Recursos Humanos na Atenção Básica, Estratégias de Qualificação ...
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CA d e r n o s d e At e n ç ã o Bá s i C A – es t U d o s AvA l i At i v o s - 4 serviços, por sua vez, contribuem com a liberação de profissionais para as atividades do Pólo, o que é considerado um avanço, segundo o coordenador do órgão. Os segmentos mais participativos são as universidades, os gestores municipais e estadual. No Pólo Leste Paulista, as instituições de ensino que o integram são abertas às atividades conjuntas com os serviços de saúde. Há nestas instituições um caráter colaborativo e solidário, o que provoca um clima favorável na relação ensino-serviço. Observa-se, entretanto, que a representação das universidades é pouco institucionalizada, sendo reconhecida como algo mais pessoal. Verifica-se também que existem setores mais fechados, possivelmente por desconhecerem a atuação do Pólo. As instituições formadoras participam das discussões e da elaboração de projetos. Em um primeiro momento, houve certa inibição na participação de outras instituições de ensino, em função da força e da tradição que a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) assumiu na região. Há a intenção de fixar novas parceiras regionais, para dar conta da complexidade do Pólo. Embora ele esteja sediado nas dependências da UNICAMP, as reuniões do Colegiado raramente acontecem nela Pretende-se, com isso, incentivar a participação de outras instituições de ensino. No inicío havia uma relação conflituosa entre as instituições de ensino e os serviços de saúde, o que foi transformado em uma relação colaborativa. A participação e a contribuição das instituições de ensino são muito relevantes no Pólo Nordeste Paulista. Um dos destaques é a participação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, que já tinha uma visão de educação permanente e colaborou ativiamente para o crescimento do Pólo. Quanto aos serviços, sobressai a atuação do Hospital das Clínicas, que contribuiu com a elaboração e a execução dos projetos. A DIR teve papel central na aproximação de universidades – públicas e privadas – que mantinham uma relação distante com este Pólo. Houve a partir daí uma conquista no sentido do estabelecimento de diálogo e discussão para elaboração dos projetos do Pólo. Para o entrevistado que falou sobre o Pólo do Nordeste Paulista é possível reconhecer que houve aproximação entre ensino-serviço. Inicialmente, as universidades ofereciam cursos relacionados aos seus próprios interesses. Isso foi se transformando de tal forma que hoje elas já estão mais disponíveis para atender às necessidades do serviço, o que facilita a integração ensinoserviço. No modelo antigo (Pólo-PSF) havia centralização da Universidade, além de disputas de poder entre as faculdades de Medicina e Enfermagem USP e a de São José do Rio Preto. 122 Co n s ó r C i o mediCinA UsP
AvAliAção do ProgrAmA de exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF Pó l o s d e ed U C A ç ã o Pe r m A n e n t e d o es tA d o d e sã o PA U l o No modelo atual, entende-se que a discussão é horizontal, não havendo um poder centralizador. Há a compreensão de que a integração com as universidades públicas e privadas foi proveitosa para os Pólos e para as próprias instituições. Ainda, entende-se que a Secretaria de Estado da Saúde poderia participar mais ativamente nos Pólos, contribuindo com definições de diretrizes e com liberação de recursos de forma menos burocrática. De acordo com o coordenador do Pólo da Grande São Paulo, a articulação ensino-serviço é positiva no Pólo que ele administra, devido ao histórico de atuação do Pólo-PSF, desde 1997. Embora seja possível reconhecer a existência de conflitos na relação ensino-serviço, ele entende que estes não se configuram como problemas, mas sim representam diferentes saberes advindos de instituições distintas, que possuem competências diferenciadas. Considera-se que a articulação ensino-serviço tem sido bem-feita no Pólo, por meio de diálogos constantes. Trata-se de um espaço de articulação de necessidades e de reflexão sobre o processo pedagógico. Uma desarticulação na relação ensino-serviço foi identificada no Pólo Noroeste Paulista. Sob o ponto de vista da universidade, o profissional não recebe boa formação em função das falhas existentes nos estágios que são realizados pelos alunos. Em contrapartida, sob a ótica dos serviços, o profissional não é formado adequadamente pelas universidades. Na visão do Coordenador deste Pólo, é preciso compreender que a formação nas universidades e nos serviços precisa caminhar de forma conjunta. Outro ponto crítico existente refere-se ao despreparo do docente para atender aos problemas e demandas do SUS, na medida em que muitos deles trabalham com metodologias tradicionais, que não valorizam tanto a questão da didática, enfatizando apenas o conteúdo. No Pólo Oeste Paulista, é possível reconhecer conflitos na relação ensinoserviço que não ocorrem de forma articulada. Há a compreensão de que os projetos das universidades estavam voltados aos seus próprios interesses. De maneira geral, idenfica-se que a representação das universidades não se dava de forma institucional, dependendo do entusiasmo e envolvimento pessoal dos representantes. Observa-se fragmentação na relação ensino-serviço, com a compreensão de que as universidades detêm o conhecimento e aos serviços cabe apenas a execução, embora o entrevistado avalie que nesse momento os serviços estão “mais científicos”. Na DIR, a interação com os serviços é mais intensa do que com as insituições de ensino. Para ele, não houve aproximação ensino-serviço com a mudança do modelo de Pólos-PSF para o de PEPS. 123
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AvAliAção do ProgrAmA <strong>de</strong> exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF<br />
Pó l o s d e ed U C A ç ã o Pe r m A n e n t e d o es tA d o d e sã o PA U l o<br />
No mo<strong>de</strong>lo atual, enten<strong>de</strong>-se que a discussão é horizontal, não havendo<br />
um po<strong>de</strong>r centralizador. Há a compreensão <strong>de</strong> que a integração com as<br />
universida<strong>de</strong>s públicas e privadas foi proveitosa para os Pólos e para as<br />
próprias instituições. Ainda, enten<strong>de</strong>-se que a Secretaria <strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>ria participar mais ativamente nos Pólos, contribuindo com <strong>de</strong>finições<br />
<strong>de</strong> diretrizes e com liberação <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> forma menos burocrática.<br />
De acordo com o coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dor do Pólo da Gran<strong>de</strong> São Paulo, a articulação<br />
ensino-serviço é positiva no Pólo que ele administra, <strong>de</strong>vido ao histórico<br />
<strong>de</strong> atuação do Pólo-PSF, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997. Embora seja possível reconhecer a<br />
existência <strong>de</strong> conflitos <strong>na</strong> relação ensino-serviço, ele enten<strong>de</strong> que estes não<br />
se configuram como problemas, mas sim representam diferentes saberes<br />
advindos <strong>de</strong> instituições distintas, que possuem competências diferenciadas.<br />
Consi<strong>de</strong>ra-se que a articulação ensino-serviço tem sido bem-feita no Pólo,<br />
por meio <strong>de</strong> diálogos constantes. Trata-se <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> articulação <strong>de</strong><br />
necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> reflexão sobre o processo pedagógico.<br />
Uma <strong>de</strong>sarticulação <strong>na</strong> relação ensino-serviço foi i<strong>de</strong>ntificada no Pólo<br />
Noroeste Paulista. Sob o ponto <strong>de</strong> vista da universida<strong>de</strong>, o profissio<strong>na</strong>l não<br />
recebe boa formação em função das falhas existentes nos estágios que<br />
são realizados pelos alunos. Em contrapartida, sob a ótica dos serviços, o<br />
profissio<strong>na</strong>l não é formado a<strong>de</strong>quadamente pelas universida<strong>de</strong>s.<br />
Na visão do Coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dor <strong>de</strong>ste Pólo, é preciso compreen<strong>de</strong>r que<br />
a formação <strong>na</strong>s universida<strong>de</strong>s e nos serviços precisa caminhar <strong>de</strong> forma<br />
conjunta. Outro ponto crítico existente refere-se ao <strong>de</strong>spreparo do docente<br />
para aten<strong>de</strong>r aos problemas e <strong>de</strong>mandas do SUS, <strong>na</strong> medida em que muitos<br />
<strong>de</strong>les trabalham com metodologias tradicio<strong>na</strong>is, que não valorizam tanto a<br />
questão da didática, enfatizando ape<strong>na</strong>s o conteúdo.<br />
No Pólo Oeste Paulista, é possível reconhecer conflitos <strong>na</strong> relação ensinoserviço<br />
que não ocorrem <strong>de</strong> forma articulada. Há a compreensão <strong>de</strong> que os<br />
projetos das universida<strong>de</strong>s estavam voltados aos seus próprios interesses.<br />
De maneira geral, i<strong>de</strong>nfica-se que a representação das universida<strong>de</strong>s não<br />
se dava <strong>de</strong> forma institucio<strong>na</strong>l, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do entusiasmo e envolvimento<br />
pessoal dos representantes.<br />
Observa-se fragmentação <strong>na</strong> relação ensino-serviço, com a<br />
compreensão <strong>de</strong> que as universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>têm o conhecimento e aos serviços<br />
cabe ape<strong>na</strong>s a execução, embora o entrevistado avalie que nesse momento<br />
os serviços estão “mais científicos”. Na DIR, a interação com os serviços<br />
é mais intensa do que com as insituições <strong>de</strong> ensino. Para ele, não houve<br />
aproximação ensino-serviço com a mudança do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Pólos-PSF para<br />
o <strong>de</strong> PEPS.<br />
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