Recursos Humanos na Atenção Básica, Estratégias de Qualificação ...

CA d e r n o s d e At e n ç ã o Bá s i C A – es t U d o s AvA l i At i v o s - 4
chegando a 100% das manifestações nos municípios de portes 2, 3
e 4, e a 31% nos de Porte 1. Nessa modalidade de capacitação, as
SES também se fizeram mais presentes nos municípios menores,
com 24% e 19% das manifestações naqueles de portes 1 e 2 e
nenhuma manifestação nos municípios dos demais portes.
Onde são realizadas as capacitações
Os municípios sediam a maior parte das capacitações destinadas aos
profissionais da AB/PSF, sendo essas realizadas, majoritariamente, fora
das unidades de saúde – em 56%, 54%, 55% e 66% das vezes, para os
municípios de portes 1, 2, 3 e 4, respectivamente.
As Direções Regionais de Saúde de referência dos municípios
entrevistados têm um papel maior na capacitação das cidades menores,
papel esse que vai decrescendo conforme aumenta o porte populacional
do município. Os municípios apresentaram 43%, 27%, 11% e 0% de
manifestações nesse sentido nos portes 1, 2, 3 e 4, respectivamente.
A realização de cursos em outra regional do Estado foi citada por
14,5% dos coordenadores informantes. Já a capital do Estado foi referida
por 32,7% dos coordenadores que responderam.
Não se observou diferença entre os municípios quando classificados
por cluster.
A suficiência e a adequação dos processos de capacitação
Os coordenadores/diretores de Atenção Básica/PSF dos municípios
investigados, qualquer que seja o porte ou a classificação que se considere,
são quase unânimes na afirmação de que os processos de capacitação, em
sua maioria e para a maioria dos profissionais da Atenção Básica, quando
ocorrem, são adequados.
Entretanto, existe quase unanimidade, também, na afirmação
de que são insuficientes para cobrir as necessidades de organização e
garantia da Atenção Básica à população. Também para a grande maioria
dos coordenadores de Atenção Básica e PSF de municípios que trabalham
com a estratégia, os processos, em sua maioria, são adequados, porém
insuficientes.
Para os demais profissionais, ou seja, aqueles que não os que integram
a equipe básica do PSF (assistente social, psicólogo, fonoaudiólogo, entre
outros), a situação é mais crítica em termos de suficiência e de adequação.
Conforme já se referiu, praticamente inexistem processos de capacitação
ou de educação continuada para esses profissionais.
78 Co n s ó r C i o mediCinA UsP