Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive
Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive
Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Para poder determinar com segurança a identidade desse neto,<br />
pois t<strong>em</strong>íamos que nos enganass<strong>em</strong> e que até nos dess<strong>em</strong> uma criança<br />
para nos deixar tranquilas, baseamos nossa busca no único el<strong>em</strong>ento que<br />
pode dizer a verdade: o sangue. Nós sabíamos que os pais determinavam<br />
a paternidade, assim, uma comparação do sangue do filho presumido<br />
com o sangue dos pais era suficiente. Mas havia um probl<strong>em</strong>a, os pais<br />
de nossos netos não estavam mais. A pergunta que restava era: o sangue<br />
das avós, serve para esse teste? Serve s<strong>em</strong>pre.<br />
Por volta de 1982, visitamos muitos países da Europa<br />
procurando ajuda, mas não tinham resposta para a nossa d<strong>em</strong>anda.<br />
Nos Estados Unidos, finalmente, nos disseram sim, o sangue das avós<br />
serve! Em 1983, fiz<strong>em</strong>os um grande s<strong>em</strong>inário sobre essa questão, e, <strong>em</strong><br />
1984, já durante a d<strong>em</strong>ocracia, os cientistas vieram a nosso país para<br />
inaugurar o Banco Nacional de Dados Genéticos, único no mundo. Ele<br />
guarda nosso sangue, processado primeiro por um sist<strong>em</strong>a, e agora por<br />
DNA. A genética avança, e diz<strong>em</strong> que nós a ajudamos a avançar. Nós<br />
faz<strong>em</strong>os avançar o que nos dita o amor, o que nos propõe a inteligência<br />
e a criatividade de dizer: que mais? Que mais?<br />
Esse banco vai funcionar por muitos anos. Mesmo quando<br />
nossos netos for<strong>em</strong> velhos poderão buscar sua identidade, caso não a<br />
encontr<strong>em</strong> agora. E, quando nós não estivermos mais, nosso sangue<br />
estará para identificá-los, cuidá-los, e aí estará a família. Em função<br />
desta possibilidade, criamos, também, equipes científicas de genética,<br />
de psicologia, de jurisprudência. Assim, vamos abrindo novos caminhos,<br />
para que <strong>em</strong> d<strong>em</strong>ocracia possamos ter – como já t<strong>em</strong>os – a bandeira dos<br />
Direitos Humanos, <strong>em</strong> nosso país, como política de Estado.<br />
Com o governo de Néstor Kirchner antes, e hoje com o de<br />
Cristina [Fernández Kirchner], avançamos na transformação de cada<br />
207