Recursos Humanos na Atenção Básica, Estratégias de Qualificação ...

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CA d e r n o s d e At e n ç ã o Bá s i C A – es t U d o s AvA l i At i v o s - 4 Saúde, Programa Saúde da Família e Avaliação de Serviços de Saúde, em especial, de Atenção Básica à Saúde; • apresentação das necessidades identificadas pelo projeto e explicitadas pelos gestores municipais e coordenadores de Atenção Básica/PSF, com vistas à capacitação dos técnicos nos temas indicados; • articulação de estratégias de atendimento a essas necessidades, inclusive mediante cooperação técnica e apoio a iniciativas, segundo possibilidades e responsabilidades das partes, tendo em vista os objetivos respectivos dos Pólos de Educação Permanente e da Pesquisa – Estudo de Linha de Base do PROESF Nessa oportunidade, foi também aplicado um questionário que revelou as demandas do andamento do processo pelos presentes. O espaço dos pólos era considerado um locus privilegiado para a capacitação de recursos humanos para o SUS no Estado, o que deveria contemplar a componente avaliação. Essa demanda, entretanto, não aparecia como objeto nas respostas obtidas. Cabe mencionar os posicionamentos dos representantes dos oito Pólos de Educação Permanente em Saúde do Estado de São Paulo durante reunião realizada com a Coordenação da Pesquisa e o Grupo de Capacitação de Recursos Humanos, em agosto de 2005. Quando solicitados a opinar sobre os principais problemas e/ou dificuldades na implementação da avaliação da AB/PSF, os representantes dos pólos apontaram: • necessidade de valorização da avaliação pelo gestor; • ausência de cultura institucional voltada para a avaliação, por parte dos gestores e dos profissionais das áreas técnicas; • descontinuidade da gestão da Atenção Básica; • insuficiente valorização da Atenção Básica, mesmo por parte dos gestores; • afastamento das instâncias organizacionais das questões/temas que envolvem ou se relacionam com a Atenção Básica • falta de entendimento do papel das Direções Regionais de Saúde, deixando-se de apoiar os municípios e passando-se a fiscalizálos. • escassa socialização institucional dos indicadores construídos a partir das informações geradas na realidade local/regional, acarretando a não valorização até mesmo desses dados; • insuficiente implementação de propostas e ações derivadas dos resultados das avaliações já realizadas; 48 Co n s ó r C i o mediCinA UsP
o tr ABAlh o d e CAPAC itAção d e re C U r s o s hU m A n o s PA r A AvAliAção d A At e n ç ã o BásiCA/PsF... • entendimento/percepção de que o impacto só acontece a longo ou médio prazo, não havendo motivação para investimento ao longo do processo; • dificuldade na sistematização dos dados para gerar informações que informem a avaliação; • ausência de conhecimento/instrumentalização e pouca cultura acumulada em relação à avaliação, em especial da Atenção Básica; • falta de preparo dos trabalhadores, de todos os parceiros e dos pólos para avaliação; é necessário capacitar para avaliar; • RH sem motivação e qualificação para isso; • dificuldade para análise dos dados coletados para avaliação; • pouco conhecimento, pelos gestores e trabalhadores, dos instrumentos de avaliação; • falta de instrumentais e critérios adequados; • falta de instrumentos de avaliação de processos mais condizentes com as práticas diárias; • inexistência de instrumentos que possibilitem a avaliação, a não ser os indicadores da Atenção Básica – muitas vezes esses são pactuados, mas não entendidos quanto ao seu impacto e ao que é possível e viável o município realizar. Como fatores que têm a ver com o cenário acima indicado, foram mencionados: • falta de Conselho Gestor nas Unidades Básicas de Saúde; • falta de recursos financeiros; • dificuldade em manter o profissional na região após qualificá-lo para avaliação; • não valorização da Atenção Básica pelo usuário, que muitas vezes busca maior tecnologia; • incipiente organização da Atenção Básica em alguns municípios. Apresentam-se, abaixo, as demandas de capacitação (considerandose cursos, estudos e pesquisas, oficinas, eventos, elaboração de material didático) indicadas por seis pólos em 2005, para apoio técnico/financeiro, e o apoio realmente efetivado. Os representantes de dois pólos colocaram dificuldades para indicar os processos de capacitação demandados e o respectivo apoio oferecido. Identificam-se seis temas mais apresentados, seja pelos representantes dos gestores, seja pelas instituições formadoras, seja por outros integrantes do pólo: AvAliAção do ProgrAmA de exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF 49
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