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BIOLOGIA<br />
3
Coordenação editorial: Estúdio Conejo, Zênite.<br />
Preparação de texto: Zênite, <strong>Vinicius</strong> Santana Pedreira.<br />
Ilustrações: Ingrid de Castro<br />
Organizador: Estúdio Conejo<br />
Obra coletiva concebida, desenvolvida<br />
e produzida pelo estúdio Conejo.<br />
Editor Executivo:<br />
Pedro Yañez.<br />
Livro do professor:<br />
VINÍCIUS SANTANA PEDREIRA<br />
4
Caro estudante,<br />
O presente roteiro de estudos não tem a pretensão de ser um livro didático,<br />
mas sim um material que objetiva o acompanhamento das aulas<br />
e uma melhor orientação para o seu estudo de <strong>Biologia</strong>. O uso deste<br />
material, acompanhado de dois ou mais livros didáticos (sugeridos na<br />
referência bibliográfica), constitui uma estratégia de aprendizagem e<br />
aplicação dos conhecimentos biológicos para a prestação do Exame<br />
Nacional do Ensino Médio —ENEM – e dos principais vestibulares<br />
do país.<br />
Aconselho que este material seja levado a todas as aulas de <strong>Biologia</strong>,<br />
haja vista que parte dele será construído em sala com seu(s) professor(es),<br />
permitindo uma melhor interação nas aulas, bem como melhor<br />
desempenho na disciplina. Espero que, ao longo do período letivo,<br />
você possa desenvolver as competências e habilidades deste componente<br />
curricular e apresente sucesso nos exames que pretende fazer.<br />
Abraço, bons estudos e SUCESSO!!!<br />
Bom estudo!<br />
;)<br />
5
SUMÁRIO<br />
1 VIDA........................................................................................<br />
2 METODO CIENTIFICO..........................................................<br />
3 ORIGEM DA VIDA.................................................................<br />
4 ECOLOGIA .............................................................................<br />
5 CITOLOGIA ............................................................................<br />
6 GENÉTICA ..............................................................................<br />
7 ENGENHARIA GENÉTICA ...................................................<br />
8 EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES ..................................................<br />
9 EMBRIOLOGIA ......................................................................<br />
10 HISTOLOGIA .......................................................................<br />
11 TAXONOMIA ........................................................................<br />
12 VÍRUS ....................................................................................<br />
13 GRANDES REINOS .............................................................<br />
14 PROBLEMAS DE SAÚDE .....................................................<br />
15 EXERCICIOS GERAIS .........................................................<br />
11<br />
17<br />
21<br />
27<br />
43<br />
71<br />
81<br />
85<br />
91<br />
95<br />
105<br />
109<br />
113<br />
141<br />
149<br />
7
CAPÍTULO 1<br />
VIDA.<br />
9
1-VIDA<br />
Definir vida é algo complicado para os cientistas, haja vista uma infinidade de características encontradas na grande<br />
diversidade biológica de nosso planeta. Por isso, se aceita como definição para vida a caracterização dos seres<br />
vivos:<br />
Os seres vivos são seres que contém informação hereditária reproduzível codificada em moléculas de<br />
ácidos nucléicos e que controlam a velocidade de reações de metabolização pelo uso de catálise com proteínas<br />
especiais chamadas de enzimas.<br />
O estudo biológico é feito a partir dos níveis de organização da vida, do micro ao macro:<br />
1.1 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA<br />
1.2 SERES VIVOS<br />
CARACTERÍSTICAS<br />
01. Composição Química<br />
Substâncias inorgânicas: água e sais minerais<br />
Substâncias orgânicas: carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos nucleicos, vitaminas<br />
11
02. Organização Celular<br />
Células procarióticas: são células relativamente simples, apresentando parede celular composta por<br />
peptidoglicanos, membrana plasmática, citossol, ribossomos e material genético difuso no citoplasma.<br />
Células eucarióticas: são células complexas e compartimentalizadas. Apresentam membrana plasmática,<br />
citossol, sistema de endomembranas, citoesqueleto, ribossomos, além de outros orgânulos membranosos. O<br />
seu material genético é envolvido por uma membrana nuclear que foi formada a partir de invaginações da<br />
membrana plasmática.<br />
Célula Vegetal<br />
Célula Animal<br />
03. Metabolismo<br />
Conjunto das reações químicas que ocorrem no interior da célula. Eles se dividem em anabolismo e<br />
catabolismo. Anabolismo caracteriza reações de síntese (construção), que consomem energia, tendo como<br />
exemplos a fotossíntese e a tradução (síntese de proteínas). Catabolismo agrega as reações de análise<br />
(quebra) e apresentam a liberação de energia. A fermentação e a respiração aeróbica são exemplos.<br />
04. Nutrição<br />
Autotrófica: o ser vivo fabrica o próprio alimento. Na fotossíntese plantas, algas e algumas bactérias<br />
convertem energia luminosa em energia química. Na quimiossíntese há a conversão de energia química<br />
liberada por uma oxidação de um composto inorgânico em energia química utilizável, processo realizado<br />
pelas sulfo, ferro e nitrobactérias.<br />
Heterotrófica: o ser vivo ingere outro(s) ser(es) vivo(s). A energia no interior da célula é transferida por meio<br />
da adenosina trifosfato (ATP).<br />
12
05. Crescimento<br />
Aumento de volume: acontece nos organismos<br />
unicelulares.<br />
Aumento do número de células: ocorre nos<br />
organismos multicelulares.<br />
06. Homeostase<br />
Manutenção do equilíbrio interno do sistema<br />
vivo.<br />
07. Reprodução<br />
Assexuada: é um processo de baixa<br />
variabilidade, que geralmente possui uma<br />
grande quantidade de descendentes.<br />
Sexuada: é um processo complexo com poucos<br />
descendentes — em relação à assexuada. Nela<br />
ocorre encontro de gametas, que garante uma<br />
grande variabilidade genética. Tipos de Ciclos<br />
de Vida:<br />
Haplôntico:<br />
Haplôntico-Diplôntico:<br />
Fonte: Infoescola<br />
08. Evolução<br />
O conjunto de mutações, recombinação gênica e<br />
migrações garante aos seres vivos variabilidade<br />
genética. A seleção natural garante a<br />
sobrevivência dos organismos melhores<br />
adaptados, caracterizando assim o processo de<br />
evolução.<br />
Diplôntico:<br />
13
CAPÍTULO 2<br />
MÉTODO CIENTÍFICO.<br />
15
2-MÉTODO CIENTÍFICO<br />
Método científico é o conjunto das normas básicas que devem ser seguidas para a produção de<br />
conhecimentos que têm o rigor da ciência, ou seja, é um método usado para a pesquisa e comprovação de<br />
um determinado conteúdo, partindo da observação sistemática de fatos, seguido da realização de<br />
experiências, das deduções lógicas e da comprovação científica dos resultados obtidos. Para diversos autores o<br />
método científico é a lógica aplicada à ciência.<br />
São etapas do Método Científico:<br />
I. Observação<br />
II. Levantamento de Hipóteses<br />
Uma hipótese científica é uma proposição especulativa que se aceita de forma provisória como ponto de partida de<br />
uma investigação. A verdade ou refutação da hipótese é determinada graças a raciocínios ou experiências.<br />
III. Experimentação (grupo teste x grupo controle)<br />
Um grupo de controle científico permite o estudo experimental de uma variável por vez, e é parte vital do método<br />
científico. Num experimento controlado, dois experimentos idênticos são conduzidos. Em um deles (o tratamento),<br />
o fator testado é aplicado, enquanto no outro (o controle) o fator testado não é aplicado.<br />
IV. Teoria<br />
Teoria é o conjunto de princípios fundamentais de uma ciência. Representa o conjunto de ideias, base de um<br />
determinado tema, que procura transmitir uma noção geral de alguns aspectos da realidade.<br />
V. Reprodutibilidade<br />
VI. Lei Natural<br />
Lei, no sentido científico, é uma regra que estabelece uma relação constante entre fenômenos ou entre fases de um<br />
só fenômeno. Através de observação sistemática, a lei descreve um fenômeno que ocorre com certa regularidade,<br />
associando as relações de causa e efeito.<br />
17
CAPÍTULO 3<br />
ORIGEM DA VIDA.<br />
19
3-ORIGEM DA VIDA<br />
3.1 Abiogênese<br />
A vida surge a partir da matéria inanimada (teoria da<br />
geração espontânea).<br />
Defensores<br />
a) Aristóteles: defendia a existência de uma força<br />
vital, presente na matéria inanimada, que tinha a<br />
capacidade de transformá-la em um ser vivo.<br />
b) Van Helmont: influenciado pela teoria<br />
aristotélica, Van Helmont chegou a elaborar “uma<br />
receita” para produzir ratos por geração espontânea,<br />
que consistia em camisas sujas, dispostas em um<br />
canto, com grãos de trigo, e em vinte e um dias, ratos<br />
apareceriam por abiogênese.<br />
c) Needham: realizou um experimento onde<br />
aquecia os frascos com caldo nutritivo por algum<br />
tempo e depois os fechava com rolhas. Em alguns<br />
dias, surgiram microrganismos.<br />
3.2 Biogênese<br />
A vida surge a partir da vida pré-existente.<br />
Defensores<br />
a) Redi: formulou a hipótese de que os seres<br />
vermiformes que apareciam em restante de<br />
alimentos eram estágios imaturos do ciclo de certas<br />
moscas. Ele acreditava que os vermes surgiram a<br />
partir de ovos depositados pelas moscas, e não por<br />
geração espontânea. O seu experimento consistiu em<br />
colocar cadáveres de animais em frascos abertos e<br />
frascos fechados com gaze, e após alguns dias de<br />
observação, os vermes surgiram apenas nos frascos<br />
abertos.<br />
b) Spallanzani: confrontando a experiência de<br />
Needham, Spallanzani aqueceu seus frascos de caldo<br />
nutritivo tempo o suficiente para ser esterilizado e<br />
fechado hermeticamente. Observou, após o<br />
experimento, que não surgiam microrganismos.<br />
c) Pasteur: realizou a experiência definitiva que<br />
comprovou a biogênese. O caldo nutritivo foi<br />
fervido e colocado em frascos com o gargalo<br />
retorcido, dificultando a passagem dos<br />
microrganismos, que ficavam presos nas curvas.<br />
Sendo assim, o caldo nutritivo permaneceu intacto.<br />
Para comprovar a hipótese, ele quebrou os gargalos<br />
e, com alguns dias, percebeu que o conteúdo já<br />
estava infestado de microrganismos.<br />
Experimento de Pasteur<br />
3.3 Teorias sobre a origem da vida<br />
Criacionismo ou Fixismo defende a presença de<br />
uma divindade como criadora do universo e da vida<br />
na Terra. No criacionismo clássico, Deus criou o<br />
mundo em seis dias e as espécies criadas são as<br />
mesmas existentes nos dias atuais. Entretanto,<br />
eventos cataclísmicos teriam extinguido algumas<br />
espécies.<br />
Panspermia defende que a vida teria surgido em<br />
outro planeta e, a partir de algum evento (como do<br />
deslocamento de um cometa ou meteoro<br />
“contaminado”), a vida teria vindo para a Terra,<br />
infestando o planeta.<br />
Naturalista é a teoria que defende que os seres vivos<br />
teriam surgido naturalmente ao acaso, com junções e<br />
ligações moleculares, sendo a mais aceita pela<br />
comunidade científica nos dias atuais.<br />
21
3.4 Teoria naturalista de Oparin-Haldane<br />
01. Condições na Terra primitiva<br />
Atmosfera inóspita (temperatura elevada; composta<br />
por CH 4, NH 3, H 2 e H 2O (v), disposta a constantes<br />
descargas elétricas);<br />
Superfície incandescente;<br />
01. Resfriamento da Terra<br />
Formação dos mares primitivos;<br />
Aumento da complexidade dos compostos<br />
orgânicos;<br />
02. Formação de polissacarídeos, proteínas, ácidos<br />
nucleicos e fosfolipídios<br />
03. Surgimento dos coacervatos (micelas formadas<br />
por proteínas envoltas por uma película de água) e<br />
esferas fosfolipídicas<br />
04. Surgimentos de sistemas isolados → Protocélula<br />
05. Célula: 1º ser vivo<br />
3.5 Experimento de Fox-Miller<br />
3.7 Hipótese Autotrófica Quimiossintetizante<br />
O primeiro ser vivo era quimiossintetizante e<br />
semelhante com as atuais arqueobactérias<br />
(Archaea). É a mais aceita atualmente<br />
*Não existe modelo que defenda que o primeiro ser<br />
vivo seja fotossintetizante, uma vez que o aparato<br />
metabólico exigido pela fotossíntese é<br />
extremamente complexo.<br />
3.8 Evolução do material genético<br />
“Mundo de RNA”<br />
Os primeiros seres vivos teriam como material<br />
genético as ribozimas (RNA capaz de catalisar e<br />
replicar).<br />
01. Ribozimas<br />
02. RNA → tradução → Proteínas<br />
03. DNA → transcrição → RNA → tradução →<br />
Proteínas<br />
3.9 Evolução dos processos bioenergéticos<br />
Quimiossíntese e Fermentação<br />
↓<br />
Fotossíntese anaeróbica<br />
(utiliza H 2S e libera o S)<br />
↓<br />
Fotossíntese aeróbica<br />
(utiliza H 2O e libera o O 2)<br />
↓<br />
Respiração aeróbica<br />
3.6 Hipótese Heterotrófica<br />
O primeiro ser vivo era heterótrofo e alimentava-se<br />
das moléculas orgânicas dos mares primitivos<br />
(fermentador). Entretanto, as moléculas orgânicas<br />
não se multiplicam, então com o seu fim, o fim da<br />
vida do ser primitivo seria inevitável.<br />
22
3.10 Evolução das células (esquema em sala de aula)<br />
23
CAPÍTULO 4<br />
ECOLOGIA.<br />
25
4- ECOLOGIA<br />
Corresponde ao “estudo da casa”. Ramo da biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o<br />
ambiente.<br />
4.1 CONCEITOS IMPORTANTES<br />
Níveis de organização da vida associados ao estudo ecológico (esquema em sala de aula)<br />
Hábitat<br />
Hábitat é o local onde vive uma determinada espécie<br />
Nicho Ecológico<br />
Corresponde a todas as interações que a espécie tem nesse ambiente.<br />
Ecossistema<br />
Unidade de estudo da ecologia. Estuda as interações dos seres vivos com o ambiente, no que diz respeito<br />
ao fluxo de energia e aos ciclos da matéria.<br />
(esquema fluxo de energia e ciclo da matéria em sala de aula)<br />
27
Cadeia Alimentar<br />
Representação esquemática da transmissão de<br />
matéria e energia num ecossistema. Na cadeia, tem-se<br />
um único sentido alimentar.<br />
Níveis tróficos<br />
1º Produtores (fotossintetizantes: plantas /<br />
fitoplâncton)<br />
2º Consumidores primários (heterótrofos:<br />
herbívoros / zooplâncton)<br />
3º Consumidores secundários (heterótrofos:<br />
carnívoros)<br />
4º Consumidores terciários (heterótrofos:<br />
carnívoros)<br />
Nº Decompositores (heterótrofos: fungos e<br />
bactérias)<br />
As cadeias alimentares terão poucos níveis tróficos, pois a energia é dissipada ao longo da cadeia sob a<br />
forma de calor;<br />
As cadeias alimentares são mais didáticas que reais. As setas que indicam transferência vão de “quem é<br />
comido para quem come”;<br />
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Teia Alimentar<br />
É o conjunto de cadeias alimentares. Mostra as várias possibilidades alimentares dos seres vivos. Seres<br />
com alimentação diversificada, como os humanos, são denominados onívoros.<br />
(http://www.qued.com.br/site/index.php/videos-e-imagens/detalhe_galeria_imagens?id_cat=18&id_foto=145&id_gal=41)<br />
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Pirâmide Ecológica<br />
São formadas por retângulos sobrepostos e mostram, de maneira mais simples, a transferência de matéria<br />
e energia em uma cadeia alimentar. A inconveniência é o ocultamento dos decompositores, representando apenas<br />
um determinado período de tempo da cadeia.<br />
A depender do parâmetro, as pirâmides podem ser:<br />
01. De números<br />
02. De biomassa<br />
03. De energia<br />
30
4.2 Ciclos Biogeoquímicos<br />
São os ciclos da matéria em um ecossistema<br />
Ciclo da Água<br />
31
Ciclo do Carbono<br />
Ciclo do Oxigênio<br />
32
Ciclo do Nitrogênio<br />
33
34<br />
Ciclo do Fósforo
4.3 Alelobiose<br />
Estudo das interações entre os seres vivos, que<br />
podem ser:<br />
Interespecífica: entre espécies diferentes.<br />
Intraespecífica: dentro da mesma espécie.<br />
Harmônica: um indivíduo é beneficiado e o outro,<br />
pelo menos, não tem prejuízo. (+, +) ou (+, 0).<br />
Desarmônica: um dos indivíduos é prejudicado (ou<br />
ambos). (+, -) ou (0, -) ou (-, -).<br />
Exemplos:<br />
Relações Harmônicas Intraespecíficas:<br />
-Colônia Isomórfica: (+, +) indivíduos agrupados e<br />
sem liberdade, onde não há divisão de trabalho.<br />
Apresentam maior possibilidade de perpetuação da<br />
espécie. Ex.: bactérias, leveduras, poríferos.<br />
-Colônia Heteromórfica: (+, +) indivíduos<br />
agrupados e sem liberdade, mas apresentam divisão<br />
de tarefas e possuem diferenças anatômicas que<br />
permitem desempenho de função específica . Ex.:<br />
caravela.<br />
-Sociedade: (+, +) indivíduos livres, mas<br />
apresentam divisão de tarefas e possuem diferenças<br />
anatômicas que permitem desempenho de função<br />
específica (espécie dividida em castas). Ex.: abelhas,<br />
formigas, cupins, humanos*.<br />
-Bando (tribo): (+, +) relação não obrigatória<br />
observada em algumas espécies. Ex.: leões,<br />
elefantes, lobos.<br />
Relações Harmônicas Interespecíficas:<br />
-Mutualismo: (+, +) indivíduos que se ajudam<br />
mutuamente. Relação obrigatória. Ex.: cupins e<br />
protozoários, rhizobium e leguminosas, líquens<br />
aquáticos.<br />
(algas + fungos), micorrizas (raízes + fungos).<br />
-Protocooperação: (+, +) indivíduos que se ajudam<br />
mutuamente. Relação facultativa. Ex.: paguro e<br />
actínia, peixe-piloto e tubarão, pássaro palito e<br />
jacaré, pássaros e bovinos.<br />
-Comensalismo: (+, 0) um indivíduo alimenta-se<br />
dos restos alimentares (sobras) de outros. Ex.: hienas<br />
e leões, bactérias intestinais e humanos, rêmora e<br />
tubarão.<br />
-Inquilinismo: (+, 0) um indivíduo mora sobre ou<br />
dentro de outro indivíduo. Ex.: plantas epífitas e<br />
árvores, fierásfer e pepino-do-mar, peixe palhaço e<br />
anêmona.<br />
Relações Desarmônicas Intraespecíficas:<br />
-Competição Intraespecífica: (+, -) ou (-, -)<br />
indivíduos de mesma espécie disputam alimento,<br />
espaço, parceiro sexual, (...). Ex.: esta competição<br />
ocorre em todas as espécies..<br />
-Canibalismo: (+, -) indivíduos alimentam-se de<br />
integrantes de sua própria espécie. Ex.: humanos,<br />
geralmente associados à um ritual religioso. Nos<br />
demais animais, ocorre devido a disputa por<br />
territórios ou problema com os filhotes.<br />
Relações Desarmônicas Interespecíficas:<br />
-Competição Interespecífica: (+, -) indivíduos de<br />
espécies distintas apresentam sobreposição de seus<br />
nichos ecológicos. Os seres vão competir<br />
exatamente pela característica que possuem em<br />
comum. Ex.: quati e gambá competirão por<br />
alimentos, leveduras e bactérias patogênicas<br />
intestinais disputarão espaço.<br />
-Amensalismo ou Antibiose: (0, -) integrantes de<br />
uma espécie produzem e liberam toxinas que<br />
provocam a morte de indivíduos de outra(s)<br />
espécie(s). Ex.: eucalipto e plantas rasteiras, fungos<br />
(“Pennicilium”) e bactérias, algas pirrófitas e seres<br />
35
4.5 ESTUDO DAS COMUNIDADES<br />
Comunidade ou Biocenose<br />
Conjunto de populações que vivem num mesmo<br />
ambiente durante um intervalo de tempo.<br />
Sucessão ecológica<br />
Corresponde a alteração da biodiversidade local em<br />
um determinado período de tempo. Pode ser:<br />
I. Sucessão primária<br />
Ecese (início da colonização por espécie(s)<br />
pioneira(s))<br />
Série (aumento gradativo da biodiversidade)<br />
Comunidade clímax (equilíbrio dinâmico da<br />
biodiversidade)<br />
II. Sucessão secundária<br />
Espécies remanescentes<br />
Série<br />
Comunidade clímax<br />
4.6 ESTUDO DOS BIOMAS<br />
Bioma<br />
Conjunto de ecossistemas que apresentam<br />
homogeneidade.<br />
Principais biomas terrestres<br />
Polos: região de baixa biodiversidade, ausente de<br />
vegetação, que será sustentada pelo fitoplâncton. É<br />
um bioma que sofre de seca fisiológica, ou seja, falta<br />
de água em estado líquido.<br />
Tundra: região caracterizada por uma vegetação<br />
rasteira, composta por musgos e gramíneas, que<br />
aparece apenas durante os três meses de verão, onde<br />
a temperatura atinge no máximo 10ºC, tendo apenas<br />
uma camada superficial do solo descongelada,<br />
impedindo a drenagem de água.<br />
pela homogeneidade da floresta de coníferas,<br />
constituída basicamente por gimnospermas.<br />
Apresenta duas estações e possui biodiversidade<br />
limitada.<br />
Floresta Temperada: característica de certas regiões<br />
da Europa e América do Norte, a floresta temperada<br />
apresenta uma grande biodiversidade. As quatro<br />
estações são bem definidas, com uma vegetação<br />
caducifólia, que caracteriza a perda da folhagem no<br />
outono para readquiri-la na primavera.<br />
Floresta Tropical: localiza-se na faixa equatorial,<br />
regiões de baixa latitude com um elevado índice de<br />
umidade e pluviométrico. Possui altas médias<br />
térmicas, além do maior nível de biodiversidade<br />
existente nos biomas, que caracteriza uma vegetação<br />
perenifólia e heterogênea.<br />
Campos: é um bioma bastante diverso, que engloba a<br />
Caatinga, Cerrado, Pampas, Savanas, dentre outros.<br />
A vegetação rasteira tem predominância,<br />
ligeiramente arbustiva.<br />
Desertos: são caracterizados pela escassa<br />
biodiversidade, acumulada apenas em oasis. A<br />
umidade no bioma é próxima de zero, que está<br />
intimamente atrelada à uma elevada amplitude<br />
térmica.<br />
Manguezais: desenvolvem-se em solo lodoso e<br />
salgado, geralmente próximos a rios e baías. Existe<br />
uma elevada disponibilidade de nutrientes minerais e<br />
matéria orgânica, servindo de alimento para diversas<br />
espécies.<br />
Ecótone<br />
Zonas de transição entre dois ou mais biomas.<br />
Apresentam grande biodiversidade.<br />
Taiga: situada ao norte do planeta, é uma conhecida<br />
37
4.7 ESTUDO DA BIOSFERA<br />
Biosfera<br />
Conjunto de todos os biomas (ou ecossistemas) do planeta. É dividida em talassociclo, epinociclo e limnociclo.<br />
Talassociclo<br />
Ciclo das águas salgadas;<br />
É o maior dos biociclos, ocupando cerca de 75% da superfície;<br />
Possui maior biodiversidade;<br />
Baixa amplitude térmica;<br />
Seres: planctônicos, bentônicos (presos ao substrato oceânico), nectônicos (seres com mobilidade própria);<br />
Zonas: (esquema em sala de aula)<br />
Epinociclo<br />
Ciclo das terras emersas;<br />
Grande biodiversidade;<br />
Alta amplitude térmica (graças ao elevado teor em minerais no solo);<br />
Distribuição da vida depende do clima, altitude, latitude, solo, etc.<br />
Limnociclo<br />
Ciclo das águas doces;<br />
Biodiversidade limitada;<br />
Províncias: lótica (águas em movimento), lêntica (água parada)<br />
38
4.8 AÇÃO ANTRÓPICA<br />
Poluição é o acúmulo de materiais e/ou energia que causa desequilíbrio no ambiente, prejudicando várias formas<br />
de vida. Pode caracterizar-se quanto à fonte e quanto ao local.<br />
Poluição quanto à fonte:<br />
Poluição química: ocorrente do lançamento de<br />
resíduos químicos no ambiente.<br />
a) Crônica: acúmulo gradativo e em pequenas<br />
quantidades<br />
b) Aguda: acúmulo imediato e intenso de poluentes<br />
Poluição física: relacionada à energia.<br />
a) Térmica: excesso de calor, em situação criada<br />
pelo homem. Quando lançada em água, a elevação<br />
de sua temperatura reduz o seu nível de oxigenação.<br />
b) Luminosa: o excesso de luz desorienta animais e<br />
plantas.<br />
c) Mecânica: ocorre devido à ausência de<br />
vegetação, que termina por causar enxurradas,<br />
erosão e deslizamento nas encostas em épocas de<br />
chuvas.<br />
Poluição quanto ao local:<br />
<br />
Ar<br />
a) Partículas sólidas: poeira, fuligem.<br />
b) CO 2, CH 4 e NO x: gases estufa.<br />
c) NO x e SO 2: geram a chuva ácida.<br />
d) O 3: fora da atmosfera, causa irritação nos olhos,<br />
nariz e mucosas.<br />
e) CO: gás letal em grandes concentrações.<br />
<br />
Água<br />
a) Esgoto: favorece a proliferação de<br />
microrganismos aeróbicos<br />
b) Eutrofização: a proliferação de microrganismos<br />
aeróbicos resulta no consumo do gás oxigênio<br />
presente na água, reduzindo, portanto, seu nível de<br />
oxigenação.<br />
<br />
Poluição físico-química: consiste na exposição<br />
do resíduo atômico.<br />
<br />
Solo<br />
<br />
Poluição biológica: acúmulo acentuado de<br />
esgotos.<br />
a) Pesticidas: ao se acumular nos organismos,<br />
gerará a magnificação trófica<br />
b) Lixo: além da alta toxidade do chorume, “gás do<br />
lixo”, ainda existe a problemática da lenta taxa de<br />
decomposição de alguns materiais.<br />
39
Magnificação Trófica ou Bioacumulação:<br />
Aumento da concentração de um poluente ao longo da cadeia alimentar. Ex.: pesticidas (como o DDT) e metais<br />
pesados.<br />
Efeitos mais significativos da poluição:<br />
Efeito Estufa<br />
Consiste na elevação da temperatura ambiental causada pela reirradiação para a superfície terrestre de parte da<br />
radiação infravermelha absorvida da luz solar pelas nuvens e por certos gases atmosféricos como dióxido de<br />
carbono, metano e dióxido de nitrogênio.<br />
Agravamento do efeito estufa<br />
Muitos cientistas acreditam que está<br />
ocorrendo uma intensificação do efeito<br />
estufa devido à interferência humana e<br />
que nos próximos anos a temperatura<br />
média na superfície terrestre sofrerá um<br />
aumento significativo.<br />
Destruição da Camada de Ozônio<br />
A humanidade contribui com a destruição da camada de ozônio pela liberação para a atmosfera dos gases do grupo<br />
dos CFCs. Esses gases são sintéticos, produzidos em laboratórios e indústrias. Eles se acumulam nas altas<br />
camadas da atmosfera onde o cloro, presente em suas moléculas, reage com as moléculas de ozônio,<br />
quebrando-as.<br />
40
CAPÍTULO 5<br />
CITOLOGIA.<br />
41
5-CITOLOGIA<br />
5.1: INTRODUÇÃO<br />
Citologia<br />
É o estudo das células.<br />
Célula<br />
É a unidade morfofisiológica de estrutura dos seres<br />
vivos.<br />
orgânulos membranosos. Seu material genético é<br />
envolvido por uma membrana nuclear. Acredita-se<br />
que a célula eucariótica tenha sido formada por<br />
invaginações da membrana da célula procariótica e<br />
relações mutualísticas.<br />
Teoria Celular<br />
Todos os seres vivos são formados por células,<br />
exceto o vírus;<br />
Toda célula surge de outra pré-existente, exceto a<br />
primeira;<br />
Todas as reações metabólicas ocorrem ao nível<br />
celular.<br />
Classificação das Células<br />
01. Quanto à evolução:<br />
A célula procariótica é caracterizada pela dispersão<br />
do material genético no citoplasma; ausência de<br />
sistema de endomembranas, compartimentação ou<br />
divisão do trabalho; DNA circular desprovido de<br />
proteínas estruturais; presença de parede celular de<br />
peptidoglicano; membrana plasmática com<br />
aderência do mesossomo e ribossomos 70S.<br />
02. Quanto à diferenciação celular<br />
(especialização):<br />
*diferenciação ou especialização celular: é a<br />
capacidade que células (eucarióticas) tem de mudar<br />
a forma para desempenhar uma função. Ocorre<br />
devido a ativação diferencial dos genes.<br />
Indiferenciadas<br />
A célula eucariótica é complexa<br />
ecompartimentalizada. Apresenta membrana<br />
plasmática, citossol, sistema de endomembranas,<br />
ribossomos 80S, citoesqueleto, além de outros<br />
São divididas entre totipotentes e pluripotentes. As<br />
totipotentes são as células-tronco embrionárias<br />
animais (também encontradas no meristema<br />
primário de células vegetais), com um grande<br />
potencial mitótico e a capacidade de se transformar<br />
em qualquer outra célula do organismo. As<br />
pluripotentes são as células-tronco adultas, presentes<br />
no organismo formado, possuindo capacidade<br />
mitótica e de diferenciação limitadas se comparadas<br />
às totipotentes.<br />
43
Obs.: Células-tronco<br />
São capazes de formar os tecidos permanentes<br />
(epiteliais, conjuntivos, musculares e nervoso).<br />
Perspectiva: uso de células-tronco embrionárias na<br />
formação em laboratório de tecidos.<br />
Como obter: através da clonagem terapêutica<br />
Problema ético: destruição de embrião clone para<br />
uso das células-tronco.<br />
Proposta alternativa: uso de CTE induzidas (células<br />
adultas que sofrem adições químicas para<br />
regredirem ao estágio de células totipotentes).<br />
Diferenciadas<br />
Lábeis são células de vida curta, encontradas em<br />
tecidos de constante renovação. Alguns exemplos<br />
são as hemácias, que tem um ciclo de vida em torno<br />
de 120 dias, e os espermatozoides, que sobrevivem<br />
cerca de 2 dias fora do aparelho reprodutor<br />
masculino.<br />
Estáveis são células que possuem um maior grau de<br />
especialização e se dividem de acordo com a<br />
necessidade. As células epiteliais e as células<br />
musculares lisas são exemplos.<br />
Permanentes são células altamente diferenciadas,<br />
com funções bastante especializadas e que não<br />
sofrem reposição ou regeneração. Ex: neurônios,<br />
células cone e bastonetes.<br />
sua função e, consequentemente, recuperaram o<br />
potencial de divisão mitótica. Nos vegetais, estão<br />
presente no meristema secundário, atuando no<br />
crescimento lateral. Nos animais, a presença dessas<br />
células caracteriza as neoplasias (tumorações).<br />
Tumores ou Neoplasias<br />
São aglomerações de células desdiferenciadas que<br />
sofrem mitoses sucessivas e descontroladas. O<br />
controle das divisões celulares numa célula normal é<br />
feito por dois mecanismos: contato entre células<br />
vizinhas e desgaste dos telômeros. As células<br />
cancerígenas não possuem controle da divisão (a<br />
enzima “telomerase”, que reconstitui os telômeros,<br />
está ativa nas células cancerígenas).<br />
Neoplasia benigna: o tumor não invade tecidos<br />
vizinhos e possui um formato regular. Miomas e<br />
lipomas são alguns exemplos de tumorações<br />
benignas.<br />
Neoplasia maligna (câncer): o tumor invade os<br />
tecidos vizinhos, possui formato irregular, estimula<br />
a angiogênese (formação de vasos sanguíneos) e<br />
podem sofrer metástase.<br />
Carcinoma: originário de tecidos epiteliais. Alta<br />
probabilidade de metástase. (Ex: câncer de pele, de<br />
mama, de pulmão, de fígado, de estômago).<br />
Sarcoma: originário de tecidos conjuntivos. (Ex:<br />
sarcomas de Kaposi, sarcoma ósseo, sarcoma<br />
cartilaginoso).<br />
Linfoma: originário dos linfonodos.<br />
Os tratamentos para a neoplasia envolvem<br />
quimioterapia, radioterapia e cirurgia.<br />
Obs.: Quanto maior o grau de diferenciação de<br />
uma célula, menor é sua capacidade de sofre<br />
mitoses!!!<br />
**metástase: é a migração das células cancerígenas<br />
para outras partes do corpo, dificultando o<br />
tratamento.<br />
Desdiferenciadas<br />
São células que eram diferenciadas, mas devido a<br />
ação de fatores exógenos ou endógenos, perderam a<br />
44
5.2: A QUÍMICA DA CÉLULA<br />
Água<br />
É a substancia mais abundante na célula (cerca de<br />
70%);<br />
A disposição dos átomos na molécula lhe confere<br />
formato espacial tetraédrico e polaridade;<br />
É o solvente universal;<br />
Possui tensão superficial;<br />
Apresenta capilaridade;<br />
É veículo de transporte de substância dos seres<br />
vivos;<br />
Participa da regulação térmica nos sistemas vivos;<br />
Sais Minerais<br />
Correspondem a cerca de 1% da composição celular<br />
e são encontrados sob forma iônica ou sob forma<br />
imobilizada;<br />
Carboidratos<br />
Hidratos de carbono ou açúcares ou, ainda, glicídios;<br />
A função principal é a energética;<br />
Classificação:<br />
Monossacarídeos (CH 2O) n: tetroses, pentoses<br />
(desoxirribose, ribose), hexoses (glicose, frutose,<br />
galactose), heptoses, (...).<br />
Dissacarídeos: sacarose (glicose + frutose), maltose<br />
(glicose + glicose), lactose (glicose + galactose).<br />
Polissacarídeos: amido (reserva vegetal), glicogênio<br />
(reserva animal de curto prazo/reserva fungíca),<br />
celulose (presente na formação da parede celular<br />
vegetal), quitina (parede celular dos fungos e<br />
exoesqueleto artrópode).<br />
Lipídios<br />
Conhecidos vulgarmente por gorduras;<br />
A função principal é de reserva energética;<br />
Classificação:<br />
Glicerídeos: óleos (origem vegetal), gordura (origem<br />
animal) – função de reserva.<br />
Cerídeos: ceras – função impermeabilizante<br />
Fosfolipídios: base formadora da membrana<br />
plasmática, além de compor a bainha de mielina –<br />
função estrutural.<br />
Carotenoides: auxilia na produção de melanina,<br />
percursores da vitamina A<br />
Esteroides: ergosterol (percursor da vitamina D),<br />
colesterol* (presente na membrana plasmática<br />
animal, e é percursor de substâncias, tal como<br />
hormônios sexuais, corticoides, bile, dentre outros).<br />
*O colesterol pode ser o HDL (“bom”), principal<br />
transportador do LDL e outros lipídios, e o LDL<br />
(“ruim” – se estiver em quantidade exagerada),<br />
percursor de diversas substâncias.<br />
45
Proteínas<br />
Grupo de maior diversidade estrutural e funcional;<br />
Sua unidade formadora é o aminoácido*, composto pela união de um<br />
grupo amina (–NH 2), um grupo carboxila (–COOH), um hidrogênio (–H) e<br />
um radical;<br />
As proteínas são formadas pela união de aminoácidos através de<br />
ligações peptídicas (esta que gera uma molécula de água, originando a<br />
“síntese por desidratação”);<br />
A estrutura espacial depende da ordem, do tipo e da quantidade de<br />
aminoácidos que possui e pode ser primária (linear), secundária<br />
(helicoidal), terciária (globular) ou quaternária;<br />
A desnaturação consiste na perda do formato espacial da molécula (determinando a perda definitiva de<br />
sua função) devido a alteração de pH e/ou a elevação da temperatura;<br />
As principais funções das proteínas são: estrutural, contrátil, de transporte, defesa, hormonal, conversão<br />
de energia e de catalisação.<br />
*Existem 20 tipos de aminoácidos. Eles são divididos entre naturais (aminoácidos que o próprio corpo<br />
produz) e os essenciais (que precisam ser ingeridos).<br />
Ácidos Nucleicos<br />
Moléculas polinucleotídicas, cuja unidade formadora é o desoxirribonucleotídeo (nucleotídeo de DNA)<br />
ou o ribonucleotídeo (nucleotídeo de RNA).<br />
(esquema dos nucleotídeos em sala de aula)<br />
46
DNA ou ADN (ácido desoxirribonucleico)<br />
<br />
Estrutura: modelo da dupla hélice. Formado por duas cadeias polinucleotídicas unidas por ligações de<br />
hidrogênio entre as bases nitrogenadas (adenina com timina, unidas por duas pontes de hidrogênio, e guanina<br />
com citosina, unidas por três pontes de hidrogênio). Além disso, a molécula encontra-se retorcida.<br />
(esquema da estrutura do DNA em sala de aula)<br />
<br />
Propriedades: capaz de sofrer replicação (autoduplicação) e realizar a transcrição (síntese de RNA). Possui<br />
toda a informação genética de um organismo de forma codificada (inscrita na sequencia de bases<br />
nitrogenadas).<br />
RNA ou ARN (ácido ribonucleico)<br />
<br />
Estrutura: formada por uma cadeia polinucleotídica.<br />
(esquema da molécula de RNA em sala de aula)<br />
47
Tipos:<br />
RNAr (ribossômico),<br />
RNAm (mensageiro),<br />
RNAt (transportador)<br />
<br />
Propriedades: realizar a tradução (síntese de<br />
proteínas)<br />
Vitaminas<br />
O organismo necessita em pequenas quantidades;<br />
Atuam como coenzimas (auxiliando nas reações<br />
enzimáticas);<br />
São classificadas em:<br />
<br />
Hidrossolúveis: complexo B, vitamina C<br />
Características<br />
Espessura de aproximadamente 80 Å (10 -10 m);<br />
Possui polarização (positiva externamente e<br />
negativa internamente, devido à diferença na<br />
concentração dos íons de sódio e potássio);<br />
Apresenta capacidade de regeneração;<br />
Possui elasticidade e plasticidade;<br />
Apresenta resistência mecânica e elétrica;<br />
Possui permeabilidade seletiva;<br />
Especializações da membrana<br />
Microvilosidades;<br />
Interdigitações;<br />
Desmossomos;<br />
Junções do tipo GAP;<br />
Barra terminal;<br />
<br />
Lipossolúveis: A, D, E, K<br />
(esquema das especializações em sala de aula)<br />
5.3: MEMBRANA PLASMÁTICA ou<br />
PLASMALEMA<br />
Composição química<br />
Fosfolipídios, proteínas* e glicídios. Nas<br />
células animais encontram-se moléculas de<br />
colesterol.<br />
Estrutura<br />
Representada pelo modelo do<br />
mosaico-fluido. Neste modelo, a biomembrana<br />
apresenta uma bicamada fosfolipídica com proteínas<br />
inseridas e glicídios associados.<br />
48
Coberturas<br />
Parede celular (peptidoglicano ou quitina ou celulose);<br />
Glicocálix (glicídios);<br />
Transporte de Substâncias através da membrana plasmática<br />
Consiste na passagem de micromoléculas através da membrana plasmática. Essa passagem ocorre por<br />
afinidade química (com os fosfolipídios ou com as proteínas — denominadas permeases; as proteínas inseridas na<br />
membrana plasmática podem ser divididas entre integrais e periféricas, sendo que as integrais atravessam a<br />
membrana por inteiro, enquanto as periféricas estão inseridas apenas parcialmente). O transporte pode ser ativo ou<br />
passivo.<br />
Transporte Passivo<br />
Ocorre a favor do gradiente de concentração (do de maior concentração para o de menor);<br />
A causa é a diferença na concentração entre os meios extra e intracelular;<br />
Não há gasto de energia;<br />
A tendência é a igualdade das concentrações entre os meios;<br />
Exemplos: difusão simples, difusão facilitada, osmose<br />
01. Difusão Simples<br />
Passagem de soluto e solvente através da parte fosfolipídica da membrana plasmática.<br />
(esquema da difusão simples em sala de aula)<br />
49
02. Difusão Facilitada<br />
Passagem de soluto e solvente através da parte proteica da membrana plasmática.<br />
(esquema da difusão facilitada em sala de aula)<br />
03. Osmose<br />
Passagem somente do solvente pela membrana plasmática.<br />
(quadro comparativo em sala de aula)<br />
Célula<br />
Solução Isotônica<br />
(NaCl = 0,9%)<br />
Solução Hipertônica<br />
(NaCl < 0,9%)<br />
Solução Hipotônica<br />
(NaCl > 0,9%)<br />
Animal<br />
Vegetal<br />
50
OBS.: Estratégia fisiológica dos peixes em relação à osmose<br />
Peixes ósseos (osteíctios):<br />
Em ambiente marinho, os peixes tendem a perder água para o meio. Para compensar a perda, eles ingerem a<br />
água salgada e eliminam os sais pelas brânquias (por meio de transporte ativo), além de possuírem uma urina<br />
bastante concentrada.<br />
Em ambiente dulcícola, os peixes tendem a ganhar água do meio. Para compensar o ganho, sua urina é<br />
abundante e diluída. As brânquias absorvem os sais que são perdidos na excreção.<br />
(esquema comparativo em sala de aula)<br />
Peixes Marinhos<br />
Peixes Dulcícolas<br />
Peixes cartilaginosos (condrícteis):<br />
Os peixes cartilaginosos apresentam a uremia fisiológica, isto é, são capazes de alterar a concentração de ureia<br />
no organismo de modo a se igualar com a salinidade do meio. Por isso, não ocorre a osmose.<br />
Transporte Ativo<br />
Ocorre contra o gradiente de concentração;<br />
Há gasto de energia;<br />
Manutenção na diferença de concentração entre os meios;<br />
Exemplos: bomba de sódio-potássio, bomba de iodo<br />
(esquema em sala de aula)<br />
51
Transporte por meio de vesículas<br />
Ocorre quando a célula necessita dar entrada ou saída de macromoléculas. O transporte é feito usando-se<br />
um fragmento membranoso. O transporte pode ser caracterizado por ser uma endocitose ou uma exocitose.<br />
A endocitose ocorre quando a célula engloba macromoléculas. É chamada de fagocitose o englobamento<br />
de partículas sólidas e de pinocitose o de partículas na fase líquida.<br />
(esquema em sala de aula)<br />
A exocitose ocorre quando a célula precisa eliminar moléculas. A clasmocitose caracteriza a excreção de<br />
um resíduo inútil para a célula, enquanto a secreção ejeta um conteúdo produzido que terá função fora da<br />
célula.<br />
(esquema em sala de aula)<br />
5.4: CITOPLASMA<br />
Citoplasma é a região compreendida entre a<br />
membrana plasmática e a carioteca (célula<br />
eucariótica). É composta por hialoplasma,<br />
orgânulos, citoesqueleto e inclusões. A região<br />
próxima a membrana plasmática é chamada de<br />
ectoplasma (solução GEL) e a próxima a carioteca é<br />
chamada de endoplasma (solução SOL). A<br />
conversão do GEL em SOL, e vice-versa, é<br />
denominada tixotropismo.<br />
Componentes do citoplasma<br />
01. HIALOPLASMA (citossol):<br />
Solução coloidal que preenche o citoplasma.<br />
52
Local onde ocorrem as principais reações<br />
metabólicas (anabolismo e catabolismo). Possui<br />
movimento denominado de ciclose, que é uma<br />
movimentação circular provocada pelo<br />
citoesqueleto, e facilita as reações metabólicas da<br />
célula.<br />
02. SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS<br />
São orgânulos formados por invaginações da<br />
membrana plasmática ao longo da evolução e<br />
acabaram por compartimentalizar a célula<br />
eucariótica.<br />
faces: a face CIS é a voltada para o Retículo<br />
Plasmático Granuloso, por onde recebe os vacúolos,<br />
e a face TRANS é voltava para a membrana<br />
plasmática, liberando tais vesículas. O Sistema<br />
Golgiense tem por principais funções a sintetização<br />
de glicídios, armazenamento de substâncias,<br />
secreção, formação do acrossomo dos<br />
espermatozoides e, ainda, formação da lamela média<br />
na célula vegetal*.<br />
Retículos Endoplasmáticos<br />
*Na célula vegetal, existem múltiplos sistemas<br />
golgienses, com um tamanho relativamente menor.<br />
Recebem a nomeação de dictiossomos.<br />
Retículo Endoplasmático Não-Granuloso (Liso):<br />
vasta rede de canais membranosos. Tem por função<br />
o transporte de substâncias; síntese de fosfolipídios,<br />
esteroides e ácidos graxos; desintoxicação celular<br />
(etanol e drogas);<br />
Retículo Endoplasmático Granuloso (Rugoso):<br />
formado por uma vasta rede de canais membranosos,<br />
com ribossomos aderidos. Pode executar todas as<br />
funções do Retículo Endoplasmático<br />
Não-Granuloso, mas a sua mais intensa função é a de<br />
síntese de proteínas. A maior parte das proteínas será<br />
para exportação, sendo primeiramente transportada<br />
até o sistema golgiense envolvidas em vesículas<br />
membranosas (vacúolos).<br />
Sistema Golgiense: é constituído por um conjunto<br />
de bolsas membranosas achatadas. Apresenta duas<br />
Carioteca ou Envelope Nuclear: estrutura<br />
composta por duas membranas lipoproteicas<br />
justapostas que delimitam o núcleo celular. Contém<br />
poros em sua membrana, chamados de annuli, que<br />
permitem a troca de substâncias entre núcleo e<br />
citoplasma.<br />
03. DEMAIS ORGÂNULOS<br />
Lisossomos, Peroxissomos e Glioxissomos: são<br />
vesículas (vacúolos) provenientes do Sistema<br />
Golgiense, que se diferenciam a partir dos tipos de<br />
enzimas que preenchem seu conteúdo.<br />
Os lisossomos possuem enzimas digestivas, tendo<br />
funções de heterofagia (digestão de conteúdo<br />
oriundo de fora da célula), autofagia (digestão de<br />
conteúdo celular, que pode vir a acontecer devido à<br />
crise alimentar, mau funcionamento de organelas ou<br />
modelagem celular), e autólise (suicídio celular, que<br />
ocorre graças à um agravamento da crise celular,<br />
alguma enfermidade** ou apoptose***).<br />
53
**Algumas das doenças que alteram o funcionamento dos lisossomos é a doença de Tay Sachs – uma falha<br />
genética que impede a produção de inibidores lisossômicos – e a Silicose – onde a aspiração do pó de sílica afeta<br />
os inibidores de lisossomos.<br />
***Apoptose: morte programada da célula.<br />
Os peroxissomos atuam na desintoxicação celular, uma vez que contém enzimas que neutralizam substâncias<br />
oxigênio reativas (radicais livres); a principal dessas enzimas é a catalase.<br />
Os glioxissomos estão presente nos vegetais e contém a enzima lipase, que executa a lipólise (exercendo sua<br />
função mais intensamente na fase de germinação). Eles também auxiliam na captura de CO 2, na fase escura da<br />
fotossíntese.<br />
Ribossomos: são orgânulos cuja a principal função é a de síntese de proteínas. Os organismos procariontes<br />
possuem ribossomos 70S, ao mesmo em que os organismos eucariontes possuem ribossomos 80S. Podem ser<br />
encontrados de três formas na célula:<br />
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/288938/<br />
a) Livre e desconectado – inativo<br />
b) Juntos e conectados – formam os polissomos e efetuam síntese proteica para consumo celular.<br />
c) Aderidos ao Retículo Plasmático Granuloso: síntese proteica para exportação e/ou formação de orgânulos.<br />
54
Mitocôndrias: em seu interior que ocorrem as duas etapas finais da<br />
respiração celular, o principal processo de obtenção de energia dos seres<br />
vivos. Tem origem endossimbiôntica, sendo incorporada à célula sob a<br />
forma de uma bactéria respiradora. Algumas das evidências desse<br />
processo são a presença de dupla membrana lipoproteica, DNA circular<br />
(não associado às histonas e não apresentando íntrons), além dos<br />
ribossomos 70S. Este DNA mitocondrial ainda é um marcador de<br />
matrilinhagem.<br />
Plastos: são organelas cuja origem também é endossimbiôntica, possuindo as mesmas evidências que as<br />
mitocôndrias, e sendo agregada à célula sob a forma de uma cianobactéria, originando as algas e plantas por<br />
consequência. Podem ser divididas entre<br />
a) Leucoplastos: tem função de armazenamento (protoplastos<br />
armazenam proteínas, lipoplastos armazenam lipídios e os<br />
amiloplastos, amido). Apesar de não utilizarem, possuem a<br />
informação para a produção de pigmentos.<br />
b) Cromoplastos: a sua função é de assimilação/síntese<br />
(fotossíntese). São divididos em cloroplastos (clorofila – verde),<br />
xantoplastos (xantofila – amarelo) e eritroplastos (eritrofila –<br />
vermelho). Todos possuem clorofila, variando em quantidade.<br />
Centrossomos: Há tendência a aceitar a sua origem como endossimbiôntica, uma vez que possui DNA e<br />
ribossomos próprios. São encontrados sem<br />
centríolos nas gimnospermas e angiospermas, estando agregados à eles nos<br />
demais organismos. Forma o citoesqueleto e as fibras do fuso de divisão.<br />
Centríolos: são cilindros ocos constituídos por nove conjuntos de três<br />
microtúbulos. Tem por função a formação de cílios e flagelos, e possuem,<br />
também, um DNA próprio.<br />
Vacúolos:<br />
a) Vegetal: controle osmótico<br />
b) Vesículas: digestivo (lisossomo + fagossomo), residual, contrátil<br />
(aparece nos protozoários de água doce).<br />
Citoesqueleto: rede de proteinas formadas por actina, filamentos intermédios e tubulina. Oferece à célula<br />
sustentação, forma e mobilidade de estrutura.<br />
04. INCLUSÕES:<br />
Cristais formados no interior da célula que não possuem função definida;<br />
55
5.5: METABOLISMO ENERGÉTICO<br />
Corresponde ao conjunto de reações da célula para obtenção de energia (bioenergética).<br />
Adenosina Trifosfato (ATP)<br />
Principal nucleotídeo de transferência de energia nas células<br />
NAD e FAD<br />
São nucleotídeos aceptores de hidrogênios, durante os processos bioenergéticos.<br />
Citocromos e Cadeia Transportadora de Elétrons<br />
Citocromos são proteínas de membrana que apresentam ferro em sua composição. A cadeia<br />
transportadora de elétrons multiplica a transferência de energia e formação de ATP.<br />
56
Fermentação<br />
Local: Hialoplasma (citossol).<br />
Processo: “quebra” incompleta da glibose (C 6H 12O 6), na ausência do<br />
gás oxigênio (O 2). Tem como resíduos etanol + CO 2 (fermentação alcóolica,<br />
efetuada pelas leveduras) ou ácido láctico (fermentação láctica, realizada<br />
através de lactobacilos e fibras musculares) ou ácido acético + CO 2<br />
(fermentação acética, realizada pelas acetobactérias).<br />
Rendimento: 2 ATP<br />
Etapa Única: Glicólise<br />
Respiração Aeróbica<br />
Local: Hialoplasma + Mitocôndrias (eucariontes) e Hialoplasma + Mesossomo (procariontes)<br />
Processo: “quebra” completa da glicose, na presença do gás oxigênio (O 2). Tem como resíduos o CO 2 e o<br />
H 2O.<br />
Rendimento: de 36 a 38 ATP<br />
Etapas: Glicólise (hialoplasma), Ciclo de Krebs (matriz mitocondrial), Cadeia Respiratória ou<br />
Fosforilação Oxidativa (cristas mitocondriais).<br />
Fonte: www.tudomaisumpouco.com<br />
Equação geral da respiração:<br />
C 6H 12O 6 + 6O 2 6CO 2 + 6H 2O + energia (sob a forma de ATP)<br />
57
Fotossíntese<br />
Local: Cloroplasto (eucariontes autotróficos) e lamelas citoplasmáticas (cianobactérias)<br />
Processo: Conversão da energia luminosa em energia química. Durante a fotossíntese ocorre a<br />
assimilação da luz (principalmente os espectros vermelho e azul), absorção e consumo de água e sequestro de gás<br />
carbônico atmosférico, culminando com a síntese de glicose e liberação de gás oxigênio.<br />
Etapas: Fase fotoquímica (clara) ocorre nos tilacoides – fotofosforilação cíclica, fotofosforilação acíclica<br />
e fotólise da água. Fase química (escura) ocorre no estroma.<br />
Fonte: <strong>Biologia</strong> – César e Sezar<br />
Equação geral da fotossíntese:<br />
6CO 2 + 12H 2O C 6H 12O 6 + 6H 2O + 6O 2<br />
Importância da fotossíntese: A importância ecológica provem a produção de alimentos que sustentam<br />
todos os ecossistemas. A fotossíntese ainda possui importância evolutiva, uma vez que mudou a dinâmica da vida<br />
no planeta com a produção do gás oxigênio, que agiu (e age) como selecionador natural.<br />
Fatores que influenciam a fotossíntese:<br />
Intensidade luminosa (gráfico em sala de aula)<br />
58
Temperatura (gráfico em sala de aula)<br />
Concentração de CO 2 (gráfico em sala de aula)<br />
Gráfico Respiração x Fotossíntese em algas e plantas. (em sala de aula)<br />
59
Quimiossíntese<br />
Local: Hialoplasma (ocorre somente em algumas<br />
bactérias)<br />
Processo: Conversão da energia química liberada na<br />
oxidação de compostos inorgânicos em energia<br />
química armazenada em compostos orgânicos.<br />
Exemplos:<br />
Ferrobactérias<br />
FeO + O 2 Fe 2O 3 (equação não balanceada)<br />
CO 2 + H 2O C 6H 12O 6 (equação balanceada)<br />
Nitrossomonas<br />
NH 3 + O 2 NO 2<br />
—<br />
+ H 2O (equação não balanceada)<br />
CO 2 + H 2O C 6H 12O 6 (equação balanceada)<br />
Nitrobacter<br />
NO 2<br />
—<br />
+ O 2 NO 3<br />
—<br />
(equação não balanceada)<br />
CO 2 + H 2O C 6H 12O 6<br />
hialoplasma) e é o local de ocorrência de reações<br />
metabólicas nucleares<br />
Nucléolo: são constituídos pela<br />
aglomeração de ribossomos em amadurecimento<br />
(formados por RNAr)<br />
Cromatina: conjunto de cromossomos<br />
presente no núcleo das células em intérfase<br />
Eucromatina é o conjunto de trechos<br />
de DNA que contém informações para efetuar a<br />
síntese de DNA (genes). A heterocromatina, por<br />
outro lado, é um trecho altamente compactado que<br />
não apresentará atividade.<br />
(esquema em sala de aula)<br />
5.6: NÚCLEO CELULAR<br />
Funções<br />
Controle do metabolismo celular;<br />
Reprodução e hereditariedade;<br />
Componentes do núcleo interfásico<br />
Carioteca ou membrana celular: estrutura<br />
composta por duas membranas lipoproteicas<br />
justapostas que delimitam o núcleo celular. Contém<br />
poros em sua membrana, chamados de annuli, estes<br />
que permitem a troca de substâncias entre núcleo e<br />
citoplasma.<br />
Retículo nucleoplasmático: pequena rede<br />
de canais que armazena e libera íons cálcio.<br />
Cariolinfa ou Nucleoplasma: solução<br />
coloidal que preenche o núcleo (similar ao<br />
60
Reações metabólicas nucleares<br />
TIPOS DE RNA<br />
RNAr (ribossômico): é o maior dos RNAs, e possui<br />
função estrutural, ou seja, forma os ribossomos.<br />
RNAm (mensageiro): contém a informação<br />
genética transcrita, capaz de formar uma proteína. A<br />
informação está codificada em trincas (códons).<br />
RNAt (transportador): carrega os aminoácidos<br />
para o local da síntese proteica (ribossomos). Possui<br />
na sua base uma trinca denominada “anticódon”.<br />
REPLICAÇÃO<br />
É o processo de autoduplicação do DNA, que ocorre<br />
na subfase S da interfase;<br />
O processo é coordenado pela enzina DNA<br />
polimerase;<br />
A enzina DNA helicase é ativada e promove o<br />
desenrolar das cadeias e, também, o rompimento das<br />
ligações de hidrogênio entre as bases;<br />
A DNA polimerase só permite a aproximação dos<br />
desoxirribonucleotídeos (nucleotídeos de DNA)<br />
livres nas cadeias recém separadas;<br />
Devido à complementaridade das bases, duas novas<br />
moléculas idênticas de DNA são formadas e a<br />
enzima DNA corretase verifica se os pareamentos<br />
estão corretos antes de serem ligados pela enzima<br />
DNA ligase.<br />
O processo é semi conservativo;<br />
(esquema da replicação em sala de aula)<br />
TRANSCRIÇÃO e SPLICING<br />
É o processo de síntese de RNA que ocorre<br />
nas subfases G 1 e G 2 da interfase;<br />
O processo é coordenado pela enzima RNA<br />
polimerase;<br />
A RNA polimerase encaixa-se na região<br />
promotora de um gene (trecho de DNA que contém a<br />
informação para a síntese de uma proteína),<br />
promovendo a ruptura das ligações de hidrogênio<br />
desse trecho;<br />
61
Ribonucleotídeos (nucleotídeos livres de<br />
RNA) pareiam-se diante de uma das cadeias do<br />
DNA (chamada de cadeia ativa), que serve de molde<br />
para a formação do RNA.<br />
Uma vez pronta, tem-se a molécula do<br />
Pré-RNAm, pois os genes eucarióticos possuem<br />
éxons e íntrons, e ambas as partes são transcritas;<br />
O Pré-RNAm sofrerá, então, o splicing,<br />
processo que remove os íntrons e emenda os éxons,<br />
transformando-o em RNAm.<br />
Fonte:http://mjmciencias.blogspot.com.br/2012/05/ao-lado-fita-de-rnavermelha-e-branca.html<br />
O ribossomo percorre o RNAm, fazendo a<br />
leitura dos códons;<br />
O código genético é composto por 6 trincas<br />
de nucleotídeos (códons), dos quais 61 são códons<br />
ativos (tem correspondência com os 20 aminoácidos<br />
existentes) e 3 são códons inativos (códons de parada<br />
ou fim de cadeia);<br />
O código genético é universal e degenerado<br />
(um códon só corresponde a um aminoácido, mas<br />
um aminoácido pode ser associado a mais de um<br />
códon);<br />
TRADUÇÃO<br />
É o processo de síntese de proteínas que ocorre nas<br />
subfases G 1 e G 2 da interfase;<br />
O RNAm encaixa-se na subunidade menor do<br />
ribossomo, de modo que seus códons fiquem<br />
imediatamente abaixo dos sítios A e P da subunidade<br />
maior do ribossomo:<br />
62
A tradução ocorre devido à relação códon (RNAm) x<br />
anticódon (RNAt);<br />
A proteína (polipeptídio) é a expressão da<br />
informação genética<br />
- O códon de inicialização é sempre o AUG, que<br />
corresponde ao aminoácido metionina.<br />
Gene (DNA): contém a informação genética inscrita<br />
(codificada)<br />
RNAm: contém a informação genética transcrita<br />
Proteína (polipeptídio): expressão da informação<br />
genética (decodificada)<br />
5.7: DIVISÃO CELULAR<br />
CONCEITOS IMPORTANTES<br />
Cariótipo: conjunto de todos os cromossomos de<br />
uma espécie, organizados em número, tamanho e<br />
forma. Nos humanos, o cariótipo possui 46<br />
cromossomos (44A + XY ou 44A + XX)<br />
Genoma: conjunto dos cromossomos que contém<br />
todos os genes de uma espécie. Nos humanos, o<br />
genoma contém 24 cromossomos (22A + X + Y) ou<br />
23, considerando o conjunto haploide.<br />
Célula Haploide: representada por n, possui um<br />
conjunto cromossômico. Ex: gametas e esporos.<br />
Célula Diploide: representada por 2n, possui dois<br />
conjuntos cromossômicos, organizados em pares de<br />
cromossomos homólogos.<br />
Cromossomos Homólogos: tem o mesmo tamanho,<br />
mesma forma e possuem os genes para as mesmas<br />
características (genes alelos).<br />
Síndrome de Turner: (45 cromossomos) 44A +<br />
X0. Serão indivíduos sempre do sexo feminino e<br />
também inférteis. Não apresenta desenvolvimento<br />
nos caracteres sexuais secundários e, em alguns<br />
casos, pode apresentar leve retardo mental e pescoço<br />
alado.<br />
Síndrome de Klinefelter: (47 cromossomos) 44A +<br />
XXY. Será sempre do sexo masculino e infértil. Não<br />
apresentará desenvolvimento nos caracteres sexuais<br />
secundários.<br />
Metafêmea: (47 cromossomos) 44A + XXX. São<br />
geralmente férteis, com menopausa adiantada e sem<br />
características externas anômalas. Em alguns casos<br />
apresenta elevado nível hormonal e leve retardo<br />
mental.<br />
Metamacho: (47 cromossomos) 44A + XYY.<br />
Geralmente férteis, sem evidentes anomalias nas<br />
características externas. Acredita-se que o elevado<br />
nível de testosterona justifique agressividade em<br />
alguns casos.<br />
CICLO CELULAR<br />
Interfase:<br />
G 1: transcrição, tradução e crescimento celular<br />
S: replicação (autoduplicação do DNA)<br />
G 2: transcrição, tradução e preparação para a divisão<br />
Divisão<br />
Mitose: célula-mãe origina duas células-filhas, com<br />
o propósito de crescimento do organismo ou<br />
reposição de tecidos.<br />
Meiose: célula-mãe faz 2 divisões sucessivas e<br />
origina quatro células-filhas com metade do número<br />
inicial de cromossomos, e todas diferentes entre si.<br />
Elas são formadas no intuito de gerar gametas e<br />
esporos, e garantem uma grande variabilidade<br />
genética dos seres sexuados.<br />
Anomalias Cromossômicas<br />
Síndrome de Down: (47 cromossomos) trissomia<br />
do cromossomo 21.<br />
63
MITOSE:<br />
Etapa:<br />
Prófase<br />
Duplicação e migração dos centrossomos aos polos;<br />
Formação das fibras do fuso de divisão;<br />
Início da condensação (espiralização) da cromativa;<br />
Desaparecimento do núcleo;<br />
Desintegração da carioteca;<br />
Fixação dos centrômeros dos cromossomos às fibras do fuso;<br />
Esquema (em sala de aula)<br />
Metáfase<br />
Condensação máxima dos cromossomos;<br />
Formação da placa equatorial;<br />
Anáfase<br />
Divisão dos centrômeros e migração das cromátides para os polos<br />
(separação das cromátides-irmãs);<br />
Telófase<br />
Descondensação (desespiralização) dos cromossomos;<br />
Reaparecimento da carioteca e do núcleo;<br />
Ocorre a citocinese, isto é, divisão definitiva do citoplasma (na<br />
célula animal é centrípeta – por estrangulamento – e na vegetal é<br />
centrífuga, onde ocorrerá a formação da lamela média.);<br />
64
MEIOSE:<br />
Etapas:<br />
Prófase I<br />
I. Leptóteno<br />
Duplicação e migração dos centrômeros para os polos e formação das<br />
fibras do fuso;<br />
Início da condensação*;<br />
*cromômeros são trechos do cromossomo que se condensam no<br />
leptóteno e permitem análise pelo microscópio ótico.<br />
II. Zigóteno<br />
Pareamento dos cromossomos homólogos, que aparecem no<br />
microscópio como uma única entidade, denominada tétrade ou<br />
bivalente;<br />
III. Paquíteno<br />
Cada par de cromossomos homólogos realiza a permutação, ou<br />
crossing over, durante o emparelhamento;<br />
IV. Diplóteno<br />
Formação dos quiasmas (pontos de contato entre cromossomos que<br />
fizeram o crossing over);<br />
V. Diacinese<br />
Desaparecimento do núcleo e da carioteca;<br />
Fixação dos centrômeros às fibras (cada par de homólogos liga-se a<br />
uma fibra);<br />
Esquema (em sala de aula)<br />
Metáfase I<br />
Condensação dos cromossomos;<br />
Formação da placa equatorial (dupla);<br />
Anáfase I<br />
Separação dos cromossomos-homólogos (não há divisão de<br />
centrômeros – os cromossomos migram para os polos ainda dupos);<br />
Telófase I<br />
Descondensação parcial dos cromossomos;<br />
Reaparecimento da carioteca;<br />
Citocinese;<br />
65
Prófase II<br />
Recondensação dos cromossomos;<br />
Duplicação e migração dos centrômeros para os polos;<br />
Formação das fibras do fuso;<br />
Desintegração da carioteca;<br />
Fixação dos centrômeros dos cromossomos às fibras;<br />
Metáfase II<br />
Condensação máxima dos cromossomos;<br />
Formação da placa equatorial;<br />
Anáfase II<br />
Divisão dos centrômeros e migração das cromátides aos polos;<br />
Telófase II<br />
Descondensação cromossômica;<br />
Reaparecimento da carioteca e núcleo;<br />
Citocinese;<br />
5.8: GAMETOGÊNESE (Efeitos da Meiose)<br />
A gametogênese é o processo de formação dos gametas.<br />
Espermatogênese<br />
Processo de formação de espermatozoides. Nos humanos inicia-se na puberdade e continua até o fim da vida do<br />
homem.<br />
Ovulogênese<br />
Processo de formação dos óvulos. Nas mulheres, a ovogênese inicia-se na fase fetal. Quando a mulher nasce,<br />
possui ovócitos I “estacionados” na prófase I da meiose. Da puberdade à menopausa, uma vez por mês, um<br />
ovócito I é amadurecido e termina a meiose, dando origem à um óvulo.<br />
66
5.9: MUTAÇÕES<br />
Mutações são alterações na sequência de nucleotídeos do DNA ou alterações no número de cromossomos de um<br />
indivíduo ou, ainda, alteração na estrutura de um (ou mais) cromossomos.<br />
67
Mutações Gênicas<br />
Um gene é afetado, gerando uma mutação suave. As mutações gênicas ocorrem comumente durante a replicação<br />
na fase S.<br />
Mutações Cromossômicas<br />
I. Numérica: são mutações que ocorrem devido a não disjunção cromossômica, processo que ocorre quando<br />
ambas as cromátides de um cromossomo ligam-se a microtúbulos de um mesmo polo e ligam-se juntos. Por<br />
consequência, uma das células-filhas terá maior número de cromossomos que outra. A mutação numérica não<br />
tem importância para a evolução da espécie, uma vez que essas mutações geram indivíduos inférteis.<br />
a) Aneuploidia: ganha ou perde um cromossomo<br />
b) Euploidia: ganha ou perde conjunto inteiro de cromossomos<br />
II. Estrutural: ocorrem durante a prófase I da meiose<br />
a) Duplicação<br />
b) Deleção<br />
c) Inversão<br />
d) Translocação<br />
Para a evolução de uma espécie, são importantes apenas as mutações gênicas e cromossômicas estruturais,<br />
ocorridas durante a formação dos gametas;<br />
Mutações somáticas ocorrem nas células somáticas dos indivíduos e, portanto, não será transmitida para próxima<br />
geração;<br />
68
CAPÍTULO 6<br />
GENÉTICA.<br />
69
6-GENÉTICA<br />
Ramo da biologia que estuda o fenômeno da<br />
hereditariedade.<br />
6.1 - Termos importantes em genética<br />
Fatores (atualmente genes alelos): determinam a<br />
mesma característica e ocupam a mesma posição<br />
(locus) em cromossomos homólogos.<br />
Puros (atualmente homozigotos): indivíduo que<br />
apresente os dois alelos iguais para uma<br />
característica.<br />
Híbridos (atualmente heterozigotos): indivíduo<br />
que apresente alelos diferentes para uma<br />
característica.<br />
Genótipo: é a configuração genética do indivíduo,<br />
representado por letras. AA ou aa (genótipo<br />
homozigoto), Aa (genótipo heterozigoto).<br />
Fenótipo: é a manifestação de uma característica,<br />
condicionado pelo genótipo em interação com o<br />
meio. Fenótipo = genótipo + meio.<br />
Fenocópia: ocorre quando um indivíduo imita o<br />
fenótipo de outro, como, por exemplo, uma mulher<br />
que pinta o cabelo de loiro.<br />
Cruzamento-teste: Estratégia para se descobrir se<br />
um indivíduo de traço dominante é homozigoto ou<br />
heterozigoto. É feito cruzando-se o dominante<br />
(duvidoso) com um indivíduo recessivo.<br />
A? x aa<br />
Se todos os descendentes forem dominantes, o<br />
duvidoso é homozigoto (AA). Se, por outro lado,<br />
nasce algum indivíduo recessivo, o duvidoso é<br />
heterozigoto.<br />
6.2 -O sucesso do trabalho de Mendel<br />
Escolha do material (ervilhas-de-cheiro): fácil<br />
cultivo e produção rápida, capacidade de<br />
autofecundação (importante para o controle do<br />
experimento), características contrastantes.<br />
Uso do método científico: aplicação da estatística,<br />
análise e interpretação dos resultados.<br />
6.3 - O experimento de Mendel – parte I :<br />
Característica: textura da semente (lisa e rugosa)<br />
P - lisa (pura) x rugosa (pura)<br />
F 1 -100% lisa (híbrida)<br />
(autofecundação de F 1)<br />
F 2 -75% lisas e 25% rugosas<br />
O modelo mendeliano<br />
P -RR x rr<br />
(gametas) 100% R e 100% r<br />
F 1 -100% Rr<br />
(gametas) 50% R e 50% r<br />
(autofecundação de F 1) Rr x Rr<br />
F 2 - 75% lisa 25% rugosa<br />
RR Rr Rr rr<br />
Lei da Pureza dos Gametas (1ª lei de Mendel)<br />
Cada característica é condicionada por dois fatores<br />
(genes) que se separam na formação dos gametas.<br />
6.4 - Experimento de Mendel – parte II:<br />
Características: cor da semente (amarela e verde) e<br />
textura da semente (lisa e rugosa)<br />
P - amarela e lisa x verde e rugosa<br />
F 1 - 100% amarela e lisa<br />
71
(autofecundação de F1) amarela e lisa x amarela<br />
e lisa<br />
F 2 –<br />
Amarela e lisa 9<br />
16<br />
Amarela e rugosa 3 16<br />
Verde e lisa 3 16<br />
Verde e rugosa 1 16<br />
Modelo mendeliano<br />
P - VVRR x vvrr<br />
(gametas) 100% VR 100% vr<br />
F 1- 100% VrRr<br />
(gametas) 25% VR 25% Vr 25% vR 25% vr<br />
(autofecundação de F 1)<br />
GAMETAS VR Vr vR vr<br />
VR VVRR VVRr VvRR VvRr<br />
Vr VVRr VVrr VvRr Vvrr<br />
vR VvRR VvRr vvRR vvRr<br />
vr VvRr Vvrr vvRr vvrr<br />
Lei da Segregação Independente (2ª lei de<br />
Mendel)<br />
A segregação dos fatores (genes alelos) que<br />
condicionam uma características ocorre<br />
independentemente da segregação dos fatores que<br />
determinam outra característica. Ela só é válida<br />
quando os pares de genes que determinam as<br />
características de um estudo localizam-se em<br />
cromossomos distintos.<br />
6.5 -Casos Do Monoibridismo<br />
Dominância completa: representa o caso estudado<br />
por Mendel, em que um dos genes alelos domina o<br />
outro.<br />
- Existem dois fenótipos<br />
- O heterozigoto possui o mesmo fenótipo do<br />
homozigoto dominante<br />
- A proporção genotípica em F 2 é 1:2:1<br />
- A proporção fenotípica em F 2 é 3:1<br />
Ausência de dominância ou dominância<br />
incompleta/intermediária: os genes alelos<br />
apresentam codominância.<br />
- Existem três fenótipos na característica<br />
- O heterozigoto possui fenótipo intermediário aos<br />
homozigotos<br />
- A proporção genotípica em F 2 é 1:2:1<br />
- A proporção fenotípica em F 2 é 1:2:1<br />
- Exemplo: flor maravilha<br />
P: vermelha (VV) x branca (BB)<br />
F 1:100% rosa (VB)<br />
F 1 (VB) x F 1 (VB)<br />
F 2:25% vermelha (VV), 50% rosa (VB). 25% branca<br />
(BB)<br />
Gene letal: é um alelo dominante para uma<br />
característica, porém em homozigose provoca a<br />
morte do embrião.<br />
- Existem dois fenótipos para a característica<br />
- Não existem indivíduos homozigotos dominantes<br />
- A proporção genotípica é 2:1<br />
- A proporção fenotípica é 2:1<br />
- Exemplo: cor da pelagem em camundongos<br />
- P - amarelo (Pp) x amarelo (Pp)<br />
- F 1 - 2/3 amarelos e 1/3 pretos<br />
6.6 -GENÉTICA E PROBABILIDADE<br />
Probabilidade de um evento: razão entre número<br />
de chances de ocorrência e universo de chances<br />
(ocorrência + não-ocorrência).<br />
Eventos independentes: a ocorrência de um evento<br />
A não interfere na ocorrência de um evento B e<br />
vice-versa. Cálculo: multiplicação das<br />
probabilidades individuais (regra do “e”).<br />
Eventos mutuamente exclusivos: a ocorrência de<br />
um evento C excluir a possibilidade de ocorrência de<br />
um evento D, e vice-versa. Cálculo: soma das<br />
probabilidades individuais (regra do “ou”).<br />
72
6.7 - Heredogramas<br />
Exemplo 02: sistema ABO de tipagem sanguínea<br />
Albino c a c a c a<br />
Representação simbólica da transmissão de<br />
característica(s) em uma família ao longo das<br />
gerações. Símbolos mais importantes:<br />
I A = I B > i<br />
Roteiro para resolver questões com heredograma<br />
01. Encontrar o casal de fenótipo igual com filho de<br />
fenótipo diferente.<br />
02. Conclui-se que o filho com fenótipo diferente é<br />
recessivo e seus pais são dominantes heterozigotos.<br />
03. Distribuir os genótipos dos indivíduos presentes<br />
no heredograma.<br />
04. Responder o que se pede<br />
6.8 - Alelos Múltiplos<br />
Ocorre quando um gene possui três ou mais alelos.<br />
No entanto, o genótipo de um indivíduo para uma<br />
característica com este padrão terá dois alelos.<br />
Exemplo 01: cor da pelagem em coelhos<br />
C > c ch > c h > c a<br />
FENÓTIPO ALELOS GENÓTIPO<br />
Aguti C CC, Cc ch , Cc h , Cc a<br />
Chinchila c ch c ch c ch , c ch c h , c ch c a<br />
Himalaio c h c h c h , c h c a<br />
FENÓTIPO ALELOS GENÓTIPOS ANTÍGENOS ANTICORPO<br />
A I A I A I A , I A i A anti-B<br />
B I B I B I B , I B i B anti-A<br />
AB I A e I B I A I B A e B –<br />
O I ii – anti-A e<br />
anti-B<br />
Aglutinogênio ou antígeno: glicoproteína presente<br />
(ou não) na membrana plasmática das hemácias<br />
(eritrócitos).<br />
Aglutinina ou anticorpo: proteína presente no<br />
plasma sanguíneo e foi produzido como resposta<br />
imunológica a um antígeno.<br />
Diagrama de transfusões no sistema ABO<br />
(diagrama em sala de aula)<br />
73
FATOR Rh<br />
FENÓTIPO ALELO GENÓTIPOS ANTÍGENOS ANTICORPO<br />
Rh + D DD, Dd Presente –<br />
Rh - D Dd Ausente<br />
Não possui, até o contato com o<br />
sangue Rh+. Passará então a ter o<br />
anti-Rh<br />
Diagrama de transfusões para o Rh<br />
(diagrama em sala de aula)<br />
Eritroblastose fetal ou D.H.R.N. (doença hemolítica do recém nascido): acontece na condição de pai Rh+,<br />
mãe Rh-, filhos Rh+ (a partir do 2º filho Rh+). A primeira gravidez transcorre normalmente, porém, durante o<br />
parto, ocorre a sensibilização da mãe, cujo sangue Rh- terá contato com sangue Rh+, ativando o anticorpo anti-Rh,<br />
o que gera problema nas futuras gerações. Se uma próxima criança gerada é Rh+, anticorpos anti-Rh atravessam a<br />
placenta e destroem as hemácias fetais, processo que continua no recém-nascido.<br />
Teste de tipagem sanguínea<br />
(diagrama em sala de aula)<br />
74
6.9 - Pleiotropia<br />
Ocorre quando um par de genes condiciona,<br />
simultaneamente, várias características.<br />
6.10 - Interação Gênica<br />
Ocorre quando dois ou mais pares de genes<br />
condicionam, juntos, a mesma característica. Na<br />
interação gênica simples, as combinações dos<br />
genes condicionam vários fenótipos em uma<br />
característica. Nas epistasias, um gene ou um par de<br />
genes localizado num cromossomo inibe (bloqueia)<br />
a ação de outro par de genes localizado em outro<br />
cromossomo.<br />
Exemplos 01, 02 e 03:<br />
01. Interação gênica complementar – forma da<br />
crista em galináceos.<br />
FENÓTIPO<br />
(crista)<br />
Ervilha<br />
Rosa<br />
Noz<br />
Simples<br />
EeRr x EeRr<br />
9 E_R_ noz<br />
3 E_rr ervilha<br />
3 eeR_ rosa<br />
1 eerr simples<br />
9:3:3:1<br />
GENÓTIPO<br />
EErr, Eerr<br />
eeRR, eeRr<br />
EERR, EeRR, EERr,<br />
EeRr<br />
eerr<br />
02. Epistasia dominante – cor da pelagem numa<br />
raça de cavalos<br />
3 wwB_ (preto)<br />
1 wwbb (marrom)<br />
12:3:1<br />
03. Epistasia recessiva – fenótipo de Bombain<br />
(falso O)<br />
Hipostáticos<br />
I A _ sangue A<br />
I B _ sangue B<br />
I A I B sangue AB<br />
ii sangue O<br />
H_ manifestação normal dos genes para<br />
o sistema ABO<br />
Epistáticos<br />
hh impede a formação de<br />
aglutinogênios (antígenos)<br />
6.11 -Herança Quantitativa Ou Multifatorial<br />
Neste tipo de herança observam-se vários<br />
fenótipos para uma só característica, mas com<br />
variação contínua. Não são válidas as designações<br />
“dominantes” e “recessivos”, mas sim “gene<br />
aditivo” e “gene não-aditivo”.<br />
Para esta herança, as relações a seguir são<br />
importantes:<br />
Nº genes = Nº fenótipos – 1 ou Nº<br />
fenótipos = Nº genes + 1<br />
Obs 1: para cruzamentos entre heterozigotos, a<br />
proporção fenotípica da descendência pode ser<br />
obtida no triângulo de Pascal.<br />
(construção do triângulo do Pascal em sala)<br />
W<br />
w<br />
B<br />
b<br />
inibe pigmentação (gene epistático)<br />
permite pigmentação<br />
determina a cor preta (gene hipostático)<br />
determina a cor marrom (gene hipostático)<br />
WwBb (branco) x WwBb (branco)<br />
9 W_B_ (branco)<br />
3 W_bb (branco)<br />
75
Obs 2: Gráfico padrão da herança multifatorial (em sala de aula)<br />
6.12 - Herança Do Sexo<br />
Neste tipo de herança, os genes localizam-se nos<br />
cromossomos sexuais (nas regiões não homólogas).<br />
Homens: 44 autossomos + XY (sexo<br />
heterogamético)<br />
Mulheres: 44 autossomos + XX (sexo<br />
homogamético)<br />
Herança ligada ao sexo<br />
Gene(s) localizado(s) no cromossomo x. Diz-se que<br />
a transmissão se dá “de mãe para filho” ou que “pula<br />
uma geração”.<br />
Exemplos:<br />
Daltonismo: ausência de produção de certos<br />
pigmentos nas células cone dos olhos.<br />
x D x D : mulher normal<br />
x D x d : mulher normal (portadora)<br />
x d x d : mulher daltônica<br />
x D y: homem normal<br />
x d y: homem daltônico<br />
Hemofilia<br />
x H x H : mulher normal<br />
x H x h : mulher normal (portadora)<br />
x h x h : mulher hemofílica<br />
x H y: homem normal<br />
x h y: homem hemofílico<br />
Distrofia muscular<br />
x M x M : mulher normal<br />
x M x m : mulher normal (portadora)<br />
x m x m : ∄<br />
x M y: homem normal<br />
x m y: homem com distrofia muscular<br />
Herança restrita ao sexo<br />
Gene(s) localizado(s) no cromossomo y.<br />
Transmissão de “pai para filho”. Só ocorre em<br />
homens. Exemplos: hipertricose.<br />
6.13 - GENES LIGADOS (Linkage)<br />
Corresponde a uma exceção à 2º lei de Mendel.<br />
Neste tipo de herança, os pares de genes que<br />
condicionam características distintas localizam-se<br />
no mesmo par de cromossomos homólogos (não há<br />
segregação independente).<br />
76
Quadro comparativo: segregação independente x genes ligados (em sala de aula)<br />
Segregação Independente Linkage (sem mutações) Linkage (com mutações)<br />
Recombinação Gênica e Mapa Cromossômico:<br />
(Fonte: http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1220)<br />
A chance de ocorrer crossing-over entre dois pares<br />
de genes alelos que estão em linkage é diretamente<br />
proporcional à distância que existe entre eles.<br />
Quanto maior for a distância, maior é a<br />
probabilidade de permutação. A partir dessa<br />
constatação, Thomas Hunt Morgan e alguns outros<br />
geneticistas propuseram uma forma de se medir<br />
distâncias entre os genes de um cromossomo. Não se<br />
trata de uma distância absoluta, como o<br />
comprimento de um objeto, mas um valor relativo,<br />
útil para se mapear os cromossomos.<br />
Para se avaliar a ocorrência da permutação,<br />
determina-se a taxa de recombinação entre dois<br />
genes.<br />
Como a relação é multiplicada por 100, o valor<br />
expressa a porcentagem de gametas recombinantes,<br />
no total de gametas. Dessa forma, se os gametas<br />
recombinantes perfazem 30% do total, a taxa de<br />
recombinação é de 30%. Foi estabelecido que, para<br />
cada 1% de taxa de recombinação, a distância entre<br />
os dois genes seria convencionada em umaunidade<br />
de recombinação. Essa unidade também é<br />
chamada unidade de mapeamento<br />
cromossômico (u.m.c.) ou centimorganídeo, em<br />
homenagem a Thomas Morgan, pesquisador<br />
americano que desenvolveu os primeiros trabalhos<br />
nessa área da genética, no início do século XX.<br />
É bom frisar que a taxa de recombinação não reflete<br />
a quantidade de células que sofrem recombinação,<br />
mas a porcentagem de gametas recombinantes.<br />
Verifica-se, mesmo as células nas quais acontece<br />
o crossing-over, as cromátides externas não trocam<br />
fragmentos e dão origem a gametas parentais. Por<br />
exemplo, imagine que um indivíduo tenha o<br />
genótipo AB/ab e que, durante a formação dos seus<br />
gametas, 20% das células sofram permutação entre<br />
esses dois loci gênicos.<br />
s células que não sofrem permutação (80% do total)<br />
formam apenas dois tipos de gametas: 40% AB e<br />
40% ab. Os 20% de células nas quais aconteceu<br />
o crossing-overoriginam 4 tipos de gametas:<br />
5% AB, 5% Ab, 5% aB e 5% ab.<br />
77
CAPÍTULO 7<br />
ENGENHARIA GENÉTICA.<br />
79
7- ENGENHARIA GENÉTICA<br />
Ramo da biotecnologia (esta que estuda o uso de seres vivos com o intuito de atender necessidades<br />
humanas) que manipula o DNA de acordo com as necessidades da pesquisa. Tal área concentra seus estudos na<br />
tecnologia do DNA recombinante.<br />
7.1 - Tecnologia do DNA recombinante<br />
01. Fazer sequenciamento do DNA de um determinado ser vivo (projeto genoma)<br />
02. Identificar os genes de interesse<br />
03. Usar enzimas de restrição para cortar o DNA exatamente no(s) gene(s) de interesse<br />
04. Recombinar esse gene ao DNA de uma bactéria ou vírus para multiplicação<br />
Fonte: Amabis e Martho<br />
7.2 - Aplicações da tecnologia do DNA recombinante<br />
01. Transgenia: inserção do DNA, gene, de uma espécie em outra, sem via sexual.<br />
02. Identificação de paternidade ou de um criminoso<br />
03. Terapia gênica<br />
04. Eugenia (anti-ético): “melhoramento” genético, que consiste na eliminação de características consideradas<br />
indesejadas.<br />
Plasmídeos: contém informação genética capaz de produzir proteínas que podem ser utilizadas para defesa. Pertencem<br />
à célula procariótica das bactérias.<br />
Transgênicos: associados defendem que não devem ser utilizados devido à futuros problemas de saúde, devastação de<br />
matas (contrários ao agronegócio) e “poluição genética”.<br />
Fonte: Amabis e Martho<br />
81
CAPÍTULO 8<br />
EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES.<br />
83
8 - EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES<br />
8.1 - Teorias evolutivas<br />
Lamarckismo<br />
Introduziu o conceito de adaptação dos seres vivos<br />
ao meio;<br />
Os seres vivos mudam para melhor se adaptarem (o<br />
meio é a causa da mudança);<br />
Princípios evolutivos de Lamarck:<br />
<br />
Lei do uso e desuso<br />
Heranças dos caracteres adquiridos<br />
A nova característica é adquirida devido à<br />
intervenção ao ambiente e transferida às gerações<br />
Darwinismo<br />
Introduziu a ideia da ancestralidade comum e do<br />
ambiente como agente selecionador;<br />
As populações apresentam variabilidade (embora<br />
Darwin desconhecesse o motivo que causasse a<br />
variabilidade);<br />
Utilizou o conceito de Malthus: as populações<br />
crescem numa P.G. e a disponibilidade de alimento<br />
cresce numa P.A.;<br />
Ocorre uma luta pela vida (indivíduo x indivíduo);<br />
Seleção natural;<br />
Teoria sintética da Evolução<br />
Representa a grande síntese dos conhecimentos<br />
biológicos para explicar a evolução das espécies,<br />
contendo:<br />
Adaptação (Lamarck)<br />
Seleção Natural (Darwin)<br />
Genética (Mendel)<br />
Genética e Mutacionismo (Morgan)<br />
<strong>Biologia</strong> Molecular (Watson e Crick)<br />
Estudo das populações e relações ecológicas<br />
Princípios evolutivos neodarwinistas:<br />
As populações apresentam variabilidade causada<br />
por:<br />
I. Mutações gênicas ou cromossômicas estruturais<br />
II. Recombinação gênica<br />
III. Migrações<br />
IV. Deriva genética: princípio do fundador<br />
Luta pela vida (indivíduo x Meio)<br />
Seleção Natural:<br />
I. Estabilizadora: o fenótipo intermediário é o<br />
selecionado;<br />
II. Direcional: é direcionado a partir de alterações<br />
externas ao meio, onde um grupo extremo leva<br />
vantagem;<br />
III. Disruptiva: indivíduos com fenótipo máximo e<br />
mínimo tem maior vantagem.<br />
85
(gráficos explicativos em sala de aula)<br />
Seleção Estabilizadora Seleção Direcional Seleção Disruptiva<br />
Resumindo a Teoria Sintética da Evolução:<br />
A:___________________ e B:__________________________<br />
86
8.2 - Evidências da Evolução<br />
01. Estudo dos fósseis<br />
O criacionismo afirma que os eventos cataclísmicos<br />
fossilizaram os animais. Os evolucionistas, por outro<br />
lado, afirmam que só as espécies antigas foram<br />
fossilizadas, uma vez que as atuais ainda não<br />
existiam na época.<br />
02. Anatomia comparada<br />
Órgãos homólogos: órgãos de mesma origem<br />
embrionária com funções diferentes. Exemplo:<br />
nadadeiras das baleias, asas de morcego e braços<br />
humanos.<br />
Órgãos análogos: órgãos de diferente origem<br />
embrionária e mesmas funções. Exemplos: asas dos<br />
insetos e asas das aves, nadadeiras dos peixes e<br />
nadadeiras das tartarugas.<br />
Órgãos vestigiais: órgãos que não apresentam<br />
função relevante para certo organismo atual, mas,<br />
que em seus ancestrais, tinham significativa<br />
importância. Exemplos: apêndice vermiforme,<br />
cóccix, músculo movimentador da orelha.<br />
03. Embriologia comparada<br />
Identifica estruturas presentes nos embriões que<br />
fazem referência aos seus ancestrais evolutivos,<br />
retomando a teoria da recapitulação (nos humanos,<br />
alguns exemplos são as fendas branqueais<br />
faringianas e coração).<br />
04. Bioquímica comparada<br />
Quanto mais próximas forem a sequência dos genes,<br />
maior é o grau de parentesco.<br />
8.3 - Especiação<br />
Processo de formação de novas espécies,<br />
podendo ser filogenética (quando só ocorre<br />
anagênese) ou diversificadora (quando ocorre<br />
cladogênese e anagênese).<br />
Anagênese é acúmulo de modificações bem<br />
sucedidas em uma espécie ao longo do<br />
tempo. Cladogênese é a ruptura. Consiste na<br />
separação de uma população em dois grupos que<br />
passaram a sofrer anagêneses distintas.<br />
(esquema em sala de aula)<br />
87
Tipos de especiação<br />
I. Alopátrica: causada pelo isolamento geográfico.<br />
Tal isolamento impede o fluxo gênico entre<br />
populações de uma mesma espécie que, com o<br />
tempo, passam a apresentar isolamento reprodutivo.<br />
II. Simpátrica: causada pela seleção natural<br />
disruptiva. Os indivíduos de fenótipos extremos são<br />
selecionados, mas os descendentes do cruzamento<br />
entre os extremos são inviáveis, caracterizando, com<br />
o tempo, o isolamento reprodutivo.<br />
Isolamento reprodutivo<br />
I. Mecanismos pré-zigóticos: não geram<br />
descendentes. Se dividem entre isolamento<br />
temporal, isolamento comportamental, isolamento<br />
mecânico, isolamento genético.<br />
II. Mecanismos pós-zigóticos: esterilidade do<br />
híbrido, inviabilidade do híbrido, deterioração da<br />
geração F 2.<br />
88
CAPÍTULO 9<br />
EMBRIOLOGIA.<br />
89
9-EMBRIOLOGIA<br />
9.1 : Embriologia Animal<br />
Estudo do desenvolvimento embrionário dos animais<br />
Etapas<br />
Fonte: http://portaldaguiafluorita.blogspot.com.br/2013/03/ressonancia-morfica.html<br />
Derivação dos folhetos embrionários<br />
Ectoderme: tecidos epiteliais e tecido nervoso<br />
Mesoderme: tecidos conjuntivos e tecidos<br />
musculares<br />
Endoderme: tecidos epiteliais<br />
Anexos embrionários<br />
Saco vitelínico: saco que contém o vitelo.<br />
Âmnio: bolsa com líquidos que serve como proteção<br />
mecânica contra choques.<br />
Córion: tecido que recobre o âmnio, sendo parte da<br />
proteção química e biológica.<br />
Alantoide: reservatório de ar e coletor de excretas.<br />
Placenta: anexo responsável pela nutrição,<br />
respiração e excreção, que está presente nos<br />
mamíferos. Alguns mamíferos, entretanto, como os<br />
monotremados (que colocam ovos) e os marsupiais<br />
(a finalização da gestação é feita numa bolsa<br />
externa), não são placentários.<br />
91
9.2: Embriologia Vegetal<br />
Estudo do desenvolvimento embrionário nos vegetais.<br />
Etapas<br />
Fonte: http://dc367.4shared.com/doc/MTTYwy58/preview.html<br />
92
CAPÍTULO 10<br />
HISTOLOGIA.<br />
93
10 - HISTOLOGIA<br />
10.1: Histologia Animal<br />
TECIDO EPITELIAL<br />
Características Gerais:<br />
Células justapostas;<br />
Pouquíssima ou nenhuma substância intercelular;<br />
Avascularizado, sendo nutrido pelo tecido<br />
conjuntivo adjacente através da difusão;<br />
Funções:<br />
Revestir;<br />
Proteger;<br />
Secretar;<br />
Absorver;<br />
Classificação<br />
I. Revestimento<br />
Simples: uma única camada de células lado a lado<br />
(ex.: endotélio)<br />
Estratificado: várias camas de células (ex.:<br />
epiderme)<br />
Pseudoestratificado: uma única camada de células<br />
alongadas e irregulares (ex.: mucosa nasal)<br />
parcialmente ao liberar o conteúdo e se regenera<br />
(ex.: glândulas mamárias, sebáceas, sudoríparas,<br />
salivares).<br />
Endócrina: a secreção, interna, vai direto para o<br />
sangue (ex.: hormônios).<br />
Anfícrinas: mista (ex.: pâncreas).<br />
TECIDO CONJUTIVO<br />
Características gerais:<br />
Possuem células com diversidade morfofisiológica;<br />
Apresentam grande quantidade de matriz<br />
extracelular (substância fundamental amorfa + fibras<br />
colágenas + fibras elásticas + fibras reticulares);<br />
Origem embrionária: mesoderme<br />
Funções:<br />
Preenchimento/ligação;<br />
Reserva de energia;<br />
Isolamento térmico;<br />
Modelagem;<br />
Sustentação;<br />
Transporte;<br />
Defesa;<br />
Hematopoiese<br />
Classificação:<br />
I. Tecido conectivo ou Tecido Conjuntivo<br />
Propriamente Dito<br />
II. Glandular<br />
Exócrina: possui um canal de secreção, esta que será<br />
externa. A glândula exócrina pode ainda ser<br />
holócrina, caso a célula exploda ao liberar o<br />
conteúdo, apócrina, caso produza e secrete no meio<br />
ou, ainda, mesócrina, quando a célula explode<br />
Tipos de células<br />
Fibroblastos são células responsáveis pela<br />
produção dos componentes da matriz extracelular.<br />
Ao envelhecer, perde essa capacidade e se torna um<br />
fibrócito.<br />
Mastócitos tem a função de fabricar a heparina<br />
(anticoagulante) e histamina (vaso dilatador).<br />
Plasmócitos: produzem imunoglobulinas<br />
(anticorpos). Serão específicos para determinado<br />
antígeno.<br />
95
Macrófagos: célula grande, que fagocita invasores e<br />
resíduos. Tem capacidade de se fundir com outros<br />
macrófagos.<br />
Adipócitos: armazena energia; participa do<br />
isolamento térmico (formando a hipoderme) e estão<br />
programados para buscar manter ou aumentar o seu<br />
volume.<br />
Mesenquimatosas: são células tronco adultas do<br />
tecido conjuntivo (pode ocorrer de apenas se<br />
multiplicarem, formando tumorações).<br />
Tipos de tecidos conectivos:<br />
Frouxo: possui menor quantidade de colágeno,<br />
formando a hipoderme.<br />
Denso: o tecido denso não modelado possui fibras<br />
não alinhadas que formam a derme. O tecido denso<br />
modelado possuem feixes alinhados que formam os<br />
tendões. Ambos possuem bastante quantidade de<br />
colágeno.<br />
Detalhe do capítulo: A Pele<br />
Outras funções importantes deste órgão, além do<br />
revestimento são: estar associado ao controle<br />
térmico, é responsável pelo sentido do tato e é o<br />
maior órgão do corpo. Além disso, sua estrutura é de<br />
proteção, sendo impermeável apesar dos poros.<br />
Epiderme é a região caracterizada por formar a<br />
impermeabilização da pele. A camada córnea é<br />
formada por células queratinizadas, enquanto que a<br />
camada germinativa se constitui de células em<br />
divisão mitótica. É nessa camada (germinativa) que<br />
se encontram os melanócitos, que protegem o<br />
colágeno e colorem a pele.<br />
Derme é formada pelo tecido conectivo denso não<br />
modelado, sendo auxiliar no controle térmico.<br />
Fâneros se constituem dos pelos, glândulas<br />
sudoríparas, glândulas sebáceas e unhas.<br />
Tecidos Conjuntivos Especiais<br />
I. Tecido Cartilaginoso<br />
Apresenta resistência e elasticidade;<br />
É composto por condroblastos → condrócitos e por<br />
matriz intercelular de colágeno;<br />
Condroblastos: forma matriz extracelular do tecido<br />
cartilaginoso.<br />
As cartilagens são revestidas pelo pericôndrio, este<br />
que é formado pelo T.C.P.D. frouxo e é rico em<br />
células mesenquimatosas, além de ser vascularizado;<br />
É o único tecido conjuntivo avascularizado,<br />
recebendo nutrientes a partir de difusão com o<br />
pericôndrio;<br />
Tipos de tecido cartilaginoso<br />
Hialina: é o tecido mais abundante no corpo.<br />
Formado por fibras colágenas, a hialina é encontrada<br />
na traqueia, brônquios, epiglote e epífises<br />
(extremidades) dos ossos longos;<br />
Elástica: além das fibras colágenas, o tecido possui<br />
também fibras elásticas, que possuem,<br />
associadamente, função modeladora. São<br />
encontradas no nariz e na orelha;<br />
Fibrosa: é um tecido resistente, com uma grande<br />
disposição de colágeno. É encontrado formado os<br />
discos intervertebrais.<br />
II. Tecido ósseo<br />
Apresenta dureza e resistência;<br />
É composto por osteoblastos → osteócitos,<br />
osteoclastos e matriz óssea (matriz orgânica rica em<br />
colágeno + matriz mineral rica em fosfato de cálcio);<br />
Osteoblasto: forma a matriz extracelular do tecido<br />
ósseo.<br />
Osteócito: célula óssea adulta. Possui função<br />
estrutural.<br />
Osteoclasto: fusão de monócitos que tem função de<br />
remover a matriz danificada.<br />
Na maioria dos ossos, observa-se os osteônios<br />
(antigamente chamados de sistemas de Havers), que<br />
são formados por osteócitos dispostos de forma<br />
96
concêntrica a um canal por onde passa um vaso<br />
sanguíneo;<br />
Os ossos são revestidos pelo periósteo, que tal como<br />
o pericôndrio, é formado por células<br />
mesenquimatosas do T.C.P.D. frouxo;<br />
A ossificação pode ser:<br />
a) Endocondral: a estrutura óssea é formada dentro<br />
de uma cartilagem e vai substituindo-a<br />
gradativamente. É comum durante a gestação.<br />
b) Intramembranosa: o T.C.P.D. frouxo terá suas<br />
células mesenquimatosas transformadas em<br />
osteoblastos<br />
III. Tecido sanguíneo<br />
Caracterizado por grande quantidade de matriz<br />
extracelular fluida (o plasma) e elementos figurados<br />
(os glóbulos brancos, os glóbulos vermelhos e as<br />
plaquetas);<br />
Possui várias funções: transporte de O 2 e nutrientes,<br />
recolhimento de CO 2 e resíduos metabólicos,<br />
transporte de hormônios, participa do equilíbrio<br />
osmótico e, ainda, do controle térmico, devido à<br />
grande quantidade de água em sua composição;<br />
Classificação dos Leucócitos:<br />
Glanulócitos são leucócitos que possuem uma<br />
grande quantidade de grânulos citoplasmáticos. Se<br />
dividem em neutrófilos (identificam e fagocitam<br />
invasores), eosinófilos (contem e combatem<br />
alergias, além de envenenar os vermes com<br />
peróxidos), basófilos (acredita-se que também<br />
participa no processo alérgico, além de<br />
envolvimento com reações de hipersensibilidade);<br />
Agranulócitos se dividem em monócitos<br />
(macrófagos), linfócitos T (os auxiliadores<br />
estimulam os linfócitos B a produzirem anticorpos e<br />
citotóxicos, enquanto os citotóxicos liberarão<br />
peróxidos nos invasores), e linfócitos B (produzem<br />
anticorpos).<br />
-Plaquetas: fragmentos de células cuja função é a<br />
coagulação sanguínea, além de produzirem a<br />
tromboplastina.<br />
(esquema da formação da fibrina em sala de aula)<br />
Componentes do Sangue:<br />
Plasma<br />
Corresponde a 55% do sangue;<br />
É formado por água (90%), sais minerais e proteínas<br />
(como as albuminas, responsáveis pela consistência<br />
do plasma, os hormônios de origem proteica, as<br />
imunoglobulinas e proteínas coagulantes);<br />
Possui coloração amarelada;<br />
Elementos figurados<br />
-Hemácias: células discoides, anucleadas, ricas em<br />
hemoglobina (proteína que contém ferro na<br />
composição). Estão associadas, principalmente, à<br />
transportação dos gases respiratórios (O 2 e CO 2).<br />
Seu ciclo de vida gira em torno de 120 dias;<br />
-Leucócitos: grandes células esféricas, nucleadas,<br />
que podem ou não ter grânulos citoplasmáticos.<br />
Estão associados à defesa do organismo.<br />
97
IV. Tecido Hematopoiético<br />
Tecido formador dos elementos figurados do sangue;<br />
Presente nos ossos longos (epífises), ossos da bacia, esterno e costelas e nos<br />
linfonodos;<br />
Células-tronco adultas:<br />
Linhagem mieloide: hemácias, plaquetas, granulócitos, monócitos<br />
Linhagem linfoide: linfócito T, linfócitos B<br />
TECIDOS MUSCULARES<br />
Características gerais:<br />
Possui células altamente especializadas (foram formadas em fibras musculares);<br />
Origem embrionária: mesoderme;<br />
Suas fibras possuem actina e miosina, responsáveis pela contração muscular;<br />
(Esquema da actina e miosina em sala de aula)<br />
A contração muscular ocorre com o deslizamento da actina sob a miosina, necessitando de uma grande quantidade<br />
de ATP, cálcio e magnésio;<br />
As fibras também possuem mioglobina (proteína captadora de O 2);<br />
Durante uma contração muscular, o retículo sarcoplasmático libera Ca ++ e Mg ++ , íons que associam-se a actina e<br />
miosina;<br />
Tipos de músculos<br />
Musculo estriado esquelético<br />
É o de maior quantidade no corpo;<br />
Está conectado aos ossos (pelos tendões);<br />
Fibras dispostas em feixe;<br />
Fibras multinucleadas;<br />
Possui contrações voluntárias, rápidas e fortes;<br />
98
Fibras mononucleadas;<br />
Possui contrações involuntárias, ritmadas e fortes;<br />
Musculo estriado cardíaco<br />
Só existe no coração;<br />
Fibras anastomosadas;<br />
Musculo não estriado (liso)<br />
Existe nas vísceras e vasos sanguíneos;<br />
Fibras curtas e mononucleadas;<br />
Possui contrações involuntárias, lentas e fracas;<br />
*As estrias do músculo estriado não aparecem a olho<br />
nu e sim ao microscópio óptico, e serão alternadas<br />
entre discos claros e escuros na fibra muscular.<br />
Actina – disco claro<br />
Miosina – disco claro<br />
Actina e miosina – disco escuro<br />
TECIDO NERVOSO<br />
Características gerais<br />
Possui células altamente especializadas na condução dos impulsos nervosos (neurônios) e na assessoria dos<br />
neurônios (gliócitos). São alimentados exclusivamente por glicose;<br />
Origem embrionária: ectoderme;<br />
Está presente no sistema nervoso central (SNC) e no sistema nervoso periférico (SNP);<br />
Os neurônios que levam a “informação” ao SNC são chamados de sensitivos ou aferentes (audição, tato, olfato,<br />
visão e paladar) e os que “trazem a resposta” do SNC são chamados de motores ou eferentes (associados à<br />
musculos);<br />
Células do tecido nervoso<br />
Neurônio: responsável pela condução das informações. Estrutura multipolar, em sua maioria (várias extremidades<br />
de saída e entrada)<br />
99
Gliciócitos<br />
estimula o segmento vizinho;<br />
Sentido normal num neurônio: dendrito → corpo<br />
celular → axônio;<br />
Condição saltatória nas neurofibras mielinizadas;<br />
Transferência de um neurônio: axônio de um →<br />
dendrito do outro<br />
a) Astrócitos: uma de suas ramificações se atrela ao<br />
neurônio para facilitar trocas gasosas, nutrição e<br />
excreção.<br />
b) Oligodendrócitos: forma a bainha de mielina em<br />
neurônios do SNC.<br />
c) Células de Schwan: formam a bainha de mielina<br />
em neurônios do SNP.<br />
d) Microglias: função semelhante ao dos<br />
macrófagos.<br />
Sinapses<br />
Região de aproximação (sem contato) entre<br />
neurônios ou neurônio – fibra muscular ou neurônio<br />
– células glandular;<br />
Impulso nervoso<br />
Potencial de repouso;<br />
Despolarização;<br />
Potencial de ação;<br />
Repolarização;<br />
Condução do impulso nervoso<br />
O potencial de ação de um segmento do neurônio<br />
Ocorre secreção de neurotransmissores, como<br />
dopamina, serotonina, acetilcolina, adrenalina;<br />
100
10.2: Histologia Vegetal<br />
Meristemas<br />
Primário é responsável pelo crescimento do vegetal<br />
em altura e é constituída por células indiferenciadas.<br />
Podem ser do tipo:<br />
I. Dermatogênio: origina a epiderme.<br />
II. Peribloma: origina o córtex.<br />
III. Pleroma: origina o cilindro central, e formará<br />
os primeiros vasos condutores.<br />
Secundário aparece nas plantas de grande porte,<br />
formado por células desdiferenciadas. É responsável<br />
pelo crescimento da planta em espessura. Se dividem<br />
entre os seguintes tecidos:<br />
I. Felogênio: é uma desdiferenciação do<br />
parênquima. Dará origem ao súber, este que<br />
protegerá e impermeabilizará a planta.<br />
II. Câmbio: desdiferenciação do cilindro central,<br />
que aparece em vasos lenhosos e liberianos.<br />
Tecidos de revestimento<br />
Epiderme é um tecido vivo, clorofilado, encontrado<br />
em todas as plantas de pequeno porte e nas partes<br />
jovens das de grande porte.<br />
Súber é constituído de tecido morto, com reforço de<br />
suberina e só aparece nas partes envelhecidas de<br />
plantas de grande porte, formando a cortiça. Além de<br />
revestir, o súber protege e impermeabiliza a planta,<br />
substituindo a epiderme.<br />
Tecidos de Preenchimento<br />
Parênquimas clorofilianos são parênquimas de<br />
assimilação, que é encontrado nas folhas e abaixo da<br />
epiderme. Se dividem entre:<br />
I. Paliçadico: células alinhadas dispostas<br />
paralelamente<br />
II. Lacunoso: células dispostas em forma aleatória<br />
Tecidos de Condução<br />
Xilema ou Lenho é formado por um conjunto de<br />
vasos lenhosos que conduzem a seiva bruta ou seiva<br />
mineral, constituída de água e sais minerais.<br />
Organizado por tecido morto, reforçado por lignina,<br />
o xilema tem origem do meristema secundário<br />
(câmbio). Nas plantas de grande porte, o xilema se<br />
fecha durante o período de seca, produzindo novos,<br />
que, juntos, formarão anéis de xilema. Estes<br />
permitirão identificar a idade da planta.<br />
Floema ou Líber é um tecido constituído de vasos<br />
liberianos, que conduzem a seiva elaborada ou<br />
orgânica, esta que é formada por uma solução de<br />
nutrientes orgânicos. O floema é formado por tecido<br />
vivo, com reforço de celulose, e está sempre<br />
próximo dos vasos lenhosos.<br />
Tecidos de Sustentação<br />
Colênquima é um tecido vivo, reforçado pela<br />
celulose, que é encontrado nas plantas de pequeno<br />
porte, partes jovens das plantas de grande parte e as<br />
nervuras de folhas.<br />
Esclerênquima é um tecido morto, reforçado por<br />
lignina, encontrado nas partes velhas das plantas de<br />
grande porte, tegumento das sementes e células de<br />
alguns frutos. Está concentrada no cerne, ou cilindro<br />
central.<br />
Tecidos de Secreção<br />
Tubos lactíferos ou resiníferos: produzem<br />
substâncias para proteção (que favorece a<br />
cicatrização na forma sólida). Os lactíferos<br />
produzem látex, enquanto que os resiníferos<br />
produzem resinas, tais como o âmbar.<br />
Nectários: produzem o néctar que atraem<br />
polinizadores. Aparece apenas nas angiospermas.<br />
Parênquimas de reserva<br />
I. Aquífero: tem água como reserva. Comum em<br />
plantas típicas do ambiente árido/semi-árido, como<br />
as cactáceas<br />
II. Aerífero: comuns às plantas aquáticas, tem ar<br />
como principal reserva.<br />
III. Amilífero: tem como principal reserva o amido.<br />
101
102
CAPÍTULO 11<br />
TAXONOMIA.<br />
103
104
11 - TAXONOMIA<br />
Sistemática: ramo da <strong>Biologia</strong> que estuda a<br />
diversidade biológica.<br />
Taxonomia: sistema sintético que organiza os seres<br />
vivos em categorias hierárquicas.<br />
Os fundamentos da classificação biológica moderna<br />
seguem os critérios designados por Lineu. Este, assim<br />
como seus antecessores, acreditava que o grau de<br />
semelhança entre os seres vivos devia ser o ponto de<br />
partida para a classificação biológica.<br />
Lineu organizou os animais de acordo com a<br />
semelhança da estrutura corporal e as plantas, de<br />
acordo com as semelhanças das estruturas<br />
reprodutivas. Lineu apresentou um sistema eficiente<br />
para dar nomes aos seres vivos que foi amplamente<br />
adotada pelos cientistas. A esse sistema se dá o nome<br />
de nomenclatura binomial.<br />
A grande especificidade dessa nomenclatura se dá<br />
para uma melhor divisão e classificação das espécies.<br />
11.1 -CATEGORIAS TAXONÔMICAS<br />
ESPÉCIE<br />
GÊNERO<br />
FAMÍLIA<br />
ORDEM<br />
CLASSE<br />
FILOS<br />
REINO<br />
11.2 -ARVORES FILOGENÉTICAS<br />
As genealogias dos seres vivos imaginadas por<br />
Darwin são atualmente chamadas de árvores<br />
filogenéticas, ou filogenias. Estes são diagramas que<br />
representam as relações de parentesco evolutivo entre<br />
grupos de seres vivos. Estes diagramas são chamadas<br />
de árvores porque consistem de linhas que se bifurcam<br />
sucessivamente.<br />
11.3 - CLADÍSTICA<br />
Método cada vez mais utilizado para estabelecer<br />
relações filogenéticas entre grupos de seres vivos.<br />
Neste, procura reunir num grupo taxonômico apenas<br />
descendentes de um mesmo ancestral que viveu no<br />
passado.<br />
GRUPOS MONOFILÉTICOS: espécies que<br />
apresentam um ancestral comum exclusivo<br />
GRUPOS POLIFILÉTICOS: espécies que descendem<br />
de diferentes ancestrais.<br />
Apomorfias: características comuns entre organismos<br />
descendentes de um mesmo ancestral. Elas não<br />
estavam presentes no ancestral comum e surgiram no<br />
indivíduo apomórfico pela modificação de uma<br />
105
condição mais antiga (plesiomorfia). Dessa forma, a<br />
apomorfia seria uma novidade evolutiva.<br />
11.4 - CLADOGRAMA<br />
Gráfico que apresenta as prováveis relações<br />
filogenéticas entre os grupos de seres vivos<br />
considerados.<br />
Os cladogramas diferem das árvores filogenéticas por<br />
serem constituídos pelos métodos e princípios da<br />
cladística. Um desses princípios é que novas espécies<br />
surgem sempre pela divisão em duas de uma espécie<br />
ancestral, a qual desaparece.<br />
Cada nó do cladograma representa, assim, o processo<br />
de cladogênese que originou os dois novos ramos. A<br />
partir desse ponto, os dois novos grupos passam a<br />
apresentar características derivadas.<br />
<br />
11.5 - REINOS DE SERES VIVOS<br />
106
CAPÍTULO 12<br />
VÍRUS.<br />
107
108
12 - VÍRUS<br />
São parasitas intracelulares obrigatórios, acelulares,<br />
que não apresentam metabolismo próprio. Fora das<br />
células são capazes de cristalizar-se e, dentro delas,<br />
reproduzem-se por montagem.<br />
Sua estrutura é formada basicamente pelo<br />
capsídeo (que contém capsômeros, responsáveis<br />
pela aderência à membrana da célula infectada), uma<br />
capa proteica que protegerá o seu material genético<br />
(DNA/RNA).<br />
genético (RNA ou DNA) passa a controlar o<br />
metabolismo da célula hospedeira. Serão<br />
sintetizados ácidos nucleicos virais e proteínas<br />
virais.<br />
04. Montagem (produção de capsídeos e miolos)<br />
05. Lise celular<br />
-Ciclo Lisogênico<br />
01. Adsorção<br />
02. Penetração<br />
03. O DNA viral migra para o núcleo. Devido a<br />
presença da enzima integrase, associa-se ao DNA da<br />
célula hospedeira e passa a ser chamada de<br />
pró-vírus.<br />
04. Latência (por tempo indeterminado)<br />
05. Por motivos intrínsecos ou extrínsecos, o<br />
pró-vírus entra em atividade e começa a produzir<br />
proteínas virais e ácidos nucleicos virais.<br />
06. Montagem<br />
07. Lise celular<br />
Tipos<br />
Vírus de DNA (varíola).<br />
Vírus de RNA<br />
Simples (gripe).<br />
Retrovírus (AIDS). É um vírus que possui RNA<br />
como ácido nucleico, mas é capaz de<br />
sintetizar DNA por meio da enzima transcriptase<br />
reversa.<br />
Ciclos vitais<br />
-Ciclo Lítico<br />
01. Adsorção (específica)<br />
02. Penetração (completa ou de apenas o miolo)<br />
03. O vírus “sequestra” a célula. Seu material<br />
109
110
CAPÍTULO 13<br />
GRANDES REINOS.<br />
111
112
13 - GRANDES REINOS<br />
13.1: Reino Monera<br />
Domínios: Bacterya, Archea, Eukarya<br />
Organismos procariontes (e unicelulares);<br />
Diversidade de processos bioenergéticos, que<br />
incluem quimiossíntese, fotossíntese, respiração,<br />
fermentação);<br />
Apresentam várias relações ecológicas com os<br />
demais seres vivos;<br />
Classificação:<br />
a) Eubactérias são as bactérias mais comuns,<br />
relacionadas normalmente à problemas de saúde.<br />
Podem ser classificadas quanto ao formato corporal,<br />
que se divide entre esférico (coco), bastão (bacilo),<br />
onda (espiroqueta) e vírgula (vibrião);<br />
b) Cianobactérias tem fotossíntese aeróbica e<br />
biofixação são processos comuns.<br />
c) Arqueobactérias são bactérias antigas e<br />
metanogênicas, encontradas em regiões agressivas<br />
(crateras vulcânicas, fossas abissais, ...) e toleram<br />
elevadas temperaturas. Efetuam a quimiossíntese<br />
anaeróbica (utilizam metano ou enxofre).<br />
Exemplos: estafilococcus é típico de infecções<br />
hospitalares e apresenta alta resistência a<br />
antibióticos. Estriptococcus também é típico de<br />
infecções hospitalares, e estão associados ao<br />
reumatismo.<br />
13.2 : Reino Proctista<br />
Organismos eucariontes, uni ou pluricelulares (sem<br />
tecidos);<br />
Possui seres autotróficos (algas) e heterotróficos<br />
(protozoários);<br />
Classificação:<br />
Protozoários<br />
a) Flagelados: a maioria destes protozoários são<br />
parasitas. Alguns exemplos são o Trypanosoma<br />
cruzi (agente etiológico da doença de Chagas),<br />
Trichomonas vaginalis (causador da tricomoníase,<br />
uma doença sexualmente transmissível que não<br />
aparece nos homens, embora eles possam vir a ser<br />
portadores), Giardia sp (associado à desnutrição);<br />
b) Ciliados: são protozoários de vida livre, e dentre<br />
eles se encontram Paramecium sp (típicos de água<br />
suja);<br />
c) Rizópodos: são protozoários que possuem<br />
pseudópodos como estruturas locomotivas.<br />
Exemplos típicos são Entamoeba sp (embora os<br />
rizópodos variem entre vida livre e parasitária, a<br />
Entamoeba histólica é parasita, que está associado à<br />
disenteria).<br />
d) Esporozoários: são parasitas do sangue, e dentre<br />
eles, Plasmodium sp (agentes etiológicos da malária,<br />
sendo apenas as fêmeas hematófagas. Pica animais<br />
silvestres para adquirirem a malária. No corpo, o<br />
plasmódio penetra e se multiplica nas hemácias.<br />
Alguns sintomas clássicos são as febres contínuas e<br />
cronometradas – o plasmódio não consegue infectar<br />
portadores da anemia falciforme);<br />
Algas<br />
Organismos eucarióticos fotossintetizantes, com<br />
organização simples, que se situam em regiões<br />
úmidas.<br />
a) Crisófitas (diatomáceas) são algas douradas que<br />
possuem uma carapaça de sílica. A deposição dessas<br />
carapaças foram os diatomitos, espécie de rochas<br />
sedimentares.<br />
113
) Euglenófitas são algas que não possuem parede<br />
celular, portanto podem realizar a fagocitose, além<br />
da fotossíntese.<br />
c) Pirrófitas (dinoflageladas) possuem dois<br />
flagelos e, em grande população, liberam a toxina<br />
que gerará a maré vermelha. Bioluminescência.<br />
Superiores – multicelulares<br />
a) Clorofíceas algas verdes.<br />
b) Rodofíceas algas vermelhas. Indústrias extraem<br />
dela o ágar e/ou carragenina.<br />
c) Feofíceas algas pardas, que possuem uma<br />
estrutura mais complexa.<br />
13.3 : REINO FUNGI<br />
Organismos eucariontes, uni ou multicelulares (sem<br />
tecidos);<br />
Todos são heterótrofos com digestão extracorpórea e<br />
nutrição por absorção (lançam enzimas digestivas no<br />
alimento para então absorvê-lo). Algumas espécies<br />
são parasitas, como é o caso das micoses;<br />
Podem ter vida livre, parasitária, mutualísticas,<br />
decompositora...<br />
Alguns fungos apresentam cogumelo, formado por<br />
fusão de hifas, que corresponde à sua estrutura<br />
reprodutiva (produz e libera esporos);<br />
Estrutura Padrão:<br />
Classificação:<br />
a) Ascomicetos são fungos cuja estrutura<br />
característica é o asco, onde serão formados os oito<br />
esporos na reprodução.<br />
b) Basidiomicetos poderão ser comestíveis,<br />
alucinógenos ou venenosos. Sua estrutura<br />
característica é o basídio, onde se formarão quatro<br />
esporos.<br />
c) Zigomicetos são fungos mais simples que vivem<br />
no solo e decompõem matéria morta. Poderão ser<br />
parasitas. Sua estrutura reprodutiva é o<br />
zigosporângio.<br />
Algumas associações ecológicas dos fungos são os<br />
líquens (fungos + algas) e as micorrizas (fungos +<br />
raízes);<br />
13.4: REINO METAZOA<br />
Organismos eucariontes;<br />
Multicelulares com tecidos (exceto poríferos);<br />
Todos heterótrofos;<br />
Reserva energética celular: celular;<br />
Não possuem parede celular;<br />
Critérios de classificação animal<br />
Reprodução:<br />
Assexuada (não há encontro de gametas)<br />
Sexuada<br />
Fecundação externa: encontro dos gametas na água<br />
Fecundação interna: encontro dentro do corpo da<br />
fêmea<br />
114
Desenvolvimento<br />
Indireto (apresentam estágio intermediário antes da<br />
fase adulta – larvas).<br />
Direto (já possuem a estrutura adulta).<br />
Número de folhetos embrionários<br />
Diblásticos (possuem apenas dois folhetos,<br />
endoderme e ectoderme).<br />
Triblásticos (possuem os três folhetos, endoderme,<br />
mesoderme e ectoderme)<br />
Presença de celoma<br />
Acelomado (sem cavidades).<br />
Pseudocelomados (“falso celoma”. Separa a<br />
mesoderme da endoderme).<br />
Celomados (cavidade que divide a mesoderme em<br />
duas).<br />
Derivação do blastóporo<br />
Protostômios (blastóporo origina a boca).<br />
Deuterostômios (blastóporo origina o ânus).<br />
Simetria<br />
Ausente (indivíduos assimétricos que possuem<br />
formato irregular).<br />
Radial (vários planos de simetria).<br />
Bilateral (apenas um plano de simetria)<br />
Metameria<br />
Ausente (indivíduos ametamerizados que não<br />
possuem divisão corporal).<br />
Homônoma (corpo dividido em segmentos iguais).<br />
Heterônoma (corpo dividido em segmentos<br />
diferenciados).<br />
13.5 - Principais filos dos metazoários<br />
(A) Poríferos;<br />
(B) Cnidários ou Celenterados;<br />
(C) Platelmintos;<br />
(D) Nematelmintos;<br />
(E) Anelídeos;<br />
(F) Moluscos;<br />
(G) Artrópodes (insetos, aracnídeos, crustáceos,<br />
quilópodos, diplópodos);<br />
(H) Equinodermos;<br />
(I) Cordados (protocordados, peixes, anfíbios,<br />
répteis, aves, mamíferos);<br />
13.6 – Características dos Principais Filos<br />
OBS. (⌵) = presente<br />
(A) PORÍFEROS<br />
(x) = ausente<br />
Animais simples e filtradores, obrigatoriamente<br />
aquáticos, com quatro tipos de células: pinacócitos<br />
(formam a camada externa do animal), porócitos<br />
(células que foram os poros), amebócitos (podem<br />
originar qualquer outra célula) e coanócitos (células<br />
flageladas que fazem a água circular). Tem corpo<br />
sustentado por esqueleto de fibras proteicas ou<br />
espículas minerais de sílica ou calcário.<br />
Estão classificados no reino metazoa devido à<br />
nutrição heterotrófica, célula sem parede celular e<br />
reserva de glicogênio.<br />
Exemplos: esponjas, corais.<br />
Sistemas<br />
Digestório (x) digestão intracelular feita pelos<br />
coanócitos<br />
Circulatório (x)<br />
Respiratório (x)<br />
Excretor (x)<br />
Nervoso (x)<br />
Reprodução<br />
Assexuada (brotamento, gemulação e fragmentação)<br />
e sexuada (fecundação interna, desenvolvimento<br />
indireto).<br />
(B) CNIDÁRIOS<br />
Animais diblásticos, protostômios, de simetria radial<br />
e ametamerizados. Os cnidoblásticos, células típicas<br />
deste grupo, liberam uma substância urticante.<br />
115
Possuem forma polipoide ou medusoide, e seu<br />
hábitat é exclusivamente aquático.<br />
Exemplos: água-viva, anêmona, actínia, caravela.<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) possuem cavidade gastrodérmica<br />
(sem ânus), onde realizam digestão extra e<br />
intracelular<br />
Circulatório (x)<br />
Respiratório (x)<br />
Excretor (x)<br />
Nervoso (⌵) rede difusa de neurônios<br />
Reprodução<br />
Assexuada (brotamento, estrobilização) e sexuada<br />
(fecundação externa e desenvolvimento indireto). Os<br />
cnidários ainda realizam metagênese, isso é<br />
alternância de gerações entre a fase séssil (fixa ao<br />
substrato) e medusoide.<br />
(C) PLATELMINTOS<br />
Vermes achatados, triblásticos, protostômios,<br />
acelomados, simetria bilaterial e ametamerizados<br />
(exceto tênias). Podem ser encontrados em<br />
ambientes aquáticos ou terrestres, com várias<br />
espécies parasitas.<br />
Proglote é a divisão corporal da tênia que contém o<br />
aparelho reprodutor. Quando madura, a proglote se<br />
solta e sai nas fezes do humano que parasita.<br />
Exemplos: planárias, tênias.<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) cavidade gastrovascular ramificada,<br />
com digestão extra e intracelular.<br />
Circulatório (x)<br />
Respiratório (x) difusão célula-meio<br />
Excretor (⌵) rede de protonefrídeos com<br />
células-flama ou sonoléticos. Possuem poros<br />
excretores no dorso.<br />
Nervoso (⌵) par de gânglios cerebrais ligados à<br />
cordões ventrais.<br />
Reprodução<br />
Sexuada (fecundação interna e desenvolvimento<br />
indireto).<br />
Doenças<br />
Algumas das doenças relacionadas aos platelmintos<br />
são a teníase, (neuro) cisticercose e<br />
esquistossomose.<br />
(D) NEMATELMINTOS<br />
Vermes cilíndricos, triblásticos, pseudocelomados,<br />
protostômios, de simetria bilateral e<br />
ametamerizados. Podem ser aquáticos, terrestres ou<br />
parasitas.<br />
Exemplos: lombriga, ancilostoma, oxiúro, filária.<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) tubo digestório completo, com<br />
digestão extra e intracelular.<br />
Circulatório (x)<br />
Respiratório (x)<br />
Excretor (⌵) tubos em “H”.<br />
Nervoso (⌵) ganglionar com cordões ventrais.<br />
Reprodução<br />
Sexuada (fecundação interna e<br />
desenvolvimento indireto).<br />
Doenças<br />
A ascaridíase, causada pela lombriga,<br />
apresenta sinais semelhantes aos da pneumonia.<br />
Quando chega aos pulmões, as larvas da lombriga<br />
obstruem os capilares, gerando os sintomas típicos<br />
da pneumonia. Outras doenças associadas são o<br />
amarelão/ancilostomíase, filariose/elefantíase<br />
(vetor: mosquito culex).<br />
(E) ANELÍDIOS<br />
Animais com corpo segmentado (metamerizado) em<br />
forma de anéis, triblásticos, celomados,<br />
protostômios e com simetria bilateral. São seres<br />
116
aquáticos e terrestres.<br />
Exemplos:<br />
Oligoquetas (poucas cerdas) – minhocas.<br />
Poliquetas (muitas cerdas) – nereis<br />
Hirundíneos (desprovidos de cerdas) –<br />
sanguessugas<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) tubo completo e diferenciado,<br />
formado por boca, papo, moela, estômago, intestino<br />
tiflossole (dobra na cavidade intestinal que aumenta<br />
a superfície de absorção de nutrientes) e ânus.<br />
Circulatório (⌵) circulação simples e fechada, com<br />
pigmento respiratório (hemoglobina).<br />
Respiratório (x) respiração cutânea.<br />
Excretor (⌵) nefrídios.<br />
Nervoso (⌵) ganglionar e ventral.<br />
Reprodução<br />
Sexuada:<br />
As minhocas possuem fecundação externa com<br />
desenvolvimento direto.<br />
As nereis possuem fecundação externa e<br />
desenvolvimento indireto.<br />
As sanguessugas possuem fecundação interna e<br />
desenvolvimento direto.<br />
(F) MOLUSCOS<br />
Animais de corpo mole (com ou sem concha),<br />
triblásticos, celomados, protostômios, com simetria<br />
bilateral e ametamerizados. Vivem em meio<br />
aquático e terrestre.<br />
Exemplos:<br />
Gastrópodos – lesma, caracol.<br />
Bivalvos – ostra, mexilhão.<br />
Cefalópodes – polvo e lula.<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) tubo completo e diferenciado (boca<br />
com rádula).<br />
Circulatório (⌵) a maioria dos moluscos apresenta<br />
circulação aberta, sem coração, e hemolinfa com<br />
hemocianina. Os cefalópodes, por outro lado,<br />
apresenta circulação fechada com coração.<br />
Respiratório (⌵) branquial nos aquáticos e pulmonar<br />
nos terrestres.<br />
Excretor (⌵) nefrídios.<br />
Nervoso (⌵) cerebral nos cefalópodes e ganglionar<br />
nos demais moluscos.<br />
Reprodução<br />
Sexuada.<br />
(G) ARTRÓPODES<br />
Animais metamerizados, com exoesqueleto<br />
quitinoso e patas articuladas, responsáveis por seu<br />
sucesso evolutivo. São ainda triblásticos, celomados,<br />
protostômios e com simetria bilateral. Vivem em<br />
ambiente aquático e terrestre.<br />
Os artrópodes ainda sofrem ecdise, isso é, perda do<br />
exoesqueleto.<br />
Exemplos:<br />
Insetos: mosquito, barata, mosca, besouro.<br />
Crustáceos: caranguejo, camarão, lagosta.<br />
Aracnídeos: aranha, escorpião, carrapato.<br />
Quilópodos: lacraia.<br />
Diplópodos: piolho-de-cobra.<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) tubo completo e diferenciado. Boca<br />
com peças adaptadas ao tipo de alimento.<br />
Circulatório (⌵) circulação aberta. Insetos,<br />
quilópodos e diplópodos possuem hemolinfa<br />
incolor. Aracnídeos possuem hemolinfa vermelha e<br />
os crustáceos, hemolinfa azul.<br />
Respiratório (⌵) branquial nos crustáceos, traqueal<br />
nos insetos, quilópodos e diplópodos – o sangue não<br />
precisa transportar oxigênio, pois o aparelho<br />
traqueal já faz o trabalho. O pulmão-livro, nos<br />
aracnídeos, aumenta a superfície de troca gasosa.<br />
Excretor (⌵) glândulas coxais nas aranhas, que<br />
expelem ureia pelas patas. Glândulas verdes nos<br />
crustáceos, que eliminam amônia como principal<br />
excreta, pelas antenas, e túbulos de Malpighi nos<br />
117
insetos, quilópodos e diplópodos, que eliminam<br />
ácido úrico.<br />
Nervoso (⌵) fusão de oito gânglios nervosos.<br />
ninfa → imago).<br />
Holometábolos: metamorfose completa (ovo →<br />
larva → pupa → imago).<br />
Reprodução<br />
Sexuada (fecundação interna, ou externa no caso dos<br />
crustáceos, e desenvolvimento indireto, ou direto no<br />
caso dos aracnídeos).<br />
Quanto ao desenvolvimento, os insetos se dividem<br />
em:<br />
Ametábolos: não sofrem metamorfose.<br />
Hemimetábolos: metamorfose incompleta (ovo →<br />
CLASSES DIVISÃO Nº PATAS Nº ANTENAS ASAS QUELÍCERAS<br />
CORPORAL<br />
Insetos Cabeça, tórax, abdome 3 pares 1 par 0/1/2<br />
–<br />
pares<br />
Crustáceos Cefalotórax, abdome 5/+ pares 2 pares – –<br />
Aracnídeos Cefalotórax, abdome 4 pares – – Presente<br />
Quilópodos Cabeça, tronco 1 par/ 1 par – –<br />
segmentado segmento<br />
Diplópodos Cabeça, tronco<br />
segmentado<br />
2<br />
pares/segm<br />
ento<br />
1 par – –<br />
(H) EQUINODERMOS<br />
Animais exclusivamente aquáticos, de corpo<br />
recoberto de espinhos. Triblásticos, deuterostômios,<br />
ametamerizados. Compartilham três características<br />
com os cordados: deuterostomia, endoesqueleto e<br />
larvas trocóforas.<br />
Exemplos: estrela-do-mar, bolacha-da-praia<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) tubo completo e diferenciado.<br />
Circulatório (x)<br />
Respiratório (x)<br />
Excretor (x)<br />
Nervoso (⌵) descentralizado, com anel nervoso<br />
próximo a boca.<br />
Ambulacrário (⌵) sistema hidrovascular exclusivo<br />
dos equinodermos. Consiste numa rede de canais por<br />
onde circula a água do mar. Auxilia na circulação,<br />
respiração, excreção e locomoção do animal,<br />
estando conectado aos pés ambulacrais.<br />
(I) CORDADOS<br />
Animais triblásticos, celomados, deuterostômios,<br />
metamerizados e de simetria bilateral. Apresentam<br />
na fase embrionária notocorda (nos cordados<br />
vertebrados, é substituída pela coluna vertebra), tubo<br />
neural dorsal, fendas branquiais faringianas, cauda.<br />
PROTOCORDADOS<br />
Não possuem coluna vertebral e representam dois<br />
subfilos.<br />
118
Urocordados: tem corpo revestido por túnica e<br />
possuem notocorda na fase larval. São animais<br />
filtradores, que alimenta-se basicamente do<br />
plâncton. Seu sistema digestório é incompleto, as<br />
trocas gasosas ocorrem através das fendas<br />
faringianas e tem ainda circulação aberta. São<br />
monoicos, com fecundação externa e divisão<br />
indireta.<br />
Cefalocordados: possuem a epiderme mono<br />
estratificada, sendo envolta por estrutura semelhante<br />
à cutícula, com feixes musculares dispostos em “V”.<br />
Possuem sistema digestório completo, trocas<br />
gasosas nas fendas branquiais, sistema excretor<br />
formado por nefrídios e células-flama. São dioicos,<br />
com fecundação externa e desenvolvimento indireto.<br />
CORDADOS VERTEBRADOS<br />
Agnata ou Ciclostomados possuem um corpo<br />
cilíndrico e alongado, com coluna vertebral formada<br />
por cartilagem. A notocorda confere sustentação ao<br />
coro. São conhecidos pela então denominação de<br />
peixes sem mandíbula.<br />
Exemplos: feiticeira, lampreia.<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) tubo completo, com intestino<br />
tiflossole. São parasitas de peixes.<br />
Circulatório (⌵) simples e completa (coração com<br />
duas câmaras que bombeia sangue venoso).<br />
Respiratório (⌵) branquial.<br />
Excretor (⌵) rins mesonefros ou pronefros (expelem<br />
amônia).<br />
Nervosa (⌵) encéfalo (10 pares de nervos) e medula.<br />
Reprodução<br />
Sexuada, com fecundação externa e<br />
desenvolvimento direto (feiticeira) ou indireto<br />
(lampreia).<br />
Gnatostomata: grupo que engloba os peixes,<br />
anfíbios, répteis, aves e mamíferos.<br />
PEIXES<br />
Os peixes cartilaginosos têm nadadeiras peitorais,<br />
pélvicas, dorsais e caudais, além de escamas<br />
placoides (semelhante aos dentes dos vertebrados,<br />
que tem origem epidérmica). Os ósseos possuem<br />
nadadeiras peitorais, pélvicas, medianas, dorsais,<br />
anal e caudal, tendo suas escamas origem dérmica.<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) completo. Os ósseos possuem boca<br />
terminal e ânus, enquanto que os cartilaginosos<br />
possuem boca ventral e cloaca.<br />
Circulatório (⌵) fechada e simples, com coração<br />
formado por duas câmaras e hemácias nucleadas. O<br />
sangue venoso é bombeado pelo coração e<br />
oxigenado nas brânquias.<br />
Excretor (⌵) rins mesonefros. Os peixes<br />
cartilaginosos excretam ureia, possuindo a glândula<br />
retal que auxilia na eliminação de sais, enquanto que<br />
os ósseos, possuidores de bexiga natatória, expelem<br />
amônia.<br />
Respiratório (⌵) branquial. Os cartilaginosos<br />
possuem cinco pares de fendas branquiais. Os peixes<br />
ósseos possuem quatro pares de brânquias, além do<br />
opérculo (proteção óssea). Ele ainda auxilia na<br />
captura de O 2 através da agitação da água.<br />
Nervoso (⌵) encéfalo (10 pares de nervos).<br />
Reprodução<br />
Sexuada.<br />
Cartilaginosos (fecundação interna e<br />
desenvolvimento direto).<br />
Ósseos (fecundação externa e<br />
desenvolvimento indireto).<br />
ANFÍBIOS<br />
Primeiros vertebrados a se estabelecerem na Terra.<br />
Pele lisa, úmida, com glândulas mucosas, sem<br />
escamas e de fácil desidratação, portanto habitam<br />
lugares úmidos e sombreados.<br />
Ordens<br />
Apoda, Anura, Caudata<br />
119
Sistemas<br />
Digestório (⌵) completo, finalizado em cloaca.<br />
Circulatório (⌵) circulação dupla e incompleta, cujo<br />
coração possui três câmaras. O sangue arterial e o<br />
sangue venoso se misturam no ventrículo único.<br />
Excretor (⌵) rins mesonefros. Larvas expelem<br />
amônia, adultos expelem ureia.<br />
Respiratório (⌵) branquial no estágio larval,<br />
cutânea/pulmonar nos adultos.<br />
Nervoso (⌵) encéfalo (10 pares de nervosos) e<br />
medula espinhal enervada.<br />
Reprodução<br />
Sexuada (fecundação externa e desenvolvimento<br />
indireto).<br />
RÉPTEIS<br />
Animais com pele seca (epiderme queratinizada),<br />
recoberta por placas córneas ou escamas ou plastrões<br />
e carapaças. Além disso, possuem ovo com casca e<br />
anexos embrionários (saco vitelínico, bolsa<br />
amniótica e alantoide).<br />
Ordens<br />
Chelonia (quelônios: tartarugas), Crocodilia<br />
(crocodilos), Squamata (serpentes),<br />
Rhynchocephalia (tatuaras).<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) completo. Algumas serpentes<br />
conseguem desarticular os ossos da mandíbula.<br />
Circulatório (⌵) dupla e incompleta, com coração<br />
formado por três câmaras, a exceção dos<br />
crocodilianos, que possuem quatro câmaras.<br />
Entretanto, mesmo neles, o sangue se mistura.<br />
Excretor (⌵) rins mesonefros. A cloaca elimina<br />
ácido úrico.<br />
Respiratório (⌵) pulmonar.<br />
Nervoso (⌵) encéfalo com doze pares de nervos e<br />
medula espinhal.<br />
Reprodução<br />
Sexuada (fecundação interna e desenvolvimento<br />
direto).<br />
AVES<br />
Animais de corpo revestido por pele seca, fina e<br />
elástica. As penas, impermeabilizadas pela glândula<br />
uropígica – secretam um tipo de cera –, são formadas<br />
de queratina e tem origem epidérmica. Possuem<br />
estrutura própria para o voo, composta por ossos<br />
pneumáticos (ossos porosos com ar no interior), osso<br />
esterno em forma de quilha e sacos aéreos (projeções<br />
pulmonares que tornam o corpo leve). São os<br />
primeiros homeotérmicos, sendo capazes de manter<br />
a temperatura corporal.<br />
Siringe: órgão sonoro de alguns pássaros.<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) completo e finalizado em cloaca<br />
(bico adaptado ao hábito alimentar).<br />
Circulatório (⌵) completo, com coração dividido em<br />
quatro câmaras separadas.<br />
Excretor (⌵) rins metanefros que expelem ácido<br />
úrico. A maioria das aves não tem bexiga.<br />
Respiratório (⌵) pulmonar (dois pulmões sem<br />
alvéolos).<br />
Nervoso (⌵) encéfalo com doze pares de nervosos e<br />
pares de nervos raquianos.<br />
Reprodução<br />
Sexuada (fecundação interna e desenvolvimento<br />
direto)<br />
MAMÍFEROS<br />
Animais com (parte da) pele recoberta de pelos e<br />
possuidores de glândulas mamárias, dentes<br />
diferenciados, glândulas sudoríparas e diafragma.<br />
Seu esqueleto é ósseo, interno e muito resistente. Os<br />
mamíferos são classificados em três subclasses<br />
divididas de acordo com a reprodução: ovíparos<br />
(prototheria), vivíparos com desenvolvimento final<br />
no marsúpio (methateria) e vivíparos com<br />
desenvolvimento total no útero (rutheria).<br />
Sistemas<br />
Digestório (⌵) completo. Fígado, pâncreas e<br />
vesícula biliar auxiliam na digestão.<br />
Circulatório (⌵) completo, com coração dividido em<br />
120
quatro câmaras. Suas hemácias são anucleadas.<br />
Excretor (⌵) rins metanefros expelem ureia.<br />
Respiratório (⌵) pulmonar (dois pulmões com<br />
alvéolos, onde ocorre a hematose).<br />
Nervoso (⌵) encéfalo com 12 pares de nervos e<br />
medula com 31 pares.<br />
Reprodução<br />
Sexuada (fecundação interna e desenvolvimento<br />
direto). As fêmeas possuem útero e glândulas<br />
mamárias.<br />
13.7 FISIOLOGIA ANIMAL (Com ênfase na<br />
Fisiologia Humana)<br />
Estudo do funcionamento dos sistemas, que<br />
mantém-se em equilíbrio dinâmico (homeostase) às<br />
custas de trocas de energia com o meio e/ou<br />
mecanismos de retroalimentação (feedback).<br />
13.7.1 - SISTEMA DIGESTÓRIO<br />
Funções<br />
Desdobras macromoléculas (polissacarídeos,<br />
lipídios, proteínas e ácido nucleicos) em<br />
micromoléculas (monossacarídeos, ácidos graxos,<br />
aminoácidos e nucleotídeos);<br />
Absorver nutrientes;<br />
Tipos<br />
• Ausente – digestão intracelular:<br />
Poríferos (digestão através dos coanócitos).<br />
• Presente:<br />
Tubo incompleto – digestão intra e extracelular:<br />
Celenterados e platelmintos.<br />
Tubo completo – digestão apenas extracelular:<br />
Nematelmintos, anelídeos, moluscos, artrópodes,<br />
equinodermos e cordados.<br />
Componentes<br />
1- Língua<br />
2- Glândula Salivar Parótida<br />
3- Glândula Salivar Sublingual<br />
4- Faringe<br />
5- Esôfago<br />
6- Fígado<br />
7- Vesícula Biliar<br />
8- Estômago<br />
9- Pâncreas<br />
10- Intestino Delgado<br />
11- Reto<br />
12- Ânus<br />
13- Apêndice Vermiforme<br />
14- Intestino Grosso<br />
121
Boca (dentes, língua, glândulas salivares): o bolo<br />
alimentar é triturado pelos dentes, movimentado<br />
pela língua e as glândulas salivares lançam sobre ele<br />
o primeiro suco digestivo, a saliva, formada por água<br />
e ptialina, ou amilase salivar. A saliva é secretada<br />
pelas parótidas, sublinguares e linguais. Após a<br />
mastigação, que consiste na digestão mecânica, o<br />
bolo alimentar deixa a boca, cujo pH é neutro, e parte<br />
para a faringe.<br />
Faringe: também participa do sistema respiratório,<br />
tendo uma região de passagem controlada pela<br />
epiglote.<br />
Esôfago: revestida pela musculatura não-estriada,<br />
conduz o alimento para o estômago através de<br />
movimentos peristálticos. O esfíncter que controla a<br />
passagem para o estômago e evita o refluxo, a<br />
cárdia, se abre, e o bolo alimentar passa a ser<br />
chamado de quimo.<br />
Estômago: é revestido pela mucina, muco que<br />
reveste o estômago e o protege da acidez do suco<br />
gástrico, cujo pH gira em torno de dois. Ele tem a<br />
função de armazenar alimentos e digerir proteínas.<br />
Passando pelo segundo esfíncter do estômago,<br />
piloro, o quimo passa a se chamar de quilo ao chegar<br />
ao duodeno.<br />
Intestino delgado (duodeno, jejuno, íleo): realiza a<br />
digestão química dos outros componentes do quilo.<br />
O duodeno, possuidor de microvilosidades, é o<br />
maior responsável pela absorção de nutrientes.<br />
Entretanto, ele não tem proteção contra a acidez,<br />
portanto o alimento não chega sozinho. São<br />
liberados também a bile, o suco pancreático e o suco<br />
entérico. O esfíncter íleo-cecal transfere o que não<br />
foi digerido para o cólon ascendente.<br />
Intestino grosso: tem a função de reabsorver água e<br />
sais minerais, além de armazenar o agora chamado<br />
bolo fecal. A curva sigmoide o leva até o reto e o<br />
ânus, onde será eliminado.<br />
Suco gástrico: água + HCl + pepsina<br />
Suco pancreático: água + amilase pancreática +<br />
peptidase + lipase + nuclease<br />
Bile: água + bilirrubina + emulsionador de lipídios +<br />
sais biliares<br />
Suco entérico: água + maltase + lactase + sacarase +<br />
nuclease + lipase + peptidase<br />
13.7.2 -SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR<br />
(CIRCULATÓRIO)<br />
Funções<br />
Transportar nutrientes, gases respiratórios,<br />
hormônios, anticorpos (entre outros) por todas as<br />
partes do corpo;<br />
Recolher os excretas;<br />
Participar do controle térmico;<br />
Tipos de circulação:<br />
• Ausente – difusão célula a célula:<br />
Ex.: Poríferos, celenterados, platelmintos,<br />
nematelmintos e equinodermos.<br />
• Presente:<br />
Circulação aberta (vaso-lacunar > contato direto<br />
com o tecido > lento):<br />
Ex.: Moluscos –[exceção: cefalópodes] e artrópodes.<br />
Circulação fechada (apresenta capilares) e simples<br />
(só um sentido):<br />
Ex.: Anelídeos, cefalópodes e peixes.<br />
Circulação fechada e dupla (duas circulações:<br />
pequena e grande):<br />
o Incompleta – sangue venoso mistura com o<br />
arterial ( com 3 cavidades):<br />
Ex.: Anfíbios e répteis.<br />
o Completa – não mistura os sangues ( com 4<br />
cavidades):<br />
Ex.: Aves e mamíferos.<br />
122
- Aberta ou vaso-lacunar: é a circulação mais<br />
simples, por onde circula hemolinfa. Encontrada:<br />
moluscos (exceto cefalópodes) e artrópodes.<br />
- Fechada ou vascular: é onde circula o sangue.<br />
Encontrada: anelídeos e cordados.<br />
- Simples: apenas um percurso. Encontrada:<br />
anelídeos, moluscos, artrópodes e peixes.<br />
- Dupla Incompleta: dois percursos com mistura de<br />
sangue arterial e venoso. Encontrada: anfíbios e<br />
répteis.<br />
- Dupla Completa: dois percursos e não ocorre<br />
mistura entre tipos de sangue. Encontrada: aves e<br />
mamíferos<br />
coronárias. A contração é denominada sístole, e o<br />
relaxamento de diástole. Funciona automaticamente<br />
graças ao nó sinoatrial e ao nó atrioventricular<br />
(marca-passo).<br />
Componentes<br />
Coração<br />
É tetracavitário (aves e mamíferos), formado por<br />
músculo estriado cardíaco, alimentado pelas artérias<br />
1- Artéria Aorta<br />
2- Artéria Pulmonar<br />
3- Veias Pulmonares<br />
4- Átrio Esquerdo<br />
5- Valva Átrio-ventricular Esquerda (Bicúspide ou Mitral)<br />
6- Ventrículo Esquerdo<br />
7- Valva da Aorta<br />
8- Miocárdio<br />
9- Ventrículo Direto<br />
10- Valva Átrio-ventricular Direita (Tricúspide)<br />
11- Veia Cava Inferior<br />
12- Átrio Direto<br />
13- Veia Cava Superior<br />
Pequena circulação: o átrio direito recebe sangue<br />
venoso de todas as partes do corpo. As veias cavas<br />
recebem o sangue e o enviam ao pulmão pela artéria<br />
pulmonar. Pela proximidade ao coração, o<br />
bombeamento não precisa de grande força. O sangue<br />
sofre hematose nos alvéolos e volta arterial pelas<br />
veias pulmonares.<br />
Grande circulação: o átrio esquerdo recebe sangue<br />
arterial das veias pulmonares, bombardeando em<br />
seguida para a artéria aorta, que conduzirá o sangue<br />
para todo o corpo, inclusive irrigando o músculo<br />
cardíaco inclusive, uma vez que na diástole e sístole<br />
o sangue só passa pelas câmaras. Após troca nos<br />
capilares, ele volta pelas veias cavas.<br />
123
Vasos Sanguíneos<br />
Artérias e Arteríolas<br />
Sangue é transportado com alta pressão (P.A. normal = 120:80 mmHg), por isso são espessas. Por possuírem<br />
tecido muscular liso, podem dilatar e contrair (auxiliando no<br />
controle da pressão arterial). Conduzem sangue arterial, exceto<br />
a artéria pulmonar.<br />
Capilares<br />
Extremamente finas, apresentam apenas um tecido (endotélio) e<br />
é o local de troca entre tecidos e sangue.<br />
Veias e Vênulas<br />
Mais estreitas que as artérias, conduzem sangue com pressão<br />
quase zero, na maioria das vezes contra a gravidade, por isso apresentam válvulas (que impedem o refluxo).<br />
Conduzem sangue venoso, exceto as veias pulmonares.<br />
Sangue<br />
Tecido conjuntivo que flui pelo sistema cardiovascular. É formado por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas.<br />
Sistema Linfático<br />
Linfa<br />
Fluido similar ao plasma sanguíneo<br />
Linfonodos<br />
São locais de produção de glóbulos brancos<br />
Vasos Linfáticos<br />
Transportam a linfa (contendo glóbulos brancos, água e lipídios) até as veias cavas. Tem por funções remover o<br />
excesso de água dos tecidos, realizando a drenagem de líquidos. A linfa acaba por se misturar ao sangue.<br />
124
13.7.3 - SISTEMA RESPIRATÓRIO<br />
Funções<br />
Promove a troca gasosa (eliminação de CO 2 e captura de O 2) entre o meio e os órgãos respiratórios. Tal fenômeno<br />
é denominado hematose.<br />
O oxigênio é transportado quase inteiramente sob a forma de oxiemoglobina (HbO 2). O gás carbônico é<br />
transportado dissolvido no plasma (cerca de 9% da sua concentração), sob a forma de carboemoglobina (27% de<br />
sua concentração) e sob a forma de íons bicarbonato (em sua maior parte, girando em torno dos 64%).<br />
Tipos de respiração<br />
Difusão simples: ocorrem em organismos simples que não apresentam estrutura respiratória. Encontrada:<br />
poríferos, cnidários e equinodermos.<br />
Cutânea: realizada pela pele (úmida para maior difusão dos gases). Pode ser direta, pele ⇄ célula, ou indireta,<br />
pele ⇄ sangue ⇄ célula. Encontrada: platelmintos, nematelmintos e anelídeos. Obs.: Os anfíbios adultos<br />
complementam sua respiração pulmonar com a cutânea.<br />
Traqueal: composto por um sistema de ventilação cujo conjunto de vasos denominados traqueias. A traqueia se<br />
ramifica de tal maneira que, ao final do processo, fazem difusão. Encontrada: insetos, quilópodos e diplópodos.<br />
Branquial: brânquias ou guelras retiram o O 2 solvido na água. Encontrada: moluscos aquáticos, alguns<br />
equinodermos, peixes e larvas de anfíbios.<br />
Pulmonar: retiram o O 2 presente no ar. Encontrada: moluscos terrestres, aracnídeos, anfíbios adultos, répteis,<br />
aves e mamíferos.<br />
Componentes do Sistema Respiratório Humano<br />
125
Fossas nasais/boca<br />
O ar normalmente é inspirado pelas fossas nasais,<br />
sendo filtrado, aquecido e umidificado, o que<br />
facilitará a troca gasosa nos alvéolos. Como o nariz<br />
não consegue capturar uma grande quantidade de O 2,<br />
há vantagem em usar a boca para exercícios físicos.<br />
Faringe<br />
“Agente duplo” uma vez que também atua no<br />
sistema digestivo. É o acesso à laringe e ao esôfago.<br />
Laringe<br />
É onde se encontram as pregas vocais, cuja vibração<br />
vai emitir sons. Nas crianças e mulheres, a<br />
frequência é alta, gerando som agudo. Nos homens,<br />
a testosterona faz com que a frequência diminua,<br />
gerando um som grave. Não tolera sólidos/líquidos.<br />
troca gasosa, hematose.<br />
Mecanismo respiratório<br />
Inspiração: contração do diafragma e dos<br />
intercostais → expansão da caia torácica →<br />
diminuição da pressão interna → o ar entra.<br />
Ar: 79% N 2, 20% O 2, 0.03% CO 2<br />
Expiração: relaxamento do diafragma e dos<br />
intercostais → diminuição do volume da caixa<br />
torácica → aumento da pressão interna → o ar sai:<br />
Ar: 79% N 2, ± 14% O 2, 0.3% CO 2<br />
Traqueia<br />
Possui resistentes anéis cartilaginosos que controlam<br />
a abertura da traqueia. Seu revestimento interno é<br />
feito de cílios e uma pequena quantidade de muco.<br />
Os cílios serão responsáveis por expulsar qualquer<br />
resíduo de sujeira do local. A partir dali, a tranqueia<br />
sofre uma bifurcação que dará origem aos brônquios.<br />
Brônquios<br />
São revestidos internamente por epitélio ciliado, rico<br />
em células produtores de muco, que conseguem<br />
impedir a chegada de partículas indesejáveis aos<br />
pulmões.<br />
Pulmões<br />
Elástico, revestido por duas camadas de tecido<br />
conjuntivo, denominadas pleuras. Entre elas há um<br />
muco que evita o desgaste por atrito.<br />
Bronquíolos<br />
Ramificações dos brônquios, que sofre influência do<br />
sistema nervoso.<br />
Alvéolos Pulmonares<br />
Extremamente finos, os alvéolos é o local onde se<br />
encontram os capilares sanguíneos – lá ocorrerá a<br />
Centro respiratório<br />
Localiza-se na medula oblonga (bulbo raquiano).<br />
13.7.4 - SISTEMA URINÁRIO (EXCRETOR)<br />
Funções:<br />
Filtrar o sangue e eliminar os resíduos do<br />
metabolismo proteico;<br />
Participar do controle hidrossalino do corpo;<br />
Classificação quanto aos tipos de excreção<br />
Amoniotélicos: peixes ósseos, que eliminam<br />
amônia.<br />
Ureotélicos: peixes cartilaginosos, mamíferos,<br />
anfíbios adultos, quelônios, que eliminam ureia<br />
como principal excreta.<br />
126
Uricotélicos: repteis, aves e insetos, que eliminam o<br />
ácido úrico como principal excreta.<br />
Tipos:<br />
• Ausente (difusão célula-meio):<br />
Poríferos, celenterados e equinodermos.<br />
• Presente:<br />
Células-flama (“bandeira”): Platelmintos;<br />
Tubos em H: Nematelmintos;<br />
Nefrídios: Anelídeos;<br />
Túbulos de Malpighi (rede de canais ligada ao<br />
intestino): Insetos, quilópodos e diplópodos;<br />
Glândulas verdes/antenais: Crustáceos e<br />
cobras;<br />
Glândulas coxais (nas patas): Aracnídeos;<br />
*Rins: Cordados<br />
Componentes<br />
Rim<br />
Bacinetes<br />
Ureteres<br />
Bexiga<br />
Uretra<br />
127
Estrutura do néfron<br />
Processo de formação da urina<br />
Filtração: ao nível do glomérulo e cápsula de<br />
Bowman, sob pressão do bombeamento cardíaco.<br />
Formação do filtrado glomerular: água + sais +<br />
açúcares + toxinas.<br />
Reabsorção ativa dos sais, passiva de água.<br />
Excreção ativa de H +<br />
- 99% da água que volta para o sangue. 100% da<br />
glicose e aminoácidos retornam. 99% dos sais<br />
retornam.<br />
- 50% da ureia volta devido a sua diluição na água.<br />
- ADH, glicocorticoides e mineralocorticoides são<br />
hormônios que influenciam na atividade do néfron.<br />
Ciclo da Ornitina<br />
Diminui a toxicidade do sangue, transformando<br />
amônia em uréia.<br />
2NH 3 → ureia<br />
128
13.7.5 - SISTEMA REPRODUTOR<br />
Funções:<br />
Garantir a perpetuação da espécie e possibilitar a<br />
hereditariedade.<br />
Tipos:<br />
• Assexuada (grande número de descendentes):<br />
Brotamento:<br />
• Poríferos e celenterados.<br />
Fragmentação (quebra > regeneração):<br />
• Poríferos, platelmintos e equinodermos.<br />
Esquizogênese (forma do meio do corpo e rompe<br />
sem dor):<br />
• Anelídeos (só poliquetas).<br />
• Sexuada (grande variabilidade).<br />
Fecundação Externa:<br />
• Cnidários, anelídeos, equinodermos, peixes<br />
ósseos, anfíbios.<br />
Fecundação Interna:<br />
• Poríferos, platelmintos, moluscos, artrópodes,<br />
peixes cartilaginosos, répteis, aves e mamíferos<br />
Vagina: órgão copulados e canal do parto (normal).<br />
Cervix: entrada para o útero<br />
Útero: revestido pelo endométrio, sofrendo<br />
influência da progesterona, que espessará o tecido.<br />
Tubas Uterinas*: será o lugar de fecundação. São<br />
revestidas por cílios, que vão conduzir o óvulo. *A<br />
gravidez na tuba uterina é chamada de éctopica<br />
Ovários: gônadas femininas – amadurecimento dos<br />
ovócitos e produção de estrogênio e progesterona.<br />
Componentes do Sistema Reprodutor Humano:<br />
FEMININO<br />
Pudendo feminino:<br />
Grandes lábios<br />
Clitóris<br />
Pequenos lábios<br />
Orifício da uretra<br />
Abertura da vagina (hímem)<br />
- Folículo ovariano: ovócitos primários envolvidos<br />
por algumas camadas de células. Se rompe quando o<br />
ovócito atinge a metáfase II, liberando o gameta<br />
feminino (óvulo).<br />
- Corpo amarelo: células que constituem a cicatriz<br />
do folículo, desenvolvidas. Acaba por ocasionar a<br />
secreção de progesterona que espessará o<br />
endométrio.<br />
129
MASCULINO<br />
Pênis: Glande (associado ao prazer sexual, a glande<br />
corresponde a estrutura com<br />
maior número de terminações nervosas).<br />
Corpo (corpos cavernosos, corpos<br />
esponjosos, uretra). Quando o pênis está<br />
ereto, isto é, sua musculatura encontra-se<br />
relaxada, o sangue fica contido no corpo do<br />
pênis, justificando o tempo médio das<br />
relações sexuais.<br />
Glândula Bulbo Uretral: conectada à uretra, a<br />
glândula libera uma secreção durante a excitação<br />
sexual que serve para limpar o canal e lubrificar o<br />
pênis.<br />
Duto Ejaculador: esta conectado à uretra, revestido<br />
pela musculatura sexual. Sua contração vigorosa,<br />
durante o clímax, expulsa o sêmen com certa<br />
pressão.<br />
Próstata: produz o líquido prostático, que nutre os<br />
espermatozoides e auxiliam a locomoção dos<br />
mesmos.<br />
Vesícula Seminal: fabrica o sêmen, que é composto<br />
por líquido prostático, líquido seminal e<br />
espermatozoides.<br />
Canal Deferente: traz os espermatozoides para o<br />
duto ejaculador. Na vasectomia, este é o canal<br />
cortado.<br />
Epidídimo: se encontra pouco acima dos testículos e<br />
armazenam os espermatozoides temporariamente,<br />
onde eles completarão seu amadurecimento. É<br />
conectado ao canal deferente.<br />
Testículos: é revestido pelo saco escrotal, que<br />
controlam a temperatura, e produzem testosterona e<br />
espermatozoides.<br />
Correspondência entre os sistemas genitais<br />
feminino e masculino:<br />
Ovários ⇄ Testículos<br />
Tubas uterinas ⇄ Canal deferente ou Duto<br />
ejaculador<br />
Vagina ⇄ Corpo do pênis<br />
Clitóris ⇄ Glande<br />
Grandes lábios ⇄ Saco escrotal<br />
- Útero e próstata não possuem órgãos evivalentes.<br />
- Priapismo: o pênis não volta a flacidez.<br />
13.7.6 -SISTEMAS COORDENADORES<br />
São responsáveis pelo controle e harmonização dos<br />
outros sistemas, bem como pela interação<br />
indivíduo-meio (estímulo – raciocínio – resposta ou<br />
estímulo – instinto – resposta). A coordenação<br />
nervosa tem ação física, rápida e direta nos órgãos<br />
alvo. Já a coordenação endócrina possui ação<br />
química, lenta e indireta.<br />
Tipos de Coordenação Nervosa:<br />
Sistema nervoso.<br />
• Ausente:<br />
*Poríferos.<br />
• Presente:<br />
*Rede difusa de neurônios (sem<br />
órgão centralizador): Celenterados.<br />
*Ganglionar (aglomerado de<br />
neurônios): Platelmintos,<br />
nematelmintos, anelídeos, moluscos<br />
e artrópodes.<br />
*Cerebral: Cordados (e moluscos<br />
cefalópodes).<br />
SISTEMA ENDÓCRINO<br />
Constituído por glândulas endócrinas e porção<br />
endócrina das glândulas mistas ou anfícrinas. Seu<br />
controle ocorre pelo mecanismo de feedback<br />
negativo.<br />
130
Feedback negativo (Retroalimentação)<br />
(exemplo de feedback)<br />
OXITOCINA: estimula as contrações uterinas<br />
(parto) e libera o leite materno. Também é liberado<br />
durante o orgasmo, ocasionando maior proximidade<br />
com o parceiro.<br />
ADH: (antidiurético) atua nos néfrons, “ativando” a<br />
aquaporina, que estimula a absorção de água. Está<br />
associada à diabetes insipidus.<br />
*Hormônios tróficos: estimulam outras glândulas a<br />
liberarem hormônios.<br />
Tireoide ou Glândula Tireoidea<br />
Fonte:http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-la%C3%A7o-de-fe<br />
edback-negativo-da-hormona-image26879632<br />
Hipófise ou Pituitária<br />
STH: (somatotrófico) induz o crescimento dos<br />
tecidos por divisões celulares, mobiliza reserva e<br />
estimula síntese do RNAm, síntese de proteínas,<br />
metabolismo ósseo e celular. Sua hipofunção resulta<br />
no nanismo acondroblástico, enquanto que sua<br />
hiperfunção pode ocasionar gigantismo ou<br />
acromegalia (crescimento da extremidade óssea após<br />
saturação do STH).<br />
TSH: (tireotrófico) estimula a tireoide a produzir o<br />
T 3 e o T 4.<br />
FSH: (folículo-estimulante) estimula os ovários a<br />
amadurecerem um ovócito e produzem estrógeno.<br />
Ainda estimula os testículos a produzirem<br />
espermatozoides e testosterona.<br />
LH: (luteinizante) libera o folículo ovariano<br />
(ovulação) e estimula sua atividade.<br />
PROLACTINA: (LTH – luteotrófico) estimula<br />
glândulas mamárias a produzirem leite.<br />
ACTH: (adrenocorticotrófico) estimula o córtex das<br />
suprarrenais.<br />
T 3 e T 4: (triiodotironina e tetraiodotironina) as<br />
chamadas “tiroxinas” tem função de estimular e<br />
manter os processos metabólicos. Por serem<br />
compostas por aminoácidos, sua reposição pode ser<br />
feita por via oral.<br />
CALCITONINA: estimula a deposição de cálcio<br />
nos ossos, reduzindo sua concentração no sangue.<br />
Atua associadamente com o paratormônio.<br />
Obs.:<br />
Hipertireoidismo consiste no excesso de hormônios<br />
da tireoide, causando intensa sudorese, elevação de<br />
temperatura, perda de peso, irritabilidade. Em alguns<br />
casos, ocorre o bócio exoftálmico. O<br />
hipotireoidismo consiste na ausência e necessidade<br />
destes hormônios. A temperatura diminui, tal como a<br />
pressão. Outras características são apatia, tendência<br />
ao aumento de peso, pele ressecada e pode ocasionar<br />
o bócio endêmico.<br />
Paratireoide<br />
PARATORMÔNIO: eleva a concentração de<br />
cálcio no sangue, estimulando liberação de cálcio<br />
nos ossos.<br />
Pâncreas<br />
Insulina: (células β) efeito hipoglicemiante.<br />
Estimula o armazenamento de glicose pelas células,<br />
ativando os receptores proteicos das membranas<br />
131
plasmáticas para captar glicogênio, reduzindo,<br />
então, a sua concentração no sangue. Estimula,<br />
ainda, a síntese proteica.<br />
Glucagon: (células α) efeito hiperglicemiante.<br />
Estimula o fígado a liberar glicose, na quebra do<br />
glicogênio<br />
Gônadas<br />
(Testículos) Testosterona: responsável pelos<br />
caracteres sexuais secundários; desenvolve a<br />
musculatura.<br />
(Ovários) Estrógeno: estimula os caracteres<br />
sexuais secundários;<br />
Progesterona: estimula o<br />
desenvolvimento do endométrio e sua<br />
sustentação.<br />
Pineal<br />
Fonte: www.wikipedia.org<br />
Melatonina: hormônio do sono. Liberado durante o<br />
sono e acredita-se que estimula a memorização.<br />
Suprarrenais (Córtex)<br />
(esquema de ciclo menstrual)<br />
Glicocorticoides: afetam a concentração de<br />
carboidratos, aumenta a concentração de glicose no<br />
sangue.<br />
Mineralocorticoides: promove a reabsorção de<br />
sódio e excreção de potássio pelos rins.<br />
Androgênios: nas mulheres, produz testosterona,<br />
nos homens uma pequena concentração de<br />
estrógeno.<br />
Suprarrenais (Medula)<br />
Adrenalina: aumenta concentração de glicose no<br />
sangue, vasoconstrição na pele. Ocasiona elevação<br />
da pressão, dilata a pupila e os brônquios, paralisa o<br />
tubo digestório, relaxa a bexiga, contrai o baço,<br />
eleva o ritmo respiratório.<br />
Noradrenalina: acelera os batimentos cardíacos,<br />
causa vasoconstrição generalizada no corpo. É<br />
antagônica à adrenalina e tem função de manter a<br />
pressão sanguínea em níveis normais.<br />
Fonte:<br />
http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/teoria/ciclo-menstrual.as<br />
p<br />
132
SISTEMA NERVOSO<br />
Responsável por perceber e interceptar os estímulos<br />
internos e externos, elaborando respostas que<br />
mantém o organismo em equilíbrio. É formado por<br />
uma parte central e outra periférica. As células da<br />
porção central são os neurônios.<br />
Sistema nervoso central<br />
(Encéfalo)<br />
Cérebro: é dividido entre córtex e medula, os<br />
centros de controle do corpo. O córtex (massa<br />
cinzenta) é a parte mais externa, formada pelos<br />
corpos celulares dos neurônios e células da glia. A<br />
medula (massa branca) é a parte interna formada<br />
pelos axônios e dendritos.<br />
Cerebelo: concede o equilíbrio, atrelado ao labirinto<br />
do ouvido, orientando a postura e os movimentos.<br />
Também tem parte no controle das atividades<br />
musculares.<br />
Tronco encefálico (mesencéfalo, ponte, bulbo<br />
raquiano): o mesencéfalo coordena o tônus<br />
muscular, estado de tensão elástica que apresenta um<br />
músculo em repouso, a postura e também alguns<br />
reflexos. A ponte faz ligação entre o cérebro e o<br />
cerebelo. O bulbo raquiano tem por principal função<br />
o controle respiratório, coordenando também outros<br />
movimentos musculares, como batimentos,<br />
peristaltismo, reflexo para sucção da bile e produção<br />
do líquido cefalorraquiano.<br />
No córtex situam-se tálamo e o hipotálamo. O<br />
tálamo conduz os estímulos (exceto olfato) para<br />
regiões do cérebro, onde serão processados. O<br />
hipotálamo conecta o sistema nervoso as glândulas,<br />
controla a temperatura, balanço hídrico, pressão<br />
arterial, frequência cardíaca, apetite, dentre outros.<br />
(Medula Espinhal)<br />
A parte interna é chamada de massa cinzenta e a<br />
massa branca é a parte externa. Possui ainda 31 pares<br />
de nervos. A medula transmite ordens do cérebro<br />
para o corpo e vice-versa.<br />
Sistema nervoso periférico<br />
Nervos cranianos: 12 pares. 1 par atua no tórax, o<br />
nervo vago, no controle do diafragma.<br />
Nervos espinais: 31 pares. 12 torácicos, 8 cervicais,<br />
5 lombares, 5 sacros, 1 coccígeo.<br />
A parte periférica do sistema nervoso apresenta<br />
divisão somática e autônoma.<br />
A divisão somática inerva músculos estriados<br />
esqueléticos, reagindo a estímulos ambientais e<br />
conduzindo impulsos da parte central do sistema<br />
nervoso até os músculos esqueléticos. A divisão<br />
autônoma inerva músculos liso e estriado cardíaco,<br />
glândulas, sistemas digestório, urinário, coração e<br />
demais órgãos internos não subordinados à vontade.<br />
Sistema nervoso periférico autônomo<br />
- Gânglios do simpático<br />
- Gânglios do parassimpático<br />
Nervos: são formados por centenas, e até milhares<br />
de axônios, que transmitem impulsos nervosos<br />
separadamente.<br />
Sensitivos transmitem ao sistema nervoso central os<br />
estímulos sensoriais, tais como tato, audição, visão,<br />
olfato e paladar. Associativos recebem mensagens de<br />
neurônios sensoriais e as enviam aos motores ou aos<br />
associativos. Motores transmitem impulsos para<br />
músculos e glândulas.<br />
Gânglios nervosos: são agrupamentos de corpos<br />
celulares de neurônios, de onde partem fibras<br />
nervosas.<br />
Proteções do sistema nervoso<br />
(Estrutura Óssea) Crânio são ossos<br />
compactos, em forma de placa que protegem o<br />
cérebro. A coluna vertebral são discos<br />
cartilaginosos entre as vértebras.<br />
(Meninges) Membranas conjuntivas que<br />
protegem o encéfalo e a medula. Dura-máter é a<br />
mais externa, pia-máter é a mais interna e a<br />
aracnoide permanece na parte intermediária.<br />
133
13.5 : REINO METÁFITA<br />
Organismos eucarióticos, multicelulares com<br />
tecidos;<br />
Todos são autótrofos fotossintetizantes;<br />
Ciclo de vida padrão das plantas:<br />
Fonte da ilustração: www.numberpi.blogspot.com<br />
13.5.1 -Evolução dos Grupos Vegetais<br />
Criptógamas (aparelho sexual oculto): Briófitas e<br />
Pteridófitas. O gameta masculino é móvel e precisa<br />
de água para ser conduzido ao feminino.<br />
Fanerógamas (aparelho sexual exposto):<br />
Gimnospermas e Angiospermas. O gameta<br />
masculino é transportado pelo tubo polínico,<br />
tornando-se independente da água para efetuar a<br />
fecundação.<br />
Fase duradoura: esporófito, fase passageira:<br />
gametófito;<br />
Exemplos: xaxim, samambaiaçu, samambaia.<br />
Gimnospermas<br />
Plantas de grande porte, que garantiram a conquista<br />
do ambiente terrestre graças à independência da<br />
água para reprodução;<br />
Presença de estróbilos;<br />
Presença de tubo polínico;<br />
Presença de sementes;<br />
Fase duradoura: esporófito, fase reduzida:<br />
gametófito;<br />
Exemplos: sequoia, pinheiro, cedro;<br />
Angiospermas<br />
Plantas de pequeno, médio e grande porta que<br />
comportam o maior grau de diversidade do reino;<br />
Presença de flores (maior capacidade de<br />
polinização);<br />
Presença de fruto;<br />
Fase duradoura: esporófito, fase reduzida:<br />
gametófito;<br />
Dupla fecundação: formação do embrião (2n) e do<br />
endosperma (3n) na sementa;<br />
Exemplos: laranjeira, feijoeiro, pé-de-milho;<br />
Briófitas<br />
Plantas de pequeno porte, avascularizadas, que<br />
dependem da água para reprodução;<br />
Apresentam tecidos e rizóide;<br />
Não apresentam proteção contra desidratação,<br />
portanto vivem em ambientes sombrios e úmidos;<br />
Fase duradoura: gametófito, fase passageira:<br />
esporófito;<br />
Exemplos: musgos, hepáticas;<br />
Pteridófitas<br />
Presença de órgãos: raiz, caule e folhas;<br />
Presença de vasos condutores de seiva;<br />
Presença de cutícula impermeabilizante;<br />
Plantas de pequeno, médio e grande porte;<br />
Dependem da água para reprodução;<br />
134
13.5.2 - Fisiologia Vegetal<br />
1. CONDUÇÃO DA SEIVA BRUTA<br />
A condução de sais minerais e águas é levada desde<br />
as raízes das plantas até as folhas devido,<br />
principalmente, à transpiração destas. A teoria que<br />
explica esse fenômeno mais aceita atualmente é a<br />
teoria da coesão-tensão.<br />
A seiva bruta penetra na planta pelas extremidades<br />
das raízes, principalmente na zona pilífera. Depois de<br />
atravessar a epiderme, a solução aquosa desloca-se ao<br />
centro da raiz podendo passar pelos espaços externos<br />
(apoplasto) ou pelo citoplasma da célula (simplasto).<br />
Todo conteúdo que é deslocado pelo apoplasto é<br />
barrado pelas células endodérmicas e assim, é forçado<br />
a passar pelo simplasto o que impede o que a água e<br />
sal retorne para o ambiente.<br />
Quando os sais minerais se encontram no centro da<br />
raiz, são bombeados para dentro das traqueídes<br />
(células do xilema) pelas células de transferência<br />
consumindo energia.<br />
Segundo essa teoria, as células das folhas, ao<br />
perderem água por transpiração, têm sua pressão<br />
osmótica aumentada, retirando água das células<br />
vizinhas que, por sua vez, retiram água dos vasos<br />
xilemáticos. A sucção da água exercida pelas células<br />
das folhas literalmente “puxa” a coluna líquida de<br />
seiva dentro dos vasos xilemáticos. Assim, a coluna de<br />
seiva se mantém tensionada pela sucção das folhas e<br />
pela força de gravidade, não chegando a se romper.<br />
2. FUNCIONAMENTO DOS ESTÔMATOS<br />
Os estômatos abrem-se quando as células-guardas<br />
absorvem água, tornando-se túrgidas, e fecham-se<br />
quando essas células perdem água, tornando-se<br />
flácidas. A abertura e fechamento estomáticos<br />
devem-se à disposição estratégica das fibras de<br />
celulose na parede das células-guarda.<br />
Luminosidade, disponibilidade de gás carbônico e<br />
quantidade de água são fatores naturais que<br />
influenciam a abertura dos estômatos.<br />
O movimento dos estômatos devem à chegada e saída<br />
dos íons de potássio. Em presença de luz e sob baixa<br />
concentração de gás carbônico, íons de potássio são<br />
bombeados das células acessórias para o interior das<br />
células-guarda. Devido ao aumento na concentração<br />
desse íon, as células guarda absorvem água por<br />
osmose, tornando-se túrgidas e fazendo o ostíolo abrir.<br />
Já na ausência de luz, ou sob altas concentrações de<br />
gás carbônico, as células estomáticas perdem íons de<br />
potássio para as células acessórias, com isso, sua<br />
pressão osmótica diminui e elas cedem água às células<br />
vizinhas, tornando-se mais flácidas e fazendo o ostíolo<br />
fechar.<br />
3. FOTOSSÍNTESE<br />
A fotossíntese é influenciada por diversos fatores:<br />
temperatura, concentração de CO 2 na atmosfera e a<br />
intensidade e comprimento da onda de luz.<br />
Plantas em ambientes com temperatura favorável<br />
costumam aumentar a taxa de fotossíntese até cerca de<br />
35ºC. A partir desse ponto, o aumento da temperatura<br />
faz com que as enzimas vegetais se desnaturem,<br />
ocasionando uma redução da taxa fotossintética.<br />
O gás carbônico atua como fator-limite no processo<br />
de fotossíntese, ou seja, a taxa de fotossíntese cresce à<br />
medida que aumenta a concentração de CO 2 até esta<br />
atingir cerca de 10 vezes mais a concentração normal<br />
de CO 2 na atmosfera.<br />
Portanto, no ambiente natural, a planta só não realiza<br />
a taxa máxima de fotossíntese porque não há gás<br />
carbônico suficiente na atmosfera.<br />
Em condições normais, a taxa de fotossíntese<br />
aumenta até atingir um valor-limite (ponto de<br />
saturação luminosa/fótica). A partir desse ponto, a<br />
taxa de fotossíntese deixa de aumentar.<br />
O comprimento de ondas nas radiações luminosas é<br />
importante para a fotossíntese pois interfere na<br />
absorção de luz pela clorofila.<br />
4. FOTOSSÍNTESE e RESPIRAÇÃO<br />
A planta, ao mesmo tempo que realiza fotossíntese<br />
também realiza o processo de respiração celular.<br />
135
Assim, durante o dia, a planta faz fotossíntese,<br />
liberando oxigênio e respira, liberando gás carbônico.<br />
Durante o dia, ao respirar, o gás carbônico liberado<br />
pela planta é imediatamente utilizado no processo de<br />
fotossíntese. A noite, quando a planta para de realizar<br />
fotossíntese realizando apenas a respiração celular,<br />
ocorre um acúmulo de gás carbônico na atmosfera<br />
que, por sua vez, será utilizado na fotossíntese logo<br />
quando amanhece.<br />
Sob determinada luminosidade, as taxas de<br />
fotossíntese e respiração se equivalem, de modo que a<br />
planta não realiza trocas gasosas com o ambiente, esse<br />
ponto é denominado ponto de compensação<br />
TIPO DE PLANTA<br />
HELIÓFILAS (DE<br />
SOL)<br />
UMBRÓFILAS (DE<br />
SOMBRA)<br />
luminosa/fótica.<br />
PONTO DE<br />
COMPENSAÇÃO<br />
LUMINOSA<br />
ALTO<br />
BAIXO<br />
Para poder crescer, as plantas necessitam receber uma<br />
quantidade de luz solar superior ao seu PCL pois,<br />
desta forma, produzirão matéria orgânica suficiente<br />
para o crescimento.<br />
5. CONDUÇÃO DA SEIVA ELABORADA<br />
A condução do seiva elaborada pelo floema é<br />
explicada através da hipótese do fluxo por pressão (ou<br />
hipótese do desequilíbrio osmótico).<br />
A sacarose produzida nas folhas através da<br />
fotossíntese é bombeada para o interior dos tubos do<br />
floema (tubos crivados) fazendo com que a pressão<br />
osmótica nesses tubos aumente e com isso a água<br />
proveniente do xilema entre nessas células. A entrada<br />
de água no floema faz com que a pressão nesse tecido<br />
aumente criando um fluxo contínuo de difusão que<br />
arrasta as moléculas para os locais de consumo.<br />
A absorção de substâncias orgânicas pelas células<br />
consumidoras faz com que a pressão osmótica no<br />
interior dos vasos floemáticos diminua, mantendo<br />
constante o fluxo de diferença de pressão.<br />
6. HORMÔNIOS VEGETAIS (FITORMÔNIOS)<br />
Hormônios vegetais são substâncias produzidas em determinadas regiões da planta que atuam em pequenas<br />
quantidades nas chamadas células-alvo do hormônio.<br />
HORMÔNIOS VEGETAIS<br />
TIPO FUNÇÕES LOCAL DE<br />
PRODUÇÃO<br />
AUXINA<br />
Estimula o alongamento celular atuando no<br />
fototropismo, gravitropismo, dominância<br />
apical e desenvolvimento dos frutos.<br />
Meristemas do caule,<br />
primórdios foliares,<br />
folhas jovens, frutos e<br />
sementes.<br />
TRANSPORTE<br />
Células do floema<br />
GIBERELINA<br />
Promove a germinação de sementes, o<br />
desenvolvimento de brotos, estimula o<br />
alongamento do caule e das folhas, a<br />
floração e o desenvolvimento de frutos<br />
Meristemas, frutos e<br />
sementes.<br />
Através do xilema<br />
136
CITOCININA<br />
Estimula as divisões celulares e o<br />
desenvolvimento das gemas; participa da<br />
diferenciação de tecidos e retarda o<br />
envelhecimento dos órgãos.<br />
Extremidade das<br />
raízes<br />
Através do xilema<br />
ÁCIDO ABSCÍSICO<br />
Inibe o crescimento, promove a dormência<br />
de gemas e de sementes, induz o<br />
envelhecimento de folhas, flores e frutos e<br />
induz o fechamento de estômatos.<br />
Folhas<br />
Coifa<br />
Caule<br />
Vasos condutores de<br />
seiva<br />
ETILENO<br />
Amadurecimento de frutos, atua na abscisão<br />
das folhas<br />
Diversas partes da<br />
planta<br />
Difusão através<br />
dos espaços entre<br />
as células<br />
7. FOTOTROPISMO<br />
Fenômeno conhecido pelo crescimento de plantas<br />
através do estímulo da luz. Ao ser exposta pela luz, as<br />
auxinas se concentram no lado escuro da planta,<br />
prolongando as células desse lado enquanto as células<br />
da parte clara continuam de mesmo tamanho, assim, a<br />
planta se curva para o lado iluminado.<br />
8. GRAVITROPISMO (GEOTROPISMO)<br />
Fenômeno conhecido pelo crescimento de plantas em<br />
resposta ao estímulo da gravidade. As raízes<br />
apresentam gravitropismo positivo pois crescem em<br />
direção ao centro gravitacional da terra já os caules<br />
apresentam gravitropismo negativo pois crescem em<br />
sentido oposto ao da força gravitacional. Assim,<br />
quando uma planta é colocada em posição horizontal,<br />
as auxinas da parte superior migram para a parte<br />
inferior provocando o crescimento das células fazendo<br />
com que a planta se curve para cima.<br />
As auxinas do caule inibem o desenvolvimento da<br />
parte inferior das raízes e como a parte inferior<br />
continuam crescendo as raízes curvam-se para baixo.<br />
10. DOMINÂNCIA APICAL<br />
As auxinas produzidas pelo meristema apical do caule<br />
inibem o crescimento das gemas laterais. Pode-se<br />
interromper a dominância apical através do processo<br />
de poda, que consiste em remover a extremidade do<br />
ramo, eliminando assim as auxinas e provocando,<br />
consequentemente, o desenvolvimento das gemas<br />
laterais.<br />
11. ABSCISÃO<br />
À medida em que flores e frutos ficam danificados,<br />
esses produzem menos auxinas e com isso elas<br />
causando o processo de abscisão, ou seja, a sua queda.<br />
12. AUXINAS E FORMAÇÃO DE FRUTOS<br />
As auxinas participam da formação de frutos<br />
estimulando as paredes do ovário a se desenvolverem.<br />
Essas auxinas podem ser utilizadas comercialmente<br />
para estimular o desenvolvimento do ovário,<br />
formando frutos sem sementes.<br />
13. FITOCROMOS<br />
Pigmento proteico que participa das respostas<br />
fisiológicas da planta à luz. Apresenta de duas formas:<br />
Pr e Pfr. O fitocromo Pr se forma na cor vemelha<br />
enquanto o Pfr forma-se no vermelho longo ou na<br />
escuridão. Durante o dia, há presença de ambos com<br />
predominância do Pfr. E, durante a noite, há apenas o<br />
Pr.<br />
14. FOTOBLASTISMO<br />
Efeito da luz sobre a germinação das sementes. As<br />
sementes que necessitam de estímulo para germinar<br />
são chamadas de fotoblásticas positivas. As que não<br />
137
necessitam de estímulo são chamadas de fotoblásticas<br />
negativas.<br />
15. ESTIOLAMENTO<br />
Ocorre em plantas com fotoblastismo negativo em que<br />
o cauloide alonga-se rapidamente, mantém a<br />
extremidade dobrada como cotovelo (gancho de<br />
germinação) que só se desfaz após o contato da planta<br />
com a luz. O crescimento rápido na ausência de luz é<br />
denominado de estiolamento.<br />
16. FOTOPERIODISMO<br />
Fotoperiodismo compreende a alternância entre os<br />
períodos de claridade e escuridão que afetam a<br />
atividade fisiológica de muitas plantas. As plantas que<br />
não são influenciadas pelo fotoperiodismo são<br />
denominadas indiferentes, enquanto as plantas que<br />
são influenciadas se dividem em plantas de dia curto<br />
e plantas de dia longo. As primeiras são aquelas que<br />
só florescem se a duração do período iluminado for<br />
inferior a um determinado valor-limite: o<br />
fotoperiodismo crítico. Nessas plantas, o fitocromo<br />
Pfr inime a floração, assim, florescem no período da<br />
noite. As segundas, por sua vez, só florescem se a<br />
duração do período iluminado for superior ao<br />
fotoperiodismo crítico. Nas plantas de dia longo, o<br />
fitocromo Pfr atua como indutor da floração, assim,<br />
essas plantas só crescem se os períodos de luz forem<br />
longos.<br />
138
CAPÍTULO 14<br />
PROBLEMAS DE SAÚDE.<br />
139
140
14- PROBLEMAS DE SAÚDE<br />
PRINCIPAIS DOENÇAS<br />
NÃO-INFECCIOSAS<br />
.<br />
<br />
ÚLCERAS PÉPTICAS<br />
As células da superfície do estômago e do duodeno<br />
são constantemente atacadas pelo suco gástrico.<br />
Quando áreas da parede dessas regiões são lesadas<br />
pela ação de sucos digestórios, denomina-se o quadro<br />
de úlcera péptica.<br />
Quando o quadro de úlcera se aprofunda, ocorre lesões<br />
de vasos sanguíneos podendo chegar a perfurar por<br />
completo a parede do tubo digestório. Havendo essa<br />
perfuração, as bactérias atingem a cavidade abdominal<br />
inflamando o peritônio.<br />
O tratamento da úlcera péptica se dá através do uso de<br />
antibióticos e antiácidos que reduzem a acidez<br />
estomacal.<br />
<br />
APENDICITE<br />
Denomina-se apendicite o quadro de inflamação do<br />
apêndice vermiforme, causado pelo acúmulo de<br />
alimento e bactérias na sua cavidade interna. O<br />
tratamento consiste na remoção cirúrgica do apêndice<br />
inflamado.<br />
<br />
ARTERIOSCLEROSE<br />
Consiste na deposição de placas de gordura (ateromas)<br />
na parede das artérias ocasionando o aumento da<br />
pressão arterial, diminuição da elasticidade e tamanho<br />
das artérias, e favorecendo também a formação de<br />
coágulos.<br />
<br />
ANGINA<br />
Angina do peito ocorre pelo estreitamento de uma ou<br />
mais artérias com redução da circulação sanguínea,<br />
nível de oxigenação e nutrição sem alterar as<br />
atividades normais do coração. Exercícios físicos ou<br />
emoções intensas podem ocasionar dores típicas.<br />
<br />
INFARTO DO MIOCÁRDIO (ATAQUE<br />
CARDÍACO)<br />
Ocorre com a obstrução das artérias coronárias que<br />
irrigam o coração e consequente morte de parte do<br />
tecido cardíaco afetado.<br />
<br />
ISQUEMIA CEREBRAL<br />
O bloqueio da circulação em artérias que fornecem<br />
sangue ao encéfalo caracteriza o quadro de isquemia<br />
cerebral. A causa mais frequente é a formação de<br />
coágulos ou de ateromas soltos das artérias.<br />
<br />
PANCREATITE<br />
<br />
SINUSITE<br />
Em condições anormais, ao reter suco pancreático, o<br />
pâncreas pode ser atacado pelas enzimas contidas<br />
neste. Esses ataques podem causar lesões e uma<br />
posterior inflamação da parede do pâncreas,<br />
conhecida como pancreatite.<br />
Uma das principais causas que levam à pancreatite é o<br />
alcoolismo.<br />
<br />
CÁLCULOS VESICULARES<br />
O acúmulo de colesterol, um dos constituintes da bile,<br />
nos condutos biliares pode formar pequenos grãos<br />
conhecidos como cálculos vesiculares.<br />
Consiste na inflamação de cavidades existentes nos<br />
ossos da face as quais têm comunicação com as<br />
cavidades nasais. Num quadro mais agudo, ocorre<br />
dores em diversas regiões da face bem como<br />
corrimento nasal mucoso.<br />
<br />
ASMA BRÔNQUICA<br />
Doença que se caracteriza pela diminuição dos<br />
bronquíolos. Essa diminuição pode aumentar com a<br />
produção de secreção pela mucosa que reveste<br />
internamente esses condutos.<br />
141
A dificuldade respiratória prejudica a oxigenação<br />
podendo ocorrer cianose.<br />
<br />
BRONQUITE CRÔNICA<br />
A secreção excessiva de muco pelos bronquíolos pode<br />
torná-los comprimidos e inflamados fazendo com que<br />
os cílios do epitélio que revestem essas estruturas não<br />
consigam limpar o muco e partículas de sujeira.<br />
O acúmulo dessas partículas e muco faz com que a<br />
passagem de ar se reduza, levando a uma dificuldade<br />
na respiração.<br />
O agravamento do quadro de bronquite crônica<br />
(descrito acima) pode levar a um enfisema pulmonar<br />
que se caracteriza pela completa obstrução dos<br />
bronquíolos.<br />
<br />
DOENÇA AUTOIMUNE<br />
Tipo de doença em que o próprio sistema imunitário se<br />
volta contra o organismo.<br />
<br />
GLOMERULONEFRITE<br />
Doença em que há lesões dos glomérulos renais que<br />
leva ao ataque desses pelo sistema de defesa (doença<br />
autoimune), sendo necessário um transplante renal.<br />
<br />
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL<br />
(AVC)<br />
Distúrbio causado pela obstrução de uma artéria com<br />
consequente falta de irrigação de uma área do encéfalo<br />
com danos irreversíveis às atividades deste.<br />
<br />
CEFALEIA<br />
Dores de cabeça que se propagam pela face e podem<br />
atingir os dentes e pescoço.<br />
<br />
DEMÊNCIA<br />
Deterioração das atividades mentais com perda de<br />
memória e habilidades intelectuais.<br />
(01) DOENÇA DE ALZHEIMER:<br />
Caracteriza-se pela perda de memória, da habilidade<br />
de tomar decisões, de reter novas informações e de<br />
manter relações sociais saudáveis.<br />
(02) COREIA DE HUNTINGTON: Doença<br />
degenerativa que afeta o sistema nervoso central e<br />
provoca movimentos involuntários dos braços, das<br />
pernas e do rosto além de demência.<br />
(03) DOENÇA DE PARKINSON: Caracterizada<br />
pelo tremor constante bem como rigidez corporal,<br />
lentidão e dificuldade de locomoção. Costuma se<br />
manifestar em pessoas a partir dos 80 anos.<br />
<br />
NEOPLASIAS<br />
- Tumor: clone de células com propensão a se<br />
expandir indefinidamente.<br />
*Benigno: células ficam restritas ao local onde<br />
surgiram, não ocasionando, geralmente, maiores<br />
problemas ao organismo<br />
*Maligno (Câncer): células capazes de migrar e<br />
invadir os tecidos vizinhos, podendo atingir, por<br />
meio da circulação sanguínea e linfática, diversas<br />
regiões do corpo, originando novos tumores, num<br />
processo conhecido como metástase. São divididos<br />
em sarcomas e carcinomas.<br />
SARCOMAS: tumores provenientes de células do<br />
mesoderma do embrião<br />
CARCINOMAS: tumores provenientes do ectoderma<br />
e endoderma do embrião.<br />
O tratamento de tumores também pode ser realizado<br />
pela interrupção do processo de angiogênese<br />
(formação de vasos sanguíneos pelas células<br />
cancerígenas).<br />
A propensão do aparecimento de câncer em pessoas<br />
mais velhas se dá pelo fato das células cancerígenas<br />
necessitarem de diversas mutações para se<br />
formarem. Essas alterações costumam ocorrer em<br />
duas classes de genes: genes supressores de tumor e<br />
oncogene (estimulam as divisões celulares).<br />
142
VIROSES<br />
Viroses são doenças causadas por vírus que podem ter<br />
como reservatório animais ou humanos. A<br />
proliferação desses vírus pode ser através de um<br />
contato direto ou até mesmo por contato em ambientes<br />
infectados.<br />
A prevenção para as viroses está relacionada com a<br />
utilização de vacinas. Já o combate ao vírus é mais<br />
complicado pois existem apenas algumas drogas que<br />
bloqueiam a replicação dos ácidos nucleicos virais.<br />
<br />
CATAPORA<br />
Causado por um vírus de DNA de cadeia dupla;<br />
• DNA viral permanece latente nos gânglios nervosos<br />
e pode entrar em atuação na fase adulta;<br />
• Adquirido pelas vias respiratórias.<br />
<br />
RUBÉOLA<br />
• Causada por vírus de RNA com cadeia simples;<br />
• Tem sintomas leves como: manchas vermelhas na<br />
pele e febre branda;<br />
• Pode causar má-formação fetal se transmitida<br />
durante a gravidez;<br />
• Adquirido pelas vias respiratórias.<br />
<br />
SARAMPO<br />
• É causado por vírus de RNA simples;<br />
• Sintomas semelhantes à gripe porém, quando se<br />
agrava, causa erupções na pele e encefalite;<br />
• Pode ser fatal em poucos casos (crianças e idosos).<br />
<br />
VARÍOLA<br />
• Causado por um vírus de DNA de cadeia dupla;<br />
• Infecta os órgãos internos e a pele;<br />
• Grande índice de mortalidade;<br />
• Transmissão por vias respiratórias;<br />
• Foi erradicada no mundo.<br />
<br />
POLIOMIELITE<br />
• Causado por um vírus de RNA de cadeia simples;<br />
• Multiplica-se nas células da garganta e intestino<br />
delgado;<br />
• Ataca linfonodos, tonsilas e íleo;<br />
• Assintomática na maioria dos casos ou produzem<br />
sintomas que são confundidos com a gripe/meningite;<br />
• Pode causar a morte se atacar os nervos que<br />
controlam músculos do sistema respiratório;<br />
• Pode também causar paralisia se atacar os nervos<br />
dorsais.<br />
<br />
DENGUE<br />
• Causada pelo arbovírus – vírus de RNA de cadeia<br />
simples;<br />
• Provoca febre, dores no corpo, vômito, diarreia,<br />
náusea, etc.;<br />
• Dengue hemorrágica pode causar hemorragias além<br />
de sintomas como: queda da pressão sanguínea, dores<br />
abdominais, letargia, etc.;<br />
O Principal vetor é o mosquito Aedes Aegypti.<br />
<br />
FEBRE AMARELA<br />
• Transmitida pelo mesmo vírus da dengue e também<br />
possui como vetor o Aedes Aegypti;<br />
• Endêmica das regiões da América Central e regiões<br />
tropicais da América do Sul e África;<br />
• Apresenta como sintomas: febre, calafrios, dores de<br />
cabeça, náusea e vômito.<br />
<br />
CAXUMBA<br />
• Infecta glândulas salivares provocando inchaço;<br />
• Apresenta como sintomas febre e dor ao engolir;<br />
• Pode apresentar alguns casos de infecções nos<br />
testículos e ovários.<br />
<br />
HEPATITE A e E<br />
• Multiplicam-se nas células do intestino se<br />
espalhando e causando inflamações nos rins, baço e<br />
fígado;<br />
• Apresenta sintomas subclínicos (passam<br />
despercebidos na maioria das vezes) ou, em casos<br />
mais graves, dor de cabeça, indisposição e coloração<br />
amarela da pele (icterícia);<br />
• Transmissão por alimentos contaminados por fezes;<br />
143
HEPATITE B<br />
<br />
PESTE<br />
• Causado por um retrovírus;<br />
• Ocasiona perda de apetite, dor nas juntas, icterícia;<br />
• Pode causar hepatite crônica e câncer no fígado;<br />
• Pode ser transmitida por transfusão de sangue,<br />
contato com fluidos corporais e materiais não<br />
esterilizados corretamente.<br />
<br />
HEPATITE C<br />
• Possuis sintomas subclínicos;<br />
• Pode evoluir para hepatite crônica;<br />
• É transmitida pelo sangue durante relações sexuais e<br />
de mãe para filho.<br />
• Causada por uma bactéria que se multiplica no<br />
interior dos macrófagos;<br />
• Adquire-se através da pulga-do-rato;<br />
• Sintomas: inchaço dos linfonodos e febre.<br />
<br />
TIFO<br />
• Pode ser de dois tipos: epidêmico e endêmico;<br />
• A bactéria penetra através do ferimento da picada<br />
quando o local é coçado;<br />
• Ocorre hemorragia devido a entrada das bactérias<br />
nas paredes dos vasos além de febre alta;<br />
• Principais vetores: piolho-do-corpo e pulga-do-rato.<br />
<br />
HEPATITE D<br />
<br />
COQUELUCHE<br />
• Viroide que depende da hepatite B para infectar;<br />
• Endêmico na região amazônica;<br />
• Sintomas semelhantes à hepatite B.<br />
Outras doenças virais são: herpes, raiva, gripe,<br />
resfriado comum, mononucleose, SARS, condiloma<br />
acuminado (HPV).<br />
BACTERIOSES<br />
HANSENÍASE (LEPRA)<br />
• Perda de sensibilidade e lesões na pele;<br />
• Tratamento feito a base de antibióticos e vacinas.<br />
<br />
MENINGITE<br />
• Causado por diversos agentes;<br />
• Contaminação pelas vias respiratórias;<br />
• Ocasiona a inflamação das meninges;<br />
• Os primeiros sintomas são semelhantes a um<br />
resfriado;<br />
• Secreções bacterianas imobilizam os cílios da<br />
traqueia, impedindo a saída do muco o que provoca<br />
acessos de tosse;<br />
• Transmissão através das vias respiratórias.<br />
<br />
DIFTERIA<br />
• Formação de uma massa cinzenta na garganta que<br />
impede a passagem do ar;<br />
• Algumas linhagens de bactérias podem atacar o<br />
coração e os rins;<br />
• Contaminação via respiratória.<br />
<br />
TUBERCULOSE<br />
• Doença que se multiplica no interior de macrófagos;<br />
• Ocasiona a infecção de alvéolos;<br />
• Pode atingir diversos sistemas do corpo inclusive as<br />
meninges;<br />
• Doença de caráter oportunista.<br />
<br />
TÉTANO<br />
• Transmitida através de esporos presentes no solo<br />
contaminando através de feridas profundas;<br />
• As toxinas liberadas pelos esporos atuam sobre<br />
nervos, provocando contrações musculares.<br />
• CÓLERA<br />
• A bactéria multiplica-se no intestino delgado e<br />
produz uma toxina que induz as células do intestino a<br />
liberarem água e sais;<br />
• A perda de líquido pode chegar de 10 a 20 litros por<br />
dia;<br />
144
• O tratamento se dá por uso de antibióticos e<br />
reposição de líquidos e sais minerais;<br />
• Alguns outros casos de disenteria causada por<br />
bactéria ocasiona a destruição da mucosa do intestino<br />
levando a casos de diarreia severa (ex.: disenteria<br />
bacilar).<br />
<br />
SALMONELOSE<br />
• Causada por bactérias do gênero Salmonella que<br />
penetram nas células da parede intestinal, onde se<br />
multiplicam, podendo atingir vasos sanguíneos e<br />
linfáticos;<br />
• Sintomas: febres, dores abdominais, cólica e<br />
diarreia.<br />
<br />
LEPTOSPIROSE<br />
• Possui como agente vetor o rato e outros mamíferos,<br />
através da urina;<br />
• Apresenta sintomas como dor muscular, calafrios e<br />
febres;<br />
• Afeta rins e fígado.<br />
<br />
GONORREIA (Blenorragia)<br />
• Doença Sexualmente Transmissível (DST);<br />
• Pode ser transmitida por relações sexuais ou de mãe<br />
para filho;<br />
• Provoca infecções nos sistemas genitais e urinário;<br />
• Presença de secreção amarelada nos órgãos genitais.<br />
SÍFILIS<br />
DST transmitida por via sexual ou de mãe para filho;<br />
Aparecimento de lesões nos sistemas genitais<br />
podendo atacar outros sistemas do corpo.<br />
PROTOZOONOSES<br />
AMEBÍASE (DISENTERIA AMEBIANA)<br />
A amebíase é causada pela ingestão de cistos<br />
presentes na água ou em alimentos infectados. Um<br />
cisto é uma bolsa de parede rígida contendo ameba<br />
jovens capazes de infestar um novo hospedeiro. No<br />
intestino, a parede do cisto se rompe, liberando as<br />
amebas que invadem glândulas e a parede intestinal,<br />
onde passam a se alimentar de sangue e de células do<br />
hospedeiro.<br />
Os cistos são eliminados pelas fezes, podendo<br />
contaminar outras pessoas através de locais<br />
infectados.<br />
<br />
LEISHMANIOSE<br />
É a infecção causada por protozoários flagelados<br />
(leishmanias) e tem como vetor o mosquito-palha. A<br />
leishmaniose visceral ataca o baço o e fígado com<br />
sintomas como febre, perda de apetite, anemia, entre<br />
outros e deve ser tratada com o uso prolongado de<br />
antimônio.<br />
A leishmaniose tegumentar é uma doença parasitária<br />
da pele e das mucosas, manifestando feridas ulcerosas<br />
na cavidade nasal, faringe, laringe, entre outros.<br />
<br />
DOENÇA DE CHAGAS<br />
A doença de chagas é causada pelo tripanossomo,<br />
protozoário transmitido pelo mosquito conhecido<br />
como “barbeiro” (sendo a espécie mais comum o<br />
Triatoma infestans).<br />
Depois de picar uma pessoa, o inseto defeca; se<br />
estiver contaminado, os tripanossomos em suas fezes<br />
são eliminados. Os protozoários instalam-se na<br />
musculatura cardíaca e causam lesões que podem<br />
prejudicar o funcionamento do coração.<br />
Quando ingeridos, esses protozoários causam danos<br />
também em órgãos do sistema digestório e sua<br />
infecção se dá de maneira muito mais rápida.<br />
<br />
MALÁRIA<br />
A malária é causada por protozoários do gênero<br />
Plasmodium (plasmódio) que têm seu vetor nos<br />
mosquitos do gênero Anopheles. Ao picarem uma<br />
pessoa, os mosquitos injetam uma secreção<br />
anticoagulante que contem as formas do plasmódio,<br />
chamadas de esporozoítos.<br />
Em alguns tipos de plasmódio, parte dos esporozoítos<br />
atacam as células hepáticas onde se multiplicam<br />
assexuadamente, enquanto outra parte penetra nas<br />
hemácias. Algumas espécies atacam apenas as<br />
hemácias.<br />
145
Após alguns dias, as células hepáticas liberam no<br />
sangue novos parasitas, agora em estágio denominado<br />
de merozoítos. Estes merozoítos atacam as hemácias<br />
do sangue, onde, posteriormente, cada hemácia<br />
infectada arrebenta liberando novas gerações de<br />
merozoítos novmente no sangue.<br />
Em algumas hemácias, os merozoítos podem se<br />
reproduzir por divisão múltipla, crescendo e se<br />
transformando em formas sexuadas, os chamados<br />
gametócitos (masculinos e femininos).<br />
o sugar o sangue de uma pessoa doente, o mosquito<br />
transmissor pode ingerir hemácias contaminadas com<br />
gametócitos que amadurecem no estômago do inseto,<br />
formando gametas. Esses gametas geram zigotos que<br />
se transformam em esporozoítos, repetindo o ciclo.<br />
VERMINOSES<br />
<br />
ESQUISTOSSOMOSE<br />
Doença causada por platelmintos do gênero<br />
Schistosoma. Podem atacar o fígado e intestino<br />
humano. Os ovos eliminados pelas fêmeas do<br />
esquistossomo penetram nos capilares sanguíneos<br />
localizados sob a mucosa intestinal, de onde passam<br />
para a cavidade do intestino e são eliminados juntos<br />
com as fezes do hospedeiro.<br />
Ao atingirem o meio aquático, os ovos eclodem e<br />
liberam larvas ciliadas (miracídios). A continuidade<br />
do ciclo do esquistossomo depende de haver certos<br />
tipos de caramujos que sirvam de hospedeiros na água.<br />
Depois de penetrar no caramujo, um miracídio passa<br />
por uma série de transformações e se reproduz<br />
ativamente originando centenas de cercarias, larvas<br />
dotadas de cauda que se libertam do corpo do<br />
caramujo. As cercarias nadam livremente, penetrando<br />
na pele de pessoas que estão em contato com a água<br />
infectada.<br />
A tênia adulta libera seus ovos que são eliminados<br />
juntos com as fezes do hospedeiro e que, quando<br />
digeridas por animais, infectam o tecido muscular e<br />
nervoso destes, tornando-se um cisticerco.<br />
Quando uma pessoa se alimenta da carne de um<br />
animal contendo cisticercos, o ciclo de reinicia.<br />
<br />
CISTICERCOSE HUMANA<br />
Doença causada pela ingestão de ovos de tênia onde o<br />
humano serve como hospedeiro intermediário para o<br />
desenvolvimento dos ovos em cisticercos.<br />
Se a região infectada for muscular, causam poucos<br />
problemas; caso atinjam o encéfalo, pode causar<br />
distúrbios graves, levando à morte.<br />
<br />
ASCARIDÍASE<br />
Ao serem ingeridas por uma pessoa através de água<br />
ou alimentos contaminados, as lombrigas causadoras<br />
da ascaridíase se instalam no tubo digestório do<br />
hospedeiro onde, depois de um certo tempo, perfuram<br />
as cavidades digestórias e entram na corrente<br />
sanguínea. Depois de alguns dias, atingem os<br />
pulmões, perfuram os alvéolos e sobem pela traqueia<br />
provocando acesso de tosse fazendo com que a larva<br />
sejam lançadas na faringe e engolidas.<br />
Assim, retornam ao intestino onde se estabelecem,<br />
crescem e atingem a maturidade sexual.<br />
AMARELÃO (ANCILOSTOMOSE)<br />
Doença em que nematelmintos são ingeridos por<br />
locais infectados e, ao atravessarem a pele, entram na<br />
corrente sanguínea, perfuram os alvéolos pulmonares<br />
e sobem pela traqueia onde provocam tosse e são<br />
engolidos.<br />
Chegando ao intestino, se estabelecem<br />
definitivamente e atingem a maturidade sexual,<br />
completando o ciclo de vida.<br />
As cercarias penetram nos vasos sanguíneos por onde<br />
chegam até as veias do intestino e fígado. Aí se fixam<br />
e evoluem para a forma adulta do verme, completando<br />
o ciclo.<br />
<br />
TENÍASE<br />
Doença causada pela ingestão de carne malcozida<br />
contendo cisticercos que se fixam na região do<br />
intestino dando origem a uma tênia adulta.<br />
146
CAPÍTULO 15<br />
EXERCÍCIOS.<br />
147
148
EXERCÍCIOS<br />
VIDA<br />
1. (UESC) A vida é uma. Essa realidade, que se<br />
reconhece implicitamente quando se utiliza o mesmo<br />
nome para designar seres tão diferentes, como<br />
cogumelos, árvores, peixes e humanos, tem sido até<br />
agora mantida sem a menor dúvida.<br />
Todos os organismos vivos são construídos com os<br />
mesmos materiais, funcionam segundo os mesmos<br />
princípios e descendem de uma forma de vida ancestral<br />
única. (DUVE, 1995, p. 27).<br />
Essa unidade que perpassa pelo mundo vivo expressa-se<br />
em aspectos universais, como<br />
(a) Fotossíntese, respiração e alterações na seqüência de<br />
bases nitrogenadas do código genético.<br />
(b) Duplicação do RNA, pareamento de bases<br />
nitrogenadas e digestão de constituintes dos alimentos.<br />
(c) Excreção de compostos nitrogenados, respiração<br />
celular e digestão de constituintes dos alimentos.<br />
(d) Respiração celular, duplicação do DNA e alterações<br />
na seqüência de bases nitrogenadas do código genético.<br />
3. (UFV-MG) Observe os dados a seguir e assinale a<br />
opção correta:<br />
(01) Todos os organismos que vivem atualmente<br />
apresentam em comum um mesmo padrão de<br />
organização celular subordinada a um genoma diploide.<br />
(02) As reações vitais subordinam-se às mesmas leis da<br />
física e da química e, em todas as células, são catalisadas<br />
por compostos inorgânicos.<br />
(03) A vida estendeu-se pelos tempos, há mais de três<br />
bilhões de anos, a partir de um ancestral procariótico,<br />
reproduzindo-se e modificando-se sob o princípio vital<br />
de ser alcançada a perfeição de forma.<br />
(04) As proteínas — polímeros de aminoácidos — são as<br />
biomoléculas informativas que são traduzidas sob um<br />
código universal, inscritas em sequências polipeptídicas<br />
similares.<br />
(05) A surpreendente diversidade das formas vivas<br />
resulta de uma base genética comum, um heteropolímero<br />
com incontáveis possibilidades de longas e variáveis<br />
sequências com quatro tipos diferentes de unidades.<br />
4. (UFMG) Observe esta figura:<br />
2. (Enem) Todas as reações químicas de um ser vivo<br />
seguem um programa operado por uma central de<br />
informações. A meta desse programa é a autorreplicação<br />
de todos os componentes do sistema, incluindo-se a<br />
duplicação do próprio programa ou mais precisamente<br />
do material no qual o programa está inscrito. Cada<br />
reprodução pode estar associada a pequenas<br />
modificações do programa. M. O. Murphy e l. O’neill<br />
(Orgs.). O que é vida? 50 anos depois — especulações<br />
sobre o futuro da biologia. São Paulo: UNESP. 1997<br />
(com adaptações).<br />
São indispensáveis à execução do “programa”<br />
mencionado acima processos relacionados a<br />
metabolismo, auto-replicação e mutação, que podem ser<br />
exemplificados, respectivamente, por:<br />
É CORRETO afirmar que a presença de lagartas em<br />
espigas de milho se deve<br />
(a) ao processo de geração espontânea comum aos<br />
invertebrados.<br />
(b) à transformação dos grãos em lagartas.<br />
(c) ao desenvolvimento de<br />
borboletas.<br />
(d) ao apodrecimento do sabugo e dos grãos.<br />
ovos depositados por<br />
5. (Cesgranrio-RJ – modif.) Em 1953, com um aparelho<br />
bem engenhoso, o pesquisador Miller acrescentou um<br />
elemento a mais para a compreensão da origem da vida.<br />
149
Visando testar a teoria _______________ da origem da<br />
Vida, proposta por _______________, reproduziu as<br />
condições ambientais primitivas no seu aparelho,<br />
conseguindo obter ______________ sem a participação<br />
de seres vivos. A proposição que preenche corretamente<br />
as lacunas acima é:<br />
(01) Criacionista – Aristóteles - aminoácidos.<br />
(02) Naturalista – Oparin - aminoácidos.<br />
(03) Naturalista - Pasteur - sais minerais.<br />
(04) Abiogênese - van Helmont - força vital<br />
(05) Biogênese – Redi - força vital.<br />
6. Segundo a mais aceita hipótese sobre a origem da vida,<br />
a seguinte seqüência de acontecimentos pode ter levado à<br />
formação de coacervados e material protenóide:<br />
(01) Formação de compostos orgânicos, formação de<br />
coacervado, simples fermentações, atmosfera primitiva,<br />
fotossíntese e respiração, controle pelo ácido nucleico.<br />
(02) Atmosfera primitiva, formação de compostos<br />
orgânicos, formação de coacervado, controle pelo ácido<br />
nucleico, simples fermentação, fotossíntese e respiração.<br />
(03) Controle pelo ácido nucleico; fotossíntese e<br />
respiração, atmosfera primitiva, simples fermentação,<br />
formação de coacervado, formação de compostos<br />
orgânicos.<br />
(04) Fotossíntese e respiração, controle pelo ácido<br />
nucleico, simples fermentações, formação de coacervado,<br />
formação de compostos orgânicos, atmosfera primitiva.<br />
(05) Atmosfera primitiva, formação de compostos<br />
orgânicos, controle pelo ácido nucleico, formação de<br />
coacervado, simples fermentação, respiração e<br />
fotossíntese.<br />
Respostas: 1 – 05; 2 – d; 3- a; 4 – c; 5 – 02; 6 – 02.<br />
ECOLOGIA<br />
Questões 7 e 8 (UESB):<br />
Com cerca de 250km de extensão, a Lagoa dos Patos<br />
ocupa área de aproximadamente 10360km2<br />
ao longo da planície costeira do Rio Grande do Sul. [...]<br />
Com um estreitamento na sua porção sul tomando<br />
aproximadamente 10% de todo o corpo lagunar,<br />
encontra-se o estuário, ambiente formado por ilhas e<br />
enseadas de baixa profundidade que sustenta uma rica<br />
biodiversidade e representa grande influência para os<br />
enredos ecológicos da região. Nesta área, é comum o<br />
desenvolvimento de extensos pântanos dominados por<br />
gramíneas halófitas emersas, as marismas, onde espécies<br />
dos<br />
gêneros Spartina, Juncus e Scirpus são dominantes.<br />
Nesse amplo hábitat ocorrem também densas pradarias<br />
submersas da espermatófita Ruppia maritima. Esse<br />
ambiente de baixa salinidade e disponibilidade de<br />
alimento garante a proteção para a reprodução e criação<br />
de invertebrados e peixes que visitam periodicamente o<br />
estuário. [...]<br />
As ameaças contra a Lagoa dos Patos inclui a<br />
proliferação excessiva da cianobactéria Microcystis e a<br />
invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei)<br />
molusco de origem no sudoeste asiático introduzido<br />
através da água de lastro de navios mercantes.<br />
(ZECCHIN. In: SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL,<br />
2004, p. 92).<br />
7. (UESB) Uma análise das relações ecológicas<br />
estabelecidas na Lagoa dos Patos permite afirmar:<br />
(01) A distribuição diferenciada das gramíneas e de<br />
Ruppia maritima diminui a competição inter-específica<br />
entre consumidores.<br />
(02) Spartina, Juncus e Scirpus são as únicas espécies que<br />
integram o primeiro nível trófico nas cadeias alimentares.<br />
(03) Predadores naturais mantém estável a densidade<br />
populacional do mexilhão-dourado na Lagoa dos Patos.<br />
(04) Invertebrados e peixes que visitam a Lagoa<br />
compartilham o nicho ecológico.<br />
(05) A extensa seqüência de consumidores exaure a<br />
produtividade primária do ecossistema.<br />
8. (UESB) Uma síntese das informações trazidas no texto<br />
está expressa na alternativa<br />
(01) A comunidade da lagoa é típica do estágio inicial de<br />
uma sucessão ecológica.<br />
(02) A dinâmica da Lagoa dos Patos é um exemplo da<br />
interdependência de ecossistemas.<br />
150
(03) A presença de animais diversificados caracteriza a<br />
lagoa como um bioma.<br />
(04) A rica biodiversidade associada à heterogeneidade<br />
de hábitats revelam a independência dos organismos em<br />
relação ao meio abiótico.<br />
(05) O intenso influxo de organismos garante a<br />
estabilidade do ecossistema.<br />
Questões 9 e 10 (UESB):<br />
Em pastagens, beiras de estrada e terrenos baldios de<br />
algumas regiões do Brasil, a paisagem muitas vezes<br />
apresenta, no meio da vegetação rasteira, grande número<br />
de pequenos montes chamados popularmente de<br />
“murundus”. Tais montes são construídos por cupins<br />
conhecidos como “cupins de montículo” ou “cupins de<br />
pasto”. Vários gêneros desses insetos constroem essas<br />
estruturas em forma de monte, para proteger suas<br />
colônias.<br />
Nos cupinzeiros de Cornitermes cumulans geralmente há<br />
um espaço entre toda a borda externa e o solo para<br />
circulação de ar. Já foram encontrados, nesse espaço,<br />
roedores, cobras, escorpiões e aranhas... A parte<br />
superior do cupinzeiro também pode ser usada para a<br />
instalação de ninhos por algumas aves que<br />
esporadicamente incluem cupins em sua alimentação.<br />
A população do cupinzeiro — além do casal real — é<br />
composta por operários, soldados e jovens. Os operários<br />
coletam alimento e cuidam das atividades diárias do<br />
cupinzeiro, como armazenamento do alimento,<br />
construção de paredes e galerias, limpeza e cuidados com<br />
os jovens. Um casal, após o encontro e a dança nupcial,<br />
cava um buraco no solo e inicia um novo cupinzeiro. A<br />
alteração de ambientes naturais para implantação de<br />
pastagens e a grande disponibilidade de folhas de raízes<br />
secas fornecidas pelas gramíneas de pasto são alguns dos<br />
fatores responsáveis pela alta densidade dos cupins de<br />
montículos nesses locais.<br />
As folhas e raízes secas são os alimentos preferidos<br />
desses insetos. A eliminação da vegetação nativa torna o<br />
ambiente inóspito para muitas espécies de cupins,<br />
principalmente as que se alimentam de madeira e húmus,<br />
trazendo vantagens para as que consomem gramíneas,<br />
como os cupins de montículo. Além disso, o<br />
desmatamento também elimina ou afasta inimigos<br />
naturais dos cupins, como aves, formigas, tatus e<br />
tamanduás.<br />
(LEONARDO, 2005, p. 62).<br />
9. (UESB) Do ponto de vista ecológico, a organização do<br />
cupinzeiro de C. cumulans evidencia<br />
(01) uma associação anatômica dos indivíduos em que a<br />
morte de um é uma ameaça à sobrevivência do cupinzeiro.<br />
(02) a existência no murundu de relações interespecíficas<br />
que incluem uma complexa divisão de trabalho.<br />
(03) a natureza social dos cupins em que existe um<br />
sistema de castas.<br />
(04) o caráter esporádico do montículo, com a dispersão<br />
dos integrantes após o voo nupcial.<br />
(05) a ocorrência de protocooperação com soldados e<br />
jovens se beneficiando mutuamente.<br />
10. (UESB) Considerando-se as repercussões do<br />
desmatamento na dinâmica das populações de cupins, é<br />
correto afirmar:<br />
(01) A eliminação dos inimigos naturais condiciona uma<br />
elevação do potencial biótico das espécies de cupins.<br />
(02) Diferentes espécies de cupins sofrem os mesmos<br />
efeitos do impacto ambiental associado ao desmatamento.<br />
(03) A extinção de cupins de pasto tem pequeno efeito<br />
sobre as teias alimentares em pastagens.<br />
(04) O desmatamento constitui alternativa promissora no<br />
controle biológico de C. cumuluns.<br />
(05) A redução de predadores implica aumento do<br />
número de cupins de montículo.<br />
Questões 11 e 12 (UESC):<br />
A Terra costuma passar por certo tipo de clima durante<br />
milênios. Então, num momento quase impossível de<br />
prever, algum aspecto do sistema climático oscila demais<br />
para um dos lados e as condições globais mergulham em<br />
um estado muito diferente do anterior. (ALLEY. In:<br />
SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL, 2004, p. 46).<br />
11. (UESC) As constantes agressões que atingem o meio<br />
ambiente em nível global podem condicionar alterações<br />
rápidas importantes, que podem levar ao “estado muito<br />
diferente do anterior”. Uma condição que ilustra a<br />
problemática descrita está expressa na alternativa<br />
(01) As grandes migrações humanas, que deslocam<br />
espécies de seus hábitats.<br />
151
(02) A destruição continuada da camada de ozônio, pela<br />
constante emissão de CFC.<br />
(03) O desenvolvimento da tecnologia do biodiesel, como<br />
alternativa economicamente viável para o consumo de<br />
energia.<br />
(04) O aquecimento global, em decorrência da queima de<br />
combustíveis fósseis, entre outros fatores.<br />
(05) O progresso dos recursos biotecnológicos, alterando<br />
sensivelmente a constituição genética das populações.<br />
12. (UESC) A quebra do delicado equilíbrio sugerido<br />
pela ilustração traria conseqüências nos âmbitos<br />
biológicos e sociais, entre as quais se destaca<br />
(01) a uniformização dos climas nas diversas regiões do<br />
planeta.<br />
(02) a rápida adaptação de espécies terrestres a ambientes<br />
aquáticos.<br />
(03) o aumento da biodiversidade em nível planetário.<br />
(04) a intensificação do problema da fome sem distinção<br />
de espécies.<br />
(05) a criação de relações ecológicas antes inexistentes,<br />
em curto prazo.<br />
13. (Fuvest-SP) O cogumelo Shitake é cultivado em<br />
troncos, onde suas hifas nutrem-se das moléculas<br />
orgânicas componentes da madeira. Uma pessoa, ao<br />
comer os cogumelos shitake, está se comportando como:<br />
(a) Produtor<br />
(b) Consumidor primário<br />
(c) Consumidor secundário<br />
(d) Consumidor terciário<br />
(e) Decompositor<br />
14. (Fuvest-SP) Que tipos de organismos devem estar<br />
necessariamente presentes em um ecossistema para que<br />
ele se mantenha?<br />
(a) Herbívoros e carnívoros.<br />
(b) Herbívoros, carnívoros e decompositores.<br />
(c) Produtores e decompositores.<br />
(d) Produtores e herbívoros.<br />
(e) Produtores, herbívoros e carnívoros.<br />
15. (UFMA) Em uma mesma flor, podemos encontrar<br />
uma aranha e uma abelha. A primeira como insetos e a<br />
segunda alimenta-se de néctar das flores. Esses dois<br />
animais:<br />
(a) São consumidores primários.<br />
(b) Têm o mesmo hábitat.<br />
(c) São consumidores secundários.<br />
(d) Têm o mesmo nicho ecológico.<br />
(e) Pertencem à mesma espécie.<br />
16. (ENEM) O Sol participa do ciclo da água, pois, além<br />
de aquecer a superfície da Terra dando origem aos ventos,<br />
provoca a evaporação da água dos rios, lagos e mares. O<br />
vapor d´água, ao se resfirar, condensa em minúsculas<br />
gotinhas, que se agrupam formando as nuvens, neblinas<br />
ou névoas úmidas. As nuvens podem ser levadas pelos<br />
ventos de uma região para outra. Com a condensação e,<br />
em seguida, a chuva, a água volta à superfície da Terra,<br />
caindo sobre o solo, rios, lagos e mares. Parte dessa água<br />
evapora retornando à atmosfera, outra parte escoa<br />
superfialmente ou infiltra-se no solo, indo alimentar rios e<br />
lagos. Esse processo é chamado de ciclo da água.<br />
Considere, então, as seguintes afirmativas:<br />
I. A evaporação é maior nos continentes, uma vez<br />
que o aquecimento ali é maior do que nos oceanos.<br />
II. A vegetação participa do ciclo hidrológico por<br />
meio da evapotranspiração.<br />
III. O ciclo hidrológico condiciona processos que<br />
ocorrem na litosfera, na atmosfera e na biosfera.<br />
IV. A energia gravitacional movimenta a água<br />
dentro do seu ciclo.<br />
V. O ciclo hidrológico é passível de sofrer<br />
interferência humana, podendo apresentar desequilíbrios.<br />
(a) Somente a afirmativa III está correta.<br />
(b) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.<br />
(c) Somente as afirmativas I, II e V estão corretas.<br />
(d) Somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas.<br />
(e) Todas as afirmativas estão corretas.<br />
17. Um cavalo está cheio de carrapatos, fixos a sua pele,<br />
sugando seu sangue. Indique a relação ecológica citada:<br />
(a) Parasitismo.<br />
(b) Competição.<br />
(c) Mutualismo.<br />
(d) Sociedade.<br />
(e) Canibalismo.<br />
152
18. Das relações ecológicas entre os seres vivos, indique<br />
qual a alternativa correspondente a uma relação<br />
interespecífica e desarmônica:<br />
(a) Inquilinismo<br />
(b) Mutualismo<br />
(c) Predatismo<br />
(d) Comensalismo<br />
(e) Protocooperação.<br />
(04) O nível trófico ocupado por um carnívoro é o que<br />
constitui a maior biomassa de uma comunidade.<br />
(05) A transferência do DDT, na comunidade biótica, se<br />
faz pelas relações tróficas.<br />
21. (Consultec) A atividade humana, muitas vezes,<br />
interfere negativamente no meio ambiente. Sobre<br />
as agressões ao meio ambiente impostas pelo homem,<br />
considere as seguintes afirmativas.<br />
19. (UFOP-MG) Depois que o lobo devorou sua presa, os<br />
urubus se aproximaram e devoram a carcaça deixada.<br />
Com isso, pelas relações ecológicas estabelecidas, o lobo<br />
e o urubu são, respectivamente:<br />
(a) Predador e comensal.<br />
(b) Predador e sapróvoro.<br />
(c) Competidor e predador.<br />
(d) Predador e decompositor.<br />
(e) Competidor e competidor.<br />
20. (Consultec) O DDT (dicloro-difenil-tricloroetano)<br />
é um inseticida organoclorado estável que permanece por<br />
longos períodos nos ecossistemas.<br />
I. Os agrotóxicos usados na agricultura, de uma maneira<br />
geral, são rapidamente degradados, preservando a vida do<br />
solo.<br />
II. A eutrofizacão dos rios por dejetos humanos leva a um<br />
aumento das populações de decompositores aeróbicos, o<br />
que repercute no aumento das populações de peixes.<br />
III. Poluentes lançados no ar pela indústria e automóveis,<br />
reagindo com a água, levam a formação da chuva ácida.<br />
IV. A destruição da camada de ozônio compromete a<br />
biomassa dos oceanos, afetando as populações de<br />
fitoplâncton.<br />
V. A água dos esgotos não pode ser reaproveitada pois<br />
não é possível eliminar suas impurezas.<br />
A alternativa em que todas as afirmativas estão<br />
corretas é a<br />
(01) I e III.<br />
(02) III e IV.<br />
(03) I e IV.<br />
(04) IV e V.<br />
(05) II e V<br />
Sabendo-se do efeito do DDT nas cadeias<br />
alimentares, foram dosadas as quantidades desse<br />
inseticida em vários organismos.<br />
Respostas: 7 – 01; 8 – 02; 9 – 03; 10 – 05; 11 – 04; 12 –<br />
04; 13 – c; 14 – c; 15- b; 16 – d; 17 – a; 18 – c; 19 – a; 20<br />
– 05; 21 – 02.<br />
A partir desses dados, pode-se afirmar:<br />
(01) A quantidade de biomassa disponível é igual em cada<br />
nível trófico.<br />
(02) A concentração do DDT, nos organismos<br />
apresentados, decresce ao longo da cadeia alimentar.<br />
(03) Os peixes, de uma maneira geral, ocupam o mesmo<br />
nível trófico.<br />
CITOLOGIA<br />
22. (Unifor-CE) As fibras musculares estriadas<br />
armazenam um carboidrato a partir do qual se obtêm<br />
energia para a contração. Essa substância de reserva se<br />
encontra na forma de:<br />
(a) amido<br />
153
(b) glicose<br />
(c) maltose<br />
(d) sacarose<br />
(e) glicogênio<br />
23. (UFR-RJ) Recentemente, houve grande interesse por<br />
parte dos obesos quanto ao início da comercialização do<br />
medicamento Xenical no Brasil. Esse medicamento<br />
impede a metabolização de 1/3 da gordura consumida<br />
pela pessoa. Assim, pode-se concluir que o Xenical inibe<br />
a ação da enzima:<br />
(a) maltase<br />
(b) protease<br />
(c) lipase<br />
(d) amilase<br />
(e) sacarase<br />
(b) Natural para a espécie humana, mas essencial para o<br />
bolor do pão.<br />
(c) Essencial tanto para a espécie humana quanto para o<br />
bolor do pão.<br />
(d) Natural tanto para a espécie humana quanto para o<br />
bolor do pão.<br />
(e) Energético para ambas as espécies.<br />
27. (UFMS) A seqüência de ilustrações a seguir<br />
representa com genialidade uma propriedade de<br />
praticamente todas as reações que se processam nos<br />
sistemas vivos: a ação enzimática.<br />
24. (UFMA) As enzimas biocatalisadoras da indução de<br />
reações químicas reconhecem seus substratos através da:<br />
(a) Temperatura do meio.<br />
(b) Forma tridimensional das moléculas.<br />
(c) Energia de ativação<br />
(d) Concentração de minerais.<br />
(e) Reversibildade da reação<br />
25. A hidrólise de determinada molécula produziu<br />
glicerol e ácidos graxos; isso indica que a molécula<br />
hidrolisada era:<br />
(a) uma proteína<br />
(b) um lipídio<br />
(c) um carboidrato<br />
(d) um ácido nucléico<br />
(e) um açúcar<br />
Da analogia com a ilustração pode-se dizer que a enzima:<br />
(a) viabiliza uma reação cujo produto dela sempre<br />
dependerá para exercer seu papel biológico;<br />
(b) perde definitivamente suas propriedades ao<br />
desprender-se do produto final;<br />
(c) fica disponível para uma nova reação depois de<br />
favorecer a ligação dos reagentes;<br />
(d) catalisa a reação exigindo muito mais energia de<br />
ativação do que seria necessário;<br />
(e) é consumida integralmente pelo produto que ajudou a<br />
sintetizar.<br />
Questões 28 e 29 (UERN)<br />
A lógica na organização do mundo vivo está<br />
exemplificada na ilustração.<br />
26. Nossa dieta precisa conter, necessariamente, o<br />
aminoácido triptofano, pois o corpo humano não<br />
consegue produzi-lo. O bolor do pão, por sua vez, não<br />
precisa ter nenhum aminoácido em sua dieta, pois é capaz<br />
de produzir todos os 20 tipos de aminoácidos de que<br />
necessita. O triptofano é, portanto, um aminoácido:<br />
(a) Essencial para a espécie humana, mas natural para o<br />
bolor do pão.<br />
28. (UERN) Um atributo fundamental dessa<br />
organização é a:<br />
154
(a) Manutenção das mesmas propriedades independente<br />
do nível de organização considerado.<br />
(b) Hierarquização dos diversos níveis, em função da<br />
complexidade estrutural e funcional.<br />
(c) Independência estrutural e funcional entre os<br />
diferentes níveis.<br />
(d) Ausência de uma ordem nas relações entre as diversas<br />
estruturas em cada nível.<br />
(e) Limitação dos sistemas ao nível de indivíduo,<br />
prescindindo de níveis superiores de organização.<br />
29. (UERN) As células em destaque na figura<br />
correspondem ao padrão eucariótico, que se caracteriza<br />
essencialmente por:<br />
(a) Constituir-se de moléculas orgânicas com alto grau de<br />
complexidade.<br />
(b) Possuir o material genético associado a dobras<br />
específicas da membrana plasmática.<br />
(c) Exibir um sistema interno de membranas e<br />
consequente compartimentação.<br />
(d) Apresentar uniformidade estrutural e funcional nos<br />
diversos sistemas vivos.<br />
(e) Realizar vias metabólicas complexas, independente de<br />
organelas especializadas.<br />
30. (UESC) Beber é viver. Incorporada ao organismo<br />
como “um copo de água potável” ou em associação ou<br />
integração aos alimentos, a água, seguindo caminhos<br />
estabelecidos pela fisiologia humana, pode<br />
(01) incorporar-se à molécula do DNA ou do RNA na<br />
dinâmica do crescimento da cadeia polinucleotídica em<br />
reações de síntese.<br />
(02) difundir-se através da membranas plasmática,<br />
estabelecendo as condições osmóticas intracelulares<br />
inerentes à manutenção da pressão de turgescência, que é<br />
necessária à integridade da célula animal.<br />
(03) renovar a fase solvente do plasma, mantendo-o em<br />
condição para transporte em solução da hemoglobina,<br />
favorecendo a distribuição do oxigênio.<br />
(04) manter o meio aquoso do citossol, possibilitando a<br />
ocorrência das reações preliminares no fluxo da<br />
informação genética.<br />
(05) assegurar as condições de umidade que propiciam a<br />
difusão do oxigênio através das membranas dos alvéolos<br />
pulmonares para a rede de vasos capilares.<br />
31. (UESB) A célula como a unidade do sistema vivo<br />
inclui, entre as características universais que a<br />
identificam,<br />
(01) a indispensável presença de mitocôndrias para a<br />
quebra da glicose, com obtenção de energia.<br />
(02) o isolamento entre os compartimentos celulares, de<br />
modo a garantir a divisão de trabalho no sistema.<br />
(03) o desenvolvimento de rotas metabólicas de síntese e<br />
de degradação independentes de enzimas geneticamente<br />
codificadas.<br />
(04) o intercâmbio de substâncias, assegurando uma<br />
composição química interna igual à do meio externo.<br />
(05) a interação entre moléculas de RNA no nível dos<br />
ribossomos para a síntese de suas próprias proteínas.<br />
32. (UFMG) O esquema abaixo representa a<br />
concentração de íons dentro e fora dos glóbulos<br />
vermelhos.<br />
A entrada de K+ e a saída de Na+ dos glóbulos vermelhos<br />
podem ocorrer por:<br />
(a) transporte passivo<br />
(b) transporte ativo<br />
(c) plasmólise.<br />
(d) osmose.<br />
(e) difusão<br />
33. (UFRN) A mucosa intestinal apresenta um alto poder<br />
de absorção devido á presença de:<br />
(a) cílios.<br />
(b) desmossomos.<br />
(c) microvilosidades.<br />
(d) flagelos.<br />
(e) vesículas fagocitárias.<br />
34. No caso de uma membrana plasmática ser permeável<br />
a determinada substância, esta se difundirá para o interior<br />
da célula quando:<br />
155
(a) Sua concentração no ambiente for igual à do<br />
citoplasma.<br />
(b) Houver ATP disponível para fornecer energia ao<br />
transporte.<br />
(c) Sua concentração no ambiente for menor que no<br />
citoplasma.<br />
(d) Sua concentração no ambiente for maior que no<br />
citoplasma.<br />
Questões 35 e 36 (UESB):<br />
Observe o diagrama que esquematiza alterações no<br />
potencial osmótico de uma célula vegetal em três estados<br />
distintos.<br />
(04) Endocitose simples.<br />
(05) Difusão facilitada.<br />
37. (UESB) Dentre as adaptações do sistema de<br />
endomembranas na especialização celular, pode-se<br />
reconhecer<br />
(01) a diferenciação de compartimentos do retículo<br />
endoplasmático como bolsões impermeáveis para o<br />
armazenamento do cálcio, na especialização das fibras<br />
musculares.<br />
(02) a delimitação do compartimento nuclear mantendo<br />
um ambiente específico para o material genético, sem<br />
comprometer o intercâmbio com o citoplasma.<br />
(03) o desenvolvimento de um amplo retículo<br />
endoplasmático liso com canais e cisternas, favorecendo a<br />
síntese de proteínas de exportação.<br />
(04) a formação de vesículas provenientes do sistema de<br />
Golgi para manter a hemoglobina nos glóbulos vermelhos<br />
do sangue, permitindo o intercâmbio com o oxigênio.<br />
(05) o amadurecimento do sistema de vacúolos aquosos<br />
na célula vegetal na fragmentação de uma grande vesícula<br />
em vacúolos incipientes.<br />
38. (UFSM-RS) Observe:<br />
35. (UESB) A partir da análise da ilustração, pode-se<br />
afirmar:<br />
(01) As mudanças observadas indicam a manutenção da<br />
célula em solução hipotônica.<br />
(02) A concentração do meio, nos três estados, é igual à<br />
concentração do suco vacuolar.<br />
(03) O meio que banha a célula exerce pouca influência<br />
sobre o comportamento da membrana celulósica.<br />
(04) O poder de sucção da célula, em C, é maior do que<br />
em A<br />
(05) A permanência da célula no estado C conduz,<br />
inevitavelmente, à morte celular pela ruptura das<br />
membranas.<br />
36. (UESB) A experiência evidencia a atividade celular<br />
que se caracteriza como<br />
(01) Transporte ativo primário.<br />
(02) Transporte ativo secundário.<br />
(03) Transporte passivo.<br />
O desenho representa o processo de:<br />
(a) Secreção celular: A representa a pinocitose e B, o<br />
complexo de Golgi.<br />
(b) Digestão intracelular: A representa a fagocitose e B,<br />
os peroxissomos.<br />
(c) Digestão intracelular: A representa a formação dos<br />
lisossomos e B, a dos peroxissomos.<br />
(d) Secreção celular: A representa a fagocitose e B, a<br />
formação dos lisossomos.<br />
(e) Digestão intracelular: A representa a fagocitose e B, a<br />
formação dos lisossomos.<br />
156
Questões 39 e 40 (UEFS):<br />
A figura abaixo ilustra um corte transversal de<br />
determinada célula juntamente com o detalhe de sua<br />
parede celular.<br />
(d) a parede celular presente nos fungos é constituída por<br />
longas e resistentes microfibrilas de celulose que, junto<br />
com a lignina, reforça a estrutura esquelética da célula.<br />
(e) a estrutura primária da parede celular deve ser<br />
elástica o suficiente para permitir o crescimento e, ao<br />
mesmo tempo, fornecer toda a sustentação esquelética<br />
necessária para manter a célula vegetal.<br />
39. (UEFS) Em relação ao padrão de organização da<br />
célula ilustrada, é possível considerar que<br />
(a) a presença de mitocôndrias no citoplasma caracteriza<br />
a célula como pertencente a um organismo animal<br />
aeróbio.<br />
(b) a diversidade de organelas no citoplasma foi uma<br />
inovação evolutiva associada a um aumento das funções<br />
exercidas pela célula, tal como o advento da fotossíntese<br />
e da respiração celular no mundo vivo.<br />
(c) a presença de um núcleo definido possibilitou que o<br />
organismo unicelular passasse a realizar a transcrição e a<br />
tradução do código genético de forma simultânea em um<br />
único compartimento.<br />
(d) esse padrão celular eucariótico permitiu uma maior<br />
eficiência na realização das funções metabólicas e<br />
favoreceu o desenvolvimento da pluricelularidade ao<br />
longo da evolução dos seres vivos.<br />
(e) a presença de um padrão procariótico garante ao<br />
organismo representado ser autótrofo e realizar reações<br />
de oxidação completa de matéria orgânica na obtenção<br />
de energia para atividades celulares.<br />
40. (UEFS) A respeito da ultraestrutura presente na<br />
parede celular ilustrada, pode-se afirmar que<br />
(a) o reforço de quitina garante a espessura e a<br />
resistência das paredes celulares da célula vegetal<br />
representada.<br />
(b) a presença dos plasmodesmos tem como função<br />
aumentar a aderência presente entre células contíguas do<br />
tecido vegetal.<br />
(c) o retículo endoplasmático granuloso encontrado<br />
associado aos plasmodesmos favorece o transporte de<br />
substâncias que ocorrem entre os citoplasmas de células<br />
vizinhas.<br />
41. (UESB)<br />
O grande desenvolvimento da pesquisa cientifica tem<br />
permitido investigar, cada vez mais a fundo, Os segredos<br />
das células vivas. O citoplasma, que se imaginava ser<br />
apenas um liquido gelatinoso, revelou-se ao microscópio<br />
eletrônico um complexo labirinto repleto de tubos e<br />
bolsas membranosos, comparável a uma rede de<br />
distribuição de substâncias produzidas na célula.<br />
(AMABIS; MARTHO, 2008, p.144).<br />
Com relação aos compartimentos membranosos que<br />
compõem a célula e suas respectivas funções, e correto<br />
afirmar:<br />
(01) peroxissomos caracteriza-se pela presença de<br />
inúmeras enzimas em seu interior, capazes de degradar<br />
substâncias oxigênio reativas que causam estresse<br />
oxidativo.<br />
(02) O reticulo endoplasmático liso, além de efetuar as<br />
mesmas funcões do reticulo endoplasmático rugoso, e<br />
também responsável pela síntese de fosfolipídios.<br />
(03) Os lisossomos são organelas capazes de auxiliar a<br />
produção de substâncias de natureza protéica no melo<br />
intracelular.<br />
(04) O Complexo golgiense possui como função<br />
adicional a oxidação de ácidos graxos para síntese de<br />
colesterol.<br />
(05) O reticulo endoplasmático rugoso desempenha papel<br />
fundamental na produção dos espermatozóides,<br />
originando vesículas de enzimas digestivas, denominadas<br />
acrossomos<br />
42. (Consultec)<br />
157
A<br />
figur<br />
a<br />
esque<br />
matiz<br />
a<br />
aspec<br />
tos na<br />
evolu<br />
ção<br />
da célula eucariótica de acordo com a teoria da<br />
endossimbiose, proposta por Lynn Margulis. Um aspecto<br />
corretamente relacionado com essa teoria é o fato de<br />
(01) as mitocôndrias e Os cloroplastos apresentarem<br />
DNA próprio, o que faz com que eles possam realizar<br />
síntese protéica independente de fatores da célula<br />
hospedeira.<br />
(02) as mitocôndrias apresentarem sensibilidade a<br />
determinados antibióticos que afetam a síntese proteica,<br />
de modo similar a dos procariotos.<br />
(03) o processo de englobamento ter envolvido a<br />
aquisição de uma parede celular pelo ancestral da célula<br />
eucariótica.<br />
(04) Os cloroplastos, ha bilhões de anos, serem bactérias<br />
que foram englobadas por um ancestral da célula<br />
eucariótica, resultando num a relação de comensalismo.<br />
(05) as mitocôndrias e os cloroplastos, a exemplo da<br />
célula eucariótica, se multiplicarem por sucessivas<br />
mitoses.<br />
43. A cerveja, nobre bebida de mais de um milhão de<br />
brasileiros, diga-se de passagem, deve ser consumida<br />
com moderação. Ela é produzida a partir de dois<br />
cereais, o lúpulo (que dá o gosto amargo) e a cevada. O<br />
amido está contido na semente da cevada. Ela é colocada<br />
para germinar, e por ação das enzimas da planta em<br />
germinação, o amido decompõe-se em maltose. Esta<br />
maltose, mais o lúpulo colocados em um reservatório<br />
junto com o fermento produzido pelo lêvedo, realizam a<br />
fermentação. Temos aí a cerveja, que no gosto<br />
tupiniquim é servida “estupidamente gelada”. (O<br />
caminho da vida, Frota Pessoa)<br />
Em relação à fermentação, assinale a alternativa<br />
INCORRETA.<br />
(a) Graças à respiração anaeróbia ou fermentação, muitos<br />
microorganismos conseguem viver sem oxigênio.<br />
(b) O lêvedo promove a respiração anaeróbia, produzindo<br />
álcool como subproduto.<br />
(c) No caso da cerveja, a maltose deve ser quebrada em<br />
duas moléculas de glicose para ocorrer a fermentação.<br />
(d) Assim como a fermentação láctica, a fermentação<br />
alcoólica não libera dióxido de carbono.<br />
(e) Quando o açúcar do leite é quebrado anaerobicamente,<br />
tem-se a fermentação láctica responsável pela formação<br />
de coalhada, queijos, iogurtes.<br />
44. (UEFS) Observando o esquema a seguir, que ilustra<br />
uma das etapas de um importante processo de<br />
transformação de energia no mundo vivo, podem ser<br />
feitas várias afirmações.<br />
A partir da análise do esquema, pode-se inferir que<br />
(a) o processo ilustrado se refere à cadeia transportadora<br />
de elétrons que ocorre na etapa dependente do oxigênio<br />
da respiração celular.<br />
(b) a síntese de ATP está diretamente associada ao<br />
transporte de elétrons realizado pelo complexo de<br />
citocromos presente na membrana dos tilacoides.<br />
(c) o aumento da concentração de íons de hidrogênio<br />
dentro dos tilacoides gera um refluxo de prótons pela<br />
sintetase do ATP que culmina com um intenso processo<br />
de fosforilação.<br />
(d) o processo representa a etapa fotoquímica da<br />
fotossíntese, já que o ATP produzido na fotofosforilação<br />
participa da síntese de carboidratos no lúmen dos<br />
tilacoides.<br />
(e) a concentração de clorofila nos complexos antena dos<br />
tilacoides aumenta a eficiência de captação de luz em<br />
todas as frequências dentro da faixa visível do espectro<br />
de ondas eletromagnéticas.<br />
45. (UESB) “No estado normal de vigília, o corpo<br />
humano queima açúcares aerobicamente. Nas atividades<br />
estafantes os músculos fermentam açúcares...” .<br />
(Margullis, p. 97)<br />
Essa estratégia, que proporciona uma rápida reciclagem<br />
dos NADH 2, evidencia que<br />
(01) a respiração e a fermentação são processos com<br />
rendimento energético equivalentes.<br />
158
(02) a via fermentativa proporciona, de imediato, um<br />
maior suprimento em moléculas de ATP.<br />
(03) os seres atuais preservam processos metabólicos de<br />
ancestrais procariotos.<br />
(04) a atividade muscular se realiza, exclusivamente, em<br />
ambiente aeróbico.<br />
(05) a utilização da molécula orgânica como oxidante<br />
final é uma invenção da célula eucariótica.<br />
46. (UESB) A utilização da água como fonte de<br />
hidrogênio no processo fotossintético teve como<br />
conseqüência global, na história da vida no planeta,<br />
(01) o surgimento da fotorrespiração, aumentando a<br />
eficiência da fotossíntese.<br />
(02) a extinção total dos organismos fotossintetizantes<br />
anaeróbicos.<br />
(03) o aumento do ganho energético do processo, com<br />
formação de maior número de moléculas de ATP.<br />
(01) conversão de energia luminosa em energia química<br />
com utilização de oxigênio e com liberação de gás<br />
carbônico para a atmosfera.<br />
(02) redução do dióxido de carbono a partir de<br />
hidrogênios provenientes da fotólise da água.<br />
(03) produção de glicose com total aproveitamento da<br />
energia luminosa que incide no vegetal.<br />
(04) excitação de moléculas de clorofila pela absorção de<br />
luz na faixa verde do espectro luminoso.<br />
(05) intensa produção de ATP independente de uma<br />
cadeia transportadora de elétrons.<br />
Questões 49 e 50 (UESC):<br />
Estudos genéticos e moleculares envolvendo análise do<br />
DNA mitocondrial e do cromossomo Y têm sido<br />
relevantes na compreensão das relações filogenéticas<br />
entre populações humanas. (HOMO brasilis, p. 16)<br />
(04) o crescimento da velocidade da incorporação do CO 2<br />
atmosférico durante a fase escura.<br />
(05) a alteração dos teores de oxigênio, favorecendo a<br />
evolução dos aeróbicos.<br />
47. (UESB) A utilização de Saccharomyces cerevisae na<br />
produção de pães, vinhos e cervejas está fundamentada na<br />
realização de processos bioenergéticos, que incluem a<br />
(01) produção de CO 2 e álcool etílico em reações<br />
citossólicas na ausência de oxigênio.<br />
(02) ocorrência de reações que degradam a glicose,<br />
independentemente de enzimas específicas.<br />
(03) síntese de ATP em sistemas oxidativos da cadeia<br />
respiratória no interior da mitocôndria.<br />
(04) formação de água e gás carbônico com 100% de<br />
aproveitamento da energia contida em moléculas de<br />
glicose.<br />
(05) fermentação lática com redução de ácido pirúvico à<br />
ácido lático.<br />
48. (UESB) A produção de celulose está<br />
intrinsecamente associada à fotossíntese — processo<br />
básico inerente ao metabolismo vegetal com repercussões<br />
em toda a vida na Terra. Aspectos fundamentais desse<br />
processo expressam-se na<br />
49. (UESC) A partir da análise da ilustração e<br />
considerando os mecanismos envolvidos no processo de<br />
transmissão genética, é correto afirmar:<br />
(01) O cromossomo Y dos indivíduos na 1a geração tem a<br />
mesma origem paterna.<br />
(02) O DNA mitocondrial é herdado conforme o padrão<br />
de herança do cromossomo X.<br />
(03) O DNA mitocondrial e o cromossomo Y são<br />
marcadores de matrilinhagem e de patrilinhagem,<br />
respectivamente.<br />
(04) A herança do DNA mitocondrial é condicionada a<br />
circunstâncias probabilísticas que envolvem a<br />
fecundação.<br />
(05) Os cromosomos sexuais não são submetidos à<br />
segregação típica da meiose<br />
50. (UESC) Em relação a aspectos da reprodução<br />
humana, com base na análise da ilustração, pode-se<br />
afirmar:<br />
159
(01) As mitocôndrias são transmitidas a todos os filhos e<br />
filhas, invariavelmente, no ovócito.<br />
(02) A contribuição genética do gameta masculino é<br />
proporcional as suas dimensões.<br />
(03) O nascimento dos gêmeos dizigóticos (fraternos)<br />
está associado à fecundação de um ovócito por dois ou<br />
mais espermatozoides.<br />
(04) A organização do DNA mitocondrial obedece ao<br />
padrão da célula eucariótica.<br />
(05) A origem endossimbiótica do DNA mitocondrial<br />
explica a sua baixa taxa de mutação.<br />
(a) CITE o nome e local de ocorrência das etapas I, II e<br />
III.<br />
(b) CITE a razão de o processo ser denominado<br />
respiração aeróbia.<br />
51. (UFCE) O processo de fotossíntese pode ser dividido<br />
em duas etapas: a fotoquímica e a química. Marque a<br />
alternativa que contém os produtos finais destas etapas<br />
respectivas:<br />
(a) ATP + NADP e amido<br />
(b) Glicose + ADP e NADPH 2<br />
(c) ATP + NADPH 2 e glicose<br />
(d) ATP + NAD e glicose<br />
(e) N.d.a<br />
54. (UESB) A figura esquematiza um núcleo celular<br />
típico.<br />
52. (UFRS) Sobre respiração celular, é INCORRETO<br />
afirmar que:<br />
(a) a fermentação libera menos energia do que a<br />
respiração aeróbica, pois a primeira quebra da glicose é<br />
incompleta.<br />
(b) É na glicólise que se dá a menor produção de<br />
moléculas de ATP<br />
(c) A totalidade do processo de respiração celular ocorre<br />
no interior das mitocôndrias<br />
(d) Uma célula muscular passa a transformar ácido<br />
pirúvico em ácido léctico quando há deficiência de O 2.<br />
(e) A utilização de O 2 se dá nas cristas mitocondriais.<br />
53. Baseando-se no desenho esquemático e em seus<br />
conhecimentos, responda:<br />
A partir da análise de sua estrutura, é correto afirmar:<br />
(01) Nos procariontes, essa estrutura se desfaz para que<br />
possa ocorrer a divisão celular.<br />
(02) Na divisão celular, o envelope nuclear se<br />
desorganiza para que os cromossomos se liguem ao fuso<br />
mitótico.<br />
(03) O transporte de substâncias para o citosol utiliza as<br />
lâminas que fazem o transporte ativo.<br />
(04) A condição de núcleo interfásico permite a<br />
duplicação do DNA na anáfase da fase M.<br />
(05) A condição de núcleo mitótico permite a produção de<br />
ribossomos, que serão transportados pelos poros<br />
nucleares para o citosol.<br />
55. (UESB)<br />
160
“O Projeto Genoma Humano estimou em cerca de 30 mil<br />
o número de genes de nossa espécie.No entanto, sabemos<br />
que o corpo humano contém, no mínimo, entre 100 mil e<br />
150 mil tipos diferentes de proteínas. Os cientistas<br />
descobriram que uma mesma molécula de pré-RNA<br />
mensageiro pode sofrer tipos diferentes de splicing (corte<br />
e emenda) em diferentes tipos celulares.”<br />
(Amabis, p. 147)<br />
Com base na estrutura dos genes, pode-se considerar<br />
como produto do splicing alternativo que<br />
(01) um gene tem informação suficiente para a síntese de<br />
uma glicoproteína.<br />
(02) a produção de diferentes proteínas pode estar<br />
associada a uma única seqüência nucleotídica.<br />
(03) os íntrons, nos pré-mRNAs, têm informação para a<br />
síntese de uma proteína e os éxons, para outra.<br />
(04) grandes seqüências não informacionais, nos RNAs<br />
mensageiros maduros, continuam ativas.<br />
(05) RNAs mensageiros diferentes podem originar a<br />
mesma proteína.<br />
56. (UESB) Entre os genes comuns, um que é<br />
fundamental para a perpetuação da vida é aquele que<br />
contém informação para a síntese de uma DNA<br />
polimerase que<br />
(01) define as especificidades no pareamento entre<br />
adenina e guanina.<br />
(02) promove a formação espontânea das pontes de<br />
hidrogênio entre bases nitrogenadas.<br />
(03) facilita a recombinação entre RNAm e RNAr na<br />
tradução da mensagem genética.<br />
(04) produz RNA a partir de moldes de DNA.<br />
(05) catalisa a síntese de uma cadeia polinucleotídica na<br />
replicação do material genético.<br />
57. (PUC-RS) Observe:<br />
Sabe-se que durante o desenrolar do ciclo celular os<br />
cromossomos adquirem configurações diversas. Na figura<br />
abaixo estão representadas duas delas, que podem ser<br />
encontradas, respectivamente, na:<br />
(c) interfase e prófase<br />
(d) metáfase e prófase<br />
(e) interfase e anáfase<br />
58. (UFSM-RS) Considerando o desenho, analise as<br />
afirmativas a seguir:<br />
I. A e C representam células em metáfase; B e D<br />
representam células em anáfase;<br />
II. A representa uma célula em mitose, pois é possível<br />
observar os cromossomos homólogos pareados;<br />
III. D representa a separação das cromátides-irmãs,<br />
fenômeno que ocorre durante a meiose II e a mitose.<br />
Está(ão) correta(s):<br />
(a) apenas I<br />
(b) apenas II<br />
(c) apenas I e III<br />
(d) apenas II e III<br />
(e) I, II e III<br />
59. (UFRJ) Um determinado mamífero apresenta em<br />
cada célula somática quatro cromossomos. Em qual dos<br />
esquemas abaixo está representada uma célula desse<br />
animal em anáfase II da meiose?<br />
(a) metáfase e anáfase<br />
(b) anáfase e telófase<br />
161
(d) Casais, como o 3 x 4, têm 1/4 de probabilidade de ter<br />
um filho com a doença.<br />
(e) Indivíduos normais formam dois tipos de gametas<br />
para os alelos condicionantes do distúrbio.<br />
62. A figura a seguir refere-se a um heredograma que<br />
representa a ocorrência de uma anomalia numa família.<br />
Respostas: 22 – e; 23 – c; 24 – b; 25 – b; 26 – a; 27 – c; 28<br />
– b; 29 – c; 30 – 05; 31 – 05; 32 – b; 33 – c; 34 – d; 35 –<br />
01; 36 – 03; 37 – 02; 38 – e; 39 – d; 40 – e; 41 – 01; 42 –<br />
02; 43 – d; 44 – c; 45 – 03; 46 – 05; 47 – 01; 48 – 02; 49 –<br />
03; 50 – 01; 51 – c; 52 – c; 53 – em sala; 54 – 02; 55 – 02;<br />
56 – 05; 57 – e; 58 – c; 59 – d.<br />
GENÉTICA<br />
Questões 60 e 61 (UESB):<br />
O heredograma registra a ocorrência de uma desordem<br />
bioquímica em três gerações de uma família.<br />
A probabilidade de nascer uma menina afetada do<br />
cruzamento de 3 com 11 é:<br />
(a) 0,00<br />
(b) 0,75<br />
(c) 0,50<br />
(d) 0,25<br />
(e) 1,00<br />
60. (UESB) A análise dos dados permite concluir que o<br />
caráter em estudo é herdado segundo o padrão:<br />
(a) autossômico recessivo.<br />
(b) autossômico dominante.<br />
(c) restrito ao sexo.<br />
(d) influenciado pelo sexo.<br />
(e) recessivo, ligado ao sexo.<br />
63. (UFLA-MG) A primeira lei de Mendel refere-se:<br />
(a) Ao efeito do ambiente para formar o fenótipo.<br />
(b) À segregação do par de alelos durante a formação dos<br />
gametas.<br />
(c) À ocorrência de fenótipos diferentes em uma<br />
população.<br />
(d) À ocorrência de genótipos diferentes em uma<br />
população.<br />
(e) À união dos gametas para formar o zigoto.<br />
61. (UESB) Em relação à herança da desordem<br />
bioquímica considerada, é correto afirmar:<br />
(a) Indivíduos afetados são sempre homozigotos.<br />
(b) As proporções genotípica e fenotípica são sempre<br />
coincidentes.<br />
(c) A probabilidade de casais, como o 8 x 9, de ter um<br />
filho afetado é de 3/4.<br />
64. (UEMS) Observe os seguintes cruzamentos:<br />
Plantas flores vermelhas X Plantas flores brancas<br />
(VV) X (BB)<br />
F1 : 100% plantas flores rosas VB<br />
162
F1 X F1<br />
(VB) (VB)<br />
F2: 25% plantas flores vermelhas (VV)<br />
50% plantas flores rosas (VB)<br />
25% plantas flores brancas (BB)<br />
(a) 1/2<br />
(b) 1/4<br />
(c) 1/8<br />
(d) 1/16<br />
(e) 1/32<br />
As proporções fenotípicas e genotípicas produzidas em<br />
F1 e F2 indicam que se trata de:<br />
(a) um caso típico de monoibridismo, em que o alelo V é<br />
dominante em relação ao B.<br />
(b) um caso típico de diibridismo, em que não há relação<br />
de dominância entre os alelos V e B.<br />
(c) um caso de monoibridismo, em que não há relação de<br />
dominância entre os alelos V e B.<br />
(d) um caso de alelos múltiplos, podendo os alelos V e B<br />
produzir pelo menos três tipos de fenótipos distintos.<br />
(e) um caso de triibridismo, em que os genótipos podem<br />
ser VV, VB e BB.<br />
65. (UFPA) Pessoas de mesmo genótipo para o caráter<br />
cor da pele podem adquirir fenótipos diferentes<br />
expondo-se mais ou menos às radiações solares. Tal fato<br />
exemplifica adequadamente a:<br />
(a) variabilidade das espécies<br />
(b) ação da seleção natural sobre os genes<br />
(c) ocorrência ao acaso das mutações<br />
(d) interação do genótipo com o meio ambiente<br />
(e) herança dos caracteres adquiridos<br />
66. (UFPA) O heredograma abaixo refere-se a uma<br />
característica controlada por um único par de alelos (A e<br />
a). Os indivíduos I-1 e III-1 são afetados por uma doença<br />
autossômica recessiva e o indivíduo II-5 é homozigoto<br />
dominante (AA).<br />
67. (FCC) Em determinada raça de carneiros, o gene P<br />
condiciona lã branca e o seu alelo p, lã preta. A partir de<br />
vários cruzamentos entre indivíduos heterozigotos, foram<br />
obtidos 60 carneiros brancos e 20 pretos. Se todos esses<br />
carneiros brancos fossem cruzados com indivíduos pretos<br />
e se cada cruzamento produzisse 4 filhotes, quantos<br />
filhotes pretos seriam obtidos?<br />
(a) 120<br />
(b) 80<br />
(c) 60<br />
(d) 40<br />
(e) 20<br />
68. (Vunesp-SP) Observe a genealogia:<br />
Para o casal (5 e 6) que pretende ter muitos filhos, foram<br />
feitas as quatro afirmações a seguir:<br />
I. O casal só terá filhos AB e Rh + ;<br />
II. Para o sistema ABO, o casal poderá ter filhos<br />
que não poderão doar sangue para qualquer um dos pais;<br />
III. O casal poderá ter filhos Rh + , que terão suas<br />
hemácias lisadas (destruídas) por anticorpos anti-Rh<br />
produzidos durante a gravidez da mãe;<br />
IV. Se for considerado apenas o sistema Rh, o pai<br />
poderá doar sangue a qualquer um de seus filhos.<br />
Nesse caso, a probabilidade de o descendente de III-1 e<br />
III-2 apresentar a mesma doença de seu pai será:<br />
São corretas, apenas, as afirmações:<br />
(a) II e IV<br />
(b) I, II e IV<br />
(c) II, III e IV<br />
(d) I, II e III<br />
163
(e) I e III<br />
69. (UFPA) No quadro abaixo estão representados os<br />
resultados da reação de aglutinação de hemácias de quatro<br />
indivíduos, na presença de anticorpos anti-A, anti-B e<br />
anti-Rh.<br />
(d) origem paterna do cromossomo X nos filhos do sexo<br />
masculino.<br />
(e) existência de dominância e recessividade entre as<br />
formas alélicas distintas.<br />
72. (UESC) Leia o texto:<br />
Macacus rhesus é um símio que se tornou de grande<br />
importância na genética e na hematologia, tendo,<br />
inclusive, as iniciais do seu nome Rh sido usadas como<br />
identificador de um sistema sanguine pela descoberta de<br />
um fator sangüíneo idêntico entre esses símios e o<br />
homem.<br />
Com base nos resultados apresentados no teste de<br />
aglutinação, marque qual das alternativas contém a<br />
afirmativa correta:<br />
(a) Ana pertence ao grupo sanguíneo O Rh + .<br />
(b) Maria poderá receber sangue de Paulo.<br />
(c) Maria possui aglutininas anti-A e anti-B no plasma.<br />
(d) João possui aglutinogênio ou antígeno B em suas<br />
hemácias.<br />
(e) Paulo possui aglutinogênio ou antígeno A em suas<br />
hemácias.<br />
70. (Fuvest-SP) Lúcia e João são do tipo Rh + e seus<br />
irmãos, Pedro e Marina, são do tipo Rh + . Quais dos quatro<br />
irmãos podem vir a ter filhos com eritroblastose fetal?<br />
(a) Marina e Pedro<br />
(b) Lúcia e João<br />
(c) Lúcia e Marina<br />
(d) Pedro e João<br />
(e) João e Marina.<br />
71. (UESC) “Todo homem deve exatamente metade de<br />
sua herança a sua mãe e a outra metade ao pai”. A<br />
expressão genotípica pode levar a prevalecer traços<br />
maternos ou paternos. Esse fenômeno deve ser associado<br />
à<br />
(a) condição de triploidia de cromossomos maternos ou<br />
paternos.<br />
(b) predominância na expressão dos genes autossômicos<br />
paternos nos indivíduos do sexo masculino.<br />
(c) variação no número de genes, conforme o sexo do<br />
indivíduo, em características quantitativas.<br />
Essa descoberta serviu para explicar a doença hemolítica<br />
do recém-nascido como decorrência da<br />
(a) incompatibilidade sangüínea entre mãe Rh positiva e<br />
filho Rh negativo.<br />
(b) condição de homozigose recessiva para o locus D na<br />
descendência de pais heterozigotos.<br />
(c) imunização do organismo materno por anticorpos<br />
fetais produzidos durante o desenvolvimento.<br />
(d) destruição de hemácias do feto por anticorpos<br />
formados no organismo materno, induzidos por antígenos<br />
do bebê.<br />
(e) possibilidade de o macaco Rhesus produzir anticorpos<br />
que aglutinam hemácias humanas.<br />
73. (UFPE) Na espécie humana há um gene que exerce<br />
ação simultaneamente sobre a fragilidade óssea, a surdez<br />
congênita e a esclerótica azulada. Assinale a alternativa<br />
que define o caso.<br />
(a) Ligação genética<br />
(b) Penetrância completa<br />
(c) Pleiotropia<br />
(d) Herança quantitativa<br />
(e) Polialelia<br />
74. (PUC-RJ) Em genética, o fenômeno da interação<br />
gênica consiste no fato de:<br />
(a) uma característica provocada pelo ambiente, como<br />
surdez por infecção, imitar uma característica genética,<br />
como a surdez hereditária.<br />
164
(b) vários pares de genes não alelos influenciarem na<br />
determinação de uma mesma característica.<br />
(c) um único gene ter efeito simultâneo sobre várias<br />
características do organismo.<br />
(d) dois pares de genes estarem no mesmo par de<br />
cromossomos homólogos.<br />
(e) dois cromossomos se unirem para formar um gameta.<br />
150 indivíduos que produziam sementes coloridas e<br />
lisas.<br />
150 indivíduos que produziam sementes brancas e<br />
rugosas.<br />
250 indivíduos que produziam sementes coloridas e<br />
rugosas e<br />
250 indivíduos que produziam sementes brancas e lisas.<br />
75. (UESB) A ilustração esquematiza algumas fases do<br />
processo meiótico envolvendo um par de cromossomos.<br />
A partir desses resultados, podemos concluir que o<br />
genótipo do indivíduo parental colorido liso e a distância<br />
entre os genes B e R são<br />
(a) BR/br; 62,5 U.R.<br />
(b) BR/br, 37,5 U.R.<br />
(c) Br/bR, 62,5 U.R.<br />
(d) Br/bR, 37,5 U.R.<br />
(e) BR/br, 18,75 U.R.<br />
Uma diferença entre os resultados apresentados e algumas<br />
conclusões dos experimentos realizados por Mendel é a<br />
de que<br />
(a) os genes de cada par de cromossomos se separam na<br />
fecundação.<br />
(b) os genes ligados vão para os mesmos gametas.<br />
(c) os genes ligados, na meiose, se duplicam e se separam<br />
independentemente.<br />
(d) o par de cromossomos homólogos, na meiose,<br />
permanece ligado até o final do processo.<br />
(e) os genes, para características distintas em diferentes<br />
cromossomos, distribuem-se independentemente.<br />
76. (UFRJ) Numa certa espécie de milho, o grão colorido<br />
é condicionado por um gene dominante B e o grão liso por<br />
um gene dominante R. Os alelos recessivos b e r<br />
condicionam, respectivamente, grãos brancos e rugosos.<br />
No cruzamento entre um indivíduo colorido liso com um<br />
branco rugoso, surgiu uma F1 com os seguintes<br />
descendentes:<br />
77. (FATEC-SP) A surdez pode ser uma doença<br />
hereditária ou adquirida. Quando hereditária, depende da<br />
homozigose de apenas um dos dois genes recessivos, d ou<br />
e. A audição normal depende da presença de pelo menos<br />
dois genes dominantes diferentes D e E, simultaneamente.<br />
Um homem surdo casou-se com uma surda. Tiveram 9<br />
filhos, todos de audição normal. Assim, podemos concluir<br />
que o genótipo dos filhos é:<br />
(a) ddEE.<br />
(b) DdEe.<br />
(c) Ddee.<br />
(d) Ddee.<br />
(e) DDEE.<br />
78. (MACKENZIE-SP) Em galinhas, a cor da plumagem<br />
é determinada por 2 pares de genes. O gene C condiciona<br />
plumagem colorida, enquanto seu alelo c determina<br />
plumagem branca. O gene I impede a expressão do gene<br />
C, enquanto seu alelo i não interfere nessa expressão.<br />
Com esses dados, conclui-se que se trata de um caso de:<br />
(a) epistasia recessiva.<br />
(b) herança quantitativa.<br />
(c) pleiotropia.<br />
(d) codominância.<br />
(e) epistasia dominante.<br />
165
79. (UEFS) O esquema abaixo compara, de forma<br />
resumida, o processo de expressão da informação<br />
genética em seres procariontes e eucariontes.<br />
Com base na estrutura dos genes, pode-se considerar<br />
como produto do splicing alternativo que<br />
(01) um gene tem informação suficiente para a síntese de<br />
uma glicoproteína.<br />
(02) a produção de diferentes proteínas pode estar<br />
associada a uma única seqüência nucleotídica.<br />
(03) os íntrons, nos pré-mRNAs, têm informação para a<br />
síntese de uma proteína e os éxons, para outra.<br />
(04) grandes seqüências não informacionais, nos RNAs<br />
mensageiros maduros, continuam ativas.<br />
(05) RNAs mensageiros diferentes podem originar a<br />
mesma proteína.<br />
A interpretação da figura e os conhecimentos atuais a<br />
respeito da expressão do código genético permitem<br />
concluir:<br />
(01) A expressão da informação genética em bactérias<br />
ocorre através do processo de replicação do DNA<br />
circular.<br />
(02) Apenas o gene eucariótico apresenta regiões<br />
denominadas de íntrons, que não são traduzidas em<br />
sequências específicas de aminoácidos.<br />
(03) Os genes presentes no material genético de seres<br />
eucariontes produzem as proteínas necessárias para<br />
garantir a manutenção do metabolismo celular sem a<br />
necessidade de utilização do RNA.<br />
(04) O RNA polimerase transcreve apenas as regiões dos<br />
éxons na produção do pré-RNA mensageiro para que<br />
posteriormente, possa ocorrem a ação do splicing<br />
genético.<br />
(05) A expressão do código genético das bactérias ocorre<br />
através de processos que se modificaram acentuadamente<br />
ao longo da evolução desse grupo, o que provocou uma<br />
diferenciação significativa em relação ao padrão<br />
eucariótico.<br />
80. (UESB)<br />
“O Projeto Genoma Humano estimou em cerca de 30 mil<br />
o número de genes de nossa espécie. No entanto, sabemos<br />
que o corpo humano contém, no mínimo, entre 100 mil e<br />
150 mil tipos diferentes de proteínas. Os cientistas<br />
descobriram que uma mesma molécula de pré-RNA<br />
mensageiro pode sofrer tipos diferentes de splicing (corte<br />
e emenda) em diferentes tipos celulares.”<br />
(Amabis, p. 147)<br />
Respostas: 60 – b; 61 – c; 62 – d; 63 – b; 64 – c; 65 – d; 66<br />
– b; 67 – b; 68 – a; 69 – b; 70 – e; 71 – e; 72 – d; 73 – c; 74<br />
– b; 75 – b; 76 – d; 77 – b; 78 – e; 79 – 02; 80 – 02.<br />
EVOLUÇÃO<br />
81. (Consultec)<br />
“Quando a bordo do H.M.S. Beagle, no qual servi<br />
como naturalista, fiquei muito impressionado com certos<br />
fatos referentes à distribuição dos seres vivos existentes<br />
na América do Sul e às relações geológicas entre a fauna<br />
e a flora atual e extinta daquele continente. Esses fatos a<br />
mim me pareceram lançar alguma luz sobre a origem das<br />
espécies — “mistério dos mistérios”— ... Logo após o<br />
meu regresso ao lar, em 1837, ocorreu-me que talvez<br />
pudesse ajudar a esclarecer essa questão, através da<br />
paciente acumulação e do estudo de toda a sorte de fatos,<br />
porventura ligados ao tema.” (DARWIN, 1859 p.43)<br />
“Considerando-se que, durante o longo curso dos<br />
tempos e sob variáveis condições de vida, os seres vivos<br />
modificaram tanto diversas partes do seu organismo, e<br />
acho que isso é incontestável; considerando-se que,<br />
devido à alta tendência de crescimento geométrico do<br />
número das espécies, ocorre uma renhida luta pela<br />
sobrevivência, especialmente em determinada idade, ou<br />
determinada estação, ou determinados anos — e isso<br />
também certamente não tem contestação;<br />
conseqüentemente, dada a infinita complexidade das<br />
inter-relações dos seres vivos, entre si e de cada um deles<br />
com suas condições de existência, acarretando uma<br />
diversidade infinita quanto a seus hábitos, estruturas e<br />
constituições internas.” (DARWIN, 1985, p.129)<br />
Sob essas considerações, Darwin poderia ter<br />
concluído que<br />
166
(01) a variabilidade que ocorre entre indivíduos de uma<br />
mesma população surge por influência direta e imediata<br />
do meio ambiente sobre o organismo.<br />
(02) as variações surgem aleatoriamente e sempre são<br />
úteis a sobrevivência da espécie.<br />
(03) as diferenças individuais que caracterizam a<br />
variabilidade da população só apresentam valor<br />
adaptativo se expressas na fase adulta.<br />
(04) os mais aptos são preservados porque podem<br />
assegurar a sobrevivência da espécie em qualquer tipo de<br />
ambiente que ainda venham enfrentar.<br />
(05) os indivíduos dentro de uma população que<br />
apresentam circunstancialmente características úteis têm<br />
maiores chances de sobrevivência e também de produzir<br />
descendentes mais aptos.<br />
82. (Consultec)<br />
“Quando examinamos os indivíduos da mesma variedade<br />
ou subvariedade de nossos vegetais e animais cultivados<br />
e criados desde os tempos mais remotos, um aspecto que<br />
nos chama a atenção é que eles geralmente diferem muito<br />
mais entre si do que o que se observa entre os indivíduos<br />
de qualquer espécie em estado selvagem. ”<br />
(DARWIN,1985, p. 47).<br />
Embora essa constatação instigasse Darwin a<br />
diversos questionamentos e interpretações, uma<br />
explicação razoável e coerente com as suas idéias sobre a<br />
origem das espécie é<br />
83. (Consultec)<br />
“É interessante contemplar-se uma vertente verdejante<br />
revestida de diversos tipos de plantas com pássaros<br />
cantando nos ramos das árvores, uma variedade de<br />
insetos adejando pelo ar, além dos pequenos seres vivos<br />
rastejando naquela terra úmida e então refletir que essas<br />
formas construídas de maneira tão elaborada, cada qual<br />
tão diferente da outra e, contudo, de uma<br />
interdependência tão complexa, teriam todas sido<br />
produzidas por leis que prosseguem atuando neste nosso<br />
mundo”. (DARWIN, 1985, p. 366)<br />
Nessa descrição bucólica perpassam ideias<br />
evolucionistas de Darwin na interpretação de aspectos da<br />
comunidade, como<br />
(01) a evolução é um processo que se desenrola mudando<br />
o perfil da biosfera e vem se sustentando na evolução das<br />
regras da natureza.<br />
(02) a interdependência entre as plantas e insetos, como<br />
as formigas, se estabelece como associações sempre<br />
desfavoráveis às plantas.<br />
(03) a referência à diversidade de formas construídas de<br />
forma tão elaborada é uma maneira de expressar a ação da<br />
seleção natural sobre os organismos.<br />
(04) a impressão da colina verdejante com diversos tipos<br />
de plantas caracteriza uma base heterotrófica dessa<br />
comunidade.<br />
(05) predadores dos insetos e os predadores desses<br />
predadores podem subsidiar a extrapolação de se<br />
configurar a construção de uma cadeia trófica ilimitada.<br />
(01) Os experimentos de hibridação eram direcionados<br />
pelos domesticadores com o objetivo de obter animais<br />
aperfeiçoados em todas as características corporais.<br />
(02) As linhagens progenitoras, dentro de uma mesma<br />
espécie, eram escolhidas, sob diferentes parâmetros,<br />
tendo em perspectiva a obtenção de exemplares com<br />
características úteis à espécie.<br />
(03) As variações desejadas nas descendências<br />
experimentais não visavam ao bem-estar do animal, mas a<br />
um capricho ou a interesse do homem, não selecionando<br />
características que assegurassem maior autonomia da<br />
espécie.<br />
(04) O adestramento do animais impondo o uso mais<br />
intensivo de um órgão propiciava o seu aperfeiçoamento e<br />
a transmissão hereditária dessa aquisição.<br />
(05) A variação experimentalmente obtida aumentava o<br />
potencial adaptativo da espécie domesticada, deixando-a<br />
mais resistente às condições naturais<br />
84. (Consultec)<br />
“Trata-se de um fato realmente maravilhoso — embora<br />
não nos demos conta disso, de tão familiarizados que<br />
estamos com ele, que todos os animais e vegetais<br />
existentes em todos os locais e épocas possam estar<br />
inter-relacionados através de grupos subordinados a<br />
outros grupos...” (DARWIN)<br />
Filogenia: filo = grupo e genesis = origem.<br />
Em expressão de encantamento, a partir de<br />
observações, Darwin refere-se à organização do sistema<br />
vivo. Essa referência, à luz das suposições do naturalista,<br />
pode ser interpretada, considerando-se que o sistema vivo<br />
(01) é construído por uma grande diversidade de cadeias<br />
alimentares, paralelas entre si, em que os indivíduos estão<br />
relacionados filogeneticamente através de relações<br />
tróficas.<br />
167
(02) é estruturado como uma rede de organismos que vem<br />
se estendendo no tempo e no espaço em que os indivíduos<br />
se mantêm direta ou indiretamente filogeneticamente<br />
relacionados.<br />
(03) se compõe de grupos de organismos com<br />
características peculiares e cada qual subordinado a um<br />
ato original de criação preservados sem modificações no<br />
tempo.<br />
(04) é representado por animais e plantas de reinos que<br />
evoluíram independentemente a partir de grupos<br />
específicos de seres microscópicos.<br />
(05) se sucede em eras que representam novos estágios da<br />
vida com seres recriados em novas espécies após<br />
cataclismas com extinções universais.<br />
85. (Consultec)<br />
também porque se completam 200 anos desde o<br />
nascimento de Darwin, ocorrido em 12 de fevereiro de<br />
1809.<br />
Considerando o impacto das idéias de Charles<br />
Darwin a respeito da importância da seleção natural no<br />
processo de evolução biológica, é correto afirmar:<br />
(01) A necessidade imposta pelo ambiente é responsável<br />
pela geração de características que deverão ser<br />
preservadas pela seleção natural.<br />
(02) A ação da seleção natural dentro do processo<br />
evolutivo deve ser considerada dependente do ambiente,<br />
já que este determina a forma e a intensidade com que a<br />
pressão seletiva será imposta às populações.<br />
(03) A variabilidade genética é estabelecida a partir da<br />
ação da seleção natural sobre um grupo de indivíduos de<br />
uma população.<br />
(04) As idéias de Darwin sobre a seleção natural<br />
permitiram estabelecer um antropocentrismo baseado em<br />
visões teológicas sobre a origem da vida e a hierarquia<br />
entre os seres vivos.<br />
(05) Darwin reforçou as ideias sobre determinismo ao<br />
negar a universalidade da aleatoriedade e do acaso<br />
durante os processos que envolvem a seleção natural.<br />
“Em 1859, depois de 20 anos de estudos minuciosos e de<br />
reflexões, Darwin publicou A origem das espécies. A obra<br />
não somente colocou por terra as ciências da vida, na<br />
época, como revelou ao homem seu humilde lugar entre<br />
os seres vivos.” (CONTINENZA, 2007)<br />
Por causa da importância da variação, a seleção natural<br />
deve ser considerada um processo de duas etapas: a<br />
produção de variação abundante seguida pela eliminação<br />
de indivíduos inferiores. Esse último passo é direcional.<br />
Ao adotar a seleção natural, Darwin encerrou a<br />
discussão de várias centenas de anos entre os filósofos<br />
sobre o acaso e a necessidade. A mudança na Terra é<br />
resultado de ambos, sendo o primeiro passo dominado<br />
pela aleatoriedade, e o segundo, pela necessidade.<br />
(MAYR, 2007, p. 58.) Para muitos, foi a Teoria da<br />
Evolução que de fato consolidou a própria <strong>Biologia</strong><br />
como uma ciência autônoma, estruturadora do trabalho<br />
dos biólogos por todo o século XX e até mesmo nesse<br />
século. Assim, o ano de 2009 foi eleito pela<br />
International Union of Biological Sciences como o ‘ano<br />
de Darwin’, não somente porque se comemoram 150<br />
anos da publicação de A Origem das Espécies, mas<br />
86. (Consultec)<br />
A incorporação de novos conhecimentos genéticos as<br />
idéias darwinianas resultou na Teoria Moderna da<br />
evolução, e, sobre ela é correto afirmar:<br />
I. As alterações hereditárias que vierem a produzir<br />
novos alelos sempre levarão a extinção de uma<br />
determinada população, por produzirem diferenças<br />
significativas nas espécies que a compõem.<br />
II. As modificações na seqüência de bases<br />
nitrogenadas do DNA, denominadas mutações, podem vir<br />
a produzir características mais vantajosas em indivíduos<br />
de uma população de um determinado local.<br />
III. Os portadores do alelo mutante que possuírem<br />
melhor vantagem adaptativa tenderão a se reproduzir de<br />
maneira mais intensa, acarretando o aumento da<br />
freqüência desse alelo na população.<br />
A alternativa que apresenta todas as alternativas corretas<br />
é a<br />
(01) I apenas.<br />
(02) II apenas<br />
(03) III apenas<br />
(04) I e II.<br />
(05) II e III<br />
168
87. (Consultec)<br />
Em relação a teoria da seleção natural proposta por<br />
Darwin, considere as seguintes afirmativas:<br />
I. As características adquiridas por influência ambiental<br />
são transmitidas aos descendentes.<br />
II. As espécies sofrem modificações ao longo do tempo,<br />
ou seja, elas não são imutáveis.<br />
III. o uso de determinada estrutura do corpo torna essa<br />
estrutura mais desenvolvida, que é transmitida aos<br />
descendentes.<br />
IV. As características que aumentam as chances de<br />
sobrevivência e de reprodução dos indivíduos, em uma<br />
população, tem maior probabilidade de ser passadas aos<br />
descendentes.<br />
V. As formas inferiores de vida se formam continuamente<br />
a partir da matéria inanimada, e o caminho para uma<br />
maior complexidade é guiado pela natureza.<br />
Dessas afirmativas, estão corretas as indicadas em<br />
(01) III e IV<br />
(02) II e IV<br />
(03) I e V.<br />
(04) I e III.<br />
(05) I e II.<br />
88. (UFU-MG) Observe a representação esquemática dos<br />
eventos envolvidos em um processo de especiação,<br />
apresentada a seguir.<br />
Sobre a representação, pode-se afirmar:<br />
I. O processo de especiação é causado pelo isolamento<br />
geográfico indicado por C.<br />
II. O evento A representa a cladogênese, que compreende<br />
processos responsáveis pela separação de um grupo<br />
populacional, em dois ou mais grupos, os quais passam a<br />
evoluir independentemente.<br />
III. Os eventos de cladogênese e anagênese, A e B,<br />
respectivamente, ocorrem somente durante o processo de<br />
especiação alopátrica.<br />
IV. No evento B, estão envolvidos fatores evolutivos<br />
como: mutação, recombinação gênica, seleção natural.<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
(A) Apenas II, III e IV são verdadeiras.<br />
(B) Apenas I e IV são verdadeiras.<br />
(C) Apenas II e IV são verdadeiras.<br />
(D) Apenas II e III são verdadeiras.<br />
89. (UFPA) As pesquisas sobre a evolução dos seres<br />
vivos utilizam várias ferramentas e/ou técnicas que<br />
tentam comprovar evidências da evolução. Sobre as<br />
diversas formas de estudar a evolução dos seres vivos, é<br />
correto afirmar:<br />
(A) Sequências gênicas não podem ser usadas como<br />
técnicas para encontrar um parentesco geral entre toda a<br />
vida existente.<br />
(B) Comparações de sequências de DNA permitem<br />
agrupar espécies, o que possibilita confirmar ou corrigir<br />
classificações taxonômicas.<br />
(C) Homologias fisiológicas e anatômicas são os únicos<br />
indícios utilizados para avaliar a evolução de grupos<br />
diversos.<br />
(D) Lentas alterações das condições ambientais e grande<br />
volume e rigidez do corpo são algumas condições que<br />
diminuem a chance de fossilização.<br />
(E) Comparando-se os registros fósseis com a<br />
biodiversidade atual, podemos dizer que hoje temos<br />
apenas uma fração do número de organismos que existiam<br />
anteriormente.<br />
90. (UCSal-BA) Analise as afirmações referentes ao<br />
processo de especiação de uma população.<br />
Adaptado de Amabis, J.M & Martho G.R. Fundamentos<br />
de <strong>Biologia</strong> Moderna. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006.<br />
I. Acúmulo de diferenças genéticas entre as populações.<br />
II. Estabelecimento de isolamento reprodutivo.<br />
169
III. Estabelecimento de isolamento geográfico.<br />
IV. Separação de uma população por barreira<br />
física.<br />
Assinale a alternativa que indica corretamente a sequência<br />
para a formação de duas espécies a partir de uma<br />
ancestral.<br />
(A) I, II, III, IV.<br />
(B) II, III, I, IV.<br />
(C) II, IV, III, I.<br />
(D) IV, II, I, III.<br />
(E) IV, III, I, II.<br />
(c) variabilidade genética, mutação e evolução lenta.<br />
(d) clonagem, gemulação e partenogênese.<br />
(e) Rapidez, complexidade e variabilidade genética.<br />
93. (Fuvest-SP) A partir de cada ovogônia obtém-se<br />
geralmente:<br />
(a) dois óvulos e dois corpúsculos polares.<br />
(b) Três corpúsculos polares e um óvulo.<br />
(c) Três óvulos e um corpúsculo polar.<br />
(d) Quatro corpúsculos polares.<br />
(e) Quatro óvulos.<br />
Respostas: 81 – 05; 82 – 03; 83 – 03; 84 – 02; 85 – 02; 86<br />
– 05; 87 – 02; 88 – c; 89 – b; 90 – e.<br />
REPRODUÇÃO<br />
91. (Fuvest-SP) A reprodução sexuada, do ponto de vista<br />
evolutivo, é mais importante do que a reprodução<br />
assexuada porque:<br />
(a) assegura a perpetuação da espécie.<br />
(b) Promove maior variabilidade genética.<br />
(c) Processa-se após a meiose que produz gametas.<br />
(d) Permite produzir maior número de descendentes<br />
(e) Ocorre somente nos animais e vegetais pluricelulares.<br />
92. (ENEM) Veja a tirinha abaixo:<br />
94. (Fuvest-SP) Uma senhora deu à luz dois gêmeos de<br />
sexos diferentes. O marido, muito curioso, deseja saber<br />
algumas informações sobre o desenvolvimento de seus<br />
filhos, a partir da fecundação. O médico respondeu-lhe,<br />
corretamente, que:<br />
(a) dois óvulos foram fecundados por um único<br />
espematozóide.<br />
(b) um óvulo, fecundado por um espermatozóide,<br />
originou um zigoto, qual dividiu-se em dois zigotos,<br />
formando dois embriões.<br />
(c) um óvulo foi fecundado por dois espermatozóides,<br />
constituindo dois embriões.<br />
(d) dois óvulos, isoladamente, foram fecundados, cada<br />
um por um espermatozóide, originando dois embriões.<br />
(e) o uso de medicamentos durante a gestação causou<br />
alterações no zigoto, dividindo-o em dois.<br />
São características do tipo de reprodução representado na<br />
tirinha:<br />
(a) simplicidade, permuta de material gênico e<br />
variabilidade genética.<br />
(b) rapidez, simplicidade e semelhança genética.<br />
95. (FEPA) No homem, a uretra é um órgão<br />
________________________. Na mulher, este órgão (a<br />
uretra) é ________________________.<br />
(a) Exclusivamente urinário — geniturinário.<br />
(b) Exclusivamente genital — exclusivamente<br />
urinário.<br />
(c) Geniturinário — exclusivamente urinário.<br />
(d) Exclusivamente genital — geniturinário.<br />
(e) Geniturinário — exclusivamente genital.<br />
96. (UGF-RJ) O esperma normal é composto de:<br />
(a) Espermatozóides unicamente.<br />
(b) Espermatozóides e líquido seminal<br />
(c) Espermatozóides, líquido seminal e líquido prostático<br />
170
(d) Espermatozóides, líquido seminal, plasma e líquido<br />
prostático.<br />
(e) Espermatozóides, sangue, linfa, líquido seminal e<br />
líquido prostático.<br />
97. (Mackenzie-SP) As funções de produção e<br />
armazenamento dos espermatozóides competem,<br />
respectivamente, a:<br />
(a) vesículas seminais e próstata<br />
(b) testículos e epidídimo<br />
(c) testículos e vesículas seminais<br />
(d) próstata e epidídimos<br />
(e) testículos e próstata<br />
Assinale a alternativa que contém apenas afirmativas<br />
VERDADEIRAS.<br />
(a) I, II e III.<br />
(b) I, III e IV.<br />
(c) III, IV e V.<br />
(d) II e III.<br />
(e) IV e V.<br />
100. (PUC-PR) Associe a segunda coluna de acordo com<br />
a primeira:<br />
Respostas: 91 – b; 92 – b; 93 – b; 94 – d; 95 – c; 96 – c; 97<br />
- b.<br />
EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA<br />
98. (LONDRINA) Qual das seguintes alternativas<br />
apresenta, de forma correta, a seqüência de fases de<br />
desenvolvimento de um embrião de anfíbio, a partir do<br />
ovo?<br />
(a) blástula - gástrula - mórula.<br />
(b) gástrula - blástula - mórula.<br />
(c) mórula – gástula - blástrula.<br />
(d) blástula - mórula - gástrula.<br />
(e) mórula – blástula - gástrula.<br />
99. (U.F.Viçosa-MG) Observe o esquema do embrião de<br />
um cordado, em corte transversal, e analise as afirmativas<br />
seguintes.<br />
Fases de desenvolvimento:<br />
1) Fertilização<br />
2) Gástrula<br />
3) Blástula<br />
4) Segmentação<br />
5) Nêurula<br />
Características:<br />
( ) Fase caracterizada pela formação do tubo neural.<br />
( ) Fase em que o ovo se divide, sucessivamente, até as<br />
células atingirem as dimensões normais da espécie.<br />
( ) Fase durante a qual os gametas se unem.<br />
( ) Fase durante a qual um grupo de células envolve uma<br />
pequena cavidade central.<br />
( ) Fase na qual se origina o intestino primitivo.<br />
Assinale a seqüência correta:<br />
I. A letra D representa a endoderme.<br />
II. Os pulmões originam-se a partir do folheto C.<br />
III. A estrutura indicada por B dá origem ao cérebro.<br />
IV. O coração forma-se a partir do folheto indicado pela<br />
letra A.<br />
V. Alterações no folheto D não podem afetar as glândulas<br />
do tubo digestivo.<br />
(A) 5 – 4 – 1 – 3 – 2<br />
(B) 1 – 2 – 3 – 4 – 5<br />
(C) 5 – 4 – 1 – 2 – 3<br />
(D) 3 – 4 – 1 – 2 – 5<br />
(E) 5 – 1 – 4 – 3 – 2<br />
171
101. (Ufal) No quadro a seguir, faz-se uma sumária<br />
descrição de características observadas em quatro<br />
preparações microscópicas mostradas em uma aula de<br />
histologia animal. As lâminas 1, 2, 3 e 4 correspondem a<br />
quatro diferentes tecidos.<br />
Lâmina 1<br />
Lâmina 2<br />
Células justapostas, com pouca<br />
substância<br />
intercelular,<br />
observando-se projeções da<br />
membrana plasmática, em forma de<br />
dedos de luva.<br />
Células com diferentes formas,<br />
imersas em grande quantidade de<br />
substância<br />
intercelular,<br />
destacando-se células alongadas,<br />
com núcleo oval e grande, e células<br />
grandes e de contornos irregulares.<br />
Lâmina 3 Células fusiformes, onde são<br />
observados vários núcleos dispostos<br />
na periferia, observando-se estrias<br />
longitudinais e transversais.<br />
Lâmina 4<br />
Células grandes que apresentam um<br />
corpo celular de onde partem<br />
prolongamentos; substância<br />
intercelular praticamente<br />
inexistente.<br />
O tecido presente em nosso nariz está<br />
REPRESENTADO em<br />
(a) 1 (epitélio de revestimento simples cúbico), que<br />
apresenta a superfície lisa permitindo a passagem do ar.<br />
(b) 5 (epitélio de revestimento simples prismático), que<br />
apresenta cílios dificultando, assim, a entrada de bactérias<br />
e poeira.<br />
(c) 2 (epitélio de revestimento estratificado de transição),<br />
que varia de forma conforme o órgão esteja vazio ou<br />
cheio.<br />
(d) 3 (epitélio de revestimento simples plano), que é<br />
formado por apenas uma camada de células finas<br />
melhorando a capacidade respiratória.<br />
(e) 6 (epitélio de revestimento pseudo-estratificado), que<br />
possui glândulas de mucosa unicelulares capazes de<br />
aglutinar partículas estranhas.<br />
103. A figura a seguir representa algumas estruturas<br />
corporais do homem, numeradas de 1 a 3.<br />
Esses tecidos são, respectivamente:<br />
(a) muscular cardíaco, cartilaginoso, nervoso e muscular.<br />
(b) nervoso, muscular, conjuntivo e epitelial.<br />
(c) epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.<br />
(d) conjuntivo reticular, cartilaginoso, nervoso e<br />
muscular.<br />
(e) epitelial, cartilaginoso, nervoso e muscular cardíaco.<br />
102. Os epitélios são formados por células justapostas,<br />
firmes e unidas entre si, apresentando pouca substância<br />
entre elas como mostra figura a seguir.<br />
Com relação a essas estruturas e aos tecidos nelas<br />
encontrados, é INCORRETO afirmar que<br />
(a) 1 possui células especializadas em condução de<br />
impulsos elétricos.<br />
(b) 2 depende do funcionamento de 1 e atua sobre 3<br />
(c) 3 armazena um íon cuja deficiência provoca distúrbios<br />
em 1 e 2.<br />
(d) 1 apresenta células de Schwann na constituição de seu<br />
tecido.<br />
(e) 3 é mineralizado e incapaz de regeneração.<br />
Fonte: aafronio.vilabol.uol.com.br/epit.html (10/11/09)<br />
104. Os diferentes tipos de tecido conjuntivo estão<br />
amplamente distribuídos pelo corpo, podendo<br />
desempenhar funções de preenchimento, sustentação,<br />
defesa e nutrição.<br />
172
Respostas: 98 – e; 99 – b; 100 – a; 101 – c; 102 –e; 103 –<br />
e; 104 – a; 105 – e.<br />
CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA<br />
A classificação CORRETA dos tecidos conjuntivos<br />
apresentados na figura é<br />
(a) 1- adiposo, 2- sangue / linfa e 4- denso.<br />
(b) 6- ósseo, 5- denso e 3- cartilaginoso.<br />
(c) 5- denso, 4- frouxo e 1- cartilaginoso.<br />
(d) 5- frouxo, 3- adiposo e 2- sangue / linfa.<br />
(e) 6- ósseo, 4- muscular e 3- sangue / linfa.<br />
106. (FUCMT-MS) Em 1877, Cobbold descreveu o<br />
parasita agente da filariose de Bancrofti sob o nome de<br />
Filaria bancrofti. Em 1921, Seurat transferiu essa espécie<br />
para o gênero Wuchereria, criado por Silva Araújo, em<br />
1877. Em face dessa modificação, qual das notações<br />
taxionômicas é a correta?<br />
(a) Filaria bancrofti: Seurat, 1921<br />
(b) Wuchereria bancrofti (Cobbold, 1877) Seurat, 1921<br />
(c) Wuchereria bancrofti Cobbold, 1921<br />
(d) Wuchereria (Filaria) bancrofti (Cobbold, 1877)<br />
(e) Filaria (Wuchereria) bancrofti, 1921, Seurat, 1877,<br />
Cobbold<br />
105. O gráfico a seguir mostra a variação do potencial da<br />
membrana do neurônio quando estimulado.<br />
O potencial de ação para um determinado neurônio:<br />
(a) varia de acordo com a intensidade do estímulo, isto é,<br />
para intensidades pequenas temos potenciais pequenos e<br />
para maiores, potenciais maiores.<br />
(b) diminui, porque a intensidade do estímulo não pode ir<br />
além de 1,5 m/s após a excitação do neurônio e<br />
despolarização da membrana.<br />
(c) varia de acordo com a aceleração da intensidade de<br />
propagação dos impulsos nervosos causados pela bainha<br />
de mielina.<br />
(d) aumenta na razão inversa da intensidade do estímulo<br />
provocando uma onda de despolarização e repolarização<br />
no neurônio.<br />
(e) é sempre o mesmo, qualquer que seja o estímulo, por<br />
originar sempre um impulso nervoso que inverte as cargas<br />
elétricas.<br />
107. Lineu batizou o elefante asiático, em 1754, como<br />
Elephas indicus. Posteriormente, na 10ª edição do<br />
Svstema Naturae, em 1758, denominou o mesmo elefante<br />
de Elephas maximus. O nome Elephas maximus L., 1758:<br />
(a) não deve ser usado em lugar de Elephas indicus L.,<br />
1754, porque isto contraria a Lei da Prioridade das Regras<br />
Internacionais de Nomenclatura Zoológica.<br />
(b) não deve ser usado porque é impróprio, uma vez que<br />
há na África uma outra espécie de elefante ainda maior.<br />
(c) é válido para a espécie em questão, uma vez que nas<br />
Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica só são<br />
aceitos os nomes científicos publicados a partir de 1758.<br />
(d) deve ser aceito porque a autor de uma espécie tem<br />
inteira liberdade para substituir o nome especifico quando<br />
achar necessário.<br />
(e) é tão aceitável como Elephas indicus L., 1754, pois as<br />
duas denominações são do mesmo autor.<br />
108. (UFPA) Quando dois organismos pertencem a uma<br />
mesma classe, obrigatoriamente devem pertencer à(ao)<br />
mesma(o):<br />
(a) Ordem<br />
(b) Família<br />
(c) Espécie<br />
(d) gênero<br />
(e) filo<br />
173
109. (UCSAL) A disseminação do vírus da aids começou<br />
há cerca de 100 anos, no antigo Congo Belga, hoje<br />
República Democrática do Congo, na África. Essa<br />
descoberta sobre o HIV está relatada na última edição da<br />
revista científica Nature, em artigo assinado<br />
por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos<br />
Estados Unidos. Eles conseguiram determinar quando e<br />
de onde partiu o vírus por meio da comparação genética<br />
das duas amostras mais antigas de HIV existentes. Hoje,<br />
calcula-se que existam mais de 40 milhões de pessoas<br />
contaminadas no mundo.<br />
(Revista Veja, 08/10/2008)<br />
Sobre o vírus da Imunodeficiência Humana, HIV, é<br />
correto afirmar que<br />
agentes causais. Identifique aquelas que são sexualmente<br />
transmissíveis.<br />
Doença Agente causal<br />
(gênero)<br />
1) Blenorragia Bactéria (Neisseria)<br />
2) Botulismo Bactéria (Clostridium)<br />
3) Sífilis Bactéria (Treponema)<br />
4) Toxoplasmose Esporozoário<br />
(Toxoplasma)<br />
5) Tricomoníase Protista (Trichomonas)<br />
(A) é um retrovírus, formado por DNA, capaz de assumir<br />
o controle dos linfócitos invadidos por ação da enzima<br />
DNA polimerase.<br />
(B) é um retrovírus, formado por RNA, que assume o<br />
controle dos macrófagos invadidos pela ação da enzima<br />
RNA polimerase.<br />
(C) é um retrovírus, formado por RNA, que se liga a<br />
receptores proteicos da membrana plasmática dos<br />
linfócitos invadidos, assumindo o controle pela ação da<br />
enzima transcriptase reversa.<br />
(D) é um RNA vírus, que utiliza como molde o DNA da<br />
célula invadida para a construção do RNA viral híbrido<br />
pela ação da transcriptase reversa.<br />
(E) é um DNA vírus, que atua impedindo a proliferação<br />
dos macrófagos invadidos por ação das enzimas DNA e<br />
RNA polimerase, e proteases.<br />
110. (UFPB) O uso indiscriminado de antibióticos tem<br />
como consequência o aparecimento de superbactérias<br />
patogênicas, capazes de resistir a uma grande quantidade<br />
de antibióticos. As estruturas das células bacterianas,<br />
envolvidas nessa resistência a antibióticos, são os (as)<br />
(A) paredes celulares.<br />
(B) membranas celulares.<br />
(C) flagelos.<br />
(D) plasmídeos.<br />
(E) mesossomos.<br />
111. (UFPE)Diversas doenças podem afetar o ser<br />
humano e algumas podem trazer sérios<br />
comprometimentos ao sistema genital, afetar a fertilidade<br />
ou a saúde geral do homem ou da mulher. No quadro<br />
abaixo, são apresentadas doenças com seus respectivos<br />
Estão corretas apenas:<br />
(A) 1, 3 e 5.<br />
(B) 2 e 4.<br />
(C) 3, 4 e 5.<br />
(D) 1, 2, 3 e 4.<br />
(E) 1, 2 e 5.<br />
112. (UFPE) Muitas doenças que incidem ou reincidem<br />
em diferentes áreas do território nacional, são causadas<br />
por protozoários parasitas do homem, cujos cistos são<br />
eliminados com as fezes de pessoas ou de animais<br />
parasitados e podem contaminar a água ou os alimentos<br />
que o homem sadio ingerirá. Isso sinaliza para um rígido<br />
controle higiênico que deve ser adotado pelo poder<br />
público e por toda a sociedade. Assinale a alternativa que<br />
indica três doenças causadas da forma descrita.<br />
(A) Malária, tricomoníase e úlcera de Bauru.<br />
(B) Amebíase, giardíase e toxoplasmose.<br />
(C) Filariose, malária e tricomoníase.<br />
(D) Toxoplasmose, doença do sono e leishmaniose.<br />
(E) Amebíase, tricomoníase e doença de Chagas.<br />
113. (UFRN)Uma das formas de controle da doença de<br />
Chagas é a fiscalização nos bancos de sangue. Isso é<br />
importante porque o parasito Trypanosoma cruzi,<br />
causador da doença, apresenta<br />
(A) desenvolvimento, como procarionte, no plasma.<br />
(B) reprodução assexuada no interior das hemácias.<br />
174
(C) uma certa seletividade para os glóbulos brancos.<br />
(D) uma fase sanguínea, como protozoário flagelado.<br />
114. (UPE)No reino Protista, todos os organismos são<br />
___1___. As algas protistas são ___2___ classificadas de<br />
acordo com ___3____. Os protozoários, em relação à<br />
nutrição, são todos ____4____, obtendo o alimento do<br />
meio por ___5___ou absorção. A seguir, assinale a<br />
alternativa que contém as palavras que preenchem<br />
corretamente as lacunas do texto.<br />
(A) 1-procariontes; 2-fotossintetizantes; 3-sua coloração;<br />
4-parasitas; 5-fagocitose.<br />
(B) 1-unicelulares; 2-quimiossintetizantes; 3-sua<br />
morfologia; 4-parasitas; 5-ingestão.<br />
(C) 1-procariontes; 2-unicelulares; 3-seus pigmentos;<br />
4-autótrofos; 5-quimiossíntese.<br />
(D) 1-eucariontes; 2-unicelulares; 3-sua morfologia;<br />
4-quimiossintetizantes; 5-fagocitose.<br />
(E) 1-eucariontes; 2-fotossintetizantes; 3-seus pigmentos;<br />
4-heterótrofos; 5-ingestão.<br />
(B) Digestão intracorpórea nas extremidades das hifas<br />
que compõem o micélio.<br />
(C) Digestão extracorpórea e absorção celular de matéria<br />
orgânica digerida, principalmente no ápice das hifas, ou<br />
em regiões próximas ao ápice.<br />
(D) Endocitose de moléculas orgânicas e posterior<br />
digestão intracelular.<br />
117. (UFPB) Em um experimento, células de levedura<br />
foram cultivadas em meio de cultura cuja única fonte de<br />
carbono fornecida foi a sacarose.<br />
Considerando essa condição e o fato de a sacarose não<br />
atravessar a membrana citoplasmática das células de<br />
levedura, é correto afirmar que esses organismos podem<br />
se desenvolver em tal meio, porque<br />
(A) são quimiolitoautotróficas.<br />
(B) realizam inicialmente a digestão extracelular da<br />
sacarose.<br />
(C) são unicelulares eucariontes.<br />
(D) realizam respiração celular aeróbica e acumulam<br />
glicogênio como reserva energética.<br />
(E) possuem parede celular de quitina.<br />
115. (UECE)Os cogumelos são estruturas importantes<br />
para a reprodução de determinados tipos de fungos e<br />
apresentam uma morfologia muito particular que permite<br />
a sua identificação taxonômica. O Shimeji é um dos<br />
cogumelos mais difundidos no mundo. Assim como o<br />
Shiitake (Lentinula edodes), o Shimeji (Pleorotus) é<br />
muito consumido na Ásia, principalmente na China,<br />
sendo também muito utilizado na preparação de pratos<br />
japoneses. Já o Cogumelo do Sol (Agaricus blazei) vem<br />
sendo muito consumido por suas propriedades<br />
medicinais. As espécies mencionadas no texto pertencem<br />
ao Filo<br />
(A) Chytridiomycota.<br />
(B) Zygomycota.<br />
(C) Ascomycota.<br />
(D) Basiomycota.<br />
116. (UECE)Os fungos compreendem espécies de<br />
dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas<br />
também muitas formas microscópicas, representadas<br />
pelas leveduras. Independentemente de sua morfologia,<br />
esses seres heterótrofos necessitam de alimentos para<br />
sobreviver. Indique, dentre os processos abaixo, a opção<br />
que esteja relacionada com a nutrição em fungos.<br />
(A) Síntese de matéria orgânica.<br />
REINO PLANTAE (METÁFITA)<br />
118. (Fuvest-SP) Ao longo da evolução das plantas, os<br />
gametas<br />
(A) tornaram-se cada vez mais isolados do meio externo<br />
e, assim, protegidos.<br />
(B) tornaram-se cada vez mais expostos ao meio externo,<br />
o que favorece o sucesso da fecundação.<br />
(C) mantiveram-se morfologicamente iguais em todos os<br />
grupos.<br />
(D) permaneceram dependentes de água, para transporte e<br />
fecundação, em todos os grupos.<br />
(E) apareceram no mesmo grupo no qual também<br />
surgiram os tecidos vasculares como novidade evolutiva.<br />
119. (UFV) Analise as seguintes afirmativas sobre o<br />
ciclo reprodutivo de diferentes grupos de plantas:<br />
I. Os anterozoides são células flageladas produzidas pelas<br />
briófitas e pteridófitas, e requerem água livre para<br />
moverem-se até a oosfera.<br />
II. Uma característica comum entre as briófitas e as<br />
plantas vasculares é a retenção do zigoto e do esporófito<br />
jovem no interior do gametófito feminino.<br />
175
III. Nas plantas vasculares, o esporófito haploide é a fase<br />
predominante no ciclo de vida, e produz grande<br />
quantidade de esporos diploides.<br />
Está CORRETO o que se afirma apenas em:<br />
(A) I e II.<br />
(B) II e III.<br />
(C) I e III.<br />
(D) II.<br />
120. (Unifesp) No ciclo de vida de uma samambaia há<br />
duas fases,<br />
(A) ambas multicelulares: o esporófito haploide e o<br />
gametófito diploide.<br />
(B) ambas multicelulares: o esporófito diploide e o<br />
gametófito haploide.<br />
(C) ambas unicelulares: o esporófito diploide e o<br />
gametófito haploide.<br />
(D) o esporófito multicelular diploide e o gametófito<br />
unicelular haploide.<br />
(E) o esporófito unicelular haploide e o gametófito<br />
multicelular diploide.<br />
122. Com base na análise do cladograma considere as<br />
afirmativas seguintes:<br />
I. O caráter representado pela letra B corresponde à<br />
semente e pela letra C a flores e frutos.<br />
II. Nos grupos abaixo do caráter representado pela letra C<br />
não ocorrem sementes.<br />
III. Todos os grupos acima do caráter representado pela<br />
letra A apresentam vasos condutores de seiva.<br />
IV. O caráter representado pela letra C aparece<br />
exclusivamente em angiospermas.<br />
V. Nos grupos abaixo do caráter representado pela letra B,<br />
a reprodução ocorre independente da água.<br />
Estão corretas as alternativas:<br />
121. (UFT) A classificação dos seres vivos baseia-se em<br />
princípios evolutivos, sendo que os grupos de organismos<br />
que descendem de um ancestral comum exclusivo são<br />
chamados de grupos naturais. As relações entre os grupos<br />
de seres vivos podem ser representadas através de<br />
diagramas denominados cladogramas (clado = ramo). O<br />
cladograma a seguir resume os principais passos da<br />
evolução das plantas, considerando-se o conhecimento<br />
atual.<br />
(A) I, III e IV<br />
(B) I, II, III e V<br />
(C) I, II e III<br />
(D) II, III, IV e V<br />
123. (Fuvest-SP)A presença ou a ausência da estrutura da<br />
planta em numa gramínea, um pinheiro e uma samambaia<br />
está corretamente indicada em:<br />
Estrutu<br />
ra<br />
Gramín<br />
ea<br />
Pinheiro<br />
Samamba<br />
ia<br />
a Flor ausente presente ausente<br />
b Fruto ausente ausente ausente<br />
c Caule ausente presente presente<br />
176
d Raiz presente presente ausente<br />
e Semente presente presente<br />
ausente<br />
124. (UEM)As laranjeiras são plantas que apresentam as<br />
sementes envolvidas por frutos. Ao redor das flores<br />
completas, notam-se abelhas em busca de néctar e de<br />
pólen. Com base nessas informações, assinale a<br />
alternativa incorreta.<br />
(A) As laranjeiras pertencem ao grupo das Angiospermas.<br />
(B) As flores apresentam as sépalas, as pétalas, o<br />
androceu e o gineceu.<br />
(C) Os frutos e as sementes são formados após a<br />
polinização, que pode ser realizada pelas abelhas.<br />
(D) As sementes são formadas a partir dos óvulos<br />
fecundados e os frutos se desenvolvem a partir dos<br />
ovários.<br />
(E) As informações do enunciado são válidas para todos<br />
os grupos de plantas que produzem sementes.<br />
125. (UESB)Planta originária da Região Amazônica, o<br />
cacaueiro — Theobroma cacao — espécie nativa dessa<br />
região, é uma pequena árvore perene, com folhas<br />
alongadas e flores coloridas que, agrupadas, surgem do<br />
caule, com periodo de florescimento de dezembro a abril.<br />
(D) o armazenamento das reservas da semente em<br />
cotilédones caracteriza um exemplar do grupo das<br />
briófitas.<br />
(E) a produção de sementes com reserva em endosperma<br />
oleaginoso é uma exclusividade de gimnospermas.<br />
126. (PUC-SP) O tubo polínico transporta duas células<br />
espermáticas até o ovário e uma delas fecunda a oosfera,<br />
dando origem ao zigoto, enquanto a outra une-se com<br />
duas células presentes no óvulo, originando uma célula<br />
triplóide. Considere as seguintes plantas:<br />
I. Oliveira<br />
II. Pinheiro<br />
III. Parreira<br />
IV. Cajueiro<br />
Das plantas citadas, apresentam relação com texto:<br />
(a) Apenas I e II.<br />
(b) Apenas II e III.<br />
(c) Apenas I e IV.<br />
(d) Apenas I, III e IV.<br />
(e) I, II, III e IV.<br />
127. O esquema abaixo se refere ao ciclo evolutivo de<br />
uma planta terrestre:<br />
A figura ilustra o fruto de Thebroma cacao.<br />
A análise do texto e a representação permitem a<br />
identificação da planta, porque<br />
Analise as afirmativas abaixo:<br />
(A) a presença de sementes é uma característica, em si<br />
mesma, suficiente para classificá-la como gimnosperma.<br />
(B) a formação do fruto resultante do desenvolvimento da<br />
parede do ovário é uma peculiaridade que pode<br />
identificá-la como planta angiospérmica.<br />
(C) o porte médio da planta é uma evidência muito clara<br />
de que é uma espécie pteridófita.<br />
I. Este ciclo é de uma briófita, como o musgo;<br />
II. Este ciclo corresponde à alternância de gerações em<br />
uma pteridófita;<br />
III. Observa-se que esta planta é independente da água<br />
para a reprodução;<br />
IV. Observa-se que a fase esporofítica, nesta planta, é<br />
duradoura.<br />
177
(a) Apenas I e IV são corretas.<br />
(b) Apenas I e II são corretas.<br />
(c) Apenas I e III são corretas.<br />
(d) Apenas II e III são corretas.<br />
(e) Apenas II e IV são corretas.<br />
(c) A dispersão da espécie por sementes caracteriza o<br />
grupo das criptógamas.<br />
(d) Nas Angiospermas e Gimnospermas, observam-se os<br />
gametófitos reduzidos.<br />
(e) Nas Pteridófitas e Briófitas, observam-se as fases<br />
gametofítica e esporofítica duradouras, respectivamente.<br />
128. Observe o ciclo reprodutivo de uma planta:<br />
130. (UFV-MG) Em algumas regiões das plantas, a uma<br />
determinado tecido formado por células indiferenciadas<br />
que estão em constante divisão, originando outros tecidos.<br />
O texto acima se refere ao tecido:<br />
(a) Condutor<br />
(b) de revestimento<br />
(c) de reserva<br />
(d) Meristemático<br />
(e) Secretor<br />
Pode-se dizer que:<br />
(a) As características apresentadas pertencem a uma<br />
planta cuja reprodução é dependente da água.<br />
(b) Esta planta produz frutos, chamados estróbilos, que<br />
protegem a semente.<br />
(c) Embora apresente pequeno porte, é avascularizada e<br />
independente da água para a reprodução.<br />
(d) Pertence a um grupo que conquistou definitivamente<br />
o ambiente terrestre, pois apresenta tubo polínico que<br />
possibilita a fecundação e, em seguida, ocorre a formação<br />
da semente.<br />
(e) Pertence ao grupo das angiospermas, pois observa-se<br />
que houve apenas a formação da semente.<br />
131. (UECE) O fenômeno da desdiferenciação celular<br />
consiste na reaquisição da capacidade de células adultas,<br />
já diferenciadas, voltarem ao estado embrionário. Isto<br />
ocorre na(s) seguinte(s) região(ões) meristemática(s) dos<br />
vegetais:<br />
(a) Procâmbio, originando o lenho e o súber.<br />
(b) Protoderme, originando a epiderme dos vegetais.<br />
(c) Câmbio e felogênio que constituem os meristemas<br />
secundários dos vegetais.<br />
(d) Meristema fundamental produzindo os tecidos<br />
responsáveis pela fotossíntese, sustentação,<br />
armazenamento de substância dentre outros.<br />
(e) Parênquimas, paliçádico e lacunoso.<br />
129. Analise o esquema evolutivo das plantas:<br />
Com base no esquema e nos seus conhecimentos sobre<br />
plantas, assinale a proposição correta:<br />
(a) A fase gametofítica vai ficando cada vez mais<br />
duradoura à medida que as plantas ficam mais evoluídas.<br />
(b) O aumento do porte físico das plantas segue a<br />
tendência à haploidia.<br />
132. (UFRJ) Em pesquisas desenvolvidas com eucalipto,<br />
constatou-se que a partir das gemas de um único ramo<br />
podem-se gerar cerca de 200.000 novas plantas, em<br />
aproximadamente 200 dias, enquanto os métodos<br />
tradicionais permitem a obtenção de apenas cerca de 100<br />
mudas a partir de um mesmo ramo. A cultura de tecido é<br />
feita a partir de:<br />
(a) Células meristemáticas.<br />
(b) Células da epiderme.<br />
(c) Células do súber.<br />
(d) Células do esclerênquima.<br />
(e) Células do lenho.<br />
178
133. (UFMS) Analise as seguintes afirmativas sobre as<br />
Angiospermas e indique a proposição correta.<br />
I. A periderme, presente em raízes e caules, apresenta três<br />
camadas: súber, felogênio e feloderma;<br />
II. O colênquima é formado por células mortas<br />
impregnadas pela suberina;<br />
III. O parênquima aqüífero encontrado em plantas<br />
aquáticas armazena água;<br />
IV. O parênquima clorofiliano foliar pode ser de dois<br />
tipos: o paliçádico e o lacunoso.<br />
(a) Apenas II e III são corretas.<br />
(b) Apenas I é correta.<br />
(c) Apenas III é correta.<br />
(d) Apenas I e IV são corretas.<br />
(e) I, II, III e IV são corretas.<br />
(d) Um picadinho de cenoura.<br />
(e) Uma sopa de batata.<br />
137. (UEL-PR) A banana não tem sementes porque na<br />
realidade:<br />
(a) É um pseudofruto, ou seja, não é um fruto verdadeiro.<br />
(b) É um fruto múltiplo, que não foi polinizado.<br />
(c) É um fruto carnoso, partenocárpico.<br />
(d) É um fruto do tipo seco.<br />
(e) A banana não é um fruto.<br />
138. (PUC-PR) A figura representa uma folha em corte<br />
transversal. A função específica dos tecidos vegetais<br />
indicados é, respectivamente, de:<br />
134. (Cefet-MG) Os tecidos vegetais diferenciam-se por<br />
serem formados de células mortas ou vivas. A proposição<br />
que contém apenas tecidos vegetais não vivos é:<br />
(a) Colênquima, esclerênquima e felogênio.<br />
(b) Feloderme, colênquima e meristema.<br />
(c) Esclerênquima, súber e xilema.<br />
(d) Felogênio, xilema e floema.<br />
(e) Xilema, floema e súber.<br />
135. (UCDB-MT) Apresentam função de fixação:<br />
(a) Espinhos<br />
(b) Acúleos<br />
(c) Gavinhas<br />
(d) Espículas<br />
(e) Coifa<br />
136. (UFV-MG) Entusiasmado com as aulas de Botânica<br />
no colégio, um estudante pediu à sua mãe que lhe<br />
preparasse um lanche especial, uma vez que ele gostaria<br />
de se alimentar apenas de ovários fecundados e<br />
hipertrofiados pela ação de fito-hormônios. Dentre as<br />
proposições abaixo, indique aquela que poderia entrar no<br />
cardápio daquele lanche:<br />
(a) Uma vitamina de abacate.<br />
(b) Uma salada de alface.<br />
(c) Uma porção de palmito.<br />
139. (PUC-RS) Os tropismos observados em plantas<br />
superiores são crescimentos induzidos por hormônios<br />
vegetais e direcionados por influências do ambiente. A<br />
curvatura do caule em direção à luz e da raiz em direção<br />
ao solo são exemplos típicos de fototropismo e<br />
geotropismo positivos, repectivamente. Tais movimentos<br />
ocorrem em decorrência da concentração diferencial de<br />
fitormônios como a ....................... nas diferentes<br />
estruturas da planta. Altas taxas deste fitormônio, por<br />
exemplo, ......................... o crescimento celular, o qual<br />
..................... a curvatura do caule em direção à luz.<br />
179
(A) citocina promovem induz<br />
(B) auxina induzem provoca<br />
(C) giberilina inibem impede<br />
(D) auxina bloqueiam inibe<br />
(E) citocina impedem bloqueia<br />
alguns dos principais filos de animais, com base em seu<br />
desenvolvimento embrionário.<br />
140. (MACK-SP)<br />
I – É produzido principalmente no meristema apical da<br />
raiz.<br />
II – O seu principal efeito é promover o crescimento das<br />
raízes e caules.<br />
III – Inibe o desenvolvimento das gemas laterais.<br />
IV – Estimula o crescimento e amadurecimento dos<br />
frutos.<br />
Os caracteres a que correspondem, respectivamente, os<br />
nós a, b e c são:<br />
Das afirmações acima, a respeito do hormônio<br />
vegetal auxina, são verdadeiras:<br />
(A) I, II, III e IV.<br />
(B) apenas I, III e IV.<br />
(C) apenas III e IV.<br />
(D) apenas I, II e III.<br />
(E) apenas II, III e IV.<br />
141. (UFES) Dentre os fitormônios conhecidos, o etileno<br />
é um dos principais responsáveis pelo amadurecimento<br />
dos frutos. Para evitar que os frutos amadureçam durante<br />
o transporte, um produtor que queira exportar mamões<br />
para outro Estado deve:<br />
(A) utilizar carros frigoríficos com baixas temperaturas e<br />
altas taxas de CO2.<br />
(B) armazenar os frutos em temperaturas elevadas e com<br />
altas taxas de O2.<br />
(C) diminuir a concentração de CO2 no interior dos<br />
carros frigoríficos.<br />
(D) manter os veículos de transporte em temperatura<br />
ambiente.<br />
(E) colocar alguns frutos já maduros entre os outros ainda<br />
verdes.<br />
REINO ANIMALLIA (METAZOA)<br />
(A) Organização triblástica, simetria radial e presence de<br />
celoma.<br />
(B) Presença de celoma, organização triblástica e ânus<br />
originado do blastóporo.<br />
(C) Simetrial bilateral, organização diblástica e boca<br />
originada do blastóporo.<br />
(D) Simetria bilateral, boca originada do blastóporo e<br />
organização triblástica.<br />
(E) Presença de tecidos diferenciados, organização<br />
triblástica e ânus originado do blastóporo.<br />
143. (UFAL) Animais que não possuem cavidade<br />
digestiva, sendo sua digestão exclusivamente intracelular,<br />
são os:<br />
(A) Equinodermos<br />
(B) Celenterados<br />
(C) Anelídeos<br />
(D) Platelmintos<br />
(E) Poríferos<br />
144. (UFMG) Rede nervosa e gânglios nervosos<br />
constituem dois tipos primitivos de sistema nervoso<br />
encontrados, respectivamente, em:<br />
142. (UFRGS) O cladograma abaixo é uma<br />
representação simplificada das relações filogenéticas de<br />
(A) Poríferos e Anelídeos<br />
(B) Celenterados e Platelmintos<br />
180
(C) Anelídeos e Celenterados<br />
(D) Protozoários e Insetos<br />
145. (UFMG) Sistema circulatório fechado, respiração<br />
cutânea e excreção por nefrídios são características<br />
encontradas em:<br />
(A) Cnidários<br />
(B) Artrópodes<br />
(C) Anelídeos<br />
(D) Moluscos<br />
(E) Equinodermos<br />
146. (PUCCamp-SP)Em um remanso de riacho foi<br />
encontrado um conjunto de embriões de anfíbios, todos na<br />
fase de gástrula. Um corante vital, incapaz de passar de<br />
uma célula para as vizinhas, foi injetado junto aos limites<br />
do blastóporo. Supondo-se que o corante permaneça sem<br />
modificações até após a metamorfose, espera-se que os<br />
animais jovens o apresentarão na região<br />
(A) da boca.<br />
(B) da cloaca.<br />
(C) do coração.<br />
(D) dos olhos.<br />
(E) do estômago.<br />
147. (UECE-mod.) A figura a seguinte representa alguns<br />
estágios em ordem do desenvolvimento embrionário de<br />
um cordado:<br />
(C) a blástula, estágio VI, é delimitada por uma camada<br />
de células e interior preenchido por células maiores.<br />
(D) o estágio seguinte ao estágio VI é denominado de<br />
gástrula, que apresentará folhetos embrionários,<br />
arquêntero e o blastóporo.<br />
148. (UFRN) A notocorda é um cordão de tecido<br />
conjuntivo que representa a primeira estrutura de<br />
sustentação do corpo de um cordado, podendo persistir,<br />
alterar-se ou desaparecer nos adultos. Pode-se afirmar que<br />
a notocorda, nos vertebrados:<br />
(a) Encontra-se apenas na fase adulta.<br />
(b) É substituída pelo progressivo aparecimento da<br />
coluna vertebral.<br />
(c) Existe concomitantemente com a coluna vertebral.<br />
(d) Persiste por toda a vida.<br />
(e) Está presente nos embriões de alguns grupos.<br />
149. (UERJ) Muitos aspectos do desenvolvimento<br />
embrionário e das estruturas dos indivíduos adultos<br />
mostram a existência de semelhanças que evidenciam o<br />
processo evolutivo. A presença de fendas branquiais e de<br />
múltiplos arcos aórticos nos embriões de vários grupos<br />
animais são exemplos desse fato. O registro fóssil indica<br />
que os vertebrados de respiração branquial precederam os<br />
de respiração terrestre aérea. Dessa maneira, podemos<br />
dizer que a seqüência do aparecimento dos animais<br />
vertebrados, mais aceita pelos cientistas, foi:<br />
(a) anfíbios – peixes – aves – répteis<br />
(b) répteis – aves – peixes – anfíbios<br />
(c) peixes – anfíbios – répteis – aves<br />
(d) aves – répteis – anfíbios – peixes<br />
Em relação a esta figura, é INCORRETO afirmar que:<br />
(A) os estágios de I a III representam a sequência inicial<br />
de desenvolvimento embrionário.<br />
(B) até o estágio IV os blastômeros ficam unidos<br />
frouxamente e a partir daí estabelecem contato mais<br />
íntimo, formando a mórula (V).<br />
150. (Fatec-SP) Assinale a afirmação incorreta:<br />
(a) As aves são animais homeotermos, como os<br />
mamíferos.<br />
(b) As aves são os únicos animais providos de penas.<br />
(c) As aves são amniotas e algumas ordens apresentam<br />
pulmões do tipo alveolar como os dos mamíferos.<br />
(d) As aves apresentam circulação dupla e coração com<br />
quatro cavidades.<br />
(e) As aves não possuem bexiga urinaria e a excreção é<br />
rica em ácido úrico (uricotélicos).<br />
181
151. (UFMA) A maioria dos mamíferos é vivípara, sendo<br />
por isso designados eutérios (placentários). Entretanto,<br />
existem mamíferos cujo desenvolvimento embrionário é<br />
diferenciado. Dessa forma, não se classificam como<br />
eutérios, mas sim como metatérios ou marsupiais. São<br />
exemplos de animais metatérios:<br />
(a) Cavalo e boi.<br />
(b) Canguru e gambá.<br />
(c) Canguru e équidna.<br />
(d) Équidna e ornitorrinco<br />
(e) Gambá e ornitorrinco<br />
152. (UCDB-MT) Dadas as seguintes afirmações:<br />
I. O sangue que circula no coração dos peixes é arterial,<br />
rico em oxigênio<br />
II. No coração dos anfíbios, o sangue arterial mistura-se<br />
ao sangue venoso;<br />
III. Em mamíferos, o sangue arterial e o sangue venoso<br />
não se misturam no coração.<br />
É correto dizer que:<br />
(a) Somente II é verdadeira<br />
(b) Apenas I e III são verdadeira<br />
(c) Todas são verdadeiras<br />
(d) Apenas II e III são verdadeiras<br />
(e) Todas são falsas.<br />
153. (Consultec) Os mamíferos compartilham<br />
características morfofisiológicas que os distinguem dos<br />
demais vertebrados, entre as quais se destaca:<br />
(a) sistema neuroendócrino de regulação.<br />
(b) Corda dorsal na fase embrionária.<br />
(c) Sangue venoso totalmente separado do sangue arterial.<br />
(d) Mecanismo termorregulador por homeotermia.<br />
(e) Presença de estruturas derivadas da epiderme<br />
envolvidas na nutrição da prole (filhotes).<br />
154. (UESB) Leia o fragmento abaixo:<br />
“Durante os quase 4 bilhões de anos desde que a vida<br />
surgiu na Terra, a evolução produziu várias<br />
metamorfoses maravilhosas. Uma das mais espetaculares<br />
foi, com certeza, aquela que, a partir dos peixes com<br />
nadadeiras, originou as criaturas terrestres portadoras<br />
de membros e dedos. Hoje esse grupo, os tetrápodes,<br />
reúne desde pássaros e seus ancestrais dinossauros, até<br />
lagartos, anfíbios e mamíferos, incluindo a espécie<br />
humana. Alguns desses animais modificaram seus<br />
membros, ou os eliminaram, mas seu ancestral comum<br />
tinha dois membros anteriores e dois posteriores onde<br />
antes havia nadadeiras.<br />
Essa mudança foi crucial para a conquista da terra firme,<br />
mas não foi a única. A terra é um meio radicalmente<br />
diferente da água e, para conquistá-la, os tetrápodes<br />
desenvolveram novas maneiras de respirar, ouvir, lidar<br />
com a gravidade. Uma vez concluídas todas as<br />
importantes transformações, a terra estava pronta para<br />
ser explorada por esses animais.<br />
(Scientific American Brasil, p. 50, Ano 4, Nº 44, jan<br />
2006)<br />
Uma mudança crucial entre os tetrápodes terrestres e<br />
aquáticos, com relação à respiração foi:<br />
(01) a diminuição da utilização do oxigênio pelas células.<br />
(02) a manutenção de estruturas anatômicas adaptadas<br />
para a captação do O 2.<br />
(03) a independência de subprodutos liberados pela<br />
fotossíntese.<br />
(04) a ampliação da área vascularizada e úmida pelos<br />
pulmões para as trocas gasosas.<br />
(05) o aumento na concentração de hemoglobina no<br />
sangue dos tetrápodes aquáticos.<br />
155. O sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), também<br />
conhecido como sabiá amarelo ou de peito roxo,<br />
tornou-se em 2002 a ave-símbolo do Brasil (já era<br />
ave-símbolo do estado de São Paulo desde 22 de setembro<br />
de 1966) por sua imensa popularidade no país, citada por<br />
diversos poetas como o pássaro que canta na estação do<br />
amor ou seja, na primavera. Fonte:<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sabi%C3%A1-laranjeira<br />
Em época de reprodução, o elemento mineral requerido<br />
pelo Turdus rufiventris para garantir o sucesso do<br />
desenvolvimento externo de sua prole é o<br />
(a) sódio, para boa condução nervosa.<br />
(b) cromo, para a melhor quebra da glicose.<br />
(c) fósforo, para a formação dos ossos.<br />
(d) cálcio, para a formação dos ovos.<br />
(e) ferro, para a formação da hemoglobina.<br />
156. Cobras, em geral, ingerem uma grande quantidade<br />
de alimento, mas apenas de tempos em tempos. Gaviões,<br />
182
comparativamente, ingerem alimento em pequenas<br />
quantidades, porém diariamente e várias vezes ao dia.<br />
Conhecendo as principais características dos grupos a que<br />
esses animais pertencem, é possível AFIRMAR que isso<br />
ocorre porque<br />
(a) sendo ectotérmicas (pecilotérmicas), as cobras<br />
possuem um período de busca de alimento restrito aos<br />
horários mais quentes do dia e, por isso, ingerem tudo o<br />
que encontram. Já os gaviões, que são endotérmicos<br />
(homeotérmicos), são ativos tanto de dia quanto à noite.<br />
(b) a digestão nas cobras é mais lenta e isso fornece<br />
energia aos poucos para seu corpo. Nos gaviões, a<br />
necessidade de fornecimento maior e mais rápido de<br />
energia condicionou o comportamento de tomada mais<br />
frequente de alimento.<br />
(c) as escamas e placas epidérmicas do corpo das cobras<br />
dificultam sua locomoção rápida, o que influencia o<br />
comportamento de caça e tomada de alimento. Os<br />
gaviões, nesse sentido, são mais ágeis e eficientes, por<br />
isso caçam e comem mais.<br />
(d) os órgãos sensoriais das cobras são bem menos<br />
desenvolvidos que os dos gaviões. Por isso, ao<br />
conseguirem alimento, ingerem a maior quantidade<br />
possível como forma de otimizar o recurso energético.<br />
(e) as cobras, por ingerirem as presas inteiras, demoram<br />
mais tempo digerindo pêlos e penas. Os gaviões, por<br />
ingerirem as presas aos pedaços, já começam a digestão a<br />
partir do tecido muscular da presa.<br />
157. Os vertebrados são representados por grupos de<br />
animais com características anatômicas e fisiológicas<br />
semelhantes que, no entanto, também exibem outras<br />
próprias, relacionadas ao seu modo de vida.<br />
Em relação às adaptações e características dos<br />
vertebrados, assinale a alternativa INCORRETA.<br />
(a) Os répteis foram os primeiros animais a<br />
conquistarem o ambiente terrestre, a fecundação é, por<br />
esse motivo, interna.<br />
(b) As aves e os mamíferos são endotérmicos, ao passo<br />
que os peixes, os anfíbios e os répteis são ectotérmicos.<br />
(c) Os peixes ósseos que possuem bexiga natatória são<br />
capazes de alterar a densidade do corpo, o que lhes<br />
permite flutuar.<br />
(d) A pele nua dos anfíbios apresenta glândulas mucosas<br />
e atividade respiratória.<br />
(e) Os mamíferos apresentam glândulas sudoríparas na<br />
pele, que são particularmente numerosas nos animais de<br />
vida aquática.<br />
ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA<br />
Questões 157 a 160:<br />
O sistema digestório é composto de uma série de órgãos<br />
tubulares formando um único tubo que se estende desde a<br />
boca até o ânus. Alguns órgãos que compõem esse<br />
sistema estão evidenciados na figura a seguir.<br />
(Fonte: Disponível em:< http:// www.massgeneral.org.>)<br />
158. Considerando a figura, analise as alternativas abaixo<br />
e assinale a QUE REPRESENTA o órgão em que é<br />
produzida a enzima pepsina.<br />
(a) 1<br />
(b) 2<br />
(c) 3<br />
(d) 4<br />
(e) 5<br />
159. Considerando a figura, assinale a proposição que<br />
representa o órgão em que é produzida a bile.<br />
(a) 1<br />
(b) 2<br />
(c) 3<br />
(d) 4<br />
(e) 5<br />
160. Considerando a figura, assinale a proposição que<br />
representa o órgão onde ocorre a absorção dos alimentos<br />
após a digestão.<br />
(a) 1<br />
(b) 2<br />
(c) 3<br />
(d) 4<br />
(e) 5<br />
183
161. Considerando a figura, assinale a proposição que<br />
representa o órgão onde ocorre a reabsorção de água no<br />
bolo fecal.<br />
(a) 1<br />
(b) 2<br />
(c) 3<br />
(d) 4<br />
(e) 5<br />
(e) Levar a todas as células vivas do organismo os<br />
alimentos e nutrientes necessários à sua vida.<br />
164. A cirurgia conhecida como ponte de safena recebe<br />
esse nome por usar uma parte da veia safena da perna para<br />
desviar o sangue da aorta para as artérias coronárias.<br />
Analise o esquema.<br />
162. O Câncer de intestino é um dos mais freqüentes<br />
tumores do tubo digestivo, sendo que a cada ano cerca de<br />
160 mil novos casos são diagnosticados nos Estados<br />
Unidos e em torno de 57 mil desses pacientes morrem da<br />
doença. No Brasil, este tipo de câncer está em quarto lugar<br />
entre os tumores mais freqüentes do sexo masculino, atrás<br />
apenas do câncer de estômago, pulmão e próstata.<br />
Enquanto o câncer é muito raro nesse segmento mais fino<br />
(intestino delgado), é muito freqüente no intestino<br />
grosso. A doença começa sempre como uma lesão<br />
benigna que vai evoluindo lentamente até se transformar<br />
num tumor maligno. Nessa longa fase de benignidade, é<br />
possível retirar a lesão e com isso impedir sua<br />
degeneração e o aparecimento do câncer, daí a grande<br />
importância de sua prevenção.<br />
Fonte: http://www.reservaer.com.br/saude/cancerdeintestino.html<br />
Um paciente que por orientação médica retirou<br />
cirurgicamente o cólon transverso TERÁ dificuldades<br />
para<br />
(a) receber a secreção chamada bile produzida no fígado.<br />
(b) receber o suco pancreático fabricado no pâncreas.<br />
(c) secretar o suco intestinal ou entérico contendo<br />
enzimas.<br />
(d) absorver aminoácidos e glicídios, glicerol e ácidos<br />
graxos.<br />
(e) absorver água, sais minerais, certos nutrientes e<br />
vitaminas.<br />
163. Qual a função do aparelho circulatório?<br />
(a) Encarregado da função pela qual o organismo absorve<br />
e desprende gás carbônico.<br />
(b) Transformar as substâncias alimentares em produtos<br />
assimiláveis pela matéria viva.<br />
(c) Eliminação dos produtos do catabolismo celular.<br />
(d) É um conjunto de formações dependentes do sistema<br />
endócrino e que tem independência funcional.<br />
Fonte: http://portaldocoracao.uol.com.br<br />
Os números que representam as artérias envolvidas na<br />
cirurgia de ponte de safena SÃO,<br />
RESPECTIVAMENTE,<br />
(a) 05, 04 e 02.<br />
(b) 03 e 02.<br />
(c) 06 e 04.<br />
(d) 05, 01 e 03.<br />
(e) 06, 02 e 04<br />
165. Considere as afirmativas abaixo sobre a circulação<br />
humana.<br />
I. O retorno do sangue venoso ao coração é promovido<br />
pela ação de músculos esqueléticos e respiratórios, e pela<br />
presença de válvulas especializadas no interior das veias.<br />
II. O miocárdio é constituído por tecido muscular<br />
estriado cardíaco e sua fase de contração é denominada<br />
sístole.<br />
III. A artéria pulmonar transporta o sangue rico em<br />
oxigênio dos pulmões para o coração, ao passo que a veia<br />
pulmonar transporta o sangue rico em gás carbônico do<br />
coração para os pulmões.<br />
Assinale a alternativa que contém as afirmativas<br />
CORRETAS.<br />
(a) I e II.<br />
184
(b) I e III.<br />
(c) II e III.<br />
(d) I, II e III.<br />
(e) Todas estão incorretas.<br />
166. O sangue sofre menor transformação ao passar:<br />
(a) Pelos pulmões<br />
(b) Pelos rins<br />
(c) Pelo coração<br />
(d) Pelo intestino delgado<br />
(e) Pelo pâncreas<br />
(a) Cite os nomes das estruturas apontadas no<br />
esquema:______________________<br />
(b) Explique os mecanismos de inspiração e<br />
expiração.____________________ ...<br />
(c) Cite o nome do processo que ocorre na estrutura 5.<br />
___________________<br />
(d) Qual o nome das estruturas contidas em 1?<br />
____________________________<br />
169. (Fuvest-SP) Em algumas doenças humanas, o<br />
funcionamento dos rins fica comprometido. São<br />
consequências diretas do mau funcionamento dos rins:<br />
167. (UEM-PR) A voz emitida pelo ser humano tem sua<br />
origem nas vibrações de pregas vocais localizadas na<br />
laringe, que vibram quando o ar proveniente dos pulmões<br />
é forçado a passar pela fenda que existe entre elas.<br />
Com base nessa informação, assinale a<br />
alternativa correta.<br />
(A) Para deixar a voz mais grave, é preciso aumentar a<br />
tensão nas pregas vocais.<br />
(B) É possível controlar a frequência do som emitido<br />
modificando a tensão nas pregas vocais.<br />
(C) O som emitido depende somente do volume de ar<br />
proveniente dos pulmões.<br />
(D) A mudança de voz na adolescência é decorrente do<br />
aumento no número das pregas vocais.<br />
(E) O volume de ar inspirado define a diferença no timbre<br />
da voz masculina e feminina.<br />
168. Observe o esquema a seguir:<br />
(a) acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos no sangue<br />
e elevação da pressão arterial.<br />
(b) redução do nível de insulina e acúmulo de produtos<br />
nitrogenados tóxicos no sangue.<br />
(c) não produção de bile e enzimas hidrolíticas<br />
importantes na digestão das gorduras.<br />
(d) redução do nível de hormônio antidiurético e elevação<br />
do nível de glicose no sangue.<br />
(e) redução do nível de aldosterona, que regula a pressão<br />
osmótica do sangue.<br />
170. (UECE) As alergias são respostas do sistema<br />
imunológico a substâncias estranhas ao nosso organismo<br />
e os sintomas mais comuns das alergias são causados pela<br />
ação do exército de defesa do nosso corpo. Em casos mais<br />
graves pode ocorrer um processo denominado choque<br />
anafilático, que é uma reação alérgica intensa. Dentre os<br />
tipos celulares principalmente relacionados a esse tipo de<br />
reação estão<br />
(A) macrófagos e neutrófilos.<br />
(B) linfócitos e macrófagos.<br />
(C) mastócitos e eosinófilos.<br />
(D) leucócitos e plasmócitos.<br />
171. (PUC-RJ) Um indivíduo ao ingerir certa quantidade<br />
de bebida alcoólica geralmente apresenta uma<br />
necessidade maior de urinar. Este fato ocorre porque o<br />
álcool:<br />
(a) estimula a produção do hormônio ADH.<br />
185
(b) aumenta a eliminação de açúcar pela urina.<br />
(c) inibe a produção do hormônio ADH.<br />
(d) inibe o funcionamento do fígado.<br />
(e) estimula o funcionamento do pâncreas.<br />
(E) 2 - 1 - 3 - 5 – 4<br />
174. Glândula de grande importância na regulação geral,<br />
pois controla, direta ou indiretamente, outras glândulas,<br />
através de seus hormônios tróficos. A frase refere-se:<br />
172. (PUC-RJ) A água do mar contém,<br />
aproximadamente, três vezes mais sais que o nosso<br />
sangue. Nossos rins podem excretar uma solução salina<br />
de concentração intermediária entre a da água do mar e de<br />
nosso sangue. A ingestão de água do mar por um náufrago<br />
acarreta, entre outras coisas:<br />
(a) apenas desidratação dos tecidos.<br />
(b) apenas diminuição do volume sangüineo.<br />
(c) apenas aumento do volume sangüíneo.<br />
(d) desidratação dos tecidos e diminuição do volume<br />
sangüíneo.<br />
(e) desidratação dos tecidos e aumento do volume<br />
sangüíneo.<br />
173. (Unaerp-SP) Associe corretamente os hormônios<br />
abaixo com a ação principal de cada um:<br />
[1] Tiroxina<br />
[2] Insulina<br />
[3] Paratormônio<br />
[4] Ocitocina<br />
[5] Testosterona<br />
( ) remover o cálcio da matriz óssea levando-o<br />
ao plasma.<br />
( ) metabolismo geral do corpo e crescimento.<br />
( ) metabolismo do açúcar, nos mamíferos.<br />
( ) caracteres sexuais secundários masculinos.<br />
( ) estimular as contrações uterinas no parto.<br />
A seqüência correta da numeração de cima para baixo é:<br />
(A) 1 - 2 - 3 - 4 - 5<br />
(B) 3 - 1 - 2 - 5 - 4<br />
(C) 5 - 4 - 3 - 2 - 1<br />
(D) 3 - 1 - 4 - 5 - 2<br />
(A) à hipófise<br />
(B) à tireóide.<br />
(C) às supra-renais.<br />
(D) às paratireoides<br />
(E) ao pâncreas<br />
175. (MACK-SP) Assinal a alternativa que apresenta a<br />
associação correta.<br />
1 - cerebelo<br />
2 - bulbo<br />
3 - córtex cerebral<br />
4 - medula espinhal<br />
I - controle das funções respiratórias e equilíbrio térmico.<br />
II - envolvido(a) no arco reflexo.<br />
III - controle do equilíbrio.<br />
IV - responsável pelos sentidos como a visão, audição e<br />
atividade intelectual.<br />
(A) 1-I; 2-III; 3-IV; 4-II.<br />
(B) 1-IV; 2-III; 3-II; 4-I.<br />
(C) 1-II; 2-IV; 3-I; 4-III.<br />
(D) 1-III; 2-IV; 3-II; 4-I.<br />
(E) 1-III; 2-I; 3-IV; 4-II.<br />
176. O hormônio antidiurético (ADH) regula o teor de<br />
água do corpo humano, determinando aumento de<br />
reabsorção de água nos túbulos renais. Assim, quando o<br />
suprimento de água do corpo for excessivo, espera-se<br />
encontrar, no sangue:<br />
(A) nenhum ADH, o que leva ao máximo a reabsorção de<br />
água.<br />
(B) pouco ADH, o que aumenta a reabsorção de água.<br />
(C) pouco ADH, o que reduz a reabsorção de água.<br />
(D) muito ADH, o que reduz a reabsorção de água.<br />
186
(E) muito ADH, o que aumenta a reabsorção de água.<br />
177. (PUC-PR) Com relação ao sistema nervoso, pode-se<br />
afirmar:<br />
I. As meninges – a duramáter, a aracnóide e a piamáter –<br />
envolvem o encéfalo e a medula espinhal.<br />
II. A substância branca, no sistema nervoso central, é<br />
formada principalmente pelos corpos celulares dos<br />
neurônios, enquanto a substância cinzenta é formada<br />
principalmente pelos axônios.<br />
III. Do encéfalo partem 12 pares de nervos cranianos<br />
sensitivos, e da medula 31 pares de nervos mistos.<br />
IV. O sistema nervoso autônomo simpático e<br />
parassimpático inervam apenas órgãos do sistema<br />
digestório, do respiratório e do excretor.<br />
V. A sinapse ocorre entre dois axônios de neurônios<br />
distintos.<br />
Está ou estão corretas:<br />
(04) A base fisiológica da situação de stress se<br />
estabeleceu em resposta às ameaças a que o homem está<br />
submetido na atualidade.<br />
(08) As supra-renais são as glândulas que regulam o<br />
funcionamento de todo o sistema hormonal em<br />
mamíferos.<br />
(16) A dilatação da pupila, em momento de stress, ocorre<br />
como um reflexo voluntário, para ampliar as chances de<br />
defesa.<br />
(32) A resposta orgânica a fatores que geram stress está na<br />
dependência da ação coordenada<br />
de células nervosas.<br />
SOMA:________<br />
179. (Mackenzie-SP) As reações<br />
(HCO 3) — + H + → H 2CO 3 → H 2O + CO 2<br />
ocorrem:<br />
a) todas.<br />
b) apenas I.<br />
c) apenas I e II.<br />
d) apenas I, II e IV.<br />
e) apenas III, IV e V.<br />
a) nos capilares dos tecidos.<br />
b) nos capilares da circulação coronária.<br />
c) nos capilares dos pulmões.<br />
d) no ventrículo esquerdo.<br />
e) no átrio direito.<br />
178. (UFBA) O stress sempre existiu. Ele consiste em<br />
uma descarga hormonal que provoca a dilatação das<br />
pupilas, aumenta a freqüência cardíaca, eleva a pressão<br />
arterial, eriça os pêlos. Tudo com a finalidade de preparar<br />
o organismo para enfrentar uma situação fora do comum<br />
— em geral perigosa, como fugir de um animal feroz.<br />
Passada a situação-limite, o corpo volta para o seu estado<br />
normal. Quando o perigo não se afasta, o stress torna-se<br />
prejudicial.<br />
(Isto É, p. 49)<br />
A interpretação do texto e o conhecimento de bases<br />
fisiológicas ligadas ao stress permitem afirmar:<br />
(01) Os sintomas mais freqüentes do stress estão<br />
associados ao aumento na secreção de adrenalina.<br />
(02) O aumento da pressão arterial está relacionado ao<br />
estreitamento dos vasos sangüíneos em resposta à ação<br />
hormonal.<br />
187
REFERÊNCIAS:<br />
AMABIS & MARTHO. Fundamentos da <strong>Biologia</strong> Moderna. Editora Moderna: 2006.<br />
AMABIS & MARTHO. <strong>Biologia</strong> – Moderna Plus – Volumes 1, 2 e 3. Editora Moderna: 2009.<br />
CÉSAR & SEZAR. <strong>Biologia</strong>. Editora Saraiva: 2011.<br />
PAULINO, Wilson. <strong>Biologia</strong> – Projeto VOAZ. Editora Ática: 2012.<br />
LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. <strong>Biologia</strong> – Volume Único. Editora Ática: 2012.<br />
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190<br />
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