Recursos Humanos na Atenção Básica, Estratégias de Qualificação ...
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CA d e r n o s d e At e n ç ã o Bá s i C A – es t U d o s AvA l i At i v o s - 4 • • • • Incentivo à formação de pessoal e reformas curriculares nas instituições formadoras de profissionais de saúde; Trabalhar a lógica da educação permanente,os projetos demandados pelos municípios – houve uma reorientação dos projetos que tinham forte teor de educação continuada para serem transformados em projetos de educação permanente; Participação Cidadã – ampliar a participação dos movimentos populares com ações concretas como a formação de conselheiros de saúde; e Comunicação – para atender às necessidade de comunicação do Pólo foi incentivada a participação de todos os seus segmentos na divulgação dos projetos e das atividades realizadas. Com a presença dos facilitadores da educação permanente, em 2006, este último eixo ganhou uma novadinâmica. Os gestores fazem propostas de projetos que são discutidos na Secretaria Executiva. As instituições formadoras também fazem propostas de cursos, que são analisadas em profundidade pelos gestores e outros participantes, com a possibilidade de modificação completa do formato proposto. Em outro Pólo, o Colegiado de Gestão é considerado uma roda grande, aberta à participação. Entretanto, as reuniões do Conselho Gestor também são abertas, o que, na prática, faz com que os integrantes do Colegiado de Gestão também participem do Conselho Gestor. Deste modo, há uma convergência de atuação entre essas duas instâncias, que se confundem na prática. A dinâmica das reuniões é, portanto, a mesma em ambas as instâncias. Uma vez definida a pauta das reuniões, a coordenação a repassa aos três núcleos regionais que integram o Pólo. Esses, por sua vez, são responsáveis por divulgar as informações aos representantes da região que abrangem. Para que as reuniões ocorreram, é necessário que haja quórum mínimo, ou seja, a presença de pelo menos 1/3 dos membros titulares do Conselho Gestor. Os trabalhos começam pela leitura e aprovação da pauta, momento em que assuntos adicionais poderão ser incorporados. Após aprovação da pauta, apresentam-se os novos membros Conselho Gestor e são lidas as justificativas daqueles que não puderam comparecer, de acordo com estipulação do Regimento Interno, segundo o qual os membros do Conselho Gestor devem justificativa sua ausência por escrito. Em seguida, inicia-se a leitura e aprovação da ata da reunião anterior, realizando as 116 Co n s ó r C i o mediCinA UsP
AvAliAção do ProgrAmA de exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF Pó l o s d e ed U C A ç ã o Pe r m A n e n t e d o es tA d o d e sã o PA U l o correções necessárias. Depois, são discutidas e aprovadas as propostas levadas na reunião. Inicialmente, as decisões eram feitas por votação, pois havia dificuldade na obtenção de consensos, em função de competição existente entre os diferentes participantes. Foi preciso definir regras para aprovação de projetos e alocação de recursos a partir da necessidade de cada região. Os participantes começaram a atuar de forma mais madura ao perceberem que havia espaço para todos os atores envolvidos. Isso gerou também uma maior conscientização à respeito da lógica da educação permanente. Em um dos Pólos avaliados, o encaminhamento dos projetos ocorre da seguinte forma: após a aprovação, ele é encaminhado para a SES/SP que, por sua vez, envia ao Ministério da Saúde. Como este último devolve diretamente para o órgão solicitante, o Pólo não consegue acompanhar os desdobramentos do mesmo, não tendo sequer conhecimento dos relatórios e da prestação de contas. O Pólo só será acionado em decorrência de algum problema, como por exemplo, com relação à prestação de contas do órgão solicitante. O envolvimento maior do Pólo nesse processo acabaria com a visão de que ele é apenas um órgão financiador. Existe, portanto, uma falha de desenho institucional no papel dos Pólos após o encaminhamento dos projetos e liberação dos recursos. “Hoje o Pólo está mais na questão da definição de diretrizes, até porque o Pólo não tem acesso a esses outros instrumentais, não faz parte de suas atividades. Quando ocorre é porque a coordenação do Pólo corre atrás. Por exemplo, o Pólo não havia sido informado sobre quantos e quais projetos foram financiados, quanto do valor disponibilizado para o Pólo foi efetivamente utilizado, etc. Além disso, não recebe informações do órgão executor sobre o andamento dos cursos. Então tudo isso tem que ser solicitado pelo Pólo, que está totalmente alijado desse processo.” (Coordenador de PEPS) Há um outro Pólo onde o Conselho Gestor é uma grande roda considerada um espaço de elaboração da política de educação permanente da região e de definição de diretrizes. Entende-se que se trata de um espaço de gestão, na medida em que enfrenta os problemas das redes locais. Os gestores trazem os problemas das diferentes regiões e o Conselho propõe soluções a partir das diretrizes formuladas. Desta forma, este espaço de gestão é considerado detentor de certo poder, pois é ele quem define diretrizes e mobiliza os recursos definidos pelo Ministério da Saúde que podem ser acessados pelos próprios Pólos. Deste modo, há nos Pólos do Estado de São Paulo diferentes processos decisórios, mas não é possível identificar um padrão de encaminhamento, aprovação e implementação dos projetos. 117
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AvAliAção do ProgrAmA <strong>de</strong> exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF<br />
Pó l o s d e ed U C A ç ã o Pe r m A n e n t e d o es tA d o d e sã o PA U l o<br />
correções necessárias. Depois, são discutidas e aprovadas as propostas<br />
levadas <strong>na</strong> reunião.<br />
Inicialmente, as <strong>de</strong>cisões eram feitas por votação, pois havia dificulda<strong>de</strong><br />
<strong>na</strong> obtenção <strong>de</strong> consensos, em função <strong>de</strong> competição existente entre<br />
os diferentes participantes. Foi preciso <strong>de</strong>finir regras para aprovação <strong>de</strong><br />
projetos e alocação <strong>de</strong> recursos a partir da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada região. Os<br />
participantes começaram a atuar <strong>de</strong> forma mais madura ao perceberem que<br />
havia espaço para todos os atores envolvidos. Isso gerou também uma maior<br />
conscientização à respeito da lógica da educação permanente.<br />
Em um dos Pólos avaliados, o encaminhamento dos projetos ocorre<br />
da seguinte forma: após a aprovação, ele é encaminhado para a SES/SP<br />
que, por sua vez, envia ao Ministério da Saú<strong>de</strong>. Como este último <strong>de</strong>volve<br />
diretamente para o órgão solicitante, o Pólo não consegue acompanhar os<br />
<strong>de</strong>sdobramentos do mesmo, não tendo sequer conhecimento dos relatórios<br />
e da prestação <strong>de</strong> contas. O Pólo só será acio<strong>na</strong>do em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> algum<br />
problema, como por exemplo, com relação à prestação <strong>de</strong> contas do órgão<br />
solicitante. O envolvimento maior do Pólo nesse processo acabaria com a<br />
visão <strong>de</strong> que ele é ape<strong>na</strong>s um órgão fi<strong>na</strong>nciador. Existe, portanto, uma falha<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senho institucio<strong>na</strong>l no papel dos Pólos após o encaminhamento dos<br />
projetos e liberação dos recursos.<br />
“Hoje o Pólo está mais <strong>na</strong> questão da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> diretrizes, até porque o Pólo<br />
não tem acesso a esses outros instrumentais, não faz parte <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.<br />
Quando ocorre é porque a coor<strong>de</strong><strong>na</strong>ção do Pólo corre atrás. Por exemplo, o Pólo<br />
não havia sido informado sobre quantos e quais projetos foram fi<strong>na</strong>nciados,<br />
quanto do valor disponibilizado para o Pólo foi efetivamente utilizado, etc.<br />
Além disso, não recebe informações do órgão executor sobre o andamento dos<br />
cursos. Então tudo isso tem que ser solicitado pelo Pólo, que está totalmente<br />
alijado <strong>de</strong>sse processo.” (Coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dor <strong>de</strong> PEPS)<br />
Há um outro Pólo on<strong>de</strong> o Conselho Gestor é uma gran<strong>de</strong> roda<br />
consi<strong>de</strong>rada um espaço <strong>de</strong> elaboração da política <strong>de</strong> educação permanente<br />
da região e <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> diretrizes. Enten<strong>de</strong>-se que se trata <strong>de</strong> um espaço<br />
<strong>de</strong> gestão, <strong>na</strong> medida em que enfrenta os problemas das re<strong>de</strong>s locais. Os<br />
gestores trazem os problemas das diferentes regiões e o Conselho propõe<br />
soluções a partir das diretrizes formuladas. Desta forma, este espaço <strong>de</strong><br />
gestão é consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> certo po<strong>de</strong>r, pois é ele quem <strong>de</strong>fine<br />
diretrizes e mobiliza os recursos <strong>de</strong>finidos pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> que<br />
po<strong>de</strong>m ser acessados pelos próprios Pólos.<br />
Deste modo, há nos Pólos do Estado <strong>de</strong> São Paulo diferentes processos<br />
<strong>de</strong>cisórios, mas não é possível i<strong>de</strong>ntificar um padrão <strong>de</strong> encaminhamento,<br />
aprovação e implementação dos projetos.<br />
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