03.07.2015 Views

Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive

Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive

Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

las relaciones personales de la víctima. No solamente familiares,<br />

amigos, conocidos de ésta son presas del miedo. También aquel<br />

o aquella que ven la foto del desaparecido o desaparecida, en el<br />

periódico, que leen las atribuladas declaraciones y desesperados<br />

ruegos de la madre, esposo o hermana. El primer fruto de los<br />

perpetradores, la intimidación, ha sido logrado: escondámonos,<br />

no hagamos nada, sigamos viviendo. 11<br />

Eduardo Duhalde 12 destaca que várias eram as motivações que<br />

levavam, na ótica das ditaduras de Segurança Nacional, ao sequestro<br />

de crianças: produzir terror na população; vingar-se e fustigar seus<br />

familiares; interrogar as crianças; quebrar o silêncio dos pais, torturando<br />

os filhos; beneficiar-se com as crianças como “botim de guerra”; educar<br />

os filhos menores com uma ideologia contrária à dos pais.<br />

A imposição do medo entre a população é el<strong>em</strong>ento central<br />

no Terror de Estado. Utilizando-se de um conjunto de instrumentos<br />

que visava “educar” (pela força e pela alienação) a sociedade – a<br />

“pedagogia do medo” –, as ditaduras puderam estabelecer a denominada<br />

“cultura do medo”. Os instrumentos “pedagógicos” do Terrorismo de<br />

Estado objetivavam impactar os cidadãos, “ensinando-os”, através do<br />

“efeito d<strong>em</strong>onstrativo”, como deveriam agir no Estado de Segurança<br />

Nacional. Ou seja, a “pedagogia do medo” era a aplicação direta das<br />

práticas coercitivas sobre a população, constant<strong>em</strong>ente l<strong>em</strong>brando de<br />

que as faltas seriam castigadas. Já a utilização sist<strong>em</strong>ática das práticas<br />

do Terrorismo de Estado levava à construção dessa “cultura do medo”,<br />

“um cenário com um clima de tons cinza e opacos, no qual predomina<br />

o silêncio, pois uns calam porque lhes falta a voz e outros por medo de<br />

11 FIGUEROA IBARRA, Carlos. Dictaduras, tortura y terror en América Latina. Bajo el Volcán,<br />

Revista del Posgrado de Sociología, Ben<strong>em</strong>érita Universidad Autónoma de Puebla, México,<br />

año/v. 2, n. 3, p. 53-74, 2. s<strong>em</strong>. 2001, p. 63.<br />

12 DUHALDE, Eduardo Luis. El Estado terrorista argentino: quince años después, una mirada<br />

crítica. Buenos Aires: Eudeba, 1999.<br />

56

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!