Recursos Humanos na Atenção Básica, Estratégias de Qualificação ...

AvAliAção do ProgrAmA de exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF
A At e n ç ã o Bá s i C A à sA ú d e e o Pr o g r A m A sA ú d e d A FAmíliA
que orientem uma reflexão, etapa fundamental da aprendizagem e do
desempenho. As dúvidas, a construção da prática, acontecem no dia-a-dia,
na vivência, o que demanda um outro processo de aproximação.
As reuniões diárias da equipe, pensadas também como uma
oportunidade de educação continuada, até funcionam nesse sentido.
Entretanto, além de serem, pela própria exigência do atendimento, de curta
duração, são mais direcionadas para questões de encaminhamento prático e
para esclarecimentos e decisões imediatas do planejamento diário e semanal
do trabalho, ficando a construção de uma prática nova – no caso, em equipe
– sempre postergada para uma próxima ocasião.
Assim, apesar dos investimentos na preparação dos profissionais,
constata-se uma importante lacuna na preparação desse componente
organizativo nuclear do trabalho e da viabilização da estratégia – a equipe
de Saúde da Família –, fundamental para que se possa caminhar e construir,
em conjunto, essa competência. Competência que, pelas suas características
e especificidades, só poderá ser construída por meio de um processo de
aprendizagem vivenciado pelos próprios profissionais envolvidos.
Nesse sentido situa-se a proposição de um trabalho de capacitação que,
a partir de uma reflexão planejada e sistematizada, avance na construção
de competências pela e para a equipe, competências essas que propiciem
e orientem sua atuação sobre os problemas de saúde da população de sua
área, mediante o adequado manejo dos recursos disponíveis.
Talvez o caráter distintivo dessa nova equipe em relação às demais
seja o grau de cooperação e de complementaridade, o requerimento de
discussão na tomada de decisões que devam ser pactuadas e o planejamento
mais amiúde, o que implica responsabilidades mais compartilhadas entre
os atores envolvidos.
Inúmeras são as propostas em desenvolvimento para capacitação/
preparação das equipes ou dos profissionais que a integram, todas buscando
diminuir a distância entre o perfil do recurso humano disponível no mercado
e que se apresenta para o trabalho e o desejável para a realização desse
trabalho em seus princípios e diretrizes conformadores.
Um das questões identificadas no decorrer desse esforço é que, embora
a prática profissional específica para o PSF – do médico, do enfermeiro,
do auxiliar de enfermagem, do agente comunitário de saúde – demande
um importante investimento em capacitação, o principal problema não se
relaciona com essa linha de capacitação, até porque essa prática, embora
redirecionada e, por conseguinte, nova, tem muito a ver com um saber e
uma habilidade já conhecidos e praticados.
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