Recursos Humanos na Atenção Básica, Estratégias de Qualificação ...

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CA d e r n o s d e At e n ç ã o Bá s i C A – es t U d o s AvA l i At i v o s - 4 O fato gerador de constituição do Pólo Leste Paulista refere-se à articulação entre Unicamp e PUC de Campinas com a rede de saúde local, uma das mais antigas do Brasil. Trata-se de uma articulação que existe há muito tempo, pois desde a criação do Departamento de Medicina Preventiva da Unicamp, há cerca de 40 anos, ocorre interação com a rede, o que facilitou a criação do Pólo. Segundo um entrevistado, essa experiência foi um embrião do desenvolvimento da concepção do que seria um Sistema Único de Saúde. Essa rede, com muita tradição, e a articulação com as universidades deu consistência ao Pólo do Leste Paulista. Em 2003, o então Secretário Geral do Ministério da Saúde reuniu-se com a reitoria da Unicamp para propor a implantação do Pólo, que seria sediado na própria universidade, em função da tradição da instituição com a rede. Na mesma época, a proposta também havia sido feita para a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. Isso gerou uma tensão inicial, pois ambas foram contatadas ao mesmo tempo. A tensão entre as instituições formadoras, as secretarias municipais de saúde e os diversos segmentos sociais foi logo explicitada e trabalhada, o que possibilitou avanços. Hoje se percebe que esta tensão é bem diferente da fase inicial, ela tornou-se uma tensão produtiva, que potencializou o Pólo. Houve também uma tensão inicial entre as DIRs e o Município de Campinas. As DIRs apontavam que o Pólo deveria ser sediado em uma instituição que fosse representativa da região e não em um Município específico. Elas entendiam que a UNICAMP deveria sediar o pólo, por considerarem esta uma universidade regional, sendo natural o convívio de toda a região no espaço da instituição. Há a compreensão de que a tensão inicial entre DIRs e o Município de Campinas está completamente superada hoje. A origem do Pólo Nordeste Paulista está ligada à publicação da Portaria GM 198/04, por meio da qual o Ministério da Saúde estabeleceu os requisitos para a constituição dos Pólos. O processo envolveu uma série de reuniões entre secretários municipais de saúde, universidades e outros atores sociais envolvidos para a constituição do Pólo e a elaboração de projetos. Foram constituídos grupos de trabalho para discutir os diversos aspectos da Atenção Básica, urgência e emergência, gestão e gerência. Os projetos foram encaminhados pelas universidades, embora a discussão tenha sido conjunta. Após a elaboração do regimento interno do Pólo, ficou definido que ele seria sediado na Direção Regional de Saúde e que o coordenador do Pólo deveria ser diretor da DIR, facilitando, com isso, a articulação com outras regionais de saúde. As demais DIRs não aceitaram 110 Co n s ó r C i o mediCinA UsP

AvAliAção do ProgrAmA de exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF Pó l o s d e ed U C A ç ã o Pe r m A n e n t e d o es tA d o d e sã o PA U l o a coordenação do Pólo, que foi então sediado na DIR XVIII (Ribeirão Preto) e coordenado pelo diretor da mesma. Desde 1996 a região do Pólo Noroeste Paulista reúne municípios com estratégia de saúde da família, embora não houvesse instituições oferecendo capacitação às equipes. Com a proposta de criação dos Pólos de Educação direcionado ao PSF, iniciou-se uma parceria entre a DIR XXII (São José do Rio Preto) e a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) para implantação de um Pólo na região. Entretanto, foi decidido à época, pela SES/SP, que haveria apenas um Pólo no Estado de São Paulo, composto por vários núcleos regionais de capacitação. Dessa forma, a primeira capacitação oferecida na região ocorreu em 1997 enquanto núcleo do Pólo de SP. No biênio 1999-2000, os projetos foram refeitos e São José do Rio Preto passou a ser uma das duas coordenadorias do Pólo de Ribeirão Preto, sendo que os recursos eram recebidos e repassados pelo Pólo. A execução dos cursos e a prestação de contas eram realizadas separadamente. Em São José do Rio Preto a maior parceria envolvia a FAMERP. Foram oferecidos os treinamentos introdutórios e as capacitações seqüenciais para acompanhamento de alguns profissionais; médicos principalmente. Em 2002 praticamente não foram realizadas capacitações neste Pólo, em virtude de problemas ocorridos no Pólo. No ao seguinte, teve início um movimento para que São José do Rio Preto se organizasse enquanto Pólo, por abranger uma extensa região, tornando-se independente de Ribeirão Preto. Ainda se achava nessa época que os Pólos iriam continuar a funcionar na lógica anterior, mas o Ministério da Saúde iniciou, em 2003, uma nova Política de Educação Permanente em Saúde, que culminou com a Portaria GM 198/04. Dessa forma, foram feitas readequações no projeto de criação do Pólo. Vale destacar que a Coordenadoria de Recursos Humanos da SES/ SP incentivou e ofereceu apoio para elaboração da proposta. O novo Pólo passou a reunir três DIRs: XXII (São José do Rio Preto), VI (Araçatuba) e IX (Barretos) – que hoje atendem 160 municípios. A constituição do Pólo Oeste Paulista remete à Portaria GM 198/04. A atuação do Pólo-PSF recebia críticas, pois pertencia à Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), cujo diretor coordenava o Pólo-PSF. Até a formação do Pólo ocorreu uma série de reuniões. Primeiramente nos núcleos das três DIRs vinculadas ao Pólo-PSF da região – VIII (Assis), XIV (Marília) e XVI (Presidente Prudente) – e, em seguida, contou com a participação de representantes destas regionais e dos diversos segmentos sociais. O processo inicial foi difícil , segundo um dos entrevistados, em função da liderança mantida pela DIR de Marília, que tinha experiência em projetos de 111

AvAliAção do ProgrAmA <strong>de</strong> exPAnsão e ConsolidAção dA sA ú d e d A FAmíliA – ProesF<br />

Pó l o s d e ed U C A ç ã o Pe r m A n e n t e d o es tA d o d e sã o PA U l o<br />

a coor<strong>de</strong><strong>na</strong>ção do Pólo, que foi então sediado <strong>na</strong> DIR XVIII (Ribeirão Preto)<br />

e coor<strong>de</strong><strong>na</strong>do pelo diretor da mesma.<br />

Des<strong>de</strong> 1996 a região do Pólo Noroeste Paulista reúne municípios com<br />

estratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família, embora não houvesse instituições oferecendo<br />

capacitação às equipes. Com a proposta <strong>de</strong> criação dos Pólos <strong>de</strong> Educação<br />

direcio<strong>na</strong>do ao PSF, iniciou-se uma parceria entre a DIR XXII (São José do<br />

Rio Preto) e a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medici<strong>na</strong> <strong>de</strong> São José do Rio Preto (FAMERP)<br />

para implantação <strong>de</strong> um Pólo <strong>na</strong> região. Entretanto, foi <strong>de</strong>cidido à época, pela<br />

SES/SP, que haveria ape<strong>na</strong>s um Pólo no Estado <strong>de</strong> São Paulo, composto por<br />

vários núcleos regio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> capacitação. Dessa forma, a primeira capacitação<br />

oferecida <strong>na</strong> região ocorreu em 1997 enquanto núcleo do Pólo <strong>de</strong> SP.<br />

No biênio 1999-2000, os projetos foram refeitos e São José do Rio<br />

Preto passou a ser uma das duas coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dorias do Pólo <strong>de</strong> Ribeirão Preto,<br />

sendo que os recursos eram recebidos e repassados pelo Pólo. A execução<br />

dos cursos e a prestação <strong>de</strong> contas eram realizadas separadamente.<br />

Em São José do Rio Preto a maior parceria envolvia a FAMERP. Foram<br />

oferecidos os trei<strong>na</strong>mentos introdutórios e as capacitações seqüenciais para<br />

acompanhamento <strong>de</strong> alguns profissio<strong>na</strong>is; médicos principalmente.<br />

Em 2002 praticamente não foram realizadas capacitações neste Pólo,<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> problemas ocorridos no Pólo. No ao seguinte, teve início um<br />

movimento para que São José do Rio Preto se organizasse enquanto Pólo,<br />

por abranger uma extensa região, tor<strong>na</strong>ndo-se in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Ribeirão<br />

Preto. Ainda se achava nessa época que os Pólos iriam continuar a funcio<strong>na</strong>r<br />

<strong>na</strong> lógica anterior, mas o Ministério da Saú<strong>de</strong> iniciou, em 2003, uma nova<br />

Política <strong>de</strong> Educação Permanente em Saú<strong>de</strong>, que culminou com a Portaria<br />

GM 198/04. Dessa forma, foram feitas rea<strong>de</strong>quações no projeto <strong>de</strong> criação<br />

do Pólo. Vale <strong>de</strong>stacar que a Coor<strong>de</strong><strong>na</strong>doria <strong>de</strong> <strong>Recursos</strong> <strong>Humanos</strong> da SES/<br />

SP incentivou e ofereceu apoio para elaboração da proposta. O novo Pólo<br />

passou a reunir três DIRs: XXII (São José do Rio Preto), VI (Araçatuba) e<br />

IX (Barretos) – que hoje aten<strong>de</strong>m 160 municípios.<br />

A constituição do Pólo Oeste Paulista remete à Portaria GM 198/04. A<br />

atuação do Pólo-PSF recebia críticas, pois pertencia à Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medici<strong>na</strong><br />

<strong>de</strong> Marília (FAMEMA), cujo diretor coor<strong>de</strong><strong>na</strong>va o Pólo-PSF. Até a formação<br />

do Pólo ocorreu uma série <strong>de</strong> reuniões. Primeiramente nos núcleos das<br />

três DIRs vinculadas ao Pólo-PSF da região – VIII (Assis), XIV (Marília)<br />

e XVI (Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte) – e, em seguida, contou com a participação<br />

<strong>de</strong> representantes <strong>de</strong>stas regio<strong>na</strong>is e dos diversos segmentos sociais. O<br />

processo inicial foi difícil , segundo um dos entrevistados, em função da<br />

li<strong>de</strong>rança mantida pela DIR <strong>de</strong> Marília, que tinha experiência em projetos <strong>de</strong><br />

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