro. O Censo 2010 envolve o trabalho<br />
direto de aproximadamente 230 mil pessoas, e seus<br />
resultados vão subsidiar o planejamento de políticas<br />
públicas e privadas pelos próximos dez anos. A alternativa<br />
que descreve uma mudança introduzida nesta edição do<br />
Censo é:<br />
a) Investigação sobre arranjos familiares formados por<br />
cônjuges do mesmo sexo.<br />
b) Investigação sobre os grupos étnicos e sua distribuição<br />
pelo território nacional.<br />
c) Investigação sobre as comunidades religiosas e sua<br />
distribuição pelo território nacional.<br />
d) Investigação sobre os padrões de mortalidade e<br />
fecundidade vigentes no país.<br />
e) Investigação sobre os níveis de renda e de consumo das<br />
famílias brasileiras.<br />
mão-de-obra jovem enquanto que a pirâmide 3 indica que<br />
o país enfrenta altos gastos com aposentadorias, assistência<br />
social e carência de mão-de-obra nativa.<br />
A sequência correta das assertivas é<br />
a) F V F V<br />
b) V F V F<br />
c) V V V V<br />
d) F F F F<br />
e) F F V V<br />
240 - Observe a figura a seguir.<br />
239 - Considerando que as pirâmides são gráficos que<br />
representam a estrutura de uma população distribuída por<br />
faixa de idade e sexos, observe as pirâmides 1, 2 e 3 e<br />
assinale com V ou com F as proposições, conforme sejam<br />
respectivamente Verdadeiras ou Falsas em relação à<br />
interpretação das mesmas.<br />
156<br />
( ) A base larga da pirâmide 1 indica uma alta expectativa<br />
de vida, que corresponde no geral aos países<br />
subdesenvolvidos, era a pirâmide típica do Brasil até o<br />
censo de 1980.<br />
( ) A pirâmide 2 indica que o país apresenta uma elevação<br />
da expectativa de vida e que a população passa por um<br />
processo de envelhecimento. Assemelha-se à pirâmide que<br />
o Brasil começa a esboçar a partir dos anos 1990.<br />
( ) A pirâmide 3 indica que o país apresenta uma baixa taxa<br />
de natalidade ao lado de uma baixa expectativa de vida, é<br />
a pirâmide típica dos países de economia emergente, a<br />
exemplo do Brasil e da Índia.<br />
( ) A pirâmide 1 indica que o país necessita fazer altos<br />
investimentos em educação e saúde para qualificar sua<br />
O IBGE (Instituto Brasileiro de <strong>Geografia</strong> e Estatística)<br />
está realizando o Censo da população brasileira em 2010.<br />
Com 80% da população brasileira já recenseada, os dados<br />
preliminares do Censo 2010 indicam que a pirâmide etária<br />
brasileira se alterou na última década. Em 2000, as crianças<br />
de até 4 anos de idade representavam 9,64% da população<br />
brasileira; hoje, são 7,17%. As de 5 a 9 eram 9,74%,<br />
percentual que caiu para 7,79%. A população com até 24<br />
anos somava 49,68% dos brasileiros há 10 anos; hoje,<br />
constituem 41,95%.<br />
Sobre os dados do Censo 2010, é correto afirmar que:<br />
a) os resultados apontam para um aumento da base da<br />
pirâmide etária, uma vez que a população jovem diminuiu.<br />
b) a queda da taxa de fecundidade aliada a uma maior<br />
expectativa de vida são fatores que podem explicar as<br />
mudanças ocorridas na estrutura da população brasileira.<br />
c) a diminuição da população jovem no Brasil é decorrente<br />
do aumento da taxa de mortalidade verificada no país em
função das diversas epidemias que ocorreram na década<br />
analisada, tais como a“gripe suína” ou H1N1.<br />
d) o envelhecimento da população brasileira era totalmente<br />
inesperado neste Censo, haja vista os grandes<br />
investimentos sociais que foram feitos para a melhoria de<br />
vida da população jovem.<br />
e) a diminuição da base da pirâmide etária brasileira é ruim,<br />
pois evidencia que o número de mortos na juventude está<br />
influenciando diretamente a estrutura da população.<br />
241 - O IBGE (Instituto Brasileiro de <strong>Geografia</strong> e<br />
Estatística) divulgou em setembro de 2010 os resultados da<br />
PNAD (Pesquisa Nacional sobre Amostra Domiciliar)<br />
referente às taxas de fecundidade nos últimos dez anos no<br />
Brasil. Os dados sobre o número de filhos por mulher são<br />
os seguintes:<br />
Com base nesses dados, assinale a alternativa CORRETA:<br />
E se era do batente ou era da folia<br />
Os versos da canção permitem pensar em dois indicadores<br />
demográficos passíveis de serem obtidos a partir das<br />
informações buscadas pelo recenseador. Esses indicadores<br />
referem-se especificamente<br />
a) à taxa de urbanização e à esperança média de vida.<br />
b) à taxa de mortalidade infantil e à taxa de matrimônios<br />
estáveis.<br />
c) ao índice de Gini e à taxa de alfabetização de adultos.<br />
d) ao saldo migratório e à renda per capita urbana.<br />
e) à taxa de fecundidade e à população economicamente<br />
ativa.<br />
243 –<br />
a) O aumento das taxas em 2009 evidencia que o Brasil é<br />
um país que tem explosão demográfica.<br />
b) Os indicadores demonstram que as taxas de mortalidade<br />
são superiores às taxas de natalidade, evidenciando<br />
redução demográfica.<br />
c) O índice de 2009 indica ligeiro aumento na taxa de<br />
fecundidade não caracterizando crescimento demográfico<br />
explosivo.<br />
d) Esses números indicam que o Brasil é um país com taxas<br />
negativas de crescimento demográfico, demonstrando a<br />
política estatal de um filho único.<br />
e) Caso essas taxas de fecundidade sejam mantidas, o<br />
Brasil, em uma década, ultrapassará o total da população<br />
da Índia.<br />
242 - Os versos abaixo, do compositor Assis Valente,<br />
procuram retratar o encontro de uma dona de casa com um<br />
recenseador do IBGE.<br />
Recenseamento<br />
Em 1940 Lá no morro começaram o recenseamento<br />
E o agente recenseador esmiuçou a minha vida<br />
foi um horror<br />
E quando viu a minha mão sem aliança encarou criança<br />
que no chão dormia E perguntou se meu moreno era<br />
decente<br />
Fonte: Ministério da Integração Nacional, 2006. Adaptado.<br />
157
a) Correlacione as informações contidas nos mapas acima.<br />
e) houve um efeito combinado da redução dos níveis da<br />
fecundidade e da mortalidade e do aumento da expectativa<br />
de vida.<br />
245 - A diminuição do ritmo de crescimento da população<br />
brasileira, a partir dos anos de 1980, teve como causa<br />
fundamental a<br />
b) Identifique e explique dois fatores responsáveis por<br />
mudanças no padrão espacial de distribuição da população<br />
brasileira, ocorridas entre 1991 e 2000.<br />
a) disseminação da prática do aborto, em conformidade<br />
com a legislação vigente.<br />
b) esterilização de grandes efetivos demográficos, a partir<br />
da laqueadura e da vasectomia.<br />
c) redução das taxas de natalidade, associadas aos<br />
processos de urbanização.<br />
d) considerável emigração para os países localizados na<br />
zona temperada do globo.<br />
244 - Em 2010, o IBGE realiza o Censo Demográfico<br />
brasileiro, cuja aferição total só será concluída em 2012.<br />
Contudo, a realização dos últimos PNADs permitem<br />
afirmar sobre a população brasileira que nas últimas<br />
décadas:<br />
a) as taxas de natalidade e mortalidade caíram e,<br />
consequentemente, a de crescimento vegetativo aumentou.<br />
b) houve um aumento da taxa de mortalidade devido ao<br />
envelhecimento precoce da população brasileira.<br />
c) estão em curso os estreitamentos do meio e da base da<br />
pirâmide etária e o alargamento do topo.<br />
d) há uma encruzilhada demográfica motivada pela<br />
significativa redução do ingresso ao mercado de trabalho<br />
dos jovens entre as décadas de 2010 e 2030.<br />
158
TEORIA DE GAIA<br />
Saiba o que é, planeta Terra, tese da teoria, meio<br />
ambiente, ecologia<br />
O que é Teoria de Gaia, também conhecida como Hipótese<br />
de Gaia, é uma tese que afirma que o planeta Terra é um<br />
ser vivo. De acordo com esta teoria, nosso planeta possui a<br />
capacidade de auto sustentação, ou seja é capaz de gerar,<br />
manter e alterar suas condições ambientais.<br />
Teoria de Gaia foi criada pelo cientista e ambientalista<br />
inglês James Ephraim Lovelock, no ano de 1969. Contou<br />
com os estudos da bióloga norte-americana Lynn Margulis.<br />
O nome da teoria é uma homenagem a deusa Gaia,<br />
divindade que representava a Terra na mitologia grega.<br />
Quando foi lançada, esta teoria não conseguiu agradar a<br />
comunidade de cientistas tradicionais. Foi, primeiramente,<br />
aceita por ambientalistas e defensores da ecologia. Porém,<br />
atualmente, com o problema do aquecimento global, esta<br />
teoria está sendo revista e muitos cientistas tradicionais já<br />
aceitam algumas ideias da Teoria de Gaia.<br />
Poluição da agua e poluição ambiental, poluição industrial,<br />
poluição das águas, poluição dos rios, contaminação da<br />
água, Aquífero Guarani<br />
Introdução<br />
A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates<br />
no mundo todo. O uso irracional e a poluição de fontes<br />
importantes (rios e lagos), podem ocasionar a falta de água<br />
doce muito em breve, caso nenhuma providência seja<br />
tomada.<br />
Falta de água<br />
Este milênio que está começando, apresenta o grande<br />
desafio de evitar a falta de água. Um estudo recente da<br />
revista Science (julho de 2000) mostrou que<br />
aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta<br />
de água no mundo. Em breve poderá faltar água para<br />
irrigação em diversos países, principalmente nos mais<br />
pobres. Os continentes mais atingidos pela falta de água<br />
são: África, Ásia Central e o Oriente Médio. Entre os anos<br />
de 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou<br />
cerca de duas vezes mais que a população mundial. Isso<br />
ocorreu provocado pelo alto consumo de água em<br />
atividades industriais e zonas agrícolas. Infelizmente,<br />
apenas 2,5% da água do planeta Terra são de água doce,<br />
sendo que apenas 0,08% está em regiões acessíveis ao ser<br />
humano.<br />
Causas da poluição das águas do planeta<br />
As principais causas de deterioração dos rios, lagos e dos<br />
oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e<br />
esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à<br />
natureza, através dos lixos, esgotos,<br />
dejetos químicos industriais e mineração sem controle.<br />
Em função destes problemas, os governos preocupados,<br />
tem incentivado a exploração de aquíferos (grandes<br />
reservas de água doce subterrâneas). Na América do Sul,<br />
temos o aquífero guarani, um dos maiores do mundo e<br />
ainda pouco utilizado. Grande parte das águas deste<br />
aquífero situa-se em subsolo brasileiro.<br />
Problemas gerados pela poluição das águas<br />
Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros<br />
organismos internacionais demonstram que cerca de 3<br />
bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem<br />
o mínimo necessário de condições sanitárias. Um milhão<br />
não tem acesso à agua potável. Em virtude desses graves<br />
problemas, espalham-se diversas doenças como<br />
diarreia, hepatite e febre tifoide, que matam mais de 5<br />
milhões de seres humanos por ano, sendo que um número<br />
maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de<br />
saúde destes países.<br />
Soluções<br />
Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos<br />
recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, em<br />
março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos,<br />
estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram<br />
medidas e mecanismos de preservação dos recursos<br />
hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é<br />
extremamente importante para a vida e saúde das pessoas<br />
e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns<br />
desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento<br />
das necessidades básicas da população, a garantia do<br />
abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e<br />
mananciais, a administração de riscos, a valorização da<br />
água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente<br />
administração dos recursos hídricos.<br />
159
Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas<br />
governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano<br />
todos podem colaborar para que a água doce não falte. A<br />
economia e o uso racional da água deve estar presente nas<br />
atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve<br />
economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer<br />
drásticas consequências num futuro pouco distante.<br />
Dicas de economia de água: Feche bem as torneiras, regule<br />
a descarga do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água<br />
lavando carro ou calçadas, reutilize a água para diversas<br />
atividades, não jogue lixo em rios e lagos, respeite as<br />
regiões de mananciais.<br />
Poluição do ar<br />
Fontes de poluição, efeito estufa, chuva ácida,<br />
combustíveis fósseis, consequências da poluição,<br />
combustíveis não poluentes, poluição ambiental e poluição<br />
atmosférica<br />
Introdução<br />
A partir de meados do século XVIII, com a revolução<br />
industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima<br />
do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades<br />
industriais europeias, toneladas de poluentes. A partir deste<br />
momento, o ser humano teve que conviver com o ar<br />
poluído e com todas os prejuízos advindos deste<br />
"progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades<br />
do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar.<br />
Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade<br />
do México estão na lista das mais poluídas do mundo.<br />
Geração da poluição<br />
A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado,<br />
principalmente, da queima de combustíveis fosseis como,<br />
por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo<br />
Problemas gerados pela poluição<br />
Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes<br />
centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a<br />
mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias, levam<br />
milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. A poluição<br />
também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio<br />
histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva<br />
ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o<br />
tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole<br />
de Atenas teve que passar por um processo de restauração,<br />
pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição<br />
da capital grega.<br />
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno<br />
do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso<br />
planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes<br />
formam uma camada de poluição na atmosfera,<br />
bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica<br />
concentrado na atmosfera, provocando mudanças<br />
climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que<br />
poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos,<br />
provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas.<br />
Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e<br />
maremotos poderão ocorrer com mais frequência.<br />
Soluções e desafios<br />
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado<br />
soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado<br />
no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos<br />
poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis<br />
já estão utilizando gás natural como combustível. No<br />
Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a<br />
álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com<br />
hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo,<br />
os carros poderão andar com um tipo de combustível que<br />
lança, na atmosfera, apenas vapor de água.<br />
( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado<br />
uma grande quantidade de gás carbônico na atmosfera.<br />
Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de<br />
energia que alimenta os setores industrial, elétrico e de<br />
transportes de grande parte das economias do mundo. Por<br />
isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.<br />
160
BIODIVERSIDADE<br />
O que é biodiversidade, origem do termo, conceito,<br />
exemplos, tipos de biodiversidade, ecologia, Floresta<br />
Amazônica, ecossistemas do meio ambiente<br />
Floresta Amazônica: riqueza da biodiversidade brasileira<br />
O que é biodiversidade (conceito)<br />
A palavra biodiversidade é um neologismo construído a<br />
partir das palavras biologia (bio=vida) e diversidade<br />
(grande variedade). Ela significa a diversidade do mundo<br />
vivo na natureza, ou seja a grande quantidade de espécies<br />
em nosso planeta.<br />
O termo em inglês biological diversity (diversidade<br />
biológica) foi criado por Thomas Lovejoy no ano de 1980,<br />
enquanto o termo biodiversity (biodiversidade) foi<br />
inventado por W.G. Rosen em 1985. Desde este momento,<br />
o termo e o conceito são muito utilizados entre os biólogos,<br />
ambientalistas e ecologistas do mundo todo.<br />
Exemplos<br />
Se prestarmos atenção na natureza, poderemos entender<br />
melhor este conceito. Existe uma grande variedade de<br />
espécies dentro de cada comunidade, habitat e ecossistema.<br />
Entre as árvores, por exemplo, existe uma grande<br />
diversidade de espécies. O mesmo acontece entre os<br />
virus, fungos, as bacterias, as aves etc. Se pegarmos como<br />
exemplo o ecossistema da Amazônia: quantas espécies<br />
animais e vegetais vivendo em um perfeito equilíbrio.<br />
Portanto, podemos afirmar que existe uma diversidade<br />
neste ecossistema, ou seja, podemos usar o termo “ a<br />
biodiversidade da Floresta Amazônica”.<br />
O surgimento deste termo está relacionado diretamente<br />
com o aumento da consciência ecológica no final do século<br />
XX, principalmente a respeito da extinção de espécies<br />
animais e vegetais. Em seu sentido mais amplo,<br />
biodiversidade significa “vida sobre a Terra”.<br />
A biodiversidade pode ser subdividida em três níveis:<br />
3) diversidade ecossistêmica: que corresponde à<br />
diversidade dos ecossistemas presentes em nosso planeta.<br />
Você sabia?<br />
- Que 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade? Em<br />
função disto, ocorrerão diversos eventos no mundo todo<br />
com o objetivo de divulgar a importância da biodiversidade<br />
para o nosso planeta. Ocorrerão também eventos voltados<br />
para a preservação da diversidade de espécies em nosso<br />
planeta.<br />
Sugestões de leitura sobre biodiversidade:<br />
- Árvore da Vida - A Inacreditável Biodiversidade da Vida<br />
na Terra<br />
Autor: Strauss, Rochelle<br />
Editora: Melhoramentos<br />
- Biodiversidade Brasileira - Síntese do Estado Atual do<br />
Conhecimento Autor: Lewinsohn, Thomas M.; Prado,<br />
Paulo Inácio Editora: Contexto<br />
- Biodiversidade - A Hora Decisiva - Série<br />
Pesquisa Autor: Pádua, Maria Tereza Jorge; Dourojeanni,<br />
Marc Jean Editora: Universidade Federal do Paraná<br />
1) diversidade genetica: que corresponde a diversidade dos<br />
genes numa espécie (diversidade intra-específica);<br />
2) diversidade específica: é a diversidade das espécies<br />
animais e vegetais;<br />
161
ECOLOGIA<br />
Saiba o que é, definição, importância dos estudos, seres<br />
vivos e o meio ambiente, conceito<br />
Ecologia: estudo dos seres vivos e o meio ambiente<br />
Definição<br />
Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estuda os<br />
seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde<br />
vivem. É uma palavra que deriva do grego, onde “oikos”<br />
significa casa e “logos” significa estudo.<br />
A Ecologia também se encarrega de estudar a abundância<br />
e distribuição dos seres vivos no planeta Terra.<br />
Esta ciência é de extrema importância, pois os resultados<br />
de seus estudos fornecem dados que revelam se os animais<br />
e os ecossistemas estão em perfeita harmonia. Numa época<br />
em que o desmatamento e a extinção de várias espécies<br />
estão em andamento, o trabalho dos ecologistas é de<br />
extrema importância.<br />
reações em cadeia e repercutir diretamente no<br />
funcionamento do ecossistema.<br />
Causas<br />
A ação do homem é a principal causa de desequilíbrio<br />
ecológico na atualidade. Entre estas ações, podemos citar o<br />
desmatamento, a caça e a pesca sem controle e a<br />
urbanização em áreas de matas e florestas.<br />
Exemplo e consequências<br />
Homens começam a caçar cobras numa determinada área<br />
ecologicamente equilibrada. Com a diminuição no número<br />
de cobras aumenta consideravelmente o número de sapos<br />
(alimento destas cobras). Com isso, a quantidade de insetos<br />
começa a reduzir significativamente, podendo faltar para<br />
outras espécies que também se alimentam de insetos. Isso<br />
pode até provocar a extinção de certas espécies, caso elas<br />
sejam encontradas apenas naquela área. Com a diminuição<br />
das cobras, pode também aumentar o número de roedores<br />
(ratos, por exemplo) que podem invadir áreas residenciais<br />
próximas em busca de alimentos.<br />
Através das informações geradas pelos estudos da<br />
Ecologia, o homem pode planejar ações que evitem a<br />
destruição da natureza, possibilitando um futuro melhor<br />
para a humanidade.<br />
Você sabia?<br />
- Comemora-se em 5 de unho o Dia Mundial do Meio<br />
Ambiente e da Ecologia.<br />
Desequilíbrio Ecológico<br />
O que é, problemas causados ao meio ambiente, exemplo,<br />
causas, ecossistema<br />
Desflorestamento: uma das principais causas de<br />
desequilíbrio ecológico<br />
O que é o Desequilíbrio Ecológico<br />
A natureza demorou milhões de anos para equilibrar os<br />
ecossistemas. Porém, uma pequena mudança pode<br />
provocar o desequilíbrio ecológico. O desequilíbrio<br />
ecológico ocorre quando algum elemento (animal ou<br />
vegetal) de um ecossistema é reduzido em quantidade,<br />
adicionado ou subtraído. Esta mudança pode originar<br />
162
AGENDA 21<br />
O que é a Agenda 21, objetivos, Eco-92, informações sobre<br />
a Agenda 21, temas, Rio-92<br />
Agenda 21: importantes medidas rumo ao<br />
desenvolvimento sustentável<br />
O que é a Agenda 21<br />
Agenda 21 é um conjunto de resoluções tomadas na<br />
conferência internacional Eco-92, realizada na cidade do<br />
Rio de Janeiro entre 3 e 4 de junho de 1992. Organizada<br />
pela ONU (Organização das Nações Unidas) contou com a<br />
participação de 179 países e resultou em medidas para<br />
conciliar crescimento econômico e social com a<br />
preservação do meio ambiente. Na Agenda 21 cada país<br />
definiu as bases para a preservação do meio ambiente em<br />
seu território, possibilitando o desenvolvimento<br />
sustentável.<br />
Principais temas tratados na Agenda 21<br />
- Combate à pobreza.<br />
- Cooperação entre as nações para chegar ao<br />
desenvolvimento sustentável.<br />
- Sustentabilidade e crescimento demográfico.<br />
- Proteção da atmosfera.<br />
- Planejamento e ordenação no uso dos recursos da terra.<br />
- Combate ao desmatamento das matas e florestas no<br />
mundo.<br />
- Combate à desertificação e seca.<br />
- Preservação dos diversos ecossistemas do planeta com<br />
atenção especial aos ecossistemas frágeis.<br />
- Desenvolvimento rural com sustentabilidade.<br />
- Preservação dos recursos hídricos, principalmente das<br />
fontes de água doce do planeta.<br />
- Conservação da biodiversidade no planeta.<br />
- Tratamento e destinação responsável dos diversos tipos<br />
de resíduos (sólidos, orgânicos, hospitalares, tóxicos,<br />
radioativos).<br />
- Fortalecimento das ONGs na busca do desenvolvimento<br />
sustentável.<br />
Educação como forma de conscientização para as questões<br />
de proteção ao meio ambiente.<br />
163
164<br />
DÍVIDA EXTERNA DO BRASIL<br />
A dívida externa do Brasil corresponde à soma dos débitos<br />
externos do Brasil. A dívida externa total estimada para<br />
julho de 2007 atingiu US$195,4 bilhões. Para efeito de<br />
comparação, esse valor era de US$ 214,93 bilhões no ano<br />
de 2003. Em janeiro de 2008, a dívida externa do Brasil<br />
estava em exatos 196,207 bilhões de dólares. (Fonte: Jornal<br />
do Comercio, 26 de fevereiro de 2008).<br />
História da dívida externa do Brasil<br />
O primeiro empréstimo externo do Brasil foi obtido em<br />
1824, no valor de 225 milhões de libras esterlinas e ficou<br />
conhecido como "empréstimo português", destinado a<br />
cobrir dívidas do período colonial e que na prática<br />
significava um pagamento a Portugal pelo reconhecimento<br />
da independência. Depois disso o Brasil, independente,<br />
passou a ter mais e mais dividas como em 1906, no valor<br />
de 12 milhões de libras, com o “Convênio de Taubaté”, um<br />
acordo feito com os governadores de MG, RJ e SP, que, a<br />
partir de empréstimos tomados no exterior, comprariam e<br />
estocariam o excedente da produção de café.<br />
A continuidade do pagamento da dívida externa é muito<br />
questionada no Brasil por alguns grupos e estudiosos,<br />
alegando que os encargos governamentais com<br />
pagamentos de dívidas comprometem o orçamento das<br />
áreas sociais.<br />
Em 21 de fevereiro de 2008 o Banco Central do Brasil<br />
informou que o Brasil possui recursos suficientes para<br />
quitar a sua dívida externa. Pois o país registrou reservas<br />
superiores à sua dívida externa do setor público e do setor<br />
privado. Foi a primeira vez na história do País que o Brasil<br />
deixou de ser devedor líquido. Com o aumento mais forte<br />
dos ativos externos do País, a posição credora do Brasil no<br />
exterior ficou em 6,983 bilhões de dólares em janeiro de<br />
2008 [2].<br />
A dívida externa para junho de 2010, somou US$225<br />
bilhões, elevando-se US$6,8 bilhões em relação à posição<br />
estimada para o mês anterior<br />
A dívida externa brasileira<br />
Introdução<br />
Durante a última semana a imprensa emudeceu frente a<br />
organização do plebiscito em relação à dívida externa. O<br />
pouco espaço dedicado à questão foi ocupado por<br />
entrevistas do ministro Pedro Malan, para defender a<br />
posição neoliberal do governo ou por editoriais que<br />
iniciam-se chamando a idéia de "calote".<br />
O Jornal Opinião da década de 70<br />
Uma Questão de Cidadania<br />
Em momento algum a grande imprensa e aqueles que são<br />
contrários ao "calote" se preocuparam em falar sobre todos<br />
os calotes que foram dados na sociedade brasileira, quando,<br />
ao longo de mais de um século, o endividamento serviu<br />
para sustentar uma elite parasitária e criar uma economia<br />
subserviente ao capital internacional e ao F.M.I.<br />
Em momento algum a imprensa e os governantes<br />
preocuparam-se em defender a realização de um grande<br />
debate nacional, para que a sociedade que paga os<br />
empréstimos tenha consciência de sua origem e dos<br />
"benefícios" que trouxe à ela; percebem que qualquer<br />
movimento de discussão desse assunto representa um<br />
questionamento à política em andamento, assim como<br />
também percebem que qualquer discussão que possa<br />
envolver a sociedade como um todo, não interessa a essa<br />
minoria.<br />
A proposta da realização do plebiscito representa um<br />
grande avanço, exatamente por que pode envolver toda a<br />
sociedade num grande debate, que na verdade é muito<br />
maior do que a discussão da Dívida Externa, trata-se de<br />
discutir a cidadania. Independentemente da importância do<br />
tema, a participação da sociedade é que está em jogo e<br />
nesse sentido fica patente o que as elites pensam da<br />
cidadania: a ação do homem no sentido de respeitar as leis<br />
do Estado e em hipótese alguma participar, discutir, opinar.<br />
Ninguém é ingênuo em acreditar que o Plebiscito que<br />
ocorre nesse momento vá definir o encaminhamento da<br />
questão da dívida, porém cria um debate em toda a<br />
sociedade<br />
Origem da Dívida<br />
A Dívida Externa adquiriu proporções astronômicas<br />
durante o regime militar (1964-85), no entanto sua origem<br />
remonta à Independência do país, no século XIX.<br />
O primeiro empréstimo externo do Brasil foi obtido em<br />
1824, no valor de 3 milhões de libras esterlinas e ficou<br />
conhecido como "empréstimo português", destinado a<br />
cobrir dívidas do período colonial e que na prática<br />
significava um pagamento à Portugal pelo reconhecimento<br />
de nossa independência. A independência não alterou as
estruturas sócio econômicas e restringiu-se a um<br />
movimento político muito limitado, mantendo o regime<br />
monárquico e o herdeiro português no trono, aliado aos<br />
latifundiários conservadores sob o comando de José<br />
Bonifácio. A aceitação do pagamento da indenização está<br />
ligada aos vínculos mantidos com Portugal e ao mesmo<br />
tempo aos interesses ingleses, que somente reconheceu<br />
nossa soberania após o acordo com Portugal.<br />
Em 1829 foi realizado novo empréstimo que passou para a<br />
história como "o ruinoso" e serviu para cobrir parcelas não<br />
pagas do empréstimo anterior. Do total tomado<br />
emprestado, o Brasil recebeu apenas 52%, pois o restante<br />
serviu para cobrir os juros da dívida anterior.<br />
Dois novos empréstimos importantes foram realizados<br />
durante o Império -- em 1843 e 1852 -- utilizados ainda<br />
para pagar débitos relativos ao primeiro empréstimo, que<br />
somente foi saldado em 1890.<br />
Durante esse período o Brasil ainda endividou-se ainda<br />
mais com a Guerra contra o Paraguai. A Inglaterra forneceu<br />
os navios e empréstimos ao Brasil para o conflito que<br />
também interessava à ela.<br />
A Primeira República<br />
Durante a república do "café com leite" o endividamento<br />
aumentou ainda mais, porém a idéia central ainda era a<br />
mesma, garantir os privilégios da elite. O presidente<br />
Campos Salles, eleito em 1898, viajou à Inglaterra antes<br />
mesmo da posse, para renegociar a dívida com os<br />
banqueiros Rotshild, e firmou um acordo que ficou<br />
conhecido como "Funding Loan", que suspendia o<br />
pagamento por um período de 13 anos, sendo que o<br />
pagamento dos juros seria realizado em 3 anos, em títulos<br />
da dívida pública e obtinha um novo empréstimo. Como<br />
garantia do cumprimento do acordo, as rendas das<br />
alfândegas brasileiras ficaram hipotecadas aos credores<br />
ingleses.<br />
Novo endividamento surgiu em 1906, representando o<br />
início da "Política de Valorização do Café". Neste ano, foi<br />
assinado o Convênio de Taubaté, entre os governadores de<br />
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que, a partir de<br />
empréstimos tomados no exterior, comprariam e<br />
estocariam o excedente da produção de café. A valorização,<br />
como outras políticas protecionistas, resolvia o problema<br />
imediato da burguesia paulista e mantinha o nível de<br />
emprego nos setores da economia vinculados ao café,<br />
porém prejudicava a maioria da sociedade, na medida em<br />
que setores essenciais eram relegados a segundo plano em<br />
termos de investimento, além de promover a<br />
desvalorização da moeda, originando um processo que<br />
ficou conhecido como "socialização das perdas", quer<br />
dizer, a maioria da sociedade pagava pela política que<br />
beneficiava a minoria.<br />
Os governos do período continuaram a realizar<br />
empréstimos que beneficiavam a elite cafeeira,<br />
contrastando com a situação de crise nas exportações<br />
durante a Primeira Guerra Mundial e posteriormente, na<br />
metade da década de 20.<br />
Com a crise iniciada nos EUA afetando a economia do país,<br />
o pagamento da dívida foi suspenso em 1931 por decisão<br />
unilateral do Brasil. Em 1934 a Assembleia Nacional<br />
Constituinte passou a investigar o endividamento<br />
brasileiro, que chegava a 237 milhões de libras esterlinas e<br />
já estava documentado de forma detalhada pelo ministro<br />
Oswaldo Aranha. O ministro não era um crítico dos<br />
empréstimos do exterior, nem defendia o não-pagamento<br />
da dívida. Depois de viver por alguns anos nos EUA,<br />
defendia um estreitamento das relações do Brasil com<br />
aquele país, em detrimento dos interesses ingleses, então<br />
nossos maiores credores. Condenava apenas a forma pela<br />
qual os empréstimos tinham sido aproveitados -- não em<br />
obras públicas, como achava que deveria Ter ocorrido.<br />
Pensava ainda que o país deveria parar de tomar<br />
emprestado para pagar empréstimos e deveria pagar com<br />
seus próprios recursos. O ministro destacava a<br />
característica básica do endividamento: "foram feitos uns<br />
para pagar os outros, em parte ou no todo, refundindo-se<br />
em novos empréstimos".<br />
As Últimas Décadas<br />
Apesar da ausência de empréstimos externos e das<br />
condições desfavoráveis do comércio exterior, nos anos 30<br />
a economia brasileira se expandiu em ritmo maior que na<br />
década de 20, "época de maciço ingresso de capital<br />
externo.<br />
No período posterior ao golpe militar os empréstimos<br />
voltam a aumentar substancialmente, devido a política<br />
econômica desenvolvida então, particularmente no período<br />
que ficou conhecido como "milagre econômico", quando a<br />
indústria brasileira cresceu a taxas elevadíssimas graças ao<br />
ingresso maciço de capitais estrangeiros, fazendo com que<br />
a dívida saltasse de 4 para 12 bilhões de dólares.<br />
O endividamento pós 64 tem dois estágios. O primeiro é o<br />
dos governos Costa e Silva e Médici, nos anos 68-73,<br />
do "milagre econômico". Nesse período, os empréstimos<br />
foram usados para, ao cabo de tudo, realizar ar operações<br />
de crédito na compra de geladeiras, secadores de cabelo,<br />
165
automóveis e outros bens supérfluos e também para<br />
financiar ar grandes obras urbanas e serviços que<br />
viabilizaram a existência dos automóveis e das geladeiras,<br />
tais como estradar, viadutos e redes de energia elétrica.<br />
No final de 1983, em depoimento na CPI da Dívida<br />
Externa, Celso Furtado, economista que fora ministro do<br />
Planejamento antes do golpe, mostrou como o Brasil pòs-<br />
64, graças a mudanças de política financeira e cambial -<br />
nas regras de conversão do dólar em cruzeiros -, acabou na<br />
prática pagando, através do Banco Central, para os capitais<br />
estrangeiros, parte do preço de automóveis c secadores de<br />
cabelo, comprados a crédito obtido por dólares<br />
emprestados.<br />
A Segunda fase do endividamento começa no governo do<br />
general Ernesto Geisel (1974-79). A partir de 74, a<br />
indústria de bens de consumo duráveis, com a produção de<br />
automóveis à frente, começa a encalhar, em grande parte<br />
devido a crise mundial do petróleo, que repercute na<br />
elevação nas taxas de juros, que somadas aos gastos dos<br />
grandes projetos de geração de energia.<br />
diversos, o aumento da competitividade dos produtos do<br />
agronegócio e a possibilidade de implantação de novos<br />
polos agroindustriais e de exploração de minérios,<br />
aproveitando sua conexão com a malha ferroviária<br />
nacional.<br />
Por outro lado, a ferrovia promoverá a dinamização das<br />
economias locais, alavancando novos empreendimentos na<br />
região, com aumento da arrecadação de impostos, além de<br />
geração de cerca de 30 mil empregos diretos. A ferrovia<br />
deve fomentar ainda mais o desenvolvimento agrícola da<br />
região oeste do estado, cuja previsão é de uma produção de<br />
6,7 milhões de toneladas em 2015. Os principais produtos<br />
a ser transportados são soja, farelo de soja e milho, além de<br />
fertilizantes, combustíveis e minério de ferro.<br />
Em 1982 temos o ano da falência declarada do modelo<br />
brasileiro de desenvolvimento e o país recorre ao FMI e ao<br />
final do governo Figueiredo, que encerra a ditadura militar,<br />
a dívida externa chegava a casa de 100 bilhões de dólares.<br />
A Dívida atual alcança a casa dos 231 bilhões de dólares.<br />
Ferrovia de Integração Oeste-Leste<br />
A Ferrovia de Integração Oeste-Leste dinamizará o<br />
escoamento da produção do estado da Bahia e servirá de<br />
ligação dessa região com outros polos do país, por<br />
intermédio de conexão com a Ferrovia Norte-Sul. Incluída<br />
entre as prioridades do Programa de Aceleração do<br />
Crescimento (PAC), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste<br />
terá 1.490km de extensão e envolverá investimentos<br />
estimados em R$6 bilhões até 2012.<br />
166<br />
A ferrovia ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras –<br />
no estado da Bahia – a Figueirópolis, no estado do<br />
Tocantins, formando um corredor de transporte que<br />
otimizará a operação do Porto de Ponta da Tulha e ainda<br />
abrirá nova alternativa de logística para portos no norte do<br />
país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro<br />
Carajás.<br />
Entre as vantagens previstas com a construção da Ferrovia<br />
de Integração Oeste-Leste para o estado da Bahia estão a<br />
redução de custos do transporte de insumos e produtos
PERGUNTAS FREQUENTES<br />
O que é a Ferrovia de Integração Oeste-Leste?<br />
Trata-se de uma ferrovia a ser construída pelo governo<br />
federal ligando Ilhéus (BA) a Figueiropólis, no estado do<br />
Tocantins, cortando toda a Bahia no sentido Leste-Oeste. A<br />
ferrovia vai percorrer, ao todo, 1.500 quilômetros, tendo<br />
como zona de influência 49 municípios baianos num trecho<br />
de 1.100 quilômetros. A nova linha férrea interligará o<br />
Porto Sul, a ser construído na Ponta de Tulha (ao norte de<br />
Ilhéus) ao Brasil Central, podendo, futuramente, interligarse<br />
com uma rede que chegará ao Oceano Pacífico,<br />
promovendo uma maior integração da América do Sul.<br />
Quando surgiu a ideia de construir a ferrovia?<br />
A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) foi idealizada<br />
na década de 50 do século passado, pelo professor da<br />
Universidade Federal da Bahia (UFBA) e deputado federal<br />
por quatro mandatos consecutivos (1970-1986), Vasco<br />
Neto, que faleceu em 01 de outubro de 2010.<br />
Quem irá construir a ferrovia e qual a origem dos recursos?<br />
A responsável pela construção é a Valec - Engenharia,<br />
Construções e Ferrovias S.A, uma empresa do governo<br />
federal, e os recursos são oriundos do Programa de<br />
Aceleração do Crescimento (PAC).<br />
Qual a previsão de investimento?<br />
A estimativa é de R$ 6 bilhões (valor global) e de<br />
aproximadamente R$ 4,2 bilhões no trecho baiano.<br />
Qual será a área de influência da ferrovia?<br />
Trecho na Bahia = 1.100 km<br />
Municípios: Barreiras, Correntina, Jaborandi, Luís<br />
Eduardo Magalhães, São Desiderio, Bom Jesus da Lapa,<br />
Carinhanha, Coribe, Guanambi, Malhada, Palmas de<br />
Monte Alto, Riacho de Santana, Santa Maria da Vitória,<br />
Santana, São Félix do Coribe, Serra do Ramalho, Aracatu,<br />
Brumado, Caetité, Dom Basílio, Ibiassucê, Ituaçu, Lagoa<br />
Real, Livramento de Nossa Senhora, Pindaí, Rio do<br />
Antônio, Barra da Estiva, Contendas do Sincorá, Iramaia,<br />
Jequié, Manoel Vitorino, Maracás, Mirante, Tanhaçu,<br />
Aiquara, Aurelino Leal, Barra do Rocha, Gongogi,<br />
Ibirapitanga, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itacaré, Itagi, Itagiba,<br />
Jitaúna, Ubaitaba, Ubatã e Uruçuca.<br />
Trecho no Tocantins = 400 km<br />
Municípios: Alvorada, Arraias, Aurora do Tocantins,<br />
Combinado, Conceição do Tocantins, Figueirópolis,<br />
Gurupi, Lavandeira, Novo Alegre, Paraná, Peixe, Ponte<br />
Alta do Bom Jesus, Sucupira, Taguatinga e Taipas do<br />
Tocantins, além de Campos Belos (GO).<br />
Quais as vantagens da construção da Fiol para o Estado da<br />
Bahia?<br />
Entre as vantagens previstas estão a redução de custos do<br />
transporte de insumos e produtos diversos, o aumento da<br />
competitividade dos produtos do agronegócio e a<br />
possibilidade de implantação de novos polos<br />
agroindustriais e de exploração de minérios, aproveitando<br />
sua conexão com a malha ferroviária nacional.<br />
Por outro lado, a ferrovia promoverá a dinamização das<br />
economias locais, alavancando novos empreendimentos na<br />
região, com aumento da arrecadação de impostos, além de<br />
geração empregos. A ferrovia deve fomentar ainda mais o<br />
desenvolvimento agrícola do oeste da Bahia.<br />
Quais os tipos de carga devem ser transportadas pela<br />
ferrovia e qual a capacidade de movimentação inicial?<br />
A Fiol facilitará o escoamento de grãos, minérios e<br />
biocombustíveis produzidos no oeste, sudoeste e sul da<br />
Bahia, além de se consolidar como uma alternativa ao<br />
escoamento da produção agroindustrial do Centro-Oeste<br />
brasileiro. Quanto à importação, a ferrovia transportará<br />
fertilizantes, derivados de petróleo do litoral para o oeste<br />
baiano e outros insumos. A capacidade de movimentação<br />
inicial é de 40 milhões de toneladas por ano.<br />
Com a ferrovia em funcionamento, há perspectivas de<br />
redução no custo de transporte de mercadorias e insumos?<br />
Sim. O custo médio no transporte das mercadorias é 30%<br />
menor que o transporte rodoviário, com a vantagem de ser<br />
mais regular, seguro e até mais rápido, uma vez que requer<br />
uma logística de transbordo moderna e eficiente, com<br />
benefícios para os produtores, para a indústria, o<br />
comércio e os consumidores em geral.<br />
Quantos empregos devem ser gerados?<br />
Cerca de 30 mil empregos diretos.<br />
Qual o prazo de conclusão?<br />
A previsão da Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias<br />
S.A é 2012.<br />
Já ocorreram audiências públicas?<br />
Sim. Elas ocorreram nas seguintes datas:<br />
24 de fevereiro de 2010 em Conceição do Tocantins (TO)<br />
25 e fevereiro de 2010 em Brumado (BA)<br />
167
27 de fevereiro de 2010 em Ilhéus (BA)<br />
De acordo com informações da Valec, a legislação não<br />
obriga novas audiências públicas, entretanto, caso haja o<br />
interesse das entidades de classe, ONGs, prefeituras ou<br />
quaisquer movimentos sociais, novos encontros poderão<br />
ser realizados para o esclarecimento de dúvidas sobre o<br />
projeto de construção da Ferrovia de Integração Oeste-<br />
Leste. O contato deve ser realizado com a Assessoria de<br />
Comunicação da empresa no Rio de Janeiro.<br />
Onde estão disponíveis as informações sobre os Editais?<br />
Na medida que forem autorizados, eles ficarão disponíveis<br />
no site da Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.<br />
Até o momento estão disponíveis os itens abaixo:<br />
Abertura das Propostas 03/08/2010<br />
Concorrência para Contratação de empresa especializada<br />
na criação, confecção e instalação de placas publicitárias a<br />
serem fixadas em locais estratégicos ao longo do percurso<br />
onde será construída a extensão sul, no trecho Ouro<br />
Verde/GO – Estrela do Oeste/SP e a Ferrovia de Integração<br />
Oeste Leste, no trecho Ilhéus – Barreiras na Bahia.<br />
23/08/2010<br />
Concorrência para Contratação de empresa para execução<br />
das Obras e Serviços de engenharia para implantação do<br />
sub- recho da Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL,<br />
compreendido entre Ilhéus/BA e Barreiras/BA.<br />
09/09/2010<br />
Concorrência para Contratação de empresa de engenharia<br />
consultiva para realização de serviços técnicos<br />
especializados de gerenciamento e assessoria técnica do<br />
projeto de implantação da EF-334 – Ferrovia de Integração<br />
Oeste-Leste. 13/09/2010<br />
Concorrência para Contratação de empresa para execução<br />
dos serviços técnicos profissionais especializados para<br />
supervisão das obras de Implantação do sub-trecho da<br />
Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL, compreendido<br />
entre Ilhéus/BA e Barreiras/BA. 04/11/2010<br />
Contratação de empresa para execução das obras e serviços<br />
de engenharia para construção de ponte sobre o Rio São<br />
Francisco a ser implantada entre o km 825 + 230 e o km<br />
828 + 130 do sub-trecho da Ferrovia de Integração Oeste<br />
Leste – FIOL, compreendido entre Ilhéus/BA e<br />
Barreiras/BA<br />
Qual o resultado dos sete lotes licitados pela Valec?<br />
Foi publicado no dia 22 de setembro de 2010, no Diário<br />
Oficial da União (DOU), o resultado final da licitação de<br />
três lotes da Fiol. A soma total dos três lotes é de R$<br />
1.964.790.988,59.<br />
LOTE 01: CONSÓRCIO SPA / DELTA / CONVAP, com<br />
o valor global de R$ 574.497.646,72 Trecho do Rio da<br />
Preguiça (km 1401+710) até o Terminal de Ilhéus (km<br />
1526+700)<br />
LOTE 02: CONSÓRCIO GALVÃO / OAS, com o valor<br />
global de R$ 650.414.035,89<br />
Trecho do Riacho Jacaré (km 1283+310) até o Rio da<br />
Preguiça (km 1402+710)<br />
LOTE 04: CONSÓRCIO ANDRADE GUTIERREZ /<br />
BARBOSA MELLO / SERVENG, com o valor global de<br />
R$ 739.879.305,98 Trecho do Riacho da Barroca (km 990<br />
+170) até o Rio de Contas (km 1168+450)<br />
Foi publicado no dia 01 de outubro de 2010, no Diário<br />
Oficial da União (DOU), o resultado final da licitação de<br />
quatro lotes da Fiol. A soma total dos quatro lotes é de R$<br />
2.234.193.145,27.<br />
LOTE 03: CONSÓRCIO TORC/ IVAI/ CAVAN, com<br />
o valor global de R$ 403.269.812,83 Trecho do Rio de<br />
Contas (km 1168+450) até o Riacho Jacaré (km 1283+310)<br />
LOTE 05: CONSÓRCIO MENDES JUNIOR/<br />
SANCHES TRIPOLONI / FIDENS, com o valor global de<br />
R$ 720.083.377,91 Trecho do fim da Ponte sobre o Rio São<br />
Francisco (km 828+130) até o Riacho da Barroca (km<br />
990+170)<br />
LOTE 06: CONSÓRCIO CONSTRAN/ EGESA/<br />
PEDRASUL/ ESTACON/ CMT, com valor global de R$<br />
575.110.771,42 Trecho da estrada vicinal de acesso à BR-<br />
135 (km 665+920) até o início da Ponte sobre o Rio São<br />
Francisco (825+230)<br />
LOTE 07: CONSÓRCIO OESTE-LESTE<br />
BARREIRAS: TIISA/ COWAN/ ALMEIDA COSTA/<br />
TRIER/ PELICANO, com valor global de R$<br />
535.729.183,11<br />
Trecho do Rio das Fêmeas (km 504+800) até a estrada<br />
vicinal de acesso à BR-135 (km 665+920) A soma dos sete<br />
lo<br />
168
XENOFOBIA<br />
A xenofobia é um dos fenômenos mais presentes na<br />
história e também um dos mais característicos de nossa<br />
sociedade. Em uma definição mais geral, pode-se dizer que<br />
é uma aversão pelo que é diferente, pelo outro, que<br />
geralmente nos assusta com sua alteridade. Mas é também<br />
um termo usado para denominar um transtorno psiquiátrico<br />
que gera um medo excessivo, sem controle algum, ao que<br />
é desconhecido – objetos ou pessoas. Este conceito<br />
também se estende, de forma um tanto polêmica, a<br />
qualquer discriminação de ordem racial, grupal – em<br />
referência a grupos minoritários – ou cultural. Esta acepção<br />
causa uma certa ausência de clareza, pois é assim<br />
confundida com preconceitos, e nem todos eles são<br />
considerados fobias.<br />
O repúdio a culturas diferentes geralmente traz em sua<br />
essência o ódio, a animosidade, o preconceito, embora este<br />
possa provir também de outras raízes, como opiniões<br />
preconcebidas sobre determinados grupos ou<br />
coletividades, por pura falta de informação sobre eles;<br />
conflitos ideológicos que envolvem crenças em atrito,<br />
causados por um choque conceitual; motivações políticas e<br />
outros tantos fatores. É polêmico, porém, em alguns casos,<br />
definir se há preconceito ou xenofobia, como no episódio<br />
do Nazismo. Este fato histórico envolveu grupos e culturas<br />
diferentes, violência desenfreada, crimes hediondos,<br />
desencadeados por um grupo que se encontrava no poder<br />
na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, contra<br />
pessoas que eles julgavam diferentes e inferiores. Estes<br />
indivíduos não foram apenas mortos, mas torturados,<br />
manipulados geneticamente, utilizados como cobaias em<br />
experiências terríveis, o que descarta a presença apenas de<br />
fatores político-sociais, e dão a este acontecimento um<br />
caráter doentio.<br />
Hoje, nos Estados Unidos e na Europa, há um retorno da<br />
intolerância, principalmente contra os estrangeiros, e um<br />
certo avanço de um movimento que se denomina de<br />
neofascismo, com a eleição de partidos de extrema direita.<br />
Também se ouve falar, inclusive no Brasil, na constituição<br />
de novos grupos que se auto intitulam neonazistas. A esses<br />
fenômenos os pesquisadores sociais costumam chamar de<br />
xenofobia, no seu sentido mais amplo. Mas não é<br />
complicado perceber nestes fenômenos fatores mais<br />
sociais, políticos, econômicos, do que psíquicos, embora<br />
não seja difícil atribuir aos mecanismos sociais mais<br />
recentes um componente de certa forma patológico.<br />
Em seu sentido mais restrito, a xenofobia tem como<br />
principal sintoma um medo descomedido e desequilibrado<br />
do desconhecido. Exclui-se assim o temor em seu aspecto<br />
natural. Deste ponto de vista, ela é considerada uma<br />
doença, causada por uma ansiedade de teor significativo,<br />
desencadeada após um período de exposição a um contexto<br />
ou a um objeto desconhecido e, por isso mesmo,<br />
assustador. As pessoas que apresentam traços tenazes de<br />
terror irracional e passam a evitar situações que consideram<br />
arriscadas, podem inclusive ser suscetíveis a uma crise de<br />
pânico. Com estes sintomas, o indivíduo tem sua rotina<br />
alterada e até mesmo prejudicada.<br />
O tratamento da xenofobia envolve geralmente o uso de<br />
uma terapia comportamental. O paciente é exposto à<br />
situação traumática, neste caso ao contexto de<br />
estranhamento que lhe provoca terror. Aos poucos, a<br />
pessoa se conscientizará de que essas circunstâncias não<br />
representam o perigo e a ameaça que ela supunha. Esta<br />
técnica é chamada de dessensibilizarão sistemática,<br />
elaborada por Joseph Wolpe, entre 1952 e 1958. Esta<br />
terapia tem sido considerada a mais eficaz nestes casos de<br />
fobia.<br />
169
RACISMO<br />
O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de<br />
pensar em que se dá grande importância à noção da<br />
existência de raças humanas distintas e superiores umas às<br />
outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e<br />
sua relação entre características físicas hereditárias, e<br />
determinados traços de carácter e inteligência ou<br />
manifestações culturais, são superiores a outros.<br />
O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto<br />
de opiniões pré concebidas onde a principal função é<br />
valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos,<br />
em que alguns acreditam ser superiores aos outros de<br />
acordo com sua matriz racial. A crença da existência de<br />
raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para<br />
justificar a escravidão, o domínio de determinados povos<br />
por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a<br />
história da humanidade.<br />
Os racistas definem uma raça como sendo um grupo de<br />
pessoas que têm a mesma ascendência. Diferenciam as<br />
raças com base em características físicas como a cor de<br />
pele e o aspecto do cabelo. Investigações recentes provam<br />
que a “raça” é um conceito inventado. A noção de “raça”<br />
não possui qualquer fundamento biológico. A palavra<br />
“racismo” é igualmente usada para descrever um<br />
comportamento abusivo ou agressivo para com os<br />
membros de uma “raça inferior”.<br />
O racismo reveste-se de várias formas nos diversos países,<br />
consoante a sua história, cultura e outros fatores sociais.<br />
Uma forma relativamente recente de racismo, por vezes<br />
denominada “diferenciação étnica ou cultural”, defende<br />
que todas as raças e culturas são iguais, mas não se deviam<br />
misturar, de maneira a conservar a sua originalidade. Não<br />
há nenhuma prova científica da existência de raças<br />
diferentes. A biologia só identificou uma raça: a raça<br />
humana.<br />
A importância que o homem dá à cor da pele do seu<br />
semelhante, é deveras preocupante. Na realidade, em<br />
muitos casos a diferença da cor da pele é uma barreira<br />
muito mais determinante para a comunicação entre as<br />
pessoas do que a própria diferença linguística, isto pode ser<br />
considerado um fenómeno antinatural, uma vez que não<br />
vemos na natureza os animais minimamente preocupados<br />
com as diferenças de pelagem ou penas.<br />
A diferença de cor entre as pessoas tem uma explicação<br />
científica para a qual o homem não contribui<br />
minimamente: a maior ou menor concentração de melanina<br />
da pele, que torna a pele da pessoa mais o menos escura.<br />
"O racismo começa quando a diferença, real ou<br />
imaginária, é usada para justificar uma agressão. Uma<br />
agressão que assenta na incapacidade para compreender<br />
o outro, para aceitar as diferenças e para se empenhar no<br />
diálogo".<br />
Mário Soares, antigo presidente de Portugal<br />
Xenofobia<br />
Xenofobia quer dizer aversão a outras raças e culturas.<br />
Muitas vezes é característica de um nacionalismo<br />
excessivo. A xenofobia é um medo intensivo,<br />
descontrolado e desmedido em relação a pessoas ou grupos<br />
diferentes, com as quais nós habitualmente não<br />
contatamos.<br />
«A criatividade só pode ter origem na diferença.»<br />
Yehudi Menuhin, violinista e defensor dos direitos do<br />
Homem<br />
Discriminação racial<br />
Entende-se por discriminação racial qualquer distinção,<br />
exclusão, restrição ou preferência em função da raça,<br />
origem, cor ou etnia, que tenha por objetivo ou produza<br />
como resultado a anulação ou restrição do reconhecimento,<br />
fruição ou exercício, em condições de igualdade, de<br />
direitos, liberdades e garantias ou de direitos económicos,<br />
sociais e culturais.<br />
Uma das formas de descriminação racial é:<br />
>> A intolerância - é a falta de respeito pelas práticas e<br />
convicções do outro. Aparece quando alguém se recusa a<br />
deixar outras pessoas agirem de maneira diferente e terem<br />
opiniões diferentes. A intolerância pode conduzir ao<br />
tratamento injusto de certas pessoas em relação ás suas<br />
convicções religiosas, sexualidade ou mesmo à sua<br />
maneira de vestir. Está na base do racismo, do<br />
antissemitismo, da xenofobia e da discriminação em geral.<br />
Frequentemente, pode conduzir à violência. A intolerância<br />
não aceita.<br />
Contudo, existem formas de combate à discriminação<br />
racial.<br />
Meios jurídicos de combate ao racismo e a<br />
xenofobia<br />
Legislação que proíbe as descriminações no exercício de<br />
direitos, por motivos baseados na raça, cor nacionalidade<br />
170
ou origem étnica: Lei nº 134/99, de 28 de Agosto; Decreto-<br />
Lei nº 111/2000, de 4 de Julho.<br />
- A igualdade é a característica do que é igual. O que<br />
significa que nenhuma pessoa é mais importante que outra,<br />
quaisquer que sejam os seus pais e a sua condição social.<br />
Naturalmente, as pessoas não têm os mesmos interesses e<br />
as mesmas capacidades, nem estilos de vida idênticos.<br />
Consequentemente, a igualdade entre as pessoas significa<br />
que todos têm os mesmos direitos e as mesmas<br />
oportunidades. No domínio da educação e do trabalho,<br />
devem dispor de oportunidades iguais, apenas dependentes<br />
dos seus esforços. A igualdade só se tornará uma realidade<br />
quando todos tiverem, em termos idênticos, acesso ao<br />
alojamento, à segurança social, aos direitos cívicos e à<br />
cidadania.<br />
- O interculturalismo consiste em pensar que nós<br />
enriquecemos através do conhecimento de outras culturas<br />
e dos contactos que temos com elas e que desenvolvemos<br />
a nossa personalidade ao encontrá-las. As pessoas<br />
diferentes deveriam poder viver juntas apesar da sua<br />
diferença cultural. O interculturalismo é a aceitação e o<br />
respeito pelas diferenças.<br />
«Crer no interculturalismo é crer que se pode aprender e<br />
enriquecer através do encontro com outras culturas.»<br />
UNIDOS para uma ação intercultural<br />
O racismo e a xenofobia na Europa<br />
A Europa, tal como os restantes continentes, vive sob o<br />
impacte da globalização, de uma maior mobilidade<br />
internacional e do incremento dos fluxos migratórios. O<br />
aumento da intolerância política, religiosa e étnica bem<br />
como o desencadear de vários conflitos armados, dentro e<br />
fora do espaço europeu, provocaram a saída de inúmeros<br />
contingentes populacionais das suas terras, refugiados nem<br />
sempre bem acolhidos em ambientes que lhes são pouco<br />
familiares. Carências económicas, a par de problemas<br />
sociais vividos pelos cidadãos de determinado Estado, têm<br />
contribuído para o surgimento de tensões evidenciadas sob<br />
formas de racismo "flagrante" e "subtil" contra<br />
determinados grupos, entre os quais comunidades<br />
migrantes e minorias étnicas ou religiosas (por exemplo, os<br />
ciganos, os judeus, os muçulmanos). Tais ressentimentos<br />
têm sido agravados pelo fomento de doutrinas xenófobas<br />
por parte de partidos políticos, designadamente os de<br />
extrema-direita, que não só deles se aproveitam para<br />
justificar períodos de maior vulnerabilidade económicosocial<br />
no seu próprio país, como ainda, através dos<br />
nacionalismos exacerbados patentes nos seus discursos,<br />
adicionam às ideologias já enraizadas novas ondas de<br />
intolerância. Embora tendo presentes os maus exemplos do<br />
passado (Holocausto, apartheid, etc.), a verdade é que<br />
sentimentos desta natureza persistem na Europa, em<br />
prejuízo de indivíduos ou coletivos segregados,<br />
independentemente do seu nível económico e da partilha<br />
ou não dos valores, princípios e matrizes fundamentais da<br />
sociedade de acolhimento. Em todo o caso, os níveis e<br />
expressões de racismo variam muito de país para país,<br />
espelhando não só diferentes posturas e modos de lidar<br />
com a presença de imigrantes, minorias étnica e<br />
estrangeiros, como também políticas mais ou menos<br />
consistentes de combate à discriminação (saliente-se a<br />
atenção depositada pela Holanda e Reino Unido a estas<br />
questões).<br />
«A Europa é uma sociedade multicultural e multinacional<br />
que se enriquece com esta variedade. No entanto, a<br />
constante presença do racismo na nossa sociedade não<br />
pode ser ignorada. O racismo toca toda a gente. Degrada<br />
as nossas comunidades e gera insegurança e medo.»<br />
Pádraig Flynn, Comissário Europeu<br />
É preciso...<br />
A atitude perante o "outro" depende em larga medida de<br />
uma sobreposição, por vezes contraditória, de identidades,<br />
influências e lealdades, cuja interação resulta numa<br />
disposição particular para a cooperação transnacional. De<br />
forma a podermos combater os impulsos conflituosos que<br />
derivam de todo este contexto, é preciso encontrar o que<br />
Talcot Parsons chama de "core system of shared meaning".<br />
É preciso, nacional e internacionalmente, promover um<br />
relacionamento institucional, económico, político, social e<br />
interpessoal coerente.<br />
Esta coerência passa pelo reforço da<br />
interculturalidade. E esta assenta no conhecimento do<br />
"outro", daí a sua importância fundamental no combate ao<br />
racismo e à xenofobia, que assentam em preconceitos<br />
resultantes do desconhecimento ou conhecimento<br />
deturpado.<br />
A interculturalidade é uma batalha a ganhar gradualmente<br />
e vários são os campos onde podem ser levadas a cabo<br />
ações decisivas. A Educação é, sem dúvida, uma das áreas<br />
onde numerosas vitórias podem ser conseguidas. Não é, na<br />
verdade, uma tarefa fácil mas é certamente uma das vias a<br />
seguir dada a sua influência estrutural na preparação dos<br />
cidadãos de amanhã.<br />
171
Organizações de apoio às vítimas de racismo e<br />
xenofobia<br />
O SOS RACISMO foi criado em 10 de Dezembro de 1990.<br />
A sua criação partiu da iniciativa de um grupo de pessoas<br />
que, assim, se propôs lutar contra o Racismo e a Xenofobia<br />
em Portugal, contribuindo para a formação de uma<br />
sociedade em que todos tenham os mesmos direitos.<br />
O SOS RACISMO constitui uma associação sem fins<br />
lucrativos, tendo-lhe sido atribuído o estatuto de utilidade<br />
pública em 1996. Desde da data da sua criação, o SOS<br />
RACISMO tem vindo a desenvolver atividades<br />
diversificadas, que abrangem cada vez mais áreas de<br />
intervenção, de forma a tornar possível uma ação conjunta<br />
nos vários sectores da sociedade portuguesa.<br />
Há igualmente um esforço no sentido de colaborar com<br />
outras associações anti racistas e de imigrantes a nível<br />
nacional. O SOS RACISMO desenvolve, igualmente,<br />
atividades e ações em conjunto com outras associações de<br />
países europeus, estando atualmente ativamente envolvido<br />
na criação de uma rede anti racista europeia, em conjunto<br />
com vários países da Europa. A associação tem vindo a<br />
crescer e, apesar de a maioria do trabalho realizado seja<br />
efetuado por voluntários, dispõe já, de um número<br />
significativo de núcleos espalhados por diversos pontos do<br />
país.<br />
Principais objetivos:<br />
O SOS RACISMO propõe-se trabalhar no sentido de<br />
contribuir para a criação de uma sociedade justa, igualitária<br />
e multicultural, sem racismo e xenofobia. Para alcançar, ou<br />
pelo menos, aproximar-se desse ideal, existem variados<br />
objetivos específicos a concretizar<br />
Criação de infra–estruturas de apoio às populações<br />
imigrantes e das minorias étnicas;<br />
A criação de uma política concreta de inserção das<br />
minorias étnicas na sociedade portuguesa;<br />
Concepção de um quadro jurídico – legal susceptível de<br />
punir eficazmente comportamentos racistas e xenófobos;<br />
Consciencialização e responsabilização das autoridades e<br />
população portuguesa face à problemática da<br />
discriminação racial e xenófoba;<br />
Estabelecimento de uma ação consertada, entre a<br />
diversas associações de direitos humanos, de imigrantes<br />
e anti – racistas; Motivação e mobilização dos imigrantes<br />
e minorias étnicas no sentido de fazer valer os seus direitos;<br />
A AI foi criada pelo advogado britânico Peter Benenson em<br />
1961. Ele ficou chocado ao ler a notícia de um jornal sobre<br />
o caso de dois estudantes portugueses que tinham sido<br />
condenados a sete anos de prisão por terem feito um brinde<br />
à "liberdade" num restaurante em Portugal. Benenson<br />
começou a pensar nas formas de convencer o governo<br />
português bem como outros governos autoritários a libertar<br />
vítimas de injustiça. Com o objetivo de conseguir a<br />
liberdade de prisioneiros políticos, Benenson e outros<br />
ativistas lançaram uma campanha designada por "Apelo a<br />
favor de uma Amnistia em 1961" que se prolongou por um<br />
ano. A campanha foi divulgada internacionalmente a 28 de<br />
Maio de 1961 através de um artigo num jornal sob o título<br />
"Prisioneiros Esquecidos".<br />
A AI é independente de qualquer governo, partido político<br />
ou credo religioso. Depende de contribuições individuais e<br />
de donativos dos seus membros e simpatizantes espalhados<br />
pelo mundo inteiro. Para proteger a independência da<br />
organização, todas as contribuições são estritamente<br />
controladas por diretrizes emitidas pelo Conselho<br />
Internacional. A AI tem estatuto consultivo nas Nações<br />
Unidas (ECOSOC), na Unesco e no Conselho da Europa.<br />
Tem relações de cooperação com a Comissão<br />
Interamericana de Direitos Humanos, a Organização dos<br />
Estados Americanos (OAU) e a Organização de Estados<br />
Americanos (OEA).<br />
É membro da Comissão para o Realojamento e Educação<br />
de Refugiados Africanos, da Organização da Unidade<br />
Africana.<br />
Em 1977 recebeu o Prémio Nobel da Paz.<br />
A Organização das Nações Unidas nasceu oficialmente a<br />
24 de Outubro de 1945, data em que a sua Carta foi<br />
ratificada pela maioria dos 51 Estados Membros<br />
fundadores. O dia é agora anualmente celebrado em todo o<br />
mundo como Dia das Nações Unidas.<br />
O objetivo da ONU é unir todas as nações do mundo em<br />
prol da paz e do desenvolvimento, com base nos princípios<br />
de justiça, dignidade humana e bem-estar de todos. Dá aos<br />
países a oportunidade de tomar em consideração a<br />
interdependência mundial e os interesses nacionais na<br />
busca de soluções para os problemas internacionais.<br />
Atualmente a Organização das Nações Unidas é composta<br />
por 191 Estados Membros. Reúnem-se na Assembleia<br />
Geral, que é a coisa mais parecida com um parlamento<br />
mundial. Cada país, grande ou pequeno, rico ou pobre, tem<br />
um único voto; contudo, as decisões tomadas pela<br />
Assembleia não são vinculativas. No<br />
172
entanto, as decisões da Assembleia tornam-se resoluções,<br />
que têm o peso da opinião da comunidade internacional.<br />
A sede das Nações Unidas fica em Nova Iorque, nos<br />
Estados Unidos, mas o terreno e os edifícios são território<br />
internacional. A ONU tem a sua própria bandeira, correios<br />
e selos postais. São utilizadas seis línguas oficiais: Árabe,<br />
Chinês, Espanhol, Russo, Francês e Inglês – as duas<br />
últimas são consideradas línguas de trabalho. A sede das<br />
Nações Unidas na Europa fica em Genebra, Suíça. Têm<br />
escritórios em Viena, Áustria, e Comissões Regionais na<br />
Etiópia, Líbano, Tailândia e Chile.<br />
O Secretariado das Nações Unidas é chefiado pelo<br />
Secretário-Geral. O logótipo da ONU representa o mundo<br />
rodeado por ramos de oliveira, símbolo da paz.<br />
Os objetivos das Nações Unidas:<br />
- Manter a paz em todo o mundo.<br />
- Fomentar relações amigáveis entre nações.<br />
- Trabalhar em conjunto para ajudar as pessoas a viverem<br />
melhor, eliminar a pobreza, a doença e o analfabetismo no<br />
mundo, acabar com a destruição do ambiente e incentivar<br />
o respeito pelos direitos e liberdades dos outros.<br />
Ser um centro capaz de ajudar as nações a alcançarem estes<br />
objetivos.<br />
Líbano, Palestina e Israel<br />
Os jornais escritos e a TV têm relatado quotidianamente o<br />
violento conflito no Líbano envolvendo Israel e o grupo<br />
Hezbollah, possível sequestrador de soldados israelenses.<br />
Por vezes, a grande opinião pública não tem clareza das<br />
origens deste conflito e dos diversos enfrentamentos que<br />
ocorrem na região.<br />
É importante perceber que as batalhas do Líbano fazem<br />
parte de um contexto maior e este conflito não surge ao<br />
acaso, ao mesmo tempo em que não é fruto exclusivo de<br />
diferenças religiosas ou étnicas. A disputa no Oriente<br />
Médio é uma disputa entre várias nacionalidades pelo<br />
direito a um território digno para seus povos.<br />
A grande diferença entre Israel e seus vizinhos é a<br />
reivindicação do mesmo espaço geográfico. Nesta luta, os<br />
israelenses contam com um auxílio nada desprezível dos<br />
EUA e de outras potências da atualidade que dão a este<br />
pequeno país um dos mais completos exércitos do mundo.<br />
Israel é um dos países que mais recebe investimentos norte<br />
americanos em armamentos.<br />
Do outro lado, temos os povos libaneses, palestinos, entre<br />
outros. São povos excluídos por este arsenal bélico desde<br />
o distante 1948, quando a ONU autorizou a instalação de<br />
um Estado judeu nas terras pertencentes naquele momento<br />
aos povos palestinos. Foi uma grande vitória do chamado<br />
Movimento Sionista, que desde 1897 junto às suas<br />
concepções conservadoras, trabalhou no sentido da<br />
colonização da palestina dizendo ser uma forma de ajuda<br />
aos irmãos judeus mais pobres, o que na verdade é uma<br />
retórica que escondeu o verdadeiro projeto sionista que<br />
pretendia salvaguardar as riquezas judias do crescente<br />
antissemitismo na Europa entre 1930 e 1940.<br />
Para eles, era melhor enviar boa parte dos descendentes<br />
judeus para um lugar como o Oriente Médio cumprindo<br />
vários propósitos, inclusive indo além da mística e da<br />
religião: há a necessidade de um Estado tampão obediente<br />
naquela região islâmica, conflituosa com os interesses<br />
norte-americanos pelas concepções histórias do Alcorão.<br />
Apesar das vantagens materiais desde sua fundação, os<br />
exércitos israelenses enfrentam dificuldades para combater<br />
grupos armados e a ação popular daqueles que são movidos<br />
pela necessidade de conquistar terra e justiça nas suas<br />
vidas.<br />
Especificamente neste conflito atual, Israel reage de<br />
maneira desproporcional afetando a vida de centenas de<br />
civis de diversas nacionalidades. Agem por cima das<br />
deliberações da ONU, entidade enfraquecida ante as ações<br />
das grandes potências e de seus aliados. A ação do<br />
Hezbollah se insere num contexto de enfrentamento militar<br />
e assim deveria ser enfrentado, sem ameaça para civis.<br />
A agressão israelense no território libanês merece o repúdio<br />
internacional e de todos que acreditam na justiça e nos<br />
direitos mínimos do cidadão. Israel precisa resolver seus<br />
problemas sem colocar em risco a vida de inocentes em<br />
todas as faixas etárias. Nada justifica o terrorismo oficial<br />
do Estado israelense, nem o combate ao terrorismo não<br />
oficial do Hezbollah.<br />
De qualquer maneira, são mínimas as chances de paz<br />
enquanto houver o Estado israelense historicamente<br />
invasor e agressor das nacionalidades daquela região.<br />
Independente da origem semita comum entre israelenses e<br />
seus vizinhos (desde os antigos hebreus e filisteus), nem a<br />
diáspora judaica nem o holocausto da Segunda Guerra<br />
justificam o massacre e o terrorismo estatal perpetrado há<br />
décadas pelo Estado judeu. A luta pela paz exige justiça e<br />
também é uma luta contra o Estado de Israel, por um<br />
Estado multiétnico palestino na região e pelo fim dos<br />
cemitérios libaneses e palestinos oriundos destes conflitos.<br />
173
O Conflito entre Israelenses e Palestinos no Oriente Médio<br />
e as Consequências no Mundo do Petróleo Keyla Sarges<br />
Marruaz<br />
Descoberto no início do século XX, o petróleo se tornou<br />
um dos mais importantes elementos da economia mundial.<br />
Além de usado como combustível, vários outros derivados<br />
colocam o petróleo como base da economia de muitos<br />
países, sendo alvo de cobiça e sinal de riqueza para quem<br />
detém as jazidas.<br />
O Oriente Médio, logo após a Primeira Guerra Mundial, já<br />
era o maior produtor petrolífero do mundo e, por isso,<br />
despertava o interesse das grandes potências.<br />
Assim, os países europeus, interessados no petróleo e na<br />
posição estratégica da região, passaram a dominar a área.<br />
Houve, então, uma partilha dos países do Oriente Médio<br />
entre França e Inglaterra, que passaram a dominar as<br />
empresas de exploração de petróleo. Para citar um<br />
exemplo, em 1926, a Irak Petroleum Company foi repartida<br />
entre Inglaterra, que detinha 52,5% das ações; França, com<br />
21,25% e EUA, com 21,25%; restando ao Iraque somente<br />
5%. Cerca de 90% da produção mundial passou para o<br />
controle de um cartel constituído por uma oligarquia<br />
de sete companhias petroleiras internacionais, conhecidas<br />
como as "Sete Irmãs", das quais cinco eram norteamericanas.<br />
São elas: Standard Oil of New Jersey, agora<br />
conhecida por Exxon; Standard Oil of California, agora<br />
Chevron; Gulf, agora parte da Chevron; Mobil e Texaco;<br />
uma britânica, British Petroleum e uma anglo-holandesa<br />
(Royal Dutch-Shell). Após a Primeira Grande Guerra<br />
Mundial, as "sete" formaram joint ventures para a<br />
exploração de campos petrolíferos estrangeiros.¹<br />
a maioria dos petrodólares eram investidos nos grandes<br />
centros dos países ricos (EUA, Canadá, Japão, Grã-<br />
Bretanha, Alemanha, França e Itália), restando 7% de<br />
investimentos aos 22 países árabes.<br />
Com a qualidade de vida da população baixando, um forte<br />
sentimento de independência surgiu nos países árabes. Os<br />
produtores de petróleo passaram a pressionar as "Sete<br />
Irmãs" estabelecendo uma divisão de lucro de meio a meio<br />
e, em 1960, criaram a Opep (Organização dos Países<br />
Exportadores de Petróleo), cujos países membros são:<br />
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Catar,<br />
Kuwait, Iraque, Líbia, Indonésia, Nigéria, Venezuela e<br />
Argélia, para organizar e fortalecer essa política de<br />
independência frente às grandes potências. Assim, a Opep<br />
conseguiu diminuir o poder das companhias petrolíferas<br />
internacionais e estabelecer total domínio sobre a produção<br />
e comercialização de seus produtos.²<br />
A Primeira Guerra Mundial veio demonstrar que o petróleo<br />
era imprescindível e estratégico para todas as nações que<br />
buscavam o progresso. As empresas europeias<br />
intensificaram as pesquisas em todo o Oriente Médio. Elas<br />
comprovaram que 70% das reservas mundiais de petróleo<br />
estavam no Oriente Médio e provocaram uma reviravolta<br />
na exploração do produto. Um tempo depois, países como<br />
Iraque, Irã e Arábia Saudita ganharam alto poder no jogo<br />
da produção petrolífera.<br />
E foi nesse contexto de domínio das reservas que<br />
aconteceram as três grandes crises do petróleo.³ A primeira<br />
foi em 1973, quando o mundo vivia uma época de<br />
crescimento industrial. As máquinas eram completamente<br />
dependentes do petróleo para funcionar. Se aproveitando<br />
dessa situação, os árabes, maiores produtores, entraram em<br />
conflito com Israel, país que contava com o apoio dos EUA<br />
(país que menos sofreu, porque tinha uma grande reserva<br />
de petróleo e porque os petrodólares eram investidos no<br />
mercado americano) e Europa. Como represália, os árabes<br />
decidiram boicotar o Ocidente, cortando a extração de<br />
petróleo em 25%. O preço do barril saltou de U$ 2,00 para<br />
U$ 12,00.<br />
174<br />
Como consequência desse imperialismo, houve um grande<br />
êxodo rural na região, o abandono do “campo” em busca<br />
das grandes centros econômicos, principalmente do Egito<br />
para os países do Golfo Pérsico (Arábia Saudita, Emirados<br />
Árabes Unidos, Kuwait, Barém, Omã e Qatar), provocando<br />
desequilíbrios populacionais e econômicos. Apenas uma<br />
pequena classe de privilegiados tinha acesso ao dinheiro e
Na segunda crise, em 1979, além dos donos dos poços de<br />
petróleo (os árabes) mais uma vez reduzirem sua<br />
produção, conjunturas políticas externas fizeram com que<br />
o preço subisse violentamente, saltando para a casa dos U$<br />
40,00, provocando desespero nos países importadores de<br />
petróleo. Para sair dessa dependência, os países<br />
importadores passaram a desenvolver formas alternativas<br />
de combustíveis como o álcool, a energia nuclear e o<br />
carvão mineral. A exploração de jazidas de petróleo<br />
também se intensificou em muitos países. No Brasil, o<br />
projeto Proálcool e o aperfeiçoamento da Petrobras foram<br />
as maneiras encontradas para contornar o problema da alta<br />
do preço.<br />
Na terceira crise, houve então, a Guerra do Golfo em 1991,<br />
quando o Iraque invadiu e anexou o Kuwait, o que gerou<br />
um forte conflito. O motivo foi o baixo preço do petróleo<br />
no mercado mundial no início da década de 90, além do<br />
Iraque sintetizar uma dívida externa de US$ 80 bilhões. Foi<br />
então que Saddam Hussein bombardeou os poços de<br />
petróleo kuwaitianos antes da retirada, acusando o país<br />
(Kuwait) de causar baixa no preço do petróleo, vendendo<br />
mais que a cota estabelecida pela OPEP. Toda essa história<br />
gerou uma grande especulação que fez com que os preços<br />
oscilassem, intensamente.<br />
A incursão do Oriente Médio na dominação de suas<br />
produções de petróleo, principalmente a partir de 1973,<br />
trouxe junto muitas guerras, concentração de renda e<br />
aumento das desigualdades sociais. Os conflitos religiosos<br />
e territoriais, que sempre marcaram a região, se<br />
intensificaram com a questão do petróleo.<br />
Apesar do grande salto registrado na produção nacional, a<br />
Petrobras não pode produzir combustíveis usando apenas o<br />
petróleo brasileiro. É muito pesado. A empresa utiliza o<br />
petróleo iraquiano do tipo "basra light", um óleo de alta<br />
qualidade que é usado principalmente para produção de<br />
óleos lubrificantes pela Refinaria Duque de Caxias<br />
(Reduc), no Rio de Janeiro. Essa refinaria foi construída<br />
para processar dois tipos de petróleo leve que a Petrobras<br />
importa do Oriente Médio: além do iraquiano "basra", ela<br />
usa o tipo "arabian light", produzido pela Arábia Saudita. 5<br />
Com todo esse dinamismo do mercado, a Petrobras busca<br />
rentabilidade, mas acredito que se faz necessário que ela<br />
adote uma política que gere lucro sem prejudicar a<br />
qualidade de vida da população brasileira, a estabilidade de<br />
sua economia e a nossa competitividade internacional.<br />
Um fato que agravou toda essa discussão foi Saddan<br />
Hussein ter passado a vincular a retirada de suas tropas do<br />
Kuwait com a criação de um Estado Palestino, fazendo<br />
crescer os conflitos entre judeus e palestinos em Israel. Os<br />
Estados Unidos se aliaram a Israel, para dominarem as<br />
fontes petrolíferas e avançarem no seu projeto de<br />
hegemonia mundial. Para isso, enviam, anualmente, mais<br />
de 4 bilhões de dólares para o país, além de transferirem<br />
armamentos e tecnologia militar e prestarem apoio político<br />
àquele Estado em todos os fóruns internacionais.³<br />
Desde então, o Oriente Médio se tornou palco de conflitos.<br />
O motivo da guerra está muito além das diferenças<br />
religiosas, passa pelo controle de fronteiras, de terras e pelo<br />
domínio de regiões petrolíferas.³ E este aumento do<br />
petróleo internacional, não afetará o abastecimento do<br />
produto ao Brasil, mas influenciará no preço (volatilidade),<br />
que é o que já está acontecendo quando a Petrobras<br />
anunciou um reajuste interno do combustível a uma<br />
variação de 5% nos preços internacionais a cada 15 dias. 4<br />
175
176<br />
AS ORIGENS DA CRISE ENERGÉTICA<br />
BRASILEIRA<br />
Mauricio Tolmasquim<br />
O ano de 2001 certamente vai ficar marcado na memória<br />
dos brasileiros não apenas pelo impacto econômico que o<br />
racionamento de energia causará, tais como a redução do<br />
crescimento econômico, aumento do desemprego, aumento<br />
do déficit da balança comercial, perda de arrecadação de<br />
impostos e efeito inflacionário, mas também, pelos grandes<br />
incômodos que a privação de energia causará à população.<br />
Se por um lado, é infrutífero ficar procurando culpados<br />
para a crise atual, por outro é fundamental ter claro quais<br />
as suas verdadeiras causas. Primeiro por respeito a<br />
população, que merece conhecer as verdadeiras causas da<br />
privação a que será submetida e segundo pelo risco do setor<br />
elétrico continuar àa deriva na ausência de um diagnóstico<br />
correto das origens da crise que o Brasil vive. Este será o<br />
objetivo principal deste artigo.<br />
Ao contrário do que o governo brasileiro quer dar a<br />
entender, esta crise não é uma fatalidade, fruto de um<br />
capricho da natureza. Os reservatórios brasileiros são<br />
projetados para enfrentar momentos de seca como o que o<br />
Brasil vive hoje. Em função da aleatoriedade das chuvas,<br />
os reservatórios de acumulação de águas são concebidos<br />
para atender a vários anos. É fundamental operá-los<br />
portanto de forma cuidadosa, utilizando uma lógica de<br />
operação de longo prazo. Ou seja, o ritmo de uso das águas<br />
do reservatório em um dado ano terá consequência nos<br />
anos seguintes. Para se evitar a escassez de energia no ano<br />
seco, guarda-se água durante o período chuvoso. Assim, no<br />
ano chuvoso tem-se a falsa impressão de que existe<br />
capacidade ociosa de geração. Na realidade não há sobras<br />
de energia, pois os recursos hídricos represados nos<br />
reservatórios serão transformados em energia no futuro.<br />
Entre 1990 e 2000 o consumo cresceu 49% enquanto a<br />
capacidade instalada foi expandida em apenas 35%. Se o<br />
Brasil tivesse um sistema termelétrico, este descompasso<br />
entre o crescimento da demanda e o crescimento da oferta<br />
já teria feito o país racionar há muito tempo. Se o Brasil<br />
não teve de racionar antes, foi porque utilizou no passado<br />
recente água guardada para ser consumida hoje. Com o uso<br />
das reservas os riscos de déficit de energia foram<br />
aumentando.<br />
A visão da gravidade da situação fez com que no<br />
documento elaborado por Luiz Pinguelli Rosa, Roberto<br />
Araújo, Mauricio Tiomno Tolmasquim e Sebastião Soares<br />
em agosto do ano passado alertassem:<br />
"O acréscimo da capacidade de geração nos últimos 3 anos<br />
ultrapassou a média de 2000 MW anuais. Fosse o Brasil<br />
atendido por usinas termelétricas, observadas estes déficit<br />
de novas unidades, já estaríamos sob racionamento. Se não<br />
estamos é porque estamos consumindo hoje a energia<br />
guardada nos reservatórios para ser consumida em 2001.<br />
Essa maleabilidade, só um sistema hídrico como o<br />
brasileiro proporciona. Essa vantagem, entretanto, pode ser<br />
utilizada para esconder da sociedade a real situação de<br />
deterioração das reservas e da confiabilidade do sistema. O<br />
atual governo está se utilizando dessa situação para<br />
camuflar o desabastecimento que se torna cada dia mais<br />
provável. Essa política de utilização desses recursos é<br />
predatório e atende as necessidades do presente<br />
comprometendo o futuro”. O futuro chegou e como foi<br />
previsto a água está fazendo falta.<br />
A depleção dos reservatórios ocorreu em um período<br />
relativamente curto de tempo. Ao final de 1997, os<br />
reservatórios terminaram o período seco com 66% de água<br />
armazenada. Já no final do ano passado, no final do período<br />
seco, o nível dos reservatórios estava em apenas 28%, fato<br />
este que foi até comemorado pelo governo, já que em 1999<br />
no final do período seco tinha-se chegado a dramática<br />
marca de 18%. Naquele momento ficou nítido que tinha-se<br />
abandonado a gestão plurianual dos reservatórios,<br />
passando-se a depender a cada início de período chuvosos,<br />
da boa vontade de São Pedro.<br />
Os responsáveis pela gestão da energia no Brasil vivem<br />
dizendo que bastaria chover 85% da média histórica (média<br />
dos últimos 20 anos), para não haver problemas. Ou seja,<br />
que o Brasil está sofrendo hoje a consequência de um<br />
fenômeno raro. É importante dizer que nos últimos 70<br />
anos, o Brasil teve 23 anos com níveis de chuvas abaixo<br />
dos 85% da média de longo prazo, e nem por isso<br />
houveram 23 anos de racionamento. Isto porque sempre foi<br />
respeitada a gestão plurianual das reservas.<br />
O abandono da gestão plurianual e a depleção das reservas<br />
é consequência inevitável do descompasso entre o<br />
crescimento do consumo de energia e da capacidade<br />
instalada. Assim, para ser justo e evitar mal entendidos é<br />
importante deixar claro que a culpa da situação atual não<br />
pode ser atribuída a uma má operação do sistema, e sim à<br />
pequena expansão do sistema elétrico.<br />
Além da lógica de operação de longo prazo, o sistema<br />
elétrico brasileiro se caracteriza por uma gestão integrada<br />
das usinas. Como o Brasil é um país de dimensões<br />
continentais, algumas bacias hidrográficas estão sob<br />
regimes pluviométricos diferentes. A gestão integrada das<br />
usinas permite obter uma maior disponibilidade de energia,
através de um sistema cooperativo, onde as regiões que<br />
tenham em um determinado período do ano excesso de<br />
água fornecem energia para as regiões onde haja falta de<br />
água. Esta estratégia evita vertimentos desnecessários.<br />
Assim as usinas hidráulicas brasileiras, quanto mais<br />
conectadas, mais energia oferecem. Um bom exemplo é a<br />
linha Norte-Sul, cuja construção acrescentou uma<br />
disponibilidade de energia garantida de cerca de 600<br />
MWmédios, o equivalente à Usina Nuclear Angra I, como<br />
acréscimo da capacidade de geração.<br />
Esta gestão integrada, aliás, é uma característica bem<br />
brasileira que quase o Brasil perdeu no início da Reforma<br />
do Setor Elétrico. A consultora inglesa, Coopers e Lybrand,<br />
contratada pelo governo brasileiro para introduzir um<br />
modelo competitivo no setor, em seu primeiro relatório,<br />
propõe a introdução de uma cópia exata do modelo inglês<br />
no Brasil, esquecendo que no Brasil a geração de origem<br />
hídrica supera 90% da capacidade instalada de geração,<br />
enquanto a Inglaterra é um país majoritariamente<br />
termelétrico.<br />
Felizmente, os técnicos brasileiros, os quais tinham sido<br />
inicialmente afastados do processo, tiveram em certo<br />
momento acesso ao relatório e puderam alertar que o<br />
Brasil, ao abrir mão da gestão interligada de suas usinas,<br />
estaria perdendo o equivalente a 22% da energia<br />
disponível. Caso o Brasil tivesse adotado o modelo<br />
inicialmente proposto pelos consultores ingleses, estaria<br />
abrindo mão do equivalente a geração de uma Itaipu.<br />
A gestão integrada das usinas foi preservada, substituindose<br />
apenas o GCOI (Grupo Coordenador da Operação<br />
Interligado) pelo NOS (Operador Nacional do Sistema).<br />
Contudo, para que o país possa tirar proveito deste sistema<br />
interligado, é necessário que o sistema de transmissão<br />
acompanhe o crescimento da capacidade instalada. E,<br />
infelizmente, faltaram investimentos importantes na<br />
ampliação da transmissão.<br />
Em 1995, o governo decretou que a expansão da rede de<br />
transmissão, que era feita pelas estatais, deveriam ser feitas<br />
através de licitações. Contudo, a primeira licitação só veio<br />
a ocorrer ao final de 1999, sendo que só no 2º semestre de<br />
2000 foi licitada a linha Ibiuna-Batéas, ligando São Paulo<br />
à Curitiba. Esta licitação foi ganha por Furnas, que teria<br />
condições de ter construído, antes, este empreendimento<br />
muito importantes para o sistema elétrico.<br />
A ausência desta linha fez o Brasil perder, apenas em 2000,<br />
o equivalente a cerca de 4% da energia consumida no país,<br />
já que as usinas do sul do país estavam vertendo água,<br />
enquanto o sudeste estava necessitando de energia.<br />
Chegou-se ao absurdo de em certo momento, apesar do<br />
Brasil ter um contrato de 1000MW com a Argentina, não<br />
poder absorver esta energia já que o sul estava vertendo<br />
água.<br />
Assim, a origem da crise energética é de falta de<br />
investimentos em geração e em transmissão. Mas, porquê<br />
os investimentos não foram realizados? Será que o Estado<br />
não tinha condições de investir?<br />
Pois é bom deixar claro que as empresas estatais tinham<br />
condições de investir. Contudo, a área econômica do<br />
governo não permitiu que elas realizassem os<br />
investimentos necessários.<br />
Os investimentos das empresas estatais são contabilizados<br />
como despesa do governo nas contas públicas. Assim,<br />
mesmo sendo estes investimentos rentáveis, eles não são<br />
autorizados tendo em vista a meta de reduzir o déficit<br />
público.<br />
A estimativa é de que as estatais federais deixaram de<br />
investir cerca de 17 bilhões de reais desde outubro de 1998<br />
por conta das metas de corte dos gastos, para conseguir um<br />
superávit nas contas públicas, e de uma metodologia pela<br />
qual são considerados como despesas não apenas os gastos<br />
do governo com todos os recursos despendidos pelos<br />
governos federal, estadual e municipal, mas também pelas<br />
empresas controladas por eles.<br />
Furnas é um bom exemplo disto. Furnas é uma empresa<br />
rentável. Entre 1997 e 1999 ela teve um lucro médio anual<br />
de R$ 400 milhões. Em 2000 ela lucrou R$ 540 milhões.<br />
Nos últimos 6 anos ela distribuiu R$ 2 bilhões de<br />
dividendos, que poderiam ter sido investidos no setor.<br />
Mas, talvez o mais extraordinário, é que devido as<br />
restrições impostas pela área econômica, cerca de 80% dos<br />
seus investimentos tem sido realizados com recursos<br />
próprios.<br />
É normal que empresas financiem, com recursos captados<br />
entre os parceiros, até 70% dos investimentos. Os cortes<br />
nos investimentos feito pelas estatais fazem com que<br />
Furnas tenha um nível de endividamento muito baixo. A<br />
relação dívida/patrimônio liquido é de cerca de 10%.<br />
Enquanto empresas similares norte-americanas trabalham<br />
com nível de endividamento de até 60%.<br />
Os lucros atuais de Furnas são impressionantes visto que a<br />
tarifa de geração e transmissão estão achatadas. Qual o<br />
segredo de Furnas? De onde vem a sua capacidade de<br />
geração de caixa?<br />
A resposta está nas suas usinas amortizadas, com custo de<br />
geração muito baixo, tais como: as usinas hidrelétricas de<br />
177
Marimbondo, Furnas, Luís Carlos Barreto e Mascarenhas<br />
de Morais, que geram energia a custo que varia entre 4 e 6<br />
R$/MWh. Enquanto que vende uma energia a cerca de 40<br />
R$/MWh, valor este aliás muito inferior ao da termelétrica<br />
a gás natural, que vai entrar gerando a um custo de pelo<br />
menos 70 R$/MWh.<br />
Portanto, atribuir a falta de investimentos em geração e<br />
transmissão à falta de recursos e capacidade do Estado é<br />
uma falácia. A geração de caixa própria de empresas como<br />
Furnas permitiam e ainda permitem alavancar grandes<br />
volumes de investimento.<br />
Como prova disso é que Furnas tem preparado um plano<br />
de expansão de R$ 15,6 bilhões para os próximos seis anos,<br />
a começar de 2001, sendo que R$ 6,388 bilhões sairiam do<br />
caixa da empresa e R$ 9,163 bilhões da iniciativa privada<br />
que entraria com parceira nos novos empreendimentos da<br />
empresa.<br />
Este poderia ter sido inclusive um caminho para o aumento<br />
da participação do capital privado no setor. A Petrobrás<br />
vem fazendo parcerias com sucesso a anos. Aliás, o próprio<br />
setor elétrico tem vários exemplos de parceria entre as<br />
Estatais e o setor privado, como as usinas de Serra da Mesa,<br />
Machadinho, Itá, Igarapava, entre outras.<br />
Se por um lado o governo não deixou as estatais<br />
investirem, por outro o capital privado também não<br />
investiu.<br />
Desde 1995, o setor de geração está aberto à iniciativa<br />
privada. Qualquer investidor, sob a condição de produtor<br />
independente, poderia construir novas usinas.<br />
A expectativa governamental era de que o capital privado<br />
construísse termelétricas usando o gás natural importado<br />
da Bolívia.<br />
Contudo, as perspectivas de comprar usinas prontas através<br />
da privatização das geradoras e as incertezas do marco<br />
regulatório desestimularam a iniciativa privada. A<br />
desvalorização cambial do início de 1999 enterrou<br />
qualquer perspectiva de investimento privado, já que o gás<br />
importado da Bolívia e os equipamentos (setenta por cento<br />
importado no caso das termelétricas) praticamente<br />
duplicaram de preços.<br />
concessão de benefícios estatais para construção de 49<br />
termelétricas. Estes benefícios incluíam um mix entre o<br />
preço do gás natural nacional e o importado, subsídios do<br />
BNDES para compra de equipamentos e garantia de<br />
compra de toda a energia produzida. Mas mesmo assim, o<br />
capital privado se mostrou reticente quanto à fazer os<br />
investimentos e, vendo o desespero governamental,<br />
colocou o governo "contra a parede" exigindo alguma<br />
forma de atrelamento da tarifa ao dólar de forma a reduzir<br />
o risco cambial.<br />
Hoje a solução virá através da Petrobrás, que bancará o<br />
risco cambial através de um mecanismo semelhante ao<br />
utilizado para os derivados de petróleo.<br />
Aliás é bom dizer que, graças à Petrobrás, o PPT não é um<br />
fracasso ainda maior. Não apenas por vir a bancar o risco<br />
cambial, mas principalmente pelos investimentos em<br />
termelétricas que tem realizado, alavancando o<br />
investimento privado.<br />
Segundo os anúncios vistos na imprensa, das 49<br />
termelétricas previstas no PPT 33 estão em construção<br />
sendo que, destas, 29 têm participação da Petrobrás.<br />
Não deixa de ser irônico que, em nome de um modelo<br />
competitivo, o governo se veja hoje fazendo justamente o<br />
oposto, utilizando uma empresa estatal e benefícios<br />
governamentais para viabilizar os investimentos.<br />
Hoje a viabilização das termelétricas é crucial para o país.<br />
Devemos ter contudo claro que elas sairão muito caro para<br />
a sociedade, não apenas pelo custo do MWh mais caro do<br />
que vários aproveitamentos hídricos ainda não utilizados<br />
mas, principalmente, pelas vantagens que o Estado está<br />
concedendo para viabilizá-las.<br />
Gostaria de finalizar dizendo, portanto, que é chegada hora<br />
de repensar o modelo competitivo que é proposto para o<br />
setor elétrico, sob pena de, ao não fazê-lo, perpetuar a crise<br />
que o Brasil vive hoje.<br />
178<br />
O governo brasileiro levou algum tempo até perceber que<br />
o país estava num verdadeiro vácuo, onde Estado e<br />
iniciativa privada investiam muito menos do que o<br />
necessário.<br />
Apesar de sempre desmentir qualquer risco de déficit, o<br />
governo começa a mostrar preocupação, lançando então o<br />
Plano Prioritário de termelétricas, o qual consiste na
A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL<br />
1. Introdução<br />
O Estatuto da Terra (Lei n.º 4.504/1964), que é o Código<br />
Agrário brasileiro, examina em muitos artigos o problema<br />
da reforma agrária e da política fundiária, adotando o<br />
método liberal e democrático de solução da matéria.<br />
Considera como reforma agrária o conjunto de medidas<br />
que visem a promover a melhor distribuição da terra,<br />
mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim<br />
de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de<br />
produtividade (Estatuto da Terra, art. 1º, § 1º).<br />
Não se deve confundir reforma agrária com política<br />
fundiária, entendida esta como um conjunto de<br />
providências de amparo à propriedade da terra que se<br />
destinem a orientar, no interesse da economia rural, as<br />
atividades agropecuárias, seja no sentido de garantir-lhes o<br />
pleno emprego, seja no de harmonizá-las com o processo<br />
de industrialização e desenvolvimento do país.<br />
A Lei n. 8.629/1993 regulamenta e disciplina as<br />
disposições relativas à reforma agrária, previstas no<br />
Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal de 1988<br />
(arts. 184 a 191).<br />
2. Conceito de reforma Agrária<br />
Etimologicamente, reforma vem das palavras e formas.<br />
Reforma significa mudar uma estrutura anterior, para<br />
modificá-la em determinado sentido. O prefixo significa a<br />
ideia de renovação, enquanto formar é a maneira de<br />
existência de um sentido ou de uma coisa. Reforma<br />
agrária é, pois, na acepção etimológica, a mudança do<br />
estado agrário vigente, procurando-se mudar o estado atual<br />
da situação agrária. E esse estado que se procura modificar<br />
é o do feudalismo agrário (que influenciou o surgimento<br />
das sesmarias e capitanias hereditárias no Brasil colonial)<br />
e o da grande concentração agrária (latifúndios) em<br />
benefício das massas trabalhadoras do campo. Por<br />
consequência, as leis de reforma agrária se opõem a um<br />
estado anterior de estrutura agrária privada que se procura<br />
modificar para uma estrutura de propriedade com sua<br />
função social.<br />
"Reforma agrária é a revisão, por diversos processos de<br />
execução, das relações jurídicas e econômicas dos que<br />
detêm e trabalham a propriedade rural, com o objetivo de<br />
modificar determinada situação atual do domínio e posse<br />
da terra e a distribuição da renda agrícola " (Nestor Duarte,<br />
Reforma agrária, RJ, 1953).<br />
"Reforma agrária é a revisão e o reajustamento das normas<br />
jurídico-sociais e econômico-financeiras que regem a<br />
estrutura agrária do País, visando à valorização do<br />
trabalhador do campo e ao incremento da produção,<br />
mediante a distribuição, utilização, exploração sociais e<br />
racionais da propriedade agrícola e ao melhoramento das<br />
condições de vida da população rural" (Coutinho<br />
Cavalcanti, Reforma agrária no Brasil, SP, 1961).<br />
Vale mencionar a maneira como a sociologia marxista<br />
encara o problema da reforma agrária. Esta é reputada<br />
como o confisco das terras dos grandes senhores rurais,<br />
para favorecer as massas campesinas (proletariado). A terra<br />
é nacionalizada e passa ao controle do Estado, que a<br />
arrenda a título perpétuo ao campesinato, por meio das<br />
fazendas coletivas, como na extinta União Soviética, ou<br />
passa ao controle dos novos proprietários campesinos,<br />
como na China Socialista, sem prejuízo da apropriação<br />
futura do Estado.<br />
A Constituição Federal de 1988 estabelece a distinção<br />
entre reforma agrária, política agrária e política fundiária.<br />
Reforma agrária é uma revisão e novo regramento das<br />
normas disciplinando a estrutura agrária do País, tendo em<br />
vista a valorização humana do trabalhador e o aumento da<br />
produção, mediante a utilização racional da propriedade<br />
agrícola e de técnica apropriada ao melhoramento da<br />
condição humana da população rural.<br />
Ela deve combater simultaneamente formas menos<br />
adequadas de produção, sobretudo o latifúndio e o<br />
minifúndio. Mesmo a pequena propriedade familiar,<br />
também não apresenta grande grau de produtividade sem<br />
as técnicas do crédito e do melhor assentamento do homem<br />
à terra.<br />
A reforma agrária não se confunde com a política agrária,<br />
também prevista na Carta magna. A política agrária é o<br />
conjunto de princípios fundamentais e de regras<br />
disciplinadoras do desenvolvimento do setor agrícola.<br />
A política fundiária, por sua vez, difere da política agrícola;<br />
sendo um capítulo, uma parte especial desta, tendo em<br />
vista, o disciplinamento da posse da terra e de uso<br />
adequado (função social da propriedade). A política<br />
fundiária deve visar e promover o acesso à terra daqueles<br />
que saibam produzir, dentro de uma sistemática moderna,<br />
especializada e profissionalizada.<br />
E, nesse contexto, a terra tem uma função social, que é<br />
justamente a produção agrícola para alimentar a população<br />
179
humana e a sociedade urbanizada. E a redistribuição das<br />
terras é normalmente um dos principais objetivos de<br />
qualquer programa de reforma agrária.<br />
3. O problema agrário na CF/88 e na Lei 8.629/93<br />
A Constituição brasileira de 1988 apresenta-se progressista<br />
no plano agrário, porém com traços conservadores devido<br />
à herança cultural privada do país. Os institutos básicos de<br />
direito agrário (o direito de propriedade e a posse da terra<br />
rural) são disciplinados e o direito de propriedade é<br />
garantido como direito fundamental, previsto no art. 5º,<br />
XXII, da atual Lei Magna. A CF/88 procura compatibilizar<br />
a propriedade com a função social, para melhor promover<br />
a justiça comunitária. O texto da Lei Maior permite à União<br />
desapropriar por interesse social o imóvel rural que não<br />
esteja cumprindo a função social prevista no art. 9º da Lei<br />
nº 8.629/93, mediante prévia e justa indenização em títulos<br />
da dívida agrária, com cláusula de preservação de seu valor<br />
real, resgatáveis no prazo de 20 anos, a partir do segundo<br />
ano de sua emissão, em percentual proporcional ao prazo,<br />
de acordo com os critérios estabelecidos nos incisos I a V,<br />
§ 3º, do art. 5º da Lei nº 29/93. Entretanto, as benfeitorias<br />
úteis e necessárias serão indenizáveis em dinheiro.<br />
O Decreto que declarar o imóvel rural como de interesse<br />
social, para efeito de reforma agrária, autoriza a União a<br />
propor a ação de desapropriação. As operações de<br />
transferência de imóveis desapropriados para fins de<br />
reforma agrária bem como a transferência ao beneficiário<br />
do programa, serão isentas (imunes) de impostos federais,<br />
estaduais e municipais (art. 26, Lei n. 8.629/93).<br />
Determinados tipos de propriedade formam um núcleo<br />
inacessível à reforma agrária, sendo portanto, insuscetíveis<br />
de desapropriação, a saber:<br />
I) a pequena e média propriedade rural (imóvel rural de<br />
área entre 1 a 4 módulos fiscais e imóvel rural de área<br />
superior a 4 até 15 módulos fiscais, respectivamente),<br />
desde que o proprietário não possua outra;<br />
II) a propriedade produtiva (que é a explorada econômica<br />
e racionalmente, atingindo, simultaneamente, graus de<br />
utilização da terra e de eficiência na exploração, segundo<br />
índices fixados pelo órgão Federal competente).<br />
Os requisitos exigidos, para que a função social da<br />
propriedade rural seja cumprida são: I- aproveitamento<br />
racional e adequado; II- utilização adequada dos recursos<br />
naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; IIIobservância<br />
das disposições que regulam as relações de<br />
trabalho; IV- exploração que favoraça o bem-estar dos<br />
proprietários e trabalhadores.<br />
Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela<br />
reforma agrária receberão o título de propriedade ou de<br />
concessão de uso, que são inegociáveis pelo prazo de 10<br />
anos, podendo tais títulos serem objeto de conferência ao<br />
homem ou a mulher.<br />
O orçamento da União fixará, anualmente (Plano<br />
Plurianual), o volume de títulos de dívida agrária e dos<br />
recursos destinados, no exercício, ao atendimento do<br />
Programa de Reforma Agrária; devendo constar estes<br />
recursos do orçamento do ministério responsável por sua<br />
implementação e do órgão executor da política de<br />
colonização e reforma agrária (INCRA).<br />
4. Conclusão<br />
Por tudo isso, a importância da reforma agrária é decisiva<br />
porque permite e consolida a estabilidade econômicofinanceira<br />
de um país. Nenhuma nação poderá ser próspera<br />
enquanto seu campesinato estiver na miséria socialeconômica.<br />
Daí a necessidade premente da "libertação" dos<br />
camponeses, numa base econômica de aliança harmônica<br />
entre o proprietário e os trabalhadores rurais. Como<br />
afirmou o nobre Deputado Federal Pernambucano<br />
Oswaldo Lima Filho, em memorável discurso pronunciado<br />
na Câmara dos Deputados, em 02/09/1985, sobre a questão<br />
agrária e o 1º Plano Nacional de Reforma Agrária: "Não é<br />
justo que milhões de trabalhadores brasileiros continuem<br />
em condições de pobreza absoluta, enquanto grandes<br />
proprietários detenham hoje a propriedade de centenas de<br />
milhares de hectares em grande parte improdutivos".<br />
Por consequência disto, a reforma agrária não é contra a<br />
propriedade privada no campo. Ao contrário,<br />
descentraliza-a democraticamente, favorecendo as massas<br />
e beneficiando o conjunto da nacionalidade. É um<br />
imperativo da realidade social atual, devendo atender a<br />
função social da propriedade, evitando-se assim, as tensões<br />
sociais e conflitos no campo. Uma reforma agrária no País,<br />
moderada e sábia, será uma das causas principais do<br />
progresso nacional.<br />
180
BIBLIOGRAFIA:<br />
1. PINTO FERREIRA, Luís. Curso de Direito Agrário: de acordo com a Lei n.º<br />
8.629/93. 2ª ed., São Paulo: Saraiva, 1995.<br />
2. BORGES, Paulo Torminn. Institutos básicos do direito agrário. 6ª ed. São Paulo,<br />
Saraiva, 1991.<br />
3. COUTINHO CAVALCANTI. Reforma Agrária no Brasil. São Paulo, Ed. Autores<br />
Reunidos, 1961.<br />
4. DUARTE, Nestor. Reforma Agrária. Rio de Janeiro, MEC/SD, 1953.<br />
5. LIMA FILHO, Oswaldo. A Questão Agrária. Centro de Documentação e<br />
Informação - Coordenação de Publicações/Câmara dos Deputados, Brasília, 1985.<br />
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. 20ª<br />
edição, atualizada e ampliada. Ed. Saraiva, São Paulo,1998.<br />
181
BIODIESEL NO BRASIL<br />
O país tem em sua geografia grandes vantagens<br />
agrônomas, por se situar em uma região tropical, com altas<br />
taxas de luminosidade e temperaturas médias anuais.<br />
Associada a disponibilidade hídrica e regularidade de<br />
chuvas, torna-se o país com maior potencial para produção<br />
de energia renovável.<br />
O Brasil explora menos de um terço de sua área<br />
agricultável, o que constitui a maior fronteira para<br />
expansão agrícola do mundo. O potencial é de cerca de 150<br />
milhões de hectares, sendo 90 milhões referentes à novas<br />
fronteiras, e outros 60 referentes a terras de pastagens que<br />
podem ser convertidas em exploração agrícola a curto<br />
prazo. O Programa Biodiesel visa a utilização apenas de<br />
terras inadequadas para o plantio de gêneros alimentícios.<br />
Há também a grande diversidade de opções para produção<br />
de biodiesel, tais como a palma e o babaçu no norte, a soja,<br />
o girassol e o amendoim nas regiões sul, sudeste e centrooeste,<br />
e a mamona, que além de ser a melhor opção do<br />
semiárido nordestino, apresenta-se também como<br />
alternativa às demais regiões do país.<br />
A sinergia entre o complexo oleaginoso e o setor de álcool<br />
combustível traz a necessidade do aumento na produção de<br />
álcool. A produção de biodiesel consome álcool etílico,<br />
através da transesterificação por rota etílica, o que gera<br />
incremento da demanda pelo produto. Consequentemente,<br />
o projeto de biodiesel estimula também o desenvolvimento<br />
do setor sucroalcooleiro, gerando novos investimentos,<br />
emprego e renda.<br />
A ANP estima que a atual produção brasileira de biodiesel<br />
seja da ordem de 176 milhões de litros anuais.<br />
O atual nível de produção constitui um grande desafio para<br />
o cumprimento das metas estabelecidas no âmbito do<br />
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, que<br />
necessitará de, aproximadamente, 750 ML em sua fase<br />
inicial. Ou seja, a capacidade produtiva atual supre<br />
somente 17% da demanda, considerando a mistura B2.<br />
Porém, com a aprovação das usinas cuja solicitação tramita<br />
na ANP, a capacidade de produção coincide com a<br />
demanda prevista para 2006. Esta capacidade terá que ser<br />
triplicada até 2012, com a necessidade de adição de 5% de<br />
biodiesel ao petrodiesel.<br />
A fim de conferir uma dimensão à perspectiva de expansão<br />
da produção de biodiesel no Brasil, foram efetuadas<br />
projeções para o período 2005 – 2035. Foram considerados<br />
os seguintes parâmetros básicos para efetuar a projeção:<br />
a. Taxa geométrica de crescimento do consumo de óleo<br />
diesel ou sucedâneos de 3,5% a.a.;<br />
b. Mistura de biodiesel ao óleo diesel iniciando em 2% e<br />
finalizando em 40%;<br />
c. Produtividade de óleo iniciando em 600 kg/ha e<br />
finalizando em 5.000kg.ha-1;<br />
d. Considerou-se grande usina aquela que processa acima<br />
de 100 kt.ano-1;<br />
e. Parcela da produção alocada a grandes usinas de 80 %;<br />
f. Craqueadores instalados em pequenas comunidades ou<br />
propriedades rurais atingindo 100.000 no final do período,<br />
com produção média de 250 L.dia-1;<br />
O Brasil poderá produzir, apenas para o mercado interno,<br />
um volume aproximado de 50 GL, sendo a maior parcela<br />
produzida por transesterificação (80%) e o restante por<br />
craqueamento. A produção por transesterificação atenderá<br />
o grande mercado atacadista, direcionado à mistura com<br />
petrodiesel, o abastecimento de frotistas ou de<br />
consumidores interessados em aumentar a proporção de<br />
biodiesel no petrodiesel.<br />
Estima-se que a produção de biodiesel para os mercados<br />
externos e internos, no final do período, será equivalente<br />
(Figura 02). Entretanto, nos primeiros 10 anos, o mercado<br />
interno absorverá a totalidade da produção. No conjunto do<br />
mercado interno e externo, a rota de transesterificação<br />
etanólica responderá por 90% do total do biodiesel<br />
produzido. Nesse cenário, no final do período, haverá uma<br />
demanda de 6 GL de etanol e uma produção 4Mt de<br />
glicerol, evidenciando o potencial de integração de cadeias<br />
com a produção de biodiesel.<br />
Mercado automotivo e estações estacionárias<br />
O uso do biodiesel pode atender a diferentes demanda de<br />
mercado, significando uma opção singular para diversas<br />
características regionais existentes ao longo do território<br />
nacional.<br />
Conceitualmente o biodiesel pode substituir o diesel de<br />
origem fóssil em qualquer das suas aplicações. No entanto,<br />
a inserção deste combustível na matriz energética brasileira<br />
deverá ocorrer de forma gradual e focada em mercados<br />
específicos, que garantam a irreversibilidade do processo.<br />
A utilização do biodiesel pode ser dividida em dois<br />
mercados distintos, mercado automotivo e usos em<br />
estações estacionárias. Cada um destes mercados possui<br />
características próprias e podem ser subdivididos em sub<br />
mercados.<br />
182
O mercado de estações estacionárias caracteriza-se<br />
basicamente por instalações de geração de energia elétrica,<br />
e representam casos específicos e regionalizados.<br />
Tipicamente, pode-se considerar a geração de energia nas<br />
localidades não supridas pelo sistema regular nas regiões<br />
remotas do País, que em termos dos volumes envolvidos<br />
não são significativos, mas podem representar reduções<br />
significativas com os custos de transporte e,<br />
principalmente, a inclusão social e o resgate da cidadania<br />
dessas comunidades.<br />
Outros nichos de mercado para utilização do biodiesel para<br />
geração de energia podem ser encontrados na pequena<br />
indústria e no comércio, como forma de redução do<br />
consumo de energia no horário de ponta, aliado aos<br />
aspectos propaganda e marketing.<br />
O mercado automotivo pode ser subdividido em dois<br />
grupos, sendo um composto por grandes consumidores<br />
com circulação geograficamente restrita, tais como<br />
empresas de transportes urbanos, de prestação de serviços<br />
municipais, transporte ferroviário e hidroviário entre<br />
outras.<br />
metropolitano, com 0,20% de enxofre, que responde por<br />
cerca de 30% do mercado.<br />
A geração de energia elétrica nos sistemas isolados da<br />
região amazônica consumiu 530 mil metros cúbicos de<br />
diesel, distribuídos na geração de 2.079 GWh, no<br />
Amazonas (30%), Rondônia (20%), Amapá (16%), Mato<br />
Grosso (11%), Pará (11%), Acre (6%), Roraima (3%), além<br />
de outros pequenos sistemas em outros estados. Estes<br />
números se referem à demanda do serviço público. Existem<br />
grandes consumidores privados de diesel para geração de<br />
energia elétrica, como as empresas de mineração<br />
localizadas na região Norte.<br />
Como um exercício e sem considerar eventuais<br />
dificuldades de logística ou de produção, podem ser<br />
inicialmente considerados os seguintes mercados:<br />
1. uso de B5 no diesel metropolitano: 0,45 Mm 3<br />
2. uso de B5 no diesel consumido no setor agropecuário:<br />
0,31 Mm 3<br />
3. uso de B5 para geração nos sistemas isolados: 0,10<br />
A segunda parcela do mercado automotivo caracteriza-se<br />
pelo consumo a varejo, com a venda do combustível nos<br />
postos de revenda tradicionais. Neste grupo estão incluídos<br />
os transportes interestaduais de cargas e passageiros,<br />
veículos leves e consumidores em geral.<br />
Demanda Brasileira<br />
Como um sucedâneo do óleo diesel, o mercado potencial<br />
para o biodiesel é determinado pelo mercado do derivado<br />
de petróleo. A demanda total de óleo diesel no Brasil em<br />
2002 foi da ordem de 39,2 milhões de metros cúbicos, dos<br />
quais 76% foram consumidos no setor de transporte, 16%<br />
no setor agropecuário e 5% para geração de energia elétrica<br />
nos sistemas isolados.<br />
A importação de diesel, em 2002, correspondeu a 16,3% do<br />
mercado e significou nos últimos anos um dispêndio anual<br />
da ordem de US$ 1,2 bilhão, sem considerar o diesel<br />
produzido com petróleo importado, cerca de 8% do total de<br />
diesel consumido.<br />
No setor de transporte, 97% da demanda ocorre no modal<br />
rodoviário, ou seja caminhões, ônibus e utilitários, já que<br />
no Brasil estão proibidos os veículos leves a diesel. Em<br />
termos regionais, o consumo de diesel ocorre<br />
principalmente na região Sudeste (44%), vindo a seguir o<br />
Sul (20%), Nordeste (15%), Centro-Oeste (12%) e Norte<br />
(9%). O diesel para consumo veicular no Brasil pode ser o<br />
diesel interior, com teor de enxofre de 0,35% ou o diesel<br />
183
184<br />
PROÁLCOOL - PROGRAMA<br />
BRASILEIRO DE ÁLCOOL<br />
O PROÁLCOOL foi um programa bem-sucedido de<br />
substituição em larga escala dos derivados de petróleo. Foi<br />
desenvolvido para evitar o aumento da dependência<br />
externa de divisas quando dos choques de preço de<br />
petróleo. De 1975 a 2000, foram produzidos cerca de 5,6<br />
milhões de veículos a álcool hidratado. Acrescido a isso, o<br />
Programa substituiu por uma fração de álcool anidro (entre<br />
1,1% a 25%) um volume de gasolina pura consumida por<br />
uma frota superior a 10 milhões de veículos a gasolina,<br />
evitando, assim, nesse período, emissões de gás carbônico<br />
da ordem de 110 milhões de toneladas de carbono (contido<br />
no CO2), a importação de aproximadamente 550 milhões<br />
de barris de petróleo e, ainda, proporcionando uma<br />
economia de divisas da ordem de 11,5 bilhões de dólares.<br />
Evolução do programa nacional do álcool -<br />
Proálcool<br />
O Programa Nacional do Álcool ou Proálcool foi criado em<br />
14 de novembro de 1975 pelo decreto n° 76.593, com o<br />
objetivo de estimular a produção do álcool, visando o<br />
atendimento das necessidades do mercado interno e<br />
externo e da política de combustíveis automotivos. De<br />
acordo com o decreto, a produção do álcool oriundo da<br />
cana-de-açúcar, da mandioca ou de qualquer outro insumo<br />
deveria ser incentivada por meio da expansão da oferta de<br />
matérias-primas, com especial ênfase no aumento da<br />
produção agrícola, da modernização e ampliação das<br />
destilarias existentes e da instalação de novas unidades<br />
produtoras, anexas a usinas ou autônomas, e de unidades<br />
armazenadoras.<br />
A cana-de-açúcar tem o mais alto retorno para os<br />
agricultores por hectare plantado. O custo de produção do<br />
açúcar no país é baixo (inferior a US$ 200/toneladas6),<br />
podendo dessa maneira competir no mercado<br />
internacional. Tal mercado é, entretanto, volátil e apresenta<br />
grandes oscilações de preços.<br />
A produção mundial de açúcar em 2000 foi de 131 milhões<br />
de toneladas, sendo de cerca de 13% a participação do<br />
Brasil. As etapas na produção do açúcar e do álcool diferem<br />
apenas a partir da obtenção do suco, que poderá ser<br />
fermentado para a produção de álcool ou tratado para o<br />
açúcar. Caso a produção de açúcar se torne menos atrativa<br />
devido às reduções de preços internacionais o que<br />
frequentemente ocorre poderá ser mais vantajoso a<br />
mudança na produção para álcool.<br />
A decisão de produção de etanol a partir de cana-de-açúcar,<br />
além do preço do açúcar, é política e econômica,<br />
envolvendo investimentos adicionais. Tal decisão foi<br />
tomada em 1975, quando o governo federal decidiu<br />
encorajar a produção do álcool em substituição à gasolina<br />
pura, com o objetivo de reduzir as importações de petróleo,<br />
então com um grande peso na balança comercial externa.<br />
Nessa época, o preço do açúcar no mercado internacional<br />
vinha decaindo rapidamente, o que tornou conveniente a<br />
mudança de produção de açúcar para álcool.<br />
No programa Brasileiro do Álcool, Proálcool, destacam-se<br />
cinco fases distintas:<br />
1 a . 1975 a 1979 - Fase Inicial<br />
o esforço foi dirigido sobretudo para a produção de álcool<br />
anidro para a mistura com gasolina. Nessa fase, o esforço<br />
principal coube às destilarias anexas. A produção<br />
alcooleira cresceu de 600 milhões de l/ano (1975-76) para<br />
3,4 bilhões de l/ano (1979-80).<br />
Os primeiros carros movidos exclusivamente a álcool<br />
surgiram em 1978.<br />
2 a . 1980 a 1986 - Fase de Afirmação<br />
o segundo choque do petróleo (1979-80) triplicou o preço<br />
do barril de petróleo e as compras desse produto passaram<br />
a representar 46% da pauta de importações brasileiras em<br />
1980. O governo, então, resolve adotar medidas para plena<br />
implementação do Proálcool. São criados organismos<br />
como o Conselho Nacional do Álcool - CNAL e a<br />
Comissão Executiva Nacional do Álcool - CENAL para<br />
agilizar o programa. A produção alcooleira atingiu um pico<br />
de 12,3 bilhões de litros em 1986-87 (gráfico 1), superando<br />
em 15% a meta inicial do governo de 10,7 bilhões de l/ano<br />
para o fim do período. A proporção de carros a álcool no<br />
total de automóveis de ciclo Otto (passageiros e de uso<br />
misto) produzidos no país aumentou de 0,46% em 1979<br />
para 26,8% em 1980, atingindo um teto de 76,1% em 1986<br />
(gráfico 2).<br />
3 a . 1986 a 1995 - Fase de Estagnação<br />
a partir de 1986, o cenário internacional do mercado<br />
petrolífero é alterado. Os preços do barril de óleo bruto<br />
caíram de um patamar de US$ 30 a 40 para um nível de<br />
US$ 12 a 20. Esse novo período, denominado<br />
“contrachoque do petróleo”, colocou em xeque os<br />
programas de substituição de hidrocarbonetos fósseis e de
uso eficiente da energia em todo o mundo. Na política<br />
energética brasileira, seus efeitos foram sentidos a partir de<br />
1988, coincidindo com um período de escassez de recursos<br />
públicos para subsidiar os programas de estímulo aos<br />
energéticos alternativos, resultando num sensível<br />
decréscimo no volume de investimentos nos projetos de<br />
produção interna de energia.<br />
A oferta de álcool não pôde acompanhar o crescimento<br />
descompassado da demanda, com as vendas de carro a<br />
álcool atingindo níveis superiores a 95,8% das vendas<br />
totais de veículos de ciclo Otto para o mercado interno em<br />
1985.<br />
Os baixos preços pagos aos produtores de álcool a partir da<br />
abrupta queda dos preços internacionais do petróleo (que<br />
se iniciou ao final de 1985) impediram a elevação da<br />
produção interna do produto. Por outro lado, a demanda<br />
pelo etanol, por parte dos consumidores, continuou sendo<br />
estimulada por meio da manutenção de preço relativamente<br />
atrativo ao da gasolina e da manutenção de menores<br />
impostos nos veículos a álcool comparados aos à gasolina.<br />
Essa combinação de desestímulo à produção de álcool e de<br />
estímulo à sua demanda, pelos fatores de mercado e<br />
intervenção governamental assinalados, gerou a crise de<br />
abastecimento da entressafra 1989-90. Vale ressaltar que,<br />
no período anterior à crise de abastecimento houve<br />
desestímulo tanto à produção de álcool, conforme citado,<br />
quanto à produção e exportação de açúcar, que àquela<br />
época tinham seus preços fixados pelo governo.<br />
A produção de álcool manteve-se em níveis praticamente<br />
constantes, atingindo 11,8 bilhões de litros na safra 1985-<br />
86; 10,5 bilhões em 1986-87; 11,5 bilhões em 1987-88;<br />
11,7 bilhões em 1988-89 e 11,9 bilhões em 1989-90. As<br />
produções brasileiras de açúcar no período foram de 7,8<br />
milhões de toneladas na safra 1985-86; 8,2 milhões em<br />
1986-87; 7,9 milhões em 1987-88; 8,1 milhões em 1988-<br />
89 e 7,3 milhões de toneladas em 1989-90. As exportações<br />
de açúcar, por sua vez, reduziram-se nesse período,<br />
passando de 1,9 milhões de toneladas na safra 1985-86 para<br />
1,1 milhão de toneladas na safra 1989-90.<br />
Apesar de seu caráter efêmero, a crise de abastecimento de<br />
álcool do fim dos anos 1980 afetou a credibilidade do<br />
Proálcool, que, juntamente com a redução de estímulos ao<br />
seu uso, provocou, nos anos seguintes, um significativo<br />
decréscimo da demanda e, consequentemente, das vendas<br />
de automóveis movidos por esse combustível.<br />
Deve-se acrescentar ainda outros motivos determinantes<br />
que, associados, também contribuíram para a redução da<br />
produção dos veículos a álcool. No final da década de 1980<br />
e início da década de 1990, o cenário internacional dos<br />
preços do petróleo sofreu fortes alterações, tendo o preço<br />
do barril diminuído sensivelmente. Tal realidade, que se<br />
manteve praticamente como a tônica dos dez anos<br />
seguintes, somou-se à tendência, cada vez mais forte, da<br />
indústria automobilística de optar pela fabricação de<br />
modelos e motores padronizados mundialmente (na versão<br />
à gasolina). No início da década de 1990, houve também a<br />
liberação, no Brasil, das importações de veículos<br />
automotivos (produzidos, na sua origem exclusivamente na<br />
versão gasolina e diesel) e, ainda, a introdução da política<br />
de incentivos para o “carro popular” – de até 1000<br />
cilindradas – desenvolvido para ser movido a gasolina.<br />
A crise de abastecimento de álcool somente foi superada<br />
com a introdução no mercado do que se convencionou<br />
chamar de mistura MEG, que substituía, com igual<br />
desempenho, o álcool hidratado. Essa mistura (60% de<br />
etanol hidratado, 34% de metanol e 6% de gasolina)<br />
obrigaria o país a realizar importações de etanol e metanol<br />
(que no período entre 1989-95 superou a 1 bilhão de litros)<br />
para garantir o abastecimento do mercado ao longo da<br />
década de 1990. A mistura atendeu as necessidades do<br />
mercado e não foram constatados problemas sérios de<br />
contaminação e de saúde pública.<br />
4 a . 1995 a 2000 - Fase de Redefinição<br />
Os mercados de álcool combustível, tanto anidro quanto<br />
hidratado, encontram-se liberados em todas as suas fases<br />
de produção, distribuição e revenda sendo os seus preços<br />
determinados pelas condições de oferta e procura. De cerca<br />
de 1,1 milhão de toneladas de açúcar que o país exportava<br />
em 1990 passou-se à exportação de até 10 milhões de<br />
toneladas por ano (dominando o mercado internacional e<br />
barateando o preço do produto). Se questionou como o<br />
Brasil, sem a presença da gestão governamental no setor,<br />
encontrará mecanismos de regulação para os seus produtos<br />
(altamente competitivos): açúcar para o mercado interno,<br />
açúcar para o mercado externo, etanol para o mercado<br />
interno e etanol para o mercado externo. Dadas as<br />
externalidades positivas do álcool e com o intuito de<br />
direcionar políticas para o setor sucroalcooleiro, foi criado,<br />
por meio do decreto de 21 de agosto de 1997, o Conselho<br />
Interministerial do Açúcar e do Álcool - CIMA.<br />
Segundo os dados da Associação Nacional de Fabricantes<br />
de Veículos Automotores – ANFAVEA, de 1998 a 2000, a<br />
produção de veículos a álcool manteve-se em níveis de<br />
cerca de 1%. A constituição da chamada “frota verde”, ou<br />
seja, o estímulo e a determinação do uso do álcool<br />
hidratado em determinadas classes de veículos leves, como<br />
os carros oficiais e táxis, tem provocado um debate entre<br />
especialistas da área econômica, contrários aos incentivos,<br />
e os especialistas da área ambiental, favoráveis aos<br />
185
186<br />
incentivos ao etanol. Em 28 de maio de 1998, a medida<br />
provisória nº 1.662 dispôs que o Poder Executivo elevará o<br />
percentual de adição de álcool etílico anidro combustível à<br />
gasolina obrigatório em 22% em todo o território nacional<br />
até o limite de 24%. Os produtores e centros de pesquisa<br />
testaram a mistura de álcool e óleo diesel.<br />
Para a implementação do Proálcool, foi estabelecido, em<br />
um primeiro instante, um processo de transferência de<br />
recursos arrecadados a partir de parcelas dos preços da<br />
gasolina, diesel e lubrificantes para compensar os custos de<br />
produção do álcool, de modo a viabilizá-lo como<br />
combustível. Assim, foi estabelecida uma relação de<br />
paridade de preços entre o álcool e o açúcar para o produtor<br />
e incentivos de financiamento para as fases agrícola e<br />
industrial de produção do combustível. Com o advento do<br />
veículo a álcool hidratado, a partir de 1979, adotou-se<br />
políticas de preços relativos entre o álcool hidratado<br />
combustível e a gasolina, nos postos de revenda, de forma<br />
a estimular o uso do combustível renovável.<br />
5 a . Fase Atual<br />
Trinta anos depois do início do Proálcool, o Brasil vive<br />
agora uma nova expansão dos canaviais com o objetivo de<br />
oferecer, em grande escala, o combustível alternativo. O<br />
plantio avança além das áreas tradicionais, do interior<br />
paulista e do Nordeste, e espalha-se pelos cerrados. A nova<br />
escalada não é um movimento comandado pelo governo,<br />
como a ocorrida no final da década de 70, quando o Brasil<br />
encontrou no álcool a solução para enfrentar o aumento<br />
abrupto dos preços do petróleo que importava. A corrida<br />
para ampliar unidades e construir novas usinas é movida<br />
por decisões da iniciativa privada, convicta de que o álcool<br />
terá, a partir de agora, um papel cada vez mais importante<br />
como combustível, no Brasil e no mundo.<br />
A tecnologia dos motores flex fuel veio dar novo fôlego ao<br />
consumo interno de álcool. O carro que pode ser movido<br />
a gasolina, álcool ou uma mistura dos dois combustíveis<br />
foi introduzido no País em março de 2003 e conquistou<br />
rapidamente o consumidor. Hoje a opção já é oferecida<br />
para quase todos os modelos das indústrias e, os<br />
automóveis bicombustíveis ultrapassaram pela primeira<br />
vez os movidos a gasolina na corrida do mercado interno.<br />
Diante do nível elevado das cotações de petróleo no<br />
mercado internacional, a expectativa da indústria é que<br />
essa participação se amplie ainda mais. A relação atual de<br />
preços faz com que o usuário dos modelos bicombustíveis<br />
dê preferência ao álcool.<br />
A velocidade de aceitação pelos consumidores dos carros<br />
bicombustíveis, ou flex fuel, foi muito mais rápida do que<br />
a indústria automobilística esperava. As vendas desses<br />
veículos já superaram as dos automóveis movidos a<br />
gasolina. Os bicombustíveis representaram 49,5% do total<br />
de automóveis e comerciais leves vendidos no mês,<br />
enquanto a participação dos movidos a gasolina ficou em<br />
43,3%, segundo a Anfavea – Associação Nacional dos<br />
Fabricantes de Veículos Automotores. A preferência do<br />
mercado levou a Câmara Setorial de Açúcar e do Álcool,<br />
órgão ligado ao governo, a rever suas projeções e indicar<br />
que a participação da nova tecnologia deverá atingir 75%<br />
dos carros vendidos em 2006.<br />
Perspectivas para o Pro-Álcool<br />
Como na época das crises do petróleo dos anos 70, o<br />
mundo está empenhado em encontrar uma solução<br />
duradoura para seu problema energético. A preocupação<br />
ambiental se somou à redução dos estoques e à alta dos<br />
preços dos combustíveis fósseis para valorizar as fontes<br />
renováveis e menos poluentes de energia.<br />
O setor energético no Brasil vem sofrendo diversas<br />
mudanças, como a tentativa de se retomar projetos que<br />
levem em conta o meio ambiente e o mercado de trabalho.<br />
Tendo-se como referência a Convenção-Quadro das<br />
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, o governo<br />
brasileiro tem mostrado interesse em manter e reativar o<br />
Proálcool, dado que o álcool combustível exerce um<br />
importante papel na estratégia energética para um<br />
desenvolvimento sustentado.<br />
O surgimento, em todo o mundo, de novos tipos de<br />
veículos e tecnologias de motores (como é o caso dos<br />
motores de pilhas a combustível e dos veículos “flexfuel”)<br />
tem provocado mudanças importantes na tradicional<br />
postura da indústria automobilística e de outros agentes<br />
atuantes no mercado. As perspectivas de elevação do<br />
consumo do álcool se somam a um momento favorável<br />
para o aumento das exportações do açúcar, e o resultado é<br />
o início de uma onda de crescimento sem precedentes para<br />
o setor sucroalcooleiro.<br />
Um estudo da Única aponta que o setor terá que atender até<br />
2010 uma demanda adicional de 10 bilhões de litros de<br />
álcool, além de 7 milhões de toneladas de açúcar. A<br />
produção desta safra, iniciada em abril, deve ser de 17<br />
bilhões de litros de álcool e 26 milhões de toneladas de<br />
açúcar. Para incrementar a produção, será preciso levar<br />
mais 180 milhões de toneladas de cana para a moagem,<br />
com uma expansão dos canaviais estimada em 2,5 milhões<br />
de hectares até 2010. Esses investimentos deverão criar<br />
360 mil novos empregos diretos e 900 mil indiretos.
Cerca de 40 novas usinas estão em projeto ou em fase de<br />
implantação, com um total de investimentos calculado em<br />
3 bilhões de dólares. A maior parte delas concentra-se no<br />
oeste do Estado de São Paulo, ocupando espaço aberto pelo<br />
deslocamento da pecuária. Há 21 novas usinas em<br />
instalação na região, informa Luiz Guilherme Zancaner,<br />
presidente da Udop – Usinas e Destilarias do Oeste<br />
Paulista, associação fundada em 1985 para agrupar as<br />
destilarias ali implantadas no embalo do Proálcool. O oeste<br />
de São Paulo, segundo Zancaner, oferece custos menores<br />
de arrendamento em relação às regiões tradicionais do<br />
Estado e condições naturais de clima, solo e topografia<br />
adequadas para os canaviais. “Temos a vantagem de uma<br />
cana mais rica em açúcar que a da região de Ribeirão Preto,<br />
por causa do clima menos úmido”, diz ele.<br />
187
GLOBALIZAÇÃO<br />
A globalização é um dos processos de aprofundamento da<br />
integração econômica, social, cultural, política, com o<br />
barateamento dos meios de transporte e comunicação dos<br />
países do mundo no final do século XX e inicio do século<br />
XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar<br />
uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os<br />
mercados internos já saturados.<br />
A rigor, as sociedades do mundo estão em processo<br />
de globalização desde o início da História. Mas o processo<br />
histórico a que se denomina Globalização é bem mais<br />
recente, datando (dependendo da conceituação e da<br />
interpretação) do colapso do bloco socialista e o<br />
consequente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do<br />
refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS<br />
(a partir de 1975) ou ainda do próprio fim da Segunda<br />
Guerra Mundial.<br />
As principais características da globalização são a<br />
homogeneização dos centros urbanos, a expansão das<br />
corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos,<br />
a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica,<br />
a reorganização geopolítica do mundo em blocos<br />
comerciais regionais (não mais ideológicos), a hibridização<br />
entre culturas populares locais e uma cultura de massa<br />
universal, entre outros.<br />
188
HISTÓRIA<br />
A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que<br />
começou na época dos descobrimentos e que se<br />
desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu<br />
conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje<br />
muitos economistas analisam a globalização como<br />
resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como<br />
resultado da Revolução Tecnológica.<br />
Sua origem pode ser traçada do período mercantilista<br />
iniciado aproximadamente século XV e durando até o<br />
século XVIII, com a queda dos custos de transporte<br />
marítimo, e aumento da complexidade das relações<br />
políticas europeias durante o período. Este período viu<br />
grande aumento no fluxo de força de trabalho entre os<br />
países e continentes, particularmente nas novas colônias<br />
europeias.<br />
É tido como inicio da globalização moderna o fim da<br />
Segunda Guerra mundial, e a vontade de impedir que uma<br />
monstruosidade como esta guerra ocorresse novamente no<br />
futuro, sendo que as nações vitoriosas da guerra e as<br />
devastadas potências do eixo chegaram a conclusão que era<br />
de suma importância para o futuro da humanidade a criação<br />
de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar<br />
cada vez mais as nações uma das outras. Deste consenso<br />
nasceu as Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de<br />
bloco econômico um pouco após isso com a fundação da<br />
CECA.<br />
A necessidade de expandir seus mercados levou as nações<br />
aos poucos começarem a se abrir para produtos de outros<br />
países, marcando o crescimento da ideologia econômica do<br />
liberalismo.<br />
Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os<br />
grandes países emergentes, especialmente o BRIC, com<br />
grandes economias de exportação, grande mercado interno<br />
e cada vez maior presença mundial. Antes do BRIC,<br />
outros países fizeram uso da globalização e economias<br />
voltadas a exportação para obter rápido crescimento e<br />
chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na<br />
década de 1980 e Japão na década de 1970.<br />
Enquanto Paul Singer vê a expansão comercial e marítima<br />
europeia como um caminho pelo qual o capitalismo se<br />
desenvolveu assim como a globalização, Maria da<br />
Conceição Tavares aposta o seu surgimento na acentuação<br />
do mercado financeiro, com o surgimento de novos<br />
produtos financeiros.<br />
189
NOVA ORDEM MUNDIAL<br />
Você sabe o que é a Nova Ordem Mundial? Vivemos num<br />
mundo cada vez mais interconectado em termos culturais e<br />
econômicos, unificado financeiramente dirigido por<br />
inúmeras organizações transnacionais. O chamado "mundo<br />
globalizado" é o assunto de hoje.<br />
Na década de 80, com o fim da corrida tecnológica e<br />
armamentista entre as superpotências, a chamada Guerra<br />
Fria, os Estados Unidos "grandes vencedores", se tornam<br />
as grandes nações hegemônicas inaugurando a Nova<br />
Ordem Mundial. Nesse novo mundo, o poder estar com<br />
quem tem o domínio da tecnologia. A disputa continua,<br />
mas o mercado é o novo campo de batalha.<br />
O mundo anteriormente bi polarizado, marcado pela<br />
disputa entre o Bloco Socialista e o Bloco Capitalista, passa<br />
a ser um mundo multipolarizado. Os países se organizam<br />
em blocos para garantir mercado, complementar sua<br />
economia e se fortalecer. São três os Megablocos: o<br />
NAFTA, Acordo de Livre Comércio da América do Norte,<br />
é formado pelos Estados Unidos, Canadá e México. É a<br />
área de influência direta dos americanos, de onde tiram<br />
vantagens como a mão-de-obra barata mexicana, as<br />
riquezas minerais e o mercado de alto poder aquisitivo do<br />
Canadá. "A chamada União Europeia, é formada por 15<br />
países e é mais que um Bloco Econômico é uma<br />
Organização Supra Nacional, em que os países não têm<br />
fronteiras e são altamente integrados, inclusive<br />
militarmente. O passo definitivo para a estabilidade dessa<br />
união foi a adoção de uma moeda única: o EURO!"<br />
Europa: através da história, foram as guerras que moveram<br />
este continente. A fragmentação europeia sempre foi o<br />
motor de seu desenvolvimento, ninguém queria ficar para<br />
trás na competição bélico-tecnológica. Depois da última e<br />
mais terrível guerra, líderes visionários tiveram a ideia<br />
genial: forjar a estabilidade política através da<br />
interdependência econômica. Pela primeira vez a Europa<br />
rimou paz com prosperidade! No primeiro dia de 93, a<br />
Europa tornava-se um mercado único, com 320 milhões de<br />
consumidores e um PIB de 6 trilhões e meio de dólares.<br />
Tão unidos e tão diferentes!<br />
O Bloco formado pelos países da Bacia do Pacífico<br />
liderados pelo Japão, não se baseia em acordos<br />
diplomáticos como o NAFTA, ou a União Europeia, sendo<br />
na verdade uma zona de integração comercial bastante<br />
dinâmica que mantém um ritmo acelerado de crescimento<br />
econômico, onde se destacam os chamados Tigres<br />
Asiáticos, a China e a Austrália.<br />
A Política dos Megablocos quer a abertura de mercado,<br />
mas na medida que cada bloco se une e se fortalece cria<br />
mecanismos protecionistas, fechando-se em sua própria<br />
região. A Globalização permite que o mundo inteiro seja<br />
alcançado pelos mais modernos meios de comunicação,<br />
assim como pelo o capital, mas está formando ao mesmo<br />
tempo uma geração de pessoas e nações excluídas.<br />
Os países Centrais também chamados de países do Norte<br />
são os que organizam seus interesses buscando nos países<br />
Periféricos, ou países do Sul, as vantagens comparativas<br />
para diminuir custos e aumentar os lucros na economia-<br />
Mundo. Podemos conferir isso a cada reunião do chamado<br />
Grupo dos 7.<br />
Alguns países Periféricos também estão se unindo para<br />
garantir o seu espaço na economia mundial e não apenas<br />
sofrerem o lado negativo da Globalização.<br />
Você viu o que os países têm feito para proteger suas<br />
economias no mundo globalizado. Conheceu a Nova<br />
Ordem Mundial e a política dos Megablocos.<br />
Economia-mundo: conjunto de economias de vários<br />
lugares diferentes, mas que se inter-relacionam.<br />
Livros:<br />
· Panorama do mundo, 1,2,3 de Demétrio Magnoli, José<br />
Arbex e Nelson Babic.<br />
· O mundo pós-guerra de Jaime Brener.<br />
"Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, o<br />
inventamos para dissimular nossa política de entrada<br />
econômica nos outros países" John Kenneth Galbraith, um<br />
dos maiores economistas do século<br />
190
XX-BLOCOS ECONÔMICOS E OS<br />
MEGABLOCOS-<br />
De uns anos pra cá, a chamada Nova Ordem<br />
Mundial, vem dividindo e integrando nosso planeta em<br />
Blocos econômicos.<br />
"Um dia desses, fui comprar um rádio relógio. Escolhi um<br />
modelo de uma marca tradicional – marca<br />
americana – quando dei uma olhada no manual de<br />
instruções, percebi que o rádio relógio só é americano na<br />
marca. O projeto é de uma fábrica francesa, os<br />
componentes eletrônicos são coreanos e o aparelho foi<br />
montado no México".<br />
Num simples eletrodoméstico, uma amostra do tempo em<br />
que vivemos hoje! Tempo de Globalização!<br />
"A globalização é o resultado de fatos históricos e políticos<br />
que vem acontecendo há séculos. Podemos dizer que ela<br />
começou, com as Grandes Descobertas dos Navegantes<br />
Espanhóis e Portugueses... continuou pela sofisticação dos<br />
Meios de Transportes e Comunicação, mas se firmou<br />
mesmo com o domínio do capital financeiro e a verdadeira<br />
revolução nas comunicações e da informática no final do<br />
século XX. O mundo foi ficando pequeno e hoje uma crise<br />
na bolsa de valores de um único país da Ásia abala a<br />
economia do mundo inteiro"!<br />
Junto com a Globalização, acontece uma importante<br />
tendência: países de mesma região se organizam em<br />
blocos, derrubam fronteiras econômicas para negociar seus<br />
produtos e Serviços entre si com liberdade quase total.<br />
Com isso, esses países fortalecem seus mercados regionais.<br />
Como você sabe, o maior desses blocos, é liderada pelos<br />
Estados Unidos, a maior potência do século XX.<br />
"O NAFTA (North American-Frre-Trade Agreement),<br />
Acordo Norte Americano de Livre Comércio, formado<br />
pelos Estados Unidos, Canadá e México. É a área de<br />
influência direta dos americanos, onde tiram vantagens<br />
como a mão-de-obra barata mexicana, as riquezas minerais<br />
e o mercado de alto poder aquisitivo do Canadá."<br />
O NAFTA é o mais importante dos blocos, mas não é o<br />
único formado por países ricos. Em busca do poder<br />
perdido, a Europa Também se uniu. "A chamada União<br />
Europeia, é formada por 15 países e é mais que um Bloco<br />
Econômico é uma Organização Supra Nacional, em que os<br />
países não têm fronteiras e são altamente integrados,<br />
inclusive militarmente. O passo definitivo para a<br />
estabilidade dessa união foi a adoção de uma moeda única:<br />
o EURO!"<br />
"Com potencial para rivalizar com o dólar americano no<br />
mercado mundial, a moeda única nasceu a partir da<br />
formação da União Europeia, uma coalizão entre 15 nações<br />
da Europa. O objetivo da União é promover o progresso<br />
econômico e social, e a identidade europeia no cenário<br />
internacional. No primeiro momento, só 11 dos 15 países<br />
da União adotaram o EURO. O resultado já foi espantoso:<br />
uma economia ligeiramente menor do que a dos Estados<br />
Unidos, 18% do mercado mundial."<br />
Eduardo Callado – Pres. Cons. Reg. Economia/RJ:<br />
"Nem sempre foi o dólar a moeda de troca no mercado<br />
mundial – aceita internacionalmente – antes<br />
do dólar nós tínhamos a Libra que por 100 anos reinou, até<br />
porque a Inglaterra era a economia mais importante do<br />
mundo... ela se enfraquece após Primeira Guerra<br />
Mundial."<br />
Toda essa movimentação para essa formação de Blocos<br />
Econômicos é recente, mas a União Europeia não é tão<br />
novinha assim.<br />
Há cerca de quantos anos se formou a União Europeia?<br />
Cem anos?<br />
Quarenta anos?<br />
Ou vinte anos?<br />
Acertou quem ficou com o meio termo. Quarenta anos, é a<br />
resposta certa. "Quando a 2a Guerra Mundial acabou e<br />
Hitler foi derrotado, outros líderes europeus acharam que<br />
seria preciso criar uma espécie de elo entre as economias<br />
dos países da Europa. Com a queda do Muro de Berlim em<br />
89, ressurgiu o medo de que a Alemanha pudesse retomar<br />
sua tendência expansionista. Se de alguma forma o país<br />
estivesse ligado a outro a outros países esse risco<br />
diminuiria, foi por isso que nas últimas décadas, os líderes<br />
da União Europeia estabeleceram uma espécie de vinculo<br />
entre as diferentes moedas e sugeriram a criação de uma<br />
moeda única para a Europa."<br />
Esses grandes blocos formados ou liderados por países<br />
Centrais, já estão sendo denominados de Megablocos. O<br />
terceiro deles está agitando o outro lado da Terra no Leste<br />
da Ásia. Ainda não é um bloco formal como o NAFTA, e a<br />
União Europeia, mas integra economicamente os países do<br />
Leste Asiático como os Tigres da Ásia sob a liderança do<br />
Japão. "Esse bloco da Bacia do Pacífico, não se baseia em<br />
acordos diplomáticos como o NAFTA ou a União<br />
Europeia, sendo na verdade uma zona de integração<br />
comercial bastante dinâmica que mantêm um ritmo<br />
acelerado de crescimento econômico, onde se destacam os<br />
chamados Tigres Asiáticos, a China e a Austrália.<br />
191
192<br />
A organização de Blocos Econômicos não é exclusividade<br />
de países Ricos, países Periféricos também se juntam com<br />
os mesmos propósitos, não formam Megablocos, mas sim<br />
pequenos blocos que fortalecem mercados secundários e<br />
fazem surgir lideranças regionais: o Brasil é o integrante<br />
mais forte do bloco que integra países do Cone Sul. "O<br />
Tratado de Assunção que criou o Mercosul selou uma<br />
tentativa de aproximação entre os países membros que<br />
vinha desde o início dos anos 80. Naquela década foi criada<br />
uma Associação Latino Americana de Integração, a<br />
ALADI que substituiu a ALALC, Associação Latino<br />
Americana de Livre Comércio. A ALAC tinha uma<br />
clausula que obrigava todos os países da América Latina a<br />
estender a redução de tarifas de importação acertadas entre<br />
dois ou mais países. Essa clausula acabava impedindo o<br />
fechamento de acordos em bloco. Com a criação da<br />
ALADI, isso foi eliminado. O Mercosul começou com a<br />
integração Brasil-Argentina firmada pela declaração de<br />
Iguaçu e assinada pelos presidentes, na época, José Sarney<br />
e Raul Alfonsim em julho de 85, em julho de 90 os dois<br />
países assinaram a Ata de Buenos Aires, fixando a data de<br />
31 de dezembro de 94 para a formação do mercado<br />
definitivo. Na ocasião convidaram também o Paraguai e o<br />
Uruguai para aderirem, Chile e Bolívia tem apenas um<br />
acordo de complementação Econômica com o Mercosul, o<br />
que significa que eles não participam dos benefícios<br />
tarifários que vigoram entre os países integrantes do<br />
bloco."<br />
"O Mercosul é um Bloco Econômico que reúne a<br />
Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. Veja um<br />
exemplo para entender como esse bloco funciona: - antes<br />
do Mercosul, uma garrafa de vinho argentino; uma peça de<br />
couro paraguaio e um quilo de carne uruguaio chegavam<br />
ao Brasil com preços mais altos. Isso acontecia porque<br />
quando esses produtos cruzavam nossas fronteiras e o<br />
governo brasileiro cobrava Taxas de Importação, o mesmo<br />
acontecia quando produtos brasileiros iam para esses<br />
países. Mas desde que o Mercosul entrou em vigor em<br />
janeiro de 91os quatro países membros deixaram de cobrar<br />
impostos de importação sobre a maioria dos produtos. O<br />
consumidor sentiu isso no bolso, os preços dos importados<br />
desses países caíram. Outro Bloco Econômico que existe<br />
no continente americano é o NAFTA. NAFTA é uma sigla<br />
inglesa que em português significa Acordo de Livre<br />
Comércio da América do Norte. Os países membros são<br />
Canadá, Estados Unidos e o México. O NAFTA entrou em<br />
vigorem 1 de janeiro de 94. Ele também acabou com os<br />
impostos cobrados sobre os produtos importados dos<br />
países membros. (...) Mas agora existe a possibilidade de<br />
os 34 países do continente americano formarem um bloco<br />
único, a ALCA. ALCA significa Área de Livre Comércio<br />
das Américas e se ela for criada vai integrar todos os países<br />
da América com exceção de Cuba. Isso só deve acontecer<br />
a partir do ano de 2005."<br />
Os principais blocos da América, NAFTA e Mercosul,<br />
podem estar com seus dias contados. Os Estados Unidos<br />
estão propondo a realização de um outro bloco integrando<br />
todo o continente. Mas o que pode estar por trás dessa<br />
proposta?<br />
OBS: A ALCA é uma forma de os Estados Unidos<br />
manterem a liderança econômica na região.<br />
PENSE NISSO:<br />
1. Ao mesmo tempo em que a economia mundial se<br />
globaliza, os países se organizam em Blocos Econômicos<br />
regionais. Fica a dúvida: essa regionalização em Blocos<br />
Econômicos contraria, ou melhor, contradiz o processo de<br />
Globalização pelo qual estamos passando?<br />
2. Esses Blocos Econômicos que fortalecem os mercados<br />
regionais são uma forma de resistência a Globalização ou<br />
servem apenas para fortalecer os países Centrais?<br />
A União Europeia<br />
A Europa agora quer ser um só país. Fronteiras milenares<br />
foram abolidas.<br />
Irlanda, Grã-Bretanha, Luxemburgo, Dinamarca, Suécia,<br />
Finlândia, Grécia, Itália, Áustria, Alemanha, Holanda,<br />
Bélgica, França, Espanha, Portugal... São mais de 15 países<br />
juntos, 370 milhões de habitantes, 17 moedas, 21 idiomas,<br />
um PIB (Produto Interno Bruto) de mais de 8 trilhões de<br />
dólares.<br />
O objetivo é criar uma potência econômica capaz de<br />
enfrentar a competição internacional. É a corrida do "Velho<br />
Continente" para o futuro. De todos os blocos que estão se<br />
constituindo atualmente, a União Europeia adotou a forma<br />
considerada a mais avançada. Os países não têm mais<br />
fronteiras propriamente dita, apenas formam um bloco<br />
supranacional. Teoricamente, seus habitantes não são mais<br />
franceses, ingleses, suecos ou portugueses, são cidadãos<br />
europeus.<br />
A primeira etapa dessa união se deu com a criação do<br />
Benelux, que estabelecia o livre comércio entre os países<br />
baixos (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) tornando-os uma<br />
unidade econômica. Em 1957, pelo Tratado de Roma, foi<br />
criado o Mercado Comum Europeu. De lá pra cá foram<br />
muitas as mudanças. A Comunidade Europeia cresceu,
passou de 6 para 15 países, de um grande mercado virou<br />
União Europeia.<br />
Vivendo a necessidade de novos investimentos, de<br />
encontrar novas forças para enfrentar a acirrada<br />
competição com o Japão, o Sudeste Asiático e os Estados<br />
Unidos, a agora chamada Comunidade Econômica<br />
Europeia aceita a entrada da Grécia, em 1981, e mais tarde<br />
a de Portugal e Espanha, em 1986. A pesar da economia<br />
desses países ser muito menos avançadas que a dos outros<br />
membros, eles representavam alternativas de mercados.<br />
Em 1991, é assinado o Tratado de Maastricht que<br />
estabelece políticas externas de defesa comuns, além de<br />
uma moeda única, o Euro. "Em 62 páginas o Tratado de<br />
Maastricht lança as bases dos ‘Estados Unidos da<br />
Europa’. Com isso você tem uma moeda única para<br />
toda a Europa, e um só embaixador e um só comando<br />
militar para os países da comunidade".<br />
Além da unidade econômica o tratado quer estabelecer uma<br />
unidade política e diplomática. Mas nem todos os países<br />
estão preparados para a moeda única, por exemplo.<br />
Algumas metas difíceis têm que ser cumpridas para que<br />
isso ocorra.<br />
Veja o que é preciso para cada países adotar o Euro:<br />
· Manter baixa a inflação;<br />
· Reduzir as taxas de juros;<br />
· Controlar o déficit público, não pode ultrapassar 3% do<br />
PIB;<br />
· Segurar a dívida pública tem de ficar abaixo 60% do PIB.<br />
As reformas e ajustes na economia avançam em todo vapor<br />
para que os países da União Europeia garantam a<br />
competitividade, ganhem novos mercados e se fortaleçam<br />
diante dos americanos e japoneses. A adoção da nova<br />
moeda é facultativa, mas em todos os idiomas parece que<br />
o Euro é o único caminho!<br />
Cumprir as metas da unificação pode gerar medidas de<br />
recessão e desemprego. Hoje a Europa tem 18 milhões de<br />
desempregados, em cada grupo de 10 pessoas em idade<br />
para trabalhar, uma está sem emprego. A cada mês a fila<br />
em busca de emprego cresce em toda a Europa. Países<br />
como a Alemanha e a França batem recordes de<br />
desemprego. Na França, 25% dos jovens com menos de 27<br />
anos não conseguem entrar no mercado de trabalho. A<br />
Espanha é recordista, o índice de desemprego chega a<br />
quase 20%, e em todas as pesquisas o desemprego aparece<br />
como a principal preocupação do cidadão europeu. O<br />
governo paga caro a conta do desemprego. Quem está fora<br />
do mercado de trabalho deixa de pagar impostos, mas,<br />
recebe um salário desemprego e tem assistência social<br />
garantida. A cada novo recorde de desemprego, a conta do<br />
estado aumenta mais. Na pressa para ajustar as economias,<br />
e lançar o Euro, os países adotaram políticas fiscais ainda<br />
mais firmes, o que acabou aumentando o número de<br />
desempregados.<br />
Em 1995 a Comunidade Econômica Europeia passa a se<br />
chamar União Europeia. Áustria, Finlândia e Suécia se<br />
unem ao grupo, formando a então chamada a Europa dos<br />
15. Mas a euforia com a livre circulação de mercadorias,<br />
capitais e cidadãos provoca também sérios problemas. Por<br />
sua força econômica essa Nova Europa tem sido um foco<br />
de atração para muitos migrantes que buscam empregos no<br />
continente. Esses imigrantes vêm principalmente dos<br />
países do Leste Europeu que estão sofrendo grandes<br />
transformações, passando de uma economia socialista para<br />
uma economia de mercado. Jovens desempregados<br />
imigram dos países Periféricos, principalmente do norte da<br />
África e do Oriente Médio em busca de melhores<br />
oportunidades, fazendo do rico mundo europeu uma<br />
verdadeira Meca dos Pobres. A competição pelo mercado<br />
de trabalho entre os estrangeiros e os cidadãos europeus<br />
provocou um fortalecimento dos movimentos Neonazistas,<br />
aumentando a xenofobia da população.<br />
Numa época de intensa Globalização, em que o mercado é<br />
mundial e ultrapassa as fronteiras nacionais, explodem<br />
conflitos nacionalistas envolvendo minorias. Na Irlanda do<br />
Norte existe o conflito entre a minoria católica que quer seu<br />
país independente do Reino Unido e a maioria protestante<br />
que não quer viver numa grande Irlanda unificada, onde<br />
seria minoria. Na Espanha o país Basco, região autônoma<br />
ao norte, quer formar um estado independente que tomaria<br />
até parte do território francês. Assim como na Irlanda há<br />
organizações terroristas envolvidas, o que trás<br />
instabilidade e insegurança a Europa Unificada.<br />
Vimos que a unificação política e econômica da Europa<br />
não livrará o velho continente de seus problemas. Vimos<br />
como é difícil construir um paraíso econômico num mundo<br />
com tão graves contradições.<br />
193
DICAS: UNIÃO EUROPÉIA:<br />
O aprofundamento das relações entre os países europeus<br />
reduz a necessidade de importação no continente, mas a EU<br />
e o Brasil já assinaram vários acordos de cooperação, e o<br />
Brasil exporta inúmeros produtos para os países do grupo<br />
com tarifas reduzidas. Os maiores compradores são a<br />
Alemanha, os Países Baixos, a Itália, França, Reino Unido<br />
e a Bélgica.<br />
Xenofobia: horror a tudo que é estrangeiro.<br />
Livros:<br />
· <strong>Geografia</strong> dos continentes – Europa de Hélio<br />
Carlos Garcia e Tito Márcio Garavello.<br />
· O mundo contemporâneo – Relações<br />
internacionais de1945 a 2000 de Demétrio Magnoli.<br />
"Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, o<br />
inventamos para dissimular nossa política de entrada<br />
econômica nos outros países." John Kenneth Galbraith, um<br />
dos maiores economistas do século XX.<br />
194
MERCOSUL-Criação<br />
O Mercado Comum do Sul ( Mercosul ) foi criado em<br />
26/03/1991 com a assinatura do Tratado de Assunção no<br />
Paraguai. Os membros deste importante bloco<br />
econômico do América são os seguintes países<br />
: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A aprovação da<br />
entrada da Venezuela está na dependência de aprovação do<br />
Congresso Nacional do Paraguai, pois os congressos<br />
nacionais do Brasil, Argentina e Uruguai já aprovaram a<br />
entrada da Venezuela no Mercosul.<br />
Embora tenha sido criado apenas em 1991, os<br />
esboços deste acordo datam da década de 1980, quando<br />
Brasil e Argentina assinaram vários acordos comerciais<br />
com o objetivo de integração. Chile, Equador colômbia,<br />
Peru e Bolívia poderão entrar neste bloco econômico, pois<br />
assinaram tratados comerciais e já estão organizando suas<br />
economias para tanto. Participam até o momento como<br />
países associados ao Mercosul.<br />
Na área agrícola também ocorrem dificuldades de<br />
integração, pois os argentinos alegam que o governo<br />
brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta<br />
forma, o produto chegaria ao mercado argentino a um<br />
preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o<br />
comércio argentino.<br />
Em 1999, o Brasil recorreu à OMC<br />
( Organização Mundial do Comércio ), pois a Argentina<br />
estabeleceu barreiras aos tecidos de algodão e lã<br />
produzidos no Brasil. No mesmo ano, a Argentina começa<br />
a exigir selo de qualidade nos calçados vindos do Brasil.<br />
Esta medida visava prejudicar a entrada de calçados<br />
brasileiros no mercado argentino.<br />
Estas dificuldades estão sendo discutidas e os<br />
governos estão caminhando e negociando no sentido de<br />
superar barreiras e fazer com que o bloco econômico<br />
funcione plenamente.<br />
Bandeira do Mercosul<br />
Etapas e avanços<br />
No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio<br />
entre os países membros. A partir deste ano, cerca de 90%<br />
das mercadorias produzidas nos países membros podem ser<br />
comercializadas sem tarifas comerciais. Alguns produtos<br />
não entraram neste acordo e possuem tarifação especial por<br />
serem considerados estratégicos ou por aguardarem<br />
legislação comercial específica.<br />
Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido<br />
de integração econômica entre os países membros.<br />
Estabelece-se um plano de uniformização de taxas de juros,<br />
índice de déficit e taxas de inflação. Futuramente, há<br />
planos para a adoção de uma moeda única, a exemplo do<br />
fez o Mercado Comum Europeu.<br />
Atualmente, os países do Mercosul juntos concentram uma<br />
população estimada em 311 milhões de habitantes e<br />
um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente 2<br />
trilhões de dólares.<br />
Os conflitos comerciais entre Brasil e Argentina<br />
As duas maiores economias do Mercosul enfrentam<br />
algumas dificuldades nas relações comerciais. A Argentina<br />
está impondo algumas barreiras no setor automobilístico e<br />
da linha branca ( geladeiras, micro-ondas, fogões ), pois a<br />
livre entrada dos produtos brasileiros está dificultando o<br />
crescimento destes setores na Argentina.<br />
Conclusão<br />
Espera-se que o Mercosul supere suas dificuldades e<br />
comece a funcionar plenamente e possibilite a entrada de<br />
novos parceiros da América do Sul. Esta integração<br />
econômica, bem sucedida, aumentaria o desenvolvimento<br />
econômico nos países membros, além de facilitar as<br />
relações comerciais entre o Mercosul e outros blocos<br />
econômicos, como o NAFTA e a União Europeia.<br />
Economistas renomados afirmam que, muito em breve,<br />
dentro desta economia globalizada as relações comerciais<br />
não mais acontecerão entre países, mas sim entre blocos<br />
econômicos. Participar de um bloco econômico forte será<br />
de extrema importância para o Brasil.<br />
195
EXERCÍCIOS<br />
1) As formas dos continentes e dos países se encontram<br />
modificadas devido às deformações dos ângulos das<br />
coordenadas.<br />
2) As massas continentais e oceânicas são representadas<br />
em escala uniforme, conservando as proporções entre as<br />
distâncias.<br />
3) As áreas de um país ou de um continente assumem o<br />
tamanho proporcional ao dado que se quer representar.<br />
4) As áreas da Terra conservam o tamanho<br />
proporcionalmente correto, valorizando o mundo<br />
subdesenvolvido.<br />
5) As distorções na forma, na superfície ou na distância dos<br />
elementos apresentados são pequenas, possibilitando a<br />
representação total da Terra.<br />
246 - Com base na análise do mapa e dos conhecimentos 248 -<br />
sobre localização e fusos horários, pode-se afirmar:<br />
01) O Brasil localiza-se totalmente na zona tropical do<br />
globo e limita-se com todos os países da América do Sul.<br />
02) A Indonésia se situa em baixas longitudes, daí a<br />
ocorrência de clima com elevada pluviosidade e baixa<br />
temperatura.<br />
03) As horas se apresentam com acréscimo de Salvador<br />
para Rio Branco, em virtude da rotação Terra ser<br />
realizada no sentido anti-horário.<br />
04) As áreas localizadas ao longo um mesmo meridiano<br />
possuem a mesma longitude e a mesma hora.<br />
05) O de verão é uma prática realizada por locais<br />
que enfrentam crises energéticas, por isso os relógios<br />
devem ser atrasados em uma hora, em relação à hora local<br />
vigente na localidade.<br />
O gráfico apresenta a descarga fluvial de um rio brasileiro.<br />
A partir de sua análise e dos conhecimentos sobre a relação<br />
entre hidrografia, relevo e clima, no Brasil, é correto<br />
247-<br />
afirmar que esse rio<br />
01) é perene, o que dificulta a instalação de hidrelétricas.<br />
02) apresenta foz em delta, por percorrer áreas de relevo<br />
elevado e acidentado.<br />
03) tem regime intermitente, devido à estiagem que se<br />
verifica no meio do ano.<br />
04) possui drenagem exorréica, permitindo o transporte<br />
fluvial e fornecendo a piscicultura.<br />
05) possui regime pluvial tropical, com cheia no verão e<br />
vazante no inverno.<br />
Sobre o tipo de mapa apresentado, é correto afirmar:<br />
249 -<br />
01) A floresta de conífera, por se tratar de uma formação<br />
homogênea e de difícil reflorestamento, constitui área de<br />
preservação permanente.<br />
02) Os manguezais, áreas situadas em regiões tropicais<br />
alagadas pelas marés, têm sido alvo de degradação, e a<br />
vida encontra-se comprometida pelo aumento das<br />
atividades humanas.<br />
03) As matas várzeas estão totalmente devastadas, em<br />
consequência da exploração predatória dos minérios,<br />
abundantes nesses espaços.<br />
04) A tundra, situada ao redor dos polos norte e sul, não<br />
conta com presença humana, permanecendo, até os dias<br />
atuais, intocável e seu ambiente inalterado.<br />
05) A caatinga, ambiente de clima árido, vem sofrendo<br />
degradação, decorrente da exploração mineral em larga<br />
escala.<br />
A observação do mapa e os conhecimentos sobre as<br />
regiões desérticas e as áreas em risco de desertificação do<br />
globo permitem afirmar:<br />
01) A corrente marítima de Humboldt é um dos fatores<br />
responsáveis pela formação do deserto de Atacama.<br />
02) Os desertos, de modo geral, apresentam pequena<br />
amplitude térmica diária e anual, devido aos baixos índices<br />
pluviométricos registrados.<br />
03) Os solos dos desertos, geralmente, são pobres em sais<br />
minerais, o que intensifica a desertificação nas áreas<br />
circunvizinhas.<br />
04) O Deserto de Gobi é frio, razão pela qual as chuvas são<br />
mais duradouras e a vegetação, aciculifoliada.<br />
05) As dunas, paisagem dominante do relevo nos desertos<br />
quentes, resultam do trabalho permanente de erosão eólica.<br />
Fontes: Manual global de ecologia. São Paulo, Augustus, 1993. p. 78; e Os caminhos<br />
da Terra. São Paulo, Azul, ano 4, n. 3, set. 1996. p. 42 e 43.<br />
251 -<br />
Com base na análise dos perfis de solo, característicos de<br />
alguns domínios morfoclimáticos brasileiros, e nos<br />
conhecimentos a respeito das inter-relações entre solo,<br />
clima, relevo e vegetação, é correto afirmar:<br />
196<br />
250 - Ecossistema é o conjunto de seres vivos e de fatores<br />
ambientais de determinada área que interagem em<br />
equilíbrio, realizando trocas de<br />
energia e de matéria. As florestas, a caatinga, a tundra, os<br />
cerrados, os rios, os oceanos, os lagos e até um tronco de<br />
árvore podre são<br />
exemplos de ecossistemas. A soma de todos os<br />
ecossistemas existentes na Terra forma a biosfera.<br />
(AMORIM; Terra, 2004, p. 163)<br />
Sobre os ecossistemas, sua destruição e preservação, podese<br />
afirmar:<br />
01) O perfil A é característico das chapadas recobertas por<br />
cerrados e são solos ácidos e laterizados, devido à<br />
alternância entre a estação chuvosa e seca.<br />
02) O perfil B corresponde ao latossolo amazônico, que é<br />
raso, argiloso e sujeito à erosão laminar, em consequência<br />
da elevada pluviosidade.<br />
03) O perfil C pertence ao domínio da caatinga, cujo solo<br />
aluvial foi originado do intemperismo físico resultante das<br />
variações térmicas.<br />
04) Os perfis B e C correspondem aos solos vulcânicos dos<br />
domínios morfoclimáticos subtropicais, são férteis e não<br />
apresentam o horizonte B.<br />
05) Os perfis A, B e C ocorrem nas faixas de transição,<br />
onde o relevo inclinado propicia uma vegetação complexa<br />
e exuberante.
252 - A sua importância mundial faz com que<br />
frequentemente surjam propostas de se limitar a soberania<br />
do Brasil e de países vizinhos sobre a região, com o<br />
argumento de que os governos locais não conseguem<br />
preservá-la. (RIQUEZA... 2007, p. 122).<br />
O texto se refere<br />
01) ao complexo do Pantanal, que ocorre em região de<br />
clima úmido e enfrenta problemas, como desmatamento,<br />
em decorrência do avanço horizontal das cidades.<br />
02) à Mata dos Cocais, típica de clima semiárido, que vem<br />
sendo destruída, apesar de ser considerada um dos<br />
santuários ecológicos mais ricos do planeta.<br />
03) à Mata Atlântica, vegetação de clima tropical típico,<br />
que sofre influência da massa tropical continental durante<br />
todo o ano, o que facilita o desenvolvimento de uma<br />
vegetação hidrófila e exuberante.<br />
04) à Floresta Amazônica, formação vegetal higrófila e<br />
latifoliada, típica de clima equatorial, que vem sofrendo,<br />
nas últimas décadas, intenso processo de degradação<br />
ambiental, em virtude, dentre outros fatores, da atividade<br />
madeireira e da implantação de projetos agrícolas e<br />
minerais.<br />
05) à Mata de Araucária, encontrada em região de clima<br />
subtropical semiúmido, que é homogênea e muito<br />
devastada, economicamente, pelas indústrias<br />
farmacêuticas do mundo.<br />
253 –<br />
Com base nas duas pirâmides etárias sobrepostas<br />
e nos conhecimentos sobre a estrutura e o crescimento da<br />
população brasileira, é correto afirmar:<br />
01) A expectativa média de vida é a mesma em todas as<br />
macrorregiões brasileiras.<br />
02) O crescimento vegetativo tende a diminuir, à medida<br />
que a mortalidade decresce.<br />
03) A proporção de idosos cresce, em decorrência da queda<br />
da fecundidade e da mortalidade infantil.<br />
04) A política demográfica populacionista, adotada<br />
recentemente, deverá ser responsável pelo estreitamento da<br />
base da pirâmide etária de 2040.<br />
05) A expectativa de vida do homem é menor que a das<br />
mulheres, pois eles são mais sujeitos a doenças e mais<br />
atingidos pela violência.<br />
254 -<br />
A partir da análise do quadro, aliada aos conhecimentos<br />
acerca da distribuição e dos movimentos migratórios da<br />
população brasileira, é correto afirmar:<br />
01) A região Nordeste apresenta a mais baixa densidade<br />
demográfica do país, em razão dos constantes fluxos<br />
migratórios para outras regiões.<br />
02) A região Norte, embora possua a maior área territorial,<br />
é a menos populosa, em virtude da fraca imigração.<br />
03) O Sudeste, além de ser a região mais populosa e<br />
povoada, ainda se mantém como principal destino dos<br />
movimentos migratórios do país.<br />
04) A intensificação da transumância no Centro-Oeste é<br />
responsável pela última colocação da região, em<br />
contingente total de habitantes.<br />
05) O Sul foi a região que apresentou as maiores taxas de<br />
crescimento populacional nas últimas décadas, em<br />
consequência do fraco êxodo rural.<br />
255 - Nas últimas décadas do século XX, ao mesmo tempo<br />
em que se intensificava o processo de globalização,<br />
197
ampliavam-se os conflitos étnico- nacionalistas, muitos<br />
deles relacionados a movimentos separatistas. A ampliação<br />
desses conflitos revela uma situação aparentemente<br />
contraditória, pois, ao mesmo tempo em que a reprodução<br />
da modernidade, em nível global, ende a homogeneizar<br />
hábitos por meio de consumo e da indústria cultural, e<br />
integrar mercados por meio das organizações<br />
supranacionais, diversos povos lutam por sua autonomia,<br />
fragmentando o mundo num número cada vez maior de<br />
países. (LUCCI, 2003, p. 229)<br />
Sobre os conflitos mundiais, é correto afirmar:<br />
01) Os conflitos entre judeus e palestinos começaram a<br />
partir da Segunda Guerra Mundial, quando a ONU criou o<br />
Estado de Israel.<br />
02) Os conflitos armados promovidos pelo ETA se<br />
intensificaram com os atentados terroristas em Madri.<br />
03) Os conflitos internos no continente africano são sempre<br />
motivados por rivalidades políticas e religiosas.<br />
04) A Chechênia obteve sua independência da Federação<br />
Russa, motivo pelo qual cessaram os conflitos na região.<br />
05) O IRA abandonou a luta armada e destruiu todo o seu<br />
arsenal, mas mantém sua luta por meios políticos.<br />
256 - Sobre o processo de urbanização mundial, é correto<br />
afirmar:<br />
01) A violência e a criminalidade são problemas exclusivos<br />
das grandes cidades dos países subdesenvolvidos e as<br />
favelas estão presentes nas paisagens de todos os países.<br />
02) O fenômeno da urbanização se expandiu por todo o<br />
globo, não havendo mais países com predomínio de<br />
população rural.<br />
03) O processo de conurbação resulta da fusão de dois ou<br />
mais bairros vizinhos, formando um só conjunto urbano.<br />
04) Os países subdesenvolvidos abrigam mais da metade<br />
das maiores aglomerações urbanas do Planeta, com mais<br />
de 10 milhões de habitantes.<br />
05) A estrutura fundiária é o fator responsável pela lenta<br />
urbanização dos países subdesenvolvidos.<br />
257 - Apesar da força do agronegócio, o setor enfrenta<br />
dificuldades. O primeiro semestre de 2006 foi marcado por<br />
protestos de agricultores, que bloquearam rodovias em<br />
várias partes do país.<br />
Em junho, no meio da crise, o ministro da agricultura,<br />
Roberto Rodrigues, pediu demissão. (ATUALIDADES<br />
VESTIBULAR, 2007, p. 140)<br />
Sobre o agronegócio, no Brasil, é correto afirmar:<br />
01) O agronegócio inclui, apenas, a agricultura de grãos e<br />
a pecuária leiteira.<br />
02) A soja e o algodão são as duas culturas legalmente<br />
transgênicas, sendo que o Rio Grande do Sul domina a<br />
produção e a exportação da soja transgênica.<br />
03) A legislação brasileira não permite o cultivo de<br />
transgênicos no Nordeste, em virtude das condições<br />
climáticas desfavoráveis.<br />
04) O trigo, principal produto agrícola na pauta de<br />
exportação, tem tido sua área de cultivo substituída por<br />
culturas menos rentáveis.<br />
05) O país perdeu liderança na produção e na exportação<br />
do café, devido ao protecionismo dado pelo governo norteamericano<br />
aos seus produtores.<br />
258 - Sobre o processo de industrialização, no Brasil e no<br />
mundo, pode-se afirmar:<br />
01) A implantação do Mercosul contribuiu para a<br />
descentralização industrial no Brasil, com a instalação de<br />
indústrias nos estados da Região Sul e no Mato Grosso do<br />
Sul.<br />
02) Os tecnopólos surgiram na Itália, localizam-se próximo<br />
ao litoral e contam com o apoio financeiro de empresas<br />
privadas.<br />
03) O PIB industrial brasileiro vem crescendo rapidamente<br />
nos últimos anos, graças ao alto valor agregado dos<br />
manufaturados exportados pelo país.<br />
04) A mobilidade espacial das indústrias de bens de<br />
consumo, no mundo atual, está condicionada à<br />
proximidade das matérias-primas<br />
05) A costa oeste norte-americana, voltada para o Pacífico,<br />
é a maior, a mais diversificada e a mais antiga área<br />
industrial dos EUA.<br />
259 - Os conhecimentos sobre fontes de energia, no Brasil<br />
e no mundo, permitem afirmar:<br />
198
01) As termelétricas convencionais são responsáveis pela<br />
produção da maior parte da eletricidade utilizada no Brasil.<br />
02) A vantagem do uso das fontes de energia alternativas<br />
deve-se ao fato de elas serem abundantes em todos os<br />
continentes.<br />
03) A hidrelétrica é a forma mais econômica e limpa para<br />
produzir eletricidade, razão pela qual é a fonte de energia<br />
mais utilizada no mundo atual.<br />
04) A biomassa, apesar de ser considerada uma fonte de<br />
energia alternativa e barata, resulta na emissão, em grande<br />
escala, de gás carbônico e metano.<br />
05) O Brasil continua dependente da importação de<br />
derivados do petróleo, pois ainda não é capaz de refinar<br />
todo o óleo que produz.<br />
05) Os esquemas protecionistas são comuns no comércio<br />
globalizado, razão pela qual as megacorporações privadas<br />
perdem força para os estados-nações.<br />
261 - Na atual fase do capitalismo, as características<br />
correspondentes à prática econômica, ao papel do Estado e<br />
à organização do trabalho são, respectivamente,<br />
01) liberalismo econômico, intervenção econômica e<br />
taylorismo.<br />
02) neoliberalismo, desregulamentação e taylorismo.<br />
03) imperialismo, livre iniciativa e fordismo.<br />
04) neocolonialismo, defesa da propriedade e produção<br />
padronizada.<br />
05) mercantilismo, regulação da economia e artesanal.<br />
260 –<br />
262 –<br />
Os conhecimentos sobre a União Europeia permitem<br />
afirmar:<br />
O gráfico reúne eixo com referências diferentes. Os dados<br />
do mercado mundial relacionam-se ao eixo da esquerda e,<br />
os do Brasil, valores relativos ao eixo da direita.<br />
A análise do gráfico e os conhecimentos sobre o comércio<br />
mundial e brasileiro permitem afirmar:<br />
01) A participação do Brasil, no comércio internacional,<br />
continua muito reduzida, apesar das exportações de<br />
manufaturados.<br />
02) A Argentina, por fazer parte do Mercosul, é o principal<br />
parceiro comercial do Brasil, o que torna a balança<br />
comercial brasileira muito dependente daquele mercado.<br />
03) Os países em desenvolvimento concentram as receitas<br />
de suas exportações em manufaturados de alta tecnologia e<br />
de muito valor agregado.<br />
04) Os produtos agrícolas representam mais da metade das<br />
mercadorias comercializadas no mundo.<br />
01) Os países-membros da União Europeia apresentam os<br />
mais elevados índices de desenvolvimento humano e os<br />
mais baixos níveis de desemprego estrutural do Globo.<br />
02) A Alemanha, a França e a Itália não adotaram o Euro e,<br />
por isso, apresentam menor desempenho econômico que o<br />
Reino Unido. 03) Os únicos países-membros da União<br />
Europeia que fazem parte da zona do Euro são a Suécia, a<br />
Dinamarca e a Inglaterra.<br />
04) O PIB, por habitantes, dos países ex-comunistas que<br />
ingressaram nesse bloco, está abaixo da média da União<br />
Europeia.<br />
05) A União Europeia é uma zona de livre comércio que<br />
visa, exclusivamente, à redução de tarifas aduaneiras entre<br />
os países-membros do Bloco.<br />
263 - O anúncio de que o país domina a tecnologia de<br />
enriquecimento do urânio faz crescer a preocupação dos<br />
EUA e da União Europeia quanto ao programa nuclear. O<br />
199
governo garante que o objetivo do programa é pacífico e<br />
visa à geração de energia, mas o temor é que haja planos<br />
de fabricar bombas atômicas. A ONU deu prazo até 28 de<br />
abril de 2006 para que o país suspendesse suas atividades<br />
de enriquecimento de urânio, mas isso não foi aceito. Em<br />
1 de junho, as principais potências fecharam proposta de<br />
ajuda ao governo em troca da interrupção do programa<br />
nuclear. (ATUALIDADES VESTIBULAR, 2007, p. 43)<br />
O texto acima se refere<br />
01) à Coréia do Sul.<br />
02) ao Paquistão.<br />
03) ao Irã.<br />
04) à Índia.<br />
05) a Israel.<br />
03) A queima de combustíveis fósseis pelas indústrias e<br />
pelos veículos poluem e aquecem a atmosfera, provocando<br />
o fenômeno da inversão térmica, responsável pelas doenças<br />
alérgicas do aparelho respiratório.<br />
04) As atividades mineradoras comprometem<br />
ecossistemas terrestres e aquáticos e poluem o ar, além de<br />
desestruturarem a economia baseada no extrativismo.<br />
05) Os desmatamentos das zonas periféricas da mancha<br />
urbana contribuem para a formação das ilhas de calor, pois<br />
a temperatura aumenta nessas áreas desmatadas.<br />
266 –<br />
264 - O anúncio de que o país domina a tecnologia de<br />
enriquecimento do urânio faz crescer a preocupação dos<br />
EUA e da União Européia quanto ao programa nuclear. O<br />
governo garante que o objetivo do programa é pacífico e<br />
visa à geração de energia, mas o temor é que haja planos<br />
de fabricar bombas atômicas. A ONU deu prazo até 28 de<br />
abril de 2006 para que o país suspendesse suas atividades<br />
de enriquecimento de urânio, mas isso não foi aceito. Em<br />
1 de junho, as principais potências fecharam proposta de<br />
ajuda ao governo em troca da interrupção do programa<br />
nuclear. (ATUALIDADES VESTIBULAR, 2007, p. 43)<br />
O texto acima se refere<br />
200<br />
01) à Coréia do Sul.<br />
02) ao Paquistão.<br />
03) ao Irã.<br />
04) à Índia.<br />
05) a Israel.<br />
265 - Com o capitalismo industrial, o consumo e a<br />
exploração dos recursos naturais aumentaram muito, o que<br />
vem ocasionando alterações no espaço geográfico.<br />
Sobre o assunto, pode-se afirmar:<br />
01) O assoreamento do leito dos rios é o único impacto<br />
decorrente da construção de hidrovias, em rios navegáveis.<br />
02) A prática contínua da queimada produz a cinza, que<br />
neutraliza a acidez do solo, deixando-o fértil e as partículas<br />
de pó e o vapor d’água contribuem para a formação da<br />
chuva ácida.<br />
Com base no mapa e nos conhecimentos sobre a Região<br />
Nordeste, pode-se afirmar:<br />
01) O Sertão nordestino ocupa uma extensa área de clima<br />
semiárido, onde o rio São Francisco é o mais importante<br />
curso de água permanente.<br />
02) O Agreste se caracteriza pela predominância da<br />
agricultura de plantation e da pecuária de corte, ambas<br />
voltadas para o abastecimento da Zona da Mata.<br />
03) A Zona da Mata é a porção do Nordeste que apresenta<br />
a melhor distribuição de renda, as menores taxas de<br />
desemprego e o menor número de favelas.<br />
04) O Meio-Norte, formado pelos estados de mais altos<br />
índices de desenvolvimento humano, constitui uma área de<br />
transição entre o Sertão e a Zona da Mata.<br />
05) As sub-regiões nordestinas se apresentam uniformes,<br />
tanto do ponto de vista natural quanto socioeconômico.
Em 1967, o mundo estava dividido entre capitalistas e<br />
socialistas e, atrás de suas muralhas milenares, a China era<br />
uma das mais atrasadas e fechadas economias do mundo.<br />
Em 1967, o homem ainda se preparava para pisar pela<br />
primeira vez na Lua. Ao chegar lá, dois anos depois, a<br />
Apolo 11 tinha capacidade de armazenamento de<br />
informações equivalente a um chip usado em cartões de<br />
crédito. Em 1967,a Índia era só um país exótico com seus<br />
gurus e uma espiritualidade que começa a encantar o<br />
Ocidente. Em 1967, como era possível! O Google não<br />
existia! (EM 1967..., 2007, p. 40).<br />
267 - A divisão do mundo em países socialistas e<br />
capitalistas, referida no texto, caracterizou um período<br />
denominado de<br />
01) Pax Americana.<br />
02) Era Marshall.<br />
03) Cortina de Ferro.<br />
04) Guerra Fria.<br />
05) Era da globalização.<br />
268 - Em 2007, quarenta anos depois da época citada no<br />
texto, a China é considerada a quarta economia do planeta,<br />
ficando atrás, apenas, dos Estados Unidos, do Japão e da<br />
Alemanha. Hoje, o país é um dos maiores exportadores do<br />
globo e interfere nos preços das economias mundiais.<br />
O salto da economia chinesa deve-se, dentre de outros<br />
fatores, à<br />
01) rápida passagem da economia rural para uma economia<br />
urbana.<br />
02) concentração de mão-de-obra com alto índice de<br />
qualificação.<br />
03) criação das Zonas Econômicas Especiais.<br />
04) adoção da democracia e de uma economia mercado.<br />
05) grande oferta de energia e abundância de matéria-prima<br />
agrícola.<br />
03) as inversões térmicas.<br />
04) as monções asiáticas.<br />
05) o efeito estufa e a desertificação.<br />
270 - Ao ser lançada no espaço, a nave Apolo 11 teve<br />
contato com a primeira camada da atmosfera, rica em<br />
nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e outros gases.<br />
A essa camada dá-se o nome de<br />
01) Ionosfera.<br />
02) Exosfera.<br />
03) Mesosfera.<br />
04) Estratosfera.<br />
05) Troposfera.<br />
O rio da integração nacional é também o rio da<br />
discórdia, quando o assunto é transposição do rio São<br />
Francisco. Numa das margens, o governo afirma que a<br />
decisão política que foi tomada é irreversível e que as obras<br />
vão prosseguir. Na margem oposta, estão representantes de<br />
movimentos da sociedade civil, que cobram alternativas<br />
para levar água ao sertão do Nordeste. (RIO SÃO..., 2007,<br />
p. 8).<br />
271 - Sobre o rio São Francisco, as suas particularidades<br />
e o polêmico projeto de sua transposição, pode-se afirmar:<br />
01) A transposição irá beneficiar a população que vive a<br />
meridional do rio.<br />
02) Os eixos Leste e Norte, os dois grandes canais<br />
captadores, situam-se a setentrional do rio.<br />
03) Apesar de ser um dos estados beneficiados, a Bahia faz<br />
parte da oposição ao projeto.<br />
04) As cheias do rio são Francisco se concentram no<br />
inverno, devido à influência da Amazônia.<br />
05) A polêmica em torno da transposição deve-se ao fato<br />
de o rio São Francisco ser intermitente, em todo o seu<br />
curso.<br />
269 - A Índia sofre uma influência marcante de<br />
fenômenos climáticos típicos do Sudoeste da Ásia.<br />
Esses fenômenos, que interferem na economia indiana e<br />
provocam danos periódicos na região, são<br />
01) os tsunamis.<br />
02) as brisas oceânicas.<br />
272 - O rio São Francisco e o rio Nilo apresentam<br />
semelhanças, entre elas, o fato de<br />
01) serem rios de formação mista, nival e pluvial.<br />
02) nascerem no norte e rumarem para o sul.<br />
03) serem rios de planaltos, desde a nascente até à foz.<br />
04) possuírem uma foz do tipo endorréica.<br />
201
05) serem perenes em todo o seu curso, apesar de cruzar<br />
diversos ambientes climáticos.<br />
273 - A Terra não é só capital. A Terra é também a Terramãe.<br />
Camponeses e camponesas vêem nela seu espaço de<br />
trabalho e vivência, o solo para fazer os filhos e ser felizes.<br />
(A TERRA..., 2007, p. 16).<br />
Sobre a questão fundiária brasileira, é correto afirmar:<br />
01) A Lei de Terras, criada em 1850, restringiu ainda mais<br />
o acesso à terra e aumentou, consequentemente, a sua<br />
concentração.<br />
02) O Estatuto da Terra, de 1964, implantou uma reforma<br />
agrária distributiva, acabando com a grande concentração<br />
de terras no campo.<br />
03) Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores<br />
Rurais Sem Terra (MST) são denominados de grileiros,<br />
devido ao seu apego à terra.<br />
04) Os posseiros são integrantes da União Democrática<br />
Ruralista (UDR) e defendem a manutenção dos grandes<br />
latifúndios.<br />
05) Os grandes latifundiários, devido à grande<br />
concentração de suas terras, são os que mais ofertam<br />
trabalho no campo.<br />
274 - A atual fase da globalização não beneficia apenas<br />
as grandes organizações. Abre também oportunidades às<br />
pequenas, que dificilmente teriam chances de existir sem<br />
acesso aos mercados internacionais. (A ATUAL..., 2007, p.<br />
43).<br />
Sobre a globalização e os seus impactos na economia e na<br />
sociedade, é correto afirmar que ela<br />
01) fortaleceu o poder do Estado e reduziu a influência das<br />
transnacionais.<br />
02) aumentou a concorrência dos mercados, o que resultou<br />
em um maior controle inflacionário.<br />
03) manteve, sem alterar, os costumes dos povos, pois a<br />
cultura está imune às interferências externas.<br />
04) permitiu que países em desenvolvimento se<br />
especializassem na produção de bens de alta tecnologia, o<br />
que explica o seu rápido crescimento econômico.<br />
05) não modificou a antiga Divisão Internacional do<br />
Trabalho.<br />
Mart [proprietário do supermercado Bom Preço], com<br />
vendas de US$ 348 bilhões de dólares, teria o 23o PIB do<br />
planeta, posto hoje ocupado pela Arábia Saudita. (SE AS<br />
COMPANHIAS..., 2007, p. 45).<br />
Sobre as concentrações financeiras do capital e suas<br />
implicações, é correto afirmar:<br />
01) O grupo Wall Mart é especialista na venda de bens de<br />
consumo intermediários.<br />
02) As empresas estabelecem, ao se associarem e<br />
combinarem preços, uma prática denominada de cartel.<br />
03) Ao dominar uma fatia expressiva de determinado<br />
mercado, uma empresa passa a ser denominada de holding.<br />
04) A prática da fusão, que tem se disseminado pelas<br />
empresas no mundo inteiro, tem como principal objetivo<br />
aumentar a concorrência.<br />
05) O dumping é uma forma salutar de disputa de mercado,<br />
que normalmente é incentivada pelos governos, para<br />
aumentar a concorrência.<br />
276 - Esqueça os países, o poder está com as cidades. Uma<br />
nova geografia impera no planeta.<br />
Agora, são as principais cidades metrópoles que se firmam<br />
como os grandes centros de decisão e de articulação do<br />
sistema capitalista. (ESQUEÇA..., 2007, p. 57).<br />
Sobre o processo de formação das cidades e a sua evolução,<br />
é correto afirmar:<br />
01) A megalópole formada pelo Rio de Janeiro e por São<br />
Paulo é resultante da primazia da primeira em relação à<br />
segunda.<br />
02) A industrialização das metrópoles dos países<br />
emergentes é acompanhada por um ritmo igual de<br />
humanização.<br />
03) As cidades globais são caracterizadas como áreas de<br />
conurbação de metrópoles.<br />
04) A economia, nas áreas urbanizadas, gira em torno dos<br />
setores primário e secundário.<br />
05) A urbanização nos países desenvolvidos se deu de<br />
forma lenta e gradual.<br />
202<br />
275- Se as companhias fossem comparáveis a países, das<br />
cem maiores economias do mundo, cinquenta e duas<br />
seriam empresas e quarenta e oito seriam países. O Wall
277 -<br />
04) As famílias da Região Norte do país são as mais<br />
prejudicadas, em função da programação ser sempre<br />
exibida adiantada, em relação à Brasília.<br />
05) Devido à inclinação dos raios solares, que incidem todo<br />
o ano sobre grande parte do território brasileiro, apenas as<br />
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste adotam o horário de<br />
verão.<br />
278 - A Petrobras entrou no seleto rol das petrolíferas com<br />
produção de óleo superior a 2 milhões de barris por dia. A<br />
marca foi alcançada na terça-feira, dia 25 deste mês<br />
[dezembro], quando foram extraídos 2.000.238 barris de<br />
A Portaria, 264/07, publicada pelo Ministério da Justiça<br />
(MJ), regula a classificação indicativa de programas,<br />
filmes ou qualquer obra de audiovisual, exibidos pelas<br />
emissoras de televisão. Ela substitui a Portaria 796/00 e<br />
traz como principais novidades o uso de símbolos para<br />
indicar as faixas etárias e a exigência de adequar a<br />
programação ao fuso horário local. Segundo o ministério,<br />
o horário livre será das 6 às 20 horas, e o de proteção à<br />
criança e ao adolescente, das 20 às 23 horas.<br />
Com base em critérios de sexo e violência, as obras<br />
ganharão símbolos (selos) coloridos que trazem as<br />
seguintes classificações: ER (especialmente<br />
recomendado), livre e faixas etárias de 10, 12, 14, 16 e 18<br />
anos. (A PORTARIA..., 2008).<br />
As empresas de televisão têm reclamado da nova portaria,<br />
pois vai obrigá-las a adequar os horários de acordo com o<br />
fuso de cada região, o que significa que,<br />
atualmente, programas que são classificados para maiores<br />
de quatorze anos só podem ser exibidos a partir das 21:00h,<br />
quando, em determinado local, eles são exibidos as 19:00h.<br />
E, com o horário de verão, essa situação se agrava.<br />
Com base no texto, no mapa, nas informações e nos<br />
conhecimentos sobre fusos horários, é correto afirmar:<br />
01) As localidades situadas a leste do fuso de Brasília<br />
estarão, sempre, com horas mais atrasadas.<br />
02) As horas crescem latitudinalmente, quando se percorre<br />
no sentido Oeste do meridiano.<br />
03) O Brasil apresenta problemas com o fuso horário,<br />
devido<br />
ao fato de grande parte do seu território se situar em uma<br />
região extratropical.<br />
petróleo em campos nacionais. Se, por um lado, a estatal<br />
comemorou o feito, se distanciou, por outro, da meta<br />
traçada para este ano, de produzir, em média, 1,9 milhão de<br />
barris por dia. (SOARES, 2007, p. 5).<br />
Sobre o petróleo e sua produção, no Brasil, é correto<br />
afirmar:<br />
01) A maior parcela é produzida na plataforma continental<br />
da Bacia de Campos.<br />
02) É um combustível fóssil, encontrado nos escudos<br />
cristalinos.<br />
03) A produção continua bastante concentrada em terra,<br />
sendo o Estado da Bahia o segundo produtor nacional.<br />
04) A privatização da Petrobras, durante o governo de<br />
Fernando Henrique Cardoso, foi responsável pelos<br />
recordes alcançados na produção.<br />
05) Os recordes de produção permitiram que o país se<br />
tornasse membro da Organização dos Países Exportadores<br />
de Petróleo (OPEP).<br />
279 - IBGE encontra 11,4 mil pessoas com 100 anos ou<br />
mais de idade, nos municípios em que fez contagem.<br />
A contagem da população, realizada em 5.435 municípios,<br />
revelou que o número de idosos com 100 anos ou mais<br />
chega a 11.422 pessoas. Deste total, 7.950 são mulheres e<br />
3.472 são homens. Entre os 20 municípios contados pelo<br />
IBGE, que concentraram a maior quantidade de idosos com<br />
mais de um século de vida, os destaques foram as capitais<br />
de São Luís (144), seguida de Natal (118), Maceió (93) e<br />
Manaus (89). (IBGE..., 2008).<br />
A partir da análise dos dados do censo demográfico,<br />
indicados no texto, e dos conhecimentos sobre população<br />
mundial e brasileira, é correto afirmar:<br />
01) No Brasil, ainda predomina uma forte migração do<br />
campo para a cidade.<br />
203
02) O envelhecimento de uma população resulta em uma<br />
pirâmide com a base larga e o ápice estreito.<br />
03) O crescimento vegetativo acontece quando a taxa de<br />
imigração é maior do que a de emigração.<br />
04) O processo de urbanização implicou uma diminuição<br />
da fecundidade da mulher brasileira.<br />
05) Devido à elevada expectativa de vida, o Brasil possui<br />
um dos maiores IDH da América Latina, só ficando atrás<br />
do Chile e da Argentina.<br />
280 - Em 2000, o físico Luiz Pinguelli Rosa enviou carta<br />
ao então presidente Fernando Henrique Cardoso, na qual<br />
alertava sobre o risco de uma crise de suprimento [de<br />
energia]. No ano seguinte, o país teve de conviver com o<br />
apagão de 2001. Agora, o diretor da Coordenação dos<br />
Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da<br />
UFRJ, e ex-presidente da Eletrobrás na gestão Lula, entre<br />
2003 e 2004, faz o mesmo alerta: se nada for feito, vai faltar<br />
energia, o que pode ocorrer ainda neste ano. (SOARES,<br />
2008, p. 6).<br />
A justificativa para a crise energética, adotada pelo governo<br />
de Fernando Henrique Cardoso, no período anterior à<br />
época do racionamento, e que, segundo os especialistas, é<br />
também utilizada pelo governo atual, é a de que<br />
01) houve um forte crescimento da economia e a demanda<br />
por energia foi maior do que a oferta.<br />
02) o preço do barril de petróleo sofreu uma grande<br />
elevação e o país, por não ser autossuficiente, paga esse<br />
preço mais elevado.<br />
03) se verificou uma forte escassez de chuvas no país, o<br />
que resultou em uma diminuição da oferta de energia.<br />
04) a crise do fornecimento de gás com a Bolívia obrigou<br />
o governo brasileiro a adotar o racionamento.<br />
05) a falta de investimento no setor de energia nuclear e o<br />
baixo volume de recursos para a manutenção das usinas em<br />
operação provocaram esse cenário.<br />
281 - O governo brasileiro tem adotado salvaguardas para<br />
proteger a indústria nacional contra o mercado chinês.<br />
Essas medidas protecionistas estão previstas nos acordos<br />
da Organização Mundial do Comércio (OMC), e já foram<br />
aplicadas por vários países da Europa e da América Latina<br />
e pelos Estados Unidos.<br />
O governo brasileiro, ao tomar essa medida, tenta coibir<br />
01) a prática de dumping.<br />
02) a formação de cartel.<br />
03) a criação de truste.<br />
04) a instituição de oligopólios.<br />
05) o surgimento de holdings.<br />
282 - Não são poucos os obstáculos para a implementação<br />
de uma reforma urbana. Um deles é o próprio fato de que,<br />
diferentemente da reforma agrária, a urbana é, ainda [...]<br />
muito pouco conhecida. (LOPES, 2005, p. 133).<br />
Sobre as alterações nos espaços urbanos e suas<br />
implicações, é correto afirmar:<br />
01) O sítio urbano, devido ao seu aspecto histórico, não<br />
interfere na expansão da cidade.<br />
02) A macrocefalia é um fenômeno comum nas cidades de<br />
países desenvolvidos, devido ao forte processo imigratório.<br />
03) A hierarquia urbana está relacionada à importância de<br />
um bairro, em relação aos demais, e ela interfere no<br />
planejamento de uma cidade.<br />
04) O zoneamento da cidade disciplina a forma como ela<br />
deve ser ocupada e cabe ao Legislativo a elaboração das<br />
leis sobre as cidades.<br />
05) A rede urbana está diretamente vinculada aos meios de<br />
transportes e o transporte individual, historicamente,<br />
sempre recebeu mais investimentos do que o coletivo.<br />
283 - A produção de telefones celulares no país deve<br />
atingir 78 milhões de unidades em 2008, o que representa<br />
um crescimento de 18% em relação a 2007, de acordo com<br />
a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e<br />
Eletrônica). No entanto, apesar do aumento na produção,<br />
os preços não devem cair. [...] De acordo com o presidente<br />
da Anatel, Ronaldo Sardenberg, até 2014, todos os<br />
brasileiros deverão ter um aparelho celular. A estimativa é<br />
que o Brasil tenha 200 milhões de celulares em serviço, até<br />
2014. O número representa uma teledensidade (número de<br />
aparelhos em cada 100 habitantes) de 100%. Atualmente,<br />
há no país cerca de 116,3 milhões de celulares, o que<br />
significa uma densidade de 61,2 aparelhos para cada 100<br />
habitantes. (A PRODUÇÂO..., 2008).<br />
Sobre o mercado de telefonia celular, é correto afirmar:<br />
01) Apesar do crescimento do mercado de telefonia, ele<br />
ainda é fortemente cartelizado.<br />
02) O sistema de telefonia celular vem substituindo a<br />
telefonia convencional, apesar dos seus custos serem muito<br />
mais elevados, notadamente o de manutenção.<br />
204
03) A Anatel é um órgão vinculado ao Governo Federal e<br />
o sua criação está relacionada à onda de privatizações<br />
iniciada no governo Collor.<br />
04) A população de baixa renda, que na sua grande maioria,<br />
nunca teve acesso ao telefone celular, passou a desfrutar<br />
desse benefício devido ao forte subsídio dado pelo<br />
Governo nas tarifas.<br />
05) As operadoras de telefonia, apesar de concorrerem<br />
entre si, praticam preços semelhantes, criando, assim, um<br />
conglomerado.<br />
285 –<br />
284 -<br />
A estimativa do Governo Federal para a agricultura, em<br />
2008, é de uma safra recorde. Essa safra deverá diminuir a<br />
pressão inflacionária causada pelos alimentos, no último<br />
trimestre de 2007.<br />
A análise do gráfico e os conhecimentos sobre a agricultura<br />
brasileira permitem afirmar:<br />
01) O crescimento da safra é resultante do aumento do<br />
poder aquisitivo da população, pois as culturas voltadas<br />
para o mercado interno são as que mais evoluíram, nas<br />
últimas safras.<br />
02) As tecnologias empregadas no campo comprovam,<br />
cada vez mais, que os elementos naturais não interferem na<br />
produção agrícola.<br />
03) Apesar da importância dos pequenos agricultores na<br />
safra brasileira, eles são os que menos ofertam trabalho no<br />
campo.<br />
04) O aumento da produção sempre esteve relacionado ao<br />
aumento da área cultivada.<br />
05) O crescimento do agronegócio e o investimento em<br />
tecnologia justificam a previsão para 2008, apesar da<br />
diminuição da área plantada.<br />
A análise do mapa e da tabela, aliada aos conhecimentos<br />
sobre a produção cafeeira, no Brasil, possibilitam afirmar:<br />
01) A migração do café para Minas Gerais deveu-se,<br />
principalmente, à transferência dos produtores de São<br />
Paulo para esse Estado, em função da crise da Bolsa de<br />
Valores de 1929.<br />
02) A produção de café sempre teve em Minas Gerais o seu<br />
maior representante, devido à fertilidade do solo de terra<br />
roxa.<br />
03) A posição ocupada pela Bahia no cenário nacional<br />
deve-se ao clima favorável e à disponibilidade de terras.<br />
04) Os estados de Minas Gerais e Espírito Santo possuem<br />
os mesmos regimes climáticos, o que justifica o destaque<br />
alcançado por esses dois estados.<br />
05) A produção de café tem crescido no território brasileiro,<br />
devido ao incentivo fornecido pelo programa de agricultura<br />
familiar, pois os pequenos agricultores são os maiores<br />
produtores.<br />
286 - Graças ao progresso da ciência e da técnica, e à<br />
circulação acelerada de informações, geram-se as<br />
condições materiais e imateriais para aumentar a<br />
especialização do trabalho nos lugares. Cada ponto do<br />
território modernizado é chamado a oferecer aptidões<br />
específicas à produção. É uma nova divisão territorial,<br />
fundada na ocupação de áreas até então periféricas e na<br />
remodelação das regiões já ocupadas. (SANTOS;<br />
SILVEIRA, 2001, p.105).<br />
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre<br />
regionalização brasileira, é correto afirmar:<br />
01) A partir dos anos 70 do século passado, impôs-se um<br />
movimento de concentração industrial.<br />
02) A divisão territorial tornou-se mais densa e essa<br />
densidade se aprofunda, ainda mais, nas áreas já portadoras<br />
de densidades técnicas.<br />
205
03) As regiões aumentam o seu poder perante o capital,<br />
impondo os seus interesses sobre ele.<br />
04) A Região Centro-Oeste passou a ter um papel na cadeia<br />
produtiva, devido à agroindústria voltada para a produção<br />
da vinicultura.<br />
05) A Região Nordeste, devido aos fortes incentivos<br />
oferecidos pelo Governo, desbancou o Sul do país, em<br />
relação ao total da produção industrial<br />
287 - A partir dos conhecimentos sobre mapas, escalas e<br />
projeções, pode-se afirmar:<br />
01) Os mapas físicos, por representarem, sobretudo, o<br />
relevo, são os mais precisos e, portanto, Os mais utilizados<br />
pelos cartógrafos.<br />
02) A escala gráfica trabalha, exclusivamente, com a<br />
redução dos espaços representados e as escalas numéricas,<br />
corn a ampliação desses espaços.<br />
03) As projeções cônicas são utilizadas apenas para<br />
representar países localizados em baixas latitudes, devido<br />
as suas peculiaridades.<br />
04) A projeção de Peters é a única que não apresenta<br />
deformações, pois mantém as proporções da área e não<br />
deforma as medidas de ângulo.<br />
05)A projeção azimutal é adequada para representar as<br />
zonas polares, mas a projeção mais utilizada para<br />
representar as navegações aérea e marítima é a de<br />
Mercator.<br />
estrutura geológica, relevo e informações dos perfis, é<br />
correto afirmar:<br />
01) As únicas chapadas do Brasil que se apresentam como<br />
formas residuais, devido a fragilidade das rochas que as<br />
compõem, estão concentradas no perfil I.<br />
02) As bacias sedimentares cobrem urna pequena parte do<br />
território e são estruturas importantes por nelas se<br />
encontrarem jazidas de minerais metálicos.<br />
03) A estrutura assinalada por II, no relevo nordestino,<br />
corresponde a urna depressão Inter planáltica, a Depressão<br />
Sertaneja.<br />
04) A estrutura geológica e majoritariamente constituída<br />
por escudos cristalinos.<br />
05) As depressões marginais e a mais extensa planície do<br />
país estão destacadas no perfil III.<br />
289<br />
-<br />
Os dados da tabela permitem afirmar que a cidade<br />
288 –<br />
01) I está localizada no Hemisfério Norte e II, no<br />
Hemisfério Sul.<br />
02) I possui clima com temperaturas elevadas, sem estação<br />
seca e com chuvas de convecção.<br />
03) II possui clima equatorial e apresenta a menor<br />
amplitude térmica.<br />
04) III está localizada na Região Norte do Brasil, cujo<br />
clima é tropical úmido.<br />
05) possuidora de major amplitude térmica, entre as<br />
destacadas, é a que apresenta o mais alto Índice<br />
pluviométrico anual<br />
206<br />
O relevo brasileiro apresenta grande variedade<br />
morfológica. Considerando-se Os conhecimentos sobre<br />
290 - Evoluímos em direção a um mundo urbano. Já na<br />
década de 70. [século XX], Os geógrafos prognosticaram<br />
que, num futuro não muito distante, toda a superfície das<br />
terras emersas estaria urbanizada e, nesse caso, a redução<br />
drástica das áreas agrícolas e de criação obrigaria a
humanidade a explorar Os recursos do oceano para obter<br />
alimentos e matéria-prima.<br />
291 -<br />
Embora estejamos ainda distantes desse cenário assustador,<br />
é inquestionável que cada vez mais as áreas construídas<br />
ocupam os espaços existentes e desencadeiam profundas<br />
mudanças ambientais, corno desmatamento, desmonte de<br />
morros, impermeabilização do solo, distúrbios no<br />
escoamento das águas e no comportamento do clima, em<br />
escala local. (CONTI, 1998, p. 42).<br />
Com base nas informações contidas no texto, aliadas aos<br />
conhecimentos sobre clima e suas implicações e sobre<br />
urbanização, identifique as afirmativas verdadeiras.<br />
I. 0 mecanismo do clima urbano pode ser entendido se a<br />
cidade for considerada um sistema aberto por onde<br />
circulam fluxos de energia, sofrendo processos de<br />
absorção, difusão e reflexão.<br />
lI. A incidência de radiação solar é alterada pela<br />
concentração de poluentes e de micro partículas em<br />
suspensão.<br />
III. Substituição da vegetação por áreas construídas eleva<br />
o índice de albedo e, consequentemente, a superfície do<br />
solo passa reter menor quantidade de calor.<br />
IV. Quanto menor for o volume de energia armazenada no<br />
solo maior será o equilíbrio térmico da cidade..<br />
V. As enchentes do ano em curso, registradas nas regiões<br />
Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil ocorreram, unicamente,<br />
nessas áreas devido a concentração de poluentes, que<br />
estimulam a instabilidade atmosférica..<br />
A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras<br />
é a :<br />
A análise da ilustração, aliada aos conhecimentos sobre a<br />
exploração e o uso dos recursos naturais e suas<br />
consequências, permite afirmar:<br />
Os oceanos estão se tornando mais quentes e os animais<br />
estão mudando suas rotas migratórias.<br />
02) Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera, nos<br />
países centrais, apresentaram reduções expressivas, devido<br />
a atuação das ONGs internacionais.<br />
03) A explosão demográfica é a principal causa da<br />
degradação do meio ambiente.<br />
04) A água potável existente na Terra está se esgotando, e,<br />
segundo dados científicos comprovados, no próximo<br />
século, ela existirá apenas nas regiões com baixas latitudes.<br />
05) Os solos de todos os continentes estão sendo<br />
contaminados e, em urn futuro próximo, segundo os<br />
cientistas, nâo mais produção alimentos.<br />
292 –<br />
01) II e IV.<br />
02) I, II e III.<br />
03) I, IV e V<br />
04) I, Ill e IV.<br />
05) II, III e V.<br />
207
A análise do gráfico e os conhecimentos sobre a dinâmica<br />
populacional permitem concluir:<br />
01) 0 gráfico reafirma a teoria de Malthus de que a fome<br />
será inevitável no planeta, no próximo século.<br />
02) 0 crescimento da população mundial está relacionado,<br />
sobretudo, ao processo de urbanização, que intensificou o<br />
crescimento vegetativo da população.<br />
03) 0 major crescimento natural da história da humanidade<br />
se verificou na ültima década do século passado.<br />
04) 0 baixo crescimento demográfico, no século XIX, está<br />
relacionado, entre outros fatores, ao saneamento básico<br />
precário e As doenças epidêmicas e endêmicas.<br />
05) A solução para a explosão demográfica que ocorre em<br />
todos Os continentes é a implantação de um rígido controle<br />
de natalidade, já em prática no node da África.<br />
293 - Sobre o povoamento do Brasil e suas relações corn<br />
as atividades econômicas, pode-se afirmar:<br />
01) A exploração do pau-brasil foi responsável pelo<br />
"povoamento do interior do país, devido ao fato de esse<br />
vegetal ser encontrado em abundância na porção ocidental<br />
do Nordeste.<br />
02) 0 povoamento da Região Sul sempre esteve<br />
relacionado a agricultura de grãos, pois a estrutura<br />
necessária para o desenvolvimento dessa atividade exige<br />
mão de obra abundante e solos de origem vulcânica.<br />
03) Durante o período da exploração da mineração,<br />
observou-se urna intensa atividade intelectual, o<br />
crescimento da classe média e a transferência do eixo<br />
econômico do Nordeste para d Sudeste.<br />
04) A pecuária favoreceu a ocupação do litoral oriental do<br />
país. e possibilitou o desenvolvimento da Região Norte.<br />
05) 0 povoamento da Região Centro-Oeste só foi<br />
consolidado em meados do século XX, com a expansão dos<br />
cafezais.<br />
294 - Em ritmo vagaroso, os assentamentos da reforma<br />
agrária estão se processando. Devido a esse fato, a ma<br />
distribuição da terra, no Brasil, se perpetua.<br />
Um dos fatores responsáveis por essa situação está r<br />
acionado<br />
01) aos bons resultados econômicos do agronegócio.<br />
02) ao desinteresse dos 'sem-terra" em ocupar terras<br />
devolutas.<br />
03) à atuação desastrosa do MST que, ao invadir fazendas<br />
estatais, impede a democratização da posse da terra:<br />
04) ao abandono dos assentamentos, devido a distância dos<br />
centros consumidores capazes de absorver a sua produção.<br />
05) a rígida legislação fundiária, que só permite a<br />
distribuição de 'terras públicas com vocação para a<br />
produção agropecuária.<br />
295 - Sobre as atividades agrarias e os sistemas agrícolas,<br />
pode-se afirmar:<br />
01) As atividades agrárias são praticadas em todo 0 espaço<br />
geográfico mundial e são as únicas atividades<br />
invulneráveis, às oscilações do mercado.<br />
02) 0 sistema de plantation faz grande uso da biotecnologia<br />
e ocupa pouca terra e mão de obra.<br />
03) 0 sistema de jardinagem, amplamente difundido na<br />
Ásia, de monções, caracteriza-se pela utilização de pouco<br />
espaço e de mão de obra abundante. .<br />
04) A agricultura é a atividade econômica que mais<br />
emprega a PEA, nos países centrais.<br />
296 - Entre as consequências da urbanização brasileira,<br />
destaca-se o que está indicado em:<br />
01) Hipertrofia do setor secundário, devido ao aumento da<br />
mão de obra qualificada.<br />
02) Construção de grandes hidrovias, que facilitam o<br />
escoamento da produção industrial.<br />
03) Mecanização excessiva do setor primário e a ampliação<br />
do processo de metropolização.<br />
04) Ampliação da economia subterrânea e a subordinação<br />
do campo a cidade.<br />
05) Melhoria considerável da distribuição da renda e a<br />
eliminação das doenças endêmicas.<br />
297 - A Amazônia ocupa urna área tão vasta que somente a<br />
sua parte brasileira e sete vezes maior que a area da França<br />
e só a ilha de Marajó, que se encontra encaixada dentro da<br />
enorme embocadura do rio, e maior que alguns países,<br />
como a Suíça, a Holanda ou a Bélgica. (BRANCO, 1995,<br />
p. 15).<br />
208
299 –<br />
Sobre a Região Amazônica, destacada no mapa e no texto,<br />
é correto afirmar:<br />
01) 0 relevo é constituído exclusivamente por planícies<br />
formadas pela abrasão marinha, no Período Cenozoicos.<br />
02) A vegetação, na várzea, varia, desde as formações<br />
características dos manguezais ate Os igapós, que são<br />
matas peculiares a região.<br />
03) A abundância da vegetação rasteira é uma<br />
peculiaridade da Amazônica, cujo solo se assemelha a urn<br />
tapete<br />
04) A fauna é mais rica em animais herbívoros do que em<br />
devido a abundância de alimentos.<br />
05) 0 clima é o tropical típico, sujeito a atuação da MTC<br />
durante todo o ano.<br />
298 - Considerando-se os conhecimentos sobre a<br />
geopolítica é correto afirmar que,<br />
01) no Brasil, se restringe a garantir a posse da Amazônia.<br />
02) no México, o objetivo e garantir suas fronteiras na<br />
porção meridional.<br />
03) no Paraguai, consiste em povoar a fronteira com o<br />
Brasil, visando assegurar a soberania do pais.<br />
04) na Venezuela, visa promover a integração dos países<br />
andinos.<br />
05) em Cuba, e isolacionista.<br />
Estamos aquecendo e devorando a Terra. Água, carne e<br />
peixes já são consumidos em maior quantidade do que ela<br />
pode oferecer. No entanto as diversas tentativas de solução<br />
para o problema do aquecimento global e da degradação do<br />
melo ambiente tem enfrentado sérios obstáculos.<br />
Sobre essas tentativas, é correto afirmar:<br />
01) A ECO 92, realizada em São Paulo, questionou o alto<br />
consumo dos países periféricos.<br />
02) A Conferência Mundial de Copenhague apresentou 0<br />
conceito de compatibilizar crescimento econômico com<br />
equilíbrio ambiental.<br />
03) 0 Protocolo de Kyoto estabeleceu responsabilidades<br />
comuns, porém diferenciadas, entre as nações, sendo que<br />
somente os países do anexo I teriam metas de redução de<br />
emissões de poluentes a cumprir.,<br />
04) A CPO 6, realizada em Montreal, visou impedir o<br />
desmatamento da Amazônia.<br />
05) A COP 11, reunida em Bali, teve como finalidade<br />
maior impedir a exploração de petróleo nos oceanos.<br />
300 - A análise da afirmação, 'Mesmo com a distensão<br />
promovida por Barack Obama, os países da America Latina<br />
continuam divididos em relação aos Estados Unidos<br />
(NOVAS...,2010, p. 58)", aliada aos conhecimentos sobre<br />
a America Latina, permite afirmar:<br />
01) Apesar do desenvolvimento econômico da América<br />
Latina ser homogêneo, as diferenças ideológicas são<br />
gritantes.<br />
02) 0 confronta mento da América Latina com os Estados<br />
Unidos está relacionado, exclusivamente, a atuação<br />
209
predatória das multinacionais norte-americanas que atuam<br />
nessa região.<br />
03) ideologicamente, uma "onda vermelha" se estabeleceu<br />
em certas áreas do subcontinente, desde a ascensão de<br />
Hugo Chávez ao poder, na Venezuela.<br />
04) Um dos fatores da união dos governantes dos países<br />
platinos contra os Estados Unidos é a opção pela<br />
estatização das empresas privadas que operam nessa<br />
região.<br />
05) O grande contraponto latino-americano dos<br />
governantes "de esquerda" é o governo boliviano, que<br />
autorizou a construção de bases militares norte-americanas<br />
no pals.<br />
02) na Etiópia, a ação de grupos rebeldes visa a ocupação<br />
do delta do Niger.<br />
03) na Nigéria, a disputa por terras, a diversidade de etnias<br />
e o desemprego acirram as rivalidades internas.<br />
04) Chade, os conflitos são puramente de ordem<br />
ideológica.<br />
05) na Somália, a origem das disputas está na exploração<br />
de diamantes e na luta pela implantação do animismo no<br />
pals.<br />
303 –<br />
301 - Os economistas, que adoram brincar com siglas,<br />
criaram mais uma no início de 2010: Piigs. 0 termo - que<br />
remete a pigs (porcos, em inglês) — refere-se as iniciais de<br />
Portugal, Irlanda, ltália, Grécia e Espanha (Spain, em<br />
inglês). E o grupo das economias europeias mais<br />
seriamente fragilizado pela crise mundial. (0 MUNDO...,<br />
2010, p. 114).<br />
Com base nas informações contidas no texto e nos<br />
conhecimentos sobre a LIE e a crise mundial, pode-se<br />
afirmar:<br />
01) Os países destacados enfrentam os efeitos da crise com<br />
mais dificuldade que os demais, porque não fazem parte da<br />
Zona do Euro.<br />
02) A economia agrária dos Piig.s e seu isolamento<br />
comercial explicam a sua vulnerabilidade em face a crise<br />
recente.<br />
03) Os demais países-membros da UE são os Únicos do<br />
planeta que, devido a sua autossuficiência, estão saindo<br />
ilesos da crise global.<br />
04) A origem da recente crise econômica rnundial está<br />
relacionada, sobretudo, a hiperinflação nos Estados Unidos<br />
e a escassez de matéria-prima no mundo globalizado.<br />
05) A crise econômica não afetou todos os países do mesmo<br />
modo, tendo, alguns, entrado em recessão, e outros, corno<br />
os componentes do BRIC, sofrido apenas um recuo nas<br />
atividades econômicas.<br />
302 - O continente africano tem enfrentado instabilidade<br />
política e social, ao longo de sua historia. Sobre as atuais<br />
crises, conflitos e tensões que o desestabilizam, e correto<br />
afirmar que<br />
01) na província de Darfur, a origem dos conflitos está<br />
relacionada a disputa pela exploração do petróleo,<br />
abundante na região.<br />
A leitura do mapa e os conhecimentos relacionados a<br />
localização geográfica e astronômica do Brasil permitem<br />
concluir:<br />
01) 0 Estado da Bahia está localizado ao sul do Trópico de<br />
Câncer e, devido a essa localização, as chuvas são bem<br />
distribuídas na porção ocidental, as médias térmicas são<br />
mais altas na porção oriental, e mais baixas na porção<br />
setentrional.<br />
02) 0 país é banhado a leste pelo oceano Atlântico e a oeste<br />
faz fronteira com todos os países andinos.<br />
03) A localização astronômica do país. explica por que ele<br />
possui cinco fusos horários, todos localizados a leste do<br />
GMT.<br />
04) A posição geográfica do Nordeste foi responsável pela<br />
instalação de bases militares norte-americanas na região,<br />
durante a Segunda Guerra Mundial.<br />
05) 0 Brasil, por ser o Único país da América do Sul<br />
cortado pelo paralelo 00, possui as mais altas amplitudes<br />
térmica e os mais expressivos contrastes fitogeográficos do<br />
planeta<br />
304 - Considerando-se os conhecimentos sobre a<br />
agropecuária baiana, pode-se afirmar:<br />
1) Os solos bálanos são predominante mente aluviais,<br />
favoráveis a cultivos permanentes, corno o da soja.<br />
210
2) A cana-de-açúcar e um cultivo historicamente<br />
importante para a Bahia e, além de seu núcleo original, ela<br />
é cultivada no norte, no sudeste e no extremo sul do Estado.<br />
3) A produção da mandioca aumentou consideravelmente<br />
nas Ultimas décadas, devido aos elevados preços<br />
alcançados nos mercados europeus.<br />
4) A criação de bovinos apresenta uma distribuição<br />
geográfica em todo Estado, todavia a região onde ela mais<br />
se desenvolveu, de forma extensiva, foi na Chapada<br />
Diamantina.<br />
5) A criação de caprinos, em função das condições<br />
climáticas, está limitada ao Agreste.<br />
305 - Ate meados do século passado, a atividade industrial<br />
da Bahia tinha pouca importância no cenário nacional.<br />
a situação começou a se modificar<br />
01) quando a economia nacional foi integrada e a<br />
exploração e o refino do petróleo se consolidaram no<br />
Recôncavo.<br />
02) devido a desconcentração industrial que ocorreu no<br />
país, a partir da década de 30 do século passado.<br />
03) quando o Polo Petroquímico de Carnaçari, foi<br />
implantado, utilizando-se exclusivamente, o capital<br />
privado do Estado.<br />
04) a partir da criação do Centro Industrial de Aratu, na<br />
década de 50 do século passado, que tornou a Bahia<br />
autossuficiente em relação aos bens de consumo duráveis.<br />
05) desde o inicio do aproveitamento da mão de obra<br />
qualificada, abundante na região metropolitana do Estado.<br />
306 - O conhecimento sobre o Estado da Bahia e a<br />
mesorregião destacada no mapa permite afirmar:<br />
01) 0 território baiano é constituído, exclusivamente, por<br />
rochas magmáticas, o que explica a diversidade de<br />
minerais não metálicos encontrada no Estado.<br />
02) Os rios Paraguaçu, Contas e São Francisco tem seus<br />
cursos em direção a oeste, atravessam todas as zonas<br />
térmicas do Estado e possuem drenagem arreica.<br />
03) Os solos da mesorregião em destaque são podzólicos,<br />
altamente férteis e jovens, com horizontes definidos.<br />
04) Os mais baixos Índices pluviométricos são registrados<br />
na mesorregião destacada, bem como as mais altas<br />
temperaturas.<br />
05) 0 município da mesorregião ilustrada que mais se<br />
destaca em função da economia diversificada e de uma<br />
melhor infra- estrutura é Vitoria da Conquista.<br />
Três mapas da Mesorregião Centro Sul Baiano foram<br />
construídos, utilizando-se as seguintes escalas:<br />
Mapa I – 1 : 20.000<br />
Mapa II – 1 : 80.000<br />
Mapa III – 1 : 800.000<br />
307 - Com base nas informações contidas no quadro e nos<br />
conhecimentos sobre escalas e mapas, pode-se afirmar:<br />
01) O mapa I apresenta mais riquezas de detalhes que os<br />
mapas II e III.<br />
02) O mapa III utiliza a maior escala e, por isso, é mais<br />
preciso.<br />
03) As escalas utilizadas na confecção dos mapas I, II e III<br />
foram escalas gráficas.<br />
04) Os mapas I, II e III possuem as mesmas dimensões.<br />
05) As escalas utilizadas permitem o fornecimento das<br />
mesmas informações, nos três mapas.<br />
308 - Os conhecimentos sobre a estrutura geológica e o<br />
relevo brasileiro permitem afirmar:<br />
01) Os processos de erosão nas planícies de origem<br />
fluviomarinha se sobrepõem aos da sedimentação.<br />
02) As estruturas geológicas recentes são inexistentes, o<br />
que explica a elevada altimetria do relevo na porção<br />
setentrional.<br />
03) A variedade morfológica está relacionada,<br />
principalmente, à ação de agentes exógenos sobre a<br />
estrutura geológica de diferentes naturezas.<br />
211
04) Os escudos cristalinos são predominantes na estrutura<br />
geológica brasileira, o que explica a existência de uma<br />
grande variedade de minerais metálicos.<br />
05) As formações serranas, como a serra da Mantiqueira e<br />
a serra do Mar, originaram-se de dobramentos antigos<br />
construídos nos períodos Terciário e Quaternário.<br />
309 - A partir dos conhecimentos sobre solo, perfil e suas<br />
características, é correto afirmar:<br />
01) Os solos com os horizontes definidos são os mais<br />
jovens, sazonais e de tipo aluvial.<br />
02) O horizonte A dos solos se encontra bastante<br />
intemperizado e é pouco afetado pela erosão natural ou<br />
pela ação antrópica.<br />
03) Os solos interzonais têm como principal elemento de<br />
sua formação o clima, sendo solos maduros, característicos<br />
de climas áridos.<br />
04) Os solos orgânicos são de cor avermelhada, que indica<br />
forte presença de óxido de ferro, são agriculturáveis, com<br />
grande fertilidade natural.<br />
05) A aceleração no ritmo de erosão dos solos é provocada,<br />
sobretudo, por fatores antrópicos que, em geral, são<br />
responsáveis pela lixiviação, pela compactação e pelo<br />
surgimento de voçorocas.<br />
310 -<br />
03) estão localizadas em países subdesenvolvidos, com o<br />
mesmo estágio de industrialização, o que explica sua<br />
degradação.<br />
04) têm uma vegetação predominantemente hidrófila,<br />
aciculifoliada, perene e estratificada.<br />
05) possuem uma vegetação que estoca, nos troncos, nas<br />
folhas e nas raízes, grandes quantidades de carbono, que é<br />
lançado na atmosfera, quando essa vegetação é derrubada<br />
ou queimada.<br />
311 - Sobre fontes de energia e sua exploração, é correto<br />
afirmar que a<br />
01) fonte alternativa de energia mais segura é a solar,<br />
porque ela é renovável, limpa, barata e pode ser utilizada<br />
em larga escala por todos os países, durante todo o ano.<br />
02) importância do petróleo na economia mundial está<br />
relacionada às suas múltiplas utilizações em vários setores<br />
industriais, além de ser uma importante fonte de energia.<br />
03) exploração do petróleo, no Brasil, começou na década<br />
de 20 do século passado, em terras imersas do Nordeste.<br />
04) energia alternativa mais utilizada no Brasil é a atômica,<br />
devido à abundância de urânio no seu subsolo.<br />
05) exploração do petróleo na camada pré-sal deverá se<br />
processar na Plataforma Continental, região mais profunda<br />
do relevo oceânico.<br />
312 -<br />
A análise do mapa possibilita afirmar que as florestas<br />
tropicais<br />
01) são desmatadas devido, exclusivamente, à pobreza da<br />
população que vive nessas áreas.<br />
02) são encontradas, apenas, em altas latitudes, possuem<br />
elevadas temperaturas e o alto índice pluviométrico.<br />
A análise da ilustração, aliada aos conhecimentos sobre o<br />
ciclo da água, permite afirmar:<br />
01) A distribuição da energia proveniente do Sol se<br />
processa de forma homogênea em todo o planeta.<br />
02) O escoamento superficial da água é responsável pela<br />
sedimentação do solo e pelo abastecimento dos rios.<br />
212
03) A quantidade de água absorvida pelo solo depende de<br />
fatores diversos, como a declividade e a permeabilidade da<br />
superfície.<br />
04) O ciclo da água não está intimamente relacionado ao<br />
ciclo energético da Terra, uma vez que independe da<br />
distribuição de calor na superfície do planeta.<br />
05) A presença da vegetação diminui a permeabilidade do<br />
solo porque o húmus existente, que é derivado da<br />
decomposição das folhas, provoca sua compactação.<br />
313 - Os conhecimentos sobre população, crescimento,<br />
distribuição e estrutura etária do Brasil e do mundo<br />
permitem afirmar:<br />
01) A concentração populacional na porção ocidental do<br />
Brasil está relacionada, somente, a fatores históricos.<br />
02) A Revolução Sanitária, ocorrida mundialmente a partir<br />
da década de 50 do século passado, constitui-se a única<br />
responsável pelo aumento da natalidade e pela diminuição<br />
da mortalidade, no Terceiro Mundo.<br />
03) O fato de uma área ser densamente povoada significa<br />
que ela é superpovoada.<br />
04) A distribuição da população no espaço geográfico está<br />
relacionada a fatores físicos, históricos e socioeconômicos.<br />
05) O perfil demográfico brasileiro se modificou na última<br />
década e, atualmente, a pirâmide etária do país é igual à dos<br />
países europeus.<br />
314 - Sobre as migrações ocorridas no Brasil, ao longo de<br />
sua história, é correto afirmar:<br />
01) A região que, atualmente, apresenta o mais forte<br />
movimento de evasão populacional é a Centro-Oeste, em<br />
função da estagnação econômica e da precariedade da<br />
estrutura viária.<br />
02) A migração de retorno é um movimento de população<br />
relativamente novo e, no Nordeste, ela se acentuou na<br />
última década.<br />
03) Os movimentos migratórios têm provocado a inchação<br />
das pequenas e médias cidades, e a explosão demográfica<br />
é uma realidade.<br />
04) Os estados do Pará, Acre e Roraima, na Região Norte,<br />
apresentam saldo migratório negativo, pois o esgotamento<br />
das reservas minerais fez desses estados áreas de repulsão<br />
populacional.<br />
05) O desenvolvimento da agricultura nordestina, a partir<br />
das culturas irrigadas, foi responsável pelo declínio do<br />
êxodo rural, porque a PEA passou a ser totalmente<br />
absorvida por essa atividade.<br />
315 - As cidades se caracterizam por ser uma forma<br />
particular de organização do espaço. Suas origens estão<br />
relacionadas a vários fatores, como a fortificação de<br />
núcleos de colonização e o desenvolvimento de atividades<br />
econômicas, entre outros.<br />
Sobre as características da urbanização, pode-se afirmar:<br />
01) O termo situação urbana se refere à posição das cidades<br />
em relação às regiões, às vias de comunicação que se<br />
estabelecem e à fixação das relações necessárias à<br />
realização de suas funções.<br />
02) As cidades devem ser estruturadas para atender,<br />
satisfatoriamente, a todas as necessidades da população,<br />
mas, no Brasil, apenas Brasília se encaixa nesse perfil.<br />
03) A rede urbana é restrita à distribuição espacial das<br />
cidades e ela só acontece quando as cidades nascem<br />
espontaneamente.<br />
04) A inexistência de megalópoles no Brasil explica a<br />
ausência da conurbação e da hierarquia.<br />
05) A urbanização brasileira teve início na década de 60 do<br />
século passado, acentuou-se na década de 80 do mesmo<br />
século e, atualmente, o Brasil é o país mais urbanizado do<br />
continente americano.<br />
316- A agricultura foi uma atividade de expressão, no<br />
Brasil, desde o Período Colonial. Nas últimas décadas, ela<br />
foi, sem dúvida, o setor da economia que mais cresceu.<br />
Sobre a agricultura e o agronegócio brasileiros, é correto<br />
afirmar:<br />
01) O bom resultado do agronegócio está relacionado,<br />
exclusivamente, aos altos preços das commodities.<br />
02) A produção recorde de alimentos, ocorrida nos últimos<br />
anos, forçou a queda de preços no mercado interno,<br />
favorecendo a população de baixa renda.<br />
03) O crescimento do agronegócio é uma realidade,<br />
gerando uma melhor distribuição de renda e diminuindo,<br />
significativamente, as desigualdades regionais no país.<br />
04) A safra agrícola, na última década, dobrou de tamanho,<br />
e o país, atualmente, é um dos principais mercados de<br />
aviões pulverizadores de lavoura de todo planeta.<br />
05) O mercado interno, em função do baixo poder<br />
aquisitivo da população, é insignificante, se comparado ao<br />
mercado externo e, por isso, o último é priorizado pelos<br />
empresários do agronegócio.<br />
317 - A ação antrópica tem provocado impactos no meio<br />
ambiente, causando, muitas vezes, graves danos. Devido a<br />
esse fato, tem-se procurado soluções alternativas, que<br />
213
214<br />
permitam ao homem controlar suas ações e conservar o<br />
meio ambiente para as futuras gerações.<br />
Em relação à questão ambiental, identifique as afirmativas<br />
verdadeiras.<br />
I. A Carta da Terra é uma declaração de princípios que têm<br />
por finalidade nortear o comportamento econômico e<br />
ecológico dos povos e das nações em relação ao meio<br />
ambiente.<br />
II. A questão da degradação x preservação ambiental é,<br />
eminentemente, política e econômica.<br />
III. A ECO-92 (Conferência das Nações Unidas para o<br />
Meio Ambiente e o Desenvolvimento), da qual<br />
participaram todos os países centrais e organismos<br />
internacionais, inclusive o FMI (Fundo Monetário<br />
Internacional), foi responsável pela modificação do padrão<br />
de consumo, pela redução do desmatamento nas regiões<br />
tropicais e pela normatização da exploração e do consumo<br />
dos recursos hídricos.<br />
IV. A Conferência das Nações Unidas na África do Sul, em<br />
2002, criou um Plano de Metas, cujo objetivo foi de<br />
fornecer empréstimos e assistência às nações, para que<br />
essas preservassem a biodiversidade.<br />
V. A degradação ambiental é maior na África do que nos<br />
outros continentes, devido à maior utilização da energia<br />
primária e da miséria pessoal.<br />
A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras é<br />
a<br />
01) I e II<br />
02) II e III<br />
03) III e V<br />
04) II, III e IV<br />
05) I, IV e V<br />
318 -<br />
A partir da análise do gráfico e dos conhecimentos<br />
sobre as relações comerciais brasileiras, é possível<br />
concluir:<br />
01) Os déficits registrados na balança comercial brasileira,<br />
nas últimas décadas do século passado, estão relacionados<br />
à valorização do dólar em relação ao real e à crise<br />
econômica ocorrida na União Europeia.<br />
02) A exportação de tecnologia e de produtos<br />
industrializados, a partir de 2001, possibilitaram<br />
expressivos superávits.<br />
03) A valorização do real e a desvalorização do dólar, nos<br />
períodos destacados no gráfico, ameaçaram o equilíbrio da<br />
balança comercial, observando-se uma redução das<br />
exportações e um significativo aumento das importações.<br />
04) O Brasil é o país emergente que tem a maior<br />
participação no mercado externo, em decorrência da<br />
qualidade e da diversidade dos seus produtos.<br />
05) No “sobe-e-desce” da balança comercial, quanto mais<br />
alto o valor do real, maior é a quantidade das exportações<br />
e, consequentemente, maior desenvolvimento econômico<br />
do país.<br />
319- A política de imigração dos Estados Unidos tem<br />
sofrido alterações, desde o 11 de Setembro.<br />
Coparticipantes do Nafta (Tratado Norte-americano de<br />
Livre Comércio), juntamente com o Canadá, o México e os<br />
Estados Unidos, continuam enfrentando problemas em<br />
relação à política de imigração.<br />
Sobre o Nafta e as relações México x Estados Unidos,<br />
atualmente, pode-se afirmar que a<br />
01) fronteira seca entre o México e os Estados Unidos visa,<br />
sobretudo, impedir a entrada de cidadãos mexicanos no<br />
território norte-americano, porque esses imigrantes são<br />
responsáveis pela maioria dos delitos que ocorrem no país,<br />
tornando-se uma ameaça à segurança nacional.<br />
02) construção do Muro da Segregação na fronteira do<br />
México com os Estados Unidos aconteceu após o 11 de<br />
Setembro, depois das modificações ocorridas na política de<br />
imigração norte-americana.<br />
03) entrada do México no Nafta aqueceu a economia do<br />
país, possibilitou o pagamento das dívidas externa e<br />
interna, graças ao equilíbrio alcançado pela balança<br />
comercial.<br />
04) participação do México no Nafta não conseguiu<br />
diminuir a concentração de renda nem eliminar a<br />
excludência social do país.<br />
05) característica que difere o Nafta do Mercosul é o fato<br />
de o primeiro ser formado por países que se encontram no<br />
mesmo estágio de desenvolvimento, enquanto o último<br />
agrega países ricos, emergentes e pobres.
320 - A geografia mundial tomou novos contornos<br />
políticos, econômicos e territoriais durante a Guerra Fria.<br />
Em relação a esse contexto, é correto afirmar:<br />
01) Os Estados Unidos ampliaram sua influência na<br />
América Latina, apoiando ditaduras militares, e<br />
consolidaram seu poder bélico.<br />
02) A Europa Oriental obteve o mais expressivo<br />
desenvolvimento econômico e os melhores indicadores<br />
sociais do continente.<br />
03) Cuba se destacou como uma grande potência da<br />
América Latina, apoiada pela URSS, graças à exploração<br />
de suas reservas de petróleo e de minerais metálicos.<br />
04) A economia brasileira, vulnerável às crises do mercado<br />
externo, registrou a mais grave depressão econômica de<br />
sua história.<br />
05) A Europa Ocidental, apoiada pelos norte-americanos,<br />
eliminou a miséria pessoal e os conflitos étnicos e alcançou<br />
um desenvolvimento caracterizado pela homogeneidade.<br />
321 –<br />
03) A atual flexibilização do mercado mundial e o<br />
neoliberalismo, adotado pelos países capitalistas,<br />
apresentam-se como fatores decisivos para a retomada do<br />
crescimento econômico norte-americano e para evitar uma<br />
crise mundial.<br />
04) A economia globalizada contribuiu para a redução da<br />
pobreza no mundo periférico, fortaleceu o capital<br />
produtivo, normatizou o uso do capital especulativo e foi<br />
responsável por uma sensível diminuição das diferenças<br />
sociais, na última década.<br />
05) A crise econômica vivenciada pelos Estados Unidos<br />
evidencia o fato de que, na economia globalizada, os lucros<br />
são privatizados e os prejuízos, socializados.<br />
322 - Os conhecimentos sobre a divisão regional do Brasil<br />
e seus objetivos permitem afirmar:<br />
01) A primeira divisão regional ocorreu na década de 50 do<br />
século passado, quando se considerou, exclusivamente, os<br />
aspectos geomorfológicos.<br />
02) A segunda divisão regional se baseou no conceito de<br />
regiões homogêneas, objetivando a eliminação da<br />
economia de arquipélago, então existente no país.<br />
03) A terceira divisão regional alterou as fronteiras<br />
políticas e priorizou os aspectos culturais.<br />
04) O governo federal, na década de 30 do século passado,<br />
impulsionado pela política de integração e de<br />
industrialização, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de<br />
<strong>Geografia</strong> e Estatística), cuja função era a de fornecer<br />
dados do potencial do país, a fim de nortear o governo nas<br />
suas ações.<br />
05) A mais nova divisão regional foi criada pelo IBGE<br />
(Instituto Brasileiro de <strong>Geografia</strong> e Estatística) é<br />
geoeconômica, não tendo respeitado as fronteiras naturais<br />
e criado quatro novos estados, utilizando-se das<br />
informações da terceira divisão regional.<br />
Analisando-se as informações contidas na ilustração,<br />
aliadas aos conhecimentos sobre globalização, pode-se<br />
concluir:<br />
01) A ilustração destaca a interdependência dos países na<br />
economia globalizada, que aboliu o protecionismo.<br />
02) O abalo econômico ora verificado nos Estados Unidos<br />
não deverá afetar o Brasil, porque as altas reservas<br />
cambiais e de petróleo e a parceira do país com os outros<br />
participantes do Mercosul o tornaram imune a crises<br />
externas.<br />
323 - Sobre o Agreste nordestino, pode-se afirmar:<br />
01) É a única área de transição do Brasil e a maior subregião<br />
do Nordeste.<br />
02) Apresenta um desenvolvimento industrial expressivo,<br />
com destaque para as indústrias de base.<br />
03) Caracteriza-se pela produção agrícola diversificada e<br />
pelo predomínio das pequenas e médias propriedades.<br />
04) É a região mais úmida do Nordeste, as temperaturas<br />
são elevadas durante todo o ano e a vegetação é<br />
predominantemente aciculifoliada.<br />
215
05) Trata-se de uma estreita faixa de terra que se estende<br />
do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia, o clima é<br />
tropical úmido, o solo é de massapé e a agricultura é<br />
predominantemente monocultora.<br />
324 –<br />
II. A área situada entre as cidades de Brumado e de Vitória<br />
da Conquista, na mesorregião Centro Sul-Baiano, possui<br />
rochas das mais antigas da América do Sul.<br />
III. As rochas sedimentares, com arenitos, siltitos e<br />
argilitos, ocorrem na porção central do Estado, nos<br />
municípios que compõem a Chapada Diamantina e que<br />
foram formados pelos rios, ventos e até geleiras, que<br />
existiam na região.<br />
IV. A Bahia é o estado brasileiro que possui as maiores<br />
reservas de minerais não metálicos, todavia em relação aos<br />
minerais metálicos, suas potencialidades são inexpressivas.<br />
A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras é<br />
a<br />
01) I e II<br />
02) I e III<br />
03) II e III<br />
04) II e IV<br />
05) III e IV<br />
A partir da análise do mapa e dos conhecimentos sobre as<br />
bacias hidrográficas da Bahia, é correto afirmar:<br />
326 –<br />
01) Os rios que formam as principais bacias hidrográficas<br />
da Bahia possuem drenagem arreica, regime misto e são<br />
todos de planície.<br />
02) As bacias do rio de Contas, Paraguaçu e Itapicuru<br />
possuem um percurso em direção oeste e desembocam na<br />
baía de Todos os Santos.<br />
03) O rio Paraguaçu atravessa apenas uma zona climática<br />
do Estado e, no seu curso médio, corre por uma grande<br />
planície.<br />
04) O rio Real, divisa geográfica natural entre a Bahia e<br />
Sergipe, corta terras de clima tropical úmido, que lhe<br />
confere um regime perene, e possibilitou a construção do<br />
maior açude existente na Bahia.<br />
05) O rio São Francisco, na Bahia, atravessa áreas de clima<br />
semiárido ,favorece a agricultura, é tipicamente de planalto<br />
e tem um alto poder hidrelétrico.<br />
216<br />
325 - A Bahia possui uma geologia bastante diversificada.<br />
Em seu território, afloram rochas formadas ao longo de<br />
praticamente toda a escala de tempo geológico. Sobre a<br />
geologia da Bahia, identifique as afirmativas verdadeiras.<br />
I. As rochas do complexo cristalino não são<br />
metamorfoseadas e deformadas, e são predominantes no<br />
oeste da Bahia.<br />
A análise do mapa e os conhecimentos sobre a<br />
microrregião II, em destaque, permitem afirmar que ela<br />
01) apresenta uma estrutura geológica constituída por<br />
rochas magnéticas intensivas, formada no Quaternário,<br />
fato que justifica o predomínio dos dobramentos modernos<br />
na região.<br />
02) é constituída por solos do tipo cambissolos, que são<br />
solos jovens, com horizontes definidos e elevada<br />
fertilidade.
03) possui um relevo que apresenta exclusivamente formas<br />
dissecadas, falhadas, constituídas por depressões.<br />
04) apresenta um clima do tipo tropical chuvoso, as chuvas<br />
são distribuídas durante todo os meses do ano, com índices<br />
pluviométricos, em geral, superiores a 1400mm anuais.<br />
05) caracteriza-se por possuir uma vegetação primária<br />
aciculifoliada, que já foi totalmente eliminada, devido ao<br />
uso do sistema de mata cabruca, utilizada pela lavoura<br />
cacaueira<br />
327 - Cortadores de cana têm vida útil de escravo em SP<br />
Pressionado a produzir mais, trabalhador atua cerca de 12<br />
anos, corno na época da escravidão. A conclusão é de uma<br />
pesquisadora da UNESP. Os usineiros dizem que estão<br />
mudando o sistema de contratação e que vão melhorar<br />
condições.<br />
(ZAFALON,2007,p. 8).<br />
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o<br />
trabalho nas plantações de cana-de-açúcar e as suas<br />
implicações no meio ambiente, e correto afirmar:<br />
01) Os cortadores de cana se enquadram em um tipo de<br />
imigração interna chamada de pendular.<br />
02).A Lei de Terras de 1850 fortaleceu esse cenário, ao<br />
excluir os trabalhadores do campo do acesso a terra.<br />
03) As relações de trabalho abordadas no texto são<br />
incomuns no trabalho sazonal, porque, nesse tipo de<br />
relação, todos os direitos dos trabalhadores são respeitados.<br />
04) Os cortadores de cana tem sido flagrados,<br />
frequentemente, em condições de escravidão por divida,<br />
que se caracteriza pela terceirização forçada do trabalho.<br />
05) A agricultura de cana-de-açúcar ernprega, atualmente,<br />
uma pequena parcela da população rural, devido ao<br />
trabalho altamente mecanizado adotado em todas as<br />
regiões do país que exploram esse produto.<br />
328 - O debate internacional desenvolvido especialmente<br />
durante os últimos dez anos estabeleceu importantes<br />
relações entre o consumo de energia fóssil e suas<br />
contribuições para acelerar processos de mudanças<br />
climáticas. E crescente a percepção entre cientistas e<br />
governantes de alguns países que o processo de decisão<br />
sobre desenvolvimento social, e política energética em<br />
particular, deve lidar com novas incertezas e riscos de<br />
alterações irreversíveis, com consequências ambientais e<br />
econômicas de difícil predição.<br />
A partir do texto e dos conhecimentos sobre o consumo de<br />
energia, no Brasil e no mundo, é correto afirmar:<br />
1) Uma grande parte da frota de automóveis brasileira, na<br />
ultima década do século passado, passou a substituir o<br />
álcool pelo Gás Natural Veicular (GNV), quo não polui o<br />
meio ambiente.<br />
2) A bioenergia favorece os países desenvolvidos, pois<br />
estes já a utilizam desde antes da Revolução Industrial.<br />
3) 0 Brasil possui uma matriz energética baseada no<br />
petróleo, embora a major parte da geração de eletricidade<br />
seja hídrica.<br />
4) A energia nuclear não tem uma larga utilização devido<br />
ao processo de poluição que se verifica na geração de<br />
energia.<br />
5) A Inglaterra é o maior consumidor mundial de petróleo<br />
e, juntamente com a OPEP, regula o preço do barril no<br />
mercado internacional.<br />
(CASTELLON, 2007, p. 81).<br />
329 - A construção do chamado complexo hidrelétrico do<br />
Madeira, projetado pelo consórcio Furnas/ Odebrecht, está<br />
orçada em 20 bilhões de reais e pretende gerar 6.450<br />
megawatts, pouco mais da metade da potência da usina<br />
hidrelétrica de Itaipu, a major do mundo em operação. As<br />
usinas foram planejadas para aproveitar a força das<br />
corredeiras naturais de Santo Antonio e Jirau, distantes de<br />
Porto Velho a seis e 150 quilômetros, respectivamente.<br />
Uma área de 217 quilômetros quadrados será inundada.<br />
(RIOS..., 2007).<br />
A partir do texto e dos conhecimentos sobre os recursos<br />
hídricos brasileiros, pode-se afirmar:<br />
01) A Bacia Amazônica possui o maior potencial<br />
disponível para geração de energia do pais.<br />
02) A usina hidrelétrica de Itaipu é fruto de um consórcio<br />
entre o Brasil e o Uruguai.<br />
03) A construção da hidrelétrica no rio Madeira faz parte<br />
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e<br />
deverá ser vital para a expansão da produção de energia na<br />
Região Norte, que hoje é suprida, apenas, por usinas<br />
termoelétricas.<br />
4) 0 rio Amazonas 6 maior rio do mundo e a sua nascente,<br />
nos Andes, é tipicamente pluvial.<br />
5) 0 rio São Francisco, por ser um rio de planície, favorece<br />
a exploração do seu potencial hidrelétrico, razão pela qual<br />
a major usina hidrelétrica do país foi construída na sua<br />
bacia.<br />
(JANNUZZI, 2007).<br />
217
330 - Após o fim do isolamento do Leste Europeu, com a<br />
queda do Muro de Berlim, a Rússia emergiu no cenário<br />
mundial disposta a mexer corn o tabuleiro de xadrez da<br />
geopolítica mundial.<br />
No novo panorama que se formou, ela vem se destacando<br />
devido ao fato de ter<br />
1) reestruturado o Pacto de Varsóvia, para fazer frente aos<br />
interesses americanos, via Organização do Tratado do<br />
Atlântico Norte (OTAN).<br />
2) se tornado um importante fornecedor de gás para a<br />
Europa Ocidental, criando uma dependência extremamente<br />
perigosa.<br />
3) reativado o programa "Guerra nas Estrelas" sem o aval,<br />
do governo norte-americano.<br />
4) concluído uma aliança militar com os países da zona da<br />
União Europeia e assim assegurado a sua influência em<br />
urna área antes dominada pelos Estados Unidos.<br />
5) desenvolvido e testado uma bomba de nêutrons com um<br />
poder de destruição infinitamente major, quando<br />
comparada a uma bomba nuclear.<br />
I.<br />
No mês de maio, o Governo Federal define o reajuste para<br />
o salário mínimo. A discussão em torno do valor para esse<br />
piso unificado legal é muito importante, ja que parcela<br />
significativa dos trabalhadores brasileiros recebe<br />
rendimentos iguais on próximos a ele. Além disso, o salário<br />
mínimo é uma importante referenda para a evolução dos<br />
demais salários.<br />
(SALARIO..., 2007).<br />
II.<br />
2) o congelamento dos preços e salários nos governos de<br />
José Sarney e de Fernando Collor de Mello, instrumento<br />
eficaz no combate a inflação.<br />
3) o Regime Militar, que estabeleceu uma política recessiva<br />
a partir do Milagre Econômico, arrochando o salário da<br />
classe trabalhadora.<br />
4) o populismo, que, objetivando agradar os trabalhadores,<br />
estabeleceu constantes aumentos salariais corn recursos da<br />
aposentadoria.<br />
5) a política de Getúlio Vargas, que, ao estabelecer o salário<br />
mínimo para o operariado urbano, no estendeu esses<br />
direitos ao trabalhador rural.<br />
332 - A análise dos textos I e II, aliada aos conhecimentos<br />
sobre a situação do mercado de trabalho e do salário<br />
mínimo, no Brasil, permitem afirmar que a<br />
1) maior parte dos trabalhadores recebe salários próximos<br />
a o salário mínimo, graças a atual política econômica do<br />
governo.<br />
2) grande defasagem existente entre o salário pago a<br />
mulher em relação ao do homem não causa impacto no<br />
mercado de trabalho.<br />
3) PEA é composta por todas as pessoas com idade acima<br />
dos dezoito anos.<br />
4) major parte da PEA se concentra no setor secundário.<br />
5) pesada carga tributária é um dos fatores responsáveis<br />
pelo grande número de trabalhadores informais.<br />
333-334<br />
I. A causa principal do progresso nas capacidades<br />
produtivas do trabalho, assim como na maior parte da arte,<br />
habilidade e inteligência com as quais ele é desempenhado<br />
e dirigido, parece ter sido a divisão do trabalho.<br />
Adam Smitn<br />
II. O estudo e ate a invenção são uma distração mental, um<br />
enorme prazer, e não um trabalho.<br />
Frederick Taylor<br />
331 - A mensagem transmitida pela charge pode ser<br />
corretamente relacionada com<br />
1) a política de contenção salarial dos funcionários<br />
públicos e dos aposentados, empreendida pelos Últimos<br />
governos, seguindo determinações do Fundo Monetário<br />
Internacional.<br />
III. Quando trabalhamos, devemos trabalhar. Quando<br />
jogamos, devemos jogar. De nada serve misturar as duas<br />
coisas. O único objetivo deve ser desempenhar o trabalho<br />
e ser pago por tê-lo feito. Quando o trabalho acaba, ai sim,<br />
pode vir o jogo, a brincadeira, mas não antes.<br />
Henry Ford (DEMASI,2003,p.239)<br />
218
333 - De acordo com a análise dos textos e dos<br />
conhecimentos sobre o trabalho, d correto afirmar:<br />
01) I reflete o pensamento do maior representante do<br />
Estado interventor, que pregou uma forte divisão do<br />
trabalho.<br />
02) I aborda a divisão do trabalho artesanal, que investia<br />
no saber do trabalhador.<br />
03) II Ilustra as ideias de um cientista da Primeira<br />
Revolução Industrial que considerava o estudo prejudicial<br />
ao processo produtivo.<br />
04) III reflete o pensamento do responsável pelo<br />
desenvolvimento da linha de montagem nas fábricas, que<br />
resultou em urn grande aumento da produtividade.<br />
05) I, II e III se complementam, pois fazem parte do mesmo<br />
período da Revolução Industrial.<br />
334 - A partir da análise dos textos e dos conhecimentos<br />
sobre a evolução do trabalho no decorrer da História, podese<br />
afirmar:<br />
01) I, II e.1.11 defendem a adoção do Estado de Bem-Estar<br />
Social como mecanismo de amenização do árduo trabalho<br />
nas fábricas e da busca de urna major eficiência produtiva,<br />
a partir da melhoria da qualidade de vida dos operários.<br />
02) O processo de globalização contribuiu para a conquista<br />
de avanços sociais e melhoria na qualidade de vida da<br />
população, que obteve mais tempo livre para o lazer, como<br />
se afirma em II e III.<br />
03) A capacidade inventiva dos ingleses e sua grande<br />
inteligência, referidas em II, foram os principais fatores<br />
para o pioneirismo britânico na Revolução Industrial.<br />
04) O autor, do texto I, contemporâneo da Primeira<br />
Revolução Industrial, afirmava que a melhoria nas<br />
condições de produção das fábricas no era resultante do<br />
altruísmo dos patrões, mas do seu interesse em melhorar a<br />
produtividade e, consequentemente, o lucro.<br />
05) As Corporações de Ofício medievais possibilitaram o<br />
surgimento de um mercado em escala mundial,<br />
consequência da alta produtividade das manufaturas,<br />
seguido ias dos princípios estabelecidos em III<br />
335-336<br />
O crescimento triunfal do petróleo; fortemente estimulado<br />
pela política do cartel, trazia consigo contradições<br />
profundas que preparavam a reviravolta da década de 1970.<br />
(DELEAGE; HEMEY; DEBIER, 1993, p. 212).<br />
335- O texto se refere a formação de cartel, que significa<br />
a:<br />
1) fusão de empresas concorrentes entre si, com o objetivo<br />
de dividirem uma fatia do mercado, garantindo, assim,, a<br />
sua sobrevivência.<br />
2) dominação, por uma empresa, de todas as etapas da<br />
elaboração de um produto.<br />
3) diversificação do capital de uma empresa, que passa,<br />
então, a participar de vários setores da economia.<br />
4) associação de empresas, corn o objetivo de controlar a<br />
concorrência, estabelecendo quotas de produção e de<br />
preços.<br />
5) prática desleal de comércio, com o objetivo de anular a<br />
concorrência.<br />
336 - O controle das fontes de energia foi fundamental para<br />
o desenvolvimento das sociedades humanas e a causa de<br />
conflitos e movimentos sociais entre povos.<br />
Entre os acontecimentos históricos, no Brasil, que estão<br />
relacionados com a questão do controle de fontes de<br />
energia, destaca-se<br />
1) a falência do Plano Cruzado.<br />
2) a crise do Milagre Brasileiro.<br />
3) o Movimento Conselheirista.<br />
4) a Guerra do Paraguai.<br />
337 -338<br />
Apenas 5% da riqueza no globo são geradas pelas<br />
atividades agropecuárias, segundo o Banco Mundial. O<br />
setor, porém, é de vital importância para alguns países em<br />
desenvolvimento, por absorver a maior parte da forca de<br />
trabalho e chega a compor ate 20% do Produto Interno<br />
Bruto.<br />
(APENAS..., 2005, p. 29)<br />
337 - Sobre a importância da agricultura, no mundo atua, é<br />
correto afirmar:<br />
1) Os países desenvolvidos, devido a grande mecanização<br />
do ramo industrial, passaram a empregar uma grande<br />
parcela de população no setor primário.<br />
2) 0 protecionismo alfandegário de produtos agrícolas,<br />
adotado pelos países periféricos, distorcem o mercado e<br />
prejudicam os países centrais, que não adotam esse<br />
sistema.<br />
3) Os países em desenvolvimento culpam aqueles<br />
desenvolvidos pela pratica de subsídios agrícolas, que<br />
distorcem os mercados mundiais.<br />
219
4) A agricultura só pode ser definida corno tal quando ela<br />
não altera o comportamento dos animais e dos vegetais.<br />
5) Os preços agrícolas, por serem commodities, não estão<br />
sujeitos as osci1aces dos mercados mundiais.<br />
Um capitulo importante da globalização é a criação de<br />
Blocos Econômicos Regionais, como a União Europeia, o<br />
Nafta, Asean, o MERCOSUL e a União Africana.<br />
(UM CAP!TULO.,.,2005, p. 30)<br />
338 - O surgimento de blocos econômicos, através da<br />
adoção de políticas internacionais, não se restringe a época<br />
da globalização atual.<br />
A própria União Europeia é uma consequência do processo<br />
de recuperação econômica pós-Segunda Guerra Mundial, e<br />
sua origem remonta.<br />
01) à Política do Big Stick.<br />
02) a Doutrina Monroe.<br />
03) à Liga das Nações.<br />
04) a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).<br />
05) ao Mercado Comum Europeu.<br />
339 - A criação dos "Blocos Econômicos" atuais representa<br />
uma etapa do processo de globalização e consiste em uma<br />
nova regionalização do mundo.<br />
Sobre os blocos econômicos, é correto afirmar:<br />
01) 0 Nafta difere do MERCOSUL, pois naquele é<br />
permitida a livre circulação de mercadorias e de pessoas,<br />
enquanto neste existem inúmeras barreiras.<br />
02) A União Europeia é um bloco econômico que apresenta<br />
uma organização espacial bastante peculiar porque, a veto<br />
e a voto.<br />
03) 0 Chile e o Suriname são os mais novos componentes<br />
do MERCOSUL, sendo, contudo, observadores, sem<br />
direito<br />
04) A Tarifa Externa Comum (TEC) constitui-se um<br />
mecanismo criado com o objetivo de proteger as<br />
economias dos participantes de um determinado bloco.<br />
05) Os países que fazem parte da União Europeia adotam<br />
uma constituição única, ratificada por todos os países que<br />
a compõem.<br />
340 - [...] definimos a cultura como o sistema integrado de<br />
padrões de comportamento aprendidos, que são<br />
característicos dos membros de uma sociedade e que não<br />
são o resultado de herança biológica. Faz parte da essência<br />
do conceito de cultura excluir os instintos, os reflexos<br />
inatos e quaisquer outras formas de comportamento<br />
biologicamente predeterminadas. A cultura é, portanto, um<br />
comportamento adquirido. Mas é uma parte do universo<br />
do mesmo modo que as estrelas do céu, porque é um<br />
produto natural das atividades humanas, e o ser humano é<br />
parte da natureza. (HOEBEL; FROST, 2008, p. 16).<br />
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o<br />
conceito de cultura, pode-se afirmar:<br />
(01) O conceito de cultura, do ponto de vista das relações<br />
coletivas, refere-se às técnicas de cultivo de produtos<br />
agrícolas.<br />
(02) Os componentes da cultura — no que diz respeito a<br />
hábitos, valores e tradições — são transmitidos de geração<br />
a geração, através da herança genética.<br />
(04) A produção de elementos da cultura ocorre na<br />
sociedade a partir das relações que se estabelecem<br />
coletivamente, resultando na afirmativa de que “cultura” é<br />
um fenômeno coletivo.<br />
(08) As diversas experiências sociais produzem diferentes<br />
componentes culturais, diversidade essa que pode ser<br />
observada na pluralidade linguística existente na história<br />
das sociedades.<br />
(16) Os componentes culturais que identificam<br />
determinadas sociedades têm, nos sistemas educativos,<br />
dentre outros recursos, importantes instrumentos de<br />
transmissão às gerações futuras.<br />
(32) Movimentos regionalistas no Leste Europeu, na<br />
década de 90 do século XX, demonstram, entre outros<br />
fatores, a luta de grupos étnicos pela preservação de traços<br />
culturais particulares, a exemplo da religião muçulmana<br />
cultuada pela Bósnia.<br />
Soma ( )<br />
341- Considerada por uns um direito inviolável do ser<br />
humano e, por outros, um patrimônio que deve ser utilizado<br />
produtivamente pelas diversas gerações, a ideia da<br />
propriedade privada da terra segue sendo interpretada<br />
como conquista adquirida, seja ela política ou econômica.<br />
(ANDRIOLI, 2004).<br />
A partir das informações do texto e com base nos<br />
conhecimentos sobre propriedade privada, pode-se<br />
afirmar:<br />
(01) A propriedade privada é uma decorrência natural do<br />
fortalecimento e da expansão do comunismo primitivo,<br />
respaldado no princípio do direito inviolável do ser<br />
humano.<br />
220
(02) O poder administrativo e jurídico sobre as terras<br />
doadas pela Coroa portuguesa, no Brasil Colonial, foi<br />
reservado aos denominados “homens bons”.<br />
(04) Os grandes proprietários de terras e escravos<br />
constituíram obstáculos à concretização da independência<br />
da Bahia, conduzida, no Brasil, por D. Pedro I.<br />
(08) As oligarquias estaduais, na República Velha,<br />
constituíam expressões do poder da classe proprietária<br />
rural e urbana no Brasil.<br />
(16) O direito à propriedade privada, praticado na<br />
sociedade industrial capitalista, aprofundou as<br />
desigualdades sociais.<br />
(32) O conceito de propriedade privada foi mantido pelo<br />
socialismo científico e aplicado na Rússia, após a<br />
Revolução de 1917.<br />
(64) A permanência da concentração da propriedade da<br />
terra e a expansão do agronegócio, no Brasil dos dias<br />
atuais, contribuem para aprofundar os conflitos sociais em<br />
torno da política de assentamentos.<br />
Soma ( )<br />
(64) O Movimento dos Sem-Teto, organizado para atuar<br />
em áreas restritas da zona rural, tem registrado crescente<br />
decadência, devido a conflitos e divergências com o<br />
Movimento dos Sem-Terra.<br />
Soma ( )<br />
343-<br />
342 - Em referência ao fenômeno conhecido como<br />
movimentos sociais, pode-se afirmar:<br />
(01) A ocorrência de movimentos sociais em sociedades<br />
ocidentais, entre os séculos XV e XX, está associada à<br />
resistência da burguesia empresarial aos dogmas da Igreja,<br />
que condenavam o lucro, o enriquecimento e a<br />
concorrência econômica.<br />
(02) Os quilombos organizados no Brasil, entre os séculos<br />
XVII e XIX, constituíam movimentos sociais de<br />
resistência à negação da liberdade e à exploração da força<br />
de trabalho e de manutenção das identidades culturais.<br />
(04) As revoltas escravas que marcaram a história da Bahia<br />
e do Brasil, no século XIX, foram extremamente<br />
enfraquecidas após o decreto de extinção do tráfico de<br />
africanos escravizados, assinado por D. João VI durante<br />
sua permanência no Brasil.<br />
(08) O movimento conhecido como “Mata Maroto”<br />
expressa o grau de ressentimento que atingia portugueses e<br />
brasileiros após o período de luta armada que marcou a<br />
independência do Brasil na Bahia.<br />
(16) Os movimentos de Canudos e do Contestado<br />
destacam-se como movimentos sociais de conteúdo<br />
messiânico, registrados em áreas rurais do país.<br />
(32) A Marcha da Família com Deus pela Liberdade<br />
(1964), organizada por setores conservadores da Igreja e do<br />
empresariado, caracterizou-se como um movimento social<br />
de protesto ao governo de João Goulart e suas propostas de<br />
Reformas de Base.<br />
A Amazônia brasileira abrange mais da metade do<br />
território nacional. Segundo alguns autores, ela é definida<br />
pelo domínio da floresta latifoliada equatorial, juntamente<br />
com o clima equatorial; segundo outros, pelo domínio da<br />
mais densa bacia hidrográfica do globo — a bacia<br />
Amazônica. Trata-se de uma parte da Amazônia sulamericana.<br />
A natureza ainda domina nessa área, mas o<br />
processo de ocupação e povoamento tem sido intenso nas<br />
últimas décadas. O extrativismo vegetal que era a atividade<br />
econômica mais importante, até por volta de 1970, hoje é<br />
uma atividade de importância cada vez menor, diante do<br />
crescimento da agropecuária, da mineração e da<br />
industrialização. A Amazônia brasileira deixou de ser a<br />
“floresta impenetrável”, descrita nos romances e relatos de<br />
viagens, para se tornar um enorme problema ambiental e<br />
social que atrai a atenção de todo o mundo. (VESENTINI,<br />
2005, p. 305-307).<br />
Com base na análise do mapa, na leitura do texto e nos<br />
conhecimentos sobre a Amazônia brasileira e sulamericana,<br />
pode-se afirmar:<br />
(01) A Amazônia corresponde a uma imensa região sulamericana,<br />
que abrange dois hemisférios, envolvendo parte<br />
221
da América Andina, o Brasil, além da Guiana, do Suriname<br />
e da Guiana Francesa (Departamento de Ultramar Francês).<br />
(02) A Região Norte, uma das cinco da atual divisão<br />
regional do Brasil elaborada pelo IBGE, corresponde à<br />
mesma porção territorial da Amazônia Brasileira e da<br />
Amazônia Legal.<br />
(04) Os elementos naturais da Amazônia são<br />
interdependentes, sendo que a exuberante vegetação<br />
desempenha papel essencial nesse ecossistema, protegendo<br />
e nutrindo o solo e mantendo elevada umidade atmosférica,<br />
na sua maior parte.<br />
(08) A Amazônia tradicional caracterizava-se pela presença<br />
de alguns tipos humanos, como posseiros, grileiros,<br />
jagunços, peões e arrozeiros, enquanto, na Amazônia atual,<br />
há predominância de seringueiros, seringalistas e grupos<br />
indígenas.<br />
(16) O crescimento econômico da Amazônia Brasileira<br />
ocorre à custa do aumento da pecuária extensiva, do avanço<br />
da agricultura, das ações ilegais dos madeireiros e de<br />
pressões urbanas para a realização de obras de<br />
infraestrutura, atividades de grande impacto ecológico.<br />
(32) As planícies e os baixos platôs — predominantemente<br />
cristalinos —, situados ao longo das margens do rio<br />
Amazonas, formam o principal aspecto geomorfológico da<br />
região e explicam o grande aproveitamento hidrelétrico.<br />
(64) O projeto Grande Carajás, no Pará, possui importantes<br />
jazidas de ferro e outros minerais e envolveu a construção<br />
de uma ferrovia entre a zona mineradora e o porto de Itaqui,<br />
no Maranhão, para exportar esses produtos.<br />
Soma ( )<br />
344-345<br />
344 - A partir da análise do mapa e dos conhecimentos<br />
sobre a história econômica, política e sociocultural da<br />
Bahia, pode-se afirmar:<br />
(01) As diretrizes políticas e administrativas coloniais e as<br />
bases da economia agroexportador e escravista que<br />
predominou no Brasil Colonial do século XVI ao XVIII<br />
foram estabelecidas a partir da atual Região Metropolitana<br />
de Salvador e do Recôncavo.<br />
(02) A exclusão socioeconômica de grandes contingentes<br />
da população sertaneja, na Região Nordeste da Bahia,<br />
produziu, durante o século XIX, a eclosão de movimentos<br />
religiosos milenaristas, dentre os quais se destaca o<br />
dirigido por Antônio Conselheiro, pela sua abrangência e<br />
tragédia.<br />
(04) O fortalecimento da política coronelística na<br />
República Velha — na área designada pelas regiões de<br />
Piemonte da Diamantina, Chapada Diamantina e<br />
Paraguaçu — resultou no confronto de interesses entre os<br />
chefes políticos locais e o Governo do Estado, nos anos 20<br />
do século passado, provocando o episódio conhecido como<br />
“Revolta Sertaneja”, através do qual o governo do Estado<br />
foi pressionado a negociar a paz com os revoltosos.<br />
(08) O cultivo do feijão, na região de Irecê, afirmou-se<br />
como predominante desde o início da colonização<br />
portuguesa, ocasião em que escravos indígenas e<br />
imigrantes europeus assalariados foram utilizados como<br />
mão-de-obra.<br />
(16) O processo de desmatamento iniciado no século XVI,<br />
no sudoeste da Bahia, com a exploração do pau-brasil,<br />
aprofundou-se, nos dias atuais, com o controle da região<br />
por empresas multinacionais, que desenvolvem projetos<br />
petroquímicos e siderúrgicos<br />
(32) O enriquecimento dos proprietários de roças de cacau<br />
nas regiões Litoral Sul e Extremo Sul, entre o fim do século<br />
XIX e metade do século XX, elevou a influência política<br />
na região, fazendo emergir propostas de divisão territorial<br />
para a criação de um estado autônomo: o Estado de Santa<br />
Cruz.<br />
Soma ( )<br />
222
345 –<br />
(64) As mudanças recentes na economia baiana<br />
privilegiam a atividade turística como o setor mais<br />
produtivo do Estado, principalmente pelos investimentos<br />
públicos destinados ao turismo rural, que tem na região do<br />
Litoral Norte sua maior expressividade.<br />
Soma ( )<br />
346 - Por todos os continentes e países do mundo<br />
encontramos inúmeros produtos oriundos da indústria.<br />
Mas, não precisamos viajar para conhecê-los. Em cada<br />
espaço de nossa casa temos esses exemplos: a cama, a<br />
roupa, o som e a TV estão entre eles. Todos esses produtos<br />
são o resultado da transformação de matérias-primas, com<br />
suprimento de energia, em produtos industrializados. Até<br />
consolidar esse processo, a indústria passou por vários<br />
estágios de produção. (ALMEIDA; RIGOLIN, 2005, p.<br />
123).<br />
A partir da análise dos mapas e dos conhecimentos sobre a<br />
diversidade regional e geoambiental do Estado da Bahia,<br />
pode-se afirmar:<br />
(01) A Região Metropolitana de Salvador e seu entorno e<br />
as regiões periféricas dinâmicas do Extremo Sul, Oeste e<br />
Baixo Médio São Francisco desempenham, na atualidade,<br />
um papel relevante no crescimento econômico do estado da<br />
Bahia.<br />
(02) O Semiárido baiano ocupa, aproximadamente, a maior<br />
parte do território estadual, excetuando apenas o litoral e a<br />
porção setentrional, que são beneficiados pelas chuvas<br />
regulares ao longo do ano.<br />
(04) A Região Nordeste do Estado, drenada pelo rio São<br />
Francisco e seus afluentes da margem esquerda, localizada<br />
numa área de clima semiúmido, tem, na irrigação, um<br />
sustentáculo do agronegócio, destacando-se o cultivo do<br />
arroz, no baixo curso, como base da segurança alimentar<br />
regional.<br />
(08) Os rios Itapicuru, Paraguaçu e Contas, embora<br />
apresentem características distintas, têm suas nascentes na<br />
Chapada Diamantina — principal centro dispersor e/ou<br />
divisor de águas do Estado.<br />
(16) A bacia do São Francisco, na Bahia, possui rios de<br />
fluxos perene e temporário, sendo que os da margem<br />
esquerda são alimentados pelas chuvas orográficas que se<br />
formam nas áreas de barlavento da Chapada Diamantina.<br />
(32) A produção de grãos no estado da Bahia vem<br />
alcançando grande crescimento a partir dos anos 90 do<br />
século XX, sobretudo as culturas de soja e de milho na<br />
Região Oeste, onde a alta produtividade é resultado de<br />
práticas agrícolas modernas e empresariais.<br />
Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre a<br />
evolução, os tipos e a localização das indústrias no Brasil e<br />
no Mundo, pode-se afirmar:<br />
(01) A Primeira Revolução Industrial foi marcada pela<br />
hegemonia alemã, pelo uso do carvão vegetal, como<br />
principal fonte de energia, e pela grande dispersão da<br />
atividade industrial em termos do espaço mundial.<br />
(02) A Segunda Revolução Industrial começou no final do<br />
século XIX com o surgimento das indústrias de vanguarda<br />
como a metalúrgica, a siderúrgica, a automobilística e a<br />
petroquímica, sendo o petróleo a sua principal fonte de<br />
energia.<br />
(04) O avanço da Revolução Técnico-Científica-<br />
Informacional já é marcante no Japão, na Alemanha, nos<br />
Estados Unidos e em outros países, embora ainda haja a<br />
permanência de inúmeros traços da Segunda Revolução<br />
Industrial.<br />
(08) A indústria de bens de produção utiliza grande<br />
quantidade de matéria-prima e alto consumo de energia,<br />
visando abastecer outros tipos de indústrias, como as<br />
siderúrgicas.<br />
(16) O vale do Silício brasileiro localiza-se em Pirapora, no<br />
interior de Minas Gerais e, assim como o original norteamericano,<br />
concentra, atualmente, indústrias consideradas<br />
de tecnologia de ponta, especialmente de informática,<br />
eletrônica e de telecomunicações.<br />
(32) O Sudeste afirmou-se como polo da industrialização<br />
brasileira, sobretudo graças à infraestrutura urbana e de<br />
transportes desenvolvida em função da cafeicultura, devido<br />
à chegada do imigrante e pela concentração de<br />
consumidores urbanos.<br />
(64) As usinas termonucleares Angra I, Angra II e Angra<br />
III fornecem a maior parte da energia consumida no sudeste<br />
do Brasil, utilizam tecnologia americana e,<br />
223
consequentemente, geram pequena quantidade de resíduos<br />
radioativos.<br />
Soma ( )<br />
347 - Os deslocamentos populacionais fazem parte da<br />
história da humanidade, tendo sido responsáveis pela<br />
formação dos diversos povos e, em certa medida, dos<br />
próprios elementos culturais que os caracterizam. Os<br />
grupos étnicos existentes só podem ser entendidos a partir<br />
da análise das migrações, considerando-se os choques e as<br />
assimilações culturais dos povos ao longo da história.<br />
ocorre na Europa e nos Estados Unidos, entretanto o Brasil,<br />
na contramão dessa tendência, tem sido condescendente<br />
com os trabalhadores bolivianos e paraguaios.<br />
(64) Os trabalhadores japoneses, nisseis, chegaram ao<br />
Brasil em migrações sucessivas a partir da segunda década<br />
do século passado e, atualmente, representam a maior<br />
comunidade de estrangeiros do país.<br />
Soma ( )<br />
348 –<br />
224<br />
Com os deslocamentos populacionais, extensas regiões da<br />
Terra foram sendo ocupadas e colonizadas. O continente<br />
americano é um bom exemplo desse processo. Atualmente,<br />
as migrações internacionais tornaram-se um fenômeno<br />
nunca antes registrado em qualquer outra etapa da evolução<br />
humana. Milhares de pessoas cruzam as fronteiras entre os<br />
países todos os anos em busca de emprego, melhores<br />
salários, oportunidades de estudo, ou fugindo da violência<br />
de guerras e perseguições políticas e religiosas.<br />
(LUCCI; BRANCO; MENDONÇA, 2006, p. 351).<br />
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre<br />
globalização e migrações, pode-se afirmar:<br />
(01) As migrações internacionais, na atualidade, ocorrem,<br />
sobretudo, partindo dos países do Sul subdesenvolvidos<br />
para os do Norte desenvolvidos ou de países do Terceiro<br />
Mundo mais pobres para outros vizinhos com economias<br />
mais dinâmicas.<br />
(02) O período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial<br />
registra grandes fluxos migratórios, preferencialmente das<br />
áreas então consideradas superpovoadas — Europa e Ásia<br />
— para as regiões consideradas como vazios demográficos<br />
— Estados Unidos, Canadá, Argentina, Brasil e outros.<br />
(04) A França recebe todos os anos uma legião de norteafricanos<br />
oriundos, principalmente, da Líbia e do Egito,<br />
fugitivos das secas da África Subsaariana, e trabalhadores<br />
de outros países, como paquistaneses, indianos e<br />
jamaicanos.<br />
(08) O fluxo migratório para a União Européia (UE) e os<br />
Estados Unidos deverá diminuir nas próximas décadas, em<br />
razão do aumento das taxas de natalidade e do<br />
rejuvenescimento das populações dos países<br />
industrializados.<br />
(16) O crescimento das migrações Sul/Sul se deve<br />
principalmente à criação, pela economia globalizada, de<br />
ilhas de prosperidade em regiões subdesenvolvidas, a<br />
exemplo da política migratória bem sucedida das<br />
monarquias petrolíferas do Golfo Pérsico.<br />
(32) Os imigrantes muitas vezes enfrentam a rejeição da<br />
população e a repressão das autoridades, a exemplo do que
pela deficiência dos sistemas de drenagem, são<br />
responsáveis pelas inundações nas grandes cidades,<br />
durante os episódios de chuvas intensas.<br />
(08) A urbanização brasileira é marcada por desigualdades<br />
socioeconômicas, sendo visível a carência de moradia, que<br />
traz como consequências os assentamentos irregulares, os<br />
loteamentos clandestinos e a ocupação das áreas de risco e<br />
dos espaços públicos.<br />
(16) Os hábitos modernos de consumo e o aumento do<br />
nível de escolaridade e de percepção dos problemas<br />
ambientais têm provocado a redução do volume de<br />
resíduos sólidos produzidos na maioria das sociedades<br />
urbano-industriais.<br />
(32) As recentes intervenções governamentais nas regiões<br />
metropolitanas das capitais nordestinas resolveram antigos<br />
problemas de saneamento básico, minimizando a<br />
degradação dos rios urbanos e possibilitando excelentes<br />
condições de balneabilidade das praias.<br />
(64) Os depósitos de lixo nas grandes cidades do mundo<br />
subdesenvolvido, inclusive no Brasil, representam uma<br />
fonte de renda para uma pequena parcela da população,<br />
que se mistura com materiais em decomposição em busca<br />
de sua sobrevivência.<br />
Soma ( )<br />
349 -<br />
A partir da análise das ilustrações e dos conhecimentos<br />
sobre o meio ambiente urbano e sua problemática, pode-se<br />
afirmar:<br />
(01) A atividade industrial e a circulação de veículos<br />
favorecem a concentração de micropartículas em<br />
suspensão na atmosfera, estimulando a condensação e<br />
contribuindo para o aumento gradativo das precipitações<br />
pluviométricas nas áreas urbanas.<br />
(02) A inversão térmica, resultante da camada de ar mais<br />
quente junto ao solo, é um problema ambiental transitório,<br />
que intensifica a poluição nas grandes metrópoles,<br />
sobretudo no verão.<br />
(04) A expansão dos espaços construídos e da<br />
pavimentação, acentuada pelo lançamento de detritos e<br />
A partir das ilustrações e dos conhecimentos sobre a<br />
exploração do espaço agropecuário no Brasil e no mundo e<br />
levando em consideração o mercado de produtos primários<br />
e de biocombustíveis, os conflitos no campo e as<br />
implicações em relação a mudanças nos hábitos<br />
alimentares, pode-se afirmar:<br />
(01) A inflação dos produtos primários no primeiro<br />
semestre do ano em curso chegou até a China e a outros<br />
países da Ásia, tendo reflexos em produtos intermediários<br />
importantes, como fertilizantes, aço e resinas, devido ao<br />
aumento dos preços das commodities.<br />
(02) O mercado de alimentos passou por forte desequilíbrio<br />
entre produção e consumo na primeira metade de 2008,<br />
225
226<br />
situação que ofereceu grandes oportunidades para o Brasil,<br />
embora o país necessite aprimorar estratégias de produção<br />
e comercialização.<br />
(04) A elevação acelerada do nível de vida nos países<br />
asiáticos e norte-africanos provocou um enriquecimento<br />
dos hábitos alimentares, popularizando o consumo de carne<br />
bovina e suína na Índia e nos países islâmicos.<br />
(08) Os biocombustíveis norte-americanos à base do milho<br />
produziram a escassez do produto no mercado e elevaram<br />
o preço da tortilha (iguaria mexicana à base de milho),<br />
entretanto, no Brasil, o etanol, oriundo basicamente da<br />
cana-de-açúcar, não prejudica a produção de grãos.<br />
(16) O agronegócio vem crescendo no país, mas o setor<br />
atravessa uma crise que preocupa os produtores, face aos<br />
juros altos, às oscilações do dólar em relação ao real e à<br />
falta de infraestrutura, dentre outros motivos.<br />
(32) O Brasil, além de ser autossuficiente em trigo,<br />
constitui referência internacional no processo de produção<br />
agrícola. devido aos baixos custos e ao alto poder<br />
financeiro dos produtores.<br />
(64) Os municípios que mais desmatam na Amazônia<br />
Legal são também os que mais registram trabalho escravo<br />
e violência no campo, assim como o avanço da pecuária na<br />
região acompanha o ritmo da derrubada das árvores.<br />
Soma ( )<br />
350 - A diversidade climática da Terra se traduz em uma<br />
ampla gama de tipos de solos e de paisagens vegetais, de<br />
aspecto geral contínuo, assinalando as áreas de abrangência<br />
dos biomas. [...] As temperaturas médias e a amplitude<br />
térmica, a pluviosidade média e a distribuição das chuvas<br />
definem limites naturais à expansão das espécies e,<br />
portanto, são elementos fundamentais à compreensão dos<br />
grandes domínios fitogeográficos do planeta. (MAGNOLI;<br />
ARAÚJO, 2000. p. 63).<br />
A leitura do texto, a análise da ilustração e os<br />
conhecimentos sobre as inter-relações entre o clima e a<br />
vegetação e a distribuição das grandes paisagens vegetais<br />
do planeta permitem afirmar:<br />
(01) A disposição dos grandes domínios climáticos e suas<br />
repercussões sobre a vegetação expressam o efeito da<br />
zonalidade na distribuição geográfica das espécies do<br />
planeta.<br />
(02) Temperaturas superiores a 24ºC e precipitações anuais<br />
acima de 2000mm caracterizam os ambientes quentes e<br />
superúmidos nas baixas latitudes, onde predominam as<br />
formações arbóreas do tipo latifoliada.<br />
(04) O ambiente desértico e as formações vegetais do tipo<br />
“tundra” compartilham níveis baixos de chuvas, mas<br />
distinguem-se completamente em relação às médias<br />
térmicas e à posição zonal.<br />
(08) As formações vegetais do tipo “decíduas” localizamse<br />
nas áreas de transição entre os domínios temperado e<br />
polar, sendo a sua principal característica a perenização de<br />
suas folhas, face aos altos índices térmicos e pluviais.<br />
(16) A floresta boreal de coníferas — ou taiga — é<br />
encontrada principalmente no Hemisfério Sul devido à<br />
posição longitudinal dos continentes, onde apresentam<br />
maior continuidade espacial na faixa de transição entre os<br />
climas polar e tropical.<br />
Soma ( )<br />
351 - A Segunda Guerra Mundial intensificou o processo<br />
de descolonização e independência dos países asiáticos e<br />
africanos e muitos deles tornaram-se socialistas. Os aliados<br />
também dividiram a Alemanha em zonas de ocupação<br />
soviética, francesa, inglesa e americana. Mais tarde, a zona<br />
soviética transformou-se na República Democrática<br />
Alemã, também socialista. (CÁCERES, 1997, p. 400).<br />
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o<br />
segundo pós-guerra, pode-se afirmar:<br />
(01) A referida descolonização no continente africano<br />
propiciou a integração dos novos países como parceiros no<br />
processo de expansão do capitalismo internacional.<br />
(02) O processo de descolonização, nos países asiáticos,<br />
assumiu o caráter de não-violência e desobediência<br />
pacífica, preconizado por Mahatma Ghandi.<br />
(04) A presença da URSS na partilha do território alemão<br />
decorreu do fato de os soviéticos terem participado, como<br />
aliados, da vitória das democracias contra o Eixo, formado<br />
pela Alemanha, Itália e seus aliados.<br />
(08) A construção do muro de Berlim (1961) decorreu do<br />
aprofundamento dos confrontos de interesses entre Estados<br />
Unidos juntamente com a Europa versus URSS, no<br />
contexto da Guerra Fria.
(16) A política da Perestroika e do Glasnost, instalada na<br />
URSS durante o governo de Mikhail Gorbachev, relacionase<br />
com o esfacelamento do sistema socialista no Leste<br />
Europeu.<br />
(32) O desmembramento da antiga União Soviética<br />
propiciou o surgimento de movimentos nacionalistas nas<br />
repúblicas do Leste Europeu, resultando no reordenamento<br />
das fronteiras políticas naquela região.<br />
Soma ( )<br />
352 - 353<br />
Desde que foi acesa, [em março], na Grécia, a chama<br />
olímpica vem sendo caçada por grupos de ativistas. Nem o<br />
pelotão de guarda-costas enviado pela China para proteger<br />
a tocha conseguiu mantê-la totalmente a salvo. Na capital<br />
inglesa, um manifestante passou pela barreira policial e<br />
quase a tirou da mão da celebridade que a levava. Vários<br />
outros tentaram extinguir a chama com o uso de um<br />
extintor de incêndio. Em sete horas, 37 pessoas foram<br />
presas. Em Paris, dois símbolos da cidade — a Torre Eiffel<br />
e a Catedral de Notre Dame — foram decorados com<br />
bandeiras nas quais algemas substituíam as tradicionais<br />
argolas olímpicas. Cada novo protesto aumenta a pressão<br />
sobre os líderes mundiais pelo boicote aos Jogos de Pequim<br />
— ou, pelo menos, para que se manifestem sobre a forma<br />
bruta com que o Partido Comunista Chinês lida com vozes<br />
dissidentes. (FAVARO, 2008. p. 87).<br />
mercado mundial até a atual presença na economia<br />
internacional, figurando como a terceira grande economia<br />
do planeta.<br />
(16) O caráter autoritário da estrutura do governo chinês, a<br />
exemplo da antiga União Soviética, explica “a forma bruta<br />
com que o Partido Comunista Chinês lida com vozes<br />
dissidentes”.<br />
(32) A circulação da tocha olímpica por diversos países do<br />
Ocidente e do Oriente representa, no mundo atual, a<br />
tentativa de superação das diferenças e dos conflitos que<br />
distanciam muitos dos países participantes do evento.<br />
(64) A caça à chama olímpica por grupos ativistas — como<br />
referida no texto — resultou do aprofundamento do<br />
fenômeno da Guerra Fria neste início de século XXI.<br />
Soma ( )<br />
353 - CAMINHOS PERCORRIDOS PELA TOCHA<br />
OLÍMPICA<br />
352 - Com base na análise do texto e nos conhecimentos<br />
sobre a cultura dos jogos olímpicos e a diversidade<br />
histórica nas relações internacionais, pode-se afirmar:<br />
(01) Os Jogos Olímpicos, na Antiga Grécia, expressavam a<br />
concepção ateniense da superioridade do corpo sobre a<br />
mente, resultando na valorização da cultura material em<br />
prejuízo da ciência e da filosofia.<br />
(02) A dominação imperialista da China Comunista sobre<br />
países vizinhos — a exemplo do Tibete — tem sido<br />
tolerada pelos órgãos internacionais, dentre outras razões,<br />
em virtude dos princípios de respeito à autonomia das<br />
nações.<br />
(04) Os países asiáticos — a exemplo do Japão, da China,<br />
da Índia e da Indonésia — dominados igualmente pelos<br />
países europeus imperialistas, aliaram-se, nos dois últimos<br />
séculos, em políticas de ajuda mútua de caráter militar e<br />
estratégico, para vencer o inimigo comum, superando suas<br />
divergências culturais e territoriais.<br />
(08) A China, a partir da dominação do Partido Comunista,<br />
em 1949, estabeleceu diferentes políticas de orientação<br />
econômica, evoluindo de um afastamento ostensivo do<br />
Considerando-se as informações do texto, a análise da<br />
ilustração e os conhecimentos sobre os continentes, os<br />
países e as regiões relacionadas com a trajetória percorrida<br />
pela Tocha Olímpica em 2008, pode-se afirmar:<br />
(01) A Grécia — onde nasceram os jogos olímpicos e onde<br />
foi acesa a tocha em Olímpia, 2008 — está situada no<br />
extremo norte dos Bálcãs, no sudoeste da Europa,<br />
abrangendo a planície do Peloponeso e as ilhas dos mares<br />
Cáspio e Mármara.<br />
(02) A Europa, parte do percurso da Tocha Olímpica,<br />
permanece como polo de desenvolvimento e prosperidade,<br />
porém não ostenta mais o título de maior centro de poder,<br />
além de ter reduzido boa parte de sua influência comercial.<br />
(04) A China organizou-se para os Jogos Olímpicos<br />
planejando e executando construções futuristas, porém,<br />
com uma economia em crescimento e uma matriz<br />
energética baseada no carvão, o País já é considerado um<br />
dos maiores emissores de gases poluentes que contribuem<br />
para o aquecimento global.<br />
(08) O roteiro da Tocha Olímpica incluiu as capitais dos<br />
cinco países mais populosos da América, privilegiou<br />
227
228<br />
centros religiosos, como Meca e Roma, esteve em todos os<br />
continentes e concluiu o percurso em Pequim.<br />
(16) O território democrático de Hong-Kong está situado<br />
no sudoeste da China e, após mais de 150 anos de domínio<br />
francês, possui status de região autônoma.<br />
(32) O Tibete, sob o domínio chinês há mais de 50 anos,<br />
está localizado no centro-leste da Ásia, ocupa uma região<br />
montanhosa conhecida como “Teto do Mundo”, cercada<br />
por grandes dobramentos terciários representados pelo<br />
Himalaia, que detém os picos mais elevados do planeta.<br />
Soma ( )<br />
354 - A ONU — ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES<br />
UNIDAS — tem como objetivos manter a paz, defender os<br />
direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover<br />
o desenvolvimento dos países em escala mundial. [...] A<br />
ONU é constituída por várias instâncias, que giram em<br />
torno do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral. A<br />
organização atua em diversos conflitos por meio de suas<br />
forças internacionais de paz.<br />
(A ONU — Organização ..., 2008, p. 75).<br />
A globalização é o fenômeno mais recente da economia<br />
capitalista mundial. É resultado da evolução da técnica e<br />
da ciência, da eficiência dos meios de transportes e<br />
comunicações e da construção de instituições<br />
supranacionais que lhe dão sustentação, como a<br />
Organização Mundial do Comércio (OMC) e os diversos<br />
blocos econômicos regionais que, há pouco mais de uma<br />
década, estão em processo de consolidação. Caracteriza-se<br />
pela liberdade de circulação de mercadorias, capitais e<br />
serviços entre os países. (LUCCI; BRANCO;<br />
MENDONÇA, 2006, p. 120).<br />
Considerando-se as informações dos textos e com base nos<br />
conhecimentos sobre a Organização das Nações Unidas<br />
(ONU) e sua estrutura, a globalização e suas instituições<br />
supranacionais, pode-se afirmar:<br />
(01) A Organização das Nações Unidas (ONU), criada logo<br />
após a Segunda Guerra Mundial, busca um novo papel no<br />
conflituoso mundo globalizado, transformando-se num<br />
respeitado fórum de discussão e de encaminhamento dos<br />
problemas mundiais.<br />
(02) O Conselho de Segurança da ONU concentra um<br />
grande poder, sobretudo através dos membros permanentes<br />
— Estados Unidos, Reino Unido, França, Federação Russa<br />
e China — que possuem poder de veto, e por ser o órgão<br />
que aprova missões de paz, embargos e ações armadas.<br />
(04) O Mercado Comum do Sul (Mercosul) surgiu no<br />
começo da década de 70 do século passado, com objetivo<br />
de unificar tarifas entre países da América do Sul —<br />
inicialmente Brasil, Bolívia, Chile e Uruguai — e adotar<br />
políticas comuns.<br />
(08) O termo “globalização” passou a ser usado para<br />
descrever uma nova fase, marcada pela crescente<br />
interdependência entre governos, empresas e movimentos<br />
sociais, porém sua dinâmica não trouxe maior igualdade<br />
entre os povos.<br />
(16) A Organização Mundial do Comércio (OMC) — cujo<br />
objetivo é resolver as disputas comerciais entre países ricos<br />
e pobres — envolve 20 membros, representa países<br />
desenvolvidos e subdesenvolvidos, tendo começado a<br />
funcionar no início deste século, com a rodada de Doha.<br />
(32) O BRIC é uma sigla criada por analistas financeiros<br />
para designar os quatro principais países emergentes do<br />
mundo — Brasil, Rússia, Índia e China — visando<br />
demonstrar o impacto que o grupo tem e terá, cada vez<br />
mais, na economia mundial.<br />
Soma ( )<br />
355 - A sociedade política é como um cabo composto de<br />
muitos fios: o fato de se acharem esses diferentes fios<br />
torcidos e enrolados uns sobre os outros aumenta não<br />
somente a força do cabo, mas também sua flexibilidade.<br />
Existem fios de interesses econômicos, fios de sentimento<br />
nacional e doméstico, fios de crença religiosa, fios<br />
de diferentes graus de experiência e educação. O próprio<br />
cabo é complexo por natureza, e mais complexo o fazem<br />
ainda os nós representados pelas dificuldades políticas que<br />
clamam solução; para uma política sã impõe-se, porém,<br />
uma condição, a saber: que não se deve recorrer ao<br />
exemplo de Alexandre, de desembainhar a espada para<br />
cortar o nó górdio. Qualquer imbecil poderá resolver os<br />
problemas do poder político pela lei marcial; mas ninguém,<br />
a não ser um imbecil, tomaria por governo semelhante<br />
processo. (MUMFORD, s/d, p. 199).<br />
A análise do texto e os conhecimentos sobre a organização<br />
das sociedades modernas possibilitam afirmar:<br />
(01) A estrutura da sociedade política, na transição da Idade<br />
Média para a Idade Moderna, caracterizou-se pelo<br />
entrelaçamento de fios fortemente amarrados ao<br />
pensamento teocêntrico cristão.<br />
(02) A economia mercantil e os governos dos “príncipes”,<br />
nas cidades italianas do período renascentista, confirmam<br />
a complexidade, a força e a flexibilidade da sociedade<br />
política de sua época.<br />
(04) “Fios de sentimento nacional” estiveram ausentes no<br />
processo político de unificação da Alemanha, ao longo do<br />
século XVIII.<br />
(08) “Fios de crença religiosa”, aliados a fatores étnicos e<br />
territoriais, têm dificultado a construção e o
econhecimento de uma sociedade política de governo<br />
palestino no Oriente Médio.<br />
(16) O uso da força para a manutenção da ordem pública,<br />
de forma temporária ou permanente, em sociedades<br />
democráticas ou não, constitui sempre um indicador de<br />
falência da sociedade política.<br />
(32) Sociedades políticas organizadas em Estados<br />
Totalitários lançam mão, com frequência, da solução do<br />
“nó górdio” para enfrentar dificuldades de ordem política.<br />
(64) As cidades-estados representaram, ao longo da<br />
história, a incapacidade de diferentes povos para se<br />
organizarem em sociedades políticas compostas por “fios”<br />
múltiplos e complexos.<br />
Soma ( )<br />
356 –<br />
Os problemas referentes à questão agrária estão<br />
relacionados, essencialmente, à propriedade da terra,<br />
consequentemente à concentração da estrutura fundiária,<br />
aos processos de expropriação, expulsão e exclusão dos<br />
trabalhadores rurais: camponeses e assalariados; à luta pela<br />
terra, pela reforma agrária e pela resistência na terra; à<br />
violência extrema contra os trabalhadores, à produção,<br />
abastecimento e segurança alimentar; aos modelos de<br />
desenvolvimento da agropecuária e seus padrões<br />
tecnológicos, às políticas agrícolas e ao mercado, ao campo<br />
e à cidade, à qualidade de vida e dignidade humana. Por<br />
tudo isso, a questão agrária compreende as dimensões<br />
econômica, social e política. (FERNANDES, 2001, p. 23-<br />
24).<br />
Com base na ilustração, no texto e nos conhecimentos<br />
sobre o espaço agrário, pode-se afirmar:<br />
(01) A desigual distribuição das terras, herança do modelo<br />
econômico que se implantou recentemente no país, trouxe<br />
como consequência os atuais conflitos sociais no campo e<br />
a fixação, cada vez maior, do homem nas áreas rurais em<br />
função da chegada da modernização agrícola.<br />
(02) O movimento das “Ligas Camponesas”, originado no<br />
início do século passado, deve ser entendido como uma<br />
manifestação local dos produtores rurais do agreste<br />
pernambucano contra a alta dos impostos.<br />
(04) A luta por terra é uma importante dimensão da questão<br />
agrária e os movimentos sociais dela resultantes se<br />
configuram em ações dos trabalhadores, que envolvem<br />
processos de expropriação, expulsão e exclusão social.<br />
(08) A modernização da agricultura e da pecuária é<br />
bastante equilibrada nas diversas regiões do país,<br />
originando grande produtividade de alimentos com farta<br />
dieta alimentar da população.<br />
(16) O modelo de reforma agrária vigente no país vem<br />
assegurando o acesso à terra, proporcionando recursos<br />
229
necessários para ela produzir e atingindo grande número de<br />
trabalhadores rurais.<br />
(32) O MST representa diferentes expressões de<br />
contestação, seja contra a desapropriação de terras pelo<br />
Estado, a exemplo da região de Itaipu, seja contra a<br />
permanência de latifúndios improdutivos, como áreas no<br />
interior do Norte e do Nordeste.<br />
Soma ( )<br />
358 –<br />
230<br />
357 - Por volta de 1830, a maioria dos países da América<br />
já tinha proclamado a independência. Entretanto as<br />
diferenças entre eles eram bastante claras. Os Estados<br />
Unidos da América (EUA) começavam a se tornar o país<br />
mais industrializado do planeta. A América Latina<br />
continuava presa às pesadas heranças coloniais:<br />
predominavam as economias exportadoras de produtos<br />
primários, governos de latifundiários que olhavam com ar<br />
de superioridade para a multidão de governados de pele<br />
mais escura, grandes comerciantes que enriqueciam<br />
importando montanhas de produtos, de qualidade ou<br />
quinquilharias das fábricas inglesas, ausência de direitos<br />
para a maioria da população. (SCHIMIDT, 2005, p. 427).<br />
Com base na análise do texto, associada aos<br />
conhecimentos sobre o Imperialismo, pode-se afirmar:<br />
(01) O imperialismo europeu do século XIX, em direção à<br />
América Latina, foi possível após estabelecer com os<br />
Estados Unidos acordos de limites de áreas a serem<br />
recolonizadas.<br />
(02) As pesadas heranças coloniais referidas no texto<br />
explicam o limitado número de imigrantes europeus<br />
direcionados à Argentina e ao Brasil, no período de 1820 a<br />
1880.<br />
(04) Os Estados Unidos, ao se tornarem o país mais<br />
industrializado do planeta, reuniram condições econômicas<br />
e políticas para concretizar seu projeto imperialista, no<br />
século XX, em direção à América Latina.<br />
(08) O olhar de superioridade dos governos de<br />
latifundiários em relação à multidão de governados de pele<br />
mais escura revela o fortalecimento dos desequilíbrios<br />
sociais, ampliados no contexto da dominação imperialista<br />
dos Estados Unidos<br />
(16) O número de imigrantes europeus com destino aos<br />
Estados Unidos se intensificou durante a Primeira Grande<br />
Guerra, devido à ruralização da economia europeia.<br />
(32) O fortalecimento econômico do Brasil, nas três<br />
primeiras décadas do século XX, motivado pela política de<br />
substituição das importações, impediu a presença<br />
imperialista norte-americana no país, durante o período da<br />
Guerra Fria.<br />
Soma ( )<br />
A partir da análise do gráfico e dos conhecimentos sobre a<br />
representação piramidal das sociedades, pode-se afirmar:<br />
(01) A concepção piramidal da sociedade, como<br />
representada no gráfico, é característica da sociedade de<br />
classes, na qual o nível de renda é indicador primordial<br />
para a classificação social.<br />
(02) As hierarquias sociais fundamentadas no<br />
nascimento/parentesco, no prestígio, na etnia ou mesmo<br />
em fatores culturais modelam representações da sociedade<br />
de forma piramidal, a exemplo do que acontece em<br />
sociedades capitalistas.<br />
(04) A distribuição das classes na sociedade brasileira, do<br />
modo como está expressa no gráfico, é um fenômeno<br />
recente, passível de ser alterado pela pressão de crises<br />
econômicas que atinjam o mercado de trabalho,<br />
provocando desemprego e carestia de gêneros de primeira<br />
necessidade.<br />
(08) A existência efetiva da classe média brasileira pode<br />
ser reconhecida após a queda da República Velha, quando<br />
o fenômeno da<br />
urbanização se estendeu pelas principais cidades litorâneas<br />
e o setor de serviços públicos e privados ampliou o<br />
mercado de trabalho.<br />
(16) A prosperidade econômica que alcança as classes D e<br />
E através de programas assistenciais oficiais tem ampliado<br />
consideravelmente o acesso de seus componentes a<br />
serviços de boa qualidade nas áreas de saúde, educação,<br />
saneamento básico e habitação.<br />
(32) A forma de representação da sociedade brasileira,<br />
mostrada no gráfico, sinaliza a progressiva superação dos<br />
desequilíbrios sociais, embora não faça desaparecer o
distanciamento entre os privilegiados das classes A e B e<br />
os carentes das classes D e E.<br />
Soma ( )<br />
359 -<br />
recuperação econômica das classes D e E da sociedade<br />
brasileira.<br />
(32) Os países que produzem maiores quantidades de<br />
riquezas são, necessariamente, aqueles nos quais a<br />
população vive em melhores condições, sobretudo quando<br />
impera a concentração derenda.<br />
Soma ( )<br />
Com base nas representações gráficas dos países do globo,<br />
proporcionais aos temas relacionados em I e II, e nos<br />
conhecimentos sobre o estudo da população mundial,<br />
pode-se afirmar:<br />
(01) Em I, a maioria dos países em destaque possui uma<br />
irregular distribuição espacial da população, níveis de<br />
desenvolvimento heterogêneos e integra blocos<br />
econômicos distintos, mas grande parte deles não apresenta<br />
elevadas densidades demográficas.<br />
(02) Em II, estão representados alguns países considerados<br />
desenvolvidos, que se localizam no Hemisfério Norte e não<br />
detêm altas taxas de natalidade e baixas expectativas<br />
médias de vida.<br />
(04) Em II, a diminuta representatividade do continente<br />
africano advém das reais condições políticas e<br />
socioeconômicas, às quais os países que nele se encontram<br />
estão submetidos há muitos anos.<br />
(08) Os gráficos I e II permitem constatar que os países de<br />
maior representatividade absoluta da população são<br />
também os que têm maior destaque quanto ao Produto<br />
Nacional Bruto (PNB).<br />
(16) A expressiva disparidade representada pelo Brasil, em<br />
I e II, relaciona-se diretamente com a inexistência do<br />
desemprego estrutural e com a capacidade de rápida<br />
360 - O espaço é uma categoria fundamental no discurso<br />
geográfico: é no espaço que se constrói o imaginário<br />
territorial, que se definem as fronteiras nacionais, que se<br />
desenha o “corpo da pátria”. É nele que se concretizam as<br />
identidades, que se manifestam as culturas, que se<br />
estabelecem os hábitos, que se consolidam os costumes,<br />
que circulam os valores ideológicos. É nele, ou por ele, que<br />
se deflagram os conflitos entre as nações, que os homens<br />
se odeiam e aniquilam uns aos outros. É no espaço que as<br />
indústrias se estabelecem, que as transações comerciais se<br />
realizam, que os indivíduos trabalham. É no espaço que os<br />
sujeitos exploram e são explorados, que transgridam<br />
normas ou se submetem a elas. É nele que os climas se<br />
materializam, que as catástrofes naturais ocorrem, que os<br />
rios correm, que as vegetações se desenvolvem, que o<br />
relevo ganha relevo. Na <strong>Geografia</strong>, o espaço é físico, é<br />
econômico, é político. Não há, pois, como pensar o homem<br />
abstraindo essa categoria. Em outros termos, não há como<br />
pensá-lo senão em razão do lugar que o constitui como<br />
sujeito: o homem não dá um passo fora do espaço. O ser<br />
humano, assim, é o espaço que ele habita: sem o espaço, o<br />
homem é uma categoria abstrata; sem o homem, o espaço<br />
é vazio. (CARVALHO, 2005, p. 50).<br />
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as diversas<br />
maneiras de conceber e refletir sobre o espaço geográfico,<br />
é correto afirmar:<br />
(01) O espaço é, na realidade, um produto da história, um<br />
ato de sujeitos, sendo sua matéria-prima a relação<br />
sociedade-natureza e, a partir desse intercâmbio, o homem<br />
cria condições de sobrevivência.<br />
(02) A produção do espaço geográfico, sob as relações<br />
capitalistas de produção, tem originado espaços<br />
heterogêneos e inter-relacionados, decorrentes,<br />
principalmente, da ação do Estado e do capital, que criam<br />
áreas diferenciadas de desenvolvimento.<br />
(04) A natureza é mera integrante do espaço geográfico,<br />
apesar de ser uma condição abstrata de sua produção social,<br />
sendo a mesosfera o elo entre as demais esferas do sistema<br />
Terra.<br />
(08) O relevo, em particular, representa um dos elementos<br />
que possui relações de causa e efeito com vários<br />
componentes do espaço geográfico, seja influenciando as<br />
231
atividades econômicas, seja interferindo na estrutura da<br />
rede viária ou na distribuição populacional.<br />
(16) As mudanças que o homem imprime no espaço<br />
geográfico alteram os padrões sociais, políticos e<br />
ambientais, entretanto aqueles relacionados com o avanço<br />
tecnológico, na maioria das vezes, trazem progresso e<br />
benefícios para a sociedade.<br />
(32) Espaço e território são conceitos semelhantes no<br />
estudo geográfico, uma vez que ambos possuem limites<br />
espaciais idênticos, que podem ser dinâmicos e, ao mesmo<br />
tempo, cartografados sob diferentes escalas.<br />
Soma ( )<br />
361 -<br />
soja e geograficamente beneficiada pela proximidade de<br />
mercados consumidores.<br />
(16) A rota percorrida integralmente pelos participantes<br />
engloba seis grandes setores inter-regionais, com paisagens<br />
e atividades econômicas distintas: a Chapada dos<br />
Guimarães, o Meio Norte, a Chapada Diamantina, o Sertão,<br />
o baixo curso do rio São Francisco e a Zona da Mata.<br />
(32) As unidades da federação que foram incluídas no<br />
percurso possuem enormes desigualdades nos planos<br />
sociais e de extensão territorial, o que motivou o<br />
desmembramento de um dos estados, justificado por<br />
questões de ordem essencialmente política e<br />
socioeconômica.<br />
(64) A maior parte da área que envolve a competição é<br />
caracterizada pelas baixas densidades demográficas,<br />
economia baseada no extrativismo mineral e vegetal —<br />
látex, açaí, carnaúba e madeira —, agropecuária do tipo<br />
intensiva, praticada em latifúndios cuja produção visa à<br />
exportação.<br />
Soma ( )<br />
362 -<br />
Com base na ilustração e nos conhecimentos sobre as<br />
regiões brasileiras, é correto afirmar:<br />
232<br />
(01) A rota estabelecida para a competição abrangeu duas<br />
regiões do país, passando por ambientes tropicais com a<br />
presença de formações vegetais do tipo cerrados,<br />
araucárias, pradarias inundáveis, restingas e pequenas<br />
áreas de formações xerófitas.<br />
(02) A competição aconteceu, em toda sua extensão, em<br />
áreas onde é possível identificar e seguir as trilhas outrora<br />
percorridas pelos colonizadores europeus que buscavam<br />
minerais e pedras preciosas.<br />
(04) A área percorrida pelos participantes no setor oeste e<br />
no vale do São Francisco tem sofrido uma significativa<br />
redução da biodiversidade, provocada pela remoção da<br />
cobertura natural, pela contaminação dos recursos hídricos<br />
e consequente erosão acelerada do solo.<br />
(08) O trecho do percurso inserido no semiárido oferece<br />
grandes possibilidades de investimentos econômicos,<br />
sobretudo porque é uma região tradicional da cultura da<br />
Com base na ilustração, no quadro e nos conhecimentos<br />
sobre o estudo da dinâmica da natureza e a presença do<br />
homem no espaço geográfico, é correto afirmar:<br />
(01) I e II representam importantes regiões do continente<br />
americano onde ocorreu um intenso processo de
conurbação de várias metrópoles com características<br />
distintas, sendo essas regiões beneficiadas,<br />
respectivamente, pelas influências de correntes marinhas<br />
frias e quentes.<br />
(02) III e IV são correntes marinhas impulsionadas por<br />
efeitos eólicos da Zona de Convergência Intertropical e se<br />
deslocam para as altas latitudes, favorecendo a existência<br />
dos maiores bancos pesqueiros das Américas.<br />
(04) V representa uma região de extrema aridez, com a<br />
ocorrência de oueds, paisagem extremamente monótona,<br />
dominada permanentemente por processos eólicos e de<br />
ocupação humana representada pela baixa densidade<br />
demográfica.<br />
(08) A Zona de Convergência Intertropical é caracterizada<br />
pela ocorrência de grandes tempestades e chuvas<br />
torrenciais, decorrentes das condições anticíclicas que<br />
forçam o ar a se deslocar em direção à superfície, devido<br />
ao intenso calor.<br />
(16) Um voo em sentido contrário àquele indicado no mapa<br />
descreve uma trajetória de nordeste para sudoeste, das<br />
latitudes médias para o ocidente e, no seu destino, os<br />
relógios devem retroceder em função do movimento de<br />
rotação da Terra de oeste para leste.<br />
(32) A entrada dos solstícios em 21/12, conjugada aos<br />
efeitos produzidos pela latitude nos hemisférios,<br />
proporciona a existência de dias mais longos ou mais<br />
curtos, conforme pode ser constatado que, no Rio de<br />
Janeiro, o dia dura 13h 37’ e, em Paris, 8h 12’.<br />
Soma ( )<br />
363 - O aumento da demanda prevista para as próximas<br />
décadas e a urgente necessidade de agregar fontes limpas<br />
de energia à matriz energética mundial, além da eventual<br />
substituição das fontes emissoras de gases de efeito estufa,<br />
estão inseridos na perspectiva da revitalização da economia<br />
com base em grandes investimentos em pesquisa e<br />
desenvolvimento tecnológico no setor de energia<br />
renovável.<br />
A partir das informações e dos conhecimentos sobre a crise<br />
energética e as possíveis alternativas para substituição do<br />
combustível fóssil, pode-se afirmar:<br />
(01) A demanda por energia pode continuar crescendo nas<br />
próximas décadas e tal tendência deverá aumentar ainda<br />
mais a temperatura global do planeta.<br />
(02) O carvão, o petróleo e o gás natural são responsáveis<br />
pela maior parte das necessidades energéticas da Terra,<br />
contudo emitem grande parte do dióxido de carbono e<br />
outros gases associados ao efeito estufa.<br />
(04) As energias solar, eólica, hidráulica e do mar são<br />
fontes alternativas renováveis e limpas, sendo a maior parte<br />
desses recursos relacionados aos efeitos da radiação solar.<br />
(08) As correntes de maré são de baixa importância e<br />
magnitude, não sendo apropriadas para a exploração de<br />
energia, especialmente nas desembocaduras em forma de<br />
estuários.<br />
(16) A China e a Índia, mesmo possuindo um quinto da<br />
população do planeta, não devem alterar a matriz<br />
energética mundial, em razão da baixa produtividade de<br />
extensas áreas de seus imensos territórios.<br />
(32) O Brasil, um dos poucos países a controlar todo o<br />
processo de produção de combustível para usinas<br />
nucleares, domina o processo de enriquecimento e possui<br />
grandes reservas confirmadas de urânio.<br />
Soma ( )<br />
364 - Na atual época, da globalização, há uma interligação<br />
entre as economias de todas as nações, os capitais se<br />
movem em grande velocidade, bancos e empresas se<br />
associam e se fundem em diferentes países e continentes, e<br />
uma crise iniciada nos Estados Unidos, a economia mais<br />
poderosa do planeta — responsável por cerca de um quarto<br />
de tudo que é produzido no mundo —, afeta todos os<br />
mercados em questão de horas. (ZOCCHI; JONES, 2009, p.<br />
100).<br />
A partir dessas informações e dos conhecimentos sobre a<br />
crise econômica mundial e suas consequências, pode-se<br />
afirmar:<br />
(01) O fluxo intenso de produtos e serviços, a<br />
interdependência das economias dos países, a formação de<br />
blocos econômicos, como o MERCOSUL, são<br />
características da globalização.<br />
(02) A crise financeira do subprime — devedores com<br />
histórico de inadimplência ou dificuldade de comprovação<br />
de renda —, nos Estados Unidos, em meados de 2007,<br />
levou ao “estouro da bolha imobiliária”, que tomou<br />
dimensão internacional.<br />
(04) O baixo nível dos estoques mundiais de alimentos, o<br />
acesso reduzido aos créditos e a possível ocorrência de<br />
elevação da temperatura do planeta em mais dois graus, nos<br />
próximos anos, poderão provocar a diminuição mundial de<br />
alimentos, particularmente na África, na Ásia e na América<br />
Latina.<br />
(08) Os países emergentes, como a China, a Índia e a<br />
Federação Russa, ficaram à margem da tormenta,<br />
mantendo seus mercados internos e externos em equilíbrio<br />
e suas economias em crescimento.<br />
(16) A economia brasileira ainda sofre os reflexos da crise,<br />
mesmo depois de vários meses de seu início, mas é<br />
consenso de que o Brasil foi um dos países menos afetado,<br />
de acordo com pareceres de organizações, como o Fundo<br />
Monetário Internacional, o Banco Mundial e de alguns<br />
economistas do país.<br />
233
(32) A fase mais aguda da crise levou o Brasil a gastar as<br />
suas reservas em moeda forte, restringir o mercado externo,<br />
diminuindo significativamente o número de compradores,<br />
e estagnar o crescimento do PIB do país.<br />
(64) A crise econômico-financeira de 1929 e a eclodida em<br />
2008 apresentam como semelhança o processo de<br />
especulação e como diferença, a rapidez de propagação<br />
entre os mercados, fenômeno específico da sociedade<br />
globalizada.<br />
Soma ( )<br />
(16) Em V, a incessante luta ideológica entre muçulmanos<br />
e hindus — que, no final de 2008, alvejou Mumbai — é um<br />
dos conflitos que envolvem seu território, além da<br />
conturbada relação com os países vizinhos.<br />
(32) Em VI, o uso estratégico das riquezas minerais<br />
permite à República Democrática do Congo acabar com os<br />
conflitos, reconstruir seu território e, consequentemente,<br />
ter mais poder de decisão em questões geopolíticas.<br />
366 -<br />
365 -<br />
A análise dos dados da tabela e os conhecimentos sobre a<br />
política nuclear do mundo pós-Segunda Guerra Mundial<br />
permitem afirmar:<br />
234<br />
Com base nas ilustrações, nos mapas e nos conhecimentos<br />
sobre conflitos, nacionalismo e internacionalismo, pode-se<br />
concluir:<br />
(01) Em I, a maior potência do mundo, ao declarar —<br />
através do seu ex-presidente George W. Bush — guerra ao<br />
terror, apresentava alvos determinados e estabelecia regras<br />
bem definidas, respeitando o direito internacional.<br />
(02) Em II, o governo de direita, que dirige o país desde o<br />
início deste século, é grande aliado dos Estados Unidos e<br />
afirma conduzir uma revolução no país, favorecendo à<br />
classe empresarial.<br />
(04) III representa a área atacada militarmente por Israel ao<br />
final de 2008, território libanês no litoral do mar<br />
Mediterrâneo, numa reação aos frequentes ataques de<br />
grupos Fatah, apoiados por seu principal aliado, o Hamas.<br />
(08) Em IV, os conflitos já duram três décadas, envolvendo<br />
grupos étnicos e inúmeros clãs que lutaram contra os<br />
soviéticos em defesa de seus territórios, sendo que,<br />
atualmente, os Estados Unidos e seus aliados da Otan<br />
encontram-se nesse país visando conter os ataques do<br />
Taliban.<br />
(01) O número de ogivas nucleares registrado na Rússia,<br />
apoiado numa forte economia estatizada, confere àquele<br />
país, nos dias atuais, hegemonia política e o papel de maior<br />
potência nuclear do planeta.<br />
(02) O número de ogivas e os gastos militares apresentados<br />
pela Coreia do Norte, comparados com os mesmos dados<br />
da China, indicam que os norte-coreanos são menos<br />
ameaçadores para a paz mundial que os chineses.<br />
(04) O Tratado de Não Proliferação Nuclear, assinado em<br />
1968, constituiu um dos parâmetros políticos e militares<br />
que evitariam confrontos entre nações nucleares rivais,<br />
mesmo durante o período conhecido como Guerra Fria.<br />
(08) Os gastos militares, comparados com o número de<br />
ogivas disponíveis pelos Estados Unidos, sugerem que<br />
outros armamentos, que não os atômicos, ocupam as<br />
estratégias militares desse país na sua participação em<br />
conflitos políticos de diversas regiões do planeta.<br />
(16) Signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear e<br />
não dispondo ainda de nenhuma ogiva, o Irã, por questões<br />
políticas e ideológicas, torna-se uma ameaça para o<br />
equilíbrio nuclear mundial.<br />
(32) Índia e Paquistão, embora dispondo conjuntamente de<br />
um número menor de ogivas e de menor volume de gastos<br />
militares, por questões políticas e culturais, tornam-se mais<br />
vulneráveis a um conflito armado atômico que países<br />
europeus, outros países asiáticos e os Estados Unidos,<br />
como está demonstrado na tabela.
Soma ( )<br />
Questões abertas<br />
367 - A variação climática na superfície terrestre está<br />
diretamente ligada à localização de cada região nas<br />
diversas latitudes, sendo, portanto, resultante do<br />
comportamento dinâmico da atmosfera, em sua seqüência<br />
habitual, e influenciada pelos fatores geográficos regionais<br />
e locais.<br />
368 - Durante a guerra fria, os laboratórios do Pentágono<br />
chegaram a cogitar da produção de um engenho, a bomba<br />
de nêutrons, capaz de aniquilar a vida humana em uma<br />
dada área, mas preservando todas as construções. O<br />
Presidente Kennedy afinal renunciou a levar a cabo esse<br />
projeto. Senão, o que na véspera seria ainda o espaço, após<br />
a temida explosão seria apenas paisagem. Não temos<br />
melhor imagem para mostrar a diferença entre esses dois<br />
conceitos. (SANTOS, 1996, p. 85).<br />
Com base nas informações do texto, na análise do mapa e<br />
nos conhecimentos sobre os elementos e fatores<br />
geográficos do clima,<br />
• calcule as amplitudes térmicas anuais das cidades de<br />
Amiens (França), Praga (República Tcheca) e Kiev<br />
(Ucrânia), situadas em latitudes próximas;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_______________________________________<br />
___________________________________________<br />
• explique as causas das diferenças de amplitude térmica<br />
existentes entre essas cidades;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
• identifique a zona climática onde as referidas cidades<br />
estão situadas.<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_____________________________________<br />
Com base na leitura do texto e na observação das<br />
ilustrações, conceitue<br />
• paisagem;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_______________________________________<br />
___________________________________________<br />
• espaço geográfico;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_______________________________________<br />
___________________________________________<br />
235
• tempo histórico;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_____________________________________<br />
• tempo geológico.<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_____________________________________<br />
369 - A bacia hidrográfica considerada, na atualidade,<br />
como uma unidade de planejamento, corresponde à área<br />
drenada por uma rede hidrográfica organizada,<br />
hierarquicamente, em rio principal, afluentes e<br />
subafluentes. [...]. Como a grande maioria da rede<br />
hidrográfica brasileira é constituída de extensos rios de<br />
planalto, o potencial hidrelétrico, apesar da sua<br />
importância, não está totalmente aproveitado, bem como<br />
não está distribuído de maneira uniforme entre as bacias<br />
hidrográficas existentes no país. (ALMEIDA; RIGOLIN,<br />
2004, p. 127-128).<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
• cite a bacia hidrográfica de maior aproveitamento<br />
hidrelétrico;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_____________________________________<br />
• explique a razão do grande potencial hidrelétrico da bacia<br />
Amazônica;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
• mencione duas conseqüências ambientais que motivam as<br />
discussões sobre a utilização do potencial hidrelétrico<br />
dessa bacia.<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
370 - [Em 2007], 45,8% da energia usada pelos brasileiros<br />
veio de fontes renováveis, e o restante, de fontes não<br />
renováveis.<br />
Temos a matriz mais equilibrada entre as grandes nações e<br />
muitas vias para expandir nossa geração, com energia<br />
hidrelétrica, petróleo e biomassa. (BRASIL... 2009, p. 49).<br />
A partir das informações do texto e do mapa e com base<br />
nos conhecimentos sobre a hidrografia e o relevo do Brasil<br />
e seu aproveitamento energético,<br />
236<br />
• indique os tipos de regime dos rios brasileiros;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
A partir das informações do texto, da análise da ilustração<br />
e dos conhecimentos sobre questões energéticas,
• conceitue energia renovável e não-renovável, citando um<br />
exemplo de cada tipo;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_____________________________________<br />
• situe, geograficamente, o novo megacampo de petróleo,<br />
no Brasil.<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
371 - As diferenças regionais, no tocante ao<br />
desenvolvimento socioeconômico, foram aprofundadas a<br />
partir do início da industrialização do país. Desde esse<br />
marco, grandes contingentes populacionais das regiões<br />
estagnadas economicamente encontraram na emigração<br />
para as mais ricas e ativas a melhor oportunidade de<br />
sobrevivência. De fato, a maior possibilidade de obter<br />
renda e trabalho nos estados mais industrializados ou com<br />
extensas áreas de terras ainda inexploradas desencadeou<br />
grandes fluxos migratórios no interior do território<br />
brasileiro. (TAMDJIAN; MENDES, 2004, p. 122).<br />
• destaque a região que atualmente recebe mais imigrantes;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
• explique as razões dessa recente atração regional.<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
________________________________________<br />
372 - Entre as regiões econômicas do Estado da Bahia, está<br />
a Região Oeste, também conhecida como Além São<br />
Francisco, que possui áreas limítrofes com os estados de<br />
Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Piauí. Além de situar-se<br />
longe do litoral e dos maiores centros urbanos da Bahia, a<br />
região apresenta uma característica marcante: a recente<br />
expansão da agricultura moderna e da agroindústria em<br />
suas terras, com grande crescimento econômico.<br />
Com base na análise dessas informações e nos<br />
conhecimentos sobre as áreas cultivadas do Oeste Baiano,<br />
• indique dois fatores que dificultam o crescimento<br />
econômico da região;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
• explique a falta de equilíbrio de sua matriz de transporte;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_____________________________________<br />
Com base no texto, na análise da tabela e nos<br />
conhecimentos sobre as migrações internas no Brasil, •<br />
indique a região que historicamente mantém-se como a<br />
principal origem dos emigrantes;<br />
______________________________________________<br />
__________________________________________<br />
______________________________________________<br />
__________________________________________<br />
duas alternativas às rodovias da região.<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
_____________________________________<br />
237
373 -<br />
374 -<br />
O processo [...] de industrialização impulsionado [nas<br />
últimas décadas] não foi capaz de criar empregos<br />
suficientes para absorver a população economicamente<br />
ativa (PEA) [...] que passou a viver nas cidades. Na<br />
realidade, a automação do processo produtivo industrial em<br />
andamento nas últimas décadas, com a introdução de<br />
robôs, máquinas digitais e informatizadas e técnicas<br />
toyotistas de produção, tem desencadeado a dispensa de<br />
um grande contingente de operários [...]. (BOLIGIAN;<br />
ALVES, 2004, p. 409).<br />
Com base na ilustração, no texto e nos conhecimentos<br />
sobre o momento atual no contexto da sociedade<br />
contemporânea, em particular, no relacionamento do<br />
homem com a máquina,<br />
• cite uma consequência da atual automação tecnológica no<br />
plano da oferta de trabalho no Brasil;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
A partir da análise da ilustração e com base nos<br />
conhecimentos sobre desigualdades socioeconômicas<br />
regionais, associadas aos problemas de exclusão social no<br />
Brasil,<br />
• relacione dois fatores que explicam as desigualdades<br />
socioeconômicas existentes entre as regiões brasileiras;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
• apresente uma justificativa para a origem e a<br />
disseminação da intensa segregação socioespacial ocorrida<br />
nas grandes e médias cidades;<br />
238<br />
• indique uma mudança nas relações de trabalho resultante<br />
da Revolução Tecnológica;<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
• informe onde teve início o Toyotismo e cite uma das<br />
principais características desse processo de produção.<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________________<br />
______________________________________<br />
• mencione dois fatores que contribuíram para a recente<br />
elevação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no<br />
território brasileiro.<br />
______________________________________________<br />
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375 -<br />
as chuvas são abundantes e tornam o solo mais pesado. Há,<br />
entretanto, um grande número de deslizamentos<br />
provocados pela ação humana. Geralmente, estão<br />
associados à questão [da apropriação] e ao peso acumulado<br />
sobre o solo. Esses desastres ganham grandes destaques na<br />
imprensa. Nas grandes cidades e regiões metropolitanas, é<br />
comum a ocupação de encostas de morros para moradia de<br />
população de baixa renda, a mais prejudicada pelos<br />
deslizamentos. (MOREIRA; SENE, 2005, p. 124).<br />
Com base no texto apresentado e nos conhecimentos<br />
sobre as regiões tropicais,<br />
Logo após o final da Segunda Guerra Mundial (1945),<br />
o grande império soviético estava dividido<br />
administrativamente em 15 repúblicas federadas unidas<br />
por um governo central (Moscou). Essa organização se<br />
manteve até agosto de 1991, quando, após meio século de<br />
crescimento, o império soviético se desmantelou e a<br />
situação se modificou na transição para o capitalismo,<br />
deixando várias sequelas. (ADAS, 2001, p. 35).<br />
Fundamentado no mapa, no texto e nos conhecimentos<br />
sobre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas<br />
(URSS) e sua desintegração,<br />
• mencione como se organizou o espaço da União Soviética<br />
quando foi desintegrado politicamente, em 1991;<br />
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• cite dois efeitos negativos ocorridos na Federação Russa,<br />
após o fim da União Soviética.<br />
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• mencione duas características geográficas relativas a<br />
aspectos ambientais dessas regiões;<br />
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• relacione duas situações em que a ação antrópica<br />
contribui para a ocorrência dos deslizamentos nas encostas,<br />
por ocasião das chuvas de grande intensidade;<br />
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• identifique o tipo de chuva mais frequente nos meses de<br />
verão.<br />
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376 - [Nas regiões tropicais] e no Brasil, em particular, os<br />
movimentos de solos nas encostas são muito frequentes,<br />
principalmente no verão, [no Sudeste brasileiro], quando<br />
239
377 -<br />
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• estabeleça um contraste entre as sub-regiões I e IV.<br />
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378 -<br />
Com base no mapa, no perfil e nos conhecimentos<br />
sobre o Nordeste brasileiro,<br />
240<br />
• identifique, no perfil longitudinal A-B, as quatro grandes<br />
sub-regiões;<br />
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• cite duas características da sub-região II, em relação à<br />
exploração agrícola;<br />
Com base no mapa, nas informações contidas no<br />
quadro e nos conhecimentos sobre as regiões desérticas<br />
destacadas,<br />
• indique um aspecto comum, quanto à localização<br />
geográfica, existente entre os desertos africanos e o sulamericano<br />
referidos;<br />
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• identifique o tipo de erosão predominante nos ambientes<br />
desérticos;<br />
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• cite uma razão da importância estratégica da península<br />
arábica no cenário mundial.<br />
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