Recursos Humanos na Atenção Básica, Estratégias de Qualificação ...

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18.11.2012 Views

CA d e r n o s d e At e n ç ã o Bá s i C A – es t U d o s AvA l i At i v o s - 4 Assim, verificou-se principalmente os níveis de compreensão que os entrevistados têm da proposta em seu conteúdo essencial. Esta verificação foi feita contrastando os pressupostos da educação permanente (abordagem 2) com os pressupostos de modelos educacionais expositivos e descritivos (abordagem 1), como está explicitado no instrumento de pesquisa apresentado abaixo. O conjunto de questões formuladas pode ser resumido pelo quadro 1 (a seguir), que foi submetido à opinião dos entrevistados, solicitando que definissem a aplicabilidade de uma e outra estratégia ao seu trabalho cotidiano no PEPS. quADRO 1 Grade Submetida aos Entrevistados Enunciado do instrumento de pesquisa: “Gostaríamos de verificar sua opinião sobre a definição de algumas dimensões referentes a duas abordagens pedagógico-educacionais. As definições constam de documento oficial do MS e nosso objetivo é identificar sua aplicabilidade exclusiva ou inclusiva (excludente ou convergente) nas atividades educacionais dos Pólos”. Item Abordagem 1 Abordagem 2 Sua Opinião Pressuposto pedagógico Objetivo principal Público Lógica de Operação Atividades educativas O “conhecimento” preside/ define as práticas. Em outras palavras, o trabalho é o momento ou a situação nos quais os conhecimentos adquiridos são aplicados e utilizados. Atualização de conhecimentos específicos Profissionais específicos, de acordo com o conhecimento a trabalhar Descendente. A partir de uma leitura geral dos problemas, identificam-se temas e conteúdos a serem trabalhados com os profissionais, geralmente sob o formato de cursos Cursos padronizados – carga horária, conteúdo e dinâmica definidos centralmente Fonte: Brasil. Ministério da Saúde (2004a). As práticas são definidas por múltiplos fatores (conhecimento, valores, relações de poder, organização do trabalho, etc.) e a aprendizagem dos adultos requer que se trabalhe com elementos que façam sentido para os sujeitos envolvidos (aprendizagem significativa) Transformação das práticas Equipes (de atenção e gestão) em qualquer área do sistema Ascendente. A partir da análise coletiva dos processos de trabalho, identificam-se os nós críticos enfrentados na atenção e gestão, possibilitando a construção de estratégias contextualizadas que promovem o diálogo entre as políticas gerais e a singularidade dos lugares e pessoas Problemas são resolvidos / equacionados de acordo com cada situação. 1. Apenas a 1 é aplicável 2. Apenas a 2 é aplicável 3. Ambas são aplicáveis 4. Nenhuma é aplicável 1. Apenas a 1 é aplicável 2. Apenas a 2 é aplicável 3. Ambas são aplicáveis 4. Nenhuma é aplicável 1. Apenas a 1 é aplicável 2. Apenas a 2 é aplicável 3. Ambas são aplicáveis 4. Nenhuma é aplicável 1. Apenas a 1 é aplicável 2. Apenas a 2 é aplicável 3. Ambas são aplicáveis 4. Nenhuma é aplicável 1. Apenas a 1 é aplicável 2. Apenas a 2 é aplicável 3. Ambas são aplicáveis 4. Nenhuma é aplicável A tabela 8 (abaixo) indica a compreensão dos entrevistados, segundo a aplicabilidade dos conceitos relativos aos itens: Pressuposto Pedagógico, Objetivo Principal, Público-alvo das Atividades, Lógica de Operação e Atividades 128 Co n s ó r C i o mediCinA UsP

AvAliAção do ProgrAmA de exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF Pó l o s d e ed U C A ç ã o Pe r m A n e n t e d o es tA d o d e sã o PA U l o Educacionais. Observa-se predominância de aplicabilidade da educação permanente ou de ambas as abordagens com relação aos itens investigados. tABELA 8 Pólos do Estado de São Paulo – aplicabilidade das abordagens de educação continuada e educação permanente Item Educação Continuada Abordagem Pedagógica Aplicável Educação Permanente Ambas Nenhuma Pressuposto pedagógico 4 4 Objetivo principal 5 3 Público-alvo das atividades 2 6 Lógica de operação 2 5 1 Atividades educacionais 1 5 2 Fonte: Programa de Avaliação da Política de Educação Permanente em Saúde. Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP (2006). Com relação à transição do modelo anterior (Pólo-PSF) para o modelo atual (PEPS), as entrevistas realizadas permitiram identificar como aspectos positivos o fortalecimento da estratégia de Saúde da Família e a compreensão de que os antigos Pólos foram embriões dos Pólos de Educação Permanente em Saúde. Em contrapartida, foram indicadas fragilidades com relação ao antigo modelo, que estão identificadas na tabela 9 (abaixo). tABELA 9 Pólos do Estado de São Paulo – Aspectos positivos e fragilidades dos Pólos-PSF PÓLOS DO PSF ItEM ASPECtOS POSItIVOS FRAGILIDADES Participação --------------- ---------------- • Instituições formadoras ofereciam um “cardápio de cursos” existentes Atividades educacionais --------------- Lógica de Operação --------------- Aspectos Gerais • Pólos-PSF são um embrião dos Pólos de Educação Permanente • Fortaleceu o PSF dentro da Atenção Básica • Projetos eram feitos pelos docentes das IES ou em conjunto com os técnicos das Regionais de Saúde • Cursos pontuais, nos moldes da Educação Continuada • Pólo tinha “dono”, domínio das IES • Cursos eram definidos pelas IES • Centralização excessiva • Disputa de poder dentro da IES que coordenava o Pólo • Capacitação restrita a apenas algumas categorias profissionais • Limitava-se a oferecer “cursinhos e projetinhos” Fonte: Programa de Avaliação da Política de Educação Permanente em Saúde. Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP (2006). 129

AvAliAção do ProgrAmA <strong>de</strong> exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF<br />

Pó l o s d e ed U C A ç ã o Pe r m A n e n t e d o es tA d o d e sã o PA U l o<br />

Educacio<strong>na</strong>is. Observa-se predominância <strong>de</strong> aplicabilida<strong>de</strong> da educação<br />

permanente ou <strong>de</strong> ambas as abordagens com relação aos itens investigados.<br />

tABELA 8<br />

Pólos do Estado <strong>de</strong> São Paulo – aplicabilida<strong>de</strong> das abordagens <strong>de</strong> educação<br />

continuada e educação permanente<br />

Item<br />

Educação<br />

Continuada<br />

Abordagem Pedagógica Aplicável<br />

Educação<br />

Permanente<br />

Ambas Nenhuma<br />

Pressuposto<br />

pedagógico<br />

4 4<br />

Objetivo principal 5 3<br />

Público-alvo das<br />

ativida<strong>de</strong>s<br />

2 6<br />

Lógica <strong>de</strong><br />

operação<br />

2 5 1<br />

Ativida<strong>de</strong>s<br />

educacio<strong>na</strong>is<br />

1 5 2<br />

Fonte: Programa <strong>de</strong> Avaliação da Política <strong>de</strong> Educação Permanente em Saú<strong>de</strong>. Departamento <strong>de</strong><br />

Medici<strong>na</strong> Preventiva da FMUSP (2006).<br />

Com relação à transição do mo<strong>de</strong>lo anterior (Pólo-PSF) para o mo<strong>de</strong>lo<br />

atual (PEPS), as entrevistas realizadas permitiram i<strong>de</strong>ntificar como aspectos<br />

positivos o fortalecimento da estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família e a compreensão<br />

<strong>de</strong> que os antigos Pólos foram embriões dos Pólos <strong>de</strong> Educação Permanente<br />

em Saú<strong>de</strong>. Em contrapartida, foram indicadas fragilida<strong>de</strong>s com relação ao<br />

antigo mo<strong>de</strong>lo, que estão i<strong>de</strong>ntificadas <strong>na</strong> tabela 9 (abaixo).<br />

tABELA 9<br />

Pólos do Estado <strong>de</strong> São Paulo – Aspectos positivos e fragilida<strong>de</strong>s dos Pólos-PSF<br />

PÓLOS DO PSF<br />

ItEM ASPECtOS POSItIVOS FRAGILIDADES<br />

Participação --------------- ----------------<br />

• Instituições formadoras ofereciam um<br />

“cardápio <strong>de</strong> cursos” existentes<br />

Ativida<strong>de</strong>s<br />

educacio<strong>na</strong>is<br />

---------------<br />

Lógica <strong>de</strong> Operação ---------------<br />

Aspectos Gerais<br />

• Pólos-PSF são um embrião dos<br />

Pólos <strong>de</strong> Educação Permanente<br />

• Fortaleceu o PSF <strong>de</strong>ntro da<br />

<strong>Atenção</strong> <strong>Básica</strong><br />

• Projetos eram feitos pelos docentes das<br />

IES ou em conjunto com os técnicos das<br />

Regio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

• Cursos pontuais, nos mol<strong>de</strong>s da Educação<br />

Continuada<br />

• Pólo tinha “dono”, domínio das IES<br />

• Cursos eram <strong>de</strong>finidos pelas IES<br />

• Centralização excessiva<br />

• Disputa <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ntro da IES que<br />

coor<strong>de</strong><strong>na</strong>va o Pólo<br />

• Capacitação restrita a ape<strong>na</strong>s algumas<br />

categorias profissio<strong>na</strong>is<br />

• Limitava-se a oferecer “cursinhos e<br />

projetinhos”<br />

Fonte: Programa <strong>de</strong> Avaliação da Política <strong>de</strong> Educação Permanente em Saú<strong>de</strong>. Departamento <strong>de</strong><br />

Medici<strong>na</strong> Preventiva da FMUSP (2006).<br />

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