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Lusitano de Zurique

Edição de Julho/Agosto

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Proprieda<strong>de</strong> e administração:<br />

Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

Birmensdorferstrasse 48<br />

8004 Zürich<br />

Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXI | N.º: 207+208 | Julho/Agosto 2015 | Mensal | Gratuito<br />

Tel.: 044 241 52 60<br />

Fax: 044 241 53 59<br />

Web: www.cldz.ch<br />

E-mail: info@cldz.ch<br />

Estivemos presentes na “Begegnungsfest“ (Festa Cultural)<br />

organizada pelo fórum da Integração da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dietikon.<br />

Multiculturas<br />

“nós <strong>de</strong>vemos<br />

adaptar-nos<br />

ao país <strong>de</strong> acolhimento<br />

e a nossa<br />

cultura tem que ser<br />

respeitada!”<br />

página 06<br />

Direito<br />

Contratos <strong>de</strong><br />

arrendamento...<br />

- pág. 10<br />

Entrevista<br />

Sandra Fernan<strong>de</strong>s Alves<br />

e Nicolle Rodrigues...<br />

- pág. 15<br />

Memória<br />

Descolonização - Em Julho <strong>de</strong><br />

1974, já com Vasco Gonçalves<br />

como primeiro-ministro...- pág. 24


2 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Publicida<strong>de</strong><br />

Julho/Agosto 2015<br />

Edição anterior<br />

Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

Birmensdorferstr, 48<br />

8004 Zürich<br />

www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />

Consulado Geral <strong>de</strong> Portugal em <strong>Zurique</strong><br />

Zeltweg 13 - 8032 <strong>Zurique</strong><br />

Tel. Geral: 044 200 30 40<br />

Serviços <strong>de</strong> ensino: 044 200 30 55<br />

Serviços sociais: 044 261 33 32<br />

Abertura <strong>de</strong> segunda a sexta-feira das<br />

08:30 às 14:30 horas<br />

Bufete, reserva <strong>de</strong> refeições 077 403 72 55<br />

Cursos <strong>de</strong> alemão 076 332 08 34<br />

Direcção<br />

044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />

Futebol<br />

_________________________________<br />

InCentro<br />

incentro@cldz.ch<br />

Publicida<strong>de</strong><br />

076 379 67 27 / mribatejo@hotmail.com<br />

Rancho folclórico<br />

076 344 15 40 / rancho@cldz.ch<br />

Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />

Embaixada <strong>de</strong> Portugal<br />

Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />

Secção consular: 031 351 17 73<br />

Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />

Serviços <strong>de</strong> ensino: 031 352 73 49<br />

Serviços municipais <strong>de</strong> informação para<br />

imigrantes - <strong>Zurique</strong> (Welcome Desk)<br />

Stadthausquai 17 - Postfach 8022 <strong>Zurique</strong><br />

Tel.: 044 412 37 37<br />

Polícia 117<br />

Bombeiros 118<br />

Ambulância 144<br />

Intoxicações 145<br />

Rega 1414<br />

Missão Católica <strong>de</strong> Língua Portuguesa – ZH<br />

Katholische Mission <strong>de</strong>r Portugiesischsprechen<strong>de</strong>n<br />

Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />

Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />

Horário <strong>de</strong> atendimento:<br />

- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h<br />

Ver por favor<br />

a página 28


Julho/Agosto 2015<br />

Editorial<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

3<br />

“ quem vai para o mar,<br />

previne-se em terra”<br />

As férias mais <strong>de</strong>sejadas do ano<br />

estão aí. A maioria da comunida<strong>de</strong><br />

portuguesa vai regressar à terra<br />

natal para reencontrar familiares<br />

e amigos, outros compatriotas<br />

optam por outras paragens e<br />

outros países.<br />

A todos, se me permitem gostaria<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar umas “dicas” para que as<br />

tão <strong>de</strong>sejadas e merecidas férias<br />

não se tornem numa <strong>de</strong>silusão e<br />

num pesa<strong>de</strong>lo.<br />

A época <strong>de</strong> férias iniciou e o terrorismo<br />

que continua activo e<br />

oportunista já <strong>de</strong>u sinais que está<br />

pronto para estragar os dias <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso<br />

a muita gente que visita os<br />

seus países. Basta ver as últimas<br />

notícias do massacre dos turistas<br />

na Tunísia. Eles sabem que este<br />

é um bom momento para fazer<br />

atentados e aterrorizar as pessoas<br />

e semear a sua causa. Por isso,<br />

para aqueles que <strong>de</strong>cidirem fazer<br />

férias noutros países, é aconselhável<br />

evitar locais como o já referido.<br />

Todos sabemos que nos dias<br />

que correm já não há lugares no<br />

Planeta 100% seguros, mas é pru<strong>de</strong>nte<br />

antes <strong>de</strong> reservar um <strong>de</strong>stino,<br />

informar-se convenientemente<br />

nas Agências <strong>de</strong> Viagens e Turismo<br />

sobre o possível grau <strong>de</strong> risco.<br />

Portugal é o <strong>de</strong>stino que a maioria<br />

dos compatriotas vai escolher,<br />

estou certo, mas para quem viajar<br />

<strong>de</strong> carro, tem que estar informado<br />

sobre os países on<strong>de</strong> vai circular;<br />

França, Espanha e Portugal têm<br />

leis diferentes no que se refere aos<br />

coletes luminosos, lâmpadas <strong>de</strong><br />

reserva, triângulo e autocolante<br />

CH.<br />

Em Portugal aconselho a ter muito<br />

cuidado com o uso das ca<strong>de</strong>iras<br />

das crianças, e aqueles que viajarem<br />

com animais, <strong>de</strong>vem transportá-los<br />

<strong>de</strong> acordo com a Lei; os<br />

animais não po<strong>de</strong>m viajar soltos,<br />

nem com a cabeça fora da janela.<br />

A multa vai até 600 Euros. As autorida<strong>de</strong>s<br />

vão estar muito atentas e<br />

exigentes a estes pormenores.<br />

Não se esqueçam do velho ditado:<br />

“quem vai para o mar, previne-se<br />

em terra”<br />

Desejo a todos uma boa viagem,<br />

umas excelentes férias e um bom<br />

regresso.<br />

Armindo Alves - sub-director<br />

Cartão <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Colaborador das<br />

Comunida<strong>de</strong>s nº 31<br />

alves.armindo@kronschnabl.ch<br />

„a todos uma boa viagem,<br />

umas excelentes férias e<br />

um bom regresso.”<br />

Ficha técnica<br />

Publicida<strong>de</strong><br />

Proprieda<strong>de</strong><br />

Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

8004 Zürich<br />

Email: info@cldz.ch<br />

Administração<br />

Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

Directora<br />

4Sandra Ferreira - CC nº28<br />

lusitanozurique@gmail.com<br />

Sub-director<br />

4Armindo Alves - CC nº31<br />

alves.armindo@kronschnabl.ch<br />

Redacção e Colaboração<br />

4Cristina Fernan<strong>de</strong>s Alves CC nº32<br />

4Maria José Bernardo CC nº29<br />

4Pedro Nabais CC nº 30<br />

4Joana Araújo CC nº27<br />

4Jorge Rodrigues CC nº33<br />

4Daniel Bohren4Zuila Messmer<br />

4Domingos Pereira4Marta Pérez<br />

4Mónica Carvalhais4Emília Farinha<br />

4Men<strong>de</strong>s Serafim4Manuel Beja<br />

4Carmindo <strong>de</strong> Carvalho<br />

4Eucli<strong>de</strong>s Cavaco4Carlos A<strong>de</strong>mar<br />

4Ama<strong>de</strong>u Homem 4Carlos Paz4<br />

Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilida<strong>de</strong> dos seus<br />

autores e não representam necessariamente as opiniões do <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong>.<br />

Outras fontes:<br />

Publicida<strong>de</strong>:<br />

mribatejo@hotmail.com<br />

Tel.: 076 379 67 27<br />

Edição, composição e paginação<br />

Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />

Braga – Portugal<br />

araujo@manuelaraujo.pt<br />

Tel.:(+351) 912 410 333<br />

Impressão: DM Braga<br />

Tiragem: 2000 exemplares<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Mensal<br />

Distribuição gratuita<br />

Esta publicação não adopta<br />

Nem respeita o (<strong>de</strong>s)Acordo<br />

Ortográfico.


4 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Publicida<strong>de</strong><br />

Julho/Agosto 2015<br />

Festival folclórico<br />

12 e 13 <strong>de</strong> Setembro<br />

Sábado festival Domingo Concertinas (*)<br />

(*) Para a concentração<br />

<strong>de</strong> concertinas a inscrição<br />

custa 25.- Fr.<br />

com Almoço (sem<br />

bebida) mas com direito<br />

a uma lembrança <strong>de</strong><br />

participação.<br />

Rancho Folclórico do Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

ORGANIZAÇÃO<br />

Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

Rancho Infantil <strong>de</strong> Pfäffikon SZ<br />

Inscrições:<br />

António Fernan<strong>de</strong>s:<br />

076 344 15 40<br />

Rui Alves:<br />

+41 78 606 44 81<br />

Sporthalle Unterrohr,<br />

Unterrohrstrasse 2,<br />

8952 Schlieren<br />

Cozinha tradicional portuguesa<br />

(comes e bebes)<br />

ABERTURA<br />

Rancho Folclórico Casa do Benfica <strong>de</strong> Genebra<br />

Rancho Mocida<strong>de</strong> dos Anjos Vieira do Minho<br />

Grupo Musical<br />

da Sala<br />

16:00<br />

Horas<br />

Nova<br />

Onda


Julho/Agosto 2015<br />

Comunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

5<br />

Greve dos professores <strong>de</strong> Português na Suíça<br />

Para além <strong>de</strong> outros problemas, actuais baixos salários foi o principal motivo a participação dos<br />

professores na greve <strong>de</strong> sábado 23 Maio e 20 <strong>de</strong> Junho, em dia <strong>de</strong> exames <strong>de</strong> certificação.<br />

DP<br />

Em 7 cida<strong>de</strong>s das três zonas<br />

consulares portugueses<br />

na Suíça (23 <strong>de</strong> Maio),<br />

42 docentes (48%) dos 86 a<br />

lecionar na Suíça a<strong>de</strong>riram<br />

á greve convocada pelo<br />

Sindicato dos Professores<br />

nas Comunida<strong>de</strong>s Lusíadas<br />

(SPCL). Para além da questão<br />

salarial que os impe<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ter uma vida social digna<br />

na Suíça, os professores,<br />

sentem outras dificulda<strong>de</strong>s,<br />

como a subcarga <strong>de</strong> trabalho<br />

– número <strong>de</strong> cursos e<br />

alunos, tarefas administrativas<br />

e burocráticas, que<br />

não lhes compete.<br />

Semana atribulada<br />

A semana que antece<strong>de</strong>u<br />

á greve os docentes foram<br />

vítimas <strong>de</strong> chantagens por<br />

parte da tutela, na tentativa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>smobilizar a greve,<br />

por exemplo: informações<br />

falsas, sobre falta <strong>de</strong> pré-<br />

-aviso <strong>de</strong> greve, ameaças<br />

aos professores <strong>de</strong> trabalho<br />

a realizar posteriormente<br />

(“prolongar o ano lectivo”),<br />

divulgação <strong>de</strong> mentiras –<br />

dizendo que são os sindicatos<br />

já tinham cedido a<br />

essas medidas (não as pretendidas<br />

pelos professores)<br />

e professores contactados<br />

na véspera (fora do serviço),<br />

com o objecivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>smobilizar.<br />

Dia <strong>de</strong> exames<br />

A coor<strong>de</strong>nação substituiu à<br />

ultima-hora elementos do<br />

secretariado (“proveis grevistas”)<br />

por outros professores,<br />

professores convocados<br />

para outras escolas<br />

(outros cantões) na tentativa<br />

<strong>de</strong> garantir que exames<br />

se realizassem, gerou confusão.<br />

Levou a que existissem<br />

“pessoas estranhas ao<br />

serviço <strong>de</strong>ntro das escolas<br />

(pais <strong>de</strong> alunos) ”.<br />

Desaforos<br />

No local <strong>de</strong> exame da zona<br />

consular <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong>, os docentes<br />

responsáveis pelo<br />

secretariado ouviram <strong>de</strong>saforos<br />

<strong>de</strong> alguns encarregados<br />

<strong>de</strong> educação.<br />

Felizmente todo correu<br />

pelo melhor, e, a maioria ali<br />

presente, estavam solidários<br />

com os grevistas e suas<br />

reivindicações. Con<strong>de</strong>navam<br />

a atitu<strong>de</strong> dos responsáveis<br />

(Estado Português,<br />

Instituto Camões e Secretaria<br />

<strong>de</strong> Estado) “pela má<br />

organização e <strong>de</strong>ixar que<br />

as coisas cheguem a este<br />

ponto ”.<br />

20 <strong>de</strong> Junho<br />

A a<strong>de</strong>são foi inferior. Apenas<br />

26 docentes (30%) a<strong>de</strong>riram<br />

á jornada <strong>de</strong> luta.<br />

“Muitos docentes ce<strong>de</strong>ram<br />

às ameaças da coor<strong>de</strong>nação<br />

e mesmo <strong>de</strong> alguns<br />

pais e alguns não quiseram<br />

prejudicar os alunos, por<br />

isso não fizeram greve,” disse,<br />

uma docente que preferiu<br />

permanecer em anonimato.<br />

Com o passado se prevê o<br />

futuro<br />

O ensino do português no<br />

estrangeiro tem sofrido<br />

cortes, somado, prejuízos<br />

para os alunos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010.<br />

Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011, foram<br />

<strong>de</strong>spedidos 49 professores,<br />

20 na Suíça centenas<br />

<strong>de</strong> alunos ficaram sem aulas<br />

no meio do ano lectivo.<br />

No ano seguinte mais 27.<br />

Com muitos alunos e poucos<br />

professores, acumularam<br />

alunos <strong>de</strong> todos os<br />

níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, com<br />

reduzido (para meta<strong>de</strong>)<br />

tempo letivo. O governo<br />

português tem <strong>de</strong>spedido<br />

por ano em média 25 professores<br />

a nível mundial.<br />

No próximo ano lectivo prevê-se<br />

mais cortes. E assim<br />

nos últimos 3 anos o EPE já<br />

per<strong>de</strong>u mais <strong>de</strong> 10.000 alunos<br />

a nível mundial.<br />

Resi<strong>de</strong>ntes no Estrangeiro<br />

DESDE O DIA EM QUE<br />

SAÍ DE PORTUGAL,<br />

UMA COISA É CERTA:<br />

A CAIXA ESTÁ COMIGO.<br />

HÁ UM BANCO QUE AJUDA A DAR CERTEZAS AO FUTURO.<br />

A CAIXA. COM CERTEZA.<br />

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6 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Comunida<strong>de</strong>s<br />

Julho/Agosto 2015<br />

Festa cultural “Begegnungsfest“<br />

Armindo Alves<br />

Na pequena cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Dietikon, realizou-se no<br />

passado dia 30 <strong>de</strong> Maio<br />

mais uma vez a chamada<br />

“Begegnungsfest” ,<br />

uma festa cultural organizada<br />

pelo fórum da<br />

Integração da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Dietikon.<br />

Uma festa cultural que<br />

promove o encontro <strong>de</strong><br />

várias nacionalida<strong>de</strong>s,<br />

que faz do país <strong>de</strong> acolhimento<br />

um país multicultural.<br />

Nesta cida<strong>de</strong> 40% da<br />

população são estrangeiros<br />

e uma gran<strong>de</strong><br />

parte é portuguesa.<br />

Este ano estiveram representados<br />

a Índia,<br />

o Siri Lanka, a Turquia<br />

e Portugal. A praça da<br />

Câmara encheu-se num<br />

instante. Alguns curiosos<br />

e outros mais atentos<br />

à divulgação foram-<br />

-se reunindo para assistir<br />

às várias actuações<br />

musicais e bailados das<br />

nomeadas nacionalida<strong>de</strong>s.<br />

A convite <strong>de</strong> um dos<br />

membros <strong>de</strong>ste fórum<br />

que representa Portugal,<br />

Sandra Fernan<strong>de</strong>s<br />

Alves, o Rancho Folclórico<br />

do Centro <strong>Lusitano</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> também<br />

marcou presença e foi o<br />

ponto alto da tar<strong>de</strong>, brilhou<br />

com a sua actuação<br />

sendo muito aplaudido<br />

pelo público e pela<br />

belíssima apresentação<br />

da Arminda Macedo.<br />

O cheiro das variadas<br />

especialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes<br />

países também não<br />

passaram <strong>de</strong>spercebidos<br />

e convidavam a <strong>de</strong>gustar.<br />

“nós <strong>de</strong>vemos<br />

adaptar-nos ao país<br />

<strong>de</strong> acolhimento e a<br />

nossa cultura tem<br />

que ser respeitada!”<br />

Na festa não faltaram<br />

as famosas farturas da<br />

Dona Jolanda que nos<br />

surpreen<strong>de</strong>u com umas<br />

saborosas Bifanas à<br />

moda do Porto acompanhadas<br />

da inconfundível<br />

cerveja portuguesa.<br />

Tivemos a sensação<br />

<strong>de</strong> que Portugal estava<br />

em Dietikon.<br />

O evento foi um sucesso,<br />

até mesmo os<br />

jornais locais fizeram<br />

questão <strong>de</strong> publicar em<br />

papel e nas re<strong>de</strong>s sociais<br />

a participação <strong>de</strong><br />

Portugal. Estivemos à<br />

altura, Portugal foi bem<br />

representado pelos<br />

nossos compatriotas e<br />

Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong>.<br />

Não me canso <strong>de</strong><br />

dizer, participem, representem<br />

o nosso país,<br />

não tenham vergonha.<br />

Somos uma comunida<strong>de</strong><br />

bem vista, temos<br />

um enorme valor, temos<br />

que participar, temos<br />

que mostrar quem<br />

somos, a nossa cultura<br />

não é inferior às outras<br />

mas tem algo especial e<br />

quando a representamos,<br />

as pessoas ficam<br />

com uma imagem diferente<br />

da nossa gente e<br />

do nosso País.<br />

A Integração <strong>de</strong> que<br />

tanto se fala tem duas<br />

vertentes, isso é; nós<br />

<strong>de</strong>vemos adaptar-nos<br />

ao país <strong>de</strong> acolhimento<br />

e a nossa cultura tem<br />

que ser respeitada! É<br />

um <strong>de</strong>ver nosso, fazer<br />

ver quem somos!<br />

Um obrigado a todos<br />

aqueles que participaram<br />

e colaboraram.


Julho/Agosto 2015<br />

Comunida<strong>de</strong>s<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos<br />

referentes aos donativos do Grupo das<br />

Janeiras do Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

7<br />

Declaração<br />

Padre Manuel José Ribeiro Pinheiro,<br />

pároco <strong>de</strong> São Miguel <strong>de</strong> Cabreiros,<br />

Arciprestado e Diocese <strong>de</strong> Braga,<br />

<strong>de</strong>clara que foi transferida para a<br />

Conta da Fábrica da Igreja (NIPC 501<br />

541 756), em 9 <strong>de</strong> Junho, a quantia<br />

<strong>de</strong> 4.283,05 (quatro mil duzentos<br />

e oitenta e três euros e cinco cêntimos)<br />

oriunda do Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong><br />

Zurich/Grupo das Janeiras.<br />

Este valor, <strong>de</strong> acordo com a vonta<strong>de</strong><br />

dos Ofertantes, será aplicado nas<br />

obras <strong>de</strong> construção do Centro Paroquial,<br />

já começado, e que se <strong>de</strong>stina<br />

a apoiar os Grupos da Paróquia, nas<br />

diversas iniciativas culturais, recreativas,<br />

educativas e sociais em prol da<br />

Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cabreiros, com particular<br />

atenção às Crianças, Jovens e<br />

Idosos.<br />

Braga, 22 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2015<br />

O Pároco<br />

(P. Manuel José Ribeiro Pinheiro)<br />

S. Miguel Cabreiros - Braga<br />

Assunto:<br />

Agra<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong> donativo em dinheiro<br />

O Centro Social da Freguesia <strong>de</strong><br />

Moçarria é uma Instituição Particular<br />

<strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social que,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1999,_ <strong>de</strong>sempenha um<br />

papel importante na área da Solidarieda<strong>de</strong><br />

nas respostas sociais <strong>de</strong><br />

Centro <strong>de</strong> Dia, Apoio Domiciliário,<br />

Cantinas Sociais e Ajudas Técnicas.<br />

A nossa missão não é só acolher<br />

e assistir dignamente os nossos<br />

clientes, proporcionando-lhes todos<br />

os cuidados essenciais ao seu<br />

bem-estar, mas também servir e<br />

ajudar o próximo.<br />

Des<strong>de</strong> que abrimos portas tentamos<br />

chegar a todos aqueles que se<br />

dirigem a nós e nos pe<strong>de</strong>m ajuda<br />

nas mais diversas situações.<br />

O trabalho que aqui <strong>de</strong>sempenhamos<br />

é muito gratificante... enche-<br />

-nos o coração. É por isso que, <strong>de</strong><br />

coração cheio, agra<strong>de</strong>cemos sinceramente<br />

o donativo <strong>de</strong> 4283,05<br />

e que nos fizeram chegar. Nos<br />

tempos <strong>de</strong> crises que se vivem em<br />

Portugal, a verba que nos disponibilizaram<br />

vem ajudar-nos muito a<br />

fazer face a algumas <strong>de</strong>spesas inerentes<br />

à construção da nova valência<br />

<strong>de</strong> estrutura resi<strong>de</strong>ncial sénior.<br />

Santo Agostinho diz-nos que<br />

“Aquele que tem carida<strong>de</strong> no coração<br />

tem sempre alguma coisa<br />

para dar”. Acreditem que o vosso<br />

donativo fez a diferença neste<br />

projecto que preten<strong>de</strong>mos pôr <strong>de</strong><br />

pé. De facto, para nós, para a nossa<br />

instituição é uma honra termos<br />

sido comtemplados com o vosso<br />

gesto solidário.<br />

Será para esta instituição um prazer<br />

receber-vos, caso venham a<br />

Portugal em breve.<br />

Da Moçarria, em nome <strong>de</strong> todos<br />

os Associados e Utentes, da Direção<br />

e da Diretora Técnica<br />

<strong>de</strong>sta instituição,<br />

vai um gran<strong>de</strong> Muito<br />

Obrigado ao Grupo<br />

das Janeiras do Centro<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong>!<br />

Moçarria, 23 <strong>de</strong> junho<br />

<strong>de</strong> 2015<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da Direção<br />

(Carlos Beja)<br />

SEGUROS<br />

Doença ( krakenkasse )<br />

181.10 Chf ( adultos / +25 anos )<br />

194.00 Chf ( adultos / 19-25 anos )<br />

43.90 Chf ( menores / 0-18 anos )<br />

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8 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Publicida<strong>de</strong><br />

Julho/Agosto 2015<br />

BRUNHAIS<br />

Festa em Honra <strong>de</strong> S. Paio<br />

Sexta-Feira dia 31 Julho<br />

09.00- Abertura das festas em Honra <strong>de</strong> S.<br />

Paio com Música gravada durante o dia<br />

21.30 - Procissão <strong>de</strong> Velas com saída da<br />

Capelinha <strong>de</strong> S. Pedro<br />

22.30 - Actuação do Grupo musical Amigos<br />

do Borguinha seguido <strong>de</strong> cantares ao<br />

<strong>de</strong>safio com:<br />

Borguinha <strong>de</strong> Braga<br />

Cristiana Sá, a Princesa da <strong>de</strong>sgarrada<br />

Henrique <strong>de</strong> Lindoso, o amigo da <strong>de</strong>sgarrada<br />

00.30 - Sessão <strong>de</strong> fogo-<strong>de</strong>-artifício<br />

Sexta-feira, Sábado e Domingo<br />

Borguinha, Henrique <strong>de</strong> Lindoso e Cristina Sá<br />

Sábado dia 1 <strong>de</strong> Agosto<br />

Música gravada durante o dia<br />

12.00 - Sessão <strong>de</strong> fogo<br />

21.00 - Entrada em palco do Grupo musical<br />

Banda R<br />

23.00 - Espectáculo das<br />

Bombocas e sua banda<br />

00.30 - grandiosa<br />

Sessão <strong>de</strong> fogo-<strong>de</strong>-artifício<br />

Domingo dia 2 <strong>de</strong> Agosto<br />

10.30- celebração da Eucaristia Dominical cantada<br />

pelo Grupo Coral Infantil e Juvenil <strong>de</strong> Cabreiros-Braga<br />

seguido da procissão acompanhada<br />

pela Fanfarra infantil e Juvenil <strong>de</strong> Cabreiros-Braga<br />

16.00 - Entrada em palco do Rancho Folclórico<br />

da A.C.R. <strong>de</strong> Cabreiros-Braga<br />

17.00 - leilão dos segredos<br />

18.00 - Actuação do Rancho Folclórico Centro<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> (Suíça )<br />

21.00 - Actuação do Grupo musical Amigos <strong>de</strong><br />

Guimarães<br />

23.00 - Gran<strong>de</strong> espectáculo da Banda Santamaria<br />

00.30 - Sessão <strong>de</strong> fogo-<strong>de</strong>-artifício e o encerramento<br />

das festas em Honra <strong>de</strong> S.Paio<br />

Grupo musical Amigos <strong>de</strong> Guimarães<br />

Rancho Folclórico da A.C.R. <strong>de</strong> Cabreiros-Braga<br />

Rancho Folclórico Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

PARA MAIS INFORMAÇÕES CONTACTE:<br />

CARLOS FERNANDES 96 232 88 85<br />

RUI ALVES 0786064481


Julho/Agosto 2015<br />

Cultura<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

9<br />

Noite <strong>de</strong> Fados que rasgou corações<br />

A hospitalida<strong>de</strong> perfeita com o tema da<br />

noite, sabores, harmonia, alegria e respeito<br />

pelo Fado.<br />

Foi a 30 <strong>de</strong> Maio, no Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Zurique</strong> que quatro <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pessoas<br />

assistiram ao espectáculo único já mais<br />

realizado na nossa instituição. Uma<br />

noite <strong>de</strong> sauda<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> amor, sabores,<br />

amiza<strong>de</strong>, convívio, cultural, bem típica<br />

portuguesa.<br />

O Fado, na voz <strong>de</strong> Emanuel Soares,<br />

acompanhado por Daniel Gomes e<br />

Jorge Serra, rasgaram <strong>de</strong> o coração <strong>de</strong><br />

emoção dos espectadores, interpretando<br />

temas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s nomes da música<br />

e escrita da língua portuguesa tais<br />

como; Vasco Graça Moura, Fernando<br />

Tordo, Ary Dos Santos, Jorge Fernando,<br />

entre outros.<br />

A hospitalida<strong>de</strong>, os sabores, a combinação<br />

perfeita com o tema da noite que<br />

<strong>de</strong>correu em harmonia e no mais profundo<br />

pormenor, alegria e respeito pelo<br />

Fado. Uma noite diferente no Bufete do<br />

CLZ, uma noite para recordar para os<br />

presentes, e será uma noite – certamente<br />

- para repetir para os organizadores.<br />

Como dizia um dos fados interpretados;<br />

“há um sorriso pequeno no homem<br />

que eu sou, (…) não me esqueço, não<br />

te esqueças” <strong>de</strong> nos darem mais noites<br />

assim!<br />

A Sala é limitada e estava repleta e pedimos<br />

<strong>de</strong>sculpa não po<strong>de</strong>r acolher todas<br />

as pessoas que gostariam <strong>de</strong> ter participado.<br />

Haverá mais oportunida<strong>de</strong>s<br />

brevemente on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão participar<br />

numa noite inesquecível. Obrigado pela<br />

compreensão.


10 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Direito<br />

Julho/Agosto 2015<br />

Contratos <strong>de</strong> arrendamento<br />

No fim do contrato <strong>de</strong> arrendamento (contrato<br />

<strong>de</strong> locação) M.L. entregou com a entrega<br />

do apartamento as chaves do apartamento<br />

ao senhorio. Um mês mais tar<strong>de</strong> recebe uma<br />

fatura do senhorio sobre CHF 800,- <strong>de</strong> uma<br />

lâmpada avariada, uma chave em falta, assim<br />

como do <strong>de</strong>spejo do jardim. Com a fatura<br />

o senhorio enviou fotografias do jardim<br />

cheio <strong>de</strong> sacos <strong>de</strong> lixo e móveis velhos. M.L.<br />

não pagou a fatura, porque a lâmpada se encontrava<br />

a funcionar, porque entregou todas<br />

as chaves e porque o jardim se encontrava<br />

arrumado aquando da entrega do apartamento.<br />

Agora M.L. tem uma convocação para<br />

a Comissão <strong>de</strong> mediação e arbitragem sobre<br />

assuntos <strong>de</strong> locação e preten<strong>de</strong> saber, o que<br />

<strong>de</strong>ve fazer.<br />

Inquilino e senhorio po<strong>de</strong>m se houver conflitos relativos<br />

ao aluguer <strong>de</strong> apartamentos ou espaços <strong>de</strong> empresas<br />

dirigir-se à Comissão <strong>de</strong> mediação e arbitragem<br />

para assuntos relacionados com o aluguer. A Comissão<br />

<strong>de</strong> mediação e arbitragem tenta que as partes<br />

cheguem a um acordo. O processo não custa nada. A<br />

Comissão <strong>de</strong> mediação e arbitragem convocará para a<br />

audiência um intérprete, se M.L. informar o tribunal,<br />

que precisa <strong>de</strong> um.<br />

Quem quer dinheiro <strong>de</strong> outrem, tem <strong>de</strong> provar, que<br />

tem um direito legal a esse dinheiro. Para provar servem<br />

documentos, testemunhas, peritagens ou a inspeção<br />

judicial das fotografias ou do jardim pelo juiz.<br />

As <strong>de</strong>clarações das partes po<strong>de</strong>m excecionalmente,<br />

quando há <strong>de</strong>poimento contra <strong>de</strong>poimento e não existem<br />

outras provas, ser admitidas como provas. As partes<br />

têm, sob pena <strong>de</strong> coação com até 5 anos <strong>de</strong> prisão<br />

em caso <strong>de</strong> mentira, <strong>de</strong> <strong>de</strong>por. Os factos encontram-<br />

-se provados, quando o juiz, com base nas provas, não<br />

tem mais dúvidas, que tudo se passou como diz uma<br />

das partes. A parte a quem são feitas as exigências tem<br />

sempre o direito <strong>de</strong> apresentar contra provas. Se o juiz<br />

não estiver convencido nem por uma nem por outra<br />

das partes, per<strong>de</strong> sempre a parte, que exige algo, aqui<br />

neste caso o senhorio.<br />

O senhorio tem por isso <strong>de</strong> provar,<br />

· que a lâmpada se encontrava a funcionar no<br />

início da arrendamento e avariada aquando da<br />

entrega do apartamento<br />

· que tinha entregado a M.L. mais chaves do que<br />

as que recebeu no final da relação <strong>de</strong> locação e<br />

· que o jardim se encontrava <strong>de</strong>sarrumado<br />

aquando da entrega do apartamento no final<br />

do arrendamento.<br />

Uma vez que M.L. ainda não teve <strong>de</strong> assinar uma quitação<br />

sobre o número <strong>de</strong> chaves que recebeu no início<br />

da arrendamento, o senhorio mal po<strong>de</strong> provar, que<br />

tinha dado no início do arrendamento mais chaves a<br />

M.L. do que as que recebeu no final do arrendamento.<br />

M.L também não teve <strong>de</strong> assinar um protocolo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>feitos após a entrega do apartamento, <strong>de</strong> maneira<br />

que o senhorio também não po<strong>de</strong> provar, que a lâmpada<br />

estava avariada. Também po<strong>de</strong>ria ter avariado<br />

mais tar<strong>de</strong> ou já no início da arrendamento. Por fim<br />

também as fotografias não se encontram datadas,<br />

<strong>de</strong> modo que o senhorio também não po<strong>de</strong> com elas<br />

provar, que o jardim se encontrava <strong>de</strong>sarrumado e entulhado<br />

aquando da entrega do apartamento no fim<br />

da relação <strong>de</strong> locação. M.L. afirma que as fotografias<br />

foram feitas, antes do jardim ter sido arrumado e <strong>de</strong>sentulhado<br />

para a entrega.<br />

M.L. po<strong>de</strong> na audiência <strong>de</strong> arbitragem restringir-se a<br />

afirmar, que o jardim e o apartamento se encontravam<br />

limpos, arrumados e sem <strong>de</strong>feitos, aquando da entrega<br />

do apartamento e que entregou todas as chaves,<br />

que lhe tinham sido entregues no início do arrendamento.<br />

Se não se chegar a acordo, então o senhorio<br />

terá <strong>de</strong> ir ao tribunal competente para assuntos <strong>de</strong> locação,<br />

se insistir nas suas exigências. Para o processo<br />

no tribunal competente para assuntos <strong>de</strong> locação é<br />

aconselhável a representação por um advogado.<br />

Tem perguntas que digam respeito ao direito?<br />

Envie a sua pergunta com a indicação “<strong>Lusitano</strong>” a:<br />

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Julho/Agosto 2015<br />

Política<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

11<br />

Festa Nacional do PCP na Suíça 2015<br />

No dia 24 <strong>de</strong> Maio, cerca <strong>de</strong> 200 pessoas (militantes e<br />

amigos do PCP) participaram na Festa Nacional do PCP<br />

na Suíça, que voltou a ter lugar em Valeres-sous-Rances.<br />

Domingos Pereira do Organismo <strong>de</strong> Direcção do Partido<br />

Comunista na Suíça, focou na sua intervenção, os<br />

problemas sentidos pelos portugueses resi<strong>de</strong>ntes na<br />

Suíça, nomeadamente as questões do ensino <strong>de</strong> Português<br />

no estrangeiro, a situação salarial dos docentes,<br />

o <strong>de</strong>ficiente funcionamento consular, o nível <strong>de</strong><br />

vida e as condições <strong>de</strong> trabalho dos trabalhadores<br />

consulares. Apelou ainda ao recenseamento eleitoral<br />

e á regularização do mesmo, uma vez que muitos<br />

compatriotas estão recenseados em Portugal, estão<br />

assim impedidos <strong>de</strong> exercer o seu voto na suíça.<br />

às <strong>de</strong>cisões e ingerências das potencias capitalistas<br />

da Europa, e executada em alternância pelo PS, PSD<br />

e CDS.<br />

Diana Ferreira apelou ao trabalho <strong>de</strong> esclarecimento<br />

e mobilização para o reforço político e eleitoral do PCP<br />

e da CDU nas próximas eleições legislativas.<br />

Por seu lado Diana Ferreira <strong>de</strong>putada do PCP à Assembleia<br />

da República, sublinhou a urgente necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> romper com a política <strong>de</strong> direita, enfeudada


12 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Opinião<br />

Julho/Agosto 2015<br />

Quem Somos e o que queremos<br />

Domingos Pereira<br />

Ser cidadãos-zecos, que no<br />

facebook exaustivamente escreveram<br />

comentários e esbanjaram<br />

liks em comentários ordinários e<br />

a querer continuar a viver com o<br />

antidoto 3F.<br />

A praça do Marquês do Pombal foi<br />

palco <strong>de</strong> dois gran<strong>de</strong>s eventos da actualida<strong>de</strong><br />

Portuguesa. Dois eventos<br />

com duas características diferentes<br />

mas que <strong>de</strong>ixa transparecer a realida<strong>de</strong><br />

portuguesa, quem somos e o<br />

que queremos…<br />

No estado-novo o povo português<br />

vivia segundo a filosofia 3 F, - Fátima,<br />

Fado e Futebol, porque o governo <strong>de</strong><br />

então, usavam como ópio-do-povo.<br />

Actualmente, e já passadas quatro<br />

décadas, as técnicas, as “drogas” <strong>de</strong><br />

adormecimento continuam a ser as<br />

mesmas. O domínio da opinião-publica<br />

através dos meios-<strong>de</strong>-comunicação,<br />

é feito com uma intensida<strong>de</strong><br />

abusiva, sectária, perfeita, que, até<br />

os cegos a conseguem ver.<br />

Normalmente, se o “tilhado casa<br />

ar<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>ita-se água. Mas estes,<br />

usam antidoto <strong>de</strong> adormecimento,<br />

e, sempre nos momentos que existe<br />

uma questão importante <strong>de</strong> interesse<br />

nacional, como por exemplo;<br />

a privatização <strong>de</strong> uma empresa pública.<br />

Apenas divulgam - os trocados<br />

- para os cofres do estado. Mas o<br />

paradoxo é, que, sempre surge uma<br />

final <strong>de</strong> futebol, um treinador transferido,<br />

ou mais um/a individualida<strong>de</strong><br />

que sofreu uma queda quando tomava-banho.<br />

E com aprofundamento<br />

nos <strong>de</strong>bates, noticias, ou ponto <strong>de</strong><br />

se saber qual a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> litro<br />

<strong>de</strong> agua e pressão, do chuveiro da<br />

vitimazinha.<br />

Interesse-publico<br />

Volto ao Marquês <strong>de</strong> Pombal. Local<br />

da festa do vencedor do campeonato<br />

nacional <strong>de</strong> futebol, on<strong>de</strong> (segundo<br />

os meios <strong>de</strong> comunicação)<br />

meio milhão <strong>de</strong> pessoas (500 000)<br />

pessoas participaram nesta festa.<br />

Merecido festejo,… <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 10 meses<br />

<strong>de</strong> sacrifícios obtiveram a sua recompensa?...<br />

O maior presente para os a<strong>de</strong>ptos<br />

benfiquistas e cidadãos portuguese<br />

veio da parte dos meios <strong>de</strong> comunicação.<br />

Oferecendo uma reportagem<br />

pormenorizada exaustiva <strong>de</strong> longas<br />

horas lembrando os pontos altos da<br />

época, os valores altos dos investimentos<br />

do club, dos or<strong>de</strong>nados<br />

dos jogadores, folias e disparates <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>ptos e jogadores. Um verda<strong>de</strong>iro<br />

evento cultural e <strong>de</strong> interesse-publico?!<br />

A 6 <strong>de</strong> junho a Rotunda como era<br />

tempos chamada, recebeu mais um<br />

evento. Intitulado, A Marcha Nacional<br />

“A força do Povo – Todos à rua<br />

por um Portugal com futuro”. A praça<br />

estava cheia. Cem mil cidadãos<br />

a<strong>de</strong>riram ao apelo dos sindicatos e à<br />

sua consciência. Os meios <strong>de</strong> comunicação,<br />

como sempre, passaram a<br />

notícia mas, daquela forma e intercida<strong>de</strong>,<br />

que nos respon<strong>de</strong> o convidado<br />

quando lhe perguntamos se o<br />

jantar está bom…<br />

Paradoxalmente é caso para dizer<br />

que, e o vencedor do campeonato<br />

<strong>de</strong> futebol português 2015 têm mais<br />

a<strong>de</strong>ptos que cidadãos em a viver em<br />

dificulda<strong>de</strong>.<br />

Outro momento nacional<br />

O governo ven<strong>de</strong>u a TAP. Segundo<br />

os meios <strong>de</strong> comunicação, um negócio<br />

que ren<strong>de</strong>u 10 milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Mas há um par <strong>de</strong> anos (27 <strong>de</strong> novembro<br />

2007) os mesmos meios <strong>de</strong><br />

comunicação louvavam a TAP pela<br />

compra á construtora Airbus por<br />

“(2,5 mil milhões <strong>de</strong> euros), (…) a<br />

aquisição <strong>de</strong> 12 aviões mo<strong>de</strong>lo A350<br />

XWB, com opção para mais três unida<strong>de</strong>s,<br />

e uma carta <strong>de</strong> intenções para<br />

oito aparelhos da família A320. A esta<br />

encomenda juntam-se mais cinco<br />

aviões A330-200. (…) Nos termos do<br />

acordo, a TAP vai receber os primeiros<br />

dois aparelhos em 2014 e os restantes<br />

<strong>de</strong>z em 2017”. Óptimo negócio! O estado<br />

ven<strong>de</strong> fazendo negociatas, os<br />

compromissos assumidos - resto da<br />

divida - da dita compra, pagamos todos<br />

nós!<br />

Convido todos os cidadãos-zecos,<br />

que no facebook exaustivamente<br />

escreveram comentários e esbanjaram<br />

liks em comentários ordinários,<br />

em notícias sobre a luta dos pilotos<br />

para impedir a venda da Transportadora<br />

Aérea Nacional a fazer uma reflexão<br />

sobre estes números e sobre<br />

o seu comportamento social.


Julho/Agosto 2015<br />

Entrevista<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

13<br />

Grupo <strong>de</strong> jogos bilingue<br />

“ zweisprachige Sielgruppe”<br />

Sandra Fernan<strong>de</strong>s Alves e Nicolle Rodrigues<br />

são duas educadoras „Spielgruppeleiterinen“<br />

que orientam há<br />

dois anos um grupo <strong>de</strong> jogos bilingue<br />

em Dietikon.<br />

LZ: O que e um grupo <strong>de</strong> jogos bilingue?<br />

Sandra e Nicolle: A particularida<strong>de</strong> está no facto <strong>de</strong><br />

ser em duas Línguas, duas educadoras e claro atenção<br />

e <strong>de</strong>dicação redobrada. Este projecto é em parte<br />

financiado pelo Fórum <strong>de</strong> Integração <strong>de</strong> Dietikon.<br />

LZ: Este projecto e dirigido a quem?<br />

S&N: As crianças dos 3 aos 5 anos cuja Língua materna<br />

é o português, a fim <strong>de</strong> facilitar <strong>de</strong> forma lúdica, a<br />

adaptação a Língua Suíço-Alemão.<br />

LZ: O que e que as crianças po<strong>de</strong>m apren<strong>de</strong>r?<br />

S&N: Apren<strong>de</strong>m a brincar em conjunto, realizam trabalhos<br />

manuais, pintar, ouvir e contar historias, fazer<br />

activida<strong>de</strong>s físicas e cantar.<br />

LZ: Preparam então as crianças para o “Kin<strong>de</strong>rgarten”<br />

- Pré-escola?<br />

S&N: As crianças são incentivadas a <strong>de</strong>senvolver<br />

a Língua materna e apren<strong>de</strong>m a perceber e falar o<br />

Suíço-Alemão, assim como a <strong>de</strong>senvolver a sua criati-<br />

vida<strong>de</strong> com lápis, papel, cola tesoura e diferentes materiais.<br />

LZ: Então é aconselhável frequentar um grupo <strong>de</strong> jogos<br />

antes <strong>de</strong> entrar para o Kin<strong>de</strong>rgarten?<br />

S&N: A preparação das crianças é fundamental e contribui<br />

para o sucesso escolar. Tal como a informação para os pais<br />

sobre os diferentes temas, tais como: o sistema escolar Suíço,<br />

a alimentação e a coor<strong>de</strong>nação motora.<br />

LZ: On<strong>de</strong> e quando vos po<strong>de</strong>mos encontrar?<br />

S&N: No Familienzentum Dietikon, Ba<strong>de</strong>nerstasse 9, 8953<br />

Dietikon, aos sábados das 9.00as 11.30 horas. Contacto: 079<br />

647 01 46.<br />

O <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> agra<strong>de</strong>ce a vossa disponibilida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>seja-vos tudo <strong>de</strong> bom para o futuro


14 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Desporto<br />

Julho/Agosto 2015<br />

Classificações finais das equipas do CLZ<br />

Campeã <strong>de</strong> Grupo -Juniores C2


Julho/Agosto 2015<br />

Desporto<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

15<br />

Fim <strong>de</strong> campeonato<br />

Pedro Nabais<br />

Pedro Nabais<br />

As diversas equipas do Centro<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> terminaram<br />

os campeonatos<br />

on<strong>de</strong> estavam inseridos.No<br />

seguimento que o <strong>Lusitano</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> tem vindo a fazer<br />

<strong>de</strong>slocamo-nos a Glatbrugg<br />

para assistir ao jogo <strong>de</strong> uma<br />

das equipas <strong>de</strong> juniores, categoria<br />

D9, on<strong>de</strong> se obtivessem<br />

a vitória po<strong>de</strong>riam aspirar<br />

ao 1° lugar do grupo, mas<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do resultado<br />

<strong>de</strong> outro jogo o que não se<br />

verificou e acabaram por ficar<br />

em 2° lugar do grupo.<br />

A equipe sabendo que precisava<br />

ganhar logo cedo<br />

impôs o seu futebol e ritmo<br />

não dando qualquer hipótese<br />

ao adversário e acabando<br />

por chegar ao intervalo em<br />

vantagem por 2 golos sem<br />

resposta.<br />

Na segunda parte as coisas<br />

foram um pouco diferentes,<br />

era o adversário que <strong>de</strong>sta<br />

vez mandava no jogo, com<br />

algumas oportunida<strong>de</strong>s<br />

mas sem as conseguir concretizar<br />

muitas das vezes<br />

por mérito dos nossos jogadores,<br />

mas sempre que<br />

podia os jogadores do Centro<br />

<strong>Lusitano</strong> chegavam à baliza<br />

adversaria com algum<br />

perigo, umas <strong>de</strong>ssas vezes<br />

aproveitaram a oportunida<strong>de</strong><br />

e fizeram o 3-0 para<br />

<strong>de</strong>sespero do nosso adversário.<br />

Mas mesmo a per<strong>de</strong>rem<br />

por uma margem já um<br />

pouco dilatada os jogadores<br />

adversários não baixaram<br />

os braços e acabaram por<br />

reduzir o marcador.<br />

O jogo acabou sem sofrer<br />

alteração no marcador,<br />

mas com muita alegria dos<br />

nossos jogadores, pais e<br />

treinadores por mais esta<br />

vitória.<br />

Carlos Cuadrado no final era<br />

um treinador feliz e confi<strong>de</strong>nciou<br />

ao <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

-Estou aqui no Centro<br />

<strong>Lusitano</strong> quase há cinco<br />

anos, neste final <strong>de</strong> campeonato<br />

sinto-me muito orgulhoso<br />

por estes atletas e<br />

pelo Clube, não só a ver os<br />

jogadores a crescer como<br />

futebolistas mas também<br />

como pessoas, vivemos ao<br />

longo da época vários momentos<br />

bons e maus mas<br />

no final o orgulho é muito<br />

gran<strong>de</strong>, caso eu não fique<br />

para a próxima época por<br />

razões profissionais, espero<br />

que estes atletas sigam com<br />

ânimo, com muita vonta<strong>de</strong>,<br />

ilusão e com o apoio dos<br />

pais.<br />

Jorge Monteiro que acom-<br />

panha o Carlos nesta<br />

equipa também falou<br />

connosco fazendo o balanço<br />

da época -No meu<br />

ponto <strong>de</strong> vista faço um<br />

balanço muito positivo<br />

num campeonato que<br />

foi duro, foi uma luta<br />

constante com os outros<br />

adversários em todos os<br />

jogos, mas temos uma<br />

boa equipa, organizada<br />

e se assim continuarmos<br />

estamos no bom caminho<br />

e os resultados estão<br />

à vista, <strong>de</strong>sejo que continuemos<br />

basicamente<br />

com a mesma equipe<br />

e vejo bom futuro para<br />

eles, já me encontro a<br />

trabalhar com o Carlos<br />

há três anos e dá muito<br />

prazer e alegria, lógico<br />

que também há alguns<br />

<strong>de</strong>slizes mas isso<br />

é normal nas camadas<br />

jovens, temos que ter<br />

muita paciência ,organização<br />

e orientação para<br />

os jovens aprendam da<br />

melhor maneira, serem<br />

educados e evoluírem<br />

mediante as capacida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>les.<br />

Aos jogadores, treinadores<br />

e pais não só <strong>de</strong>sta<br />

equipa mas <strong>de</strong> todas, o<br />

nosso muito obrigado<br />

pelo vosso empenho ao<br />

serviço do Centro <strong>Lusitano</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Zurique</strong>.


16 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Comunida<strong>de</strong>s<br />

Julho/Agosto 2015<br />

Vitorianos em festa<br />

Pedro Nabais<br />

Como tem sido habitual há 6 anos a esta parte os<br />

a<strong>de</strong>ptos do Vitória <strong>de</strong> Guimarães juntaram-se nas instalações<br />

do Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> para mais<br />

uma festa <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> época.<br />

Convívio, alegria e gritos <strong>de</strong> apoio ao Vitória <strong>de</strong> Guimarães<br />

não faltaram ao longo da noite.<br />

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Julho/Agosto 2015<br />

Opinião<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

17<br />

Apesar <strong>de</strong> tudo é bom esclarecer!<br />

Men<strong>de</strong>s Serafim<br />

Eu... Sei que por vezes<br />

sou censurado, mal compreendido,<br />

criticado, julgado,<br />

quando escrevo<br />

algo sobre separações<br />

ou divórcios. No entanto<br />

recebo o dobro <strong>de</strong> louvores<br />

<strong>de</strong> que críticas. Mas no<br />

fundo isso pouco importa<br />

para mim.“ Importante é a<br />

minha i<strong>de</strong>ia em relação a<br />

ele“.<br />

Sou contra<br />

e apesar <strong>de</strong> ter três filhas<br />

, por sinal uma <strong>de</strong>las já<br />

está casada e mãe <strong>de</strong> uma<br />

menina , sou ciente que<br />

po<strong>de</strong> acontecer com elas<br />

. Se acontecer, não vou<br />

mudar <strong>de</strong> opinião. Serei<br />

sempre contra! Apenas o<br />

tento compreen<strong>de</strong>r em<br />

casos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> violência.<br />

(Violência essa, física).<br />

Porque ninguém tem o direito<br />

<strong>de</strong> bater, muito menos<br />

ninguém <strong>de</strong>ve aceitar<br />

maus-tratos físicos.<br />

A seguir <strong>de</strong>ixo narrado um<br />

<strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> alguém<br />

que foi vítima <strong>de</strong>sta traga<br />

(Divórcio)<br />

Toma nota;<br />

“Quando eu tinha 5 anos,<br />

meus pais se divorciaram<br />

porque meu pai teve um<br />

caso passageiro com a<br />

secretária. No que diz respeito<br />

a cuidar <strong>de</strong> mim, eles<br />

fizeram tudo ‘certo’ <strong>de</strong><br />

acordo com os conceitos<br />

da época. Eles me garantiram<br />

que,<br />

embora não<br />

se amassem<br />

mais, ainda<br />

me amavam.<br />

E os dois<br />

continuaram<br />

a cuidar<br />

das minhas<br />

necessida<strong>de</strong>s<br />

materiais,<br />

mesmo <strong>de</strong>pois que<br />

meu pai se mudou para<br />

um apartamento do outro<br />

lado da cida<strong>de</strong>. Dois<br />

anos <strong>de</strong>pois, minha mãe<br />

se casou <strong>de</strong> novo e nos<br />

mudamos para outro<br />

país. Após isso, eu só via<br />

meu pai num intervalo<br />

<strong>de</strong> alguns anos. Nos últimos<br />

nove anos, eu o<br />

vi apenas uma vez. Ele<br />

per<strong>de</strong>u a maior parte do<br />

meu crescimento e só<br />

conhece meus três filhos<br />

seus netos por meio das<br />

fotos e cartas que enviei<br />

para ele. Eles sentem falta<br />

<strong>de</strong> conhecer o avô. Embora<br />

meus pais tenham<br />

se divorciado, cresci sem<br />

problemas aparentes.<br />

Mas por <strong>de</strong>ntro tive <strong>de</strong><br />

lutar contra fortes sentimentos<br />

<strong>de</strong> raiva, <strong>de</strong>pressão<br />

e insegurança, sem<br />

saber por quê. Perdi toda<br />

a confiança nos homens.<br />

Foi só quando eu tinha 30<br />

e poucos anos que uma<br />

amiga experiente me ajudou<br />

a i<strong>de</strong>ntificar<br />

a origem<br />

da minha<br />

hostilida<strong>de</strong>, e<br />

eu comecei a<br />

lutar para me<br />

livrar <strong>de</strong>sses<br />

sentimentos.<br />

O divórcio<br />

dos meus<br />

pais tirou<br />

<strong>de</strong> mim o direito básico<br />

<strong>de</strong> toda criança, sentir-se<br />

segura e protegida.<br />

T.F<br />

Prosseguindo eu com este<br />

Acordar para viver<br />

Sintomas<br />

- Dependências<br />

(Fumar, Álcool, Drogas, etc.)<br />

- Obesida<strong>de</strong> e excesso <strong>de</strong> peso<br />

- Traumas e vivências menos<br />

felizes na infância<br />

assunto quero acrescentar.<br />

O mundo po<strong>de</strong> ser um<br />

lugar frio e assustador,<br />

para muitas crianças, mas<br />

eu entendo, que a família<br />

completa, unida, é uma<br />

proteção, um lugar on<strong>de</strong><br />

as crianças po<strong>de</strong>m sentir-se<br />

cuidadas e consoladas.<br />

Na minha opinião,<br />

como pai, avô, com o divórcio,<br />

essa proteção não<br />

existe. Mais uma vez afirmo<br />

que apesar <strong>de</strong> ser muito<br />

contra <strong>de</strong> forma alguma<br />

não, estou convencido<br />

que esta praga, não passe<br />

por a minha família. Unicamente<br />

como pai e marido<br />

trabalho e peço a Deus<br />

para isso não acontecer.<br />

Acompanha a minha<br />

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18 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Comunida<strong>de</strong>s<br />

Julho/Agosto 2015<br />

A Comunida<strong>de</strong> Portuguesa na Suíça<br />

está <strong>de</strong> parabéns<br />

Maria dos Santos<br />

Ficou na alma <strong>de</strong> todos, os que<br />

no serão do 30 Maio 2015, estiveram<br />

presentes no XVI, festival<br />

do R.F.P.Wetzikon.<br />

A sala quase que se tornou pequena<br />

para acolher uma comunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>vota da cultura popular portuguesa.<br />

Decorada com espigas e<br />

rosas o perfume, conferia à sala o<br />

ver<strong>de</strong> da esperança o vermelho da<br />

paixão e o suave perfume da flor do<br />

amor, anexavam as coor<strong>de</strong>nadas<br />

<strong>de</strong> que, noite fora, seria o folclore o<br />

dono e senhor do serão.<br />

Degustava-se uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pratos tipicamente portugueses,<br />

escolhidos e preparados com <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za,<br />

regados com vários vinhos,<br />

também eles tipicamente lusitanos.<br />

Cerca das 21h abria-se o <strong>de</strong>sfile,<br />

com todos os ranchos presentes.<br />

O rancho da casa abria o festival perante<br />

um publico e convidados <strong>de</strong><br />

honra, com sabedoria, elegância, sofisticação,<br />

folclore, etnografia num<br />

perfeito hino à tradição secular.<br />

Os trajes renovados <strong>de</strong>ste grupo<br />

são réplicas fiéis dos trajes<br />

Domingueiros, Mordomas, Lavra<strong>de</strong>ira<br />

rica, trajes <strong>de</strong> festas e <strong>de</strong> trabalho.<br />

Todos eles do principio do<br />

Século XIX<br />

Pu<strong>de</strong>mos ver também o rancho <strong>de</strong><br />

Aarburg, eles que acabavam <strong>de</strong> festejar<br />

20 anos <strong>de</strong> folclore, <strong>de</strong>dicados<br />

ao baixo e alto Minho. 52 elementos<br />

que se <strong>de</strong>dicam a enfeitarem<br />

os mais variados palcos, em terras<br />

helvéticas e além-fronteiras.<br />

O rancho <strong>de</strong> Lucerna, únicos nesta<br />

região suíça, brindam-nos sempre<br />

com com a sua recolha <strong>de</strong> trajes,<br />

danças e cantares <strong>de</strong> norte a sul <strong>de</strong><br />

Portugal.<br />

Lucerna foi o rancho com menos<br />

anos <strong>de</strong>dicados ao folclore, mas<br />

po<strong>de</strong>mos dizer que é um grupo<br />

bem firme, mostrando vivacida<strong>de</strong><br />

em cada actuação.<br />

Para encerrar os festejos folcloristas,<br />

<strong>de</strong>, tivemos o momento mais<br />

esperado do anoitecer. O rancho<br />

vindo <strong>de</strong> Portugal. Rancho Folclórico<br />

da Correlhã - Ponte <strong>de</strong> Lima.<br />

Fundado em Janeiro <strong>de</strong> 1960, por<br />

um grupo <strong>de</strong> Lavra<strong>de</strong>iras <strong>de</strong>slocouse,<br />

ao Palácio <strong>de</strong> Cristal, a favor<br />

dos Bombeiros Voluntários e não<br />

podiam ter sido melhor escolhidos<br />

porque a partir <strong>de</strong> então somaram<br />

sucesso, atrás <strong>de</strong> sucesso.<br />

A sua importância levou-os a serem<br />

membros da Fe<strong>de</strong>ração do Folclore<br />

Português e estão inscritos no INA-<br />

TEL. Para orgulho folclórico, foram<br />

galardoados com medalha <strong>de</strong> Mérito<br />

Cultural em Julho <strong>de</strong> 2010, pela<br />

junta <strong>de</strong> Freguesia da Correlhã e<br />

em 2011 pela Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

Ponte <strong>de</strong> Lima.<br />

Foi uma excelente actuação a forma<br />

como se apresentaram, como dançaram<br />

e como actuaram para os<br />

portugueses, que se <strong>de</strong>slocaram a<br />

Wetzikon para verem o que <strong>de</strong> melhor<br />

se faz em termos <strong>de</strong> folclore.<br />

Entre o publico <strong>de</strong>stacamos a presença<br />

do presi<strong>de</strong>nte da F.P.F.E.S<br />

Florêncio Carneiro e a comitiva que<br />

acompanhou o rancho. O Rancho<br />

<strong>de</strong> Wetzikon acolheu com muito orgulho<br />

e dignida<strong>de</strong> o Sr. Presi<strong>de</strong>nte<br />

da da Câmara <strong>de</strong> Mondim <strong>de</strong> Basto,<br />

Humberto Cerqueira, bem como<br />

o Dr. Valentim Macedo, Dr. José<br />

Queirós e o Dr. Marcelino Silva da<br />

Junta <strong>de</strong> Atei.<br />

Foi uma honra po<strong>de</strong>r realizar estes<br />

festivais que dá entrada no ano épi-


Julho/Agosto 2015<br />

Comunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

19<br />

co, do nosso vigésimo aniversário.<br />

Um obrigada a todos os patrocinadores,<br />

que <strong>de</strong>ram o seu contributo,<br />

para as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> toda uma festa<br />

organizada em <strong>de</strong>fesa do nosso<br />

património. Um apreço in<strong>de</strong>finido<br />

a todos os que ajudaram na organização.<br />

Bem-haja.<br />

Que posso eu dizer ao Rancho Folclórico<br />

<strong>de</strong> Wetzikon.<br />

Amigos<br />

Palavra <strong>de</strong> partilha, saber que estamos<br />

e contamos com eles.<br />

A todos os elementos que formam<br />

este rancho a todos os que nos<br />

acompanham e também aqueles<br />

que estão sempre do lado <strong>de</strong> lá.<br />

Quero hoje e porque estamos na<br />

contagem <strong>de</strong>crescente, para a<br />

gran<strong>de</strong> festa do vosso vigésimo aniversário,<br />

homenagear, este grupo<br />

pelas conquistas adquiridas, no<br />

percurso da vossa vida folclórica.<br />

Qualquer palavra será curta para<br />

vos dizer obrigada, pelos momentos<br />

<strong>de</strong> folclore, pelas viagens, risadas,<br />

cumplicida<strong>de</strong> e pelo apoio incondicional<br />

a outros ranchos.<br />

Esse cordão umbilical que se formou,<br />

é uma realida<strong>de</strong> que já não<br />

faz falta conquistar.<br />

Pertence-vos<br />

Sois um grupo, aberto a inovação,<br />

sempre a apren<strong>de</strong>r e crescer.<br />

A vossa dinâmica, dá-vos uma luminosa<br />

imagem folclorista.<br />

Os vossos princípios <strong>de</strong> Amiza<strong>de</strong>,<br />

Fé, Força, Felicida<strong>de</strong>, Folclore e sobretudos<br />

os princípios Morais são<br />

um verda<strong>de</strong>iro exemplo nos tempos<br />

que correm.<br />

Vivemos numa socieda<strong>de</strong> hipersensível,<br />

e ao mesmo tempo<br />

opaca, mas a vossa transparência<br />

e verda<strong>de</strong> são o reforço da vossa<br />

imagem como grupo folclórico que<br />

sois.<br />

Aqui meus amigos, Ranchos presentes<br />

e publico; somos todos<br />

Heróis das nossas tradições.<br />

Todo o Rancho <strong>de</strong> Wetzikon e também<br />

o Sr. Ramos, por todo o contributo<br />

e patrocínio que tem prestado<br />

a este fabuloso Grupo Folclórico


20 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Comunida<strong>de</strong>s<br />

Julho/Agosto 2015<br />

Rancho Juvenil <strong>de</strong> Pfäffikon<br />

protagonista do 4º Festival <strong>de</strong> Folclore<br />

MAria dos Santos<br />

Junho é o mês dos Santos Populares.<br />

O Rancho Folclórico Juvenil <strong>de</strong><br />

Pfãfikon escolheu o 20 Junho 2015<br />

para festejar o seu 4 Festival.<br />

“A chuva caía lá fora”. Fez-me lembrar<br />

o fado do Jorge Fernando<br />

“Chuva”. Sim Fado e Folclore são<br />

tradições tão nossas. Tão diferentes…e<br />

qual <strong>de</strong>las a mais bonita.<br />

Ambas tocam no coração <strong>de</strong> quem<br />

diariamente, junta um grau <strong>de</strong><br />

areia, para po<strong>de</strong>r nas festa, festivais,<br />

romarias, mostrar o nosso folclore.<br />

A sala <strong>de</strong> festa, encheu-se <strong>de</strong> folclorista,<br />

entusiasmado e felizes <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>rem, neste serão acolhedor,<br />

mostrar as danças e cantares, em<br />

repertórios cuidadosamente escolhidos.<br />

Nestes festejos estiveram presentes<br />

4 grupos. O Rancho <strong>de</strong> Sierre, o<br />

<strong>de</strong> Berne, Grenoble e a abrir o festival<br />

o Rancho Juvenil <strong>de</strong> Pfãfikon.<br />

Para aquecer o ambiente o rancho<br />

<strong>de</strong> França, fez uma pequena <strong>de</strong>monstração<br />

<strong>de</strong> bombos.<br />

Os primeiros a dançarem foram os<br />

anfitriões. A frente <strong>de</strong>ste grupo Juvenil,<br />

está o Hel<strong>de</strong>r Filipe, que cheio<br />

<strong>de</strong> coragem arrancou com o projecto<br />

e estreou-se vitoriosamente neste<br />

4º festival.<br />

Este rancho, Juvenil, está em constante<br />

progressão, os seus dançadores<br />

e dançarinos, tocadores e toca<strong>de</strong>iras,<br />

mostraram que estão, aqui<br />

para dar um contributo valioso à<br />

nossa tradição.<br />

E se lá fora chovia, na sala e após<br />

terminarem a actuação, choveram<br />

aplausos bem merecidos, tanto<br />

pela organização, como pelo modo<br />

<strong>de</strong> receber os outros ranchos e que<br />

lhe valeu uma <strong>de</strong>dicatória, pela sua<br />

simplicida<strong>de</strong>, simpatia e humilda<strong>de</strong>.<br />

Parabéns Hél<strong>de</strong>r Filipe. Ficamos<br />

com sauda<strong>de</strong> do vosso festival.<br />

A elegância dos trajes, a posturas<br />

dos elementos, e as coreografias do<br />

rancho <strong>de</strong> Sierre, subiram ao Palco.<br />

Um rancho que se apresentou <strong>de</strong><br />

novo gerido pelo Luís Martins, que<br />

após uma ausência, regressou com<br />

brilhou e quiçá novos projectos.<br />

O Rancho <strong>de</strong> Berne e apesar da ausência<br />

<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong><br />

elementos, falseou o seu folclore,<br />

com classe, apresentando, as suas<br />

musicas com uma recolha explicativa<br />

sobre as mesmas.<br />

Entre Chulas, Malhão, corridinhos e<br />

a dança rainha que é o Vira, conti-


Julho/Agosto 2015<br />

Comunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

21<br />

nuava este festival com o grupo vindo <strong>de</strong><br />

Grenoble. Conquistou o publico presente.<br />

Finalizaram eles as actuações convidando<br />

todos para o sempre <strong>de</strong>sejado momento. O<br />

Vira Geral.<br />

O palco voltava a estar ocupados, pelas ban<strong>de</strong>ira<br />

e respectivos elementos que receberam<br />

a fita e uma lembrança para mais tar<strong>de</strong><br />

recordarem.<br />

Hel<strong>de</strong>r Filipe num breve discurso, agra<strong>de</strong>ceu<br />

a todos os que o ajudaram, directamente e<br />

indirectamente neste 4º festival, incluindo<br />

os que contribuíram com somas monetárias,<br />

para o efeito.<br />

Referido foi também uma mesa <strong>de</strong> “peso”,<br />

pois a maioria dos membros da F.P.F.E.S, estavam<br />

presente. Apenas faltou Luís Matos.<br />

O serão continuou, com a dupla Miguel e<br />

Alex, que cantaram muita música popular<br />

portuguesa, <strong>de</strong>safiando o público a uma<br />

missiva participação.<br />

A gastronomia esteve presente, mas foram<br />

os <strong>de</strong>liciosos grelhados que conquistaram o<br />

primeiro prémio.<br />

Não faltaram as <strong>de</strong>liciosas sobremesas, caseias.<br />

Felicitações a todas as senhoras que<br />

as confeccionaram.<br />

“A chuva continuava a cair” e nos rostos dos<br />

dançadores e dançarinos, caía suor, do esforço<br />

e da alegria.<br />

Sem dúvida que a sala transpirou <strong>de</strong> emoção<br />

alegria, convívio e uma enorme satisfação,<br />

por vermos este grupo Juvenil, capaz <strong>de</strong><br />

lutar pela aquisição <strong>de</strong> um lugar ao sol.<br />

Estou orgulhosa <strong>de</strong> ser testemunha do labor<br />

que a nossa Comunida<strong>de</strong> faz em preservar<br />

a tradição.<br />

Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

Com apoio <strong>de</strong>:<br />

Sprachför<strong>de</strong>rkredit <strong>de</strong>r Stadt Zürich<br />

Bun<strong>de</strong>samt für Migration<br />

Integrationsför<strong>de</strong>rung <strong>de</strong>s Kantons Zürich<br />

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8004 Zürich<br />

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22 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Publicida<strong>de</strong><br />

Julho/Agosto 2015<br />

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Julho/Agosto 2015<br />

Turismo<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

23<br />

Veneza<br />

que circundam e atraves-<br />

e on<strong>de</strong> se situam os monu-<br />

veriam o mundo externo.<br />

sam a cida<strong>de</strong>.<br />

mentos mais importantes,<br />

A Ponte <strong>de</strong> Rialto é a<br />

O turismo é a sua princi-<br />

assim como inúmeros res-<br />

mais antiga e mais famosa<br />

pal activida<strong>de</strong> económica<br />

taurantes e esplanadas. É<br />

ponte da cida<strong>de</strong>. Situada<br />

e todos os anos recebe<br />

também o local <strong>de</strong> abrigo<br />

sobre o Gran<strong>de</strong> Canal,<br />

mais <strong>de</strong> 12 milhões <strong>de</strong> visi-<br />

para milhares <strong>de</strong> pombos<br />

esta construção em forma<br />

tantes. Esta afluência <strong>de</strong>-<br />

que aguardam ansiosos<br />

<strong>de</strong> arco era inicialmente a<br />

Emília Farinha<br />

Veneza é constituída<br />

por 120 pequenas ilhas,<br />

separadas por numerosos<br />

canais e ligadas entre si<br />

por mais <strong>de</strong> 400 pontes.<br />

Esta cida<strong>de</strong> museu, repleta<br />

<strong>de</strong> palácios <strong>de</strong> uma<br />

beleza incrível, praças e<br />

outros monumentos históricos,<br />

assenta sobre a<br />

água e por isso os meios<br />

<strong>de</strong> transporte disponíveis,<br />

quer públicos, quer privados,<br />

são os chamados<br />

vaporetos, os barcos - táxi<br />

e os barcos privados. As<br />

gôndolas são o meio <strong>de</strong><br />

transporte preferido dos<br />

turistas, pelo menos para<br />

aqueles que <strong>de</strong>sejam fazer<br />

um passeio romântico<br />

ao longo dos vários canais<br />

ve-se a todo o misticismo<br />

que ro<strong>de</strong>ia a cida<strong>de</strong>, mas<br />

também ao gran<strong>de</strong> número<br />

<strong>de</strong> eventos que todos<br />

os anos aqui se realizam<br />

(Bienal <strong>de</strong> Arte, Festival<br />

Internacional <strong>de</strong> Música<br />

Contemporânea,<br />

Mostra<br />

<strong>de</strong> Cinema, etc.). O evento<br />

mais importante é sem<br />

dúvida o famoso Carnaval<br />

<strong>de</strong> Veneza que, através<br />

das suas máscaras e<br />

figurinos, tenta durante<br />

10 dias reproduzir o estilo<br />

dos nobres do séc. XVII e<br />

XVIII. São 10 dias <strong>de</strong> pura<br />

magia e, apesar do frio<br />

que aí se faz sentir em fevereiro,<br />

esta é sem dúvida<br />

uma das melhores alturas<br />

para visitar Veneza.<br />

A Piazza di San Marco é<br />

a principal praça da cida<strong>de</strong><br />

pelos saquinhos <strong>de</strong> milho<br />

<strong>de</strong>ixados pelos turistas.<br />

A Basílica di San Marco<br />

situada num dos extremos<br />

da praça combina<br />

estilos arquitectónicos e<br />

<strong>de</strong>corativos oci<strong>de</strong>ntais e<br />

orientais e é consi<strong>de</strong>rado<br />

um dos edifícios mais belos<br />

da Europa.<br />

A Ponte dos Suspiros<br />

situada também muito<br />

próxima da Piazza di San<br />

Marco, liga o Palazzo Ducale<br />

à Prigioni Nove, o primeiro<br />

edifício do mundo<br />

construído para ser uma<br />

prisão. O seu nome <strong>de</strong>ve-<br />

-se a uma lenda que relata<br />

que, em tempos remotos,<br />

os prisioneiros atravessando-a<br />

para chegar<br />

à prisão, suspiravam por<br />

ser essa a última vez que<br />

única ligação existente entre<br />

os dois lados do canal.<br />

Finalmente, as Ilhas <strong>de</strong><br />

Murano são conhecidas<br />

sobretudo pela sua produção<br />

<strong>de</strong> peças em vidro.<br />

Para chegar lá é necessário<br />

fazer a viagem <strong>de</strong><br />

vaporeto, mas <strong>de</strong>pois é<br />

possível visita-las a pé, já<br />

que todas elas estão interligadas<br />

entre si através <strong>de</strong><br />

pontes.<br />

E muito mais haveria para<br />

contar sobre esta cida<strong>de</strong><br />

maravilhosa. Se pensa em<br />

visitar Veneza, reserva 4<br />

ou 5 dias e faça-o <strong>de</strong>vagar,<br />

percorrendo todas as ruelas<br />

e <strong>de</strong>scobrindo a magia<br />

escondida em cada ponto<br />

da cida<strong>de</strong>. Tenho a certeza<br />

<strong>de</strong> que não se irá arrepen<strong>de</strong>r!


24 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Memória<br />

Julho/Agosto 2015<br />

A Lei da Descolonização<br />

Completam-se por estes<br />

dias 41 anos. Em Julho <strong>de</strong> 1974,<br />

já com Vasco Gonçalves como<br />

primeiro-ministro, António <strong>de</strong><br />

Spínola, então chefe <strong>de</strong> Estado,<br />

viu-se forçado a assinar a Lei nº<br />

7/741, cujo teor recusara na discussão<br />

na Pontinha, na sequência<br />

do 25 <strong>de</strong> Abril, levando à alteração<br />

do Programa do MFA,<br />

mca<strong>de</strong>mar@gmail.com<br />

tornando-o ambíguo no que à <strong>de</strong>scolonização<br />

respeita. A verda<strong>de</strong>,<br />

Texto :<br />

Carlos A<strong>de</strong>mar porém, é que, com a excepção da<br />

Fotos:<br />

Guiné, após o 25 <strong>de</strong> Abril, a guerra<br />

não só não acalmou, como recru<strong>de</strong>sceu<br />

em Moçambique e em An-<br />

Alfredo Cunha (*)<br />

gola. O número <strong>de</strong> baixas do lado<br />

português foi consi<strong>de</strong>ravelmente mais elevado do que<br />

o verificado nos primeiros meses do ano2. Samora Machel,<br />

o lí<strong>de</strong>r da Frelimo, não podia ser mais explícito,<br />

quando num discurso proferido a 8 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1974<br />

1 César Oliveira, Portugal, dos quatro cantos do Mundo à Europa – A<br />

<strong>de</strong>scolonização (1974-1976), ensaios e documentos. Lisboa: Edições Cosmos,<br />

1996, p. 85.<br />

2 Maria José Tíscar Santiago, O 25 <strong>de</strong> Abril e o Conselho <strong>de</strong> Estado…,<br />

p. 62.<br />

afirmou: «Devemos intensificar e ampliar as zonas da<br />

luta armada para a libertação nacional. (…) Os acontecimentos<br />

que acabam <strong>de</strong> ocorrer em Portugal estão<br />

intimamente ligados ao <strong>de</strong>senvolvimento da nossa<br />

luta armada»3. A 28 <strong>de</strong> Junho, o dirigente máximo do<br />

MPLA, Agostinho Neto, afirmou recusar o referendo<br />

que a Metrópole queria impor, <strong>de</strong>ntro da estratégia <strong>de</strong>fendida<br />

em Portugal e o Futuro <strong>de</strong> Spínola. O lí<strong>de</strong>r da<br />

UNITA, Jonas Savimbi, foi mais longe, porquanto, não<br />

só recusou o referendo nos mol<strong>de</strong>s propostos, como<br />

requereu eleições locais mal fossem conseguidas as<br />

condições <strong>de</strong> paz necessárias para as realizar, visando<br />

a constituição da Assembleia Legislativa4.<br />

A pressão continuava a chegar <strong>de</strong> África, mas<br />

não apenas a partir dos movimentos <strong>de</strong> libertação.<br />

Também as tropas portuguesas, das diversas frentes,<br />

iam dando conta da necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> se iniciarem<br />

as conversações tendo em vista o estabelecimento<br />

da paz. O impasse que se verificava na Metrópole<br />

face à <strong>de</strong>scolonização, levou a tensões que geraram<br />

ultimatos, como o que <strong>de</strong> seguida se expõe: «Ou vocês<br />

3 Ibi<strong>de</strong>m.<br />

4 Henrique Barrilaro Ruas, (dir. e coor.), A Revolução das Flores - Governo<br />

<strong>de</strong> Palma Carlos…, p. 192.


Julho/Agosto 2015<br />

Memória<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

25<br />

fazem o cessar-fogo imediatamente, ou somos nós a<br />

fazê-lo com eles, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> vocês»5, terá<br />

dito Pires Veloso, <strong>de</strong>legado do MFA em Moçambique.<br />

Tudo leva a crer, contudo, que reacções como esta<br />

obe<strong>de</strong>ciam a um plano traçado pela Comissão Coor<strong>de</strong>nadora<br />

do MFA, que envolvia os núcleos do Movimento<br />

nas várias frentes africanas em conflito, a julgar pelo<br />

que escreveu mais tar<strong>de</strong> Vítor Alves: «Em consonância<br />

com a Comissão Coor<strong>de</strong>nadora (as <strong>de</strong>legações locais<br />

do MFA) conseguem assumir uma pequena parcela<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r político necessária para controlar a situação<br />

nesses territórios e encetar os primeiros contactos visando<br />

a paz»6. Era mais uma forma <strong>de</strong> pressão com<br />

um <strong>de</strong>stinatário bem i<strong>de</strong>ntificado: António <strong>de</strong> Spínola.<br />

Tardavam as negociações e os soldados no terreno<br />

tinham alguma dificulda<strong>de</strong> em compreen<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>mora,<br />

face aos reais motivos que levaram ao 25 <strong>de</strong> Abril.<br />

Os combates prosseguiam, intensificavam-se até; o<br />

número <strong>de</strong> mortos e feridos aumentava, numa conjuntura<br />

em que não surgia outra saída que não passasse<br />

pela <strong>de</strong>scolonização, sendo apenas uma questão <strong>de</strong><br />

tempo. No seu ponto <strong>de</strong> vista, quanto mais cedo regressassem<br />

à Metrópole melhor. Ninguém queria ser<br />

o último soldado a morrer numa guerra cujo fim, era já<br />

conhecido por todos.<br />

Também <strong>de</strong> outras partes do mundo chegavam<br />

sinais <strong>de</strong> pressão. «O apoio ao novo regime português<br />

continuava condicionado a uma clara posição <strong>de</strong>scolonizadora<br />

dos novos governantes»7. A preocupação<br />

reinava em certos sectores políticos portugueses por<br />

via disso, <strong>de</strong>signadamente no Ministério dos Negócios<br />

Estrangeiros, li<strong>de</strong>rado por Mário Soares, que terá mandatado<br />

o seu sobrinho por afinida<strong>de</strong>, o capitão miliciano<br />

José Manuel Barroso, para patrocinar uma reunião<br />

na Rua <strong>de</strong> Campoli<strong>de</strong>8. Foram convidados Salgado<br />

Zenha, outra figura <strong>de</strong> proa do PS e então ministro da<br />

Justiça, Vítor Alves, Melo Antunes e Almada Contreiras,<br />

os três da Comissão Coor<strong>de</strong>nadora do MFA. A reunião<br />

ocorreu a 1 <strong>de</strong> Julho, e se <strong>de</strong>la não são conhecidas conclusões,<br />

sabe-se, que a situação no terreno começou a<br />

sofrer alterações visíveis a partir daí. No dia seguinte,<br />

é emitido um comunicado do Partido Socialista, on<strong>de</strong><br />

não se escondiam algumas críticas à actuação do Go-<br />

5 Maria Manuela Cruzeiro, Vasco Gonçalves - Um general na Revolução…,<br />

p. 81.<br />

6 Vítor Alves, «Colonialismo e Descolonização», Revista Crítica <strong>de</strong><br />

Ciências Sociais, Maio, 1985, pp. 559-567 - http://www.ces.uc.pt/rccs/in<strong>de</strong>x.<br />

php?id=220&id_lingua=1<br />

7 Maria José Tíscar Santiago, O 25 <strong>de</strong> Abril e o Conselho <strong>de</strong> Estado…,<br />

p. 66.<br />

8 I<strong>de</strong>m, p. 91.<br />

verno, li<strong>de</strong>rado por A<strong>de</strong>lino da Palma Carlos, tecendo<br />

elogios ao Programa do MFA9. Uns dias antes, a Comissão<br />

Coor<strong>de</strong>nadora fizera chegar ao Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República uma comunicação em tom crítico, face<br />

à baixa produção legislativa do Governo, incitando<br />

António <strong>de</strong> Spínola a diligenciar para imprimir ao Executivo<br />

«a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entendimento e dinamismo<br />

que a situação exige»10. Esta informação foi corroborada<br />

por Spínola, quando <strong>de</strong>u conta <strong>de</strong> que recebera<br />

uma carta <strong>de</strong> Vasco Gonçalves sobre essa questão11.<br />

Galvão <strong>de</strong> Melo, não obstante a proximida<strong>de</strong> com Spínola,<br />

foi também muito crítico da atuação do I Governo<br />

Provisório, acusando-o <strong>de</strong> passivida<strong>de</strong>12.<br />

Vítor Alves, em entrevista concedida a O Século,<br />

<strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Junho, não <strong>de</strong>ixou dúvidas sobre o pensamento<br />

que perpassava a CC do MFA, relativamente às províncias<br />

ultramarinas, ignorando o «Portugal pluricontinental»,<br />

tão ao gosto <strong>de</strong> Spínola, ao afirmar que tudo<br />

se <strong>de</strong>via fazer para «evitar que o caminho da paz, da<br />

<strong>de</strong>scolonização e da auto<strong>de</strong>terminação em África seja<br />

obstruído.»13 O Diário <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Julho dava<br />

conta <strong>de</strong> uma conferência da OUA, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> saiu um<br />

apelo a todos os países para que não estabelecessem<br />

relações diplomáticas com Portugal, enquanto «os portugueses<br />

não reconhecerem o direito à in<strong>de</strong>pendência<br />

das suas colónias»14.<br />

Era difícil manter a situação. Já no fim da vigência<br />

do Governo <strong>de</strong> Palma Carlos, o Conselho <strong>de</strong> Estado<br />

aprovara a Lei nº 6/74, que era composta por um ponto<br />

único: «De acordo com a Carta das Nações Unidas, Portugal<br />

reconhece o direito à auto<strong>de</strong>terminação, com todas<br />

as suas consequências, incluindo a in<strong>de</strong>pendência<br />

dos territórios portugueses <strong>de</strong> África e da Ásia». Este<br />

era o passo em frente que naquele contexto histórico<br />

era preciso dar, porém, a norma legal não chegou a ser<br />

promulgada por Spínola. Não muito mais tar<strong>de</strong>, contudo,<br />

o seu teor viria a servir <strong>de</strong> base à produção da Lei<br />

nº 7/74, que foi aprovada a 26 <strong>de</strong> Julho. De facto, só a<br />

partir da sua divulgação pública por parte do Presi<strong>de</strong>nte<br />

da república, o que aconteceu no dia seguinte, se<br />

pôs fim a uma política prenhe <strong>de</strong> ambiguida<strong>de</strong>s relativamente<br />

ao Ultramar. Ficavam assim criadas as condições<br />

para que fosse possível a assinatura dos acor-<br />

9 Henrique Barrilaro Ruas (dir. e coord.), A Revolução das Flores -<br />

Governo Palma Carlos…, p. 235.<br />

10 Maria José Tíscar Santiago, O 25 <strong>de</strong> Abril e o Conselho <strong>de</strong> Estado…,<br />

p. 83.<br />

11 António <strong>de</strong> Spínola, País sem rumo…, p. 148.<br />

12 General Galvão <strong>de</strong> Melo, MFA – Movimento revolucionário…, p. 15.<br />

13 Henrique Barrilaro Ruas (dir. e coord.), A Revolução das Flores –<br />

Governo Palma Carlos…, p. 157.<br />

14 I<strong>de</strong>m, p. 234.


26 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Memória<br />

Julho/Agosto 2015<br />

dos <strong>de</strong> paz e o cessar-fogo nas várias frentes <strong>de</strong> guerra.<br />

Segundo Vítor Alves, «O erro <strong>de</strong> Spínola e dos<br />

seus apoiantes terá sido não enten<strong>de</strong>rem que, após<br />

mais <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> guerra, não havia condições<br />

para “outorgar in<strong>de</strong>pendências” e que, mesmo<br />

que a “outorga” fosse possível, ela não se po<strong>de</strong>ria fazer<br />

com votos, por tal não correspon<strong>de</strong>r ao processo<br />

normal <strong>de</strong> formação das nacionalida<strong>de</strong>s.»15 As in<strong>de</strong>pendências<br />

haviam sido conquistadas pelo sacrifício<br />

dos povos colonizados, sacrifício reconhecido pela comunida<strong>de</strong><br />

internacional. Era tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais para que o<br />

país colonizador saísse bem da encruzilhada on<strong>de</strong> se<br />

envolvera. Esse tempo esboroara-se. Restava ao Portugal<br />

liberto da ditadura remediar a situação dramática<br />

em que esta colocara o seu povo: negociar com os<br />

movimentos <strong>de</strong> libertação, basicamente para tentar<br />

salvaguardar o melhor possível os interesses dos portugueses<br />

radicados nas províncias ultramarinas, e recuperar<br />

rapidamente a sua imagem perante a comunida<strong>de</strong><br />

internacional.<br />

A reconciliação <strong>de</strong> Portugal com a ONU só ocorreu<br />

após a aprovação <strong>de</strong>sta Lei. É sintomática a comparação<br />

que se po<strong>de</strong> estabelecer entre a receptivida<strong>de</strong><br />

que dois altos representantes do po<strong>de</strong>r político português<br />

tiveram na Assembleia Geral, num prazo inferior<br />

a um ano. Quando, a 28 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1973, o<br />

então ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício,<br />

ali discursou, na sequência da <strong>de</strong>claração unilateral da<br />

in<strong>de</strong>pendência da Guiné, muitas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> representantes<br />

<strong>de</strong> outros tantos países abandonaram a sala<br />

ostensivamente, e o político português ficou a falar<br />

15 Vítor Alves, «Colonialismo e Descolonização», Revista Crítica <strong>de</strong><br />

Ciências Sociais, Maio, 1985, pp. 559-567 - http://www.ces.uc.pt/rccs/in<strong>de</strong>x.<br />

php?id=220&id_lingua=1<br />

para um hemiciclo gigantesco quase <strong>de</strong>serto. A 17 <strong>de</strong><br />

Outubro <strong>de</strong> 1974, foi a vez do general Costa Gomes, já<br />

Presi<strong>de</strong>nte da República, ali discursar e fê-lo para uma<br />

sala plena <strong>de</strong> pessoas e interesse em ouvir o que tinha<br />

para dizer o chefe político da mais recente <strong>de</strong>mocracia<br />

do mundo.<br />

Por esta altura, já Portugal reconhecera a in<strong>de</strong>pendência<br />

da Guiné-Bissau; estabelecera os acordos<br />

<strong>de</strong> Lusaca, em 7 <strong>de</strong> Setembro, visando a in<strong>de</strong>pendência<br />

<strong>de</strong> Moçambique a 25 <strong>de</strong> Junho do ano seguinte, e<br />

entabulara discussão com os outros movimentos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntistas<br />

<strong>de</strong> Angola e <strong>de</strong> São Tomé e Príncipe. No<br />

entanto, no que às relações com o continente africano<br />

respeita, só a assinatura dos acordos <strong>de</strong> Alvor, a 15 <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> 1975, representou o primeiro passo para<br />

a aceitação do novo regime português por parte dos<br />

países <strong>de</strong> África. Só então foi <strong>de</strong>cretado o fim do isolamento<br />

diplomático <strong>de</strong> Portugal naquele continente16.<br />

A lei 7/74 representou o fim <strong>de</strong> uma das mais<br />

renhidas e prolongadas batalhas entre Spínola e a<br />

Coor<strong>de</strong>nadora do MFA, que se iniciara na noite <strong>de</strong> 25<br />

<strong>de</strong> Abril, na Pontinha. Aliás, po<strong>de</strong>mos dizer sem correr<br />

gran<strong>de</strong>s riscos <strong>de</strong> errar, que nessa noite, António<br />

<strong>de</strong> Spínola teve a sua única vitória importante face ao<br />

MFA. Des<strong>de</strong> então, talvez com a excepção da escolha<br />

<strong>de</strong> A<strong>de</strong>lino da Palma Carlos para chefe do primeiro Governo<br />

Provisório, somou <strong>de</strong>rrotas, uma atrás da outra<br />

até à <strong>de</strong>rrota final, a 28 <strong>de</strong> Setembro.<br />

(*) A Cortina dos Dias (Porto Editora), <strong>de</strong> Alfredo Cunha,<br />

que foi editor <strong>de</strong> fotografia do PÚBLICO durante os primeiros<br />

anos do jornal, reúne mais <strong>de</strong> 40 anos <strong>de</strong> imagens (1970-<br />

2012) <strong>de</strong> um dos maiores fotojornalistas portugueses.<br />

16 Maria José Tíscar Santiago, O 25 <strong>de</strong> Abril e o Conselho <strong>de</strong> Estado…, p. 67.


Julho/Agosto 2015<br />

Saú<strong>de</strong><br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

27<br />

O Sono<br />

Zuila Messmer (*)<br />

O sono <strong>de</strong>stina-se a recuperar<br />

o organismo do<br />

<strong>de</strong>sgaste físico, mental e<br />

emocional que o corpo<br />

sofreu durante o tempo<br />

em que esteve acordado.<br />

Dormir envolve múltiplos<br />

e complexos mecanismos<br />

fisiológicos e comportamentais<br />

do sistema nervoso.<br />

Através do sono se mantém<br />

o equlíbrio geral do<br />

organismo, das funções<br />

orgânicas e das substâncias<br />

químicas que influenciam<br />

na saú<strong>de</strong>. Dormir<br />

fortalece o sistema imunológico,<br />

equilíbria as<br />

secreções orgânicas,<br />

favorece a liberação <strong>de</strong><br />

hormônios (crescimento,<br />

insulina...), consolida a<br />

memória, proporciona<br />

relaxamento e <strong>de</strong>scanso<br />

muscular, regula a temperatura<br />

corporal e outros<br />

benefícios.<br />

Durante o sono são i<strong>de</strong>ntificados<br />

dois estágios<br />

distintos, <strong>de</strong>nominados<br />

Sono não REM (NREM)<br />

e sono REM, <strong>de</strong> origem<br />

inglesa. Essas fases diferenciam-se<br />

segundo a<br />

progressão da profundida<strong>de</strong><br />

do sono durante<br />

a noite. Alternam-se ciclicamente<br />

e repetem-se a<br />

cada 70 a 110 minutos,<br />

com 4 a 6 ciclos por noite.<br />

A distribuição <strong>de</strong>sses estágios<br />

do sono varia <strong>de</strong><br />

acordo com a ida<strong>de</strong>, o ritmo<br />

cardíaco, a temperatura<br />

ambiente, a ingestão<br />

<strong>de</strong> drogas e <strong>de</strong>terminadas<br />

doenças.<br />

Sono não REM representa<br />

cerca <strong>de</strong> 75% das horas<br />

<strong>de</strong> sono. No início <strong>de</strong>ssa<br />

etapa ocorre a transição<br />

entre o estado <strong>de</strong> vigília<br />

(estar acordado) e o<br />

sono. Quando se começa<br />

a dormir o sono é leve,<br />

<strong>de</strong>pois vai evoluindo....<br />

tornando-se profundo.<br />

O sono NREM caracterízase<br />

pela intensa ativida<strong>de</strong><br />

cerebral e pela baixa no<br />

metabolismo orgânico<br />

induzindo a diminuição<br />

no rítmo cardíaco e do<br />

sistema respiratório (a<br />

respiração fica mais lenta).<br />

Os músculos relaxam,<br />

o corpo economiza energia<br />

e ocorre aumento<br />

da massa muscular. Há<br />

promoção e restauração<br />

dos tecidos, liberação do<br />

hormônio <strong>de</strong> crescimento<br />

e a queda da temperatura<br />

corporal .<br />

Passando esse período,<br />

vem a fase do sono REM,<br />

em inglês significa “Rapid<br />

Eye Movement”, que quer<br />

dizer - movimento rápido<br />

dos olhos.<br />

Nessa etapa o sono é<br />

profundo e abrange 20%<br />

da noite. Durante o REM<br />

ocorre a baixa amplitu<strong>de</strong><br />

cerebral, mas o cérebro<br />

não fica <strong>de</strong>sligado enquanto<br />

dormimos . O<br />

sono é neurologicamente<br />

agitado, os olhos movemse<br />

como se estivesse vendo<br />

coisas.<br />

Durante o REM ocorre<br />

<strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> adrenalina,<br />

picos <strong>de</strong> batimentos<br />

cardíacos e da pressão<br />

arterial. Há consolidação<br />

da memória e do aprendizado.<br />

É o momento em<br />

que mais se <strong>de</strong>scansa e<br />

que se sonha. Quando a<br />

pessoa está dormindo e é<br />

acordada, ela volta imediatamente<br />

à primeira fase<br />

do sono, comprometendo<br />

esse<br />

processo.<br />

De on<strong>de</strong> vem o<br />

sono<br />

O sono é coor<strong>de</strong>nado por<br />

um hormônio chamado<br />

melatonina, produzido<br />

pela glândula pineal, bem<br />

no meio do cérebro, que<br />

é a chave do “relógio interno”,<br />

que nos faz dormir<br />

e acordar em ciclos <strong>de</strong> 24<br />

horas. Um mecanismo fisiológico<br />

natural <strong>de</strong> adaptação<br />

dos seres vivos ao<br />

ritmo do sol. Quando<br />

começa a escurecer, o organismo<br />

começa a liberar<br />

mais melatonina - e se<br />

sente cada vez mais sonolência,<br />

até dormir. De<br />

manhã, com tudo claro, o<br />

nível <strong>de</strong> melatonina cai, e<br />

se acorda.<br />

Vejamos mais alguns<br />

<strong>de</strong>talhes do<br />

efeito do sono:<br />

Boca -A produção <strong>de</strong> saliva<br />

diminui e a boca fica<br />

mais seca. Há uma predisposição<br />

para a proliferação<br />

das bactérias bucais, o<br />

que faz com que em geral<br />

se acor<strong>de</strong> com mau hálito.<br />

Pele - Quando dormimos<br />

pouco, o corpo libera<br />

mais cortisol, um dos hormônios<br />

do estresse. Esse<br />

hormônio em excesso inibe<br />

a produção <strong>de</strong> colágeno,<br />

que é proteína mais<br />

importante para uma pele<br />

saudável ebonita.<br />

Cérebro - Faz uma limpeza<br />

- <strong>de</strong>scarta células mortas<br />

e as moléculas que impe<strong>de</strong>m<br />

as conexões entre os<br />

neurônios. Os nervos mal<br />

conectados uns com os<br />

outros influência na obtenção<br />

do Alzheimer, doença<br />

neurológica que leva à<br />

perda <strong>de</strong> memória.<br />

Nosso <strong>de</strong>sempenho físico<br />

e mental está diretamente<br />

relacionado à uma<br />

boa noite <strong>de</strong> sono. Uma<br />

noite acordada apresenta<br />

efeitos no dia seguinte.<br />

A coor<strong>de</strong>nação motora é<br />

prejudicada e a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> raciocínio fica comprometida,<br />

ou seja, sem o<br />

merecido <strong>de</strong>scanso o organismo<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> cumprir<br />

uma série <strong>de</strong> tarefas importantíssimas.<br />

Recomenda-se dormir<br />

<strong>de</strong> 7 a 8 horas por dia.<br />

Dormir bem é essencial<br />

para manter-se saudável,<br />

melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida e até aumentar a longevida<strong>de</strong>.<br />

Tenham bom sono e bons<br />

sonhos!!<br />

escrito em PT/BR


28 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Conversamos com…<br />

Julho/Agosto 2015<br />

Erica Fernan<strong>de</strong>s<br />

Erica Fernan<strong>de</strong>s, tem 11 Anos e é natural da Freguesia<br />

<strong>de</strong> Esperança, Povoa <strong>de</strong> Lanhoso.<br />

Des<strong>de</strong> há cinco anos é dançarina no Rancho centro<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong>.<br />

Ela tem um gosto especial pela dança, “a Chula”, refere<br />

que “quando danço” sinte “a alegria do Folclore<br />

porque gosto muito <strong>de</strong> dançar e <strong>de</strong> estar ro<strong>de</strong>ada<br />

por muitos amigos”.<br />

A Erica nos seus tempos livres diz ver televisão, ouvir<br />

as musicas que gosta especialmente as da “Violeta,<br />

Katy Perry, Tony Carreira e outros”.<br />

Como toda a criança da sua ida<strong>de</strong>, a Erica gosta <strong>de</strong><br />

brincar com os seus amigos e <strong>de</strong> jogar “às escondidas,<br />

à apanhada e coisas assim”…<br />

Está sempre ansiosa que chegue a época das férias<br />

para ir a Portugal, on<strong>de</strong> diz ter “muita família”<br />

e on<strong>de</strong> adora “conviver, brincar e matar sauda<strong>de</strong>s”<br />

da sua “família, do nosso país, do nosso povo e das<br />

nossas tradições”.<br />

Na breve conversa que tivemos com a Erica, a finalizar,<br />

ela <strong>de</strong>ixou uma mensagem a todo o grupo do<br />

Rancho do Centro <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong>;<br />

Por amor ao folclore e amor a Portugal, cabe a cada<br />

um <strong>de</strong> nós preservar “e dar vida” às nossas “tradições<br />

e às raízes dos nossos antepassados”.<br />

Obrigado Erica. Boas férias<br />

On<strong>de</strong> Assino?<br />

Apelamos a cada Português<br />

para que assine esta Iniciativa<br />

<strong>de</strong> Referendo; e, na medida do<br />

possível, pedimos que angarie<br />

assinaturas (<strong>de</strong>ntro do seu meio,<br />

da sua família, do seu círculo social;<br />

ou até, mais latamente, <strong>de</strong> forma<br />

pública).<br />

Faça a transferência do folheto <strong>de</strong><br />

assinaturas aqui: http://zip.net/<br />

bfrswp<br />

Após o folheto ser impresso,<br />

preenchido e assinado, tais<br />

subscrições <strong>de</strong>verão ser<br />

digitalizadas (em frente e<br />

verso) e enviadas para o email:<br />

referendoao90@gmail.com<br />

Em alternativa, o folheto —<br />

<strong>de</strong>vidamente impresso, preenchido<br />

e assinado — po<strong>de</strong>rá ser enviado por<br />

Correio, para um <strong>de</strong> dois en<strong>de</strong>reços<br />

postais:<br />

1) Centro <strong>de</strong> Estudos Clássicos<br />

A/C <strong>de</strong> Maria Cristina Pimentel<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Alameda da Universida<strong>de</strong><br />

1649-014 Lisboa;<br />

2) Centro <strong>de</strong> Estudos<br />

Comparatísticos<br />

A/C<strong>de</strong> Helena Buescu<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa<br />

Alameda da Universida<strong>de</strong><br />

1649-014 Lisboa<br />

Consulte o Guia <strong>de</strong> Escrutínio aos<br />

Políticos aqui: http://zip.net/btrs8X


Julho/Agosto 2015<br />

Em reunião<br />

da CPLP Angola<br />

e Moçambique<br />

exigiram<br />

alterações<br />

ao Acordo<br />

Ortográfico.<br />

Exigências <strong>de</strong> Angola e Moçambique<br />

sobre o Acordo<br />

Ortográfico (AO) obrigaram à<br />

alteração da acta final da XIV<br />

Conferência dos Ministros da<br />

Justiça da CPLP, em Díli, para<br />

incluir, ao longo <strong>de</strong> todo o<br />

texto, as duas grafias.<br />

Esta foi a solução encontrada<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um <strong>de</strong>bate que<br />

incluiu referências múltiplas<br />

à „língua <strong>de</strong> Camões” e até<br />

a análise etimológica da palavra<br />

„ata”, que o representante<br />

da Guiné-Bissau disse<br />

po<strong>de</strong>r suscitar uma interpretação<br />

alternativa „<strong>de</strong> atar<br />

pessoas”.<br />

A solução, proposta pelo ministro<br />

da Justiça <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>,<br />

foi necessária para evitar<br />

a alternativa <strong>de</strong>fendida inicialmente<br />

pelos representantes<br />

<strong>de</strong> Angola e Moçambique:<br />

duas actas, uma na grafia do<br />

AO e outra na grafia pré-AO.<br />

Manuel Araújo<br />

Língua<br />

Um dos mais importantes<br />

linguistas brasileiros,<br />

professor universitário<br />

Marcos Bagno assume-<br />

-se “militante da causa<br />

do idioma nacional” e ao<br />

ser questionado sobre a<br />

proposta <strong>de</strong> uma união<br />

linguística entre os países<br />

chamados lusófonos,<br />

ele foi claro e referiu que<br />

- “essa i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que exista<br />

uma coisa chamada<br />

“lusofonia”, com vários<br />

países <strong>de</strong> língua portuguesa,<br />

é uma bobagem.<br />

É uma posição absolutamente<br />

neocolonial e que<br />

não tem nada a ver com<br />

a realida<strong>de</strong>. Não é nada<br />

mais do que um proje[c]<br />

to profundamente português.”<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

Dia <strong>de</strong> Camões vai acabar?<br />

“se alguém tem <strong>de</strong> mandar na língua somos nós, embora os<br />

portugueses achem isso terrível”<br />

Marcos Bagno continua,<br />

afirmando que “no Brasil,<br />

quando se fala em lusofonia,<br />

as pessoas nem<br />

sabem o que é. Somos,<br />

no Brasil, 90% dos falantes<br />

<strong>de</strong> português no<br />

mundo. Então, se alguém<br />

tem <strong>de</strong> mandar na língua<br />

somos nós, embora os<br />

portugueses achem isso<br />

terrível (risos). Eles não<br />

têm a menor importância<br />

numérica no mundo,<br />

comparando-os ao Brasil,<br />

mas ainda têm esse<br />

saudosismo imperial <strong>de</strong><br />

querer mandar na língua.<br />

Mas a coisa é diferente.»”<br />

Segundo o ilustre Marcos<br />

Bagno, o 10 <strong>de</strong> Junho Dia<br />

29<br />

<strong>de</strong> Camões <strong>de</strong>via <strong>de</strong>ixar<br />

<strong>de</strong> existir. Se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>sse<br />

<strong>de</strong>le, “essa data <strong>de</strong>via<br />

mudar mudar para o dia<br />

29 <strong>de</strong> Setembro” — a<br />

data da morte <strong>de</strong> Machado<br />

<strong>de</strong> Assis, gran<strong>de</strong> escritor<br />

brasileiro.<br />

Perante a pretensão brasileira<br />

[mal] disfarçada,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muito e com a<br />

conivência do governo<br />

português, esta é a prova<br />

do que preten<strong>de</strong>m com a<br />

“união linguística/acordo<br />

ortográfico”; o futuro da<br />

Língua Portuguesa será<br />

uma “língua” travestida e<br />

prostituída à qual, nunca<br />

mais po<strong>de</strong>rão chamar <strong>de</strong><br />

Língua Portuguesa.<br />

Sobre a entrevista <strong>de</strong>ste<br />

ilustre linguista brasileiro,<br />

“militante da causa do<br />

idioma nacional” dada à<br />

Globo aceda aqui: http://<br />

wp.me/p4o5j7-9SLeste<br />

CRÉDITOS JFA<br />

Provavelmente o mais rápido da suíça<br />

Apenas falando português não se resolvem as coisas...<br />

É necessário perceber e a JFA percebe<br />

O contacto directo é muito importante.<br />

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Kornhausstrasse 3<br />

9000 St. Gallen<br />

061 363 06 85<br />

Dornacherstrasse 119<br />

4053 Basel


30 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Tecnologia<br />

Julho/Agosto 2015<br />

<strong>de</strong> Nova York, a neuralgia occipital<br />

é uma condição que acontece<br />

quando a base <strong>de</strong>sses nervos são<br />

comprimidas ou danificadas.<br />

Messenger sem ter conta<br />

no Facebook. Já é posssível.<br />

Joana Araújo (*)<br />

Já ouviu falar?<br />

Neuralgia occipital<br />

Vocês têm sentido dores <strong>de</strong> cabeça<br />

muito fortes? Então talvez<br />

a culpa seja do seu smartphone.<br />

Esse sintoma é conhecido por<br />

“neuralgia occipital”<br />

Os nervos occipitais que emergem<br />

da coluna vertebral na parte<br />

<strong>de</strong> trás do seu pescoço e ramificam-se<br />

ao longo <strong>de</strong> toda a sua<br />

cabeça. De acordo com a Dra.<br />

Myrna Cardiel, da Universida<strong>de</strong><br />

Isso resulta em uma dor crónica,<br />

que muitas vezes dá uma sensação<br />

<strong>de</strong> “queimar” a cabeça, na<br />

parte traseira ou na lateral. Em<br />

casos mais graves, a dor po<strong>de</strong><br />

espalhar-se por toda a cabeça.<br />

O que causa neuralgia occipital<br />

e o que o seu smartphone tem a<br />

ver com isso?<br />

Esse sintoma tem tudo a ver com<br />

postura e é normalmente associado<br />

a pessoas que trabalham<br />

em dispositivos móveis, ou olham<br />

para monitores posicionados <strong>de</strong><br />

forma errada. Todos os movimentos<br />

que você faz que po<strong>de</strong>m<br />

esticar os músculos do pescoço e<br />

po<strong>de</strong> ser a causa <strong>de</strong>ssa doença.<br />

Tratamento<br />

Não existe cura, mas felizmente<br />

existe um tratamento simples<br />

para neuralgia occipital. A Dra.<br />

Cardiel recomenda a aplicação <strong>de</strong><br />

uma injecção <strong>de</strong> analgésicos nos<br />

nervos acima do pescoço – o que<br />

<strong>de</strong>ixa a parte <strong>de</strong> trás da cabeça<br />

completamente dormente. O<br />

medicamento espalha-se através<br />

dos nervos e bloqueia o envio <strong>de</strong><br />

sinais que causam as dores <strong>de</strong> cabeça<br />

por esse motivo.<br />

Aplicação <strong>de</strong> mensagens instantâneas<br />

do Facebook já tinha „saído”<br />

da re<strong>de</strong> social, agora torna-se <strong>de</strong>finitivamente<br />

autónoma e passa a<br />

po<strong>de</strong>r ser usada mesmo por quem<br />

não tem conta no serviço.<br />

Para fazer o registo basta fornecer<br />

um número <strong>de</strong> telemóvel, informação<br />

que po<strong>de</strong> ser complementada<br />

com um nome e uma foto. O<br />

anúncio foi feito pela re<strong>de</strong> social no<br />

passado dia 20 <strong>de</strong> Junho, que para<br />

já restringe a possibilida<strong>de</strong> a um<br />

número limitado <strong>de</strong> mercados.<br />

humanos vão ser animais <strong>de</strong> estimação dos robots<br />

Os humanos não vão<br />

estar em perigo se os<br />

robots <strong>de</strong>cidirem tomar<br />

conta do mundo.<br />

O co-fundador da Apple<br />

Steve Wozniak pensa<br />

que que a raça humana<br />

vai “querer ser<br />

o animal <strong>de</strong> estimação<br />

da família” dos robots<br />

superinteligentes.<br />

O co-fundador da Apple<br />

afirma que se os<br />

robots chegarem a<br />

tomar conta do mundo<br />

não vão ser muito<br />

maus para a raça humana.<br />

Vão ser mais inteligentes<br />

do que nós, e se<br />

são mais inteligentes<br />

do que nós, então vão<br />

aperceber-se <strong>de</strong> que<br />

precisam <strong>de</strong> nós”, <strong>de</strong>clarou<br />

numa conferência<br />

<strong>de</strong> tecnologia em<br />

Austin, nos Estados<br />

Unidos. Nós vamos<br />

querer ser o animal <strong>de</strong><br />

estimação da família e<br />

que cui<strong>de</strong>m <strong>de</strong> nós a<br />

toda a hora”, acrescentou,<br />

como citado pelo<br />

International Business<br />

Times.<br />

A opção já está disponível no Canadá,<br />

Estados Unidos, Peru e Venezuela<br />

e nestes países é visível<br />

a partir do ecrã <strong>de</strong> boas vindas da<br />

aplicação, on<strong>de</strong> surge a opção “Sem<br />

Facebook”.<br />

Numa nota no site o Facebook explica<br />

que a nova funcionalida<strong>de</strong> é mais<br />

uma medida para „criar a melhor<br />

experiência <strong>de</strong> messaging”, levando<br />

a mais pessoas „todas as funcionalida<strong>de</strong>s<br />

disponíveis no Messenger.<br />

A aplicação Messenger está disponível<br />

para iOS, Android e Windows.<br />

(*) [Joana Araújo com agências]


Julho/Agosto 2015<br />

Publicida<strong>de</strong><br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

31


Culinária<br />

32 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Julho/Agosto 2015<br />

Culinária<br />

Chefe António Silva<br />

Camarões<br />

bronzeados<br />

Ingredientes:<br />

• camarões q.b.<br />

• 1 cerveja<br />

• 3 <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> alho<br />

• 1 ramo <strong>de</strong> salsa<br />

• azeite q. b.<br />

Confecção:<br />

Coloque os camarões numa sertã<br />

com um fio <strong>de</strong> azeite, pique os alhos,<br />

e meta os camarões inteiros.<br />

Junte um copo <strong>de</strong> cerveja, tempere a<br />

gosto e <strong>de</strong>ixe-os fritar no óleo muito<br />

lentamente em lume brando, pois<br />

o molho vai ficando espesso, e os<br />

camarões têm que ficar tostados.<br />

Vá acrescentando cerveja se achar<br />

necessário, e vá mexendo.<br />

Quando estiverem bem tostados,<br />

sirva e bom apetite.<br />

Salada litoral<br />

Ingredientes:<br />

• 200 grs <strong>de</strong> gambas<br />

• 500 grs <strong>de</strong> mexilhões<br />

• 100 grs <strong>de</strong> azeitonas sem caroço<br />

• 250 grs <strong>de</strong> arroz<br />

• 1 pimento ver<strong>de</strong><br />

• 1 tomate maduro mas rijo<br />

• 1 dl <strong>de</strong> azeite<br />

• 0,5 dl <strong>de</strong> vinagre<br />

• 1 raminho <strong>de</strong> salsa ou coentros<br />

• sal e pimenta q.b.<br />

• sumo <strong>de</strong> ½ limão<br />

• 2 ovos cozidos<br />

Confecção:<br />

Coza as gambas e <strong>de</strong>scasque-as .<br />

Lave e raspe os mexilhões, e coza-os, e separe-os da<br />

casca e limpe-os.<br />

Lave e limpe o pimento e corte-o em tirinhas finas.<br />

Coza o arroz, escorra-o, e lave-o com jactos <strong>de</strong> água<br />

para per<strong>de</strong>r a goma, e <strong>de</strong>ixe-o escorrer até ficar enxuto.<br />

Lave o tomate e corte-o em pedaços.<br />

Corte os ovos cozidos em gomos.<br />

Forre uma sala<strong>de</strong>ira com folhas <strong>de</strong> alface e, misture todos<br />

os ingredientes cuidadosamente. Ponha a salada<br />

no frigorífico.<br />

Na hora <strong>de</strong> servir misture numa chávena, o azeite, o<br />

vinagre, e o sumo <strong>de</strong> limão, sal e pimenta mexa bem e<br />

<strong>de</strong>ite o molho sobre a salada.<br />

Decore com salsa ou coentros picados.<br />

Mousse Morangueira<br />

Ingredientes:<br />

• 1 lata <strong>de</strong> leite con<strong>de</strong>nsado<br />

• 1 kg <strong>de</strong> morangos bem maduros<br />

• 2 dl <strong>de</strong> água<br />

• 1 colher <strong>de</strong> sopa <strong>de</strong> sumo <strong>de</strong> limão<br />

• 400 g <strong>de</strong> açúcar<br />

• 5 dl <strong>de</strong> Natas para bater<br />

Confecção:<br />

Passe por um passe-vite ou varinha mágica os morangos<br />

e junte-lhes o sumo <strong>de</strong> limão.<br />

Faça um xarope com o açúcar e a água, até ao ponto<br />

<strong>de</strong> fio (cerca <strong>de</strong> 10 minutos <strong>de</strong> fervura).<br />

Deixe arrefecer o xarope e misture-o ao puré dos<br />

morangos, juntamente com o leite con<strong>de</strong>nsado.<br />

A esta mistura <strong>de</strong> xarope e morangos, adicione as<br />

Natas para bater geladas e batidas.<br />

Deite em taças e leve ao frigorífico, antes <strong>de</strong> servir.<br />

Decore com morangos a gosto.<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Joana Araújo


Julho/Agosto 2015<br />

Horóscopo<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

33<br />

Carneiro<br />

Este mês inicia com uma<br />

importante Lua Cheia que<br />

recai sobre o sector <strong>de</strong> conhecimento,<br />

<strong>de</strong> informação<br />

e <strong>de</strong> comunicação do<br />

signo Carneiro. É um bom<br />

momento para perceber<br />

como a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunicação e <strong>de</strong> negociação<br />

po<strong>de</strong>-lhe influenciar<br />

positivamente sob o<br />

aspecto material, pessoal<br />

e profissional. Neste mês<br />

temos também o retorno<br />

do planeta Saturno ao<br />

signo <strong>de</strong> Escorpião, o que<br />

promoverá o signo Carneiro<br />

à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolverem<br />

pendências financeiras<br />

e emocionais.<br />

Touro<br />

Este mês inicia com uma<br />

Lua Cheia que recai sobre<br />

o sector financeiro do signo<br />

Touro, propondo uma<br />

reflexão sobre como você<br />

está expressando os seus<br />

talentos, a sua capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> comunicação e usando<br />

a inteligência para ter<br />

maiores recursos financeiros.<br />

Mas esta Lua Cheia<br />

também será importante<br />

para a prática do <strong>de</strong>sapego<br />

emocional e material.<br />

Temos o retorno do planeta<br />

Saturno ao sector <strong>de</strong><br />

relacionamentos do signo<br />

Touro, propondo uma necessária<br />

reconsi<strong>de</strong>ração,<br />

reflexão e resolução <strong>de</strong><br />

questões ligadas às parcerias<br />

e relações.<br />

Gémeos<br />

O planeta Mercúrio em<br />

movimento retrógrado<br />

pelo seu signo, propõe<br />

uma fase <strong>de</strong> reavaliações,<br />

<strong>de</strong> reflexão, on<strong>de</strong> há muita<br />

coisa a ser repensada e<br />

reconsi<strong>de</strong>rada e você <strong>de</strong>ve<br />

ter a paciência redobrada.<br />

Também no início do mês<br />

teremos uma Lua Cheia<br />

com o Sol em seu signo e<br />

a Lua no signo oposto que<br />

caracteriza uma necessária<br />

reflexão sobre as crenças<br />

e valores <strong>de</strong> seus relacionamentos<br />

e parcerias.<br />

Neste mês, Saturno retorna<br />

para a área <strong>de</strong> trabalho,<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida do signo Gémeos,<br />

propondo reflexões e uma<br />

reestruturação interna em<br />

relação a estes assuntos.<br />

Haverá muita coisa para<br />

se resolver em termos <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e trabalho.<br />

Caranguejo<br />

No início do mês é importante<br />

que o signo Caranguejo<br />

cui<strong>de</strong> da saú<strong>de</strong> e<br />

do bem-estar, que saibam<br />

equilibrar as activida<strong>de</strong>s e<br />

o <strong>de</strong>scanso e que se proponham<br />

a uma interiorização<br />

e reflexão. É um período,<br />

antes do Sol ingressar<br />

em seu signo, <strong>de</strong> reflexão<br />

e <strong>de</strong> colheita <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano<br />

passado em seu aniversário.<br />

Neste mês também<br />

teremos o retorno <strong>de</strong> Saturno<br />

ao sector amoroso<br />

do signo Caranguejo, o<br />

que propõe um necessário<br />

amadurecimento, reflexão<br />

e reestruturação<br />

emocional.<br />

Leão<br />

Um dos aspectos astrológicos<br />

mais significativos<br />

<strong>de</strong>ste mês é o retorno <strong>de</strong><br />

Saturno ao sector doméstico,<br />

privado e emocional<br />

do signo Leão. O que pe<strong>de</strong><br />

uma maior maturida<strong>de</strong><br />

para você lidar com assuntos<br />

da família ligados ao<br />

lar e também ao perdão<br />

do passado sabendo recomeçar.<br />

Virgem<br />

Para o signo Virgem, este<br />

mês inicia com o importante<br />

<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> equilibrar<br />

a atenção que você tem<br />

dado às questões íntimas,<br />

particulares, emocionais<br />

e em relação à carreira e<br />

seus propósitos. É o que<br />

assinala a Lua Cheia já no<br />

início do mês. Teremos o<br />

retorno do planeta Saturno<br />

ao sector mental do<br />

signo Virgem, o que propõe<br />

uma reavaliação da<br />

maneira como você estuda,<br />

se comunica, assimila<br />

as informações e interage<br />

com o seu meio circundante.<br />

É um momento em<br />

que po<strong>de</strong>m retornar antigos<br />

interesses mentais.<br />

Balança<br />

Um dos acontecimentos<br />

astrológicos mais importantes<br />

<strong>de</strong> este mês ao signo<br />

Balança é o retorno do<br />

planeta Saturno ao sector<br />

financeiro que rege também<br />

os valores e talentos<br />

dos nativos. É um momento<br />

importante para<br />

você reconsi<strong>de</strong>rar a forma<br />

como está lidando com o<br />

dinheiro, o que você exactamente<br />

valoriza, quais<br />

são suas priorida<strong>de</strong>s e o<br />

modo como tem expressado<br />

os seus potenciais<br />

pessoais e profissionais.<br />

Escorpião<br />

Este mês é marcado por<br />

um importante posicionamento<br />

astrológico ao<br />

signo Escorpião. Temos<br />

o retorno do planeta Saturno<br />

em movimento retrógrado<br />

ao seu signo, o<br />

que é mais um teste <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong> emocional, <strong>de</strong><br />

comprometimento com<br />

as responsabilida<strong>de</strong>s e<br />

evolução. É um momento<br />

em que você percebe que<br />

está reconstruindo a sua<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e que é preciso<br />

reavaliar as suas estruturas,<br />

projectos e o modo<br />

como lida com as suas ambições.<br />

No início do mês<br />

com a Lua Cheia temos<br />

um importante momento<br />

para a vida financeira<br />

on<strong>de</strong> é preciso agir com<br />

inteligência.<br />

Sagitário<br />

Este mês é um mês muito<br />

importante para o signo<br />

Sagitário e isso ficará evi<strong>de</strong>nciado<br />

logo no início do<br />

mês quando teremos a<br />

Lua Cheia no seu signo, intensificando<br />

as emoções e<br />

a maneira como você está<br />

lidando com os relacionamentos<br />

e parcerias. É um<br />

momento em que terá <strong>de</strong><br />

haver um equilíbrio maior<br />

entre individualida<strong>de</strong> e<br />

relacionamento sendo<br />

que há muitas coisas que<br />

precisam ser conversadas<br />

novamente em suas relações.<br />

Temos também neste<br />

mês a saída <strong>de</strong> Saturno<br />

do seu signo e o retorno<br />

ao signo anterior que propõe<br />

uma fase <strong>de</strong> maior<br />

interiorização, reflexão e<br />

<strong>de</strong> fazer aquele resto <strong>de</strong><br />

limpeza que você já sentiu<br />

nos últimos anos.<br />

Capricórnio<br />

O acontecimento mais<br />

importante <strong>de</strong>ste mês no<br />

signo Capricórnio é a mudança<br />

<strong>de</strong> movimento pelo<br />

seu planeta regente Saturno,<br />

que <strong>de</strong>ixará o signo <strong>de</strong><br />

Sagitário e passará a transitar<br />

novamente Escorpião,<br />

já que Saturno está<br />

em movimento retrógrado.<br />

É um período importante<br />

para você repensar<br />

os seus projectos, objectivos<br />

e ambições junto a<br />

outras pessoas e também<br />

o modo como tem lidado<br />

com as amiza<strong>de</strong>s, além do<br />

seu papel na socieda<strong>de</strong>.<br />

No início <strong>de</strong>ste mês temos<br />

uma Lua Cheia que recai<br />

sobre o sector <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong><br />

e que enaltece<br />

também a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cuidar mais da saú<strong>de</strong> e levar<br />

uma vida mais saudável.<br />

Aquário<br />

Este mês é marcado pelo<br />

retorno do planeta Saturno<br />

ao sector <strong>de</strong> carreira<br />

do signo Aquário, o que<br />

propõe uma reestruturação<br />

<strong>de</strong> objectivos e <strong>de</strong> projectos<br />

profissionais e mesmo<br />

uma reavaliação do<br />

que você consi<strong>de</strong>ra ser um<br />

factor <strong>de</strong> sucesso e <strong>de</strong> realização.<br />

Antigas questões<br />

profissionais, pessoais e<br />

financeiras voltam à tona<br />

para serem repensadas e<br />

resolvidas.<br />

Peixes<br />

Já no início <strong>de</strong>ste mês temos<br />

para o signo Peixes<br />

uma importante reflexão<br />

sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

um equilíbrio maior entre<br />

as <strong>de</strong>mandas profissionais<br />

e pessoais. É um momento<br />

importante para você<br />

reavaliar o que é essencial<br />

em sua vida e como está<br />

buscando o crescimento<br />

e o progresso. É um momento<br />

em que você está<br />

reavaliando muitas questões<br />

íntimas e as dúvidas<br />

que teve ao longo do último<br />

mês ten<strong>de</strong>m a se dissipar,<br />

mas é preciso que<br />

você ouça mais a sua intuição<br />

que estará acentuada<br />

com o retorno do planeta<br />

Saturno ao sector <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> crenças,<br />

<strong>de</strong> conhecimentos e <strong>de</strong><br />

filosofia <strong>de</strong> vida, assuntos<br />

que serão muito importantes<br />

neste mês.


34 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Humor/Passatempo (*)<br />

Julho/Agosto 2015<br />

“Quem não sabe rir, não sabe viver...”<br />

Pergunta o puto à mãe: „Por que é<br />

que a noiva está vestida <strong>de</strong> branco ?”<br />

Respon<strong>de</strong> a mãe: „Porque é o momento<br />

mais feliz da vida <strong>de</strong>la”.<br />

Diz o miúdo: „Ah, então já percebi<br />

por que é que o noivo está vestido<br />

<strong>de</strong> preto!”<br />

Se saíres <strong>de</strong> casa e notares que um<br />

pombo largou excrementos na tua<br />

cabeça, relaxa e pensa na perfeição<br />

da Gran<strong>de</strong> Mãe Natureza, que <strong>de</strong>u<br />

asas aos pombos e não às vacas...!<br />

Dizem que, nos seus primeiros dias<br />

<strong>de</strong> vida, Adão chegou para Deus e<br />

perguntou:<br />

- Senhor, o que é dor <strong>de</strong> cabeça?<br />

E Ele respon<strong>de</strong>u:<br />

- Da-me uma costela tua que eu te<br />

mostrarei!<br />

Um a<strong>de</strong>pto chega a uma loja <strong>de</strong><br />

material <strong>de</strong>sportivo e <strong>de</strong>para-se<br />

com uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> camisolas<br />

<strong>de</strong> clubes <strong>de</strong> futebol portugueses<br />

e <strong>de</strong> outros países. Só não vê a do<br />

seu Clube: o Porto. Decepcionado,<br />

pergunta ao ven<strong>de</strong>dor:<br />

- Quanto custa a camisola do Boavista?<br />

- 20 Euros.<br />

- E a do Barcelona ?<br />

- Essa custa 30 euros.<br />

- E a do Sporting ?<br />

- Ah meu amigo, essa é a mais cara<br />

da loja por se tratar do melhor Clube<br />

do Mundo, ela custa 40 euros.<br />

Aí, o pobre arrisca:<br />

- Você não tem aí a do Porto?<br />

- Tenho sim. Está lá do outro lado,<br />

na prateleira das liquidações e custa<br />

4,9 euros.<br />

- Porra, só 4,9 euros!!??<br />

- É promoção para acabar com o<br />

stock, ninguém as compra.<br />

- Então dê-me uma - esten<strong>de</strong>ndo<br />

uma nota <strong>de</strong> 5 euros.<br />

O homem vai até a caixa registadora,<br />

coça a cabeça e pergunta:<br />

- Desculpe, mas eu estou sem trocos.<br />

Aceita levar uma camisola do<br />

Benfica para completar os 5 euros?<br />

Esposa é aquela pessoa amiga e<br />

companheira, que está sempre ali,<br />

ao seu lado, para ajudá-lo a resolver<br />

os gran<strong>de</strong>s problemas que você não<br />

teria se fosse solteiro<br />

Vira-se a mulher e diz assim para o<br />

marido:<br />

- Fofo po<strong>de</strong>s dar-me 1 radiozito?<br />

- E qual e o radio que a minha querida<br />

quer?<br />

- Um daqueles que tem um carro<br />

por fora...<br />

Um homem muito tímido estava<br />

cansado <strong>de</strong> ser mandado pela sua<br />

esposa. Foi quando ele <strong>de</strong>cidiu ir ao<br />

psiquiatra. O psiquiatra disse que<br />

ele precisava construir a sua auto-<br />

-estima e <strong>de</strong>u-lhe um livro sobre<br />

auto-confiança, que ele leu no caminho<br />

<strong>de</strong> casa.<br />

Nessa tar<strong>de</strong>, o homem entrou intempestivamente<br />

em casa e foi ter<br />

com a sua mulher. Com o <strong>de</strong>do na<br />

cara <strong>de</strong>la ele disse:<br />

- De agora em diante eu quero que<br />

você saiba que EU sou o homem<br />

<strong>de</strong>sta casa e a minha palavra será<br />

lei!!<br />

E continuou:<br />

- Eu quero que você prepare uma<br />

refeição dos <strong>de</strong>uses hoje à noite e<br />

quando eu terminar <strong>de</strong> comer a minha<br />

comida eu espero uma sobremesa<br />

divina.<br />

Depois do jantar você vai-me<br />

preparar um banho para relaxar. E<br />

quando eu terminar o meu banho<br />

adivinha quem irá me vestir e me<br />

pentear????<br />

- O homem da funerária! - respon<strong>de</strong>u<br />

a esposa.<br />

O teu futuro <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos teus<br />

sonhos. Não percas tempo... vai<br />

dormir!<br />

Boas férias!<br />

(*) O humor é um estado <strong>de</strong> ânimo cuja intensida<strong>de</strong> representa o grau <strong>de</strong> disposição e <strong>de</strong> bem-estar psicológico e emocional <strong>de</strong> cada indivíduo a cada momento.


Julho/Agosto 2015<br />

Júnior<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

35<br />

Sabias que...<br />

Sabias que... Um<br />

ovo <strong>de</strong> avestruz<br />

po<strong>de</strong> po<strong>de</strong> pesar<br />

até 1,5 kg.<br />

Sabias que...<br />

Uma torneira a pingar,<br />

mesmo que o<br />

pingo seja mínimo,<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdiçar<br />

mais <strong>de</strong> 190 litros <strong>de</strong> água<br />

por dia.<br />

Sabias que...<br />

As moscas domésticas<br />

vivem apenas duas semanas!<br />

Sabias que...<br />

Uma única pilha possui<br />

agentes capazes <strong>de</strong> contaminar<br />

um terreno com<br />

a dimensão <strong>de</strong> um campo<br />

<strong>de</strong> futebol.<br />

Sabias que...<br />

Os elefantes são os únicos<br />

animais que não conseguem<br />

saltar!<br />

Sabias que...<br />

As antenas dos insectos<br />

são responsáveis pelo<br />

olfacto. Através das antenas<br />

que os insectos farejam<br />

a comida.<br />

Sabias que...<br />

O olho humano é capaz<br />

<strong>de</strong> distinguir 10.000.000<br />

<strong>de</strong> diferentes tonalida<strong>de</strong>s.<br />

Sabias que...<br />

Uma pessoa pisca os olhos<br />

aproximadamente 25<br />

mil vezes por dia.<br />

Sabias que ...<br />

Cada tonelada <strong>de</strong> papel<br />

reciclado salva 17 árvores!<br />

Sabias que...<br />

Só num ano, teríamos lixo<br />

suficiente para encher<br />

uma fila <strong>de</strong> caixotes da<br />

Terra à Lua!<br />

Sabias que...<br />

As primeiras lâmpadas<br />

eléctricas <strong>de</strong> Natal apareceram<br />

em 1882, três<br />

anos após Thomas Edison<br />

inventar a lâmpada<br />

eléctrica.<br />

Sabias que...<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lixo que<br />

produzimos durante a<br />

nossa vida correspon<strong>de</strong><br />

a 600 vezes o nosso peso<br />

na ida<strong>de</strong> adulta!<br />

Palavras cruzadas<br />

Complete com os nomes dos animais<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Joana Araújo


36 <strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong> Literatura<br />

Julho/Agosto 2015<br />

Carmindo <strong>de</strong><br />

Carvalho<br />

As mais recentes obras<br />

CARMINDO DE CARVALHO durante uma sessão <strong>de</strong> autógrafos na Feira do Livro em<br />

Lisboa realizada no passado mês <strong>de</strong> Junho<br />

Fragmentos esfrangalhados<br />

Fecho os meus olhos, rebobino a bobina e magicamente<br />

como máquina do tempo, retorno ao tempo, daquele<br />

tempo.<br />

Tempo que já há muito tempo que foi. Tempo que foi o<br />

que foi, o que pô<strong>de</strong> ser, o que <strong>de</strong>ixámos acontecer.<br />

E agora na prateleira das vaida<strong>de</strong>s, ainda que só para<br />

mim mesmo, ostento, ostento-te e guardo-te.<br />

De ti, toda, guardo todos os fragmentos, religiosamente<br />

guardados no sótão dos esquecidos do meu pensamento.<br />

Descontroladamente, loucos, aqueles momentos, pelos<br />

meus olhos passam em galope <strong>de</strong> corajoso e ousado<br />

cavalo.<br />

Os meus olhos, ainda estão fechados, ainda os sinto<br />

bem fechados, mas consigo ver-te.<br />

Olho para ti e olho-te bem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sses teus olhos<br />

Efeméri<strong>de</strong><br />

incrédulos, olhos <strong>de</strong> criatura momentaneamente incrédula.<br />

E os meus olhos gulosos <strong>de</strong> tão loucos se esbugalham.<br />

Os joelhos <strong>de</strong>sengonçados dançam, <strong>de</strong> tão contentes<br />

riem e sem se importarem, se calhar sem nisso repararem,<br />

reúnem os pedaços que pelo chão se esfrangalham.<br />

Os fechos, pela tortura da espera <strong>de</strong>sesperados esperam<br />

e <strong>de</strong>sesperam.<br />

Os botões, sofregamente, como botões <strong>de</strong> flores que ao<br />

sol da manhã se abrem, solidariamente juntam-se ao<br />

meu eu e sem reservas, ao calor, ao brilho do sol <strong>de</strong>sta<br />

reluzente e tão reconfortante Primavera, totalmente, incondicionalmente,<br />

se entregam.<br />

Aconchegam-se na auréola <strong>de</strong>sta Primavera, pensando<br />

ser a essência do teu inolvidável Ser.<br />

Maio, 2013<br />

Hoje é domingo dia dois <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2013. Foi neste dia,<br />

há vinte e oito anos que cheguei aqui à Suíça.<br />

Era sábado e este ano calhou num domingo. Que interessam<br />

as datas? Se durante este tempo <strong>de</strong>corrido<br />

aconteceram coisas, muitas coisas. Coisas que me mantiveram<br />

activo, coisas que me alimentaram a boca e o<br />

cérebro.<br />

Neste tempo <strong>de</strong>corrido, mais <strong>de</strong> um quarto <strong>de</strong> século,<br />

foram tantos amigos que conheci com os quais muito<br />

convivi.<br />

Amigos que já partiram para o outro mundo. Amigos<br />

que à sua vida foram para outro lado. Amigos que se<br />

esfumaram nas reviravoltas das vidas. Amigos que ficaram.<br />

Amigos que engelharam... mirraram e se <strong>de</strong>sintegraram...<br />

aos tropeções nos escolhos, nos percalços das<br />

caminhadas das vidas.<br />

Foram tristezas, alegrias, doenças logo <strong>de</strong> pronto atacadas.<br />

Afinal são as coisas, os acontecimentos mais ou<br />

menos tristes, mais ou menos alegres, que temperam<br />

as nossas vidas.<br />

Se assim não fosse, sem estes altos e baixos as nossas<br />

vidas certamente seriam uma enorme pasmaceira.<br />

E <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muito reflectir, apenas encontrei uma certeza:<br />

que estou vivo! Ainda cá ando e isso é realmente o<br />

mais importante.<br />

Penso, que <strong>de</strong>vo pensar nisto e que afinal já é muito<br />

bom ir andando e acordar todos os dias com a língua<br />

molhada e os pés quentes.<br />

2 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2013


Julho/Agosto 2015<br />

Poesia<br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

37<br />

Eucli<strong>de</strong>s Cavaco em Portugal<br />

Manuel Araújo<br />

A organização do encontro anual da 2ª<br />

Companhia do Batalhão <strong>de</strong> Cavalaria<br />

8320/73 que prestou serviço na Guiné<br />

e da qual faço parte, <strong>de</strong>cidiu dirigir um<br />

convite ao nosso colaborador Eucli<strong>de</strong>s<br />

Cavaco para assistir ao nosso encontro<br />

anual <strong>de</strong> 2015 que este ano teve lugar na<br />

Mealhada no mês passado.<br />

Coincidindo com as suas férias em Portugal,<br />

ele aceitou o nosso convite, mas<br />

para estar connosco, fez uma ginástica<br />

notável para po<strong>de</strong>r apresentar-nos dois<br />

trabalhos inéditos que compôs, exclusivamente<br />

para nosso encontro.<br />

Aproveitando este meio e mais uma<br />

vez, em nome da organização do encontro,<br />

quero agra<strong>de</strong>cer a sua valorosa<br />

presença, assim como os poemas<br />

exclusivos que ele nos prendou e que<br />

tanto nos sensibilizaram, os quais aqui<br />

apresento.<br />

Obrigado amigo Eucli<strong>de</strong>s Cavaco<br />

NOBREZA NA GUERRA...<br />

NOBREZA NA PAZ (*)<br />

Nobre feito militar<br />

Que <strong>de</strong> Santa Margarida<br />

Vai à Guiné constatar<br />

A <strong>de</strong>volução <strong>de</strong>vida.<br />

A segunda companhia<br />

De Cavalaria, então<br />

Vai com toda a galhardia<br />

Cumprir a gran<strong>de</strong> missão.<br />

Foi em Junho a vinte e dois<br />

Do ano setenta e quatro<br />

Que partiram os heróis<br />

Que em meus versos idolatro.<br />

Santos Jorge, o Comandante<br />

Os seus militares convida<br />

P‘ra incumbência importante<br />

Que a história jamais olvida.<br />

De Bissau a Olossato<br />

Em coluna em „berliet“<br />

P‘ra formalizar seu acto<br />

Da entrega da Guiné.<br />

Depois da missão cumprida<br />

Voltam a quinze <strong>de</strong> Outubro<br />

À sua Pátria querida<br />

De alma e coração ao rubro.<br />

O seu nobre lema encerra<br />

A frase que tanto apraz<br />

Terem nobreza na guerra<br />

Mas com nobreza na paz.<br />

E hoje aqui reunidos<br />

Vão recordar com sauda<strong>de</strong><br />

Esses momentos vividos<br />

Com manifesta amiza<strong>de</strong>.<br />

Eucli<strong>de</strong>s Cavaco<br />

O SENTIDO DA AMIZADE (*)<br />

Fazer amigos é arte<br />

Que nasce no coração<br />

E tê-los por toda a parte<br />

É ter o mundo na mão.<br />

Ter amigos é riqueza<br />

Que faz a alma vibrar<br />

Fotos <strong>de</strong> Francisco Carrola e Jorge Matias e Fam. Santos Jorge<br />

A mais humana nobreza<br />

Que Deus à vida quis dar.<br />

Amigos são como as flores<br />

Mais perfumadas e belas<br />

Que adornam a vida a cores<br />

Em brilhantes aguarelas.<br />

Na vida termos alguém<br />

P‘ra comungar a amiza<strong>de</strong><br />

É virtu<strong>de</strong> que contém<br />

Mais força que afinida<strong>de</strong>.<br />

Amigos são a família<br />

Que foi por nós escolhida<br />

Qual sentinela e vigília<br />

Com quem se partilha a vida.<br />

Hoje aqui na Mealhada<br />

Constata-se esta verda<strong>de</strong><br />

Vendo em cada camarada<br />

O sentido da amiza<strong>de</strong> !...<br />

Eucli<strong>de</strong>s Cavaco<br />

(*) - Dedicados aos amigos da 2ª companhia<br />

<strong>de</strong> Cavalaria (8320/73) formada<br />

em Santa Margarida 1973


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alimentos em homenagem aos mortos, encontrou-se mel ainda<br />

comestível.


Julho/Agosto 2015<br />

Publicida<strong>de</strong><br />

<strong>Lusitano</strong> <strong>de</strong> <strong>Zurique</strong><br />

39<br />

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