Recursos Humanos na Atenção Básica, Estratégias de Qualificação ...

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CA d e r n o s d e At e n ç ã o Bá s i C A – es t U d o s AvA l i At i v o s - 4 Pólos pela SES seria uma atividade menos institucionalizada, onde não há uma estrutura para juntar os oito Pólos e definir o que será feito. Foi criada a Comissão Bipartite de acompanhamento e avaliação dos Pólos, com intuito principal de acompanhar a implantação da política de educação permanente. O Estado, em seu papel de agente agregador/ convocador não precisa necessariamente coordenar todos os Pólos ao mesmo tempo, tampouco ter uma instância a mais que burocratize e regule esse conjunto. Com o objetivo de dar um alto grau de autonomia aos Pólos foi feito um novo desenho dos mesmos, sem a preocupação de resolver as relações internas. A representante do COSEMS ressalta o importante papel exercido pela SES, por meio da área de Recursos Humanos, ao realizar um trabalho de sensibilização em todo o Estado. A ação contou com a parceria do MS e a participação do próprio COSEMS. Segundo a entrevistada, o papel absolutamente prioritário do nível estadual na gestão do SUS era detectar necessidades de educação permanente em parceria com os municípios e fazer a formação de pessoal. Esta é uma função nobre para a qual o Estado deveria buscar recursos e exercer de forma prioritária. No Estado de São Paulo houve a intencionalidade de se aproveitar as relações já instituídas pelos Pólos-PSF. Especificamente em relação ao Pólo da Grande São Paulo havia uma agregação e, segundo entrevistados, nada justificaria o rompimento desta articulação. Nele, a coordenação é responsabilidade de um servidor da SES, que acumula esta função com a de coordenação de uma comissão de acompanhamento e avaliação dos oito Pólos de Educação Permanente do Estado de São Paulo. A tabela 23 (abaixo) mostra as regionais e os municípios que estavam sob a abrangência do Pólo da Grande São Paulo (até 29/12/2006). Diretoria Regional de Saúde tABELA 23 Distribuição de DIRs e Municípios componentes GSP 2006 Municípios número de municípios I – São Paulo São Paulo 1 II – Santo André Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Santo André, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Rio Grande da Serra. 7 III – Mogi das Cruzes Arujá, Santa Isabel, Guararema, Poá, Biritiba-Mirim, Salesópolis, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Suzano. 11 IV – Franco da Rocha Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras, Cajamar, Mairiporã. 5 V – Osasco Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Osasco, Taboão da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu, Jandira, Vargem Grande Paulista, Pirapora, Santana de Parnaíba. 15 total 39 Fonte: Programa de Avaliação e Acompanhamento da Política de Educação Permanente em Saúde. Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP (2007). 162 Co n s ó r C i o mediCinA UsP

AvAliAção do ProgrAmA de exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF o Pó l o d e ed U C A ç ã o Pe r m A n e n t e e m sA ú d e d A gr A n d e sã o PA U l o Pode-se identificar a existência de grandes diferenças entre os municípios que pertencem ao Pólo da Grande São Paulo, seja por meio de indicadores demográficos ou indicadores de saúde. Esta diversidade é percebida dentro de uma mesma regional e, de acordo com o gestor de uma das DIRs participantes do Pólo da Grande São Paulo, há um conjunto bastante diversificado de formas de gestão, estruturas locais e compreensão do SUS nos municípios coordenados por uma mesma DIR. Segundo o gestor da SES entrevistado, esta diversidade é um imperativo para que se pense na implantação de políticas por região, porque isso irá ajudar a definir o conjunto e quem está dentro dele. Desta maneira, a Secretaria de Estado da Saúde deverá trabalhar para garantir que aquele Município que não é sede, que não tem faculdade instalada, também seja atendido. Se mantiver a dinâmica existente, as relações que vão acontecer são as já estabelecidas, ou seja, as de um grande Município com sua universidade. Casos como o de Campinas com a UNICAMP, Marília com a FAMENA, são alguns exemplos. Por isso a idéia de organização as políticas por região e o papel das DIRs de atuarem como agentes convocadores é muito importante. Caso não haja uma política de regulamentação e diretrizes específicas para cada região, as relações pré-existentes serão mantidas. Segundo representantes da gestão estadual, no Pólo da Grande São Paulo (GSP) houve discussão e movimentos dos próprios municípios e de instituições para manter esta agregação, em função de suas vantagens. Ao unir profissionais com níveis de importância e oriundos de estruturas diferentes também deve haver um agente mediador importante para regular essas relações, que no caso do Pólo da GSP é a SES. Como na relação da GSP há várias instituições importantes é preciso um agente mediador forte para regular isso, senão a quem caberia regular uma relação entre UNIFESP, Santa Casa, USP? A SES desenvolveu a capacidade de intermediar de forma adequada, respeitando características próprias de cada um dos participantes do Pólo. Em cada uma das DIRs do interior existe um núcleo de Educação Permanente e na capital há cinco núcleos sediados nas Coordenadorias Regionais de Saúde. Segundo entrevistados, esta estratégia possibilita o aprofundamento da discussão para a definição das demandas dos municípios para a Coordenação do Pólo, pois todos os municípios têm representantes que participam dos núcleos regionais, o que não seria possível diretamente no Pólo. De maneira geral, estes núcleos reproduzem a proposta da Portaria GM 198/04 em relação à organização dos Pólos. A seleção de funcionários 163

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Pólos pela SES seria uma ativida<strong>de</strong> menos institucio<strong>na</strong>lizada, on<strong>de</strong> não há<br />

uma estrutura para juntar os oito Pólos e <strong>de</strong>finir o que será feito.<br />

Foi criada a Comissão Bipartite <strong>de</strong> acompanhamento e avaliação<br />

dos Pólos, com intuito principal <strong>de</strong> acompanhar a implantação da política<br />

<strong>de</strong> educação permanente. O Estado, em seu papel <strong>de</strong> agente agregador/<br />

convocador não precisa necessariamente coor<strong>de</strong><strong>na</strong>r todos os Pólos ao<br />

mesmo tempo, tampouco ter uma instância a mais que burocratize e regule<br />

esse conjunto. Com o objetivo <strong>de</strong> dar um alto grau <strong>de</strong> autonomia aos Pólos<br />

foi feito um novo <strong>de</strong>senho dos mesmos, sem a preocupação <strong>de</strong> resolver as<br />

relações inter<strong>na</strong>s.<br />

A representante do COSEMS ressalta o importante papel exercido<br />

pela SES, por meio da área <strong>de</strong> <strong>Recursos</strong> <strong>Humanos</strong>, ao realizar um trabalho<br />

<strong>de</strong> sensibilização em todo o Estado. A ação contou com a parceria do MS<br />

e a participação do próprio COSEMS. Segundo a entrevistada, o papel<br />

absolutamente prioritário do nível estadual <strong>na</strong> gestão do SUS era <strong>de</strong>tectar<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação permanente em parceria com os municípios e<br />

fazer a formação <strong>de</strong> pessoal. Esta é uma função nobre para a qual o Estado<br />

<strong>de</strong>veria buscar recursos e exercer <strong>de</strong> forma prioritária.<br />

No Estado <strong>de</strong> São Paulo houve a intencio<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aproveitar<br />

as relações já instituídas pelos Pólos-PSF. Especificamente em relação ao<br />

Pólo da Gran<strong>de</strong> São Paulo havia uma agregação e, segundo entrevistados,<br />

<strong>na</strong>da justificaria o rompimento <strong>de</strong>sta articulação. Nele, a coor<strong>de</strong><strong>na</strong>ção é<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um servidor da SES, que acumula esta função com a<br />

<strong>de</strong> coor<strong>de</strong><strong>na</strong>ção <strong>de</strong> uma comissão <strong>de</strong> acompanhamento e avaliação dos oito<br />

Pólos <strong>de</strong> Educação Permanente do Estado <strong>de</strong> São Paulo.<br />

A tabela 23 (abaixo) mostra as regio<strong>na</strong>is e os municípios que estavam<br />

sob a abrangência do Pólo da Gran<strong>de</strong> São Paulo (até 29/12/2006).<br />

Diretoria Regio<strong>na</strong>l <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong><br />

tABELA 23<br />

Distribuição <strong>de</strong> DIRs e Municípios componentes GSP 2006<br />

Municípios<br />

número <strong>de</strong><br />

municípios<br />

I – São Paulo São Paulo 1<br />

II – Santo André Dia<strong>de</strong>ma, Mauá, Ribeirão Pires, Santo André, São Caetano do Sul,<br />

São Ber<strong>na</strong>rdo do Campo, Rio Gran<strong>de</strong> da Serra.<br />

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III – Mogi das Cruzes Arujá, Santa Isabel, Guararema, Poá, Biritiba-Mirim, Salesópolis,<br />

Ferraz <strong>de</strong> Vasconcelos, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das<br />

Cruzes, Suzano.<br />

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IV – Franco da Rocha Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras, Cajamar, Mairiporã. 5<br />

V – Osasco Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu, Itapecerica da Serra, Itapevi,<br />

Osasco, Taboão da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra,<br />

Embu-Guaçu, Jandira, Vargem Gran<strong>de</strong> Paulista, Pirapora, Santa<strong>na</strong><br />

<strong>de</strong> Par<strong>na</strong>íba.<br />

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Fonte: Programa <strong>de</strong> Avaliação e Acompanhamento da Política <strong>de</strong> Educação Permanente em Saú<strong>de</strong>.<br />

Departamento <strong>de</strong> Medici<strong>na</strong> Preventiva da FMUSP (2007).<br />

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