03.07.2015 Views

Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive

Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive

Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Para Raul Pont, tratava-se de ver o que era aquela ditadura! Aqui<br />

ele retomou o depoimento feito por Sereno Chaise, que buscava nos<br />

eventos de agosto de 1954 os primórdios do golpe militar ocorrido dez<br />

anos depois; para o deputado, os antecedentes poderiam ser buscados<br />

ainda mais r<strong>em</strong>otamente: “Poderíamos retroagir até 1945, porque<br />

aquela turminha de 1954, a chamada Sorbonne, já <strong>em</strong> 1945 estava<br />

unida a um conjunto de militares, o Bizarria Mamede, o Juarez Távora,<br />

o Cordeiro de Farias e outros”. Entretanto, ele mesmo adianta que isto<br />

ainda não fazia parte das discussões, e que, só no final dos anos 1960, os<br />

estudos acadêmicos passaram a associar as organizações militares com<br />

a Doutrina de Segurança Nacional e o papel do Brasil como parte do<br />

bloco comandado pelos Estados Unidos na Guerra Fria.<br />

Salientou ainda que, por trás do golpe militar, existiam outras<br />

forças sociais, como muitos setores vinculados à Igreja Católica:<br />

“Marcharam com muita fé, de novos conversos, com a família, a<br />

tradição e não sei o que mais para derrubar o João Goulart e apoiar o<br />

golpe”. Aqui o deputado observou que alguns anos depois muitos destes<br />

religiosos se arrependeram do apoio dado à ditadura e passaram para o<br />

lado dos estudantes e de outros opositores ao regime de força.<br />

Para Raul Pont, a oposição à ditadura militar possibilitou<br />

mais tarde uma diversidade de opções políticas que se expressaram<br />

<strong>em</strong> diferentes partidos políticos, caso do PT, do qual faz parte, mas<br />

também, entre outros, do PDT, <strong>em</strong> que conviv<strong>em</strong> lideranças que não<br />

pertenciam ao trabalhismo mais tradicional: “(...) pessoas com caminhos<br />

e experiências muito variadas, dos anos 1960, da resistência da primeira<br />

metade dos anos 1970, depois de exílios, prisões, etc., se reencontrass<strong>em</strong><br />

num projeto mais ou menos comum”. Estes caminhos, no entanto,<br />

clamam pela busca de saídas políticas para os probl<strong>em</strong>as sérios que<br />

132

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!